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Comunidade global Dissertação Comunidades muçulmanas e ciganas: Religião Abertura ao mundo exterior Papel da mulher na sociedade Características culturais da comunidade Trabalho elaborado por Alexandra.

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Page 1: pradigital-alexandralopes.wikispaces.com · Web viewO Islão é visto pelos seus aderentes como um modo de vida que inclui instruções que se relacionam com todos os aspectos da

Comunidade global

Dissertação

Comunidades muçulmanas e ciganas: Religião

Abertura ao mundo exterior Papel da mulher na sociedade

Características culturais da comunidade

Trabalho elaborado por Alexandra.

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Ciganos:

Ciganos é um exônimo para roma (singular: rom; em português, "homem") e designa um conjunto de populações nómadas que têm em comum a origem indiana e cuja língua provinha, originalmente, do noroeste do sub-continente indiano.

Essas populações constituem minorias étnicas em inúmeros países, entre a Índia e o Atlântico, e são conhecidas por vários exônimos. O endônimo "rom" foi adotado pela União Romani Internacional ( em romani: Romano Internacionalno Jekhetanipe) e pelas Nações Unidas.

Na Europa, esses povos, de origem indiana e língua romani, são subdivididos em diversos grupos étnicos:

Rom ou roma propriamente ditos, presentes na Europa centro-oriental e, a partir do século XIX, também em outros países europeus e nas Américas;

Sinti, encontrados na Alemanha, bem como em áreas germanófonas da Itália e da França, onde também são chamados manoush;

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Caló, os ciganos da Península Ibérica, embora também presentes em outros países da Europa e na América, inclusive no Brasil.

Romnichals, principalmente presentes no Reino Unido, inclusive colônias britânicas, nos Estados Unidos e na Austrália.

Além de migrarem voluntariamente, esses grupos também foram historicamente submetidos a processos de deportação, subdividindo-se vários clãs, denominados segundo antigas profissões procedência geográfica, que falam línguas ou dialectos diferentes

Muçulmanos:

O Islão ou Islã (do árabe اإلسالم, transl. al-Islām) é uma religião monoteísta que surgiu na Península Arábica no século VII, baseada nos ensinamentos religiosos do profeta Maomé (Muhammad) e numa escritura sagrada, o Alcorão. A religião é conhecida ainda por islamismo.

Na visão muçulmana, o Islão surgiu desde a criação do homem, ou seja, desde Adão, sendo este o primeiro profeta dentre inúmeros outros, para diversos povos, sendo o último deles Maomé.

Cerca de duzentos anos após Maomé, o Islão já se tinha difundido em todo o Médio Oriente, no Norte de África e na Península Ibérica, bem como na direcção da antiga Pérsia e Índia. Mais tarde, o Islão atingiu a Anatólia, os Balcãs e a África subsaariana. Recentes movimentos migratórios de populações muçulmanas no sentido da Europa e do continente americano levaram ao aparecimento de comunidades muçulmanas nestes territórios.

A mensagem do Islão caracteriza-se pela sua simplicidade: para atingir a salvação, basta acreditar num único Deus, rezar cinco vezes por dia voltado para Meca, submeter-se ao jejum anual no mês do Ramadão, pagar dádivas rituais e efectuar, se possível, uma peregrinação à cidade de Meca.

O Islão é visto pelos seus aderentes como um modo de vida que inclui instruções que se relacionam com todos os

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aspectos da actividade humana, sejam eles políticos, sociais, financeiros, legais, militares ou interpessoais. A distinção ocidental entre o espiritual e temporal é, em teoria, alheia ao Islão.

Uma mulher cigana só ganha estatuto de maior respeito dentro da comunidade quando atinge a faixa etária dos 50/60 anos.

A Mulher e o Luto

No caso de viuvez, a importância social da mulher é diminuída, perdendo direitos dentro da comunidade. O luto é para toda a vida. A mulher deixa de ser chamada pelo seu nome próprio e passa a ser a “viúva” do marido; passa vestir-se de preto o resto de sua vida. Ou seja, a mulher é “anulada”, deixa de existir enquanto pessoa e passa a ser a “sombra” do marido falecido. Deixa de poder usar qualquer coisa que a embeleze ou chame a atenção para a sua feminilidade.

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O fanatismo religioso, leva os povos a cometerem certas atrocidades e impor regras ou normas por vezes muito injustas para crianças ou mulheres. Por vezes até a forma de vestir, falar ou mesmo alguns actos são totalmente condenados pelos familiares ou até mesmo castigados, não é estranhamente que as mulheres muçulmanas, indianas ou ciganas têm de usar certos trajes e aparentar aquelas formas mais desejadas pelos familiares ou impostas pela religião!

