prática_jurídica_iv-vol_2
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ROTEIRO DE CURSO2010.1
Parte II
PRÁTICA JURÍDICA IVAutora: Cláudia Ribeiro Pereira Nunes
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Sumário
PRÁTICA JURÍDICA IV
Programa Prática Jurídica IV vol II ................................................................................................ 3Plano de Aulas – PJ IV 2010.1 – Direito Empresarial: .........................................................3
Dicário e exemplos da sua aplicação ...............................................................................................4Direito Empresarial ...........................................................................................................41. Ação Monitória ................................................................................................................4
2. Sustação de Protesto com Pedido Liminar ........................................................................... 8 3. Ação de Responsabilidade Civil de Administrador ou
Conselheiro Fiscal .......................................................................................................17 4. Ação de Responsabilidade Civil de Acionista Controlador .................................................. 22 5. Ação de Dissolução Parcial de Sociedade Fundada
em Retirada de Sócio ...................................................................................................236. Requerimentos de Falências ..............................................................................................317. Ação Revocatória ............................................................................................................. 42
8. Ação de Restituição .........................................................................................................44
Anexos: ........................................................................................................................................48 A) Ação de Busca e Apreensão com Pedido Liminar ...............................................................48
Repositório de Peças em Falência e Recuperação .......................................................................... 49
Apostila dos inormativos do STJ em Direito Empresarial ..........................................................129Inormativo do STJ 415 ....................................................................................................129 Inormativo do STJ 414 ....................................................................................................131Inormativo do STJ 413 ....................................................................................................134 Inormativo do STJ 412 ....................................................................................................138
Inormativo do STJ 411 ....................................................................................................140 Inormativo do STJ 409 ....................................................................................................143Inormativo do STJ 408 ....................................................................................................148 Inormativo do STJ 407 ....................................................................................................149
Provas da OAB – 1ª ase ............................................................................................................. 15140º Exame de Ordem ........................................................................................................151
39º Exame de Ordem ........................................................................................................152 38º Exame de Ordem ........................................................................................................154 37º Exame de Ordem ........................................................................................................156 36º Exame de Ordem ........................................................................................................157 35º Exame de Ordem ........................................................................................................159 34º Exame de Ordem ........................................................................................................160 33º Exame de Ordem ........................................................................................................163
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 3
PROGRAMA PRÁTICA JURÍDICA IV VOL II
PLANO DE AULAS – PJ IV 2010.1 – DIREITO EMPRESARIAL:
• 30/04/2010 Apresentação do curso e explicação da metodologia deaula. Demonstração do material a ser utilizado. Estabelecer o conte-údo programático e a orma de avaliação. Analisar as regras impostaspela CESPE. Procedimentos Especiais–Ação Monitória
• 07/05/2010 Medidas Cautelares–Sustação de Protesto•
14/05/2010 Entrega de Peça Simulada e Ação de Responsabilidadedos Administradores• 21/05/2010 Ação de Dissolução Parcial de Sociedade• 28/05/2010 Entrega de Peça Simulada e Requerimentos de Falências
(Impontualidade, Execução Frustrada e Insolvência)• 04/06/2010 FERIADO• 11/06/2010 Ação Renovatória e Ação de Restituição• 18/06/2010 P2–Prova • 25/06/2010 P2 – Vista de Prova
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 4
DICÁRIO E EXEMPLOS DA SUA APLICAÇÃO
DIREITO EMPRESARIAL
1. AÇÃO MONITÓRIA
LEGISLAÇÃO • CÓDIGO PROCESSO CIVIL
ARTIGOS • 1102-A ; 1102-B e 1102-C
VARA • Cível do domicílio do devedor
LEGITIMIDADE ADCAUSAM ATIVA
• Credor de título não exigível
LEGITIMIDADE ADCAUSAM PASSIVA
• Devedor
PRELIMINAR • NÃO HÁ
DISTR. POR DEPEND • NÃO HÁ.
FUNDAMENTAÇÃO
• Destacar os motivos pelo qual escolheu esta ação,utilizando os artigos 1102-A ao 1102-C, do CPC.
• Explicar qual é a prova escrita que apesar de nãopossuir a efcácia de título executivo, permite a iden-tifcação de um crédito, gozando de valor probante,sendo merecedor de é, quanto à sua autenticidade eefcácia probatória.
• Escolher jurisprudências pertinentes ao caso concretoe justifcar o pedido (Súmulas do STJ)
PEDIDO
• a intimação do réu para realizar o pagamento, noendereço supra mencionado, expedindo-se o com-petente mandado, para no prazo de 15 dias, eetuar
o pagamento no valor de R$, acrescido de correçãomonetária e juros até a data do eetivo pagamento ouoerecer embargos;
• o julgamento procedente do pedido visando o paga-mento ou entrega da coisa, e no caso de não oereci-mento dos embargos ou de sua rejeição, constituir-setítulo executivo judicial e prosseguir-se a execução, naorma prevista no Livro I, Título VIII, Capítulo X, do CPC;
• a condenação do réu aos ônus da sucumbência, nostermos do art. 1102c, do CPC, ou seja, só em caso deapresentação de Embargos à Monitória.
VALOR DA CAUSA • valor da planilha contábil
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 5
QUESTÃO 1: (agosto de 2005
A instituição fnanceira Banco Empresta Fácil S/A, sediada no Rio de Ja-neiro, detém importante crédito em ace de Cia. Decorações Bizarras, tam-bém no Rio, originado de contrato ilíquido de abertura de crédito em conta-corrente, no valor de cem mil reais. De posse do instrumento de contrato,acompanhado do demonstrativo do débito, o diretor da reerida instituiçãolhe procura e solicita que seja eita a ação judicial cabível, para garantir o maiscélere recebimento da dívida.
Prepare a peça pertinente assinando Napoleão da Silva, OAB/RJ 00.000.
Resposta e comentários:
Nota: Para ter certeza da peça a redigir, o candidato pode azer as seguintesperguntas, antes de iniciar a resposta da prova:
a) Quem é o cliente (autor)?b) Quem é o réu(s)?c) O que aconteceu no problema?d) O que o cliente/autor quer do réu(s)?e) Quais os dispositivos legais que undamenta(m) o(s) direito(s)
do cliente?
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 6
Modelo de peça aceita com nota máxima no gabarito do Exame de Ordem:
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da __º Vara Cível da Comarca Capital:
(espaço aproximado de 10 linhas)
Instituição fnanceira Banco Empresta Fácil S/A, sediada no Rio de Janeiro(qualifcado nos termos do art. 282 do CPC), representado nos termos dodocumento societário (qualifcado nos termos do art. 282 do CPC), vem àpresença de V. Exa., por seu advogado inra-assinado, com escritório estabe-lecido no endereço __________ propor
AÇÃO MONITÓRIA
com base nos artigos 1102ª, 1102b, 1102c todos do CPC E DOS ENUN-CIADOS DAS SÚMULA 233C/C247 DO STJ, em ace da Cia. Decora-
ções Bizarras, também no Rio (qualifcada nos termos do art. 282 de CPC),representada nesta ato na orma da lei (qualifcado nos termos do art. 282 doCPC), pelos atos e undamentos abaixo expostos:
DOS FATOS:
A AUTORA sediada no Rio de Janeiro, detém importante crédito em aceRÉU, também no Rio, originado de contrato ilíquido de abertura de créditoem conta-corrente, no valor de cem mil reais.
De posse do instrumento de contrato, acompanhado do demonstrativo dodébito, o diretor da reerida instituição fnanceira, ora AUTORA, não obten-do acordo com o RÉU é obrigada a propor esta medida judicial cabível, paragarantir o mais célere recebimento da dívida.
DOS FUNDAMENTOS:
A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita semefcácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, o que é o caso
sub judice.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 7
Nos termo das Súmulas 233 c/c 247do STJ, o instrumento de contrato, acompa-nhado do demonstrativo do débito de uma conta corrente representa prova escrita
sem efcácia de título executivo, o que permite a propositura da Ação Monitória.
Além de ser a peça processual cabível para deender os interesses do RÉU, o AUTOR está comprovado pelos documentos e planilha contábil, em anexo,que o Réu encontra-se em inadimplência, o que comprova que tem direito o
Autor à devolução do bem descrito acima.
DO PEDIDO
Do exposto, requer a V. Exa o que se segue:a) a intimação do Réu, por meio de mandato de pagamento, para vir, queren-do, pagar (valor estabelecido conorme planilha contábil) ou deender-se noprazo de 15 (quinze) dias, sob as penas de revelia;
b) o julgamento procedente do pedido para receber os valores devidos;
c) o pagamento dos honorários advocatícios e o reembolso das custas e taxa judiciária, se não houver o pagamento imediato, nos termos do art. 1102B;
Protesta por todas as provas admitidas em direito, em especial a documental,a testemunhal e a pericial.
Dá-se a causa o valor de R$ .. (valor da planilha contábil).
Local e data.
Termos em que
Pede e espera deerimento.
Napoleão da Silva, OAB/RJ 00.000.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 8
2. SUSTAÇÃO DE PROTESTO COM PEDIDO LIMINAR
LEGISLAÇÃO • Lei nº 9492/97
ARTIGOS • art. 16 e 17
VARA • Cível ou Empresarial (dependendo da qualidade do tí-tulo), sempre no domicílio do devedor, onde se realizouo cumprimento da obrigação ou o protesto
REQUERENTE • Devedor de título protestado indevidamente
REQUERIDO • Quem protestou o título
PRELIMINAR • Não há obrigação legal
PEDIDO LIMINAR • Requerer a sustação do protesto justifcando a presen-ça dos dois requisitos: fumus boni iuris e o periculum inmora.
FUNDAMENTAÇÃO
• Destacar os motivos pelo qual escolheu esta ação, utili-zando os artigos16 e 17, da Lei nº 9492/97.
• Explicar qual é a prova escrita que apesar de nãopossuir a efcácia de título executivo, permite a iden-tifcação de um crédito, gozando de valor probante,sendo merecedor de é, quanto à sua autenticidade eefcácia probatória.
• Escolher jurisprudências pertinentes ao caso concreto e
justifcar o pedido (Súmulas do STJ e jurisprudências)
PEDIDO
• a intimação do réu para realizar o pagamento, noendereço supra mencionado, expedindo-se o com-petente mandado, para no prazo de 15 dias, eetuaro pagamento no valor de R$, acrescido de correçãomonetária e juros até a data do eetivo pagamento ouoerecer embargos;
• o julgamento procedente do pedido visando o paga-mento ou entrega da coisa, e no caso de não oereci-mento dos embargos ou de sua rejeição, constituir-se
título executivo judicial e prosseguir-se a execução, naorma prevista no Livro I, Título VIII, Capítulo X, do CPC; • a condenação do réu aos ônus da sucumbência, nostermos do art. 1102c, do CPC, ou seja, só em caso deapresentação de Embargos à Monitória.
VALOR DA CAUSA • colocar apenas a existência de indicação de valor dotítulo protestado conorme o que or estabelecido noproblema
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 9
Peça práticoprofissional CESPE 2006.2:
No ano de 2003, na cidade de Recie, iniciou-se a construção do “PraianoBusiness Center Apart Hotel”. A fnalidade principal do respectivo empreende-dor, Praiano Business Center Apart Hotel Ltda., era construir um condomínioedilício situado à beira da praia de Boa Viagem, vender as unidades autônomasa terceiros e, a seguir, constituir, com estes, sociedade em conta de participaçãopara a exploração de atividade hoteleira. O arranjo societário tinha a seguin-te conormação: i) a Praiano Business Center Apart Hotel Ltda. seria a sóciaostensiva, única responsável pela administração do negócio e pelas obrigaçõesperante terceiros, e, por isso, receberia parte do lucro da conta em participação;ii) os proprietários das unidades autônomas seriam sócios-participantes, quepermitiriam o uso dos correlatos bens imóveis pelo negócio, sem responsabili-dade perante terceiros, e concorreriam, também, no lucro. Alienadas todas asunidades e encerrada a construção do prédio, em fnal de 2005, deu-se início àsatividades do “Praiano Business Center Apart Hotel”. Entretanto, às vésperasde começar a exploração do negócio, a Praiano Business Center Apart Ho-tel Ltda. adquiriu, da Ximenes Móveis Funcionais S.A., vasto mobiliário paraguarnecer os apartamentos. Todos os bens comprados oram entregues na dataaprazada. Contudo, o Apart Hotel não pagou por eles. Após várias tratativas, a
Ximenes percebeu que havia sido ludibriada e não viria a receber o valor acer-
tado. Nesse contexto, descobriu que Lucas de Jesus, grande empresário local,era dono de três unidades do “Praiano” e, contra ele, emitiu uma duplicata, novalor de R$ 28.000,00, correspondentes ao mobiliário que ocupou seus apar-tamentos. Lucas se recusou a pagar o título, o qual oi apresentado a protesto.Desesperado, Lucas, que não deseja ter o seu nome vinculado à pecha de maupagador, procurou um advogado, para que osse ajuizada medida judicial obs-tativa do registro do protesto. Na qualidade de advogado procurado, diante dosatos hipotéticos acima narrados e atento ao exíguo prazo que a lei estabelece naespécie, elabore a petição inicial para atender ao cliente.
Resposta e comentários:
Nota: Para ter certeza da peça a redigir, o candidato pode azer as seguintesperguntas, antes de iniciar a resposta da prova:
a) Quem é o cliente (autor)?b) Quem é o réu(s)?c) O que aconteceu no problema?d) O que o cliente/autor quer do réu(s)?e) Quais os dispositivos legais que undamenta(m) o(s) direito(s)
do cliente?
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 10
Modelo de peça aceita com nota máxima no gabarito do Exame de Ordem:
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ..... Vara Empresarial da Comarca de Reci-e–PE.
Lucas de Jesus, grande empresário local...... , qualifcação e endereço na or-ma do art. 282, inciso I do CPC, vem à presença de V. Exa., por seu advo-gado inra-assinado (proc., em anexo), com escritório no endereço ....... (art.39, I, do CPC), com base no artigo 17 da Lei 9492/97, requerer:
SUSTAÇÃO DE PROTESTO COM PEDIDO LIMINAR
em ace de Ximenes Móveis Funcionais S.A., sociedade anônima, represen-tado na orma da lei (documentos societários e ata de assembléia, em anexo),qualifcação e endereço na orma do art. 282 inciso I, do CPC. 282, I CPC,pelos atos e undamentos abaixo expostos:
DOS FATOS:
A requerente recebeu, no dia ...., notifcação expedida pelo ....º Cartório deProtesto de Títulos de Recie, noticiando a existência de duplicata apontadapara protesto, no valor correspondente a R$ 28.000,00, tendo como credoro Requerente (doc. , em anexo).
A ausência de pagamento do título implicará na realização do protesto, nodia de hoje, .... de .... de 2003.
O título de crédito apontado a protesto consiste em uma duplicata mercantil,que se originou de um ajuste entre o sócio ostensivo e administrador da so-ciedade em conta de participação, Praiano Business Center Apart Hotel Ltda.que adquiriu, da Requerida, vasto mobiliário para guarnecer os apartamentosdo empreendimento.
Naquela ocasião, combinou-se o preço que seria pago pelo Praiano no dia ....de .... de 2003, mediante a apresentação de nota de entrega das mercadorias
(cópia da nota fscal no valor integral, em anexo).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 11
Nesse contexto, a Requerida ilegalmente emitiu contra o Requerente, quenão é parte da relação jurídica, uma duplicata, no valor de R$ 28.000,00
(cópia da duplicata, em anexo) correspondentes ao mobiliário que ocupoutrês unidades que são de propriedade do Requerente (RGI, em anexo).
O Requerente se recusou a pagar o título, o qual oi apresentado a protesto.O Requerente não deseja ter o seu nome vinculado à pecha de mau pagadore tem como única alternativa ajuizar a presente medida judicial obstativa doregistro do protesto, já que está sendo ameaçado pela Requerida.
DOS FUNDAMENTOS:
A) Ilegitimidade da cobrança ao Autor e a responsabilidade pela administra-ção na Sociedade em Conta de Participação:
No caso sub judice , a construção do “Praiano Business Center Apart Hotel”– “Praiano”, em 2003, ocorreu na modalidade de sociedade em conta de par-ticipação para a exploração de atividade hoteleira.
O arranjo societário tem a seguinte conormação: o “Praiano” é o sócio os-tensivo e administradora da sociedade; e os proprietários das unidades au-
tônomas, como é o caso do Requerente, que é dono de três unidades do“Praiano”, são os sócios-participantes.
A sociedade em conta de participação é aquela ormada por dois tiposde sócios:
a) sócio ostensivo; e
O sócio ostensivo desenvolve a atividade da sociedade, em seu nome e sobsua exclusiva responsabilidade, cabendo aos sócios ocultos a participação nosresultados correspondentes, como prevê o art. 991 do Código Civil.
b) sócio participante.
O sócio participante não participa da administração da sociedade em conta departicipação, conerindo-lhe a lei, porém, o direito de fscalização, com a ressalvade que não poderá tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros
Os sócios participantes não mantêm qualquer relação jurídica com os credo-
res, logo, respondem apenas regressivamente perante os sócios ocultos.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 12
Assim sendo:
Com essa conormidade social, garante-se privacidade aos investidores, poisseu contrato social não deverá ser averbado perante a Junta Comercial e aconstituição de uma sociedade em conta de participação independe de maio-res ormalidades e pode provar-se por todos os meios em direito admitidos,como esclarece o art. 992 do Código Civil.
Por este motivo, o Requerente traz aa colação documentação na qual com-prova que a administração da sociedade da qual fgura na qualidade de sócioparticipante é realizada pelo “Praiano” (doc em anexo).
Conseqüentemente, nessa sociedade em conta de participação, o “Praiano” é osócio ostensivo e é “quem se obriga para com terceiros pelo resultado das tran-sações e das obrigações sociais, realizadas ou empreendidas em decorrência dasociedade, mas nunca, o sócio participante, que não é conhecido de terceirosnem como eles trata ou se obriga em nome da sociedade” (RT 797/212).
Destarte, a responsabilidade civil pelos negócios jurídicos realizados pela socie-dade é exclusivamente do sócio ostensivo, por ser este o administrador da socie-dade. Por este motivo a Requerida deve ajuizar a competente ação em ace do
“Praiano” que é sócio ostensivo e que responde ilimitadamente pelas obrigaçõesassumidas em nome próprio para o desenvolvimento do empreendimento.
Desta orma, requer que os eeitos do título objeto da presente medida caute-lar apresentado a protesto sejam suspensos de efcácia por orça da ilegitimi-dade da cobrança realizada ao Requerente.
B) Da expedição de Duplicata Simulada pela Requerida:
Ainda tem-se outro vício na relação jurídica, pois, a duplicata é espécie detítulo de crédito, distinguindo-se das demais por pertencer à categoria dostítulos causais, o que signifca dizer que não devem ser emitidos sem que hajaeetivamente a transação que lhe deu origem.
No caso específco, pode ser a nota fscal de venda e a prova da regular entregado objeto da transação, o que geralmente consta da própria nota fscal, quecomo se observa nada tem haver com a cobrança realizada contra o Reque-rente, pois, o contrato da Requerida com a “Praiano” é de valor superior aovalor estabelecido na duplicata apresentada ao Requerente e tem objeto dis-
tinto daquele que está sendo exigido na duplicata apresentada para protestoe que é objeto da presente medida proposta.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 13
A emissão de tal documento usa, evidentemente, de má-é para cobrar inde-vidamente um empresário local que não contratou qualquer compra e venda
de móveis com a Requerida.
Essa prática de emissão de duplicatas “rias” ou “simuladas” é onte de dorde cabeça para o Requerente, que se vê ameaçado de ter o desgosto de ver otítulo em seu nome protestado indevidamente, com graves prejuízos para oseu undo de comércio e sua vida empresarial.
E, com o advento da Lei nº 8.137/90, o artigo 172 do Código Penal passoua tipifcar como crime de duplicata simulada a seguinte conduta: “emitir
atura, duplicata ou nota de venda que não corresponda a mercadoria ven-dida, em quantidade ou qualidade, ou a serviço prestado” e esta conduta oipraticada pela Requerida.
Assim sendo, requer que seja ofciado ao MP para que as medidas penaiscabíveis sejam determinadas contra a Requerida por ter praticado um tipopenal e, com isso, justifca o requerimento para que os eeitos do título objetoda presente medida cautelar apresentado a protesto sejam suspensos de efcá-cia por orça da ilegitimidade da cobrança realizada ao Requerente.
C) Protesto indevido do título objeto dessa Medida Cautelar e o deerimentoda Sustação do Protesto:
Assim, a gravidade do protesto indevido e da sua atuação executiva e de suasconseqüências práticas reclama, por si só, a preeminência da cognição sobre aexistência do direito do credor, o que, de ordinário, se az através do processode conhecimento. Somente com a observância dessa prioridade é que se podeevitar o risco de se chegar a agressão patrimonial executiva sem controle daeetiva existência da relação que se há de azer atuar, como se esclarece nas
jurisprudências abaixo transcritas:
CAUTELAR INOMINADA. SUSTAÇÃO DE PROTESTO DE TÍTULOS.
LIMINAR. DEFERIMENTO. A postulação para que o credor seja impedido
de levar a protesto títulos reerentes à dívida ilegal autoriza o deerimento da cau-
telar de sustação de protesto, constitui oensa ao exercício de direito do credor.
Agravo de instrumento a que se dá seguimento, porque maniestamente proce-
dente (art. 557, caput, do CPC). (Agravo de Instrumento Nº 70024584559,
Décima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Voltaire de
Lima Moraes, Julgado em 03/06/2008).
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FGV DIREITO RIO 14
AGRAVO DE INSTRUMENTO – Processual civil ação cautelar de sustação
de protesto provado, documentalmente, que alguns títulos levados a aponte não
tem lastro em documentos hábeis, a saber, notas fscais e os correspondentescomprovantes de entrega de mercadorias ilegítimos impõe-se a manutenção par-
cial da liminar concedida, autorizando o protesto das demais cártulas. Agravo
provido em parte. (TJRS – AGI 70003570967 – 5ª C.Cív. – Relª Desª Ana
Maria Nedel Scalzilli – J. 21.02.2002)
O título executivo, portanto, é fgura complexa, que engloba em seu conteú-do elementos ormais e substanciais, e cuja efcácia precípua é a de constituirpara o credor o direito subjetivo à execução orçada (direito de ação). Mas,para que o título tenha essa orça não basta a sua denominação legal. É indis-pensável que, por seu conteúdo, se revele um título certo, líquido e exigível,como dispõe textualmente o artigo 586 do nosso Código de Processo Civil.Só assim terá o Cartório Ala elementos prévios que lhe assegurem a aberturada atividade executiva, em situação de completa defnição da existência e doslimites objetivos e subjetivos do direito a realizar.
No caso sob análise, a duplicata objeto da apresentação de protesto não énem causal, logo como pode ser um título certo, líquido e exigível, comodispõe textualmente o artigo 586 do nosso Código de Processo Civil e dever
ser determinada a sustação do protesto por ser este indevido na orma da leide duplicatas (art. 1º e § 1º da Lei nº 5474/68)
DO PEDIDO LIMINAR
No dizer de Pedro Vieira Mota, in Sustação de Protesto Cambial, Ed. Saraiva,1984, p. 125:
”A sustação como medida cautelar impõe em geral nas ações onde se discuta a
validade ou a efcácia obrigacional do título protestado ... Em suma, a sustação
do protesto há de conceder-se como medida cautelar (preparatória ou inciden-
tal) sempre que, sem essa cautela afgure-se provável a inexequibilidade ou a
inefcácia prática da sentença de mérito da ação principal.”
Verifca-se, ainda, a presença de “umus boni juris”, que na lição de Calaman-drei, está caracterizado:
”O fm do processo cautelar é a antecipação dos eeitos da providência defnitiva;
antecipação que se az para prevenir o dano que pode advir da demora natural
da solução do litígio.”
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 15
De outro lado, o “umus boni juris” fca evidenciado, no entendimentode Ronaldo Cunha Campos, in Estudos de Direito Processual, Ed. 74, p.
128/133:
”... corresponder, não propriamente à probabilidade de existência do direito na-
tural, pois qualquer exame a respeito só é a própria ação principal, mas a eetiva
verifcação de que, realmente, a parte dispõe do direito de ação, direito ao pro-
cesso principal ser tutelado.”
Ainda, o “periculum in mora”, evidencia-se através do ato de que se o pro-testo or concretizado, acarretará dano de diícil e incerta reparação, vez que
o Autor necessita, constantemente, de certidões negativas de protestos paraeetuar contratos com seus ornecedores, nas compras a prazo, bem comopara participar de concorrências públicas, o que tem eito com reqüência.
Sendo assim, ao Requerente restou apenas ingressar com esse pedido liminar,pois, está na iminência de ser gravemente lesado e não obter reparação a tempopela atitude abusiva do Requerido em ameaçar realizar o protesto indevido.
Para comprovar que tem o direito ao presente pedido liminar, na orma do art.804 do CPC, caracteriza o umus boni iuris no ato do documento creditício
não ter sido assinado pelas partes, pois, trata-se de duplicata simulada e o prei-culum in mora no ato do Requerente poder ser prejudicado nos seus negóciosempresariais, particularmente, porque é empresário na região onde esta raudeestá acontecendo e sua imagem de mercado pode fcar abalada para sempre.
Isto posto, provados os requisitos para o deerimento da liminar visando sustarou obstar o reerido protesto que está sendo apresentado no Cartório, requer-seque seja concedida, “inaudita altera pars”, LIMINARMENTE a sustação doprotesto e, se or exigido, a concessão do prazo de 05 (cinco) dias para a pres-tação de caução, expedindo-se, para tanto, oício ao .... Cartório de Protesto deTítulos desta cidade de ...., sustando-se, assim, o protesto dos títulos descritos,inormando-se ao Sr. Ofcial a concessão de liminar, inclusive através do teleo-ne ...., para que não leve a contento o protesto do título noticiado.
DA AÇÃO PRINCIPAL A SER PROPOSTA:
Por fm, para atender ao contido no artigo 806 do Código de Processo Civil,inorma o Autor que proporá, no prazo legal, ação visando a declarar a inexis-tência de vínculo jurídico e de ressarcimento de danos patrimoniais e morais.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 16
DO PEDIDO
Desta orma, requer à V. Exa. o que se segue:
a) o deerimento do pedido liminar por estarem presentes o umus boni iuris e o periculum in mora nos termos do art. 804;
b) a citação do réu para vir querendo deender-se da presente, no prazo de 3dias, sob as penas da lei;
c) indicar que em cumprimento com o art. 806 do CPC, proporá oportuna-
mente dentre os 30 dias após o deerimento da liminar, a Ação Anulatória deTítulo de Duplicata e Indenizatória;
d) o pagamento dos ônus sucumbênciais; e
e) a expedição de oício ao Cartório visando sustar ou obstar o protesto danota promissória, objeto da cobrança indevida.
Protesta por todos os tipos de provas admitidas em direito, em especiala documental.
Dá-se à causa o valor de R$ 28.000,00.
Termos em que
Pede e espera deerimento.
Local e data.
Nome e OAB do advogado
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FGV DIREITO RIO 17
3. AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL DE ADMINISTRADOR OU CONSELHEIRO FISCAL
LEI • Lei 6404/76
ARTIGO • Art. 159 ou 165 LSA
VARA • EMPRESARIAL
AUTOR • Sociedade, representada na orma do documento socie-tário
RÉU • Administradores: diretores, membros do Conselho deAdministração ou do Conselho Fiscal
PRELIMINAR •
Legitimidade do AutorDISTR. PORDEPEND.
• NÃO HÁ.
FUNDAMENTAÇÃO
• Art. 153 ao 157 • Art 165, se houver membro do Conselho fs-cal envolvido.
• Importante : possibilidade de propositura da ação poracionistas, mesmo se não houver a deliberação avorá-vel em assembléia geral – art. 159, § 4º .
• Se cabível, aplicar Súmula 227 do STF – dano moralpessoa jurídica.
DO PEDIDO
• a citação do(s) réu(s) para querendo deender-se napresente sob às penas da lei;
• o julgamento procedente do pedido visando a indeni-zação, em valores não ineriores a _______, pelo danomaterial e _______ pelo dano moral (se houver);
• a condenação do réu aos ônus da sucumbência.
VALOR DA CAUSA • valor do prejuízo
QUESTÃO 1: (março de 2002
Na Companhia de Navegação Fluvial da Amazônia, empresa privada, oDiretor Financeiro Josemar Almeida, em colusão com o Diretor-PresidentePedro Paulo Lopes Mancuso, adquiriu, agindo como representante legal daempresa e sob a justifcativa de que esta necessitava ampliar suas instalações,construindo estaleiros de reparo, cinco terrenos em região pantanosa com-ponente de área de preservação ambiental. A aquisição oi eita pelo preçocerto e irreajustável de R$ 1.200.000,00, pago à vista. Um grupo de sóciosda empresa, após desenvolver sindicâncias privadas, verifcou que os terre-nos pertenciam à mãe de Josemar, e que haviam sido adquiridos por preçoequivalente ao décuplo da avaliação eita por empresa especializada, avaliaçãoessa que datava de antes da publicação do Decreto que havia transorma-
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FGV DIREITO RIO 18
do a área em zona de preservação ambiental. Notifcados por esse grupo desócios para prestar contas de seus atos, já que o orçamento de capital não
contemplava investimento congênere no exercício social em curso, ambos osadministradores ignoraram o questionamento. Nem sequer se justifcaram,porque entendiam que apenas necessitavam prestar contas à assembléia geralque os havia eleito. O grupo de sócios, à vista da omissão dos administra-dores em responder, houve por bem questioná-los sobre esse mesmo tema,durante a assembléia geral extraordinária convocada para o mês seguinte, ede cuja ordem do dia constava a destituição dos administradores e a possi-bilidade de propositura da ação ressarcitória competente e a apreciação darenúncia do Diretor de Controle, Edmar Florestan de Albuquerque. Duran-
te a assembléia, esse mesmo grupo de sócios, que detém no Capital Socialum percentual equivalente a 9%, expondo aos demais sócios a conduta dosdois administradores e insatiseito com as rágeis explicações dadas, propôs arespectiva destituição, que contou com a concordância da maioria dos pre-sentes, tendo então sido eleitos três novos administradores para a empresa, eautorizadas as medidas judiciais necessárias ao ressarcimento à empresa, dosvalores indevidamente utilizados pelos Diretores destituídos. Você oi procu-rado em seu escritório de advocacia pelo novo Diretor Presidente, no dia 10de julho de 2002, exatamente dois meses após a deliberação assemblear, e oicontratado para adotar as medidas cabíveis. Elabore a petição inicial da ação,
embasando-a na legislação societária em vigor e datando-a; não se esqueçados demais aspectos técnicos atinentes ao contencioso judicial.
Advogado: Orides Júnior–OAB/RJ Nº. 0001
Resposta e comentários:
Nota: Para ter certeza da peça a redigir, o candidato pode azer as seguintesperguntas, antes de iniciar a resposta da prova:
a) Quem é o cliente (autor)?b) Quem é o réu(s)?c) O que aconteceu no problema?d) O que o cliente/autor quer do réu(s)?e) Quais os dispositivos legais que undamenta(m) o(s) direito(s)
do cliente?
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FGV DIREITO RIO 19
Modelo de peça aceita com nota máxima no gabarito do Exame de Ordem:
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ___ª Vara Empresarial da Comarca ________:
(espaço aproximado de 10 linhas)
A Companhia de Navegação Fluvial da Amazônia, empresa privada (quali-fcada nos termos do art. 282 do CPC) representada, na orma do estatutosocial e da ata de assembléia, pelo novo diretor presidente (qualifcado nostermos do art. 282 do CPC), vem à presença de V. Exa., por seu advogadoinra-assinado com endereço na Rua ___ para cumprir o art. 39, inciso I doCPC, vem à presença de V. Exa. propor
AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL DOS ADMINISTRADORES
com base nos artigos 153 e 159 da LSA, em ace de Josemar Almeida, ex-
diretor fnanceiro da Autora e Pedro Paulo Lopes Mancuso ex-diretor presi-dente da Autora, (ambos qualifcados nos termos do art. 282 de CPC), pelosatos e undamentos abaixo expostos:
DOS FATOS:
Os Réus adquiriram cinco terrenos em região pantanosa componente de áreade preservação ambiental, agindo como representantes legais da primeira Au-tora e sob a justifcativa de que esta necessitava ampliar suas instalações cons-truindo estaleiros de reparo.
