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Português - Gramática Questão 1 - (UECE-2008/1) A MEMÓRIA E O CAOS DIGITAL Fernanda Colavitti 01 A era digital trouxe inovações e facilidades para o homem que superou de longe o que a ficção previa até pouco tempo atrás. Se antes precisávamos correr em busca de informações de 05 nosso interesse, hoje, úteis ou não, elas é que nos assediam: resultados de loterias, dicas de cursos, variações da moeda, ofertas de compras, notícias de atentados, ganhadores de gincanas, etc. Por outro lado, enquanto cresce a capacidade dos 10 discos rígidos e a velocidade das informações, o desempenho da memória humana está ficando cada vez mais comprometido. Cientistas são unânimes ao associar a rapidez das informações geradas pelo mundo digital com a restrição de 15 nosso “disco rígido” natural. Eles ressaltam, porém, que o problema não está propriamente nas novas tecnologias, mas no uso exagerado delas, o que faz com que deixemos de lado atividades mais estimulantes, como a leitura, que 20 envolvem diversas funções do cérebro. Os mais prejudicados por esse processo têm sido crianças e adolescentes, cujo desenvolvimento neuronal acaba sendo moldado preguiçosamente. Responda sem pensar: qual era a manchete 25 do jornal de ontem? Você lembra o nome da novela que antecedeu o Clone? E quem era o técnico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994? Não ter uma resposta imediata para essas perguntas não deve ser causa de preocupação 30 para ninguém, mas exemplifica bem o problema constatado pela fonoaudióloga paulista Ana Maria Maaz Alvarez, que há mais de 20 anos estuda a relação entre audição e recordação. A pedido de duas empresas, ela realizou uma 35 pesquisa para saber o que estava ocorrendo com os funcionários que reclamavam com freqüência de

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Português - Gramática

Questão 1 - (UECE-2008/1) A MEMÓRIA E O CAOS DIGITAL

Fernanda Colavitti

01 A era digital trouxe inovações e facilidades para o homem que superou de longe o que a ficção previa até pouco tempo atrás. Se antes precisávamos correr em busca de informações de

05 nosso interesse, hoje, úteis ou não, elas é que nos assediam: resultados de loterias, dicas de cursos, variações da moeda, ofertas de compras, notícias de atentados, ganhadores de gincanas, etc. Por outro lado, enquanto cresce a capacidade dos

10 discos rígidos e a velocidade das informações, o desempenho da memória humana está ficando cada vez mais comprometido. Cientistas são unânimes ao associar a rapidez das informações geradas pelo mundo digital com a restrição de

15 nosso “disco rígido” natural. Eles ressaltam, porém, que o problema não está propriamente nas novas tecnologias, mas no uso exagerado delas, o que faz com que deixemos de lado atividades mais estimulantes, como a leitura, que

20 envolvem diversas funções do cérebro. Os mais prejudicados por esse processo têm sido crianças e adolescentes, cujo desenvolvimento neuronal acaba sendo moldado preguiçosamente. Responda sem pensar: qual era a manchete

25 do jornal de ontem? Você lembra o nome da novela que antecedeu o Clone? E quem era o técnico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de

1994? Não ter uma resposta imediata para essas perguntas não deve ser causa de preocupação 30 para ninguém, mas exemplifica bem o problema constatado pela fonoaudióloga paulista Ana Maria

Maaz Alvarez, que há mais de 20 anos estuda a relação entre audição e recordação. A pedido de duas empresas, ela realizou uma 35 pesquisa para saber o que estava ocorrendo com os funcionários que reclamavam com freqüência de lapsos de memória. Foram entrevistados 71 homens e mulheres, com idade de 18 e 42 anos. A maioria dos esquecimentos era de natureza 40 auditiva, como nomes que acabavam de ser ouvidos ou assuntos discutidos. (Por falar nisso, responda sem olhar no parágrafo anterior: você lembra o nome da pesquisadora citada?) Ana Maria descobriu que os lapsos de 45 memória resultavam basicamente do excesso de informação em conseqüência do tipo de trabalho que essas pessoas exerciam nas empresas, e do pouco tempo que dispunham para processá-las, somados à angústia de querer saber mais e aos 50 excesso de atribuições. “Elas não se detinham no que estava sendo dito (lido, ouvido ou visto) e, conseqüentemente, não conseguiam gravar os dados na memória”, afirma.

(Fonte Internet: Superinteressante, 2001).

