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PortuguÊs Prof. Carlos Zambeli AULA 2

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PortuguÊs

Prof. Carlos Zambeli

AULA 2

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Português

AULA 2

Oi pessoal de casa! Hoje nós vamos começar corrigindo o nosso tema. Estávamos estudando sobre morfologia, que é o que o carinha é, então a gente classifica o cara.

21. Última: vocês entendem que esse “última” caracteriza pesquisa? Então ele é um adjetivo.

22. Comparou: verbo

23. Dados: vocês entendem que são “os dados”? Então ele é um substantivo.

24. Estudo: olha que legal uma questão assim “a palavra ‘estudo’, dependendo do contexto em que ela aparece, pode ter mais de uma classe de palavras”, verdadeiro ou falso? Verdadei-ro, porque eu tenho “o estudo” e eu tenho “eu estudo”, eu tenho um verbo e um substanti-vo. Nesse contexto aqui, eu tenho um substantivo.

25. Com: preposição

26. Esse: pronome demonstrativo

27. Tempo: substantivo

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28. A: nesse aqui nós podemos pensar naquela pergunta “quando ele é um artigo e quando é uma preposição?”. Vocês entendem que ele está marcando a “psicoterapeuta”? Se fosse um menino ia ser “o”, então ele oscila o gênero e quem oscila gênero é artigo.

29. Que: nós vimos na última aula que ele pode ser ou uma conjunção integrante ou um pro-nome relativo. A manha era trocar por “isso” se for conjunção integrante e por “o/a qual” se pronome relativo. Então “Márcia diz o qual” ou “Márcia diz isso”? Não é uma troca, é só um jogo. Então é “Márcia diz isso”, conjunção integrante.

30. Um: artigo

31. Com: esse é igual ao 25, é uma preposição.

32. Da: são suas coisas, é uma contração “de” mais o “a”, então ele é preposição mais artigo.

33. Entre: olha que legal, a palavra “entre” pode ser classificada de duas maneiras. Pode ser “entre” verbo e pode ser a preposição. Nesse contexto é preposição.

34. Pessoas: substantivo

35. A: ele é artigo. Na aula de hoje fica mais difícil pensar “por que ele não é uma preposição e é um artigo?”, mas com a aula 2 nós vamos resolver de outras formas. Vai ser assim “ô pessoal, as pessoas procuravam” e vocês perguntam “o quê?”, quando eu perguntar isso para o verbo, ele não tem preposição. Então vocês vão dizer “eu perguntei o que para o verbo”, esse cara é VTD e esse “a” marca terapia, se fosse “problema” seria “o”, então ele é um artigo.

36. Quando: conjunção

37. Queixas: substantivo

38. Hoje: advérbio

39. Relacionamento: substantivo

40. Cinco: numeral

Vamos começar com a nossa aula 2! A aula 1 vocês vão estudar no domingo assistindo ao Faus-tão, a aula 2 vocês têm que desligar o celular, sentar e estudar. Se vocês querem aprender por-tuguês, a hora é agora. Tudo que nós estudamos até então é só uma base.

Análise Sintática

Já puxa uma seta e anota “é o que ele faz”. Na última aula eu falei “uma coisa é o que eu sou e outra coisa é o que eu faço”, eu sou uma pessoa e eu faço, agora, professor. Hoje, nessa análise, eu não quero saber o que é, eu quero saber o que faz, ele indica as funções. A morfologia que nós estávamos estudando antes dava a classificação, a análise sintática dá a função do carinha, o que ele faz na frase.

Antes nós vamos estudar três conceitos básicos, como frase, oração e período. Já vou te adian-tar que o nosso foco é na oração.

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Frase é qualquer coisa que comunique. Se eu abrir a porta e disser “oi”, vai ser uma frase, ela comunica. Se eu abrir a porta e falar “vamos pedir uma pizza, pessoal”, é uma frase, pois comu-nica. Ela pode ou não ter verbo, é facultativo.

Na oração eu vou te ensinar assim, verbo é nome de criança, concurseiro chama de oração. Se eu abrir a porta e disse assim “oi pessoal”, é uma oração? Não, porque não tem verbo, mas é uma frase. Em “pessoal, vamos chamar uma pizza”, é oração e é frase. Então toda oração será uma fra-se, mas nem toda frase será uma oração. A oração sempre vai comunicar alguma coisa, por isso é uma frase, agora o rolo da frase é que ela precisa de verbo para também ser chamada de oração.

