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+ PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR 2.fev.2016 N.668 www.aese.pt NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO As instáveis fronteiras europeias AGENDA Uma rede para descobrir a vizinhança Razão e coração numa Comunidade de Membros a crescer + PGL= formação e network Não manipulemos a nossa herança genética Grécia e Alemanha: uma guerra sem pólvora Negócios na América Latina Lisboa, 23 de fevereiro de 2016 Ética empresarial: da teoria à prática Lisboa, 15 e 16 de fevereiro de 2016 O Ano da Misericórdia, a vida e as empresas Lisboa, 4 de fevereiro de 2016 2.º GAIN rumou ao Instituto Internacional San Telmo Como falar em público Lisboa, 7 de março de 2016 A OSCE: pela democracia com a cooperação Social selling e a força de vendas Lisboa, 14 de março de 2016 PGL Porto , 23 de fevereiro a 14 de junho de 2016 Lisboa, 25 de fevereiro a 16 de junho de 2016 O governo colegial: uma luva adaptada à mão do presidente “Dois dias, uma noite”

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NOTÍCIAS

2.fev.2016N.668

www.aese.pt

NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO

As instáveis fronteiras europeias

AGENDA

Uma rede para descobrir a vizinhança

Razão e coração numa Comunidade de Membros a crescer

+ PGL= formação e network

Não manipulemos a nossa herança genética

Grécia e Alemanha: uma guerra sem pólvora

Negócios na América LatinaLisboa, 23 de fevereiro de 2016

Ética empresarial: da teoria à práticaLisboa, 15 e 16 de fevereiro de 2016

O Ano da Misericórdia, a vida e as empresasLisboa, 4 de fevereiro de 2016

2.º GAIN rumou ao Instituto Internacional San Telmo

Como falar em públicoLisboa, 7 de março de 2016

A OSCE: pela democracia com a cooperação

Social selling e a força de vendasLisboa, 14 de março de 2016

PGLPorto , 23 de fevereiro a 14 de junho de 2016Lisboa, 25 de fevereiro a 16 de junho de 2016

O governo colegial: uma luva adaptada à mão do presidente

“Dois dias, uma noite”

O Agrupamento de Alumni do Portorecebeu o Prof. Luís ManuelCalleja, no dia 14 de janeiro, parauma sessão de continuidade sobre“O que é o Governo Colegial?”

Numa conversa sobre o tema, oVisiting Professor da AESEidentifica as características de umagovernação desta natureza.

Quais são as vantagens de umagestão de empresas baseadanum governo colegial?LMC: “Não existe um modouniversalmente bom de organi-zação. As vantagens de um gover-no colegial dependem da aplicabili-dade a essa empresa ou instituiçãoem particular.As vantagens são enormes, consi-derando uma empresa com histó-ria, forte e complexa. Fundamen-talmente, o que o governo colegial

procura, por um lado, é evitar atirania e o personalismo e, poroutro, aproveitar as capacidadespessoais de cada um dos membrosdo governo colegial. De tal manei-ra, que a grande vantagem visa aprocura da continuidade e daunidade, aproveita todas as capaci-dades das pessoas que participam,num modo que não é democráticonem individualista, mas aristocrá-tico, no melhor sentido da palavra.Não aristocrático no sentido daaristocracia de sangue ou da aristo-cracia do dinheiro, mas sim daaristocracia do conhecimento, daadequação.

Quais os principais obstáculosque a colegialidade pode enfren-tar?LMC: “O principal obstáculo podeter a ver com os membros. A figurado presidente é muito mais impor-

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O governo colegial: uma luva adaptada à mão do presidente

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Porto, 14 de janeiro de 2016Sessão de continuidade

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Prof. Luis Manuel Calleja (AESE)

tante no governo colegial do quenoutros modos de governo.Por exemplo, num governo muitodemocrático, em que tudo sedecide por maioria, a figura dopresidente não é tão importante.Mas num governo colegial éessencial.Temos, portanto, por um lado, ascapacidades do presidente e, poroutro, as capacidades de cada umdos membros desse governocolegial.Não é suficiente que sejampartilhados os mesmos objetivos,os mesmos alvos. Têm quepartilhar os mesmos critérios paraatingi-los, a mesma vontade detrabalhar em conjunto.Não basta ser especialista parapoder governar, como disse BentoXVI, na encíclica “Spe salvi”. Nãoexiste nenhuma forma de organizarque seja boa. Aquilo que se podereferir são formas adequadas de or-ganização, que aliem uma maneiraperfeita e uma imperfeita e gerir.Como é que pode ser esseparadoxo? Cada um dos membrostem de ter a predisposição paratrabalhar desse modo. Se aceita

que não tem os mesmos alvos, osmesmos critérios para os atingir enão tem a predisposição quereferimos, estamos perante umalimitação.Outro constrangimento é a diluiçãoda responsabilidade. Como há umconjunto, não existe uma pessoaque se destaque.Outro ponto adicional é uma coisadivertida, quase anedótica, que sechama Síndrome de Abilene. Numafamília grande, alguém disse parairem a Abilene ao cinema, que seencontrava a uma distância de 80Km. E quando estavam na fila dabilheteira, um dos familiaresperguntou sucessivamente a váriosdeles se queriam realmente ir aocinema, e uns atrás dos outrosforam dizendo que não, que era ooutro que queria ir. Ou seja,ninguém queria ir ao cinema, eacabaram todos por estar ali. Isso éum síndrome muito perigoso, deum governo colegial que é muitorespeitador, porque ninguém diz ascoisas negativas, passam a bolauns para os outros, e acaba por sefazer aquilo que nenhum quer.Isto são alguns dos obstáculos

típicos de um governo colegial.

Que segredos aponta para umgoverno colegial que funcionede forma saudável?LMC: Que somente se abordem demodo colegial determinados temas,

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os mais difíceis, os mais profundos.Os temas mais urgentes e osmenos importantes devem serdelegados.Em grandes linhas, há três formasde abordar o tema do governo: umaé democraticamente, com base novoto; outra é de modo personalista,com base em que “na vossaopinião, decido eu” e a última é aforma colegial, um misto de coisas.Se se misturam indevidamente ostemas típicos colegiais de fundocom temas menores e urgentes, ostemas profundos ficam sempre aperder.Os temas importantes, de fundo,que afetam a vida, a continuidadeda empresa, esses temas não sedelegam.