A Autora, após desenvolver sindicâncias privadas, verifcou que os terrenospertenciam à mãe do primeiro Réu, e que haviam sido adquiridos pelo preçocerto e irreajustável de R$ 1.200.000,00, pago à vista, que equivale ao décu-plo da avaliação eita por empresa especializada (avaliação essa que datava deantes da publicação do Decreto que havia transormado a área em zona depreservação ambiental).
Os Réus oram notifcados por um grupo de sócios para prestar contas de
seus atos, já que o orçamento de capital não contemplava investimento con-gênere no exercício social em curso; os réus sequer se justifcaram, porque
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FGV DIREITO RIO 20
entendiam que apenas necessitavam prestar contas à assembléia geral que oshavia eleito.
À vista da omissão dos réus em responder, houve por bem questioná-los sobreesse mesmo tema, durante a assembléia geral extraordinária convocada para omês seguinte, na orma da lei.
Durante a assembléia, um grupo de acionistas expondo aos demais sócios aconduta dos Réus, e insatiseito com as rágeis explicações dadas, propôs arespectiva destituição, que contou com a concordância da maioria dos pre-sentes, tendo então sido eleitos três novos administradores para a empresa, e
autorizadas as medidas judiciais necessárias ao ressarcimento à empresa, dosvalores indevidamente utilizados pelos Réus, ex-diretores destituídos.
DOS FUNDAMENTOS:
Preliminarmente,
Faz-se mister ressaltar que a Autora tem legitimidade ad causam acultativaativa para propor a presente ação, na orma da lei.
Nada é mais justo e legal do que a Autora, mediante prévia deliberação daassembléia-geral, possa propor a ação de responsabilidade civil contra os ad-ministradores, ora Réus, pelos prejuízos causados ao patrimônio da primei-ra Autora.
No mérito,
Estabelece a LSA, no art. 153, que o administrador da companhia deve em-pregar, no exercício de suas unções, o cuidado e diligência que todo homemativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios.
De modo contrário agiram os Réus, sendo que os administradores devemservir com lealdade à companhia. A ética e a legislação estabelecem que oadministrador deve exercer as atribuições que a lei e o estatuto lhe cone-rem para lograr os fns, no interesse da companhia, satiseitas as exigênciasdo bem público e da unção social da empresa, o que não oi atendidopelos Réus.
Aos administradores, ora Réus, sempre oi vedado, sem prévia autorização da
assembléia-geral ou do conselho de administração, usar, em proveito próprio,ou de terceiros, os seus créditos da sociedade, ora Autora.
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FGV DIREITO RIO 21
Ademais, nos termos da LSA, no art. 156 é vedado aos administradores inter-virem em qualquer operação social em que tiverem interesse conitante com
o da companhia, bem como na deliberação que a respeito tomarem os demaisadministradores, cumprindo-lhe cientifcá-los do seu impedimento e azerconsignar, em ata de reunião do conselho de administração ou da diretoria, anatureza e extensão do seu interesse.
Os administradores, ora Réus, são solidariamente responsáveis pelos prejuí-zos causados em virtude do não cumprimento dos deveres impostos por leipara assegurar o uncionamento normal da companhia, ainda que, pelo esta-tuto, tais deveres não caibam a todos eles. Por isso, responde solidariamente
com o administrador quem, com o fm de obter vantagem para si ou paraoutrem, concorrer para a prática de ato com violação da lei ou do estatuto.
DO PEDIDO
Do exposto, requer a V. Exa o que se segue:
a) a citação dos Réus para virem, querendo, deenderem-se no prazo de 15dias, sob as penas de revelia;
b) o julgamento procedente do pedido com a fnalidade de obter o ressarci-mento à empresa, dos valores indevidamente utilizados pelos ora Réus pororça de raude ou conluio, e
c) o pagamento dos honorários advocatícios e o reembolso das custas etaxa judiciária.
Protesta por todas as provas admitidas em direito, em especial a documental,a testemunhal e a pericial.
Dá-se a causa o valor de R$ . (valor do prejuízo).
Local e data.
Termos em que
Pede e espera deerimento.
Advogado: Orides Júnior
OAB/RJ Nº. 0001
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FGV DIREITO RIO 22
4. AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL DE ACIONISTA CONTROLADOR
LEI • Lei 6404/76
ARTIGO • Art. 117 LSA
VARA • EMPRESARIAL
AUTOR • Acionista minoritário, que responde, no mínimo, por 5%do capital votante.
RÉU • Acionista controlador.
PRELIMINAR • Legitimidade do Autor
DISTR. POR
DEPEND. • NÃO HÁ.
FUNDAMENTAÇÃO • Art. 117, § 1º–uma das alíneas deve enquadrar o abusode poder.
DO PEDIDO
• a citação do réu para querendo deender-se na presentesob às penas da lei;
• o julgamento procedente do pedido visando a indeni-zação, em valores não ineriores a _______, pelo danomaterial e _______ pelo dano moral;
• a condenação do réu aos ônus da sucumbência.
VALOR DA CAUSA • valor do prejuízo
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FGV DIREITO RIO 23
5. AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE FUNDADAEM RETIRADA DE SÓCIO
LEI • Código Civil
ARTIGO • Art. 1030 e 1031 ou 1004 e 1058 CC
VARA • EMPRESARIAL
AUTOR • Sócios que vão progredir com a sociedade
RÉU • Sócio que se pretende excluir.
PRELIMINAR • NÃO HÁ
DISTR. POR
DEPEND. • NÃO HÁ
FUNDAMENTAÇÃO
• Art 1031 CC e Súm. 265, do STF • Fazer prova que houve inração e pagamento de com-pensação ; tem que levar o contrato social e provar quehá sociedade regularmente inscrita.
DO PEDIDO
• a citação do réu para vir querendo deender-se na pre-sente sob as penas da lei;
• o julgamento procedente do pedido visando a exclusãodo sócio FULANO DE TAL;
• a condenação do réu aos ônus da sucumbência.
VALOR DA CAUSA • HÁ
OBS.: Esta ação não é cabível quando as partes orem participantes emsociedades por ações. O instrumento processual é adequado quando tratar desociedades contratuais, estabelecidas no Código Civil.
PEÇA PROFISSIONAL CESPE 2007.2
João e José, amigos de longa data, constituíram a sociedade Souza & Silva
Comércio e Indústria de Móveis. O primeiro sócio aludido detém 49% dasquotas da sociedade e ambos a administravam. As afnidades eram muitas,mas, com o passar dos anos, as dierenças vieram à tona. As difculdades domercado acabaram contaminando a relação entre os sócios, que reqüente-mente passaram a brigar. No ápice de uma discussão, chegou a haver agressãoísica: João deseriu dois socos na ace de José. A manutenção da sociedadetornou-se insustentável. Tentou-se chegar a um consenso acerca de eventualcompra das quotas de José por João, o que não oi possível. Tentou-se tambéma alienação das quotas de José a um terceiro, o que não contou com a anu-ência de João. José, por fm, não querendo permanecer no empreendimento,
procurou um advogado para promover ação de dissolução da sociedade.
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FGV DIREITO RIO 24
Considerando a situação hipotética acima, elabore, de orma undamenta-da, a petição inicial que benefcie José.
Resposta e comentários:
Nota: Para ter certeza da peça a redigir, o candidato pode azer as seguintesperguntas, antes de iniciar a resposta da prova:
a) Quem é o cliente (autor)?b) Quem é o réu(s)?c) O que aconteceu no problema?d) O que o cliente/autor quer do réu(s)?e) Quais os dispositivos legais que undamenta(m) o(s) direito(s)
do cliente?
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FGV DIREITO RIO 25
Modelo de peça aceita com nota máxima no gabarito do Exame de Ordem:
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
(espaço de 10 linhas)
JOSÉ … , na qualidade de sócio majoritário da sociedade Souza & SilvaComércio e Indústria de Móveis, (qualifcação), portador da Cédula de Iden-tidade/RG nº. .... e CPF nº …. , com residência e domicílio na Rua .... nº ....,na Cidade de ...., vem, perante V. Exa., com o devido respeito, por seu advo-gado adiante assinado e cumprindo o art. 39, I, do CPC, “ut” instrumentoprocuratório, em anexo, assina, com a fnalidade de propor
AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE COM PEDIDO DE TUTELA
ANTECIPADA
contra JOÃO … , na qualidade de sócio da sociedade Souza & SilvaComércio e Indústria de Móveis, (qualiicação), portador da Cédula deIdentidade/RG nº .... e CPF nº …. , com residência e domicílio na Rua.... nº ...., e a sociedade Souza & Silva Comércio e Indústria de Móveis(qualiicação e endereço na orma do art. 282, inciso I do CPC), combase no art. 1029 c/c 1031, ambos do CC, apresentando as seguintesrazões de ato e de direito:
DOS FATOS
As partes do processo eram amigos de longa data, constituíram a sociedadeSouza & Silva Comércio e Indústria de Móveis há muitos anos atrás.
As afnidades eram muitas, mas, com o passar dos anos, as dierenças vieram àtona. Entretanto, as difculdades do mercado acabaram contaminando a relaçãoentre os sócios, que reqüentemente passaram a brigar. No ápice de uma discus-são, chegou a haver agressão ísica: João deseriu dois socos na ace de José.
Tentou-se chegar a um consenso acerca de eventual compra das quotas de
José por João, o que não oi possível. Tentou-se também a alienação das quo-tas de José a um terceiro, o que não contou com a anuência de João, con-
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 26
seqüentemente, só resta ao Autor propor a presente ação para se retirar dasociedade e apurar os seus haveres.
DOS FUNDAMENTOS
A manutenção da sociedade tornou-se insustentável, pois, o aectio socie-tatis, elemento específco do contrato de sociedade comercial, caracteriza-secomo uma vontade de união e aceitação das áleas comuns do negócio.
Quando este elemento não mais existe em relação a algum dos sócios, cau-sando a impossibilidade da consecução do fm social, sendo plenamente pos-
sível a sua retirada.Toda sociedade empresária tem por objetivo imediato, do ponto de vista daspessoas que a compõem, aos sócios-cotistas interessa, o lucro. Contudo, háinteresses outros, de cunho social, de ordem pública e econômica, que devemser considerarados, como, por exemplo, os empregos gerados, a produção outransormação econômica de bens úteis, a geração de divisas, etc, etc.. Sobre-levam, portanto, pelo alcance do bem comum, estes interesses, àqueles dossócios, individualmente, considerados.
Por tais razões, a doutrina e a jurisprudência se frmaram pela primazia dapreservação da empresa. E, a partir deste entendimento, se construiu, preto-riamente, a chamada “ação de dissolução parcial da sociedade”, com o que sepermite a retirada do sócio dissidente, apurando-se seus haveres e preservan-do a sociedade com os outros sócios, o que se pretende com a propositura dapresente ação.
Exatamente. Cuida-se, na hipótese, de uma possibilidade de dissolução par-cial de sociedade, composta apenas de dois sócios, em ace do desaparecimen-to da aectio societatis entre ambos.
O que, na verdade, retrata a questão é a velha discussão de que, sendo a socie-dade composta apenas de dois sócios, com a saída de um deles, teria ela de serdissolvida e liquidada ou se ela pode continuar a existir com a pessoa do sócioremanescente, apurando-se apenas os haveres do sócio retirante.
A questão oi, primitivamente, muito debatida, chegando a predominar o en-tendimento de que teria, a empresa, de ser dissolvida e liquidada, na medidaem que não se concebia, à luz do Direito Comercial, sociedade apenas com
uma pessoa, o que seria um contradictio in terminis.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 27
Mas, na verdade, o Direito Empresarial evoluiu, para receber a aragem dosnovos ventos que as novas realidades sociais, comerciais e econômicas sopra-
vam e oi, assim, evoluindo para o frme entendimento de que deve predo-minar, tanto quanto possível, a sociedade comercial, acultando-se, num casode sociedade de apenas dois sócios, que, com a saída de um deles, perdure asociedade, apurando-se apenas os haveres do sócio dissidente, na orma do at.1033, inciso IV do CC.
Dentro, pois, desta nova aragem do Direito Empresarial, é plenamente sus-tentável a tese de que, com a saída de um sócio, a sociedade continua com oremanescente, devendo-se apenas apurar os haveres do sócio retirante, con-
orme a tendência de nossos tribunais:SOCIEDADE LIMITADA–DISSOLUÇÃO PARCIAL–ADMISSIBILIDA-
DE. Ainda quando composta de apenas dois sócios, admissível é a dissolução
parcial da sociedade por cotas de responsabilidade limitada, aplicando-se sub-
sidiariamente o art. 206, inc. I, d, da Lei das Sociedades Anônimas, e em aten-
dimento ao princípio da preservação da sociedade e da utilidade social desta,
apurando-se os haveres do sócio retirante, devendo, entretanto, ser recomposta
a sociedade no prazo de 1 ano, sob pena de dissolução de pleno direito (TA-
MG–Ac. da 5ª Câm. Cív. publ. no DJ de 16-6-92–Ap. 103.219-3-BH–Rel. Juiz
Marino Costa–José Roberto Castilho vs. Neyda Maria Campos Amaral)
SOCIEDADE COMERCIAL–DISSOLUÇÃO PARCIAL–PROCESSA-
MENTO- Tratando-se de dissolução parcial de sociedade, deve-se agir como se
de dissolução total se tratasse, embora apenas em relação ao sócio que sai, por-
que, para esse, o vínculo social se extingue, continuando, assim, normalmente a
sociedade. A dissolução, portanto, não implica a perda do objeto da sociedade e
não enseja a sua dissolução total, pois compete aos sócios remanescentes tocar o
negócio (TJ-SP–Ac. unân. da 16ª Câm. Cív. julg. em 3-5-94–Ap. 226.149-2/5-
São José dos Campos–Rel. Des. Pires de Araújo)
SOCIEDADE COMERCIAL–FIM DA “AFFECTIO SOCIETATIS”–DISSO-
LUÇÃO PARCIAL A aectio societatis, elemento específco do contrato de so-
ciedade comercial, caracteriza-se como uma vontade de união e aceitação das áleas
comuns do negócio. Quando este elemento não mais existe em relação a algum dos
sócios, causando a impossibilidade da consecução do fm social, plenamente possível
a dissolução parcial, com undamento no art. 336, I, do Código Comercial, permi-
tindo a continuação da sociedade com relação aos sócios remanescentes (STJ–Ac.
unân. da 3ª T. publ. no DJ de 15-4-96, pág. 11.531–Agr. Reg. no Agr. 90.995-
RS–Rel. Min. Cláudio Santos–Advs.: Cláudio Leite Pimentel e Luiz Carlos E. Piva )
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 28
SOCIEDADE COMERCIAL–Dissolução parcial. Empresa constituída por
apenas dois sócios. Rompimento da aectio societatis. Possibilidade de o réu,
quotista majoritário e remanescente, admitir novo sócio ou tocar o negócio in-dividualmente. Dissolução com apuração de haveres do autor determinada. Re-
curso provido para esse fm. (TJSP–AC 172.398-2–14 ª C.–Rel. Des. Franciulli
Netto–J. 20.08.91) (RJTJESP 132/224)
SOCIEDADE COMERCIAL – Dissolução parcial. Discórdia grave entre os sócios.
Rompimento da aectio societatis. Cabimento da dissolução pela impossibilidade de
execução dos fns sociais. Arts. 336, I, do CCo., e 1.399, III, do CC. Apuração de
haveres dos excluídos de orma mais ampla possível, em ace dos atos trazidos para os
autos. Aplicabilidade, ademais,do art. 5º, XX, da CF. Ação procedente. ( TJSP – AC.
160.235–2 – 19ª C – Rel. Des. Mohamed Amaro – J. 18.03.91). (RJ 180/103)
Sob o tema, comenta Rubens Requião:
”A dissolução parcial passou a ser, em último caso, a regra indicada para solu-
ção dos problemas cruciais da sociedade nos seus momentos críticos. Em nossa
tese de concurso para a cátedra de direito comercial, numa de suas conclusões,
expunha-mos a nossa convicção de que “consideramos obsoleto o instituto da
dissolução da sociedade comercial na extensão adotada pelo Código. O prin-
cípio preservativo da sociedade ou da empresa impõe a necessidade de novasórmulas, que o direito comercial encontrou na exclusão do sócio.
Para encaminhar nossos estudos, vamos partir, pois, de outra classifcação mais
moderna e lógica. Propomos então a classifcação, em duas espécies, da disso-
lução social: a) dissolução total e b) dissolução parcial. É bem verdade que essa
expressão dissolução parcial é contestada por alguns autores, e entre nós pelo
proessor Hernani Estrela, que não se conorma com essa linguagem. Mas a
imposição de seu uso tornou-a correntia, não só nas decisões judiciais como nos
livros de doutrina de autores de grande tomo, motivo por que não vemos incon-
veniente em usá-la desembaraçadamente.”
No entanto, importantíssimo ressaltar que há de se resguardar a integralidadedo patrimônio do sócio retirante, consubstanciado no seu capital e lucros in-serido na sociedade. Isto signifca estabelecer que somente a orma pactuadano contrato social – para os casos de retirada–não satisaz, com efcácia, aapuração dos haveres do sócio excluído da reerida sociedade, nos termos doart. 1031, do CC.
Deve-se observar in casu, o enunciado da Súmula 265 do Eg. STF:
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 29
”Na apuração de haveres, não prevalece o balanço não aprovado pelo sócio ale-
cido, excluído ou que se retirou.”
É conveniente, assim, assegurar ao sócio, que se retira da sociedade recebao valor de sua cota com base em apuração de haveres que encontre valoresreais e tudo o mais o que constituir o undo de comércio e não apenas valoreshistóricos ou contábeis.
Como reerido pelo Desembargador Fernandes Filho, em caso análogo:
”Em outras palavras: a apuração dos haveres se ará com base em valores reais,
e não apenas em valores contábeis ou históricos, sob pena de enriquecimento
ilícito dos réus, ao indireto confsco da propriedade dos autores, pois a tanto
equivaleria sua exclusão da sociedade sem o eetivo e integral recebimento do va-
lor do patrimônio que nela tem.” (In Jurisprudência Mineira, vol. 82, pág. 40).
Vem, também, muito a propósito o seguinte acórdão:
SOCIEDADE–DISSOLUÇÃO PARCIAL–SÓCIO RETIRANTE–APURA-
ÇÃO DOS HAVERES. Na apuração dos haveres para determinação daqueles
do sócio que se retira devem ser considerados os seus valores reais e não aqueles
do último balanço (TJ-RJ–Ac. unân. da 2ª Câm. Cív. reg. em 26-8-93–Ap.1.485–Rel. Des. Murillo Fábregas).
DA CONCLUSÃO E DO PEDIDO
Primeiramente, com ulcro no artigo 273 do CPC, § 7º, – que instituiu a ungibi-lidade das tutelas de urgência, postula a parte autora ao insigne Juízo se digne con-ceder a antecipação dos eeitos da tutela pretendida com escopo de ensejar requerque seja ofciado a Junta Comercial onde a sociedade mantém o arquivamento dosdocumentos societários, documento deste juízo para que seja determinada a regu-larização, DE PLANO, da retirada do Autor da sociedade, pois desde a proposi-tura da presente não tem interesse em integrar o quadro social da sociedade Souza& Silva Comércio e Indústria de Móveis, para que não seja lesado pelo outro sócioque se encontra na administração isolada da sociedade e poderá realizar negóciosque prejudiquem o Autor nos termos do art. 1032 , do CC.
Por conta de todo o exposto, postula a parte autora ao descortino Juízo sedigne ordenar a citação do Réu para comparecer à audiência de conciliaçãoa ser designada, se lhe aprouver, mas sob pena de revelia, quando pode con-
testar a presente ação de dissolução de sociedade por retirada de sócio, cujopedido deve ser julgado procedente com escopo de declarar a dissolução
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 30
parcial da sociedade com a retirada do sócio, Autor da presente e condenara 2ª Ré a pagar à parte autora , a título de apuração de haveres.
Ainda, para garantir o pagamento dos valores devidos ao Autor, que seja deter-minada a penhora na renda da sociedade dos valores sob a epígrae apuraçãode haveres aos quais tem direito ao Autor, nos termos do art. 1031, do CC c/cSúmula 265, do STF, a partir da sentença de 1º grau, sob pena de multa diáriade R$ 500,00 (quinhentos reais), se houver o descumprimento do deerimentoda antecipação da tutela, para que os valores fquem disponibilizados em Juízo.
Lastreada no princípio da causalidade e sucumbência, requer a autora, ou-
trossim, a condenação do ré ao pagamento dos ônus sucumbenciais, em quea verba honorária deve ser fxada em sua dosimetria máxima.
De todos os modos, propugna os atos articulados por meio de todas asmodalidades de prova em direito permitidas, em especial a documen-tal superveniente.
Termos em que, atribuindo-se à causa o valor provisório de R$ 10.000,00(dez mil reais), sujeito à alteração ao fnal, nos termos do artigo 258 do CPC,
Pede deerimento.
Local e data.
Nome e OAB do Advogado
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FGV DIREITO RIO 31
6. REQUERIMENTOS DE FALÊNCIAS
LEGISLAÇÃO • Lei nº 11.101/05
ARTIGOS
• art. 105 a 107 (se or autoalência); art. 94, inciso I § 1ºa 3º (alência motivada por impontualidade); art. 94,inciso I, § 4º (alência motivada por execução rustrada)ou art. 94, inciso III, § 5º (alência motivada por insolvên-cia presumida)
VARA • Empresarial do local onde se empreendimento é gerido
AUTOR • Devedor (se or caso de autoalência) e os sujeitos dedireito do art. 97, II a IV (nos demais casos)
RÉU • Não há réu na autoalência. • Devedor (alido)
PRELIMINARES • Não há
PEDIDO LIMINAR • Não há
FUNDAMENTAÇÃO
• Destacar os motivos pelo qual escolheu esta ação, utili-zando os artigos da Lei nº11.101/05.
• Explicar como se apresentam em documentos anexos asprovas escritas conorme o que a lei estabelece.
• Escolher jurisprudências pertinentes ao caso concretoe justifcar o pedido (Súmulas do STJ e jurisprudências,
se houver)
PEDIDO
• a intimação do réu para realizar o pagamento, noendereço supra mencionado, expedindo-se o compe-tente mandado, para no prazo assinalado na lei, eetuaro pagamento no valor de R$, acrescido de correçãomonetária e juros até a data do eetivo pagamento ouoerecer deesa;
• o julgamento procedente do pedido visando a decreta-ção da alência ;
• a condenação do réu aos ônus da sucumbência.
•
a oitiva do MP
VALOR DA CAUSA
• colocar apenas a existência de indicação de valor dotítulo protestado conorme o que or estabelecido noproblema ou se or autoalência estabelecer o valor damassa de ativos
1. (Exame de Ordem MG – 2007) João Pedro e Antônio Manoel cons-tituíram sociedade limitada (JPAM Teleonia Ltda.), que tem por objeto acompra e venda para revenda de aparelhos de teleonia celular. O negócioprosperou até 2005, quando, em razão de mudança na política da operadora
a que estava vinculada, a sociedade passou a enrentar difculdades fnancei-ras. Apesar dos planos e tentativas de estabilizar suas relações de crédito, não
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 32
houve sucesso, o que levou João e Antônio à constatação de que o empre-endimento não é viável e à sua decisão de encerrar a atividade econômica. A
JPAM Teleonia Ltda. possui as instalações de sua loja, cento e dez aparelhosem estoque, cheques pré-datados de clientes, o direito à devolução de tribu-tos indevidamente recolhidos (ainda em ase de reconhecimento em processode conhecimento) e o registro de marca no INPI. De outro lado, a sociedadedeve as verbas rescisórias dos empregados demitidos na semana passada, di-versos tributos declarados e não recolhidos, o saldo devedor de dois contratosde abertura de crédito em conta-corrente, duas duplicatas mercantis vencidashá um mês no valor de vinte mil reais, já protestadas e que se azem acom-panhar dos comprovantes de entrega das respectivas mercadorias, além de
obrigações assumidas perante outros ornecedores. A JPAM Teleonia Ltda.,através de seus sócios, procura o seu Escritório de Advocacia, pedindo que,a partir do exame da atual legislação que regula a matéria, o Advogado devepropor a medida judicial cabível.
Resposta e comentários:
Nota: Para ter certeza da peça a redigir, o candidato pode azer as seguintesperguntas, antes de iniciar a resposta da prova:
a) Quem é o cliente (autor)?
b) Quem é o réu(s)?c) O que aconteceu no problema?d) O que o cliente/autor quer do réu(s)?e) Quais os dispositivos legais que undamenta(m) o(s) direito(s)
do cliente?
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 33
Modelo de peça
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ____ Vara de Empresarial da Comarca de
(pular 10 linhas)
JPAM Teleonia Ltda (ou Autor, Demandante, Suplicante), representado pe-los sócios João Pedro e Antônio Manoel (Estado Civil), portador da Carteirade Identidade nº (xxx), inscrito no CPF sob o nº (xxx), com estabelecimentocomercial (xxx), inscrito no CNPJ sob o nº (xxx), localizado à Rua (xxx), nº(xxx), Bairro (xxx), Cidade (xxx), Cep. (xxx), no Estado de (xxx), por seuprocurador inra-assinado, mandato anexo (doc.1, nos termos do art. 39, ICPC), vem à presença de V. Exa., propor
AUTOFALÊNCIA
nos termos do art.105 da Lei nº 11.101/05, pelos motivos que passa a expor:
A Requerente tem por objeto a compra e venda para revenda de aparelhosde teleonia celular. O negócio prosperou até 2005, quando, em razão demudança na política da operadora a que estava vinculada, a sociedade passoua enrentar difculdades fnanceiras. Apesar dos planos e tentativas de esta-bilizar suas relações de crédito, não houve sucesso, o que levou os sócios àconstatação de que o empreendimento não é viável e à sua decisão de encerrara atividade econômica.
A Requerente possui as instalações de sua loja, cento e dez aparelhos emestoque, cheques pré-datados de clientes, o direito à devolução de tributosindevidamente recolhidos (ainda em ase de reconhecimento em processo deconhecimento) e o registro de marca no INPI.
De outro lado, a sociedade deve as verbas rescisórias dos empregadosdemitidos na semana passada, diversos tributos declarados e não recolhi-dos, o saldo devedor de dois contratos de abertura de crédito em conta-corrente, duas duplicatas mercantis vencidas há um mês no valor de vin-
te mil reais, já protestadas e que se azem acompanhar dos comprovantesde entrega das respectivas mercadorias, além de obrigações assumidas
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 34
perante outros ornecedores, o que a torna a Requerente uma socieda-de inadimplente.
Em cumprimento ao art. 105 da Lei n.11.101/05, o Requerente, ora deve-dor em completa crise econômico-fnanceira, julga não atender aos requi-sitos para pleitear a recuperação judicial, logo, por obrigação legal requer aeste Juízo sua alência, acompanhando o pedido dos seguintes documentos:
I – demonstrações contábeis reerentes aos 3 (três) últimos exercíciossociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, coneccionadascom estrita observância da legislação societária aplicável e compostas obriga-
toriamente de:a) balanço patrimonial;
b) demonstração de resultados acumulados;
c) demonstração do resultado desde o último exercício social;
d) relatório do uxo de caixa;
II – relação nominal dos credores, indicando endereço, importância,natureza e classifcação dos respectivos créditos;
III – relação dos bens e direitos que compõem o ativo, com a respectivaestimativa de valor e documentos comprobatórios de propriedade;
IV – prova da condição de empresário, contrato social ou estatuto emvigor ou, se não houver, a indicação de todos os sócios, seus endereços e arelação de seus bens pessoais;
V – os livros obrigatórios e documentos contábeis que lhe orem exigidospor lei;
VI – relação de seus administradores nos últimos 5 (cinco) anos, com osrespectivos endereços, suas unções e participação societária.
Restando cumpridos os requisitos legais e dada a impossibilidade para a con-tinuação do empreendimento econômico, é seu direito obter o deerimentodo pedido.
Ex positis , a Requerente requer:
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 35
a) a citação dos credores, por edital, para virem, querendo, habilitarem-se soba orma da lei;
b) seja julgado procedente o presente pedido de decretação da alência;
c) a intimação do ilustre Representante do Ministério Público e das Fazen-das Públicas.
Protesta por toda a produção de provas em Direito admitidas, em especial,a documental.
Dá-se à causa o valor de R$............ (valor da indenização).Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado)
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 36
(Exame de Ordem ES 2007
O Banco Disa S/A celebrou contrato de mútuo com a Cia. Itaúna de Dra-gagem, o qual tinha como garantia um contrato acessório de arrendamentomercantil (Lease Back), frmando pelas mesmas partes e assinado por duastestemunhas, na orma do art. 585, II do CPC.
Tendo-se notícia da difculdade fnanceira da devedora arrendatária, o ad-vogado José Soares oi procurado pelo Banco para tomar as medidas judiciaisnecessárias para deender os direitos do credor. Partindo da premissa de queo Arrendante já recebeu os bens que lhe pertencem, entretanto o inadimple-mento da devedora é de R$ 42.000,00 e o administrador não pagou ou ten-tou realizar um acordo porque se encontra insolvente, redija a petição inicialcabível, atendendo aos requisitos legais.
Resposta e comentários:
Nota: Para ter certeza da peça a redigir, o candidato pode azer as seguintesperguntas, antes de iniciar a resposta da prova:
a) Quem é o cliente (autor)?b) Quem é o réu(s)?c) O que aconteceu no problema?
d) O que o cliente/autor quer do réu(s)?e) Quais os dispositivos legais que undamenta(m) o(s) direito(s)do cliente?
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 37
Modelo de peça
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca de .......
(pular 10 linhas)
(Nome, qualifcação e endereço), por seu procurador ao fnal assinado (doc.anexo), com escritório profssional estabelecido à rua......, na cidade de.......,onde recebe intimações e avisos, vêm,à presença de V. Exa., baseado nos arti-gos 94 e 97, IV da Lei n°. 11.101/05, requerer, o processamento do presen-te PEDIDO DE FALÊNCIA da empresa:.........., com sede nesta cidade, àrua......, inscrita no CNPJ sob o n°. ....., em vista das seguintes razões de atoe de direito abaixo:
1. O autor é credor da ré, pela quantia de R$......., representado pelo contratode leasing n°. ....., no valor de R$......., que ultrapassa o valor equivalente aquarenta salários mínimos nesta data, de acordo com a exigência do art. 94,
I da Lei de Falências.
(ATENÇÃO: Permite-se que mais de um credor em litisconsórcio, reúnam-se para se atender tal requisito, conorme o parágrao 1° do artigo 94).
2. Tal contrato ora devidamente protestado por alta de pagamento (docs.anexo), sem que a ré nada alegasse acerca dos títulos, líquidos, certos e exigí-veis frmados pela mesma.
3. De orma amigável, tornou-se impossível o recebimento de tais quantias.
4. Nos termos do art. 94 da lei citada, considera-se alido o devedor que, semrelevante razão de direito, não paga no vencimento obrigação líquida, mate-rializada em título ou títulos executivos protestados.
5. A vista do exposto, requer-se na orma do artigo 98 da Lei de Falência, acitação da ré, na pessoa de um de seus representantes legais, a saber:
- para no prazo de 10 (dez) dias, apresentar contestação acompanhando a
presente, até fnal decisão e decreto da alência ora requerida.
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FGV DIREITO RIO 38
6. No caso de a ré pretender no prazo da contestação depositar a quantiacorrespondente ao crédito reclamado, para elidir o pedido de alência (art.