O período vai ser a oração composta por um ou mais verbos, puxa uma seta no “um” e anota que esse é o período simples, porque ele só tem uma oração. O período que nós vamos estudar na aula 6 tem mais de uma oração, mais de um verbo, é chamado de período composto. Lembram que na última aula falamos das orações coordenadas e das orações subordinadas? Aquilo, no futuro, vamos dar o nome de período composto por coordenação e período composto por subor-dinação, porque a conjunção é o que liga um verbo no outro. No dia da tua prova nós temos que estar ligados que período vai de ponto a ponto, tudo que estiver entre eles é o período.

Sujeito

Quando vocês pegarem a prova, o primeiro sentimento vai ser “por onde eu começo?”, e tu vais ter que lembrar disto, a primeira coisa em qualquer questão é achar o sujeito, é a primeira coisa que a gente busca em uma frase. Ele é alguém ou alguma coisa, não precisa ser uma pes-soa, pode ser um objeto, um bicho, sobre o qual é dado uma informação.

Vocês já ouviram falar em sujeito ativo e sujeito passivo? O sujeito que faz a ação é o ativo, o que sofre é o passivo. Dentro desse sujeito, existe uma coisa chamada núcleo do sujeito e ele é aquilo que tem mais importância, é o principal termo contido no sujeito. Isso agora é o de me-nos, mas no futuro eu vou dizer pra vocês que concordância verbal é aquilo que concorda com o núcleo do sujeito, então eu vou precisar dessa informação.

Como é que eu acho o sujeito de uma frase? São três perguntas, tu vais olhar para a oração, que é o verbo, e perguntar “que(m) é que + verbo”, essa é a clássica. Se existir a palavra “se”, tu vais colocar ele na pergunta, “que é que se + verbo”.

Tu pegaste a questão no dia da prova e pensou “caraca, para onde eu corro?”, olha um verbo e pergunta quem é o sujeito dele. “Ô Zambeli, e se existirem cinco verbos?”, para cada verbo tu vai lá e pergunta para ele. Poderá ser o mesmo sujeito? Poderá ser uma oração inteira o sujei-to, poderão ser sujeitos diferentes, não importa, o que importa na análise é cada verbo no seu quadrado. Sai perguntando para cada verbo quem é o sujeito e é isso que vale.

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Aí entra uma teoria que não me importa muito agora, mas eu só queria que vocês soubessem que existe um verbo que é determinado e ele vai ser quando eu consigo identificar a partir do verbo e é indeterminado quando eu não consigo identificá-lo.

Os determinados têm uma classificação, que eu vou chamar de tipos de sujeito:

Quando eu pergunto para o verbo e só tem uma parte importante, é sujeito simples. Se eu pergunto para o verbo e tem duas ou mais partes importantes, é um sujeito composto. Vamos ver os exemplos:

Na frase do Nietzsche nós vamos olhar e ver que tem dois verbos, só que vocês entendem que esses dois verbos estão juntos, estão trabalhando um com o outro? Isso nós chamamos de lo-cução verbal, que é quando eu tenho dois ou mais verbos trabalhando juntos como se fossem uma oração. Se eu sou o cara da prova, eu perguntaria quantas orações eu tenho no período, eu vou ter uma, porque a locução verbal vale como um verbo.

Vamos começar então: que é que vai ficando cada vez mais dura perto do topo? A vida, então ela é o sujeito dessa frase. Na aula de ontem eu diria assim, quem é o “a”? É o artigo. E “vida”? É subs-tantivo. Agora é o que o “vida” faz na frase? Ele é sujeito. Dentro, tem um artigo e um substantivo, mas isso é o que eles são e eu quero saber o que eles fazem. Então olha que loucura, se alguém me perguntar se aquilo é o substantivo ou o sujeito, eu vou dizer que são duas análises diferentes, um é sintático e o outro é morfológico. E qual é a parte mais significativa desse sujeito, o “a” ou o “vida”? É “vida”, então ele é o núcleo do sujeito. Aí só para começarmos a ver como faz sentido essa matéria, o que é “vida” na frase, qual a classe dele? Substantivo, então ele é um nome.

Na frase do Criolo, ele diz que “Não existe amor em SP”. O inocente, no dia da prova, olha para esse período e pergunta “não existe o quê?”, e se tu perguntares isso, tu perdeste a questão. A pergunta é “que é que existe?”, e é o “amor” que existe. Eu já vou te adiantar que o drama, “em

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SP” dá uma ideia de lugar e tudo que for relacionado a lugar, no futuro, nós vamos dar o nome de adjunto adverbial. O núcleo do sujeito é “amor”, então sujeito simples.

Na outra frase do Criolo eu faço a pergunta “quem é que são?”. Os buquês, e aqui eu acabo com uma lenda que é assim “no singular é simples, no plural é composto” e isso é nada a ver, porque não é singular e plural, é a quantidade de núcleos.

