pró-reitoria acadêmica escola de exatas, arquitetura e

27
Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Exatas, Arquitetura e Meio Ambiente Curso de Engenharia Civil Trabalho de Conclusão de Curso LEVANTAMENTO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO SISTEMA CONSTRUTIVO EM PAREDES DE CONCRETO MOLDADAS IN LOCO NO DF Autor: Natan de Paula Bráulio Thiago de Castro de Sousa Orientador: Profa. Eng. MSc. Luciana Nascimento Lins Brasília - DF 2018

Upload: others

Post on 04-Apr-2022

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Exatas, Arquitetura e Meio Ambiente

Curso de Engenharia Civil

Trabalho de Conclusão de Curso

LEVANTAMENTO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO SISTEMA CONSTRUTIVO EM PAREDES DE CONCRETO

MOLDADAS IN LOCO NO DF

Autor: Natan de Paula Bráulio Thiago de Castro de Sousa

Orientador: Profa. Eng. MSc. Luciana Nascimento Lins

Brasília - DF

2018

NATAN DE PAULA BRÁULIO

THIAGO DE CASTRO DE SOUSA

LEVANTAMENTO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO SISTEMA CONSTRUTIVO EM PAREDES DE CONCRETO MOLDADAS IN LOCO NO DF

Artigo apresentado ao curso de graduação em Engenharia Civil da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para a obtenção de Título de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Profa. Eng. MSc. Luciana Nascimento Lins

Brasília-DF 2018

Artigo de autoria de Natan de Paula Bráulio e Thiago de Castro de Sousa, intitulado AVALIAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO SISTEMA CONSTRUTIVO EM PAREDES DE CONCRETO MOLDADAS IN LOCO NO DF, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil da Universidade Católica de Brasília, em 05 de dezembro de 2018, defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada:

__________________________________________________

Profa. Eng. MSc. Luciana Nascimento Lins Orientador(a)

Curso de Engenharia Civil – UCB

__________________________________________________

Prof.Eng. MSc. Nielsen José Dias Alves Examinador

Curso de Engenharia Civil – UCB

Brasília 2018

3

LEVANTAMENTO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO SISTEMA CONSTRUTIVO EM PAREDES DE CONCRETO MOLDADAS IN LOCO NO DF SURVEY OF PATHOLOGICAL MANIFESTATIONS IN THE CONSTRUCTIVE

SYSTEM IN CONCRETE WALLS MOLDED IN LOCO AT DF

NATAN DE PAULA BRÁULIO 1 THIAGO DE CASTRO DE SOUSA 2

RESUMO: O presente artigo tem por objetivo avaliar o desempenho, quanto às manifestações patológicas, do sistema construtivo de paredes de concreto no Distrito Federal, tendo como base de dados condomínios construídos pelo Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV). O estudo, feito com base em questionários e inspeções visuais, teve uma amostra de 16 condomínios, totalizando 60 entrevistados. O questionário conta com perguntas a respeito das manifestações patológicas encontradas pelos moradores nos apartamentos e solicita uma avaliação do conforto térmico e acústico. Os resultados obtidos acusaram um alto índice de infiltração e desplacamento cerâmico, bem como uma razoável quantidade de fissuras na estrutura, o que resultou num resultado pouco satisfatório dos usuários em relação ao produto do método construtivo de paredes de concreto moldadas in loco. Palavras-chave: paredes de concreto; manifestações patológicas; questionário. 1 INTRODUÇÃO

Lançado pelo Governo Federal, o programa minha casa minha vida surgiu para suprir um déficit habitacional no país e, mutuamente, criar postos de trabalho para driblar a crise internacional que havia se instalado em meados de 2008.

A deficiência habitacional brasileira tem números expressivos e, a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Brasil, 2010), os pesquisadores concluíram que havia uma insuficiência de 5,4 milhões de habitações no ano de 2011. “É preciso, pois, promover a construção de moradias para combater o atual déficit populacional, e assim, promover o mínimo de contentamento a população”, (ARÊAS, 2013). Com o intuito de facilitar e/ou subsidiar moradia para famílias de baixa renda, o Programa minha casa minha vida (PMCMV) foi uma implementação significativa tanto para o cenário social quanto para o da construção civil a partir de sua criação.

Tendo em vista a urgência de se construir mais unidades em menos tempo, buscaram-se novos métodos construtivos e, visando agilidade de execução e viabilidade econômica, o método construtivo de paredes de concreto fora adotado em grande parte das construções de habitações sociais.

1 Mineiro, vinte e dois anos, solteiro, graduando em Engenharia Civil pela Universidade Católica de Brasília em

2/2018, estagiário há dois anos na construtora Engenharia Carvalho Accioly, atuando na área de projetos,

execução e gerenciamento de obra. E-mail: [email protected]. 2 Graduando em Engenharia Civil pela Universidade Católica de Brasília em 2/2018, atualmente supervisor

terceirizado na empresa CEB Distribuição S.A., atuando na área de Planejamento de Compras, Licitações de

serviços e Aquisições de Materiais. E-mail: [email protected].

