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LÍNGUA PORTUGUESA PARA O PROCON-DF (TEORIA E EXERCÍCIOS) PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1 Apresentação do Professor Caro Aluno, Sou o professor Albert Iglésia. É com imensa satisfação que me aproximo de você. Neste primeiro contato, gostaria de falar um pouco sobre minha formação e minha experiência no ensino de Língua Portuguesa para concursos. Possuo licenciatura em Letras (Português/Literatura) pela Universidade de Brasília (UnB) e especialização em Língua Portuguesa pelo Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército Brasileiro em parceria com a Universidade Castelo Branco. Há dez anos ministro aulas voltadas para concursos públicos. Iniciei minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Desde 2004 moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, compreensão e interpretação de texto e redação oficial. Possuo experiência com diversas bancas examinadoras. Entre elas, destaco aqui as principais: Cespe, FCC, Esaf, FGV e Cesgranrio. Já participei da preparação de diversos alunos para os mais importantes concursos do país (Senado Federal, TCU, MPU, Tribunais, Petrobras, Receita Federal, Bacen, CGU, Abin etc.). Além de ensinar nos cursinhos preparatórios, também atuo como instrutor da Esaf (já tendo lecionado aulas de gramática e redação oficial para auditores e analistas da Receita Federal) e de outras instituições profissionalizantes. Por quase seis anos estive cedido à Casa Civil da Presidência da República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e ministrei cursos de atualização gramatical e redação oficial. Sempre que precisar, faça contato comigo, meu e-mail é: [email protected] . Nessa etapa da sua vida, quero me colocar ao seu lado para ajudá-lo a conquistar a tão sonhada vaga. Para você refletir: “Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização” (Martin Luther King).

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LÍNGUA PORTUGUESA PARA O PROCON-DF (TEORIA E EXERCÍCIOS)

PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA

Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1

Apresentação do Professor

Caro Aluno,

Sou o professor Albert Iglésia. É com imensa satisfação que me

aproximo de você. Neste primeiro contato, gostaria de falar um pouco sobre

minha formação e minha experiência no ensino de Língua Portuguesa para

concursos.

Possuo licenciatura em Letras (Português/Literatura) pela

Universidade de Brasília (UnB) e especialização em Língua Portuguesa pelo

Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército Brasileiro em parceria com a

Universidade Castelo Branco.

Há dez anos ministro aulas voltadas para concursos públicos. Iniciei

minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Desde

2004 moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, compreensão e

interpretação de texto e redação oficial. Possuo experiência com diversas

bancas examinadoras. Entre elas, destaco aqui as principais: Cespe, FCC, Esaf,

FGV e Cesgranrio. Já participei da preparação de diversos alunos para os mais

importantes concursos do país (Senado Federal, TCU, MPU, Tribunais,

Petrobras, Receita Federal, Bacen, CGU, Abin etc.).

Além de ensinar nos cursinhos preparatórios, também atuo como

instrutor da Esaf (já tendo lecionado aulas de gramática e redação oficial para

auditores e analistas da Receita Federal) e de outras instituições

profissionalizantes. Por quase seis anos estive cedido à Casa Civil da

Presidência da República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e

ministrei cursos de atualização gramatical e redação oficial.

Sempre que precisar, faça contato comigo, meu e-mail é:

[email protected]. Nessa etapa da sua vida, quero me colocar

ao seu lado para ajudá-lo a conquistar a tão sonhada vaga.

Para você refletir: “Mesmo as noites totalmente sem estrelas

podem anunciar a aurora de uma grande realização” (Martin Luther

King).

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Língua Portuguesa e o Concurso do Procon-DF

Esta disciplina integra o grupo Conhecimentos Básicos da prova

objetiva. Esse grupo contará com 30 questões de múltipla escolha, todas

com peso 1 e 5 alternativas.

Eu acredito que a prova de Língua Portuguesa deverá ser a

principal do grupo, com cerca de 10 questões. A importância desta

disciplina no concurso será acentuada por meio da prova de redação, em que

a capacidade de expressão na modalidade escrita e o uso das normas do

registro formal culto da Língua Portuguesa também serão avaliados.

Leia abaixo o conteúdo programático estabelecido no edital e não

se esqueça de que o Instituto Americano de Desenvolvimento – Iades é a

banca responsável pela execução do concurso.

1 Compreensão e intelecção de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia. 4

Acentuação gráfica. 5 Emprego do sinal indicativo de crase. 6 Formação, classe

e emprego de palavras. 7 Sintaxe da oração e do período. 8 Pontuação. 9

Concordância nominal e verbal. 10 Colocação pronominal. 11 Regência nominal

e verbal. 12 Equivalência e transformação de estruturas. 13 Paralelismo

sintático. 14 Relações de sinonímia e antonímia.