Aí tem uma outra banda que é chamada Vanguart e diz assim “Já não sinto mais saudade de nada na alma”. Quem é que sente? “Eu”, e como vocês viram que era “eu”? Porque era “sinto” e não “sentimos”, ou “sentem”, então quando vocês olharam para o final desse verbo, vocês viram quem era o sujeito. Esse cara é chamado de sujeito simples, mas ganha um outro nome também, que é sujeito oculto, elíptico, desinencial ou simples.

Se eu colocar assim: Fiz o tema. Vocês sabem quem é o sujeito? O sujeito sou “eu”, mas como vocês descobriram? Porque vocês olharam para o final do verbo, que se chama desinência, por isso que ele é chamado de um sujeito desinencial, porque tu olhas para o final do verbo e diz quem é o su-jeito. Ele é chamado de oculto quando estamos no colégio, porque era para estar “eu”, mas ele está oculto. Chamado também de elíptico, porque é uma elipse, uma retirada, eu tirei o sujeito, mas ele está aqui. Nos concursos mais modernos, eles dizem que isso é um sujeito simples, porque tu enxer-gas quem é o sujeito. Então nós vamos ter quatro nomes para esse tipo de sujeito: simples, oculto, elíptico ou desinencial. Se pegarmos uma banca CESPE, eles vão dizer que é elíptico.

Esse é muito difícil de cair. Na frase do Foucault, eu pergunto “que é que move o mundo?”, a resposta vai ser “o homem e a vaidade”. Agora, de quem nós falamos, de “homem” ou de “vai-dade”? Dos dois, então são duas coisas importantes. Para começarmos a pensar em uma ques-tão difícil, qual é a classe de palavras de “homem” e de “vaidade”? Substantivos.

Na frase do Nietzsche, eu pergunto “quem são sinais de saúde?” e a resposta é “a objeção, o desvio, a desconfiança alegre, a vontade de troçar”. Agora, de quem que falamos? Falamos de “objeção”, “desvio”, “desconfiança”, “vontade”. E por que não é o “alegre”? Porque ele caracte-riza o substantivo, então ele é adjetivo.

Essa é uma questão certa de prova. O sujeito indeterminado significa que tem o bagulho, eu só não determino quem ele é. Nós vamos estudar de uma forma que eu chamo de caso A e caso B, para fazermos um gatilho de memória.

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Ontem eu falei para vocês que morfologia é o que ele é, eu falei que pronome acompanha ou fica no lugar do nome. Quando eu falei nos pronomes, eu falei que existem os pessoais, que são os que ficam no lugar das pessoas, e o caso reto, que são os que exercem papel de sujeito. Os pronomes retos – eu, tu, ele, nós, vós e eles – são os caras que vão ficar no lugar do sujeito, a gramática vai dizer que “eu” e “nós” são a primeira pessoa (quem fala), “tu” e “vós” são segun-da pessoa (quem escuta) e “ele” e “eles” é terceira pessoa (de quem nós falamos).

Quase todos os pronomes acima poderão ter sujeito oculto, aquele que eu tiro ele da frase e enxergo o sujeito, apenas o “eles” não poderá ter, pois ele será o nosso caso A.

O sujeito indeterminado é quando não se quer ou não se pode identificar a quem o predicado – tudo que não é o sujeito – se refere.

A terceira pessoa do plural é “eles, só que não”. Hoje eu cheguei no Felipe e falei assim:

• E aí, Felipe, tudo certo?

• Tudo certo.

• Me chamaram na coordenação hoje.

Se me chamaram na coordenação, quem é que me chamou? Eles, só que não. Porque pode ter sido uma pessoa, mas poderia ter sido todo o setor da direção. Então não importa para o meu leitor quem, eu indetermino o sujeito para ele ou eu não quero dizer quem é. Como é que vocês falam mal da coleguinha, gurias? Vocês dizem “ai guria, achei horrível esse teu vestido?”, não, tu já larga “ai, tenho um negócio muito difícil para te falar, estão comentando que o teu vestido é meio breguinha”. Daí quando perguntam “quem é que disse”, a outra diz “bah, não vou poder te dizer”, mas tu podes perguntar “quem é que disse”? Não, porque ela já está te dizendo que ela não vai te dizer, pois ela disse “comentaram, disseram, falaram”, ela já está dizendo que não vai te dizer porque ela colocou o verbo na terceira pessoa do plural.

Quando eu digo “atropelaram uma pessoa na avenida”, tu não tens certeza que só tinha um motorista dentro do carro? É um cara o sujeito, uma pessoa, mas nós falamos “atropelaram”. Nós colocamos na terceira pessoa não porque eram duas pessoas dirigindo o carro, mas sim porque não sabemos quem atropelou.