4

Anaute (2012 apud ARÊAS, 2013), ressalta que o sistema construtivo se destaca dentre os demais já praticados, em função da demanda de moradias gerada pelo PMCMV. A ABESC (2013) aponta que esse sistema de paredes de concreto moldadas in loco tem um ganho de produtividade alta em razão da repetição seriada do modelo de construção, diminuindo assim os gastos com formas, ganho de velocidade na montagem e consequentemente resultando na racionalização da obra.

Mitidieri Filho, Souza e Barreiros (2013) destacam que as paredes de concreto moldadas in loco possuem, além da função estrutural, papel de vedação, por dispensar a aplicação de reboco, ou outro sistema de vedação, evitando, assim, problemas que podem diminuir a eficiência do sistema, tais como desaprumo, embarrigamento, desnível, encarecimento da obra, atraso no cronograma, desperdício de materiais e mão de obra (MITIDIERI FILHO; SOUZA; BARREIROS, 2013).

Atualmente, no Brasil, dispõe-se da norma NBR 16055 “Parede de concreto moldada no local para a construção de edificações – Requisitos e procedimentos”, que entrou em vigor no dia 10 de maio de 2012, onde se sustentam todos os projetos de dimensionamento e execução que utilizam desse método construtivo. Estruturas de concreto possuem duas maneiras de produção; as pré-moldadas, que são fabricadas em usinas e canteiros, ou moldadas in loco, as quais são objeto de estudo nesse artigo.

Lordsleem Júnior (1998, p. 60) indica a utilização do modelo construtivo de paredes de concreto já na década de 80, bem antes da popularização do sistema, quando diz que:

A utilização da tecnologia de produção de vedações verticais de concreto celular espumoso moldadas no local deu-se no início da década de 80, na construção das paredes de habitações populares térreas ou tipo sobrado em conjuntos habitacionais.

Segundo a Coletânea de Ativos 2007-2008 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND, 2008, p. 12):

[...]a falta de escala e de continuidade das obras, principalmente devido às limitações do sistema financeiro da habitação da época, impediu que essas tecnologias se consolidassem no mercado brasileiro, retardando a própria evolução da construção civil em nosso País.

Citam também que há a utilização desse sistema em outros países similares ao Brasil, como por exemplo, em edifícios de até 25 pavimentos na Colômbia e habitações no México. Ainda colocam que o sistema é recomendável para utilização em empreendimentos com alta repetitividade, prazos curtos de entrega.

Conforme a NBR 16055 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2012, p. 3-4), no sistema de paredes de concreto:

Todas as paredes de cada ciclo construtivo de uma edificação são moldadas em uma única etapa de concretagem, permitindo que, após a desforma, as paredes já contenham em seu interior, vãos para portas e janelas, tubulações ou eletrodutos de pequeno porte [...].

O processo de produção das paredes de concreto envolve 3 principais componentes: concreto, armadura e fôrmas. Abaixo, uma breve descrição destes:

No que diz respeito ao concreto, podemos utilizar: concreto celular; concreto acrescido de agregados leves; concreto convencional e concreto autoadensável. Sendo que, segundo a Coletânea de Ativos 2007-2008 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND, 2008 p. 39), o mais indicado seria a utilização de concreto acrescido de fibras, a fim de minimizar os efeitos de retração.

5

Figura 1 - Sistema Construtivo - Paredes de Concreto

Fonte: Morais (2012)

Quanto às fôrmas, a escolha do modelo adequado varia de acordo com a dimensão e o tipo de obra onde será utilizada. A tomada de decisão correta proporciona melhora no desempenho de produção, além de conferir economia. Misurelli e Massuda (2009, p. 76) citam que, “As fôrmas são estruturas provisórias cujo objetivo é moldar o concreto fresco, compondo-se assim as paredes estruturais. A resistência a pressões do lançamento de concreto até a sua solidificação, é fator decisivo.”. A Coletânea de Ativos 2007-2008 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND, 2008, p. 13) sugere, para o modelo construtivo de paredes de concreto, o uso de fôrmas metálicas (aço ou alumínio), metálicas com chapas de madeira compensada ou fôrmas plásticas.

Figura 2 - Sistema Construtivo - Paredes de Concreto

Fonte: Santos (2018)

6

Por fim, a armadura do sistema de paredes de concreto é qualificada por Misurelli e Massuda (2009, p. 77) como sendo a tela soldada posicionada no eixo vertical e frisa que todas as extremidades, vãos de portas e janelas devem receber reforço de telas ou barras de armadura convencional e que essas armaduras devem atender a três requisitos básicos: resistir a esforços de flexo-torção; controlar a retração do concreto; estruturar e fixar as instalações.

Figura 3 - Sistema Construtivo - Paredes de Concreto

Fonte: Veloso (2015)

Assim, podemos dizer que, das vantagens do sistema, temos: alta produtividade; custo geral da obra competitivo; execução simultânea da estrutura e vedação; pode-se dispensar revestimentos; racionalização da produção das vedações, com alta produtividade, baixo índice de perdas e mão de obra reduzida; aumento de produtividade, devido à existência de uma sequência definida de tarefas; aumento da qualidade, tanto nos serviços de execução, quanto no acabamento final; as fôrmas reutilizáveis permitem a construção de uma habitação por dia; as atividades não dependem da habilidade dos operários, exigindo apenas um treinamento; consumo de mão de obra reduzido; sequência ordenada de trabalho, permitindo a simplificação de tarefas; o sistema construtivo exige organização e maior planejamento do processo de construção, logo, as soluções devem ser tomadas previamente à execução; aumento da área útil da habitação, pois a espessura das paredes geralmente é menor. (FRANCO, 2004, p. 6; SACHT, 2008, p. 63).