98 parágrao único), fca requerida a inclusão da correção monetária, jurosde mora desde o vencimento, além das custas processuais, despesas comos protestos no valor de R$..... e honorários advocatícios. (Súm. N°. 29do STJ).
Requer, outrossim, após o decurso do prazo para deesa, que seja dado pros-seguimento ao eito, com o decreto da alência da ré por decisão declaratóriada alência (art. 99 da Lei 11.101/05), e a tomada de todas as providênciasprevistas na mencionada legislação.
Protesta-se por provar o alegado por todos os meios de provas admitidasem Direito.
Dá-se a causa o valor de R$ ........(valor do débito)
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n°. da OAB do advogado).
(ATENÇÃO: O pedido poderá ser undado em quaisquer das hipóteses elen-cadas no artigo 94 da Lei de Falência. A legitimidade para o presente pedidoestá prevista no art. 97 da mesma lei).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 39
(Exame de Ordem ES 2006
O Sr. Armando Kano é um devedor empresário que oi executado em unçãode uma dívida representada por um título de crédito (Nota Promissória), de suaemissão, em valor total de R$ 10.000,00 (dez mil reais). No prazo de 24 (vintequatro) horas contados a partir da citação, o Sr. Armando não pagou nem no-meou bens à penhora. Cariacica equipamentos industriais LTDA., credor do em-presário, o procura o seu escritório para que proponha a medida judicial cabível.
Resposta e comentários:
Nota: Para ter certeza da peça a redigir, o candidato pode azer as seguintesperguntas, antes de iniciar a resposta da prova:
a) Quem é o cliente (autor)?b) Quem é o réu(s)?c) O que aconteceu no problema?d) O que o cliente/autor quer do réu(s)?e) Quais os dispositivos legais que undamenta(m) o(s) direito(s)
do cliente?
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FGV DIREITO RIO 40
Modelo de peça
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca de .......
(pular 10 linhas)
(Nome, qualifcação e endereço), por seu procurador ao fnal assinado (doc.anexo), com escritório profssional estabelecido à rua......, na cidade de.......,onde recebe intimações e avisos, vêm,à presença de V. Exa., baseado nos arti-gos 94, II e 97, IV da Lei n°. 11.101/05, requerer, o processamento do pre-sente PEDIDO DE FALÊNCIA da empresa:.........., com sede nesta cidade,à rua......, inscrita no CNPJ sob o n°. ....., em vista das seguintes razões deato e de direito abaixo:
1. O autor é credor da ré, pela quantia de R$......., representado pela Certi-dão de Trânsito em Julgado ....., emitida na data de ...... pela .... Vara Cíveldesta Comarca, cumprindo, desta orma, a exigência do § 5º do art. 94 da
Lei de Falências.
2. Tal Certidão nos termos da Lei não necessita do devido protesto por alta depagamento por ser um instrumento revestido por é pública e a ré nada podealegar acerca dos títulos, líquidos, certos e exigíveis frmados pela mesma.
3. De orma amigável, tornou-se impossível o recebimento da quantia.
4. Nos termos do art. 94, II da lei citada, considera-se alido o devedor que,sem relevante razão de direito, executado por qualquer quantia líquida, nãopaga, não deposita e não nomeia à penhora bens sufcientes dentro do pra-zo legal.
5. A vista do exposto, requer-se na orma do artigo 98 da Lei de Falência, acitação da ré, na pessoa de um de seus representantes legais, a saber:
- para no prazo de 10 (dez) dias, apresentar contestação acompanhando apresente, até fnal decisão e decreto da alência ora requerida.
6. No caso de a ré pretender no prazo da contestação depositar a quantiacorrespondente ao crédito reclamado, para elidir o pedido de alência (art.
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FGV DIREITO RIO 41
98 parágrao único), fca requerida a inclusão da correção monetária, jurosde mora desde o vencimento, além das custas processuais, despesas com os
protestos no valor de R$..... e honorários advocatícios. (Súm. N°. 29 do STJ).
Requer, outrossim, após o decurso do prazo para deesa, que seja dado pros-seguimento ao eito, com o decreto da alência da ré por decisão declaratóriada alência (art. 99, da Lei 11.101/05), e a tomada de todas as providênciasprevistas na mencionada legislação.
Protesta-se por provar o alegado por todos os meios de provas admitidasem Direito.
Dá-se a causa o valor de R$ .. (valor do débito)
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n°. da OAB do advogado).
(ATENÇÃO: O pedido poderá ser undado em quaisquer das hipóteses elen-cadas no artigo 94 da Lei de Falência. A legitimidade para o presente pedidoestá prevista no art. 97 da mesma lei).
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FGV DIREITO RIO 42
7. AÇÃO REVOCATÓRIA
LEGISLAÇÃO • Lei nº 11.101/05
ARTIGOS • 130 e ss
VARA • Empresarial
AUTOR • Credor de título não exigível
RÉU • Devedor
PRELIMINARES • Não há obrigação legal
PEDIDO LIMINAR • Não há
FUNDAMENTAÇÃO
• Destacar os motivos pelo qual escolheu esta ação, utili-
zando os artigos 1102-A ao 1102-C, do CPC. • Explicar qual é a prova escrita que apesar de não pos-suir a efcácia de título executivo, permite a identifca-ção de um crédito, gozando de valor probante, sendomerecedor de é, quanto à sua autenticidade e efcá-cia probatória.
• Escolher jurisprudências pertinentes ao caso concreto e justifcar o pedido (Súmulas do STJ e jurisprudências)
PEDIDO
• a intimação do réu para realizar o pagamento, noendereço supra mencionado, expedindo-se o com-
petente mandado, para no prazo de 15 dias, eetuaro pagamento no valor de R$, acrescido de correçãomonetária e juros até a data do eetivo pagamento ouoerecer embargos;
• o julgamento procedente do pedido visando o paga-mento ou entrega da coisa, e no caso de não oereci-mento dos embargos ou de sua rejeição, constituir-setítulo executivo judicial e prosseguir-se a execução, naorma prevista no Livro I, Título VIII, Capítulo X, do CPC;
• a condenação do réu aos ônus da sucumbência, nostermos do art. 1102c, do CPC, ou seja, só em caso de
apresentação de Embargos à Monitória.VALOR DA CAUSA • colocar apenas a existência de indicação de valor
(Exame de Ordem CESPE UNIFICADA 2009.2
Amin e Carla são sócios da A&C Engenharia Ltda., pessoa jurídica que,em 26/11/2008, teve alência decretada pela Vara de Falências e Concorda-tas do Distrito Federal, tendo o juízo competente fxado o termo legal daalência em 20/11/2007. Pedro, administrador judicial da massa alida da
A&C Engenharia Ltda., tomou conhecimento que Amin, à época em queeste praticava atos concernentes à administração da sociedade, transerira,em 5/12/2007, a título gratuito, um automóvel, de propriedade da sociedade
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 43
empresária, a sua irmã, Fabiana, o que causou prejuízos à massa alida. Emace dos reeridos atos, Pedro decidiu promover medida judicial visando à
revogação da doação praticada por Amin, com o objetivo de preservar osinteresses da sociedade e dos credores.
Considerando a situação hipotética apresentada, na qualidade deadvogado(a) contratado(a) por Pedro, redija a medida judicial cabível para areerida revogação, com undamento na matéria de direito aplicável ao caso,apresentando todos os requisitos legais pertinentes.
Gabarito Oficial da CESPE/OAB extraído do site: www.oabac.org.br
Espera-se que o(a) examinando(a) elabore ação revocatória, com ulcro noart. 130 e ss. da Lei nº 11.101/2005: “São revogáveis os atos praticados coma intenção de prejudicar credores, provando-se o conluio raudulento entreo devedor e o terceiro que com ele contratar e o eetivo prejuízo sorido pelamassa alida. (...)
Art. 133. “A ação revocatória pode ser promovida: I – contra todos os quefguraram no ato ou que por eeito dele oram pagos, garantidos ou benef-ciados; II – contra os terceiros adquirentes, se tiveram conhecimento, ao secriar o direito, da intenção do devedor de prejudicar os credores;”. A açãodeve ser proposta no juízo da alência (art. 134 da Lei n.º 11.101/2005), ou
seja, perante a Vara de Falências e Concordatas do Distrito Federal. Deveabordar, ainda:
a) legitimidade ativa: o administrador judicial tem legitimidade para pro-por a demanda. Art. 132. “A ação revocatória, de que trata o art. 130 destaLei, deverá ser proposta pelo administrador judicial, por qualquer credor oupelo Ministério Público no prazo de 3 (três) anos contado da decretação daalência”;
b) inefcácia do ato de doação praticado por Amin. Art. 129. “São inefcazes em relação à massa alida, tenha ou não o con-
tratante conhecimento do estado de crise econômico-fnanceira do devedor,seja ou não intenção deste raudar credores:
(...) IV – a prática de atos a título gratuito, desde 2 (dois) anos antes dadecretação da alência” (Lei 11.101/05).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 44
8. AÇÃO DE RESTITUIÇÃO
LEGISLAÇÃO • CPC
ARTIGOS • 1102-A ; 1102-B e 1102-C
VARA • Cível do domicílio do devedor
AUTOR • Credor de título não exigível
RÉU • Devedor
PRELIMINARES • Não há obrigação legal
PEDIDO LIMINAR • Não há
FUNDAMENTAÇÃO
• Destacar os motivos pelo qual escolheu esta ação, utili-
zando os artigos 1102-A ao 1102-C, do CPC. • Explicar qual é a prova escrita que apesar de não pos-suir a efcácia de título executivo, permite a identifca-ção de um crédito, gozando de valor probante, sendomerecedor de é, quanto à sua autenticidade e efcá-cia probatória.
• Escolher jurisprudências pertinentes ao caso concreto e justifcar o pedido (Súmulas do STJ e jurisprudências)
PEDIDO
• a intimação do réu para realizar o pagamento, noendereço supra mencionado, expedindo-se o com-
petente mandado, para no prazo de 15 dias, eetuaro pagamento no valor de R$, acrescido de correçãomonetária e juros até a data do eetivo pagamento ouoerecer embargos;
• o julgamento procedente do pedido visando o paga-mento ou entrega da coisa, e no caso de não oereci-mento dos embargos ou de sua rejeição, constituir-setítulo executivo judicial e prosseguir-se a execução,na orma prevista no Livro I, Título VIII, Capítulo X,do CPC;
• a condenação do réu aos ônus da sucumbência, nos
termos do art. 1102c, do CPC, ou seja, só em caso deapresentação de Embargos à Monitória.
VALOR DA CAUSA • colocar apenas a existência de indicação de valor
(OAB/RJProva de Dezembro de 1999
Alexandre Corrêa deixou seu automóvel Vectra na Concessionária MesblaVeículos S/A, para a revisão anual. No dia seguinte, oi surpreendido com anotícia da alência da concessionária, tendo, ainda, sido inormado de queesse bem ora arrecadado pelo síndico da massa alida.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 45
Alexandre, então, procurou seu advogado, Dr. Guilhermo Ricques, paratomar as medidas cabíveis para reaver seu automóvel. Ajuíze a ação cabível,
na orma da lei.
Advogado: GUILHERMO RICQUESOAB/RJ nº 1000Rua da Cancela, 20–Rio de Janeiro
Resposta e comentários:
Nota 1: Para ter certeza da peça a redigir, o candidato pode azer as seguin-tes perguntas, antes de iniciar a resposta da prova:
a) Quem é o cliente (autor)?b) Quem é o réu(s)?c) O que aconteceu no problema?d) O que o cliente/autor quer do réu(s)?e) Quais os dispositivos legais que undamenta(m) o(s) direito(s)
do cliente?
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 46
Modelo de peça aceita com nota máxima no gabarito do Exame de Ordem:
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ___º Vara Empresarial da Comarcada __________l:
(espaço aproximado de 10 linhas)
Alexandre Corrêa (qualifcado nos termos do art. 282 do CPC), vem à pre-sença de V. Exa., por seu advogado inra-assinado, com endereço para inti-mações na Rua da Cancela, 20–Rio de Janeiro, propor
AÇÃO DE RESTITUIÇÃO
com base nos artigos 85 a 90 do LRF, em ace da Massa Falida da Conces-sionária Mesbla Veículos S/A (qualifcada nos termos do art. 282 de CPC),pelos atos e undamentos abaixo expostos:
DOS FATOS:
Em data de ..., o Autor deixou seu automóvel Vectra na Concessionária Mes-bla Veículos S/A, para a revisão anual.
No dia seguinte, oi surpreendido com a notícia da alência da concessioná-ria, ora Ré, tendo, ainda, sido inormado de que esse bem ora arrecadadopelo síndico da massa alida.
O Autor, então, quer tomar as medidas cabíveis para reaver seu automóvelpor meio da presente.
DOS FUNDAMENTOS:
Preliminarmente, requer a distribuição por dependência ao processo de a-lência de nº ___ , que tramita por este Juízo.
Ao proceder à arrecadação dos bens do alido, o Síndico, no cumprimento de
suas obrigações legais, arrecadou o seguinte bem móvel (qualifcar o bem) de
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 47
propriedade do requerente, que se encontrava, na época, em poder do alidopor orça de contrato.
Ocorre que, o Autor é o proprietário do automóvel Vectra, conorme o DUTem anexo, sendo que o veículo se encontrava na concessionária apenas para aregular revisão anual, conorme contrato entre as partes.
Restando comprovado, que o bem arrecadado pertence ao Autor, com baseno art. 85 do reerido diploma legal, tem direito o Autor a devolução do bemdescrito acima.
DO PEDIDODo exposto, requer a V. Exa o que se segue:
a) a intimação do alido, do Comitê, dos credores e do administrador judicialpara que, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, se maniestem, valendo comocontestação a maniestação contrária à restituição, sob as penas de revelia;
b) o julgamento procedente do pedido para reaver seu automóvel por meioda presente;
c) o pagamento dos honorários advocatícios e o reembolso das custas e taxa judiciária, se este bem não or devolvido sem a maniestação contrária à res-tituição (contestação);
d) a oitiva do Ministério Público;
Protesta por todas as provas admitidas em direito, em especial a documental,a testemunhal e a pericial.
Dá-se a causa o valor de R$ ... .(o valor do bem objeto da restituição)
Local e data.
Termos em que
Pede e espera deerimento.
Advogado: GUILHERMO RICQUES
OAB/RJ nº 1000
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 48
ANEXOS:
A) AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO COM PEDIDO LIMINAR
LEI • Decreto-lei 911/69
ARTIGO • Art. 3º DL
VARA • CÍVEL
AUTOR • SEMPRE Instituição Financeira
RÉU •
Devedor do contrato de alienação fduciária.FUNDAMENTOS • Súm. 72 e 92 do STJ e Art. 2º § 2º e 3º DL
DO PEDIDOLIMINAR
• Diante do exposto, não há dúvida de que o os requisi-tos legais para esta medida estão presentes, represen-tando o fumus boni iuris _________ e o periculum in
mora_________. Sendo prova inequívoca deste direito “amora ou inadimplemento” (depender do problema) pelodocumento tal_____________.
DISTR. PORDEPEND.
• NÃO HÁ
DO PEDIDO
• Requer seja concedida liminar , de busca e apreensão do______________, expedindo o mandado e tornando opedido defnitivo;
• a citação do réu para pagamento, no prazo de 5 (cinco) diasou deender-se na presente sob as penas da lei;
• o julgamento procedente do pedido visando o pagamen-to integral da dívida e não sendo este eetuado no prazolegal de 5(cinco dias), a expedição de mandado de buscae apreensão para restituição do bem, e caso necessárioa ordem de expedição de novo certifcado de registro aoórgão competente;
• a condenação do réu aos ônus da sucumbência.
VALOR DA
CAUSA • o valor das prestações em atraso
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FGV DIREITO RIO 49
REPOSITÓRIO DE PEÇAS EM FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO
PEDIDO DE HABILITAÇÃO DE CRÉDITO AO ADMINISTRADOR JUDICIAL
Exmo. Sr. Administrador Judicial da Falência (ou da Recuperação Judicial)da empresa.........
(nome, qualifcação e endereço), por seu advogado inra-assinado (doc. emanexo), com escritório situado nesta cidade, à rua......, onde recebe intima-ções e avisos (Art. 39, I do CPC), vêm, à presença de V. Exa., com ulcrono parágrao 2° do artigo 6° da Lei 11.101/95, pleitear a habilitação de seucrédito da quantia de .........derivado de relação de trabalho, de modo quesejam tomadas as providências tendentes ao pagamento do mesmo na orma
do parágrao 3° do dispositivo citado.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n° da OAB do advogado)
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FGV DIREITO RIO 50
PEDIDO DE RESERVA DE VALOR – CREDOR RETARDATÁRIO
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca de ..............
Processo n.°:XXXXX
(nome do credor), já qualifcado nos autos em epígrae, de HABILITAÇÃO
DE CRÉDITO na massa alida de ...., por seu advogado inra-assinado,vêm, à presença de V. Exa., com ulcro no parágrao 4° do artigo 10 da Lei11.101/95, requerer a reserva de valor para satisação do seu crédito, cuja ha-bilitação ora retardatária, e cuja importância encontra-se demonstrada, comas providências inerentes ao assunto.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n°. da OAB do advogado)
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 51
PEDIDO DE INCLUSÃO DE CRÉDITO E RETIFICAÇÃO DO QUADRO GERAL
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca de......
Processo n°:XXXXXX
(nome, qualifcação e endereço), por seu advogado inra-assinado, nos
autos de alência (ou recuperação judicial) da empresa......., que se pro-cessa por este MM. Juízo, vêm à presença de V. Exa., com ulcro no pará-grao 6° do artigo 10 da Lei 11.101/95, requerer a RETIFICAÇÃO DOQUADRO GERAL DE CREDORES da empresa citada, para que sejaincluído seu crédito da ordem de ...... reerente a .....que atualizado até adata da decretação de alência importa em ......., levando-se em conta queo mencionado crédito não ora habilitado a homologação do menciona-do quadro.
Assim, pede-se a oitiva do administrador judicial e a tomada das demais pro-
vidências pertinentes.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n°. da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 52
AÇÃO PARA EXCLUSÃO, OUTRA CLASSIFICAÇÃO OU RETIFICAÇÃO DE CRÉDITO.
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca de......
(nome do credor, endereço e n°. do CNPJ), por seu advogado inra-assinado(doc. em anexo), com escritório situado nesta cidade, à rua......, onde recebeintimações e avisos (Art. 39, I do CPC), vêm à presença de V. Exa.., comulcro no art. 19 da Lei 11.101/95, propor perante o procedimento ordiná-rio previsto no art. 282 do Código de Processo Civil, a presente AÇÃO DEEXCLUSÃO (outra classifcação ou retifcação de qualquer crédito), em ace(nome da empresa, endereço e n°. do CNPJ), em vista das seguintes razõesde ato e de direito:
1. A empresa suplicante é credora da empresa ....... que se encontra em re-
gime de recuperação judicial (ou alência), objeto do processo n.°...... quetramita por este MM. Juízo.
2. Mencionado processo encontra-se em andamento, estando na ase de ......,conorme se verifca dos autos.
3. Ocorre, que apesar de ter ocorrido a habilitação do crédito da requeri-da na mencionada massa da empresa......, descobriu-se que .....( esclarecera existência de alsidade, dolo, simulação, raude, erro essencial, ou, ainda,documentos ignorados na época do julgamento do crédito ou da inclusão noquadro-geral de credores).
4. Assim, irregular a habilitação procedida, pelo que deverá ser a mesma ex-cluída para os fns de direito, o que se busca na presente ação.
(ATENÇÃO: Se or o caso de irregularidade na classifcação do crédito e nãode irregularidade na constituição em si da habilitação, pleitear a reclassifca-ção nesse item e se or o caso de retifcação somente pleiteá-la.).
5. A vista do exposto, requer-se o processamento da presente ação, reque-rendo-se a citação da requerida, para contestar, querendo, os temos da mes-
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 53
ma, acompanhando-a até fnal decisão fnal, quando a mesma haverá deser julgada como procedente para o fm de ......., condenando-a nos eeitos
da sucumbência.
6. Pede-se que até o julgamento defnitivo da lide, seja suspenso o pagamentoao titular do crédito objeto dessa ação, exceto havendo a prestação de caução(art. 19, parágrao 2° da Lei de Falências).
7. Protesta-se por provar o alegado por todos os meios de provas admitidasem Direito.
Dá-se a causa o valor de ........ (o valor aqui descrito deverá corresponder aocrédito impugnado).
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n°. da OAB do advogado).
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FGV DIREITO RIO 54
PEDIDO DE NOMEAÇÃO DO REPRESENTANTE OU SUBSTITUIÇÃO DOREPRESENTANTE
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca de.......
Processo n°.:XXXXX
(nome dos credores), por seus advogados inra-assinados, nos autos de alência de..... que se processa por este MM. Juízo, vêm à presença de V. Exa., com ulcrono artigo 26, parágrao 2° da Lei 11.101/95, a nomeação do representante e dossuplentes da respectiva classe ainda não representada no Comitê (inciso I), oua substituição do representante ou dos suplentes da respectiva classe (inciso II).
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n°. da OAB do advogado).
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FGV DIREITO RIO 55
PEDIDO DE SUBSTITUIÇÃO DO ADMINSTRADOR JUDICIAL OU DOSMEMBROS DO COMITÊ
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca de.......
Processo n.° XXXXX
(Nome da parte), por seu advogado inra-assinado, nos autos de Falência de .....que se processa por este MM. Juízo, vêm à presença de V. Exa., com ulcro noart. 30, parágrao 2° da Lei 11.101/95, requerer a SUBSTITUIÇÃO DO AD-MINISTRADOR JUDICIAL nomeado às s..... dos autos (ou dos Membrosdo Comitê), em vista de que a respectiva nomeação ocorreu em desobediênciaao que estabelece o artigo supra citado (ou parágrao 1°), da Lei de Falências,requerendo se digne V. Exa., decidir o pedido em vinte e quatro (24) horas, coma nomeação de novo administrador judicial (ou de membros do comitê).
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n°. da OAB do advogado).
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FGV DIREITO RIO 56
PEDIDO DE DESTITUIÇÃO DO ADMINISTRADOR JUDICIAL OU DE QUAISQUER DOS MEMBROS DO COMITÊ
Exmo. Sr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca de.......
Processo n.°: XXXXX
(Nome do interessado), por seu advogado inra-assinado, nos autos daFALÊNCIA de ........ que se processa por este MM. Juízo, vêm à presençade V. Exa., com ulcro no art. 31 da Lei n.° 11.101/95, requerer a DES-TITUIÇÃO DO ADMINISTRADOR JUDICIAL nomeado às s... dosautos, ( ou de quaisquer dos membros do Comitê de Credores), em vistade que .....(demonstrar a ocorrência de desobediência aos preceitos da Leide Falência, descumprimento de deveres, omissão, negligência ou práticade ato lesivo às atividades do devedor ou terceiros, verifcando-se as hipó-teses legais).
Assim, requer a nomeação de novo administrador judicial (ou a convoca-ção dos suplentes para recompor o Comitê, perante à exclusão de algummembro).
(ATENÇÃO: Tratando-se de alência, pedir que o juiz determine que o ad-ministrador judicial preste contas em 10 (dez) dias, conorme o parágrao 2°do artigo 31 da Lei).
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n°. da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 57
PEDIDO DE CONVOCAÇÃO GERAL PARA A CONSTITUIÇÃO DO COMITÊ DE CREDORES OU A SUBSTITUIÇÃO DE SEUS MEMBROS
Exmo. Sr. Dr. Juiz da Vara Empresarial da Comarca de .....
Processo n.°: XXXXX
(Nome do credor), qualifcado nos autos de recuperação judicial da empre-sa...., que se processa por este MM. Juízo, por seu advogado inra-assinado,vêm, à presença de V. Exa., com ulcro no artigo 52, parágrao 2° da Lei11.101/95, requerer a convocação da ASSEMBLÉIA GERAL para que sejaseu Comitê de credores (ou a substituição de seus membros), observado odisposto no artigo 36, parágrao 2° da reerida lei.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n°. da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 58
COMUNICAÇÃO DA SUSPENSÃO DAS AÇÕES E EXECUÇÕES CONTRA AEMPRESA EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL AOS JUÍZOS COMPETENTES
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial Comarca da ...........
Processo n.° XXXXX
(Nome da empresa), com sede na cidade de ......., localizada na Rua ....., com ins-crição no CNPJ sob o n°.:......., por seu advogado inra-assinado (doc. em anexo),vêm, à presença de V. Exa., nos autos de execução (ou outra ação) que lhe move.....,com ulcro no artigo 52, parágrao 3° da Lei 11.101/95, COMUNICAR a sus-pensão das ações em ace a mesma, em virtude de ter sido deerido o processamen-to de sua recuperação judicial, conorme az é os documentos anexos.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n°. da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 59
PEDIDO DE DESISTÊNCIA DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da......
Processo n°.: XXXXX
(Nome da empresa), por seu advogado inra-assinado, nos autos do pedi-
do de sua recuperação judicial que se processa por este MM. Juízo, vêm,à presença de V. Exa., com amparo no artigo 52, parágrao 4° da Lei n°.11.101/05, requerer a DESISTÊNCIA do avor legal pleiteado e já deeridoo seu processamento, inormando ter obtido aprovação do presente pedidona Assembléia Geral de Credores, conorme documento incluso.
Assim, pede-se a homologação do presente pedido e seu arquivamento paraos fns de Direito.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
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FGV DIREITO RIO 60
PEDIDO DE ALIENAÇÃO OU ONERAÇÃO DE BENS PELA EMPRESA EMREGIME DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca de .......
Processo n°.: XXXXX
(Nome da parte), por seu advogado inra-assinado, nos autos de seu pedidode recuperação judicial que se processa por este MM. Juízo, vêm, à presençade V. Exa., expor e requerer o seguinte:
1. Encontra-se em andamento o pedido de recuperação judicial da suplican-te, já distribuído, portanto.
2. Ocorre que para que a suplicante possa eetuar o pagamento de..... a mes-ma necessita alienar (ou onerar) o seguinte bem de sua propriedade.... quetem o valor de ...., sendo que tal bem não se encontra relacionado no plano
de recuperação judicial.
3. Assim, digne-se V. Exa., reconhecer a evidente utilidade da alienação (ouoneração) pleiteada, ouvindo-se o Comitê de credores, para ao fnal autori-zar-se o que ora se pede.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n°. da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 61
PEDIDO DE FALÊNCA FEITO PELO DEVEDOR
Exmo. Sr. Dr. de Direito da Vara Empresarial da Comarca da....
(Nome, endereço e n°. do CNPJ do requerente), por seu advogado in fne
assinado, ut instrumento de procuração em anexo, com escritório localiza-do na Rua....., onde recebe intimações e avisos, vem, mui respeitosamente,ajuizar o presente pedido de AUTO-FALÊNCIA com ulcro nos artigos97, I e 105 da Lei n°. 11.101/05, mediante as razões de ato e direito adian-te articuladas:
1. A requerente atua no ramo do comércio de ... há... anos, sempre no mes-mo endereço.
2. Entretanto, nos últimos 02 (dois) anos, em virtude da alta de capital de
giro para administrar as suas atividades, recorreu a empréstimos bancários e junto a particulares, não obtendo o retorno almejado que viesse que viesse aestabilizar suas fnanças.
3. Sem recursos, passou à condição de inadimplente perante os seus un-cionários, ornecedores, bancos e particulares, submetido a um processo derecessão irremediável, contra si tirados vários protestos, conorme certidõesora anexadas.
4. Numa breve análise dos últimos balancetes mensais e do balanço anual,vislumbra-se com evidência a debilidade fnanceira e econômica da peticio-naria, não lhe restando outra alternativa, senão o pedido de auto-alência,subscrito nesta oportunidade pela integralidade dos seus sócios, esclarecendonão ser possível para si o pedido de recuperação judicial.
5. Ex positis , com undamento no artigo 105 da Lei de Falências, a suplican-te requer:
a) seja decretada sua alência, obediente o ato decisório às recomendações da
lex specialis que regula a quebra;
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 62
b) a juntada da procuração, com poderes especiais para pedir a auto-alência,outorgada por todos os sócios da empresa requerente;
- contrato social;
- balanço patrimonial (art. 105, I, “b” da Lei de Falência);
- demonstração do resultado desde o último exercício social (art. 105, I, “c”da Lei);
- relatório do uxo de caixa (art. 105, I, “d” da Lei);
- relação nominal dos credores, seus endereços, importância devida, naturezae classifcação dos respectivos créditos (art. 105, II da Lei).
- relação dos bens e direitos que compõem o ativo, com a respectiva estima-tiva de valor e documentos comprobatórios de propriedade (art. 105, III daLei);
- prova de condição de empresário, mediante apresentação de seu contratosocial, estatuto em vigor, ou se não houver, a indicação de todos os sócios, seus
endereços e a relação de seus bens pessoais (art. 105, IV);
- livros obrigatórios e documentos contábeis (art. 105, V);
- relação de seus administradores nos últimos 5 (cinco) anos, com os respecti-vos endereços, suas unções e participação societária (art. 105, VI);
c) a produção de todas as provas admitidas em Direito.
Dá-se a causa o valor de R$.............................
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n°. da OAB do advogado).
(ATENÇÃO: Deverá conter as assinaturas de todos os sócios com a frmareconhecida).
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FGV DIREITO RIO 63
PEDIDO DE FALÊNCIA FEITO PELO CREDOR
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca de .......
(Nome, qualifcação e endereço), por seu procurador ao fnal assinado (doc.
anexo), com escritório profssional estabelecido à rua......, na cidade de.......,onde recebe intimações e avisos, vêm,à presença de V. Exa., baseado nosartigos 94 e 97, IV da Lei n°. 11.101/05, requerer, o processamento do pre-sente PEDIDO DE FALÊNCIA da empresa:.........., com sede nesta cidade,à rua......, inscrita no CNPJ sob o n°. ....., em vista das seguintes razões deato e de direito abaixo:
1. O autor é credor da ré, pela quantia de R$......., representado pela dupli-cata n°. ....., emitida na data de ...... no valor de R$......., que ultrapassa ovalor equivalente a quarenta salários mínimos nesta data, de acordo com a
exigência do art. 94, I da Lei de Falências.
(ATENÇÃO: Permite-se que mais de um credor em litisconsórcio, reúnam-se para se atender tal requisito, conorme o parágrao 1° do artigo 94).
2. Tal título ora devidamente protestado por alta de pagamento (docs. ane-xo), sem que a ré nada alegasse acerca dos títulos, líquidos, certos e exigíveisfrmados pela mesma.
3. De orma amigável, tornou-se impossível o recebimento de tais quantias.
4. Nos termos do art. 94 da lei citada, considera-se alido o devedor que, semrelevante razão de direito, não paga no vencimento obrigação líquida, mate-rializada em título ou títulos executivos protestados.
5. A vista do exposto, requer-se na orma do artigo 98 da Lei de Falência, acitação da ré, na pessoa de um de seus representantes legais, a saber:
- para no prazo de 10 (dez) dias, apresentar contestação acompanhando a
presente, até fnal decisão e decreto da alência ora requerida.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 64
6. No caso de a ré pretender no prazo da contestação depositar a quantiacorrespondente ao crédito reclamado, para elidir o pedido de alência (art.
98 parágrao único), fca requerida a inclusão da correção monetária, jurosde mora desde o vencimento, além das custas processuais, despesas comos protestos no valor de R$..... e honorários advocatícios. (Súm. N°. 29do STJ).
Requer, outrossim, após o decurso do prazo para deesa, que seja dadoprosseguimento ao eito, com o decreto da alência da ré por sentença(art. 99 da lei), e a tomada de todas as providências previstas na mencio-nada legislação.
Protesta-se por provar o alegado por todos os meios de provas admitidasem Direito.
Dá-se a causa o valor de R$ ...........
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n°. da OAB do advogado).
(ATENÇÃO: O pedido poderá ser undado em quaisquer das hipóteses elen-cadas no artigo 94 da Lei de Falência. A legitimidade para o presente pedidoestá prevista no art. 97 da mesma lei).
