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GRADUAÇÃO 2010.1 PRÁTICA JURÍDICA II Professora: Patsy Schlesinger

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Page 1: Prática_Jurídica_II

GRADUAÇÃO2010.1

PRÁTICA JURÍDICA IIProfessora: Patsy Schlesinger

Page 2: Prática_Jurídica_II

SumárioPrática Jurídica II

PRÁTICA JURIDICA II PROGRAMA DO CURSO .............................................................................................................. 3

DICÁRIO DE PROCESSO CIVIL .................................................................................................................................. 8

PROVAS ANTERIORES DA OAB .............................................................................................................................. 29

Page 3: Prática_Jurídica_II

PRÁTICA JURÍDICA II

FGV DIREITO RIO 3

PRÁTICA JURIDICA II PROGRAMA DO CURSO

PONTO 01 CONTESTAÇÃO COM DENUNCIACAO DA LIDE

LEGISLAÇÃO: 70, III e 300 CCVARA: Cível do domicilio do devedorLEGITIMIDADE ATIVA da denunciação: Cliente/vitimaLEGITIMIDADE PASSIVA da denunciacao: responsável pela indenizaçãoPRELIMINAR: háDISTRIB. POR DEPENDENCIA: Não háFUNDAMENTAÇÃO:

* àquele que estiver obrigado a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda

PEDIDOS:• Citação do denunciado para responder em 15 dias,• Procedência do pedido constante da denunciação da lide• Improcedência do pedido constante da inicial• Condenação do autor no pagamento do ônus de sucumbência

DAS PROVAS: Todas as provas em Direito admitidas

PONTO 02 – PETIÇÃO INICIAL DE ARRESTO

Legislação: art 813 CPCVARA: Juiz competente para conhecer do processo principalLEGITIMIDADE ATIVA: LesadoLEGITIMIDADE PASSIVA: Autor da lesãoPRELIMINAR: Não háDISTRIB. POR DEPENDENCIA: HáFUNDAMENTAÇÃO:

* fumaça do bom direito e perigo da demora* tentativa do devedor em frustrar o pagamento* alteração de domicilio

PEDIDOS:• Citação do requerido para contestar em 05 dias;• Procedência do pedido para condenar a parte requerida a se abster em

alienar o bem objeto do litígio• Condenação do requerido no ônus de sucumbência

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PRÁTICA JURÍDICA II

FGV DIREITO RIO 4

DAS PROVAS: Todas as provas em Direito admitidasVALOR DA CAUSA: arts. 258 e 259 do CPC

PONTO 03 – PETIÇÃO INICIAL EM AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNI-DADE C/C ALIMENTOS

LEGISLAÇÃO: Codigo Civil e Lei 8560/92VARA: Familia domicilio do incapazLEGITIMIDADE ATIVA: FilhoLEGITIMIDADE PASSIVA: PaiPRELIMINAR: Não háDISTRIB. POR DEPENDENCIA: Não háFUNDAMENTAÇÃO:

* relação de parentesco* necessidade de alimentos

PEDIDOS:• Citação do réu para responder em 15 dias,• Intimacao do réu para comparecimento em exame de DNA• Procedência dos pedidos para declarar a paternidade do réu e a sua

condenação no pagamento dos alimentos• Condenação do réu no pagamento do ônus de sucumbência

DAS PROVAS: Todas as provas em Direito admitidasDO VALOR DA CAUSA – art. 259, VI CPC– a soma de doze presta-

ções mensaisDO ART. 39, I CPC

PONTO 04 – PETIÇÃO INICIAL EM AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL POR FATO DA COISA

LEGISLAÇÃO: art. 938 Código CivilVARA: Civel domicilio devedorLEGITIMIDADE ATIVA: vítimaLEGITIMIDADE PASSIVA: dono da coisaPRELIMINAR: Não háDISTRIB. POR DEPENDENCIA: Não háFUNDAMENTAÇÃO:

* responsabilidade civil decorrente do dano causado pelas coisas caídas ou lançadas de edifícios, que atinjam lugares e pessoas, indevidamente

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PRÁTICA JURÍDICA II

FGV DIREITO RIO 5

* responsabilidade pelas coisas caídas ou lançadas não é necessariamente do proprietário da construção, mas sim do seu habitante, atingindo, dessa for-ma, também, o mero possuidor (locador, comodatário, usufrutuário, etc.).

* responsabilidade objetiva

PEDIDOS:• Citação do réu para responder em 15 dias• Procedencia do pedido para condenar o réu no pagamento de indeni-

zação por danos materiais e compensação por danos morais• Condenação do réu no pagamento do ônus de sucumbência

DAS PROVAS – Todas em Direito admitidasDo valor da causa – art. 259, I CPCDo art. 39, I CPC

PONTO 05–APELAÇAO CIVL — AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO DE AGENTE ESTATAL

LEGISLAÇÃO: art. 927 CC e Art. 37, & 6º CF/88VARA: Câmara Cível Tribunal JustiçaLEGITIMIDADE ATIVA: vítimaLEGITIMIDADE PASSIVA: EstadoPRELIMINAR: HáDISTRIB. POR DEPENDENCIA: Não háFUNDAMENTAÇÃO:

* elementos da responsabilidade civil: ação/omissão; nexo causal, culpa e dano* responsabilidade objetiva do Estado

PEDIDOS:• recebimento do apelo, eis que presentes as condições de admissibilidade• atribuição dos efeitos• intimação do apelado para contra razões em 15 dias• provimento ao apelo para condenar o Estado ao pagamento de inde-

nização por danos materiais e compensação por danos morais

PONTO 06. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM DECISÃO DECLARATÓRIA DE FALÊNCIA

LEGISLAÇÃO: art. 522 e ss do CPC e art. 100, da Lei nº 11.101/05.VARA: Tribunal de Justiça Estadual

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FGV DIREITO RIO 6

LEGITIMIDADE ATIVA: Massa FalidaLEGITIMIDADE PASSIVA: Não háPRELIMINAR: HáDISTRIB. POR DEPENDENCIA: Não háFUNDAMENTAÇÃO:

* Da ilegitimidade ad causam passiva:* Da incompetência do Juízo* nulidade citatória* falta de protesto

PEDIDOS:• Reconsideração da decisão agravada• Recebimento do recurso• O acolhimento as preliminares• Provimento ao recurso para reforma da decisão• Condenação do agravado no pagamento do ônus de sucumbência

PONTO 07. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL

LEGISLAÇÃO: Arts. 282, 585 E 646 e 652 CPCVARA: Cível do domicilio do devedorLEGITIMIDADE ATIVA: Credor- exequenteLEGITIMIDADE PASSIVA: Devedor-executadoPRELIMINAR: Não háDISTRIB. POR DEPENDENCIA: Não háFUNDAMENTAÇÃO:

• titulo liquido, certo e exigível;* falta de pagamento no dia do vencimento.

