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Diretoria Técnica: Divisão de Pesquisa 1 FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – FEPAGRO Pesquisa agropecuária: súmula dos projetos de pesquisa e inovação tecnológica em execução 2013 / 2014 Ivan Renato Cardoso Krolow Ivonete Fatima Tazzo Porto Alegre – RS 2014

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Diretoria Técnica: Divisão de Pesquisa

1

FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – FEPAGRO

Pesquisa agropecuária: súmula dos projetos de pesquisa e inovação tecnológica

em execução 2013 / 2014

Ivan Renato Cardoso Krolow Ivonete Fatima Tazzo

Porto Alegre – RS

2014

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GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Tarso Genro SECRETÁRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E AGRONEGÓCIO Claudio Fioreze

FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - FEPAGRO PRESIDENTE Danilo Rheinheimer dos Santos DIRETOR TÉCNICO Ivan Renato Cardoso Krolow DIRETOR ADMINISTRATIVO Felipe Ortiz DIVISÃO DE PESQUISA Ivonete Fatima Tazzo DIVISÃO DE VALIDAÇÃO DE TECNOLOGIAS, PRODUÇÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Gilmar Pedrozo Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária – FEPAGRO Diretoria Técnica Rua Gonçalves Dias, 570 – Bairro Menino Deus Porto Alegre-RS CEP 90130-060 Telefone: (51) 3288-8000 Fax: (51) 3233-7607 www.fepagro.rs.gov.br – [email protected] Tiragem: 100 exemplares

Catalogação na fonte

631/635 K93p Krolow, Ivan Renato Cardoso Pesquisa agropecuária : súmula dos projetos de pesquisa e inovação tecnológica em execução 2013/2014 / Ivan Renato Cardoso ; Ivonete Fatima Tazzo. Porto Alegre : FEPAGRO, 2014. 208 p. I Tazzo, Ivonete Fatima II FEPAGRO 1Título. 2 Agricultura 3 Pecuária 4 Produção científica

Referência KROLOW, I. R. C. ; TAZZO, I. F. Pesquisa agropecuária : súmula dos projetos de pesquisa e inovação tecnológica em execução 2013/2014. Porto Alegre : FEPAGRO, 2014. 208 p.

Bibliotecária: Nêmora Arlindo Rodrigues CRB-10/820

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A FEPAGRO

A pesquisa agropecuária do estado do Rio Grande do Sul se deu a partir do ano de 1919,

com a criação da Estação de Seleção de Sementes de Alfredo Chaves, em Veranópolis.

Posteriormente foram criados quatro institutos de pesquisa nas áreas: agronômica, Instituto de

Pesquisas Agronômicas (IPAGRO), zootécnica, Instituto de Pesquisas Zootécnicas Francisco

Osório (IPZFO), veterinária, Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF) e de

recursos naturais renováveis, Instituto de Pesquisas de Recursos Naturais Renováveis (IPRNRAP),

pertencentes ao Departamento de Pesquisa da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SAA).

A pesquisa agropecuária pública do Rio Grande do Sul se funde com a história do próprio

Estado, promovendo mudanças regionais no âmbito agropecuário e até urbano. Sendo reconhecida

como a terceira Instituição de Pesquisa mais antiga da América Latina e Caribe (IAC, INFAT e

FEPAGRO), a FEPAGRO tem uma história e um legado de importante contribuição para o

crescimento econômico do Brasil. Dentre as contribuições com a geração de tecnologias que

promoveram grandes avanços no setor agropecuário, destacam-se o lançamento de diversas

cultivares dos gêneros Triticum, Zea, Glycine, Phaseolus, Lolium, Lotus, Allium, Brassicas,

Daucus e Pisum, dentre outras. Na década de 70, a FEPAGRO contribuiu de forma significativa

com a agricultura brasileira ao investigar e comprovar a eficiência das bactérias fixadoras de

nitrogênio atmosférico na cultura da soja, o que culminou com a elaboração das recomendações de

adubação nitrogenada da Rede Oficial de Laboratórios de Análises de Solo (ROLAS).

Atualmente, a Fundação dispõe de Centros de Pesquisa localizados em 17 municípios do

Rio Grande do Sul, estando presente em suas diversas regiões fisiográficas. Além disso, conta com

laboratórios na sede, em Porto Alegre, e na Fepagro Saúde Animal, em Eldorado do Sul, além de

outros no Interior.

Nossa Missão: Implementar a política de pesquisa e difusão de tecnologia agropecuária; estimular, planejar, promover e executar projetos de pesquisa agropecuária; participar da formação, orientação, coordenação e execução da política agropecuária do RS, bem como programar e desenvolver pesquisas em cooperação com instituições privadas ou públicas; produzir, difundir e preservar material genético de espécies vegetais e animais, bem como produtos imunobiológicos necessários ao desenvolvimento agropecuário.

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APRESENTAÇÃO

Esta súmula reúne os projetos protocolados e atividades complementares de pesquisa,

inovação tecnológica e difusão de tecnologia no exercício de 2013/2014 da Fundação Estadual de

Pesquisa Agropecuária (FEPAGRO). Constitui um instrumento que descreve os projetos de

pesquisa de cada Programa de Pesquisa da instituição. Trata-se de uma ferramenta organizacional

com registro e descrição sucinta dos projetos em andamento, tanto os que contam com recursos

orçamentários, bem como aqueles captados por instituições, agências e organizações de fomento à

pesquisa e a difusão tecnológica, dentre elas, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); o

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a Fundação de Amparo à Pesquisa do

Rio Grande do Sul (Fapergs), a Fundação Banco do Brasil (FBB), o Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), o

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e dos Conselhos Regionais de

Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Coredes). Os recursos financeiros externos de fomento à

pesquisa, inovação e validação tecnológica são captados por projetos elaborados pelos

profissionais da pesquisa da Fundação e por profissionais de outras instituições partícipes como

Embrapa, Institutos Federais, Colégios Agrícolas, Universidades públicas e privadas.

Na atualidade, a Fepagro conta com 88 pesquisadores que desenvolvem projetos de pesquisa

em quatro Programas de Pesquisa: Produção Vegetal, Produção Animal, Saúde Animal e Recursos

Naturais Renováveis e Clima (Quadro 1).

Indicadores

Programas de Pesquisa

Produção

Vegetal

Produção

Animal

Saúde

Animal

Recuros Naturais

Renováveis e Clima

No. Pesquisadores 28 14 25 25

No. de Técnicos 18 7 9 10

No. de Projetos 32 11 13 19

Quadro 1. Número de pesquisadores, técnicos de nível médio e de projetos de pesquisa por programa de pesquisa em 18 Unidades da Fepagro, 2014. Porto Alegre, RS.

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CENTROS DE PESQUISA DA FEPAGRO

• Sede Administrativa - FEPAGRO SEDE - Porto Alegre, RS.

• Centro de Pesquisa Emílio Schenk - FEPAGRO VALE DO TAQUARI - Taquari,

RS.

• Centro de Pesquisa José Pereira Alvarez - FEPAGRO CEREAIS - São Borja, RS.

• Centro de Pesquisa da Região Nordeste - FEPAGRO NORDESTE - Vacaria, RS.

• Centro de Pesquisa de Sementes - FEPAGRO SEMENTES - Júlio de Castilhos, RS.

• Centro de Pesquisa da Região Noroeste - FEPAGRO NOROESTE - Santa Rosa,

RS.

• Centro de Pesquisa Celeste Gobbato - FEPAGRO SERRA DO NORDESTE -

Caxias do Sul, RS.

• Centro de Pesquisa Anacreonte Ávila de Araújo - FEPAGRO FORRAGEIRAS -

São Gabriel, RS.

• Centro de Pesquisa em Florestas - FEPAGRO FLORESTAS - Santa Maria, RS.

• Centro de Pesquisa do Litoral Norte - FEPAGRO LITORAL NORTE - Maquiné,

RS.

• Centro de Pesquisa Domingos Petroline - FEPAGRO SUL - Rio Grande, RS.

• Centro de Pesquisa Carlos Gayer - FEPAGRO SERRA - Veranópolis, RS.

• Centro de Pesquisa Iwar Beckman - FEPAGRO CAMPANHA - Hulha Negra, RS.

• Centro de Pesquisa Herman Kleerekoper - FEPAGRO AQUICULTURA E PESCA

- Terra de Areia, RS.

• Centro de Pesquisa de Viamão - FEPAGRO VIAMÃO - Viamão, RS.

• Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF) - FEPAGRO

SAÚDE ANIMAL - Eldorado do Sul, RS.

• Centro de Pesquisa Emílio Schenk - FEPAGRO VALE DO TAQUARI - Taquari

• Centro de Pesquisa da Região da Serra do Sudeste - FEPAGRO SERRA DO

SUDESTE - Encruzilhada do Sul, RS.

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Sumário

PROGRAMA DE PESQUISA EM PRODUÇÃO VEGETAL .................................................................... 11

a. MEVEFE – Fortalecimento do programa de melhoramento genético vegetal da Fepagro: Conservação e uso dos recursos genéticos vegetais .................................................................................. 13

b. SEMEFRS – Fortalecimento das ações da FEPAGRO em apoio à agricultura familiar: seleção de materiais promissores visando o registro de cultivares convencionais .............................................. 16

c. Programa integrado para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar na Região do COREDE Serra do estado do Rio Grande do Sul .................................................................................... 19

1. Aspectos nutricionais do morangueiro cultivado em substrato na Serra Gaúcha......................... 21

2. Identificação, avaliação e otimização de protocolo de micropropagação in vitro de alho e de batata-doce ................................................................................................................................................... 23

3. Avaliação do caulim processado na proteção de frutas contra infestação de Anastrepha fraterculus (Diptera: Tephritidae) .............................................................................................................. 25

4. Limpeza clonal e caracterização molecular de cultivares de Cana-de-açúcar para o estado do Rio Grande do Sul ....................................................................................................................................... 27

5. Programa integrado para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar na região do Corede Serra do Estado do Rio Grande do Sul ........................................................................................ 30

6. Superação da dormência de sementes de Schinus terebinthifolius Raddi ....................................... 33

7. Rendimento agronômico de diferentes culturas em um solo tuia: a correção da acidez natural como uma ferramenta capaz de potencializar as unidades agrícolas de base familiar ......................... 35

8. Seleção genética de acessos promissores de alho (Allium sativum L. e Allium ampeloprasum L.) na região sul do Rio Grande do Sul para uma agricultura de baixo impacto ambiental...................... 38

9. Seleção de genótipos promissores ao cultivo da ervilha (Pisum sativum L.) em sistema de baixo impacto ambiental ....................................................................................................................................... 41

10. A anficarpia como estratégia de vida e persistência em Trifolium polymorphum Poir., nas pastagens naturais do Rio Grande do Sul ................................................................................................. 43

11. Desempenho agronômico de diferentes cultivares de cebola em sistema de plantio direto de sementes e mudas em solo Tuia .................................................................................................................. 45

12. Viabilidade da utilização do resíduo de pescado como substrato para o cultivo de mudas de hortaliças em sistema floating .................................................................................................................... 48

13. Promoção e desenvolvimento da agricultura familiar: industrialização de alho e cebola ............ 50

14. Melhoramento e seleção genética de mostarda (Brassica juncea L.) na região sul do Rio Grande do Sul ............................................................................................................................................................ 53

15. Melhoramento genético de cenoura (Daucus carota L.) de verão para região sul do Rio Grande do Sul ............................................................................................................................................................ 55

16. Produção de hortaliças e sementes: Convencional e Orgânico........................................................ 58

17. Resgate, Seleção e Melhoramento da cebola (Allium cepa L.) ......................................................... 61

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18. Estabelecimento de uma coleção, in vitro, de espécies nativas do bioma Pampa com potencial forrageiro...................................................................................................................................................... 64

19. Sistemas de cultivo alternativos em feijão para o uso no melhoramento genético da FEPAGRO ... ............................................................................................................................................................... 66

20. Screening de acessos de feijão da Fepagro com enfoque na tolerância à seca................................ 68

21. Desenvolvimento de genótipos de soja com alta produtividade para a macrorregião sojícola 1 . 70

22. Interferências em métodos para análise física de substratos para plantas .................................... 73

23. Caroço de pêssego como alternativa de substrato para plantas ...................................................... 75

24. Fenologia de frutíferas de clima temperado: a importância do monitoramento da relação clima-planta e do resgate de registros históricos na Fepagro Serra – Veranópolis ......................................... 77

25. Coberturas de solo no cultivo do abacaxizeiro (Ananas comosus L.) ............................................. 79

26. Utilização de malhas sombreadoras no cultivo do abacaxizeiro (Ananas comosus L.) e seu efeito em caracteres de importância agronômica................................................................................................ 81

27. Caracterização e estudo da divergência genética de genótipos de trigo do Banco de Germoplasma da Fepagro .......................................................................................................................... 83

28. Aspectos genéticos e fitossanitarios da cultura do abacaxi do Litoral Norte ................................. 85

29. Levantamento de espécies de cochonilhas (Hemiptera; Coccoidea) e seus parasitoides ocorrentes em cultivos de oliveiras (Olea europaea L., Oleaceae) .............................................................................. 88

PROGRAMA DE PESQUISA EM PRODUÇÃO ANIMAL ....................................................................... 91

30. Produção de jundiá (Rhamdia quelen) em monocultivo e policultivo com tilápia (Oreochromis niloticus) em sistema de bioflocos no Rio Grande do Sul: avaliação do desempenho, sanidade, viabilidade econômica e aproveitamento do efluente do sistema ............................................................ 93

31. Estudo de viabilidade ambiental e econômica da criação de espécie de peixes nativos, piscicultura em tanques-rede na Lagoa da Cerquinha – Balneário Pinhal/RS ..................................... 95

32. Modelagem das relações clima-planta-animal em pastagens do Bioma Pampa ............................ 97

33. Modelagem espaço-temporal e espectral em pastagens naturais: enfoque na produtividade e conservação do Bioma Pampa .................................................................................................................... 99

34. Conservação do Bioma Pampa através da integração de ações de minimização da fragmentação de habitats e identificação do potencial biológico ................................................................................... 103

35. Fortalecimento da agricultura familiar cooperativada na cadeia produtiva do leite .................. 106

36. Produção de bovinos em pastejo e conservação de ambientes pastoris naturais: um experimento no Bioma Pampa para longa duração ...................................................................................................... 108

37. Sustentabilidade de sistemas produtivos da carne caprina na Serra do Sudeste do RS. ............ 112

38. Medidas acústicas do comportamento e da ingestão de forragem por ruminantes em pastejo . 114

39. Monitoramento da invasão biológica por mexilhão dourado - Limnoperna fortunei através da avaliação da ocorrência de juvenis e adultos nas instalações da FEPAGRO Aquicultura e Pesca e em sua área limítrofe com a lagoa dos Quadros – RS/Brasil ....................................................................... 116

40. Avaliação do custo de produção e do desempenho de terneiros recebendo diferentes níveis de suplementação em pastejo contínuo ......................................................................................................... 117

PROGRAMA DE PESQUISA EM SAÚDE ANIMAL .............................................................................. 120

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a) SANIMARS – Apoio à pesquisa e desenvolvimento em sanidade animal no Rio Grande do Sul .... ............................................................................................................................................................. 121

41. Utilização de probiótico (Bacillus licheniformis e Saccharomyces cerevisiae) na criação de juvenis de jundiás (Rhamdia quelen) em sistema de bioflocos ............................................................................ 124

42. Utilização de eugenol comercial como anestésico em juvenis de peixes nativos do Rio Grande do Sul com potencial para aquicultura continental ..................................................................................... 126

43. Avaliação do uso de um probiótico comercial no controle de Ichthyophthirius multifiliis em juvenis de jundiás (Rhamdia quelen) ....................................................................................................... 128

44. Levantamento da ocorrência e prevalência de parasitas da ictiofauna capturada na Bacia do Rio Tramandaí .................................................................................................................................................. 130

45. Inovação tecnológica no laboratório de saúde das aves da Fepagro saúde animal ..................... 132

46. Detecção de mutações associadas à resistência a piretróides em Rhipicephalus microplus ........ 136

47. Quantificação de enzimas relacionadas à resistência acaricida em Rhipicephalus (Boophilus) microplus ..................................................................................................................................................... 138

48. Caracterização de mecanismos de resistência em isolados de Rhipicephalus microplus multirresistentes à acaricidas ................................................................................................................... 140

49. Utilização de uma cepa padrão sensível de Rhipicephalus Boophilus microplus como estratégia para diminuir resistência a carrapaticidas em condições de campo ..................................................... 144

50. Investigação eco-epidemiológica de zoonoses emergentes transmitidas por carrapatos no Rio Grande do Sul ............................................................................................................................................ 146

51. Desenvolvimento de metodologias para detecção e avaliação dos principais patógenos importantes na sanidade aviária .............................................................................................................. 149

52. Desenvolvimento de kit para detecção de E. coli patogênicas para aves ...................................... 153

PROGRAMA DE PESQUISA EM RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS E CLIMA .................... 156

a) MAIS ÁGUA – sistemas agrícolas produtivos visando ao aumento da disponibilidade e à melhoria da qualidade de água................................................................................................................. 158

b) REDE CLIMASUL – Rede Sul de pesquisas sobre mudanças climáticas e prevenção aos desastres naturais ...................................................................................................................................... 162

c) Modernização da Coleção SEMIA – Referência nacional de estirpes de rizóbios recomendadas para a elaboração de produtos inoculantes ............................................................................................. 163

53. Propagação vegetativa do butiazeiro através da embriogênese somática .................................... 166

54. Sensoriamento remoto ativo como ferramenta de precisão para viticultura familiar ................ 168

55. Estudo de viabilidade ambiental e econômica da criação de espécie de peixes nativos, piscicultura em tanques-rede na Lagoa da Cerquinha – Balneário Pinhal/RS ................................... 171

56. Avaliação e caracterização da comunidade bacteriana não cultivável em uma área do Bioma Pampa com diferentes tipos de manejo ................................................................................................... 173

57. Elaboração de inoculantes baseados em bactérias promotoras do crescimento vegetal que se associam ao milho e trigo adaptados a região noroeste do estado do Rio Grande do Sul................... 176

58. Apoio às cadeias produtivas locais e regionais de base familiar da região da serra gaúcha ...... 180

59. Insumos biológicos para o cultivo sustentável do tomateiro .......................................................... 182

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60. Isolamento e avaliação de isolados de Trichoderma sp. com potencial antagonista a fungos fitopatogênicos ........................................................................................................................................... 186

61. Monitoramento da fauna edáfica ás margens do Banhado do 25 ................................................. 188

62. Determinação de parâmetros agrometeorológicos, agronômicos e fitossanitários para o cultivo do tomate cereja em ambiente protegido e a campo .............................................................................. 190

63. Influência de plantas de cobertura sobre parâmetros de solo e produtividade de culturas de grãos no planalto médio do Rio Grande do Sul ...................................................................................... 193

64. Evapotranspiração diária em áreas agrícolas na região nordeste do Rio Grande do Sul por meio de imagens orbitais .................................................................................................................................... 196

65. Potencialidades para obtenção de Indicação Geográfica (IG) por parte do abacaxi (Ananas comosus) de Terra de Areia – RS ............................................................................................................. 198

66. Implementação de técnicas de controle biológico para supressão de espécies de serradores (Oncideres spp.) ocorrentes em plantio de acácia-negra (Acacia mearnsii) .......................................... 202

67. Levantamento e avaliação das espécies de Trichogramma ocorrentes em lavouras de milho na região central do Rio Grande do Sul, como primeiro passo para um programa de controle biológico aplicado ....................................................................................................................................................... 205

68. Biossistemática de Coccoidea (Hemiptera, Sternorrhyncha) e Taxonomia de insetos de importância agrícola ................................................................................................................................. 207

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PROGRAMA DE PESQUISA EM PRODUÇÃO VEGETAL

Coordenador do Programa: Jackson Zuchi

Linhas de Pesquisa:

1. Fitotecnia

2. Fitossanidade

3. Melhoramento genético

4. Conservação de recursos genéticos

5. Recursos florestais

CENTROS DE PESQUISA:

• Centro de Pesquisa Emílio Schenk - FEPAGRO VALE DO TAQUARI - Taquari, RS.