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Na primeira frase do Bob Marley, quantos verbos eu tenho no período? Três: “dizem”, “brilha” e “brilha”. Alguém poderia dizer “ah, mas tem dois brilha, não poderia ser uma só oração?”, não porque cada verbo no seu quadrado. Apareceu um verbo e tu pergunta quem é o sujeito, então “quem é que diz que o sol brilha para todos”? Não importa, alguém diz, então isso é um sujeito indeterminado. “Quem é que brilha”? O sol, é um sujeito simples. Daí tu vais dizer “mas eu posso ter um indeterminado e um simples na sequência”? Sim, porque é cada verbo no seu quadrado. No segundo verbo “brilha”, “quem é que brilha”? Ele, que é o sujeito, esse “ele” se refere ao sol, pois ele é um pronome, ele fica no lugar do nome, se refere. Mas ele pode ser sujeito? Sim, porque são duas coisas diferentes, pronome é classe e sujeito é função.

Na segunda frase do Bob Marley, ele diz “Me disseram que, para quem sonha alto, o tombo é grande”, quem é que disse para ele? Não sei, não importa, é um sujeito indeterminado, é o caso A, com o verbo na terceira pessoa do plural, sendo igual a “eles, só que não”.

Esse aqui é o que mais cai, porque ele vai ter um “se”, que recebe o nome de índice de indeter-minação do sujeito. Índice é uma palavra que indetermina o sujeito, uma palavra que não deixa eu saber quem é o sujeito dessa frase.

Lembra que quando tem o “se”, nós colocamos ele na pergunta: “o que é que se + verbo”. Na segunda frase, temos “o que é que se morre?”, não faz sentido, mas alguém morre. Quem é que morre então? Não importa, não sei, mas alguém morre, então é sujeito indeterminado, pois esse “se” é o índice de indeterminação do sujeito. A prova vai fazer assim: “Alugam-se al-guns imóveis”, eles perguntam se esses dois “se” são classificados da mesma maneira. Na frase “Morre-se” eu não sei quem é que morre, na “Alugam-se”, eu pergunto “que é que se alugam?” e eu tenho “alguns imóveis”, que é o sujeito, então este “se” tem um sujeito, ele ganha o nome de “pronome apassivador”. Existem várias funções para o “se”, não é apenas um tipo.

Na primeira frase, a pergunta é “que é que não se luta?” e a resposta é “pelos”, que é “por” mais “os”, eu já vou te adiantar que não são os 20 centavos que lutam, é alguém que eu não sei quem.

Na última frase, “quem é que era-se menos preocupado?” e a resposta é não sei, tu que apa-rece na frase vai ser predicado, porque o sujeito é indeterminado, ele existe, mas eu não sei quem é.

Anota embaixo do verbo “luta”, na primeira frase, VTI, na próxima aula eu vou mostrar isso pra vocês. No “morre-se” coloca VI e no “era-se” coloca VL, no futuro isso vai fazer muito sentido.

A frase “Morre-se lentamente dessa maneira” poderia ser reescrita como “Morrem lentamente dessa maneira”? Eu te digo a mesma coisa nas duas frases? A segunda frase é o caso A, não pode ter sujeito oculto para eles, porque quando ele é oculto será indeterminado.

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No texto “Os alunos às vezes vêm para a aula com muito sono e muita fome. Como na rua es-tava muito frio e na aula fica quentinho, dormem sem pudor”, quando eu digo “dormem sem pudor”, isso é um sujeito indeterminado? Não, porque no texto eu consigo dizer que são os alu-nos. Então nessa frase não é indeterminado. Vou criar um outro texto: “Na rua está muito frio, aqui dentro está quentinho e é muito triste, dormem sem pudor na sala de aula”, nessa frase eu não sei quem é que dorme, não tem referência no sujeito, é o caso A, sujeito indeterminado. Entenderam a diferença?

Voltando para a frase “morre-se lentamente”, ela é o caso B, que deixa o verbo no singular e acrescenta o “se”, eu não consigo fazer a pergunta, pois ele trava, não responde. Quando eu reescrevo, a maldade é que eu olho uma no plural e a outra no singular e penso que não é a mesma coisa, mas é a mesma coisa, porque não tem sujeito claro, ambas são indeterminado. Não é por estar no singular ou no plural que eles estão concordando com alguém, é por causa do jeito que ele se apresenta, em uma ele indetermina o sujeito deixando o verbo no singular mais o “se” e na outra indetermina o sujeito colocando ele na terceira pessoa do plural. Então está correto, pode ser reescrita daquela forma. Para a CESPE, é uma baita pergunta.

Oração é o que mesmo? Verbo. Então eu estou falando de um verbo que não tem sujeito, não é qualquer verbo, são os caras que vamos estudar agora. Quero que vocês entendam que o in-determinado tem sujeito, mas eu não sei quem é, no sem sujeito não tem sujeito, mas tu tens uma oração, tens o verbo e são casos bem específicos.