PEDIDOS:• Citação do executado para pagar em 03 dias a quantia de R$,• Arbitramento dos honorários advocatícios, na forma do art. 652 A CPC• Condenação do executado no pagamento dos ônus de sucumbência

DAS PROVAS: Todas as provas em Direito admitidasVALOR DA CAUSA: arts. 259, I c/c 598 CPC

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PRÁTICA JURÍDICA II

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PONTO 08 EMBARGOS À EXECUÇÃO

LEGISLAÇÃO: Arts. 736, 738, 739A e 745 CPCVARA: Cível onde tramita a ação de execuçãoLEGITIMIDADE ATIVA: Devedor–embarganteLEGITIMIDADE PASSIVA: Credor–embargadoPRELIMINAR: HáDISTRIB. POR DEPENDENCIA: HáFUNDAMENTAÇÃO:

• Qualquer matéria que seria lícito ao devedor deduzir em ação de co-nhecimento

PEDIDOS:• Intimação do embargado para se manifestar em 15 dias;• Julgamento de procedência do pedido para desconstituir o título exe-

cutivo extrajudicial• Condenação do embargado nos ônus de sucumbência

DAS PROVAS: Todas as provas em Direito admitidasVALOR DA CAUSA: o valor do título que se pretende desconstituirDO ART. 39, I CPC

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DICÁRIO DE PROCESSO CIVIL

1. AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO CUMULADA COM COBRANÇA DE ALUGUEL E ACESSÓRIOS DA LOCAÇÃO — RITO COMUM ORDINÁRIO

LEGISLAÇÃO: 9º: , III e 23, I Lei 8.245/91 e 828 CCVARA: Cível do lugar da situação do imóvelLEGITIMIDADE ATIVA: LocadorLEGITIMIDADE PASSIVA: Locatário e fi adorPRELIMINAR: Não háDISTRIB. POR DEPENDENCIA: Não háFUNDAMENTAÇÃO:

* falta de pagamento para rescisão do contrato de locação e proporcionar o despejo

* O art. 62, I da Lei 8245/91 c/c art. 292 CC estabelecem a possibilida-de de cumulação do despejo com a cobrança

PEDIDOS:• Citação da parte ré para responder em 15 dias,• Procedência do pedido para decretar o despejo do réu locatário• Procedência do pedido para condenar a parte ré, de forma solidária,

ao pagamento da quantia indicada na planilha de débito em anexo• Condenação dos réus no pagamento do ônus de sucumbência

DAS PROVAS: Todas as provas em Direito admitidasVALOR DA CAUSA: corresponde a doze meses de aluguel – art. 58, III

Lei 8245/91

QUESTÃO 1 — Foi celebrado contrato de locação tendo por objeto de-terminado imóvel. O locatário deixou de pagar alugueis. Quer o locador propor a medida judicial cabível

Resposta e comentários:a) Qual é a peça?b) Qual o nome iuris?c) Quais os dispositivos legais que fundamentam o direito do cliente?

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PRÁTICA JURÍDICA II

FGV DIREITO RIO 9

Modelo de peça

Exmº. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Civel da Comarca da Capital

Locador, (qualifi cação – art. 282 CPC), vem propor a presente

AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO C/C COBRAN-ÇA DE ALUGUÉIS E ACESSÓRIOS DA LOCAÇÃO

em face de do locatário (qualifi car – art. 282 CPC) e dos fi adores (qualifi -car na forma do art. 282 CPC), pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos:

DA LOCAÇÃO

1. Por contrato escrito o requerente deu em locação ao requerido o imóvel situado na Rua .... nº ...., nesta Cidade, pelo prazo de .... meses, para terminar no dia ...., pelo aluguel mensal de R$ ....

2. Os .... são fi adores e principais pagadores, solidariamente responsá-veis pelo referido locatário o Sr. ....

DAS OBRIGAÇÕES

3. Consoante disposições contratuais, o locatário .... é obrigado a pa-gar o aluguel e acessórios da locação impreterivelmente até o último dia do mês vencido.

4. Por sua vez, os fi adores .... são principais pagadores, solidariamente responsáveis com o locatário .... pelo fi el cumprimento do contrato.

5. Ademais, consoante disposto na cláusula .... do pacto locatício, o não pagamento dos alugueres no prazo estabelecido importará na incidência de multa de ...., juros de mora de .... ao mês, honorários advocatícios de ...., além da correção monetária.

DO DÉBITO6. Apesar de assim estar obrigado, o locatário .... encontra-se em mora com

o pagamento dos alugueres dos meses de ...., consoante calculado e dis-criminado na anexa planilha, totalizando, no dia .... de .... de ...., em moeda nacional corrente, o equivalente à quantidade de .... UFIR’s.

DA PURGA MORA

7. A locação poderá ser rescindida em decorrência da falta de paga-mento dos alugueres.

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FGV DIREITO RIO 10

8. Todavia, o locatário .... poderá evitar a rescisão da locação, reque-rendo, no prazo da contestação, autorização para pagamento do débito atualizado, independente de cálculo do contador e mediante depósito judicial, incluídos:

a) alugueres que venceram até a sua efetivação;b) multa contratual;c) juros de mora, ed) custas e honorários advocatícios do locador.

DOS PEDIDOS

9. Face a todo o exposto, é a presente ação de despejo, fundada na falta de pagamento de alugueres, cumulada com o pedido de cobran-ça desses alugueres e acessórios da locação, consoante previsto nos incisos II e III do art. 9º e nos incisos I e II do art. 62 da Lei nº 8.245/91, para requerer a V. Exa:

I–com relação ao locatário ....:a) a citação do réu ...., para:

a.1) requer, no prazo da contestação, querendo evitar a rescisão da locação, autorização para o pagamento do seu débito atuali-zado, independentemente de cálculo do contador, e mediante depósito judicial, cujo depósito deverá ser efetuado até quinze dias após a intimação do deferimento, inclusive dos alugueres vincendos até a data do efetivo depósito,

ou,

a.2) contestar os pedidos, querendo.II–com relação aos fi adores ....:

b) a citação dos fi adores ...., por intermédio de ofi cial de justiça, na Rua .... nº ...., na qualidade de principais pagadores, solidariamente responsáveis com o locatário ...., para:b.1) requererem, no prazo da contestação, querendo evitar a rescisão

da locação, autorização para o pagamento do débito atualizado de seu afi ançado ...., também independentemente de cálculo do contador, e mediante depósito judicial, cujo depósito deverá ser efetuado até quinze dias após intimação do deferimento, in-clusive dos alugueres vincendos até a data do efetivo depósito;

ou,b.2) contestarem a ação, querendo.