E, em relação às desvantagens do sistema, temos: baixa flexibilidade; custo é função da reutilização das fôrmas e da velocidade de execução; normalmente está em desvantagem ao concorrer com alvenaria estrutural em edifícios habitacionais; necessidade, na maioria dos casos, de equipamentos de grande porte para transporte das fôrmas ou do volume de concreto requerido; as manifestações patológicas, principalmente as fissuras, a umidade e o desempenho insatisfatório decorrentes do emprego inadequado no passado contribuem para a pouca utilização no presente. (FRANCO, 2004, p. 7; SACHT, 2008, p. 63)

A Coletânea de Ativos 2007-2008 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND, 2008, p. 11) classifica o sistema como seguro porque, por

7

utilizar um modelo de produção sistematizado, utiliza equipamentos que favorecem a segurança, como guarda-corpos incorporados aos painéis de fôrmas e andaimes.

Como todo sistema construtivo, após a conclusão, a estrutura pode apresentar manifestações patológicas em decorrência de falhas na execução ou até mesmo pela falta manutenção preventiva. As ocorrências mais comuns são fissuras, infiltrações e embarrigamentos. Outros problemas comumente relatados são consequências destas principais manifestações, como desplacamento cerâmico.

Segundo Corsini (2010, p.1), as fissuras interferem na durabilidade, estética, nas características estruturais da obra e são causadas por atuação de tensões no material. Sua formação está ligada à fatores externos ou internos. Entre as ações externas, temos fissuras causadas por movimentação térmica, sobrecarga, recalque diferencial, entre outros. Já as causas internas estão ligadas à retração dos produtos que contém cimento e alterações químicas dos componentes.

A infiltração, problema mais aparente em estruturas de concreto, são causadas pela falta de tratamento em fissuras, não impermeabilização dos elementos e pela má dosagem do concreto. Vários problemas se desencadeiam com essa ocorrência e, em paredes de concreto, pode ocasionar desplacamento cerâmico, mofo, danificação na pintura e trincas no acabamento interno casa não haja revestimento cerâmico.

O embarrigamento da estrutura se dá pela má disposição das fôrmas, travamento mal executado ou até mesmo desforma precoce. A estrutura se deforma e, caso não haja uma boa regularização, também pode acarretar em desplacamento cerâmico e danificação do acabamento interno.

Neste contexto, sabendo-se da numerosa quantidade de empreendimentos que utilizam desse método, é de grande interesse a realização de um estudo acerca do seu desempenho, após a ocupação das unidades. Para isso, é imprescindível o relato de experiencia dos usuários, uma vez que são os usufruidores do bem. A partir dessa ideia, propõe-se realizar uma Avaliação Pós-Ocupação (APO), além da análise visual presencial das manifestações patológicas no modelo construtivo de paredes de concreto em construções no DF. 2 MATERIAIS E MÉTODOS

2.1. LOCAL DE ESTUDO

No Distrito Federal temos uma ampla amostra para coleta de informações na região do Riacho Fundo II, onde há uma série de condomínios construídos pelo PMCMV, que servirá como fonte de dados estatísticos para a realização da avaliação.

A Região Administrativa do Riacho Fundo II foi criada em 1994, em atendimento a demanda populacional da época que se reuniu em grupos habitacionais. Em meados de 2001, criou-se a Subadministração Regional Do Riacho Fundo II que, poucos anos depois, em 2003, tornou-se uma região administrativa independente (COMPANHIA DO PLANEJAMENTO DO DISTRITO FEDERAL, 2007). Hoje a região conta com uma população de aproximadamente 40 mil habitantes (Adm. Regional do Riacho Fundo II, S.I.), onde parte desta vive nos condomínios oriundos do PMCMV.

8

Figura 04: Condomínios Construídos pelo Programa Habitacional.

Fonte: Programa de Aceleração do Crescimento (2014)

2.2. AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO

A Avaliação Pós-Ocupação (APO) abrange uma análise sistemática do desempenho das habitações em uso para que, a partir de uma pesquisa, haja possibilidade de se avaliar estas moradias quanto à satisfação e experiência do usuário.

Para que uma APO obtenha efetividade, os envolvidos, entrevistadores e entrevistados, devem tomar decisões acertadas à realidade, assegurando o bom desempenho da pesquisa (ORNSTEIN; ROMÉRO, 1992, p. 66). Em contraponto, Ornstein (1994, p. 79) avalia a APO como sendo um estudo entre o ser humano e seu comportamento em conjunto com o ambiente em que se vive, pesquisando, tanto do ponto de vista de técnicos e de projetistas, como dos usuários, fatores técnicos, funcionais, estéticos e comportamentais.

