pre socraticos à aristóteles

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"É sábio o homem que pôs em si tudo que leva à felicidade ou dela se aproxima"

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Page 1: Pre socraticos à Aristóteles

"É sábio o homem que pôs em si tudo que leva à felicidade ou

dela se aproxima"

Page 2: Pre socraticos à Aristóteles

O mito narrava a origem através de genealogias derivadas de forças divinas sobrenaturais e personalizadas.

A Filosofia, ao contrário, explica a produção natural das coisas por elementos e causas naturais e impessoais.

EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO...??

O Mito pretende narrar como as coisas eram ou tinham sido no passado imemorial, longínquo e fabuloso, voltando-se para o que era antes que tudo existisse tal como existe no presente. O Mito aceita contradições e mesmo assim, era tido como verdadeiro.

A Filosofia, ao contrário, se preocupa em explicar como e por que, no passado, no presente e no futuro (isto é, na totalidade do tempo), as coisas são como são; Não admite contradições – exige explicação coerente e racional.

A Ciência Moderna não mostra a verdade das coisas em si mesmas; a ciência apresenta apenas modelos teóricos provisórios que tentam explicar a realidade. Essas ‘verdades’ que a ciência apresenta duram enquanto não surgirem outros modelos teóricos melhores

Page 3: Pre socraticos à Aristóteles

Os Pré-sOcráticOs

Page 4: Pre socraticos à Aristóteles

Os primeiros Filósofos/Cientistas: Filósofos da Natureza. Cerca de 550 a.C..

Interesse: Desvendar os fenômenos da natureza, as

transformações da natureza.

Estudar o Cosmos e o surgimento da vida.

Tales de Mileto, Pitágoras de Samos, Anaximandro de Mileto, Anaxímenes de Mileto

Heráclito de Éfeso, Parmênides, Demócrito

Page 5: Pre socraticos à Aristóteles

> Investigação cosmológicas (racionais)

>Investigavam a natureza e os processos naturais

>perceberam o dinamismo das mudanças que ocorrem na physis - realidade primeira, originária e fundamental (natureza).

>procuravam uma substância básica, um princípio primordial (arché) causa de todas as transformações da natureza

Os pré-socráticos filósofos da natureza (naturalistas)

ou fisicistas

Page 6: Pre socraticos à Aristóteles

• A palavra grega Physis pode ser traduzida por natureza, mas seu significado é mais amplo. Refere-se também à realidade, não aquela pronta e acabada, mas a que se encontra em movimento e transformação, a que nasce e se desenvolve, o fundo eterno, perene, imortal e imperecível de onde tudo brota e para onde tudo retorna.

Page 7: Pre socraticos à Aristóteles

• Para os filósofos pré-socráticos, a arché ou arqué ( ρχή; origem), seria um princípio que ἀdeveria estar presente em todos os momentos da existência de todas as coisas; no início, no desenvolvimento e no fim de tudo. Princípio pelo qual tudo vem a ser.

Page 8: Pre socraticos à Aristóteles

• Encontraram respostas diversas.

• Não queriam recorrer ao mito.

• Os primeiros a dar um passo na forma científica de pensar.

Page 9: Pre socraticos à Aristóteles

Escola Jônica

• Tales de Mileto• Anaximandro de Mileto• Anaxímenes de Mileto• Heráclito de Éfeso

Page 10: Pre socraticos à Aristóteles

Mileto

• Os três primeiros filósofos que surgiram foram de Mileto.

• São eles:

Tales

Anaximandro

Anaxímenes.

Page 11: Pre socraticos à Aristóteles

Tales de Mileto

• O primeiro filósofo pré-socrático: Tales de Mileto (cerca de 625/4-558/6 a.C.) Queria descobrir um elemento físico que fosse constante em todas as coisas.

Page 12: Pre socraticos à Aristóteles
Page 13: Pre socraticos à Aristóteles

Água• Observando a vida animal e

vegetal concluiu que a água, ou o úmido, é o princípio de todas as coisas.

• somente a água permanece basicamente a mesma, em todas as transformações dos corpos, apesar de assumir diferentes estados.

Page 14: Pre socraticos à Aristóteles

Anaximandro de Mileto (610-547 a.C.)