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FGV DIREITO RIO 65
FALÊNCIA – CONTESTAÇÃO – PROTESTO IRREGULAR
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da .....
Processo n°. XXXXX
(Nome, endereço e n°. do CNPJ da contestante), por seu advogado in fne
assinado, ut instrumento de procuração em anexo (doc. em anexo 01), comescritório situado nesta capital, à rua....., onde recebe intimações e avisos,nos autos do pedido de alência promovido por......., vem, respeitosamente,apresentar sua CONTESTAÇÃO (art. 98 da Lei de Falência), mediante asrazões de ato e de direito apresentadas abaixo:
1. No caso em espécie há vício no protesto (ou em seu instrumento), queobsta o decreto de alência, nos termos do art. 96, VI, da Lei, eis que oendereço da empresa contestante não é e nunca oi aquele lançado em talinstrumento de protesto.
2. Urge de estalo distinguir que para instruir um pedido de alência, a exor-dial deve vir acompanhada de regular instrumento de protesto dos títulos quecalçam a pretensão drástica alitária, sem o que vazia a aspiração.
3. A exigência do protesto prevista art. 94, parágrao 3ª da Lei de Falência,deve, entretanto, ser eita com todo rigor para evitar a chicana muito comumatualmente, protestando-se em local que certamente o indigitado devedornão receberá o aviso de protesto, com isso, consumando-o, tal qual o ocorri-do na hipótese vertente, data vênia, onde ora colocado um outro endereço,senão o da empresa ora contestante.
4. Ensina Silva Pacheco que “o protesto deve se revestir das ormalidadeslegais. Se irregular o protesto, não confgura o título executivo alencial, e,por conseguinte, acarreta a não decretação da quebra...o protesto nulo podese constituir deesa argüível pelo réu-devedor, eis que, se nulo o protesto,inexiste o ato legitimador da alência, se pedida com base no art. 1° do Dec.Lei 7.661/45. Irregular o protesto quanto não or intimado o devedor”.
5. Logo a seguir Silva Pacheco aduz que “ o instrumento de protesto nessecaso, deve conter necessariamente... d) a certidão de não haver sido encon-
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 66
trado, ou de ser desconhecido ou estar ausente o devedor, casos em que aintimação será eita por edital, afxado à porta do cartório e publicado pela
imprensa... se nulo, porém, or o protesto, não se há de admiti-lo comoelemento sufciente a caracterização do título executivo alencial ou a decre-tação da quebra” (Processo de Falência e Concordata, ed. Forense, 6ª edição,p.192 e 193).
6. Quando o local onde deve ser tirado o protesto, diz Rubens Requião: “oprotesto do título da obrigação líquida deve ser tirado perante o ofcial públi-co respectivo, no domicílio comercial do devedor, na jurisdição competentepara a declaração da alência”.
E, ainda confrma: “provando o devedor que a tramitação oi irregular e,portanto nula, o credor, em ace dessa deesa oposta pelo devedor, pode verdenegada a alência requerida. Existe abundante jurisprudência a respeito,confrmando a sentença denegatória da alência” (Curso de Direito Falimen-tar, ed. Saraiva, 9ª edição, p. 98 e 100).
7. Importante registrar que a Lei n°. 9.492 que trata do Protesto de Títulosde Crédito em seu artigo 14 menciona que o Tabelião de Protesto expediráa intimação ao devedor “no endereço ornecido pelo apresentante do título,
desde que o recebimento fque assegurado e comprovado através de protoco-lo, aviso de recepção (AR) ou documento equivalente”.
8. Revela-se sem muito esorço que o autor reconhecidamente sabia previa-mente do endereço onde achava-se estabelecido o réu, e, mesmo assim, mal-dosamente, procedeu ao protesto em endereço diverso, na comarca de.....
9. Fulminando de vez, o suplicado traz todas as suas alterações contratuais,desde o início da empresa que sempre oi estabelecida a sua sede na “........município de .....( doc. n°...... – todas as alterações contratuais).
10. E nem venha o autor dizer que desconhecia ou não sabia do endereçoda suplicada, pois está registrado em “órgão público”, na Junta Comercialde ......, e ele próprio (autor), havia consignado nas notas fscais o endereçocorreto daqui de......
11. Ademais, desconhece o réu o motivo da remessa de hipotética comprapara a rua....., bairro......, local no qual jamais o suplicado manteve sua sedeadministrativa, restando o autor ilhado em suas palavras, contrárias à avalan-
che de elementos processuais e dos próprios registros na.... quanto ao local deuncionamento do demandado.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 67
12. Noutra senda, não há prova ao menos da entrega do protesto do réu,e, mesmo se e realizado via editalícia, aí sim piora a sua situação, já que
o suplicado tem endereço certo e sabido, publicamente divulgado na .... e,aliás de conhecimento notório seu uncionamento regular por estas bandasdo interior, conorme inere-se das várias notas fscais aqui carreadas de ....a....... de..... (doc. em anexo), além do conhecimento do mesmo pelo autor,ato incontroverso.
13. Ressalte-se que o próprio Juízo da Vara Empresarial, desde cedo captoua agrante nulidade do protesto, as deparar com endereços “dierentes” entreaquele inormado na inicial.
14. Assim, nulos são os protestos, ante aos insanáveis vícios que os conta-minam, tornando-os imprestáveis para os fns de instruir pedido de alên-cia, devido a intimação totalmente irregular do protestado/réu em ende-reço e comarca nos quais, repita-se, nunca esteve o demandado sediado,quando já tinha o autor conhecimento por si que a sede do demandadoera em .......
15. Eeito de nulidade dos protestos é a alta de requisito indispensável paraviabilizar a pretensão do pleito inaugural, derivando daí a extinção imediata
e de plano do processo, por altar-lhe um requisito para o seu desenvolvimen-to, já que sem protesto válido e regular, não há como prosseguir o pedido deingresso, devendo, por isso, ser extinto, a teor da regra insculpida no artigo267, IV do CPC.
16. Única a jurisprudência neste caso:
“FALENCIA – PROTESTO IRREGULAR-INTIMAÇÃO DO DEVEDOR-
CARÊNCIA DE AÇÃO. Para perectibilizar o protesto e caracterizar a impon-
tualidade do devedor, é indispensável a sua intimação. Se irregular o protesto,
não confgura o título executivo alencial e, por conseguinte, não viabiliza a
decretação da quebra”. (ADV/COAD 95, verbete n.° 72122)
“FALÊNCIA-PROTESTO IRREGULAR. O protesto cambial e o pedido de
alência tem sido desvirtuados de suas fnalidades legais, constituindo-se, não
raro, meios coercitivos de pagamento. Pelos graves eeitos que deles resultam,
notadamente da quebra, impõem-se que os requisitos ormais sejam rigorosa-
mente observados. O protesto irregular do título cambial, de cujo instrumento
não consta certidão de ter sido pessoalmente intimado o representante legal da
devedora com endereço conhecido, nem juntando o aviso de recebimento na hi-
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 68
pótese da intimação ter sido processada por via postal, não autoriza a decretação
da quebra”. (ADV/COAD 95, verbete n°. 71181)
17. Ex positis , o suplicado requer:
a) o acolhimento da presente contestação em ace das inarredáveis nulidadese irregularidades dos protestos tirados em endereço completamente diversoda sede do réu, impossibilitando-o exercer como lhe competia seu direito dedeesa rente aos reeridos protestos, ausente, portanto, o requisito obrigató-rio do artigo 94, parágrao 3° da Lei de Falência, pelo que deve ser julgado oautor carecedor de ação por alta de requisito válido para o prosseguimentodo eito (art. 267, IV do CPC), condenando-o ao pagamento das custas pro-cessuais e honorários no importe de 20% (vinte por cento) sobre o valor dadívida cobrada, devidamente atualizada desde o ajuizamento da ação (art. 20§ 3° do CPC);
b) a produção de provas documental, testemunhal, pericial, e, especialmente,o depoimento pessoal do representante legal da autora, sob pena de confssão;
c) a intimação do signatário dos despachos proeridos nestes autos na ormada lei (CPC, art. 237, II), em seu escritório, sito à........
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n°. da OAB do advogado).
(ATENÇÃO: O direito de se contestar a alência é do devedor que terá oprazo de dez (10) dias para tanto (art. 98 da Lei de Falência).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 69
PEDIDO DE ELISÃO DA FALÊNCIA MEDIANTE DEPÓSITO
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.........
Processo n°.: XXXXX
(Nome da empresa), com sede nesta cidade, à rua....., inscrita no CNPJ sob
o n°. ........., por seu advogado inra-assinado, com escritório situado nesta ci-dade, à rua......, onde recebe intimações (art. 39, I do CPC), vem, à presençade V. Exa., nos autos em epígrae, de pedido de alência, requerer com ulcrono parágrao único do art. 98 da Lei n°. 11.101/05, a NÃO DECRETAÇÃODE SUA FALENCIA, mediante o depósito e juízo do valor correspondenteao valor total do crédito reclamado, acrescido de correção monetária, jurosde mora, custas processuais e honorários advocatícios, elidindo-se, assim opedido alimentar.
Nestes termos, com a expedição do alvará de levantamento em avor do autor,
Pede Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n°. da OAB do advogado).
(ATENÇÃO: O pedido só será admissível nas hipóteses de pedido de alên-cia com ulcro nos incisos I e II do art. 94 da lei).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 70
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DE MERCADORIA
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da ....
Processo n°. XXXXX
(Nome do credor), com sede na cidade de .............., à rua............., inscrito
no CNPJ sob o n°. ............., por seu advogado inra-assinado (doc. anexo),com escritório profssional situado na cidade de ........, à rua........., onderecebe intimações e avisos, vem, à presença de V. Exa., com undamento noartigo 85 da Lei n°. 11.101/05, requerer o processamento de um PEDIDODE RESTITUIÇÃO DE MERCADORIAS em ace (nome da empresa),com sede nesta cidade, à rua............, inscrita no CNPJ sob o n°. ........,ora com pedido de concordata, cujo procedimento ora deerido por esteMM. Juízo, às s..... dos autos principais, para o que passa a expor e a fnalrequerer o seguinte:
1. A requerente em data de ........ez entrega à concordatária de mercadorias,relacionadas na inclusa nota fscal de n.°..........., e respectivo canhoto, numtotal de ..................
2. Tais mercadorias são............... (descrever todas as mercadorias vendidas).
3. Para a cobertura da venda à prazo, ora emitida a duplicata de n.°......... novalor de ............ a vencer..........em data de .............., já protestadas.
4. Avista do exposto e com ulcro no arts. 87 e ss da lei, é a presente pararequerer a V. Exa., se digne em mandar ouvir o alido, o comitê, os cre-dores e o administrador judicial, para que no prazo sucessivo de 5 (cinco)dias, se maniestem, valendo como contestação a maniestação contrária àrestituição, e prosseguindo-se até fnal decisão, quando deverá o alido, serintimado à entrega da coisa, no prazo de quarenta e oito (48) horas, sen-do que, em havendo contestação deverá ser o alido condenado nas custasprocessuais e em honorários advocatícios à base de 20 % do valor totalda restituição.
5. Pede e requer, outrossim, que na eventualidade da inexistência das mer-cadorias, por terem sido benefciadas ou vendidas, seja o alido intimado a
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 71
proceder à restituição em moeda corrente nacional, como prevê o inciso I doart. 86 da Lei de Falência, acrescido dos juros de mora e atualização monetá-
ria, devendo em qualquer caso o alido ser condenado ao ressarcimento dascustas processuais e honorários advocatícios do patrono da autora.
6. Protesta-se por provar o alegado por todos os meios de provas admitidasem Direito.
Dá-se a causa o valor de R$...........
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n°. da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 72
PEDIDO DE CAUÇÃO NA RESTITUIÇÃO DE MERCADORIAS
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
(Nome do requerente), por seu advogado inra-assinado, nos autos em epí-
grae, de restituição de mercadorias requerida ace ao alido.........., vem, àpresença de V. Exa., requerer o que se segue:
1. Por r. sentença ora reconhecido o direito do suplicante e determinada aentrega da coisa no prazo de quarenta e oito (48) horas.
2. De tal sentença houve recurso de apelação, que não possui, eeito suspen-sivo, a teor do que reza o art. 90 da Lei de Falência.
3. Desejando o suplicante receber o bem (ou a quantia reclamada) antes do
trânsito em julgado de tal decisão, pretende ele prestar caução, com amparono art. 91 da Lei de Falência, requerendo assim seja admitida caução consis-tente de ........, com a lavratura do respectivo termo, e conseqüente prosse-guimento da restituição.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n°. da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 73
EMBARGOS DE TERCEIRO NA FALÊNCIA
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
(Nome, qualifcação e endereço), por seu advogado inra-assinado, vêm a
presença de V. Exa., com ulcro no art. 93 da Lei de Falência e nos artigos1.046 a 1.054 do Código de Processo Civil, promover os presentes EMBAR-GOS DE TERCEIRO nos autos de Falência de ................ que se processapor esse MM. Juízo (Processo n.°...............), em vista das seguintes razões deato e de direito:
1. Por ocasião da arrecadação de bens do alido (art. 108 da Lei de Falência),o administrador judicial nomeado por V. Exa. (s.....), incluiu na relação debens, como pertencesse à massa, o seguinte bem.........
2. Na realidade, contudo, tal bem não é de propriedade da frma alida, massim do embargante, consoante azem prova os documentos inclusos, encon-trando-se tal bem em poder da frma alida, por mera liberalidade do embar-gante que a emprestou para a realização de alguns testes.
3. Assim, não pertencendo tal bem arrecadado à empresa alida, massim ao embargante, seu legítimo proprietário, impõe-se a imediata devo-lução do mesmo ao suplicante, concedendo-se liminarmente o presen-te pedido.
4. Requer, outrossim, a citação do síndico, que representa a massa alida, paracontestar, querendo, os presentes embargos de terceiro, acompanhando-osaté fnal decisão, quando os mesmos haverão de serem julgados procedentes,liberando-se defnitivamente o bem indevidamente arrolado.
Protesta-se por provar o alegado por todos os meios de provas admitidasem Direito, notadamente o depoimento pessoal do representante legal daempresa alida, inquirição de testemunhas, juntada, requisição e exibiçãode documentos.
Dá-se a causa o valor de R$.............................
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 74
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado)
Rol de testemunhas (CPC, art. 1.050)
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 75
IABILITAÇÃO DE CRÉDITO NA FALÊNCIA
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
(Nome do credor, endereço e número do CNPJ – pessoa jurídica) ou CPF
(pessoa ísica), por seu advogado inra-assinado (doc. anexo), com escritóriolocalizado na rua.........., onde recebe intimações e avisos, vêm, à presençade V. Exa., nos autos de Falência de ..... que se processa por este MM. Juízo,requerer, na orma do art. 7°, parágrao 1°; art. 9° e art. 99, IV da Lei n.°11.101/05, a HABILITAÇÃO DE SEU CRÉDITO expondo o seguinte:
1. Que é credor da alida, pela quantia de.... representado por....., vencidoem data de ......(doc. anexo), cujo valor atualizado até a data da decretaçãoda alência é de....
2. Que seu crédito reere-se à........., estando classifcado como..........(art. 83da Lei de Falências).
3. À vista do exposto, requer seja seu crédito incluído no respectivo quadrogeral dos credores da alida declinada, ouvindo-se o administrador judicialpara fns de impugnação, com o prosseguimento do eito até a decisão fnal,requerendo que todas as intimações sejam procedidas na pessoa do advogadosignatário da presente.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado)
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 76
IMPUGNAÇÃO À HABILITAÇÃO DE CRÉDITO FEITA PELO CREDOR
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
(Nome do credor, endereço e número do CNPJ – pessoa jurídica) ou CPF
(pessoa ísica), por seu advogado inra-assinado, nos autos de habilitaçãode crédito requerida por........nos autos do processo de alência de ..........,que se processa por este MM. Juízo, vêm, à presença de V. Exa., na ormados artigos 8° e 13 da Lei 11.101/05, oerecer sua IMPUGNAÇÃO men-cionada habilitação, em vista de que........(observar que cabe impugnaçãocom reerência à legitimidade, importância ou classifcação de crédito re-lacionado).
À vista do exposto, requer o processamento da presente e sua autuação emseparado, ouvindo-se o credor impugnado (art. 11 da lei) no prazo de cinco
dias, e a seguir o devedor e o Comitê (se houver) e o administrador judicial,(art. 12 da lei), para ao fnal, observadas as ormalidades legais, ser a presenteimpugnação julgada procedente.
Protesta-se por provar o alegado pelos meios de provas admitidas pelo Direito.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado)
(ATENÇÃO: O prazo para a impugnação é dez dias (art. 8° da Lei de Fa-lência), contado da publicação da relação reerida no art. 7.°, parágrao 2° damesma lei).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 77
IMPUGNAÇÃO À HABILITAÇÃO DE CRÉDITO FEITA PELO CREDOR
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
(Nome do devedor), por seu advogado inra-assinado, nos autos de habili-
tação de crédito requerida por.......... nos autos do processo de sua alência,que se processa por este MM. Juízo, vêm, à presença de V. Exa., na ormados artigos 8° e 13 da Lei 11.101/05, oerecer sua IMPUGNAÇÃO à men-cionada habilitação, em vista de que..............(observar que cabe impugna-ção com reerência à legitimidade, importância ou classifcação de créditorelacionado).
À vista do exposto, requer o processamento da presente e sua autuação emseparado, ouvindo-se o credor impugnado (art. 11), no prazo de cinco dias, ea seguir o devedor e o Comitê (se houver) e o administrador judicial (art. 12),
para ao fnal, observadas as ormalidades legais, ser a presente impugnação julgada procedente.
Protesta-se por provar o alegado pelos meios de provas admitidas em Direito.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado)
(ATENÇÃO: O prazo para a impugnação é dez dias (art. 8° da Lei de Fa-lência), contado da publicação da relação reerida no art. 7.°, parágrao 2° damesma lei).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 78
EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES NA FALÊNCIA
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
(Nome do alido), por seu advogado inra-assinado, nos autos do proces-
so de Falência que se processou por este MM. Juízo vem, à presença de V.Exa., com ulcro no art. 159 da Lei 11.101/05 requerer a EXTINÇÃO DASOBRIGAÇÕES eis que decorrido o prazo de cinco anos (inciso III), contadoa partir do encerramento da alência.
Requer a autuação do presente pedido em separado, com a juntada da inclusacertidão que atesta o decurso do mencionado prazo, pleiteando-se a publi-cação de edital com prazo de trinta dias, no órgão ofcial e em outro jornalde grande circulação, acerca do presente pedido, para que qualquer credoroponha-se, querendo, ao presente pedido.
Decorrido tal prazo, pede-se seja proerida sentença, declarando-se extintasas obrigações do alido, com a comunicação a todas as pessoas e entidadesinormadas na decretação da alência e observância de todas as demais or-malidades legais.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado)
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 79
PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
(Nome , qualifcação e endereço da requerente), inscrita no CNPJ sob o
n°. ........., situada à rua......................., por seu advogado in fne assinado,ut instrumento de procuração em anexo, com escritório profssional situadonesta capital, à rua............, onde recebe intimações e avisos(CPC, art. 39, I),vem, respeitosamente, impetrar o presente pedido de RECUPERAÇÃO JU-DICIAL para fns de viabilizar a superação da situação de crise econômico-fnanceira do devedor, a fm de permitir a manutenção da onte produtora,do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendoassim a preservação da empresa, sua unção social e o estímulo à atividadeeconômica (art. 47 e ss da Lei n.° 11,101/05), mediante as razões de ato edireito adiante articuladas:
1. A peticionaria exerce suas atividades de ....... há mais de dois anos, aten-dendo-se o inciso I do art. 48 da Lei de Falências.
2. Entretanto, nestes últimos três anos oi obrigada a uma completa rees-truturação no seu maquinário, adquirindo equipamentos mais modernose capazes de atender à demanda de carros importados e mesmo os nacio-nais com modelos mais avançados que utilizam tecnologia norte-americanae japonesa.
3. Reeridos investimentos não tiveram o retorno planejado e esperado pelorequerente, em razão da orte crise fnanceira, por demais recessiva que asso-lou a economia pátria, reetindo nos salários de todos.
4. Com isso, os rendimentos previstos soreram reduzida queda, abaixando onúmero de clientes na utilização dos serviços prestados pelo requerente.
5. Para satisazer suas obrigações com salários, trabalhistas, fscais e com or-necedores, alternativa não restou senão o desconto de duplicatas em insti-
tuições fnanceiras, que lhe cobraram taxas de juros altíssimos, gerando umaeventual alta de capital de giro.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 80
6. Dentro deste quadro, a suplicante não dispõe no momento de recursosfnanceiros sufcientes para pagar os seus ornecedores.
7. A recuperação fnanceira é lenta, por isso, necessita de um prazo para re-erguer a empresa, com as benesses legais da recuperação judicial, como únicaorma de evitar-se uma indesejável alência.
8. A requerente nunca aliu, nunca teve obtido concessão de recuperação ju-dicial (incisos I a III do art. 48), e não ocorre, ainda, a restrição do inciso IV do art. 48 da Lei n.° 11.101/05 que pudesse obstar o presente pedido.
9. Para instruir o presente pleito traz à colação os documentos fscais e con-tábeis abaixo (art. 51, II), retratando com rigor a diícil situação fnanceirado suplicante:
a) balanço patrimonial;
b) demonstração de resultados acumulados;
c) demonstração do resultado desde o último exercício social;
d) relatório gerencial de uxo de caixa e de sua projeção.
(ATENÇÃO: Com amparo no parágrao 2° do art. 51 da Lei de Falências,as microempresas e as empresas de pequeno porte poderão apresentar livros eescrituração contábil simplifcados nos termos da legislação específca).
10. Esclarece que são seus credores ............ (apresentar relação nominal com-pleta dos credores, inclusive aqueles por obrigação de azer ou de dar, com aindicação do endereço de cada um, a natureza, a classifcação e o valor atua-lizado do crédito, discriminando sua origem, o regime dos respectivos venci-mentos e a indicação dos registros contábeis de cada transação pendente, naorma do inciso III do art. 51 da lei).
11. Apresenta certidão de sua regularidade no Registro Público de Empresas,bem como o ato constitutivo atualizado e as atas de nomeação dos atuaisadministradores, na orma do inciso V do art. 51 da lei.
12. Indica a seguir, a relação dos bens particulares dos seus sócios controladores edos seus administradores, atendendo-se ao inciso VI também do mesmo artigo.
13. Apresenta, ainda, os extratos bancários atualizados de suas contas (Art. 51, VII).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 81
14. Apresenta, mais, certidão expedida pelo cartório de protestos (art. 51,VIII), bem como relação de todas as ações judiciais em que a mesma fgura
como parte, inclusive de natureza trabalhista, com os valores de ..............(Art. 51, IX).
15. Ex positis , o suplicante requer:
a) seja deerido o processamento do presente pedido de recuperação judicial,com a nomeação de administrador judicial e tomada de todas as ulterioresprovidências previstas no art. 52 da Lei de Falência;
b) a produção de provas em Direito admitidas, e,c)a intimação do ilustre Representante do Ministério Público, art. 52, V daLei n.° 11.101/05.
Dá-se à causa o valor de R$..............................
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado)
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 82
OFERECIMENTO DO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL PELODEVEDOR
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
(Nome da empresa) por seu advogado inra-assinado, nos autos de sua RE-CUPERAÇÃO JUDICIAL que se processa por este MM. Juízo, vêm, à pre-sença de V. Exa., a tempo e modo (art. 53 da Lei n.° 11.101/05), apresentarseu PLANO DE RECUPERAÇÃO, na seguinte orma:
1. A suplicante pretende a recuperação de sua empresa, da seguinte orma:(Esclarecer ao juiz os meios pormenorizados que serão utilizados para a recu-peração da empresa. Art. 50 da lei).
2. Esclarece a viabilidade econômica de sua manutenção, eis que...........
3. Apresenta em anexo, laudo econômico-fnanceiro e de avaliação dos seusbens e ativos, frmado por profssional legalmente habilitado (art. 53, III).
4. Obriga-se ao cumprimento de suas obrigações no prazo máximo de doisanos (art. 61), comprometendo-se ao pagamento no prazo máximo de umano para o pagamento dos créditos derivados da legislação do trabalho oudecorrentes de acidente de trabalho vencidos até a data do pedido de recupe-ração judicial.
À vista do exposto, requer-se o prosseguimento do eito, com a oportunidadepara eventuais impugnações na orma do art. 55 da Lei de Falência.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado)
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 83
OFERECIMENTO PELO DEVEDOR DE CERTIDÕES
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
(Nome da empresa), por seu advogado inra-assinado, nos autos de seu pe-
dido de RECUPERAÇÃO JUDICIAL que se processa por este MM. Juízo,vêm, à presença de V. Exa., com ulcro no art. 57 da Lei n.° 11.101/05, re-querer juntada das certidões negativas de débitos tributários nos termos dosarts. 151,205,206 da Lei n.° 5.172/66.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado)
(ATENÇÃO: Tal apresentação será eita após a juntada aos autos do planoaprovado pela assembléia gral de credores ou decorrido o prazo para objeçãoao plano de recuperação (arts. 55 e 56 da lei de alência).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 84
PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL PARA MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
(Nome, qualifcação e endereço da requerente), inscrita no CNPJ sob o n°.........., situada à rua......................., por seu advogado in fne assinado, utinstrumento de procuração em anexo, com escritório profssional situadonesta capital, à rua............, onde recebe intimações e avisos(CPC, art. 39, I),vem, respeitosamente, impetrar o presente pedido de RECUPERAÇÃO JU-DICIAL para fns de viabilizar a superação da situação de crise econômico-fnanceira do devedor, a fm de permitir a manutenção da onte produtora,do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendoassim a preservação da empresa, sua unção social e o estímulo à atividadeeconômica (art. 47 e ss da Lei n.° 11,101/05), mediante as razões de ato e
direito adiante articuladas:
1. A peticionaria é microempresa (ou empresa de pequeno porte), enqua-drando-se assim para o beneício legal como autoriza o art. 70 e seu parágrao1° da Lei de Falência.
2. A peticionaria exerce suas atividades de ....... há mais de dois anos, aten-dendo-se o inciso I do art. 48 da Lei de Falências.
3. Entretanto, nestes últimos três anos oi obrigada a uma completa rees-truturação no seu maquinário, adquirindo equipamentos mais modernose capazes de atender à demanda de carros importados e mesmo os nacio-nais com modelos mais avançados que utilizam tecnologia norte-americanae japonesa.
4. Reeridos investimentos não tiveram o retorno planejado e esperado pelorequerente, em razão da orte crise fnanceira, por demais recessiva que asso-lou a economia pátria, reetindo nos salários de todos.
5. Com isso, os rendimentos previstos soreram reduzida queda, abaixando onúmero de clientes na utilização dos serviços prestados pelo requerente.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 85
6. Para satisazer suas obrigações com salários, trabalhistas, fscais e com or-necedores, alternativa não restou senão o desconto de duplicatas em insti-
tuições fnanceiras, que lhe cobraram taxas de juros altíssimos, gerando umaeventual alta de capital de giro.
7. Dentro deste quadro, a suplicante não dispõe no momento de recursosfnanceiros sufcientes para pagar os seus ornecedores.
8. A recuperação fnanceira é lenta, por isso, necessita de um prazo para re-erguer a empresa, com as benesses legais da recuperação judicial, como únicaorma de evitar-se uma indesejável alência.
9. A requerente nunca aliu, nunca teve obtido concessão de recuperação ju-dicial (incisos I a III do art. 48), e não ocorre, ainda, a restrição do inciso IV do art. 48 da Lei n.° 11.101/05 que pudesse obstar o presente pedido.
10. Para instruir o presente pleito traz colação os documentos fscais e con-tábeis exigidos na orma do art. 51, parágrao 2° da Lei de Falência , ou seja,livros e escrituração contábil simplifcados nos termos da legislação vigente.
11. Esclarece que são seus credores ............ (apresentar relação nominal com-
pleta dos credores, inclusive aqueles por obrigação de azer ou de dar, com aindicação do endereço de cada um, a natureza, a classifcação e o valor atua-lizado do crédito, discriminando sua origem, o regime dos respectivos venci-mentos e a indicação dos registros contábeis de cada transação pendente, naorma do inciso III do art. 51 da lei).
12. Apresenta certidão de sua regularidade no Registro Público de Empresas,bem como o ato constitutivo atualizado e as atas de nomeação dos atuaisadministradores, na orma do inciso V do art. 51 da lei.
13. Indica a seguir, a relação dos bens particulares dos seus sócios contro-ladores e dos seus administradores, atendendo-se ao inciso VI também domesmo artigo.
14. Apresenta, ainda, os extratos bancários atualizados de suas contas (Art.51, VII).
15. Apresenta, mais, certidão expedida pelo cartório de protestos (art. 51,VIII), bem como relação de todas as ações judiciais em que a mesma fgura
como parte, inclusive de natureza trabalhista, com os valores de ..............(Art. 51, IX).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 86
16. Ex positis , o suplicante requer:
a) seja deerido o processamento do presente pedido de recuperação judicial,com a nomeação de administrador judicial e tomada de todas as ulterioresprovidências previstas no art. 52 da Lei de Falência;
b) a produção de provas em Direito admitidas, e,
c) a intimação do ilustre Representante do Ministério Público, art. 52, V daLei n.° 11.101/05.
Dá-se à causa o valor de R$..............................Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado)
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 87
OFERECIMENTO DO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL PELODEVEDOR
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.°. XXXXX
(Nome da empresa), por seu advogado inra-assinado, nos autos de sua RE-CUPERAÇÃO JUDICIAL que se processa por este MM. Juízo vêm, à pre-sença de V. Exa., a tempo e modo (art. 71 da Lei n.° 11.101/05, apresentarseu PLANO DE RECUPERAÇÃO, na seguinte orma:
1. A suplicante pagará o montante de sua dívida objeto do processo de re-cuperação judicial em até tinta e seis parcelas mensais, iguais e sucessivas,corrigidas monetariamente e acrescida de juros de 12% ao ano.
2. A suplicante pagará a primeira parcela a que se obrigou no prazo máximo
de cento e oitenta dias, contado da distribuição do pedido de recuperação judicial que ocorreu em data de.....
3. A suplicante estabelecerá oportunamente e requererá em juízo a necessi-dade de aumentar despesas e contratar empregados para a continuação deseus negócios.
4. Apresenta em anexo, laudo econômico-fnanceiro e de avaliação dos seusbens e ativos, frmado por profssional legalmente habilitado (art. 53, III).
À vista do exposto, requer-se o prosseguimento do eito, com a oportunidadepara eventuais impugnações na orma do art. 55 da Lei de Falência.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado)
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 88
OBJEÇÃO AO PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL PARAMICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.°. XXXXX
(Nome dos credores), com sede na cidade de .... a rua..........inscrito no CNPJsob o n.°........, vêm, à presença de V. Exa., com ulcro no art. 55 da Lei11.101/05, oerecer OBJEÇÃO AO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDI-CIAL da microempresa (ou empresa de pequeno porte)........, o que az emvista dos seguintes motivos de ato e de direito:
1. A microempresa......requereu os avores de uma recuperação judicial, un-dando seu pedido no art. 70 da Lei de Falência.
2. Os suplicantes, na condição de credores titulares de mais da metade dos
créditos descritos no inciso I do caput do art. 71 da Lei de Falência.
3. A vista de exposto, requerem com ulcro no parágrao único do art. 72 daLei de Falência, se digne V. Exa., julgar improcedente o pedido de recupera-ção judicial e conseqüentemente decretar a alência da mencionada empresa,com o processamento do eito nos moldes da lei alimentar.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado)
(ATENÇÃO: O prazo para tal objeção será de trinta dias contado da publi-cação da relação de credores de que trata o parágrao 2° do art. 7° da Lei de
Falências.)