• Centro de Pesquisa José Pereira Alvarez - FEPAGRO CEREAIS - São Borja, RS.

• Centro de Pesquisa da Região Nordeste - FEPAGRO NORDESTE - Vacaria, RS.

• Centro de Pesquisa de Sementes - FEPAGRO SEMENTES - Júlio de Castilhos, RS.

• Centro de Pesquisa da Região Noroeste - FEPAGRO NOROESTE - Santa Rosa, RS.

• Centro de Pesquisa Celeste Gobbato - FEPAGRO SERRA DO NORDESTE - Caxias

do Sul, RS.

• Centro de Pesquisa Anacreonte Ávila de Araújo - FEPAGRO FORRAGEIRAS - São

Gabriel, RS.

• Centro de Pesquisa em Florestas - FEPAGRO FLORESTAS - Santa Maria, RS.

• Centro de Pesquisa do Litoral Norte - FEPAGRO LITORAL NORTE - Maquiné, RS.

• Centro de Pesquisa Domingos Petroline - FEPAGRO SUL - Rio Grande, RS.

• Centro de Pesquisa Carlos Gayer - FEPAGRO SERRA - Veranópolis, RS.

• Centro de Pesquisa Iwar Beckman - FEPAGRO CAMPANHA – Hulha Negra, RS.

• Sede Administrativa - FEPAGRO SEDE - Porto Alegre, RS.

MACRO-ATIVIDADES TÉCNICO/INSTITUCIONAIS:

• PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE TRIGO

• PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE FEIJÃO

• PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE SOJA

• PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE SORGO

• PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE HORTALIÇAS

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• PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE FRUTEIRAS

• PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DE RECURSOS FLORESTAIS

• ENSAIO ESTADUAL DE CULTIVARES DE TRIGO

• ENSAIO ESTADUAL DE CULTIVARES DE MILHO

• ENSAIO ESTADUAL DE CULTIVARES DE FEIJÃO

• DESENVOLVIMENTO DE SUBSTRATOS

• DESENVOLVIMENTO DE MÉTODOS DE CONTROLE DE DOENÇAS

• ESTUDOS DE DORMÊNCIA DE SEMENTES

• DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS AGROINDUSTRIAIS

• AGROENERGIA

PROGRAMA EM NÚMEROS:

• Titulação dos pesquisadores: 23 doutores, 4 mestres e 1 graduado.

• Número de técnicos: 18

• Número de projetos desenvolvidos no programa: 32 projetos

• Projetos estruturantes: BAGFE (2011), SEMEFRS (2013) e COREDE SERRA (2013)

Pesquisador (a) Titulação Coordenação Integrante André Boldrin Beltrame Dr. 0 4 André Samuel Strassburger Dr. 2 1 Caio Fábio Stoffel Efrom Dr. 1 1 Caren Regina Cavichioli Lamb Dra. 2 3 Claudia Martellet Fogaça Dra. 1 2 Cleber Witt Saldanha Dr. 1 0 Daiane Silva Lattuada Dra. 0 2 Daniela da Rocha Vitória Krolow Dra. 2 7 Ionara Fátima Conterato Dra. 2 1 Ivan Renato Cardoso Krolow Dr. 7 4 Jacson Zuchi Dr. 0 3 Joseila Maldaner Dra. 1 1 Juliano Garcia Bertoldo Dr. 3 4 Lia Rosane Rodrigues Dra. 0 1 Liege Camargo da Costa Dra. 1 2 Marcelo de Carli Toigo MSc. 0 2 Maria da Graça de Souza Lima Dra. 1 6 Maria Helena Fermino Dra. 2 0 Miriam Valli Buttow Dra. 0 2 Nilton Luís Gabe Grad. 0 1 Rafael Anzanello Dr. 1 2 Raquel Paz da Silva Dra. 2 5 Rita de Cássia Trento Donadel MSc. 0 1 Rogério Ferreira Aires Dr. 1 3 Rosa Maria Domingues Dra. 0 11 Sonia Maria Camargo Lobato MSc. 0 0 Vera Regina dos Santos Wolff Dra. 2 0 Zeferino Genesio Chielle MSc. 0 1

Quadro 2. Pesquisadores que integram o Programa de Pesquisa em Produção Vegetal. 2011/2014.

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PROJETOS

TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00100 - 2011/14.

a. MEVEFE – Fortalecimento do programa de melhoramento genético vegetal da Fepagro: Conservação e uso dos recursos genéticos vegetais

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Juliano Garcia Bertoldo COLABORADORES: André Boldrin Beltrame Bernadete Radin Claudia Martellet Fogaça Diego Bitencourt de David Ionara Fatima Conterato Jacson Zuchi Jorge Dubal Martins Julio Kuhn da Trindade Maria da Graça de Souza e Lima Paulo Roberto Simonetto Rafael Anzanello Raquel Paz da Silva Rodrigo Favreto Rogério Ferreira Aires LOCAIS DE EXECUÇÃO: Nas Unidades da Fepagro de São Gabriel, Julio de Castilhos, Maquiné, Vacaria, Taquari e Rio Grande. FONTE FINANCIADORA: MCTI/FINEP/CT-INFRA e Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: 2012 a 2015 Objetivo Geral:

Melhorar a infraestrutura, organizar e estruturar uma coleção de acessos do Banco Ativo de Germoplasma da FEPAGRO (BAGFE) para utilização em programas de melhoramento genético com enfoque na redução do uso de insumos. Objetivos Específicos: • Estruturar o Banco de Germoplasma de forrageiras da FEPAGRO Forrageiras; • Estruturar o Banco de Germoplasma de feijão da FEPAGRO Litoral Norte; • Estruturar o Banco de Germoplasma de frutíferas nativas da FEPAGRO Litoral Norte; • Estruturar o Banco de Germoplasma de kiwi da FEPAGRO Serra; • Estruturar o Banco de Germoplasma de soja da FEPAGRO Sementes; • Estruturar o Banco de Germoplasma de trigo da FEPAGRO Nordeste;

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IMPACTOS PREVISTOS: Algumas etapas posteriores à reestruturação dos Bancos Ativos de Germoplasma da

FEPAGRO (BAGFE) serão possibilitadas após a execução deste projeto, serão importantes na melhoria do programa de melhoramento genético da FEPAGRO e de diversas atividades de pesquisas.

Nesse sentido, há interesse em disponibilizar a coleção de acessos do BAGFE para projetos de pesquisa em nível de graduação e pós-graduação. Dentro desse âmbito, diferentes projetos podem ser realizados, sendo: i) Caracterização morfológica para caracteres de interesse dos acessos do BAGFE; ii) caracterização molecular dos acessos do BAGFE; iii) análise de diversidade genética; iv) cruzamentos dirigidos para ideótipos de planta; v) seleção de indivíduos oriundos de cruzamentos e vi) manipulação in vitro da variabilidade genética por indução de variações de ploidia, transformação genética, etc. Dentro do contexto do melhoramento institucional da FEPAGRO, a partir da reestruturação do BAGFE será possível: i) realizar diversos screenings para caracteres de interesse dos pequenos agricultores e melhoristas (pré-melhoramento); ii) realizar cruzamentos dirigidos para obtenção de populações segregantes promissoras, iii) selecionar e identificar linhagens promissoras e iv) lançamento de cultivares derivadas a partir do pré-melhoramento.

Alguns projetos derivados da reestruturação do BAGFE, poderiam ser implementados a curto e médio prazo, como por exemplo: a) caracterizar os acessos do BAGFE para os descritores mínimos; b) discriminar genótipos superiores do BAGFE, dentro de cada cultura, com potencial para serem utilizados em sistemas de cultivo com o menor número de insumos e; c) introdução direta de genótipos potenciais.

Ademais, será possível retomar e ampliar a interação com outras instituições de pesquisa, pois a FEPAGRO terá uma estrutura adequada para trabalhos conjuntos, como intercâmbio de estudantes e pesquisadores para executarem suas atividades de melhoramento dentro do Centro. Nesse sentido, os principais impactos serão: Impacto tecnológico • Maior agilidade de etapas nos programas de pesquisa ligados a recursos genéticos e

melhoramento genético da FEPAGRO; • Aumento da capacidade operacional para o desenvolvimento de novos produtos ou processos

com vistas à obtenção de patentes; • Melhoria de processos e produtos relacionados ao melhoramento genético da FEPAGRO; • Fortalecimento da cadeia produtiva gaúcha pelo uso de cultivares melhoradas; • Resgate de no mínimo 1.000 genótipos (crioulos, linhagens, variedades) para utilização no

programa de melhoramento genético da FEPAGRO após a implementação do projeto; • Criação ou reestruturação de seis Bancos de Germoplasma (BAGs): feijão, forrageiras,

frutíferas nativas, kiwi, soja e trigo; • Identificação de indivíduos promissores para entrar em blocos de cruzamento ou em testes de

avaliação de rencimento. Impacto Econômico: • Aumento da sustentabilidade das culturas de feijão, de forrageiras, de frutíeras, de soja e de

trigo em áreas desfavoráveis ao cultivo; • Maior rentabilidade devido ao aumento da produtividade e qualidade tecnológica de novas

cultivares; • Fortalecimento da cadeia produtiva das culturas de feijão, de forrageiras, de frutíferas, de soje

e de trigo para a economia. Impacto Científico: • Aumento da capacidade de elaboraçãio de artigos científicos; • Aumento do número de trabalhos de conclusão de curso; • Aumento no número de dissertaçãos e/ou teses; • Consolidação de equipes em recursos genéticos e no melhoramento genético da FEPAGRO;

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• Fortalecimento de parcerias entre instituições de pesquisa e ensino; • Favorecimento das interações científicas e tecnológicas com grupos de pesquisas nacionais e

internacionais já consolidade; • Capacitação de recursos humenos; • Formação de massa crítica em conservação e uso de gemoplasma. Impacto Social: • Melhoria do perfil dos recursos humanos devido à capacidade profissional: • Aumento da oferta de produtos pelo incremento de produtividade: • Maior rentabilidade ao pequno agricultor a partir do uso de variedades melhoradas específicas

as condições de cultivo com pouco insumo; • Capacitação de estudantes de nível técnico, de graduação e pós graduação; • Oferta de variedades de kiwi e de frutíferas nativas com maior aceitação do consumidor. Impacto Ambiental: • Conservação e diversidade genética das culturas de feijão, de forrageiras, de frutíferas, de soja

e de trigo; • Redução da necessidade de abertura de novas áreas por meio do aumento da produtividade e

do reaproveitamento de áreas degradadas com o uso de cultivares adaptadas a tais condições ambientais;

• Redução da contaminação ambiental com agrotóxicos pelo uso de cultivares específicas as condições de cultivo com pouco insumo e resistentes a pragas e doenças.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00101 - 2011/14.

b. SEMEFRS – Fortalecimento das ações da FEPAGRO em apoio à agricultura familiar: seleção de materiais promissores visando o registro de cultivares convencionais

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Ionara Fatima Conterato COLABORADORES: André Boldrin Beltrame Bernadete Radin Diego Bitencourt de David Ivan Renato Krolow Ivonete Fatima Tazzo Jackson Zuchi Daniela da Rocha Vitoria Krolow Rosa Domingues Moraes Julio Kuhn da Trindade Juliano Garcia Bertoldo Raquel Paz da Silva Rogério Ferreira Aires Liege Camargo da Costa Maria da Graça de Souza e Lima Zeferino Genésio Chielle Priscylla Ferraz Camara Monteiro LOCAIS DE EXECUÇÃO: Nas Unidades da Fepagro de São Gabriel, Julio de Castilhos, Maquiné, Vacaria, Taquari e Rio Grande. FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios / FINEP VIGÊNCIA PREVISTA: 2013 a 2015 OBJETIVOS GERAIS:

A fepagro pretende contribuir de forma mais signifivcativa com o Estado ao lançar cultivares de sementes capazes de atenderem as atuais demandas regionais, promover e fomentar uma agricultura de baixo impacto ambiental. Assim, o objetivo do projeto é obter sementes convencionais de diferentes culturas que possam servir de base para a sustentabilidade da agricultura familiar gaúcha através do Melhoramento Genético Clássico de forrageiras, cereais, gãos e olerícolas, alguns deles já identificados e caracterização, seleção e lançamento de materiais superiores, alguns deles já identificados e caracterizados fenotipicamente. Atrelado à ampliação de infraestrutura da FEPAGRO já em andamento, os recursos solicitados contribuirão com a geração de conhecimento, tecnologia e inovação, dando suporte aos programas governamentais como troca-troca de sementes, reduzindo assim a dependência dos agricultores a tecnologias de empresas estrangeiras, bem como a de sementes transgênicas.

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METODOLOGIA: O resgate das linhagens e a reestrutura dos Bancos de Germoplasma da Fepagro (BAGFE)

são importante para avançar de forma significativa na criação de novas cultivares mais produtivas e com menor demanda de insumos, fortalecendo a sustentabilidade da agricultura familiar.

A caracterização e seleção de materiais promissores par características de interesse morfo-agronômicas nos acessos de germoplasma de forragens, cereais, grãos e olerícolas mantidos pela FEPAGRO serão intensificadas. Especificamente, a seleção de materiais promissores referentes a plantas forragens na Fepagro em São Gabriel se dará através da coleta, resgate e seleção de espécies nativas dos gêneros Paspalum, Desmodium e Bromus e exóticos como Lolium multiflorum L. (azevém anual), constatado em ações institucionais principalmente na fronteira oeste, que se estendem pelos biomas Pampa e Mata Atlântica.

Na Fepagro Nordeste, em Vacaria, tem-se a disposição 110 acessos de trigo (Triticum aestivum L.), que poderão ser incluídos no PMG em Rede, permitindo assim a identificação de materiais superiores para a características de interesse agronômico ( estrutursa e arquitetura de plantas, ciclo , resistênciaa e/ou suscetibilidade a doenças, redimento de grãos) nas diferentes regiões edafoclimáticas do Estado. Na Fepagro Litoral Norte, em Maquiné as pesquisas com feijão (Phaseolus vulgaris L.) foram retiomadas e ampliadas e hoje conta como 110 acessos, alguns em estágios avançado de seleção para as características de interesse como rendimento de gãos, cocção, estatura e arquitetura, ciclo, teor de proteína. A Fepagro Sementes, em Júlio de Castilhos possui 486 acessos de soja (Glycine max L.), que fazem parte do PMG em Rede. Contando com os recursos genéticos desse acesso no ano de 2011 procedeu-se a busca de materiais destinados ao consumo humano, levando a campo 50 materiais para serem avaliados, quanto a presença nas sementes de cotilédones, tegumento e hilo amarelos ou claros, alto teor de proteínas e ausência de enzimas lipoxigenases. Dos materiais observados foram selecionados 30 que deram origem a em 2012 aos ensaios preliminares de soja com vistas ao consumo humano em Júlio de Castilhos. Em 2013 a Fepagro vem trabalhando numa proposta de convênio com a EMBRAPA soja para investigarem juntas os bancos de germoplasma de ambas e trabalhem na busca de sementes convencionais em co-titularidade de registro.

O banco Ativo de Gemoplasma (BAG) de sorgo da Fepagro Vale do Taquari, em Taquari, conta com 230 acessos de sorgo, alguns desses já em avaliações preliminares de campo. Na Fepagro Sul, em Rio Grande estão disponíveis no BAG, as cultivares de cebola, cenoura, ervilha e mostarda que necessitam ser caracterizados.

Os ensaios serão instalados em difetentes unidades de mapeamento do solo e a correção das deficiências mineirairs levantadas no laboratório de solos da Fepagro, serão compensadas com fertilizantes mineirais convencionais, tendo como base o ROLAS (2004). Os acessos já descritos seguirão o delineamento expperimental em blocos ao acaso com no mínimo três repetições em todos os ensaios a campo. O tamanho de parcelas será de acordo com a cultura e peculiaridade da espécie em estudo, tendo como base a recomendação do Regristro Nacional de Cultivares (RNC) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). O controle de plantas concorrentes será realizado através do uso de mulching, capina manual e aplicação de herbicidas. Durante o desenvolvimento das culturas serão realizadas avaliações morfo-agronomicas, seguindo descritores mínimos específicos em cada cultura.

Nas analises pós-colheitas serão avaliados caracteres de importância de cada cultura, tais como produtividades de grãos em kg ha-1, número de espigas, numero de legumes comprimento de espigas, números de grãos por legume, presença de cotilédones, tegumentos, e hilos amarelos ou claros, teor de proteínas e ausência de enzimas lipoxigenases, número de bulbos ha-1, forma e coloração, ciclo cultural, comprimento e diâmetro de raízes, coloração, presença e /ou ausência de ombro verde e percentiual correspondente, deformação radícula, resistêncial e/ou suscetibilidade a nematoides, áreas foliar, fitomassa fresca e seca da parte aérea, número de dias entre a floração e a maturação, estrutura e arquitetura de plantas, peso de mil grãos, altura de inserção do primeiro legume, duiâmetro da região do colo e do caule, diâmetro de espigas, identificação de materiais resistentes a doenças e dano a cada cultura, entre outros.

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Os resultados obitidos serão submetidos às análises estatísticas pertinentes a cada cultura e a sua relevância, tendo como suporte as ferramentas da estatística convencional, ambiental, biológica, multivariada e geoestátisticas.

As diferentes instituições responsabilizam-se pela instalação e conduçãode ensaios a campo em diversas regiões do Estado, compondo, para cada cultura, os chamados ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCUs).

Para a produção das sementes a Fepagro disponibilizará áreas na Fepagro Sementes e Fepagro Nordeste. Além das áreas da Fepagro, serão propostos alguns convênios com empresas públicas, privadas e associações /cooperativas de agricultores que ficarão responsáveis pela multiplicação e distribuição das novas cultivares da Fepagro. RESULTADOS ESPERADOS: • Aumentar a produtividade e a qualidade das sementes de milho, trigo, feijão, soja, cebola,

cenoura, mostarda e ervilha; • Aumentar a produção de matéria verde e seca para forragens; • Fortalecer a agricultura familiar e as cadeiras produtivas com a disponibilidade de sementes de

qualidade; • Identificar e resgatar o germoplasma das espécies incluídas no projeto; • Interagir com as Instituições de ATER (Assistentes Técnicos Regionais) através de dias de

campo e reuniões técnicas para divulgação dos resultados; • Lançar e disponibilizar novas cultivares de feijão, soja, trigo, milho, cebola, cenoura, mostarda

e ervilha adaptadas as diferentes condições edafoclimáticas do RS; • Obter sementes genéticas das espécies incluídas no projeto; • Proteger os materiais genéticos da FEPAGRO; • Retomar e fortalecer os programas públicos de pesquisa e melhoramento genético para as

culturas acima citadas;

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00102 - 2011/14.

c. Programa integrado para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar na Região do COREDE Serra do estado do Rio Grande do Sul

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Caren Regina Cavichioli Lamb COLABORADORES: Amanda Heemann Junges André Samuel Strassburger Cláudia Martellet Fogaça Daiane Silva Lattuada Gabriele Sartori Lineu Mignon Miriam Valli Büttow Rafael Anzanello

LOCAIS DE EXECUÇÃO: Centros de Pesquisa da Fepagro de Caxias do Sul e Veranópolis FONTE FINANCIADORA: COREDE SERRA VIGÊNCIA PREVISTA: Janeiro de 2014 a Dezembro de 2015 OBJETIVO GERAL:

Ampliar e consolidar a infraestrutura física de suporte às ações dos municípios do COREDE Serra no Centro de Treinamento de Produtores de Fazenda Souza – CEFAS, em Caxias do Sul.