O Prof. Calleja esclareceu aindaque, por um lado, o mesmoconceito de “governo” se aplica demodo “muito diferente, tratando-sede uma instituição pública, umauniversidade, uma ONG, umconselho de administração ou umaempresa de serviços profissionais.Essa aplicação deriva da responsa-bilidade do líder. É como uma luva

adaptada à mão de cada pre-sidente.

Por outro lado, não só se aplica demodo diferenciado, como já disseantes, pois depende imenso destafigura, da sua qualidade pessoal,para rapidamente poder dizer quaisos temas a tratar ou não, numalógica de sustentação a longoprazo.”

A sessão incluiu: a apresentaçãodo mais recente livro do Prof. LuisManuel Calleja que versa preci-samente sobre este tema e que seintitula “Gobierno Institucional; laDirección Colegiada”, editado pelaEUNSA; um comentário de ÂngeloRamalho, CEO da EFACEC; e umdebate animado com os 48participantes.

Livraria AESEPara encomendar o livro “GobiernoInstitucional; la Dirección Colegia-da”, clique aqui.

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A Semana Internacional do 2.ºGAIN no Instituto Internacional SanTelmo, contou com a participaçãode todos os participantes do Pro-grama. A viagem que decorreu de19 a 21 de janeiro, realizou-se como acompanhamento do Diretor dePrograma, o Prof. José FraústoFerreira, do Prof. Eugénio ViassaMonteiro, e do Presidente do 1.ºGAIN, Gonçalo Andrade.

Foram dois dias intensos de aulasna já tradicional visita ao II SanTelmo, que é considerado um pontoalto no programa, visto tratar-se deuma escola de referência no setoragrícola, agroindustrial e de distri-buição.

As discussões dos casos emplenário foram vivas, incidindosobre temas pertinentes para a to-mada de decisões. Destaca-se ocaso “ANECOOP”, debatido em

aula na presença do Diretor geralda empresa retratada.

O GAIN em Sevilha visitou ainda osupermercado Mercadona e aFábrica de tortas de azeite, InésRosales.

Os pratos fortes desta experiênciaforam o espírito do grupo, coesão ea interajuda manifestadas, quefacilita o network entre os partici-pantes durante e após o programa.

“O GAIN é, por excelência, umespaço de relações, humanas e denegócios”, comentou Luís Pinheiro,Diretor Geral da Maravilha Farms.

Do ponto de vista pedagógico eempresarial, Cláudia Serrano,Diretora do Departamento Técnicoe de Qualidade da Casa PrudêncioSociedade Agropecuária, diz que “oGAIN permitiu-me olhar de fora

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Sessão dos participantes do GAIN no II San Telmo

2.º GAIN rumou ao Instituto Internacional San Telmo

Sevilha, 19 a 21 de janeiro de 2016Semana internacional

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para a minha empresa, com umespírito muito mais crítico, e fez-merefletir o quanto posso melhorar oseu funcionamento.”

“Discutir, Refletir e Melhor Decidir”são questões destacadas porRicardo Mestre, Chief FinancialOfficer na Jerónimo Martins Agro--Alimentar. “Aconselho vivamenteos profissionais da cadeiaagroalimentar a apertarem aspreenchidas agendas paraparticiparem numa próxima ediçãodo GAIN.”

A 3.ª edição do GAIN terá início nodia 25 de outubro de 2016.

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Participantes do GAIN, com os Professores da AESE, Eugénio Viassa Monteiro e José Fraústo Ferreira, no Instituto Internacional San Telmo

A AESE organiza a 1.ª edição do +PGL, um momento de formação ede reencontro com participantesdas diferentes edições do Progra-ma de Gestão e Liderança.

O encontro começou com umaconferência de Tim Vieira, Empre-sário e júri do Shark Tank, sobre otema “O Empreendedorismo aliadoà inovação”.

Tim Vieira é um empresário desucesso lusodescendente, grandeconhecedor da realidade dosMedia. Começou a sua experiênciaprofissional na África do Sul, paísonde nasceu e no qual criou aprimeira cerveja artesanal do paísnuma pequena cervejeira quedesenvolveu nos anos 90. Acaboupor se fixar em Angola onde estáaté hoje e possui um dos mais rele-vantes grupos de Media – SpecialEdition Holding – que empregamais de 500 colaboradores. A

Special Edition Holding detémalgumas das principais agências depublicidade, eventos, ativações demarca e planeamento de meiosangolanas – TBWA/Angola, OriginalBrands, Multileme, Onmedia. TimVieira tem também empresas demedia em Moçambique e no Gana.

O Prof. José Ramalho Fontesdiscutiu com os participantes ocaso da Lego, marca de sucesso,que perdeu, em 2010, a batalhapela exclusividade da patente sobreo conceito dos blocos, o que temservido de incentivo à concorrência.Porém, segundo, um artigo do “TheNew York Times” de novembropassado, “continua a ser oindiscutível rei dos brinquedos emais do que duplicou os seuslucros nos últimos cinco anos”.

Espera-se que o +PGL seja ummomento de reencontro anual deformação e networking dos Alumni do Programa.

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+ PGL = formação e network

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Lisboa, 28 de janeiro de 2016Encontro de Alumni

O Agrupamento de Alumni da AESEconta atualmente com mais de5700 antigos alunos entre partici-pantes no Executive MBA da AESEe programas de Formação de Exe-cutivos. O Prof. Raul Bessa Montei-ro comenta alguns temas daagenda do Agrupamento e a formacomo a AESE continua a nutrir arelação com os seus Alumni.

Qual o objetivo dos encontros deAlumni sobre mercados interna-cionais?RBM: “O Programa de Continui-dade para Alumni, composto desessões e conferências, tem comoobjetivo proporcionar aos Alumni in-formação e formação contínuas,relevantes para a sua atividade.Todos conhecemos a importânciaque a internacionalização e as ex-portações têm para a sustenta-bilidade das empresas portuguesas

e o seu impacto no crescimento e-conómico e na produção de riquezapara o país. Neste sentido, dar aconhecer novos mercados e apre-sentar as experiências de empre-sários portugueses nesses merca-dos, reveste-se de uma importânciacrucial no momento atual.”