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O termo que inicia a oração “... enquanto cresce a capacidade dos discos rígidos e a velocidade das informações, o desempenho da memória humana está ficando cada vez mais comprometido.” (linhas 09 a 12) indica uma idéia de:

a. ( ) tempob. ( ) causa c. ( ) conseqüência d. ( ) proporcionalidade e. ( )n.d.a

Questão 2 - (UFPR-2009)

Plantando combustível

É comum ouvir em qualquer faculdade de administração histórias sobre como as empresas de

rádio deveriam ter dominado a indústria nascente da televisão, ou como empresas de carruagem

deveriam ter dominado o mercado de trens e dos ônibus e assim por diante. Todos esses

perderam o bonde da história porque não entendiam direito qual era seu papel, qual era seu

negócio. Ninguém estava no mercado de transmissão de programas de rádio, estava no negócio

do entretenimento. As pessoas

não pagavam você para terem os melhores e mais rápidos cavalos, as carruagens mais

confortáveis, pagavam para serem transportadas de um lugar para outro com eficiência.

De tanto martelar esse tipo de história, parece que a ficha caiu para as grandes empresas

petrolíferas. Elas sabem que não estão no ramo do petróleo, e sim, de energia. E se for energia

limpa, renovável, que não agrida o meio ambiente, melhor ainda.

Diante disso, pode-se concluir que aconteceu o fenômeno inverso. O que poderia ser uma

vantagem competitiva para algumas empresas, deixa de sê-lo quando ... (Adaptado de Salavip,

01 de ago. de 2008.)

Veja como o dicionário Aurélio apresenta o termo agredir:

Agredir. [Do lat. aggredere.] V. t. d. 1. Atacar, assaltar, acometer. 2. Provocar, injuriar,

insultar: Embriagado, agredia, inconveniente, os passantes. 3. Bater em, surrar, espancar.

[Irreg. Muda o e do radical em i nas formas rizotônicas do pres. do ind., agrido, agrides, agride,

agridem, e, portanto, em todo o pres. do subj. e nas formas do imperativo que deste derivam.]

Quanto ao uso do verbo agredir no texto, se aceitamos a descrição do dicionário como a única

válida para a língua padrão, é correto afirmar:

Page 3: Português gramatica provas

a. ( ) Está de acordo com o padrão, pois a regência recomendada foi devidamente

observada.

b. ( ) Está em desacordo com o padrão, pois, segundo a notação v. t. d, deveria ser ?que

não agrida ao meio ambiente?.

c. ( ) Está em desacordo com o padrão, pois, sendo uma forma do pres. do ind., a forma

correta seria agridem.

d. ( ) Está de acordo com o padrão, pois o termo pode ser substituído por todos os

sinônimos sugeridos pelo dicionário

e. ( ) Está de acordo com o padrão, pois o termo pode ser substituído por todos os

sinônimos sugeridos pelo dicionário.

Questão 1 - (PUC-Campinas-2007)

"Como é que foi, Ronaldo? Você, eterno injustiçado, vítima da

crueldade do mundo, declara, alto e bom som, que não tem

obrigação de jogar bem todas as vezes? Tem, Ronaldo, tem. O

diabo é que você, quando não joga bem, recorre às palavras, que

não são bem sua especialidade. Você já imaginou se um escritor,

quando fosse criticado pelo que escreve, corresse pra dentro do

campo e gritasse pra galera: “Deixa essa que eu chuto!”?

Você às vezes – ultimamente quase sempre – não consegue

jogar bem. Deveria se sentir tão constrangido quanto goleiro que

engole pênalti. Pois, pelo que ganha, você tem a obrigação de jogar

sempre bem.

Te digo, garotão, eu, medíocre artista plástico, se ganhasse o

que você ganha, ficaria profundamente envergonhado se não

pintasse uma Capela Sistina por semana."

(Millôr, Revista Veja, 28/06/2006)

Page 4: Português gramatica provas

Considerado o texto verbal, é correto afirmar:

a. ( ) em bom som, o antônimo de bom é ?mal?.

b. ( ) em quando fosse criticado pelo que escreve e ?foi consertado pelo encanador?, as

palavras grifadas introduzem termos que exercem a mesma função sintática.

c. ( ) em ?Deixa essa que eu chuto!?? a pontuação busca intensificar o entusiasmo do

grito, por isso, o ponto de interrogação pode ser substituído, sem prejuízo desse efeito,

por outro ponto de exclamação.

d. ( ) a frase coloquial Te digo, garotão, observado o contexto, está correta e

adequadamente transposta para o padrão formal assim: ?Digo-lhe, sinceramente, rapaz?.

e. ( ) garotão e medíocre artista plástico exercem a mesma função sintática.

