poster projeçoes

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Projeções cartográficas são operações matemáticas que transformam coordenadas sobre uma superfície curva e tridimensional, como é o caso da superfície terrestre, em coordenadas planas para que tais formas possam ser representadas em formado bidimensional, como nos mapas e plantas em meios analógico e digital. A compreensão das projeções cartográficas é de suma importância para a interpretação de mapas, especialmente em escalas médias (mapas regionais e de países) e pequenas (mapas-múndi e de grandes áreas, como continentes), pois devido à impossibilidade de se representar concomitantemente as formas, as áreas e as distâncias da superfície terrestre sem que hajam distorções em algumas destas medidas, são as projeções que explicam os padrões dos contornos dos territórios representados nos documentos cartográficos. Devido a esta importância, o tema das projeções integra o conteúdo da Geografia escolar, em geral no 8 ano do ensino fundamental e no 1 do ensino médio, todavia, devido ao seu caráter abstrato, este é um dos conteúdos mais difíceis de serem entendidos pelos estudantes e também por parte significativa dos professores de Geografia. Esta mesma dimensão abstrata inerente às projeções também acaba impondo dificuldades para os docentes ensinarem o referido conteúdo na educação básica. Neste contexto, este ensaio discute uma experiência realizada no âmbito do subprojeto de Geografia do PIBID, realizada com duas turmas de 8º anos, vespertino, da Escola de Educação Básica Marechal Bormann, em Chapecó/SC. Construção de projeções cartográficas: uma experiência de ensino Éderson Nascimento Wagner Batella (Coord.), Cleciomara Sanzovo.(Super.), Aline Ludwig(ID), Flávia Vacarin(ID). [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]. Universidade Federal da Fronteira Sul- Campus Chapecó PIBID/ Geografia. INTRODUÇÃO Para realizar esta atividade, foram utilizados os seguintes materiais cartográficos: mapas, globos, projetor multimídia, e a fim de complementar de forma mais concreta a explicação, usou-se uma maçã e uma laranja. A atividade foi iniciada com uma breve introdução das projeções, para isso utilizou-se recurso de projetor multimídia, a fim de mostrar nas imagens relacionadas as diferentes categorias e características de cada uma das projeções. A maçã foi utilizada para ilustrar de que modo é possível transpor uma superfície curva em coordenadas planas. A maçã deve ser envolvida por um plástico retângulo bem firme, inicia-se traçando a rede básica de coordenadas geográficas (linha do equador, paralelos e meridianos). Para ver o resultado em forma plana basta abrir o plástico que envolve a fruta. Já a laranja foi utilizada a fim de exemplificar como ocorrem às distorções geométricas (de formas, distâncias e direções) nas projeções. A fruta é dividida ao meio na horizontal como se estivesse traçando-se a linha do equador. Após retirar os gomos das duas partes (estas consideradas como os hemisférios norte e sul) coloca-se as cascas sobre uma superfície plana sobre a qual seja possível encostar uma face da casca por completo. OBJETIVOS Metodologia RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÕES REFERÊNCIAS Com o intuito de promover o aprendizado dos alunos do referido conteúdo escolar, visando facilitar o entendimento do raciocínio presente no desenvolvimento das diferentes projeções cartográficas. . Avaliou-se o desenvolvimento da atividade como satisfatório, uma vez que os estudantes se mostraram empolgados com a atividade, a qual, de acordo com as respostas nos questionários, contribuiu para que eles pudessem “visualizar” mais facilmente as superfícies utilizadas para projeção da superfície terrestre. Por outro lado, para alguns estudantes permanecem ainda dificuldades para distinguir as projeções segundo suas propriedades diferentes de representação (as projeções conformes, equivalentes e equidistantes), limitações estas que podem ser dirimidas com o aperfeiçoamento da metodologia de trabalho com projeções ora apresentada, aliado a leituras complementares sobre o assunto. Em suma, a atividade realizada foi de grande importância, tanto para os alunos da escola, como para as bolsistas PIBID, pois se trata da elaboração e aplicação de práticas inovadoras de ensino que vem a contribuir com o ensino e a aprendizagem em Geografia. ENVIRONMENTAL SYSTEMS RESEARCH INSTITUTE. Understanding map projections. Readlands: ESRI, 1999. LIBALT, A. Geocartografia. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1975. Como resultado foi possível observar as cascas rasgadas, demonstrando assim as possíveis distorções inerentes às projeções: dos contornos dos continentes e territórios, da correspondência entre os tamanhos dos territórios e das distâncias entre pontos da superfície terrestre. Após ter sido feita a explanação sobre o conteúdo das projeções cartográficas, aplicou-se um questionário para os estudantes, a fim de averiguar se os materiais utilizados, juntamente com a metodologia das práticas com as frutas, agradou aos alunos e, principalmente, se contribuiu para facilitar o entendimento do conteúdo abordado.