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 89
PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL FEITO DENTRO DO PRAZO DE CONTESTAÇÃO AO PEDIDO DE FALÊNCIA
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
(nome, endereço e n.° do CNPJ do requerente), por seu advogado in fne, utinstrumentos de procuração em anexo, com escritório situado nesta capital, àrua..........., onde recebe intimações e avisos, nos autos em que tramitam suaalência, processo n.°........ vem, respeitosamente, com ulcro no art. 95 daLei n.° 11.101/05, propugnar seja-lhe CONCEDIDA A SUA RECUPERA-ÇÃO JUDICIAL (arts. 47 e ss da lei), evitando-se assim sua quebra, pelo quepassa a expor e ao fnal requer:
1. A peticionaria é microempresa (ou empresa de pequeno porte), enqua-drando-se assim para o beneício legal como autoriza o art. 70 e seu parágrao
1° da Lei de Falência.
2. A peticionaria exerce suas atividades de ....... há mais de dois anos, aten-dendo-se o inciso I do art. 48 da Lei de Falências.
3. Entretanto, nestes últimos três anos oi obrigada a uma completa reestru-turação no seu maquinário, adquirindo equipamentos mais modernos e ca-pazes de atender à demanda de carros importados e mesmo os nacionais commodelos mais avançados que utilizam tecnologia norte-americana e japonesa.
4. Reeridos investimentos não tiveram o retorno planejado e esperado pelorequerente, em razão da orte crise fnanceira, por demais recessiva que asso-lou a economia pátria, reetindo nos salários de todos.
5. Com isso, os rendimentos previstos soreram reduzida queda, abaixandoo número de clientes na utilização dos serviços prestados pelo requerente.
6. Para satisazer suas obrigações com salários, trabalhistas, fscais e com or-necedores, alternativa não restou senão o desconto de duplicatas em insti-
tuições fnanceiras, que lhe cobraram taxas de juros altíssimos, gerando umaeventual alta de capital de giro.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 90
7. Dentro deste quadro, a suplicante não dispõe no momento de recursosfnanceiros sufcientes para pagar os seus ornecedores.
8. A recuperação fnanceira é lenta, por isso, necessita de um prazo para re-erguer a empresa, com as benesses legais da recuperação judicial, como únicaorma de evitar-se uma indesejável alência.
9. A requerente nunca aliu, nunca teve obtido concessão de recuperação ju-dicial (incisos I a III do art. 48), e não ocorre, ainda, a restrição do inciso IV do art. 48 da Lei n.° 11.101/05 que pudesse obstar o presente pedido.
10. Para instruir o presente pleito traz a colação os documentos fscais e con-tábeis exigidos na orma do art. 51, parágrao 2° da Lei de Falência, ou seja,livros e escrituração contábil simplifcado nos termos da legislação vigente.
a) balanço patrimonial;
b) demonstração de resultados acumulados;
c) demonstração do resultado desde o último exercício social;
d) relatório gerencial de uxo de caixa e de sua projeção.
(ATENÇÃO: Com amparo no parágrao 2° do art. 51 da Lei de Falências,as microempresas e as empresas de pequeno porte poderão apresentar livros eescrituração contábil simplifcados nos termos da legislação específca).
10. Esclarece que são seus credores ............ (apresentar relação nominal com-pleta dos credores, inclusive aqueles por obrigação de azer ou de dar, com aindicação do endereço de cada um, a natureza, a classifcação e o valor atua-lizado do crédito, discriminando sua origem, o regime dos respectivos venci-mentos e a indicação dos registros contábeis de cada transação pendente, naorma do inciso III do art. 51 da lei).
11. Apresenta certidão de sua regularidade no Registro Público de Empresas,bem como o ato constitutivo atualizado e as atas de nomeação dos atuaisadministradores, na orma do inciso V do art. 51 da lei.
12. Indica a seguir, a relação dos bens particulares dos seus sócios controladores edos seus administradores, atendendo-se ao inciso VI também do mesmo artigo.
13. Apresenta, ainda, os extratos bancários atualizados de suas contas (Art. 51, VII).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 91
14. Apresenta, mais, certidão expedida pelo cartório de protestos (art. 51, VIII),bem como relação de todas as ações judiciais em que a mesma fgura como parte,
inclusive de natureza trabalhista, com os valores de .............. (Art. 51, IX).
15. Ex positis , o suplicante requer:
a) seja deerido o processamento do presente pedido de recuperação judicial,com a nomeação de administrador judicial e tomada de todas as ulterioresprovidências previstas no art. 52 da Lei de Falência;
b) a produção de provas em Direito admitidas, e,
c)a intimação do ilustre Representante do Ministério Público, art. 52, V daLei n.° 11.101/05.
Dá-se à causa o valor de R$..............................
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado)
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 92
HABILITAÇÃO DE CRÉDITO DE CREDOR QUIROGRAFÁRIO NA FALÊNCIAOU NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
(Nome do credor, endereço e número do CNPJ – pessoa jurídica) ou CPF(pessoa ísica), por seu advogado inra-assinado, com escritório localizado narua............, vem, à presença de V. Exa., nos autos de FALÊNCIA (ou recu-peração judicial), de ......... que se processa por este MM. Juízo, requerer aHABILITAÇÃO DE SEU CRÉDITO, de acordo com os requisitos do art.9° da Lei de Falência, expondo o seguinte:
1. Que é credor quirograário da alida (ou da empresa sob recuperação judi-cial), pela quantia de ............ representado por, ..........vencido em data de ....(doc. anexo), que atualizado até a data da alência (ou pedido de recuperação
judicial) é de........
2. Que seu crédito reere-se à.........
(Verifcar, sendo o caso, os demais requisitos do pedido, na orma do art. 9°da Lei de Falências).
3. À vista do exposto, requer seja seu crédito incluído no respectivo quadrogeral dos credores da alida (ou da empresa que obteve pedido de recuperação
judicial) declinada, requerendo que todas as intimações sejam precedidas napessoa do advogado signatário da presente.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado)
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 93
HABILITAÇÃO DE CRÉDITO DE CREDOR RETARDATÁRIO NA FALENCIAOU PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
(Nome do credor, endereço e número do CNPJ – pessoa jurídica) ou CPF(pessoa ísica), por seu advogado inra-assinado (doc. anexo), com escritóriolocalizado na rua.........., onde recebe intimações e avisos, vêm, à presença deV. Exa., nos autos de Falência (ou recuperação judicial) de ..... que se pro-cessa por este MM. Juízo, requerer, na orma do art. 7°, parágrao 1°; art. 9°e art. 99, IV da Lei n.° 11.101/05, a HABILITAÇÃO DE SEU CRÉDITOexpondo o seguinte:
1. Que é credor quirograário da alida (ou empresa que obteve recuperação judicial), pela quantia de.... representado por....., vencido em data de ......
(doc. anexo), cujo valor atualizado até a data da decretação da alência é de....
2. Que seu crédito reere-se à.........,
(Verifcar, sendo o caso, os demais requisitos do pedido, na orma do art. 9°da Lei de Falências).
3. À vista do exposto, requer seja seu crédito incluído no respectivo quadrogeral dos credores da alida (ou da empresa que obteve pedido de recupera-ção judicial), declinada, como retardatária por não ter sido eito a tempo,requerendo que todas as intimações sejam procedidas na pessoa do advogadosignatário da presente.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado)
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 94
OBJEÇÃO AO PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
(nome, endereço, e n.° do CNPJ da embargante), ), por seu advogado inra-
assinado (doc. anexo), com escritório localizado na rua.........., onde recebeintimações e avisos, vêm, à presença de V. Exa., opor a presente OBJEÇÃO AO PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL impetrada por............., oque az com ulcro no art. 55 da Lei n.° 11.101/05, pelos motivos de ato edireito adiante articuladas:
(ATENÇÃO: expor os motivos da objeção, esclarecendo ao juiz que a em-presa não preencheu os requisitos ou não az juiz ao beneício legal–ver arespeito os arts. 50 e 51 da lei).
Ex positis, o oponente requer seja ACOLHIDA A PRESENTE OBJEÇÃOao plano de recuperação judicial da empresa....., requerendo se digne V. Exa.,convocar a assembléia geral de credores para deliberar sobre o assunto (art.56 da lei) e para a seguir, observadas as devidas ormalidades legais se negara concessão do beneício legal e via de conseqüência que seja DECRETADA
A FALÊNCIA, o que se pede na orma do parágrao 4°., do art. 57 da Lei deFalência, condenada a vencida ao pagamento dos ônus sucumbenciais.
Dá-se a causa o valor de R$.............
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 95
MODELO DE PETIÇÃO DE RESCISÃO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
(nome do credor), por seu advogado inra-assinado (doc. anexo), com escri-
tório localizado na rua.........., onde recebe intimações e avisos, nos autos deRECUPERAÇÃO JUDICIAL de......... que se processa por este MM. Juízo,vêm, à presença de V. Exa., com ulcro no art. 73 (inciso I a IV) da mencio-nada Lei n.°. 11.101/05, requerer a DECRETAÇÃO DE FALÊNCIA, damencionada empresa, eis que....
(expor os motivos do pedido com base no(s) inciso(s) declinado(s), que ser-vem de amparo ao pedido).
Á vista do exposto, requer o processamento do presente pedido, intimando
o devedor, com a oitiva do administrador judicial e do representante do Mi-nistério Público, e decretando-se a alência da mencionada concordatária naorma pleiteada.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 96
AÇÃO DE RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS DA EMPRESA FALIDA
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.........
Processo n°.: XXXXX
(Nome, qualifcação e endereço), por seu advogado inra-assinado, com es-critório situado nesta cidade, à rua......, onde recebe intimações (art. 39, I do
CPC), vem, à presença de V. Exa., com ulcro no art. 82 da Lei 11.101/05 esob o procedimento ordinário (art. 282, CPC), promover a presente AÇÃOORDINÁRIA DE RESPONSABILIDADE em ace de (nome, qualifcaçãoe endereço dos requisitos), em vista das seguintes razões de ato e de direito:
1. Conorme se verifca dos documentos anexos constantes dos autos de alênciada empresa...objeto do processo n.°.......... que tramitou por este MM. Juízo, f-cou evidenciada a responsabilidade pessoal dos sócios da mencionada empresa,cujas responsabilidades oram devidamente apuradas no processo alimentar.
2. Assim, tem a suplicante legitimidade para pleitear a responsabilidade dosmencionados sócios pela quantia de.....correspondente a ..............
3. A vista do exposto, requer-se a citação dos requisitos, para contestarem,querendo, os termos da presente ação, acompanhando-a até a decisão fnal,quando a mesma haverá de ser julgada como procedente, decretando-se aresponsabilidade dos mesmos pelo pagamento da quantia de ........ acrescidade juros de mora, atualização monetária, custas processuais e honorários ad-vocatícios, o que fca desde já requerido.
Protesta-se por provar o alegado por todos os meios de provas admitidasem Direito.
Dá-se a causa o valor de R$...........
Nestes Termos,
P. Deerimento.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 97
PEDIDO DE INDISPONIBILIDADE DE BENS NA FALÊNCIA
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.........
Processo n°.: XXXXX
(Nome da parte), por seu advogado inra-assinado, nos autos do processo de
alência em epígrae, da empresa.......vem, à presença de V. Exa., com ulcrono art. 82, parágrao 2° da Lei 11.101/05, requerer a INDISPONIBILIDA-DE dos bens particulares dos sócios da mencionada sociedade pela quantiade ......... até que seja devidamente julgada a ação de responsabilidade ajuiza-da na orma do art. 82 “caput” da legislação declinada.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 98
PEDIDO DE AQUISIÇÃO OU ADJUDICAÇÃO DOS BENS ARRECADADOS
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.........
Processo n°.: XXXXX
(Nome do credor), qualifcado nos autos em epígrae, de alência de .......
que se processa por este MM. Juízo, vem, à presença de V. Exa., com ulcrono art. 111 da Lei n.° 11.101/05, requerer em razão dos custos e no interesseda massa alida, a AQUISIÇÃO (ou a adjudicação) dos bens arrecadados, asaber......., pelo valor da avaliação que é de ........, comprometendo-se ao pa-gamento imediato do valor, pleiteando-se a oitiva do Comitê de Credores e odeerimento do presente pedido na orma e para os fns de Direito.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 99
PEDIDO DE REMOÇÃO DE BENS ARRECADADOS
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.........
Processo n°.: XXXXX
(Nome da parte), por seu advogado inra-assinado, nos autos de alência,
vêm, à presença de V. Exa., com ulcro no art. 112 da Lei 11.101/05, re-querer a REMOÇÃO dos bens arrecadados às s........, para que os mesmossejam melhor guardados e conservados, pedindo-se fquem esses sob depósitoe responsabilidade do administrador judicial que frmará compromisso.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 100
NOTIFICAÇÃO FEITA AO ADMINISTRADOR JUDICIAL PELOCONTRATANTE
(local e data)
Exmo. Sr. ..........
DD. Administrador Judicial da alência de .........
Rua...........Cidade............
Prezado Senhor,
Tendo em data de........ frmado um contrato para prestação de serviço à em-presa.........(doc. em anexo), que teve sua alência decretada em data de .....,
vem, o suplicante interpelar aV.Sa., para que seja inormado se irá ou não sercumprido o contrato, o que se az na orma do art. 117, parágrao 1° da Leide Falência.
Sem mais, aguardando vosso pronunciamento, frmo-me,
Atenciosamente,
(assinatura do interpelante).
(ATENÇÃO: A presente poderá ser eita extrajudicialmente, por A.R. ouatravés de um cartório de registro de Títulos e Documentos.)
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 101
PEDIDO DE INEFICÁCIA DE ATOS PRATICADOS ANTES DA FALÊNCIA
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.........
Processo n°.: XXXXX
(Nome da parte), por seu advogado inra-assinado, nos autos em epígrae, de
alência da empresa............., vêm, à presença de V. Exa., com ulcro no art.129 da Lei 11.101/05, requerer se digne a V. Exa., declarar incidentalmentenesse processo, a inefcácia do seguinte ato praticado pela massa alida.......(verifcar as hipóteses do art. 129 da lei).
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 102
AÇÃO REVOCATÓRIA
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.........
(Nome do credor), por seu advogado inra-assinado, com escritório situado
nesta cidade, à rua......, onde recebe intimações (art. 39, I do CPC), vem, àpresença de V. Exa., com ulcro no art. 132 e ss da Lei 11.101/05 , promovera presente AÇÃO REVOCATÓRIA PELO PROCEDIMENTO ORDINÁ-RIO (CPC, art. 282) em ace de (nome, qualifcação e endereço- ver a legi-timidade passiva para ação no art. 133, I a III da lei), em vista das seguintesrazões de ato e de direito:
1. Pela regra do art. 1330 da Lei de Falência soa revogáveis os atos praticadoscom a intenção de prejudicar credores, provando-se o conluio raudulentoentre o devedor e o terceiro que com ele contratar e o eetivo prejuízo sorido
pela massa alida.
2. No caso em apreço, constatou-se a prática de tal conluio, eis que.......
(esclarecer os atos, demonstrando o que ocorreu e o prejuízo sorido pelamassa alida).
3. A competência legal é do juízo alencial (art. 134 da lei), tendo legitimi-dade ativa o administrador judicial, qualquer credor ou o Ministério Público(art. 132 da Lei de Falência), e legitimidade passiva as pessoas elencadas noart. 133 da mesma lei.
4. Presente in casu, sem exceção, os elementos caracterizadores pela raude aoscredores: conluio raudulento e o eetivo prejuízo sorido pela massa alida.
5. Ex positis, o autor requer:
a) seja julgada procedente a ação, para reconhecendo-se a raude, prejudican-do-se sobremaneira os credores da massa alida, se declarar como revogados
os atos praticados e ora denunciados, voltando-se à situação anterior;
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 103
b) citação da ré, no endereço registrado no preâmbulo, para, querendo, con-testar, sob pena de revelia, acompanhando-a até fnal decisão, quando haverá
de ser julgada procedente a ação e condenada a ré nos eeitos sucumbenciais;
(ATENÇÃO: Requerer, sendo o caso, o seqüestro dos bens com amparo noart. 137 da lei).
c) a distribuição por dependência ao processo principal de alência n.°..............
d) a produção de prova pericial, testemunhal, documental, e, especialmente,o depoimento pessoal dos réus, sob pena de confssão;
e) a maniestação do Ministério Público.
Dá-se a causa o valor de R$.............
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 104
AÇÃO DE PERDAS E DANOS MOVIDA POR TERCEIRO DE BOA-FÉ CONTRA O DEVEDOR OU SEUS GARANTES
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.........
(Nome, qualifcação e endereço), por seu advogado inra-assinado, com es-critório situado nesta cidade, à rua......, onde recebe intimações (art. 39, Ido CPC), vem, à presença de V. Exa., com ulcro no art. 136, parágrao 2°da Lei 11.101/05 , promover a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS em ace de (nome, qualifcação e endereço), em vistadas seguintes razões de ato e de direito:
1. O suplicante em data de...... adquiriu um bem da empresa (descriminar obem)..........., vindo à mesma a ter sua alência decretada em data de ..........(docs. anexos).
2. Fora ajuizada ação revocatória pelos credores, visando o retorno dos bensà massa alida, que ora julgada procedente, reconhecendo-se assim o direitodesses (doc. anexo), cuja sentença transitou em julgado em data de .....
3. O suplicante na condição de comprador de boa-é não pode ser preju-dicado pela atitude da vendedora, razão pela qual e mercê da presente açãopretende ser ressarcido à título de perdas e danos pela quantia de..... corres-pondente ao valor do bem adquirido, cujo valor deverá ser corrigido mone-tariamente, acrescido de juros moratórios, além de...... (esclarecer e pedir acondenação de algum outro prejuízo que o vendedor, ora autor teve com odesazimento do negócio ace à sentença proerida na ação revocatória).
4. A vista do exposto, propõe-se a presente ação, requerendo seja a mesma julgada como procedente, de modo a se condenar o suplicado, a pagar-lheo que oi reclamado no item anterior, com os acréscimos, além das custasprocessuais e honorários advocatícios, citando-o, para contestar, querendo,os termos da presente ação e acompanhá-la até fnal decisão.
Protesta-se por provar o alegado por todos os meios de provas admitidasem Direito.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 105
Dá-se a causa o valor de R$............. (valor do pedido).
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 106
PEDIDO DE ALIENAÇÃO DO ATIVO
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.........
Processo n°.: XXXXX
(Nome da parte), por seu advogado inra-assinado, nos autos em epígrae, de
alência da empresa............., vêm, à presença de V. Exa., com ulcro no art.142 da Lei 11.101/05, requerer se digne a V. Exa., requerer a alienação doativo da mencionada empresa, na modalidade de .... (verifcar os incisos I aIII do art. 142 da lei).
Requer, assim a oitiva do administrador judicial e com a orientação do comi-tê de credores, o deerimento do pedido e observância das prescrições legaispara a alienação.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 107
IMPUGNAÇÃO DE ALIENAÇÃO DO ATIVO
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.........
Processo n°.: XXXXX
(Nome da parte), por seu advogado inra-assinado, nos autos em epígrae,
de alência da empresa............., vêm, à presença de V. Exa., com ulcro noart. 143 da Lei 11.101/05, requerer se digne a V. Exa., oerecer a presenteIMPUGNAÇÃO à alienação do ativo da mencionada deerida às s...., emvista das seguintes razões de ato e de direito:
1. A pedido da alida, e mediante parecer avorável do administrador judicial,ora deerida a alienação do ativo da empresa mencionada, através de (leilão,propostas echadas ou pregão).
2. A alienação ocorreu em data de ...., pelo valor de .... conorme consta
nos autos.
3. Ocorre, que a alienação não poderia ter sido deerida e realizada, eis que....(esclarecer os motivos impeditivos).
4. A vista do exposto, fca impugnada a alienação em apreço, requerendo sedigne V. Exa., no prazo de cinco dias decidir sobre a mesma, julgando-a pro-cedente para os fns de Direito.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 108
MODELO DE PEDIDO DE RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL COM ADESÃODOS CREDORES
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
(Nome da empresa, endereço e número do CNPJ – pessoa jurídica) ou CPF(pessoa ísica), por seu advogado inra-assinado (doc. anexo), com escritó-rio localizado na rua.........., onde recebe intimações e avisos, vêm, à pre-sença de V. Exa., com ulcro nas disposições dos artigos 161 e ss da Lei n.°11.101/05, requerer a HOMOLOGAÇÃO DO PRESENTE PEDIDO DERECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL frmado com seus credores, expondoo seguinte:
1. A empresa requerente preenche os requisitos do art. 48 da Lei de Falência,azendo jus ao presente pedido, não havendo, ainda, impedimento do art.
161, parágrao 3° da lei.
2. Que todos os seus credores aderiram ao presente pedido, estando de acor-do com ele (docs. em anexo), conorme termo que contem os termos e ascondições (art. 162), contendo, ainda, a orma de pagamento.
3. A vista do exposto, requer se digne V. Exa., dar prosseguimento ao pedidona orma do art. 164 da lei, homologar por sentença o presente pedido paraque o mesmo surta seus eeitos de direito, sendo tal sentença um título exe-cutivo judicial (CPC, art. 584, III).
Nestes termos, atribuindo-se ao pedido o valor de .....e com os documen-tos inclusos.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 109
MODELO DE PEDIDO DE REPERCURAÇÃO EXTRAJUDICIAL SEM ADESÃODOS CREDORES
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
(Nome da empresa, endereço e número do CNPJ – pessoa jurídica) ou CPF(pessoa ísica), por seu advogado inra-assinado (doc. anexo), com escritóriolocalizado na rua.........., onde recebe intimações e avisos, vêm, à presença deV. Exa., com ulcro nas disposições dos artigos 163 e ss da Lei n.° 11.101/05,requerer a HOMOLOGAÇÃO DO PRESENTE PEDIDO DE RECUPE-RAÇÃO EXTRAJUDICIAL frmado com seus credores, o que az em vistados seguintes motivos de ato e de direito:
1. A empresa requerente preenche os requisitos do art. 48 da Lei de Falência,azendo jus ao presente pedido, não havendo, ainda, impedimento do art.
161, parágrao 3° da lei.
2. De orma a atender as exigências constantes do parágrao 6° do art. 163da lei, a requerente esclarece que a situação patrimonial atual é a seguinte....
3. Apresenta em anexo a demonstração contábil relativa ao último exercíciosocial e as levantadas especialmente para instruir o presente pedido, na ormado inciso II do caput do art. 51 da mesma lei.
4. Anexa, ainda os documentos que comprovam os poderes para novarou transigir.
5. Esclarece que são seus credores (apresentar aqui a relação dos credores),com os requisitos abaixo:
(nome do credor, endereço e número do CPF ou CNPJ), sendo tal crédito denatureza....., sendo classifcado como........., com o valor atualizado até a pre-sente data de...., cuja obrigação venceu em data de........... estando registradocontabilmente em sua empresa (doc. em anexo).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 110
6. Que mais de 3/5 de seus credores aderiram ao presente pedido, estando deacordo com ele (docs. em anexo), conorme termo em anexo que contem as
condições e orma de pagamento (art. 162),
(ATENÇÃO: Verifcar a regra dos §§ 1°, 2° e 3° do art. 163, acerca das regraspara o pedido de homologação sem a adesão de todos os credores, mas departe deles.)
7. A vista do exposto, requer se digne V. Exa., dar andamento no eito naorma do art. 164 da lei, expedindo-se edital para que os demais credores quenão aderiram ao presente oereçam, querendo, impugnação a tempo e modo,
para ao fnal homologar por sentença o presente pedido para que o mesmosurta seus eeitos de direito, sendo tal sentença um título executivo judicial(art. 584, III do CPC).
Nestes termos, atribuindo-se ao pedido o valor de .....e com os documen-tos inclusos.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 111
MODELO DE IMPUGNAÇÃO PELOS CREDORES QUE NÃO ADERIRAM AOPEDIDO DE RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
(Nome da parte), por seu advogado inra-assinado, nos autos em epígrae,vem à presença de V. Exa., expor e requerer o seguinte:
1. Conorme se verifca dos autos, a suplicante pediu a homologação de pla-no de recuperação extrajudicial.
2. Não obstante, o pedido não ora homologado, eis que..........
3. Ocorre, que o motivo que ensejou a não homologação ora superado,estando assim cumpridas as ormalidades legais para tanto, razão pela qual
requer com ulcro no § 8° do art. 164 da Lei de Falência, se digne V. Exa.,homologá-lo, observando-se o trâmite processual para tanto.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 112
RELAÇÃO DE CREDORES
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
O administrador judicial da massa alida de ......., vem, respeitosamente, nes-
ta oportunidade, apresentar a “relação de credores” (art. 7°, § 2° da Lei deFalência), conorme abaixo discriminado:
Relação de Credores: (nome, endereço e n° de identifcação – CPF ou CNPJ)
Requer, na orma legal, seja juntado aos autos, subscrito por V. Exa., e publi-cado no órgão ofcial, para que produza seus eeitos jurídicos.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(nome e assinatura do administrador judicial).
(ATENÇÃO: O prazo para apresentação desta relação será de quarenta e cin-co dias contado do fm do prazo constante do parágrao 1° do art. 7° da lei).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 113
QUADRO GERAL DE CREDORES
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
O administrador judicial da massa alida de........., ,vem, respeitosamente,
nesta oportunidade, apresentar o QUADRO GERAL DE CREDORES (art.7°, parágrao 2° da Lei de Falência), conorme abaixo descriminado:
Relação de Credores da Falida: (nome, endereço e n° de identifcação – CPFou CNPJ).
Importância e Classifcação:
a) Créditos derivados da legislação do trabalho (art. 83,I ): O credor.........tem a receber a quantia de ..........sendo seu crédito classifcado derivado da
legislação do trabalho.
b) Créditos com Garantia Real (art. 83,II): O credor......... tem a receber aquantia de ..........sendo seu crédito classifcado derivado como garantia real.
c) Créditos Tributários (art. 83, III): O credor......... tem a receber a quantiade ..........sendo seu crédito classifcado derivado como créditos tributários.
d) Créditos com Privilégio Especial (art. 83, IV): O credor......... tem a rece-ber a quantia de ..........sendo seu crédito classifcado derivado como privilé-gio especial.
e) Créditos com Privilégio Geral (art. 83,V): O credor......... tem a receber aquantia de ..........sendo seu crédito classifcado derivado como privilégio geral.
) Créditos Quirograários (art. 83, VI): O credor......... tem a receber a quantiade ..........sendo seu crédito classifcado derivado como crédito quirograário.
g) Multas Contratuais (art. 83, VII): O credor......... tem a receber a quantia
de ..........sendo seu crédito classifcado derivado como multas contratuais.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 114
h) Créditos Subordinados (art. 83, VIII): O credor......... tem a receber aquantia de ..........sendo seu crédito classifcado derivado como crédi-
tos subordinados.
Requer, na orma legal, seja juntado aos autos, subscrito por V. Exa., e publi-cado no órgão ofcial no prazo de cinco dias, para que produza seus eeitos
jurídicos (art. 18, parágrao único).
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(nome e assinatura do administrador judicial).
(ATENÇÃO: O prazo para apresentação desta relação será de quarenta e cincodias contado do fm do prazo constante do parágrao 1° do art. 7° da lei).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 115
PEDIDO DE CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLÉIA GERAL DE CREDORES
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
O administrador judicial da massa alida de ......., vem, respeitosamente, nes-
ta oportunidade, requerer na orma do art. 22,I, “g” da Lei de Falências, sedigne a V. Exa., convocar a assembléia geral de credores (art. 35), para o fmde................
Nestes Termos,
P. Deerimento.
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(nome e assinatura do administrador judicial).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 116
PEDIDO DE FALENCIA NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
O administrador judicial da empresa de ......., em regime de recuperação
judicial, ao fnal assinado, vem, respeitosamente, a presença de V.Exa., comamparo no art. 22, II, “d” da Lei de Falência, requerer seja decretada a alên-cia da mencionada empresa, eis que está ocorrendo no caso em espécie des-cumprimento de obrigação assumida no plano de recuperação, consistentede......(verifcar as hipóteses do art. 53 da Lei de Falência).
Nestes Termos,
P. Deerimento.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 117
RELATÓRIO MENSAL DAS ATIVIDADES DO DEVEDOR EM REGIME DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
O administrador judicial da empresa de ......., em regime de recuperação judicial, ao fnal assinado, vem, respeitosamente, a presença de V.Exa., comamparo no art. 22, II, “c” da Lei de Falência, apresentar o relatório das ativi-dades da mencionada empresa, inormando o seguinte:
1. Que as atividades estão sendo exercidas de orma normal.
2. Que as obrigações assumidas estão sendo cumpridas.
3. Que não vê motivo para não se continuar a empresa em regime de recu-
peração judicial.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 118
RELATÓRIO SOBRE A EXECUÇÃO DO PLANO DE RECUPERAÇÃO
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
O administrador judicial da empresa de ......., em regime de recuperação
judicial, ao fnal assinado, vem, respeitosamente, a presença de V.Exa., comamparo no art. 22, II, “d” da Lei de Falência, apresentar o relatório sobre aexecução do plano de recuperação da mencionada empresa, previsto no art.63,caput e inciso III da mesma lei, inormando que........
(Verifcar o plano de recuperação judicial previsto no art. 53 da lei).
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(nome e assinatura do administrador judicial).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 119
AVISO AOS CREDORES PARA EXAME DOS LIVROS E DOCUMENTOS DOFALIDO
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
(Nome do administrador judicial), nos autos de alência da empresa...... quese processa por este MM. Juízo, vem, à presença de V. Exa., na orma do art.22, III, letra “a” da Lei de Falências, requerer a publicação no órgão ofcialde inormação aos credores de que em dias comerciais, no horário de ......às......., terão os mesmos à sua disposição, em seu escritório localizado na rua........., os livros e documentos do alido, para exame.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(nome e assinatura do administrador judicial).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 120
RELATÓRIO DAS CAUSAS E CIRCUNSTÂNCIAS QUE CONDUZIRAM ÀFALÊNCIA
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
(Nome do administrador judicial), nos autos de alência da empresa......que se processa por este MM. Juízo, vem, à presença de V. Exa., naorma do art. 22, III, letra “e” da Lei de Falências, apresentar sua EX-POSIÇÃO CIRCUNSTANCIADA, pelos atos e undamentos adian-te articulados:
I. Causas da Falência.
Após a analise de eito alitário e da parte contábil da alida, sem dúvida algu-ma, tem-se que o motivo da alência oi (desenvolver os motivos que levaram
a empresa a alir).
II. Procedimento do Devedor
Os alidos antes da alência sempre tiveram um bom conceito no comércio....(desenvolver os conceitos positivos e negativos, manobras para desviar bens ecircunstâncias que a sindicância entender deva ser colocada).
Após a quebra, tanto os alidos por si, como seus ilustres advogados, sempreatenderam prontamente às solicitações deste administrador judicial....(desen-volver o comportamento após a quebra, positivos e negativos).
III. Atos da Administração da Massa.
O administrador judicial tão logo assumiu o cargo, providenciou à arrecada-ção dos bens.... (desenvolver um breve relatório das suas atividades no pro-cesso de alência, em outros juízos e mesmo extrajudicial até o momento daapresentação).
IV. Valor do Ativo e do Passivo.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 121
O ativo alimentar corresponde em tese, à avaliação dos bens arrecadados,mais a quantia de R$....., depositada em conta judicial à disposição deste eg.
Juízo. O passivo alitário alcança, aproximadamente nesta oportunidade, acira de R$ ....., conorme apura-se do quadro geral de credores publicado, edecisões posteriores proeridas em habilitações retardatárias.
V. Ações em Andamento.
Em curso, exceto as habilitações de crédito decididas, acobertadas pelo trân-sito em julgado, existem as seguintes ações de interesse da massa:
(colocar os dados reerentes a: vara, comarca, n.° do processo, autor e réu).VI. Atos susceptíveis de Revogação.
A sindicância não localizou até então atos passíveis de revogação (caso tenhaencontrado, deverá comunicar ao juízo, e, analisar para promoção de açãorevocatória).
VII. Atos que Constituem Crime Falimentar.
O laudo pericial contábil, ora anexado, captou o cometimento de algunscrimes alimentares por parte dos sócios da empresa alida.