Como são escolhidos os temasdas sessões de continuidade?RBM: “Todos os anos, o Agrupa-mento faz uma avaliação dos prin-cipais desafios que se colocam aosempresários portugueses, do pontode vista do funcionamento, nassuas diferentes áreas: Governo,Direção, Liderança, Responsabili-dade Social, Operações e Tecnolo-gia. A apreciação das condiçõesenvolventes e dos mercados sãooutros temas que suscitam muitointeresse da parte dos Alumni. Combase nesta visão geral e nas

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Razão e coração numa Comunidade de Membros a crescer

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Lisboa, 27 de janeiro de 2016Agrupamento de Alumni da AESE

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sugestões apresentadas pelos par-ticipantes nas sessões já rea-lizadas, identificamos os temasmais adequados tendo em atençãoa disponibilidade de Professores,Empresários e Gestores aos quaispedimos colaboração. Desta formaprocuramos elaborar um programapara cada semestre que contemplea abordagem das questões iden-tificadas. A diversidade de temasestá, por isso, em linha com osdiversos setores de atividade e comos desenvolvimentos mais recentesem termos das necessidades dosdirigentes que constituem a nossabase de Alumni.”

Quais os benefícios que con-sidera mais relevantes para queos Alumni da AESE optem pelacondição de Membros?RBM: “A adesão como Membro doAgrupamento representa acima detudo uma manifestação de confian-ça na AESE e de satisfação com oPrograma realizado. O primeirobenefício que gostaria de destacaré a vantagem emocional que con-siste na consciência de que comoMembro, cada um está a contribuire a colaborar na tarefa de trans-

formação da sociedade que aAESE protagoniza e que está ex-pressa nos seus valores.No entanto, os Membros têm umconjunto de regalias formativas emateriais bastante vasto, do qualdestacaria a participação gratuitaem todas as atividades do Pro-grama de Continuidade, o acessoao IESE Alumni Magazine e apossibilidade de participar das ses-sões do IESE realizadas em Portu-gal, em Madrid e em Barcelona.Para além disso, há um conjunto deserviços disponíveis que sãobastante diversificados e úteis paraa nossa comunidade.”

Quais os objetivos que oAgrupamento de Alumni visaalcançar?RBM: “O Agrupamento tem um Pro-grama ambicioso para os próximosanos. Os objetivos principais dessePrograma centram-se na dinami-zação dos Alumni em termos de di-vulgação dos Programas da AESEe da sua recomendação constante,no aumento do número de Mem-bros e da colaboração na angaria-ção de fundos para bolsas deestudo e financiamento de progra-

mas de investigação.”

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Somos internet-dependentes: face-book, compras, emails, estudo,música, rádio, televisão, etc. e umsite em baixo tem potencial paraincomodar e ser notícia. Noentanto, não é apenas o risco deficar em baixo, há o risco dainformação ser roubada, vendidaou usada para fins menos lícitos. Étambém uma forma de protesto.

Se muitas pessoas começarem, aligar de 5 em 5 segundos para umtelefone, podem bloquear todas ascomunicações de entrada nessenúmero. É uma analogia simplespara um tipo de ataque comumconhecido como DDoS (DistributedDenial-of-Service). Se um servidorreceber um número de pedidosexagerado e sem nexo, pode irabaixo ou ficar vulnerável.

Inúmeras infraestruturas estão hojeautomatizadas com base em

sistemas informáticos. É remota apossibilidade, mas o que pode a-contecer se esses sistemas ficaremcomprometidos? Que impacto podeter numa sociedade se algunsserviços “falham”? São frequentesas notícias sobre ataques informá-ticos, mas existem outros riscos.Recordo um presidente que se es-queceu de códigos nucleares se-cretos no casaco que foi para alavandaria.

A segurança absoluta não existe,até porque, por vezes, os ataquespodem não ser no local onde estãoas defesas. Usando uma analogiaantiga, é possível comprometer asegurança de um castelo usandouma simples escada pela calada danoite. Uma password partilhada, ouusada numa rede sem fios vigiada,podem ser o elemento final para oataque.10 CAESE fevereiro 2016

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Como proteger a informação?

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In “Diário Económico”, 25 de janeiro de 2016

AESE nos Media

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Numa crise informática é precisopensar em todas as vertentes:legal, concorrencial, fiscal, imagem,perda de confiança, mercados, etc.e saber como cobrir cada umadelas. Um caso de Harvard usadona AESE Business School referetrês momentos críticos de gestãodestas crises: o antes, o durante eo depois. No antes, a palavra chaveé prevenção. É desenhar sistemasque reduzam o risco e proce-dimentos robustos para alteraçõesnos mesmos. É convencer a gastardinheiro para que nada aconteça.No durante, é preciso resiliência. Égerir as comunicações e osimpactos da crise nas suas váriasvertentes, quanto mais automa-tismos de resposta melhor. No pós--crise, é preciso pôr “trancas àporta” e mitigar as consequências.

A AESE realizou uma conferênciacom o título “Conhece o risco de ITda sua organização?” orientada porFrancisco Fonseca da Anubis-networks e que esclareceu estas eoutras questões nesta área tãocrítica para a operação e conti-nuidade das organizações.

Agostinho Abrunhosa, AssociateProfessor de Operações eTecnologia, da AESE

AESE nos mediaComo proteger a informação?Diário Económico, 25.1.2016

Artigos relacionadosO lado sombra das Tecnologias deInformação, Lisboa, 14.1.2016

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Turismo de saúde, economia e saber PÚBLICO - 27.1.2016

Como proteger a informação? DIÁRIO ECONÓMICO /UNIVERSIDADES & EMPREGO - 25.1.2016

Greve Função Pública: "É uma reinvindicação mesquinha da CGTP."ECONÓMICO TV – 13.1.2016Intervenções do Prof. Jorge Ribeirinho Machado00:04:22 – 00:07:0500:14:19 – 00:18:1500:25:07 – 00:25:31

“Foi a campanha presidencial mais pobre da nossa democracia”ECONÓMICO TV – 20.1.2016Intervenções do Prof. Jorge Ribeirinho Machado00:00:46 – 00:02:3600:14:19 – 00:18:3000:24:35 – 00:26:04

Do Oriente, bons ventos? OBSERVADOR.PT - 15.1.2016

AESE nos Media

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De 15 a 28 de janeiro de 2016

12 CAESE fevereiro 2016

Seminários

AGENDAConferência

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13 CAESE fevereiro 2016

SeminárioComo falar em públicoLisboa, 7 de fevereiro de 2016Saiba mais >

ProgramaPGLPorto , 23 de fevereiro a 14 de junho de 2016Lisboa, 25 de fevereiro a 16 de junho de 2016Saiba mais >

SeminárioSocial selling e a força de vendasLisboa, 14 de fevereiro de 2016Saiba mais >

Programa

ConferênciaO Ano da Misericórdia, a vida e as empresasLisboa, 4 de fevereiro de 2016Saiba mais >

Business Development ConferenceNegócios na América LatinaLisboa, 23 de fevereiro de 2016Saiba mais >

SeminárioÉtica empresarial: da teoria à práticaLisboa, 15 e 16 de fevereiro de 2016Saiba mais >

PANORAMA

Uma rede para descobrir a vizinhançaFederico Bastiani, um italiano de37 anos, está há três anos aviver na via Fondazza, em Bolo-nha, mas mal conhecia os seusvizinhos. Acostumado às inten-sas relações humanas da peque-na localidade onde havia sidocriado, parecia-lhe que na suacidade existia uma grande frieza,ou até indiferença, no contactopessoal. Daí ter decidido, em2013, criar um grupo fechado noFacebook com o nome de “resi-dentes da via Fondazza”, eanunciou-o com cartazes coloca-dos na zona. Esse foi o gérmendo projeto Social Street.