Se tratando de APO realizada em condomínios de habitação social, Ornstein e Roméro (1992, p. 85) dizem, também, que “Já no caso de APO aplicadas em conjuntos habitacionais ou em escalas urbanas mais amplas, tais como uma quadra ou um bairro”, segundo Bechtel (1990, p. 17), “é provável que seja mais apropriada ‘uma amostragem de casas, do que de pessoas’.”.

No caso do presente trabalho, a escolha pelo método de questionário para avaliação das manifestações patológicas pós-ocupação no sistema construtivo de paredes de concreto, moldadas in loco no DF, partiu da dificuldade encontrada em estudar visualmente as estruturas, uma vez que estas se encontram em condições de acabamento desfavoráveis à análise e, também, pela escassez de métodos de ensaios não destrutivos.

9

2.3. METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO

Uma vez que a pesquisa de campo foi escolhida como modelo avaliativo, é de suma importância o foco em determinados pontos, como a escolha de um método prático de resposta para os usuários, a clareza e a fácil interpretação, bem como uma ampla amostragem.

Uma boa amostragem consiste em se obter o maior número possível de participantes da pesquisa e, consequentemente, obter resultados que mais se assemelham às reais condições do objeto de estudo e da experiência do usuário.

Segundo Roméro e Ornstein (2003, p. 265), a aplicação de questionários é o modelo de pesquisa mais utilizado para se obter informações a respeito de atributos e atitudes dos usuários em ambientes construídos.

Ainda segundo Roméro e Ornstein (2003, p. 266), algumas das vantagens dos questionários em APO’s, para o caso de estudo, são a rapidez de conclusão e a possibilidade de aplicação de diversas maneiras, como pessoalmente, pelo telefone ou pela internet.

Neste estudo de caso, foram escolhidas duas formas de abordagem, via internet, com a utilização de enquete eletrônica, elaborada na plataforma do Google, e contato pessoal, entrevistando moradores de diferentes blocos.

2.4. QUESTIONÁRIO

Após realizado estudo para identificar os principais problemas que podem surgir em uma estrutura de concreto, escolheu-se os pontos que apoiariam a elaboração do questionário. As perguntas se basearam em três temas: fissuras, desplacamento cerâmico e infiltrações (Figura 05). Além dessas questões, foram inseridos dois tópicos que solicitam ao morador uma avaliação do sistema em relação ao desempenho térmico e acústico (Figura 06).

10

Figura 05: Questionário

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

Nos itens avaliativos, referentes ao desemprenho térmico e acústico, há uma escala crescente de respostas classificadas em “péssimo, ruim, regular, bom e ótimo”, visando uma resposta mais próxima da realidade.

11

Figura 06: Questionário

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

Para compor o questionário e obter uma amostra mais completa, foram requeridas informações como nome do entrevistado, nome do condomínio em que reside e informações quanto ao pavimento em que reside e o tempo de ocupação (Figura 07).

12

Figura 07: Questionário

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

A estrutura escolhida para compor o questionário foi a de múltipla escolha, o que torna a aplicação mais prática e precisa, reduzindo a margem de erro na interpretação das questões propostas. Para tornar a pesquisa mais clara, optou-se pela restrição de resposta apenas em “sim” e “não” nas questões que abrangem as manifestações patológicas.

2.5. ANÁLISE VISUAL PRESENCIAL A análise visual presencial consistiu-se em visitar os condomínios e fotografar

externamente as paredes de concreto que apresentavam as manifestações patológicas citadas no questionário. Dezesseis condomínios foram inspecionados e tiveram registrados seus problemas externos aparentes.

Todos os condomínios visitados apresentaram as mesmas condições na estrutura, uma leve deformação na geometria, que pode ter sido causada pela execução de fôrma e desforma, e uma possível infiltração, que pode ser constatada pela aparição de manchas e mofo na pintura externa.

A documentação fotográfica interna foi impossibilitada pois as unidades que tínhamos acesso já haviam sido reparadas. Durante as entrevistas, foi solicitado que os moradores, caso notassem manifestações patológicas que constam no questionário, entrassem em contato, o que não houve respaldo.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a coleta de dados da amostra, fez-se uma análise dos resultados obtidos,

compilando-os e extraindo gráficos para ter-se uma melhor observação. A coleta,

13

feita via internet,por meio de formulários do Google Drive, e por entrevistas com moradores da região. Ao todo, foram entrevistados moradores de dezesseis condomínios, totalizando 60 respostas ao questionário produzido. Os resultados obtidios, em forma de gráficos, estão apresentados e destrinchados abaixo.

3.1. LOCALIZAÇÃO Para filtrar as respostas, solicitou-se que o entrevistado indicasse o condomínio

em que reside. A informação de localização é interessante no sentido de se mapear os resultados.