Questão 6 - (Fuvest-2007) Quanto à concordância verbal, a frase inteiramente correta é:

a. ( )Cada um dos participantes, ao inscrever-se, deverão receber as orientações

necessárias

b. ( )Os que prometem ser justos, em geral, não conseguem sê-lo sem que se prejudiquem.

c. ( )Já deu dez horas e a entrega das medalhas ainda não foram feitas.

d. ( )O que se viam era apenas destroços, cadáveres e ruas completamente destruídas.

e. ( )Devem ter havido acordos espúrios entre prefeitos e vereadores daqueles municípios.

Questão 7 - (Fuvest-2009) Vestindo água, só saído o cimo do pescoço, o burrinho tinha de se

enqueixar para o alto, a salvar também de fora o focinho. Uma peitada. Outro tacar de patas.

Chu-áa! Chu-áa... — ruge o rio, como chuva deitada no chão. Nenhuma pressa! Outra remada,

vagarosa. No fim de tudo, tem o pátio, com os cochos, muito milho, na Fazenda; e depois o

pasto: sombra, capim e sossego... Nenhuma pressa. Aqui, por ora, este poço doido, que barulha

como um fogo, e faz medo, não é novo: tudo é ruim e uma só coisa, no caminho: como os

homens e os seus modos, costumeira confusão. É só fechar os olhos. Como sempre. Outra

passada, na massa fria. E ir sem afã, à voga surda, amigo da água, bem com o escuro, filho do

fundo, poupando forças para o fim. Nada mais, nada de graça; nem um arranco, fora de hora.

Assim.

João Guimarães Rosa. O burrinho pedrês, Sagarana.

Page 5: Português gramatica provas

Como exemplos da expressividade sonora presente neste excerto, podemos citar a onomatopéia,

em “Chu-áa! Chu-áa...”, e a fusão de onomatopéia com aliteração, em:

a. ( ) vestindo água

b. ( ) ruge o rio

c. ( ) poço doido

d. ( ) filho do fundo

e. ( ) fora de hora

Questão 3 - (PUC-Campinas-2007) A regência está totalmente de acordo com a gramática na seguinte

frase:

a. ( )Programas sofisticados permitem prever os efeitos da epidemia sobre os habitantes da

região.

b. ( )Foram apresentadas opiniões divergentes umas contra as outras.

c. ( )Diz que nunca acreditou a nada, a nenhum deus; é mesmo descrente por tudo.

d. ( )A decisão do chefe escandalizou-lhe, porque sua opinião, eminentemente técnica, não foi

considerada.

e. ( )Esclareceu-o que o defeito permitia a devolução do produto frente à empresa responsável.

Questão 4 - (PUC-Campinas-2007) O segmento grifado está empregado de acordo com a norma padrão

em:

( )Respondeu delicadamente à quem fez a pergunta em tom agressivo.

( )Daqui há poucos dias saberemos o resultado do exame.

( )Problemas étnicos-sociais é que não faltam na América Latina.

( )O advogado requereu revisão do processo assim que soube do caso.

( )Não é correto que ela só insinui que houve erro; deve apontá-lo.

Questão 8 - (UFMT-2006/2)

TEXTO II

(Iracema voou)

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Iracema voou

Para a América

Leva roupa de lã

E anda lépida

Vê um filme de quando em vez

Não domina o idioma inglês

Lava chão numa casa de chá

Tem saído ao luar

Com um mímico

Ambiciona estudar

Canto lírico

Não dá mole pra polícia

Se puder, vai ficando por lá

Tem saudades do Ceará

Mas não muita

Uns dias, afoita,

Me liga a cobrar:

− É Iracema da América.

(HOLANDA, F. Buarque. As cidades. Rio de Janeiro: BMG, 1998.)

Sobre a construção lingüística do texto II, assinale a afirmativa correta.

a. ( )Na expressão "Não dá mole", o verbo dar poderia ser substituído por um sinônimo, sem

mudança de sentido.

b. ( )A forma verbal "voou", no pretérito, tem o mesmo valor narrativo que as demais formas

verbais presentes no poema.

c. ( )Os verbos no presente indicam ações singulares, incomuns no cotidiano de Iracema.

d. ( )A expressão adverbial "por lá" identifica o espaço compartilhado por Iracema e pelo eu lírico.

e. ( )Iracema funciona como sujeito para todas as ocorrências verbais do poema.