Caso você tenha ficado espantado com a extensão do conteúdo

programático, fique sabendo que as últimas provas elaboradas pelo IADES

foram mais fáceis do que você pensa. Isso você comprovará no decorrer das

aulas, à medida que formos resolvendo algumas questões de provas

anteriores. Eu acredito que a maior dificuldade será em relação à concorrência.

Um erro “bobo” custará caro a qualquer candidato.

O Curso Proposto

Agora que você já me conhece um pouco mais e sabe o que o

espera pela frente, que tal falarmos sobre o curso que estou lhe propondo?

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Este é um curso de teoria e exercícios, composto por dez aulas

(incluindo esta, que é a demonstrativa). Elas serão ministradas com base

no conteúdo descrito no edital e disponibilizadas a você semanalmente, de

acordo com a tabela seguinte:

Aula Assunto(s)

0 (ou demonstrativa) Formação de palavras

1 Ortografia

Acentuação gráfica

2 Classe e emprego de palavras – Parte I

3

Classe e emprego de palavras – Parte II (verbo e

pronome)

Colocação pronominal

4 Regência nominal e verbal

Emprego do sinal indicativo de crase

5 Sintaxe da oração

6 Sintaxe do período

7 Paralelismo sintático

Pontuação

8 Concordância nominal e verbal

9

Compreensão e intelecção de texto

Equivalência e transformação de estruturas

Relações de sinonímia e antonímia

Tipologia textual

As aulas terão, aproximadamente, 40 páginas e 30 exercícios

comentados (com exceção da aula demonstrativa), todos extraídos de provas

anteriores. Procurarei inserir questões da própria banca examinadora,

entretanto não poderei limitar-me a elas. Não há disponível uma

quantidade satisfatória de exercícios do Iades (instituição ainda sem muita

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expressividade no ramo dos concursos públicos), o que me obriga a usar

questões elaboradas por outras bancas.

Ao finalizarmos este curso, teremos resolvido mais de 250

questões. Multiplique esse número pela quantidade de alternativas e veja

quantos itens teremos analisados neste curso. Tenha certeza de que faremos

um trabalho bem específico, focado nos aspectos mais importantes de

cada assunto do programa.

Apresentação da Matéria

Logo a seguir, passo a explicar a você o assunto formação de

palavras, objeto de estudo desta aula 0 (ou demonstrativa).

Acredito que você obterá uma noção de como as informações serão

transmitidas, do grau de complexidade das aulas e da linguagem que usarei

em nossos próximos encontros.

Na parte final do material, os exercícios resolvidos

encontram-se listados sem os respectivos comentários, para

proporcionar a você a revisão do conteúdo estudado comigo. Na sequência,

há o gabarito deles. Será assim em cada aula.

Espero que aproveite cada questão e cada comentário da melhor

forma possível. Peço que interaja comigo por meio de mensagens eletrônicas

no fórum de discussão. A sua participação é fundamental para a eficácia do

curso. No mais, vamos ao que interessa, por enquanto!

PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Com relação ao radical, as palavras podem ser:

1. SIMPLES – possuem apenas um radical: velho, novo, Brasil, pé

2 COMPOSTA – possuem mais de um radical: ferro-velho, girassol

Quanto à origem de formação, as palavras podem ser:

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1. PRIMITIVAS – não derivam de outras da Língua Portuguesa, mas podem

dar origem a outras palavras: pedra, pobre, ferro.

2. DERIVADAS – originam-se de outras palavras da Língua: pedreiro,

empobrecer, ferradura.

OS PROCESSOS PRINCIPAIS

1. DERIVAÇÃO

1.1 PROGRESSIVA – com o acréscimo de afixos, dividindo-se em:

a) PREFIXAL – com o acréscimo de prefixo: desleal, infeliz, pré-história,

vice-diretor.

b) SUFIXAL – com o acréscimo de sufixo: lealdade, felicidade, historiador,

diretoria.

c) PREFIXAL E SUFIXAL – com o acréscimo de prefixo e sufixo: deslealdade,

infelicidade, pré-historiador, vice-diretoria.

d) PARASSINTÉTICA – com o acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo:

empobrecer, ajoelhar, engavetar; a ausência de um deles torna a

palavra inexistente.

1.2 REGRESSIVA, DEVERBAL, PÓS-VERBAL – ocorre quando se retira a parte

final de uma palavra primitiva, obtendo por essa redução uma palavra

derivada; ocorre na formação de substantivos abstratos a partir de verbos

(principalmente com os da 1ª e 2ª conjugações), substituindo a

terminação verbal pela vogal temática nominal.