Primeiro caso são os verbos que indicam os fenômenos da natureza. Na primeira frase, o perigo é tu pensares “cara, o Zambeli falou que era só perguntar para o verbo, “quem é que nevou?”, eu sei que tu pensa “ah, essa era a única que eu ia saber”, mas não. A gramática falou que isso é tão óbvio, que nós vamos dizer que isso não tem sujeito. Tem oração, mas não tem sujeito, e não é “eu não sei quem é o sujeito”, é não tem.

Na frase “Está amanhecendo”, quem é que está amanhecendo? Não tem sujeito. “Ô Zambeli, nunca vai ter sujeito?”, no sentido conotativo, que é o figurado, tem sujeito. Se tu falas “choveu ontem em Porto Alegre”, não tem sujeito, mas “choveram ontem, em Porto Alegre, pétalas de rosas na rua dos motoboys” tem sujeito, porque é o sentido figurado, não chove pétalas de rosa.

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Em “As janelas amanheceram cobertas pela neve”, quem é que “amanheceu”? É no sentido poético, foram as janelas, que é o sujeito da nossa frase. No sentido figurado, os fenômenos da natureza têm sujeito.

Isso é bem difícil de aparecer, a Cesgranrio que adora isso, mas só ela que ama.

Esse é o top, cai em todas as provas, tem que passar marca-texto. Se ele não cair na tua prova, ele serve para a vida, para nunca mais errar isso, porque é feio quando as pessoas não sabem usar esse verbo. O cara que tu tens que saber é o “haver”, na regra diz que quando ele estiver no sentido, que é semântica, de “existir” ou de “ocorrer”, ele não terá sujeito, mas “existir” e “ocorrer” têm sujeito.

Na primeira frase, em prova ele cairia assim “posso trocar o ‘há’ por ‘existe’ sem prejuízo para o sentido e para a correção?”. Nós pensamos que, como é o caso do verbo “haver” com o sentido de “existir”, rola, só que o rolo é que o “existir” e o “ocorrer” têm sujeito. Quando eu perguntar para o verbo “o que é que existe?”, a resposta é “fatos eternos”, então ele seria “existem fatos eternos”. A prova tenta me sacanear dizendo para por no singular, mas eu tenho que estar liga-do que o “existe” tem que concordar, o diferente é o “haver”.

Dúvida da turma: Quando é que o “existir” vai ficar no singular? Na segunda frase, quando trocamos o “há” por “existe”. Eu pergunto para o verbo “quem é que existe?” e ele me respon-de “alguma loucura”, o sujeito é no singular, então o verbo fica no singular.

Dúvida da turma: Como seria com prejuízo para a análise sintática? Com prejuízo para a aná-lise sintática mudaria, porque um tem sujeito e o outro não tem sujeito, a análise sintática é completamente diferente. Mas eu nunca vi questão sobre esse caso.

Na frase “Está havendo...” eu tenho dois verbos juntos, tenho uma locução verbal, e nela quem manda é sempre o último. O “havendo” é o principal e o “está” é o auxiliar. Quando o haver for o principal, ele diz “não tem sujeito para ninguém”, mas se eu colocar “ocorrendo”, por exem-plo, meu auxiliar ficará “estão”, então “estão ocorrendo ótimos avanços”, pois agora o principal é ocorrendo. Isso cai em prova com troca de verbos, preenchimento de lacunas.

A melhor pergunta que ninguém fez é quando é que ele tem sujeito? Quando ele não é no sen-tido de existir e ocorrer, que vamos ver na próxima aula.

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Nesse caso, o que mais aparece em prova é em relação ao tempo. Começou o frio aqui no Rio Grande do Sul, as pessoas começam a falar “amanhã farão 3°” e sempre que eu escuto alguém falar isso, eu penso “tomara que congele uma pessoa dessas”. Não tem como “farão”, porque o verbo fazer está indicando temperatura e quando ele indica temperatura ele não concorda.

Mesmo se for em uma locução verbal, quando o último verbo é quem manda, se ele não tem sujeito, ele contamina a locução, então é “está fazendo 6°”, ele não tem sujeito. Olha que legal a pergunta que eu vou fazer, no período “Amanhã fará 30 dias que me inscrevi na Casa do Con-curseiro” quantas orações eu tenho? Dois: inscrevi e fará. Quem é o sujeito de “inscrevi”? Não é me, o sujeito é “eu”. Quem é fará 30 dias? Não tem, porque é o verbo fazer indicando tempo transcorrido. Na última frase, quem é que faz noites quentes? Não tem.