• Introduziu o conceito de arché para designar o primum, a realidade primeira e última das coisas.

• A arché para ele é algo que transcende os limites do observável.

• Denominou-o apeíron, termo grego que significa “indeterminado”, “o infinito”

• O ápeiron seria a “massa geradora” dos seres, contendo em si todos os elementos contrários.

Page 15: Pre socraticos à Aristóteles

Anaxímenes de Mileto(588-524 a.C)

• Admitia que a origem é indeterminada, mas não acreditava em seu caráter oculto.

• Tentou uma possível conciliação entre as concepções de Tales e as de Anaximandro.

• concluiu ser o ar o princípio de todas as coisas.

Page 16: Pre socraticos à Aristóteles

O ar• o ar é a própria vida, a força vital, a divindade

que “anima” o mundo, aquilo que dá testemunho à respiração.

Page 17: Pre socraticos à Aristóteles

Heráclito de Éfeso 544-484 a.C

• Concebia a realidade do mundo como algo dinâmico, em permanente transformação.

• A vida era impulsionada pela luta das forças contrárias.

• É pela luta dessas forças que o mundo se modifica e evolui.

Page 18: Pre socraticos à Aristóteles

Luta dos contrários

Page 19: Pre socraticos à Aristóteles

• só a mudança e o movimento são reais

• identidade das coisas iguais a si mesmas é ilusória

• Nessa dualidade, que é uma guerra, no fundo é harmonia entre os contrários

• O que mantém o fluxo do movimento é a luta dos contrários, pois “a guerra é pai de todos, rei de todos”

Page 20: Pre socraticos à Aristóteles

Doutrina dos contrários

• O ser é múltiplo, por estar constituído de oposições internas.

• a forma do ser é devir pelo qual todas as coisas são sujeitas ao tempo e à sua relativa transformação

• Heráclito chamou seu princípio de logos, que significa regra segunda a qual todas as coisas se realizam e lei comum que a todos governa– incluiu racionalidade e inteligência.

Page 21: Pre socraticos à Aristóteles

Devir- vir a ser

• “Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio”, pois na segunda vez não somos os mesmo, e também o rio mudou.

Page 22: Pre socraticos à Aristóteles

Escola itálica

• Pitágoras de Samos• Filolau• Arquitas.

Page 23: Pre socraticos à Aristóteles

Pitágoras de Samos (570-490 a.C.)

• Fundador de poderosa sociedade de caráter religioso e filosófico - Sociedade pitagórica

• As contribuições da escola pitagórica são encontradas matemática, música e astronomia.

Page 24: Pre socraticos à Aristóteles

Número• a essência de todas as

coisas reside nos números, os quais representam a ordem e a harmonia.

Page 25: Pre socraticos à Aristóteles

Filolau

• Discípulo de Pitágoras, segue a doutrina pitagórica.

Page 26: Pre socraticos à Aristóteles

Arquitas de Tarento

• Representante da escola pitagórica de grande destaque

• um dos responsáveis por mudanças fundamentais na matemática do quinto século antes de Cristo.

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Escola Eleata

• Parmênides de Eléia• Zenão.

Page 28: Pre socraticos à Aristóteles

Parmênides de Eléia: o ser é imóvel(540-470 a.C.)

• o principal expoente da chamada escola eleática.

• critica a filosofia heraclitiana.

• ao “tudo flui”, contrapõe a imobilidade do ser.

• Arché- “o ser é”

Page 29: Pre socraticos à Aristóteles

Defendia a existência de dois caminhos para a compreensão da realidade – expressou esse pensamento no poema Sobre a Natureza.

• caminho da razão, que permite encontrar a Verdade, imutável e perfeita (épistêmê)

• o dos sentidos, ou da Opinião (doxa) que só nos permite conhecer as aparências das coisas, confusas e contraditórias

Page 30: Pre socraticos à Aristóteles

O ser e o não ser

O caminho da verdade nos leva a compreender que:

• “o ser é” - e o “não ser não é” - o não ser não pode ser conhecido.

• O ser, portanto, é e deve ser afirmado, o não-ser não é e deve ser negado, e esta é a verdade

• o ser é a única coisa pensável e exprimível• o ser é único, imutável, incriado e eterno.