Tabela 01 - Condomínios

Condomínio Contagem

Ipê amarelo 10

Ipê Branco 1

Ipê Roxo 12

Parque do Riacho 04 7

Parque do Riacho 05 5

Parque do Riacho 06 3

Parque do Riacho 08 5

Parque do Riacho 09 5

Parque do Riacho 10 1

Parque do Riacho 11 1

Parque do Riacho 12 1

Parque do Riacho 13 2

Parque do Riacho 14 1

Parque do Riacho 21 4

Parque do Riacho 27 1

Parque do Riacho 35 1

Total Geral 60

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

O pavimento em que o entrevistado reside é de vital importância para se determinar a incidência de determinadas manifestações patológicas. A maior quantidade de respostas se localizou como sendo do terceiro pavimento (vide Anexo I). Tabela 02 – Pavimento

Pavimento Contagem

Primeiro 7

Segundo 14

Terceiro 26

Térreo 13

Total Geral 60

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

14

Gráfico 01 - Pavimentos

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

Outro dado que serve de auxílio na análise é o tempo em que o entrevistado reside no apartamento, possibilitando discriminar a causa das manifestações patológicas encontradas entre falta de manutenção preventiva ou falha de execução. Tabela 03 – Tempo em que reside na região

Tempo de Moradia Contagem

Até 02 anos 13

Entre 02 e 04 anos 39

Entre 04 e 06 anos 7

Mais que 06 anos 1

Total Geral 60

Fonte: Autores Gráfico 02 – Tempo em que reside na região

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

3.2. CONFORTO – TÉRMICO E ACÚSTICO Quanto ao conforto térmico, obteve-se respaldo relativamente positivo, sendo que as únicas queixas vieram de moradores que moravam em apartamentos à sol poente. Os entrevistados que moravam em unidades à sol nascente relataram boa

12%

23%

43%

22%

Total

Primeiro Segundo Terceiro Térreo (vazio)

22%

65%

11%

2%

Total

Até 02 anos

Entre 02 e 04 anos

Entre 04 e 06 anos

Mais que 06 anos

(vazio)

15

circulação de ar e clima ameno, consequência da sombra causada pela própria edificação e pelo relevo da região. Tabela 04 - Conforto Térmico

Conforto Térmico Contagem

Bom 29

Ótimo 4

Péssimo 2

Regular 17

Ruim 8

Total Geral 60

Fonte: Bráulio e Sousa (2018) Gráfico 03 – Conforto Térmico

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

Também com resultados consideravelmente positivos, o desempenho acústico da estrutura foi bem avaliado pelos moradores, sendo que a única reclamação foi em relação ao ruído oriundo do respectivo pavimento superior, fato comum em edificações que utilizam de laje maciça em concreto armado. Tabela 05 – Conforto Acústico

Conforto Acústico Contagem

Bom 22

Péssimo 7

Regular 13

Ruim 18

Total Geral 60

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

49%

7%

3%

28%

13%

Total

Bom

Ótimo

Péssimo

Regular

Ruim

(vazio)

16

Gráfico 04 – Conforto Acústico

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

3.3. MANIFESTAÇÕES PATOLOGICAS

A análise visual presencial interna foi prejudica pelas reformas realizadas pelos moradores após a ocupação, com a aplicação de revestimento e texturas nas paredes de concreto, sendo possível notar apenas a ocorrência de infiltrações e desplacamento cerâmico. Na análise visual externa foi possível detectar algumas falhas, como o aparecimento de manchas causado pela infiltração de água pluvial e o embarrigamento das paredes de concreto armado, que pode ter sido causado pelo mal travamento das fôrmas ou por desforma precoce.

Os dados obtidos referentes ao aparecimento de fissuras nas paredes de concreto mostram que essa falha ocorreu em 58,3% das unidades, o que se torna preocupante, uma vez que esse problema é precedente de vários problemas, como infiltração, desagregação, entre outros. São inúmeras as possíveis causas do aparecimento de fissuras nos elementos de concreto, que vão desde a cura mal executada até o recalque da estrutura, sendo que todas são por falhas de execução. Tabela 07 – Fissuras

Fissuras Contagem

Não 25

Sim 35

Total Geral 60

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

36%

12%22%

30%

Total

Bom

Péssimo

Regular

Ruim

17

Gráfico 06 - Fissuras

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

As manifestações patológicas com maior incidência foram as infiltrações, em especial nas amostras do térreo e último pavimento (vide Anexo I). Os apartamentos do térreo foram afetados por uma possível falha de projeto, onde os jardins laterais não possuem sistema de escoamento, ocasionando em um acumulo de agua nas muretas de contenção e, consequentemente, infiltrando nas paredes dos apartamentos térreos que tinham contato direto. Já nos apartamentos do último pavimento, as infiltrações causavam focos de mofo e até desplacamento cerâmico. Uma provável causa das infiltrações nas lajes superiores, é a falta de sistema de escoamento aliada à não impermeabilização da laje, fazendo com que a água pluvial se acumule e infiltre nas fissuras do concreto. Tabela 08 – Infiltração

Infiltração Contagem

Não 20

Sim 40

Total Geral 60

Fonte: Bráulio e Sousa (2018) Gráfico 07 - Infiltração

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

O desplacamento cerâmico foi uma das maiores queixas por parte dos

moradores, o que é entendível, pelo fato de ser um problema facilmente notável e

42%

58%

Total

Não

Sim

33%

67%

Total

Não

Sim

18

que interfere na estética e no uso das unidades afetadas. 58% dos entrevistados relataram descolamento da cerâmica nas paredes de concreto, falha que pode ter sido gerada pela má aplicação, dilatação térmica, infiltração, entre outros. Tabela 09 – Desplacamento Cerâmico em Paredes

Desplacamento Cerâmico Contagem

Não 25

Sim 35

Total Geral 60

Fonte: Bráulio e Sousa (2018) Gráfico 08 – Desplacamento Cerâmico em Paredes

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

Assim como nas paredes de concreto, o desplacamento cerâmico no piso dos apartamentos também foi bastante reclamado, totalizando 43% das respostas. As causas dessa manifestação patológica são semelhantes às causas do descolamento cerâmico nas paredes.