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Page 1: Poster projeçoes

Projeções cartográficas são operações matemáticas que transformam coordenadas

sobre uma superfície curva e tridimensional, como é o caso da superfície terrestre,

em coordenadas planas para que tais formas possam ser representadas em

formado bidimensional, como nos mapas e plantas em meios analógico e digital. A

compreensão das projeções cartográficas é de suma importância para a

interpretação de mapas, especialmente em escalas médias (mapas regionais e de

países) e pequenas (mapas-múndi e de grandes áreas, como continentes), pois

devido à impossibilidade de se representar concomitantemente as formas, as áreas

e as distâncias da superfície terrestre sem que hajam distorções em algumas

destas medidas, são as projeções que explicam os padrões dos contornos dos

territórios representados nos documentos cartográficos. Devido a esta importância,

o tema das projeções integra o conteúdo da Geografia escolar, em geral no 8 ano

do ensino fundamental e no 1 do ensino médio, todavia, devido ao seu caráter

abstrato, este é um dos conteúdos mais difíceis de serem entendidos pelos

estudantes e também por parte significativa dos professores de Geografia. Esta

mesma dimensão abstrata inerente às projeções também acaba impondo

dificuldades para os docentes ensinarem o referido conteúdo na educação básica.

Neste contexto, este ensaio discute uma experiência realizada no âmbito do

subprojeto de Geografia do PIBID, realizada com duas turmas de 8º anos,

vespertino, da Escola de Educação Básica Marechal Bormann, em Chapecó/SC.

Construção de projeções cartográficas:

uma experiência de ensinoÉderson Nascimento Wagner Batella (Coord.), Cleciomara

Sanzovo.(Super.), Aline Ludwig(ID), Flávia Vacarin(ID). [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected].

Universidade Federal da Fronteira Sul- Campus Chapecó PIBID/ Geografia.

INTRODUÇÃO

Para realizar esta atividade, foram utilizados os seguintes materiais cartográficos:

mapas, globos, projetor multimídia, e a fim de complementar de forma mais

concreta a explicação, usou-se uma maçã e uma laranja. A atividade foi iniciada

com uma breve introdução das projeções, para isso utilizou-se recurso de projetor

multimídia, a fim de mostrar nas imagens relacionadas as diferentes categorias e

características de cada uma das projeções. A maçã foi utilizada para ilustrar de que

modo é possível transpor uma superfície curva em coordenadas planas. A maçã

deve ser envolvida por um plástico retângulo bem firme, inicia-se traçando a rede

básica de coordenadas geográficas (linha do equador, paralelos e meridianos).

Para ver o resultado em forma plana basta abrir o plástico que envolve a fruta. Já a

laranja foi utilizada a fim de exemplificar como ocorrem às distorções geométricas

(de formas, distâncias e direções) nas projeções. A fruta é dividida ao meio na

horizontal como se estivesse traçando-se a linha do equador. Após retirar os gomos

das duas partes (estas consideradas como os hemisférios norte e sul) coloca-se as

cascas sobre uma superfície plana sobre a qual seja possível encostar uma face da

casca por completo.

OBJETIVOS

Metodologia

RESULTADOS E DISCUSSÃO

CONCLUSÕES

REFERÊNCIAS

Com o intuito de promover o aprendizado dos alunos do referido conteúdo escolar,

visando facilitar o entendimento do raciocínio presente no desenvolvimento das

diferentes projeções cartográficas.

.

Avaliou-se o desenvolvimento da atividade como satisfatório, uma vez que os

estudantes se mostraram empolgados com a atividade, a qual, de acordo com as

respostas nos questionários, contribuiu para que eles pudessem “visualizar” mais

facilmente as superfícies utilizadas para projeção da superfície terrestre. Por outro

lado, para alguns estudantes permanecem ainda dificuldades para distinguir as

projeções segundo suas propriedades diferentes de representação (as projeções

conformes, equivalentes e equidistantes), limitações estas que podem ser dirimidas

com o aperfeiçoamento da metodologia de trabalho com projeções ora

apresentada, aliado a leituras complementares sobre o assunto. Em suma, a

atividade realizada foi de grande importância, tanto para os alunos da escola, como

para as bolsistas PIBID, pois se trata da elaboração e aplicação de práticas

inovadoras de ensino que vem a contribuir com o ensino e a aprendizagem em

Geografia.

ENVIRONMENTAL SYSTEMS RESEARCH INSTITUTE. Understanding map projections. Readlands: ESRI, 1999.

LIBALT, A. Geocartografia. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1975.

Como resultado foi possível observar as cascas rasgadas, demonstrando assim as

possíveis distorções inerentes às projeções: dos contornos dos continentes e

territórios, da correspondência entre os tamanhos dos territórios e das distâncias

entre pontos da superfície terrestre.

Após ter sido feita a explanação sobre o conteúdo das projeções cartográficas,

aplicou-se um questionário para os estudantes, a fim de averiguar se os materiais

utilizados, juntamente com a metodologia das práticas com as frutas, agradou aos

alunos e, principalmente, se contribuiu para facilitar o entendimento do conteúdo

abordado.