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XVIII Jornadas do Internato de Medicina Geral e Familiar Zona Sul Paget uma causa possível de cefaleiaAutores: Lima, Diogo; Ferreira, Isabel Orientador: Dr. Manuel Vazquez ACES Loures Odivelas UCSP Olaio Introdução A cefaleia representa 1-4% dos motivos de consulta. Com o envelhecimento a incidência e prevalência da cefaleia diminuem. No entanto, o aparecimento da cefaleia de causa secundária aumenta com a idade. Os doentes com cefaleias primárias, por vezes são submetidos a investigação desnecessária. Uma anamnese criteriosa e um exame objetivo completo são indispensáveis na avaliação da gravidade e despiste das causas secundárias de cefaleia. Identificação: MP, sexo: feminino, 70 anos Antecedentes Pessoais: HTA, hipoacúsia, sincope Fase VII do ciclo de vida de Duvall; Família nuclear; A Doença de Paget Óssea: Assintomática na maioria dos casos, Diagnostico é um achado radiológico; Mais frequente nos idosos Em 42% dos casos afeta os ossos do crânio, sendo a queixa uma cefaleia de difícil caracterização, que pode associar-se a dores ósseas localizadas, alterações da audição, deformidades ósseas e fraturas espontâneas. Existem algumas indicações para a realização de uma investigação complementar na abordagem inicial da cefaleia. A investigação complementar pode ser evitada se a cefaleia tiver : Caráter crónico /recorrente (mais de 6 meses de evolução); Padrão sugestivo de cefaleia primária (cefaleia de tensão, enxaqueca ou cefaleia em salvas); Ausência de sinais e sintomas sugestivos de doença intracraniana ; Exame objetivo /neurológico normais. A cefaleia por ser uma queixa tão inespecífica, pode ser considerada uma indicação para avaliação familiar. Descrição do caso Discussão Conclusão Pereira CU, Santos CMT, Monteiro JTS, Silva, AFS, Santos EAS. Abordagem das cefaleias no idoso. Revista Clínica e Terapêutica 2004;30(1):4-13. Souza JA, Filho PFM, Jevoux CC, Albertino S, Sarmento EM, Brito CM. Idade como fator de risco independente para cefaleias secundárias. Arq Neuropsiquiatr 2004;62(4):1038-1045. O’Flynn N, Ridsdale L. “Headache in primary care: how important is diagnosis to management?”. British Journal of General Practice 2002; 52:569-573. Souza JA, Filho PFM, Jevoux CC. Cefaleia em idosos. Einstein 2004; 2(supl 1):80-86. Pascual J, Berciano J.“Experience in the diagnosis of headaches that start in elderly people”. J Neurol Neurosurg Psychiatry 1994;57:1255-1257. Griz L, Caldas G, Bandeira C, Assunção V , Bandeira F. Doença de Paget Óssea. Arq Bras Endocrinol Metab 2006;50(4):814-822. Neto JFM, Brenol JCT. Doença Óssea de Paget: Diagnóstico e Terapêutica. Revista de Ciências Médicas PUCCAMP 1992; 1(1):17-25. O quadro inicial era sugestivo de cefaleia de tensão (causa mais frequente no adulto e no idoso). Por se tratar de um quadro recente depois dos 55 anos e não ser completamente típico de cefaleia de tensão solicitou-se TC-CE. S N01 - Cefaleia (mês de evolução, diária, na região occipital, predomínio matinal, intensidade moderada) O deformação óssea parietal direita pós-traumática conhecida + discreta tensão muscular cervical A N95 Cefaleia de Tensão P N50 - Medicação Prescrição S N01 - Cefaleia O deformação óssea parietal direita pós-traumática conhecida + discreta tensão muscular cervical A N01 - Cefaleia P N41 Radiologia/imagiologia diagnóstica (TC-CE) S N60 Resultado de exames/procedimentos O TC-CE: “alterações sugestivas de processo pagéticoA L99 Outras doenças do aparelho músculo-esquelético (Doença de Paget) P L67 Credenciais para médico/especialista/clínica/hospital (Reumatologia) Dezembro 2012 Janeiro 2013 Abril 2013 Bibliografia Figura 1: Imagem da TC-CE que mostra expansão regional das estruturas ósseas à direita, com áreas de osteólise associadas a processo de neo- ossificação. Contatos: [email protected]/[email protected]

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Page 1: Poster paget2

XVIII Jornadas do Internato de Medicina Geral e Familiar Zona Sul

Paget uma causa possível de cefaleia… Autores: Lima, Diogo; Ferreira, Isabel

Orientador: Dr. Manuel Vazquez

ACES Loures – Odivelas UCSP Olaio

Introdução

A cefaleia representa 1-4% dos motivos de consulta. Com o envelhecimento a incidência e prevalência da cefaleia diminuem. No entanto, o aparecimento da cefaleia de causa secundária aumenta com a idade.

