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Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate 1. PREÂMBULO A Escola tem como principal missão ensinar a aprender: transmitir saberes fundamentais relativos ao saber ser, ao saber fazer e ao saber estar (com) e proporcionar os estímulos necessários à aprendizagem ao longo da vida. Como espaço colectivo que é, necessita de regras de conduta que harmonizem comportamentos e permitam desenvolver com normalidade o Projecto Educativo da Escola, tendo em vista a missão de serviço público que lhe está confiada, a fim de “dotar todos e cada um dos cidadãos das competências e conhecimentos que lhes permitam explorar plenamente as suas capacidades, integrar-se activamente na sociedade e dar um contributo para a vida económica, social e cultural do País.” (DL 75/2008). A complexidade que resulta da diversificada oferta formativa da Escola e da convivência quotidiana de pessoas provenientes de diferentes estratos sociais e com níveis de formação também diferenciados, exige normas reguladoras da actividade dos diferentes membros da comunidade educativa. O Regulamento Interno (RI) que se segue pretende compilar esse conjunto de regras comportamentais. Este documento está, desde o início, fortemente condicionado pela legislação vigente que se refere, em anexo, nomeadamente, a que decorre da implementação do Decreto Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, que aprova o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré -escolar e dos ensinos básico e secundário. Estas posturas legais são de cumprimento obrigatório pelo que na maior parte dos casos, optou-se por não repeti-las no texto regulamentar; fazendo parte integrante do regulamento, como anexo. Ainda assim, pretende constituir um documento orientado pela preocupação com a democraticidade na participação de todos os conviventes do espaço escolar e, onde os critérios de natureza pedagógica se afirmem incontestavelmente sobre quaisquer outros. Há que referir, ainda, que este documento é dinâmico, devendo ser revisto e eventualmente corrigido anualmente; absorverá automaticamente as alterações legislativas que o condicionam incluindo novas posturas que de algum modo lhe digam respeito, logo que publicadas em Diário da República. O facto de este primeiro RI da nova estrutura de gestão escolar com o ressurgimento de o Director e, nesta Escola com este já em exercício de funções quando da elaboração do documento, recomenda a auscultação desta entidade, no sentido de que sejam contemplados, desde já, os aspectos que entenda devam constar do regulamento e para os quais a lei lhe confira competências. Apesar das limitações temporais, a preocupação com a audição e participação, foi de resto estendida a toda a comunidade educativa, registando-se contributos diversificados para a elaboração deste documento que foram ponderados e incluídos na sua redacção final. Como o órgão gerador do RI é transitório (Conselho Geral Transitório) e tendo o próximo Conselho Geral (com mandato para quatro anos) competências para revisão do documento foi, nesta primeira versão, posta especial atenção nos aspectos entendidos como fundamentais para uma pacífica transição de sistema de gestão e para um tranquilo início do novo ano lectivo.

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Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

1.

PREÂMBULO A Escola tem como principal missão ensinar a aprender: transmitir saberes fundamentais relativos ao saber ser, ao saber fazer e ao saber estar (com) e proporcionar os estímulos necessários à aprendizagem ao longo da vida. Como espaço colectivo que é, necessita de regras de conduta que harmonizem comportamentos e permitam desenvolver com normalidade o Projecto Educativo da Escola, tendo em vista a missão de serviço público que lhe está confiada, a fim de “dotar todos e cada um dos cidadãos das competências e conhecimentos que lhes permitam explorar plenamente as suas capacidades, integrar-se activamente na sociedade e dar um contributo para a vida económica, social e cultural do País.” (DL 75/2008). A complexidade que resulta da diversificada oferta formativa da Escola e da convivência quotidiana de pessoas provenientes de diferentes estratos sociais e com níveis de formação também diferenciados, exige normas reguladoras da actividade dos diferentes membros da comunidade educativa. O Regulamento Interno (RI) que se segue pretende compilar esse conjunto de regras comportamentais. Este documento está, desde o início, fortemente condicionado pela legislação vigente que se refere, em anexo, nomeadamente, a que decorre da implementação do Decreto Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, que aprova o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré -escolar e dos ensinos básico e secundário. Estas posturas legais são de cumprimento obrigatório pelo que na maior parte dos casos, optou-se por não repeti-las no texto regulamentar; fazendo parte integrante do regulamento, como anexo. Ainda assim, pretende constituir um documento orientado pela preocupação com a democraticidade na participação de todos os conviventes do espaço escolar e, onde os critérios de natureza pedagógica se afirmem incontestavelmente sobre quaisquer outros. Há que referir, ainda, que este documento é dinâmico, devendo ser revisto e eventualmente corrigido anualmente; absorverá automaticamente as alterações legislativas que o condicionam incluindo novas posturas que de algum modo lhe digam respeito, logo que publicadas em Diário da República. O facto de este primeiro RI da nova estrutura de gestão escolar – com o ressurgimento de o Director – e, nesta Escola com este já em exercício de funções quando da elaboração do documento, recomenda a auscultação desta entidade, no sentido de que sejam contemplados, desde já, os aspectos que entenda devam constar do regulamento e para os quais a lei lhe confira competências. Apesar das limitações temporais, a preocupação com a audição e participação, foi de resto estendida a toda a comunidade educativa, registando-se contributos diversificados para a elaboração deste documento que foram ponderados e incluídos na sua redacção final. Como o órgão gerador do RI é transitório (Conselho Geral Transitório) e tendo o próximo Conselho Geral (com mandato para quatro anos) competências para revisão do documento foi, nesta primeira versão, posta especial atenção nos aspectos entendidos como fundamentais para uma pacífica transição de sistema de gestão e para um tranquilo início do novo ano lectivo.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

2.

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.º

Âmbito de aplicação

O Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate é o documento que define os direitos e deveres dos membros da comunidade escolar e o regime de funcionamento da escola e de cada um dos seus órgãos de administração e gestão, estruturas de orientação e serviços especializados de apoio educativo.

Artigo 2.º Comunidade escolar

A comunidade escolar da Escola Secundária de Monserrate é constituída pelo conjunto dos: a) Alunos matriculados; b) Pessoal docente em exercício efectivo de funções; c) Pessoal não docente em exercício efectivo de funções; d) Pais e encarregados de educação dos alunos matriculados.

Artigo 3.º Comunidade educativa

Numa perspectiva de territorialização da política educativa, a comunidade educativa da Escola Secundária de Monserrate integra, para além da comunidade escolar, todos os organismos da realidade social em que a escola se insere cujas características e recursos específicos sejam relevantes para a concretização da dinâmica educativa da escola, em especial os órgãos autárquicos, as estruturas e serviços locais das áreas da saúde, da segurança social, da qualificação profissional e do emprego e, ainda, entre outras, as instituições da carácter cultural, artístico, científico, ambiental e económico.

Artigo 4.º Princípios gerais

1. A educação é um direito universal e deverá ter como finalidade última a promoção integral da personalidade e das aptidões dos jovens na medida das suas potencialidades. Deverá formá-los no respeito pelos Direitos do Homem e pelas liberdades fundamentais para que, cidadãos intervenientes, assumam responsabilidades de vida numa sociedade livre, num espírito de compreensão, de paz, de tolerância, de igualdade entre os sexos e de amizade entre todos os povos.

2. A escola é um espaço privilegiado para a educação, quer através da transmissão dos saberes do nosso património colectivo quer pela sua capacidade em criar oportunidades potenciadoras da intervenção activa dos jovens nos problemas e situações da sua envolvência. A escola é um espaço, privilegiado, de formação, para a criatividade, para a defesa do bem comum e para a participação crítica do jovem numa sociedade democrática.

3. Os membros da comunidade escolar têm direito à liberdade de associação. 4. Os membros da comunidade escolar têm direito à liberdade de expressão, desde que de acordo

com os princípios éticos da comunidade educativa. 5. Finalmente, a escola deve ser um espaço em diálogo contínuo com toda a comunidade

educativa.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

3.

CAPÍTULO II DA COMUNIDADE EDUCATIVA - DIREITOS E DEVERES

SECÇÃO I

DISPOSIÇÕES COMUNS

Artigo 5.º Direitos

São direitos comuns a todos os membros da comunidade educativa os consagrados na legislação aplicável em vigor, designadamente os das alíneas seguintes:

a) Ser tratado com respeito, correcção e afabilidade por qualquer elemento da comunidade;

b) Ser eleito e eleger para órgãos de administração e gestão bem como para quaisquer outras estruturas, conselhos e associações, de acordo com a lei;

c) Ver respeitada a confidencialidade dos elementos constantes do seu processo individual, ou do diálogo tido com a escola, de natureza pessoal ou relativos à família;

d) Ver salvaguardada a sua segurança na escola e respeitada a sua integridade física e moral;

e) Conhecer as normas e os horários de funcionamento de todos os serviços da escola; f) Conhecer as normas e regras de saúde e de segurança da Escola Secundária de

Monserrate (ESM); g) Conhecer o Regulamento Interno; h) Participar na elaboração do Projecto Educativo de Escola (PEE) e no seu acompanhamento

e avaliação.

Artigo 6.º Deveres

São deveres comuns a todos os membros da comunidade educativa os consagrados na legislação aplicável em vigor, designadamente os das alíneas seguintes:

a) Conhecer, cumprir e fazer cumprir o Regulamento Interno; b) Conhecer a legislação fundamental que se prende com o exercício da sua função

específica; c) Zelar por um clima de sadia convivência co-responsabilizando-se, com os órgãos de

administração e gestão, pelo caminhar da comunidade educativa; d) Conhecer as normas específicas e os horários de funcionamento de todos os serviços

da escola; e) Ser assíduo, pontual e responsável no cumprimento dos seus horários e/ou tarefas que

lhe forem cometidas; f) Participar nas actividades incluídas no Plano Integrado de Segurança; g) Participar na eleição dos seus representantes e prestar-lhes colaboração; h) Tratar com respeito, correcção e afabilidade qualquer elemento da comunidade

educativa; i) Promover formas de conduta e atitudes que propiciem um clima de confiança e harmonia

baseado no respeito e tolerância mútuos.

SECÇÃO II ALUNOS

Artigo 7.º Direitos

1. Todo o aluno tem direito à educação e a uma justa e efectiva igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolares pelo que são direitos dos alunos, para além dos direitos gerais do artigo 5.º deste RI e os direitos específicos da Lei n° 30/2002, de 20 de Dezembro, com as alterações introduzidas pela Lei n° 3/2008 de 18 de Dezembro, os seguintes:

a) Ter acesso a uma educação de qualidade que permita a realização de aprendizagens bem

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

4.

sucedidas; b) Beneficiar de actividades e medidas de apoio específicas, designadamente no âmbito de

intervenção dos serviços de psicologia e orientação escolar e vocacional; c) Beneficiar de apoios educativos adequados às suas necessidades educativas; d) Beneficiar de acções de discriminação positiva no âmbito dos serviços de acção

social escolar; e) Apresentar críticas e sugestões relativas ao funcionamento da escola; f) Ser ouvido em todos os assuntos que lhe digam respeito pelos professores,

Directores/Orientadores Educativos/Coordenadores de Turma e órgãos de administração e gestão da escola;

g) Organizar e participar em iniciativas que promovam a sua formação e ocupação dos tempos livres;

h) Ser pronta e adequadamente assistido em caso de acidente ou doença súbita, ocorridos no âmbito das actividades escolares;

i) Utilizar as instalações que lhe estão destinadas, bem como outras, com a devida autorização;

j) Ser informado, com linguagem adequada à sua idade e nível de ensino, sobre: i) Modo de organização do seu plano de estudos ou curso, programa e objectivos

essenciais de cada disciplina ou área disciplinar e processos e critérios de avaliação; ii) Matrículas, abono de família e regimes de candidatura a apoios sócio-

educativos; iii) Normas de utilização e de segurança dos materiais e dos equipamentos da

escola; iv) Normas de utilização dos vários serviços da escola; v) Iniciativas em que possa participar e de que a escola tenha conhecimento;

k) Ser representado pelo delegado e subdelegado da sua turma, eleitos no início do ano;

l) A constituir uma associação de estudantes, nos termos da legislação aplicável. 2. Todo o aluno tem direito a ver reconhecido e valorizados o mérito, a dedicação e o esforço do

seu desempenho escolar e da sua conduta cívica, e ser estimulado nesse sentido nos termos seguintes: a) Aos alunos que se destaquem ao longo do ano lectivo serão atribuídas menções de mérito,

publicitadas na comunidade educativa, nomeadamente na página de Internet da escola. b) As menções de mérito poderão ser atribuídas a alunos que se destaquem por:

i) Desempenho na globalidade das tarefas de aprendizagem, traduzido pela média final das classificações nas diversas disciplinas ou áreas disciplinares;

ii) Desempenho meritório numa disciplina ou numa área de conhecimentos particulares;

iii) Comportamento cívico exemplar, traduzido pelo exercício da cidadania dentro e fora da escola;

iv) Outros desempenhos, comportamentos ou atitudes que possam ser considerados meritórios.

c) Compete ao director determinar os critérios e os procedimentos para análise e atribuição das menções de mérito que poderão ser patrocinados por entidades externas à Escola.

d) A escola reconhecerá o mérito em sessão solene a realizar no dia da escola. e) As menções de mérito serão registadas no processo individual do aluno.

Artigo 8.º Deveres

1. São deveres dos alunos da ESM, para além dos deveres gerais do artigo 6º deste RI e os deveres específicos da Lei n.° 30/2002, de 20 de Dezembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.° 3/2008 de 18 de Dezembro, os seguintes:

a) Seguir as orientações dos docentes relativas ao seu processo de ensino-aprendizagem; b) Fazer-se acompanhar do material necessário indicado para a aula;

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

5.

c) Respeitar as instruções do pessoal docente e não docente; d) Respeitar o exercício do direito à educação e ensino de todos os outros alunos,

independentemente das suas convicções religiosas, políticas ou outras; e) Respeitar a integridade física e moral de todos os membros da comunidade educativa; f) Não utilizar linguagem ofensiva; g) Participar nas actividades educativas ou formativas desenvolvidas na escola, bem como

nas demais actividades organizativas que requeiram a participação dos alunos; h) Zelar pela preservação, conservação e asseio da escola, nomeadamente no que diz

respeito a instalações, material didáctico, mobiliário e demais equipamentos e espaços verdes, utilizando-os de forma adequada;

i) Respeitar a propriedade dos bens de todos os elementos da comunidade educativa; j) Não possuir e não consumir substâncias aditivas, nos termos da legislação em vigor, nem

promover qualquer forma de tráfico, facilitação e consumo das mesmas; k) Não praticar qualquer acto ilícito; l) Comunicar imediatamente, aos funcionários, a presença na escola, de qualquer elemento

estranho; m) Ser portador, diariamente, do cartão de estudante; n) Não transportar quaisquer materiais, equipamentos tecnológicos, instrumentos ou

engenhos, passíveis de, objectivamente, perturbarem o normal funcionamento das actividades lectivas, ou poderem causar danos físicos ou morais aos alunos ou a terceiros;

o) Desligar telemóveis e equipamentos similares que provoquem desconcentração, antes de entrar na sala de aula ou em qualquer outra actividade onde não seja permitida a sua utilização.

SUBSECÇÃO I

DEVER DE FREQUÊNCIA E DE ASSIDUIDADE

Artigo 9.º Frequência e assiduidade

1. Dever de assiduidade 1.1. O dever de assiduidade implica para o aluno quer a presença na sala de aula e demais

locais onde se desenvolva o trabalho escolar, quer uma atitude de empenho intelectual e comportamental adequados, de acordo com a sua idade, ao processo de ensino aprendizagem.

1.2. Os alunos são responsáveis pelo cumprimento do dever de frequência e assiduidade nos termos da lei.

1.3. Os encarregados de educação dos alunos menores de idade são responsáveis conjuntamente com estes pelo cumprimento do dever de frequência e assiduidade;

1.4. A assiduidade dos alunos/formandos/adultos dos cursos CNO, EFA, Unidades/Módulos, Cursos Profissionais e CEF regem-se por legislação própria.

2. Faltas de presença

2.1. É marcada falta de presença sempre que o aluno não esteja presente no início da aula ou de outra actividade escolar de frequência obrigatória, ou facultativa caso tenha havido lugar a inscrição;

2.1.1. Aos alunos que participam em actividades desenvolvidas fora da escola (Projectos de Escola, Visitas de Estudo, Concursos, Olimpíadas e outras similares), mas que constituem trabalho escolar, não deverão ser marcadas faltas, uma vez que estão em representação da Escola.

2.2. O aluno deve entregar a justificação de falta de presença até ao 3.º dia útil subsequente à falta, ou, sendo previsível a sua ausência, deve fazê-lo previamente.

2.3. A entrega da justificação deve ser feita junto do Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma, a quem compete decidir da sua aceitação, podendo este solicitar os comprovativos adicionais que entenda necessários à justificação da falta.

2.4. Em situações excepcionais, pode a justificação ser enviada pelo correio, em carta registada, ou entregue na secretaria da escola, contra entrega de um talão de recebimento,

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6.

endereçada ao Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma. 2.5. Será dado conhecimento ao encarregado de educação, num prazo de 3 dias úteis, sempre

que o aluno não apresente justificação para as faltas dadas ou a mesma não seja aceite. 2.6. Quando for atingido o número de faltas correspondente ao dobro do número de tempos

lectivos semanais, por disciplina, os pais ou o encarregado de educação ou, quando maior de idade, o aluno, são convocados à escola, pelo meio mais expedito, pelo Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma com o objectivo de os alertar para as consequências do excesso grave de faltas e de se encontrar uma solução que permita garantir o cumprimento efectivo do dever de frequência, bem como o necessário aproveitamento escolar. Caso tal se revele impraticável, por motivos não imputáveis à escola, a respectiva Comissão de Protecção de Crianças e Jovens deverá ser informada do excesso de faltas do aluno, sempre que a gravidade especial da situação o justifique.

2.7. Verificada a existência de faltas dos alunos, a escola pode promover a aplicação da medida ou medidas correctivas, previstas no artigo nº10, que se mostrem adequadas.

2.8. Sempre que um aluno, independentemente da natureza das faltas, atinja um número total de faltas correspondente ao triplo de tempos lectivos semanais, por disciplina, ou, tratando-se, exclusivamente, de faltas injustificadas, o dobro de tempos lectivos semanais, por disciplina, deve realizar, logo que avaliados os efeitos da aplicação das medidas correctivas referidas no número anterior, uma prova de recuperação, na disciplina ou disciplinas em que ultrapassou aquele limite, competindo ao Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma e ao professor da disciplina fixar os termos dessa realização.

2.8.1. A(s) medida(s) correctiva(s) prevista(s) no nº 2.8 deve(m) incluir/privilegiar a realização de tarefas e/ou actividades que prevejam a aquisição dos conteúdos a cuja leccionação o aluno faltou.

2.8.2. A prova de recuperação prevista no nº 2.8 poderá ser escrita, oral e/ou prática, dependendo da especificidade da(s) disciplina(s) e/ou área curricular e de acordo com as necessidades detectadas para o aluno em questão. (Fichas de trabalho/trabalho escrito, ficha de recuperação de conteúdos, exposição oral, trabalhos práticos a definir em laboratório/oficina, entre outros.), com duração a definir pelo Conselho de Turma.

2.9. Quando o aluno não obtém aprovação na prova referida no número anterior, o Conselho de Turma pondera a justificação ou injustificação das faltas dadas, o período lectivo e o momento em que a realização da prova ocorreu e, sendo o caso, os resultados obtidos nas restantes disciplinas, podendo determinar:

a) O cumprimento de um plano de acompanhamento especial e a consequente realização de uma nova prova;

b) A exclusão do aluno, a qual consiste na impossibilidade de esse aluno frequentar, até ao final do ano lectivo em curso, a disciplina ou disciplinas em relação às quais não obteve aprovação na referida prova.

2.10. Quando o aluno não obtém aprovação na prova referida nos dois números anteriores deverá colocar-se a menção única de NÃO APTO (consoante a natureza da prova - escrita, oral ou prática – e proceder-se-á ao registo na prova ou em instrumento de registo adequado a anexar ao processo do aluno).

2.11. Com a aprovação do aluno na prova prevista no n.º 2.8 ou naquela a que se refere a alínea a) do n.º 2.9, o mesmo retoma o seu percurso escolar normal, contando as faltas para fins de ponderação da avaliação final do aluno.

2.11.1. Com a aprovação do aluno na prova prevista no n.º 2.8 deverá colocar-se a menção única de APTO (consoante a natureza da prova - escrita, oral, prática - proceder-se-á ao registo na prova ou em instrumento de registo adequado a anexar ao processo do aluno) e as faltas dadas até então deixarão de ser contabilizadas para efeitos de realização de uma eventual nova prova de recuperação, uma vez que estas já foram objecto de aplicação dos mecanismos legais e deverá ser objecto de registo em acta. Esta última situação não se aplica a alunos reincidentes sem a análise/ponderação do Conselho de Turma.

2.12. A não comparência do aluno à realização da prova de recuperação prevista no n.º 2.8 ou aquela a que se refere a alínea a) do n.º 2.9, quando não justificada através da forma

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7.

prevista no n.º 2.2, determina a sua exclusão, nos termos e para os efeitos constantes na alínea b) do n.º 2.9.

2.13. São faltas justificadas as dadas pelos seguintes motivos: a) Doença do aluno, devendo esta ser declarada por médico se determinar impedimento

superior a cinco dias úteis; b) Isolamento profiláctico, determinado por doença infecto-contagiosa de pessoa que

coabite com o aluno, comprovada através de declaração da autoridade sanitária competente;

c) Falecimento de familiar, durante o período legal de justificação de faltas por falecimento de familiar previsto no estatuto dos funcionários públicos;

d) Nascimento de irmão, durante o dia do nascimento e o dia imediatamente posterior; e) Realização de tratamento ambulatório, em virtude de doença ou deficiência, que não

possa efectuar-se fora do período das actividades lectivas; f) Assistência na doença a membro do agregado familiar, nos casos em que,

comprovadamente, tal assistência não possa ser prestada por qualquer outra pessoa; g) Acto decorrente da religião professada pelo aluno, desde que o mesmo não possa

efectuar-se fora do período das actividades lectivas e corresponda a uma prática comummente reconhecida como própria dessa religião;

h) Participação em provas desportivas ou eventos culturais, nos termos da legislação em vigor;

i) Participação em actividades associativas, nos termos da lei; j) Cumprimento de obrigações legais; k) Outro facto impeditivo da presença na escola, desde que, comprovadamente, não seja

imputável ao aluno ou seja, justificadamente, considerado atendível pelo Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma.

3. Faltas de material

3.1. Quando o aluno não seja portador do material considerado indispensável, ser-lhe-á marcada uma falta de material.

3.2. Essa falta é justificável ao professor da respectiva disciplina e ao Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma.

3.3. Quando o aluno apresentar 3 faltas de material à mesma disciplina ou 6 em diferentes disciplinas será dado conhecimento do facto ao encarregado de educação.

3.4. Quando a aluno atinge, pela segunda vez, o limite estabelecido no número anterior, o Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma convocará o encarregado de educação para uma reunião.

3.5. Ultrapassado o limite fixado em 3.4. a falta de material poderá conduzir à aplicação de medida correctiva.

3.6. O material considerado indispensável para cada disciplina, deve ser indicado pelo respectivo professor, no início do ano lectivo, após deliberação do grupo disciplinar/departamento.

4. Outros deveres:

4.1. Os alunos, na sala de aula, são solidariamente responsáveis entre si por todos os actos e todos os danos que venham a verificar-se no caso de ocultação dos responsáveis, incorrendo em inquérito disciplinar respectivo para apuramento do facto.

4.2. Sempre que um aluno, grupo de alunos ou uma turma danifique as instalações e/ou equipamentos da comunidade escolar, por negligência ou vandalismo, terá de pagar os prejuízos causados.

4.3. Os alunos não podem sair das salas de aula durante o decorrer das mesmas, salvo casos pontuais e sem carácter sistemático devidamente justificados.

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8.

SUBSECÇÃO II MEDIDAS CORRECTIVAS E MEDIDAS DISCIPLINARES SANCIONATÓRIAS

Artigo 10.º

Medidas correctivas e medidas disciplinares sancionatórias

1.Definição 1.1 O comportamento do aluno que contrarie as normas de conduta e de convivência e se

traduza no incumprimento de algum dos deveres previstos na lei e/ou neste regulamento, revelando-se perturbador do regular funcionamento das actividades da escola ou das relações no âmbito da comunidade educativa, deve ser objecto de intervenção, sendo passível de advertência ou de aplicação de medida correctiva ou medida disciplinar sancionatória.

2. Finalidades

2.1. As medidas correctivas e as medidas disciplinares sancionatórias têm objectivos pedagógicos, visando a correcção do comportamento perturbador e o reforço da formação cívica e democrática dos alunos, tendentes ao equilibrado desenvolvimento da sua personalidade e à capacidade de se relacionar com os outros, bem como à sua plena integração na comunidade educativa.

2.2. As medidas disciplinares sancionatórias, tendo em conta a especial relevância do dever violado e gravidade da infracção praticada, prosseguem igualmente, para além das identificadas no número anterior, finalidades punitivas.

2.3. Nenhuma medida disciplinar pode, por qualquer forma, ofender a integridade física, psíquica e moral do aluno.

2.4. Fora da sala de aula, qualquer professor ou funcionário não docente, tem competência para advertir o aluno, confrontando-o verbalmente com o comportamento perturbador, alertando-o de que deve evitar tal tipo de conduta.

3. Aplicação 3.1. A aplicação de medida correctiva ou medida disciplinar sancionatória deve ser integrada no

processo de identificação das necessidades educativas do aluno, no âmbito do desenvolvimento do projecto educativo da escola.

3.2. A medida correctiva ou medida disciplinar sancionatória deve ser adequada aos objectivos de formação do aluno, ponderando-se na sua determinação a gravidade do incumprimento do dever violado, a idade do aluno, o grau de culpa, o meio familiar e social em que o mesmo se insere, os seus antecedentes disciplinares e todas as demais circunstâncias em que a infracção foi praticada que militem contra ou a seu favor.

3.3. Da aplicação de qualquer medida correctiva ou medida disciplinar sancionatória deve ser dado prévio conhecimento ao aluno e respectivo encarregado de educação.

3.4. A aplicação das medidas correctivas ou medidas disciplinares sancionatórias deve ser acompanhada por uma equipa de docentes especialmente vocacionada para a “Integração Escolar”, nomeada pelo director, a qual trabalhará em conjunto com os serviços de psicologia e orientação.

4. Tipificação

4.1 São medidas correctivas: a) A ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho

escolar; b) A realização de tarefas e actividades de integração escolar, podendo, para esse efeito,

ser aumentado o período de permanência obrigatória, diária ou semanal, do aluno na escola;

c) O condicionamento no acesso a certos espaços escolares, ou na utilização de certos materiais e equipamentos, sem prejuízo dos que se encontrem afectos a actividades lectivas;

d) A mudança de turma. 4.2 As medidas correctivas prosseguem as finalidades referidas no n.º 2.1 do presente artigo.

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9.

4.3 São medidas disciplinares sancionatórias: a) A repreensão registada; b) A suspensão da escola até 10 dias úteis; c) A transferência de escola.

4.4. As medidas disciplinares sancionatórias prosseguem as finalidades referidas no n.º 2.2 do presente artigo.

5. Cumulação de medidas disciplinares

5.1. A aplicação das medidas correctivas é cumulável entre si. 5.2. A aplicação de uma ou mais das medidas correctivas é cumulável apenas com a aplicação

de uma medida disciplinar sancionatória. 5.3. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, por cada infracção apenas pode ser

aplicada uma medida disciplinar sancionatória. 6. Procedimentos relativamente às medidas correctivas.

6.1. Ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar. 6.1.1. A aplicação da medida correctiva de ordem de saída da sala de aula e demais locais

onde se desenvolva o trabalho escolar é da exclusiva competência do professor respectivo e implica a permanência do aluno na escola, competindo àquele determinar o período de tempo durante o qual o aluno deve permanecer fora da sala de aula, se a aplicação de tal medida correctiva acarreta ou não a marcação de falta ao aluno e quais as actividades, se for caso disso, que o aluno deve desenvolver no decurso desse período de tempo.

6.2. Realização de tarefas e actividades de integração escolar, atendendo ao perfil do aluno e tendo como objectivos corrigir o seu comportamento ou a justificação de faltas visando a recuperação de conteúdos.

6.2.1. Consideram-se tarefas e actividades de integração escolar as seguintes: a) Integração noutra sala: em turma com a mesma disciplina ou em turma com o mesmo

professor; b) A reparação dos danos materiais causados pelo aluno; c) Apoio aos vários serviços/ secções da escola; d) Actividades de manutenção e conservação do recinto escolar; e) Actividades de embelezamento da escola; f) Actividades de apoio ao Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma; g) Apoio aos professores em actividades de complemento curricular; h) Dinamização de clubes; i) Trabalhos de pesquisa no Centro de Aprendizagem (CA) ou em casa; i) Outras actividades consideradas pertinentes pelo Conselho de Turma.