Existem atualmente mais de 370“ruas sociais”, a maioria delasem Itália, embora já se tenham

estendido a lugares tão longín-quos como Brasil, Grã-Bretanhaou Nova Zelândia. Envolvem nototal mais de 20 000 pessoas. Osucesso deve-se em grande par-te à sua simplicidade: cada gru-po – formado sempre por vizi-nhos de uma pequena zona –organiza-se de forma completa-mente autónoma e define asatividades que melhor lhe con-vêm, desde saídas desportivasou encontros culturais, até merosaperitivos entre vizinhos. O obje-tivo é recuperar o tecido dacidadania que, segundo Bastiani,caraterizou as pequenas locali-dades durante tanto tempo.

Diversamente de outros projetossimilares como as comunidades

de transição (localidades que seorganizam para produzir e con-sumir produtos de forma ecologi-camente sustentável), por trás da“Social Street” não há nenhumtipo de reivindicação ideológica.Trata-se apenas de fomentar asrelações pessoais, aproveitando--se da plataforma que oferece oFacebook para organizar osencontros: o virtual ao serviço docara a cara.

Até agora, o projeto foi financia-do com os donativos dos uten-tes. Como explica Bastiani, tal-vez a plataforma como tal venhaa passar de moda dentro de al-gum tempo e acabe por desapa-recer; no entanto, se isto ocor-resse, pelo menos teria servido

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14 CAESE fevereiro 2016

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para estabelecer relações entremuitas pessoas; além disso, cadacomunidade poderia continuar afuncionar por sua conta semquaisquer problemas.

Pode-se dizer que a “SocialStreet” pretende despertar umanecessidade de certa forma ini-bida pelas redes virtuais aoutente: a das relações cara a caracom o próximo (do latim proximus,perto). Foi dito que nunca comoagora o ser humano é um “animalsocial” e, no entanto, é frequenteque o homem moderno viva ligadoa pessoas das quais está se-parado por milhares de quiló-metros e isolado de outras com asquais poderia interagir todos os

dias, e cujas vidas poderia me-lhorar facilmente. Nada como aproximidade e o tempo juntos paraque qualquer relação passe dasuperficialidade para a autentici-dade.

Muitos perfis do Facebook ou deoutras redes sociais são cons-truídos como uma vitrine. A pes-soa que está por detrás selecionaalguns traços ou referências“agradáveis à vista”, talvez ditadospelo politicamente correto ou pelasimples moda do momento. Omesmo pode dizer-se dos comen-tários: às vezes, por detrás dealguns, percebe-se uma certaobsessão pelo “like” ou pelo“retweet”. O saber-se perante um

público potencialmente imenso,não limitado por barreiras geográ-ficas, pode gerar um “apetite so-cial” desmesurado, que coaja aautenticidade e a profundidadepessoais. Contrariar esta tendên-cia é o objetivo da Mental Page,uma iniciativa “antifacebook”.

A “Mental Page” é uma plataformapara construir um “diário online”de uso estritamente pessoal. Con-ta hoje com mais de 10 000 uten-tes. O seu criador, um espanholde 39 anos chamado LorenzoPastor, foi um dos empreende-dores selecionados para a campa-nha “Hechos de talento”, que pre-tende promover a inovação espa-nhola no estrangeiro.

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15 CAESE fevereiro 2016»»

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A definição da “Mental Page” co-mo diário deve ser tomada emsentido amplo: quando alguém fazuma conta oferecem-se váriaspossibilidades. Uma é a de redigireficazmente algumas notas sobrequalquer tema. Outro dispositivofunciona como agenda. Mas omais original relativamente a ou-tros serviços são secções como“listas e prioridades”, “metas” ou“controlo de crescimento”. Nelas,cada utente fixa determinadospropósitos para a sua melhoriapessoal, que a seguir pode acom-panhar e avaliar graças a gráficose tabelas.

Segundo Pastor, esta ferramenta– a meio caminho entre o diário eo exame de consciência – pre-tende ser como um antídoto con-tra o exibicionismo que caraterizagrande parte do que ocorre nasredes sociais. Tentar parecer en-genhoso ou interessante a todo ocusto condena muitas vezes àsuperficialidade. Num mundo vir-tual que gira em torno do botão“partilhar”, e onde a privacidadesó é invocada quando se procuradefendê-la de uma intromisão, a“Mental Page” quer resgatar osentido positivo da intimidade: cui-dar da parte mais profunda ereflexiva de si mesmo e, para isso,

fomentar primeiro a reflexão sobreprioridades na vida.

De algum modo, pode-se dizerque as criações de Bastiani ePastor partilham uma mesma in-tenção: contrariar o anonimato euma “atitude de pose” que tantasvezes falseiam as relações pes-soais na rede; aproximar o mundovirtual da vida real. A primeira éuma aposta na proximidade e nocara a cara perante os amigosvirtuais que não exigem nenhumcompromisso; a segunda ofereceao utente um espelho para ondese olhar sem a pressão de ter deagradar aos outros.

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16 CAESE fevereiro 2016 »»

PANORAMA

Grécia e Alemanha: uma guerra sem pólvoraUm casal alemão apresentou-senum município grego para “pagara conta”. A notícia é que ambos,tendo conhecimento da reclama-ção de Atenas a Berlim referente aum “empréstimo” concedido peloBanco Central helénico à Alema-nha nazi em 1942, decidiram pa-gar a sua parte: dividiram, entre ototal da população germânica, asoma de 11 000 milhões de eurosque a Grécia considera ser-lhedevida, e entregaram a título pes-soal 900 euros.

A atitude dos doadores espantouos gregos, e deve ter surpreen-dido os alemães, uma maioria dosquais (68 %, segundo o canal tele-visivo ARD) não quer ouvir falarde perdão ou redução da dívida

que “esses preguiçosos” contraí-ram com a Europa, e menos aindaquando se escondem atrás deassuntos tão longínquos no tem-po.