Os doentes com cefaleias primárias, por vezes são submetidos a investigação desnecessária.

Uma anamnese criteriosa e um exame objetivo completo são indispensáveis na avaliação da gravidade e despiste das causas secundárias de cefaleia.

Identificação: MP, sexo: feminino, 70 anos

Antecedentes Pessoais: HTA, hipoacúsia, sincope

Fase VII do ciclo de vida de Duvall; Família nuclear;

A Doença de Paget Óssea:

• Assintomática na maioria dos casos,

• Diagnostico é um achado radiológico;

• Mais frequente nos idosos

• Em 42% dos casos afeta os ossos do crânio, sendo a queixa uma cefaleia de difícil caracterização, que pode associar-se a dores ósseas localizadas, alterações da audição, deformidades ósseas e fraturas espontâneas.

Existem algumas indicações para a realização de uma investigação complementar na abordagem inicial da cefaleia.

A investigação complementar pode ser evitada se a cefaleia tiver :

• Caráter crónico /recorrente (mais de 6 meses de evolução);

• Padrão sugestivo de cefaleia primária (cefaleia de tensão, enxaqueca ou cefaleia em salvas);

• Ausência de sinais e sintomas sugestivos de doença intracraniana ;

• Exame objetivo /neurológico normais.

A cefaleia por ser uma queixa tão inespecífica, pode ser considerada uma indicação para avaliação familiar.

Descrição do caso

Discussão Conclusão

Pereira CU, Santos CMT, Monteiro JTS, Silva, AFS, Santos EAS. “Abordagem das cefaleias no idoso”. Revista Clínica e Terapêutica 2004;30(1):4-13.

Souza JA, Filho PFM, Jevoux CC, Albertino S, Sarmento EM, Brito CM. “Idade como fator de risco independente para cefaleias secundárias”. Arq Neuropsiquiatr

2004;62(4):1038-1045.

O’Flynn N, Ridsdale L. “Headache in primary care: how important is diagnosis to management?”. British Journal of General Practice 2002; 52:569-573.

Souza JA, Filho PFM, Jevoux CC. “Cefaleia em idosos”. Einstein 2004; 2(supl 1):80-86.

Pascual J, Berciano J.“Experience in the diagnosis of headaches that start in elderly people”. J Neurol Neurosurg Psychiatry 1994;57:1255-1257.

Griz L, Caldas G, Bandeira C, Assunção V , Bandeira F. “Doença de Paget Óssea”. Arq Bras Endocrinol Metab 2006;50(4):814-822.

Neto JFM, Brenol JCT. “Doença Óssea de Paget: Diagnóstico e Terapêutica”. Revista de Ciências Médicas PUCCAMP 1992; 1(1):17-25.

O quadro inicial era sugestivo de cefaleia de tensão (causa mais frequente no adulto e no idoso). Por se tratar de um quadro recente depois dos 55 anos e não ser completamente típico de cefaleia de tensão solicitou-se TC-CE.

S

• N01 - Cefaleia (mês de evolução, diária, na região occipital, predomínio matinal, intensidade moderada)

O

• deformação óssea parietal direita pós-traumática conhecida + discreta tensão muscular cervical

A • N95 – Cefaleia de Tensão

P • N50 - Medicação – Prescrição

S • N01 - Cefaleia

O

• deformação óssea parietal direita pós-traumática conhecida + discreta tensão muscular cervical

A • N01 - Cefaleia

P • N41 – Radiologia/imagiologia diagnóstica (TC-CE)

S • N60 – Resultado de exames/procedimentos

O • TC-CE: “alterações sugestivas de processo pagético”

A • L99 – Outras doenças do aparelho músculo-esquelético (Doença de Paget)

P • L67 – Credenciais para médico/especialista/clínica/hospital (Reumatologia)

Dezembro 2012 Janeiro 2013

Abril 2013

Bibliografia

Figura 1: Imagem da TC-CE que mostra expansão regional das estruturas

ósseas à direita, com áreas de osteólise associadas a processo de neo-

ossificação.

Contatos: [email protected]/[email protected]