prefeito de carmo da mata sanciona lei com … o pccs da educação de carmo da mata, já está em...

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Filiado à Divinópolis/MG, 12 de janeiro de 2018 O Sintram conseguiu a mais importante conquis- ta dos últimos anos para os servidores da educa- ção de Carmo da Mata. Depois de um exaustivo trabalho sob a orienta- ção do dirigente sindi- cal, Eduardo Parreira, a revisão do Plano de Carreira, Cargos e Salá- rios (PCCS) já é lei no município. A revisão foi aprovada pela Câmara Municipal no final do ano passado e a Lei Comple- mentar 82/2017, que es- tabelece o PCCS da educação de Carmo da Mata, já está em vigor desde 1º de janeiro desse ano. A prefeitura da cidade considerou indispensável o trabalho do Sintram na revisão do Plano e afir- ma que “a aprovação do PCCS da educação é de grande significância para os servidores, uma vez que o plano anterior, elaborado em 2008, já estava defasado e inviável e já no ano de 2010 se mostrou totalmente impraticável. Entre os anos de 2010 a 2017, os funcionários tiveram reajustes pontuais, o que sempre foi motivo de reivindicações dos servi- dores da educação”. Dentre as mudanças no PCCS dos educadores de Carmo da Mata, o destaque é a implantação do piso salarial nacional, que passa a ser pago imediatamente. Ficou também definido que a ca- tegoria passará por avaliação a cada dois anos. O plano contempla não só os professores da rede municipal, mas também todos os funcionários da educação. Para o Prefeito de Carmo da Mata, Almir Resen- de Junior, a consolidação do novo Plano de Car- gos e Salários para os funcionários da educação é um marco importante para o município tanto de- vido à forma tranquila como foi realizada, levando em consideração a opinião dos professores, como também pelo enquadramento das pessoas em seus cargos que exercem que, segundo ele, “demarca critérios e objetivos para cada função e incentiva os funcionários numa evolução coerente”. SINTRAM A prefeitura de Carmo da Mata é a primeira da base territorial do Sintram a aprovar a revisão do Plano de Carreira da educação. O Sintram está trabalhando em várias outras cidades para a revi- são do Plano de Carreira e Remuneração (PCR) da educação e para a implantação nos municípios que não possuem a legislação. Em Araújos, a revisão do Plano de Carreira da Educação foi concluída no final do ano passado, faltando agora o encaminhamento da proposta para aprovação da Câmara. Nesta cidade, a categoria também passará a receber o piso salarial nacional. Também está em andamento a revisão do PCR da Educação nas cidades de Carmo do Cajuru, Bambui, Igaratinga, Itapecerica, Iguatama, Bom Despacho e Conceição do Pará. Em todas essas cidades, a revisão está sendo feita sob orientação do Sintram. Prefeito de Carmo da Mata sanciona lei com revisão do Plano de Carreira da Educação Nova legislação foi construída sob orientação do Sintram

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Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste | Sintram | Avenida Getúlio Vargas, 21, Centro Divinópolis/MG - CEP 35500-024 | (37) 3216-8484 | www.sintramdiv.org | facebook.com/SintramCentroOeste