6.2.2. Em caso de atrasos devidamente justificado, poderá/deverá proceder-se à acumulação desses atrasos até perfazer um ou dois tempos a compensar posteriormente. Deverá, contudo, existir uma tolerância para atrasos à primeira aula da manhã – 8h30min. – e à primeira da tarde – 13h30min, tendo em conta o difícil cumprimento horário dos transportes escolares.

6.2.3. Todas as actividades deverão ser prévia e atempadamente definidas. 6.2.4. A aplicação da medida correctiva de realização de tarefas e actividades de integração

escolar é da competência do director, ouvido o Conselho de Turma. 6.3. Condicionamento no acesso a certos espaços escolares, ou na utilização de certos

materiais e equipamentos, sem prejuízo dos que se encontrem afectos a actividades lectivas.

6.3.1. A aplicação da medida correctiva prevista em 6.3 é da competência do Conselho de Turma e do Director, depois de ouvido o Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma, devendo o Encarregado de Educação ser previamente informado pelo Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma.

6.3.2. A aplicação, e posterior execução, da medida correctiva prevista em 6.3., não pode ultrapassar o período de tempo correspondente a um ano lectivo.

6.4. Mudança de turma

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10.

6.4.1. A aplicação da medida correctiva prevista em 6.4 é da competência do Conselho de Turma disciplinar e do director, ouvido o Conselho de Turma.

6.4.2. A aplicação, e posterior execução, da medida correctiva prevista em 6.4, só deve ser levada a cabo se daí não resultar agravamento do comportamento do aluno ou perturbação da nova turma para a qual o aluno vai ser, ou foi, transferido.

7. Procedimentos relativamente às medidas disciplinares sancionatórias.

7.1. As medidas disciplinares sancionatórias traduzem uma censura disciplinar do comportamento assumido pelo aluno, devendo a ocorrência dos factos em que tal comportamento se traduz ser participada pelo professor ou funcionário que a presenciou ou dela teve conhecimento, de imediato, ao respectivo Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma, para efeitos da posterior comunicação ao Director.

7.2. Repreensão registada. 7.2.1. A aplicação da medida disciplinar sancionatória de repreensão registada é da

competência do professor respectivo, quando a infracção for praticada na sala de aula, ou do Director, nas restantes situações, averbando-se no respectivo processo individual do aluno, a identificação do autor do acto decisório, data em que o mesmo foi proferido e a fundamentação de facto e de direito que norteou tal decisão.

7.3. Suspensão da escola até 10 dias úteis. 7.3.1. A decisão de aplicar a medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola até 10

dias úteis é precedida da audição em auto do aluno visado, do qual constam, em termos concretos e precisos, os factos que lhe são imputados, os deveres por ele violados e a referência expressa, não só da possibilidade de se pronunciar relativamente àqueles factos, como da defesa elaborada, sendo competente para a sua aplicação o Director, que pode, previamente, ouvir o Conselho de Turma.

7.3.2 Compete ao Director, ouvidos os pais ou o Encarregado de Educação do aluno, quando menor de idade, fixar os termos e condições em que a aplicação da medida disciplinar sancionatória referida em 7.3 será executada, podendo igualmente, se assim o entender, e para aquele efeito, estabelecer eventuais parcerias ou celebrar protocolos ou acordos com entidades públicas ou privadas.

7.3.3. Na impossibilidade dos pais ou o Encarregado de Educação do aluno poderem participar na audição a realizar nos termos do ponto anterior, a Associação de Pais e Encarregados de Educação deve ser ouvida, preservando o dever de sigilo.

7.3.4. Compete ao Director, ouvido o Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma ou o Conselho de Turma e ao Conselho de Turma disciplinar, decidirem sobre quais os efeitos decorrentes das faltas dadas pelo aluno no decurso do período de aplicação da medida referida em 7.3., no que respeita, nomeadamente, à sua assiduidade e avaliação.

7.4 Transferência de escola 7.4.1. A aplicação da medida disciplinar sancionatória de transferência de escola reporta-se à

prática de factos notoriamente impeditivos do prosseguimento do processo de ensino-aprendizagem dos restantes alunos da escola, ou do normal relacionamento com algum ou alguns dos membros da comunidade educativa.

7.4.2. A medida disciplinar sancionatória de transferência de escola apenas é aplicada quando estiver assegurada a frequência de outro estabelecimento.

7.4.3. A aplicação da medida disciplinar sancionatória de transferência de escola é da competência do Director Regional de Educação.

8. A competência para a instauração de procedimento disciplinar por comportamentos susceptíveis

de configurarem a aplicação de alguma das medidas disciplinares sancionatórias previstas em 7.3 e 7.4 é do Director, devendo o despacho instaurador ser proferido no prazo de um dia útil, a contar do conhecimento concreto e preciso da situação.

9. Suspensão preventiva 9.1 Havendo lugar à suspensão preventiva do aluno, na sequência de instauração de

procedimento disciplinar, as faltas dadas no decurso deste período só deverão provocar efeitos

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

11.

se, tendo havido aplicação de medida disciplinar sancionatória, a equipa que o acompanhou considerar não ter havido alteração do seu comportamento.

9.2 É garantido ao aluno objecto de suspensão preventiva de um plano de actividades pedagógicas durante o período de ausência da escola, da responsabilidade dos professores da turma.

10. Tramitação processual 10.1. A tramitação processual é a que se encontra descrita no Estatuto do Aluno.

SUBSECÇÃO III AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS

Artigo 11.º

Avaliação das aprendizagens dos alunos

1. A avaliação dos alunos compreende a avaliação diagnóstica, a avaliação formativa e a avaliação sumativa.

2. A avaliação diagnóstica corresponde ao momento de avaliação inicial. Consiste no levantamento

de conhecimentos dos alunos considerados com pré-requisitos para iniciar um novo programa ou uma nova unidade temática ou modular, fornecendo indicativos sobre a posição do aluno face a novas aprendizagens. Dada a sua natureza de levantamento de informação a avaliação diagnóstica poderá: 2.1. Acontecer no início do ano lectivo, de uma unidade didáctica ou modular ou de um

trimestre; 2.2. Funcionar apenas como um dado indicador para o professor e não contar para a

progressão do aluno. 3. A avaliação formativa consiste na recolha e tratamento de dados relativos aos vários domínios

da aprendizagem que integram os conhecimentos e as competências adquiridas, as atitudes desenvolvidas e as destrezas dominadas. Dada a sua natureza de acompanhamento permanente da aprendizagem de cada aluno, a avaliação formativa: 3.1. Destina-se a informar o aluno, o encarregado de educação, os professores e outros

intervenientes sobre a qualidade do processo educativo e sobre o desenvolvimento das aprendizagens;

3.2. Tem uma função diagnóstica, servindo para orientar a intervenção do professor e o ajustamento de processos e estratégias;

3.3. Determina a adopção de medidas de diferenciação pedagógica adequadas às características dos alunos e às aprendizagens a desenvolver;

3.4. Fornece informações sobre o cumprimento dos objectivos curriculares; 3.5. É de carácter descritivo, qualitativo, sistemático e contínuo.

4. A avaliação sumativa sintetiza num juízo globalizante o grau de desenvolvimento de

conhecimentos, competências, capacidades e atitudes do aluno, no final de um período de ensino e aprendizagem. A avaliação individual sumativa deve ter em conta todas as circunstâncias relativas a cada um dos alunos, não se circunscrevendo apenas à vertente cognitiva, mas também ao seu desempenho global como empenhamento, comportamento, assiduidade, integração na turma e na escola e outras atitudes pertinentes.

Em matéria de avaliação sumativa, os alunos têm direito:

a) A serem informados, no início de cada ano lectivo, dos critérios e instrumentos de avaliação de cada uma das disciplinas.

b) A serem avaliados com justiça e equidade, com base nos critérios previamente definidos pelos grupos disciplinares e aprovados pelo Conselho Pedagógico.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

12.

SUBSECÇÃO IV PROCESSO INDIVIDUAL DO ALUNO

Artigo 12.º

Processo individual do aluno

1. O Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma é o responsável pela elaboração, consulta e conservação do processo individual do aluno, ao qual têm acesso, além do aluno, os respectivos professores, os pais e os encarregados de educação.

2. O acesso ao processo individual do aluno por outras pessoas ou entidades não mencionadas

no número anterior, carece de autorização prévia do Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma, tendo em consideração os normativos legais em vigor.

3. Serão registados no processo individual do aluno as informações relevantes do seu percurso

educativo, designadamente as relativas aos comportamentos meritórios e a infracções e medidas disciplinares, incluindo a descrição dos respectivos efeitos.

4. As informações contidas no processo individual do aluno referentes a matéria disciplinar e de

natureza pessoal do aluno referentes a matéria disciplinar e de natureza pessoal e familiar são estritamente confidenciais, encontrando-se vinculados pelo dever de sigilo todos os membros da comunidade educativa que a elas tenham acesso.

SECÇÃO III

PESSOAL DOCENTE

SUBSECÇÃO I DIREITOS E DEVERES

Artigo 13.º

Direitos São direitos do pessoal docente:

a) Participar nas opções fundamentais para o sector educativo e para o funcionamento da organização escolar;

b) Emitir pareceres e recomendações sobre as orientações e o funcionamento do estabelecimento de ensino e do sistema educativo;

c) Intervir na orientação pedagógica através da liberdade de iniciativa, a exercer no quadro dos planos de estudo aprovados e do projecto educativo da escola, na escolha dos métodos de ensino, das tecnologias e técnicas de educação e dos tipos de meios auxiliares de ensino mais adequados;

d) Participar em experiências pedagógicas, bem como nos respectivos processos de avaliação;

e) Aceder a acções de formação contínua regulares, destinadas a actualizar e aprofundar os seus conhecimentos e competências profissionais;

f) Ser apoiado na auto-formação, de acordo com o respectivo plano individual de formação; g) Dispor de apoio técnico, material e documental para o exercício das suas funções.

Artigo 14.º Deveres

1. São deveres do pessoal docente: a) Orientar o exercício das suas funções pelos princípios do rigor, da isenção, da justiça e da

equidade; b) Contribuir para a formação e realização integral dos alunos, promovendo o

desenvolvimento das suas capacidades, estimulando a sua autonomia e criatividade, incentivando a formação de cidadãos civicamente responsáveis e democraticamente intervenientes na vida da comunidade;

c) Reconhecer e respeitar as diferenças culturais e pessoais dos alunos e demais membros da comunidade educativa, valorizando os diferentes saberes e culturas e combatendo

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

13.

processos de exclusão e discriminação; d) Colaborar com todos os intervenientes no processo educativo, favorecendo a criação e o

desenvolvimento de relações de respeito mútuo, em especial entre docentes, alunos, encarregados de educação e pessoal não docente;

e) Orientar o exercício das suas funções por critérios de qualidade, procurando o seu permanente aperfeiçoamento e tendo como objectivo a excelência;

f) Dar cumprimento às decisões tomadas pelos órgãos de administração e gestão, bem como pelas estruturas de orientação educativa;

g) Gerir o processo de ensino-aprendizagem, no âmbito dos programas definidos, adoptando mecanismos de diferenciação pedagógica susceptíveis de responder às necessidades individuais dos alunos;

h) Respeitar a natureza confidencial da informação relativa aos alunos e respectivas famílias;

i) Contribuir para a reflexão sobre o trabalho realizado individual e colectivamente; j) Enriquecer e partilhar os recursos educativos, bem como utilizar novos meios de ensino que

lhe sejam propostos, numa perspectiva de abertura à inovação e de reforço da qualidade do processo de ensino-aprendizagem;

k) Corresponsabilizar-se pela preservação e uso adequado das instalações e equipamentos e propor medidas de melhoramento e renovação;

l) Actualizar e aperfeiçoar os seus conhecimentos, capacidades e competências, numa perspectiva de desenvolvimento pessoal e profissional;

m) Participar de forma empenhada nas várias modalidades de formação que frequente, designadamente nas promovidas pela Administração, e usar as competências adquiridas na sua prática profissional.

2. No âmbito da organização das actividades lectivas, são ainda deveres do pessoal docente:

a) Definir com os alunos de forma clara e inequívoca, no início do ano lectivo, as regras de funcionamento da aula;

b) Informar os alunos, no início do ano lectivo e no início de cada módulo, nos cursos com uma estrutura modular, sobre os critérios de avaliação aprovados pelo Conselho Pedagógico para a disciplina/módulo;

c) Devolver aos alunos, com a brevidade possível, os trabalhos escritos que executem, e, no caso dos testes, entregá-los e fazer a sua correcção na aula sempre antes da realização de novos testes;

d) Discutir a avaliação com os alunos quer durante, quer no final dos períodos ou da conclusão dos módulos;

e) Escrever os sumários, em conformidade com o seu horário, e registar as faltas dos alunos no Sistema Informático da Escola.

f) Comunicar atempadamente ao Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma, por escrito, os resultados dos testes de avaliação e outras informações consideradas relevantes, designadamente do foro disciplinar, sobre o aproveitamento e comportamento dos alunos.

g) Comunicar ao Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma, por escrito, qualquer ocorrência que implique a saída do aluno da aula, por comportamento incorrecto, que implique falta de presença.

SUBSECÇÃO II AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE

Artigo 15.º

Avaliação de desempenho 1. A avaliação de desempenho do pessoal docente rege-se por diplomas próprios. 2. Para este regulamento interno, nos termos do nº 2 do artigo 14º do DR nº 2/2008 de 10 de

Janeiro, e sem prejuízo da reformulação a que possa haver lugar, é estabelecido o seguinte

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

14.

calendário do processo de avaliação do desempenho do pessoal docente, tendo como referência o ano lectivo de 2008/2009:

Definição dos objectivos individuais Até 28 de Novembro /2008

. definição calendário de entrevistas . avaliadores

. presidente da CAP

. realização das entrevistas dos avaliados com os avaliadores . avaliadores

. avaliados

Calendarização de observação de aulas Até 28 de Novembro /2008

. negociação das datas com os avaliados . avaliadores

. avaliados

. homologação do calendário . avaliadores

. presidente CAP

Definição de metas e necessidades de intervenção específicas por turma

Até 28 de Novembro /2008

. análise em CT da avaliação diagnóstica feita nas várias disciplinas

. Conselho de Turma

. definição de eventuais planos de recuperação (PR) . Conselho de Turma

. definição de eventuais planos de acompanhamento (PA) . Conselho de Turma

. definição de eventuais planos de desenvolvimento (PD) . Conselho de Turma

Apreciação dos pais e enc. de educação Até 31 de Maio /2009

. preenchimento ficha de avaliação do Coordenador pelos professores do Departamento

. professores do Departamento

. CAP

Avaliação dos Coordenadores Até 30 de Junho /2009

. preenchimento ficha de avaliação do Coordenador pelos professores do Departamento

. professores do Departamento

. CAP

Preenchimento das fichas de auto-avaliação Até 15 de Julho /2009

. preenchimento das fichas de auto-avaliação . avaliados

Preenchimento das fichas de avaliação Até 31 de Julho /2009

. preenchimento das fichas de avaliação . avaliadores

Validação de propostas de avaliação Até 30 de Setembro /2009

. conferência e validação das propostas de avaliação de Excelente, Muito Bom, ou de Insuficiente

. CCAD

Entrevistas avaliadores/avaliado Até 30 de Outubro /2009

. realização da entrevista individual dos avaliadores com o respectivo avaliado

. avaliadores

. avaliado

Reunião conjunta dos avaliadores Até 15 de Novembro /2009

Reunião conjunta dos avaliadores para atribuição da avaliação final

. avaliadores

Reclamação Nos 10 dias após a tomada de conhecimento

Decisão da reclamação Nos 10 dias após reclamação

Recurso Nos 10 dias após decisão da reclamação

Decisão do recurso Nos 10 dias após o recurso

3. Os instrumentos de registos são elaborados e aprovados pelo Conselho Pedagógico. 4. O Coordenador de Departamento curricular avalia os professores do seu departamento até um

total de 12. Se o departamento tiver mais do que 12 elementos pode delegar competências noutro(s) professor(es) titular(es).

5. Não havendo professores titulares no departamento necessários à avaliação efectuada pelo

Coordenador de Departamento, deve o Director nomear, em Comissão de Serviço, como titular(es), o(s) professor(es) que for(em) necessário(s).

6. A avaliação dos docentes pelos Encarregados de Educação é facultativa, dependendo da

concordância expressa do professor, existindo para o efeito uma ficha própria aprovada pelo Conselho Pedagógico.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

15.

7. Os Coordenadores de Departamentos Curriculares e todos os outros professores avaliadores da componente científico-pedagógica são avaliados pelo Director, no seu desempenho profissional e enquanto avaliadores. Serão também avaliados pelos docentes do correspondente departamento quanto às respectivas funções de coordenação, por ficha proposta pelo Director, ouvida a CCAD e aprovada em Conselho Pedagógico, com uma ponderação de dez por cento no total da respectiva ficha de avaliação. Nas ficha de avaliação mencionada no ponto anterior deverá constar a identificação de quem a preenche.

8. A avaliação dos membros das direcções executivas é efectuada em moldes idênticos aos

previstos no SIADAP 2, sistema de avaliação de desempenho dos dirigentes da administração pública.

SECÇÃO IV

PESSOAL NÃO DOCENTE

SUBSECÇÃO I DIREITOS E DEVERES

Artigo 16.º

Direitos O pessoal não docente integra o conjunto de funcionários e agentes que, no âmbito das respectivas funções, contribuem para apoiar a organização e a gestão, bem como a actividade sócio-educativa das escolas, incluindo os serviços especializados de apoio sócio-educativo. Ao pessoal não docente aplica-se o regime geral de vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas. São direitos do pessoal não docente:

a) Usufruir de condições de trabalho indispensáveis ao bom desempenho das suas funções, incluindo apoio técnico, material e documental.

b) Ter acesso regular à frequência de acções de formação contínua destinadas a actualizar e aprofundar os conhecimentos e as competências profissionais;

c) Intervir e participar na organização e no funcionamento da Escola; d) Dispor, nos casos aplicáveis, de vestuário fornecido pela Escola, adequado ao serviço

específico; e) Participar em eleições, elegendo e sendo eleito, para órgãos colegiais dos

estabelecimentos de educação ou de ensino, nos termos da lei.

Artigo 17.º Deveres

1. Para além dos deveres previstos na lei geral aplicável à função pública, são deveres específicos do pessoal não docente: a) Contribuir para a plena formação, bem-estar e segurança dos alunos; b) Colaborar activamente com todos os intervenientes no processo educativo; c) Assegurar a realização e o desenvolvimento regular das actividades prosseguidas na

escola; d) Assegurar a preservação das instalações e equipamentos escolares; e) Empenhar-se nas acções de formação em que participar; f) Cooperar com os restantes intervenientes no processo educativo na identificação de

situações de qualquer carência ou de necessidade de intervenção urgente; g) Ser sempre portador de cartão identificativo.

2. Para efeitos do previsto na alínea a), são ainda deveres específicos do pessoal Assistente

Operacional: a) Vigiar atentamente todo o movimento escolar de forma a prevenir e minimizar situações de

perigo que possam envolver alunos;

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

16.

b) Acompanhar alunos sinistrados a tratamento, sempre que tal lhe seja superiormente determinado;

c) Impedir a presença, nos espaços interiores da escola, de pessoas estranhas à comunidade escolar;

d) Impedir que as actividades lectivas sejam perturbadas por alunos que se encontrem sem aulas;

e) Comunicar ao Director, de imediato e por escrito, qualquer situação de risco, de falta de segurança, de degradação de equipamentos e instalações escolares, bem como de quaisquer anomalias que, de alguma forma, possa perturbar o normal funcionamento da escola.

SUBSECÇÃO II

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO PESSOAL NÃO DOCENTE

Artigo 18.º

Avaliação de desempenho do pessoal não docente 1. A avaliação do pessoal não docente (assistentes técnicos, assistentes operacionais, guardas-

nocturnos, psicóloga e outros técnicos) rege-se por diplomas próprios. 2. A calendarização do processo de avaliação de desempenho do pessoal não docente é

estabelecida pelo Director.

SECÇÃO V PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

Artigo 19.º

Direitos Para além do direito de associação, são ainda direitos dos pais e encarregados de educação:

a) Participar na vida da escola e nas actividades promovidas pela Associação de Pais e Encarregados de Educação;

b) Informar-se, ser informado e informar a comunidade educativa sobre todos os aspectos relevantes no processo educativo do seu educando;

c) Comparecer na escola por sua iniciativa ou quando para tal for solicitado; d) Colaborar com os professores no âmbito do processo de ensino-aprendizagem do

seu educando; e) Ser convocado para reuniões com o Director/Orientador Educativo/Coordenador de

Turma e ter conhecimento da hora semanal de atendimento; f) Ser informado, durante e no final de cada período escolar, do aproveitamento e do

comportamento do seu educando; g) Articular a educação na família com o trabalho escolar; h) Cooperar com todos os membros da comunidade educativa no desenvolvimento de uma

cultura de cidadania, nomeadamente através da promoção de regras de convivência na escola;

i) Ser devidamente esclarecido acerca do funcionamento da escola, dos recursos e serviços existentes, dos critérios de avaliação adoptados, bem como sobre outras matérias com implicações no percurso escolar dos seus educandos.

Artigo 20.º Deveres

São deveres dos pais e encarregados de educação: a) Informar-se sobre todas as matérias relevantes no processo educativo do seu educando; b) Comparecer na escola pelo menos quando para tal for solicitado; c) Colaborar com os professores no âmbito do processo ensino-aprendizagem do seu

educando; d) Articular a educação na família com o trabalho escolar; e) Cooperar com todos os membros da comunidade educativa no desenvolvimento de uma

cultura de cidadania, nomeadamente através da promoção de regras de convivência na

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

17.

escola; f) Responsabilizar-se pelo cumprimento do dever de aproveitamento, assiduidade,

pontualidade e correcto comportamento do seu educando; g) Responsabilizar-se pelo cumprimento de tarefas de integração escolar, resultantes da

aplicação de medidas correctivas; h) Responsabilizar-se pela reposição de material danificado resultante de acção consciente do

dano causado; i) Justificar, nos termos da lei, as faltas dos seus educandos; j) Participar nas reuniões convocadas pelos órgãos de administração e gestão e pelas

estruturas de orientação educativa, bem como pela associação de pais e encarregados de educação;

k) Conhecer o estatuto do aluno, o regulamento interno da escola e subscrever, fazendo subscrever igualmente os seus filhos e educandos, declaração anual de aceitação do mesmo e de compromisso activo quanto ao seu cumprimento legal.

SECÇÃO VI CÂMARA MUNICIPAL DE VIANA DO CASTELO E OUTRAS ENTIDADES

Artigo 21.º

Câmara Municipal e outras entidades 1. Câmara Municipal A Câmara Municipal de Viana do Castelo colabora com os outros agentes educativos e tem o direito a participar, nos termos da lei, no Conselho Geral e, neste contexto, contribuir para a elaboração e execução do respectivo projecto educativo, bem como para a elaboração do regulamento interno. A participação da autarquia materializa-se na articulação da política educativa com outras políticas sociais, nomeadamente através da colaboração e participação na constituição de estruturas de apoio ou no Conselho Municipal de Educação. 2. Intervenção de outras entidades 2.1. Perante situações de perigo para a saúde, segurança ou educação do aluno menor, deve a

direcção da escola diligenciar para pôr termo à situação, pelos meios estritamente adequados e com preservação da intimidade da vida privada do aluno e da sua família, podendo solicitar a cooperação das autoridades públicas, privadas ou solidárias competentes, nomeadamente da comissão de protecção de crianças e jovens ou, caso esta não se encontre instalada, do representante do ministério público junto do tribunal competente em matéria de menores.

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18.

CAPÍTULO III ESPAÇOS ESCOLARES

Artigo 22.º

Princípio orientador

A escola deve perseguir, diariamente, padrões de bem-estar nos recreios, nos espaços de apoio a toda a comunidade, nas salas de aula e nos equipamentos. Quanto mais limpo, agradável, amplo e amigo for o meio onde nos movimentamos, melhor nele todos nos sentiremos.

Artigo 23.º

Acesso

1. O acesso ao espaço e serviços públicos é apoiado por funcionários Assistentes Operacionais, devidamente identificados.

2. A escola comporta um espaço público constituído pelo átrio principal, pelo átrio de exposições e

pelos serviços que com estes comunicam e outro privado composto pelos espaços lectivos, pelos espaços de apoio à acção lectiva, pelas zonas necessárias às actividades complementares da acção educativa, zonas de lazer, de ar livre e parque de estacionamento interno.

3. O espaço privado é de acesso exclusivo a alunos, professores e funcionários, só sendo

permitida a presença de outros quando acompanhados por um professor, por um funcionário ou expressamente autorizados pelo Director.

Artigo 24.º Circulação

1. A configuração do edifício e o volume da população escolar suscitam especiais problemas de circulação pelo que se impõe a minimização destes. Assim: a) As escadas e corredores são locais exclusivamente de passagem que devem ser utilizados

de forma ordeira e com o máximo de cuidado, quando seja imperioso fazê-lo; b) As escadas centrais do edifício, até ao 5º piso, são reservadas a professores, funcionários, e

seus acompanhantes, bem como a alunos portadores de deficiência; c) As escadas centrais são comuns a partir do 5º piso para acesso à Biblioteca Escolar/Centro

de Recursos/Centro de Auto-aprendizagem Assistida (BE/CR/CA) e podem ainda ser utilizadas para o mesmo fim a partir do 2º piso durante o decurso das aulas, para evitar a circulação pelos corredores;

d) O acesso dos alunos ao átrio da Sala de Professores deve ser limitado ao contacto com professores, cuja presença o Assistente Operacional deve providenciar prontamente;

e) No período nocturno não há restrições de circulação.

Artigo 25.º Utilização de serviços

1. No acesso aos vários serviços impõe-se correcção de comportamento, respeito pela ordem de chegada e brevidade.

2. Os vários serviços deverão providenciar no sentido de, nas horas de maior afluxo, nomeadamente nos intervalos, terem o máximo de funcionários disponíveis para o atendimento.

3. Independentemente de eventuais regulamentos próprios, os serviços devem providenciar atendimentos específicos sempre que tal se mostre conveniente.

Artigo 26.º

Actividades lectivas

1. As aulas são balizadas por dois toques: início e fim. 2. Os alunos, após o toque de início, devem dirigir-se para junto da sala de aula onde aguardarão,

com calma e serenidade, a chegada do professor que será o primeiro a entrar e o último a sair.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

19.

3. A chegada de alunos 5 minutos após o toque de entrada implica justificação ao professor que decidirá sobre a marcação de falta.

4. Apenas motivos ponderosos podem justificar a saída antes do toque final ou a ausência

temporária da sala de aulas e quando esta for do professor deve ser prevenido, de imediato, o funcionário do piso para o controlo da sala de aula.

5. A utilização da sala de aula é da inteira competência e responsabilidade do professor, o qual

tem de assegurar que a mesma fique nas condições normais de funcionamento no período seguinte.

6. É proibida a utilização na sala de aula, por professores e alunos, de telemóveis e equipamentos

similares. Estes deverão ser desligados antes da entrada na sala de aula e mantidos até à saída da sala rigorosamente desligados e guardados na pasta.

7. Qualquer anomalia detectada no material das salas deve ser comunicada de imediato ao

funcionário de piso. 8. Os recursos audiovisuais, material diverso e salas específicas, deverão ser requisitados online

com uma antecedência nunca superior a uma semana, salvaguardadas as situações excepcionais devidamente fundamentadas e submetidas, por escrito, à apreciação e deliberação do director.

9. Sempre que o professor pretenda dar aulas fora da sala prevista, recorrendo a espaços

específicos da escola, deverá comunicar o facto ao funcionário respectivo ou ao Chefe do Pessoal Assistente Operacional.

10. Sempre que o professor pretenda dar aulas em espaços exteriores à escola, deverá obter

autorização do Director, que mandará prevenir os Assistentes Operacionais dos pisos. 11. Os professores podem efectuar permutas/substituições ou trocas, ao nível da turma, dos

horários das respectivas disciplinas, de acordo com o princípio da flexibilização dos horários lectivos, desde que dêem cumprimento ao número de aulas previsto na disciplina.

Artigo 27.º Actividades complementares

1. Entende-se por actividades complementares todas as acções de âmbito escolar e educativo

que não envolvam a efectivação de uma aula. 2. Será considerada actividade complementar de referência o dia da ESM, dia 21 de Outubro, a

realizar no âmbito dos respectivos PEE e PAA. 3. As actividades realizadas fora do edifício carecem de prévia autorização do Director. 4. Será sempre dado prévio conhecimento ao Director das actividades de carácter informal

realizadas no edifício da escola, sendo necessária a sua autorização se implicarem a falta a actividades lectivas.