Ex.: buscar – busca; cortar – corte; perder – perda; vender –

venda; sacar – saque; tocar – toque

ATENÇÃO! Os substantivos deverbais são sempre nomes que denotam ação.

Isso é importante porque há casos em que o verbo se forma a partir do

substantivo. Quando a palavra denota algum objeto ou substância, o verbo

deriva do substantivo.

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Ex.: planta (obj.) – plantar (verbo deriv.); perfume (subst.) –

perfumar (verbo deriv.); azeite (subst.) – azeitar (verbo deriv.)

1. (Iades/PGDF/Analista Jurídico/Administração/2011 – adaptada) O

processo de formação do vocábulo “imutável” (linha 15) é por derivação

prefixal.

Comentário – Não precisamos do texto. Basta você notar que a palavra é

constituída com o auxílio do prefixo i– (= negação, falta, ausência) e do sufixo

nominal –vel (comum em adjetivos para indicar noção de possibilidade:

amável, desejável, solúvel etc.). Esses afixos não foram empregados

simultaneamente. Prova disso é que existe a palavra mutável (= que se pode

mudar ou que tem a capacidade de transformar-se). Portanto a derivação é

prefixal e sufixal.

Resposta – Item errado

2. (Ceperj/Emater-RJ/Ag. de Desenv. Rural/2009) O par de vocábulos

retirado do texto que exemplifica um processo de formação de palavras

diferente daquele encontrado em consumir/consumo é:

(A) comprar / compra

(B) processar / processo

(C) usar / uso

(D) descartar / descarte

(E) sentir / sentido

Comentário – No par indicado no enunciado, verifica-se o processo de

formação de palavras conhecido como derivação regressiva (ou deverbal).

Esse tipo de derivação corre na “contramão” da Língua, pois o processo normal

é criar o verbo partindo de um substantivo, e não o contrário. Mas essa é uma

realidade que acontece, com frequência, substituindo-se a terminação de um

verbo (vogal temática e desinência verbal) pelas vogais temáticas nominais

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“a”, “e” ou “o”: mudar > muda; combater > combate; castigar > castigo. Esse

também é o processo de formação das palavras “compra”, “processo”, “uso” e

“descarte”, que constituem regressão dos respectivos pares.

Na letra E, o processo é sufixação, com acréscimo da

terminação verbal –ido (que designa o particípio).

Resposta – E

3. (Ceperj/Pref. de Cantagalo-RJ/Engenheiro Civil/2006) A palavra ataques

(para que se evitassem doenças como ataques cardíacos), segue o mesmo

processo de formação presente na palavra assinalada em:

(A) “... ameaça permanente à sobrevivência da espécie.”

(B) “... a desnutrição foi nosso principal problema...”

(C) “...saúde pública; hoje, é a obesidade.”

(D) “...a fome representou ameaça permanente...”

Comentário – Ocorreu a retirada da parte final da palavra primitiva atacar,

ou seja, a substituição da terminação verbal (-ar) pela vogal temática nominal

(-e), com acréscimo da desinência nominal de número (-s). Houve, portanto, a

formação de substantivo abstrato a partir de verbo (da primeira

conjugação, notou?). Isso caracteriza a formação deverbal (ou regressiva, ou

pós-verbal).

Nas alternativas A e B, temos derivação prefixal e sufixal.

Na alternativa C, temos derivação sufixal.

Resposta – D

1.3 IMPRÓPRIA – ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer

acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical;

também pode acontecer de a palavra mudar a sua classificação dentro da

própria classe gramatical.

Ex.: Você aceita um não como resposta? (advérbio virou

substantivo)

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O Dr. Leão é um bom médico. (substantivo comum virou

substantivo próprio)

José Oliveira (substantivo comum virou substantivo próprio)

Ele é inteligente e lido (adjetivo a partir do particípio verbal)

Ela pisava forte. (adjetivo virou advérbio)

Silêncio! Bravo! Viva! (substantivo, adjetivo e verbo

viraram interjeição)

Quer... quer...; Já... já... (verbo e advérbio viraram

conjunção)

4. (Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Observe o trecho abaixo.

“Os bons são aqueles que conseguem aproveitar uma descoberta para

utilizar em sua vida prática.”

No que se refere à formação das palavras, o termo grifado apresenta o

processo de

(A) derivação regressiva, pois a classe gramatical da palavra permanece a

mesma, porém foi acrescido o artigo.

(B) derivação imprópria, pois mudou-se a classe gramatical da palavra,

estendendo-lhe a significação.

(C) redução, já que foi omitido o substantivo a que se refere o adjetivo

destacado, diminuindo o campo de significação da frase.

(D) parassíntese, no qual há a mudança de classe gramatical sem alterar a

significação da nova palavra.