Page 31: Pre socraticos à Aristóteles

Mundo sensível e mundo inteligível

• o movimento existe apenas no mundo sensível, e a percepção pelos sentidos é ilusória.

• Só o mundo inteligível é verdadeiro, pois está submetido ao princípio que hoje chamamos de identidade e de não-contradição.

Page 32: Pre socraticos à Aristóteles

• Uma das conseqüências dessa teoria é a identidade entre o ser e o pensar:

o que não conseguir pensar não pode ser na realidade.

Penso, logo sou! Descartes

Page 33: Pre socraticos à Aristóteles

Zenão

• o que se move sempre está no mesmo agora

• Tenta demonstrar que a própria noção de movimento era inviável e contraditória

• paradoxo de Zenão, que se refere à corrida de Aquiles com uma tartaruga

Page 34: Pre socraticos à Aristóteles

Aquiles e a tartaruga• Zenão sabia que Aquiles

pode alcançar a tartaruga.

• ele pretendia demonstrar as conseqüências paradoxais de encarar o tempo e o espaço como constituídos por uma sucessão infinita de pontos e instantes individuais consecutivos

Page 35: Pre socraticos à Aristóteles

Isso demonstram as dificuldades por que passou o pensamento racional para compreender conceitos como :

• movimento, espaço, tempo e infinito

Page 36: Pre socraticos à Aristóteles

Escola pluralista

• Empédoclis de Agrigento: água, fogo, ar e terra.

• Anaxágoras de Clazómena• Leucipo de Abdera• Demócrito de Abdera

Page 37: Pre socraticos à Aristóteles

Empédoclis de Agrigento

• arché: água, fogo, ar e terra.• elementos são movidos e

misturados de diferentes maneiras em função de dois princípios universais opostos

Page 38: Pre socraticos à Aristóteles

• Amor (philia, em grego) – responsável pela força de atração e união e pelo movimento de crescente harmonização das coisas;

• >ódio (neikos, em grego) – responsável pela força de repulsão e desagregação e pelo movimento de decadência, dissolução e separação das coisas.

Page 39: Pre socraticos à Aristóteles

• Aceitava de Parmênides a racionalidade que afirma a existência e permanência do ser

• procurava encontrar uma maneira de tornar racional os dados captados por nossos sentidos.

Page 40: Pre socraticos à Aristóteles

Anaxágoras de Clazómena

• propôs, um princípio que atendesse tanto às exigências teóricas do "ser" imutável, quanto à contestação da existência das múltiplas manifestações da realidade.

• faz da multiplicidade o principal objeto do seu pensamento,

• manifestando-se acerca da natureza do múltiplo:

Page 41: Pre socraticos à Aristóteles

Arché: nous

• Nous:a força motriz que formou o mundo a partir do caos original, iniciando o desenvolvimento do cosmo.

é ilimitado, autônomo e não misturado com nada mais,

age sobre as homeomerias (sementes) ordenando-as e constituindo o mundo sensível

• Homeomerias: sementes que dão origem a realidade na pluralidade de manifestações

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Leucipo de Abdera

• Primeiro professor da escola atomista.

• Não se tem muito informação sobre ele.

Page 43: Pre socraticos à Aristóteles

Demócrito de Abdera(430-370)

• Responsável pelo desenvolvimento do atomismo

• todas as coisas que formam a realidade são constituídas por partículas invisíveis e indivisíveis

Page 44: Pre socraticos à Aristóteles
Page 45: Pre socraticos à Aristóteles

• Para ele, o átomo seria o equivalente ao conceito de ser em Parmênides.

• Tudo tem uma causa. E os átomos são a causa última do mundo.

Page 46: Pre socraticos à Aristóteles

Os SOFISTASOs mestres da argumentação

Page 47: Pre socraticos à Aristóteles

• Eram professores viajantes que, por determinado preço, vendiam ensinamentos

práticos de filosofia.

Page 48: Pre socraticos à Aristóteles

• Levando em consideração os interesses dos alunos, davam

aulas de eloquência e de sagacidade mental.

Ensinavam conhecimentos

úteis para o sucesso nos negócios públicos e privados.