5. A utilização dos espaços ao ar livre tem de respeitar os campos de jogos, quando em

actividade formal, bem como o parque de estacionamento automóvel. 6. As reuniões dos Departamentos Curriculares, dos Conselhos de Disciplina, dos Conselhos de

Directores/Orientadores Educativos/Coordenadores de Turma, dos Conselhos de Turma, da Associação de Estudantes e da Associação de Pais e Encarregados de Educação, só carecem

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

20.

de autorização do Director se envolverem alterações do funcionamento da escola, ou a utilização de espaços não habituais.

Artigo 28.º

Disposições finais

1. A utilização dos espaços escolares por entidades externas, sempre sem prejuízo das actividades escolares, depende do Director que elaborará um regulamento de utilização dos mesmos.

2. Sem prejuízo do previsto no ponto 5 do artigo anterior, a afixação de materiais de informação,

devidamente identificados, carece da autorização do Director, restringindo-se a sua afixação aos espaços previamente para tal definidos.

3. Para além dos espaços de afixação geral haverá outros próprios para os vários serviços, para

os Departamentos Curriculares, para os Directores/Orientadores Educativos/Coordenadores de Turma, para os Coordenadores de Directores de Turma, para os Serviços Especializados de Apoio Educativo, para as actividades de complemento curricular, para a Associação de Estudantes e para a Associação de Pais e Encarregados de Educação.

4. As restantes afixações são da responsabilidade dos utentes dos espaços e devem restringir-se

ao seu âmbito de funcionamento. 5. Em períodos eleitorais internos as afixações terão espaços adicionais. 6. O funcionamento dos vários serviços e dos espaços específicos reger-se-á por normas próprias

que constituirão anexos a este Regulamento Interno.

CAPÍTULO IV DA ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA E ADMINISTRATIVA

SUBCAPÍTULO I

ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO

Artigo 29.º Órgãos de administração e gestão

Nos termos dos números 1 e 2 do Artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, a Escola Secundária de Monserrate tem como órgãos de direcção, administração e gestão os seguintes:

a) O Conselho Geral b) O Director; c) O Conselho Pedagógico; d) O Conselho Administrativo.

SECÇÃO I

CONSELHO GERAL Artigo 30.º Definição

1. O Conselho Geral da Escola Secundária de Monserrate é o órgão de direcção estratégica responsável pela definição das linhas orientadoras da sua actividade, assegurando a participação e representação da comunidade educativa, nos termos e para os efeitos do n.º 4 do artigo 48.º da Lei de Bases do Sistema Educativo, com respeito pelos princípios consagrados na Constituição da República.

Artigo 31.º Composição

1. O Conselho Geral da Escola Secundária de Monserrate é composto por 21 membros, assim distribuídos:

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

21.

- 7 representantes do corpo docente; - 2 representantes do pessoal não docente; - 4 representantes dos pais e encarregados de educação; - 1 representante dos alunos do regime diurno; - 3 representantes da Autarquia Local; - 4 representantes da comunidade local. [*]

[*] Alteração aprovada pelo CG em 30.09.2010. 2. O Director participa nas reuniões do Conselho Geral, sem direito a voto.

Artigo 32.º Competências

1. Ao Conselho Geral da Escola Secundária de Monserrate compete: a) Eleger o respectivo presidente, de entre os seus membros, à excepção dos representantes

dos alunos; b) Eleger o director, nos termos dos artigos 21.º a 23.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de

Abril. c) Aprovar o projecto educativo e acompanhar e avaliar a sua execução; d) Aprovar o regulamento interno da Escola; e) Aprovar os planos anual e plurianual de actividades; f) Apreciar os relatórios periódicos e aprovar o relatório final de execução do plano anual de

actividades; g) Aprovar as propostas de contratos de autonomia; h) Definir as linhas orientadoras para a elaboração do orçamento; i) Definir as linhas orientadoras do planeamento e execução, pelo director, das actividades no

domínio da acção social escolar; j) Aprovar o relatório de contas de gerência; k) Apreciar os resultados do processo de auto-avaliação; l) Pronunciar -se sobre os critérios de organização dos horários; m) Acompanhar a acção dos demais órgãos de administração e gestão; n) Promover o relacionamento com a comunidade educativa; o) Definir os critérios para a participação da escola em actividades pedagógicas, científicas,

culturais e desportivas; p) Autorizar, nos termos do art.º 30.º do DL 75/2008, de 22 de Abril, a constituição de

assessorias técnico-pedagógicas, com base na fundamentação apresentada pelo Director. q) Elaborar o respectivo Regimento, de acordo com o estipulado no art.º 55.º.do Decreto Lei

75/2008, de 22 de Abril. r) Exercer as demais competências que lhe forem atribuídas na lei.

3. No desempenho das suas competências, o Conselho Geral tem a faculdade de requerer aos

restantes órgãos as informações necessárias para realizar eficazmente o acompanhamento e a avaliação do funcionamento da instituição educativa e de lhes dirigir recomendações, com vista ao desenvolvimento do projecto educativo e ao cumprimento do plano anual de actividades.

4. O Conselho Geral pode constituir no seu seio uma comissão permanente, na qual pode delegar as competências de acompanhamento da actividade da Escola entre as suas reuniões ordinárias.

5. A comissão permanente constitui-se como uma fracção do conselho geral, respeitada a proporcionalidade dos corpos que nele têm representação.

Artigo 33.º

Designação de representantes

1. Os representantes dos alunos, do pessoal docente e do pessoal não docente são eleitos por distintos corpos eleitorais, constituídos, respectivamente,

- pelos alunos dos cursos diurnos; - pelos alunos do ensino recorrente;

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

22.

- pelo pessoal docente em exercício efectivo de funções na escola; - pelo pessoal não docente em exercício efectivo de funções na escola.

2. Os representantes dos Pais e Encarregados de Educação são eleitos em Assembleia Geral de pais e encarregados de educação, sob proposta da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária de Monserrate.

3. Na inexistência ou inactividade da organização referida no número anterior, os representantes dos Pais e Encarregados de Educação são eleitos, em Assembleia Geral de Representantes dos Pais e Encarregados de Educação de cada turma.

4. Os representantes do município são designados pela Câmara Municipal de Viana do Castelo. 5. Os representantes da comunidade local são cooptados pelos restantes membros.

Artigo 34.º Processos eleitorais

4. Todas as eleições previstas serão realizadas por voto secreto e presencial. 5. As diferentes assembleias eleitorais serão convocadas pelo Presidente do Conselho Geral ou

por quem as suas vezes fizer. 6. As convocatórias mencionarão as normas práticas dos processos eleitorais, locais de afixação

das listas de candidatos, horas e locais do escrutínio, devendo ser afixadas, com a antecedência mínima de 15 dias, nos lugares habituais.

7. Os diferentes corpos eleitorais deverão reunir em separado para decidir da composição das respectivas mesas que presidirão às assembleias eleitorais e aos escrutínios, as quais serão constituídas por um presidente e dois secretários, eleitos individualmente.

8. Os representantes dos alunos, do pessoal docente e do pessoal não docente candidatam-se à eleição, constituídos em listas separadas.

9. As listas devem conter a indicação dos candidatos a membros efectivos, em número igual ao dos respectivos representantes no Conselho Geral, bem como de igual número de candidatos a membros suplentes.

10. As listas dos representantes do pessoal docente devem integrar, pelo menos, um professor titular e serão propostas por um número mínimo de dez docentes e um máximo de vinte docentes, devendo ser rubricadas pelos respectivos candidatos, que assim manifestarão a sua concordância.

11. Os representantes dos alunos do regime diurno e do regime nocturno são eleitos pelas respectivas assembleias de Delgados de Turma, de entre os seus membros, expressamente convocadas para o efeito pelo Presidente do Conselho Geral.

12. As listas de representantes dos alunos do ensino recorrente serão propostas por um número mínimo de cinco desses alunos, devendo ser rubricadas pelos respectivos candidatos, que assim manifestarão a sua concordância.

13. As listas de representantes do pessoal não docente serão propostas por um número mínimo de 5 elementos desse pessoal, devendo ser rubricadas pelos respectivos candidatos, que assim manifestarão a sua concordância.

14. As listas referidas no número anterior serão entregues até quarenta e oito horas antes da abertura da assembleia eleitoral ao Director ou a quem as suas vezes fizer, o qual imediatamente as rubricará e fará afixar nos locais mencionados na convocatória daquela assembleia.

15. Cada lista poderá indicar até dois representantes para acompanharem todos os actos da eleição.

16. As urnas manter-se-ão abertas durante oito horas, a menos que antes tenham votado todos os eleitores.

17. A abertura das urnas será efectuada perante a respectiva assembleia eleitoral, lavrando-se acta, que será assinada pelos componentes da mesa, pelos representantes das listas concorrentes e pelos restantes membros da assembleia que o desejarem.

18. A conversão dos votos em mandatos faz-se de acordo com o método de representação proporcional da média mais alta de Hondt.

19. As actas das assembleias eleitorais serão entregues, nos 2 dias subsequentes ao da realização das eleições, ao Presidente do Conselho Geral ou quem as suas vezes fizer, o qual as remeterá para homologação do Director Regional de Educação.

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23.

Artigo 35.º Mandato

1. O mandato dos membros do Conselho Geral tem a duração de quatro anos, com excepção dos representantes dos pais e encarregados de educação e dos alunos, cujo mandato tem a duração de dois anos lectivos.

2. Os membros do Conselho Geral são substituídos no exercício do cargo se, entretanto, perderem a qualidade que determinou a respectiva eleição ou designação.

3. As vagas resultantes da cessação do mandato dos membros eleitos são preenchidas pelo primeiro candidato não eleito, segundo a respectiva ordem de precedência na lista a que pertencia o titular do mandato, com respeito pelo disposto no n.º 4 do art.º 15.º do DL 75/2008, de 22 de Abril.

SECÇÃO II DIRECTOR

Artigo 36.º Definição

O Director é o Órgão de Administração e Gestão da Escola nas áreas pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial.

Artigo 37.º Subdirector e Adjuntos do Director

O Director é coadjuvado no exercício das suas funções por um Subdirector e por um número de Adjuntos fixado em função da população escolar e do tipo de regime de funcionamento da escola resultantes da aplicação do artigo 2.º do Despacho n.º 9745/2009, de 8 de Abril.

Artigo 38.º Competências do Director

1. Compete ao Director submeter à aprovação do Conselho Geral o projecto educativo elaborado pelo conselho pedagógico.

2. Ouvido o conselho pedagógico, compete também ao Director: a) Elaborar e submeter à aprovação do conselho geral:

i) Alterações ao regulamento interno; ii) Os planos anual e plurianual de actividades; iii) O relatório anual de actividades; iv) As propostas de celebração de contratos de autonomia;

b) Aprovar o plano de formação e de actualização do pessoal docente e não docente, ouvido também, no último caso, o município.

3. No acto de apresentação ao Conselho Geral, o Director faz acompanhar os documentos referidos na alínea a) do número anterior dos pareceres do conselho pedagógico.

4. Sem prejuízo das competências que lhe sejam cometidas por lei ou regulamento interno, no plano da gestão pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial, compete ao director, em especial:

a) Definir o regime de funcionamento da Escola; b) Elaborar o projecto de orçamento, em conformidade com as linhas orientadoras

definidas pelo conselho geral; c) Planificar, no início do ano lectivo, a calendarização das épocas dos exames dos

módulos dos cursos profissionais. d) Superintender na constituição de turmas e na elaboração de horários; e) Distribuir o serviço docente e não docente; f) Designar os Coordenadores dos Departamentos Curriculares e os Directores de

Turma; os Orientadores Educativos/Coordenadores Pedagógicos de Turma e os Directores de Curso e nomear os Delegados de Grupo eleitos pelos seus pares;

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24.

g) Planear e assegurar a execução das actividades no domínio da Acção Social Escolar, em conformidade com as linhas orientadoras definidas pelo Conselho Geral;

h) Gerir as instalações, espaços e equipamentos, bem como os outros recursos educativos;

i) Estabelecer protocolos e celebrar acordos de cooperação ou de associação com outras escolas e instituições de formação, autarquias e colectividades, em conformidade com os critérios definidos pelo Conselho Geral nos termos da alínea p) do n.º 1 do artigo 13.º (DL 75/2008, de 22 de Abril);

j) Proceder à selecção e recrutamento do pessoal docente, nos termos dos regimes legais aplicáveis;

k) Dirigir superiormente os serviços administrativos, técnicos e técnico -pedagógicos. 5. Compete ainda ao Director:

a) Representar a escola; b) Exercer o poder hierárquico em relação ao pessoal docente e não docente; c) Exercer o poder disciplinar em relação aos alunos; d) Intervir nos termos da lei no processo de avaliação de desempenho do pessoal docente; e) Proceder à avaliação de desempenho do pessoal não docente. n) Exercer as demais competências que lhe forem atribuídas na lei.

6. O Director exerce ainda as competências que lhe forem delegadas pela administração educativa e, eventualmente, pela câmara municipal.

7. O Director pode delegar e subdelegar no Subdirector e nos Adjuntos as competências referidas nos números anteriores.

8. Nas suas faltas e impedimentos, o Director é substituído pelo Subdirector.

Artigo 39.º Recrutamento

1. O Director é eleito pelo Conselho Geral. 2. Para recrutamento do Director, desenvolve-se um procedimento concursal, prévio à eleição, nos

termos nos termos do artigo 22º do Decreto-Lei Nº 75/2008 e da Portaria 604/2008, de 9 de Julho, conforme regulamento em anexo.

3. Podem ser opositores ao procedimento concursal candidatos que reúnam os requisitos estabelecidos nos pontos 3 e 4 do artigo 21º do Decreto-Lei 75/2008 de 22 de Abril, e no artigo 2º da Portaria 604/2008, de 9 de Julho.

4. O Subdirector e os Adjuntos são nomeados pelo Director de entre docentes dos quadros de nomeação definitiva que contem pelo menos cinco anos de serviço e se encontrem em exercício de funções na Escola.

Artigo 40.º

Eleição

O Conselho Geral procede à eleição do Director de acordo com o regulamento em anexo.

Artigo 41.º

Posse 1. O Director toma posse perante o Conselho Geral nos 30 dias subsequentes à homologação dos

resultados eleitorais pelo Director Regional de Educação. 2. O Director designa o Subdirector e os seus Adjuntos no prazo máximo de 30 dias após a sua

tomada de posse. 3. O Subdirector e os Adjuntos do Director tomam posse nos 30 dias subsequentes à sua

designação pelo Director.

Artigo 42.º Mandato

1. O mandato do Director tem a duração de quatro anos.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

25.

2. Até sessenta dias antes do termo do mandato do Director, o Conselho Geral delibera sobre a recondução do Director ou a abertura do procedimento concursal tendo em vista a realização de nova eleição.

3. A decisão de recondução do director é tomada por maioria absoluta dos membros do conselho geral em efectividade de funções, não sendo permitida a sua recondução para um terceiro mandato consecutivo.

4. Não é permitida a eleição para um quinto mandato consecutivo, nem durante o quadriénio imediatamente subsequente ao termo do quarto mandato consecutivo.

5. Não sendo ou não podendo ser aprovada a recondução do director de acordo com o disposto nos números anteriores, abre-se o procedimento concursal tendo em vista a eleição do director, nos termos do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 75/2008.

6. O mandato do Director pode cessar: a) O requerimento do interessado, dirigido ao Director Regional de Educação, com a

antecedência mínima de 45 dias, fundamentado em motivos devidamente justificados. b) No final do ano escolar, por deliberação do conselho geral aprovada por maioria de dois

terços dos membros em efectividade de funções, em caso de manifesta desadequação da respectiva gestão, fundada em factos comprovados e informações, devidamente fundamentadas, apresentados por qualquer membro do conselho geral;

c) Na sequência de processo disciplinar que tenha concluído pela aplicação de sanção disciplinar de cessação da comissão de serviço nos termos da lei.

7. A cessação do mandato do Director determina a abertura de um novo procedimento concursal. 8. Os mandatos do Subdirector e dos Adjuntos têm a duração de quatro anos e cessam com o

mandato do Director. 9. O Subdirector e os Adjuntos podem ser exonerados a todo o tempo por decisão fundamentada

do director.

Artigo 43.º Regime de Exercício de Funções

1. O Director exerce as funções em regime de comissão de serviço. 2. O exercício das funções de Director faz-se em regime de dedicação exclusiva. 3. O regime de dedicação exclusiva implica a incompatibilidade do cargo dirigente com quaisquer

outras funções, públicas ou privadas, remuneradas ou não. 4. Exceptuam-se do disposto no número anterior:

a) A participação em órgãos ou entidades de representação das escolas ou do pessoal docente;

b) Comissões ou grupos de trabalho, quando criados por resolução ou deliberação do Conselho de Ministros ou por despacho do membro do governo responsável pela área da educação;

c) A actividade de criação artística e literária, bem como quaisquer outras de que resulte a percepção de remunerações provenientes de direitos de autor;

d) A realização de conferências, palestras, acções de formação de curta duração e outras actividades de idêntica natureza;

e) O voluntariado, bem como a actividade desenvolvida no quadro de associações ou organizações não governamentais.

5. O Director está isento de horário de trabalho, não lhe sendo, por isso, devida qualquer remuneração por trabalho prestado fora do período normal de trabalho.

6. Sem prejuízo do disposto no número anterior, o director está obrigado ao cumprimento do período normal de trabalho, assim como do dever geral de assiduidade.

7. O Director está dispensado da prestação de serviço lectivo, sem prejuízo de, por sua iniciativa, o poder prestar na disciplina ou área curricular para a qual possua qualificação profissional.

Artigo 44.º Direitos do Director

1. O Director goza, independentemente do seu vínculo de origem, dos direitos gerais reconhecidos aos docentes da Escola

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

26.

2. O Director conserva o direito ao lugar de origem e ao regime de segurança social por que está abrangido, não podendo ser prejudicado na sua carreira profissional por causa do exercício das suas funções, relevando para todos os efeitos no lugar de origem o tempo de serviço prestado naquele cargo.

Artigo 45.º

Direitos Específicos

1. O Director, o Subdirector e os Adjuntos gozam do direito à formação específica para as suas funções em termos a regulamentar por despacho do membro do governo responsável pela área da educação.

2. O Director, o Subdirector e os Adjuntos mantêm o direito à remuneração base correspondente à categoria de origem, sendo-lhe abonado um suplemento remuneratório pelo exercício de função, a estabelecer nos termos do artigo 54.º do Decreto–Lei n.º 75/ 2008.

Artigo 46. º

Deveres Específicos 1. Para além dos deveres gerais dos funcionários e agentes da administração pública aplicáveis

ao pessoal docente, o Director e os Adjuntos estão sujeitos aos seguintes deveres específicos: a) Cumprir e fazer cumprir as orientações da administração educativa; b) Manter permanentemente informada a administração educativa, através da via

hierárquica competente, sobre todas as questões relevantes referentes aos serviços; c) Assegurar a conformidade dos actos praticados pelo pessoal com o estatuído na lei e

com os legítimos interesses da comunidade educativa. d) Manter permanentemente informada a comunidade educativa das orientações e

legislação que lhe diga respeito.

Artigo 47. º Assessorias técnico-pedagógicas do Director

1. Para apoio à actividade do Director, e mediante proposta deste, o Conselho Geral pode autorizar a constituição de assessorias técnico-pedagógicas, para as quais são designados docentes em exercício de funções na Escola.

2. Os critérios para a constituição e dotação das assessorias referidas no número anterior são definidas por despacho do membro do Governo responsável pela área da educação, em função da população escolar e do tipo e regime de funcionamento da Escola.

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27.

SECÇÃO III CONSELHO PEDAGÓGICO

Artigo 48.º Definição

O conselho pedagógico é o órgão de coordenação e supervisão pedagógica e orientação educativa da escola, nomeadamente nos domínios pedagógico-didáctico, da orientação e acompanhamento dos alunos e da formação inicial e contínua do pessoal docente e não docente.

Artigo 49.º Composição

O Conselho Pedagógico da Escola Secundária de Monserrate é composto por 15 membros, com a seguinte distribuição:

- o Director que é, por inerência, Presidente do Conselho Pedagógico; - o coordenador do Centro Novas Oportunidades (CNO); - 4 coordenadores de Departamento Curricular; - 1 coordenador dos D.T. dos cursos do ensino regular e do ensino recorrente; - 1 coordenador dos Coordenadores dos Cursos Profissionais e CEF; - 1 representante dos serviços especializados de apoio educativo – SPO escolar - 1 representante da Equipa de Informação, Divulgação e Imagem da Escola nomeado pelo

Director da Escola ouvida a equipa PTE; - o coordenador da Biblioteca Escolar / CRE (Centro de Recursos Educativos); [*] - 1 representante dos Pais e Encarregados de Educação; - 1 representante dos alunos do ensino diurno; [*] - 1 representante do pessoal não docente; - 1 coordenador dos directores dos Cursos Profissionais/CEF/Tecnológicos designado pelo

Director. [*] Alteração aprovada pelo CG em 30.09.2010.

Artigo 50.º

Competências 1. Ao Conselho Pedagógico compete:

a) Elaborar a proposta de projecto educativo a submeter pelo Director ao Conselho Geral; b) Apresentar propostas para a elaboração do regulamento interno e dos planos anual e

plurianual de actividade e emitir parecer sobre os respectivos projectos; c) Emitir parecer sobre as propostas de celebração de contratos de autonomia; d) Apresentar propostas e emitir parecer sobre a elaboração do plano de formação e de

actualização do pessoal docente e não docente; em articulação com o Centro de Formação de Professores de Viana do Castelo, e acompanhar a respectiva execução;

e) Definir critérios gerais nos domínios da informação e da orientação escolar e vocacional, do acompanhamento pedagógico e da avaliação dos alunos;

f) Propor aos órgãos competentes a criação de áreas disciplinares ou disciplinas de conteúdo regional e local, bem como as respectivas estruturas programáticas;

g) Definir princípios gerais nos domínios da articulação e diversificação curricular, dos apoios e complementos educativos e das modalidades especiais de educação escolar;

h) Adoptar os manuais escolares, ouvidos os Departamentos Curriculares; e os Conselhos de Disciplina

i) Propor o desenvolvimento de experiências de inovação pedagógica e de formação, no âmbito da escola e em articulação com instituições ou estabelecimentos do ensino superior vocacionados para a formação e a investigação;

j) Promover e apoiar iniciativas de natureza formativa e cultural; k) Definir os critérios gerais a que deve obedecer a elaboração dos horários; l) Definir os requisitos para a contratação de pessoal docente e não docente, de acordo com o

disposto na legislação aplicável; m) Proceder ao acompanhamento e avaliação da execução das suas deliberações e

recomendações.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

28.

n) Aprovar, no início do ano lectivo, os critérios de avaliação para cada ano de escolaridade, disciplina, áreas não disciplinares – Área de Projecto, Projecto Tecnológico, Estágio/Formação em Contexto de Trabalho, Prova de Aptidão Tecnológica e Prova de Aptidão Profissional, sob proposta dos Departamentos Curriculares e dos Directores de Curso;

o) Intervir, nos termos da lei, no processo de avaliação do desempenho dos docentes.

Artigo 51.º Designação de representantes

1. Os Coordenadores de Departamento Curricular, o Coordenador dos Directores/Orientadores Educativos/Coordenadores de Turma, o Coordenador dos Coordenadores Pedagógicos de Turma do ensino recorrente, o Coordenador dos Coordenadores dos cursos profissionais e CEF, o Coordenador do Centro Novas Oportunidades e o Coordenador da equipa PTE, são preferencialmente, professores titulares que são designados pelo Director.

2. O representante dos Serviços Especializados de Apoio Educativo será o titular dos Serviços de Psicologia e Orientação Escolar.

3. Os representantes dos alunos são eleitos anualmente pela Assembleia de Delegados de Turma de entre os seus membros, expressamente convocada para o efeito pelo Director.

4. O representante do pessoal não docente é eleito individualmente em reunião do pessoal não docente em exercício efectivo de funções na escola, expressamente convocada para o efeito pelo Director.

5. O representante dos Pais e Encarregados de Educação é designado pela Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária de Monserrate.

6. Na inexistência ou inactividade da organização referida no número anterior, o representante dos Pais e Encarregados de Educação são eleitos, em Assembleia Geral de Representantes dos Pais e Encarregados de Educação de cada turma.

7. Os representantes do pessoal docente e não docente, dos pais e encarregados de educação e dos alunos no Conselho Geral não podem ser membros do Conselho Pedagógico.

Artigo 52.º

Funcionamento

1. O Conselho Pedagógico reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente sempre que seja convocado pelo respectivo presidente, por sua iniciativa, a requerimento de um terço dos seus membros em efectividade de funções ou sempre que um pedido de parecer do conselho geral ou do Director o justifique.

2. A representação dos pais e encarregados de educação e dos alunos no conselho pedagógico faz-se no âmbito de uma comissão especializada que participa no exercício das competências previstas nas alíneas a), b), e), f), j) e l) do artigo 33º do DL nº75/2008 de 22 de Abril.

3. Os representantes dos Pais e Encarregados de Educação e os representantes dos alunos não participam nas reuniões em que sejam tratados assuntos relacionados com a avaliação dos alunos, designadamente, nos casos de apreciação de pedidos de revisão de decisões de Conselhos de Turma.

4. Nas reuniões em que sejam tratados assuntos que envolvam sigilo, designadamente sobre matéria de provas de exame ou de avaliação global, apenas participam os membros docentes.

SECÇÃO IV

CONSELHO ADMINISTRATIVO

Artigo 53.º Definição

O Conselho Administrativo é o órgão deliberativo em matéria administrativo-financeira da escola, nos termos da legislação em vigor.

Artigo 54.º Composição

1. O Conselho Administrativo tem a seguinte composição:

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

29.

a) O Director, que preside; b) O Subdirector ou um dos Adjuntos do Director, por ele designado para o efeito; c) O Chefe dos Serviços de Administração Escolar, ou quem o substitua.

Artigo 55.º

Competências Ao Conselho Administrativo compete:

a) Aprovar o projecto de orçamento anual da escola, em conformidade com as linhas orientadoras definidas pelo conselho geral;

b) Elaborar o relatório de contas de gerência; c) Autorizar a realização de despesas e o respectivo pagamento, fiscalizar a cobrança de

receitas e verificar a legalidade da gestão financeira da escola; d) Zelar pela actualização do cadastro patrimonial da escola; e) Exercer as demais competências que lhe estão legalmente cometidas.

Artigo 56.º Funcionamento

O Conselho Administrativo reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente sempre que o presidente o convoque, por sua iniciativa ou a requerimento de qualquer dos restantes membros.

SUBCAPÍTULO II

ESTRUTURAS DE ORIENTAÇÃO EDUCATIVA E SUPERVISÃO PEDAGÓGICA

Artigo 57.º Definição e composição

1. As estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica colaboram com o Conselho Pedagógico e com o Director no sentido de assegurar a coordenação, supervisão e acompanhamento das actividades escolares, promover o trabalho colaborativo, intervir na avaliação do desempenho do pessoal docente e acompanhar, de forma eficaz, o percurso escolar dos alunos na perspectiva da promoção da qualidade educativa.

2. As estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica da Escola Secundária de

Monserrate são: a) Os Departamentos Curriculares; b) Os Conselhos de Grupo/Disciplina/Área Disciplinar c) Os Conselho de Turma; d) O Conselho de Directores/Orientadores Educativos/Coordenadores de Turma.

SECÇÃO I

DEPARTAMENTO CURRICULAR

Artigo 58.º Definição

O Departamento Curricular é a estrutura de orientação educativa que visa o reforço da articulação curricular na aplicação dos planos de estudos definidos a nível nacional, bem como o desenvolvimento de componentes curriculares. Estes encontram-se subdivididos em Conselhos de Grupo/Disciplina/Área Disciplinar, nos quais se encontram representados os agrupamentos de disciplinas e áreas disciplinares, de acordo com os cursos leccionados, o número de docentes por disciplina e as dinâmicas a desenvolver pela escola.

Artigo 59.º Identificação e composição

1. Cada Departamento Curricular é composto por todos os docentes dos grupos de recrutamento que o integram.

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30.