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III–com relação ao locatário .... e os fi adores ...., se não for efetuado o depósito do débito atualizado, ou sendo contestada a ação por quaisquer deles:

c) seja a ação, afi nal, julgada procedente para decretar a rescisão da locação, com o conseqüente despejo do locatário ...., bem como de eventuais ocupantes do imóvel, fi xando-lhe o prazo mínimo legal para a desocupação voluntária do imóvel;

d) sejam condenados o locatário .... e os fi adores ...., solidariamente, no pagamento dos alugueres aludidos na planilha e constantes desta ação e daqueles ocorridos até a data da efetiva desocupação do imóvel;

e) sejam condenados o locatário .... e os fi adores ...., solidariamente, ao pagamento das custas judiciais e dos honorários de 20% sobre o montante devido, custas e honorários esses que deverão ser corrigi-dos monetariamente e executados nestes próprios autos;

f ) seja facultada ao autor a execução da cobrança dos locativos antes da desocupação do imóvel.

DAS PROVAS

Provará o suplicante .... a verdade dos fatos em que se fundam as suas ações cumuladas, com as provas documentais, testemunhal e depoimento pessoal do locatário .... e dos fi adores ...., sob pena de confi ssão.

DAS INTIMAÇÕES

11. Os advogados do autor .... receberão todas as intimações no seu escritório situado na Rua .... nº ...., telefone .... e fax ....

DO VALOR DA CAUSA

12. O suplicante .... dá à causa o valor de R$ ....

Termos em que,

Espera deferimento

...., .... de .... de ....

..................Advogado OAB/...

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2. ACAO DE COBRANÇA DE COTA CONDOMINIAL – RITO SUMÁRIO

Legislação: arts. 275, II, alínea b CPC e 12 lei 4591/64VARA: Cível do lugar da situação do imóvelLEGITIMIDADE ATIVA: CondomínioLEGITIMIDADE PASSIVA: proprietárioPRELIMINAR: Não háDISTRIB. POR DEPENDENCIA: Não háFUNDAMENTAÇÃO:* falta de pagamento das cotas condominiais* obrigação propter rem

PEDIDOS:• Intimação da parte ré para comparecer à audiência de conciliação;• Citação da parte ré para responder em audiência de conciliação,• Procedência do pedido para condenar a parte ré ao pagamento da

quantia indicada na planilha de débito em anexo• Condenação do réu no pagamento do ônus de sucumbência

DAS PROVAS: Todas as provas em Direito admitidasVALOR DA CAUSA: art. 259, I do CPC

QUESTÃO 2 – Caio Cesar é proprietário da unidade 301 do Ed Solar da Água, locado a Gláucio Maravilha mediante o aluguel mensal de R$ 600,00, acrescido das despesas de condomínio, imposto predial e demais encargos. Há três meses o locatário não cumpre as obrigações constantes do contrato. O Condomínio por sua vez não recebeu as contribuições relativas à citada unidade, vencidas nesse período. O Condomínio quer adotar a medida judi-cial cabível.

Resposta e comentários:

d) Qual é a peça?e) Qual o nome iuris?f ) Quais os dispositivos legais que fundamentam o direito do cliente?

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PRÁTICA JURÍDICA II

FGV DIREITO RIO 13

Modelo de peça

Exmº. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Civel da Comarca da Capital

Condomínio do Edifício Solar da Água (art. 282 c/c 276 CPC) vem propor

AÇÃO DE COBRANÇA DE COTA CONDOMINIAL

em face do réu proprietário (qualifi car – art. 282 CPC), pelos fatos e fun-damentos abaixo aduzidos:

DO MÉRITO

1. Por assembléia geral extraordinária realizada em ...., foi deliberado que a contribuição mensal para as despesas ordinárias de condomí-nio seria de R$

2. O réu, proprietário do imóvel designado por apartamento 301 dei-xou de pagar as cotas relativas aos meses de , no montante de R$

3. A deliberação em assembléia obriga a todos os condôminos e sen-do o réu proprietário de uma das unidades possui responsabilidade idêntica, na forma do art. 12 lei 4591/64 e na cláusula da escritura de convenção.

DOS PEDIDOS

Requer a V. Exa:

I – a intimação do réu para comparecer em audiência de conciliação;II – a citação do réu para apresentar resposta na audiência de conciliação;III – a procedência do pedido para condenar o réu ao pagamento da

quantia de R$;III – a condenação do réu ao pagamento das custas judiciais e dos ho-

norários de 20% sobre o montante devido.

DAS PROVAS

Protesta-se por todas as provas em Direito admitidas.

DAS INTIMAÇÕES

Com base no art. 39, I do CPC o advogado do autor .... receberá todas as intimações no seu escritório situado na Rua .... nº ...., telefone .... e fax ....

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PRÁTICA JURÍDICA II

FGV DIREITO RIO 14

DO VALOR DA CAUSA

O suplicante .... dá à causa o valor de R$ ....(art. 259, I CPC)

Termos em que,

Espera deferimento

...., .... de .... de ....

..................Advogado OAB/...

3. CONTESTAÇÃO COM DENUNCIAÇÃO DA LIDE

LEGISLAÇÃO: arts. 70, III, 300 e 253, I do CPC e 51, &1º, II CDCVARA: Cível domicilio do devedorLEGITIMIDADE ATIVA: ClienteLEGITIMIDADE PASSIVA: SeubemPRELIMINAR: Não háDISTRIB. POR DEPENDENCIA: Não háFUNDAMENTAÇÃO:

* nulidade de clausula* conexão por prejudicialidade* ilegitimidade passiva

PEDIDOS:• Intimação do denunciado para manifestação em 15 dias,• Procedência do pedido constante da denunciação da lide• Improcedência do pedido formulado na petição inicial• Condenação do autor no pagamento do ônus de sucumbência

DAS PROVAS: Todas as provas em Direito admitidas

QUESTÃO 3 – Camões teve que se submeter a uma cirurgia de emergência, para colocar quatro stents em seu coração. A situação era de vida ou morte e a ci-rurgia foi salvadora. Quando ainda estava em recuperação, a Casa de Saúde onde ocorreu a operação F em recuperação, a Casa de Saúde onde ocorreu a operação cobrou-lhe pelos serviços 100 mil reais. Camões, então, informou que era conve-niado de um plano de saúde da seguradora Seubem Ltda. O contrato de Camões

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FGV DIREITO RIO 15

com a Seubem Ltda. era bem antigo, com mais de três décadas. Nele, constava expressamente que o seguro ajustado era amplo, cobrindo qualquer emergência. Contudo, não existia referência expressa à colocação do stent, até porque, no momento em que o contrato fora celebrado, ainda não havia essa tecnologia. Como a seguradora não arcou com a conta da operação, a Casa de Saúde propôs ação contra Camões, cobrando a totalidade dos gastos. A citação de Camões foi juntada aos autos em 28/9/2007 e, apenas então, ele procurou os serviços de um advogado. Redija a contestação de Camões, indicando a sua tempestividade, bem como levando em conta que, com a negativa da seguradora, Camões sofreu abalo moral, que, inclusive, atrapalhou a sua regular convalescença.