(E) neologismo, já que há transformação em relação à significação da palavra

que, até então, era utilizada com um único sentido.

Comentário – Originariamente, o vocábulo “bons” (plural de bom) pertence à

classe gramatical dos adjetivos. Na passagem destacada, ele foi empregado

como substantivo. Contribuiu para isso a anteposição do artigo definido “Os”.

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Cabe lembrar que o artigo tem a capacidade de substantivar qualquer classe

gramatical.

Resposta – B

2. COMPOSIÇÃO

2.1 JUSTAPOSIÇÃO – as palavras são colocadas lado a lado, não há alteração

fonética em nenhuma delas, ambas conservam seu acento tônico:

segunda-feira; passatempo, democracia, agricultura.

2.2 AGLUTINAÇÃO – ocorre quando os elementos sofrem alterações fonéticas,

fundindo-se num só; neste caso só há um acento tônico: em + boa + hora

= embora; plano + alto = planalto; retilíneo; crucifixo; ambidestro;

demagogo.

5. (Funrio/FURP/Analista de Contratos/2010) Observe as seguintes palavras

retiradas do texto: “desempregado”, “ganhar”, “pós-graduação”,

“contracheque”. Considerando o processo de formação das palavras em

Português, afirma-se que

(A) um dos vocábulos é formado por justaposição.

(B) um dos vocábulos resulta de derivação regressiva.

(C) um dos vocábulos resulta de derivação imprópria.

(D) três dos vocábulos são formados pro prefixação.

(E) dois dos vocábulos são formados por aglutinação.

Comentário – As três palavras que receberam prefixos são: des +

empregado; pós + graduação e contra + cheque.

Cuidado para não assinalar a letra B por achar que ganhar

exemplifica derivação regressiva (ou deverbal). Lembre-se de que, nesse tipo

de formação de palavras,

– o verbo perde sua terminação e ganha vogal temática

nominal (–a, –e ou –o);

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– o substantivo deriva do verbo, e não o contrário;

– o substantivo formado é abstrato e indica ação.

Exemplos: mudar > muda; combater > combate;

castigar > castigo etc.

Resposta – D

OUTROS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

1 ABREVIAÇÃO, REDUÇÃO VOCABULAR – emprega-se parte da palavra

no lugar da sua totalidade.

Ex.: cinematógrafo – cinema – cine; pneumático – pneu;

extraordinário – extra; pornográfico – pornô;

otorrinolaringologista – otorrino; poliomielite – pólio.

2 SIGLA – consiste na utilização das letras iniciais que formam a expressão.

Ex.: FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

ONU – Organizações das Nações Unidas

Embratur – Empresa Brasileira de Turismo

3 ONOMATOPEIA – ocorre quando se forma uma palavra por meio da

imitação de sons; procura-se reproduzir um determinado som, adaptando-

o ao conjunto de fonemas de que a língua dispõe.

Ex.: miau, cacarejar, pingue-pongue, tique-taque, reco-reco,

zunzunzum, relinchar.

4 HIBRIDISMO – consiste na associação de elementos oriundos de línguas

distintas.

Ex.: abreugrafia (abreu – português; grafia – grego)

automóvel (auto – grego; móvel – latim)

sociologia (sócio – latim; logia – grego)

goiabeira (goiab – tupi; eira – português)

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burocracia (buro – francês; cracia – grego)

sambódromo (sambo – africano; dromo – grego)

surfista (surf – inglês; ista – grego)

bígamo (bi – latim; gamo – grego)

endovenoso (endo – grego; venoso – latim)

monóculo (mono – grego; culo – latim)

televisão (tele – grego; visão – latim)

OUTROS PROCESSOS DE ENRIQUECIMENTO DO LÉXICO

1. NEOLOGISMO – consiste na ampliação do significado (neologismo

semântico) normal de uma palavra, sem que ela passe por qualquer

processo de modificação formal, ou na criação (neologismo lexical) de

uma palavra (este caso é muito produtivo na área tecnológica e na

formação de gírias). Analisemos, por exemplo, as seguintes palavras:

a) arara: de nome que designava uma ave, passou a indicar também pessoa

nervosa, irritada;

b) emérito: originalmente, significava aposentado, mas atualmente se usa

como distinto, elevado (perceba que o sentido inicial foi se dissipando ao

longo do tempo);

c) infovia: conjunto de linhas digitais por onde trafegam os dados das redes

eletrônicas;

d) internetês: a linguagem da internet;

e) deletar: suprimir, apagar, fazer desaparecer algo do computador (arquivo,

texto, vírus etc.).