Questão 9 - (UEMS-2006) Infinito Particular

1 - Eis o melhor e o pior de mim

O meu termômetro, o meu quilate

Vem, cara, me retrate

Não é impossível

5 - Eu não sou difícil de ler

Page 7: Português gramatica provas

Faça sua parte

Eu sou daqui e não sou de Marte

Vem, cara, me repara

Não vê, tá na cara, sou porta-bandeira de mim

10 - Só não se perca ao entrar

No meu infinito particular

Em alguns instantes

Sou pequenina e também gigante

Vem, cara, se declara

15 - O mundo é portátil

Pra quem não tem nada a esconder

Olha minha cara

É só mistério, não tem segredo

Vem cá, não tenha medo

20 - A água é potável

Daqui você pode beber

Só não se perca ao entrar

No meu infinito particular

Arnaldo Antunes, Marisa Monte e Carlinhos Brown

No verso: “Faça sua parte”, o verbo em negrito está flexionado no:

a. ( ) Pretérito perfeito do indicativo

b. ( ) Futuro do presente do indicativo.

c. ( ) Imperativo afirmativo.

d. ( ) Presente do subjuntivo.

e. ( ) Presente do indicativo.

Questão 10 -

Questão 04 - UNESP 2011/2

Prioridade para a competência da leitura e da escrita

A humanidade criou a palavra, que é constitutiva do humano, seu traço distintivo. O ser humano constitui-

se assim um ser de linguagem e disso decorre todo o restante, tudo o que transformou a humanidade

naquilo que é. Ao associar palavras e sinais, criando a escrita, o homem construiu um instumental que

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ampliou exponencialmente sua capacidade de comunicar-se, incluindo pessoas que estão longe no tempo

e no espaço.

Representar, comunicar e expressar são atividade de construção de significado relacionadas a vivências

quw se incorporam ao repertório de saberes de cada indivíduo. Os sentidos são construídos na relação

entre a linguagem e o universo natural e cultural em que nos situamos. E é na adolescência, como vimos,

que a linguagem adquire essa qualidade de instumento para compreender e agir sobre o mundo real.

A ampliação das capacidades de representação, comunicação e expressão está articulada ao domínio

não apenas da língua mas de todas as outras linguagens e, principalmente, ao repertório cultural de cada

indivíduo e de seu grupo social, que a elas dá sentido. A escola é o espalo em que ocorre a transmissão,

entre as gerações, do ativo cultural da humanidade, seja artístico e literário, histórico e social, seja

científico e tecnológico. Em cada uma dessas áreas, as linguagens são essenciais.

As linguagens são sistemas simbólicos, com os quais recortamos e representamos o que está em nosso

exterior, em noss interior e na relação entre esses âmbitos; é com eles também que nos comunicamos

com os nossos iguais e expressamos nossa articulação com o mundo.

Em nossa sociedade, as linguagens e os códigos se multiplicam: os meios de comunicação estão repletos

de gráficos, esquemas, diagramas, infográficos, fotografias e desenhos. O design diferencia produtos

equivalentes quato ao desempenho ou à qualidade. A publicidade circunda nossas vidas, exigindo

permanentes tomadas de decisão e fazendo uso de linguagens sedutoras e até enigmáticas. Códigos

sonoros e visuais estabelecem a comunicação nos diferenes espaços. As ciências construíram suas

próprias linguagens, plenas de símbolos e códigos. A produção de bens e serviços foi em grande parte

automatizada e cabe a nós programar as máquinas, utilizando linguagens específicas. As manifestações

artísticas e de entretenimento utilizam, cada vez mais, diversas linguagens que se articulam.

Para acompanhar tal contexto, a competência de leitura e de escrita vai além da linguagem verbal,

vernácula - ainda que esta tenha um papel fundamental - e refere-se a sistemas simbólicos como os

citados, pois essas múltiplas linguagens estãopresentes no mundo contemporâneo, na vida cultural e

política, bem como nas designações e nos conceitos científicos e tecnológicos usados atualmente.

(Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Língua Portuguesa/Coord. Maria Inês Fini. São Paulo: SEE, 2008.p.16. Adaptado.)

A humanidade criou a palavra, que é constitutiva do humano, seu traço distintivo.

Considerando o contexto e o relacionamento sintático entre os elementos deste período do texto, verifica-

se que humano é empregado como:

a. ( ) verbo.

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b. ( )substantivo.

c. ( ) advérbio.

d. ( ) pronome indefinido.

e. ( ) adjetivo.

Disponível em: http://vestibular.brasilescola.com/simulado/. Acessado dia 01/05/13