2. Na Escola Secundária de Monserrate estão constituídos os seguintes Departamentos Curriculares:

- O Departamento de Matemáticas e Ciências Experimentais que integra todos os docentes que leccionam as disciplinas dos seguintes Grupos de Recrutamento: 500 - Matemática, 510 - Física e Química, 520 - Biologia e Geologia, 530 C- C. Civil, 530 M – Mecânica, 530 E – Electrotecnia, 540 - Electrotecnia, 550 – Informática. - O Departamento de Línguas que integra todos os docentes que leccionam as disciplinas dos seguintes Grupos de Recrutamento: 300 - Português, 320 - Francês, 330 - Inglês, 340 - Alemão, 350 - Espanhol - O Departamento de Ciências Sociais e Humanas que integra todos os docentes que leccionam as disciplinas dos seguintes Grupos de Recrutamento: 290 - Educação Moral e Religiosa Católica, 400 -História, 410 - Filosofia, 420 - Geografia, 430 - Economia e Contabilidade, 530 S - Secretariado. - O Departamento de Expressões

que integra todos os docentes que leccionam as disciplinas dos seguintes Grupos de Recrutamento: 600 - Artes Visuais, 620 - Educação Física, 910 - Educação Especial, OED

3. Os técnicos especializados contratados por oferta da escola para leccionação das disciplinas dos cursos profissionais são integrados num Departamento e num Conselho de Grupo/Disciplina/Área Disciplinar, de acordo com proposta fundamentada do Director.

Artigo 60.º

Competências a) Propor e avaliar a adopção de medidas destinadas a melhorar as aprendizagens e a

prevenir o insucesso e o abandono escolar; b) Assegurar a articulação e a gestão curricular na aplicação do currículo nacional e dos

programas e orientações curriculares e programáticas definidos a nível nacional, bem como o desenvolvimento de componentes curriculares por iniciativa da escola;

c) Analisar e reflectir sobre as práticas educativas e o seu contexto; d) Pronunciar-se sobre os critérios de avaliação dos alunos; e) Participar no desenvolvimento, concretização e avaliação do Plano Anual de Actividades; f) Apresentar propostas para a elaboração do Plano de Formação e Actualização do pessoal

docente; g) Participar na avaliação do desempenho do respectivo Coordenador; h) Apreciar e aprovar os critérios de avaliação, matrizes, provas de avaliação e exames a

nível de escola; i) Apreciar e aprovar a escolha dos manuais escolares; j) Propor alterações ao Regulamento Interno; k) O exercício de outras competências que lhe estejam atribuídas por lei.

Artigo 61º

Coordenador

1. O Coordenador do Departamento Curricular é designado pelo Director, considerando a sua competência pedagógica e científica, bem como a sua capacidade de relacionamento e liderança.

2. Para efeitos do previsto no número anterior, o Director procederá à consulta prévia do Departamento.

3. Os regimentos internos dos Departamentos Curriculares devem estabelecer a forma como a audição interna, para indicação do Coordenador, deve ser levada a cabo.

4. O mandato do Coordenador de Departamento tem a duração de quatro anos, podendo, no entanto, cessar a todo o tempo, por decisão do Director, a pedido do interessado ou ainda

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

31.

mediante proposta devidamente fundamentada de pelo menos dois terços dos membros do Departamento Curricular.

5. Em caso de impedimento temporário do Coordenador, cuja duração previsível ultrapasse os 30 dias, será substituído por um dos Delegados de Grupo/Disciplina/Área Disciplinar designado pelo Director que exercerá funções enquanto durar a ausência do titular do cargo.

Artigo 62º Competências dos Coordenadores dos Departamentos Curriculares

Compete ao Coordenador do Departamento Curricular: a) Convocar e presidir às reuniões do Departamento Curricular, definindo a respectiva ordem

de trabalhos; b) Representar o Departamento nas reuniões do Conselho Pedagógico; c) Promover a partilha de experiências e recursos entre os docentes que integram o

Departamento; d) Garantir a articulação e a gestão curricular na aplicação do currículo nacional e dos

programas e orientações curriculares e programáticas definidos a nível nacional, bem como o desenvolvimento de componentes curriculares por iniciativa da escola;

e) Promover a avaliação dos resultados da actividade do Departamento; f) Garantir a circulação de informação entre o Conselho Pedagógico e os Delegados de

Grupo/Disciplina/ Área Disciplinar, podendo ser realizadas reuniões de trabalho para o efeito;

g) Promover a articulação da actividade do Departamento com outras estruturas ou serviços da escola;

h) Designar os Relatores do seu Departamento de acordo com os critérios definidos por lei; [*] i) Coordenar e supervisionar o trabalho desenvolvido pelos Relatores do seu Departamento; [*] j) Proceder à avaliação de desempenho dos Relatores do seu Departamento e dos docentes

do seu grupo de recrutamento com posicionamento mais elevado na carreira, não ultrapassando o número de doze avaliados; [*]

k) Designar o Coordenador de ano, por disciplina, por proposta do Delegado de Grupo/Disciplina/Área Disciplinar;

l) Comunicar ao Director as faltas dadas pelos docentes às reuniões de Departamento; m) Apresentar ao Director, até ao dia 30 de Julho de cada ano, um relatório crítico anual do

trabalho desenvolvido; n) O exercício de outras competências que lhe estejam atribuídas por lei.

[*] Alteração aprovada pelo CG em 30.09.2010.

Artigo 63.º Funcionamento

1. O Departamento Curricular reúne em plenário por iniciativa do Coordenador, a requerimento de

pelo menos um terço dos seus membros em efetividade de funções, ou sempre que um pedido

de parecer do Conselho Geral, do Diretor ou do Conselho Pedagógico o justifique. [*]

2. De todas as reuniões devem ser lavradas as respectivas actas. 3. A duração das reuniões quer ordinárias quer extraordinárias não deve exceder 2 horas.

[*] Alteração aprovada pelo CG em 30.09.2010.

SECÇÃO II CONSELHO DE DISCIPLINA/ÁREA DISCIPLINAR

Artigo 64.º Definição

Os Conselhos de Grupo/Disciplina/Área Disciplinar correspondem aos grupos de recrutamento do pessoal docente e representam os agrupamentos de disciplinas e áreas disciplinares, de acordo com os cursos leccionados e visam o reforço da organização curricular das disciplinas que integram o Departamento Curricular.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

32.

Artigo 65.º Composição

1. Cada Conselho de Grupo/Disciplina/Área Disciplinar é constituído pelos docentes que integram o mesmo grupo de recrutamento.

2. Cada Conselho de Grupo/Disciplina/ Área Disciplinar constitui-se desde que haja um número mínimo de quatro docentes.

3. Quando não se verificarem as condições previstas no número anterior, os docentes são integrados numa Área Disciplinar afim.

4. São constituídos os seguintes Conselhos de Grupo/Disciplina/Área Disciplinar:

- Artes Visuais - Biologia e Geologia - Construção Civil - Economia e Contabilidade - Educação Especial - Educação Física - Electrotecnia - Expressão Dramática - Filosofia e EMRC - Filosofia e EMRC - Física e Química - Geografia - História - Informática - Línguas Estrangeiras (Alemão / Espanhol / Francês / Inglês) - Matemática - Mecanotecnia - Português e Línguas Clássicas (Latim) - Secretariado

Artigo 66º

Competências

São competências dos Conselhos de Grupo/Disciplina/Área Disciplinar:

a) Propor medidas nos domínios da orientação, acompanhamento e avaliação dos alunos, visando contribuir para o sucesso educativo;

b) Seleccionar modelos pedagógicos, métodos de ensino e de avaliação e materiais de ensino/aprendizagem coerentes com o projecto educativo da escola e adequados à variedade dos interesses e capacidades dos alunos;

c) Planificar e gerir a implementação dos programas, planos curriculares e as actividades lectivas e acompanhar o seu cumprimento;

d) Diagnosticar dificuldades e propor estratégias de remediação;

e) Definir critérios de avaliação para cada ano de escolaridade/disciplina;

f) Apresentar propostas para a elaboração do Plano Anual de Actividades;

g) Elaborar e aplicar medidas de reforço no domínio das didácticas específicas das disciplinas.

h) Elaborar critérios específicos de avaliação, matrizes, provas de avaliação e exames a nível de escola;

i) Apreciar e propor a selecção dos manuais escolares das disciplinas da Área Disciplinar.

Artigo 67.º Funcionamento

1. Os Conselhos de Grupo/Disciplina/Área Disciplinar reúnem ordinariamente duas vezes por período e extraordinariamente sempre que convocados pelos respectivos Delegados, por sua iniciativa, a requerimento de um terço dos seus membros em efectividade de funções ou

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

33.

sempre que um pedido de parecer do Conselho Geral, do Director ou do Conselho Pedagógico o justifique.

2. As reuniões previstas no número anterior são precedidas de uma reunião entre o Coordenador do respectivo Departamento e os Delegados dos Conselhos Grupo/Disciplina/de Área Disciplinar que o integram.

3. De todas as reuniões devem ser lavradas as respectivas actas. 4. Não podem ser convocadas reuniões em simultâneo sempre que um professor leccione

disciplinas pertencentes a dois Conselhos de Grupo/Disciplina. 5. No entanto, na impossibilidade de cumprir o referido no número anterior, será da competência

do Director decidir da respectiva prioridade.

Artigo 68.º Delegado do Conselho de Grupo /Disciplina/ Área Disciplinar

1. O Delegado do conselho de Grupo/ Disciplina/ Área disciplinar é um professor nomeado pelo Director mediante o resultado da eleição efectuada de entre todos os professores que integram o grupo disciplinar.

2. O mandato do Delegado do Conselho de Grupo /Disciplina/ Área disciplinar acompanha o do Director, podendo, todavia, cessar a todo o tempo, a pedido do interessado ou mediante proposta fundamentada de, pelo menos, dois terços dos membros do grupo disciplinar.

3. Para o exercício das funções de Delegado de Grupo são atribuídas pelo Diretor horas da componente não letiva. [*]

[*] Alteração aprovada pelo CG em 30.09.2010.

Artigo 69.º Competências do Delegado do Conselho de Grupo/Disciplina /Área Disciplinar

São competências do Delegado do conselho Grupo/Disciplina /Área Disciplinar :

a) Convocar as reuniões do Conselho de Grupo/Disciplina/Área Disciplinar;

b) Presidir às reuniões do Conselho de Grupo/Disciplina/Área Disciplinar;

c) Representar o Conselho de Grupo/Disciplina/Área Disciplinar nas reuniões com o Coordenador de Departamento;

d) Coordenar a planificação das actividades lectivas e não lectivas e acompanhar o seu cumprimento;

e) Assegurar, anualmente, a definição de critérios de avaliação para cada ano de escolaridade/disciplina

f) Promover a troca de experiências e a cooperação entre os professores do Conselho Grupo/Disciplina/ Área Disciplinar;

g) Propor o Coordenador de Ano, por disciplina;

h) Assegurar a divulgação da informação entre o Conselho de Grupo/Disciplina/Área Disciplinar e o Departamento Curricular;

i) Apresentar aos Coordenadores de Departamento as necessidades de formação contínua dos professores que integram o Conselho de Grupo/ Disciplina/ Área Disciplinar;

j) Promover as formas de avaliação das actividades do Conselho de Grupo/Disciplina /Área disciplinar;

k) Comunicar ao Director as faltas dadas pelos docentes às reuniões do Conselho de Grupo/Disciplina/Área Disciplinar;

l) Colaborar na inventariação de necessidades em termos de equipamentos e materiais didáctico;

m) Assegurar a participação do Grupo ou Disciplina/Área Disciplinar na elaboração e execução do Plano Anual de Actividades;

n) Avaliar o trabalho desenvolvido anualmente, no âmbito da estrutura a que preside através de um relatório crítico a apresentar ao Director, até ao dia 30 de Julho de cada ano.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

34.

Artigo 70.º Coordenação de Ano

1. Os Coordenadores de Ano são designados pelo Delegado do Conselho de Grupo/Disciplina/Área Disciplinar do grupo de professores que leccionam uma disciplina, por ano de escolaridade, sendo responsável pela planificação, coordenação e eventual produção de materiais científico-pedagógicos e de avaliação dessa disciplina.

2. O mandato do Coordenador de Ano tem a duração do ano lectivo; 3. Os docentes reunirão em horário a definir em cada ano lectivo e integrado no respectivo horário; 4. A Coordenação de Ano nas reuniões de trabalho deve:

a) Coordenar a planificação das actividades pedagógicas de acordo com os programas curriculares;

b) Acompanhar e assegurar o cumprimento das planificações; c) Promover a troca de experiências, a cooperação e a partilha de materiais entre os

professores; 5. As Coordenações de Ano podem ser distintas para os cursos científico-humanísticos e

profissionais, de acordo com as suas especificidades.

SECÇÃO III Conselho de Turma

Artigo 71.º

Definição e Composição 1. O Conselho de Turma é uma estrutura de orientação educativa que visa a organização,

acompanhamento e avaliação das actividades da turma, sendo constituído pelos docentes da turma, pelo Delegado ou Subdelegado de turma e por 2 representantes dos Pais e Encarregados de Educação dos alunos da turma.

2. Nas reuniões do Conselho de Turma, para tratar de assuntos relacionados exclusivamente com o processo de avaliação individual dos alunos, apenas participam os membros docentes.

3. Nos cursos profissionais: a) O Conselho de Turma é constituído pelos professores das disciplinas, pelo

Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma e pelo Director de Curso; b) As reuniões do Conselho de Turma de Avaliação são presididas pelo Director/Orientador

Educativo/Coordenador de Turma, em articulação com o Director de Curso; c) O Conselho de Turma poderá reunir extraordinariamente, sempre que necessário, sob

proposta do Director de Curso e/ou Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma.

d) O Conselho de Turma de Avaliação ocorrerá, pelo menos, três vezes ao longo do ano lectivo.

Artigo 72.º

Competências do Conselho de Turma

1. Além das competências previstas na lei, cabe ainda ao Conselho de Turma:

a) Analisar a situação da turma e identificar características específicas dos alunos a ter em conta no processo de ensino aprendizagem;

b) Identificar diferentes ritmos de aprendizagem e necessidades educativas especiais dos alunos, promovendo a articulação com os respectivos serviços especializados de apoio educativo, em ordem à sua superação;

c) Conceber e delinear actividades em complemento do currículo;

d) Preparar informação adequada, a disponibilizar aos Pais e Encarregados de Educação, relativa ao processo de aprendizagem e avaliação dos alunos;

e) Dar parecer sobre todas as questões de natureza pedagógica e disciplinar que à turma digam respeito;

f) Aprovar as propostas de avaliação apresentadas por cada professor da turma, nas reuniões de avaliação.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

35.

2. Os Conselhos de Turma dos cursos profissionais têm ainda as seguintes competências:

a) Elaborar o relatório de avaliação qualitativa que deverá ser entregue ao encarregado de educação do aluno e deve incluir informação sobre o seu percurso formativo contendo referência explícita a parâmetros como: a aquisição e compreensão de conhecimentos; empenho no trabalho, progresso na aprendizagem; capacidade de iniciativa, de autonomia e comunicação; de trabalho em equipa, da assiduidade e pontualidade. Faz também parte deste relatório uma avaliação global que seja uma síntese das principais dificuldades diagnosticadas com indicações relativas a actividades de recuperação, bem como o perfil da evolução dos alunos, fundamentado na avaliação de cada módulo e na progressão registada em cada disciplina.

b) O relatório de avaliação qualitativa é da responsabilidade de todos os professores do Conselho de Turma, sob a orientação do Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma em articulação com o Director de Curso;

Artigo 73.º

Competências dos Delegado e Sub-Delegado de Turma no Conselho de Turma

Compete ao Delegado e ao Sub-Delegado de Turma; a) Representar a turma no Conselho de Turma; b) Transmitir ao Conselho de Turma sugestões de natureza diversa no sentido de

incrementar a qualidade do processo de ensino – aprendizagem.

Artigo 74.º Eleição dos Representantes dos Pais e Encarregados de Educação

do Conselho de Turma

a) A eleição dos Representantes dos Pais e Encarregados de Educação deverá ser promovida na primeira reunião de cada ano lectivo entre o Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma e os Pais e Encarregados de Educação dos alunos de cada turma;

b) Antes de se proceder à eleição do Representante dos Pais e Encarregados de Educação, o Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma deverá expor as competências que lhe são devidas no cargo, apelando a que se voluntariem pessoas que cumpram os requisitos necessários;

c) O Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma deverá facultar um excerto deste Regulamento Interno que contemple as competências que estão atribuídas ao Representante dos Pais e Encarregados de Educação.

Artigo 75.º

Competências dos Representantes dos Pais e Encarregados de Educação

Compete aos Representantes dos Pais e Encarregados de Educação: a) Fornecerem os seus contactos telefónico e de correio electrónico aos restantes Pais e

Encarregados de Educação da turma e ao Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma;

b) Assegurarem a disponibilidade necessária para concertar posições a assumir nas reuniões de Pais e Encarregados de Educação com o Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma;

c) Assumirem a liderança em posições que os Pais e Encarregados de Educação entendam que devem ser revistas no processo de ensino-aprendizagem relativo à turma;

d) Participar de forma activa nas reuniões do Conselho de Turma, procurando discutir os problemas globais da turma;

e) Assegurar que informação relevante decorrente das reuniões do Conselho de Turma seja comunicada aos Pais e Encarregados de Educação dos alunos da Turma que representa.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

36.

Artigo 76.º Funcionamento

1. O Conselho de Turma reúne sob a Presidência do Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma:

a) No fim de cada período lectivo nos cursos científico-humanísticos do ensino secundário, para proceder à avaliação sumativa individual dos alunos;

b) Ordinariamente, no início de cada ano lectivo e no fim de cada período lectivo nos cursos científico-humanísticos do ensino secundário;

c) Extraordinariamente, sempre que um motivo de natureza pedagógica ou disciplinar o justifique.

2. É obrigatória a presença de todos os elementos que constituem o Conselho de Turma de Avaliação.

3. Sempre que a ausência de um membro do Conselho de Turma for ocasional, a reunião é adiada por 48 horas de forma a assegurar a presença de todos os elementos.

4. No caso da ausência ser presumivelmente longa, o Conselho reúne com os restantes membros, devendo o respectivo Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma ter na sua posse todos os elementos referentes à avaliação de cada aluno das turmas a cargo do professor ausente.

5. Se a ausência prevista for do Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma, cabe ao Director indicar qual o professor que assumirá as funções de Presidente do Conselho de Turma.

6. De todas as reuniões de Conselho de Turma são lavradas actas que descrevem pormenorizadamente o desenrolar das mesmas e registam análises feitas e as deliberações tomadas.

7. Devem constar também nas actas das reuniões de Conselho de Turma de Avaliação:

a) Informações sobre os alunos fornecidas pelo Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma;

b) Fundamentação do incumprimento dos programas;

c) Circunstâncias especiais que envolveram o processo ensino/aprendizagem da responsabilidade da escola;

d) Decisão final sobre o nível, ou classificação a atribuir a cada aluno, por consenso ou votação;

e) Alunos retidos ou que não progrediram numa disciplina (3º Período);

f) Outras declarações, pertinentes, dos intervenientes a título individual. 8. A redacção da acta é da competência de professores nomeados pelo Director para secretariar a

reunião.

Artigo 77.º Convocação

1. As reuniões ordinárias do Conselho de Turma são convocadas pelo Director. 2. As reuniões extraordinárias, salvo as que decorram de procedimento disciplinar, podem ser

convocadas pelo Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma, com o conhecimento do Director.

SECÇÃO IV

Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma

Artigo 78.º Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma

1. A designação do Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma compete ao Director. 2. Nenhum professor poderá ter mais do que uma direcção de turma, salvo tratando-se de uma

turma de reduzido número de alunos ou quando circunstâncias excepcionais, devidamente fundamentadas, o justificarem.

3. Não deve ser designado Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma o docente que não leccione a maioria dos alunos da turma e deverá ser considerado o princípio da continuidade.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

37.

4. Um professor pode solicitar, por escrito e mediante fundamentação que, em determinado ano lectivo, não lhe seja atribuído o cargo de Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma.

Artigo 79.º Competências

1. O Director/Orientador Educativo/Coordenador de Turma tem as seguintes atribuições: a) Presidir ao Conselho de Turma, excepto nas reuniões de natureza disciplinar; b) Coordenar o processo de avaliação dos alunos garantindo o seu carácter globalizante e

integrador; c) Garantir uma informação actualizada junto dos Pais e Encarregados de educação acerca

da integração dos alunos na comunidade educativa, do aproveitamento escolar, das faltas a aulas e das actividades escolares;

d) Assegurar a articulação entre os docentes da turma e os alunos, Pais e Encarregados de Educação, colaborando com estes no sentido de prevenir e resolver problemas comportamentais ou de aprendizagem;

e) Dar cumprimento às decisões do Conselho Pedagógico, do Director, do Conselho de Directores de Turma e do Conselho de Turma, referentes à respectiva turma;

f) Articular as actividades da turma com os Pais e Encarregados de educação promovendo a sua participação;

g) As definidas no art.º 16º da Portaria nº 550-C/2004, de 21 de Maio, zelando pelo cumprimento das orientações definidas nesse documento, com as alterações introduzidas pela Portaria nº 797/2006 de 10 e Agosto e do despacho nº 14758/2004 de 23 de Julho

SECÇÃO V Coordenadores de Directores/Orientadores Educativos/Coordenadores de Turma

Artigo 80.º

Coordenadores dos Directores/Orientadores Educativos/Coordenadores de Turma 1. No sentido de assegurar a Coordenação dos Directores/Orientadores

Educativos/Coordenadores de Turma haverá três Coordenadores: o Coordenador das Turmas Diurnas dos Cursos Científico-Humanísticos, o Coordenador das Turmas Nocturnas e o Coordenador dos Cursos Qualificantes, designados pelo Director, de entre os Directores/Coordenadores de turma.

2. A duração do mandato acompanha o do Director.

Artigo 81.º Competências dos Coordenadores dos Directores/Orientadores Educativos/

Coordenadores de Turma As competências dos coordenadores dos Conselhos de Directores/Orientadores Educativos/Coordenadores de Turma são as seguintes:

a) Coordenar a acção do respectivo Conselho, articulando estratégias e procedimentos; b) Elaborar documentos que apoiem as funções dos Directores/Orientadores

Educativos/Coordenadores de Turma; c) Representar a estrutura que Coordena no Conselho Pedagógico; d) Apresentar ao Conselho Pedagógico, até 31 de Julho, um relatório crítico anual, do trabalho

desenvolvido. SECÇÃO VI

Conselho de Directores/Orientadores Educativos/Coordenadores de Turma

Artigo 82º Definição e Composição

No sentido de assegurar a coordenação, articular e harmonizar as actividades desenvolvidas pelas turmas haverá três Conselhos de Directores/Coordenadores de Turma:

a) Um constituído pelos Directores de Turma dos Cursos Científico-Humanísticos Diurnos;

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

38.

b) Outro constituído pelos Coordenadores de Turma dos Cursos Nocturnos; c) Outro ainda constituído pelos Directores/Orientadores Educativos/Coordenadores de Turma

dos Cursos Profissionalmente Qualificantes.

Artigo 83.º Competências

As atribuições dos Conselhos de Directores/Orientadores Educativos/Coordenadores de Turma são as seguintes:

a) Eleger os respectivos Coordenadores;

b) Planificar as actividades e projectos a desenvolver, anualmente, de acordo com as orientações do Conselho Pedagógico;

c) Identificar necessidades de formação no âmbito da Direcção de Turma, e propor ao Conselho Pedagógico a realização de acções de formação no domínio da orientação educativa e da coordenação das actividades das turmas;

d) Conceber e desencadear mecanismos de formação e apoio aos Directores/Orientadores Educativo/Coordenadores de Turma em exercício e de outros docentes da escola, para o desempenho dessas funções;

e) Analisar as propostas dos conselhos de turma que lhe sejam remetidas e submetê-las ao Conselho Pedagógico;

f) Propor, planificar e uniformizar formas de actuação junto dos Pais e Encarregados de Educação;

g) Promover a interacção entre a escola e a comunidade educativa.

Artigo 84.º Funcionamento

Os Conselhos de Directores/Orientadores Educativos/Coordenadores de Turma reúnem:

a) Ordinariamente, uma vez em cada período lectivo antes de cada momento de avaliação sumativa;

b) Extraordinariamente, sempre que um assunto do âmbito das suas atribuições o justifique.

Artigo 85.º Convocatória

As reuniões ordinárias são convocadas pelo Coordenador e as extraordinárias são convocadas pelo Director, por si ou por determinação do Conselho Pedagógico, ou a pedido dos Coordenadores dos Conselhos de Directores/Orientadores Educativos/Coordenadores de Turma, fundamentando-se a necessidade da reunião e definindo-se, nessa convocatória, as matérias a abordar.

SECÇÃO VII

Professor Tutor

Artigo 86.º Definição

O Professor Tutor acompanha, de modo diferenciado, o processo educativo de um grupo de alunos, em ligação com o Conselho de Turma, não só na vertente pedagógico-didáctica mas também com vista à sua integração na comunidade educativa.

Artigo 87.º Designação

O Professor Tutor é designado pelo Director sempre que este o julgue necessário.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

39.

Artigo 88.º Reduções

Aos Professores que sejam designados Tutores são atribuídas horas de redução na componente não lectiva do seu horário em função do número de alunos.

SECÇÃO VIII

Áreas curriculares não disciplinares

Artigo 89.º Definição

1. O Conselho de Docentes de áreas curriculares não disciplinares é a estrutura que colabora com o Conselho Pedagógico e o Director na gestão e desenvolvimento das áreas curriculares não disciplinares constantes nos planos de estudos dos Cursos Científico-Humanísticos do Ensino Secundário Diurno.

2. É criado o conselho de docentes de Área Curricular não Disciplinar de Área de Projecto.

Artigo 90.º Composição

1. O Conselho de Docentes de Área de Projecto é composto pelos docentes que leccionam esta área.

2. A coordenação do Conselho de Docentes de Área de Projecto é realizada, preferencialmente,

por docente do quadro, nomeado pelo Director.

Artigo 91.º Competências

Compete ao Conselho de Docentes de Área de Projecto, presidido pelo respectivo Coordenador: a) Planificar e gerir a implementação das orientações oficiais para Área de Projecto / Projecto

Tecnológico e acompanhar o seu cumprimento; b) Definir os respectivos critérios de avaliação; c) Elaborar critérios específicos de avaliação, matrizes e exames a nível de escola; d) Apresentar propostas para a elaboração do Plano Anual de Actividades; e) Articular com os Departamentos Curriculares / Grupos Disciplinares / Conselhos de Turma

actividades que promovam a inter e a transdisciplinariedade.

SUBCAPÍTULO III OUTRAS ESTRUTURAS DE COORDENAÇÃO EDUCATIVA

Artigo 92º

Outras estruturas de orientação educativa Para coordenar as actividades no âmbito das respectivas equipas e projectos, em articulação com o Conselho Pedagógico, o Director e demais estruturas, são criadas as seguintes equipas e/ou estruturas de coordenação educativa:

SECCÇÃO I Equipa Plano Tecnológico da Educação (PTE)

Artigo 93.º Definição

O Plano Tecnológico da Educação (PTE) pretende modernizar tecnologicamente as escolas dos ensinos básico e secundário, fomentando a integração e a utilização generalizada das tecnologias da informação e comunicação (TIC) nos processos de ensino e de aprendizagem e na gestão escolar. Esta estrutura de coordenação e acompanhamento do projecto de modernização tecnológica ao nível da Escola, é designada por «Equipa PTE».

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

40.

Artigo 94.º Funções

1. A Equipa PTE exerce as seguintes funções: a) Elaborar um plano de acção anual para as TIC (Plano TIC) na Escola. Este plano visa

promover a utilização das TIC nas actividades lectivas e não lectivas, rentabilizando os meios informáticos disponíveis e generalizando a sua utilização por todos os elementos da comunidade educativa. Este plano TIC deverá ser concebido no quadro do projecto educativo da Escola e integrar o plano anual de actividades, em estreita articulação com o plano de formação;

b) Contribuir para a elaboração dos instrumentos de autonomia definidos no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, integrando a estratégia TIC na estratégia global da Escola; Para este, compete aos serviços regionais de educação promover a coordenação das redes de parceiros regionais que apoiam as escolas em matéria de TIC na Educação, nomeadamente as estruturas responsáveis pela formação de professores, as equipas de apoio às escolas e outras estruturas e entidades parceiras;

c) Coordenar e acompanhar a execução do projecto do PTE e de projectos e iniciativas próprias na área de TIC na educação, em articulação com os serviços regionais de educação e com o apoio das redes de parceiros regionais;

d) Promover e apoiar a integração das TIC no ensino, na aprendizagem, na gestão e na segurança da Escola;

e) Colaborar no levantamento de necessidades de formação e certificação em TIC de docentes e não docentes;

f) Fomentar a criação e participação dos docentes em redes colaborativas de trabalho com outros docentes ou agentes da comunidade educativa;

g) Zelar pelo funcionamento dos equipamentos e sistemas tecnológicos instalados, sendo o interlocutor junto do centro de apoio tecnológico às escolas e das empresas que prestem serviços de manutenção aos equipamentos.