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Filiado à

Divinópolis/MG, 12 de janeiro de 2018

O Sintram conseguiu a mais importante conquis-ta dos últimos anos para os servidores da educa-ção de Carmo da Mata. Depois de um exaustivo trabalho sob a orienta-ção do dirigente sindi-cal, Eduardo Parreira, a revisão do Plano de Carreira, Cargos e Salá-rios (PCCS) já é lei no município. A revisão foi aprovada pela Câmara Municipal no final do ano passado e a Lei Comple-mentar 82/2017, que es-tabelece o PCCS da educação de Carmo da Mata, já está em vigor desde 1º de janeiro desse ano. A prefeitura da cidade considerou indispensável o trabalho do Sintram na revisão do Plano e afir-ma que “a aprovação do PCCS da educação é de grande significância para os servidores, uma vez que o plano anterior, elaborado em 2008, já estava defasado e inviável e já no ano de 2010 se mostrou totalmente impraticável. Entre os anos de 2010 a 2017, os funcionários tiveram reajustes pontuais, o que sempre foi motivo de reivindicações dos servi-dores da educação”. Dentre as mudanças no PCCS dos educadores de Carmo da Mata, o destaque é a implantação do piso salarial nacional, que passa a ser pago imediatamente. Ficou também definido que a ca-tegoria passará por avaliação a cada dois anos. O plano contempla não só os professores da rede municipal, mas também todos os funcionários da educação. Para o Prefeito de Carmo da Mata, Almir Resen-de Junior, a consolidação do novo Plano de Car-gos e Salários para os funcionários da educação é um marco importante para o município tanto de-vido à forma tranquila como foi realizada, levando

em consideração a opinião dos professores, como também pelo enquadramento das pessoas em seus cargos que exercem que, segundo ele, “demarca critérios e objetivos para cada função e incentiva os funcionários numa evolução coerente”.

SINTRAM A prefeitura de Carmo da Mata é a primeira da base territorial do Sintram a aprovar a revisão do Plano de Carreira da educação. O Sintram está trabalhando em várias outras cidades para a revi-são do Plano de Carreira e Remuneração (PCR) da educação e para a implantação nos municípios que não possuem a legislação. Em Araújos, a revisão do Plano de Carreira da Educação foi concluída no final do ano passado, faltando agora o encaminhamento da proposta para aprovação da Câmara. Nesta cidade, a categoria também passará a receber o piso salarial nacional. Também está em andamento a revisão do PCR da Educação nas cidades de Carmo do Cajuru, Bambui, Igaratinga, Itapecerica, Iguatama, Bom Despacho e Conceição do Pará. Em todas essas cidades, a revisão está sendo feita sob orientação do Sintram.

Prefeito de Carmo da Mata sanciona lei com revisão do Plano de Carreira da EducaçãoNova legislação foi construída sob orientação do Sintram

Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste | Sintram | Avenida Getúlio Vargas, 21, Centro Divinópolis/MG - CEP 35500-024 | (37) 3216-8484 | www.sintramdiv.org | facebook.com/SintramCentroOeste

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A presidente do Sintram, Luciana Santos, afirma que a iniciativa do Sintram é de fundamental im-portância para os municípios, já que os Planos de Carreira da Educação, deveriam estar com a revi-são concluída até 2016, conforme determina o Pla-no Nacional de Educação. Sem a revisão, muitos municípios poderão, inclusive, perder a verba do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Edu-

cação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). “Estamos cuidando com mui-ta atenção da revisão dos Planos de Carreira da Educação e esperamos que até o final desse ano, já tenhamos encaminhado a revisão em todos os municípios de nossa base. Estamos trabalhando muito para isso”, assegurou.

Está pronta para ser votada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), propos-ta de emenda à Constituição que altera as regras do concurso público. De autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), a proposta (PEC 29/2016) estabe-lece que o poder público ficará obrigado a nomear todos os candidatos aprovados dentro do número de vagas oferecido. A PEC também estabelece que o número de va-gas ofertadas no certame deve ser igual ao número de cargos ou empregos vagos e veda a realização de concurso público exclusivamente para formação de cadastro de reserva. Se a administração tiver a intenção de fazer reserva, o número de vagas para essa condição não poderá exceder a 20% dos cargos a serem preenchidos, individualmente con-siderados. O poder público também fica proibido de reali-zar novas provas, caso ocorram, dentro do prazo de validade de concurso público anterior, novas vacâncias nos cargos previstos no edital, devendo ser aproveitados os candidatos aprovados no con-curso ainda válido. Segundo Paim, a PEC “tem por objetivo remediar as mazelas” enfrentadas pelos