Essa é a segunda regra mais importante, o “haver” é o que mais cai, o fazer é quando a banca decide diferenciar um pouco. Quando a banca decide avacalhar de vez, ela cobra o “ser”.

Quando ele indicar hora, data e distância, ele é sem sujeito, só que a sacanagem é que ele con-corda com o número. Na primeira frase, o verbo “ser” concorda com as horas, então “agora é 1h”. Se fosse 1h15min? A gente fica louco para pensar como na matemática, passou de um é plural, mas ele concorda é com a hora, então “é 1h15min”, “é 12h15”.

Em 20016, três concursos perguntaram como é que se perguntam as horas. Qual a chance de ser “é”? É em 1h ou em meio dia, todo o resto é são, por isso que nós perguntamos “que horas são?”.

Talvez a mais estranha seja a data, porque eu digo “hoje são 6 de setembro” e a gente pensa “mas não está subentendido a palavra ‘dia’?”, até pode estar, mas só se existir a palavra dia é que nós concordamos. “Hoje é dia 6” e “Hoje são 6 de setembro”. Na quilometragem é a mes-ma coisa, “são 100 km”, “é 1 km”, concorda com a quilometragem. Bem difícil de cair, se cair é sobre as horas.

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Sujeito oracional é o sujeito que tem um verbo. Na segunda frase, quantos períodos eu tenho na oração? Duas: era e voltasse. Quem é o sujeito de voltasse? Eu, isso é um sujeito simples. Agora pergunta para o era, “quem é que era indispensável”? “que eu voltasse cedo” é o sujeito que veio com um verbo junto, então ele é um sujeito oracional. Eu entendo a loucura de “mas dentro do sujeito tem um outro sujeito”? Sim, porque o que faz ele ser oracional é o fato dele ser um verbo e é cada verbo no seu quadrado.

Na frase do Jung, até a vírgula, quantos verbos eu tenho? Dois: olha e sonha. Quem é que olha? Para ser indeterminado, só há o caso A e o caso B, ele não está na terceira pessoa do plural e não é com o “se”, então não é indeterminado, o sujeito dele é “quem”, alguém olha para fora e sonha. Na frase “Ninguém comeu salada”, se eu for pela lógica, quem é o sujeito? Não tem. Pela gramática, o sujeito é simples, é o “ninguém”. Agora, quem é que sonha? É “quem olha para fora”, então ele é o sujeito oracional. Quem é que desperta? É “quem olha para dentro”.

Dúvida da turma: quem é o núcleo do sujeito oracional? O verbo, porque ele é oracional. Então olha que legal, lá no início da aula eu perguntei o que é buquês e vocês disseram subs-tantivo, eu disse para guardarem essa informação. O mundo não é dividido entre substantivo (nome) e verbos? Aqui então é o verbo e lá é o nome.

Na terceira frase, quem é que não entendeu? “Você”, é um sujeito simples. E que é que se vê? “Que você não entendeu nada”, tudo isso respondeu a pergunta do verbo “vê”, ele é um sujeito oracional.

Isso quando cai na prova, não cai com esse nome, na aula 6 eu vou te dizer. Eles sublinham “que você não entendeu nada” e perguntam qual a função sintática que ele exerce, aí tu vai respon-der que é sujeito. Ou eles vão te perguntar se essa frase é uma oração subordinada. Mas isso é lá na aula 6.

Na frase “Seria interessante que todos se envolvessem com a aula”, quem são os verbos? Seria e envolvessem. Quem é que se envolvesse? Todos, sujeito simples. Que é seria interessante? “que todos se envolvessem com a aula”.

Prova difícil vai perguntar o que é o termo sublinhado, prova normal vai perguntar se os “ques” das frases são pronome relativo ou conjunção integrante. É mais fácil uma prova entrar pela conjunção integrante do que pelo sujeito oracional. Se a nossa banca for a FCC, tem outra per-gunta, pois existe uma regra que diz que o verbo que tem um sujeito oracional ficará no singu-lar, essa pergunta cai na FCC.

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Dá uma olhada lá na aula 6, na página 42, eu vou dizer para vocês que existem as orações su-bordinadas substantivas, elas geralmente são introduzidas por conjunções integrantes – que e se – e eu vou dizer nessa aula que essas substantivas podem ser subjetivas, que é quando fun-cionam como sujeito e é o que nós estamos vendo.

Transitividade Verbal

Anota que essa vai ser a segunda coisa que procuramos em uma frase. Quando tu pegares uma questão e não souber para que lado correr, acha primeiro o sujeito e depois a transitividade. A transitividade depende do contexto, cada frase é uma frase, em uma ele pode ser de um tipo, na outra pode ser de outro, vai depender do contexto. Transitividade é igual à regência verbal, é pensar se o verbo quer ou não preposição, se ele é direto ou indireto, se é de ligação.