O que se passa entre a Grécia e aAlemanha é um conflito sem chei-ro a pólvora, mas existe conflito.De argumentos históricos, porexemplo. A ocupação alemã dopaís mediterrânico foi particular-mente cruel, com o seu rastro de300 000 pessoas mortas por fo-me, além de outras 130 000 as-sassinadas em ações de represá-lia, e o virtual extermínio da suapopulação judaica.

Depois da vitória aliada, Bona pa-gou reparações de guerra, inclusi-

vamente à Grécia. Mas a soluçãodaquela outra espoliação disfarça-da de empréstimo, que os nazisimpuseram para “gerir” o país ocu-pado, foi sempre deixada paramais tarde, para quando a Alema-nha se reunificasse, na crença deque isso ocorreria – e nunca aexpressão foi mais adequada –“nas calendas gregas”. Mas jápassou um quarto de século queisto sucedeu, e o dinheiro nãoregressou.

Para muitos na Alemanha, a ques-tão ficou resolvida com as repara-ções de guerra. Todavia, algumasvozes admitem que se trata de umassunto separado. Reconhecem--no políticos sociais-democratas,do Partido Verde e do Die Linke

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17 CAESE fevereiro 2016

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(A Esquerda), mas tem primazia aopinião de que Atenas deveenterrar o passado, olhar para afrente e não andar a vasculhar nacarteira de outros.

A guerra também acolhe estereó-tipos. A imagem de uma extasiadaÂngela Merkel, de pé entre oficiaisnazis que conversam na Acrópoleateniense, foi capa da “DerSpiegel”. Evidentemente que teráarrancado risos de aprovação aosgregos, mas é um cliché banalque dá asas aos que vociferamacriticamente contra os alemãespor qualquer assunto: se um inte-lectual alemão critica a presençamilitar israelita nos territórios pa-lestinianos, provavelmente é-lheatribuído o qualificativo de “antis-semita”, e se a seleção alemã defutebol se atreve a ganhar qual-

quer torneio, alguém ataca nasredes sociais: “Estes nazis de… !”.

Há edifícios que a História cons-trói. Talvez por isso, na minhabreve estadia em Berlim e Ham-burgo, pude perceber um certoestado permanente de vigília e deexpiação pelo passado, que osmeios de comunicação social,tanto como certos edifícios emruínas que narram ao transeunte ohorror da guerra, se encarregamde recordar. Interessa deixar claroque “nós não somos aqueles”.

Sim, há construções falsas, eassim como não se pode concluirque todo o habitante do Mediter-râneo sentado numa varanda e abeber cerveja seja um vagoimpenitente – um pensamentotentador, atiçado pelos diários

sensacionalistas germânicos –,muito menos se pode estar aadivinhar em cada alemão a som-bra do criminoso que se suicidouno bunker da Chancelaria em abrilde 1945.

Por último, o choque é também deegoísmos, de uma falta de ge-nerosidade que pode vir a sersuicida. Não, ninguém esquece oserros gregos. Sabe-se que osgovernos, tanto socialistas comoconservadores, estiveram a mentirdurante muito tempo, aldrabandoas contas que eram entreguesperiodicamente ao Eurostat, es-condendo buracos que, a teremsido conhecidos, teriam demoradoa entrada do país na moedacomum, e fingindo ignorar os es-candalosos níveis de evasão fis-cal.

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18 CAESE fevereiro 2016 »»

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As penosas circunstâncias que,consequentemente, afetam osgregos, são visíveis. Mas, que fa-zer? Continuar a assistir ao espe-táculo de como se vai afundar umpaís que não pode sequer pagarsalários se não receber a transfe-rência de Bruxelas, e que aindamenos poderá devolver a suaavultadíssima dívida? Onde fica,entre estes destroços, a credibili-dade do projeto comunitário, comos seus declarados princípios de“unidade, solidariedade e harmo-nia entre os povos da Europa”?

Haverá que diferenciar entre o jus-to e o necessário. Talvez não sejaexatamente justo perdoar dívidasaos que fizeram as coisas tão mal,como muito menos foi justo que,em 1953, os credores de umaAlemanha destruída e empenhadaaté ao pescoço, lhe tivessem dimi-

nuído o montante da dívida e feitodepender a sua devolução dodesempenho económico do paísdevedor, que assim cresceu aexportar, encontrando nos seusmutuários, ávidos por receber, osseus principais compradores.

Por acaso o país que desenca-deou o pior conflito da história dahumanidade merecia algum tipode cortesia? Merecê-lo, não, masnecessitava. A verdade é que aasfixia e o desespero não eram asolução, nem para a Alemanha,nem para os que se relacionavamcom ela. Como não o são para aGrécia – que muito menos “mere-ce” demasiado, mas “necessita” –,e para o mostrar aí está, sentadonos 18 lugares do seu Parlamen-to, o primeiro “dano colateral” dafalta de solidariedade europeia: opartido neonazi Aurora Dourada.

Uma docente alemã adverte-me,sobre o tratamento preferencialdos credores após a II GuerraMundial, que “não podes compa-rar 1953 com 2015”. Pode ser.Mas se deixarmos os factos dopassado empoeirados numa es-tante, o impulso de se deixar ar-rastar por complexos, mitos eegoísmos, numa Europa que pas-sou a maior parte da sua história adesembaraçar-se dos seus trastesvelhos, fará com que venhamos aser muito ambiciosos se lhe conti-nuarmos a chamar, talvez por mo-tivos formais, “União”.

L. L.

(com autorização dewww.aceprensa.pt)

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PANORAMA

Não manipulemos a nossa herança genéticaAlterar o genoma humano de mo-do que a melhoria conseguida setransmita aos descendentes éuma das grandes metas do pós--humanismo. E justamente quan-do se dispõe de técnicas paraconsegui-lo, destacados cientis-tas, entre eles alguns que as cria-ram, pedem que ninguém as usede momento.

Até há pouco tempo, mudar oADN de um ser vivo era viávelsomente nalguns casos, como osque se aplicam em terapia gené-tica. Utilizando ADN recombinanteou retrovírus, é possível atuarsobre determinados segmentos dogenoma. Mas introduzir qualquermodificação em qualquer lugar deum cromossoma era demasiado

difícil. A principal dificuldade era aprecisão: colocar a nova sequên-cia de ADN justamente no lugardesejado.