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No caso das mulheres muçulmanas:

A mulher ocupa uma posição de inferioridade na sociedade muçulmana. Quando falamos na mulher muçulmana, dois símbolos logo nos ocorrem: o harém e o véu. Estes sinais distintivos das mulheres muçulmanas sugerem a sua subordinação ao homem, apesar da igualdade espiritual das mulheres estar expressa no Corão: "...e os homens que se lembram constantemente de Deus, tal como as mulheres que o fazem, para todos eles Deus preparou o perdão e uma enorme recompensa" (33:35)A subordinação da mulher é demonstrada e justificada pela lei, costumes e tradições da Civilização Muçulmana, dizendo mesmo que há apenas um reconhecimento dos diferentes papéis dos dois sexos e não uma inferioridade efectiva.Assim, as marcas jurídicas da inferioridade da mulher são as seguintes:- a mulher só pode ter um marido, ao contrário do homem, que pode ter quatro mulheres ao mesmo tempo;- a mulher só pode casar com um muçulmano, ao contrário do homem, que pode casar com uma mulher de outra religião;- a mulher apenas pode pedir o divórcio em casos Trabalho elaborado por Alexandra.

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extremos, ficando a custódia dos seus filhos para o pai, e o testemunho do homem tem o dobro do valor do da mulher;- a herança da mulher é duas vezes inferior à do homem.- A maioria das mulheres vive na reclusão, poucas foram as que tiveram papéis activos em questões públicas, embora actualmente haja uma crescente liberalização do papel das mulheres fora de casa que começou sob a influência ocidental. Em alguns países, porém, verifica-se um retrocesso aos valores islãmicos, através do fundamentalismo islâmico.

A mulher árabe tem uma prática de vida completamente diferente da mulher ocidental, tendo de obedecer a regras muito estritas. No entanto, a forma de viver das mulheres não é igual em todo o mundo árabe. Em alguns países árabes as mulheres vivem enjauladas e maltratadas e noutros alcançaram a sua emancipação. Apresentámos aqui dois exemplos contrastantes: a mulher afegã em que a “desobediência equivale à morte” e a mulher do Sara emancipada.

Algumas das principais regras que a mulher afegã tem de obedecer durante o regime da milícia islâmica talibã:

1. É absolutamente proibido às mulheres qualquer tipo de trabalho fora de casa, incluindo professoras, médicas, enfermeiras, engenheiras, etc.2. É proibido às mulheres andar nas ruas sem a companhia

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de um “nmahram” (pai, irmão ou marido).3. É proibido falar com vendedores homens.4. É proibido ser tratada por médicos homens, mesmo que em risco de vida.5. É proibido o estudo em escolas, universidades ou qualquer outra instituição educacional.6. É obrigatório o uso do véu completo (“burca”) que cobre a mulher dos pés à cabeça.7. É permitido chicotear, bater ou agredir verbalmente as mulheres que não usarem as roupas adequadas (“burca”) ou que desobedeçam a uma ordem talibã.8. É permitido chicotear mulheres em público se não estiverem com os calcanhares cobertos.9. É permitido atirar pedras publicamente a mulheres que tenham tido sexo fora do casamento, ou que sejam suspeitas de tal.10. É proibido qualquer tipo de maquilhagem (foram cortados os dedos a muitas mulheres por pintarem as unhas).11. É proibido falar ou apertar as mãos de estranhos.12. É proibido à mulher rir alto (nenhum estranho pode sequer ouvir a voz da mulher).13. É proibido usar saltos altos que possam produzir sons enquanto andam, já que é proibido a qualquer homem ouvir os passos de uma mulher.14. A mulher não pode usar táxi sem a companhia de um “mahram”.15. É proibida a presença de mulheres em rádios, televisão ou qualquer outro meio de comunicação.16. É proibido às mulheres qualquer tipo de desporto ou mesmo entrar em clubes e locais desportivos.17. É proibido andar de bicicleta ou motocicleta, mesmo com seus “maharams”.18. É proibido o uso de roupas que sejam coloridas, ou seja, “que tenham cores sexualmente atraentes”.19. . Os transportes públicos são divididos em dois tipos, para homens e mulheres. Os dois não podem viajar no mesmo. 20. É proibida a participação de mulheres em festividades. 21. É proibido o uso de calças compridas mesmo debaixo do véu. 22. As mulheres estão proibidas de lavar roupas nos rios ou

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locais públicos.23. . As mulheres não se podem deixar fotografar ou filmar.