Alguns destes delitos de natureza ormal oram agrados na inspeção con-tábil, corroborando a sindicância com o exame elaborado pelo experiente ecompetente expert, a saber:
(Esclarecer a respeito da prática de algum delito (arts. 168 e 178).
VIII. Pedidos
Antes do exposto, o síndico requer:
a) seja juntada a 2ª via desta “Exposição Circunstanciada” em anexo aos au-tos principais;
b) a abertura de inquérito judicial, obediente à orma prevista na Lei Fali-mentar, para, se assim entender o ilustre Curador de Massas, seja, oerecidadenúncia contra o sócio da alida....., pela prática do crime alimentar (ou
um dos crime alimentares), capitulado no art..... da lei, conorme alhu-res enatizado;
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 122
c) após autuado este incidente, seja adotado o procedimento previsto na leide quebra.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(nome e assinatura do administrador judicial).
(O presente deverá ser apresentado no prazo de quarenta dias, contado daassinatura do termo de compromisso, prorrogável por igual período).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 123
AUTO DE ARRECADAÇÃO
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
(Nome do administrador judicial), nos autos de alência da empresa...... que se
processa por este MM. Juízo, vem, à presença de V. Exa., na orma do art. 22,III, letra “” e art. 108 da Lei de Falências, requerer a juntada do AUTO DE ARRECADAÇÃO consiste do inventário dos bens do alido, que são......
(Verifcar os arts. 108 a 114 da lei, elaborando um auto sobre os bens da em-presa alida, com a avaliação dos mesmos).
(Caso não seja possível a avaliação imediata dos bens, pedir ao juiz a con-cessão do prazo de trinta dias para apresentação do laudo de avaliação, cujoprazo contar-se-á da apresentação do laudo de arrecadação, do art. 110, pa-
rágrao 1° da lei).
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(nome e assinatura do administrador judicial).
(Os bens absolutamente impenhoráveis previstos no CPC, não poderão serarrecadados).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 124
PEDIDO DE VENDA ANTECIPADA DE BENS
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
(Nome do administrador judicial), nos autos de alência da empresa...... que
se processa por este MM. Juízo, vem, à presença de V. Exa., na orma do art.22, III, letra “j” e art. 113 da Lei de Falências, se digne V. Exa., autorizar aVENDA ANTECIPADA DOS BENS PERECÍVEIS, pertencentes a em-presa alida e que se encontram em sua sede, levando-se e conta a vantagemà massa alida.
(O presente pedido poderá ser eito após a arrecadação e a avaliação, median-te autorização judicial, ouvidos o comitê e o alido no prazo de quarenta eoito horas, conorme estabelece o art. 113 da lei).
A vista do exposto, requer a oitiva do comitê e do alido no prazo de quarentae oito horas, decidindo-se a seguir.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(nome e assinatura do administrador judicial).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 125
CONTA DEMOSNTRATIVA DA ADMINISTRAÇÃO
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
O administrador judicial da empresa.......em regime de alência que se pro-
cessa por este MM. Juízo, vêm, à presença de V. Exa., na orma do art. 22, III,letra “p” e da Lei de Falências, apresentar a tempo e modo, a presente CON-TA DEMOSNTRATIVA DA ADMINISTRAÇÃO DA MASSA FALIDA,com as seguintes inormações:
Para o exercício da administração gastou-se a quantia de....... reerente a .....erecebeu-se a quantia de ..... reerente a .....
Com os documentos anexos, comprobatórios do alegado,
P. Deerimento.
(local e data)
(nome e assinatura do administrador judicial).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 126
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
O administrador judicial da empresa.......em regime de alência que se pro-
cessa por este MM. Juízo, vêm, à presença de V. Exa., na orma do art. 22,III, letra “r” e da Lei de Falências, pelo que passa a aduzir:
(A prestação de contas será devida quando o processo alimentar fndar-sequando or o administrador judicial substituído, destituído ou renunciar aocargo).
1. O ativo alimentar da massa alida resumiu-se no depósito junto ao ban-co....., agência ......, na conta n.°......, no valor de R$......, já deduzidos osencargos da massa, estes depositados na conta n.°...... na mesma agência ban-
cária, conorme recibos em anexo.
2. A administração judicial promoveu o pagamento aos credores utilizandodo produto atingido pela realização do ativo, dentro do critério de rateio porclasse, e na ordem de preerência, conorme petição e recibos dos depósitosrealizados nos autos principais, por xerox ora anexados.
3. Eis o resumo:
Saldo positivo ..... R$...... +
Encargos da massa .... R$ ..... –
Subtotal: ..... R$..... +
Pagamento aos credores .... R$
Saldo restante .... R$ ou zerado
4. Ante o exposto, o síndico requer:
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 127
a) seja apensada a presente prestação de contas ao eito matriz;
b) seja publicado o aviso aos credores e interessados pelo prazo legal dedez dias;
c) depois de transcorrido o prazo do aviso, sejam os autos enviados ao repre-sentante Ministerial para seu indispensável parecer;
d) ao fnal, sejam por sentença julgadas boas e bem prestadas contasdo administrador.
Nestes Termos,P. Deerimento.
(local e data)
(nome e assinatura do administrador judicial).
(Na alência, o administrador judicial substituído prestará contas no prazo dedez dias, nos termos dos parágraos 1° a 6° do art. 154 da lei).
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 128
PEDIDO DE INTIMAÇÃO DE PESSOAS PARA COMPARECIMENTO EM JUÍZO
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Empresarial da Comarca da.............
Processo n.° XXXXX
O administrador judicial da empresa.......em regime de alência (ou recu-
peração judicial) que se processa por este MM. Juízo, vêm, à presença de V.Exa., na orma do art. 22, parágrao 2° da Lei de Falências, requere intimaçãode ....., na condição de (credor, devedor ou seus administradores), eis que omesmo recusou-se a prestar inormações ao suplicante inerentes à......., paracomparecer em dia e hora à sede deste juízo, sob pena de desobediência, paraque seja interrogado na presença do suplicante, tomando-se suas declaraçõespor escrito.
Justifca o suplicante a necessidade de tais inormações para o pereito anda-mento do eito e concretização de suas atividades na orma que a lei estabelece.
Nestes Termos,
P. Deerimento.
(local e data)
(assinatura e n.° da OAB do advogado)
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 129
APOSTILA DOS INFORMATIVOS DO STJ EM DIREITO EMPRESARIAL
Fonte Bibliográfica: www.stj.gov.br
INFORMATIVO DO STJ 415
CONCORRÊNCIA DESLEAL. DANO MATERIAL.
Em conito de nome comercial e a marca utilizada em produtos de empre-sas que atuam no mesmo mercado e atividade, as instâncias ordinárias reconhe-ceram a prática de concorrência desleal e o desvio de clientela, resultando nacondenação da recorrente para abster-se do uso da marca e pagar os danos ma-teriais a serem apurados em liquidação. No REsp, entre outros questionamen-tos, discute-se a identifcação dos elementos necessários à caracterização dosdanos materiais na hipótese de prática dos atos de concorrência desleal e desviode clientela. Para a Min. Relatora, o tema não pode ser tratado isoladamente àluz do CC/2002, devido à existência de lei específca a respeito, ou seja, a Lein. 9.279/1996, cujo art. 209 autoriza a reparação material pela constatação doato de concorrência desleal e pelo desvio de clientela, por gerar dúvidas entre osconsumidores pela conusão entre estabelecimentos e os produtos adquiridos,muitas vezes, um pelo outro. Concluiu que, como o citado artigo não apresenta
nenhuma condicionante, autoriza a reparação do dano material pela ocorrênciado ato de concorrência desleal, dispensando a comprovação do dano, assim,como o prejuízo é presumido, o seu valor será determinado em liquidação desentença. Diante do exposto, a Turma negou provimento ao recurso. REsp978.200-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 10/11/2009.
DESCONSIDERAÇÃO. PERSONALIDADE JURÍDICA.
A controvérsia está a determinar se a simples inexistência de bens de pro-priedade da empresa executada constitui motivo apto à desconsideração da per-sonalidade jurídica – o que, como é cediço, permite a constrição do patrimôniode seus sócios ou administradores. Explica a Min. Relatora que são duas asprincipais teorias adotadas no ordenamento jurídico pátrio: a teoria maior dadesconsideração (consagrada no art. 50 do CC/ 2002) – é a mais usada –, nelamera demonstração da insolvência da pessoa jurídica não constitui motivo su-fciente para a desconsideração da personalidade jurídica, pois se exige a provade insolvência ou a demonstração de desvio de fnalidade (ato intencional dossócios raudar terceiros) ou a demonstração de conusão patrimonial (conusãoquando não há separação do patrimônio da pessoa jurídica e de seus sócios).
Já na outra, a teoria menor da desconsideração, justifca-se a desconsideraçãopela simples comprovação da insolvência de pessoa jurídica, e os prejuízos são
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 130
suportados pelos sócios, mesmo que não exista qualquer prova a identifcar aconduta culposa ou dolosa dos sócios ou administradores. Essa teoria tem-se
restringido apenas às situações excepcionalíssimas. Na hipótese dos autos, adesconsideração jurídica determinada pelo TJ baseou-se na aparente insolvên-cia da empresa recorrente, pelo ato de ela não mais exercer suas atividades noendereço em que estava sediada, sem, contudo, demonstrar a conusão patri-monial nem desvio de fnalidade. Por isso, tal entendimento não pode pros-perar, sendo de rigor aastar a desconsideração da personalidade jurídica darecorrente. Diante do exposto, a Turma deu provimento ao recurso especial.REsp 970.635-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 10/11/2009.
CAUTELAR. SUSTAÇÃO. PROTESTO. CHEQUE.
O REsp busca saber se é viável a arguição de prescrição do título em ação vol-tada contra esse protesto e ainda discute a possibilidade de revigoração do pro-testo sustado liminarmente, em virtude da prestação de contracautela consisten-te no depósito do valor consignado no cheque protestado. Para o Min. Relator,não há óbice para que o devedor, ao se servir de ação destinada a obter a decla-ração de inexistência de relação jurídica e, consequentemente, o cancelamentodo protesto, argua, a qualquer momento, a ocorrência de prescrição da própriadívida em proveito da sua pretensão. Observa que, com a prescrição da própria
dívida, o crédito desveste-se da sua exigibilidade jurídica. Entretanto destaca quea eventual perda do atributo de executividade do cheque não importa o cance-lamento do protesto (art. 1º da Lei n. 9.492/1997). A exigibilidade da dívidamencionada no título permanece, e a satisação poderá ser buscada por outravia. Por outro lado, aponta ser inviável suscitar, na ação declaratória de inexigi-bilidade de relação jurídica e da sustação do protesto, a arguição de prescriçãocambial. Outrossim, a improcedência do pleito de sustação de protesto e dadeclaração de inexigibilidade de relação jurídica não autoriza que a caução (valordo cheque) possa ser considerada como pagamento integral e idônea a coibir arestauração do protesto sustado liminarmente, pois o montante é bem maior(art. 19 da citada lei). Com esses argumentos, entre outros, a Turma negou pro-vimento ao recurso. Precedente citado: REsp 671.486-PE, DJ 25/4/2005. REsp369.470-SP, Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 10/11/2009.
FALÊNCIA. HABILITAÇÃO. MULTA TRABALHISTA.
Trata-se de REsp em que se pugna pela exclusão de multa trabalhista denatureza indenizatória da habitação de crédito em decorrência da decretaçãode alência. Nesse caso específco, a recorrente celebrou acordo judicial com
seu ex-empregado em 2/12/1998, com vencimento da primeira parcela em19/1/1999, vencendo as seguintes a cada 30 dias, com previsão de multa
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 131
de 30% em caso de inadimplemento. Ocorre que a decretação da alênciadeu-se em 14/12/1998, ou seja, antes do vencimento da primeira parcela.
Diante disso, verifca-se que não se trata nem de dívida vencida ao tempo daalência, nem, tampouco, de ato moratório da empresa alida. Assim, a Tur-ma deu provimento ao recurso para excluir do crédito habilitado o valor damencionada penalidade, não obstante inexistirem dúvidas acerca da naturezaindenizatória da reerida multa de cunho trabalhista. REsp 569.217-SP, Rel.Min. Aldir Passarinho Junior, julgado em 10/11/2009.
INFORMATIVO DO STJ 414
CARTÃO. CRÉDITO. BLOQUEIO. ADMINISTRADORA.
Trata-se de ação de indenização por danos morais interposta pelo recorridocontra o banco, em razão dos constrangimentos decorrentes da impossibilida-de de usar seu cartão de crédito pelo bloqueio eetivado pela administradora.Em seu recurso, a instituição fnanceira sustenta que a culpa é exclusiva doconsumidor por encontrar-se em atraso no pagamento da atura, sendo per-eitamente legal a cláusula que prevê seu bloqueio. Assim, a questão cinge-se
em saber se há vantagem exagerada à administradora do cartão com a cláusulacontratual que permite o bloqueio temporário em razão do não pagamento daatura mensal. Para o Min. Relator, não se verifca a potestatividade apontadapelo Tribunal de origem na citada cláusula contratual. A cláusula, em verdade,não permite à administradora bloquear o cartão de crédito do consumidor aoseu exclusivo talante, mas apenas em razão do descumprimento das obrigaçõesassumidas pelo consumidor no contrato assinado, especialmente diante donão pagamento da atura mensal com as despesas eetuadas no período. Dessemodo, a permissão de bloqueio temporário do cartão após a verifcação dedescumprimento contratual pelo consumidor, não o coloca em sujeição aopuro arbítrio da administradora (art. 122 do CC/2002). O bloqueio só ocor-rerá regularmente se o consumidor não cumprir suas obrigações contratuais.
Aasta-se, portanto, a alegação de abusividade da cláusula do contrato cele-brado entre as partes e, assim, reconhece-se a regularidade do bloqueio tem-porário do cartão do consumidor, uma vez que se encontrava inadimplente.Outro ponto a ser considerado para a verifcação da liceidade da conduta daadministradora diz respeito ao tempo decorrido entre o pagamento da aturaaté o desbloqueio do cartão. O pagamento da atura, inclusive com os valoresatrasados e encargos, oi eetuado em uma sexta-eira, sendo que o cartão oi
liberado para uso na quarta-eira seguinte, isto é, no terceiro dia útil, uma vezque o contrato prevê o prazo de até cinco dias para tal. Prospera, portanto, a
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 132
tese da administradora recorrente de que agiu no exercício regular de um di-reito (art. 188, I, do CC/2002), pois pautou sua conduta dentro das previsões
contratuais e de que os danos decorridos do bloqueio e a impossibilidade deuso do cartão ocorreram por culpa exclusiva do consumidor (art. 14, § 3º, doCPC), já que se encontrava inadimplente e é razoável o tempo gasto para re-gularização do uso do cartão após o pagamento eetuado. REsp 770.053-MA,Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 3/11/2009.
ASTREINTES. MULTA. CARÁTER COERCITIVO.
O agravante insurge-se contra a manutenção do valor de multa, reputando-aabsurdamente excessiva. Para a Min. Relatora, o banco agravante manipula osdados do processo para inovar de orma indevida no curso da lide, pois consta cla-ramente que a irresignação reeria-se ao ato de que o valor diário da astreinte – 10mil reais – seria muito alto e teria originado o montante total de cerca de R$ 1,7milhões, porque o agravante, conessadamente, demorou 172 dias para cumprir adeterminação judicial, sem maiores explicações para a delonga, exclusivamente aele imputável. Nas razões do agravo, ocorre descabida alteração da argumentação ese afrma que o mencionado valor, atualizado para a data de hoje com a incidênciade correção monetária pelo INPC e juros moratórios de 1% ao mês, contados apartir do dia em que a providência oi cumprida pelo agravante, cessando-se a
incidência da mencionada multa diária, corresponde ao absurdo valor de cerca deR$ 3,6 milhões. Tal manipulação, clara tentativa de sensibilizar o órgão julgador,é inaceitável, pois o agravante tenta usar o tempo do processo de embargos dodevedor a seu avor, na medida em que procura dar destaque ao valor atualizado“até a data de hoje”, inando substancialmente o montante, quando tais juros ecorreções em nada dizem respeito ao problema jurídico inicialmente apresentado,qual seja, o eventual excesso no valor da multa diária. Para a Min. Relatora, a rigor,a multa já poderia ter sido paga em seu valor original. Há sentido na discussãodesse valor, mas não na discussão dos acréscimos legais. Qualquer argumentaçãoque tome por base tais atores é impertinente. Sendo unção da multa diária coagiro devedor, ela precisa durar o quanto or necessário para alcançar seu objetivo, enisso reside o caráter pedagógico, pois a multa atingiu tal valor em razão do desca-so do agravante. A Súm. n. 7-STJ está inteiramente justifcada nessa perspectiva,ao contrário do que alegado. Diante disso, a Turma negou provimento ao agravo.Precedente citado: REsp 681.294-PR, DJ 18/2/2009. AgRg no REsp 1.026.191-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 3/11/2009.
AÇÃO. PRESTAÇÃO. CONTAS. INTIMAÇÃO.
Cinge-se a questão em determinar se é necessária a intimação pessoaldo recorrente na segunda ase do procedimento de prestação de contas
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 133
ou se é sufciente a intimação eita ao advogado da parte. Na hipótese, aação de prestação de contas oi ajuizada com undamento no art. 915 do
CPC, ou seja, por quem tem o direito de exigir contas. Nessa situação, oprocedimento especial da ação de prestação de contas é dividido em duasases. A primeira determina a existência ou não do dever de prestar contas,ao passo que a segunda ase, iniciada quando há sentença reconhecendoa procedência do pedido, objetiva a apuração do saldo existente entre aspartes. Portanto, considerando que, apesar de ser dividida em duas ases,a ação de prestação de contas é una, não é necessária uma nova citação,nem intimação pessoal do recorrente quando já existe advogado habilitadopara atuar no processo. Do disposto nos termos do art. 915, § 2º, do CPC,
verifca-se que o legislador omitiu-se quanto à orma de comunicação dasentença que decide a primeira ase da ação de prestação de contas. Nãohá como considerar, portanto, indispensável a intimação pessoal do recor-rente, porque a regra é que a intimação deve ser eita ao advogado da par-te, salvo disposição legal em contrário. Dessarte, a intimação da sentençaque julga procedente o pedido de exigir contas, de que trata o art. 915, §2º, do CPC, deve ser realizada ao advogado, de modo que é prescindívela intimação pessoal da parte. Precedente citado: REsp 961.439-CE, DJe27/4/2009. REsp 913.411-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em3/11/2009.
TRANSPORTE MARÍTIMO. SEGURADORA. REGRESSIVA.
A Turma desproveu o recurso, entendendo cabível a ação regressiva pro-posta pela seguradora contra entidade portuária, em razão de transporte demercadorias avariadas. Contrariamente do que sustentou a entidade portu-ária, a alta da lavratura imediata do termo de avaria não a isenta da res-ponsabilidade pela respectiva indenização dos danos (arts. 2º e 3º do DL n.116/1967 c/c arts. 468 a 470 do Dec. n. 91.030/1985 e Dec. n. 6.759/2009– regulamentos aduaneiros antigo e atual, respectivamente). REsp 958.956-ES, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 5/11/2009.
IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA. SIMULAÇÃO.
O acórdão recorrido reconheceu, de oício, a impossibilidade jurídica dopedido reerente à anulação, devido à simulação, do ato de constituição dasociedade, porque justamente ormulado esse pedido por quem participoudo ato negocial. Quanto a isso, o Min. Relator, ao anotar que aquele atoocorreu sob o comando do CC/1916, mas seus eeitos estenderam-se após
a vigência do CC/2002, entendeu que aerir a motivação do ato tido porsimulado é objeto do mérito da ação declaratória, sendo possível, em tese, o
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 134
pedido, conorme precedentes. Por sua vez, o Min. Luis Felipe Salomão, emvoto vista, acompanhou o Min. Relator, asseverando que inexiste vedação
legal ao prosseguimento da demanda, visto que a possibilidade jurídica dopedido, no caso, é inquestionável; pois, mesmo nos termos do CC/1916,era possível a parte alegar simulação inocente, o que levaria à produção deprovas com o fto de aastar a restrição prevista no art. 104 daquele código(simulação maliciosa). Aduziu, também, que o instituto da simulação soreumodifcações com o advento do novo CC, não mais se situando entre ascausas de anulabilidade do negócio jurídico, mas sim de sua nulidade, que,por ser matéria de ordem pública, pode ser conhecida mesmo de oício. Daíque, tanto pelo CC/1916 quanto pelo CC/2002, o pedido é juridicamente
possível, entendimento, ao fnal, acolhido pela Turma.REsp 776.304-MG,
Rel. Min. Honildo de Mello Castro (Desembargador convocado do TJ- AP), julgado em 5/11/2009.
AÇÃO REVOCATÓRIA. FALIDO.
A massa alida ajuizou ação revocatória de contrato de locação, mas ainicial oi aditada com o fto de incluir a sociedade empresária alida nopolo passivo, o que oi acolhido pelo juízo. Sucede que, com a decretaçãoda quebra, há a perda da legitimidade ativa e passiva do alido como con-
sequência lógica de não poder dispor de seus bens e os administrar, vistoque os interesses patrimoniais passam a ser geridos e representados pelosíndico da massa alida, com o fm precípuo de pagar os credores. Assim,é inútil a presença do alido no polo passivo da revocatória, devendo serexcluído da lide. REsp 764.815-RJ, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 5/11/2009.
INFORMATIVO DO STJ 413
SÚMULA N. 402STJ.
O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais,salvo cláusula expressa de exclusão. Rel. Min. Fernando Gonçalves, em28/10/2009.
SÚMULA N. 404STJ.
É dispensável o aviso de recebimento (AR) na carta de comunicação ao
consumidor sobre a negativação de seu nome em bancos de dados e cadas-tros. Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, em 28/10/2009.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 135
CAUTELAR. EXIBIÇÃO. DOCUMENTOS.
Trata-se de REsp em que se discute a correção de acórdão que considerouindispensável a propositura de ação cautelar prévia e autônoma de exibição dedocumentos para obtenção de cópia de contrato de consórcio de veículos a quea autora alega ter aderido. In casu, a autora, ora recorrente, em vez de valer-sede cautelar preparatória, ajuizou diretamente a ação principal, discutindo ocontrato e pleiteando a devolução de parcelas pagas, com a requisição inciden-tal de exibição do contrato. No julgamento, nesta instância especial, inicial-mente, observou-se que a regra, no Processo Civil brasileiro, é que a petiçãoinicial deve ser instruída com os documentos que undamentam a pretensãodo autor, indispensáveis à propositura da ação. A produção de prova docu-mental posterior, pelo sistema do código, somente é admissível quanto a atosposteriores ou para impugnação de alegações da parte contrária. Desse modo,mediante uma interpretação literal e estática dessas normas, assistiria razão aoTribunal a quo ao concluir que o contrato de consórcio, bem como os recibosde pagamento, são documentos indispensáveis à propositura da ação decla-ratória de nulidade de cláusula cumulada com cobrança. Com eeito, a visãoclássica do processo determinaria que, ante a inexistência de tais documentosem poder da autora, competiria a ela, nos termos do art. 844 e seguintes doCPC, propor ação cautelar preparatória e, somente após concluído o procedi-
mento cautelar, concluir pela conveniência ou não de ajuizar a ação principal. Sem isso, a petição inicial estaria incompleta, competindo ao juízo indeeri-lanos termos do art. 284, parágrao único, do CPC. Por outro lado, contudo,ressaltou-se que o Processo Civil moderno tem, na máxima medida possível, dese direcionar a uma solução de mérito. As nulidades processuais somente po-dem ser decretadas em casos extremos, em que esteja clara a oensa a princípiosundamentais do processo. Destacou-se que, entre as modalidades de exibiçãode documentos, a que mais se adéqua à intenção da autora, no ponto de vistatécnico, de ato, é a exibição preparatória. Mas, na situação concreta, não háprejuízo em decorrência da ormulação incidental do pedido de exibição. Nacontestação, o recorrido, em momento nenhum, alegou não existir o contratoem que se unda o pedido, ao contrário, demonstrou conhecimento acerca daexistência do grupo de consórcio ao qual supostamente aderiu a autora. Assim,a alta do documento na petição inicial não inviabilizou a deesa do réu. To-das as questões dúbias quanto à existência do contrato, quanto aos montantespagos ou quanto à transerência do grupo de consórcio a outro administradorpoderiam ser solucionadas mediante a aplicação direta das regras que discipli-nam a exibição incidental de documentos, sem necessidade de medida cautelarpreparatória. Com esses argumentos, entre outros, a Turma deu provimento
ao recurso. Precedente citado: REsp 1.068.040-GO, DJe 16/12/2008. REsp896.435-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 27/10/2009.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 136
FINANCIAMENTO. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. ARREPENDIMENTO.
Trata-se de REsp em que se discute, em síntese, o direito de arrependimento,previsto no art. 49 do Código de Deesa do Consumidor (CDC), como cláusulade resolução de contrato de fnanciamento com alienação fduciária em garan-tia. Na hipótese em questão, o recorrente assinou dois contratos, um de comprae venda com a concessionária de veículos e outro de fnanciamento com o bancorecorrido. Após a assinatura do contrato de fnanciamento, ocorrido em lugardiverso do estabelecimento comercial do recorrido, o recorrente arrependeu-se eenviou notifcação a este no sexto dia seguinte à celebração do negócio. Diantedisso, a Turma entendeu que é acultado ao consumidor desistir do contratono prazo de sete dias a contar da assinatura, quando a contratação ocorrer orado estabelecimento comercial, nos termos do reerido dispositivo legal. Assim,notifcado o vendedor, a cláusula de arrependimento, implícita no contratode fnanciamento realizado em local diverso do estabelecimento comercial dainstituição fnanceira, deve ser interpretada como causa de resolução tácita docontrato, cuja consequência é restabelecer as partes ao status quo ante . Ademais,não prospera a argumentação do recorrido de que não é possível o exercício dodireito de arrependimento, porque o valor reerente ao contrato de empréstimooi repassado para a concessionária de veículos antes da maniestação do recor-rente. Pois, como visto, este, ao exercer o direito de arrependimento, agiu em
exercício regular de direito amparado pelo reerido art. 49 do CDC. Outrossim,o eventual arrogo na posse do valor reerente ao contrato de empréstimo pelaconcessionária de veículos não pode ser imputado ao recorrente nem dele serexigido, uma vez que o contrato de compra e venda celebrado entre ele e a con-cessionária não se perectibilizou; na verdade, sequer houve imissão na posse dobem. Ressalte-se que, nos termos do art. 2º do DL n. 911/1969, a ação de buscae apreensão é undamentada com o inadimplemento ou mora nas obrigaçõescontratuais. Todavia, no caso, ocorreu a resolução do contrato pelo exercíciodo direito de arrependimento e não houve ormação nem ajuste de obrigaçõescontratuais. Nesse contexto, deu-se provimento ao recurso. REsp 930.351-SP,Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 27/10/2009.
MARCAS. ALTO RENOME. REGISTRO.
Trata-se de REsp em que o cerne da questão está em saber se é possível aaplicação do princípio da especialidade às marcas de alto renome, citadas noart. 125 da Lei n. 9.279/1996, quando se reconhecer a ausência de conusãodos consumidores. A Turma negou provimento ao recurso ao entendimentode que não se aplica o princípio da especialidade à marca considerada de
alto renome, sendo irrelevante discutir a possibilidade de conusão do con-sumidor. Ressaltou-se que, na hipótese, não houve renovação do registro das
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 137
recorrentes como marca notória nos termos do art. 67 da Lei n. 5.772/1971nem aquisição de registro de “alto renome”, de acordo com o art. 125 da
Lei n. 9.279/1996, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).Conorme se depreende do último dispositivo legal, que é uma reminiscênciado mencionado art. 67 da Lei n. 5.772/1971, verifca-se que é necessário,para o reconhecimento do alto renome da marca, procedimento adminis-trativo junto ao INPI, que, inclusive editou a Resolução n. 121/2005 paratal fnalidade, procedimento que não ocorreu no caso. Assim, em ace daausência de declaração do INPI reconhecendo a marca das recorrentes comode alto renome, não é possível a proteção conerida pelo art. 125 da Lein. 9.279/1996. Precedente citado: REsp 658.702-RJ, DJ 21/8/2006. REsp951.583-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 27/10/2009.
DANOS MORAIS. SPAM.
Trata-se de ação de obrigação de azer cumulada com pedido de inde-nização por danos morais em que o autor alega receber e-mails (spam commulheres de biquíni) de restaurante que tem show de streaptease e, mesmotendo solicitado, por duas vezes, que seu endereço eletrônico osse retirado dalista de e-mail do réu (recorrido), eles continuaram a ser enviados. Entre osusuários de internet, é denominada spam ou spammers mensagem eletrônica
comercial com propaganda não solicitada de ornecedor de produto ou ser-viço. A sentença julgou procedente o pedido e deeriu tutela antecipada paraque o restaurante se abstivesse do envio da propaganda comercial sob pena demulta diária, condenando-o a pagar, a título de danos morais, o valor de R$5 mil corrigidos pelo IPC a partir da data do julgamento, acrescidos de jurosde mora, contados a partir do evento lesivo. Entretanto, o TJ proveu apela-ção do estabelecimento e reormou a sentença, considerando que o simplesenvio de e-mails não solicitados, ainda que dotados de conotação comercial,não confguraria propaganda enganosa ou abusiva para incidir o CDC e nãohaveria dano moral a ressarcir, porquanto não demonstrada a violação daintimidade, da vida privada, da honra e da imagem. Para o Min. Relator, quefcou vencido, o envio de mensagens com propaganda, quando não autori-zada expressamente pelo consumidor, constitui atividade nociva que pode,além de outras consequências, gerar um colapso no próprio sistema de inter-net, tendo em vista um grande número de inormações transmitidas na rede,além de que o spam teria um custo elevado para sociedade. Observou que nãohá legislação específca para o caso de abusos, embora existam projetos de leiem tramitação no Congresso. Daí se aplicar por analogia o CDC. Após váriasreexões sobre o tema, reconheceu a ocorrência do dano e a obrigação de o
restaurante retirar o autor de sua lista de envio de propaganda, e a invasão àprivacidade do autor, por isso restabeleceu a sentença. Para a tese vencedora,
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 138
inaugurada pelo Min. Honildo de Mello Castro, não há o dever de indenizar,porque existem meios de o remetente bloquear o spam indesejado, aliados às
erramentas disponibilizadas pelos serviços de e-mail da internet e sotwares específcos, assim manteve a decisão do Tribunal a quo. Diante do exposto, aTurma por maioria não conheceu do recurso. REsp 844.736-DF, Rel. origi-nário Min. Luis Felipe Salomão, Rel. para acórdão Min. Honildo de MelloCastro (Desembargador convocado do TJ-AP), julgado em 27/10/2009.
INFORMATIVO DO STJ 412
SÚM. N. 84STJ. POSSE INDIRETA.
Os recorrentes celebraram compromisso de compra e venda de imóvel queainda estava fnanciado e hipotecado. Pagaram, então, o ágio e se comprometerama continuar a quitar as prestações restantes. Contudo, havia cláusula, no pacto, quepermitia aos promitentes vendedores continuar residindo no imóvel por mais doisanos. Sucede que, após a celebração do compromisso e antes que osse levado aoregistro, a recorrida obteve a constrição do imóvel mediante penhora em processode execução reerente à locação afançada pelos promitentes vendedores. Nessecontexto, é necessário defnir se os promitentes compradores podem manejar em-
bargos de terceiro, nos termos da Súm. n. 84-STJ. Anote-se que o Tribunal a quo reconheceu haver posse indireta dos recorrentes, o que az pressupor uma trans-missão fcta da posse mediante uma espécie de constituto possessório, o que nãopode ser aastado sem reexame de prova ou cláusulas contratuais (Súmulas ns. 5 e7 do STJ). Todavia, há inúmeros julgados deste Superior Tribunal que concluemser possível o oerecimento de embargos de terceiro com base em posse indireta,tal como alguns precedentes que lastreiam a própria Súm. n. 84-STJ. Por sua vez,o art. 1.046 do CPC não exclui a possibilidade de ajuizamento dos embargos deterceiro na hipótese. Assim, conclui-se admissível a oposição dos embargos de ter-ceiros sob alegação de posse indireta reerente a compromisso de compra e vendasem registro. Mostra-se inadequado acolher uma interpretação mais restritiva dotexto da citada súmula com o fm de resguardar-se de eventual má-é, visto queela pode ser adequadamente combatida pelo Poder Judiciário. Precedentes citados:REsp 573-SP, DJ 6/8/1990; REsp 421.996-SP, DJ 24/2/2003; REsp 68.097-SP,DJ 11/9/2000, e REsp 64.746-RJ, DJ 27/11/1995. REsp 908.137-RS, Rel. Min.Nancy Andrighi, julgado em 20/10/2009.