Duas técnicas, os dedos de zincoe os processadores de efeitosTAL, resolveram o problema, mastêm uma complexidade e umcusto tão grandes que se tornampouco práticas. Por fim, em 2012,as professoras Jennifer Doudna(Berkeley, EUA) e EmmanuelleCharpentier (Universidade deUmeå, Suécia), inventaram ummétodo preciso, relativamente fá-cil e barato. Chama-se CRISPR--Cas9 e, em resumo, aproveitauma propriedade das bactérias,que “memorizam” o genoma dosvírus que as atacaram para se

defenderem deles na vez seguin-te. Nalguns poucos casos falha,ao cortar o genoma de destino porum lugar errado. Fora isso, asexperiências com animais tiveramsucesso.

Parece claro que também funcio-naria em humanos e permitiriaatuar sobre as células germina-tivas, de modo que a modificaçãofeita numa pessoa passaria à suadescendência. Mas a própriaDoudna e outros cientistas nãoacolhem esta possibilidade com oentusiamo dos pós-humanistas.Pelo contrário, num manifesto pu-blicado em 19 de março de 2015na “Science”, defendem uma mo-ratória indefinida sobre a manipu-lação das células germinativas. O

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20 CAESE fevereiro 2016

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mesmo declararam uma semanaantes na “Nature”, outros investi-gadores que desenvolveram atécnica dos dedos de zinco.

Nomeadamente, os que escrevemna “Science” receiam que o méto-do CRISPR-Cas9, por ser simplese barato, comece a ser usado emseres humanos antes de se com-provar se é seguro. Não se opõemapenas à utilização em célulasgerminativas com fins de eugenia,que poderia desencadear a trans-missão imparável de uma anoma-lia que se manifestasse a longoprazo. Também vetam por agora

as aplicações terapêuticas: adver-tem que substituir um gene defei-tuoso por um normal parece inó-quo, mas não é seguro que o seja.

A moratória proposta não temforça vinculativa, mas cumprir-se--ia facilmente onde os ensaioscom pessoas estão submetidos aregulamentação estrita. Aquilo quepreocupa estes cientistas é quealguns colegas irresponsáveis seaproveitem da frouxidão das leisnoutros países (há rumores deque na China tem sido utilizado oCRISPR-Cas9 em embriões hu-manos).

As razões que alegam não seencontram em sintonia com o pós--humanismo. Um dos subscrito-res, o especialista em células es-taminais, George Daley, diz que énecessário verificar “se vamos daro passo transcendental de modifi-car a nossa linha germinativa e,de certa forma, assumir o controlodo nosso destino genético, algoque constitui um perigo enormepara a humanidade”.

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PANORAMA

“Dois dias, uma noite”“Deux jours, une nuit”

Realizam: Jean-Pierre Dardenne,Luc Dardenne

Atores: Marion Cotillard, FabrizioRogione

Duração: 95 min.Ano: 2014

Este filme começa com o despe-dimento de uma funcionária, casa-da e com dois filhos. Recuperarade uma depressão e recebe essanotícia numa sexta-feira. Falandocom os colegas, descobre que adecisão partira de um dos respon-sáveis da fábrica. A razão era a deque para se poder pagar umbónus aos trabalhadores, era ne-

cessário despedir alguém e comesse dinheiro poupado, dar aosoutros. Os funcionários tinham fei-to uma reunião na sua ausência,votando para que fosse ela adespedida...

Ela não desiste e fala com o má-ximo responsável da empresa.Explica que a reunião fora mani-pulada e pede tempo para escla-recer os colegas. O chefe aceitadar-lhe o fim de semana para quefale com todos. Marca nova reu-nião onde votassem se aceitavamprescindir do bónus salarial paraque ela não perdesse o lugar.Assim, ela vai investir o sábado eo domingo em ir ter com cada

colega. Visita-os “no espaço” decada um. Fica-os a conhecermelhor e eles a ela... apresenta assuas razões, negoceia e escuta...luta pela sua família e pelo seutrabalho.

Na segunda-feira há nova reuniãocom todos e uma conversa a sóscom o chefe. A decisão final étomada, mas agora os vários im-plicados sabem bem o que fazem.

O “clima laboral” não se cria emabstrato, mas com gestos con-cretos...

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22 CAESE fevereiro 2016

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Tópicos de análise:

1. É lucrativo dar mais atençãoàs pessoas que aos números.

2. Atuar de um modo transparen-te fomenta a confiança entretodos.

3. Lutar por um objetivo superioraos próprios interesses é mo-tivador.

Hiperligação

Paulo Miguel MartinsProfessor da AESE

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23 CAESE fevereiro 2016

DOCUMENTAÇÃO

As instáveis fronteiras europeiasCom a assinatura da Ata Final deHelsínquia, há quarenta anos,concluiu-se o esforço de acordose distensão entre os blocos quedeu origem à OSCE. Para asse-gurar a paz e a estabilidade naEuropa, os Estados afirmaram oprincípio de inviolabilidade dasfronteiras. No entanto, desde adissolução da União Soviética,houve vários movimentos de fron-teiras, do Báltico à Ucrânia.

A Ata Final de Helsínquia é con-siderada como um dos documen-tos fundamentais do Direito Inter-nacional contemporâneo por con-ter o decálogo dos princípios queregem as relações entre os Esta-dos que participaram na Confe-rência sobre a Segurança e a

Cooperação na Europa (CSCE).Na altura da assinatura da Ata, a 1de agosto de 1975, fizeram-no 35Estados da Europa e América doNorte, entre os quais se contavammembros da NATO, do Pacto deVarsóvia, neutrais e não alinha-dos. Quarenta anos depois, estefórum internacional continua aabarcar a mesma área territorial,com a diferença de ser agoraformado por 57 Estados, depoisdas modificações geopolíticas doúltimo quarto de século. Desde1995 que tem um estatuto formalde organização sob as siglasOSCE.

Os dez princípios da Ata Finaleram, no fundo, a extensão dosprincípios da Carta das Nações

Unidas, e de algumas recomenda-ções da Assembleia Geral, aocontinente europeu, que foramaceites num momento políticofavorável: o da distensão entre osblocos. Portanto, o conceito desegurança já não se limitava aaspetos exclusivamente militares,ou à mera abstenção do uso ouda ameaça da força, devendo ter--se em conta a componente dacooperação.

A ideia de cooperação era dife-rente no bloco comunista da doocidental. Os países da órbitasoviética insistiam na cooperaçãoem relação a certos princípios daAta como os de integridade terri-torial, inviolabilidade das fronteirasou não intervenção em assuntos

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24 CAESE fevereiro 2016»»

internos, além da cooperação nosaspetos económicos ou científi-cos. Pelo contrário, os países oci-dentais assentavam de modo par-ticular a cooperação no campohumanitário, de forma a liberalizaros contactos humanos numa Eu-ropa dividida.