candidatos, que muitas vezes têm de recorrer ao Judiciário, e “fazer justiça aos candidatos que dis-putam uma vaga no serviço público”. Ele classifica a figura do concurso como “um instrumento eficien-te e impessoal para a escolha de servidores”. A proposta conta com o apoio do relator, senador Ivo Cassol (PP-RO). Ele ressalta que a proposição tem o mérito de consagrar, no texto constitucional vigente, solução já consolidada pelo Supremo Tri-bunal Federal em 2016, no sentido de que o can-didato aprovado em concurso dentro do número de vagas informado no edital possui “direito subjetivo à nomeação”. Cassol rejeitou, no entanto, uma emenda apre-sentada pelo senador José Maranhão (PMDB-PB), que pretendia “democratizar o acesso a cargos e empregos públicos”, mediante a realização de pro-vas na capital dos estados ou no Distrito Federal, à escolha do candidato. Cassol alega que a medida obrigaria o poder público a “um expressivo ônus financeiro, necessário e indispensável” para a rea-lização prática da emenda. Se aprovada na CCJ, a PEC seguirá para a análise do Plenário.Fonte: Agência Senado

Proposta no Senado muda regras para concursos públicos

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Dos 252 dias úteis de 2017, os deputados fede-rais estavam obrigados a comparecer à Câmara em apenas 119. Mesmo assim, oito parlamentares faltaram a mais da metade das da-tas reservadas a votações na Casa. Entre eles, dois con-denados pelo Supremo Tri-bunal Federal (STF): Roberto Góes (PDT-AP), campeão em ações na corte, e Paulo Maluf (PP-SP), que cumpre pena de prisão no Comple-xo Penitenciário da Papuda. Além deles, também estão entre os que menos compa-receram em plenário no ano passado José Otávio Germano (PP-RS), Giovani Cherini (PR-RS), Ar-thur Virgílio Bisneto (PSDB-AM), Sabino Castelo Branco (PTB-AM), Adail Carneiro (PP-CE) e Jovair Arantes (PTB-GO). Além dos oito deputados que faltaram a mais de 50% das sessões em 2017, outros 11 não apre-sentaram nem mesmo justificativas a pelo menos 25 ausências (cerca de um quinto das sessões do ano). Os deputados Nivaldo Albuquerque (PRP-AL), Waldir Maranhão (Avante-MA), José Priante (MDB-PA), Vicente Candido (PT-SP), Edmar Ar-ruda (PSD-PR), Renzo Braz (PP-MG), Guilher-me Mussi (PP-SP), Sérgio Reis (PRB-SP), Mag-da Mofatto (PR-GO), Vicentinho Júnior (PR-TO) e Celso Jacob (MDB-RJ) deixaram de justificar, cada um, mais de 25 faltas nas sessões plenárias obrigatórias da Casa. Ao todo, esses 11 deputados deixaram de apresentar justificativas a 307 faltas no total. Durante o ano, a Câmara contabilizou 2.603 faltas sem que houvesse qualquer satisfação sobre as ausências dos 548 deputados que exerceram mandato no ano de 2017. De acordo com o artigo 55 da Constituição, o congressista que deixar de comparecer a mais de um terço das sessões sem apresentar justificativa em até 30 dias poderá per-der o mandato. A ressalva se dá para ausências por problemas de saúde, que podem ser justifica-das a qualquer tempo. Apesar de não justificarem suas ausências, dez deputados citados têm assiduidade superior a 60% das sessões do ano. Apenas o deputado Guilherme