Artigo 95.º

Composição 1. A função de coordenador da Equipa PTE é exercida, por inerência, pelo Director da Escola,

podendo ser delegada a um docente da Escola que reúna as competências ao nível pedagógico, técnico e de gestão adequadas ao exercício das funções de coordenação global dos projectos do PTE ao nível da Escola.

2. Os restantes membros da Equipa PTE são designados pelo Director da Escola de entre: a) Docentes que reúnam competências ao nível pedagógico, de gestão e técnico para a

implementação dos projectos do PTE e para a coordenação de outros projectos e actividades TIC ao nível da Escola;

b) O chefe dos serviços de administração escolar, ou quem o substitua; c) Estagiários dos cursos tecnológicos e dos cursos profissionais nas áreas tecnológicas e

outros alunos com competências TIC relevantes; d) Não docentes com competências TIC relevantes.

3. O número de membros da Equipa PTE é definido pelo Director da Escola, adequando as características do estabelecimento de ensino à necessidade de execução eficaz do projecto do PTE.

4. Sem prejuízo do disposto no número anterior, a Equipa PTE deverá incluir: a) Um responsável pela componente pedagógica do PTE, preferencialmente com assento no

Conselho Pedagógico, que represente e articule com os coordenadores de departamento curricular e os coordenadores ou directores de curso;

b) Um responsável pela componente técnica do PTE, que represente e articule com os directores de instalações e o responsável pela segurança da escola;

c) O coordenador da biblioteca escolar.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

41.

Artigo 96.º Mandato

1. Os mandatos dos elementos que constituem a equipa PTE têm a duração de 4 anos e cessam com o mandato do Director.

2. Os mandatos podem cessar a todo o tempo por despacho fundamentado do Director ou por requerimento dos interessados, com motivos devidamente justificados e aceites pelo Director.

SECÇÃO II

Equipa da Formação Contínua dos Agentes Escolares

Artigo 97.º Definição

Será uma equipa responsável pela Formação Contínua dos Docentes, Funcionários e Encarregados de Educação.

Artigo 98.º Composição

Esta equipa será coordenada pelo Director e integrará os elementos por ele nomeados.

Artigo 99.º Finalidades

Apresentar um plano anual de formação para Docentes, Funcionários, Encarregados de Educação, que integre as necessidades estratégicas da Escola. Para tal ouvirá os vários órgãos e equipas, em especial a Equipa de Avaliação Interna e de Promoção da Qualidade.

SECÇÃO III

Equipa de Equipamentos, Serviços e Espaços

Artigo 100.º Definição

A Equipa de Equipamentos, Serviços e Espaços considerará como parte imprescindível ao ensino, à aprendizagem e ao bem-estar de toda a comunidade educativa, os espaços e os equipamentos existentes ou a existir na ESM (Informática/software, Papelaria/Reprografia, Bar, PBX, Limpeza, Controlo dos Pisos, Secretária da Direcção, Administrativos, etc.).

Artigo 101.º Composição

Esta equipa será coordenada pelo Director e integrará os elementos por ele nomeados.

Artigo 102.º Finalidades

Para além de quaisquer instrumentos que a Equipa de Inovação e Avaliação venha a produzir em suporte papel e/ou na plataforma Moodle, esta equipa criará os mecanismos que lhe permitam:

a) salvaguardar a integridade de pessoas e bens; b) optimizar espaços/serviços/equipamentos c) cultivar o bem-receber.

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42.

SECÇÃO IV Equipa de Pesquisa e Gestão de Projectos e Concursos

Artigo 103.º Definição

Para responder à dinâmica da oferta formativa da Escola será criada uma Equipa de Pesquisa e Gestão de Projectos e Concursos destinada a captar recursos financeiros, materiais e outros, que permitam operacionalizar projectos escolares de manifesto interesse para a comunidade educativa.

Artigo 104.º Composição

Esta equipa será coordenada pelo Director e integrará os elementos por ele nomeados.

Artigo 105.º Finalidades

A esta equipa competir-lhe-á: a) analisar editais e pesquisar em todas as fontes possíveis, concursos e seus

regulamentos; b) procurar junto de todos os intervenientes, na escola, os interlocutores mais adequados

para darem corpo a essas iniciativas; c) produzir todo o material burocrático necessário ao concurso e acompanhar todo o

processo de candidatura.

SECÇÃO V Equipa de Informação, Comunicação e Imagem

Artigo 106.º Definição

Esta equipa desempenhará a sua missão, em articulação com a equipa PTE, de forma a promover a utilização das TIC como recurso educativo, facilitando também, a comunicação interna e externa da Escola.

Artigo 107.º Composição

Esta equipa será coordenada pelo Director e integrará os elementos por ele nomeados.

Artigo 108.º Finalidades

Esta equipa desenvolverá o seu trabalho tendo como missão: a) coordenar a fluidez e a segurança da informação interna; b) promover a utilização das TIC; c) divulgar/projectar a imagem da ESM.

SECÇÃO VI

Equipa de Animação e Eventos

Artigo 109.º Definição

Os eventos, as efemérides, os convívios são imprescindíveis à vida da Escola. Esta equipa terá como atribuições a organização e realização destas ocasiões especiais que ajudem a afirmar a identidade e a cultura da ESM, cimentando as relações entre os diferentes actores da comunidade educativa.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

43.

Artigo 110.º Composição

Esta equipa será coordenada pelo Director e integrará os elementos por ele nomeados.

Artigo 111.º Finalidades

Esta equipa responsabilizar-se-á pela organização/realização de vários eventos, nomeadamente: comemoração do Dia da ESM, Jogos do ATRIUM e SARAU de fim de ano.

SECÇÃO VII Equipa Espaços com Memória

Artigo 112.º Definição

As escolas apr(e)endem a memória da sua circunstância, pelo que, será criada uma equipa responsável pela concretização de um espaço evocativo da memória colectiva da ESM e da continuidade da Biblioteca Virtual do Alto-Minho.

Artigo 113.º Composição

Esta equipa será coordenada pelo Director e integrará os elementos por ele nomeados.

Artigo 114.º Finalidades

Esta equipa terá como missão: a) construir o Espaço-memória da ESM; b) dar continuidade à Biblioteca Virtual do Alto-Minho – BiVAM.

SECÇÃO VIII

Equipa de Apoio à Integração no pós-Monserrate

Artigo 115.º Definição

Esta Equipa acompanhará a promoção do desenvolvimento vocacional dos alunos ao longo do seu percurso académico, facilitando a sua integração no ensino superior / mundo do trabalho.

Artigo 116.º Composição

Esta equipa será coordenada pelo Director e integrará os elementos por ele nomeados.

Artigo 117.º Finalidades

Esta equipa terá como objectivos: a) manter um cuidado e privilegiado relacionamento com o IPVC e as suas Escolas, pela sua

proximidade geográfica, mas também com outras instituições do ensino superior; b) organizar a Semana das Profissões; c) procurar que cada curso possa contactar, mais em pormenor, com licenciados da mesma

área; d) preparar uma base de dados sobre empresas que possam ser potenciais empregadoras ou

parceiras da escola ; e) estabelecer contactos, em colaboração com os Coordenadores e Directores de curso e de

turma, para concretização dos futuros estágios e visitas; f) convidar, em articulação com os Departamentos Curriculares, empresários e organizações

sindicais para virem à escola falar sobre assuntos de interesse; g) desafiar o IEFP para: se promoverem acções sobre variados temas ligados ao trabalho

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

44.

(entrevista para 1.º emprego, esclarecimentos sobre o regime de estágios profissionais e incentivos à criação do próprio trabalho, etc.)

h) desafiar todos os nossos parceiros para a realização de um FORUM anual de reflexão sobre necessidades de formação e/ou empregabilidade.

SECÇÃO IX

Equipa de Apoio à Inclusão

Artigo 118.º Definição

Uma equipa capaz de trabalhar com os implicados nas questões da toxicodependência, da violência (física, verbal, social) da discriminação, exclusão e vitimização social que se reflectem cada vez mais na vida escolar.

Artigo 119.º Composição

Uma equipa multidisciplinar, coordenada pelo Director, composta pela Psicóloga, pelos Coordenadores dos DTs, e eventualmente, por um elemento indicado pelo Centro de Saúde, um do Centro de Dissuasão da Toxicodependência, um do Governo Civil e/ou PSP, um Técnico(a) de Serviço Social).

Artigo 120.º Finalidades

Compete a esta equipa: a) Exercer a mediação de conflitos, como instrumento de diálogo e de reencontro interpessoal

que, de forma neutra e imparcial, leve os indivíduos a comunicar, a negociar e a procurar compromissos.

b) Atender às emergentes bolsas de pobreza [Coordenador(a) dos DTs, Psicóloga, CÁRITAS, GAF, CLAII, etc.].

c) Organizar um FORUM anual de reflexão sobre questões como: conflitos, indisciplina, pobreza, inclusão/inserção, voluntariado, cooperação através do contributo de especialistas nas várias áreas.

SECÇÃO X

Equipa de Avaliação Interna e de Promoção da Qualidade

Artigo 121.º Definição

A Equipa de Avaliação Interna e de Promoção da Qualidade contribuirá para a progressão sustentada da escola através de procedimentos que permitam, de forma contínua, fazer a avaliação do grau de satisfação, face ao seu funcionamento, de todos os seus intervenientes.

Artigo 122.º Composição

Esta equipa será coordenada pelo Director e integrará os elementos por ele nomeados.

Artigo 123.º Finalidades

Compete à Equipa de Avaliação Interna e de Promoção da Qualidade: a) ouvir todos os departamentos e serviços da escola no sentido de construir instrumentos

adequados para o estudo e avaliação:

do grau de concretização do Projecto Educativo e do Plano de Actividades;

do grau de satisfação da Comunidade Escolar (docentes, não-docentes, alunos e seus encarregados de educação);

dos resultados dos alunos;

dos resultados do CNO;

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45.

do grau de interdisciplinaridade dos órgãos da escola ( Conselho Geral, Direcção, Conselho Pedagógico e Conselho Administrativo);

do grau de promoção externa da escola; b) construir os mecanismos julgados mais adequados (caixa de sugestões, por ex.) para que

a comunidade possa intervir, mais ou menos criativamente e sem para tal ser desafiada, quer no avaliar dos procedimentos, quer no partilhar das ideias.

SECÇÃO XI

“Provedoria da Comunidade Educativa”

Artigo 124.º Definição

A Provedoria da Comunidade Educativa é um elo de ligação entre os diferentes membros da comunidade escolar e o Director. Sem poderes de decisão, tem como missão ouvir as queixas e reclamações sempre que um membro da comunidade escolar entenda que os seus direitos não estão a ser salvaguardados.

Artigo 125.º Composição

Esta equipa será coordenada pelo Director e integrará os elementos por ele nomeados.

Artigo 126.º Finalidades

Compete à Provedoria da Comunidade Educativa: a) ouvir e analisar imparcialmente todas as reclamações; b) reunir com as partes interessadas; c) emitir pareceres e recomendações.

SUBCAPÍTULO IV SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE APOIO EDUCATIVO

Artigo 127.º

Serviços especializados de apoio educativo

No âmbito da sua autonomia, a Escola Secundária de Monserrate define como serviços especializados de apoio educativo os seguintes:

a) Serviços de Psicologia e Orientação; b) Núcleo de Apoio Educativo c) Biblioteca Escolar / Centro de Recursos Escolares (Centro de Aprendizagem)

Artigo 128.º

Serviços de Psicologia e Orientação 1. Os Serviços de Psicologia e Orientação asseguram o acompanhamento dos alunos ao longo do

processo educativo e o apoio ao sistema de relações interpessoais no interior da escola e entre esta e a comunidade, competindo-lhes, no quadro do desenvolvimento do projecto educativo da escola, designadamente: a) Contribuir para o desenvolvimento integral dos alunos e para a construção da sua identidade

pessoal; b) Apoiar os alunos no seu processo de aprendizagem e de integração no sistema de relações

interpessoais da comunidade escolar; c) Prestar apoio de natureza psicológica e psicopedagógica a alunos, professores, pais e

encarregados de educação, no contexto das actividades educativas, tendo em vista o sucesso escolar, a efectiva igualdade de oportunidades e a adequação das respostas educativas;

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

46.

d) Assegurar, em colaboração com outros serviços competentes, designadamente os de educação especial, a detecção de alunos com necessidades educativas especiais, a avaliação da sua situação e o estudo das intervenções adequadas;

e) Contribuir, em conjunto com as actividades desenvolvidas no âmbito das áreas curriculares, dos complementos educativos e das outras componentes educativas não escolares, para a identificação dos interesses e aptidões dos alunos;

f) Promover actividades específicas de informação escolar e profissional, susceptíveis de ajudar os alunos a situarem-se perante as oportunidades disponíveis, tanto no domínio dos estudos e formação como no das actividades profissionais, favorecendo a indispensável articulação entre a escola e o mundo do trabalho;

g) Desenvolver acções de aconselhamento psicossocial e vocacional dos alunos, apoiando o processo de escolha e o planeamento de carreiras;

h) Colaborar em experiências pedagógicas e em acções de formação de professores e pessoal não docente, bem como realizar e promover a investigação nas áreas da sua responsabilidade.

2. Os Serviços de Psicologia e Orientação desenvolvem as suas actividades de forma integrada, sob a coordenação do psicólogo em serviço na escola, com a colaboração do Conselho Executivo e em estreita articulação com os outros serviços de apoio educativo da escola.

3. Para o desenvolvimento das suas actividades, os Serviços de Psicologia e Orientação dispõem de instalações próprias na escola.

Artigo 129.º

Núcleo de Apoio Educativo

1. O Núcleo de Apoio Educativo desenvolve as suas atribuições com base na articulação dos recursos e das actividades de apoio especializado existente na escola, visando, no quadro do desenvolvimento do seu projecto educativo, a promoção de uma escola integradora, designadamente: a) Contribuir para a igualdade de oportunidades de sucesso educativo para todos os alunos,

promovendo a existência de respostas pedagógicas diversificadas adequadas às suas necessidades específicas e ao seu desenvolvimento global;

b) Promover a existência de condições para a integração sócio-educativa dos alunos com necessidades educativas especiais;

c) Colaborar na promoção da qualidade educativa, nomeadamente nos domínios relativos à orientação educativa, à interculturalidade, à saúde escolar e à melhoria do ambiente educativo;

d) Articular as respostas a necessidades educativas com os recursos existentes noutras estruturas e serviços, nomeadamente nas áreas da saúde, da segurança social, da qualificação profissional e do emprego, das autarquias e de entidades particulares e não governamentais.

2. A coordenação do Núcleo de Apoio Educativo compete ao docente de apoio educativo em serviço na escola, com a colaboração do Director, em estreita cooperação com os Serviços de Psicologia e Orientação e sob a orientação da equipa de coordenação dos apoios educativos.

3. Para o desenvolvimento das suas actividades, o Núcleo de Apoio Educativo dispõe de instalações próprias na escola.

Artigo 130.º

Centro de Aprendizagem / Biblioteca Escolar

1. O Centro de Aprendizagem/ Biblioteca Escolar (CA/BE) assume-se como uma estrutura formativa de aprendizagem e de construção do conhecimento, com carácter transversal à escola e ao currículo, visando promover o sucesso académico e educativo dos alunos através do desenvolvimento da sua autonomia , apoiando a actividade docente e facultando serviços à comunidade, sob a forma de:

Disponibilização de recursos informativos em suportes variados;

Potenciação de recursos interactivos de informação e comunicação,

Desenvolvimento de serviços de tutoria que optimizem o processo de auto-formação e

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

47.

de aprendizagem ao longo da vida;

Dinamização de actividades que favoreçam competências de literacia da leitura e da informação;

- Promoção de actividades culturais e/ou recreativas. 2. O regulamento específico do CA/BE consta como anexo deste regulamento interno.

CAPITULO V OFERTA FORMATIVA

Artigo 131º Definição

A escola deverá proporcionar uma oferta formativa diversificada atendendo às necessidades de formação da comunidade e aos meios humanos, materiais e infraestruturais que esta possua ou possa vir a possuir.

Artigo 132º Oferta Formativa

A actual oferta formativa da Escola Secundária de Monserrate é a seguinte: a) Cursos Científico-humanísticos de Nível Secundário b) Cursos Profissionais de Nível Secundário (regulamento em anexo) c) Cursos de Educação e Formação - CEF (regulamento em anexo) d) Cursos de Educação e Formação de Adultos - EFA (regulamento em anexo) e) Formações Modulares Certificadas (UFCD) f) Cursos Científico-Humanísticos de Ensino Recorrente de Nível Secundário por

Módulos Capitalizáveis g) Cursos Tecnológicos de Ensino Recorrente de Nível Secundário por Módulos

Capitalizáveis (regulamento em anexo) h) Reconhecimento Validação e Certificação de Competências (Básico e Secundário), no

âmbito do Centro Novas Oportunidades (CNO).

SECÇÃO I Cursos Científico-Humanísticos

Artigo 133º Definição

Os Cursos Científico-humanísticos de Nível Secundário criado pelo Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 44/2004, de 25 de Maio, e alterado pelo Decreto-Lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro e regulamentados através Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio, alterada pela Portaria n.º 259/2006 de 14 de Março, são vocacionados para o prosseguimento de estudos de nível superior, de carácter universitário ou politécnico, têm a duração de 3 anos lectivos correspondentes aos 10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade.

Artigo 134º Destinatários

Destinam-se a Alunos que, tendo concluído o 9.º ano de escolaridade ou equivalente, pretendam obter uma formação de nível secundário.

Artigo 135º Conclusão

Estes cursos conferem um diploma de conclusão do Ensino Secundário.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

48.

SECÇÃO II Cursos Profissionais

Artigo 136º Definição

Os Cursos Profissionais de Nível Secundário criados pelo Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, alterado pela Declaração de Rectificação n.º 44/2004, de 25 de Maio, e alterado pelo Decreto-Lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro e regulamentados através Portaria n.º 550-C/2004, de 21 de Maio, alterada pela Portaria n.º 797/2006 de 10 de Agosto, são uma modalidade de educação, inserida no ensino secundário, que se caracteriza por uma forte ligação com o mundo profissional. A aprendizagem valoriza o desenvolvimento de competências para o exercício de uma profissão, em articulação com o sector empresarial local.

Artigo 137º Destinatários

São destinatários dos Cursos Profissionais os indivíduos que se encontrem nas seguintes condições: conclusão do 9º ano de escolaridade ou equivalente; procura de um ensino mais prático e voltado para o mundo do trabalho.

Artigo 138º Conclusão

A conclusão de um Curso Profissional confere um diploma equivalente ao Ensino Secundário e um certificado de qualificação profissional de nível 3. O diploma equivalente ao ensino secundário e o certificado de qualificação profissional de nível 3, permitem o ingresso nos Cursos de Especialização Tecnológica (nível 4) e o acesso ao ensino superior.

SECÇÃO III Cursos de Educação e Formação (CEF)

Artigo139º Definição

Os Cursos de Educação e Formação (CEF) regulamentados pelo Despacho Conjunto n.º 453/2004 de 27 de Julho, rectificado pela Rectificação n.º 1673/2004 de 7 de Setembro, são uma oportunidade para frequência ou conclusão da escolaridade de 6, 9 ou 12 anos e, simultaneamente, para preparação da entrada no mercado de trabalho com qualificação escolar e profissional. Os CEF integram 4 componentes de formação: sociocultural; científica; tecnológica e prática.

Artigo 140º Destinatários

1. Os CEF destinam-se a indivíduos que se encontrem nas seguintes condições: a) Tenham idade igual ou superior a 15 anos; b) Possuam habilitações escolares inferiores aos 10º, 11º ou 12º anos ou já tenham concluído o

12º ano de escolaridade; c) Não tenham qualificação profissional ou, pretendam adquirir uma qualificação superior. 2. Estes cursos permitem o prosseguimento de estudos e a aquisição de competências

profissionais.

Artigo 141º Conclusão

A conclusão de um CEF, com total aproveitamento, confere certificação escolar equivalente ao 9º ano de escolaridade e certificação profissional de nível 2.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

49.

SECÇÃO IV Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA)

Artigo 142 º Definição

Os Cursos de Educação e Formação de Adultos, adiante designados por cursos EFA, são uma oferta integrada de educação e formação para públicos adultos.

Artigo 143º Destinatários

Os Cursos de Educação e Formação de Adultos são uma oferta integrada de educação e formação para públicos adultos, com idade igual ou superior a 18 anos, que possuam baixos níveis de escolaridade e de qualificação profissional.

Artigo 144º Conclusão

Estes cursos proporcionam uma certificação escolar ou dupla certificação (escolar e profissional), correspondendo aos nove ou doze anos e, respectivamente, ao nível II ou III de qualificação profissional. No desenvolvimento destes cursos é aplicável o disposto na Portaria 230/2008 de 7 de Março.

Artigo 145º Composição da Equipa Pedagógica

A equipa técnico-pedagógica dos cursos EFA constituída pelos seguintes elementos: a) Um Coordenador nomeado pelo Director de entre os docentes pertencentes ao quadro

da escola; b) Mediador Pessoal e Social; c) Formadores.

Artigo 146º Coordenador

Compete ao Coordenador a supervisão de todo o processo de selecção dos formandos, organização de turmas, assim como a participação e dinamização das reuniões da equipa pedagógica.

Artigo 147º Mediador Pessoal e Social

1. Para cada uma das turmas do curso EFA haverá um Mediador Pessoal e Social. 2. Ao Mediador do curso EFA compete, para além do disposto no artigo 25° da Portaria 230/2008,

de 7 de Março: a) Assegurar a articulação com o Coordenador do Centro de Novas Oportunidades (CNO); b) Manter o"dossier" técnico-pedagógico actualizado, quer no que concerne às faltas, quer

no arquivo dos materiais pedagógicos; c) Coordenar o acompanhamento e a avaliação do curso.

Artigo 148º Formadores

Os formadores que integram a equipa técnico-pedagógica devem ser detentores, consoante as áreas, de habilitações para a docência do Ensino Básico e Secundário, de acordo com os normativos legais em vigor e com o disposto no Despacho n°11 203/2007, de 8 de Junho de 2007.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

50.

SECÇÃO V Formações Modulares Certificadas (UFCD)

Artigo 149º

Definição e Destinatários

As formações modulares destinam-se a pessoas com idade igual ou superior a 18 anos à data do início da formação, sem a qualificação adequada para efeitos de inserção ou progressão no mercado de trabalho e, prioritariamente, sem a conclusão do Ensino Básico ou do Ensino Secundário. São capitalizáveis para a obtenção de uma ou mais de uma qualificação constante no Catálogo Nacional de Qualificações e permitem a criação de percursos flexíveis de duração variável. É aplicável o disposto na Portaria n.° 230/2008, de 7 de Março.

Artigo 150º Coordenação

A organização curricular e desenvolvimento das formações modulares é da responsabilidade do Coordenador dos Cursos EFA

Artigo 151º Formadores

No que respeita à componente de formação de base e tecnológica das formações modulares, os formadores devem ser detentores de habilitações para a docência nos mesmos termos previstos para os cursos EFA.

SECÇÃO VI

Cursos de Ensino Recorrente de Nível Secundário por Módulos Capitalizáveis

Artigo 152º Definição

1. Os Cursos de Ensino Recorrente de Nível Secundário por Módulos Capitalizáveis criados pelo Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, rectificado pela Declaração de Rectificação n.º44/2004, de 25 de Maio, e alterado pelo Decreto-Lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro e regulamentados através da Portaria n.º 550-E/2004, de 21 de Maio, alterada pela Portaria n.º 781/2006 de 9 de Agosto são uma vertente da educação de adultos, em contexto escolar, que proporcionam uma segunda oportunidade de formação que permite conciliar a frequência de estudos com uma actividade profissional.

2. O Ensino Secundário recorrente funciona em sistema de módulos capitalizáveis. 3. Existem cursos Científico-humanísticos, cursos tecnológicos do ensino recorrente por módulos,

que visam proporcionar uma segunda oportunidade de formação. Conferem os mesmos diplomas do ensino regular.

Artigo 153º

Destinatários 1. Os Cursos do Ensino Recorrente destinam-se a indivíduos que, tendo concluído o 9.º ano de

escolaridade ou equivalente, pretendam obter uma formação de nível secundário e, consoante o curso, uma qualificação profissional de nível intermédio.

2. Caso não possuam a habilitação acima referida, os candidatos terão de se submeter a uma avaliação diagnóstica globalizante que visa a validação de competências e conhecimentos adquiridos em contexto escolar e não-escolar, e que se destina a determinar se o candidato detém os requisitos necessários à frequência desta modalidade de ensino.

Artigo 154º Conclusão

Estes cursos conferem um diploma de conclusão do Ensino Secundário, com possibilidade de prosseguimento de estudos de nível superior, e um Certificado de Qualificação Profissional de nível III no caso dos Cursos Tecnológicos.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

51.

SECÇÃO VII

Centro de Novas Oportunidades (CNO)

Artigo 155º Definição e Destinatários

O Centro de Novas Oportunidades (CNO) da Escola Secundária de Monserrate visa promover a procura de novos processos de aprendizagem, de formação e de certificação por parte dos adultos com baixos níveis de qualificação escolar e profissional. Pretende, assim, proporcionar a todos os cidadãos maiores de 18 anos uma oportunidade de qualificação e de certificação, de nível básico (4.º, 6.° e 9.º ano) ou secundário (12.° ano), adequada ao seu perfil e necessidades.

Artigo 156º

Composição 1. A equipa do centro de novas oportunidades é constituída pelos seguintes elementos:

a) Um Director que, por inerência, é o Director da Escola, podendo este delegar as suas funções nos termos do n.° 3 do despacho 14310/2008 de 23 de Maio.

b) Um Coordenador nomeado pelo Director de entre os docentes pertencentes ao quadro da escola, dando preferência a quem tenha formação especializada para o efeito;

c) Técnico(s) de diagnóstico e encaminhamento admitido por via concursal; d) Profissionais de reconhecimento e validação de competências admitidos por via concursal; e) Formadores nas diferentes áreas de competências-chave detentores de habilitação para a

docência nas referidas áreas e, quando possível, com experiência profissional no âmbito da educação e formação de adultos;

f) Técnico(s) administrativo(s) recrutado(s) por via concursal. 2. 0 número de elementos da equipa referidos nas alíneas c), d), e) e f) está de acordo com a

Portaria n°370/2008 de 21 de Maio (Anexo I)

Artigo 157 º Competências

Compete ao CNO fazer uma análise cuidadosa da situação pessoal e profissional de cada adulto de modo a serem encaminhados, conforme os casos, para uma das seguintes situações:

a) Para um Curso de Educação e Formação de Adultos (EFA); b) Para outro percurso educativo e formativo que se revele mais adequado; c) Para a realização de um processo de RVCC (reconhecimento, validação e certificação de

competências). d) E demais competências previstas na Iegislação em vigor (Portaria n.° 370/2008 de 21 de

Maio).

CAPÍTULO VI DISPOSIÇÕES COMUNS

Artigo 158.º

Responsabilidade

No exercício das respectivas funções, os membros dos órgãos e estruturas de administração e gestão da escola respondem, perante a administração educativa, nos termos gerais de direito.

Artigo 159.º Mandatos de substituição

Os titulares dos órgãos e estruturas de administração e gestão eleitos ou designados em substituição de anteriores titulares, terminam os seus mandatos na data prevista para a conclusão do mandato dos membros substituídos.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

52.

Artigo 160.º Inelegibilidade

1. O pessoal docente e não docente a quem tenha sido aplicada pena disciplinar superior a repreensão não pode ser eleito ou designado para os órgãos e estruturas de administração e gestão, nos dois, três ou cinco anos posteriores ao cumprimento da sanção, consoante lhe tenha sido aplicada, respectivamente, pena de multa, suspensão ou inactividade.

2. O disposto no número anterior não é aplicável ao pessoal docente e não docente reabilitado nos termos do Estatuto Disciplinar dos Funcionários e Agentes da Administração Central, Regional e Local.

3. Os alunos a quem tenha sido aplicada sanção disciplinar igual ou superior à da exclusiva competência do Director não podem ser eleitos ou designados para os órgãos e estruturas de administração e gestão da escola, nos dois anos seguintes ao termo do cumprimento da sanção.

Artigo 161.º Regimento

4. Os órgãos e estruturas de administração e gestão da escola elaboram os seus próprios regimentos, definindo as respectivas regras de organização e de funcionamento, nos termos fixados na legislação em vigor.

5. O regimento é elaborado ou revisto nos primeiros 30 dias do mandato do órgão a que respeita.

CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS

Artigo 162.º

Projectos de desenvolvimento educativo No âmbito da sua autonomia, a Escola Secundária de Monserrate define como projectos de desenvolvimento educativo os que envolvam actividades: a) de complemento curricular; b) de formação transdisciplinar.