Tabela 09 – Desplacamento Cerâmico em Pisos

Desplacamento Cerâmico Contagem

Não 34

Sim 26

Total Geral 60

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

42%

58%

Total

Não

Sim

19

Gráfico 08 – Desplacamento Cerâmico em Pisos

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

4 CONCLUSÃO Concluída a pesquisa e as entrevistas com os moradores das 60 unidades

habitacionais, pôde-se identificar a quantidade de manifestações patológicas que se pode encontrar em edificações que se utilizam do método construtivo de paredes de concreto moldadas in loco. As principais reclamações recebidas foram em relação ao conforto acústico, infiltrações e desplacamento cerâmico, problemas que afetam diretamente os moradores em questão de estética, desvalorização do imóvel e até a segurança do usuário.

Com os resultados obtidos e com base em outros artigos pesquisados, percebeu-se que as manifestações patológicas podem ser oriundas de falhas de execução, como a descontinuidade geométrica dos elementos em função do posicionamento das fôrmas metálicas, bem como por falhas do próprio método construtivo. A indicação do real motivo dos problemas encontrados é dificultada pela falta de relatórios de fiscalização da execução da obra, na época em que o empreendimento foi construído.

De fato, os apartamentos sofrem com problemas, e os moradores ainda mais, por conviverem diariamente com isso. Problemas estes que podem ser sanados por uma fiscalização de execução da obra e pela realização de manutenções preventivas e corretivas, fazendo com que as reformas possam ser feitas em intervalos maiores e diminuindo gastos. Outra forma de mitigar os problemas em questão, seria uma maior fiscalização de execução das obras do programa Minha Casa, Minha Vida por parte dos órgãos que financiam os empreendimentos. Tal fiscalização acarretaria em uma melhora da qualidade de execução e, consequentemente, redução de gastos e valorização do produto final.

Por fim, o trabalhador que usufrui do programa acaba saindo lesado, uma vez que não recebe as unidades em perfeitas condições de uso, obrigando-os a decidir entre fazer reformas corretivas ou conviver com os problemas.

57%

43%

Total

Não

Sim

20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS 16055/12. Parede de concreto moldada no local para a construção de edificações: Requisitos e procedimentos. Rio de Janeiro: ABNT, 2012. 35 p. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/MarcioPinto1/abnt-nbr-16055-parede-concreto>. Acesso em: 17 out. 2018.

ARÊAS, Daniel Moraes. Descrição Do Processo Construtivo De Parede De Concreto Para Obra De Baixo Padrão. 2013. 75 p. TCC (Engenharia Civil) - Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10006241.pdf>. Acesso em: 29 set. 2018.

BENIGNO DA SILVA, Fernando. Paredes de concreto armado moldadas in loco. Téchne, 2011. Disponível em: <http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/167/paredes-de-concreto-armado-moldadas-in-loco-286799-1.aspx>. Acesso em: 16 set. 2018.

COMPANHIA DE PLANEJAMENTO DO DISTRITO FEDERAL (Codeplan). Coletânea de Informações Socioeconômicas: Riacho Fundo. Brasília: Codeplan, 2007. Disponível em: <http://www.codeplan.df.gov.br/sites/200/216/00000220.pdf>. Acesso em: 15 out. 2018.

CORSINI, Rodnei. Paredes normatizadas. Téchne, 2011. Disponível em: <http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/183/paredes-normatizadas-norma-inedita-para-paredes-de-concreto-moldadas-287955-1.aspx>. Acesso em: 10 set. 2018.

CORSINI, Rodnei. Projetos: Trinca ou Fissura?. Téchne, 2010. Disponível em: <http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/160/trinca-ou-fissura-como-se-originam-quais-os-tipos-285488-1.aspx>. Acesso em: 07 nov. 2018.

FONSCECA JR., Ary (Org.). Coletânea de Ativos: Paredes de Concreto. [S.l.]: Comunidade da Construção, 2007. 200 p. Disponível em: <http://abesc.org.br/pdf/coletanea_ativos.pdf>. Acesso em: 16 out. 2018.

MISURELI, Hugo; MASSUDA, Clovis. Paredes de concreto. Téchne, 2009. Disponível em: <http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/147/artigo285766-2.aspx>. Acesso em: 17 out. 2018.

MITIDIERI FILHO, Claudio Vicente; SOUZA, Júlio Cesar Sabadini; SALABERGA BARREIROS, Thiago. Sistema construtivo de paredes de concreto moldadas no local: aspectos do controle de execução. Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 2012. Disponível em: <https://www.ipt.br/centros_tecnologicos/CETAC/artigos_tecnicos/431-sistema_construtivo_de_paredes_de_concreto_moldadas_no_local:_aspectos_do_controle_de_execucao_.htm>. Acesso em: 02 out. 2018.

