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UNIVERSIDADE DE UBERABA LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA PRÁTICA DE ENSINO RAFHAEL DE SOUZA RIBEIRO

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Page 1: Prática de ensino - Uniube 2013

UNIVERSIDADE DE UBERABALICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA

PRÁTICA DE ENSINO

RAFHAEL DE SOUZA RIBEIRO

TEÓFILO OTONI – MGJANEIRO/2013

Page 2: Prática de ensino - Uniube 2013

RAFHAEL DE SOUZA RIBEIRO

PRÁTICA DE ENSINO

TEÓFILO OTONI – MGJANEIRO/2013

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SUMÁRIOINTRODUÇÃO..........................................................................................................................3

ANALISE DO LIVRO DIDÁTICO...........................................................................................4

CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................6

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................7

Page 4: Prática de ensino - Uniube 2013

INTRODUÇÃO

A proposta da prática de ensino para este 4º período foi análise de um livro didático

de História para o Ensino Fundamental com relação a sua qualidade de acordo a critérios

estabelecidos.

A obra escolhida para a efetivação da atividade do livro didático é intitulada “Projeto

Araribá - História 8º ano”, e foi elaborado pelos colaboradores da editora moderna.

A escolha foi feita em razão da minha utilização dessa obra em sala de aula durante o

ano letivo de 2012 na Escola Estadual Péricles Coelho, localizada em Vila Pereira MG, por

indicação do diretor da referente escola.

Durante o trabalho realizado nessa instituição de ensino, verifiquei que esta atende a

um alunado bastante heterogêneo, em termos étnico-raciais.

De acordo com os demais professores de história, a escolha do livro do Projeto

Araribá foi feita pelo fato deste, citar a questão da História da África, uma vez que o livro traz

a África dos grandes reinos e outras abordagens que se enquadram na lei 10.639/03.

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ANALISE DO LIVRO DIDÁTICO

O livro didático Projeto Araribá – História 8º ano, apresenta ao professor, condições

para desenvolver, com seus alunos, o processo da investigação histórica, ou seja, ensinar

História do mesmo modo como se constrói o conhecimento histórico. Isso é possível em razão

da quantidade e pela qualidade de textos, atividades e fontes históricas presentes nas

diferentes seções dos volumes. Recomenda-se a coleção também pelo cuidado evidenciado no

trato das questões de cidadania, na proposição de progredir a competência leitora dos alunos,

nas propostas de trabalho em equipe e na abundante indicação de sugestões de textos, livros e

filmes.

É de grande importância observar a perspectiva historiográfica que orienta a seção

Estudo dos Temas, na qual se foca o texto didático propriamente dito e cujo alvo é, de acordo

o que se indica na abertura, apresentar os “temas selecionados para o estudo da unidade”.

Nessa seção, a narrativa é elaborada a partir de uma visão de História descritiva, sem

contradições, com uma abordagem fragmentada dos aspectos políticos, econômicos e

culturais. Abrangem-se grandes períodos cronológicos, e, por essa causa, são tratados de

forma panorâmica, além da pouca integração entre a História Geral e a História do Brasil.

A potencialidade da coleção é constatada, portanto, nas seções complementares e é

unicamente a partir da utilização efetiva delas que se consolidam as inovações propostas para

o ensino de História. Fixam e ampliam os conhecimentos históricos através de exercícios que

dão a possibilidade de comparar fontes históricas, produzir textos, recordar os conteúdos

estudados, investigar, pesquisar, discutir e refletir sobre temas importantes.

Estimula o juízo crítico e a solidariedade. O desenvolvimento do juízo crítico é um

ideal de toda a educação e uma anseio da vida democrática. No livro Projeto Araribá História

8º ano, esse objetivo é contemplado especialmente no programa de analisar as fontes

históricas e na seção “Um problema”, além da formação cognitiva, a obra também ressalta a

necessidade de formar para a tolerância, para a prática solidária e para o respeito ao meio

ambiente e ao patrimônio cultural.