Artigo 163.º

Complemento curricular

1. As actividades de complemento curricular constituem oferta própria da escola, de carácter facultativo, e assentam em projectos de âmbito mono ou interdisciplinar, de natureza eminentemente lúdica e cultural, que visam a utilização criativa e formativa dos tempos livres dos alunos.

2. As actividades de complemento curricular integram o plano anual de actividades, sob proposta dos vários departamentos curriculares.

3. A organização das actividades de complemento curricular rege-se pelos normativos da legislação em vigor.

4. As visitas de estudo, que pelo seu potencial formativo representam uma forma de complemento curricular a privilegiar, regem-se por normas próprias que constituem anexo a este Regulamento Interno.

Artigo 164.º

Formação transdisciplinar

1. As actividades de formação transdisciplinar constituem oferta própria da escola, assentam em projectos elaborados em torno de temas/problemas sociais e visam contribuir para a aquisição de espírito crítico e a interiorização de valores estéticos, morais e cívicos.

2. As actividades de formação transdisciplinar revestem-se de carácter facultativo, salvo quando se desenvolvem no âmbito de projectos promovidos pelos Conselhos de Directores de Turma.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

53.

Artigo 165.º Associação de Estudantes

1. A Associação de Estudantes da Escola Secundária de Monserrate é a organização representativa dos alunos da escola, através da qual exercem o direito de participação na vida escolar, designadamente na organização e colaboração em actividades de projectos de desenvolvimento educativo da escola.

2. À Associação de Estudantes compete a convocação da assembleia de delegados de turma, que reúne uma vez por período com a finalidade de debater a vida escolar.

Artigo 166.º

Associação de Pais e Encarregados de Educação

1. A Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária de Monserrate é a organização representativa dos pais e encarregados de educação dos alunos da escola, através da qual exercem o direito de participação na vida escolar, concretizada na organização e colaboração em iniciativas que visem a promoção da humanização do espaço escolar, em acções motivadoras da aprendizagem e em projectos de desenvolvimento educativo.

2. Para o desenvolvimento das suas actividades, é facultada à Associação de Pais e Encarregados de Educação a utilização de instalações da Escola.

CAPÍTULO VIII DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 167.º

Entrada em vigor do Regulamento Interno

O Regulamento Interno entra em vigor após a aprovação pelo Conselho Geral Transitório.

Artigo 168.º Divulgação do Regulamento Interno

O Regulamento Interno deve ser publicitado, na página da Escola, e facultado a todos os alunos, professores, elementos do pessoal não docente, Associação de Estudantes, Associação de Pais e Encarregados de Educação, Câmara Municipal e todas as instituições representadas no Conselho Geral, após a sua entrada em vigor e sempre que sofrer actualização.

Artigo 169.º Revisão do Regulamento Interno

1. No ano lectivo subsequente ao da aprovação deste Regulamento Interno, o Conselho Geral verifica a conformidade do mesmo com o respectivo Projecto Educativo, podendo ser-lhe introduzidas, por maioria absoluta dos votos dos membros em efectividade de funções, as alterações julgadas convenientes.

2. Após a primeira revisão, o Conselho Geral pode rever o Regulamento Interno por maioria absoluta dos votos dos membros em efectividade de funções, decorridos quatro anos sobre a data de homologação da última revisão ordinária.

3. O Conselho Geral pode, porém, assumir em qualquer momento poderes de revisão extraordinária, desde que as alterações a introduzir ao Regulamento Interno sejam aprovadas por maioria dos seus membros em efectividade de funções.

Aprovado em reunião do Conselho Geral Transitório, a 16 de Julho de 2009

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

I.

ANEXOS

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

II.

ANEXOS

ANEXO I – LEGISLAÇÃO RELEVANTE

ANEXO II – REGULAMENTO PARA A ELEIÇÃO DO DIRECTOR DA ESCOLA

ANEXO III – REGULAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS

ANEXO IV – REGULAMENTO DA BIBLIOTECA ESCOLAR / CENTRO DE RECURSOS

ESCOLARES (CENTRO DE APRENDIZAGEM)

ANEXO V – REGULAMENTO DOS CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE

ADULTOS (EFA)

ANEXO VI – REGULAMENTO DOS CURSOS DO ENSINO RECORRENTE NOCTURNO

POR MÓDULOS CAPITALIZÁVEIS

ANEXO VII – REGULAMENTO DAS VISITAS DE ESTUDO

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

III.

ANEXO I LEGISLAÇÃO RELEVANTE

• Decreto-Lei 75/2008, de 22 de Abril

Autonomia, administração e gestão escolares • Portaria n.º 604/2008, de 9 de Julho Define as regras a observar no procedimento concursal prévio à eleição do director, nos termos do Decreto-Lei n.º 75/2008 de 22 de Abril). • Decreto Regulamentar nº1–B/2009, de 5 de Janeiro Fixa o suplemento remuneratório a atribuir pelo exercício de cargos de direcção em escolas • Lei n.º 30/2002 de 20 de Dezembro

Estatuto do Aluno, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 3/2008, de 18 de Janeiro • Despacho n.º 30265/ 2008, de 16 de Novembro, publicada no D.R. – 2.ª Série de 24 de Novembro

Clarifica o Estatuto do Aluno. • Decreto-Lei 15/2007, de 19 de Janeiro Estatuto da Carreira Docente dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário • Decreto Regulamentar n.º 2/ 2008, de 10 de Janeiro Regulamenta o Estatuto da Carreira Docente no que se refere ao sistema de avaliação de desempenho do pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, estabelecendo também as normas relativas ao regime transitório para a sua aplicação no ano escolar de 2007/2008. • Decreto Regulamentar n.º 1A/2009, de 5 de Janeiro Define o regime transitório de avaliação de desempenho do pessoal docente. • Decreto-Lei n.º 184/2004 de 29 de Julho

Estabelece o regime estatutário específico do pessoal não docente dos estabelecimentos públicos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário. • Decreto-Lei 262/2007, de 19 de Julho

Altera o Decreto-Lei n.º 184/2004 de 29 de Julho. • Decreto-Lei 372/90, de 27 de Novembro com as alterações introduzidas pela Lei n.º29/2006 de 24 de Junho

Regime de constituição, direitos e deveres das Associações de Pais e Encarregados de Educação. • Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março

Estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão curricular, bem como da avaliação das aprendizagens, no nível secundário de educação. • Portaria n.º 550-A/2004, de 21 de Maio Avaliação dos Alunos do Ensino Secundário dos Cursos Tecnológicos. • Portaria n.º 550-B/2004, de 21 de Maio

Avaliação dos Alunos do ensino Secundário dos Cursos Artísticos Especializados • Portaria n.º 550-C/2004, de 21 de Maio Avaliação dos Alunos do Ensino Secundário dos Cursos Profissionais. • Portaria n.º 550-D/2004, de 21 de Maio

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

IV.

Avaliação dos Alunos do ensino Secundário dos Cursos Científico-Humanísticos. • Portaria n.º 550-E/2004, de 21 de Maio

Avaliação dos alunos do ensino recorrente por módulos. • Portaria n.º 259/2006, de 14 de Março Alteração à Portaria n.º 550-D/2004 de 21 de Maio • Portaria n.º 260/2006, de 14 de Março

Alteração à Portaria n.º 550-A/2004, de 21 de Maio. • Portaria n.º 781/2006, de 9 de Agosto Alteração à Portaria n.º 550.E/2004, de 21 de Maio. • Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro

Educação Especial • Despacho n.º 14758/2004 (2.ª série), de 23 de Julho Regula o funcionamento dos cursos profissionais. LEGISLAÇÃO CURSOS EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS Despacho nº 18227/2008, DR 130, Série II, de 8 de Julho Aprovação do regulamento específico que define o regime de acesso aos apoios concedidos no âmbito da tipologia de intervenção nº 2.2., "Cursos de Educação e Formação de Adultos", do eixo nº 2. Portaria nº 230/2008, DR 48, Série I, de 7 de Março

Define o regime jurídico dos cursos de educação e formação de adultos (cursos EFA) e das formações modulares previstos no Decreto-Lei nº 369/2007, de 31 de Dezembro, e revoga a Portaria nº 817/2007, de 27 de Julho. Despacho nº 29176/2007, DR 246, Série II, de 21 de Dezembro Regula o acesso de pessoas com deficiências ou incapacidade ao processo de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) adquiridas por via formal, não formal e informal e a outras ofertas de educação e formação de adultos suportadas pelos Referenciais de Competências-Chave em vigor, conducentes, em ambos os casos, a uma habilitação escolar. Despacho normativo nº 28/2007, DR 149, Série II, de 3 de Agosto

Determina o modo de cálculo da classificação final nas disciplinas em que os alunos do ensino básico recorrente, os formandos dos Cursos EFA e os adultos certificados pelo Sistema RVCC realizam exames nacionais para prosseguirem estudos de nível secundário em cursos científico-humanísticos, na modalidade de ensino regular. Despacho nº 11 203/2007, DR 110, Série II, de 8 de Junho

Define as orientações aplicáveis aos Centros Novas Oportunidades e às entidades formadoras dos cursos EFA, nomeadamente no que respeita às competências dos membros das equipas técnico-pedagógicas dos Centros Novas Oportunidades e às habilitações para a docência dos formadores que integram as equipas técnico-pedagógicas dos Centros Novas Oportunidades (nível básico e secundário) e dos formadores que asseguram a formação de base nos cursos EFA.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

V.

LEGISLAÇÃO FORMAÇÕES MODULARES Despacho 18223/2008, DR 130, Série II, de 8 de Julho Aprovação do regulamento específico que define o regime de acesso aos apoios concedidos no âmbito da tipologia de intervenção nº 2.3, "Formações Modulares Certificadas", do eixo nº 2. Portaria nº 230/2008, DR 48, Série I, de 7 de Março

Define o regime jurídico dos cursos de educação e formação de adultos (cursos EFA) e das formações modulares previstos no Decreto-Lei nº 369/2007, de 31 de Dezembro, e revoga a Portaria nº 817/2007, de 27 de Julho. LEGISLAÇÃO SISTEMA NACIONAL DE RECONHECIMENTO, VALIDAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Despacho nº 15053/2009, DR 127, Série II, de 3 de Julho

Alteração do Regulamento Específico da Tipologia de Intervenção 2.1, «Reconhecimento, validação e certificação de competências», do POPH, aprovado pelo despacho nº 18229/2008, de 20 de Junho. Despacho nº 14310/2008, DR 99, Série II, de 23 de Maio Define as orientações para o funcionamento dos Centros Novas Oportunidades nos estabelecimentos públicos de ensino. Portaria nº 370/2008, DR 98, Série I, de 21 de Maio Regula a criação e o funcionamento dos Centros Novas Oportunidades. Despacho nº 29 176/2007, DR 246, Série II, de 21 de Dezembro

Regula o acesso de pessoas com deficiências ou incapacidade ao processo de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) adquiridas por via formal, não formal e informal e a outras ofertas de educação e formação de adultos suportadas pelos Referenciais de Competências-Chave em vigor, conducentes, em ambos os casos, a uma habilitação escolar. Despacho normativo nº 28/2007, DR 149, Série II, de 3 de Agosto Determina o modo de cálculo da classificação final nas disciplinas em que os alunos do ensino básico recorrente, os formandos dos Cursos EFA e os adultos certificados pelo Sistema RVCC realizam exames nacionais para prosseguirem estudos de nível secundário em cursos científico-humanísticos, na modalidade de ensino regular. Despacho nº 11 203/2007, DR 110, Série II, de 8 de Junho Define as orientações aplicáveis aos Centros Novas Oportunidades e às entidades formadoras dos cursos EFA, nomeadamente no que respeita às competências dos membros das equipas técnico-pedagógicas dos Centros Novas Oportunidades e às habilitações para a docência dos formadores que integram as equipas técnico-pedagógicas dos Centros Novas Oportunidades (nível básico e secundário) e dos formadores que asseguram a formação de base nos cursos EFA.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

VI.

ANEXO II REGULAMENTO PARA A ELEIÇÃO DO DIRECTOR DA ESCOLA

Artigo 1.º Objecto

1. O presente regulamento estabelece as condições de acesso e define as normas a observar no procedimento concursal para a eleição do director da Escola Secundária de Monserrate (ESM).

Artigo 2.º Concurso

1. Para efeitos de recrutamento do director desenvolve-se um procedimento concursal, prévio à eleição, a ser divulgado por aviso de abertura, nos termos do artigo 3.º deste Regulamento.

2. Podem ser opositores ao presente concurso candidatos que reúnam os requisitos

estabelecidos nos pontos 3 e 4 do artigo 21º do Decreto-Lei 75/2008 de 22 de Abril, e no artigo 2º da Portaria 604/2008 de 9 de Julho. (Revogada pelo art. 7.º, n.º 2, do Decreto-Lei 137/2012, de 2 de julho, que alterou o DL 75/2008)

Artigo 3.º Aviso de Abertura

1. O procedimento concursal é aberto por aviso publicitado do seguinte modo: a) Em local apropriado das instalações da Escola; b) Na página electrónica da Escola; c) Na página electrónica da Direcção Regional de Educação do Norte; d) Por aviso publicado na 2.ª Série do Diário da República; e) Num jornal de expansão nacional e outro local, através de anúncio que

contenha referência ao Diário da República em que o referido aviso se encontra publicado.

2. O aviso de abertura contém obrigatoriamente os elementos constantes do número 2 do

artigo 5º da Portaria 604/2008. (Revogada pelo art. 7.º, n.º 2, do Decreto-Lei 137/2012, de 2 de julho, que alterou o DL 75/2008)

Artigo 4.º

Prazo de Candidatura 1. As candidaturas devem ser formalizadas no prazo de dez dias úteis, a contar do dia

seguinte ao da publicação do aviso em Diário da República, podendo ser entregues, pessoalmente, nos Serviços Administrativos da Escola Secundária de Monserrate ou enviadas por correio registado, com aviso de recepção, expedido até ao termo do prazo fixado para a apresentação das candidaturas.

Artigo 5.º

Processo de Candidatura 1. No acto de apresentação da candidatura, realizada em suporte de papel, cada um dos

opositores ao presente concurso tem que fazer, sob pena de exclusão, a entrega de:

a) Requerimento de apresentação a concurso, dirigido ao Presidente do Conselho Geral, nos termos da minuta disponibilizada na página electrónica da escola (http://www.esmonserrate.org) e nos seus Serviços Administrativos.

b) Curriculum Vitae detalhado, datado, assinado e actualizado, onde constem as

informações consideradas pertinentes para o concurso e acompanhadas das provas documentais.

c) Projecto de intervenção na escola, contendo a identificação de problemas, a

definição de objectivos e estratégias bem como a programação das actividades a realizar no mandato.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

VII.

2. Os candidatos podem ainda indicar quaisquer outros elementos, devidamente

comprovados, que considerem pertinentes e relevantes para a apreciação do seu mérito.

3. As provas documentais dos elementos constantes do Curriculum Vitae far-se-ão de

acordo com o estabelecido no número 2 do art. 6º da Portaria 604/2008. (Revogada pelo art. 7.º, n.º 2, do Decreto-Lei 137/2012, de 2 de julho, que alterou o DL 75/2008)

Artigo 6.º Avaliação das candidaturas

1. As candidaturas são apreciadas por uma comissão designada pelo Conselho Geral, constituída por 9 elementos, adiante designada por Comissão.

2. Previamente à apreciação das candidaturas, a Comissão procede à verificação dos

requisitos da admissão ao concurso, excluindo os candidatos que não os tenham cumprido.

3. As listas provisórias dos candidatos admitidos e dos candidatos excluídos a concurso

serão elaboradas, afixadas, em local apropriado das instalações da Escola e publicitadas, na sua página electrónica, no prazo de dez dias úteis após a data limite de apresentação das candidaturas, sem prejuízo da aplicação do art.º 76º do Código do Procedimento Administrativo.

4. A Comissão procede, à apreciação de cada candidatura admitida, considerando

obrigatoriamente e, de forma sequencial:

a) A análise do Curriculum Vitae de cada candidato, designadamente para efeitos de apreciação da sua relevância para o exercício de funções de Director e o seu mérito;

b) A análise do Projecto de Intervenção na Escola Secundária de Monserrate

visando apreciar a relevância de tal proposta e considerando a coerência entre problemas diagnosticados e as estratégias de intervenção propostas e os recursos a mobilizar para o efeito;

c) O resultado da entrevista individual realizada com o candidato, onde sejam

aprofundados os aspectos relativos às alíneas a) e b) deste ponto, apreciadas as motivações da candidatura e verificada a fundamentação das propostas face à realidade da escola.

5. Após a apreciação dos elementos referidos no número anterior, a Comissão elabora o

respectivo relatório de avaliação dos candidatos, que é presente ao Conselho Geral, fundamentando, relativamente a cada um, as razões que aconselham ou não a sua eleição.

6. Sem prejuízo da expressão de um juízo avaliativo sobre as candidaturas em

apreciação, a Comissão não pode, no relatório previsto no número anterior, proceder à seriação dos candidatos.

7. A Comissão pode considerar no relatório de avaliação que nenhum dos candidatos

reúne condições para ser eleito.

Artigo 7.º Apreciação pelo Conselho Geral

1. O Conselho Geral realiza a discussão e apreciação do relatório emitido pela Comissão, podendo, na sequência dessa apresentação, antes de proceder à eleição, deliberar efectuar a audição dos candidatos.

2. A audição dos candidatos far-se-á nos termos do disposto no artigo 8º da Portaria

604/2008 de 9 de Julho. (Revogada pelo art. 7.º, n.º 2, do Decreto-Lei 137/2012, de 2

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

VIII.

de julho, que alterou o DL 75/2008)

Artigo 8.º Eleição

1. Após a discussão e apreciação do relatório da Comissão e da eventual audição dos candidatos, o Conselho Geral procede à eleição do director, em reunião expressamente convocada para o efeito, considerando-se eleito o que obtenha maioria absoluta dos votos dos membros do Conselho Geral, em efectividade de funções

2. No caso de nenhum candidato sair vencedor, nos termos do número anterior, o

Conselho Geral reúne novamente, no prazo máximo de cinco dias úteis, para proceder a novo escrutínio, ao qual são apenas admitidos os dois candidatos mais votados na primeira eleição, sendo considerado eleito aquele que obtiver maior número de votos, desde que respeitado o quórum legal e regulamentarmente exigido para que o Conselho Geral possa deliberar.

3. Serão elaborados boletins de voto com os nomes dos candidatos à eleição ordenados

por ordem alfabética.

4. Os membros do Conselho Geral serão chamados a exercer o seu direito de voto pela ordem da lista de presenças, em espaço criado para o efeito na sala onde decorrerá a reunião.

Artigo 9.º Impedimentos e Incompatibilidades

1. Se algum dos candidatos for membro efectivo do Conselho Geral ou neste tiver assento, após a data de admissão ao concurso, fica impedido, nos termos da lei, de participar nos assuntos tratados nas reuniões do Conselho Geral ou sua Comissão relacionadas com o processo de recrutamento e eleição do Director da Escola Secundária de Monserrate.

2. No caso previsto no número anterior, devem os candidatos manifestar a sua

incompatibilidade nos termos dos artigos 44.º e 45.º do Código do Procedimento Administrativo.

3. A substituição dos elementos referidos no número 1 do presente artigo será efectuada

nos termos do Regimento do Conselho Geral. 4. No caso de o candidato optar pela renúncia ao cargo de membro do Conselho Geral, será

substituído de acordo com o estabelecido no número 4 do artigo 16.º do Decreto-Lei 75/2008, de 22 de Abril.

Artigo 10.º

Notificação de resultados

1. O resultado do processo eleitoral será publicitado em local apropriado das instalações da Escola e na sua página electrónica.

Artigo 11.º

Homologação dos resultados 1. O resultado da eleição do director é comunicado, para homologação, à Direcção

Regional de Educação do Norte pelo presidente do Conselho Geral, no prazo de cinco dias úteis após a eleição.

2. O resultado da eleição é homologado pelo Director Regional de Educação do Norte nos

dez dias úteis posteriores à sua comunicação pelo presidente do Conselho Geral, considerando-se, após esse prazo, tacitamente homologado.

3. A recusa da homologação apenas pode fundamentar-se na violação da lei ou dos

regulamentos, designadamente do procedimento concursal.

4. Da homologação do resultado do processo eleitoral será dado conhecimento, ao

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

IX.

candidato eleito director, através de correio registado com aviso de recepção, no dia seguinte à recepção da homologação.

Artigo 12.º Tomada de posse

1. O Director toma posse perante o Conselho Geral nos 30 dias subsequentes à homologação dos resultados eleitorais pela Direcção Regional de Educação do Norte.

Artigo 13.º Disposições Finais

1. O presente regulamento entra em vigor, após aprovação deste Regulamento Interno como anexo II.

2. A legislação subsidiária inerente a este regulamento é: a) - o Decreto Lei nº 75/2008, de 22 de Abril;

b) - a Portaria nº 604/2008, de 9 de Julho; (Revogada pelo art. 7.º, n.º 2, do Decreto-Lei 137/2012, de 2 de julho, que alterou o DL 75/2008)

c)- o Código do Procedimento Administrativo. 3. As situações ou os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Geral, no respeito

pela lei e pelos regulamentos em vigor.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

X.

ANEXO III REGULAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS [*]

Ao abrigo e em complemento da regulamentação estabelecida pela Portaria n.º 550-C/2004,

de 21 de maio - posteriormente alterada pela Portaria n.º 797/2006, de 10 de agosto –, nos

termos do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de março, e atento o disposto no Estatuto do Aluno

aprovado pela Lei n.º 39/2010, de 2 de setembro, e no Despacho n.º 14 758/2004 (2.ª série),

de 23 de julho, os cursos profissionais ministrados na ESM são regulados pelas seguintes

normas internas:

I – MATRÍCULAS E DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS POR CURSO

1. No boletim de matrícula, ou noutro suporte para o efeito preparado, o encarregado de

educação ou o aluno quando maior deve indicar, por ordem de preferência, até três cursos

que pretenda frequentar, de entre aqueles que constituem a oferta da escola.

2. As vagas existentes em cada curso são preenchidas de acordo com esta preferência, dando-

se prioridade, sucessivamente, aos alunos:

a) Com necessidades educativas especiais, nos termos da lei, ou cujo percurso educativo

anterior revele uma especial vocação para a frequência do ensino profissional, ou

quando a sua frequência se revele de manifesto interesse educativo para o próprio;

b) Que se candidatem à matrícula, pela primeira vez, no primeiro ano do ciclo de

formação do curso pretendido, os quais são ordenados através da soma das

classificações de todas as disciplinas que entram para o cálculo da média final do 9.º

ano de escolaridade ou equivalente;

c) Que tenham frequentado a escola no ano letivo anterior, com assiduidade, quando se

trate de candidatos que pretendam mudar de curso, preferindo, de entre estes, os que

também obtiveram aproveitamento.

2.1. Em caso de igualdade registada entre dois ou mais candidatos, é dada prioridade,

sucessivamente:

a) Aos candidatos com irmãos já matriculados na escola;

b) Aos candidatos mais novos;

c) Aos candidatos cuja residência ou atividade profissional dos pais ou encarregados de

educação se situe na área geográfica da escola.

2.2. Mantendo-se a situação de empate referida no número anterior, o diretor de curso

procede a entrevistas eliminatórias com cada um dos candidatos empatados, avaliando a

respetiva motivação.

3. Até 31 de dezembro podem ser aceites matrículas a título excecional, desde que

devidamente justificadas e existindo vaga nas turmas em funcionamento.

3.1. O disposto no número anterior é aplicável à mudança de curso, dentro do mesmo ou de

diferente percurso formativo, autorizada pela direção da escola mediante solicitação do

encarregado de educação ou do aluno quando maior.

3.2. Os pedidos de equivalência que resultem da mudança de curso devem ser dirigidos ao

Diretor no ato da matrícula, que os submete à apreciação do Conselho de

grupo/disciplina/área disciplinar responsável pela lecionação dos módulos e disciplinas em

causa e posterior aprovação do Conselho Pedagógico, de acordo com o previsto no Despacho

normativo n.º 36/2007, de 8 de outubro, maxime artigos 10.º e 11.º, na redação que lhe foi

dado pelo Despacho Normativo n.º 29/2008, de 5 de junho.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XI.

II - ORGANIZAÇÃO DO ANO ESCOLAR

4. A organização do ano escolar respeita o calendário escolar definido pelo Ministério da

Educação, cumprindo-se, no mínimo, duas interrupções das atividades escolares de duração

não inferior a 6 dias úteis seguidos, coincidentes com o Natal e com a Páscoa, e uma terceira,

por período nunca inferior a 22 dias úteis seguidos, a ocorrer, em cada ano escolar, entre 1 de

julho e 15 de setembro.

4.1. As atividades formativas, bem como todos os procedimentos de avaliação sumativa

interna previstos para a conclusão do plano de formação, respeitantes aos alunos que, no ano

letivo imediatamente seguinte, pretendam frequentar um curso de especialização

tecnológica ou ingressar no ensino superior, devem estar concluídos em tempo útil

compatível com a continuidade dos percursos formativos pretendidos pelos alunos.

III - MATERIAIS DE APOIO

5. Para apoio aos módulos de cada disciplina, os professores responsáveis podem optar por

uma ou mais das seguintes soluções:

a) Materiais elaborados pelos próprios, individualmente ou em conjunto com outros

professores da disciplina ou do grupo disciplinar;

b) Consulta de manuais escolares pelos alunos;

c) Reprodução parcial de livros, nos termos da lei;

d) Utilização de recursos na Internet;

e) Utilização de plataformas de aprendizagem.

f) Correta organização do caderno diário por cada aluno.

5.1. O custo dos materiais de apoio é suportado pelo orçamento do curso, desde que o aluno

cumpra os requisitos estabelecidos pelo Programa Operacional Potencial Humano (POPH).

IV - CUMPRIMENTO DO PLANO DE ESTUDOS / ASSIDUIDADE

6. No cumprimento do plano de formação, para efeitos de progressão ao ano subsequente e

conclusão do curso com aproveitamento, o aluno deve reunir cumulativamente os seguintes

requisitos:

a) Assiduidade não inferior a 90% da carga horária do conjunto dos módulos de cada

disciplina;

b) Assiduidade, na Formação em Contexto de Trabalho (FCT), não inferior a 95% da

carga horária prevista.

6.1. Com intuito preventivo, os limites máximos de faltas, justificadas ou injustificadas nos

termos legais, resultantes do disposto no número anterior, são contabilizados por ano letivo.

7. Quando a falta de assiduidade do aluno for devidamente justificada, a escola deverá

assegurar:

a) O desenvolvimento de todos os mecanismos de compensação ou substituição

previstos na lei e no regulamento interno;

b) O prolongamento da FCT a fim de permitir o cumprimento do número de horas

estabelecido.

7.1. O conselho de turma define genericamente os mecanismos de compensação das faltas

justificadas, tendo em atenção os conteúdos lecionados nas diferentes disciplinas, e

estabelece os procedimentos a adotar por cada professor para aquele efeito, quando

informado pelo diretor de turma da existência daquele tipo de faltas.

7.2. O cumprimento pelo aluno das atividades de compensação indicadas pelo professor

responsável é registado em suporte específico, passando as faltas a relevar apenas para fins

estatísticos.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XII.

8. Atingido ou ultrapassado, em cada ano, o limite de 10% de faltas injustificadas e ou não

compensadas numa disciplina, o aluno fica sujeito à aplicação de um plano individual de

trabalho nos termos do Estatuto do Aluno e do Regulamento Interno, definido pelo professor

respetivo com o acordo do diretor de turma, que dele dará conhecimento ao encarregado de

educação através de reunião convocada para o efeito.

8.1. Cumprido o plano individual de trabalho, as faltas que ultrapassavam o limite de 10%

serão consideradas justificadas.

8.2. Verificando-se o incumprimento do plano individual de trabalho e ou o registo de

qualquer nova falta injustificada, o conselho de turma analisa e propõe ao Diretor, para

decisão deste:

a) a frequência pelo aluno de um percurso curricular alternativo na escola; ou

b) a exclusão do aluno do curso.

8.3. A comunicação das faltas injustificadas pelo diretor de turma ao encarregado de

educação ou, quando maior de idade, ao próprio aluno, eventuais convocatórias destes, bem

como outros efeitos das referidas faltas, regem-se pelo disposto no Estatuto do Aluno e no

Regulamento Interno.

9. A escola, nomeadamente através do conselho de turma, assegura a oferta integral do

número de horas de formação previsto na matriz de cada curso, adotando para o efeito, por

ordem decrescente de prioridade, os mecanismos de permuta dentro do conselho de turma,

de compensação de aulas ou de substituição do professor ausente, previstos na lei e no

Regulamento Interno.