Resposta e comentários:

g) Qual é a peça?h) Qual o nome iuris?i) Quais os dispositivos legais que fundamentam o direito do cliente?

Modelo de peça

Exmº. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Civel da Comarca da Capital

Processo nº

Camões (art. 282 CPC) nos autos da ação de cobrança que lhe move Casa de Saúde vem apresentar contestação e denunciação da lide pelos fatos e fundamentos:

DA TEMPESTIVIDADE

O mandado de citação foi junto no processo dia , razão pela qual, é tem-pestiva a presente defesa.

DA CIRURGIA DE EMERGENCIA

O réu teve que se submeter à cirurgia de emergência para colocar quatro stents no coração.

Embora o plano de seguro saúde do réu contemple expressamente o paga-mento/reembolso total das despesas médico-hospitalares relativas aos proce-dimentos de emergência, a sua seguradora. Seu bem se recusa a arcar com o custo dos quatro stents

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DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE À SEUBEM – COBERTURA IN-DISCUTIVEL

Indiscutível a obrigação da Seubem se suportar os custos decorrentes da colocação dos stents. Assim, na forma do art. 70, III do CPC impôe-se a denunciação da lide.

O denunciante é segurado da Seubem há mais de 30 anos, sendo certo que todos os prazos de carência já foram cumpridos. O plano de saúde oferece am-pla cobertura assegurando, inclusive, o pagamento/reembolso das despesas.

Ainda que o plano do denunciante previsse a exclusão para a colocação de stent nula seria tal cláusula, em razão do art. 51, parágrafo 1º, II do CDC. Nula também a clausula que limita a cobertura de seguro de saúde, pois afronta os princípios da boa Fe e equidade – art. 51, IV CDC.

AJUIZAMENTO DE AÇÃO INDENIZATÓRIA CONEXA POR PREJUDICIALIDADE

Tendo em vista que a recusa causou abalo moral este ajuizar ação autôno-ma de reparação de danos morais em face da seguradora, a ser distribuída por dependência a esta, na forma do art. 253, I CPC.

Com efeito, a pertinência de ação indenizatória – cuja causa de pedir é a recusa da seguradora em cobrir a integralidade dos custos – estará condicio-nada á procedência da denunciação onde se reconhecera a responsabilidade da seguradora, o que justifi ca a reunião dos processos a fi m de se evitar deci-sões confl itantes.

ALTERNATIVAMENTE – DA ILEGITIMIDADE PASSIVA

Caso não seja acolhida a denunciação e, em atenção ao principio da even-tualidade, suscitar a usa ilegitimidade ad causam, pois a seubem, na quali-dade de responsável pelo pagamento da divida, é a única parte legitima para fi gurar no pólo passivo.

PEDIDOS:

a) Intimação da denunciada para manifestação em 15 diasb) Procedência da denunciação da lide;c) A extinção da lide principal

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PRÁTICA JURÍDICA II

FGV DIREITO RIO 17

DAS PROVAS

Protesta-se pelas provas admitidas em Direito

DO VALOR DA CAUSA

Dá-se a causa o valor de R$

DO ART. 39, I CPC

O advogado será intimado no escritório situado na.

4. APELAÇAO — AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL

LEGISLAÇÃO: art.198, I Código Civil, 927 CC e Art. 37, & 6º CF/88VARA: Câmara Cível Tribunal JustiçaLEGITIMIDADE ATIVA: vítimaLEGITIMIDADE PASSIVA: EstadoPRELIMINAR: Não háDISTRIB. POR DEPENDENCIA: Não háFUNDAMENTAÇÃO:

* contra o incapaz não corre prescrição, responsabilidade objetiva do estado e a existência de prejuízos morais e materiais

* Art. 198, I CC* Art. 37, & 6º CF/88* Art 927 CC

PEDIDOS:• recebimento do apelo, eis que presentes as condições de admissibilidade• atribuição dos efeitos• intimação do apelado para contra razões em 15 dias• provimento ao apelo para afastar a prescrição e condenar o Estado ao

pagamento de indenização por danos materiais e compensação por danos morais

• Condenação do réu no pagamento do ônus de sucumbência

QUESTÃO 4 – Marta, aos seis anos de idade, sofreu sérios danos esté-ticos ao receber a terceira dose da vacina anti-rábica fornecida pelo Estado. Quando Marta estava com treze anos de idade, ajuizou representada por sua mãe, ação de indenização em face do Estado, alegando que a má prestação

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FGV DIREITO RIO 18

de serviço médico em hospital público lhe teria deixado graves seqüelas. Ela pediu indenização no valor de R$ 50.000,00 a título de danos materiais e ou-tra no valor de R$ 40.000,00 a título de danos morais, e fez juntar aos autos comprovantes das despesas decorrentes do tratamento. Em contestação, a Fa-zenda Pública estadual alegou ocorrência de prescrição, com base no disposto no art. 1.º do Decreto n.º 20.910/1932, o qual estabelece que as dívidas passivas do Estado prescrevem em cinco anos, contados da data do ato ou do fato de que se originaram. Como entre a data do fato e o ajuizamento da demanda transcorreram sete anos, teria ocorrido a prescrição. Em primeiro grau de jurisdição, foram realizada perícia e demais atos probatórios, tendo todos atestado a ocorrência do dano e do nexo de causalidade. No entanto, ao proferir sentença, a autoridade julgadora acolheu a alegação de prescrição e julgou extinto o processo nos termos do art. 269, IV, do Código de Pro-cesso Civil. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Marta, redija a peça processual cabível, abordando todos os aspectos de direito processual e material necessários à defesa de sua cliente.

Resposta e comentários:

A) Qual é a peça?B) Qual o nome iuris?c)Quais os dispositivos legais que fundamentam o direito do cliente?

Modelo de peça

1ª peça–Exmo Sr Dr Juiz de Direito da Vara de Fazenda Publica da Comarca

Proc.

Marta, representada por sua mãe, já qualifi cada nos autos da ação que move em face do Estado, não se conformando com a sentença vem interpor APELAÇÃO, pelas razões recursais abaixo aduzidas:

DAS CONDIÇOES DE ADMISSIBILIDADE

A Apelação deve ser recebida, eis que presentes os pressupostos de admis-sibilidade: legitimidade, interesse, tempestividade e preparo.

È tempestiva, eis que a sentença foi publicada no dia

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PRÁTICA JURÍDICA II

FGV DIREITO RIO 19

DOS PEDIDOS:

Requer a V.Ex:

a) o recebimento do recurso;b) a atribuição do duplo efeitoc) a intimação do apelado para contra razões em 15 dias

2ª peça — Exmo Sr. Dr. Des. Relator da Câmara Cível do Tribunal de Justiça

Marta, representada por sua mãe, já qualifi cada nos autos da ação de res-ponsabilidade civil que move em face do Estado, não se conformando com a sentença, vem apresentar razões recursais:

DAS CONDIÇOES DE ADMISSIBILIDADE

A Apelação deve ser recebida, eis que presentes os pressupostos de admis-sibilidade: legitimidade, interesse, tempestividade e preparo.