Os acontecimentos posterioressão de todos conhecidos, com aqueda dos regimes comunistas.Nesta mutação foi atribuído umpapel destacado à difusão do prin-cípio VII do Decálogo, o respeitopelos direitos humanos e pelasliberdades fundamentais. No en-tanto, é de perguntar se outrosprincípios da Ata de Helsínquia,como o da inviolabilidade dasfronteiras e outros relacionadoscom ele, foram realmente respei-tados, dadas as transformaçõesno mapa do Velho Continente.

O princípio favorito de Moscovo

O enunciado do princípio III da Atavai servir-nos de ponto de partidapara a nossa análise e reflexão:“Os Estados participantes consi-deram mutuamente como inviolá-veis todas as suas fronteiras,assim como as fronteiras de todosos Estados na Europa e, con-sequentemente, irão abster-seagora e no futuro de atacar essasfronteiras. Daí que irão abster-seigualmente de qualquer exigênciaou ato destinado a apoderar-se eusurpar o todo ou parte do terri-tório de qualquer país partici-pante”.

O bloco soviético considerou umsucesso a inclusão deste princípiona Ata, porque significava um re-conhecimento do statu quo terri-torial posterior à Segunda Guerra

Mundial. Este reconhecimento eratão importante para Moscovo, quenão teria problemas em aceitar apresença na Ata de outros princí-pios como o respeito pelos direitoshumanos e pela autodeterminaçãodos povos. De facto, a interpreta-ção que dava a estes princípiosera diferente da feita pelos paísesocidentais. Ao fim e ao cabo, oprincípio IV, de integridade territo-rial dos Estados, podia ser esgri-mido como um contrapeso ao deautodeterminação dos povos.

De qualquer forma, os soviéticosconsideravam a estabilidade dasfronteiras como requisito indis-pensável para uma paz duradourana Europa. Não foram as disputasterritoriais que causaram as guer-ras na Europa entre os séculosXVII e XX? Para eles, era umassunto definitivamente resolvido

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desde a conferência de Postdam(1945) e os tratados de Paris(1947), que consagraram um novomapa europeu.

As fronteiras modificam-se apartir de dentro

Em última análise, Moscovo teriapreferido a expressão imutabili-dade a inviolabilidade das frontei-ras. Mas os representantes daAlemanha Ocidental recordaramque o princípio I, sobre a igual-dade soberana dos Estados, sa-lienta que “as fronteiras poderãoser modificadas, em conformidadecom o Direito Internacional, pormeios pacíficos e por acordo”. Ospaíses ocidentais rejeitavam as-sim qualquer congelamento anti--histórico do statu quo, e nãoaceitavam como definitivas nem adivisão da Alemanha nem a daEuropa.

E muito menos o bloco comunistacompreendeu nessa altura que asfuturas mutações de fronteirasnão teriam a ver com agressõesbélicas externas, mas com a forçados princípios de autodetermina-ção dos povos e do respeito pelosdireitos humanos e liberdades fun-damentais. Daí que, no início dopós-guerra fria, as mudanças es-tivessem ligadas a conflitos intra-estatais, que são os que produ-ziriam modificações nos mapasdas até então União Soviética eJugoslávia.

A OSCE, tal como a NATO e aUE, reconheceria as novas repú-blicas independentes, emboratambém viesse a estabelecer limi-tes para outras secessões territo-riais. Não se aplicaria o reconheci-mento nos chamados “conflitoscongelados” no Leste da Europa,com territórios independentes de

facto e que escapam ao controlodos respetivos governos centrais.Exemplos são os de NagornoKarabakh, um enclave arménio noAzerbaijão; da Transnístria, territó-rio controlado por habitantes deorigem russa na Moldávia; e daAbecásia e da Ossétia do Sul,duas repúblicas secessionistasem relação à Geórgia.

Nos dois primeiros casos, a si-tuação continua em ponto morto,embora as repúblicas georgianastenham proclamado unilateral-mente a sua independência emconsequência da derrota da Geór-gia num conflito com os russos emagosto de 2008. Um acordo deintegração e associação estratégi-ca de fevereiro de 2015 suprimiuas fronteiras de ambas as entida-des territoriais com a Rússia, oque implica uma confederação defacto com Moscovo.

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26 CAESE fevereiro 2016»»

No entanto, nos documentos daOSCE, da NATO e da UE nuncase aceitaram os factos consuma-dos e continua a aludir-se aorespeito pela independência eintegridade territorial do Azerbai-jão, Moldávia e Geórgia. Na reali-dade, é muito pouco provável querecuperem a plena soberaniasobre os mencionados territórios,apesar dos longos e estagnadosprocessos de negociação entre aspartes em confronto.

Os limites da antiga Jugoslávia

No caso da antiga Jugoslávia, asfronteiras correspondem, em ge-ral, aos limites entre as seisrepúblicas que constituíam o paísorganizado federalmente pelo ma-rechal Tito. Um caso complexo é oda Bósnia-Herzegovina. Foi man-tida a sua unidade territorial, de-

pois dos acordos de Dayton de1995, mas com duas entidades, aFederação da Bósnia-Herzegovi-na, formada por croatas e muçul-manos, e a República Srpska,integrada por sérvios. A relaçãoentre os grupos étnicos não ésimples, mas a comunidade inter-nacional estabeleceu um proteto-rado para garantir a integridadeterritorial e a convivência.

Pelo contrário, o tratamento dadoao Kosovo foi muito diferente. Oprincípio VIII da Ata de Helsínquia,que reconhece a autodetermina-ção dos povos, foi plenamenteaplicado no território, com maioriade habitantes de origem albanesa,a tornar-se independente daSérvia. Sérvios e russos alega-riam, sem lugar a dúvidas, que asecessão é contrária ao princípioIV (respeito pela integridade terri-

torial de cada um dos Estadosparticipantes), mas o argumentoque parece ter prevalecido estácontido no princípio VII, ondepode ler-se: “Os Estados partici-pantes em cujo território existamminorias nacionais respeitarão odireito dos indivíduos pertencen-tes a tais minorias à igualdadeperante a lei, proporcionar-lhes-ãoa plena oportunidade para o gozoreal dos direitos humanos e dasliberdades fundamentais e, destamaneira, protegerão os legítimosinteresses daqueles nesta esfera”.