9.1. A compensação de aulas pode ocorrer fora do horário anual da turma ou nos períodos de

interrupção letiva, respeitado o limite máximo de sete e de trinta e cinco horas,

respetivamente por dia e por semana, mediante comunicação do diretor de turma aos

encarregados de educação ou aos alunos quando maiores de idade, com a antecedência

mínima de um dia útil.

9.2. O disposto nos números 9 e 9.1 aplica-se igualmente à ausência do professor motivada

por participação em visita de estudo de outra turma.

9.3. Cada docente que acompanha a visita de estudo de uma turma com a duração de um dia

inteiro pode sumariar até quatro horas e meia de aulas, equivalentes a seis tempos letivos.

V – PROGRESSÃO E CONCLUSÃO

10. A progressão nas disciplinas depende da obtenção de classificação igual ou superior a 10

valores em cada um dos módulos que integram a sequência definida para o curso.

11. Salvo decisão em contrário, devidamente fundamentada, do diretor de curso, ouvido o

conselho de turma, a progressão do aluno ao ano subsequente do ciclo de formação depende

da aprovação em, pelo menos, 80% do total de módulos previstos para cada ano.

11.1. A escola disponibiliza os recursos ao seu alcance que assegurem as condições de sucesso

e progressão modular dos alunos, nomeadamente, o apoio pedagógico extraletivo.

11.2. A não capitalização do aluno em dois módulos consecutivos de qualquer disciplina, no

mesmo ano letivo, dá lugar à elaboração de um plano calendarizado de recuperação por parte

do professor responsável, em articulação com o diretor de turma, a comunicar ao

encarregado de educação e ao aluno.

11.3. Verificando-se a repetição de reprovações nos termos do número anterior ou, ainda, o

insucesso ou incumprimento não justificado do plano nele referido, o diretor de turma

convocará o encarregado de educação e o aluno para, em conjunto, ser reavaliada a

motivação deste e redefinidas estratégias de recuperação que, voltando a não resultar,

poderão levar à rescisão do contrato de formação.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XIII.

12. No início do 2.º e do 3.º ano do ciclo de formação, o conselho de turma define, para cada

aluno com módulos em atraso, um plano calendarizado de recuperação a aplicar no decorrer

do 1.º período.

12.1. Atendendo ao perfil do aluno e ao seu percurso escolar no ano anterior, este plano

revestirá, para cada módulo ou conjunto de módulos de uma ou mais disciplinas, uma ou

mais das seguintes modalidades:

a) Apoio pedagógico extraletivo, conjugado com a realização de atividades que

permitam a conclusão do módulo ou módulos em atraso;

b) Prova de exame, a elaborar preferencialmente pelo professor do ano anterior;

c) Apoio pedagógico extraletivo, seguido da prova de exame prevista na alínea anterior.

12.2. O incumprimento injustificado deste plano de recuperação dará lugar à aplicação dos

procedimentos previstos no número 11.3.

12.3. A realização da prova de exame está sujeita a inscrição prévia, mediante pagamento de

taxa a definir anualmente pelo Diretor, que será devolvida em caso de aprovação.

13. O disposto no número 12 aplica-se novamente aquando da reunião de avaliação final do

2.º período, tendo em vista o período seguinte.

14. O aluno que, no fim do 3.º ano do ciclo de formação, tenha ainda módulos por

capitalizar, pode requerer ao Diretor, até 1 de setembro, a realização de provas de exame, a

elaborar pelos grupos disciplinares requeridos.

15. A conclusão de um curso profissional obtém-se pela aprovação em todas as disciplinas do

curso, na FCT e na Prova de Aptidão Profissional (PAP).

15.1. A classificação final de cada disciplina obtém-se pela média aritmética simples,

arredondada às unidades, das classificações obtidas em cada módulo.

15.2. A classificação final do curso obtém-se mediante a aplicação da seguinte fórmula:

CF= [2 MCD + (0,3 FCT + 0,7 PAP)] / 3

sendo:

CF = classificação final do curso, arredondada às unidades;

MCD = média aritmética simples das classificações finais de todas as disciplinas que integram

o plano de estudos do curso, arredondada às décimas;

FCT = classificação da formação em contexto de trabalho, arredondada às décimas;

PAP = classificação da prova de aptidão profissional, arredondada às décimas.

16. Não é permitida a anulação de matrícula por disciplina.

VI - ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

17. A coordenação dos cursos profissionais compete à direção executiva da escola, que conta

para o efeito com o apoio das seguintes estruturas:

a) Diretores de Curso;

b) Conselho de Curso;

c) Conselho de Diretores de Curso;

d) Coordenador dos Diretores de Turma dos cursos profissionais;

e) Conselho de Turma.

18. Diretores de Curso

18.1. O diretor de curso é nomeado pelo Diretor da escola, de entre os professores da

formação técnica, preferencialmente profissionalizados.

18.1.1. Mediante avaliação das necessidades, o Diretor pode nomear até três diretores para

cada curso, que funcionarão em equipa.

18.2. No âmbito das suas atribuições legais e sem prejuízo de outras constantes no

Regulamento Interno, compete ao diretor de cada curso:

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XIV.

a) Definir objetivos gerais para a formação técnica, em conformidade com os

referenciais estabelecidos pela tutela e com o parecer do conselho de curso;

b) Coordenar e organizar a estrutura curricular de cada ciclo de formação, ouvido o

conselho de curso;

c) Proceder à seriação dos candidatos ao primeiro ano do curso, de acordo com o

número 2 deste regulamento, e acompanhar a matrícula dos admitidos;

d) Apresentar as linhas gerais do curso aos alunos e encarregados de educação, no início

do ciclo de formação;

e) Colaborar com as restantes estruturas de orientação educativa na integração dos

novos alunos no curso;

f) Aprovar o plano anual de atividades do curso, incluindo visitas de estudo, ouvido o

Conselho de Curso, assegurando a sua articulação, nomeadamente com o Projeto

Educativo e com o Plano Anual de Atividades da escola;

g) Assegurar a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de

formação do curso;

h) Definir critérios específicos do curso para avaliação das aprendizagens dos alunos,

incluindo da PAT e da FCT, ouvido o Conselho de Curso;

i) Coordenar todo o processo da FCT, identificando e selecionando as entidades de

acolhimento, preparando protocolos, participando na elaboração do plano da FCT e

dos contratos de formação, procedendo à distribuição dos formandos por aquelas

entidades e superintendendo o acompanhamento e a avaliação dos mesmos, em

estreita relação com o orientador e o monitor responsáveis;

j) Coordenar todo o processo de desenvolvimento, apresentação e avaliação da PAP;

k) Decidir situações excecionais de realização da PAP e da FCT, ouvido o conselho de

turma;

l) Elaborar a proposta de orçamento anual do curso, ouvido o conselho de curso;

m) Divulgar e promover o curso junto de entidades locais, nomeadamente, escolas e

empresas;

n) Coordenar o acompanhamento e a avaliação de cada ciclo de formação, elaborando

um relatório anual crítico das atividades desenvolvidas.

18.3. Para o exercício do cargo, ao diretor de curso são atribuídas as horas seguintes, nos

termos regulamentares em vigor: uma turma - três horas; duas turmas - quatro horas e meia;

três turmas - seis horas.

19. Conselho de Curso

19.1. O conselho de curso é uma estrutura consultiva do diretor de curso, presidida por este,

que integra todos os professores das turmas de cada curso do ensino profissional, podendo

incluir outros elementos em função da sua relevância para a ordem de trabalhos.

19.2. O conselho de curso reúne:

a) Ordinariamente, uma vez por período letivo;

b) Extraordinariamente, sempre que convocado pelo diretor de curso.

19.3. Compete ao conselho de curso, atentos o referencial de formação do curso (perfil de

desempenho e saídas profissionais), a interdisciplinaridade e a motivação dos alunos,

pronunciar-se sobre os assuntos que o diretor de curso submeta à sua apreciação,

designadamente:

a) Distribuição das cargas horárias ao longo do ciclo de formação;

b) Estrutura e sequência modular de cada disciplina ao longo do ciclo de formação;

c) Orçamento anual;

d) Critérios específicos de avaliação das aprendizagens dos alunos, incluindo da PAT e

da FCT;

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XV.

e) Plano anual de atividades do curso;

f) Relatório anual crítico das atividades, da responsabilidade do diretor de curso.

20. Conselho de Diretores de Curso

20.1. O conselho de diretores de curso é uma estrutura consultiva da direção da escola,

presidida pelo Diretor ou por quem as suas vezes fizer, que integra todos os diretores de

curso e o coordenador dos diretores de turma dos cursos profissionais, podendo incluir

outros elementos em função da sua relevância para a ordem de trabalhos.

20.2. O conselho de diretores de curso reúne:

a) Ordinariamente, uma vez por período letivo;

b) Extraordinariamente, sempre que convocado pelo Diretor.

20.3. Compete ao conselho de diretores de curso apresentar propostas e emitir pareceres

sobre matérias que o Diretor entenda submeter-lhe, nomeadamente:

a) Calendarização anual da FCT e da PAP;

b) Procedimentos de acompanhamento e avaliação dos cursos;

c) Princípios e regras gerais relativos ao orçamento anual dos cursos;

d) Despesas de investimento comuns aos diversos cursos;

e) Critérios gerais de avaliação da PAT e da FCT, a propor ao Conselho Pedagógico;

f) Atividades comuns aos vários cursos;

g) Nomeação do representante dos diretores de curso no Conselho Pedagógico.

21. Conselho de Turma

21.1. O conselho de turma é presidido pelo diretor de turma e integra os professores das

diferentes disciplinas e, quando convocados para o efeito, o diretor de curso, os formandos

delegado e subdelegado de turma e os representantes dos pais e encarregados de educação.

21.2. O conselho de turma reúne:

8. Ordinariamente, duas vezes por período letivo;

9. Extraordinariamente, sempre que convocado pelo Diretor da escola ou pelo diretor

de turma, por iniciativa deste ou por solicitação do diretor de curso.

21.3. Cabem ao conselho de turma todas as atribuições previstas na legislação aplicável,

nomeadamente:

a) A avaliação dos alunos, em todas as suas componentes;

b) A articulação interdisciplinar;

c) O apoio à ação técnico-pedagógica dos docentes que a integram;

d) A definição, organização e avaliação das atividades de compensação e das medidas

corretivas de natureza pedagógica estabelecidas nos capítulos IV e V deste

regulamento.

VII - PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL (PAP)

22. A PAP consiste na apresentação e defesa, perante um júri, de um projeto pessoal, bem

como do respetivo relatório final de realização e apreciação crítica, demonstrativo dos

saberes e competências profissionais adquiridos pelo aluno ao longo da formação e

estruturante do seu futuro profissional.

23. O projeto referido realiza-se sob orientação e acompanhamento de um ou mais

professores da formação técnica do curso, designados pelo diretor de curso, e é desenvolvido

ao longo do último ano, individualmente ou em grupo, neste caso desde que, em todas as

fases e momentos de concretização, seja visível e avaliável a contribuição individual

específica de cada membro da equipa.

24. O júri da PAP tem a seguinte composição:

a) O Diretor da escola, que preside, podendo delegar no diretor de curso;

b) O diretor de curso;

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XVI.

c) O delegado do grupo/disciplina/área disciplinar a que está ligada a maioria das

disciplinas da formação técnica do curso ou, não sendo óbvia esta ligação, o

coordenador do departamento curricular nomeado pelo Diretor;

d) O professor orientador do projeto;

e) Um representante das associações empresariais, das empresas ou de instituições de

setores afins ao curso;

f) Uma personalidade de reconhecido mérito na área da formação profissional ou dos

setores de atividade afins ao curso.

24.1. Na falta ou impedimento dos elementos a que se referem as alíneas b), c) e d) do

número anterior, procede-se à sua substituição, sucessivamente, por outro professor

orientador de projetos e pelo diretor de turma; na falta ou impedimento de algum dos

elementos a que se referem as alíneas e) e f), procede-se à sua substituição por um

representante das associações sindicais dos setores de atividade afins ao curso.

24.2. As deliberações do júri são tomadas por maioria, tendo o presidente voto de qualidade

em caso de empate nas votações.

25. Sem prejuízo de outros consagrados na lei e neste regulamento, constituem direitos e

deveres dos intervenientes na PAP:

25.1. Do aluno:

a) Direito a ser informado, com tempo, sobre todos os aspetos do seu interesse

respeitantes à PAP, nomeadamente: calendarização, desenvolvimento, apresentação,

avaliação;

b) Direito a usufruir de acompanhamento e apoio efetivos no desenvolvimento desta;

c) Dever de cumprir a calendarização da PAP, estipulada no presente regulamento;

d) Dever de elaborar uma estimativa dos custos inerentes ao desenvolvimento da sua

PAP;

e) Deveres de assiduidade, pontualidade e empenho em todas as atividades relacionadas

com a PAP;

f) Dever de utilizar linguagem correta, escrita e oral, tanto a nível geral como

científico;

g) Dever de respeito para com todos os restantes intervenientes na Prova.

25.2. Do Diretor de Curso:

a) Dever de coordenar todo o processo de calendarização, desenvolvimento e avaliação

da PAP, em articulação com a direção da escola e os professores orientadores;

b) Dever de assegurar a articulação pedagógica entre os intervenientes na PAP;

c) Dever de proceder aos contactos protocolares necessários ao recrutamento dos

membros externos do júri;

d) Dever de informar os alunos sobre o processo da PAP e respetivos critérios de

avaliação;

e) Dever de decidir, ouvidos os professores orientadores, se o produto e o relatório da

PAP estão em condições de ser presentes ao júri.

25.3. Do professor orientador:

a) Dever de orientar o aluno na escolha, desenvolvimento e apresentação do projeto;

b) Dever de contribuir para a promoção da reflexão, do sentido da responsabilidade e da

autonomia por parte do aluno na execução do projeto;

c) Dever de articular com os restantes intervenientes na PAP do mesmo curso,

contribuindo para harmonizar procedimentos e critérios face aos vários projetos.

25.4. Do diretor de turma e do conselho de turma:

a) Deveres de conhecer, colaborar e orientar (n)o desenvolvimento dos diversos

projetos;

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XVII.

b) Dever de informar os pais e encarregados de educação sobre a importância e o

processo da PAP, sensibilizando-os para o acompanhamento das atividades com esta

relacionadas.

25.5. Do Diretor ou de quem as suas vezes fizer:

a) Dever de elaborar o plano calendarizado das atividades e do processo das PAP, em

conjunto com os diretores de curso;

b) Dever de aprovar o orçamento das PAP;

c) Dever de assegurar as condições necessárias ao desenvolvimento e apresentação das

PAP, designadamente, a colaboração de entidades externas nos projetos realizados

em ambiente extraescolar;

d) Dever de avaliar a execução de todo o processo de desenvolvimento das PAP.

25.6. Do júri de avaliação da PAP:

a) Dever de avaliar o projeto, a apresentação deste e o relatório final de execução,

procedendo à atribuição das classificações respetivas.

26. Para efeitos de acompanhamento e articulação no desenvolvimento dos projetos, o

Diretor poderá atribuir a cada um dos professores orientadores, sob proposta fundamentada

destes e do diretor de curso, até três tempos de redução da componente letiva e ou não

letiva, em horário simultâneo.

27. O projeto da PAP desenrola-se em três fases:

a) Conceção;

b) Desenvolvimento faseado do projeto;

c) Autoavaliação e elaboração do relatório final.

27.1. A conceção do projeto inicia-se com a negociação de um tema e culmina com a entrega

de um anteprojeto ao diretor de curso, até 30 de novembro do último ano, o qual deverá ser

reformulado em caso de parecer negativo, até ao primeiro dia de aulas do 2.º período.

27.1.1. O anteprojeto deverá respeitar a seguinte estrutura:

a) Identificação do aluno;

b) Tema do projeto;

c) Descrição do projeto, incluindo, designadamente: objetivos a atingir; recursos

materiais e humanos necessários; estimativa dos custos inerentes; eventuais

atividades a desenvolver; disciplinas a integrar.

d) Proposta do local de desenvolvimento da PAP, nos casos aplicáveis.

27.2. O desenvolvimento da PAP pode ocorrer em contexto de trabalho de ambiente escolar

e ou em contexto de trabalho de ambiente extraescolar e incluir a realização de atividades,

acordadas com os professores orientadores, o diretor de curso, a direção da escola e as

instituições envolvidas.

27.3. Sem prejuízo de adaptações necessárias à realidade de cada curso ou projeto, definidas

pelo diretor de curso e pelos professores orientadores, o relatório final de realização e

apreciação crítica do projeto deverá obedecer aos seguintes requisitos: ser datilografado com

letra de cor preta, tipo Times New Roman, tamanho 12, espaçamento entre linhas 1,5;

apresentar em todas as folhas os logótipos em uso na escola e, com exceção da página de

rosto, um cabeçalho com o título do projeto datilografado a letra de tamanho 10, bem como

a identificação do número da página; e observar a seguinte estrutura:

a) Folha de rosto, com identificação da escola, título do projeto, curso, nome do

professor orientador, nome do autor e data de entrega;

b) Resumo do projeto;

c) Índice;

d) Introdução, com a fundamentação da escolha do projeto;

e) Enquadramento teórico;

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XVIII.

f) Desenvolvimento, explicitando: metodologia adotada; materiais ou recursos

utilizados; fases da realização do projeto; documentos ilustrativos da sua

concretização;

g) Análise crítica global da execução do projeto, considerando os principais obstáculos

encontrados e as formas encontradas para os superar;

h) Bibliografia;

i) Anexos, onde serão incluidos os registos da autoavaliação das diferentes fases do

projeto e as avaliações intermédias do professor ou professores orientadores.

28. Salvo prazo mais alargado a fixar pelo diretor de curso, o formando entrega a este, até dez

dias úteis antes da data marcada para a apresentação, um exemplar do projeto e do relatório

final.

29. A apresentação e defesa do projeto perante o júri ocorrem no final do ciclo de formação

e, em regra, após a realização da FCT, de acordo com calendário a estabelecer conjuntamente

pelo diretor de curso e pela direção da escola, no início do terceiro período.

29.1. A apresentação e defesa do projeto têm a duração máxima de 40 minutos.

29.2. Em caso de falta de comparência do aluno na apresentação da PAP, a justificação

respetiva é entregue na direção da escola, no prazo de dois dias úteis a contar do dia

aprazado, e, sendo aceite, será marcada nova data para a realização da prova, antes do final

do ano civil.

29.2.1. Na situação referida no ponto anterior, a ausência de justificação ou a não

aceitação da justificação apresentada ou, ainda, a falta de comparência na segunda

data marcada, determinam o pagamento de uma taxa, a fixar em cada ano letivo pelo

director, aquando da marcação de nova data. 30. A avaliação da PAP reveste as seguintes modalidades:

a) Autoavaliação, a realizar pelo aluno;

b) Avaliação intermédia, a realizar pelos professores orientadores;

c) Avaliação sumativa final, a realizar pelo júri.

30.1. A autoavaliação é um processo contínuo de caráter formativo, a solicitar pelos

professores orientadores ao longo do desenvolvimento do projeto.

30.2. A avaliação intermédia tem caráter formativo e informativo, expressa-se em termos

qualitativos e deve ser formalizada, pelo menos, uma vez, preferencialmente antes do final

do 2.º período, em momento determinado pelo diretor de curso e pelos professores

orientadores, sendo comunicada ao aluno e ao encarregado de educação.

30.3. A avaliação sumativa final traduz-se numa classificação quantitativa expressa na escala

de 0 a 20 valores, a atribuir pelo júri da PAP em resultado da ponderação dos seguintes

instrumentos, nos termos fixados por cada diretor de curso, ouvido o conselho de curso,

dentro dos intervalos a seguir indicados:

4. Desenvolvimento do projeto, consubstanciado num produto, material ou intelectual,

numa intervenção ou numa atuação: 40-60%.

5. Apresentação e defesa do projeto: 20-30%

6. Relatório final: 15-35%.

30.3.1. Sem prejuízo de adaptações em cada curso, a avaliação do desenvolvimento do

projeto tem em conta as evidências seguintes que, no caso das três últimas, cabe

apenas aos professores da escola que integram o júri: a) Qualidade científica e técnica do projeto;

b) Congruência do projeto com o perfil de saída do curso e sua relevância para a futura

integração profissional;

c) Organização e planificação;

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XIX.

d) Cumprimento dos prazos previstos;

e) Evolução demonstrada em termos de atitudes, comportamentos e competências.

30.3.2. Sem prejuízo de outros definidos por cada diretor de curso, a avaliação da

apresentação e defesa do projeto considera os parâmetros indicados nas alíneas a) e b) do

número anterior, bem como a estruturação daquelas.

30.3.3. Em termos a definir por cada diretor de curso, a avaliação do relatório final tem em

consideração, pelo menos, o cumprimento dos requisitos previstos no ponto 27.3.

31. Considera-se aprovado na PAP o aluno que obtenha classificação final igual ou superior a

9,5 valores.

31.1. O aluno não aprovado pode realizar nova prova, nas condições definidas no ponto

29.2.1.

32. A avaliação das PAP e o lançamento em pauta das respetivas classificações finais são

efetuados em reunião do júri, da qual é lavrada ata que, depois de assinada por todos os

elementos, é remetida ao Diretor.

33. A pauta com as classificações da PAP é afixada em local público, nos dois dias úteis

subsequentes à apresentação dos projetos.

34. A classificação da PAP é passível de pedido de revisão, mediante requerimento

devidamente fundamentado em razões de ordem técnica, pedagógica ou legal, a apresentar

pelo aluno ou, quando menor, pelo seu encarregado de educação, dirigido ao Diretor da

escola no prazo de três dias úteis a contar da data da afixação da pauta.

34.1. O Diretor convocará, nos cinco dias úteis após a aceitação do requerimento, uma

reunião extraordinária do júri da PAP para apreciação do pedido, seguindo-se todos os

procedimentos previstos na legislação em vigor.

VIII – FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO (FCT)

35. A FCT é um conjunto de atividades profissionais desenvolvidas sob coordenação e

acompanhamento da escola, que visam a aquisição ou o desenvolvimento de competências

técnicas, relacionais e organizacionais relevantes para o perfil de desempenho à saída do

curso frequentado pelo aluno, incluindo o desenvolvimento de aprendizagens significativas

no âmbito da saúde e segurança no trabalho.

35.1. Sem prejuízo de alterações que atendam às circunstâncias de cada curso, autorizadas

pelo Diretor sob proposta do diretor de curso, ouvido o conselho respetivo, a FCT realiza-se

em empresas ou noutras organizações que desenvolvam atividades profissionais compatíveis

e adequadas ao perfil de desempenho visado por cada curso, sob a forma de estágio em duas

etapas de duração variável, cujo início não será anterior ao segundo ano do ciclo de

formação.

35.2. A FCT pode assumir, parcialmente, a forma de simulação de um conjunto de atividades

profissionais relevantes para o perfil de saída do curso, a desenvolver em condições similares

às do contexto real de trabalho.

36. A organização e o desenvolvimento da FCT obedecem a um plano, previamente

elaborado com a participação das partes envolvidas, homologado pelo Diretor mediante

parecer favorável do diretor de curso, e assinado por aquele, pela entidade de acolhimento e

pelo encarregado de educação ou pelo formando quando maior.

36.1. Este plano constitui parte integrante do contrato de formação subscrito entre a escola e

o formando e identifica os objetivos, o conteúdo, a programação, o período, horário e local

de realização das atividades, as formas de monitorização e acompanhamento do formando,

com a identificação deste, do professor orientador e do monitor, bem como os direitos e

deveres dos diversos intervenientes, da escola e da entidade onde se realiza a FCT.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XX.

36.2. A concretização da FCT será antecedida e prevista em protocolo enquadrador

celebrado entre a escola e as entidades de acolhimento, o qual não gera nem titula relações

de trabalho subordinado e caduca com a conclusão da formação para que foi celebrado.

36.3. Os formandos, nomeadamente quando as atividades de FCT decorram fora da escola,

têm direito a um seguro que garanta a cobertura dos riscos das deslocações a que estiverem

obrigados, bem como das atividades a desenvolver.

36.4. A distribuição dos alunos pelas entidades formadoras é efetuada pelo diretor de curso,

ouvido o conselho de turma e tendo em conta os critérios seguintes, ou outros considerados

relevantes:

a) Adequação do perfil do aluno à entidade formadora, atendendo, nomeadamente, ao

seu desempenho escolar, em particular, nas disciplinas da componente técnica;

b) Preferências transmitidas pelas entidades de acolhimento;

c) Preferências manifestadas pelo aluno;

d) Local de residência do aluno.

37. O professor orientador da FCT é designado pelo Diretor da escola, sob proposta do

diretor de curso, de entre os professores que lecionam as disciplinas da formação técnica, e

tem direito ao recebimento de ajudas de custo, nos termos da legislação em vigor.

37.1. São responsabilidades específicas do professor orientador:

a) Acompanhar a execução do plano da FCT de cada formando, nomeadamente através

de três deslocações periódicas, no mínimo, à entidade onde aquela decorre;

b) Apoiar o formando na elaboração do relatório final da FCT;

c) Elaborar, em conjunto com o monitor, a proposta de avaliação e de classificação final

do formando e apresentá-la ao conselho de turma.

38. Constituem responsabilidades da entidade de acolhimento da FCT:

a) Designar o monitor;

b) Colaborar na elaboração do protocolo e do plano da FCT;

c) Assegurar ao formando o acesso à informação e às tarefas necessárias ao

desenvolvimento do seu plano de estágio, nomeadamente no respeitante à sua

integração socioprofissional na organização;

d) Controlar a assiduidade do formando;

e) Assegurar, em conjunto com a escola e o formando, as condições logísticas

necessárias à realização e ao acompanhamento da FCT.

39. São responsabilidades do aluno formando:

a) Colaborar na elaboração do plano da FCT e cumpri-lo, no que lhe compete;

b) Participar nas reuniões de acompanhamento e avaliação;

c) Respeitar a organização do trabalho na entidade da FCT e utilizar com zelo os bens,

equipamentos e instalações;

d) Não utilizar, sem prévia autorização, a informação a que tiver acesso durante a FCT;

e) Ser assíduo, pontual e estabelecer boas relações de trabalho;

f) Justificar as faltas perante o professor orientador e o monitor, de acordo com as

normas internas da escola e da entidade formadora;

g) Elaborar o relatório final da FCT.

40. A assiduidade na FCT é regulada pelos números 6 e 7 deste regulamento e registada

através da assinatura do formando ou do monitor, em folha de ponto integrada no processo

individual.

41. A avaliação da FCT reveste as seguintes modalidades:

a) Avaliação formativa, de caráter contínuo, da responsabilidade do professor

orientador, do monitor e do formando, permitindo, se necessário, o reajustamento do

plano da FCT;

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XXI.

b) Autoavaliação, a realizar pelo aluno no final da formação;

c) Avaliação sumativa, incidindo sobre:

- o desempenho ao longo da FCT;

- o relatório final desta, a entregar pelo formando ao professor orientador, em data a definir

por este, com o limite máximo de três dias úteis após a conclusão da FCT.

42. Em todas as modalidades, a avaliação do desempenho na FCT considera as seguintes

evidências, cujo peso relativo deve ser fixado pelo diretor de curso, ouvido o conselho de

curso:

a) Assiduidade e pontualidade;

b) Apresentação, correção e higiene pessoal;

c) Adequação dos conhecimentos teoricopráticos à execução das diferentes tarefas;

d) Autonomia no desempenho das funções e tarefas atribuídas;

e) Responsabilidade na execução das tarefas;

f) Execução das tarefas no tempo previsto;

g) Utilização de técnicas e ferramentas;

h) Atitude crítica na avaliação do seu trabalho;

i) Observação das regras de higiene e segurança no trabalho;

j) Relacionamento com o monitor;

k) Relacionamento com colegas;

l) Trabalho em equipa.

43. A avaliação sumativa traduz-se numa classificação final quantitativa, expressa na escala

de 0 a 20 valores, a aprovar pelo conselho de turma com base:

a) Na proposta de classificação do desempenho na FCT, da responsabilidade conjunta

do monitor e do professor orientador, aferida pelas propostas relativas aos restantes

alunos da mesma turma;

b) Na entrega, estruturação e conteúdo do relatório final da FCT.

43.1. Ouvido o conselho de curso, o diretor de curso estabelece o peso relativo das duas

componentes referidas nas alíneas do número anterior, dentro dos seguintes intervalos:

a) classificação do desempenho na FCT: 80 a 90 %;

b) classificação do relatório final da FCT: 10 a 20%.

43.2. Nos cursos em que a FCT está repartida por dois ou mais períodos, a classificação final

resulta da média aritmética simples das classificações obtidas em cada um daqueles.

44. Considera-se aprovado na FCT o aluno que obtenha uma classificação final igual ou

superior a 9,5 valores.