DO MÉRITO

O Juízo monocrático julgou extinto o feito com exame de mérito, sob o argumento de ocorrência da prescrição, na forma do art. 269, IV CPC.

Ocorre que, o art. 198, I do CC disciplina que não corre prescrição contra os incapazes de que trata o art. 3º CC.

Assim, deve ser afastada a alegada prescrição.

Por outro lado, houve má prestação de serviço médico em hospital públi-co, causando a apelante graves seqüelas, devendo o Estado, na forma do art. 37, parágrafo 6º da CF/88 ser responsabilizado de forma objetiva.

Ademais, deve a apelante ser indenizada e compensada pelos danos mate-riais e morais sofridos, à luz do art. 927 CC.

DOS PEDIDOS:

a) o recebimento do recurso;b) provimento do apelo para afastar a prescrição e condenar a apelada

no pagamento das verbas relativas aos danos morais e materiaisc) condenação da apelada nos ônus da sucumbência

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PRÁTICA JURÍDICA II

FGV DIREITO RIO 20

5. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM DECISÃO DECLARATÓRIA DE FALÊNCIA

LEGISLAÇÃO: art. 522 e ss do CPC e art. 100, da Lei nº 11.101/05.VARA: Tribunal de Justiça EstadualLEGITIMIDADE ATIVA: Massa FalidaLEGITIMIDADE PASSIVA: Não háPRELIMINAR: HáDISTRIB. POR DEPENDENCIA: Não háFUNDAMENTAÇÃO:

* Da ilegitimidade ad causam passiva:* Da incompetência do Juízo* nulidade citatória* falta de protesto

PEDIDOS:• Reconsideração da decisão agravada• Recebimento do recurso• O acolhimento as preliminares• Provimento ao recurso para reforma da decisão• Condenação do agravado no pagamento do ônus de sucumbência

QUESTÃO 5–Um representante legal de cooperativa de crédito, com sede e principal estabelecimento localizados no Distrito Federal, voltada precipu-amente para a realização de mútuo aos seus associados, acaba de saber que o gerente de sucursal localizada em outro estado foi legalmente intimado, há uma semana, por decisão prolatada pelo juízo da cidade de Imaginário, em que se decretou a falência da cooperativa em questão. No caso, um empre-sário credor de uma duplicata inadimplida no valor total de R$ 11.000,00 requereu, após realizar o protesto ordinário do título de crédito, a falência do devedor, em processo que correu sem defesa oferecida pela mencionada pessoa jurídica. Na decisão, afi rma-se que a atividade habitual de empréstimo de dinheiro a juros constitui situação mercantil clássica, sendo, portanto, evidente a natureza empresarial do devedor, e que, em razão da ausência de interesse do réu em adimplir o crédito ou sequer se defender, patente está a sua insolvência presumida. Em face da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado(a) contratado(a) pelo representante legal da mencio-nada cooperativa de crédito, redija a medida processual cabível para impug-nar a decisão proferida.

Resposta e comentários:Nota 1: Para ter certeza da peça a redigir, o candidato pode fazer as seguin-

tes perguntas, antes de iniciar a resposta da prova:

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PRÁTICA JURÍDICA II

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a) Quem é o cliente (autor)?b) Quem é o ex-reverso(s)?c) O que aconteceu no problema?d) O que o cliente/autor quer do ex-reverso(s)?e) Quais os dispositivos legais que fundamenta(m) o(s) direito(s) do

cliente?

Nota 2: Em regra, a primeira peça do recurso é baseada no Código de Pro-cesso Civil e a segunda contém os fundamentos legais. Para redigir a primeira peça do agravo bastava ler os seguintes artigos do CPC, nesta ordem:

“Art. 524. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, através de petição com os seguintes requisitos:

I–a exposição do fato e do direito;II–as razões do pedido de reforma da decisão;III–o nome e o endereço completo dos advogados, constantes do processo.

Art. 525. A petição de agravo de instrumento será instruída:I–obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da res-

pectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;

II–facultativamente, com outras peças que o agravante entender úteis.§ 1o Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respecti-

vas custas e do porte de retorno, quando devidos, conforme tabela que será publicada pelos tribunais.

(... ...)Art. 527. Recebido o agravo de instrumento no tribunal, e distribuído

incontinenti, o relator:(... ...)III — poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso (art. 558), ou deferir,

em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comu-nicando ao juiz sua decisão;”

Nota 3: Para separar uma peça da outra o candidato pode fazer uma linha entre as peças ou escrever 1º peça e 2º peça.

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PRÁTICA JURÍDICA II

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Modelo de peça

1º Peça:

Exmo. ___ º Vice-Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Distrito Federal

(pular 10 linhas)Massa falida cooperativa de crédito (qualifi cada nos termos do art. 282

do CPC), neste ato representada por seus cooperativados — art. 1093 e 1094, do CC, inconformada com a decisão do MM. Juiz de Direito da __ Vara Empresarial de Imaginário, que lhe decretou a falência, sem pedido formulado regularmente pelo Requerente (qualifi cado nos termos do art. 282 do CPC), vem por seu advogado infra-assinado (qualifi cado e com en-dereço), tempestivamente, interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO, para essa Egrégia Corte de Justiça, fazendo-o nos termos do artigo 100 da LRF, combinado com os artigos 525 e seguintes do CPC, juntando à presente as suas razões, como de direito.

Outrossim, instrui o presente agravo com as seguintes peças:a) a decisão agravada (doc. 01);b) certidão da intimação da decisão (doc. 02);c) cópia das procurações outorgadas aos advogados do Agravante e do

Agravado (docs. 03 e 04);d) comprovante do pagamento das custas e do porte de retorno (doc. 05).

Pleiteia a intimação do Agravado, por seu advogado, para realizar a defesa pertinente.

O Agravante, no prazo de 3 (três) dias, compromete-se a requer juntada, aos autos do processo principal a cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso.

Requer, fi nalmente, designado o competente relator, seja atribuído ao pre-sente agravo efeito suspensivo nos precisos termos do art. 527, inciso III c/c art. 558, ambos do CPC, por ser de inteira JUSTIÇA.

Pleiteia a oitiva do MP.