Então olha que legal, se a primeira coisa é catar o sujeito e existem cinco tipos de sujeito, a segun-da coisa de uma frase é a transitividade, que nós vamos ter cinco tipos: VI, VTD, VTI, VTDI e VL.

Antes de falar dos verbos, vamos dar um pulo na matéria e falar de adjunto adverbial, página 19. Eu vou explicar ele e acho que vai facilitar a nossa vida nos tipos de verbos.

Adjunto Adverbial

Adjunto adverbial está junto do verbo, indica uma circunstância e ele é a terceira coisa que eu busco em uma frase. Ele é só a terceira coisa, mas é claro que quando eu pensar no verbo, eu já estou pensando um pouco de adjunto adverbial. Ele dá ideia (semântica) de tempo, de lugar, de modo, intensidade, e outras ideias, ou seja, ele dá ideia de advérbio.

Qual a diferença de um advérbio para um adjunto adverbial? Mesmo que nós não saibamos muito, uma coisa que tu tens que me dizer é que um advérbio é morfologia e um adjunto ad-verbial é sintática, o advérbio é o que ele é e o adjunto adverbial é o que ele faz. Na frase acima, pegamos primeiro o sujeito, quem é o sujeito de “quero ver”? Eu, que é o sujeito, mas é um pronome, um é uma análise morfo e a outra é análise sintática. A palavra “hoje” me deu uma ideia de tempo, então se ele me dá uma ideia, ele é um adjunto adverbial, mas o que ele é? Ele é um advérbio, ele pode ser as duas coisas porque são análises diferentes.

No “confortavelmente”, lembra que quando acrescentamos o “mente”, as palavras viram ad-vérbios, mas que ideia isso dá para a frase? É modo, então ele é um adjunto adverbial de modo. O que é o “no”? É o “em” mais o “o”, que é preposição mais artigo. O “meu” é pronome posses-sivo e “sofá” é substantivo. Então, morfologicamente, eu tenho uma preposição, um artigo, um

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substantivo, mas olha tudo junto na frase pensando em análise sintática, que ideia te dá “no meu sofá”? É lugar, e tudo que for ideia, é adjunto adverbial.

Então todo advérbio será um adjunto adverbial, porque ele sempre vai ter a ideia de advérbio, mas nem todo o adjunto adverbial será um advérbio, porque ele precisa dar a ideia de advér-bio, mas não ser um.

O que existe mais no mundo? Substantivo, e o adjunto adverbial não pode ser feito de substantivo? Então vocês entendem que existem muito mais adjuntos adverbial do que advérbios? Porque advér-bio é só o que ele é e adjunto adverbial são infinitas possibilidades, porque ele só precisa dar a ideia.

Vamos voltar então para transitividade.

Transitividade Verbal

Verbo intransitivo é aquele que não transita, não transitar é completar, ele é o famoso sem complemento (OD e OI). Na teoria ele não precisa de nada, então quando eu digo “os opostos se distraem, os dispostos se atraem”, quantas orações eu tenho nessa estrofe? Dois: se distra-em e se atraem. Quem é que se distrai? Os opostos. Quem é que se atrai? Os dispostos. Então “oi, sabia que os opostos se distraem?”, beleza, não é pra falar nada porque ele é um VI, ele se basta, na sua essência, nesse contexto, não precisa de complemento.

Daí tu diz “ah, mas eu queria botar mais uma informaçãozinha”, então vamos colocar. Eu não posso dizer “os opostos se distraem no Tinder, os dispostos se atraem na vida”? Que ideia te deu “no Tin-der”? Lugar, então ele é adjunto adverbial. E “se atraem na vida”, o que é o “na vida”? Lugar, adjunto adverbial. Posso tirar isso da frase? Sim, porque ele só está junto do verbo, ele não completa.

Na frase do Jota Quest, quantas orações eu tenho? Duas: voe e volte, esses verbos nós vamos estudar em uma aula mais pra frente, eles vão se chamar verbos no imperativo, são verbos que mandam, então o sujeito vai ser um pouco diferente, mas eu vou te dizer que ele vai ser “você” em ambos. Quem voa, voa, e isso é o que eu chamo de VI, e quem volta, volta também. Aí tu vais dizer “mas quem volta, não volta para”? Isso, mas é que é para algum lugar e tudo que for lugar, é adjunto adverbial. Mas tudo que volta, não volta de? Então continua, volta de algum lugar, então se é lugar, é tempo, é modo, é negação, é adjunto adverbial. “Por todo mar” te deu uma ideia de lugar, então é adjunto adverbial, e “aqui para o meu peito”, também são adjuntos adverbiais.

