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PRECONCEITO LINGUÍSTICO: ESTUDO DE CASO EM LÍNGUA PORTUGUESA Marcelli Rocha

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Page 1: PRECONCEITO LINGUÍSTICO: ESTUDO DE CASO EM LÍNGUA PORTUGUESA Marcelli Rocha

PRECONCEITO LINGUÍSTICO:ESTUDO DE CASO EM LÍNGUA PORTUGUESA

Marcelli Rocha

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Violência escolar

• Viviane Marcelos – Define a violência como a transgressão da ordem e das regras da vida em sociedade.

• Muller e Gonçalves – Apontam que a maneira como as crianças são tratadas pelos mais íntimos afeta o modo como se comportarão e tratarão as pessoas quando forem adultas.

• Gonçalves – Apresenta que as condições de vida precárias também são uma forma de violência.

• Lopes Neto – Apresenta o bullying, que é o termo utilizado para referir-se a uma forma de afirmação de poder interpessoal através da agressão. A vítima é feita de receptora das atitudes violentas do indivíduo que se considera poderoso.

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Preconceito linguístico

• Beatriz Santomauro – Introduz o cyberbullying, que é a forma virtual do bullying e atinge a vítima mesmo longe do agressor.

• Bagno, Possenti e Perini – Descrevem a variedade linguística como um dialeto que não segue a norma culta da Língua Portuguesa e gera uma divisão social causada pela diferença entre o português padrão e o português não-padrão.

• Bagno – Apresenta o mito da unidade da Língua Portuguesa – os sem-língua; – Relata também que quando os alunos são obrigados a decorar regras gramaticais que não utilizam, sentem-se desmotivados. – Apresenta o mito que o certo é falar do modo como se escreve.

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Metodologia

Escola:

• Escola particular em um bairro no subúrbio do Rio de Janeiro;• Possui 12 unidades e vigora há 44 anos;• Espaço físico confortável com sala de multimídia, laboratórios de ciências e informática, biblioteca, auditório, piscina e quadra poliesportiva;• A unidade tem cerca de 2.500 alunos.

Professora:

• Atua no magistério há 20 anos;• Explica gramática trabalhando com textos;• Não promove atividades em grupo e não incentiva a interação entre os alunos.

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Aluno:

• Menino de 12 anos;

• Foi morar com o padrinho para estudar em uma escola particular;

• Esforçado, porém não faz uso da norma culta da língua portuguesa ao se comunicar;

• Interessado no início com resultado bom na primeira avaliação;

• Sendo vítima de preconceito linguístico, se afastou do objetivo inicial de melhorar sua educação acadêmica por se sentir menosprezado. ___________________________________________________________

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Análise

David Snow – Apresenta os conceitos de identidades pessoal, social e coletiva.

Marcação Identitária Discursiva

“O aluno X era muito dedicado.”

“Ele era paciente e estava sempre motivado.”

Identidade pessoal

“Era muito bom ver um aluno tão interessado apesar de toda dificuldade que tinha.”

Identidade pessoal (da professora e do aluno)

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“devido aos comentários maldosos dos outros alunos, ele (aluno X) começou a se sentir envergonhado e desestimulado.”

“Passei a prestar bastante atenção quando alguém se dirigia ao aluno X com ofensas e tive que aceitar o fato de que estas crianças já têm tanto preconceito com o diferente. Chamavam-no de muitas coisas ruins, como se pudessem julgá-lo por seu modo de falar...”

Identidade social

“Não teríamos que presenciar cenas de menosprezo e humilhação, principalmente em sala de aula.”

Identidade coletiva

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• Para a professora o preconceito linguístico é o julgamento feito pelo fato de um indivíduo não utilizar a norma culta da Língua Portuguesa ao se expressar – Formal / Informal.

• A docente também afirma que os alunos se sentiriam interessados pelos conteúdos se estes estivesses vinculados às suas realidades.

Mapeamento Identitário: foco pessoal

Aluno

- dedicado;

- espontâneo;

- desestimulado;

- envergonhado.

Professora

- gostava de ver o

interesse do aluno X;

- não inclui na função do

professor o envolvimento

em atitudes violentas em

sala de aula.

Outros alunos

- maldosos;

- preconceituosos.

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• O preconceito linguístico deve ser visto como uma

violência?

• Os alunos afetados têm sua educação prejudicada?

• Os professores sabem lidar com situações de violências

linguísticas?