Pede deferimento

Local e dataNome do Advogado:nº OAB

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2ª Peça:

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

COLENDA CÂMARARAZÕES DO AGRAVANTE: Massa Falida Cooperativa de Crédito

Faz-se mister ressaltar que a Agravante, com sede e principal estabe-lecimento no DF, teve sua falência decretada pelo juízo de Imaginário a pedido de um credor de duplicata inadimplida. O Julgador ad quo, na decisão, alegou que a sociedade tinha natureza empresarial, em razão dos contratos de mútuo, e que a caracteriza a insolvência presumida pelo fato da Agravante não adimplir as suas obrigações e de não ter apresentado defesa no processo.

Preliminarmente,

Da ilegitimidade ad causam passiva:

A Agravante é uma cooperativa de crédito, cuja função precípua e efeti-va atividade, conforme demonstrado em seus documentos sociais, que tem fé-pública e estão acostados a essa peça vestibular, não o sujeitam ao regime da Falência, nos termos do parágrafo único do art. 982, do CC e do art. 2º, inciso II, da Lei nº 11.101/05–LRF.

Prova-se a sua ilegitimidade porque a Agravante foi constituída como uma Cooperativa de Crédito–art. 1093 e ss, do CC o que se comprova por meio dos documentos societários, logo, não pode ter falência decretada nos termos do art. 1º da LRF.

A absurda alegação do juiz a quo na decisão de 1º grau, fundamentando a natureza empresarial da Agravante, em razão dos contratos de mútuo, e que se caracteriza a insolvência presumida pelo simples fato de que a Agravante não adimplia com as suas obrigações, não cabe quando o pedido cinge-se a falência por impontualidade e não a prática de atos de insolvência e isso é ilegal, pois não há obediência da LRF.

Da incompetência do Juízo de Imaginário:

Por oportuno, cabe salientar que a Agravante propôs, competentemente, a defesa para a incompetência, que foi decidida desfavoravelmente para a Agravante e, por isso, a incompetência fi gura dentre as preliminares deste recurso. Nos termos do art.

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3º da LRF, o Juízo de Imaginário é incompetente, porque o principal estabelecimen-to da Agravante, ou seja, sua administração é realizada no Distrito Federal, a saber:

“Art. 3o É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal es-tabelecimento do devedor ou da fi lial de empresa que tenha sede fora do Brasil.”

Da nulidade citatória:

No processo há falhas insanáveis na citação da Agravante. A abusiva alega-ção do Juízo de que foram observados os princípios da representatividade da sociedade simples não é plausível.

Outrossim, justifi ca-se a falta de defesa em primeiro grau na não realização da citação adequada dessa sociedade simples, na pessoa de seus representantes legais interessados na não decretação da falência e não há como tornar essa mas-sa falida irregular por causa de vício processual causado pelo próprio Juízo.

Assim sendo, por ser de inteira justiça, espera a Agravante queseja acolhi-do o presente agravo nos termos da fundamentação

No mérito,

Data máxima vênia, deve a sentença agravada ser reformulada, uma vez que se afasta inteiramente da prova dos autos.

A Agravante alega ainda que o cabal inadimplemento de obrigação líqui-da, materializada no título de credito — contrato de mútuo — protestado ordinariamente é sufi ciente para o deferimento do pedido.

No entanto, nos termos do art. 94, inciso I, da LRF, será decretada a fa-lência da devedora, ora a Agravante, que sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título executivo, ora uma duplicata, protestada cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (qua-renta) salários-mínimos na data do pedido de falência, o que não é o caso em questão, pois, o título tem o valor de R$ 11.000,00 e o valor de 40 salários mínimos é de R$ 16.600,00.

E mais, esse mesmo artigo, no § 3º estabelece que, o pedido de falência será instruído com os títulos executivos na forma do parágrafo único do art. 9o da LRF, acompanhados, dos respectivos instrumentos de protesto para fi m falimen-tar nos termos da legislação específi ca, o que nunca foi realizado pela Agravada.

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Constata-se que a Agravada, em total descumprimento da LRF, utilizou-se de um procedimento gravoso e equivocado visando a cobrança ordinária de uma du-plicata de baixo valor assinada pela Agravante. O correto, no caso sub judice, era que a Agravada ajuizasse uma Execução de Título Extrajudicial, nos termos do art. 585, inciso I, do CPC, como não o fez, deve responder por seu abuso a lei.

Desta forma, a Requerente, ora Agravada, ao ajuizar esse pedido de Falên-cia sem obedecer aos requisitos legais, abusou do seu direito de proponente e utilizou de forma indevida do princípio do impulso processual e, já que, o pedido de Falência, por si só, acarreta grave lesão e difícil reparação ao Reque-rido, deve ser imputada a pena de litigância de má-fé, nos termos do 20 e seu § 2º, por força da incidência da hipótese do art. 17, inciso I, do CPC.

Nessas condições, por ser de inteira justiça, espera a Agravante seja acolhi-do o presente agravo nos termos da fundamentação e, por conseqüência, re-formada a decisão de primeira instância que lhe decretou a abusiva falência.

Pede deferimento

Local e dataNome do Advogado:nº OAB ______

6. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL

LEGISLAÇÃO: Arts. 282, 585 E 646 e 652 CPCVARA: Cível do domicilio do devedorLEGITIMIDADE ATIVA: Credor- exequenteLEGITIMIDADE PASSIVA: Devedor-executadoPRELIMINAR: Não háDISTRIB. POR DEPENDENCIA: Não háFUNDAMENTAÇÃO:

• titulo liquido, certo e exigível;* falta de pagamento no dia do vencimento.

PEDIDOS:• Citação do executado para pagar em 03 dias a quantia de R$,• Arbitramento dos honorários advocatícios, na forma do art. 652 A CPC• Condenação do executado no pagamento dos ônus de sucumbência

DAS PROVAS: Todas as provas em Direito admitidasVALOR DA CAUSA: arts. 259, I c/c 598 CPC

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QUESTÃO 6 – Foi celebrado entre as partes contrato de compra e venda mercantil. Em razão da avença foi sacado contra o devedor duplicata no valor de R$ 10.000,00. O devedor apesar de exarar o aceite no mencionado título de crédito no dia do vencimento não honrou com o compromisso assumido, apesar das mercadorias restaram devidamente entregues. Elabore a medida judicial cabível para a defesa dos interesses do credor.

Resposta e comentários:

a. Qual é a peça?b. Qual o nome iuris?c. Quais os dispositivos legais que fundamentam o direito do cliente?

Modelo de peça

Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Cível da Comarca

Calcados Park Ltda, sociedade empresarial, sediada nesta cidade na Rua, vem ajuizar AÇÃO DE EXECUÇÃO POR TITULO EXECUTIVO EX-TRAJUDICIAL em face de Ticio Figueira, brasileiro, solteiro, comerciante, domiciliado na Rua, portador da identidade e inscrito no CPF, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos:

1. O exeqüente é credor do executado pela importância de R$, crédito constante da duplicata aceita e vencida no dia

2. O titulo de crédito foi sacado contra o executado em decorrência da venda a prazo de mercadorias realizada em

3. O crédito objeto da presente está discriminado na planilha que ins-trui a presente.

4. A execução está fundada em título de obrigação liquida , certa e exigível.

Requer a V.Exª:d. a citação do executado para pagar em 03 dias a quantia de R$e. arbitramento dos honorários advocatícios, na forma do art. 652 A

CPC;f. condenação do executado nos ônus da sucumbência

Protesta-se por todas as provas em Direito admitidas

Dá-se à causa o valor de R$ (arts. 259, I c/c 598 CPC).