Objetivo:

desenvolvimento da argumentação,

da habilidade retórica,

Page 49: Pre socraticos à Aristóteles

• Era uma época de lutas políticas e intenso conflito de opiniões nas assembleias

democráticas. Por isso, os cidadãos mais ambiciosos sentiam necessidade de aprender

a arte de argumentar em público para conseguir persuadir em assembleias e, muitas

vezes, fazer prevalecer seus interesses individuais e de classe.

Page 50: Pre socraticos à Aristóteles

mundodafilosofia.com

Page 51: Pre socraticos à Aristóteles

• Essas características dos ensinamentos dos sofistas favoreceram o surgimento de concepções filosóficas relativistas sobre as coisas.• o relativismo de suas teses fundamenta-se numa

concepção flexível sobre os homens, a sociedade e a compreensão do real.

• Para os sofistas, as opiniões humanas são infindáveis, diversas e não podem ser reduzidas a uma única verdade. Assim, não existiriam valores ou verdades absolutas.

Page 52: Pre socraticos à Aristóteles

• o termo sofista significa “sábio”. Entretanto, com o decorrer do tempo,

ganhou o sentido de “impostor”, devido às críticas de Platão.

Page 53: Pre socraticos à Aristóteles

• Considerou-se a sofística - a arte dos sofistas - apenas uma atitude viciosa do

espírito, uma arte de manipular raciocínios, de produzir o falso, de iludir

os ouvintes, sem qualquer amor pela verdade.

Page 54: Pre socraticos à Aristóteles

•A verdade, em grego – aletheia - a manifestação daquilo que é, o não-oculto, se opõe a pseudos que significa o falso, aquilo que se esconde, que ilude.

Os sofistas parecem não buscar a aletheia, se contentam com pseudos. Tanto assim, que se

usa a palavra sofisma, derivada de sofista, para designar um raciocínio aparentemente correio,

mas que na verdade é falso ou inconclusivo, geralmente formulado com o objetivo de

enganar alguém.

Page 55: Pre socraticos à Aristóteles

Sócrates

• Com o desenvolvimento das cidades (polis) gregas, a vida em sociedade passa a ser uma questão importante.

• Sócrates vive em Atenas, que é uma cidade de grande importância, nesse período de expansão urbana da Grécia, por isso, a sua preocupação central é com a seguinte questão: como devo viver?

• As pessoas precisavam desenvolver normas de convivência para o espaço da cidade que era um fenômeno relativamente novo na história da humanidade, diferente da vida do campo, com mais agitação política, comercial e social. Nesse sentido, debatiam questões importantes para o convívio em sociedade, ex: ética, fazer o bem, virtudes, política, etc.

Page 56: Pre socraticos à Aristóteles

Sócrates

• Toda a sua filosofia é exposta em diálogos críticos com seus interlocutores.

• Sócrates andava pela cidade (feiras, mercados, praças, prédios públicos, etc.)e debatia com as pessoas interessadas sobre assuntos referentes a vida em sociedade.

• O conteúdo dos diálogos chegou até nós por meio de seus discípulos, especialmente de Platão, pois Sócrates não deixou nada escrito.

Page 57: Pre socraticos à Aristóteles

Sócrates

• Para viver bem (de acordo com a virtude) é preciso ser sábio.• Como atingir a sabedoria?

• Para Sócrates a sabedoria é fruto de muita investigação que começa pelo conhecimento de si mesmo.

• Segundo ele, deve-se seguir a inscrição do templo de Apolo: conhece-te a ti mesmo.

• À medida que o homem se conhece bem, ele chega à conclusão de que não sabe nada.

• Para ser sábio, é preciso confessar, com humildade, a própria ignorância. Só sei que nada sei, repetia sempre Sócrates.

Page 58: Pre socraticos à Aristóteles

Sócrates e a Maiêutica

• Maiêutica: método para chegar ao conhecimento.

• Para Sócrates o papel do filósofo fazer com que as pessoas chegassem ao conhecimento e para isso criou a maiêutica.

• Sócrates tinha um método de diálogo para levar o seu interlocutor (pessoas com quem estava debatendo) a perceber por si só sua própria ignorância sobre os assuntos tratados.