2. ESTRANGEIRISMO – ocorre quando há palavras tomadas de línguas

estrangeiras (francês, inglês, latim etc.); normalmente elas passam por

um processo de aportuguesamento fonológico e gráfico. Por conta disso, é

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comum perdermos a noção de que estamos usando um estrangeirismo:

beque, abajur, xampu, “show”, “stress”, “shopping”, “mouse” (quando a

grafia original é mantida, deve-se usar aspas) etc.

(...)

16 A imensa série de desdobramentos científicos e

filosóficos da teoria de Einstein não cabe, evidentemente nestas

linhas. Mas seu sentido geral é radicalizar a noção de que não há

19 pontos de referência universais – nem, portanto, verdades

únicas. (...)

28 O interessante é que esta quebra de paradigmas

científicos seria seguida, décadas mais tarde, por mudanças que

sacudiram as noções sociais de tempo e a percepção sobre o

31 status da ciência.

Internet: <http://diplo.org.br/Teoria-Geral-da-Relatividade-94.htm>

6. (Iades/CFA/Assistente Administrativo/2010) O autor marca as palavras

radicalizar e status com itálico, porque

(A) ambas são gírias.

(B) a primeira foi empregada utilizando a norma coloquial e a segunda é

considerada estrangeirismo, já que é uma palavra do latim.

(C) ambas são palavras latinas.

(D) a primeira é um estrangeirismo e a segunda foi empregada de acordo com

a norma coloquial.

Comentário – Norma coloquial é a que se aproxima da linguagem cotidiana;

tem a ver com a maneira informal, descontraída de se expressar. O vocábulo

status é latinismo; serve para indicar a situação ou circunstância de algo ou

alguém em determinado momento, prestígio ou distinção.

Resposta – B

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Agora que você já tem uma base teórica adequada, podemos

resolver outros exercícios de provas anteriores. Vamos a eles!

7. (FGV/Ministério da Cultura/Agente Administrativo/2006) Assinale a

alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processo

que infra-estrutura

(A) nova-iorquina

(B) Paraisópolis

(C) planejando

(D) sobreviver

(E) embora

Comentário – Como a questão é de 2006, a palavra “infra-estrutura” deveria

ser escrita com hífen. Diante de VOGAL, H, R e S, o prefixo infra- ligava-se ao

outro elemento por meio do hífen. Atualmente, o hífen será usado se o

segundo elemento iniciar por H ou por A (vogal idêntica à que finaliza o

prefixo).

Já deu, então, para você notar que o processo de formação

da palavra destacada é prefixação, semelhantemente ao que ocorre em

“sobreviver”. Nas outras opções, temos:

– “nova-iorquina”: composição por justaposição;

– “Paraisópolis”: sufixação;

– “planejando”: sufixação;

– “embora”: composição por aglutinação.

Resposta – D

8. (FGV/Ministério da Cultura/Engenheiro Civil/2006) A palavra Emudecendo

(verso 13) foi formada pelo processo de:

(A) composição por aglutinação.

(B) derivação prefixal.

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(C) derivação parassintética.

(D) derivação sufixal.

(E) derivação imprópria.

Comentário – A partir do substantivo mudo, foram acrescentados

simultaneamente o prefixo – e o sufixo –ecendo, o que caracterizou derivação

parassintética.

Resposta – C

9. (FGV/Senado Federal/Advogado/2008) Assinale a alternativa em que a

palavra tenha sido formada por processo distinto das demais.

(A) autoconhecimento

(B) supersalários

(C) geométrica

(D) insatisfação

(E) imprecisas

Comentário – Somente a palavra “geométrica” é formada por derivação

sufixal. O morfema ic(a)– foi adicionado à palavra geometria, já existente na

Língua.

Nos demais casos, o processo de formação de palavras é

derivação prefixal:

– “autoconhecimento”: acréscimo do morfema auto– à

palavra conhecimento.

– “supersalários”: acréscimo do morfema super– ao vocábulo

preexistente salários.

– “insatisfação”: a prefixação foi feita por meio do morfema

in– adicionado ao substantivo satisfação.

– “imprecisas”: o prefixo im– foi adicionado à palavra

precisas.

Resposta – C

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10. (FGV/Ministério da Educação/Administrador de Banco de Dados/2008)

Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pela união de

dois radicais, ou seja, bases de sentido das palavras.

(A) autogeridas

(B) descolonização

(C) superendividamento

(D) ecossistema

(E) desigualdades

Comentário – Em “ecossistema”, houve uma composição híbrida formada

pelo radical grego eco (= casa, hábitat) e o substantivo “sistema”.

Alternativa A: “auto–” é prefixo, expressa ideia de por si

mesmo.

Alternativa B: “des–” é prefixo latino de valor semântico de

negação, contrariedade.