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7 EMBARGOS À EXECUÇÃO

LEGISLAÇÃO: Arts. 736, 738, 739A e 745 CPCVARA: Cível onde tramita a ação de execuçãoLEGITIMIDADE ATIVA: Devedor–embarganteLEGITIMIDADE PASSIVA: Credor–embargadoPRELIMINAR: HáDISTRIB. POR DEPENDENCIA: HáFUNDAMENTAÇÃO:

• Qualquer matéria que seria lícito ao devedor deduzir em ação de co-nhecimento

PEDIDOS:• Intimação do embargado para se manifestar em 15 dias;• Julgamento de procedência do pedido para desconstituir o título exe-

cutivo extrajudicial• Condenação do embargado nos ônus de sucumbência

DAS PROVAS: Todas as provas em Direito admitidasVALOR DA CAUSA: o valor do título que se pretende desconstituir

QUESTÃO 7 — Foi celebrado entre as partes contrato de fi ança, tendo por objeto a garantia pelo fornecimento de mercadorias de fabricação da exe-quente Ticio e Cia Ltda. A credora, em sede de execução, alega que a) houve falta de pagamento pela compra de mercadorias efetuada pela afi ançada; b) o devedor principal encerrou suas atividades. Rediga a medida cabível para a defesa dos interesses do cliente

Resposta e comentários:a. Qual é a peça?b. Qual o nome iuris?c. Quais os dispositivos legais que fundamentam o direito do cliente?

Modelo de peça

Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Cível da Comarca

Processo principal nº

TICIO PEREIRA, brasileiro, solteiro, comerciante, domiciliado na Rua, portador da identidade e inscrito no CPF, vem oferecer EMBARGOS À EXECUÇÃO, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos:

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DA DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDENCIA – art. 738 CPC

Requer a distribuição por dependência aos autos do processo de execução nº

DA TEMPESTIVIDADE

Os embargos são tempestivos, eis que o mandado de citação foi junto no processo dia .

DO MÉRITO

1. Em o embargante fi rmou contrato de fi ança tendo por objeto a garantia pelo fornecimento de mercadorias da fabricação da embar-gada Ticio e Cia Ltda.

2. A embargada, alegando falta de pagamento pela compra de merca-dorias efetuada pela afi ançada, promoveu ação de execução, com base no art. 585, II CPC.

3. Tendo o contrato em questão a fi nalidade de garantir fornecimen-tos à afi ançada até o valor de R$ indispensável seria que a embarga-da demonstrasse que tais fornecimentos foram realizados e os seus respectivos valores, dada a limitação da garantia.

4. A embargada ajuizou execução apenas em face do embargante, ale-gando que o devedor encerrou suas atividades. Ocorre que, a em-bargada deixou de observar o art. 586 CPC. Isso porque, instrui a execução com duplicata sem aceite e com uma nota fi scal, além do contrato de fi ança, mas não comprovou que os fornecimentos foram realizados. Com efeito, o credor não instrui a execução com a prova da liquidez, certeza e exigibilidade.

Requer a V.Exª:a. a intimação do embargado para manifestação em 15 dias;b. procedência do pedido para desconstituir o titulo executivo;c. condenação do embargado nos ônus da sucumbência

Protesta-se por todas as provas em Direito admitidas

Dá- se à causa o valor de R$ ( o valor do título que se pretende desconstituir).

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PROVAS ANTERIORES DA OAB

1 Camões teve que se submeter a uma cirurgia de emergência, para colo-car quatro stents em seu coração. A situação era de vida ou morte e a cirurgia foi salvadora. Quando ainda estava em recuperação, a Casa de Saúde onde ocorreu a operação cobrou-lhe pelos serviços 100 mil reais. Camões, então, informou que era conveniado de um plano de saúde da seguradora Seubem Ltda. O contrato de Camões com a Seubem Ltda. era bem antigo, com mais de três décadas. Nele, constava expressamente que o seguro ajustado era am-plo, cobrindo qualquer emergência. Contudo, não existia referência expressa à colocação do stent, até porque, no momento em que o contrato fora cele-brado, ainda não havia essa tecnologia. Como a seguradora não arcou com a conta da operação, a Casa de Saúde propôs ação contra Camões, cobran-do a totalidade dos gastos. A citação de Camões foi juntada aos autos em 28/9/2007 e, apenas então, ele procurou os serviços de um advogado. Redija a contestação de Camões, indicando a sua tempestividade, bem como levan-do em conta que, com a negativa da seguradora, Camões sofreu abalo moral, que, inclusive, atrapalhou a sua regular convalescença.

2 Em 05/1/2007, Antônio adquiriu de João o veículo VW Gol, ano/mo-delo 2006, placa XX 0000, pelo valor de R$ 20.000,00, tendo efetuado o pagamento da compra à vista. No mês seguinte à aquisição, Antônio efetuou a transferência do veículo junto ao DETRAN de sua cidade, tendo pago, além da respectiva taxa, multas por violação às normas de trânsito, no valor de R$ 2.000,00. No dia 29/11/2007, o veículo foi apreendido por ordem do delegado de polícia, por ter sido objeto de furto na cidade de São Paulo. Todas as tentativas para solução amigável quanto ao ressarcimento restaram frustradas, notadamente em virtude de João ter transferido sua residência para o Rio de Janeiro, no endereço constante da consulta feita junto ao órgão estadual de trânsito. Diante da situação hipotética apresentada, proponha, na qualidade de advogado constituído por Antônio, a medida judicial que entender cabível para a proteção dos interesses de seu cliente, abordando to-dos os aspectos de direito material e processual pertinentes e atentando para todos os requisitos legais exigíveis.