URGAÇÃO. MORA. DIREITO MATERIAL.
O devedor requereu a purgação da mora ainda sob a égide da redaçãooriginal do art. 3º do DL n. 911/1969, que previa o depósito das parcelas
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 139
vencidas, conorme cálculo judicial, como requisito para a purgação. Porém,o juízo só apreciou esse pedido quando já alterado, substancialmente, o ree-
rido DL pela Lei n. 10.931/2004, que determina o depósito do total da dívi-da (parcelas vencidas e vincendas) para aquele mesmo eeito. Contudo, nãose pode aplicar a nova lei ao caso, pois a purgação da mora tem conteúdo dedireito material, e não processual, o que atrai a aplicação do princípio da ir-retroatividade (art. 6º e parágraos da LICC e art. 5º, XXXVI, da CF/1988).Exercido o direito à purgação, a vigência do contrato é restabelecida e o credorperde a aculdade de promover sua rescisão pelo inadimplemento. Dessarte,a questionada norma incide no plano de efcácia do contrato, pois a préviaexistência de ação de busca e apreensão apenas compõe o suporte ático para a
incidência da norma, não lhe alterando a natureza de direito material. Anote-se caber ao juiz apenas reconhecer o direito potestativo exercido, pois não estáem suas mãos nem nas do credor impedir a purgação ormulada nos termosda lei. Daí a conclusão de que todas as condições para a materialização dessedireito verifcam-se no momento em que ormulado o pedido pelo devedor.REsp 904.752-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 20/10/2009.
FALÊNCIA. HABILITAÇÃO. NOTA PROMISSÓRIA.
A recorrente é massa alida de uma sociedade empresária que exercia a ati-
vidade de actoring , mas captava recursos de orma ilícita junto à população,dando em garantia apenas notas promissórias que sequer eram registradasem seus livros contábeis. Com lastro em uma dessas notas, a recorrida pre-tendeu a habilitação de crédito sob a égide do DL n. 7.661/1945. Porém,o art. 82 desse mesmo DL dispõe ser indispensável o credor do alido de-monstrar a exata importância de seu crédito, bem como sua própria origem.Entende-se por origem do crédito o negócio, o ato ou as circunstânciasque geraram a obrigação do alido. Essa exigência tem por fm possibilitar averifcação da legitimidade dos créditos para evitar raudes e abusos contraos verdadeiros credores da alida, não se tratando de mero ormalismo. A
jurisprudência do STJ entende imprescindível o cumprimento dessa exi-gência, mesmo nos casos em que título de crédito dotado de autonomia eabstração lastrear o valor pretendido. Dessa orma, a simples declaração deque o crédito é consubstanciado na nota promissória apresentada, tal comose deu no caso, não atende as exigências impostas ao credor na reerida leialimentar. Apesar da hipótese narrada nos autos, em que é notória a ocor-rência de condutas ilícitas, a lei tem que ser respeitada, justamente parabenefciar aqueles que, comprovadamente e de boa-é, contrataram com aalida. Precedentes citados: REsp 556.032-SP, DJ 20/9/2004; REsp 10.208-
SP, DJ 28/10/1991, e REsp 18.995-SP, DJ 3/11/1992. REsp 890.518-SC,Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 20/10/2009.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 140
PROPRIEDADE INDUSTRIAL. MARCA. IMPORTAÇÃO.
A Turma decidiu que, reerente ao pedido da recorrente, não procede apretensão de impedir a importação e comercialização de produtos na ormado art. 132, III, da Lei n. 9.279/1996, por alta de autorização expressa parautilização de marca por seu titular e pela distribuidora exclusiva no Brasil,porquanto, ainda que se trate de importação paralela, realizada licitamenteno país, a proibição absoluta de tal comércio é incompatível com a livre ini-ciativa, ex vi dos arts. 1º e 170 da CF/1988. Também, a análise de eventualilicitude na importação e distribuição de produtos originais demanda exameático-probatório (Súm. n. 7-STJ). REsp 609.047-SP, Rel. Min. Luis FelipeSalomão, julgado em 20/10/2009.
INFORMATIVO DO STJ 411
LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL. INSOLVÊNCIA.
Desprovido o recurso porquanto, ainda que não fque caracterizada acompleta insolvência da empresa, é cabível a liquidação extrajudicial quandorestar comprovado grave desrespeito às normas de regência das instituições
fnanceiras e das determinações regulamentares dos órgãos competentes, as-sim como a eventual insolvência da instituição gera a liquidação (art. 15, I,a e b, da Lei n. 6.024/1974). REsp 1.116.845-RJ, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 15/10/2009.
REGISTRO. MARCA. IDIOMA ESTRANGEIRO.
Na espécie, a empresa requereu ao INPI o registro da sua marca, sendoindeerido administrativamente tal registro pelo ato de que a expressãotraduzida signifca “marca inigualável”, constituindo, embora em outra
língua, menção genérica pertencente ao patrimônio comum. Isso posto,a Turma conheceu do recurso e lhe deu provimento ao entendimento deque a vedação legal ao registro de marca cujo nome é genérico ou comumvisa emprestar a ela singularidade sufciente para destacá-la do domíniocomum, do uso corriqueiro. Isso porque a razão imediata da existência dodireito sobre marca é a distintividade, de sorte que não se pode concederdireito de registro quando outra pessoa, natural ou jurídica, já possui sobreo nome direito de uso, ou mesmo quando a coletividade possui direito deuso sobre o mesmo objeto, o qual, por sua vulgaridade ou desvalor jurídi-
co, já se encontra no domínio público. Porém, o caráter genérico ou vulgarda marca deve ser aerido segundo os usos e costumes nacionais, ou seja,
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 141
deve-se analisar se, muito embora em outra língua, o nome cujo registro sepretende é de uso comum, tal como graado. Assim, conquanto traduzido
o nome, revele ele expressão genérica, não há óbice no registro da marcase, analisada a expressão em sua literalidade, nada disser ao homem médiobrasileiro. REsp 605.738-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em15/10/2009.
TRIPLICATA. REQUISITOS FORMAIS.
As instâncias ordinárias entenderam constituir título líquido, certo e exi-gível a triplicata, ainda que desacompanhada de qualquer documento com-probatório do recebimento das mercadorias. Para o Min. Relator, nesse pon-to, o acórdão estadual encontra-se em dissonância com a jurisprudência desteSuperior Tribunal, que deende a necessidade de a triplicata vir acompanhadade documento que aça prova da entrega e recebimento de mercadoria paraque seja considerada apta a embasar a ação executiva. Não se trata de excessode ormalismo, e sim de cumprimento dos requisitos legais para a exigibili-dade dos títulos de crédito. Assim, perdem a orça executiva as triplicatas quenão atendem aos requisitos previstos no art. 15 da Lei n. 5.474/1968. Diantedisso, a Turma conheceu do recurso e lhe deu parcial provimento para consi-derar nulos os títulos que embasam a execução que estiverem desacompanha-
dos dos comprovantes de entrega de mercadorias. Precedentes citados: REsp115.767-MT, DJ 4/2/1999; REsp 46.261-MG, DJ 13/6/1994, e AgRg no
Ag 1.061.757-MG, DJe 24/8/2009. REsp 801.477-RS, Rel. Min. AldirPassarinho Junior, julgado em 15/10/2009.
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. GARANTE.
O autor sustenta que o acórdão, ao endossar a decisão do juiz, coneriuinterpretação equivocada ao dispositivo legal contido no art. 66 de Lei n.4.728/1965, porquanto nele não consta nenhuma proibição de que terceirointerveniente dê, em alienação fduciária, bem de sua propriedade. Para oMin. Relator, pela análise do reerido artigo, que disciplina o mercado decapitais e estabelece medidas para seu desenvolvimento, seja de sua redaçãooriginária seja também da atual, conerida pelas alterações introduzidas pelaLei n. 10.931/2004, de ato, não consta nenhuma proibição de que o terceirointerveniente (garantidor) dê em alienação fduciária, bem de sua proprie-dade. Na espécie, a instituição fnanceira aceitou a alienação fduciária emgarantia conerida por terceiro, sem qualquer contra prestação. O Tribunalde origem entendeu que não poderia haver alienação fduciária de bem do
garante, considerando haver, na realidade, uma garantia pela obrigação pe-cuniária contraída e não paga pelo devedor, não tendo o garantidor anuído
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 142
com as modifcações contratuais. Com eeito, uma das principais caracterís-ticas da alienação fduciária é a onerosidade, uma vez que benefcia ambos os
contratantes, proporcionando instrumento creditício ao alienante e assecura-tório ao adquirente. Nesse sentido, inexistindo a indispensável onerosidadeno negócio jurídico entabulado entre as partes (banco e garante), outro nãopoderia ser o entendimento que não o do desvirtuamento da alienação fdu-ciária. Assim, o acórdão, ao não admitir a alienação fduciária em garantia,entendeu corretamente, porquanto terceiros podem ser garantes, mas nãoalienantes fduciários. Essa posição somente pode ser exercida pelo devedor.Entendeu o Tribunal a quo que, no caso, constitui uma “alienação fduciáriadesnaturada de sua unção social”, motivo pelo qual não poderia o Judiciário
chancelar o procedimento praticado pela instituição fnanceira ou compac-tuar com ele. Para o Min. Relator, a conclusão a que chegou o Tribunal a quo decorreu da convicção ormada em ace dos elementos existentes nos autos,da interpretação dos contratos, das diversas renegociações e da análise das de-mais provas existentes. Rever a decisão recorrida importaria no vedado reexa-me de provas e na interpretação contratual (Súmulas. ns. 5 e 7 do STJ). REsp866.300-BA, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 15/10/2009.
ECAD. DIREITOS AUTORAIS.
O titular dos direitos autorais detém a prerrogativa legal de dispor de suaobra da orma como melhor lhe convier, não estando adstrito, para tanto, àanuência do Ecad. A condição de órgão legitimado a realizar a cobrança devalores devidos a título de direitos autorais não exime o Ecad da obrigaçãode demonstrar em juízo a consistência da cobrança empreendida. No caso,mostrando-se a defciência das razões do recurso especial, o ato de o recor-rente deixar de impugnar o undamento balizador do acórdão recorrido azincidir a aplicação da Súmula n. 284-STF. REsp 681.847-RJ, Rel. Min. JoãoOtávio de Noronha, julgado em 15/10/2009.
INSOLVÊNCIA CIVIL. APELAÇÃO. EFEITO DEVOLUTIVO.
A questão consiste em aerir quais eeitos devem ser atribuídos à apelaçãointerposta da sentença que declara a insolvência civil cujo deslinde exige oexame de aspectos relativos à natureza jurídica dos embargos do devedor deque tratam os arts. 755 e seguintes do CPC. Entende o Min. Relator que ainsolvência civil é ação de cunho declaratório/constitutivo, tendente a aerir,na via cognitiva, a insolvabilidade do devedor, condição essa que, uma vezdeclarada judicialmente, terá o eeito de estabelecer nova disciplina nas rela-
ções entre o insolvente e seus eventuais credores. Tal premissa não há de ter,entretanto, o eeito de convolar em contestação os embargos disciplinados
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 143
nos arts. 755 e seguintes do CPC. Dessa orma, mostra-se apropriado o en-tendimento jurisdicional que equipara os embargos à insolvência aos embar-
gos à execução opostos por devedor solvente, para fns de aplicação da regraínsita no art. 520, V, do CPC, que determina o recebimento da apelaçãoapenas no seu eeito devolutivo. Precedentes citados: REsp 170.251-MG, DJ11/12/2000, e REsp 171.905-MG, DJ 27/3/2000. REsp 621.492-SP, Rel.Min. João Otávio de Noronha, julgado em 15/10/2009.
INFORMATIVO DO STJ 409
MULTA. INMETRO. SOLIDARIEDADE. VENDEDOR.
A sociedade empresária recorrida oi autuada porque comprou massa demodelar sem a necessária rotulação (símbolo de identifcação de certifca-ção), sem alar na dierença de quantidade que o produto apresentava. Assimmesmo, vendeu a mercadoria aos consumidores com vício quantitativo e emranca violação do dever de inormar o consumidor. Quanto a isso, anote-seque a violação do dever de inormação e o vício de quantidade são ilícitosadministrativos de consumo sujeitos à sanção pelo Inmetro (art. 4º da Lein. 5.966/1973), agente regulador da atividade econômica que não detém
atuação apenas pautada nas normas de Direito Administrativo, mas tambémna legislação de Direito Privado. Ambas as hipóteses (a violação e o vício)sujeitam os participantes da cadeia de consumo ao liame da responsabilidadesolidária (art. 275 do CC/2002 e art. 18 do CDC), pois a responsabilidadecivil nos ilícitos administrativos de consumo tem a mesma natureza ontoló-gica da responsabilidade civil na relação jurídica de base de consumo, logoé, por disposição legal, solidária. Portanto, diante do ato de que a relação deconsumo é una e sua repercussão nos outros ramos do Direito deve obser-var justamente sua natureza ontológica, conclui-se que o vendedor pode serresponsabilizado solidariamente por ilícitos administrativos, civis e penais deconsumo. Por último, os argumentos de que o comerciante não abricou oproduto e de que quem o abricou oi identifcado não aastam sua respon-sabilidade administrativa, visto não incidir, no caso, o art. 18, § 5º, do CDC(conorme a sentença, não se trata de produto in natura). Precedente citado:MS 5.943-DF, DJ 27/3/2000. REsp 1.118.302-SC, Rel. Min. HumbertoMartins, julgado em 1º/10/2009.
PENHORA ON LINE. CONTACORRENTE. IR.
O recorrente, ao se insurgir contra a penhora on line do valor deposi-tado em conta-corrente a título de restituição de imposto de renda, alega
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 144
violação do art. 649, IV, do CPC. Então, cinge-se a questão em analisar seo valor do imposto de renda retido, decorrente de excesso descontado do
soldo recebido pelo recorrente como militar da reserva, manteria a naturezaremuneratória (alimentar) até a data de sua restituição, decorrente da de-claração anual de ajuste; se o depósito de quantias reerentes a salário, ven-cimento, provento ou soldo em conta-corrente retiraria a natureza alimen-tar da quantia depositada e se seria absoluta a regra de impenhorabilidadedos rendimentos dispostos no art. 649, IV, do CPC. Para a Min. Relatora,é possível discutir a possibilidade de penhora dos valores restituídos apenasem hipóteses em que se comprove que a origem do valor relativo à restitui-ção de imposto de renda refra-se a receitas compreendidas no mencionado
artigo. A devolução ao contribuinte do imposto de renda retido, reerenteà restituição de parcela do salário ou vencimento, não desmerece o caráteralimentar dos valores a serem devolvidos. Em princípio, é inadmissível apenhora de valores depositados em conta-corrente destinada ao recebimen-to de salário ou aposentadoria do devedor. Ao entrar na esera de disponi-bilidade do recorrente, sem que tenha sido consumido integralmente parao suprimento de necessidades básicas, a verba relativa ao recebimento de sa-lário, vencimento ou aposentadoria perde seu caráter alimentar, tornando-se penhorável. É de se concluir pela possibilidade de penhora dos valoresdepositados na conta-corrente do recorrente a título de restituição de im-
posto de renda, porquanto, em observância ao princípio da eetividade, nãose mostra razoável, em situações em que não haja comprometimento damanutenção digna do executado, que o credor não possa obter a satisaçãode seu crédito, ao argumento de que os rendimentos previstos no art. 649,IV, do CPC gozariam de impenhorabilidade absoluta. Precedente citado:RMS 25.397-DF, DJe 3/11/2008. REsp 1.059.781-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 1º/10/2009.
DANOS MORAIS. SOLIDARIEDADE. BANCO. CARTÃO. CRÉDITO.
O recorrido ajuizou ação de compensação por danos morais contra o ban-co e a administradora de cartões de crédito, alegando que pretendeu pagardespesas de hospedagem no exterior valendo-se de seu cartão de crédito e tevea autorização indevidamente negada. Tentou resolver o problema junto aobanco e à recorrente, não obtendo êxito. A recorrente alegou que não é partelegítima para fgurar no polo passivo da ação porque não administra cartõesde crédito, que não é parte no contrato frmado entre as partes e que nãoprocedeu ao bloqueio do cartão. Mas a Turma negou provimento ao recursoao argumento de que o art. 14 do CDC estabelece regra de responsabilidade
solidária entre os ornecedores de uma mesma cadeia de serviços, razão pelaqual as “bandeiras”/marcas de cartão de crédito respondem solidariamente
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 145
com os bancos e as administradoras de cartão de crédito pelos danos decor-rentes da má prestação de serviços. A recorrente alega que o valor arbitrado
em R$ 16.500,00 a título de reparação por danos morais revela-se elevado,merecendo a devida redução. Porém, este Superior Tribunal orienta-se nosentido de que a alteração do valor fxado a título de compensação por da-nos morais somente é possível, em recurso especial, nas hipóteses em que aquantia estipulada pelo tribunal de origem seja irrisória ou exagerada. Nahipótese, não há exagero na sua fxação, uma vez que o recorrido sujeitou-se a constrangimentos indevidos em país estrangeiro, requereu solução parao problema e não oi atendido. Precedente citado: REsp 259.816-RJ, DJ27/11/2000. REsp 1.029.454-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em1º/10/2009.
FALÊNCIA. EMPRESA AÉREA. DEPÓSITO ELISIVO.
Ainda que previamente ajuizada ação anulatória do título que lastreia opedido de alência, se inexiste depósito elisivo e não houve garantia do ju-ízo, não há de se cogitar a suspensão do processo de alência, cuja naturezaprocessual de execução coletiva, de cognição sumária, permite a aplicaçãoanalógica do art. 585, § 1º, do CPC. O procedimento estabelecido pelo DLn. 7.661/1945 previa, para a ase pré-alimentar, uma instrução sumária,
própria das ações executórias, de sorte que, não havendo depósito elisivoe não sendo requerida a concessão do prazo previsto no art. 11, § 3º, doreerido decreto, o Tribunal, após aastar os argumentos da deesa, podia deplano decretar a quebra. Não havia, no DL n. 7.661/1945, um único dis-positivo que determinasse a intervenção do Ministério Público no processopré-alimentar. A análise sistemática do art. 15, II, daquele mesmo decretopermite concluir que o Ministério Público somente deveria ter ciência dopedido de alência após a prolação da respectiva decisão de quebra. O art.188 do Código Brasileiro de Aeronáutica veicula mera aculdade do PoderPúblico de intervir em empresas aéreas, aculdade que não poderia embara-çar a eetividade do DL n. 7.661/1945, que não impunha nenhum empe-cilho à decretação da alência de empresas aéreas. O contrato de confssãode dívida é título executivo, podendo executar-se a nota promissória a elevinculado. Não havendo a criação de uma obrigação nova para substituir aantiga, não há de se alar em novação. Na sistemática do retrocitado DL, anomeação do síndico az parte do próprio conteúdo da declaração de alên-cia. Nos termos do § 2º do art. 201 desse mesmo decreto, a alta ou demorada nomeação do fscal não prejudica o andamento do processo da alência.Com esses undamentos, a Turma, ao prosseguir o julgamento, por maioria,
negou provimento aos recursos. REsp 867.128-SP, Rel. Min. Nancy Andri-ghi, julgado em 1º/10/2009.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 146
DANO MORAL. INTERESSE. RECURSO ADESIVO.
Em ação de indenização por danos morais, o autor buscava entre 100 e500 salários mínimos para reparar o constrangimento de ter sido abordadode modo ostensivo e acusador, por suspeita de urto no interior de supermer-cado. Julgada procedente a ação, o réu oi condenado a pagar R$ 3.000,00,o que equivalia, à época, a 10 salários mínimos. Então, apelou o réu e, ade-sivamente, o autor, mas só o recurso adesivo oi provido, majorando a con-denação para R$ 5.000,00. Adveio o REsp, no qual o réu afrma não ser ca-bível recurso adesivo na hipótese, porque não houve sucumbência recíproca.Isso posto, explica o Min. Relator que, se cabe o recurso principal, tambémcaberá o recurso adesivo desde que haja recurso da parte contrária. Dessaorma, agrega-se o requisito da impugnação realizada pela parte adversa aosrequisitos gerais de admissibilidade dos demais recursos, ou seja, determi-nada decisão poderá ser impugnada por recurso adesivo se essa or apelável,embargável ou recorrível mediante RE ou REsp, desde que haja impugnaçãoda parte adversa. Também observa, invocando a doutrina e a jurisprudência,que, em ação de indenização por danos morais, o valor indicado na inicialpara o arbitramento é meramente estimativo. Ademais, ainda que não hou-vesse pedido determinado na inicial, deixando ao arbítrio do magistrado afxação da indenização, se, por acaso o autor não se satisfzesse com a sentença
(de total procedência), ele poderia dela recorrer. Logo, no caso dos autos,com mais razão há o interesse recursal, uma vez que o pedido da inicial eramuito maior que aquele arbitrado pela sentença, sendo notório o cabimentoda apelação principal e adesiva. Diante do exposto, a Turma não conheceudo recurso. Precedentes citados: REsp 265.133-RJ, DJ 23/10/2000; REsp330.256-MG, DJe 30/9/2000, e REsp 543.133-PR, DJ 28/9/2009. REsp944.218-PB, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 29/9/2009.
RESPONSABILIDADE CIVIL. PAGAMENTO. SEGURO.
A Turma confrmou o acórdão recorrido com o entendimento de que, ape-sar da possibilidade de ressarcir-se perante o raudador, a sociedade empresáriarevendedora de veículo responde por ato de seu preposto que induzia os com-pradores a realizar contrato de seguro com empresa inidônea para mais rápidoreceber o valor da venda, visto que, sem seguro, o banco não liberaria o leasing.No caso dos autos, o comprador entregou ao vendedor cheque para pagamentodo seguro à vista, o cheque oi repassado ao corretor da seguradora, que alsif-cou o endosso, recebeu o valor do cheque e ez o contrato de seguro para paga-mento a prazo, adimplindo apenas a primeira parcela, o que resultou no cance-
lamento da apólice. O veículo, então, oi urtado e, quando o proprietário orarecorrido acionou a seguradora, verifcou o ocorrido e ingressou com a deman-
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 147
da para ressarcimento do valor do bem somado a perdas e danos. No REsp, asociedade revendedora deendia a impossibilidade de ser responsabilizada pelos
danos causados por outrem. Para o Min. Relator, a hipótese descrita enquadra-se no inciso III do art. 1.521 do CC/1916, ou seja, responde o patrão por atodo seu empregado. No caso, o ato traduz-se em, durante o trabalho prestado,induzir o comprador a erro, assim, não está a recorrente respondendo por atopraticado pelo corretor da seguradora, mas por ato de preposto seu (o vende-dor); pode entretanto, vir a ressarcir-se perante o raudador. REsp 268.021-SP,Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgado em 29/9/2009.
SEGURO. DENUNCIAÇÃO. LIDE. SEGURADORA. SEGURADO.
Trata-se de ação indenizatória em acidente de trânsito em que o Tribunala quo excluiu a seguradora litisdenunciada da lide. A Turma entendeu queo ajuizamento da ação indenizatória pode ser contra a seguradora e o bene-fciário do seguro. Uma vez que o seguro tem natureza contratual, dierentedo DPVAT, que é legal, é necessária a participação do segurado na lide, por-quanto ele tem interesse direto na condenação. Se assim não osse, poderiahaver um reexo em uma eventual demanda para cobrança de dierença, se acondenação securitária não osse sufciente. Poderia ainda, sendo o seguradoprotagonista do acidente e conhecendo a dinâmica dos atos, empenhar-se
na deesa. Ressalta-se que os acidentes acarretam outros eeitos, inclusive pe-rante o órgão de trânsito, como aplicação de multa e a cassação da carteira dehabilitação. Em razão de sua relação com a seguradora, se responsabilizadopelo acidente, o segurado renovará o contrato de orma mais onerosa. Porúltimo, como não há liame jurídico entre o terceiro e a seguradora, caso estavenha a negar o seguro, por exemplo, na inadimplência de prestações, haveráuma difculdade a ser suplantada. Assim, a Turma conheceu do recurso e deuprovimento a ele para condenar a seguradora litisdenunciada solidariamentecom o réu até o limite da cobertura do contrato de seguro. REsp 670.998-RS, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, julgado em 1º/10/2009.
NOTA PROMISSÓRIA. NULIDADE. TÍTULO EXECUTIVO.
A jurisprudência pacífca deste Superior Tribunal entende que a ausênciada indicação expressa da data de emissão descaracteriza a nota promissóriacomo título executivo. Contudo, na espécie, a alta oi suprida pela própriarecorrente, que afrma expressamente a data em que oi emitida. Assim, nãohá qualquer dúvida quanto à data de vencimento, caracterizando-se um exa-gero ormal declarar a nulidade da nota promissória no caso. Logo, a Turma
não conheceu do recurso. REsp 988.328-MG, Rel. Min. Fernando Gonçal- ves, julgado em 1º/10/2009.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 148
INFORMATIVO DO STJ 408
PENHORA. BEM IMÓVEL. INALIENABILIDADE.
Trata-se de REsp em que o cerne da questão é saber se a cláusula de inalie-nabilidade que grava bem imóvel herdado prolonga-se no tempo, mesmo apósa morte da benefciária. A Turma conheceu do recurso e lhe deu provimento aoentendimento de que o propósito da reerida cláusula é proteger o patrimônio dobenefciário. A restrição, portanto, não pode ter vigência para além de sua vida.Com a sua morte, se não há a instituição de novo gravame por disposição testa-mentária, os bens transmitem-se aos herdeiros de orma livre e desembaraçada. A cláusula está atrelada à pessoa do benefciário, não ao bem, porque sua naturezaé pessoal, não real. Ressaltou-se que, na hipótese, não há testamento da alecidanem maniestação para manter o gravame sobre o bem a ser partilhado. Assim,ao contrário do que concluiu o acórdão recorrido, o bem imóvel ingressou naesera patrimonial dos herdeiros sem qualquer restrição, podendo, portanto, serobjeto de penhora. Precedente citado: REsp 80.480-SP, DJ 24/6/1996. REsp1.101.702-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 22/9/2009.
ASTREINTE. TURBAÇÃO.
Trata-se de REsp em que se busca defnir se pode haver execução de multa co-minatória, no caso, diária (astreinte ), fxada para o descumprimento de decisão
judicial que determinava a derrubada de muro e o fm da turbação possessória. Para a Min. Relatora, na hipótese em questão, restou evidente que o únicoobstáculo à eetividade do direito já reconhecido por sentença era o descasoda recorrente pela Justiça. Se a multa diária tem por objetivo orçar o devedorrenitente a cumprir sua obrigação, não há como reduzi-la sem cair em contra-dição, pois a conclusão inaastável que se retira de todo o contexto ático é que,nem diante do acúmulo de uma multa pesadíssima, a recorrente cedeu à ordem
judicial. Assim, desde a fxação da multa, passaram-se tantos dias quantos quisa recorrente e nada era óbice para que se cumprisse a ordem de demolição. Em-bora afrme que a destruição do muro estava sob o poder de terceira empresa,todas as difculdades que a recorrente afrmou haver no atendimento à ordem
judicial só vieram à tona quando a multa oi-lhe cobrada. Na verdade, nãooi reconhecido, e sequer alegado, qualquer esorço da recorrente no sentidode cumprir sua obrigação. Isto é, fcou inerte e nem mesmo demonstrou quetentou obter a colaboração de quem quer que seja para cumprir seu dever. A multa, portanto, perdurou enquanto oi necessário; se o valor fnal é alto, aindamais elevada era a resistência da recorrente a cumprir o devido. Dessa orma, a
análise do excesso desse valor não deve ser eita na perspectiva de quem, olhan-do para os atos já consolidados no tempo, procura razoabilidade quando, na
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 149
raiz do problema, existe justamente um comportamento desarrazoado de umasdas partes; ao contrário, a eventual revisão deve ser pensada de acordo com as
condições enrentadas no momento em que a multa incidia e com o grau deresistência do devedor. Desse modo, a redução não se az possível sem que, comisso, a própria natureza da multa cominatória seja violada. Com esses argumen-tos, entre outros, a Turma negou provimento ao recurso. REsp 1.022.033-RJ,Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 22/9/2009.
LIQUIDEZ. TÍTULO EXECUTIVO.
Trata-se de recurso interposto nos autos de embargos à execução que oramprovidos em parte para fxar o BTN fscal como critério para correção do valorexecutado, além de decotar do cálculo os juros remuneratórios e a capitalizaçãode juros em período inerior a um ano. Diante disso, o Tribunal a quo considerounula a execução porque havia ação de consignação em pagamento quando doajuizamento da execução e a cobrança era superior ao valor devido. Para o Min.Relator, a pendência de ação de consignação em pagamento quando do ajui-zamento da execução não obsta a pretensão do credor de promover a execução(art. 585, § 1º, do CPC), nem retira a liquidez do título executivo judicial paraacarretar a extinção do eito. É necessária, apenas, a adequação do valor executadoàs modifcações impostas pela consignatória transitada em julgado e considerada
pelo sentenciante dos embargos, pois o acertamento judicial do título por meiode embargos à execução não lhe retira a liquidez, uma vez que continua possíveldeterminar o quantum debeatur . Ressaltou, ainda, que, se os embargos do deve-dor são posteriores ao aparelhamento da execução e se seu fm é ajustar o valorexequendo, seria contrassenso considerar que o acertamento judicial do títuloresultaria em perda de sua liquidez. Diante do exposto, a Turma deu provimen-to ao recurso principal, prejudicado o recurso adesivo, para aastar a nulidadeconsiderada pelo acórdão recorrido e determinou o retorno dos autos, visto que,superada a questão preliminar, deve prosseguir o julgamento. REsp 1.097.930-RS, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 22/9/2009.
INFORMATIVO DO STJ 407
APELAÇÃO. EFEITO DEVOLUTIVO. BUSCA. APREENSÃO.
Em sede de ação de busca e apreensão, após a alteração do art. 3º, § 5º,do DL n. 911/1969 pela Lei n. 10.931/2004, a apelação interposta contrasentença que julga improcedente o pedido ou extingue o processo sem reso-
lução de mérito é também recebida apenas no eeito devolutivo, o que impõea cassação de liminar anteriormente concedida. A alteração veio em resguar-
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 150
do do princípio da igualdade entre os litigantes, pois a anterior redação, derecebê-la no duplo eeito nesses casos, levava à preterição do devedor porque
ele não recuperava a posse do bem mesmo com a cassação da liminar pelasentença de improcedência ou da extinção sem resolução de mérito, havendoapelação do credor. REsp 1.046.050-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julga-do em 17/9/2009.
ASTREINTES. VEÍCULO. SUBSTITUIÇÃO.