44.1. A atribuição de classificação inferior a 9,5 valores implica a celebração de novo

protocolo e plano de FCT, a fim de possibilitar ao formando, no mais curto prazo possível, o

recomeço da formação e a sua conclusão com aproveitamento.

45. A classificação final da FCT é autónoma e integra o cálculo da média final do curso nos

termos previstos no número 15.2.

46. A pauta com as classificações finais da FCT é afixada em local público, nos dois dias úteis

subsequentes à reunião do conselho de turma de avaliação, no final do curso.

47. Ao pedido de revisão da classificação da FCT é aplicável, com as necessárias adaptações, o

regime previsto nos números 34 e 34.1.

[*] Aprovado em reunião do Conselho Geral no dia 30 de setembro de 2010.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XXII.

ANEXO IV REGULAMENTO DA BIBLIOTECA ESCOLAR / CENTRO DE RECURSOS

ESCOLARES (CENTRO DE APRENDIZAGEM) 1. INTRODUÇÃO

A aplicação do Programa da Rede de Bibliotecas Escolares (que o CA integra desde 1996) implica a criação de instalações adequadas e espaços especializados, o desenvolvimento de uma politica documental ajustada à população escolar, uma dotação orçamental anual mínima que assegure a sua sustentabilidade, uma equipa multidisciplinar e com perfil adequado às suas funções, a aplicação de princípios de organização e funcionamento ajustados aos objectivos gerais propostos para as bibliotecas escolares e a articulação em rede com outras bibliotecas escolares ou públicas de forma a optimizar os seus serviços. De acordo com os objectivos expressos, é indispensável a integração plena da biblioteca na escola a qual passa pela sua institucionalização no tecido normativo da escola e por uma prática que envolva e esteja ao serviço de toda a comunidade educativa. Esta institucionalização concretiza-se na integração, de forma clara e objectiva, no Regulamento Interno da Escola, de modo a assegurar a sua continuidade, bom funcionamento e rentabilidade do investimento já realizado e a realizar. 2. A BIBLIOTECA ESCOLAR 2.1. DEFINIÇÃO

A biblioteca escolar assume-se como uma estrutura formativa de aprendizagem e de construção do conhecimento, com carácter transversal à escola e ao currículo, assentando em novas abordagens pedagógicas, baseadas na pesquisa e processamento da informação e no uso intensivo dos novos recursos e media digitais. 2.2. MISSÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR

É missão da biblioteca escolar disponibilizar serviços e recursos que permitam a todos os membros da comunidade educativa, independentemente da idade, raça, sexo, religião, nacionalidade, língua e estatuto social ou profissional, tornarem-se pensadores críticos e utilizadores efectivos da informação em todos os suportes e meios de comunicação, excluindo qualquer forma de censura ideológica, política ou religiosa ou de pressão comercial. Por tal, a BE persegue quatro funções:

- Função informativa: disponibiliza informação fiável, de acesso rápido e adequada às necessidades dos utentes;

- Função educativa: assegura condições para a educação ao longo da vida, provendo meios e equipamentos, tal como um ambiente favorável à aprendizagem;

- Função cultural: divulga, apoia e orienta experiências de natureza estética, científica e tecnológica;

- Função recreativa: encoraja uma ocupação útil dos tempos livres, facultando informação recreativa e materiais e programas lúdicos.

2.3. OBJECTIVOS DA BIBLIOTECA ESCOLAR

- Dotar a escola de um fundo documental adequado às necessidades das diferentes disciplinas e projectos de trabalho;

- Favorecer a constituição de conjuntos documentais, organizados em função de diferentes temas, que integrem materiais impressos, audiovisuais e digitais;

- Orientar os alunos nas tarefas de pesquisa e desenvolvimento de projectos; - Desenvolver nos alunos competências e hábitos de trabalho baseados na consulta,

tratamento e produção da informação; - Produzir materiais didácticos e de apoio ao estudo; - Desenvolver serviços de tutoria que contribuam para a optimização do percurso

académico dos alunos; - Promover o prazer de ler e hábitos de leitura enquanto elementos estruturantes da

formação de leitores; - Estimular o interesse pela cultura regional, nacional e internacional; - Promover a autonomia de aprendizagem através da plena utilização dos recursos

pedagógicos disponíveis; - Apoiar os docentes na planificação das suas actividades de ensino e na diversificação de

situações de aprendizagem; - Responder às necessidades de informação e auto-formação dos docentes;

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XXIII.

- Disponibilizar serviços inovadores de produção e divulgação de conteúdos didácticos on-line;

- Potenciar os novos recursos interactivos de informação e comunicação que caracterizam a WEB2.0 para produzir, difundir e partilhar informação e conhecimentos;

- Pugnar pela liberdade intelectual e pelo acesso à informação enquanto factores determinantes na construção de uma cidadania efectiva, responsável e democrática;

- Abrir os recursos e serviços à comunidade local. 3. RECURSOS HUMANOS 3.1.1. EQUIPA

- A equipa da BE será formada, preferencialmente, por quatro professores (o coordenador e três sub-coordenadores) com um número de horas global que não deverá ser inferior a um horário lectivo;

- Recrutamento: nomeação pelo director da escola, sob eventual proposta do coordenador; - Horário: Distribuído por blocos de 90 minutos (dois a três blocos, conforme disponibilidade

horária) - Perfil: todos os elementos da equipa devem ter um perfil dinâmico e uma postura de

investigação e de aprendizagem contínua, tal como boas capacidades de relação inter-pessoal; a sua formação deve ser complementar, abrangendo conhecimentos na área de TIC, de promoção das literacias e de animação cultural.

- Mandato: quatro anos - Funções: coadjuvar o coordenador nas tarefas de gestão da BE; co-dinamizar actividades

de promoção das literacias e de animação cultural; assegurar o cumprimento dos critérios de desbaste; apoiar o processo de levantamento de dados para avaliação dos serviços da BE;

3.1.2. COORDENADOR

-Perfil: professor com formação em gestão da informação, biblioteconomia e literacias na área das TIC; se possível, com prática de coordenação de bibliotecas escolares.

-Recrutamento: nomeação pelo director da escola, sob eventual proposta da RBE. - Horário: conforme a legislação o determinar. - Mandato: quatro anos - Funções: promover a integração da biblioteca na escola; gerir a BE e os recursos

humanos e materiais a ela afectos; definir e operacionalizar, em colaboração com os demais órgãos da escola, as estratégias e actividades da politica documental da escola; favorecer o desenvolvimento das literacias; gerir a informação – validando-a, armazenando-a e difundindo-a – facilitando o acesso à documentação existente na biblioteca e a recursos electrónicos remotos; colaborar com as actividades de ensino-aprendizagem; apoiar a formação dos utilizadores na pesquisa e processamento da informação; produzir e divulgar conteúdos facilitadores das aprendizagens; promover actividades de dinamização pedagógica e cultural; promover a avaliação dos serviços da BE através de um relatório a apresentar ao Director até 30 de Julho de cada ano.

- O Coordenador fica na dependência directa do Director ou de quem as suas vezes fizer e reporta ao mesmo.

3.1.3. FUNCIONÁRIOS

- A equipa será composta por quatro funcionários a fim de se assegurar a abertura contínua dos serviços da BE.

- Perfil: boas relações inter-pessoais, com prática e gosto de trabalho em bibliotecas e com conhecimentos na área das TIC e de biblioteconomia.

- Recrutamento: da responsabilidade da área de gestão do pessoal não docente. - Funções: atender e apoiar os utilizadores na pesquisa da informação; controlar registos

de presença dos utentes; zelar pela manutenção e limpeza de instalações e equipamentos, colaborar com a equipa de coordenação em todos os aspectos.

3.2. COLABORADORES

3.2.1. Serão considerados colaboradores os docentes e discentes cujas actividades contribuam, deliberada e continuamente, para a consecução dos objectivos preconizados, designadamente: Os professores em regime de apoio tutorial;

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XXIV.

Os professores que produzem materiais didácticos e de apoio ao estudo; Os alunos-monitores; A equipa de catalogação; Outros docentes cujas actividades propostas estejam em consonância com o PAA

da biblioteca escolar. 3.2.2. Os docentes cujas actividades sejam desenvolvidas na BE/CRE (CA) devem apresentar

um relatório da sua actividade ao Director. 4. FUNCIONAMENTO 4.1. ARTICULAÇÃO ENTRE AS VÁRIAS BIBLIOTECAS DO CONSELHO

- A BE é uma presença permanente nas reuniões promovidas pelo coordenador interconcelhio com o objectivo trocar experiências e conhecimentos e optimizar as suas práticas;

- A BE assume os restantes coordenadores de bibliotecas escolares como parceiros que prestam aconselhamento e apoio técnico, designadamente em aspectos que a sua prática evidencie como positivos;

- A BE está aberta a propostas de formação contínua (de curta ou média duração) conjunta em domínios que respeitem as suas funções;

- A BE propõe-se estruturar projectos de promoção da leitura e das literacias com as restantes bibliotecas escolares;

4.2. REGIMENTO

Será elaborado o respectivo regimento nos 30 dias subsequentes à aprovação do regulamento Interno da ESM.

4.3. ACTIVIDADES - O PAA é elaborado anualmente, em conformidade com o PEE e o PAA da escola, tendo em conta os objectivos específicos da biblioteca. - O PAA é objecto de um relatório anual que será entregue ao Director e presente ao Conselho Pedagógico e remetido à RBE.

5. RECURSOS DOCUMENTAIS 5.1. ACERVO DOCUMENTAL

– O espólio documental da BE é formado por todos os documentos -material livro e material não livro, tal como monografias, revistas, documentos audiovisuais, documentos digitais, mapas, acetatos e diapositivos, jogos – que são objecto do respectivo registo em livros próprios.

5.2. POLÍTICA DOCUMENTAL 5.2.1. CRITÉRIOS DE CONSTITUIÇÃO DO FUNDO DOCUMENTAL

Proporcionar apoio aos alunos em todas as áreas dos currículos nacionais, atendendo á diversidade de cursos e aos níveis de ensino existentes na escola;

Sustentar o desenvolvimento de projectos que se integrem no PEE; Apoiar a auto-formação científica e pedagógica dos docentes; Facultar a todos os utentes o acesso a produtos culturais e/ou lúdicos que sejam

considerados pertinentes; Obter um fundo documental mínimo que respeite a proporcionalidade de 63,3 %

para material livro e 33,3 % para material não livro; Obter um fundo documental mínimo equivalente a dez vezes o número de alunos.

5.2.2. MODOS DE CONSTITUIÇÃO DO FUNDO DOCUMENTAL 5.2.2.1. Desenvolver procedimentos que assegurem um conhecimento actualizado e

aprofundado das necessidades dos utilizadores, designadamente: Promovendo a apresentação bimensal de propostas por parte dos departamentos

curriculares e/ou outros órgãos e entidades da escola; Registando, sistematicamente, assuntos, temas e títulos solicitados pelos utentes

e não representados ou representados insuficientemente na BE; Inquirindo, por amostragem, os interesses dos utentes, pelo menos uma vez por

ano, 5.2.2.2. Enriquecer o fundo documental através de:

Aquisições, processadas ao longo do ano, em função de - Uma dotação orçamental fixa, no valor de mil euros proveniente do orçamento

da escola (despacho nº 20956/2008 de 11 de Agosto);

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XXV.

- Desbloqueamento de outras verbas oriundas do PRODEP ou do orçamento da escola;

- Eventuais reforços de verba oriundos da RBE; - Receitas próprias provenientes de iniciativas desenvolvidas; - Receitas próprias provenientes de serviços prestados: fotocópias e impressões.

Ofertas de entidades públicas ou particulares. Integração de trabalhos escolares (AP, PAP ou outros) sujeitos a uma selecção

prévia, a cargo dos directores de curso e/ou do responsável de projectos que contemple: - A pertinência do tema / conteúdos; - O rigor de apresentação formal; - A correcção científica dos dados.

5.2.3. MECANISMOS DE DESBASTE DO FUNDO DOCUMENTAL: 5.2.3.1. CRITÉRIOS

Repetições de títulos de documentos provenientes de ofertas; Mau estado de conservação dos documentos; Desactualização dos documentos; Ausência evidente e continuada de interesse por parte dos utilizadores.

5.2.3.2. FORMAS DE DESBASTE:

Doações para outras bibliotecas; Vendas em feiras do livro usado Reciclagem

5.2.3.3. DESBASTE DE PERIÓDICOS Os periódicos de aquisição regular (jornais e revistas) são arquivados por

ano civil, findo o qual: - Os periódicos de maior interesse serão arquivados durante cinco anos; - Os jornais locais / regionais serão submetidos a recorte de artigos considerados mais pertinentes; - Os jornais generalistas poderão ser objecto de reciclagem imediata.

5.2.4. DIFUSÃO DA DOCUMENTAÇÃO O fundo documental está disponível, em livre acesso, no espaço da BE; As modalidades de requisição domiciliária estão consignadas no Regimento

da BE (documento em anexo); Considera-se prioritária a disponibilização do catálogo informatizado; As novas aquisições serão divulgadas, em destaque, na página da BE para a

generalidade dos utentes; As aquisições que forem objecto de pedidos dos departamentos serão

divulgadas directamente ao respectivo coordenador, via e-mail institucional; 6. COOPERAÇÃO COM O EXTERIOR - A BE assume, por princípio, a sua propensão em colaborar com qualquer entidade de

carácter científico, cultural ou tecnológico cujos objectivos sejam concomitantes com os preconizados neste regulamento;

- A BE continuará, designadamente, a honrar a parceria instituída com a associação Ao Norte, com a qual tem promovido actividades diversas;

- A BE aprofundará a sua colaboração com a Biblioteca Pública Municipal, no âmbito do SABE (Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares), quer em termos técnicos, com o objectivo de disponibilizar á comunidade um catálogo em rede, on-line, quer em termos de iniciativas de índole cultural que sejam uma mais-valia para a comunidade escolar;

- A BE aprofundará, também, as suas relações com as bibliotecas escolares do concelho, no sentido da troca e expansão de produtos culturais,

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XXVI.

ANEXO V REGULAMENTO DOS CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS

(EFA)

Preâmbulo

0s cursos de Educação e Formação de Adultos, adiante designados cursos EFA, regulamentados pela Portaria n° 230/2008, de 7 de Março, obedecem aos referenciais de competência e de formação associados às respectivas qualificações constantes do Catálogo Nacional de Qualificações, podendo desenvolver-se segundo percursos de dupla certificação, escolar e profissional, ou apenas escolar, de nível básico ou de nível secundário.

Disposições Gerais

Artigo 1° Objecto e âmbito

1. 0 presente regulamento é aplicável aos formandos, maiores de 18 anos, activos, desempregados ou reformados, que frequentem uma formação desta tipologia promovida pela Escola Secundária de Monserrate.

2. É também aplicável aos formadores das várias áreas de competência da formação de base e da formação tecnológica, ou apenas da formação de base se for o caso.

Artigo 2.º Parcerias

1. No âmbito do funcionamento destes cursos, prevê-se o estabelecimento de parcerias com entidades de índole diversa.

Artigo 3°

Constituição dos grupos de formação 1. A constituição dos grupos de formação é feita pelo responsável da escola por este tipo de

oferta, com a colaboração do mediador pessoal e social. 2. 0s elementos referidos no número anterior devem esclarecer os candidatos sobre:

a) o regime de funcionamento dos cursos;

b) o plano curricular e Referencial de Formação;

c) o regime de assiduidade;

d) o regime de avaliação;

e) outros aspectos considerados pertinentes.

Artigo 4° Direitos e deveres do formando

1. Sem prejuízo do definido na lei e no regulamento interno da escola, e considerando a especificidade destes cursos, os formandos terão ainda direito a:

a) frequentar a formação para que foi seleccionado de acordo com os conteúdos programáticos das várias áreas de competência e de acordo com as metodologias pedagógicas definidas;

b) receber um certificado de curso, emitido em conformidade com as definições legais em vigor;

c) apresentar à Escola Secundária Secundaria de Monserrate quaisquer reclamações, sugestões ou testemunhos sobre o processo formativo em que se encontram envolvidos.

Artigo 5º

Assiduidade do formando 1. A assiduidade do formando não pode ser inferior a 90% da carga horária total. 2. Considerar-se-ão justificadas as faltas motivadas por:

a) doença comprovada ou acidente;

b) falecimento de parentes ou afins;

c) casamento;

d) maternidade ou paternidade;

e) doença comprovada ou acidente de familiar a cargo;

f) qualquer dever imposto por lei, que não admita adiamento;

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XXVII.

g) motivos de força maior, devidamente comprovados, aceites pelo mediador pessoal e social.

3. São faltas injustificadas as que não estão previstas nas alíneas anteriores. 4. Estas faltas não dão lugar ao pagamento dos subsídios a que o formando tem direito.

Artigo 6º Mecanismos de recuperação

1. No caso do formando exceder em número de faltas 10% do total da carga horária, a equipa pedagógica deverá accionar mecanismos de recuperação referidos nos artigos 22° e 39º da Portaria n.° 230/2008, de 7 de Março.

2. Estes mecanismos podem assumir formas diversas visando sempre o cumprimento dos objectivos definidos para a formação.

Artigo 7.º

Infracções disciplinares 1. No caso de infracção disciplinar aplicar-se-á o disposto no Regulamento interno da escola. 2. Para além do previsto no número anterior a infracção disciplinar poderá levar à rescisão do

contrato com a entidade formadora.

Artigo 8º Visitas de estudo

1. Considerando que as visitas de estudo ou actividades dinamizadas pelo e para o grupo de formação constituem uma mais-valia para a concretização dos objectivos da formação, devem ser incentivadas todas as iniciativas que tenham interesse reconhecido para o curso em causa, e promovam o desenvolvimento pessoal, social e/ou profissional dos formandos.

2. Aos formadores dos cursos EFA, envolvidos nas visitas de estudo ou nas actividades, são consideradas sessões dadas as que constarem no horário do grupo de formação referentes à sua área de competência.

Artigo 9º

Faltas dos formadores

1. As horas previstas no plano curricular de cada acção formativa têm que ser leccionadas na sua totalidade.

2. No caso de ausência prevista de um formador deve o mesmo tentar a permuta da sessão formativa se houver compatibilidade de horários entre formadores. No caso de ser impossível efectuar o referido acima, deve o formador calendarizar a compensação da sessão ou sessões que tem que repor dando conhecimento prévio, através de registo escrito, ao mediador do curso.

3. 0 mediador do curso entregará ao coordenador dos EFA as datas da reposição das sessões em falta, de forma a que a falta do formador não produza efeitos. 4. A compensação ou compensações das sessões em falta devem ser feitas no mais curto espaço de tempo.

Artigo 12º Omissões

0s casos omissos no presente regulamento relativamente ao funcionamento dos cursos EFA de nível básico ou secundário serão resolvidos de acordo com a regulamentação em vigor e com o Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XXVIII.

ANEXO VI REGULAMENTO DOS CURSOS DE ENSINO RECORRENTE DE

NÍVEL SECUNDÁRIO POR MÓDULOS CAPITALIZÁVEIS

Artigo 1º Coordenação

A coordenação dos cursos de ensino recorrente de nível secundário de educação é da responsabilidade do Director, que, para o efeito, designa um seu Adjunto.

Artigo 2º Competências do Coordenador dos Cursos do Ensino Recorrente

Compete ao Coordenador dos Cursos de Ensino Recorrente: a) Representar no Conselho Pedagógico os cursos de ensino recorrente; b) Assegurar o funcionamento dos cursos a nível pedagógico e administrativo; c) Zelar pelo cumprimento da legislação aplicável; d) Assegurar os procedimentos relativos ao percurso escolar dos Alunos do regime de

frequência não presencial; e) Reunir com os coordenadores pedagógicos de Turma, pelo menos uma vez por

trimestre, a fim de articular estratégias e procedimentos, bem como promover a troca de experiências e a cooperação entre todos os seus membros;

f) Colaborar com os directores de curso relativamente às actividades a desenvolver no âmbito da formação tecnológica.

Artigo 3º

Directores de Curso Nos cursos tecnológicos a articulação entre as aprendizagens nas disciplinas que integram as diferentes componentes formação é assegurada por um Director de Curso.

Artigo 4º Competências do Director de Curso

Ao Director de Curso dos Cursos Tecnológicos de Ensino recorrente de Nível Secundário por Módulos Capitalizáveis compete:

a) Assegurar a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e área não disciplinar do curso;

b) Organizar e coordenar as actividades a desenvolver no âmbito da formação tecnológica;

c) Participar em reuniões de conselho de Turma, no âmbito das suas funções, sempre que para tal seja convocado;

d) Articular com o Director, no que respeita aos procedimentos necessários à realização da prova de aptidão tecnológica;

e) Sensibilizar autarquias, empresas, serviços e outros organismos regionais e locais para a cooperação com a instituição escola propondo protocolos de parceria;

f) Propor para aprovação do conselho pedagógico os critérios de avaliação da PAT (Prova de Aptidão Tecnológica), depois de ouvidos os Professores das disciplinas tecnológicas do curso;

g) Garantir que os critérios referidos na alínea anterior estão de acordo com os princípios gerais e os critérios de avaliação adoptados pela escola;

h) Assegurar, em articulação com o Director, os procedimentos necessários à realização da PAT, nomeadamente a calendarização das provas e a constituição do júri de avaliação;

i) Garantir, no que respeita à PAT, a articulação entre as várias disciplinas, nomeadamente as da componente de formação tecnológica, e áreas não disciplinares.

Artigo 5º Mandato

1. O mandato do Director de Curso terá uma duração de 3 anos. 2. O Director de Curso é designado pelo Director de entre os Professores que asseguram a

componente de formação tecnológica dos cursos tecnológicos. 3. O Director de Curso terá a seu cargo no máximo duas Turmas.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XXIX.

Artigo 6º

Coordenação de Turma

A designação do Coordenador Pedagógico de Turma é da responsabilidade do Director, que para o efeito, nomeia um dos Professores da Turma.

Artigo 7º Competências do Coordenador Pedagógico de Turma

Compete ao Coordenador Pedagógico de Turma: a) Presidir aos conselhos de Turma de avaliação; b) Colaborar com os directores de curso; c) Colaborar com o coordenador dos cursos do ensino recorrente de nível secundário de

educação, nomeadamente no que se refere à coordenação curricular e pedagógica; d) Promover, junto dos Professores da Turma, a reflexão conjunta sobre as práticas

pedagógicas no âmbito do ensino recorrente de nível secundário de educação; e) Esclarecer os Alunos sobre as características e funcionamento dos cursos; f) Manter permanentemente actualizado o registo de faltas; g) Providenciar para que sejam registados os resultados da avaliação; h) Apresentar anualmente ao Director um relatório crítico do trabalho desenvolvido.

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XXX.

ANEXO VII REGULAMENTO DAS VISITAS DE ESTUDO [*]

I - OBJECTIVOS

De acordo com a legislação em vigor, as visitas de estudo constituem estratégias pedagógico-

didáticas capazes de contribuírem para a valorização dos saberes e culturas e,

consequentemente, para a formação integral do aluno.

Assim, devem:

- ser entendidas como atividades integradas no processo ensino / aprendizagem;

- favorecer o contacto entre a escola e o meio;

- contribuir para o enriquecimento da personalidade dos alunos;

- desenvolver o espírito de iniciativa e criatividade;

- promover hábitos de organização;

- fomentar a interdisciplinaridade.

II – PLANIFICAÇÃO, REALIZAÇÃO E AVALIAÇÃO

1. As visitas de estudo têm, pelo menos, uma disciplina que as justifica.

2. As visitas de estudo abrangem a totalidade dos alunos da turma, caso se realizem em

período letivo, exceto se a falta de participação do aluno for devidamente justificada.

3. Por cada grupo de quinze alunos em visita de estudo haverá um professor acompanhante,

cujas despesas com viagem e alojamento não constituirão encargo seu.

4. As visitas de estudo em território nacional podem realizar-se até final do 3.º período

letivo, exceto nos cursos científico-tecnológicos em que deverão ocorrer até final do 2.º

período.

5. As visitas de estudo em território nacional têm a duração máxima de 3 dias úteis, exceto se

duração superior for previamente autorizada pelo Diretor.

6. As visitas de estudo ao estrangeiro carecem de autorização do Diretor, que tem de ser

solicitada até 30 dias antes da sua realização.

6.1. A deslocação ao estrangeiro de aluno menor de idade obriga a autorização escrita do

encarregado de educação, com assinatura(s) oficialmente reconhecida(s), da qual constem,

entre outros, os seguintes elementos: nome, morada, data de nascimento e n.º do BI/Cartão

de Cidadão do aluno; país a visitar, data(s) da visita; nome e n.º do BI/Cartão de Cidadão do

professor acompanhante.

7. As visitas de estudo partem de propostas entregues à Comissão das Visitas de Estudo até

quinze dias antes da sua realização, com o limite do último dia útil do mês de fevereiro para

aquelas que tenham duração superior a 1 dia, que as remeterá ao Diretor.

7.1. As propostas de visitas de estudo são apresentadas em Ficha/Plano disponibilizada

pela Direção e incluem obrigatoriamente:

a) os objetivos da visita;

b) a(s) disciplina(s) que a justifica(m);

c) o nome dos professores responsáveis e acompanhantes da visita e respetivas

declarações de compromisso;

d) o itinerário;

e) os espaços, entidades ou empresas a visitar;

f) o orçamento da visita;

g) a lista nominal completa dos alunos participantes (em anexo).

8. O trabalho de planificação e organização das visitas de estudo deverá competir,

conjuntamente, aos professores e alunos responsáveis e abrange, nomeadamente: a

elaboração do plano; os contactos com as entidades a visitar e outros, relacionados com o

Regulamento Interno da Escola Secundária de Monserrate

XXXI.

transporte e o alojamento; a gestão financeira, incluindo uma folha de receitas e despesas; a

redação do relatório final de avaliação da visita.

9. Em qualquer documento elaborado para angariação de fundos, constarão de forma clara as

seguintes referências obrigatórias: nome e carimbo da escola, indicação da turma ou turmas

envolvidas e, em caso de sorteio, a data deste e os prémios a concurso.

10. Os alunos subsidiados com os escalões A ou B poderão solicitar comparticipação dirigida

à Associação de Pais, entregando o pedido respetivo ao Diretor, até trinta dias antes da data

prevista para a visita de estudo.

11. O professor responsável pela visita distribui, recolhe e entrega na Comissão das Visitas de

Estudo, aquando da apresentação da ficha-plano, as autorizações dos pais e encarregados de

educação, sendo estes responsáveis pelos atos praticados pelos seus educandos.

12. O professor responsável pela visita terá de afixar, até 2 dias antes da sua realização, uma

lista nominal dos alunos participantes, em espaço destinado aos diretores de turma.

13. Os alunos em visita de estudo no território nacional estão abrangidos pelo seguro escolar

devendo, durante a visita, ser portadores do seu cartão de estudante e de fotocópia do cartão

de beneficiário da assistência social.

13.1. Nas visitas ao estrangeiro é obrigatório um seguro próprio, para alunos e

professores.

14. Os professores e alunos diretamente responsáveis pela organização da visita de estudo

entregam na Comissão respetiva um relatório de avaliação final, no prazo de cinco dias após

a sua realização.

15. No caso de a visita aprovada não vir a realizar-se, o professor e os alunos responsáveis

apresentarão, por escrito, a respetiva justificação; e, existindo verbas angariadas, deverão

acrescentar proposta para a sua reaplicação.

16. As visitas de estudo podem terminar a todo o momento, verificando-se a ocorrência de

anomalias graves no decurso da sua realização.

III - COMISSÃO COORDENADORA

17. A Comissão das Visitas de Estudo é composta por dois ou mais professores designados

pelo Diretor e por um Adjunto deste, que coordena.

18. São atribuições da Comissão:

a) Informar e apoiar a planificação das visitas de estudo;

b) Analisar os planos das visitas e deferi-los ou indeferi-los;

c) Comunicar a sua decisão ao professor responsável, em prazo razoável;

d) Recolher, ler e arquivar os relatórios de avaliação das visitas de estudo e comunicar

ao Diretor eventuais situações irregulares detetadas;

e) Comunicar ao Diretor incumprimentos das normas estabelecidas no presente

Regulamento.

18.1. Se a comunicação referida na alínea c) do número anterior não for efetuada, por

telefone, por escrito ou verbalmente, até 5 dias antes da realização da visita, esta presume-se

deferida.

IV – DISPOSIÇÕES FINAIS

19. Sempre que surjam dúvidas que este regulamento não preveja, competirá à Comissão

Coordenadora dar-lhes resposta.

20. Perante a ocorrência de quaisquer anomalias, competirá ao Diretor, ouvida a Comissão

Coordenadora, tomar as medidas julgadas necessárias, nos termos do Estatuto do Aluno do

Ensino Não Superior e do Regulamento Interno da escola. [*] Aprovado em reunião do Conselho Geral em 30 de setembro de 2010.