• Por meio da ironia, fazendo perguntas e respondendo as perguntas com outras perguntas, levava o interlocutor a cair em contradição, Sócrates o conduzia a confessar a própria ignorância.

• Uma vez confessada a ignorância, o interlocutor estaria disposto a percorrer o caminho da verdade.

Page 59: Pre socraticos à Aristóteles

Sócrates e a Maiêutica

• Quando se diz que a maiêutica é a arte de dar à luz as idéias, está se subentendendo que o conhecimento está dentro da pessoa e por meio maiêutica ela vai “parir” o conhecimento.

• Para Sócrates, uma mente submetida a um interrogatório adequado seria capaz de explicitar conhecimentos que já estavam latentes na alma. Afinal, tanto para Sócrates quanto para Platão, a alma, antes de se unir ao corpo, contemplara as idéias na sua essência, no mundo das Idéias. Bastava, portanto, fazer um esforço para recordar. Conhecer é recordar.

• O objetivo mais importante do diálogo é encontrar o conceito. Ele pergunta, por exemplo, o que é justiça? E, aos poucos, eliminando definições imperfeitas, ele vai chegando a um conceito mais puro, mais correto.

Page 60: Pre socraticos à Aristóteles

O Destino de Sócrates

• A maior arte de Sócrates era a investigação, feita com o auxílio de seus interlocutores. Aquele que investiga, questiona. Aquele que questiona, perturba a ordem estabelecida. Isso faz surgir muitos inimigos de Sócrates.

• Sócrates é acusado de corromper a juventude e de desprezar os deuses da cidade. Com base nessas acusações ele é condenado a beber cicuta (veneno extraído de uma planta do mesmo nome). Segundo testemunho de Platão em Apologia de Sócrates, ele ficou imperturbável durante o julgamento e, no final, ao se despedir de seus discípulos, ele diz:

Já é hora de irmos; eu para a morte, vós para viverdes. Quanto a quem vai para um lugar melhor, só deus sabe.

Page 61: Pre socraticos à Aristóteles

Platão

Page 62: Pre socraticos à Aristóteles

Platão

• É filho de uma nobre família ateniense e seu nome verdadeiro é Arístocles. Seu apelido de Platão é devido à sua constituição física e significa “ombros largos”. Ele foi discípulo de Sócrates e após a sua morte, fez muitas viagens, ampliando sua cultura e suas reflexões.

• Por volta de 387 a.C., Platão fundou sua própria escola de filosofia, nos jardins construídos pelo seu amigo Academus, o que deu à escola o nome de Academia. É uma das primeiras instituições de ensino superior do mundo ocidental.

• Platão, diferentemente se Sócrates, tinha o hábito de escrever sobre suas idéias. Foi ele quem resgatou boa parte do pensamento de seu mestre Sócrates.

• Platão não andava promovendo debates pelos locais públicos como seu mestre, mas ao contrário, fundou uma academia de filosofia.

• Devido a isso, Platão era mais restrito, pois para chegar a ele somente quem pudesse entrar na academia, ou seja, os filhos dos aristocratas da época.

Page 63: Pre socraticos à Aristóteles

Platão

• Do mundo sensível das opiniões ao mundo inteligível das idéias.

• Segundo Platão, os sentidos só podem nos fornecer o conhecimento das sombras da verdadeira realidade, e através deles só conseguimos ter opiniões.

• O conhecimento verdadeiro se consegue através da dialética, que é a arte de colocar à prova todo conhecimento adquirido, purificando-o de toda imperfeição para atingir a verdade.

• Cada opinião emitida é questionada até que se chegue à verdade.• Platão, assim como seu mestre Sócrates, acreditava que o

conhecimento era inato ao ser humano, ou seja, todo o conhecimento estava na pessoa, bastava exercitar ou refletir para “relembrar” as respostas dos questionamentos. Aristóteles, discípulo de Platão, não compartilha dessa idéia, para ele o conhecimento só era possível por meio da experiência e da percepção, ou seja, deveria ser adquirido.