Potencializar as atividades de pesquisa da Fepagro Serra do Nordeste, com vistas a desenvolver novas tecnologias que possibilitem incrementos na produtividade das plantas e na qualidade dos produtos obtidos. METODOLOGIA:

Serão realizados experimentos com as culturas do alho, batata-doce, morangueiro, tomateiro, videira, quivizeiro, figueira e oliveira. Os experimentos serão realizados na FEPAGRO Serra do Nordeste e na FEPAGRO Serra durante o período de jan/2014 a dez/2015. Os experimentos visarão avaliar diferentes materiais genéticos, práticas e técnicas de cultivo. Após a avaliação preliminar nos Centros de Pesquisa, serão realizados experimentos nas propriedades agrícolas buscando a validação das tecnologias geradas. Ainda, durante o período em que os experimentos estiverem ocorrendo, serão realizadas atividades integradas com os agricultores, como seminários e dias de campo nos Centros de Pesquisa. Serão estudados aspectos relacionados à nutrição das plantas, irrigação, fitossanidade, pós-colheita, manejo cultural, limpeza clonal e caracterização morfológica e genética das plantas. Após a avaliação preliminar nos Centros de Pesquisa, serão realizados experimentos nas propriedades agrícolas buscando a validação das tecnologias geradas.

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METAS, CRONOGRAMA e BENEFICIÁRIOS

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00103 - 2011/14.

1. Aspectos nutricionais do morangueiro cultivado em substrato na Serra Gaúcha PESQUISADOR RESPONSÁVEL: André Samuel Strassburger COLABORADORES: Caren Regina Cavichioli Lamb Cândida Raquel Scherrer Montero Fernando Fracaro Bernadete Radin LOCAIS DE EXECUÇÃO: Caxias do Sul FONTE FINANCIADORA: FAPERGS VIGÊNCIA PREVISTA: Novembro 2012 a abril 2014 OBJETIVO GERAL:

Gerar conhecimentos básicos e aplicados sobre o cultivo do morangueiro em substrato, enfocando a recirculação e a concentração de nutrientes da solução nutritiva. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Avaliar o desempenho produtivo do morangueiro cultivado em substrato com e sem

recirculação da solução nutritiva; • Quantificar o crescimento e a produtividade do morangueiro cultivado em substrato em

diferentes concentrações de solução nutritiva; • Definir a absorção dos nutrientes pelo morangueiro cultivado em substrato; • Identificar uma solução nutritiva para o morangueiro cultivado em substrato baseada no teor

de nutrientes da massa seca das plantas. METODOLOGIA:

Para a construção do perfil de cultivo, será utilizado filme plástico tubular que, quando preenchido com substrato proporcionará dimensões aproximadas de 1,00m de comprimento, 0,25m de largura e 0,15m de altura, comportando, aproximadamente, 30 L de substrato e oito plantas. Os sacos de cultivo serão dispostos em seis duplas fileiras, com seis metros de comprimento, apoiados em ripas fixadas em moirões de madeira enterrados de forma a proporcionar altura de 1,00m.

No sistema com recirculação da solução nutritiva, a correção da concentração de nutrientes será realizada por meio da adição de nutrientes ou de água quando o valor variar 10%. A correção será realizada com adição de água, para reduzir a concentração de nutrientes da solução nutritiva, ou da adição de solução estoque concentrada, para elevar a concentração de nutrientes. Não havendo variação da condutividade elétrica da solução nutritiva, será mantido um volume de solução suficiente para atender o consumo hídrico das plantas e que não comprometa o funcionamento das bombas de impulsão. No sistema aberto, será feita nova solução nutritiva, sempre que o volume for insuficiente para manter o funcionamento do sistema. O pH da solução nutritiva, em ambos sistemas, será mantido entre 5,5 e 6,3 através da adição de solução de correção à base de ácido nítrico (HNO3 1N) ou hidróxido de sódio (NaOH 1N). A vazão média

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diária prevista por planta será estabelecida conforme a fase de desenvolvimento da cultura, mais 20% de solução nutritiva para drenagem, segundo as recomendações gerais para fertirrigação em substrato.

O substrato a ser utilizado será composto por uma parte de composto oriundo da cooperativa Ecocitros e uma parte de casca de arroz carbonizada, formulação amplamente adotada por alguns agricultores da região.

Tratamentos e delineamento experimental: Os tratamentos constarão da combinação de três fatores experimentais: recirculação da solução nutritiva, concentração de nutrientes na solução nutritiva e cultivar. O primeiro fator será estudado em dois níveis, com e sem recirculação da solução nutritiva. Para o segundo, serão avaliadas três concentrações (50; 100 e 200%) elaboradas a partir da recomendação de Furlani & Fernandes Junior (2001). O fator cultivar será estudado em dois níveis: Albion e Aromas. O delineamento experimental utilizados será o de blocos casualizados com três repetições. Cada dupla de sacos de cultivo, contendo oito plantas em cada (16 ao todo), representará a unidade experimental.

Avaliações a serem realizadas: Análise de crescimento, produtividade e qualidade da produção. RESULTADOS ESPERADOS: • Identificar os pontos de estrangulamento que limitam a prática da recirculação da solução

nutritiva nos sistemas de cultivo em substrato adotados na Serra Gaúcha; • Indicar a concentrações de nutrientes da solução nutritiva mais indicada para o morangueiro

cultivado em substrato na Serra Gaúcha; • Elaborar uma recomendação de solução nutritiva baseada no teor de nutrientes do tecido

vegetal das plantas cultivadas em substrato. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

2012 2013 2014

Atividades Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr

Revisão da Literatura X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Organização da estufa X X X X X

Aquisição das mudas e fertilizantes

X X X

Sorteio e atribuição dos tratamentos

X

Instalação do experimento X X

Condução do experimento X X X X X X X X X X X

Análise de biomassa X X

Análise de tecido vegetal X X

Tabulação de dados X X X X X X X

Análise dos resultados X X X X X X X X

Elaboração de relatório técnico e prestação de contas

X X

Elaboração de artigo científico X X X X X

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00104 - 2011/14.

2. Identificação, avaliação e otimização de protocolo de micropropagação in vitro de alho e de batata-doce

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: André Samuel Strassburger COLABORADORES: Caren Regina Cavichioli Lamb Miriam Valli Büttow Daiane Silva Lattuada LOCAIS DE EXECUÇÃO: Caxias do Sul FONTE FINANCIADORA: COREDE, CNPq/PIBITI VIGÊNCIA PREVISTA: Agosto de 2014 a julho de 2015 Objetivo Geral

Gerar conhecimento básico e aplicado sobre as culturas do alho e da batata-doce, enfocando aspectos relacionados à identificação e avaliação de cultivares adaptada a Serra Gaúcha, buscando o incremento da produtividade dessas espécies na região.

Objetivos Específicos • Realizar o levantamento e a identificação com base em parâmetros genéticos e morfológicos,

dos acessos de alho e de batata-doce cultivados na Serra Gaúcha; • Avaliar os materiais genéticos de alho e de batata-doce utilizados por agricultores na Serra

Gaúcha e testar outros que estejam disponíveis para o cultivo; • Obter um protocolo de micropropagação in vitro para as culturas do alho e da batata-doce livre

de doenças. METODOLOGIA:

Para o levantamento dos materiais genéticos de alho e de batata-doce mais utilizados na região da Serra Gaúcha, serão identificados agricultores que se dedicam ao cultivo dessas espécies e, mediante entrevista, com uso de questionários, será identificada a procedência das cultivares, o período de tempo que são cultivadas e a forma de obtenção das estruturas de propagação, bem como georreferenciamento da área de coleta.

Após a identificação dos materiais genéticos mais utilizados de alho e de batata-doce, será realizada a avaliação agronômica das cultivares. O cultivo será realizado na Fepagro Serra do Nordeste. O fator experimental estudado será cultivar, sendo escolhidos os cinco principais acessos de cada espécie cultivados na região com base no levantamento realizado no primeiro plano de ação do projeto.

A caracterização morfológica considerará os seguintes parâmetros para o alho: altura da planta, largura da folha e número de folhas. Em relação às características do bulbo, serão avaliadas: a coloração da película do bulbilho, o número de bulbilhos por bulbo, o peso médio de bulbilhos e o número de bulbilhos por bulbo.

Para a cultura da batata-doce, serão avaliados os seguintes parâmetros: tamanho da folha, tipo e número de lóbulos, formato da raiz e cor predominante da periderme. Para a avaliação de

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crescimento serão quantificadas as massas fresca e seca das partes aérea e subterrânea das plantas. As frações terão sua massa fresca definida e, posteriormente serão secas em estufa de ventilação forçada a 65 ºC até massa constante. Após a secagem, as diferentes frações serão novamente pesadas, em balança de precisão, obtendo-se suas respectivas massas secas. Com base nesses dados, se estabelecerá a produção e a partição de massa fresca e seca entre os diferentes órgãos das plantas. Com base na produção de massa seca dos bulbos do alho e das raízes tuberosas da batata-doce, será obtida a produtividade.

Será realizada a observação da ocorrência de doenças nas plantas por métodos diretos de avaliação dos sintomas e sinais. Serão avaliadas a incidência e a severidade das principais doenças das culturas, buscando identificar as cultivares mais resistentes. A incidência será obtida pela contagem de plantas doentes ou órgãos doentes, através do número e/ou porcentagem (frequência) de folhas, folíolos, frutas, ramos infectados, sem levar em consideração a quantidade de doença em cada planta ou órgão individualmente. A severidade será determinada pela porcentagem da área de tecido doente determinada mediante análise visual em intervalos de 6 a 7 dias. Com base na evolução da doença, será calculada a área abaixo da curva de progresso da doença.

O delineamento experimental adotado será o de blocos completos casualizados, com três repetições, sendo que cada canteiro representará um bloco. A parcela será composta por 100 plantas de alho e 40 de batata-doce. O crescimento das plantas as médias serão comparadas pelo teste de DMS de Fisher, a uma probabilidade de erro de 5%.

Mediante a técnica de micropropagação, buscar-se-á a limpeza dos materiais genéticos obtidos na primeira etapa para posterior multiplicação em ambiente protegido, buscando-se obter material propagativo livre de contaminantes. As plantas matrizes serão mantidas em ambientes protegidos e isoladas do solo em recipientes preenchidos com substratos, irrigadas por gotejamento, buscando-se reduzir ao máximo o estresse e a contaminação quando do estabelecimento da cultura in vitro. Os materiais genéticos sadios serão multiplicados em ambiente protegido.

RESULTADOS ESPERADOS:

As contribuições científicas que poderão ser obtidas com o presente projeto são a identificação das cultivares de alho e de batata-doce mais adaptadas para o cultivo na região da Serra Gaúcha e a obtenção de um protocolo de material propagativo livre de doenças. Em relação ao primeiro, com cultivares mais adaptadas, pode-se obter melhor crescimento, maior resistência a pragas e doenças regionalizadas, o que, aliado a definição daquelas com elevado potencial produtivo, acarreta em maior produtividade e, consequentemente, maior rentabilidade econômica para os agricultores.

A utilização de estruturas vegetativas de propagação livre de doenças proporciona maior sanidade ao cultivo, proporcionando maior período de utilização da cultivar, obtenção de um número maior de plantas em um espaço reduzido, diminuindo os custos de produção e evita a contaminação das áreas de cultivo, resultando em maior produtividade e rentabilidade da lavoura. Com a obtenção de diversos materiais genéticos, abre-se a possibilidade da criação de um Banco Ativo de Germoplasma de alho e de batata-doce para a Fepagro, o que pode ser importante para um programa de melhoramento genético para essas culturas.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00105 - 2011/14.

3. Avaliação do caulim processado na proteção de frutas contra infestação de Anastrepha fraterculus (Diptera: Tephritidae)

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Caio Fábio Stoffel Efrom LOCAIS DE EXECUÇÃO: Taquari FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: 2014 a 2016 OBJETIVOS:

Avaliar e validar a tecnologia da utilização do caulim processado na proteção de frutos de diferentes espécies contra os danos de Anastrepha fraterculus em laboratório e em duas cultivares de citros (laranjeira ‘Valência’ e tangerineira ‘Montenegrina’) a campo. METODOLOGIA:

Os adultos de A. fraterculus a serem utilizados serão provenientes de uma criação artificial a ser estabelecida no laboratório da Fepagro Vale do Taquari. A criação será mantida em sala climatizada (25 ± 2 °C, 70 ± 10 % U.R., fotofase de 14 horas). Para o estabelecimento serão obtidos pupários provenientes da criação mantida no Laboratório de Entomologia – Bioecolab da UFRGS. Estes serão acondicionados em uma gaiola de madeira. Aos adultos que forem emergindo será oferecida água destilada e alimento.

Quando as moscas alcançarem oito dias de idade, será disponibilizado diariamente um substrato de oviposição. Os ovos ficarão de um dia para o outro e serão transferidos para placas de Petri, com papel filtro umedecido e mantidos mais 24h em câmara germinadora tipo B.O.D. (25 ± 2 ºC, 70 ± 10% U.R., sem fotofase). Decorrido este período, se colocará o papel filtro com ovos diretamente sobre a dieta de larvas, de modo que os ovos fiquem voltados para cima. As bandejas, contendo dieta e os ovos, serão tampadas, embrulhadas com papel jornal e acondicionadas na mesma câmara climatizada onde permanecerão por sete dias. No sétimo dia, os pacotes serão abertos e as bandejas contendo dieta e larvas serão colocadas sobre uma camada (± 1 cm) de areia esterilizada depositada em recipientes de plástico, cobertos com voile e mantidos em câmara tipo B.O.D. (25 ± 2 °C, 70 ± 10 % U.R., fotofase de 14 horas), até que seja registrada a formação dos pupários.

A partir do registro dos primeiros pupários (± 7 dias), a areia das bandejas será peneirada duas ou três vezes, em intervalos de 48 horas. Após quatro a seis dias essas bandejas serão descartadas. Os pupários obtidos serão acondicionados em caixas tipo “Gerbox” (11 cm x 11 cm x 3,5 cm), com areia esterilizada, identificadas e cobertas com tecido voile, onde permanecerão por cerca de 10 dias. Com aproximadamente 400 pupários, se montará uma nova gaiola. Cada gaiola será mantida por um período de 30 dias. Uma parte dos adultos emergidos será utilizada nos bioensaios e o restante na manutenção da criação.

Para observar o efeito de deterrência da oviposição em laboratório será realizado nas mesmas condições da criação (25 ± 2 °C, 70 ± 10 % U.R., fotofase de 14 horas) um teste de escolha e outro sem escolha.

Teste de escolha: Cinco grupos de 30 fêmeas acasaladas de A. fraterculus com 10 dias de idade serão liberadas em gaiolas de madeira (45 x 30 x 30 cm). Serão fornecidos alimento e água

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destilada da mesma forma que na criação de manutenção. Dois frutos maduros de tangerina ‘Montenegrina’ tratados e dois frutos controle por gaiola serão oferecidos as fêmeas de moscas. Os frutos tratados serão pulverizados duas vezes utilizando pulverizador manual de um litro com uma solução de 5% de pó de caulim em água (5kg 100l-1). Os frutos controle serão pulverizados apenas com água.

Será realizada a contagem do número de fêmeas nos frutos a cada 15 min durante 5h, por dois dias, no período de 10h às 15h, período de maior atividade de oviposição de A. fraterculus. Após o período de exposição, os frutos serão individualizados em copos plásticos com uma camada de vermiculita e mantidos em sala climatizada para que ocorra o desenvolvimento de larvas, posteriormente pupas, que serão contabilizadas entre frutos tratados e controle. O mesmo experimento será repetido para frutos de nectarina, ameixa, laranja e maçã.

Teste sem escolha: Dois grupos de 30 fêmeas acasaladas de A. fraterculus com 10 dias de idade serão liberadas em duas gaiolas iguais ao experimento anterior. Quatro frutos tratados com uma solução de 5% de pó de caulim em água (5kg 100L-1) serão oferecidos em uma gaiola e em outra quatro frutos controle pulverizados apenas com água. Será realizada a contagem do número de fêmeas nos frutos tratados ou controle a cada 15 min durante 5h, por dois dias, no período de 10h às 15h. Da mesma forma que o experimento anterior os frutos serão individualizados com posterior contagem das pupas presentes. O mesmo experimento será repetido para frutos de nectarina, laranja, ameixa e maçã.

Os ensaios de campo serão executados em pomar de laranjeira ‘Valência’ localizado na estação experimental da Fepagro Vale do Taquari e pomar de tangerineira ‘Montenegrina’ na região do Vale do rio Caí. As plantas serão pulverizadas duas vezes com solução a 5% de pó de caulim em água (5 kg 100L-1). Os tratamentos consistirão de plantas individuais, pulverizadas nas duas faces, no momento próximo e anterior a maturação dos frutos (aquisição de cor), totalizando 20 repetições por tratamento. Podendo se repetir as pulverizações caso for necessário. Conjuntamente será realizado o monitoramento semanal da população de moscas-das-frutas na área, utilizando armadilhas McPhail com proteína hidrolisada a 5%.

Após as aplicações, será realizada a amostragem semanal de cinco frutos por árvore para analisar a presença de dano ocasionado por mosca-das-frutas, através da dissecação dos frutos em laboratório sob microscópio estereoscópico.

No momento da colheita, além dos cinco frutos de cada árvore, serão coletados aleatoriamente mais 100 frutos das plantas tratadas e mais 100 do controle para avaliação. Caso se constate a presença de frutos caídos no solo, estes também serão coletados e quantificados. Os frutos coletados serão analisados visualmente quanto à presença de puncturas de oviposição e acondicionados sobre uma camada (± 3 cm) de areia esterilizada depositada em recipientes de plástico e mantida em sala climatizada (25 ± 2 °C, 70 ± 10 % UR, fotofase de 14 horas). A contagem da emergência de larvas maduras dos frutos e formação dos pupários será realizada diariamente.

Os dados obtidos serão analisados estatisticamente por ANOVA e a comparação entre médias será obtida pelo teste de Tukey (P<0,05). RESULTADOS ESPERADOS:

Os resultados obtidos pelo projeto serão organizados e transferidos pelo intercâmbio de conhecimentos e das tecnologias geradas por meio da capacitação de profissionais ligados ao setor produtivo com destaque para a Emater e as Secretarias Municipais e Estadual de Agricultura, corpo técnico de Sindicatos e Cooperativas. Dentro desta perspectiva, serão ministrados treinamentos de curta duração e realizados dias de campo como principal forma de socialização dos conhecimentos existentes ou gerados. A socialização dos conhecimentos gerados também se dará por meio de cartilhas, publicações de artigos técnico-científicos e matérias jornalísticas. Além, da organização e manutenção de informações atualizadas através da “home-page” da FEPAGRO.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00106 - 2011/14.

4. Limpeza clonal e caracterização molecular de cultivares de Cana-de-açúcar para o estado do Rio Grande do Sul

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Caren Regina Cavichioli Lamb COLABORADORES: LOCAIS DE EXECUÇÃO: Santa Maria, Taquari, São Borja, Maquine, Santa Rosa e Santo Antônio da Patrulha. FONTE FINANCIADORA: Chamada 06/2006 OEPAS VIGÊNCIA PREVISTA: OBJETIVO GERAL:

Caracterização de variedades de cana-de-açúcar com alto potencial produtivo adaptadas para o estado do Rio Grande do Sul. Título do subprojeto 1:

Levantamento, coleta e obtenção de um Banco Ativo de Germoplasma (BAG) de cana-de-açúcar do Estado do Rio Grande do Sul. METODOLOGIA:

Serão coletadas espécies de cana-de-açúcar de diferentes locais do estado do Rio Grande do Sul, dentre eles Santa Maria, Taquari, São Borja, Maquine, Santa Rosa e Santo Antônio da Patrulha, regiões essas representativas dos materiais de cana-de-açúcar adaptados às condições edafoclimáticas do Estado. A sede do BAG será em São Borja e ex situ. A escolha do local se deve devido às condições edafoclimáticas. Essas espécies serão encaminhadas para os devidos laboratórios para as devidas caracterizações citogenética e molecular. Título do subprojeto 2:

Avaliação fenológica e documentação de germoplasma. METODOLOGIA:

Um experimento composto por cultivares de biociclos diferentes, semeadas em 05 datas intervaladas de 03 semanas (21 dias) entre cada uma, será realizado pela FEPAGRO em suas unidades de São Borja, Viamão e Maquiné. A época de semeadura será entre os meses de outubro e novembro. Este fatorial de 03 cultivares x 05 épocas de semeadura será testado no delineamento experimental de Blocos ao Acaso em parcelas subdivididas, onde as épocas de semeadura constituirão as parcelas principais e os cultivares as subparcelas, com 03 repetições por tratamento. As unidades experimentais terão as dimensões de 4,0m x 6,0m. O espaçamento entre fileiras de plantas será de 1,0m e densidade de semeadura na fileira será de 2 plantas por metro linear. A adubação seguirá as recomendações da análise de solo para cada um dos locais.