Mussi (PP-SP), que compareceu a 65 dos 119 dias em que a presença era exigida, tem assiduidade inferior. Ele registrou presença em 55% das ses-sões. Procurado, o deputado não tinha se manifes-tado até o fechamento desta reportagem. Mussi apresentou justificativa para 30 de suas 54 faltas, sendo que 19 delas foram atribuídas a licença-saúde e 11 a “decisão da mesa”, quan-do a Mesa Diretora não detalha a razão do não comparecimento. Em geral, quando o parlamen-tar participa de atos políticos em seu estado. Nos primeiros dias de janeiro, durante a conclusão do levantamento, pelo menos três faltas do deputado foram justificadas. O alagoano Nivaldo Albuquerque foi o que mais registrou faltas injustificadas. Das 34 ausências do deputado, ele não apresentou justificativa para 31 delas. Albuquerque poderia ter comparecido a 116 das 119 sessões com votações realizadas em 2017. A reportagem tentou contato com o deputado, mas ele estava viajando. Waldir Maranhão (Avante-MA) é o vice-campeão em faltas não justificadas em 2017. Apenas 5 das 35 ausências do maranhense foram justificadas. Ele ganhou notoriedade em maio de 2016, quan-do assumiu a presidência da Câmara interinamente e decidiu anular o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, mas voltou atrás no dia seguinte.

REGIME FECHADO A frequência de Celso Jacob (MDB-RJ) é alta, e suas faltas sem justificativa formal têm motivo conhecido. Entre as 25 faltas não justificadas do

Os deputados federais campeões das faltas não justificadas na Câmara

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deputado, 23 coincidem com o período em que o deputado passou preso em regime fechado. Em 6 de junho, ao desembarcar em Brasília, Jacob foi preso e levado para a Papuda. Ele foi condenado a sete anos e dois meses de reclusão por dispen-sa indevida de licitação para a construção de uma creche quando era prefeito de Três Rios (RJ), entre 2001 e 2008. Foram contabilizadas sete faltas até que, em 27 de junho, a Justiça do DF atendeu ao pedido de Jacob, autorizando o deputado a migrar para o regime semiaberto, trabalhando na Câmara durante o dia e voltar para a Papuda à noite. Ele voltou ao trabalho no dia 4 de julho e foi um dos poucos a marcar presença durante o recesso parlamentar, com autorização da Justiça. Foi só no fim de novembro que a situação de Ja-cob mudou. O deputado foi flagrado tentando levar

para sua cela na Papuda alimentos não permitidos. Ao ser pego com dois pacotes de biscoitos e um de provolone na cueca, o deputado foi mandado para o isolamento no presídio. A Justiça revogou sua permissão para trabalhar e ele voltou ao regime fechado. Foram 16 faltas desde então, até o fim do ano legislativo, no dia 19 de dezembro. Entretanto, foi só em 22 de dezembro, após a prisão de Paulo Maluf (PP-SP), que Jacob teve seu salário e benefícios oficialmente suspensos pela Câmara. Até o início de novembro, apesar de dormir na Papuda, Jacob ainda recebia, inclusive, o auxílio-moradia da Câmara de R$ 3 mil depositado em sua conta. Entre os meses de junho e novem-bro, período em que passou preso e trabalhando na Câmara, o deputado conseguiu manter o salário de R$ 33,7 mil e sua verba de gabinete.Fonte: Congresso em Foco

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixou o Brasil para três níveis abaixo do grau de investimento com perspectiva estável. A redução da nota do país foi divulgada nesta quinta-feira (11) à noite. A perspectiva estável significa que a agência terá de esperar pelo menos seis meses para alterar a nota do país. O grau de investimento representa a garantia de que o país não corre risco de dar calote na dívida pública. Em comunicado, a S&P informou que o Brasil está demorando para implementar as reformas que reduzam os riscos fiscais do país, principalmente a da Previdência. “Apesar de vários avanços da ad-ministração [Michel] Temer, o Brasil fez progresso mais lento que o esperado em implementar uma

legislação significativa para corrigir a derrapagem fiscal estrutural e o aumento dos níveis de endivi-damento”, justificou a agência. Desde fevereiro de 2016, o Brasil estava enqua-drado dois níveis abaixo do grau de investimento. As outras duas principais agências de classificação de risco, Fitch e Moody’s ainda não alteraram a nota do país e continuam a manter o Brasil dois níveis abaixo do grau de investimento. No fim de dezembro, o ministro Henrique Meirel-les fez uma teleconferência com as três principais agências de classificação de risco. Ele tinha pedido que a S&P, a Fitch e a Moody’s aguardassem a votação da reforma da Previdência, prevista para fevereiro, antes de tomarem qualquer decisão so-bre a nota do Brasil.