21

MORAIS, Kleuber Campos. Paredes em concreto moldado in loco. YouTube, 9 dez, 2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=AHbo97alQdM>. Acesso em: 10 out. 2018.

PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DE CRESCIMENTO (PAC). Brasília. Programa de Aceleração de Crescimento. Flickr. 21 fev. 2014. Disponível em: <https://www.flickr.com/photos/pacgov/14812624959>. Acesso em: 26 set. 2018

SACHT, Helenice. Painéis de Vedação de Concreto Moldadas in loco: Avaliação de Desempenho Térmico e Desenvolvimento de Concretos, 2008. 286 p. Dissertação (Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de São Paulo – USP, São Paulo. Disponível em: <file:///C:/Users/%239830p/Downloads/HeleniceSacht.pdf>. Acesso em 03 out. 2018.

SANTOS, Altair. Cresce uso de paredes de concreto entre países latinos. Massa Cinzenta, 21 jun. 2018. Disponível em: <www.cimentoitambe.com.br/cresce-uso-de-paredes-de-concreto-entre-paises-latinos/>. Acesso em: 1 out. 2018.

VELOSO, Lucas. Vantagens de paredes de concreto armado. Lucas Veloso. 2015. Disponível em: <www.lucasveloso.com.br/blog/vantagens-de-paredes-de-concreto-armado>. Acesso em: 03 out. 2018.

Nome Condomínio: Há quanto tempo você mora

no Riacho Fundo II?Qual é o pavimento em

que você reside?

A respeito do conforto térmico de sua

residência, como pode ser avaliado?

A respeito do conforto acústico de sua

residência, como pode ser avaliado?

No seu condomínio ou em sua residência,

notou-se a presença de rachaduras nas

paredes?

No seu condomínio ou em sua residência,

notou-se a presença de infiltrações?

No seu condomínio ou em sua residência,

notou-se a presença de descolamento das

cerâmicas da parede?

No seu condomínio ou em sua residência,

notou-se a presença de descolamento das

cerâmicas do piso?

Brena Parque do Riacho 27 Até 02 anos Primeiro Regular Ruim Não Sim Sim Não

Kariny Parque do Riacho 12 Até 02 anos Primeiro Regular Péssimo Sim Sim Sim Não

Marcio Ipê Amarelo Entre 02 e 04 anos Primeiro Bom Bom Sim Não Não Sim

Emanuel Ipê Amarelo Entre 02 e 04 anos Primeiro Bom Regular Sim Não Não Não

Douglas Ipê Amarelo Entre 02 e 04 anos Primeiro Ótimo Bom Não Não Não Não

Ana marcia Ipê Amarelo Entre 02 e 04 anos Primeiro Ótimo Bom Não Sim Não Não

Diego Ipê Amarelo Entre 04 e 06 anos Primeiro Ruim Ruim Não Não Não Não

Ana Karolina Silva de OliveiraParque do Riacho 21 Entre 02 e 04 anos Segundo Ótimo Regular Não Sim Não Não

Júlio Cardoso Parque do Riacho 10 Entre 02 e 04 anos Segundo Bom Bom Sim Não Sim Sim

Suelen cruz dos santos Ipê Roxo Entre 02 e 04 anos Segundo Bom Regular Não Sim Sim Sim

Maria lúcia Parque do Riacho 06 Entre 02 e 04 anos Segundo Bom Bom Não Não Não Não

Valdeir Ipê Amarelo Entre 02 e 04 anos Segundo Regular Regular Não Não Não Não

Ronaldo Ipê Amarelo Entre 02 e 04 anos Segundo Bom Bom Não Não Não Sim

João Carlos Parque do Riacho 04 Entre 02 e 04 anos Segundo Ótimo Bom Não Não Não Não

Adriana Ferreira Ipê Roxo Até 02 anos Segundo Regular Ruim Não Sim Sim Não

Fabiana Parque do Riacho 08 Até 02 anos Segundo Ruim Ruim Não Não Sim Não

Nayara Parque do Riacho 05 Entre 02 e 04 anos Segundo Bom Ruim Não Não Sim Sim

Maria de Fátima Parque do Riacho 05 Até 02 anos Segundo Regular Péssimo Não Não Sim Não

luciano Júnior Parque do Riacho 13 Entre 04 e 06 anos Segundo Ruim Ruim Sim Sim Sim Sim

Maria eduarda Parque do Riacho 09 Entre 04 e 06 anos Segundo Bom Ruim Sim Não Sim Sim

Gabriela Parque do Riacho 08 Entre 02 e 04 anos Segundo Bom Ruim Sim Não Sim Sim

Marcos Ipê Branco Entre 02 e 04 anos Terceiro Regular Regular Sim Sim Não Não

Jodias fukingnisio Parque do Riacho 05 Mais que 06 anos Terceiro Péssimo Péssimo Sim Sim Sim Sim

Thais Parque do Riacho 09 Entre 02 e 04 anos Terceiro Bom Ruim Sim Sim Sim Sim

Heloina Barros Parque do Riacho 21 Até 02 anos Terceiro Regular Regular Sim Sim Não Sim

Tathiane Parque do Riacho 11 Até 02 anos Terceiro Péssimo Péssimo Sim Sim Não Sim

Antônio Parque do Riacho 06 Entre 02 e 04 anos Terceiro Bom Regular Sim Não Não Não

Marcos Ipê Amarelo Até 02 anos Terceiro Bom Bom Não Sim Sim Não

Luis Ipê Roxo Entre 02 e 04 anos Terceiro Regular Regular Sim Sim Sim Não

Miro Ipê Roxo Entre 02 e 04 anos Terceiro Bom Bom Não Não Não Não

Márcio Ipê Roxo Entre 02 e 04 anos Terceiro Bom Bom Sim Sim Sim Não

Rosimeire Ipê Roxo Entre 02 e 04 anos Terceiro Bom Regular Não Sim Não Sim

ANEXO I

Nome Condomínio: Há quanto tempo você mora

no Riacho Fundo II?Qual é o pavimento em

que você reside?