Alternativa C: o prefixo “super–” (= excesso, abundância) foi

acrescido ao substantivo “endividamento”, que é formado por parassíntese a

partir da substantivo dívida.

Alternativa E: novamente houve o acréscimo do prefixo “des–

”, que já foi objeto de comentário na presente questão.

Resposta – D

11. (FGV/Polícia Civil-RJ/Inspetor/2008) Assinale a alternativa em que a

palavra indicada não seja formada pelo mesmo processo que as demais.

(A) ilegais

(B) desacompanhado

(C) incompatíveis

(D) demográfica

(E) inter-regionais

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Comentário – O vocábulo “demográfica” decorre da união de dois radicais de

origem grega: dem (povo) e graf (escrita). Assim sendo, o processo de

formação dessa palavra é composição por justaposição.

Nos demais casos, temos acréscimo de prefixos:

– “ilegais” = i– + legais;

– “desacompanhado” = des– + acompanhado;

– “incompatíveis” = in– + compatíveis;

– “inter-regionais” = inter– + regionais.

Resposta – D

12. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2009) Com relação aos processos de

formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:

I. estruturador, civilizacional e renováveis são adjetivos formados por

derivação sufixal.

II. hominização, dilapidação e autodestruição são substantivos formados por

composição e derivação.

III. autodestruição, contrapartida e responsabilidade são substantivos

formados por composição.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentário – Item I: certo. À palavra estrutura, foi adicionado o sufixo

–dor (que denota profissão, ofício, agente). Ao já existente vocábulo civilização

– que também é formado por sufixação –, foi posto o sufixo –al (interessante

que, para isso, a forma erudita foi evocada: civilizacion). Por último, houve a

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utilização do sufixo –vel (que foi pluralizado em –veis) a partir da forma verbal

renovar.

Item II: errado. Não existe composição, que se caracteriza

pela união de dois radicais. O que existe é derivação sufixal (hominizar + ção;

dilapidar + ção) e derivação prefixal e sufixal (auto + destruir + ção).

Item III: errado. Já bastaria a explicação anterior para você

constatar que “autodestruição” não é formada por composição. Mas analisemos

também as demais palavras.

– “contrapartida”: houve o acréscimo do prefixo contra– ao

vocábulo partida.

– “responsabilidade”: houve o emprego do sufixo –(i)dade à

palavra preexistente responsável.

Resposta – A

13. (FGV/Sefaz-AP/Fiscal do ICMS/2010) Com relação aos processos de

formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:

I. Na palavra jeitinho, o sufixo -inho significa “diminuição”.

II. Denomina-se composição o processo de formação da palavra utilitarista.

III. A palavra analfabetismo forma-se por derivação prefixal e sufixal, a partir

do radical alfabet-.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentário – Item I: errado. Nem sempre os sufixos –(z)inho e –(z)ito

indicam diminuição física de algo. Às vezes, eles expressam o sentimento do

interlocutor em relação ao ser nomeado (amorzinho, docinho, benzinho etc.);

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não é raro conferir valor semântico depreciativo (carrinho, golzinho, povinho,

gentinha, juizinho etc.), como também ocorreu aqui.

Item II: errado. Tal palavra é formada por sufixação, ou seja,

com o emprego do morfema –ista (participante, seguidor de doutrina, escola,

religião, esporte, profissão) ao vocábulo preexistente utilitário.

Item III: certo. Para efeito de esclarecimento, é bom saber

que o prefixo grego an– traz a ideia de negação, carência, e o sufixo grego

–ismo forma substantivo que traduz ciência, escola, sistema político, religioso

(romantismo, modernismo, socialismo, catolicismo etc.).

Resposta – C

14. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2010) Quanto à estrutura e formação do

vocábulo meta-ética, é correto afirmar que:

(A) forma-se pelo processo de composição por aglutinação.

(B) tem agregada ao radical étic- uma desinência nominal de gênero

feminino.

(C) contém um prefixo de origem grega também presente na palavra

“metafísica”.

(D) apresenta uma vogal de ligação –a, necessária em razão do hífen.

(E) constitui-se por meio da justaposição de dois substantivos.

Comentário – Alternativa A: errada. Na aglutinação, unem-se dois ou mais

vocábulos ou radicais e há supressão de um ou mais de um de seus elementos

fonéticos (fidalgo = filho de algo; quintessência = quinta essência; boquiaberto

= boca aberto etc.). Esse fato linguístico não ocorreu na palavra “meta-ética”.

Meta– é prefixo, não possui autonomia.