As determinações fenológicas constarão da data de semeadura, data da emergência das plantas (90% das plantas emergidas), data do início da floração (90% das plantas com no mínimo uma flor); data do final da floração (90 % das plantas sem flores); data da maturação fisiológica (90% dos frutos maduros) e data da colheita.

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As determinações fenométricas consistirão da medição da estatura da planta, número de plantas acamadas e quebradas, número de plantas por unidade de área na colheita, o rendimento de grãos e os respectivos componentes do rendimento. A intensidade de ocorrência das plantas daninhas em cada arranjo de plantas também será objeto de determinação fenométrica. Título do subprojeto 3:

Caracterização citogenética de cultivares identificadas no estado do RS. METODOLOGIA:

Para a obtenção de cromossomos mitóticos, serão usadas 10 radículas de estolões dos cultivares avaliadas. O pré-tratamento das radículas será feito a frio e/ou 8-hidroxiquinoleina (8HQ) a 0,002M, por 4 a 5 horas, em temperatura de 12 a 16°C. A fixação será feita em álcool etílico-ácido acético, na proporção de 3:1. O material será transferido para o álcool 70% e mantido em refrigerador até o uso. Para contagem dos cromossomos, montagem de cariótipos e confecção de ideogramas. Título do subprojeto 4:

Caracterização molecular de cultivares identificadas para o estado do Rio Grande do Sul através de SSR ou AFLP. METODOLOGIA:

Será realizada a caracterização molecular dos principais acessos de cana-de-açúcar através da técnica de SSR. O DNA genômico será extraído de tecidos foliares, segundo o método CTAB. Serão testados 20 oligonucleotídeos iniciadores SSR, inicialmente, dos quais serão escolhidos, para a caracterização molecular, aqueles que apresentarem maior poder de discriminação.

Os produtos obtidos serão submetidos à eletroforese em gel de poliacrilamida desnaturante 6%. A eletroforese do gel será realizada no sistema de seqüenciamento Hoefer SQ3 (Pharmacia Biosciences). As condições da eletroforese serão de 50 Watts por aproximadamente 5 h a 45-50°C. As amostras serão incubadas 95°C por 5 min previamente ao início da eletroforese. Para os sistemas de coloração e revelação serão utilizados nitrato de prata e carbonato de sódio anidro, respectivamente, conforme protocolo Silver Sequence TM. A placa contendo o gel será imersa em ácido acético 10% e incubada por 20 min. Seguiu-se três lavagens com água destilada por 2 min e o gel imerso em solução de coloração durante 30 min, sob agitação constante, em temperatura ambiente. Após a lavagem durante 21 s com água destilada a coloração será revelada com a imersão da placa em solução resfriada (10°C) de carbonato de sódio anidro, sob agitação constante. A reação será interrompida através da adição de ácido acético glacial 10%. O gel será fotografado através do sistema de fotodocumentação computadorizado de análise de gel.

Os DNAs serão digeridos com duas enzimas de restrição EcoR I e Mse I a 37°C por 2 h. Seguindo a inativação das enzimas de digestão a 70°C por 15 min, os DNAs serão ligados a adaptadores EcoR I e Mse I, incubados a 20°C por 2 h. As seqüências dos adaptadores e oligonucleotídeos iniciadores utilizados nas reações serão baseadas no Kit AFLPTM Analysis System I e AFLPTM Start Primer (Gibco BRL). Os DNAs serão utilizados para duas consecutivas reações. Na primeira reação, os DNAs serão pré-amplificados utilizando oligonucleotídeos iniciadores sem nenhuma base seletiva (E-X e M-X). A PCR será realizada nas seguintes condições: desnaturação a 94°C por 30 s, anelamento a 56°C por 1 min e extensão a 72°C por 1 min, constituindo um total de 20 ciclos.

O produto da reação de pré-amplificação será utilizado como amostra, após ser diluída 50 vezes em água estéril, para amplificação seletiva com dois oligonucleotídeos iniciadores contendo duas ou três bases seletivas. A PCR será realizada nas seguintes condições: desnaturação inicial a 94°C por 30 s, anelamento a 65°C por 30 s e extensão a 72°C por 1 min, totalizando 13 ciclos, sendo que a cada ciclo ocorre a diminuição de – 0,7°C, na temperatura de anelamento. Após os 13 ciclos serão executados mais 24 ciclos com desnaturação a 94°C por 30 s, anelamento a 56°C por

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30 s e extensão a 72°C por 1 min. Os produtos obtidos serão submetidos à eletroforese em gel de poliacrilamida conforme protocolo citado para SSR. Título do subprojeto 5:

Micropropagação limpeza clonal dos acessos de Cana-de- Açúcar. METODOLOGIA:

Tratamentos in vitro - Os acessos de cana-de-açúcar serão coletados e seus meristemas serão isolados. A desinfestação dos brotos e a micropropagação seguirá a metodologia proposta por Oliveira et al. (2000). Os meristemas serão cultivados em meio Murashige & Skoog (1962) modificado. Serão realizados tratamentos termoterápicos nos acessos contaminados por vírus. Além disso, serão testadas diferentes composições de fitorreguladores para a fase de multiplicação e para o enraizamento in vitro, assim como doses de sacarose, principalmente pelos efeitos na adaptação autotrófica das plantas na fase de enraizamento in vitro. Os tratamentos serão constituídos de doses de sacarose e diferentes intensidades luminosas. Outro fator a ser estudado, que influencia a capacidade autotrófica das plantas, é o ambiente gasoso dentro dos frascos, com uso de diferentes tampas. O material vegetal resultante da micropropagação será indexado contra a principal bactéria da cultura da cana-de-açúcar e as principais viroses que ocorrem na Região Sul do Brasil, para os quais será utilizado o Método Imunológico de ELISA. O BAG será divulgado em dia de campo através de reuniões técnicas entre os produtores de cana-de-açúcar. A conservação das plantas do BAG será in vitro, através da conservação sob crescimento lento, utilizando o protocolo estabelecido por Lemos et al. (2002). Tratamentos ex vitro - A aclimatização ex vitro das plântulas ocorrerá em bandejas de 72 células, preenchidas com substrato em estufa. RESULTADOS ESPERADOS:

Desenvolver um BAG de cana-de-açúcar no estado do Rio Grande do Sul. A proposta estabelece metas de caracterizações, entre elas, fenológicas, citogenética e molecular, juntamente com a micropropagação de mudas livres de doenças para disponibilizar ao produtor gaúcho.

Nossos produtores apresentam grande interesse na cultura da cana-de-açúcar, no entanto, necessitam de variedades que possam competir com os estados do Paraná e São Paulo e assim, deixarmos, por exemplo, de sermos importadores do álcool destinado ao combustível.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00107 - 2011/14.

5. Programa integrado para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar na região do Corede Serra do Estado do Rio Grande do Sul

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Claudia Martellet Fogaça COLABORADORES: Rafael Anzanelo Amanda Heemann Junges Lineu Mignon LOCAIS DE EXECUÇÃO: Veranópolis FONTE FINANCIADORA: MDA VIGÊNCIA PREVISTA: 2013 - 2014 OBJETIVO GERAL:

Adequar um manejo fitossanitário para o cultivo de videiras sob cultivo protegido. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Caracterizar os aspectos relacionados à incidência e severidade de doenças e,

consequentemente, a necessidade de aplicação de produtos químicos; • Definir a frequência de aplicação de defensivos químicos; • Definir as doses e ingredientes ativos de defensivos químicos; • Monitorar os resíduos e o período de carência de defensivos químicos nas bagas de uva

comparando os resultados obtidos em cultivo protegido com os do cultivo convencional. METODOLOGIA: Título do subprojeto 1 – Cultura da Videira:

Ação: Implantação de vinhedos (1,5ha) para avaliar aspectos agronômicos de videiras para suco e mesa cultivadas em diferentes sistemas de cultivo (convencional x protegido) na FEPAGRO Serra - Veranópolis. Atividades de pesquisa

Caracterização e ajuste fitossanitário para uvas de mesa e suco Objetivo Geral

Adequar um manejo fitossanitário para o cultivo de videiras sob cultivo protegido. Objetivos Específicos • Caracterizar os aspectos relacionados à incidência e severidade de doenças e,

consequentemente, a necessidade de aplicação de produtos químicos; • Definir a frequência de aplicação de defensivos químicos; • Definir as doses e ingredientes ativos de defensivos químicos; • Monitorar os resíduos e o período de carência de defensivos químicos nas bagas de uva

comparando os resultados obtidos em cultivo protegido com os do cultivo convencional. Resultados esperados

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• Redução do número de aplicações de produtos fitossanitários em cultivo protegido, pela ausência da água livre sobre as folhas e frutos;

• Diminuição dos problemas de resíduos de pesticidas em cultivo protegido, favorecendo economicamente e ambientalmente a sustentabilidade do sistema de produção;

• Definição do período residual (carência) dos produtos fitossanitários no cultivo protegido de uvas;

• Definição da taxa de degradação dos produtos químicos em uvas sobre cultivo protegido; • Recomendação de formulações, dosagens e períodos de carência de produtos químicos, para

orientar produtores, órgãos de extensão rural e empresas do setor acerca do manejo fitossanitário adequado ao cultivo protegido;

• Consolidação do grupo de estudos de profissionais de diferentes órgãos de pesquisa, ensino e extensão.

Título do subprojeto 2 – Cultura do Quivizeiro: Ação: Implantação de um quivizal (1 ha) visando gerar informações acerca dos principais entraves da cultura, na FEPAGRO Serra - Veranópolis. Atividades de pesquisa: Ponto de colheita e pós-colheita de frutos

Objetivo Geral Avaliar a ponto adequado de colheita de cultivares de quivizeiro, assim como as respostas ao

armazenamento dos frutos em pós-colheita. Objetivos Específicos • Acompanhar a evolução da maturação de frutos de diferentes cultivares de quivi, a cada duas

semanas a contar do mês de janeiro, analisando as características físico-químicas ao longo do período de prateleira;

• Acompanhar a evolução da maturação de frutos de diferentes cultivares de quivi, a cada duas semanas a contar do mês de janeiro, analisando as características físico-químicas dos frutos após diferentes períodos de armazenamento refrigerado;

• Quantificar o teor de vitamina C em frutos de diferentes cultivares de quivi, e correlacionar este teor com as demais características físico-químicas;

• Determinar o ponto de colheita para diferentes cultivares de quivi considerando os dados obtidos nos itens supracitados;

• Estabelecer a (s) temperatura (s) ótima (s) e período (s) de armazenamento dos frutos em câmaras frias;

• Determinar a precocidade de produção de diferentes cultivares de quivi para a região da Serra Gaúcha;

• Analisar sensorialmente quivis mantidos em prateleira e após o armazenamento refrigerado. Resultados esperados • Obtenção de respostas quanto à evolução da maturação dos quivis no período após a colheita; • Identificação do ponto ideal de colheita, para garantia de produtividade e qualidade física,

química, organoléptica e nutricional dos frutos; • Consolidação da importância de se evitar a colheita antecipada de quivis, para não haver perda

na qualidade e no retorno financeiro ao produtor; • Propor um sistema eficiente de armazenamento de quivis em pós-colheita, permitindo ao

produtor estender o período de oferta da fruta no mercado e o seu poder de barganha, bem como ampliando a disponibilidade da fruta ao consumidor;

• Consolidação do grupo de estudos de profissionais de diferentes órgãos de pesquisa, ensino e extensão.

Título do subprojeto 3 – Cultura da Figueira:

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Ação: Viabilizar as atividades de pesquisa na cultura da figueira, em pomar já existente na FEPAGRO Serra - Veranópolis.

Atividades de pesquisa: Manejo da irrigação Objetivo Geral

Quantificar a relação solo-planta-atmosfera para determinar a necessidade hídrica da cultura, subsidiando o uso eficiente da água em sistemas de irrigação. Objetivos Específicos • Avaliar técnicas de irrigação por microaspersão e gotejamento superficial por meio da análise

do crescimento vegetativo e produtivo das plantas (quantidade e qualidade) das cultivares Roxo de Valinhos, Pingo de Mel e Negrito;

• Estimar o coeficiente da cultura da figueira (Kc), considerando seus estádios fenológicos; • Obter dados técnicos (doses e períodos) úteis com relação ao uso da irrigação na cultura da

figueira. Resultados esperados • Aumento na eficiência do uso dos sistemas de irrigação e do uso da água para atender a

necessidade hídrica da cultura da figueira; • Definição de estratégias de manejo de irrigação para a figueira; • Otimização dos fatores de produção de frutos através do manejo adequado da água; • Consolidação do grupo de estudos de profissionais de diferentes órgãos de pesquisa, ensino e

extensão.

Título do subprojeto 4 – Cultura da Oliveira: Ação: Viabilizar as atividades de pesquisa na cultura da oliveira, em pomar já existente na FEPAGRO Serra - Veranópolis. Atividades de pesquisa

Manejo da cultura Objetivo Geral

Avaliar as respostas das plantas aos principais tratos culturais para gerar indicações técnicas para a cultura da oliveira. Objetivos Específicos • Verificar a viabilidade da produção de mudas de oliveiras por micropropagação; • Avaliar vigor de plantas (altura e diâmetro de copa) para identificar plantas/cultivares de

menor estatura que possam ser empregadas como porta-enxertos; • Testar porta-enxertos visando identificar aqueles que confiram característica ananizante à

planta, de modo a promover cultivos adensados; • Avaliar os efeitos da adubação foliar e do solo (especialmente boro e cálcio) no

desenvolvimento da planta e na produção de frutos nas condições ambientais da região de estudo;

• Monitorar a ocorrência de doenças e pragas nas cultivares de oliveiras avaliadas identificando o agente causal e a sintomatologia, incidência e severidade, relação da ocorrência com variáveis meteorológicas e possíveis métodos de controle.

Resultados esperados • Identificação do método mais adequado de propagação da oliveira; • Recomendação de porta-enxerto ananizante para adensamento do cultivo da oliveira; • Indicação de adubação e calagem para nutrição da oliveira, considerando os solos da região da

Serra Gaúcha; • Divulgação das principais pragas e doenças incidentes em pomares de oliveira na região da

Serra Gaúcha, assim como as medidas de prevenção/controle; • Consolidação do grupo de estudos de profissionais de diferentes órgãos de pesquisa, ensino e

extensão.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00108 - 2011/14.

6. Superação da dormência de sementes de Schinus terebinthifolius Raddi PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Cleber Witt Saldanha COLABORADORES: Evandro Luiz Missio Carlos Remi Dorneles Gerusa Pauli Kist Steffen Rita de Cássia Sobrosa Trento Rosana Matos de Morais LOCAIS DE EXECUÇÃO: Santa Maria FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Fevereiro 2014 a Dezembro 2015 OBJETIVO GERAL:

Estabelecer condições adequadas para a germinação e superação da dormência de sementes de S. terebinthifolius em laboratório e em viveiro. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Estabelecer condições adequadas para a desinfestação de sementes visando à maximização da

germinação em testes de laboratório; • Verificar a influência da escarificação com ácido sulfúrico na germinação de sementes de

estratégias de S. terebinthifolius, agregando conhecimento científico à espécie; • Estudar o efeito do nitrato de potássio (KNO3) na germinação de sementes de S.

terebinthifolius; • Caracterizar o efeito da interação entre a escarificação ácida e tratamento com KNO3 na

germinação de S. terebinthifolius; • Elucidar o efeito do tipo de superação de dormência na germinação de sementes de S.

terebinthifolius em condições de viveiro. METODOLOGIA:

Sementes de aroeira vermelha serão submetidas a diferentes tipos de desinfestação: - Controle: recomendações para a desinfestação de sementes florestais estabelecidas pelo MAPA; - Tratamento 1: Imersão em solução de cloreto de mercúrio (0,1 %, m/v) por 5 minutos; - Tratamento 2: Imersão em solução de cloreto de mercúrio (0,1 %, m/v) por 10 minutos; - Tratamento 3: Imersão em solução de peróxido de hidrogênio (0,1 %, v/v) por 5 minutos; - Tratamento 4: Imersão em solução de peróxido de hidrogênio (0,1 %, v/v) por 10 minutos; - Tratamento 5: Imersão em Trichodel® por 5 minutos; - Tratamento 6: Imersão em Trichodel® por 10 minutos; - Tratamento 7: controle + tratamento 1 - Tratamento 8: controle + tratamento 2 - Tratamento 9: controle + tratamento 3 - Tratamento 10: controle + tratamento 4

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- Tratamento 11: controle + tratamento 5 - Tratamento 12: controle + tratamento 6

Após a desinfestação, as sementes serão inoculadas em gerbox contendo duas camadas de folhas de papel filtro umedecidas com água destilada e autoclavada. Os procedimentos e as avaliações seguirão as recomendações do MAPA. Também será avaliada a porcentagem de contaminação, o tipo de microrganismos, a massa fresca e seca das plântulas. Após os resultados desse experimento, o tipo de desinfestação mais eficiente será utilizado nos demais.

A avaliação do efeito da exposição no ácido sulfúrico de sementes de S. terebinthifolius será feita a diferentes tempos de imersão (0, 20, 40 e 60 minutos) em ácido sulfúrico (H2SO4) na superação da dormência, em condições de laboratório. Para cada tratamento, serão selecionadas 200 sementes de um lote que serão inoculadas em gerbox contendo duas camadas de folhas de papel filtro. Durante 28 dias, a cada sete dias serão efetuadas avaliações conforme recomendações do Ministério da Agricultura para análise de sementes florestais. O delineamento experimental será o inteiramente casualizado, com quatro repetições. Cada repetição será constituída por 50 sementes.

Também será avaliado o efeito da exposição de sementes de S. terebinthifolius a diferentes concentrações de KNO3 [0; 0,1; 0,2; 0,3 e 0,4 % (m/v)] no substrato de germinação das sementes. Em cada tratamento serão utilizadas 200 sementes que serão inoculadas em gerbox contendo duas camadas de folhas de papel filtro umedecidas com as diferentes soluções de KNO3. Durante 28 dias, a cada sete dias serão efetuadas avaliações conforme recomendações do Ministério da Agricultura para análise de sementes florestais. O delineamento experimental será o inteiramente casualizado, com quatro repetições. Cada repetição será constituída por 50 sementes.

Caso os tratamentos anteriores não apresentarem diferença significativa, serão testados diferentes tempos de imersão (0, 30, 60, 90 e 120 minutos) da semente em KNO3 1 M, posteriormente as mesmas serão inoculadas em gerbox contendo duas camadas de folhas de papel filtro umedecidas com água destilada e autoclavada.

Para verificar o efeito do tipo de superação de dormência na germinação de sementes de S. terebinthifolius em condições de viveiro serão utilizadas sementes de S. terebinthifolius obtidas de frutos despolpados e submetidas aos tratamentos de superação de dormência.