3 Márcia, vendedora domiciliada na cidade de São Paulo — SP, alega ter engravidado após relacionamento amoroso exclusivo com Pedro, represen-tante de vendas de empresa sediada em Porto Alegre — RS. Em 5/10/2002, nasceu João, fi lho de Márcia. Pedro manteve o referido relacionamento com Márcia até o quinto mês da gravidez, custeou despesas da criança em algu-mas oportunidades, além de ter proporcionado ajuda fi nanceira eventual e estado, também, nas três primeiras festas de aniversário de João, tendo sido,

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inclusive, fotografado, nessas ocasiões, com o menino, seu suposto fi lho, no colo. No entanto, Pedro se nega a reconhecer a paternidade ao argumento de que tem dúvidas acerca da fi delidade da mãe, já que ele chegava a fi car um mês sem ir a São Paulo durante o relacionamento que tivera com Márcia. Sabe-se, ainda, acerca de Pedro, que seu o salário bruto, com as comissões recebidas, chega a R$ 5.000,00 mensais, bem como que arca com o sustento de uma fi lha, estudante de 22 anos, e que não tem domicílio fi xo em razão de sua profi ssão demandar deslocamentos constantes entre São Paulo — SP, Rio de Janeiro — RJ e Porto Alegre — RS. Márcia, que já esgotou as possi-bilidades de manter entendimento com Pedro, ganha, no presente momento, cerca de dois salários mínimos. As despesas mensais de João totalizam R$ 1.000,00. Diante da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Márcia, a ação judicial que seja adequada aos interesses de João, abordando todos os aspectos de direitos material e proces-sual pertinentes.

4. Mauro, pedreiro, domiciliado em Salvador – BA, caminhava por uma rua de Recife – PE quando foi atingido por um aparelho de ar-condicionado manejado, de forma imprudente, por Paulo, comerciante e proprietário de um armarinho. Encaminhado a um hospital particular, Mauro faleceu após estar internado por um dia. Sua família, profundamente abalada pela perda trágica do parente, deslocou-se até Recife — PE e transportou o corpo para Salvador — BA, local do sepultamento. O falecido deixou viúva e um fi lho menor impúbere. Sabe-se, ainda, que Mauro tinha 35 anos de idade, era responsável pelo sustento da família e conseguia obter renda média mensal de R$ 800,00 como pedreiro. Sabe-se, também, que os gastos hospitalares so-maram R$ 3.000,00 e os gastos com transporte do corpo e funeral somaram R$ 2.000,00. Após o laudo da perícia técnica apontar como causa da morte o traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado e o inquérito policial indiciar Paulo como autor de homicídio culposo, a viúva e o fi lho procuraram um advogado para buscar em juízo o direito à indenização pelos danos decorrentes da morte de Mauro. Em face da situa-ção hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado(a) procurado(a) pela família de Mauro, a petição inicial da ação judicial adequada ao caso, abordando todos os aspectos de direito material e processual pertinentes.

5. Gustavo ajuizou, em face de seu vizinho Leonardo, ação com pedido de indenização por dano material suportado em razão de ter sido atacado pelo cão pastor alemão de propriedade do vizinho. Segundo relato do autor, o animal, que estava desamarrado dentro do quintal de Leonardo, o ataca-ra, provocando-lhe corte profundo na face. Em consequência do ocorrido, Gustavo alegou ter gasto R$ 3 mil em atendimento hospitalar e R$ 2 mil

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em medicamentos. Os gastos hospitalares foram comprovados por meio de notas fi scais emitidas pelo hospital em que Gustavo fora atendido, entretanto este não apresentou os comprovantes fi scais relativos aos gastos com medica-mentos, alegando ter-se esquecido de pegá-los na farmácia. Leonardo, devi-damente citado, apresentou contestação, alegando que o ataque ocorrera por provocação de Gustavo, que jogava pedras no cachorro. Alegou, ainda, que, ante a falta de comprovantes, não poderia ser computado na indenização o valor gasto com medicamentos. Houve audiência de instrução e julgamento, na qual as testemunhas ouvidas declararam que a mureta da casa de Leonardo media cerca de um metro e vinte centímetros e que, de fato, Gustavo atirava pedras no animal antes do evento lesivo. O juiz da 40.ª Vara Cível de Curiti-ba proferiu sentença condenando Leonardo a indenizar Gustavo pelos danos materiais, no valor de R$ 5 mil, sob o argumento de que o proprietário do animal falhara em seu dever de guarda e por considerar razoável a quantia que o autor alegara ter gasto com medicamentos. Pelos danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, Leonardo foi condenado a pagar indenização no valor de R$ 6 mil. A sentença foi publicada em 12/1/2009. Após uma semana, Leonardo, não se conformando com a sentença, procu-rou advogado. Em face da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Leonardo, elabore a peça processual cabível para a defesa dos interesses de seu cliente.

6 Marta, aos seis anos de idade, sofreu sérios danos estéticos ao receber a terceira dose da vacina antirrábica fornecida pelo Estado. Quando Marta es-tava com treze anos de idade, ajuizou, representada por sua mãe, ação de in-denização em face do Estado, alegando que a má prestação de serviço médico em hospital público lhe teria deixado graves sequelas. Ela pediu indenização no valor de R$ 50.000,00 a título de danos materiais e outra no valor de R$ 40.000,00 a título de danos morais, e fez juntar aos autos comprovantes das despesas decorrentes do tratamento. Em contestação, a Fazenda Pública estadual alegou ocorrência de prescrição, com base no disposto no art. 1.º do Decreto n.º 20.910/1932, o qual estabelece que as dívidas passivas do Estado prescrevem em cinco anos, contados da data do ato ou do fato de que se ori-ginaram. Como entre a data do fato e o ajuizamento da demanda transcor-reram sete anos, teria ocorrido a prescrição. Em primeiro grau de jurisdição, foram realizados perícia e demais atos probatórios, tendo todos atestado a ocorrência do dano e do nexo de causalidade. No entanto, ao proferir senten-ça, a autoridade julgadora acolheu a alegação de prescrição e julgou extinto o processo nos termos do art. 269, IV, do Código de Processo Civil. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Marta, redija a peça processual cabível, abordando todos os aspectos de direito processual e material necessários à defesa de sua cliente.

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Fundação Getulio Vargas

Carlos Ivan Simonsen LealPRESIDENTE

FGV DIREITO RIO

Joaquim FalcãoDIRETOR

Fernando PenteadoVICE-DIRETOR DA GRADUAÇÃO

Luís Fernando SchuartzVICE-DIRETOR ACADÊMICO

Sérgio GuerraVICE-DIRETOR DE PÓS-GRADUAÇÃO

Luiz Roberto AyoubPROFESSOR COORDENADOR DO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO EM PODER JUDICIÁRIO

Ronaldo LemosCOORDENADOR CENTRO DE TECNOLOGIA E SOCIEDADE

Evandro Menezes de CarvalhoCOORDENADOR DA GRADUAÇÃO

Rogério Barcelos AlvesCOORDENADOR DE METODOLOGIA E MATERIAL DIDÁTICO

Paula SpielerCOORDENADORA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Daniela Silva Fontoura de BarcellosCOORDENADORA DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Lígia Fabris e Thiago Bottino do AmaralCOORDENADORES DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

Wania TorresCOORDENADORA DE SECRETARIA DE GRADUAÇÃO

Diogo PinheiroCOORDENADOR DE FINANÇAS

Milena BrantCOORDENADORA DE MARKETING ESTRATÉGICO E PLANEJAMENTO

FICHA TÉCNICA