A respeito do conforto térmico de sua

residência, como pode ser avaliado?

A respeito do conforto acústico de sua

residência, como pode ser avaliado?

No seu condomínio ou em sua residência,

notou-se a presença de rachaduras nas

paredes?

No seu condomínio ou em sua residência,

notou-se a presença de infiltrações?

No seu condomínio ou em sua residência,

notou-se a presença de descolamento das

cerâmicas da parede?

No seu condomínio ou em sua residência,

notou-se a presença de descolamento das

cerâmicas do piso?

Leonardo Ipê Roxo Entre 02 e 04 anos Terceiro Regular Bom Não Sim Sim Não

Juan Ipê Amarelo Entre 02 e 04 anos Terceiro Bom Bom Não Sim Sim Não

José Parque do Riacho 04 Entre 02 e 04 anos Terceiro Bom Bom Não Sim Sim Não

paulo Ipê Roxo Até 02 anos Terceiro Bom Ruim Não Não Sim Não

Flávia Parque do Riacho 09 Até 02 anos Terceiro Ruim Bom Sim Sim Sim Não

José fernandes Parque do Riacho 09 Entre 02 e 04 anos Terceiro Regular Bom Sim Sim Sim SimFabio Parque do Riacho 08 Entre 02 e 04 anos Terceiro Ruim Bom Sim Sim Sim SimPoliana Parque do Riacho 08 Entre 02 e 04 anos Terceiro Bom Ruim Não Sim Sim NãoPedro luan Parque do Riacho 21 Entre 02 e 04 anos Terceiro Regular Ruim Sim Sim Sim Simdaniela Parque do Riacho 08 Entre 02 e 04 anos Terceiro Ruim Péssimo Sim Sim Não SimNayane Parque do Riacho 14 Entre 04 e 06 anos Terceiro Regular Ruim Sim Sim Sim Simvaleria Parque do Riacho 13 Entre 04 e 06 anos Terceiro Bom Regular Sim Sim Sim SimPatrícia Parque do Riacho 09 Entre 04 e 06 anos Terceiro Bom Ruim Sim Sim Sim SimTarcísio Parque do Riacho 04 Entre 04 e 06 anos Terceiro Ruim Ruim Sim Sim Sim SimEmely Andrade Parque do Riacho 05 Entre 02 e 04 anos Terceiro Regular Péssimo Sim Sim Não SimThaynara Crisostomo Parque do Riacho 05 Até 02 anos Térreo Regular Regular Sim Não Sim SimTalita Grazieli de Aguiar Medeiros Parque do Riacho 35 Entre 02 e 04 anos Térreo Bom Bom Não Sim Não NãoMarcos Parque do Riacho 04 Entre 02 e 04 anos Térreo Bom Ruim Sim Sim Não SimLucas Parque do Riacho 04 Entre 02 e 04 anos Térreo Regular Ruim Sim Sim Não SimJoaquim Parque do Riacho 04 Entre 02 e 04 anos Térreo Bom Bom Sim Não Não NãoDaneil Parque do Riacho 04 Entre 02 e 04 anos Térreo Ruim Bom Não Não Não NãoMaria josé Parque do Riacho 06 Entre 02 e 04 anos Térreo Regular Bom Sim Sim Sim NãoLuciana Ipê Roxo Entre 02 e 04 anos Térreo Bom Regular Sim Sim Não NãoCristiano Ipê Roxo Entre 02 e 04 anos Térreo Bom Bom Não Sim Sim NãoVanderlei Ipê Roxo Até 02 anos Térreo Regular Regular Sim Sim Sim SimAntônio Ipê Amarelo Entre 02 e 04 anos Térreo Bom Bom Não Sim Não Nãopedro henrique Ipê Roxo Entre 02 e 04 anos Térreo Bom Ruim Não Sim Sim NãoJorge Luiz Parque do riacho 21 Até 02 anos Térreo Bom Péssimo Sim Sim Sim Não

Pavimento PavimentoPrimeiro Primeiro

Não NãoSim Sim

Segundo SegundoNão NãoSim Sim

Terceiro TerceiroNão NãoSim Sim

Térreo TérreoNão NãoSim Sim

Total Geral Total Geral

231331060

Relação Pavimento x Presença de Infiltrações

314104263

181358

Relação Pavimento x Presença de Fissuras

60

314104268

Presença de Fissuras74

Presença de Infiltrações74

ANEXO II

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)

Fonte: Bráulio e Sousa (2018)