Após a aplicação dos tratamentos, as sementes serão semeadas em tubetes de 175 cm3 contendo substrato comercial, e mantidas em casa de vegetação para a germinação e crescimento das plântulas. O efeito dos tratamentos será avaliado em diferentes períodos: 30, 60, 90, 120 e 150 dias. Ao final de cada período, será avaliado a porcentagem de germinação, a altura de plântula e o diâmetro do colo. Durante o período de germinação será determinado o índice de velocidade de germinação (IVG). Aos 150 dias, será avaliado, além das características descritas anteriormente, o teor de pigmentos fotossintéticos (Clorofilas a, b, total e carotenóides), a massas fresca e seca da parte aérea e do sistema radicular.

Para a determinação das concentrações de clorofilas a, b, e carotenoides serão retirados 4 discos foliares com 5 mm de diâmetro, e incubados em 5 mL de DMSO (saturado com CaCO3), à temperatura ambiente por 48 horas. A absorbância das amostras será realizada em espectrofotômetro UV/Visível. RESULTADOS ESPERADOS: • Geração de conhecimentos técnicos-científicos, na forma de publicações, que venham a

contribuir para a análise de sementes de S. terebinthifolius e o estabelecimento de estratégias para a superação de dormência das sementes visando o aumento da eficiência da propagação em condições de viveiro;

• Proporcionar treinamento e melhor capacitação de estagiários de cursos de graduação de Engenharia Florestal e Agronomia que realizam estágio no Centro de Pesquisa em Florestas da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00109 - 2011/14.

7. Rendimento agronômico de diferentes culturas em um solo tuia: a correção da acidez natural como uma ferramenta capaz de potencializar as unidades agrícolas de base familiar

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Ivan Renato Cardoso Krolow COLABORADORES: Daniela da Rocha Vitória Krolow Tânia Araújo Morselli Rosa Maria Domingues Moraes Rogério Silveira Ronaldo Campos da Silva Cledenir Mendonça Acadêmicos (as) Therezinha da Silva (IFSUL) Mariana Casalinho (UFPel) LOCAIS DE EXECUÇÃO: Fepagro Sul/UFPel/Emater/Prefeitura de Rio Grande FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Maio de 2013 a (...) OBJETIVO GERAL:

Avaliar o rendimento agronômico de diferentes culturas em um solo Tuia: A correção da acidez natural como uma ferramenta capaz de potencializar as unidades agrícolas de base familiar. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Incentivar aos agricultores a realizarem a análise de solo e a correção de pH. • Capacitar agricultores em boas práticas agronômicas. • Promover e estimular programas de governo que incentivem a correção de pH do solo. • Avaliar o rendimento agronômico de diferentes culturas em áreas calcareadas e não

calcareadas. • Promover a realização de palestras, encontros técnicos e dias de campo. • Estimular a inter-relações institucionais.

METODOLOGIA: Os estudos serão conduzidos em propriedades rurais do município do Rio Grande/RS

caracterizadas por atividades de pecuária leiteira e cultivo de hortaliças. O solo característico da região é solo “Tuia” Vermelho Amarelo profundo, muito arenoso, levemente ácido, com teores baixos de matéria orgânica, fósforo e potássio. Serão implantadas áreas experimentais em cinco propriedades agrícolas de base familiar do município e uma na FEPAGRO SUL, totalizando seis unidades experimentais.

Cada unidade experimental contará com duas parcelas de 5 m de largura por 10 m comprimento, subdivididas (fatorial 3x1) que deverão ser cultivadas com espécies da estação do

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ano. Os agricultores selecionados deverão realizar o plantio atentando aos períodos mais indicados a cada espécie cultivada e atender as recomendações técnicas dos participes. O cultivo em ambas unidades deverá ser realizado com a utilização da mesma espécies diferindo-se apenas na correção de pH em uma das parcelas que deverá ser adequado a cultura pretendida e na outra na isenção total de insumo corretivo. Na recomendação de fertilizantes deverá o agricultor seguir as orientações da equipe técnica constituída no projeto.

As recomendações para adubação mineral NPK seguirão as orientações específicas para cada cultura, conforme Comissão de Química e Fertilidade do Solo (CQFS), (2004). Aos agricultores que pretenderem cultivar espécies-cultivares originadas da FEPAGRO SUL e que estejam disponíveis no Centro de Pesquisa será disponibilizada as sementes e/ou mudas.

O trabalho será desenvolvido sob coordenação da FEPAGRO SUL tendo por base a parceria institucional entre a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (FAEM) - Departamento de Solos, Instituto Federal de Educação, Ciencia e Tecnologia Sul - Riograndense, Campus Pelotas - Visconde da Graça (IFSUL), Prefeitura Municipal de Rio Grande, EMATER - Rio Grande, no período compreendido entre maio de 2013 e maio de 2014.

O presente projeto contará com três fases de execução: a) Fase I Na fase I ficam acordadas as atividades que cada participe deverá contribuir com o projeto.

• A prefeitura de Rio Grande, assim como a EMATER disponibilizarão veículos e motoristas para as avaliações e acompanhamento dos experimentos e se comprometem em realizar o cadastro e seleção de agricultores interessados em aderirem ao projeto. Nesse momento os agricultores interessados deverão assinar termo em concordância do uso de imagens da propriedade bem como de todos os atores envolvidos no projeto de cada unidade de pesquisa, registros locais, gravações digitais, assim como a promoção das instituições participes no local experimentado, etc.

• A FEPAGRO SUL e a FAEM irão realizar o planejamento das coletas de campo a serem desenvolvidas pelos participes que contarão com análises físico-químicas e biológicas do solo em estudos. Também serão avaliadas as seguintes respostas agronômicas: fitomassa fresca e seca da parte aérea quando se tratar do cultivo de forrageiras e hortaliças folhosas, peso de bulbos, peso de bulbilhos, peso de grãos, número de vagens, número de plantas por unidade de área experimentada, etc.

• A FEPAGRO SUL e a FAEM realizarão o inquérito dos principais táxons edáficos presentes nas áreas em estudo, disponibilizando equipamentos e corpo técnico. b) Fase II

Na fase II os técnicos da FEPAGRO SUL, assim como das instituições participes acompanharão as atividades de campo que envolva preparo e correção de pH do solo nas unidades experimentais pré-selecionadas.

c) Fase III Após o cultivo das espécies e estudos laboratoriais os técnicos das instituições participes

deverão emitir relatório de conclusão das avaliações realizadas que deverá ser semestral, ou seja, dois relatórios, objetivando a divulgação dos dados através de eventos científicos e em dias de campo e reuniões técnicas.

Os resultados obtidos serão submetidos à análise de variância, Teste de médias (Duncan 5%) de probabilidade, e análise de regressão utilizando-se o Sistema de Análises Estatística-Winstat conforme (MACHADO, 2001). Para cada fase do projeto as instituições contaram com recursos próprios, podendo ocorrer auxílio entre os partícipes, que disponibilizaram recursos materiais e humanos, assim como deslocamento e transporte de materiais para a concretização das diferentes fases. As instituições participes, promoverão a busca do apoio interinstitucional com diferentes seguimentos da atividade agropecuária.

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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Atividades 2013/2014/2015

M A M J J A S O N D J F M

Definição da equipe x x

Revisão Bibliográfica x x x x x x

Preparo de materiais x x x x x

Capacitação da Equipe x

Coletas de campo x x x x x x x Análises laboratoriais x x x x

Reunião técnica x x x x x x x

Implantação dos experimentos x x x x x x x

Análise dos resultados x x x x x

Elaboração de artigos x x x x x x

Relatório semestral x x Quadro 1. Cronograma de atividades-Fepagro Sul, Rio Grande-RS, 2013/15.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00110 - 2011/14.

8. Seleção genética de acessos promissores de alho (Allium sativum L. e Allium ampeloprasum L.) na região sul do Rio Grande do Sul para uma agricultura de baixo impacto ambiental

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Ivan Renato Cardoso Krolow COLABORADORES: Daniela da Rocha Vitória Krolow Tânia Araújo Morselli Rosa Maria Domingues Moraes Ronaldo Campos da Silva Therezinha da Silva Mariana Casalinho LOCAIS DE EXECUÇÃO: Fepagro Sul/UFPel/Prefeitura de Rio Grande FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Outubro de 2011 a (...) OBJETIVO GERAL:

Seleção genética de acessos promissores de alho (Allium sativum L. e Allium ampeloprasum L.) na região sul do Rio Grande do Sul para uma agricultura de baixo impacto ambiental.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Investigar o desempenho agronômico de diferentes acessos de alho macho e alho comum, coletados em diferentes regiões do Estado;

• Identificar materiais promissores; • Identificar vulnerabilidades e resistência a doenças foliares; • Obter linhagens de alho macho e alho nobre; • Ampliar o Banco Ativo de Germoplasma da Fepagro Sul.

METODOLOGIA: Primeira fase (2011):

Realizou-se um levantamento das principais regiões produtoras de alho comum (Allium sativum L.) e de alho macho (Allium ampeloprasum L.) na região que compreende o COREDE-SUL e em seguida adquiriu-se acessos genéticos de produtores e associações de agricultores inseridos no território de abrangência. Os acessos foram obtidos das seguintes localidades (L): Ilha dos Marinheiros (IM); FEPAGRO SUL (FS); Arroio Grande (AG); Ilha da Torotama (IT); Canguçu (C); Capão do Leão (CL); São José do Norte (SN) e Jaguarão (J). Segunda fase (2012):

Os diferentes acessos genéticos deverão ser conduzidos ao Centro de Pesquisa da Região Sul (FEPAGRO/SUL), município de Rio Grande/RS, situada a 31º 59´ de latitude Sul e a 52 17´ de longitude Oeste de Greenwich e 10,4m para serem limpos, debulhados, caracterizados e classificados quanto à sanidade e peso de bulbilhos em laboratório (Quadro 1). Após as avaliações de laboratório os materiais deverão ser denominados por tratamentos, sendo dispostos e

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diferenciados em escala e intervalo: de <2g; 2,1-4 e >4g para o alho comum e de 1-2,5g; 2,6-5g; 5,1-7g; 7,1-10; 10,1-12,5g; 12,6-15g; 15,1-17g; 17,1-20g e ≥20,1g para o alho macho. A disposição em campo do alho comum se dará por três classificações de bulbilhos oriundos de cinco L (IM; AG; C; SN e J) semeados em 45 parcelas encanteiradas (fatorial: 3Px5Lx3R), enquanto que a disposição do alho macho se dará pela classificação de bulbilhos de oito L (IM; FS; AG; IT; C; CL; SN e J) semeados em 432 parcelas encanteiradas (fatorial: 9Px8Lx6R). Cada parcela terá as seguintes medidas: 1,20 x 3m e a disposição dos bulbilhos será em quatro linhas de plantio espaçados por 12 x 25cm. O plantio deverá ser realizado com prévia peletização dos bulbilhos, entre os meses de junho e agosto e a colheita em dezembro/janeiro. A área que será destinada ao experimento apresenta um solo ‘Tuia’ ARGISSOLO VERMELHO AMARELO, profundo, muito arenoso, levemente ácido, com teores baixos de matéria orgânica, fósforo e potássio.

A adequação da fertilidade do solo será obtida com a utilização de húmus de minhocas produzido no local e enriquecido com fertilizante mineral e organo mineral, quando necessário, tendo como base as orientações específicas à cada cultura, conforme Comissão de Química e Fertilidade do Solo (CQFS), (2004). Aos 100 dias do plantio serão realizadas as seguintes avaliações: Altura de planta; Número de folhas; Coloração das folhas; Diâmetro da base do pseudocaule; Densidade de folhas por planta; Arquitetura da folha; % incidência de ferrugem; Cerosidade da folha (%) e formato da seção transversal da folha.

Ao término do ciclo dos materiais (considerando a longevidade e a precocidade individual) quando 2/3 das folhas entrar em senescência proceder-se-á na colheita das duas linhas centrais de todas as parcelas e após a cura (15 dias em galpão ventilado) os mesmos deverão ser encaminhados ao laboratório para a obtenção das seguintes variáveis: Cor do bulbo, Cor dos bulbilhos; Cor da túnica do bulbilho; Intensidade da cor da túnica do bulbilho; Estrias antociânicas na túnica do bulbilho; Coloração da polpa do bulbilho; Pesagem de bulbos; Diâmetro transversal de bulbos; N° bulbilho/Bulbo; Unibulbos (%); Uniformidade de bulbos; Peso total de bulbos em Mg ha-1 e Peso de bulbos comerciais em Mg ha-1. Em seguida os dados deverão ser submetidos ao teste de médias e análise de variância, regressão e de correlação. Para as variáveis quantitativas, utilizar-se-á distância generalizada de Mahalanobis e para as variáveis qualitativas o complemento aritmético de Jaccard. E por fim a análise de componentes principais. Terceira fase (2013):

Os materiais que obterem melhor desempenho na fase anterior deverão ser armazenados com suas respectivas denominações para serem empregados no ano agrícola de 2013. Da mesma forma que os acessos que apresentarem diversidade fenotípica para as variáveis de interesse agronômico (podendo ser oriundas de mutações espontâneas) serão identificados e preservados para análises a posterior, cujo intuito é a de identificar genitores que produzam clones com a melhor combinação de alelos favoráveis (identificação linhagens).

O processo de fases manter-se-á até a estabilização dos materiais identificados por excelência agronômica. A ampliação do BAG-FEPAGRO terá continuidade, e a busca de diferentes acessos será intensificada.

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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Quadro 1. Cronograma de atividades-Fepagro Sul, Rio Grande-RS, 2011/15.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00111 - 2011/14.

9. Seleção de genótipos promissores ao cultivo da ervilha (Pisum sativum L.) em sistema de baixo impacto ambiental

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Daniela da Rocha Vitória Krolow COLABORADORES: Ivan Renato Cardoso Krolow Rosa Maria Domingues Moraes Maria da Graça de Souza Lima Acadêmicos (as) Therezinha da Silva (IFSUL) Mariana Casalinho (UFPel) LOCAIS DE EXECUÇÃO: Fepagro Sul FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Março de 2012 a (...) OBJETIVO GERAL:

Seleção de genótipos promissores ao cultivo da ervilha (Pisum sativum, L.) em sistema de baixo impacto ambiental. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Resgatar acessos de ervilha do BAG-FEPAGRO-SUL • Investigar o desempenho agronômico de diferentes acessos. • Identificar acessos promissores. • Identificar vulnerabilidades e resistência a doenças foliares. • Obter linhagens de origem crioula. • Reativar o programa de melhoramento na FEPAGRO-SUL • Retomar os ensaios de VCUs. • Ampliar o BAG-FEPAGRO-SUL

METODOLOGIA: Primeira fase (2012):

Em 2012, buscou-se resgatar parte do BAG-FEPAGRO-SUL que já contou com mais de 40 materiais de ervilha, distribuídos em diferentes linhas de pesquisa, essas coordenadas por técnicos da década de 50 a 70 que conduziam ensaios no Centro de Pesquisa da Região Sul (FEPAGRO/SUL), município de Rio Grande/RS, situada a 31º 59´ de latitude Sul e a 52 17´ de longitude Oeste de Greenwich e 10,4m. Buscou-se nos municípios de Rio Grande, Canguçu, Pelotas, Herval e São José do Norte, populações de ervilhas crioulas oriundas da FEPAGRO, apenas em uma das localidades foi assegurada a origem do material, esse, da década de 70 (relato do detentor e servidores da FEPAGRO). Diante das sementes, em laboratório procedeu-se na

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classificação dos materiais quanto a Cor dos cotilédones secos, Tegumento das sementes e Densidade das sementes. Com uma pequena variação apresentada, separou-se as sementes ‘arbitrariamente’ em 8 categorias. Segunda fase (2012):

Pretende-se semear as ervilhas (Quadro 1) ‘pré-classificadas’ em 04/2012 denominando-as por tratamentos (T1; T2; T3; T4; T5; T6; T7 e T8) em parcelas de 3,7x1,20m, dispostas por duas linhas de plantio e espaçadas em 0,20cm entre planta (duas sementes por cova) e 0,50m entre linha. A disposição dos oito materiais será em 32 parcelas encanteiradas (fatorial: 8x4). Os diferentes materiais deverão ser conduzidos em tutores a fim de possibilitar toda a expressão do potencial genético em carga e produção. A área que será destinada ao experimento apresenta um solo ‘Tuia’ ARGISSOLO VERMELHO AMARELO, profundo, muito arenoso, levemente ácido, com teores baixos de matéria orgânica, fósforo e potássio (EMBRAPA, 2006). A respectiva correção de pH e da fertilidade química do solo se dará com húmus de minhoca produzido no local e enriquecido com fertilizante organo-mineral, quando necessário, conforme as Recomendações de Adubação e Calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Também deverá ser utilizada adubação foliar, na dose de 2 g L-1, de fertilizante estimulador vegetal. O manejo de plantas concorrentes dar-se-á com cobertura morta (acícula de Pinnus e/ou forrageiras do gênero Paspalum).

Pretende-se avaliar as seguintes variáveis: Cor da flor; Cor da folha; Altura de plantas; Número de flores; Tegumento da semente; Cotilédones maduros; Cotilédones; Porte; Número de internódios (primeira flor); Número de ramos laterais; Número de vagens; Comprimento de vagens; Largura de vagens e Número de grãos por vagens; Dias do plantio ao florescimento (50% das plantas em florescimento); Dias à primeira colheita; Número de plantas avaliadas.

Em seguida, os dados deverão ser submetidos ao teste de médias Scott-Knott e análise de variância individual. Para as variáveis quantitativas, utilizar-se-á distância generalizada de Mahalanobis (medida de dissimilaridade) e para as variáveis qualitativas o complemento aritmético de Jaccard. E por fim, a análise de componentes principais.

Após a análise estatística, verificar-se a proximidade ou distância entre os materiais para a identificação de potenciais agronômicos e de variabilidade genética. Terceira fase (2013):

Os materiais que obterem variabilidade genética em destaque no ano anterior deverão ser armazenados com suas respectivas denominações para serem empregados no ano agrícola de 2013.

O processo de fases manter-se-á até a estabilização dos materiais identificados por excelência agronômica o que desencadeará os ensaios de VCUs. A ampliação do BAG-FEPAGRO terá continuidade, e a busca de diferentes acessos será intensificada.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Quadro 1. Cronograma de atividades-Fepagro Sul, Rio Grande-RS, 2011/13.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00112 - 2011/14.

10. A anficarpia como estratégia de vida e persistência em Trifolium polymorphum Poir., nas pastagens naturais do Rio Grande do Sul

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Ionara Fátima Conterato COLABORADORES: Júlio Kuhn da Trindade Diego Bittencourt de David Maria Teresa Schifino-Wittmann Miguel Dal’ Agnol Divanilde Guerra Joseila Maldaner LOCAIS DE EXECUÇÃO: São Gabriel FONTE FINANCIADORA: CNPq VIGÊNCIA PREVISTA: 2013 a 2015 OBJETIVO GERAL:

Interpretar/compreender o significado biológico e ecológico da anficarpia como estratégia de vida e persistência em T. polymorphum nas pastagens naturais do Rio Grande do Sul. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Obter dados de produção, número e peso das sementes aéreas e subterrâneas em T.

polymorphum e comparar com os dados já obtidos para a também anficárpica T. argentinense; • Avaliar e comparar características morfológicas como taxa de crescimento, altura, tamanho

das folhas, número de inflorescências e produção de forragem das plantas derivadas das sementes aéreas e subterrâneas;

• Determinar o modo de reprodução das flores aéreas de T. polymorphum; • Analisar a influência da profundidade das sementes aéreas e subterrâneas no estabelecimento e

persistência de T. polymorphum; • Analisar a diversidade genética com o uso de marcadores moleculares do tipo microssatélites

(SSR) em plantas oriundas de sementes aéreas e subterrâneas; • Estabelecer e manter uma coleção de germoplasma de T. polymorphum (mudas e sementes)

visando estudos futuros relacionados à ecologia, dispersão e dormência dos dois tipos de sementes.