24. Todos os lugares com a palavra “mulher” devem ser mudados, por exemplo : O Jardim da Mulher deve passar a chamar Jardim da Primavera.25. Fotografias de mulheres não podem ser impressas em jornais, livros ou revistas ou penduradas em casas e lojas. 26. As mulheres são proibidas de aparecer nas varandas das suas casas.27. O testemunho de uma mulher vale metade do testemunho masculino. 28. Todas as janelas devem ser pintadas de modo a que as mulheres não sejam vistas dentro de casa por quem estiver fora.29. É proibido às mulheres cantar. 30. É proibido a homens e mulheres ouvir música.31. Os alfaiates são proibidos de costurar roupas para mulheres. 32. É completamente proibido assistir a filmes, televisão, ou vídeo. 33. As mulheres são proibidas de usar as casas-de-banho públicas (a maioria não as tem em casa). Fonte: Revista Notícias Magazine, 21 de Outubro de 2001.

Relativamente à mulher cigana não existem muitas diferenças, quer dizer relativamente a qualquer outra mulher de qualquer povo no mundo, tudo vai depender das suas crenças, da religião, política ou familiares e muitas vezes também cultura e educação, há excepções muito raras, pois quase todos os povos tem tendência a seguir os seus ideias muito rigorosamente.

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Assim atendendo que os povos dão uma grande importância aos valores religiosos e culturais, cada vez mais nesta aldeia global com a globalização existem muitas semelhanças nalgumas culturas. Cada povo com a sua letra, língua, musica, arte, etc. Existe uma variedade enorme de culturas pelo mundo simplesmente umas mais justas que outras!Embora os homens também tenham algumas regras a seguir, penso que são as mulheres e as crianças que mais sofrem!Neste contexto, encontra-se a mulher cigana, figura caracterizada como charlatã, maltrapilha e suspeita.   As primeiras ciganas que chegaram no ocidente eram consideradas “imorais” e “escandalosas”, já que a sociedade europeia, sobretudo no auge da idade média, era repressora e guardiã dos “bons costumes”, sob o ponto de vista religioso. A igreja católica, por exemplo, fora determinante na concepção que se fez (e ainda se faz) a respeito da mulher cigana.   

As mulheres enfrentam distintos paradigmas, um deles é o preconceito da sociedade. O outro diz respeito à ruptura de tradições vigentes em uma cultura machista, como a cigana, na qual a figura da mulher beira a completa submissão. Em geral, a mulher quando se casa passa a pertencer à família do marido e, neste caso, deve

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obediência ao esposo e inclusive aos sogros. Estas ideias contradizem a versão de que a mulher cigana é liberal e promíscua.

A não discriminação representa a mais significativa expressão da igualdade, no entanto, se faz necessária a criação de condições que assegurem igual dignidade social, nos mais diversos aspectos, inclusive no que diz respeito à transformação na estrutura económica, visando à igualdade social. No âmbito educacional, a escola e a família representam neste contexto papel preponderante na formação de verdadeiros cidadãos. Convém avaliar, o quanto de responsabilidade possuem quando das manifestações discriminatórias, haja vista, que o preconceito que gera a discriminação não permite a inclusão social, e representa a negação da aceitação das diferenças. Fato controverso, eis que, entende-se que em um ambiente educacional devem-se promover as manifestações de inclusão e igualdade, remetendo-se assim, imediatamente à ideia de cidadania. As posições profissionais estão directamente atreladas, ao desenvolvimento educacional, e o trabalho configura-se como um dos principais factores na formação e desenvolvimento da cidadania. O desemprego prolongado destrói o senso de utilidade dos desempregados; afecta a sua imagem; altera a sua autoconfiança; traz dúvidas sobre os seus direitos de cidadão, causando frustração, apreensão e tensão social, assim, os danos por ele provocados vão muito além da órbita individual entrando extensivamente a órbita social Atitudes discriminatórias desenvolvidas a partir dos vícios adquiridos no ambiente educacional perpetuam-se de forma tradicional no ambiente laboral e podem levar ao afastamento do sujeito discriminado das posições profissionais, ou a uma condição de emprego. Este indivíduo desenvolve um sentimento de baixa auto-estima por se considerar inadequado ao ambiente que o rejeita, e passa a buscar alternativas profissionais que, não lhe garantem o mínimo de dignidade. Actualmente, muito se discute a cerca da questão da igualdade e desigualdade social, principalmente quando se fala em emprego e mercado de trabalho. Muitos movimentos vêm trabalhando com uma ideia de cidadania

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social. Em virtude desses esforços atingimos um patamar que nos permite possuir nossos próprios conceitos, que acabam por nos levar a uma utopia, que é a ideia da igualdade. Contudo, vivemos e trabalhamos em uma sociedade na qual do ponto de vista real e social essa igualdade não existe, já que, homens e mulheres; negros e brancos; não são iguais em nosso país, ainda que do ponto de vista legal, não haja distinção entre os cidadãos. Enfim não só os povos mais religiosos muitas vezes são utópicos, como também nós muitas vezes somos discriminatórios, às vezes torna-se difícil para eles arranjar emprego, inserirem-se na sociedade, etc.

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