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Aristóteles Prof(a) Valéria Lima Bontempo

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Aristóteles

Prof(a) Valéria Lima Bontempo

Aristóteles

• 384-322 a . C./nasceu em Estagira• Discípulo de Platão• Obras principais: Ética à Nicômaco, Política, Metafísica, Do

Movimento dos animais, História dos animais, Retórica, Poética, Sobre a alma

• Escola: Liceu

Aristóteles

• Áreas de estudo: ética, política, conhecimento, natureza, biologia, plantas, animais, astros e sobre a alma.

Aristóteles

• Aristóteles educou Alexandre da Macedônia. Com a morte de Alexandre teve que sair de Atenas.

Aristóteles e o conhecimento

• Sobre o Conhecimento:“ Todos os homens desejam por natureza saber.”

• A questão de Aristóteles era saber como se dá aquisição do conhecimento?

• Ao buscar responder essa questão, Aristóteles afasta-se de Platão, pois não recorre à reminiscência e às idéias para explicar a origem e a possibilidade do conhecimento.

Aristóteles

• De acordo com Aristóteles a sensação é a condição da ciência.

• Conhecer é reunir os componentes de uma coisa singular, ou de uma substância real, unir os semelhantes e separar os discordantes, para formar o conceito ou a definição dessa coisa singular. Para isto começamos com os dados da experiência – a sensação.

Aristóteles

• Assim, apoiando-se na experiência a razão realiza nossa natureza – o desejo de saber.

• Vale lembrar que de acordo com Aristóteles, os homens começam a filosofar movidos pelo espanto.

Aristóteles

• Na sua obra Metafísica, Aristóteles afirma o que conhecimento verdadeiro é o “ conhecimento pelas causas, capaz de superar os enganos da opinião e de compreender a natureza do devir.” (p. 123)

• Para explicar a realidade, Aristóteles formula a teoria das 4 causas. (causa em Aristóteles é tudo aquilo que contribui para a realidade de um ser)

Aristóteles

• Essa teoria baseia-se em 3 distinções: substância-essência-acidente; ato-potência; matéria-forma.

• Partindo do princípio que tudo que existe é uma substância, Aristóteles mostra que essa substância tem uma essência, (aquilo que uma coisa deixa de ser o que é se for retirada ) e tem também características que podem existir ou não (acidente).

Aristóteles

• O acidente é aquilo que é atributo circunstancial e não-essencial do ser. Por exemplo, o homem tem como essência a racionalidade e tem atributos que são acidentais: ser magro, velho, dentre outros.

Aristóteles

• Porém, Aristóteles acha que o problema das transformações não se esgota com os conceitos de essência e acidente e recorre aos conceitos de forma( aquilo que faz com que uma coisa seja o que é, aquilo que organiza, que dá estrutura ao objeto) e matéria (aquilo de que é feito algo).

Aristóteles

• Todo ser é constituído de matéria e forma. Por exemplo, no caso de uma estátua de mármore, a matéria é o mármore e a forma é a idéia que o escultor realiza na estátua.

Aristóteles

• Mas, Aristóteles quer explicar também o movimento das coisas e para isto ele usa os conceitos de ato e potência. Potência é a capacidade de tornar-se alguma coisa. Aquilo que ainda não é, mas que pode vir a ser.

Aristóteles

• Ex: A semente contém o carvalho em potência. O ato é a manifestação atual do ser, aquilo que já existe , é a potência se atualizando. Ex: O carvalho. O que se vê então é que o movimento é a passagem da potência ao ato.

Aristóteles

• Assim, diante da polêmica sobre o movimento das coisas estabelecida entre Parmênides e Heráclito, Aristóteles afirma que o “ser não é apenas o que já existe, em ato; mas também o que pode ser, a virtualidade, a potência.” Com isso, uma substância poderia sem contrariar qualquer princípio lógico assumir características diferentes.

Aristóteles

• Resumindo: Aristóteles utiliza três conjuntos de conceitos - substância-essência-acidente; ato-potência; matéria-forma – os quais possibilitam Aristóteles formular a teoria das 4 causas para explicar a realidade: 1)causa material; 2)causa formal; 3) causa eficiente; e 4) causa final. No caso de uma estátua, a causa material é aquilo de que a coisa é feita ( mármore); a causa eficiente refere-se aquilo que produziu a coisa (nesse caso , o escultor), a formal ( é o que confere a forma e portanto, a natureza e a essência de cada realidade singular, aquilo que define o objeto) e a final ( diz respeito a finalidade da estátua).

Aristóteles

• No entanto, vale observar que depois de chegar a teoria das 4 causas, Aristóteles vai direcionar toda a sua filosofia ao que ele chama de primeiro motor.

• Segundo Aristóteles não podemos ir ao infinito na seqüência de causas, é preciso admitir uma primeira causa , um ser necessário ( e não contingente).

Aristóteles

• Esse primeiro motor (imóvel, por não ser movido por nenhum outro) é também um puro ato (sem nenhuma potência). Chamamos Deus ao Primeiro Motor Imóvel, Ato Puro, Ser Necessário, Causa Primeira de todo existente.” (Filosofando,p. 124)

Aristóteles

• CONHECIMENTO VERDADEIRO = CIÊNCIA=CONHECIMENTO PELAS CAUSAS=CAPAZ DE SUPERAR AS OPINIÕES/DOXA

• ARISTÓTELES PROPÕE A TEORIA DAS 4 CAUSAS PARA EXPLICAR A REALIDADE.