METODOLOGIA:

As coletas das mudas e ou sementes de T. polymorphum serão realizadas na metade sul do Rio Grande do Sul. As sementes aéreas e subterrâneas serão coletadas nos meses de novembro e dezembro de 2013 e 2014, enquanto as mudas serão coletadas nos meses de julho e agosto de 2013 e 2014 e mantidas a campo, na área experimental da FEPAGRO Forrageiras. As sementes oriundas das flores aéreas e subterrâneas serão coletadas separadamente no verão de 2013 e 2014, contadas em cada legume, medidas com régua graduada em mm e pesadas em balança.

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Serão avaliadas características morfológicas como taxa de crescimento, altura, tamanho de folha, número de inflorescências, produção de forragem e número de raízes de reserva das plantas derivadas de sementes aéreas e subterrâneas de T. polymorphum. Este experimento será realizado a campo na Fepagro Forrageiras e terá início em abril de 2014, a partir da germinação das sementes coletadas no final de 2013. De cada população pretende-se avaliar 10 plantas em um delineamento completamente casualizado. As variáveis avaliadas serão submetidas a uma análise estatistica com o auxílio do software JMP. O dendrograma de dissimilaridade genética dos caracteres morfológicos será gerado com base na distância euclidiana média, com o auxílio do programa computacional NTSYS-PC (Numerical Taxonomy and Multivariate Analysis System).

Para determinação do modo de reprodução das flores aéreas de T. polymorphum, 25 plantas oriundas de sementes aéreas coletadas em nov/dez de 2013, serão germinadas em abril de 2014 em bandejas de isopor, e mais tarde transferidas para floreiras e submetidas a Polinização cruzada mútua, auto-polinização, isolamento.

A influência da profundidade das sementes aéreas e subterrâneas no estabelecimento e persistência de T. polymorphum nas pastagens naturais do RS, será feita pela análise molecular SSR (Simple Sequence Repeats – Seqüências Simples Repetidas), RESULTADOS ESPERADOS:

Ampliar o conhecimento sobre anficarpia como um mecanismo de plasticidade na alocação de recursos investidos na produção de sementes aéreas, sementes subterrâneas e raízes de reserva; sobre o papel ecológico das sementes aéreas e subterrâneas, e a contribuição da variabilidade genética e da profundidade das sementes para a persistência das populações de T. polymorphum como planta produtora de forragem nas pastagens naturais do Rio Grande do Sul. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES: Atividades 2013

II 2014

I 2014

II Coleta e transplante das mudas X X

Coleta de sementes X X

Germinação das sementes em bandejas de isopor X

Transplante das mudas para copos e floreiras para determinação do modo reprodução flores aéreas X

Transplante das mudas para área experimental X

Extração de DNA e análise molecular X

Avaliação de características morfológica X

Coleta de sementes aéreas, subterrâneas e raízes de reserva X

Atividades 2015 I 2015 II

Contagem, medição e pesagem das sementes aéreas, subterrâneas e raízes de reserva produzidas por cada planta

X

Germinação de sementes aéreas e subterrâneas em diferentes profundidades X

Extração DNA e análise molecular X X

Análise comparativa do número, peso e tamanho entre os dois tipos de sementes em T. polymorphum X

Análise dos dados da germinação nas diferentes profundidades X

Tabulação e análise estatística dos dados X X

Apresentação de trabalhos em congressos e redação de artigos para publicação com os dados obtidos X X

Atividades 2016 I 2016 II

Apresentação de trabalhos em congressos e redação de artigos para publicação com os dados obtidos X X

Redação dos artigos científicos e submissões X X

Relatório final e prestação de contas X X

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00113 - 2011/14.

11. Desempenho agronômico de diferentes cultivares de cebola em sistema de plantio direto de sementes e mudas em solo Tuia

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Ivan Renato Cardoso Krolow COLABORADORES: Daniela da Rocha Vitória Krolow (FEPAGRO-SUL; IFSUL - ETC) Rosa Maria Domingues Moraes (FEPAGRO-SUL). Tânia Araújo Gamboa Morselli (UFPEL-SPAF-SOLOS) Maria da Graça de Souza Lima (FEPAGRO-SUL) LOCAIS DE EXECUÇÃO: Fepagro Sul FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Novembro 2011 a (...) OBJETIVO GERAL:

Investigar o desempenho agronômico de diferentes cultivares de cebola em sistema de plantio direto de sementes e mudas em solo Tuia. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Avaliar o desempenho agronômico das diferentes cultivares; • Identificar materiais promissores; • Identificar e vulnerabilidade e resistência a doenças fúngicas; • Avaliar o controle de espécies concorrentes.

METODOLOGIA:

O presente projeto será conduzido, no Centro de Pesquisa da Região Sul (FEPAGRO/SUL), município de Rio Grande/RS. O solo que caracteriza o local de instalação do experimento é o um solo ‘Tuia’, ARGISSOLO VERMELHO AMARELO Distrófico, profundo, muito arenoso, levemente ácido, com teores baixos de matéria orgânica, fósforo e potássio. O preparo do solo se dará por uma aração e duas gradagens e as adubações e correção do pH seguirão as orientações da ROLAS (2004), afim de assegurar uma disponibilidade de fitomassa seca em forma de palhada dessecada acima de 5 Mg ha-1.

A forrageira que será utilizada para a formação de palhada é a aveia preta (Avena strigosa Schreb) que deverá ser semeada no mês de março de cada ano e dessecada quimicamente com gliphosate em 15/06. Após 20 dias da dessecação da forrageira e da passagem de rolo-faca, se procederá na instalação do experimento que deverá ser dividido em dois ensaios locais.

Ensaio 1. Serão transplantadas sobre a palha dessecada quimicamente e previamente sulcadas na profundidade de 10 cm, mudas selecionadas de quatro materiais genéticos originados na Fepagro Sul, esses, denominados por tratamentos que seguem: T1- Cv Petroline, T2- Cv Fepagro 27, T3- Cv Madrugada e T4- Linhagem IDR. O delineamento experimental utilizado será em completamente casualizado com 4 tratamentos e 5 repetições. Cada unidade experimental será composta por parcela de 4 metros de comprimento por 1,2 metros de largura, com 4 linhas de plantio espaçadas por 0,3 m entre linha e 0,15 m entre planta que totalizaram 20 parcelas.

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Ensaio 2. As sementes serão plantadas diretamente ao solo com auxilio de uma plantadora de precisão de quatro linhas de plantio em parcelas, utilizando-se os materiais genéticos originados na Fepagro Sul, esses, denominados por tratamentos que serão T1- Cv Petroline, T2- Cv Fepagro 27, T3- Cv Madrugada e T4- Linhagem IDR. O delineamento experimental utilizado será em blocos casualizados com 4 tratamentos e 5 repetições. Cada unidade experimental será composta por parcela de 4 metros de comprimento por 1,2 metros de largura, com 4 linhas de plantio espaçadas por 0,3 m entre linha que totalizaram 20 parcelas. Logo que as mudas atingirem altura superior a 0,10 m proceder-se-á no raleio, priorizando-se mudas espaçadas por 0,15 m na linha de plantio.

Os tratos culturais se darão por capinas: mecânica e química, controle de doenças foliares e adubações de cobertura. Preferencialmente, o controle de plantas concorrentes se dará pelo arrânquio manual e quando necessário será utilizado herbicidas específicos no controle de espécies como Portulaca oleracea, Galinsoga parviflora, Bidens pilosa, Amaranthus viridis, Cynodon dactylon, Paspalum dilatatum, Panicum maximum e Setaria geniculata, predominantes no local. No controle de doenças foliares, como a ferrugem da cebola (Puccinia porri), mancha púrpura (Alternaria porri) e míldio (Peronospora destructor), serão realizadas pulverizações preventivas ou imediatamente após a identificação das mesmas.

A aplicação de inseticida para o controle de tripes (Thrips tabaci) será realizada a partir da identificação de 20 adultos por planta em cinco amostragens de cada parcela e/ou a identificação de focos do inseto. O controle químico se estenderá até que 60 % de cada cultivar apresente o estalo.

As adubações serão realizadas na base no momento do plantio e em cobertura 35 dias após o transplante e 40 dias após a semeadura direta (ensaio 2). Aos 45 dias do plantio e do transplante, assim como na colheita se procederá as avaliações da parte aérea, considerando o número de folhas (NF) e comprimento das folhas (CF) que devem ser a partir do pseudocaule até as pontas das folhas com auxilio de uma régua graduada. A colheita da cebola se dará quanto 70% da população apresentar o estalo, ou seja, quando o pseudocaule tombar. Em seguida da colheita o material será disposto em galpão ventilado para que ocorra a ‘cura em sete dias’, na sequência realizar-se-á o toalete e coleta de dados referentes a avaliação de comprimento das folhas e encaminhamento para a pesagem (fitomassa fresca e seca da parte aérea e bulbos em laboratório), da mesma forma que a avaliação e registro do diâmetro de bulbos e do pseudocaule com auxilio de um paquímetro digital.

A obtenção da produção média estimada se dará pela média da fitomassa fresca dos bulbos colhidos nas duas linhas centrais de plantio multiplicadas pela população de um hectare, bulbificação através do número de plantas que produziram bulbos, peso médio dos bulbos produzidos, perda de peso dos bulbos colhidos em dois estágios após colheita (20 e 40 dias).

Para a análise estatística, cada ensaio proceder-se-á de forma individualizada submetendo-se seus dados à ANOVA e Teste Tukey de separação de médias à 5% de significância, com o uso do software ASSISTAT versão 7.6.

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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Quadro 1. Cronograma de atividades-Fepagro Sul, Rio Grande-RS, 2011/15.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00114 - 2011/14.

12. Viabilidade da utilização do resíduo de pescado como substrato para o cultivo de mudas de hortaliças em sistema floating

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Ivan Renato Cardoso Krolow COLABORADORES: Daniela da Rocha Vitória Krolow (FEPAGRO-SUL; IFSUL - ETC) Rosa Maria Domingues Moraes (FEPAGRO-SUL). Tânia Araújo Gamboa Morselli (UFPEL-SPAF-SOLOS) Wilian Costa Sandrini Raul Matos Araújo (UFPEL-SPAF) LOCAIS DE EXECUÇÃO: Fepagro-Sul/Faem-UFPel FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Novembro 2011 a Dezembro de 2014 OBJETIVO GERAL:

Investigar a viabilidade da utilização do resíduo de pescado como substrato para o cultivo de mudas de hortaliças em sistema floating.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Incentivar as cooperativas de pescadores da região sul a compostarem os resíduos não comercializados;

• Estudar as propriedades químicas e nutricionais do substrato originado do resíduo de pescado;

• Desenvolver um substrato originário das colônias de pescadores do Litoral Sul; • Avaliar o crescimento e desenvolvimento de mudas de hortaliças nos diferentes substratos.

METODOLOGIA: O projeto será desenvolvido pela FEPAGRO-SUL. Serão coletados resíduos de pescados

nas colônias de pescadores dos municípios de Pelotas/RS e Rio Grande/RS. A partir de janeiro de 2011 iniciar-se-á a aquisição dos resíduos (esterco de bovinos, resíduos da atividade pesqueira, casca de arroz e acículas de pinus). Logo em seguida, os resíduos de bovinos e de pescado serão preparados e acondicionados no processo de vermicompostagem na Fepagro-Sul em caixas de madeira não aromáticas ‘cedrinho’, com as seguintes dimensões: 1m de comprimento x 0,60m de largura x 0,30m de altura, com capacidade de 126 kg cada, totalizando 10 caixas para cada material. Anterior a essa etapa os materiais permaneceram em uma superfície de “alvenaria acimentada” até que as oscilações de temperatura e pH na massa se tornem estáveis e apropriadas à inoculação das oligoquetas. Em cada caixa adicionar-se-á os resíduos que será inoculado aos mesmos minhocas adultas e cliteladas do gênero Eisenia espécie foetida, onde permaneceram por 60 dias. De posse do vermicomposto, serão retiradas amostras representativas dos diferentes materiais para serem encaminhados ao Laboratório de Solos da FAEM e Laboratório da Fepagro, para serem avaliadas e caracterizadas quanto a constituição física e química, assim como, das acículas e da casca de arroz, quanto a composição dos teores de macronutrientes ‘C, N, P, K, Ca e

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Mg’, valores de pH, umidade (%), relações C/N, valores de condutividade elétrica (mS cm-1) seguiram a metodologia proposta por (TEDESCO et al. 1995). As acículas de pinus e a casca de arroz serão carbonizadas na Fepagro-Sul através do uso de um carbonizador de latão 200L pelo método proposto por Medeiros (1998). Estando os resíduos em condições de serem utilizados será montada a estrutura para um sistema de floating de bandejas com 4 unidades para cada tratamento o que totalizara 48 bandejas semeadas com as cultivares de cebola e demais materiais genéticos do BAG-FEPAGRO em casa de vegetação.

Os tratamentos propostos são: T1- Substrato comercial para produção de mudas (SC); T2- 25% Resíduo de Pescado Vermicompostado (RPV) + 75% Esterco Bovino Vermicompostado (VB); T3- 50% RPV + 50% VB; T4- 75% RPV + 25% VB; T5- 25% RPV + 75% VB; T6- 25% RPV + 25% Acícula de pinus carbonizada (APC) + 50% VB; T7- 50% RPV + 25% APC + 25% VB; T8- 75% RPV + 25% APC; T9- 75% RPV + 25% Casca de Arroz Carbonizada (CAC); T10- 50% RPV + 25% CAC + 25% VB; T11- 25% RPV + 50% CAC + 25% VB; T12- 25% RPV + 25% CAC + 50% VB. Os materiais deverão ser enriquecidos quando necessário com fontes alternativas de fertilizantes, assim como com materiais inertes a fim de atenderem as condições físicas mais adequadas as diferentes espécies. Em cada bandeja amostrada serão avaliadas todas as plantas que tiverem germinado e quando 50% da população atingir o estádio ideal de transplante as avaliações em casa de vegetação serão interrompidas e a proceder-se-á na análise em laboratório de 10% da população presente em cada bandeja.

As variáveis são: número de mudas, diâmetro de colo (milímetros), altura de mudas (centímetros), fitomassa fresca da parte aérea (gramas), fitomassa fresca da raiz (gramas), fitomassa fresca total (gramas), fitomassa seca da parte aérea (gramas), fitomassa seca da raiz (gramas), fitomassa seca total (gramas), relação da altura da muda/fitomassa seca da parte aérea, fitomassa seca da parte aérea/fitomassa seca da raiz, quociente de robustez, índice de qualidade de Dickson, área da parte aérea (cm2), composição de macronutrientes da fitomassa seca das partes aérea e radicular e composição de macronutrientes dos diferentes substratos após a retirada das mudas. Os resultados serão submetidos à análise de variância, Teste de médias (Duncan 5%) de probabilidade, e análise de regressão utilizando-se o Sistema de Análises Estatística-Winstat. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Quadro 1. Cronograma de atividades-Fepagro Sul, Rio Grande-RS, 2011/14.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00115 - 2011/14.

13. Promoção e desenvolvimento da agricultura familiar: industrialização de alho e cebola

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Daniela da Rocha Vitória Krolow COLABORADORES: Ivan Renato Cardoso Krolow (FEPAGRO-SUL) Marcelo Zaffalon Peter (IFSUL-CAVG) Rosa Maria Domingues Moraes (FEPAGRO-SUL) Tânia Araújo Gamboa Morselli (UFPEL-SPAF-SOLOS) Elisa Bald Siqueira (IFSUL) LOCAIS DE EXECUÇÃO: Fepagro-Sul / IFSUL-CAVG FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Novembro 2011 a Janeiro de 2015 OBJETIVO GERAL:

Permitir aos produtores um acompanhamento orientado da produção de alho e cebola, além da elaboração de subprodutos que garantam valor agregado, geração de renda e melhoria da qualidade de vida. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Orientar os agricultores sobre os tratos culturais adequados para as culturas de alho e cebola

produzidas na região; • Desenvolver formulações e metodologias de alho negro, pasta de alho, alho desidratado, pasta

de cebola e cebola desidratada; • Divulgar aos agricultores as tecnologias e resultados alcançados; • Capacitar os agricultores em relação às técnicas de produção. METODOLOGIA:

Inicialmente serão selecionados agricultores do município de Rio Grande/RS que em regime de parceria receberão sementes selecionadas de alho e cebola da FEPAGRO SUL, assim como orientação técnica para a produção das respectivas culturas visando às boas práticas agrícolas. Ao término do ciclo de cada cultura os agricultores disponibilizarão bulbos e bulbilhos para o desenvolvimento do projeto. Os técnicos da FEPAGRO-SUL e do IFSUL acompanharão todas as etapas de cultivo e seleção dos materiais que deverá ser realizada após a colheita das respectivas culturas. Posteriormente, as etapas de campo, os materiais disponibilizados pelos agricultores passarão por nova classificação na FEPAGRO-SUL, que deverá ser observada nessa etapa, cor, diâmetro, peso de bulbo, peso de bulbilho e sanidade, bem como aspecto visual dos materiais de ambas as espécies. Do material selecionado, encaminhar-se-á às etapas posteriores na Indústria Piloto do IFSUL/CAVG.

As cultivares de cebola que se pretende trabalhar são Fepagro 27, Madrugada, Diamante e Seleção IDR1. No alho os materiais a serem utilizados serão a Seleção Quitéria 1 e Seleção alho Macho 1 e 2.

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Trabalhar-se-á com a seleção e desenvolvimento tecnológico de cinco produtos que são: Produção de Alho Negro; Pasta de Alho; Alho Desidratado; Pasta de Cebola e Cebola Desidratada.

a) Produção de Alho Negro Pretende-se descrever o processo de produção do Alho Negro, considerando as variáveis que

comprometem a sua produção como temperatura, umidade relativa, pungência, coloração e sabor. Será realizada primeiramente a escolha e classificação dos bulbos mais adequados, considerando tamanho, peso e estado sanitário. Após a aquisição de matéria-prima, com os preceitos supracitados em volume e quantidade, serão testados e avaliados:

• Diferentes períodos de fermentação e secagem (com utilização de estufa com circulação forçada de ar) com o controle adequado das variáveis: período, temperatura e umidade relativa.

• Acondicionamento. • Avaliação da vida de prateleira. • Avaliação de aspetos qualitativos (cor, sabor e aroma) • Monitoramento do pH. b) Pasta de alho

Será realizada primeiramente a escolha e classificação dos bulbos mais adequados, considerando tamanho, peso e estado sanitário. Após a aquisição de matéria-prima, com os preceitos supracitados em volume e quantidade, serão testados e avaliados:

• Descascamento mecânico e manual. • Trituração mecânica. • Adição de condimentos. • Concentração. • Avaliação da vida de prateleira. • Avaliação de aspetos qualitativos (cor, sabor, aroma, textura e aparência). • Monitoramento do pH. c) Alho desidratado

Será realizada primeiramente a escolha e classificação dos bulbos mais adequados, considerando tamanho, peso e estado sanitário. Após a aquisição de matéria-prima, com os preceitos supracitados em volume e quantidade, serão testados e avaliados:

• Descascamento mecânico e manual. • Fatiamento manual. • Desidratação com utilização de estufa de circulação de ar forçado. • Trituração mecânica. • Acondicionamento. • Avaliação da vida de prateleira. • Avaliação de aspectos qualitativos (cor, sabor, aroma, textura e aparência). d) Pasta de cebola

Será realizada primeiramente a escolha e classificação dos bulbos de cebola mais adequadas, considerando tamanho, peso e estado sanitário. Após a aquisição de matéria-prima, com os preceitos supracitados em volume e quantidade, serão testados e avaliados:

• Descascamento mecânico e manual. • Trituração mecânica. • Adição de condimentos. • Concentração. • Avaliação da vida de prateleira. • Avaliação de aspetos qualitativos (cor, sabor, aroma, textura e aparência). • Monitoramento do pH.