Neste ponto, foi interpretado, semdúvida, que a Sérvia não respei-tou os direitos da populaçãoalbano-kosovar, maioritária no ter-ritório e, consequentemente, asanção aplicável seria a perda dasoberania. Moscovo e Belgradonão se cansaram de repetir que,

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27 CAESE fevereiro 2016»»

tal como salienta o princípio X, osprincípios da Ata “serão aplicadospor igual e sem reservas, inter-pretando-se cada um deles tendoem conta os restantes”. Na reali-dade, a perda do Kosovo devetambém ser interpretada comoconsequência dos factos sobre oterreno: a intervenção militar daNATO contra a Sérvia de Miloše-vic em 1999.

A Rússia e o princípio da nãoingerência

Atualmente, o conflito da Ucrâniaé o que questiona o cumprimentodos princípios da Ata de Helsín-

quia. Os países ocidentais acu-sam a Rússia de violar os prin-cípios e compromissos da OSCEe o Direito Internacional pelaanexação ilegal da Crimeia e deSebastopol e pelas ações deses-tabilizadoras no Leste da Ucrânia.

Pelo contrário, a posição oficialrussa continua a atribuir ao Oci-dente a responsabilidade dosacontecimentos da Ucrânia, de-pois do golpe de Estado incons-titucional contra o presidenteViktor Yanukovich. O apoio políti-co, financeiro e organizativo dealguns países da UE à oposiçãoiria, segundo o representante rus-

so na OSCE, contra o princípio VIdo Decálogo de Helsínquia: a nãointervenção em assuntos internos.Concretamente, um dos seus pa-rágrafos salienta que os Estadosparticipantes “irão abster-se, emtodas as circunstâncias, de qual-quer outro ato de coerção militar,política, económica ou de outrotipo, destinado a subordinar noseu próprio interesse o exercíciopor parte de outro país partici-pante dos direitos inerentes à suasoberania e a obter assim vanta-gens de qualquer tipo”.

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28 CAESE fevereiro 2016»»

Tal é a importância que Moscovodá a este princípio, propondo-sedesenvolvê-lo na OSCE ao pontode reafirmar nele a “incontes-tabilidade dos sistemas internos”.Por outras palavras, os russosopõem-se a qualquer possibili-dade de fomentar mudanças deregime não só no seu país, comotambém em todos aqueles quecontinuem a considerar a suaesfera de influência.

Esta proposta parece deixar delado a ideia da “casa comumeuropeia” de que falava Gorba-chov (1989) e a afirmação dademocracia como “único sistemade governo” dos Estados daOSCE, acolhida na Carta de Parispara uma Nova Europa (1990).Será uma futura tendência, oregresso na OSCE a uma coe-xistência de sistemas, como naépoca da Ata de Helsínquia e dadistensão, deixando para trás o

propósito de fomentar a demo-cracia?

A. R. R.

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29 CAESE fevereiro 2016»»

DOCUMENTAÇÃO

A OSCE: pela democracia com a cooperaçãoA Conferência de Segurança eCooperação na Europa (CSCE) foiuma tentativa de superar nadécada de 1970 a divisão doVelho Continente em blocos. Lon-ge de se limitar a uma conceçãoda segurança assente nos aspe-tos militares, a CSCE focou-se nasegurança numa ótica global.

O processo de Helsínquia permitiuiniciar canais de comunicaçãopermanentes entre os Estadoseuropeus, acima da sua pertençaou não aos blocos militares,estabeleceu pautas de compor-tamento nas relações internacio-nais através da Ata Final e abriu ocaminho para fórmulas de coope-ração a longo prazo.

Após o final da guerra fria, asubsequente institucionalizaçãoda CSCE e a sua mudança dedenominação para OSCE (Organi-zação para a Segurança e aCooperação na Europa), marcou aconsagração de uma segurançaem diversas dimensões (humana,político-militar e económico--meioambiental) a partir da coo-peração entre os 57 Estadosparticipantes da Europa, Ásia eAmérica do Norte. Estes Estadosaderiram a princípios e compro-missos baseados em valorescomuns como a consolidação dademocracia, o respeito dos direi-tos humanos e das liberdadesfundamentais e a economia demercado. Daí que a paz e asegurança na área da OSCE

sejam em grande parte determi-nadas pelo respeito desses prin-cípios e compromissos.

A primeira dimensão e básica daOSCE é a dimensão humana.Esta dimensão questiona o clássi-co princípio de não intervençãonos assuntos internos dos Esta-dos, pois os assuntos relativosaos direitos humanos e liberdadesnão são considerados pelos Esta-dos da OSCE como um assuntointerno exclusivo do Estado emcausa. Consequentemente, a par-ticipação na organização implica-ria uma identificação dos Estadoscom o regime de democracia re-presentativa, visto que os Esta-dos democráticos são mais pro-pícios à cooperação.

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30 CAESE fevereiro 2016»»

Mas a democracia deve cultivarno seu seio os valores que dizdefender. Esta é uma tarefa quenão só cabe à classe política,como também à sociedade civil. Éa sociedade civil a única que podecriar uma cultura democrática,equivalente a uma cultura de paz.Não há dúvida de que a existênciade sociedades civis débeis nosantigos países comunistas, e no-meadamente na antiga URSS,tem uma estreita relação com ascrises e conflitos que se estão adesenvolver hoje.

No pós-guerra fria, a OSCE de-limitou os seus campos de ação(diplomacia preventiva, reabilita-

ção posterior aos conflitos, contro-lo de armamentos) e iniciou umprocesso de institucionalizaçãocom a Carta de Paris para umaNova Europa (1990) e as Deci-sões de Helsínquia (1992). Noentanto, os conflitos regionais, eem particular os da antiga Jugos-lávia, obrigariam a OSCE a pro-curar a cooperação com outrasorganizações como a NATO e aUE. Com o decorrer do tempo, aOSCE ficaria relegada para tare-fas civis, e não de forma exclu-siva, no campo da segurançaeuropeia. De facto, a organizaçãofoi perdendo peso específico,paralelamente aos processos deampliação da NATO e da UE.

É de sublinhar igualmente que aRússia fracassou nos seus reite-rados propósitos de conceder àOSCE um papel de liderança nasegurança europeia, no seu obje-tivo de se opor ao alargamento daAliança Atlântica. Além disso,observa-se uma acentuada faltade vontade da maioria dos Esta-dos participantes para fortalecer aOSCE, independentemente de seter vindo a adotar uma série dereformas de caráter estruturaltendo por objetivo o aumento dasua eficácia.

A. R. R.

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31 CAESE fevereiro 2016

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