Page 64: Pre socraticos à Aristóteles

Alegoria da Caverna

• Aprisionado no seu corpo, o homem só consegue enxergar as sombras e não a realidade em si. Para explicar isso, Platão cria a

• Alegoria da Caverna.• Há homens presos, desde meninos, por correntes nos pés e no

pescoço, com o rosto voltado para o fundo da Caverna. Próximo à entrada da caverna desfila-se com muitos objetos diferentes, cujas sombras são projetadas pela luz do Sol na parede do fundo. Os prisioneiros contemplam as sombras, pensando tratar-se da realidade, pois é a única que conhecem.

• Um dos prisioneiros consegue escapar, e, voltando-se para a entrada da caverna, num primeiro momento tem sua vista ofuscada pela luz intensa, mas aos poucos ele se acostuma e começa a descobrir que a realidade é bem diferente daquela que ele conheceu a vida toda, por meio das sombras. Esse homem se compadece dos companheiros da prisão e volta para lhes anunciar aquilo que contemplara. Ele é chamado de louco e é morto pelos companheiros.

Page 65: Pre socraticos à Aristóteles

Alegoria da Caverna

Explicação:

• As sombras que os homens enxergam no fundo da caverna representam as aparências da realidade e não a realidade em si. Mas aqueles homens que foram, desde a infância, acostumados a crer que as sombras eram a realidade, não podiam imaginar que a realidade verdadeira estava lá fora.

• Quando um desses homens consegue escapar da caverna e tem contato com o mundo verdadeiro, ele percebe que as projeções na parede nada mais são do que uma ilusão, pois a realidade das coisas era outra. O homem cai em si e entende que sempre foi enganado pelas sombras.

• Quando volta para caverna e tenta convencer os outros de que aquelas sombras não representam a realidade dos fatos, ninguém acredita e o chamam de louco.

• Esse mito se refere a Sócrates que tentava demonstrar a realidade ou a verdade de vários fatos de Atenas, como a política, por exemplo, uma vez que as pessoas acreditavam em discursos que não condiziam com a realidade, mas eram só uma forma de enganar. Contudo, como vimos, Sócrates desagradou muita gente ao tentar esclarecer as pessoas sobre a verdade e, por isso, foi condenado a morte.

Page 66: Pre socraticos à Aristóteles

Aristóteles

• Nascimento: 384 a.C. – Estagira (Macedônia)

• Morte: 322 a.C. – Cálcis (Eubéia).

Page 67: Pre socraticos à Aristóteles

Aristóteles

• Sua vida: Aristóteles foi preceptor de Alexandre Magno, na corte de Pela, e isso facilitou suas pesquisas pois, quando Alexandre expandiu o império Macedônico, o filósofo teve mais acesso às informações sobre formas de governo e sobre o mundo natural (do qual Aristóteles fez uma das primeiras classificações conhecidas).

• O Liceu: Quando Alexandre sobe ao trono na Macedônia, Aristóteles deixa a corte de Pela e volta para Atenas, onde funda sua própria escola de filosofia, próxima ao templo de Apolo Liceano (por isso passa a se chamar LICEU), seguindo orientação que rivaliza com a Academia de Platão que, nesse tempo, é dirigida por Xenócrates. A Academia era mais voltada para as Matemáticas, enquanto o Liceu se dedicava principalmente às ciências naturais.

Page 68: Pre socraticos à Aristóteles

Aristóteles

• Aristóteles foi discípulo de Platão, mas seguiu o próprio caminho, com uma filosofia bem diferente do mestre.

• Quanto ao método de exposição da filosofia, enquanto Platão utilizara os diálogos, Aristóteles foi um sistematizador. Embora ele também tenha escrito diálogos, o que chegou até nós foi apenas uma parte das suas obras produzidas em forma descritiva e ordenada.

Page 69: Pre socraticos à Aristóteles

Aristóteles

• Aristóteles organizou o conhecimento de até então. Criou sistemas classificatórios para a natureza, sobre o céu, sobre os fenômenos atmosféricos; exame da física como movimento, infinito, vazio, lugar, tempo, etc.

• Também estudou sobre sensação, memória, respiração, história dos animais; classificou as espécies vivas, etc.

• Formas de governo, retórica (argumentação), etc.

• Em suma, ele organizou ou sistematizou praticamente todo conhecimento acumulado até então.