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e) Cebola desidratada Será realizada primeiramente a escolha e classificação dos bulbos de cebola mais adequadas,

considerando tamanho, peso e estado sanitário. Após a aquisição de matéria-prima, com os preceitos supracitados em volume e quantidade, serão testados e avaliados:

• Descascamento mecânico e manual. • Fatiamento manual. • Desidratação com utilização de estufa de circulação de ar forçado. • Trituração mecânica. • Acondicionamento. • Avaliação da vida de prateleira. • Avaliação de aspetos qualitativos (cor, sabor, aroma, textura e aparência). • Monitoramento do pH.

As variáveis a serem analisadas são: a) Avaliação microbiológica (0-90 dias de armazenamento)

• Contagem de bactérias do tipo coliformes fecais, bactérias lácticas, bolores e leveduras.

b) Análise física – determinação objetiva da cor • Através do calorímetro, cujos resultados são expressos em valor

L(luminosidade), a (negativo = verde, positivo = vermelho). E utilização da equação abaixo para a diferenciação de cor ( E).

Onde: E é a diferença entre cada parâmetro de cor das amostras iniciais e das amostras armazenadas. As análises serão realizadas em triplicata a cada 20 dias durante os primeiros 60 dias e a cada 10 dias, durante os 30 dias finais.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Quadro 1. Cronograma de atividades-Fepagro Sul, Rio Grande-RS, 2011/15.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00116 - 2011/14.

14. Melhoramento e seleção genética de mostarda (Brassica juncea L.) na região sul do Rio Grande do Sul

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Ivan Renato Cardoso Krolow COLABORADORES: Daniela da Rocha Vitória Krolow Rosa Maria Domingues Moraes Maria da Graça de Souza Lima LOCAIS DE EXECUÇÃO: Fepagro Sul FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Outubro de 2011 a (...) OBJETIVO GERAL:

Melhoramento e seleção genética de mostarda (Brassica juncea L.) na região sul do Rio Grande do Sul. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Investigar o desempenho agronômico de diferentes acessos de mostarda coletados em

diferentes regiões do Estado; • Identificar materiais promissores; • Identificar vulnerabilidades e resistência a doenças foliares; • Obter linhagens promissoras; • Resgatar a cv. Farroupinha da Fepagro (1985); • Ampliar o Banco Ativo de Germoplasma da Fepagro Sul.

METODOLOGIA: Primeira fase (2011):

Buscou-se nos municípios do Litoral Sul diferentes acessos de mostarda (Brassica juncea L.) e obteve-se três materiais, oriundos da ‘cv. Farroupilha’ lançada em 1985 pela FEPAGRO. Verificou-se que o material apresenta heterogeneidade, sendo assim um potencial emergente ao melhoramento vegetal. Em seguida, os acessos foram conduzidos ao Centro de Pesquisa da Região Sul (FEPAGRO/SUL), município de Rio Grande/RS, situada a 31º 59´ de latitude Sul e a 52 17´ de longitude Oeste de Greenwich e 10,4m.

Os diferentes acessos genéticos associados a mais um disponibilizado pelos servidores da Fepagro, esse último, mantido pelos mesmos, foram conduzidos ao laboratório (50% das sementes obtidas) para análise: caracterização e viabilidade das sementes (Velocidade e % de germinação; Velocidade e % de germinação à baixa temperatura; Envelhecimento acelerado; Envelhecimento acelerado (solução saturada de NaCl); Velocidade e % de emergência de plântulas; Determinação do teor de água.

Segunda fase (2012):

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Após as avaliações de laboratório os acessos serão identificados por tratamentos: T1; T2; T3 e T4. Em 03/2012 realizar-se-á o plantio das sementes com duas finalidades distintas: a primeira com objetivo de obter sementes das populações obtidas (pré-seleção massal) e o segundo em descrever a as respostas agronômicas dos acessos bem como identificar potencialidades dos possíveis genitores. A disposição dos materiais (segundo cultivo), será em esquema fatorial (4x4) mantendo-se em cada parcela de 3x1,2m, três linhas de plantio, sendo avaliada a central.

Aos 5 dias da emergência deverá ser procedido ao raleio das mudas considerando o espaçamento de 0,30m entrelinha e 4 mudas por metro linear. A área que será destinada ao experimento apresenta um solo ‘Tuia’ ARGISSOLO VERMELHO AMARELO, profundo, muito arenoso, levemente ácido, com teores baixos de matéria orgânica, fósforo e potássio (EMBRAPA, 2006). A adequação da fertilidade do solo será obtida com a utilização de húmus de minhocas produzido no local e enriquecido com fertilizante mineral e organo mineral, quando necessário, tendo como base às orientações específicas a cultura e ainda com adubação foliar, quando identificado deficiências. O controle das plantas concorrentes deverá ser através da utilização de ‘mulching’ vegetal. As análises de campo se darão em seguida da emergência e as variáveis que serão levantadas são: Dias à emergência; Sanidade (aspectos visuais) e a partir dos 40 dias da emergência avaliar-se-á: Coloração das folhas; Cerosidade da folha (%); Arquitetura da folha; Altura das plantas (cm); Diâmetro do caule (metade da altura da planta em mm); Comprimento e Largura do limbo (cm) tendo como média a quinta folha expandida mais nova; Número de folhas comerciais (>20cm); Número de folhas senescentes; Número de brotações; Número de folhas totais; Área foliar média (cm2); Fitomassa fresca (g); Fitomassa seca (g) e suscetibilidade ao Oidium sp.. Todas as folhas comerciais deverão ser colhidas em intervalos de 10 dias e encaminhadas ao laboratório. Os materiais obtidos da multiplicação de sementes deverão ser conservados para os anos de avaliação seguinte.

Em seguida os dados deverão ser submetidos ao teste de médias e análise de variância, regressão e de correlação. Para as variáveis quantitativas, utilizar-se-á distância generalizada de Mahalanobis e para as variáveis qualitativas o complemento aritmético de Jaccard. E por fim a análise de componentes principais. Terceira fase (2013):

Os materiais que obterem melhor desempenho na fase anterior deverão ser armazenados com suas respectivas denominações para serem empregados no ano agrícola de 2013. Da mesma forma que os acessos que apresentarem diversidade fenotípica para as variáveis de interesse agronômico serão identificados e preservados para análises a posterior, cujo intuito é a de identificar genitores promissores.

O processo de fases manter-se-á até a estabilização dos materiais identificados por excelência agronômica. A ampliação do BAG-FEPAGRO terá continuidade, e a busca de diferentes acessos será intensificada.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Quadro 1. Cronograma de atividades-Fepagro Sul, Rio Grande-RS, 2011/15.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00117 - 2011/14.

15. Melhoramento genético de cenoura (Daucus carota L.) de verão para região sul do Rio Grande do Sul

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Maria da Graça de Souza Lima COLABORADORES: Ivan Renato Cardoso Krolow (FEPAGRO) Daniela da Rocha Vitória Krolow (FEPAGRO-SUL; IFSUL - ETC) Rosa Maria Domingues Moraes (FEPAGRO-SUL). Tânia Araújo Gamboa Morselli (UFPEL-SPAF-SOLOS) Wilian Sandrini (IFSUL) Acadêmicos (as) Mariana Casalinho (IFSUL) Therezinha Regina Ribeiro da Silva (IFSUL) LOCAL DE EXECUÇÃO: Fepagro - Sul FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Novembro 2011 a (...) OBJETIVO GERAL:

O presente projeto visa avaliar linhagens de cenoura selecionadas na Fepagro-Sul e posteriormente, obter uma cultivar de cenoura de verão para a zona sul do Rio Grande do Sul, com características agronômicas e comerciais que satisfaçam as exigências do mercado. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Identificar linhagens promissoras de cenoura do BAG-Fepagro; • Identificar linhagens-seleção de cenoura do BAG-Fepagro; • Identificar resistência a doenças e nematóides; • Observar características de herdabilidade; • Avaliar o material com vistas ao futuro registro de cultivar (VCUs); • Implantar VCUs a partir do ano de 2015.

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METODOLOGIA: O presente projeto será conduzido, no Centro de Pesquisa da Região Sul (FEPAGRO/SUL),

município de Rio Grande/RS, situada a 31º 59´ de latitude Sul e a 52 17´ de longitude Oeste de Greenwich e 10,4m. A área que será implantado o experimento apresenta um solo ‘Tuia’ ARGISSOLO VERMELHO AMARELO, profundo, muito arenoso, levemente ácido, com teores baixos de matéria orgânica, fósforo e potássio (EMBRAPA, 2006). O projeto se baseia em fases (Quadro 1), sendo que a primeira já foi concluída no ano de 2011 ao ser realizada a colheita das sementes de primeira e segunda ordem (umbelas) das plantas selecionadas.

Em 12/2011, realizar-se-á o preparo convencional do solo (uma aração e duas gradagens) e posteriormente o encanteiramento para o cultivo dos materiais selecionados em 01/2012. O delineamento experimental será em blocos totalmente casualizados, com três linhagens de cenoura do banco genético da FEPAGRO-SUL em comparação a duas cultivares comerciais. A disposição deverá ser a seguinte: 5 tratamentos x 16 repetições que totalizarão 80 parcelas cujo espaçamento adotado será de 1,20 m de largura x 5,0 m de comprimento com 4 linhas de plantio espaçadas em 0,25m. Os tratamentos receberão as seguintes denominações: T1- Linhagem 1 (IDR1), T2-Linhagem 2 (IDR2), T3-Linhagem 3 (IDR3), T4-Cultivar Brasília Irecê (C1) e T5-Cultivar Carandaí (C2). Aos 25-30 dias da germinação realizar-se-á o desbaste de plantas, a fim de se deixar espaçamento entre plantas correspondente a 4-5cm.

a) Fase 1 • Ano l

No primeiro ano, a partir de uma população representativa, já em fase de seleção, serão selecionadas raízes que apresentem os padrões comerciais adotados: - Formato cilíndrico (obtido através da utilização da formula volume do cilindro /volume da raiz em água, destacando-se as que apresentarem índice inferior a 0,8); - Ausência de ombro verde ou roxo; - Coloração laranja intensa, diâmetro proporcional do xilema; - Resistência a doenças foliares (queima das folhas: Origem fungica: Alternaria dauci e Cercospora carotae; Origem bacteriana: Xanthomonas campestris pv. Carotae); - Resistência a Nematóides (Meloidogyne incógnita; M. javanica; M.hapla); - Herdabilidade; - Adaptação da cultivar às condições climáticas locais;

Posteriormente em local devidamente isolado as raízes serão plantadas para obtenção de

sementes permitindo a recombinação genética do material, onde serão coletadas as sementes de umbelas de primeira e segunda ordem.

b) Fase 2

•••• Ano ll No segundo ano em uma área de 2.500 m2 será disposta uma população com

aproximadamente 90 mil plantas. Essas raízes serão submetidas à seleção massal. Na sequência será instalado ensaio de competição:

Selecionar-se-á 2000 mil cepas que serão plantadas para obtenção de sementes (recombinação gênica).

Serão selecionadas as características de interesse agronômico que darão origem aos materiais para a fase 3.

c) Fase 3

•••• Ano lll Com a padronização dos diferentes materiais (características de interesse agronômico) será

providenciado sua caracterização e submissão de documentação ao MAPA, a fim de atender as exigências legais para o registro de cultivar, ou seja, a instalação do primeiro VCU em 2015.

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Os dados serão analisados estatisticamente por análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% probabilidade. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Quadro 1. Cronograma de atividades-Fepagro Sul, Rio Grande-RS, 2011/15.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00118 - 2011/14.

16. Produção de hortaliças e sementes: Convencional e Orgânico PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Ivan Renato Cardoso Krolow COLABORADORES: Daniela da Rocha Vitória Krolow Tânia Araújo Morselli Rosa Maria Domingues Moraes Therezinha da Silva Mariana Casalinho LOCAIS DE EXECUÇÃO: Fepagro Sul/UFPel FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Outubro de 2011 a (...) OBJETIVO GERAL:

Produção de hortaliças e sementes: Convencional e Orgânico OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Investigar o desempenho agronômico de diferentes cultivares e linhagens de alho macho,

cebola, mostarda e de ervilha em sistema convencional e orgânico; • Identificar materiais promissores;

Identificar, promover e disponibilizar sementes oriundas do BAG-FEPAGRO-SUL; • Ampliar o BAG-FEPAGRO-SUL com a inclusão de sementes orgânicas.

METODOLOGIA:

O projeto será conduzido, no Centro de Pesquisa da Região Sul (FEPAGRO/SUL), município de Rio Grande/RS, situada a 31º 59´ de latitude Sul e a 52 17´ de longitude Oeste de Greenwich e 10,4m. O solo que caracteriza o local de instalação do experimento é um solo ‘Tuia’, ARGISSOLO VERMELHO AMARELO Distrófico, profundo, muito arenoso, levemente ácido, com teores baixos de matéria orgânica, fósforo e potássio (EMBRAPA, 2006). O preparo do solo se dará previamente com uma aração e duas gradagens e com o cultivo do feijão miúdo para ser incorporado no inicio de sua floração e as adubações e correção do pH, assim como a futuras fertilizações seguirão as orientações da ROLAS (2004).

A fertilização se dará com a adição de húmus (vermicomposto produzido no local), composto orgânico, casca de arroz carbonizada, fosfato de rocha natural e algas marinhas. Em adubações de cobertura, utilizar-se-á a urina de bovinos e o vermicomposto líquido.

Os experimentos serão dispostos de acordo com as peculiaridades das espécies [Allium cepa L.; Allium ampeloprasum L.; Allium sativum L. e Brassica juncea L. (Mostarda)] em esquema fatorial 4x4; 3x4; 3x4 e 3x3, respectivamente.

Ensaio 1. Serão transplantadas mudas de cebola (≥4mm de diâmetro) de quatro cultivares denominadas por tratamentos (T1-Petroline; T2- Fepagro 27; T3-Madrugada e T4-Diamante) em 07/2012. Cada tratamento será composto por quatro parcelas de 4m de comprimento por 1,2m de largura, com 4 linhas de plantio espaçadas por 0,25m entre linhas e 0,1m entre mudas. A colheita

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será realizada quando 75% das plantas entrarem em estádio de estalo, colhendo-se os bulbos das linhas centrais. Após a cura em galpão ventilado, os tratamentos serão conduzidos ao laboratório, para serem realizadas as avaliações de Diâmetro transversal do bulbo; Formato do bulbo; Fitomassa fresca do bulbo; Fitomassa seca do bulbo; [10% de bulbos de cada tratamento colhido serão destinados às seguintes análises: Pungência (ácido pirúvico); Teor total de sólidos solúveis (°Brix); Acidez titulável]; Produção total de bulbos em Mgha-1; Produtividade total de bulbos em Mgha-1 e Classificação comercial de bulbos. Os bulbos dos materiais genéticos em destaque serão reservados para a produção de sementes orgânicas.

Ensaio 2. Os bulbilhos de alho macho (Allium ampeloprasum L.) após classificação e padronização das sementes serão denominados por tratamentos: T1-5,1-7g; T2-7,1-10g e T3-10,1-12,5g e semeados em 07/2012. Cada tratamento será composto por quatro parcelas de 4m de comprimento por 1,2m de largura, com 3 linhas de plantio espaçadas por 0,3m entre linhas e 0,12 entre bulbilhos. Ao término do ciclo dos materiais (2/3 das folhas entrarem em senescência), proceder-se-á na colheita da linha central de todas as parcelas e após a cura (15 dias em galpão ventilado) os mesmos deverão ser encaminhados ao laboratório para a obtenção das seguintes variáveis: Número de bulbos colhidos; Pesagem de bulbos; Diâmetro transversal de bulbos; N° bulbilho/Bulbo; Unibulbos (%); Uniformidade de bulbos; Produção total em Mgha-1 e Peso de bulbos comerciais em Mgha-1. Os bulbos dos materiais genéticos em destaque serão reservados para a produção de sementes orgânicas.

Ensaio 3. Os bulbilhos de alho Quitéria (Allium sativum L.) após classificação e padronização das sementes serão denominados por tratamentos: T1-<2g; T2-2,1-4g e T3->4g e semeados em 07/2012. Cada tratamento será composto por quatro parcelas de 3m de comprimento por 1,2m de largura, com 3 linhas de plantio espaçadas por 0,3m entre linhas e 0,10 entre bulbilhos. Ao término do ciclo dos materiais (2/3 das folhas entrarem em senescência), proceder-se-á na colheita da linha central de todas as parcelas e após a cura, os mesmos deverão ser encaminhados ao laboratório para a obtenção das seguintes variáveis: Número de bulbos colhidos; Pesagem de bulbos; Diâmetro transversal de bulbos; N° bulbilho/Bulbo; Unibulbos (%); Uniformidade de bulbos; Produção total em Mgha-1 e Peso de bulbos comerciais em Mgha-1. Os bulbos dos materiais genéticos em destaque serão reservados para a produção de sementes orgânicas.

Ensaio 4. As sementes de mostarda, segregação da cv. ‘Farroupilha’, de quatro locais do Litoral Sul, serão semeadas em cultivo orgânico, sendo que a cada local denominar-se-á por tratamentos: T1; T2; T3; T4 e serão semeadas em 04/2012. Cada tratamento será composto por três parcelas de 3m de comprimento por 1,2m de largura, com 3 linhas de plantio espaçadas por 0,3m entre linhas e 0,10 entre bulbilhos. As variáveis investigadas a partir dos 40 dias da emergência serão: Altura das plantas (cm); Diâmetro do caule (metade da altura da planta em mm); Número de folhas comerciais (>20cm); Número de folhas senescentes; Número de brotações; Número de folhas totais; Área foliar média (cm2); Fitomassa fresca (g); Fitomassa seca (g) e Sanidade. Todas as folhas comerciais deverão ser colhidas em intervalos de 10 dias e encaminhadas ao laboratório. O manejo de plantas concorrentes dar-se-á com cobertura morta (acícula de Pinnus e/ou forrageiras do gênero Paspalum). De maneira preventiva utilizar-se-á a calda sulfocálcica e a calda bordalesa (ácaros, cochonilhas pulgões e doenças fúngicas). Em seguida, os dados deverão ser submetidos ao teste de médias e análise de variância, regressão e de correlação. Para as variáveis quantitativas, utilizar-se-á distância generalizada de Mahalanobis e para as variáveis qualitativas o complemento aritmético de Jaccard.

Os materiais que obterem melhor desempenho serão empregados nos ensaios futuros, como referencia local, assim como servirão de parâmetros as demais linhagens obtidas nos ensaios de cruzamento e seleção do sistema convencional, que por sua vez serão empregadas em sistema orgânico. Constituindo-se assim numa linha de pesquisa, não paralela, a obtenção de cultivares convencionais e/ou orgânicas, mas numa relação direta e de dinâmica favorável aos agricultores e as potencialidades dos recursos genéticos existentes.

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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Quadro 1. Cronograma de atividades-Fepagro Sul, Rio Grande-RS, 2011/15.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00119 - 2011/14.

17. Resgate, Seleção e Melhoramento da cebola (Allium cepa L.) PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Ivan Renato Cardoso Krolow COLABORADORES: Daniela da Rocha Vitória Krolow (FEPAGRO-SUL; IFSUL - ETC) Rosa Maria Domingues Moraes (FEPAGRO-SUL). LOCAL DE EXECUÇÃO: Fepagro-Sul FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Outubro de 2011 a (...) OBJETIVO GERAL:

Regastar parte do acervo genetico originado na Fepagro Sul, selecionar os materiais promissores e promover o melhoramento da cebola.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Identificar materiais promissores, ainda existentes no BAG-FEPAGRO-SUL; • Caracterizar e classificar os acessos genéticos oportunizados por agricultores tradicionais dos

municípios que compreendem a área de abrangência do COREDE-SUL; • Identificar potencialidades dos acessos disponibilizados à FEPAGRO-SUL; • Identificar materiais genéticos originados do BAG-FEPAGRO-SUL; • Identificar empresas sementeiras que multiplicam sementes originadas do BAG-FEPAGRO-

SUL; • Reativar o programa de melhoramento na FEPAGRO-SUL; • Obter linhagens; • Retomar os ensaios de VCUs; • Ampliar o BAG-FEPAGRO-SUL.