A Turma reiterou o entendimento de que confgura enriquecimento semcausa a execução do valor das astreintes em quantia superior a R$ 1 milhão,quando o bem objeto do pleito principal (automóvel similar) é bem ineriora R$ 100 mil atuais, pois o objetivo deve ater-se aos limites da razoabilidade.Com eeito, oi provido o recurso para reduzir o valor da multa diária de R$200 para R$ 100, até porque o autor obteve a substituição do veículo por ou-tro, bem como a indenização por danos morais (no valor de R$ 20 mil). Pre-cedentes citados: REsp 793.491-RN, DJ 6/11/2006; AgRg no Ag 745.631-PR, DJ 18/6/2007, e REsp 705.914-RN, DJ 6/3/2006. REsp 947.466-PR,Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, julgado em 17/9/2009.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 151
PROVAS DA OAB – 1ª FASE
Fonte Bibliográfica: www.oab-rj.gov.br
40º EXAME DE ORDEM
De acordo com a Lei da Propriedade Industrial, poderá ser registrado como marca:
A reprodução ou imitação de título, de moeda ou cédula de curso or-çado da União, dos estados, do DF, dos territórios e dos municípios.
B termo técnico que, usado na indústria, na ciência e na arte, tenharelação com o produto ou serviço a distinguir.
C sinal de caráter genérico comum, necessário ou simplesmente des-critivo, quando tiver relação com o produto ou serviço a distinguir,vedada a utilização de orma distintiva.
D símbolo ou sinal específco ormado por cores e denominações queestejam dispostas ou combinadas de modo peculiar e distintivo.
Comentários: Letra D–Art. 122, da Lei 9279/96
A respeito da classificação das sociedades em simples e empresárias, bem como
da relação prevista em lei entre os tipos societários pertencentes a cada um dessesgrupos, é correto afirmar que as regras legais relativas à sociedade simples:
A são subsidiárias a todos os tipos societários.B aplicar-se-ão à sociedade limitada se o respectivo contrato social
não estabelecer a regência supletiva das normas sobre socieda-de anônima.
C são subsidiárias apenas à sociedade em nome coletivo e à sociedadeem comandita simples.
D são subsidiárias às da sociedade cooperativa, e as regras relativas àsociedade limitada são subsidiárias às demais sociedades empresá-rias, especialmente a sociedade anônima.
Comentários: Letra B–Art. 1053 e parágrafo único, do CC.
Afrânio, empresário individual, foi submetido a exame por junta médica que
atestou ser ele portador de grave esquizofrenia, qualificandoo como permanen
temente incapaz de gerir os próprios negócios. Por essa razão, o pai do empresário
ajuizou pedido de interdição, com o pleito de ser nomeado seu curador e gerir seus
negócios da vida civil. Considerando a situação hipotética apresentada, assinale a
opção correta.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 152
A Caso o pai de Arânio, já como seu curador, esteja impedido, porlei, de exercer atividade empresarial, também não poderá proceder
com a indicação de gerentes ao juízo para o exercício desse mister,com o que extinguirá a empresa.
B A interdição de empresário individual determina necessariamen-te a extinção da empresa, sendo inviável a sua continuidade porqualquer meio, portanto o pai de Arânio não poderá substituí-lonos negócios.
C Eventuais clientes que tenham comprado de Arânio produtos me-diante pagamento à vista, mas que ainda não tenham recebido asmercadorias, na hipótese de continuidade da atividade empresária,
estarão impedidos de reclamar o prejuízo em razão da patologia doempresário individual.D O pai de Arânio, se curador nomeado judicialmente, poderá exer-
cer atividade empresária em nome do flho interditado.
Comentários: Letra D–Art. 974 c/c 3º, ambos do CC
39º EXAME DE ORDEM
Os sócios da Frente e Verso Tecidos Ltda. Praticaram atos desvirtuados da funçãoda pessoa jurídica, constatandose fraude relativa à sua autonomia patrimonial. Os
credores propuseram a ação judicial competente e o juízo a quo decretou a descon
sideração da personalidade jurídica da referida sociedade. Considerando a situação
hipotética apresentada e a disciplina normativa da desconsideração da personali
dade jurídica, assinale a opção correta.
A O juízo a quo não tem competência para decretar a desconsidera-ção da personalidade jurídica da Frente e Verso Tecidos Ltda., masapenas para decidir por sua dissolução, total ou parcial, nos casos de
raude relativa à autonomia patrimonial.B A decretação da desconsideração da personalidade jurídica da Fren-
te e Verso Tecidos Ltda. acarreta sua liquidação.C A decisão judicial importará na extinção da Frente e Verso Tecidos
Ltda., com a posterior liquidação de seus bens materiais e imateriais.D A desconsideração da personalidade jurídica importará na retirada
momentânea da autonomia patrimonial da Frente e Verso TecidosLtda., para estender os eeitos de suas obrigações aos bens particu-lares de seus sócios.
Comentários: doutrina – A teoria da desconsideração da persona-lidade jurídica nada mais é senão o afastamento episódico da per-
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 153
sonalidade jurídica para dar efetividade a possibilidade de correçãode manobras fraudulentas de um ou mais dos seus sócios. Episódi-
co por que só se processa mediante análise do caso concreto, pois,do contrário, não existiria diferença entre a pessoa jurídica e seusconstituintes. Afastamento por não se tratar de dissolução da pessoa jurídica. Com efeito, é uma fase momentânea, onde, para atingir a pessoa do sócio, considera-se que a pessoa jurídica não existisse.“Pela teoria da desconsideração, o juiz pode deixar de aplicar asregras de separação patrimonial entre sociedade e sócios, ignoran-do a existência da pessoa jurídica num caso concreto, por que énecessário coibir a fraude perpetrada graças à manipulação de taisregras. Não seria possível a coibição se respeitada a autonomia da sociedade. Note-se, a decisão judicial que desconsidera a persona-lidade jurídica da sociedade não desfaz o seu ato constitutivo, nãoo invalida nem importa a sua dissolução. Trata, apenas e rigorosa-mente, de suspensão episódica da eficácia desse ato [...]” (Coelho,F. U., 2009, v. 1, p. 40, grifo nosso).
Nas sociedades em nome coletivo:
A a administração pode competir a sócio ou a terceiro designado pe-
los sócios.B os sócios respondem, de orma subsidiária e limitada à integraliza-
ção de suas quotas, pelas obrigações sociais.C os sócios podem ser pessoas ísicas ou jurídicas.D o alecimento de sócio implica a liquidação das quotas do alecido,
caso o contrato social seja omisso a tal respeito.Comentários: Letra D–doutrina – É característica nas sociedades em
nome coletivo prevalecer a fidúcia entre os sócios (sociedade depessoas), logo, o falecimento de sócio implica a liquidação dasquotas do falecido, caso o contrato social seja omisso a tal respeito.
O nome comercial ou de empresa, ou, ainda, o nome empresarial, compreende,
como expressão genérica, três espécies de designação: a firma de empresário (a
antiga firma individual, a firma social e a denominação.
Rubens Requião. Curso de direito comercial. 1.º vol., 27.ª ed., S. Paulo: Saraiva, 2007,
p. 231 (com adaptações.
Considerando a doutrina relativa às espécies de nomes comerciais, assinale a opção
correta.
A A utilização da expressão “sociedade anônima” pode indicar a frmade sociedade simples ou empresária.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 154
B O registro do nome comercial na junta comercial de um estadogarante à sociedade constituída a exclusividade da utilização inter-
nacional da denominação registrada.C O direito brasileiro se flia ao sistema legislativo da veracidade ou da
autenticidade. Assim, a frma individual deve ser constituída sob opatronímico do empresário individual.
D A omissão do termo “limitada” na denominação social não implicanecessariamente a responsabilidade solidária e ilimitada dos admi-nistradores da frma.
Comentários: Letra C – Art. 1156, do CC e doutrina – sistema legislativo da veracidade (informa que o nome empresarial devecorresponder aos nomes dos sócios que integram o quadro socie-tário. Se houver mudança nesse quadro e o nome do sócio que seretira constar do nome da firma deve-se proceder também a essa mudança) ou da autenticidade (art. 1.163, CC), o nome empre-sarial será distinto de qualquer outro existente no território doEstado da federação em que se pretender iniciar os negócios.
38º EXAME DE ORDEM
Considerando os vários tipos de sociedades descritos no Código Civil e com base na
teoria geral do direito empresarial, assinale a opção correta.
A As cooperativas, independentemente do objeto social, são sempresociedades simples.
B A sociedade anônima pode adotar a orma simples, desde que o seuobjeto social compreenda atividades tipicamente civis.
C A sociedade simples não possui personalidade jurídica, sendo des-necessária a inscrição de seu contrato social no Registro Civil dasPessoas Jurídicas do local de sua sede.
D Na sociedade em comum, todos os sócios respondem limitadamentepelas obrigações da sociedade; assim, todos os sócios podem valer-sedo beneício de ordem a que os sócios da sociedade simples azem jus.
Comentários: Letra C – Art.982, parágrafo único, do CC
Com base na disciplina jurídica das sociedades anônimas, julgue os seguintes itens.
I As sociedades por ações podem ser classifcadas em abertas ou echa-das, considerando-se a participação do Estado em seu capital social.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 155
II A Comissão de Valores Mobiliários, entidade autárquica em regi-me especial vinculada ao Ministério da Fazenda, é responsável pela
emissão de ações em mercado primário.III Ações preerenciais são aquelas que conerem ao seu titular uma
vantagem na distribuição dos lucros sociais entre os acionistas epodem, exatamente por isso, ter limitado ou suprimido o direitode voto.
IV As ações, as debêntures, os bônus de subscrição e as partes benefci-árias, entre outras, são espécies de valores mobiliários emitidos pelascompanhias para a captação de recursos.
V O valor nominal da ação é alcançado com a sua venda no ambiente
de bolsa de valores.Estão certos apenas os itens:
A I e V.B II e III.C III e IV.D I, II, IV e V.
Comentários: Letra C (São corretas as assertivas dos incisos III e IV):
III – Art. 17, da Lei nº 6.404/76IV – Art. 2º e seus incisos, da Lei nº 6.385/76
Uma letra de câmbio foi sacada por Z contra X para um beneficiário Y e foi aceita.
Posteriormente, foi endossada sucessivamente para A, B, C e D.
Nessa situação hipotética:
I Z é o sacado, X é o endossante, Y é o tomador.II aposto o aceite na letra, X torna-se o obrigado principal.III se, na data do vencimento, o aceitante se recusar a pagar a letra, o
portador não precisará encaminhar o título ao protesto para garan-tir o seu direito de ação cambial ou de execução contra os coobri-gados indiretos.
IV se A promover o pagamento ao portador D, os endossantes B e Cestarão desonerados da obrigação.
Estão certos apenas os itens:
A I e III.
B I e IV.C II e III.D II e IV.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 156
Comentários: Letra D (São corretas as assertivas dos incisos II e IV):III – Art. 22, do Anexo I do Decreto nº 57.663/66
IV – Art. 23 a 29, do Anexo I do Decreto nº 57.663/66
37º EXAME DE ORDEM
Alienado o estabelecimento empresarial, é correto afirmar, quanto às obrigações
ligadas à sua exploração, que:
A o adquirente sub-rogar-se-á legalmente em todos os contratos esti-pulados pelo alienante.
B o adquirente não poderá azer concorrência ao alienante pelo prazode cinco anos.
C o adquirente receberá por cessão todos os créditos do alienante,invalidando-se qualquer pagamento posterior eito pelo devedorao cedente.
D o adquirente obrigar-se-á solidariamente por créditos regularmentecontabilizados, vencidos e vincendos, existentes na data do trespas-se, agora por ele devidos.
Comentários: Letra D–Art. 1146, do CC
A sociedade simples difere, essencialmente, da sociedade empresária porque:
A aquela não exerce atividade própria de empresário sujeito a registro,ao contrário do que ocorre nesta.
B aquela não exerce atividade econômica nem visa ao lucro, ao con-trário desta.
C naquela, a responsabilidade dos sócios é sempre subsidiária, en-quanto nesta, é sempre limitada.
D aquela deve constituir-se apenas sob as normas que lhe são próprias,enquanto esta pode constituir-se utilizando-se de diversos tipos.
Comentários: Letra A–Art. 982 a contrário senso, do CCO
Com relação às regras que disciplinam a situação do sócioquotista da sociedade
limitada, assinale a opção correta.
A As quotas representam a necessária divisão do capital social em par-tes iguais, sendo as deliberações consideradas de acordo com o nú-mero de quotas de cada sócio.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 157
B As quotas podem ser integralizadas pelos sócios por valores re-presentados em dinheiro, bens ou prestação de serviços, respon-
dendo solidariamente todos os sócios pela exata estimação des-sas contribuições.
C As quotas são bens de livre disposição do sócio, que poderá vendê-las a outro sócio ou a terceiro, independentemente da anuência dosdemais sócios.
D A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas quotas, mastodos respondem pela integralização do capital social.
Comentários: Letra D–Art. 1052, do CC
36º EXAME DE ORDEM
Acerca do exercício da empresa em sociedade, assinale a opção correta.
A A sociedade que precipuamente exercer atividade de empresário ru-ral só poderá adotar tipo reservado às sociedades empresárias.
B A constituição de sociedade para a realização de apenas um negóciodeterminado é incompatível com a atividade empresarial, pois im-
pede a habitualidade de seu exercício.C O conceito de sociedade implica o exercício de atividade econô-
mica, embora nem toda sociedade que realize atividade econômicaseja necessariamente considerada empresarial.
D A qualifcação de uma sociedade como empresarial só ocorre quan-do ela exerce atividade própria de empresário sujeito a registro.
Comentários: Letra C–Art. 981, do CC
Com base na Lei n.º 6.406/1976, que dispõe sobre as sociedades por ações, assinale a
opção correta acerca das características jurídicas desse tipo de sociedade empresarial.
A As partes benefciárias compõem o capital social desse tipo de socie-dade, sendo permitida a participação nos lucros anuais.
B As ações, quanto à orma, podem ser classifcadas em ordináriase preerenciais.
C Nessas sociedades, apenas acionistas poderão ser simultaneamentetitulares de ações e debêntures.
D Os bônus de subscrição conerem direito de crédito contra a com-
panhia, podendo conter garantia real ou utuante.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 158
Comentários: Letra C – Art. 1ª c/c Art. 52, ambos da Lei nº6404/76
De acordo com as leis brasileiras, considerase criação passível de ser objeto de
direito de patente:
A um processo de abricação de tinta.B a pintura em que se retrata a imagem de um grupo de pessoas.C o livro científco em que se descrevem aplicações de medicamentos.D o método cirúrgico de transplante de coração em animais.
Comentários: Letra A–Art. 9º, da Lei nº 9279/92
Os títulos de crédito são tradicionalmente concebidos como documentos que apre
sentam requisitos formais de existência e validade, de acordo com o regulado para
cada espécie. Quanto aos seus requisitos essenciais, a nota promissória:
A precisa ser denominada, com sua espécie identifcada no textodo título.
B poderá ser frmada por assinatura a rogo, se o sacador não puder ounão souber assiná-la.
C conterá mandato puro e simples de pagar quantia determinada.D poderá não indicar o nome do sacado, permitindo-se, nesse caso,saque ao portador.
Comentários – Letra A–Art. 75, do Anexo I do Decreto nº57.663/66
A Lei n.º 11.101/2005 prevê a possibilidade de o empresário renegociar seus
débitos mediante os institutos da recuperação judicial e da recuperação extra
judicial. Acerca das semelhanças e diferenças entre ambos os institutos, assinalea opção correta.
A Dierentemente do previsto para a recuperação extrajudicial, o pe-dido de recuperação judicial poderá acarretar a suspensão de açõese execuções contra o devedor antes que o plano de recuperação doempresário seja apresentado aos credores.
B Dierentemente do previsto para a recuperação judicial, a recupera-ção extrajudicial limita-se a procedimento negocial entre o devedore os respectivos credores, excluída a participação do Poder Judiciá-rio em qualquer uma de suas ases.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 159
C Ambos os procedimentos envolvem a negociação de todos os crédi-tos oponíveis ao devedor, sendo a recuperação extrajudicial reserva-
da apenas às microempresas e empresas de pequeno porte.D Ambos os procedimentos exigem que o devedor apresente plano de
recuperação, o qual somente vinculará os envolvidos se devidamen-te aprovado em assembléia geral de credores.
Comentários: Letra A–Art. 6 º, § 4º da Lei nº 11.101/05
35º EXAME DE ORDEM
Armando e Arnaldo, advogados, resolveram celebrar contrato de sociedade para
realizar, por prazo indeterminado, a fabricação regular de peças para automóveis.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
A A sociedade só existirá se o instrumento do contrato or submetidoa registro.
B O instrumento do contrato deverá ser inscrito no Registro Públicode Empresas Mercantis, por ser empresarial o objeto da atividade.
C O instrumento do contrato deverá ser inscrito no Registro Civil de
Pessoas Jurídicas, em razão de os sócios serem advogados.D Sendo ambos os sócios advogados, a sociedade será necessariamen-te simples.
Comentários: Letra B–Art. 1150, do CCQUESTÃO
Com base nas disposições do Código Civil relativas à sociedade em conta de partici
pação, é correto afirmar que:
A o ato constitutivo da sociedade deve ser, obrigatoriamente, inscrito
na junta comercial.B todos os sócios devem responder ilimitadamente pelas obrigações
sociais devidas a terceiros.C somente sócios que sejam pessoas ísicas podem constituí-la.D apenas os sócios ostensivos podem exercer a atividade constitutiva
do objeto social.
Comentários: Letra D–Art. 991, do CC
Segundo o art. 122 da Lei n.º 9.279/1996, são suscetíveis de registro como marca ossinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais.
Com base no regime jurídico das marcas, previsto nessa lei, assinale a opção correta.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 160
A À marca de produto ou serviço será concedida proteção para distin-guir produto ou serviço de outro, idêntico, semelhante ou afm, de
origem diversa.B À marca notoriamente conhecida, desde que registrada no Brasil,
será concedida proteção em todos os ramos de atividade.C À marca de alto renome será concedida proteção em seu ramo de
atividade, independentemente de estar registrada no Brasil.D À marca coletiva, se devidamente registrada no Brasil, será concedi-
da proteção para ser utilizada por todos os que atuarem no corres-pondente ramo de atividade.
Comentários: Letra A–Art. 123, inciso I, da Lei nº 9279/96
De acordo com a legislação em vigor relativa a títulos de crédito, não é passível de
aceite a
A letra de câmbio.B nota promissória.C duplicata.D duplicata rural.
Comentários – Letra B–Art. 77, do Anexo I do Decreto nº57.663/66
Consoante a regulamentação processual da falência, prevista na Lei n.º
11.101/2005, compete necessariamente ao juízo falimentar
A a reclamação trabalhista oerecida contra o alido após a decretaçãoda alência.
B a execução fscal em curso contra o devedor alido quando da decre-tação da alência.
C a ação em que o alido fgurar como autor e que seja oerecida apósa decretação da alência.
D o pedido de restituição de bem alheio sob posse do devedor quandoda decretação da alência.
Comentários – Letra D–Art. 85, da Lei nº 11.101/05
34º EXAME DE ORDEM
Renato e Flávio eram sócios da pessoa jurídica X Comércio de Alimentos Ltda. Flávio
era casado sob o regime de comunhão universal de bens e Renato era viúvo. Em ju
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 161
lho de 2007, Renato faleceu em virtude de acidente automobilístico, deixando como
único herdeiro seu filho de quatorze anos, o qual ficou sob a tutela de seu tio João.
Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta.
A O flho de Renato, representado por João, com a concordância dosócio remanescente, poderá continuar a empresa, sendo desnecessá-ria autorização judicial se essa hipótese de sucessão estiver previstano contrato social.
B Os bens particulares, estranhos ao acervo da empresa, que o flhode Renato já possuía ao tempo da sucessão não responderão pordívidas da sociedade.
C Se, durante a ase de liquidação, Flávio optar pela dissolução dasociedade, na alienação de bens imóveis integrantes do patrimônioda empresa, será necessária a outorga de sua esposa.
D Se João não puder exercer atividade de empresário, para que o f-lho de Renato possa continuar a empresa, deve-se nomear, com aaprovação judicial, um ou mais gerentes, fcando João isento daresponsabilidade pelos atos do gerente nomeado.
Comentários: Letra B–Art. 985 c/c 45, ambos do CC
Paulo e Vinícius, únicos sócios da Ômega Comércio de Roupas Ltda., decidiramceder integralmente suas cotas sociais e, também, alienar o estabelecimento
empresarial da sociedade para Roberto e Ana. Ômega Comércio de Roupas Ltda.
Havia celebrado contrato de franquia com conhecida empresa fabricante de
roupas e artigos esportivos. Considerando a situação hipotética acima, assinale a
opção correta.
A A efcácia da alienação do estabelecimento empresarial dependerásempre do consentimento expresso de todos os credores.
B O adquirente não responderá por qualquer débito anterior à trans-
erência do estabelecimento empresarial.C O ranqueador não poderá rescindir o contrato de ranquia com
a Ômega Comércio de Roupas Ltda. com base na transerênciado estabelecimento.
D Os alienantes do estabelecimento empresarial da Ômega Comérciode Roupas Ltda. não poderão azer concorrência aos adquirentesnos cinco anos subseqüentes à transerência, salvo se houver autori-zação expressa para tanto.
Comentários: Letra D–Art. 1147, do CC
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 162
As sociedades anônimas:
A podem ser simples ou empresárias, conorme o objeto social.B estão proibidas por lei de receberem nome de pessoa ísica em
sua denominação.C são sociedades de capitais, sendo irrelevantes as características pes-
soais de seus acionistas.D devem ser constituídas por, no mínimo, sete acionistas.
Comentários: Letra C–Art.4º, da Lei nº 6.404/76
Considerandose que Paula tenha endossado a Luana um cheque de terceiro no
valor de R$ 500,00, é correto afirmar que:
A Paula, por ter endossado o cheque, responde pela solvência do de-vedor principal, no valor de R$ 500,00.
B o endosso produz os mesmos eeitos jurídicos de uma cessão civilde créditos.
C o endosso transere a Luana a posse, não a propriedade do títulode crédito.
D o endosso de Paula será nulo de pleno direito se a obrigação con-
substanciada no cheque já estiver vencida.
Comentários: Letra A–Art. 17, da Lei nº 7357/85
Os sócios da MN Serviços Ltda., pessoa jurídica que atua no ramo de prestação de
serviços de limpeza e conservação, visando superar situação de crise econômico
financeira, deliberaram pela recuperação judicial da referida pessoa jurídica. Con
siderando a situação apresentada e as normas relativas à recuperação judicial das
sociedades empresárias, assinale a opção correta.
A Para que a MN Serviços Ltda. possa requerer a recuperação judicial,é necessário que ela, no momento do pedido, esteja exercendo regu-larmente suas atividades há mais de cinco anos.
B Apenas os créditos vencidos do devedor, existentes na data do pedi-do, estarão sujeitos à recuperação judicial.
C A petição inicial da MN Serviços Ltda. deve ser instruída com as de-monstrações contábeis relativas aos cinco últimos exercícios sociais.
D No ato em que or deerido o processamento da recuperação judi-cial da MN Serviços Ltda., deve ser nomeado administrador judi-
cial, que pode ser pessoa ísica ou jurídica.Comentários: Letra B–Art.49, da Lei nº 11.101/05
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FGV DIREITO RIO 163
33º EXAME DE ORDEM
Assinale a opção incorreta em relação ao nome empresarial.
A As sociedades que tiverem exclusivamente sócios com responsabi-lidade ilimitada somente podem operar sob frma que ostente onome de pelo menos um deles.
B O nome empresarial é próprio das sociedades empresárias, nãohavendo proteção legal à denominação adotada pelas socieda-des simples.
C A alienação do estabelecimento não importa em concessão de usodo nome empresarial, salvo disposição contratual diversa.
D É vedada a alienação pura e simples do nome empresarial.
Comentários: Letra B–Art. 1155, parágrafo único, do CC
Sobre a alienação do estabelecimento, assinale a opção correta.
A O respectivo contrato produz eeitos quanto a terceiros após a suaaverbação à margem da inscrição do empresário no registro públi-co de empresas mercantis, ainda que não publicado na impren-
sa ofcial.B Somente pode ser validamente realizada mediante a autorização ex-
pressa dos credores à época existentes.C O alienante responderá subsidiariamente pelos débitos anteriores
à transerência.D Se ao alienante não restarem bens sufcientes para solver o seu pas-
sivo, a efcácia da alienação do estabelecimento depende do paga-mento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modoexpresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notifcação.
Comentários: Letra D–Art. 1145, do CC
A propósito da dissolução e liquidação de sociedade simples, assinale a opção
correta.
A É imprescindível, em qualquer hipótese, que haja o consenso detodos os sócios.
B Os administradores continuam gerindo os negócios normalmenteaté que seja concluída a liquidação.
C A dissolução e a liquidação da sociedade não podem ocorrer nomesmo ato.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 164
D O Ministério Público está legitimado a, em situações especiais, pro-mover a liquidação judicial da sociedade.
Comentários: Letra D–Art. 1033, inciso V c/c/ 1037, ambos do CC
Dos títulos de crédito abaixo, o único que admite aceite do sacado é o(a
A nota promissória.B conhecimento de rete.C duplicata de prestação de serviços.D cédula de crédito rural.
Comentários: Letra C–Art. 20 a 22, da Lei nº 5474/64
Entendese por principal estabelecimento o
A lugar da sede da empresa.B local onde está assentado o ponto empresarial.C o local do domicílio do empresário.D lugar onde o empresário centraliza as suas atividades e a administra-
ção de seu negócio.
Comentários: Letra D–Art. 3º, da Lei 11.101/05
Os atos extrajudiciais que interrompem a prescrição da pretensão à execução do
emitente de cheque incluem o(a
A devolução do cheque pelo sacado por insufciência de undos.B protesto cambial.C envio de correspondência notifcando o não pagamento.D saque de duplicata à vista em substituição ao cheque devolvido.
Comentários: Letra B–Art. 202, inciso III, do CC
Não pode ser incluído no plano de recuperação extrajudicial o crédito
A quirograário.B trabalhista.C com garantia real.D subordinado.
Comentários: Letra B–Art. 161, da Lei 11.101/05
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 165
Depósito elisivo da falência é o depósito:
A que poderá ser realizado pelo devedor, nos casos autorizados emlei, e no prazo da contestação, correspondente ao valor total docrédito, devidamente corrigido, acrescido de juros e honorários ad-vocatícios, visando impedir a decretação da quebra, caso a deesaapresentada seja rejeitada pelo juiz.
B eito em pagamento pelo devedor, cuja alência é requerida emqualquer das hipóteses legais, visando conessar a legitimidade dadívida e impedir a decretação da alência.
C que o credor domiciliado no exterior está obrigado a realizar, paraque possa requerer a alência no Brasil.
D que o devedor em recuperação judicial poderá realizar, relativamen-te à garantia do pagamento das obrigações assumidas no plano derecuperação correspondente, visando impedir a sua convolação emalência raudulenta.
Comentários: Letra A–Art. 98, parágrafo único, da Lei 11.101/05
Relativamente à deliberação dos sócios em uma sociedade limitada, assinale a
opção incorreta.
A As operações de incorporação e usão dependem, obrigatoriamente,da deliberação dos sócios.
B A deliberação em assembléia será obrigatória se o número dos só-cios or superior a dez.
C A reunião ou a assembléia tornam-se dispensáveis quando todos ossócios decidirem, por escrito, sobre a matéria que seria objeto delas.
D A convocação da assembléia é privativa dos administradores e fscaisda sociedade, sendo obstado ao sócio realizá-la.
Comentários: Letra D–Art.1073, do CC
No curso do processo de recuperação judicial de sociedade anônima fechada, foi
contratado o fornecimento de insumos à companhia, cujos administradores, em ato
regular de gestão, aceitaram as correspondentes duplicatas contra ela sacadas. Nes
sa situação, se, ulteriormente, verificarse o inadimplemento, o fornecedor deverá:
A apresentar em juízo pedido de aastamento dos administradores.B requerer a convolação da recuperação em alência.
C apresentar reclamação contra os administradores ao comitêde credores.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 166
D ajuizar ação executiva em ace da companhia ou requerer-lhea alência.
Comentários: Letra D–Art. 6º § 1º e 73, da Lei 11.101/05
Considerandose a ordem de pagamento aos credores prevista na Lei n.º
11.101/2005, assinale a opção incorreta.
A Os créditos tributários exigíveis durante a alência serão pagos pos-teriormente às restituições em dinheiro.
B As multas fscais moratórias serão pagas posteriormente aos crédi-tos quirograários.
C Os créditos derivados da relação de trabalho gozam de preerênciaabsoluta pelo seu valor integral, dierentemente das indenizaçõespor acidentes de trabalho.
D Os créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado,serão pagos anteriormente aos créditos com privilégio geral.
Comentários: Letra C–Art. 83, inciso I e VII, da Lei 11.101/05
Considere que um advogado seja consultado sobre a possibilidade de uma socieda
de limitada formada por dois sócios, um deles pessoa natural e o outro pessoa jurídica, com partes iguais no capital, ser administrada por pessoa jurídica não sócia.
A propósito dessa situação, assinale a opção que apresenta uma resposta correta à
referida consulta.
A Não há impedimento à nomeação de não sócio como administra-dor, inclusive pessoa jurídica.
B A nomeação de administrador pessoa jurídica só é vali da se a mes-ma or sócio.
C Somente pessoa natural pode administrar a sociedade limitada.
D A administração pode ser exercida por pessoa jurídica desde que amesma não seja sócio.
Comentários: Letra C–Art. 1053 c/c 1011, do CC
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PRÁTICA JURÍDICA IV
FGV DIREITO RIO 167
CLÁUDIA RIBEIRO PEREIRA NUNESGraduação em Direito pela UERJ (1991), Mestrado em Direito (2002) eDoutorado em Direito e Economia (2008) pelo Programa de pós-douto-ramento em Direito pela UGF. Proessora visitante de Mercer UniversitySchool o Law–MUSL (2007). Atualmente é Proessora do Núcleo de Prá-tica Jurídica da Fundação Getúlio Vargas–FGV e do IURIS–Centro de Es-tudos Jurídicos. Responsável pelo Projeto de Pesquisa Prática Forense emDireito Privado (C,T & A: 4 e fnanciamento do IURIS–Centro de EstudosJurídicos). Organizadora da Revista de Direito Privado e Processual CivilContemporâneo. Membro do INFO-BG–Grupo de Estudos EmpresariaisInternacionais. Secretária do Convênio EMARF/MUSL – Grupo de Estudosda CVM. Palestrante da ABAMI, RCPJ, UNIFLU, entre outras Instituições.Advogada Senior do Escritório Nordi e Pereira Advogados Associados. Ex-Consultora da área de Direito Civil do SEBRAE-RJ, por licitação. Ex-Advo-gada da Petrobrás S/A, por concurso público. Autora dos livros: Como sepreparar para o Exame de Ordem da Editora Método (co-autoria) e Exame
de Ordem Segunda Fase em Direito Comercial da Editora Espaço Jurídicoe articulista.
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PRÁTICA JURÍDICA IV
Fundação Getulio Vargas
Carlos Ivan Simonsen LealPRESIDENTE
FGV DIREITO RIO
Joaquim FalcãoDIRETOR
Fernando PenteadoVICE-DIRETOR DA GRADUAÇÃO
Luís Fernando SchuartzVICE-DIRETOR ACADÊMICO
Sérgio GuerraVICE-DIRETOR DE PÓS-GRADUAÇÃO
Luiz Roberto AyoubPROFESSOR COORDENADOR DO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO EM PODER JUDICIÁRIO
Ronaldo LemosCOORDENADOR CENTRO DE TECNOLOGIA E SOCIEDADE
Evandro Menezes de CarvalhoCOORDENADOR DA GRADUAÇÃO
Rogério Barcelos AlvesCOORDENADOR DE METODOLOGIA E MATERIAL DIDÁTICO
Paula SpielerCOORDENADORA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Daniela Silva Fontoura de BarcellosCOORDENADORA DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Lígia Fabris e Thiago Bottino do AmaralCOORDENADORES DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA
Wania TorresCOORDENADORA DE SECRETARIA DE GRADUAÇÃO
Diogo PinheiroCOORDENADOR DE FINANÇAS
Milena BrantCOORDENADORA DE MARKETING ESTRATÉGICO E PLANEJAMENTO
FICHA TÉCNICA