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Na última frase, pergunta para o verbo “que é que coube”, a resposta é tudo, é o sujeito. Se eu digo “pessoal, tudo coube”, depois disso tudo é fofoca. Tu vais querer saber onde, mas onde é lugar, é adjunto adverbial.

Dúvida da turma: VI pode ter predicativo? Pode, mas não vai ser dele, vai ser do verbo de ligação subentendido.

Vamos fazer um coração nesse 2, não existe transitividade mais importante que a outra, mas como a gente é concurseiro, existe, pois a que vai dar treta é essa. O VTD é diferente, ele é tran-sitivo, ele não tem um sentido completo, ele precisa de um complemento e esse complemento é sem preposição, o OD. Ele nos complica porque perguntamos “o quê?” ou “quem?” e a res-posta é o objeto direto. Eu pergunto para o verbo, ele não tem a transitividade completa, e essa resposta vai ser sem preposição.

Vou te mostrar uma frase para entender que depende do contexto: “Você revisou a matéria?” e tu vais dizer “Eu não revisei”. Quem é que revisou? Você. Quem é que revisei? Eu. Segundo passo é a transitividade, pensar o verbo. “Você revisou?”, olha a pergunta como é natural, é “o quê?” e a resposta é “a matéria”, isso é um objeto direto, porque o verbo pediu um comple-mento a partir da pergunta “o quê?”, esse complemento veio sem preposição. Quando o cara disse “eu não revisei”, ele precisa dizer “a matéria”? Não, porque nesse contexto ele se basta, é VI. Ele é o mesmo verbo, só que no contexto 1 ele precisa de um complemento e no contexto 2 ele não precisa.

Transitividade verbal depende do contexto!

Na frase do Bob Marley, quantas orações eu tenho no período? Duas: dermos e sacará. O su-jeito de “dermos” é “todos nós”, porque está subentendido o nós. O sujeito de “sacará”, é o “quem”. Olha que legal, se eu disser “os verbos da linha 16 têm o mesmo tipo de sujeito”, sim, é sujeito simples. “Se todos dermos”, perguntam “o quê?” e a resposta é “as mãos”, elas com-pletam a pergunta desse verbo, é um objeto direto. “Quem sacará”, o quê? As armas, é objeto direto.

Na música da Ponto de Equilíbrio:

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Agora vamos pensar na transitividade dos verbos. Em “vejo”, o que tu vê? “a tropa invadindo o com-plexo do alemão”, mas daí tu vais dizer “mas dentro do objeto tem um verbo”, então dá um nome de adulto para ele: objeto direto oracional. No verbo “invadindo”, o objeto é “o complexo do ale-mão”, daí agora tu vais dizer “ô Zambeli, tem um objeto direto dentro do objeto direto?”, sim, mas eles não são do mesmo verbo, a origem deles não é a mesma. Abaixo, a análise completa:

Na música da Chimarruts, o sujeito de “deixou”, “tenha entendido” e “deu” vai ser o “alguém”, pois os verbos podem ter o mesmo sujeito, é cada um no seu quadrado, não dá nada.

O “que” na terceira estrofe é pronome relativo ou uma conjunção integrante? “Eu sei o quê?”, a resposta é “isso”, então é conjunção integrante. Hoje nós tivemos um grande momento, por-que antes ficamos assim “entendi, quando tem conjunção integrante, é sujeito oracional”, mas não, porque quando tem conjunção integrante é uma função sintática, que antes era de sujeito e agora é de objeto.

No período “Se um dia alguém te deixou”, o que é o “te”? “com o coração ferido” é o modo como ele ficou, é um adjunto adverbial, mas deixou quem com o coração ferido? O “te”, que é o “tu”, isso é um objeto direto. Daí tu vais dizer “por que o cara não canta ‘se um dia alguém deixou tu?”, porque não podemos usar o “tu” ali.

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Dúvida da turma: objeto direto pode ter preposição? Pode, é o objeto direto preposicionado, mas não vou falar agora.

Voltando para os pronomes, ontem eu falei que os pronomes pessoais podem ser retos, oblí-quos e de tratamento, o pronome pessoal reto refere-se ao sujeito, por isso que eu conjunto o verbo com ele. Os oblíquos – me, mim, comigo, te, ti contigo – referem-se aos objetos diretos e indiretos, por isso que é “se um dia alguém te deixou” e não “deixou tu”, porque o sujeito da frase é “alguém” e eu preciso de um objeto direto, que não pode ser “tu”, tem que ser “te”.

Por isso que quando te dizem “amo tu”, não acredita, porque o sujeito de “amo” é “eu” e “eu amo o quê?” pede um objeto direto.

Pessoal de casa, nem te estressa aí que vai dar tudo certo! A gente segue falando de análise sintática na próxima aula. Não desiste, turma!