Alternativa B: errada. Muito cuidado aqui! Ética (conjunto de

princípios, normas e regras que devem ser seguidos para que se estabeleça

um comportamento moral exemplar) é substantivo feminino. Não é possível

fazer-se oposição de gênero (masculino/feminino); portanto o a é vogal

temática nominal. Não confunda o emprego desse vocábulo como adjetivo, em

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que o a passa a ser desinência nominal de gênero feminino, pois é possível

estabelecer-se a distinção entre os gêneros: ele é ético/ela é ética.

Alternativa C: certa. O prefixo grego meta– pode exprimir

mudança, além, depois de, no meio (metamorfose, metáfora, metonímia,

metacarpo, metatarso).

Alternativa D: errada. Completamente descabida. Não existe a

tal vogal de ligação para unir palavras por meio do hífen. O “a” integra, como

já vimos, o prefixo.

Alternativa E: errada. Na justaposição ocorre a união de duas

ou mais palavras (ou radicais) sem que haja alteração em suas estruturas.

Como vimos, meta- é prefixo, não tem autonomia.

Resposta – C

15. (FGV/Caern/Agente Administrativo/2010) Assinale a palavra que seja

formada pelo mesmo processo que megalópoles.

(A) internacional

(B) sustentabilidade

(C) saneamento

(D) obrigatoriedade

(E) olímpicos

Comentário – A rigor, em “megalópoles” houve composição por justaposição,

pois os elementos mega– (= grande; presente em megalomania, megaton,

megaevento etc.) e –póles (= cidade; presente em acrópole, Petrópolis,

metrópole etc.) nos remetem aos radicais gregos megás e polis. Entretanto,

parece que, na passagem para o Português, mega– cristalizou-se como prefixo

(ou falso prefixo). E foi assim que a banca entendeu para justificar o gabarito e

evidenciar a derivação prefixal, como em internacional (inter– + nacional).

Nessas horas, o candidato deve escolher a melhor resposta.

Nas demais alternativas, temos derivação sufixal:

– sustentável + –(i)dade;

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– sanear + –mento;

– obrigatório + –(e)dade

– olimp– (ref. à cidade de Olímpia, na Grécia) + –ico.

Resposta – A

16. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2008) Assinale a alternativa em que a

palavra indicada não seja formada pelo mesmo processo que injustiça.

(A) tecnologias

(B) auto-organização

(C) antielisão

(D) ilícito

(E) internacional

Comentário – A palavra “injustiça” é formada por derivação prefixal (in– +

justiça), bem como as palavras: “auto-organização” (auto–), “antielisão”

(anti–), “ilícito” (i–) e “internacional” (inter–).

A palavra “tecnologias” é formada por derivação sufixal:

teknos (radical grego) + log (outro radical grego) + –ia (sufixo nominal).

Resposta – A

Assim encerro esta aula demonstrativa. Espero que tudo

isso sirva de incentivo a você, que almeja um cargo no Procon-DF.

Fique com Deus e um forte abraço!

Professor Albert Iglésia

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Lista das Questões Comentadas

1. (Iades/PGDF/Analista Jurídico/Administração/2011 – adaptada) O

processo de formação do vocábulo “imutável” (linha 15) é por derivação

prefixal.

2. (Ceperj/Emater-RJ/Ag. de Desenv. Rural/2009) O par de vocábulos

retirado do texto que exemplifica um processo de formação de palavras

diferente daquele encontrado em consumir/consumo é:

(A) comprar / compra

(B) processar / processo

(C) usar / uso

(D) descartar / descarte

(E) sentir / sentido

3. (Ceperj/Pref. de Cantagalo-RJ/Engenheiro Civil/2006) A palavra ataques

(para que se evitassem doenças como ataques cardíacos), segue o mesmo

processo de formação presente na palavra assinalada em:

(A) “... ameaça permanente à sobrevivência da espécie.”

(B) “... a desnutrição foi nosso principal problema...”

(C) “...saúde pública; hoje, é a obesidade.”

(D) “...a fome representou ameaça permanente...”

4. (Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Observe o trecho abaixo.

“Os bons são aqueles que conseguem aproveitar uma descoberta para

utilizar em sua vida prática.”

No que se refere à formação das palavras, o termo grifado apresenta o

processo de

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(A) derivação regressiva, pois a classe gramatical da palavra permanece a

mesma, porém foi acrescido o artigo.

(B) derivação imprópria, pois mudou-se a classe gramatical da palavra,

estendendo-lhe a significação.

(C) redução, já que foi omitido o substantivo a que se refere o adjetivo

destacado, diminuindo o campo de significação da frase.

(D) parassíntese, no qual há a mudança de classe gramatical sem alterar a

significação da nova palavra.

(E) neologismo, já que há transformação em relação à significação da palavra

que, até então, era utilizada com um único sentido.