• PARA OBTER O CONHECIMENTO ARISTÓTELES FAZ 3 DISTINÇÕES• _ESSÊNCIA (SEM ELA O SER DEIXA DE EXISTIR)• 1)SUBSTÂNCIA • _ ACIDENTE (AQUILO QUE PODE MUDAR)• • • 2)FORMA (AQUILO QUE FAZ COM QUE UMA COISA SEJA O QUE É ) E

MATÉRIA ( AQUILO DE QUE É FEITA A COISA)• 3)POTÊNCIA (CAPACIDADE DE TORNAR-SE ALGUMA COISA) E ATO ( A

COISA)• A PARTIR DESSAS DISTINÇÕES ARISTÓTELES CONCLUI QUE TUDO QUE

EXISTE TEM 4 CAUSAS: MATERIAL, FORMAL, EFICIENTE E FINAL.

Aristóteles e a ética

• Ética: É uma ciência prática.

• Ética é o estudo da conduta ou da finalidade da vida do homem.

• Qual é o bem ético, o fim ao qual todo indivíduo aspira?

Aristóteles e a ética

• A vida feliz ou a felicidade.

• A felicidade(eudaimonía) é o fim da natureza humana e só podemos atingi-la aperfeiçoando nossa razão.

• O bem é mais perfeito quando procurado por si mesmo e não em vista de outra coisa.

Aristóteles e a ética

• E esse é o caso da felicidade, pois ela não é buscada em função de outra coisa.

• Um bem é sempre uma virtude, uma excelência, uma arethé.

• A virtude ética aparece quando o homem

consegue dominar a parte de sua alma que não participa da razão.

Aristóteles e a ética

• A virtude ética aparece quando o homem

consegue dominar a parte de sua alma que não participa da razão, como por exemplo , os apetites e os instintos ligados as sensações.

. Seu entendimento é que as virtudes éticas devem buscar uma justa medida entre o excesso e a carência nos impulsos e nas paixões.

Aristóteles e a ética

• Isto porque a virtude é um meio termo, uma mediania entre dois extremos (de um lado uma falta e de outro lado, um excesso) Ex: sem-vergonhice – expressa um excesso

• Timidez expressa uma falta• Entre esses dois extremos o que seria a

virtude?

Aristóteles e a ética

• De acordo com Aristóteles, nesse exemplo a modéstia seria a expressão da virtude e a timidez e a “sem-vergonhice” seriam vícios.

• Outro exemplo: Seriam vícios a vaidade e humildade, enquanto a magnificência(generosidade, esplendor) seria a virtude entre esses dois extremos.

O que é a justiça?

• Aristóteles concebe a justiça como algo necessário e relacionado à atitude de evitar que alguém tome posse de algo que não lhe cabe. “...o homem sem lei, assim como o ganancioso e ímprobo, são considerados injustos , de forma que tanto o respeitador da lei como o honesto serão evidentemente justos. ” (Ética à Nicômaco, p.121) Os Pensadores

O que é a justiça?

• Como se observa a justiça para Aristóteles é “evitar que se tire alguma vantagem em benefício próprio tomando o que pertence a outrem, sua propriedade , sua recompensa, seu cargo, e suas coisas semelhantes, ou recusando a alguém o que lhe é devido, o cumprimento de uma promessa, o pagamento de uma dívida , a demonstração do respeito devido, e assim por diante.(Uma Teoria da Justiça, Rawls, p. 12)

O que é a justiça?

• Assim, para Aristóteles o cumprimento das leis é fundamental, pois elas devem expressar o bem comum e como tal, tentam assegurar e produzir a felicidade dos homens em sociedade. Nesta perspectiva, sua obra Ética à Nicômaco estabelece: “chamamos justos aqueles atos que tendem a produzir e a preservar, para a sociedade política, a felicidade e os elementos que a compõem. “ [( Ética à Nicômaco, p.122)

Aristóteles

• Política:é aquela que oferece os princípios e fins da vida moral, pois somente na cidade os homens podem alcançar o bem humano.

Aristóteles

• O homem é um animal político; “ Quem não pode fazer parte de uma comunidade, quem não tem necessidade de nada, bastando-se a si mesmo, não é parte de uma cidade, mais é uma fera ou um deus.”

Aristóteles

• O Estado surge para satisfazer as necessidades dos indivíduos no sentido de realizar seus ideais éticos, políticos e morais.

• A família só assegura a sobrevivência física dos indivíduos

• Qual é a forma ideal do governo?

Aristóteles

• A forma ideal de governo deve considerar vários aspectos: clima, região, costumes...

• Como classificar uma forma de governo?

Aristóteles

• As formas podem ser puras e impuras

• Se para Platão a cidade perfeita é aquela onde reina as 3 virtudes: sabedoria, coragem e temperança para Aristóteles

Aristóteles

a cidade perfeita é aquela medida pelo homem: nem muito populosa, nem pouco, deve considerar o clima, território.

Contudo, Aristóteles estabelece 6 formas de governo: monarquia, aristocracia, politía (é um meio caminho entre a oligarquia e a democracia), tirania, oligarquia e democracia.

Aristóteles: o inventor da lógica