Em nota, o Ministério da Fazenda infor-mou que o governo continua comprometido com as medidas de ajuste fiscal e com a reforma da Previdência. “O governo refor-ça seu compromisso em aprovar medidas como a reforma da Previdência, tributação de fundos exclusivos, reoneração da folha de pagamentos, adiamento do reajuste dos servidores públicos, entre outras iniciativas que concorrem para garantir o crescimen-to sustentável da economia brasileira e o equilíbrio fiscal de longo prazo”, destacou o texto.Fonte: Agência Brasil

Agência de classificação rebaixa Brasil para três níveis abaixo do grau de investimento

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O presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) usa verba da Câma-ra dos Deputados para empregar uma vizinha dele em um distrito a 50 km do centro de Angra Dos Reis (RJ). A servidora trabalha em um comércio de açaí na mesma rua onde fica a casa de veraneio do deputado, na pe-quena Vila Histórica de Mambucaba. Segundo moradores da região, Wal, como é conhecida, também presta serviços particu-lares na casa de Bol-sonaro, mas tem como principal atividade um co-mércio, chamado “Wal Açaí”. Walderice Santos da Conceição, 49, figura desde 2003 como uma dos 14 funcionários do gabinete parlamentar de Bol-sonaro, em Brasília, recebendo atualmente salário bruto de R$ 1.351,46. Segundo moradores da região, o marido dela, Edenilson, presta serviços de caseiro para Bolso-naro. O deputado federal mora na Barra Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, e tem desde o final dos anos 90 uma casa de veraneio em Mambu-caba. A Folha falou com moradores da vila, que tem cerca de 1.200 habitantes, segundo a Prefeitura de Angra. Foram colhidos quatro relatos gravados de moradores confirmando que o marido de Walderice é o caseiro do imóvel de veraneio de Bolsonaro. As portas do estabelecimento “Wal Açaí”, na mesma rua, foram fechadas às pressas nesta quin-ta-feira (11) assim que se espalhou a informação sobre a presença de repórteres na região.

MUDANÇA DE CARGOS Os registros oficiais da Câmara dos Deputados mostram que a secretária parlamentar de Bolsonaro passou nesses 15 anos por uma intensa mudança de cargos no gabinete, foram mais de 30. Em 2011 e 2012 ela alcançou melhores cargos –são 25 gra-dações. A reportagem da Folha esteve em Mam-

bucaba na manhã desta quinta-feira para procurar a funcionária de Bolsonaro. No caminho para a casa de Walderice, a repor-tagem a viu saindo da casa do deputado. Ela foi chamada, mas pediu “um minutinho” e entrou de volta no local. Minutos depois, um outro vizinho de Bolsonaro abriu a porta convidando a Folha para entrar. “Venham conhecer o homem”. O presiden-ciável apareceu em seguida, com um outro auxi-liar, que estava com o celular gravando a situação. Quem estava com as chaves era justamente o ma-rido de Wal. De acordo com depoimentos colhidos pela Folha, o marido da funcionária de Bolsonaro pintou a casa de veraneio recentemente. O deputado nega que tenha utilizado dinheiro da Câmara para pagamen-tos de serviços da casa e que Walderice seja uma funcionária fantasma. Perguntado sobre qual seria o trabalho desem-penhado por ela, Bolsonaro respondeu: “Ela repor-ta a mim ou ao meu chefe de gabinete qualquer problema na região. Não tem uma vida constante nisso. É o tempo todo na rua? Não. Ela lê jornais, acompanha o que acontece”.Fonte: Folha de São Paulo

Bolsonaro emprega servidora fantasma que vende açaí em Angra