5. (Funrio/FURP/Analista de Contratos/2010) Observe as seguintes palavras

retiradas do texto: “desempregado”, “ganhar”, “pós-graduação”,

“contracheque”. Considerando o processo de formação das palavras em

Português, afirma-se que

(A) um dos vocábulos é formado por justaposição.

(B) um dos vocábulos resulta de derivação regressiva.

(C) um dos vocábulos resulta de derivação imprópria.

(D) três dos vocábulos são formados pro prefixação.

(E) dois dos vocábulos são formados por aglutinação.

(...)

16 A imensa série de desdobramentos científicos e

filosóficos da teoria de Einstein não cabe, evidentemente nestas

linhas. Mas seu sentido geral é radicalizar a noção de que não há

19 pontos de referência universais – nem, portanto, verdades

únicas. (...)

28 O interessante é que esta quebra de paradigmas

científicos seria seguida, décadas mais tarde, por mudanças que

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sacudiram as noções sociais de tempo e a percepção sobre o

31 status da ciência.

Internet: <http://diplo.org.br/Teoria-Geral-da-Relatividade-94.htm>

6. (Iades/CFA/Assistente Administrativo/2010) O autor marca as palavras

radicalizar e status com itálico, porque

(A) ambas são gírias.

(B) a primeira foi empregada utilizando a norma coloquial e a segunda é

considerada estrangeirismo, já que é uma palavra do latim.

(C) ambas são palavras latinas.

(D) a primeira é um estrangeirismo e a segunda foi empregada de acordo com

a norma coloquial.

7. (FGV/Ministério da Cultura/Agente Administrativo/2006) Assinale a

alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processo

que infra-estrutura

(A) nova-iorquina

(B) Paraisópolis

(C) planejando

(D) sobreviver

(E) embora

8. (FGV/Ministério da Cultura/Engenheiro Civil/2006) A palavra Emudecendo

(verso 13) foi formada pelo processo de:

(A) composição por aglutinação.

(B) derivação prefixal.

(C) derivação parassintética.

(D) derivação sufixal.

(E) derivação imprópria.

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9. (FGV/Senado Federal/Advogado/2008) Assinale a alternativa em que a

palavra tenha sido formada por processo distinto das demais.

(A) autoconhecimento

(B) supersalários

(C) geométrica

(D) insatisfação

(E) imprecisas

10. (FGV/Ministério da Educação/Administrador de Banco de Dados/2008)

Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pela união de

dois radicais, ou seja, bases de sentido das palavras.

(A) autogeridas

(B) descolonização

(C) superendividamento

(D) ecossistema

(E) desigualdades

11. (FGV/Polícia Civil-RJ/Inspetor/2008) Assinale a alternativa em que a

palavra indicada não seja formada pelo mesmo processo que as demais.

(A) ilegais

(B) desacompanhado

(C) incompatíveis

(D) demográfica

(E) inter-regionais

12. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2009) Com relação aos processos de

formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:

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I. estruturador, civilizacional e renováveis são adjetivos formados por

derivação sufixal.

II. hominização, dilapidação e autodestruição são substantivos formados por

composição e derivação.

III. autodestruição, contrapartida e responsabilidade são substantivos

formados por composição.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

13. (FGV/Sefaz-AP/Fiscal do ICMS/2010) Com relação aos processos de

formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:

I. Na palavra jeitinho, o sufixo -inho significa “diminuição”.

II. Denomina-se composição o processo de formação da palavra utilitarista.

III. A palavra analfabetismo forma-se por derivação prefixal e sufixal, a partir

do radical alfabet-.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

14. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2010) Quanto à estrutura e formação do

vocábulo meta-ética, é correto afirmar que:

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(A) forma-se pelo processo de composição por aglutinação.

(B) tem agregada ao radical étic- uma desinência nominal de gênero

feminino.

(C) contém um prefixo de origem grega também presente na palavra

“metafísica”.

(D) apresenta uma vogal de ligação –a, necessária em razão do hífen.

(E) constitui-se por meio da justaposição de dois substantivos.

15. (FGV/Caern/Agente Administrativo/2010) Assinale a palavra que seja

formada pelo mesmo processo que megalópoles.

(A) internacional

(B) sustentabilidade

(C) saneamento

(D) obrigatoriedade

(E) olímpicos

16. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2008) Assinale a alternativa em que a

palavra indicada não seja formada pelo mesmo processo que injustiça.

(A) tecnologias

(B) auto-organização

(C) antielisão

(D) ilícito

(E) internacional

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Gabarito das Questões Comentadas

1. Item errado

2. E

3. D

4. B

5. D

6. B

7. D

8. C

9. C

10. D

11. D

12. A

13. C

14. C

15. A

16. A