Variadas visões e opiniões que se divergem sobre um personagem ou acontecimento

levam o aluno a notar que o conhecimento do passado está em frequente modificação, por

conta das contínuas descobertas documentais e das interpretações que elas permitem.

O que há de produção própria para os livros didáticos de História, em maior parte, são

as ilustrações. A análise mostrou que, nas ilustrações, modificações no discurso foram mais

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evidentes. Ilustrações de negros com traços deformados passaram a não ser observadas. O

discurso racial nas ilustrações tomou formato mais elaborado. Ilustrações com estereótipos

deram lugar a imagens que, sobretudo, circunscrevem o negro em situações de miséria e

escravidão. Foi observada existência de imagens que valorizam aspectos fenotípicos, que foi

observado também o desenvolvimento cultural e intelectual de personagens negros, mas em

número muito inferior às de personagens brancos. Observei a disposição de imagens de forma

a relacionar personagens brancos a sentidos positivos e a representante da humanidade do

brasileiro, ou da criança/aluno brasileiro. Além disso, o uso de figuras de personagens brancos

acompanhando textos que se se reportava diretamente aos leitores, instituindo a esses como

universalmente brancos.

A reflexão relativa à metodologia da História que se aportam no debate a respeito de

como o conhecimento histórico se produz e se transforma concretizam-se nas seções

complementares. Somente nessas seções sobressai a análise pautada pela narrativa política

dos acontecimentos, encontrando-se o cotidiano, as representações do campo da arte e da

religião.

Ressalta-se a seção “Em Foco”, cujo objetivo é o estudo monográfico em torno

de variadas temáticas, tanto tradicionais como inovadoras (guerras, futebol, conceito de

beleza, influência da mídia, meio-ambiente, consumo, educação, arte, questões agrárias,

dentre outras). Principalmente nessa seção, são propostas variadas atividades com fontes que

permitem compreender o processo de construção do conhecimento histórico e o estudo da

História como instrumento de análise na compreensão do mundo.

A seção “Personagem” propõe o aprofundamento do estudo focalizado na análise da

trajetória de vida de alguns personagens históricos, sempre interligados ao contexto de suas

ações. Há ênfase numa perspectiva de sujeito histórico como ator participante ativo do

processo histórico.

O manual do professor apresenta metodologias de como repassar as informações dos

determinados temas para os alunos, trazendo detalhes dos temas, e preocupações para não

formarem opiniões errôneas, e não tomando partido por diferentes visões. No manual consta

sugestões de textos, filmes, atividades, e ainda um resumo a parte de cada conteúdo

juntamente com mapa de conteúdos e a relevância de cada tema.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

É importante ressaltar, que apesar do desenvolvimento de novas tecnologias, o livro

didático mantém bravamente sua posição de notoriedade entre os materiais instrucionais.

Como é discutido por LOPES (2000, p. 37) este recurso tem vencido o tempo, passando por

diversas tendências pedagógicas e ainda as reformas do ensino.

O livro estudado, em geral, possui uma série de exercícios úteis para o aprendizado

dos conteúdos de História. A apresentação do conteúdo, por sua vez, poderia ser reavaliado,

também durante a desenvolvimento da tarefa, pude observar que os demais professores,

inicialmente, limitaram-se apenas a uma aplicação mecânica dos critérios propostos, com a

marcação de sim e de não. No desenrolar da pesquisa, entretanto, percebi maior envolvimento

e discussões mais aprofundadas, que os levaram a conclusões que puderam ser percebidas em

suas falas, tais como: “... por serem conteudistas, por que é tão tradicionalista , as atividades

não apresentam um outro objetivo a não ser a memorização dos conceitos” ou “ ... pequena

diversificação de atividades para o aprendizado da história como disciplina integrante do meio

social”.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília, DF,1999

LOPES, J. de A. Livro Didático de Matemática: Concepção, Seleção e Possibilidades frente a

Descritores de Análise e Tendências em Educação Matemática.