METODOLOGIA: Primeira fase (2011):

Realizou-se um levantamento em municípios produtores de cebola (Allium cepa L.) na região que compreende o COREDE-SUL e Mostardas do COREDE-LITORAL, e em seguida adquiriu-se acessos genéticos, de polinização aberta, de produtores e associações de agricultores. Em laboratório no Centro de Pesquisa da Região Sul (FEPAGRO/SUL), município de Rio Grande/RS, situada a 31º 59´de latitude Sul e a 52 17´ de longitude Oeste de Greenwich e 10,4m providenciou-se a limpeza dos materiais, caracterização e classificação quanto à sanidade e peso de bulbos e sementes. Da mesma forma que ao registrar os acessos oriundos dos municípios de Rio Grande (R); São José do Norte (SJ); Mostardas (M); Arroio Grande (AG); Capão do Leão (CL); Jaguarão (J) e Pelotas (P) caracterizaram-se os materiais ainda existentes no BAG-FEPAGRO-SUL [cvs. Fepagro 27 (F27); Madrugada (MA); Diamante (D), Petroline (PE) e

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Crioula (CR)]. Dos municípios levantados, como ponto de partida, foram obtidos 14 acessos (Quadro 1).

Descrição Municípios (RS)

R SJ M AG CL J P

Branca 1(SJ1) 1(P1)

Roxa 1(R1) 1(J1)

Norte 14 1(SJ2) 1(M1) 1(P2)

Baia Periforme 1(R2) 1(M2) 2(AG1 e AG2) 1 1(J2) 1(P3)

Quadro 1. Diferentes acessos (Ponto de partida). Rio Grande/RS, 2011.

Segunda fase (2012): Após a categorização dos diferentes acessos e cultivares, os materiais deverão ser

preparados para os ensaios de campo, cujo objetivo é de identificar potencialidades agronômicas para a recuperação e ampliação do BAG-FEPAGRO-SUL e ativar o melhoramento genético local. Os acessos dos diferentes municípios serão denominados por tratamentos (T) sendo arbitrada as seguintes denominações: R1 e R2; SJ1 e SJ2; M1 e M2; AG1 e AG2; CL; J1 e J2 e P1 e P2, assim como as cultivares ainda presentes na FEPAGRO: F27; MA; D; PE e a CR, constituindo assim 19 T. Os T serão dispostos a campo em blocos casualizados com repetições (R): 14T x 4R para os materiais obtidos e 5Tx4R para os materiais presentes na Fepagro. O plantio das sementes (04/2012) se dará no viveiro local (13 canteiros de 55x1,2m). A classificação e padronização de mudas (diâmetro =>4mm) será realizada previamente e o transplante se dará em 76 parcelas encanteiradas (1,20x4m) em quatro linhas de plantio (10cm x 25cm). A área que será destinada aos ensaios apresenta um solo ‘Tuia’ ARGISSOLO VERMELHO AMARELO, profundo, muito arenoso, levemente ácido, com teores baixos de matéria orgânica, fósforo e potássio (EMBRAPA, 2006).

A adequação da fertilidade do solo (viveiro e local definitivo) será obtida com a utilização de húmus de minhocas, produzido no local e enriquecido com fertilizante organo mineral, quando necessário, tendo como base as orientações específicas para cada cultura, conforme Comissão de Química e Fertilidade do Solo (CQFS), (2004). Aos 80 dias do transplante serão realizadas as seguintes avaliações: Altura de planta; Número de folhas; Coloração das folhas; Diâmetro da base do pseudocaule; Densidade de folhas por planta; Arquitetura da folha; Incidência de ferrugem (%); Cerosidade da folha (%), e formato da seção transversal da folha. Ao término do ciclo dos materiais (considerando a longevidade e a precocidade individual) arbitraria em que o estalo de 75% das plantas for constatado, será realizada a colheita das duas linhas centrais. Após a cura em galpão ventilado, os T serão conduzidos ao laboratório, para serem realizadas as avaliações de Diâmetro transversal do bulbo; Cor externa do bulbo; Cor interna do bulbo (10% de bulbos de cada tratamento colhido); Formato do bulbo; Fitomassa fresca do bulbo; Fitomassa seca do bulbo (10% de bulbos de cada tratamento colhido); [10% de bulbos de cada tratamento colhido serão destinados às seguintes análises: Pungência (ácido pirúvico); Teor total de sólidos solúveis (°Brix); Acidez titulável]; Produção total de bulbos em Mgha-1; Produtividade total de bulbos em Mgha-1 e Classificação comercial de bulbos. Em seguida, os dados deverão ser submetidos ao teste de médias e análise de variância, regressão e de correlação. Para as variáveis quantitativas, utilizar-se-á distância generalizada de Mahalanobis e para as variáveis qualitativas o complemento aritmético de Jaccard. E por fim, a análise de componentes principais. Terceira fase (2013):

Os bulbos que obterem melhor desempenho na fase anterior deverão ser armazenados até 06/2013, sendo que 30% dos acessos obtidos serão empregados nos processos de obtenção das sementes em diferentes locais do Estado e/ou obedecerão às distâncias mínimas entre materiais genéticos, preconizadas pelo MAPA, e 70% serão destinados aos ensaios de cruzamento, ampliação do BAG e promoção da variabilidade genética (populações segregantes).

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Quarta fase (2014): O processo de fases manter-se-á até a estabilização dos materiais identificados por

excelência agronômica, constituindo-se linhagens e condições para a instalação dos VCUs da cultura. A ampliação do BAG-FEPAGRO terá continuidade, e a busca de diferentes acessos será intensificada. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Quadro 2. Cronograma de atividades do projeto. Rio Grande/RS, 2011/2015.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00120 - 2011/14.

18. Estabelecimento de uma coleção, in vitro, de espécies nativas do bioma Pampa com potencial forrageiro

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Joseila Maldaner COLABORADORES: Glaucia Azevedo do Amaral Marta Farias Aita Adriana Kroef Tarouco Ionara Fátima Conterato Carolina Bremm Etiane Skrebsky Quadros Diego Bitencourt de David Angelo Alberto Schneider LOCAIS DE EXECUÇÃO: São Gabriel FONTE FINANCIADORA: FAPERGS VIGÊNCIA PREVISTA: Janeiro 2013 a junho 2014 OBJETIVO GERAL:

Estabelecer um protocolo eficiente para a microporpagacão de diferentes espécies do bioma Pampa com potencial forrageiro e manter uma coleção de germoplasma in vitro que seja representativa para essas espécies. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Identificar e coletar espécies forrageiras do bioma Pampa; • Promover a adequada desinfestação dessas espécies; • Estabelecer um protocolo para o cultivo in vitro, determinando meios de cultura

(concentrações de sais e reguladores) para a multiplicação dessas espécies; • Determinar a melhor fonte de explantes para micropropagação de forrageiras do bioma Pampa. METODOLOGIA:

Nas saídas a campo serão coletadas estruturas vegetativas (caules e folhas), que servirão como fonte de explantes para a micropropagação e também sementes, através das quais será induzida a germinação in vitro.

O material (sementes, segmentos caulinares, segmentos de folhas...) que servirá como explante para a inoculação em meio de cultivo in vitro, passará por um processo de desinfestação, que envolve o uso de água destilada e autoclavada, hipoclorito de sódio, detergente Tween 20, etanol e bicloreto de mercúrio, conforme a necessidade do material.

Após o processo de desinfestação, os explantes serão transferidos para os frascos com o meio de cultura. No processo de estabelecimento in vitro, serão testadas diferentes combinações de reagentes componentes de meios de cultivo. As plantas serão mantidas na sala de crescimento com fotoperíodo de 16 horas, irradiância de 35 µmol m-2s-1 e temperatura de 25 ± 2oC, na Fepagro

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Florestas, em Santa Maria, e/ou no Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais da Unipampa, em Dom Pedrito.

As plântulas que apresentarem raízes alongadas in vitro, serão transferidas individualmente para copos de plástico (0,5 L), contendo o substrato orgânico (Plantmax®). Sacos plásticos transparentes serão utilizados para cobrir as plantas. Em seguida, as plantas serão transferidas para casa de vegetação e mantidas sob uma condição de 50% de redução da radiação luminosa incidente e irrigação conforme necessidade. Os sacos plásticos serão progressivamente abertos por meio de furos laterais ao longo das primeiras duas semanas. Ao final da segunda semana, os sacos plásticos serão totalmente removidos.

Serão feitas avaliações de cultivo in vitro aos 20, 40 e 60 dias, mediante contagem do número de raízes emitidas e calculado o percentual de enraizamento e o percentual de sobrevivência, além de medidas as alturas das brotações. Ao final de 60 dias de cultivo será analisado o teor de matéria seca, obtido a partir de amostras da massa verde e posterior secagem em estufa a 60ºC até peso constante. Serão feitas avaliações de altura e número de perfilhos durante o processo de aclimatização. RESULTADOS ESPERADOS:

Estabelecimento de uma coleção in vitro de espécies forrageiras do bioma Pampa, manter e multiplicar exemplares de representantes vegetais deste bioma, que possam servir como fonte de material para os mais variados trabalhos. Além disso, espécies ou variedades resistentes as mais diversas adversidades, testadas a partir de estudos específicos, poderão ser selecionadas e multiplicadas em larga escala de modo a contribuir para a produção de forragem de alta qualidade e, consequentemente, com o aumento sustentável da produtividade pecuária na região. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00121 - 2011/14.

19. Sistemas de cultivo alternativos em feijão para o uso no melhoramento genético da FEPAGRO

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Juliano Garcia Bertoldo LOCAIS DE EXECUÇÃO: Maquiné FONTE FINANCIADORA: FAPERGS VIGÊNCIA PREVISTA: Agosto 2013 a agosto 2014 OBJETIVO GERAL:

Avaliar diferentes sistemas de cultivo em feijão para o incremento na fixação biológica de nitrogênio (FBN) objetivando sua utilização em populações segregantes do programa de melhoramento genético de feijão da FEPAGRO Litoral Norte para um menor uso de insumos. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Verificar a eficiência do molibdênio (Mo); • Verificar a eficiência do ácido silício (Si); • Verificar a eficiência do pó de rocha; • Identificar sistemas diferenciados de cultivo para o menor uso de insumos que possam ser

utilizados nas linhas segregantes. METODOLOGIA:

Serão realizados os seguintes sistemas de cultivo: Convencional – controle de plantas invasoras, pragas e doenças com agroquímicos sempre

que necessário e adubação de base e cobertura (NPK e uréia); Parcialmente convencional - controle de plantas invasoras, pragas e doenças com

agroquímicos e capina manual sempre que necessário, adubação de base (PK) e a inoculação das sementes com a mistura de três inoculantes recomendados para o feijão (SEMIA 4077, SEMIA 4080 e SEMIA 4088) na proporção 1:1:1 em uma concentração final de 1 x 108 células mL-1.);

Não convencional via sementes – controle de plantas invasoras, pragas e doenças com agroquímicos e capina manual sempre que necessário e adubação de base (PK), inoculação das sementes com a mistura de três inoculantes recomendados para o feijão (SEMIA 4077, SEMIA 4080 e SEMIA 4088) na proporção 1:1:1 em uma concentração final de 1 x 108 células mL-1 e aplicações de produtos com ácido silícico (Si) - SilicomC®, Sifol® ou similar, do produto Gigamix® (pó de rocha) e de produtos com molibdênio (Mo) – Molibion®, Quimifol molibdênio 15® ou similar. A aplicação de Si será no tratamento de sementes na dose de 2 L.ha-1. O Pó de Rocha será aplicado no tratamento de sementes na dose de 500 gramas/100 kg. A aplicação do Mo no tratamento de sementes, em dose única de 150 ml.ha-1.

Não convencional via foliar – controle de plantas invasoras, pragas e doenças com agroquímicos e capina manual sempre que necessário e adubação de base (PK), inoculação das sementes com a mistura de três inoculantes recomendados para o feijão (SEMIA 4077, SEMIA 4080 e SEMIA 4088) na proporção 1:1:1 em uma concentração final de 1 x 108 células mL-1 e aplicações de produtos com ácido silícico (Si) - SilicomC®, Sifol® ou similar, do produto Gigamix® (pó de rocha) e de produtos com molibdênio (Mo) – Molibion®, Quimifol molibdênio

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15® ou similar. A aplicação de Si será via foliar, na dose de 2 L.ha-1 em três aplicações (estágios V3, R5, R7). O Pó de Rocha será aplicado na dose de 250 gramas/100 litros em três aplicações (estágios V3, R5, R7). A aplicação do Mo será feita via foliar, em dose única de 150 mL.ha-1, aos 20 dias após a emergência das plântulas (estágio V3).

Durante o desenvolvimento da cultura serão realizadas avaliações morfoagronômicas, seguindo-se descritores mínimos específicos da cultura (CIAT, 1991). Para a quantificação dos índices de clorofila (CLO) existentes nas folhas, serão realizadas, em pleno florescimento, três leituras por planta em cinco plantas por parcela, totalizando 15 leituras, com o auxílio de um clorofilômetro da marca comercial ClorofiLOG® modelo CFL 1030, produzido pela Falker Automação Agrícola, o qual expressa os resultados em um índice próprio denominado ICF: Índice de Clorofila Falker (FALKER, 2008). Serão realizadas avaliações pós-colheita, a partir de cinco plantas coletadas aleatoriamente dentro de cada parcela durante o ciclo.

Na análise pós-colheita serão avaliados 10 caracteres: produtividade de grãos em kg.ha-1 (PROD), massa de 100 grãos (MCG), número de dias entre a emergência das plântulas e a floração (DEF), número de dias entre a floração e a maturação de colheita (DFM), ciclo total (CIC), estatura de plantas (EP), altura de inserção do primeiro legume (IPL), número de legumes por planta (NLP), número de grãos por legume (NGL) e diâmetro da região do colo do caule (DC).

Os dados serão submetidos à análise de variância pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade de erro e posterior teste de comparação de médias, caso não haja interação. Se houver interação, esta será desdobrada e serão realizados contrastes. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00122 - 2011/14.

20. Screening de acessos de feijão da Fepagro com enfoque na tolerância à seca PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Juliano Garcia Bertoldo COLABORADORES: Bernadete Radin Raquel Paz da Silva Rodrigo Favreto LOCAIS DE EXECUÇÃO: Maquiné FONTE FINANCIADORA: FAPERGS VIGÊNCIA PREVISTA: Outubro 2012 a outubro 2014 OBJETIVO GERAL:

Caracterizar agronomicamente acessos de feijão do Banco Ativo de Germoplasma de Feijão da Fepagro Litoral Norte (BAFFE), para utilização em programas de melhoramento genético com enfoque na tolerância ao estresse hídrico. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Caracterizar agronomicamente acessos de feijão do BAFFE (n>50) para os descritores

morfológicos mínimos; • Caracterizar agronomicamente os acessos de feijão do BAFFE para tolerância ao estresse

hídrico; • Identificar indivíduos promissores no BAFFE direcionados tolerância ao estresse hídrico; • Selecionar indivíduos de interesse para tolerância ao estresse hídrico na utilização direta ou em

blocos de cruzamento. METODOLOGIA: Experimento I

Na safra agrícola de 2012/13 (safra e safrinha) genótipos de feijão do BAFFE serão caracterizados a campo (n>50). O delineamento experimental será o de blocos ao acaso com três repetições. O experimento será conduzido sob condições naturais de precipitação pluvial. O controle de plantas invasoras será realizado através de capina manual e, químico de insetos, desde que represente dano severo ao experimento. Será realizada a aplicação de nitrogênio.

Durante o desenvolvimento da cultura serão realizadas avaliações morfoagronômicas e avaliações pós-colheita, a partir de cinco plantas coletadas aleatoriamente dentro de cada parcela. Nas análises pós-colheita serão avaliados onze caracteres: produtividade de grãos em kg ha-1 (PROD), massa de cem grãos (MCG), número de dias entre a emergência das plântulas e a floração (DEF), número de dias entre a floração e a maturação de colheita (DFM), estatura de plantas (EP), altura de inserção do primeiro legume (IPL), número de legumes por planta (NLP), número de grãos por legume (NGL), diâmetro da região do colo do caule (DRC), número de nódulos por planta (NNP) e massa seca de nódulos (MSN). A nodulação será avaliada em três plantas de cada parcela, retiradas aleatoriamente dentro da parcela no início da floração. Experimento II

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Os acessos agronomicamente superiores de feijão verificados no experimento I serão semeados em casa de vegetação, com o intuito de verificar a tolerância ao estresse hídrico. As sementes dos acessos serão semeadas em vasos plásticos contendo 10kg de solo. Os acessos serão submetidos a duas condições hídricas: i) os acessos serão irrigados conforme a necessidade hídrica durante todo o ciclo e; ii) os acessos serão irrigados conforme a necessidade hídrica até o aparecimento do primeiro botão floral (estágio R6), quando a irrigação será suspensa por um período de 15 dias. Após esse período a irrigação será retomada conforme a necessidade hídrica até a conclusão do ciclo. A umidade do solo será avaliada através de um medidor eletrônico de umidade do solo. Após o inicio da restrição hídrica será medido com um termômetro digital com mira a laser o potencial hídrico da folha, semanalmente, entre 7 e 9 horas da manhã.

O delineamento experimental será o de blocos ao acaso com 3 repetições. Durante o desenvolvimento da cultura serão realizadas avaliações morfoagronômicas, seguindo os descritores mínimos específicos da cultura, e avaliações pós-colheita. Nas análises pós-colheita serão avaliados os caracteres: produtividade de grãos em kg ha-1 (PROD), massa de 100 grãos (MCG), ciclo total (CIC), estatura de plantas (EP), altura de inserção do primeiro legume (IPL), número de legumes por planta (NLP), número de grãos por legume (NGL), diâmetro da região do colo do caule (DRC) e massa seca da raiz (MSR). Para a avaliação do sistema radicular, será realizado arranquio das plantas. A seguir, as raízes serão lavadas e secas com papel toalha, e medidos o comprimento do eixo principal com auxilio de trena. As raízes serão colocadas em sacos de papel e levadas a estufa por 24h a temperatura 48ºC para determinação da massa seca. Após este período será realizada a pesagem em balança digital com precisão de 0,001g.

Os dados serão submetidos à análise de variância pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade de erro e posterior teste de comparação de médias (SNK), utilizando o programa SAS. RESULTADOS ESPERADOS:

Contribuir para a utilização de estratégias alternativas às atualmente usadas no melhoramento genético do feijão no Brasil. Identificar indivíduos de interesse para o melhoramento para condições específicas de cultivo/ambiente especialmente relacionada à característica de maior tolerância ao estresse hídrico (ou a deficiência hídrica). Com isso será possível, por exemplo, fazer uma pré-seleção das plantas (screening) dentro das variedades crioulas e selecionar indivíduos portadores dessa característica agronômica, caso haja variabilidade disponível, para recomendá-las diretamente, após alguns ciclos de seleção, para regiões específicas, onde poderão estar mais adaptadas. Além disso, é possível utilizar genótipos crioulos promissores com características agronômicas mais tolerantes a deficiência hídrica em blocos de cruzamento, para recomendação de uma nova cultivar para regiões específicas, especialmente naquelas onde ocorre deficiência hídrica com mais frequência (regionalização da recomendação de cultivares). CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00123 - 2011/14.

21. Desenvolvimento de genótipos de soja com alta produtividade para a macrorregião sojícola 1

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Liege Camargo da Costa COLABORADORES: Paulo Fernando Bertagnolli Mercedes Concórdia Carrão Panizzi Leila Maria Costamilan Mércio Luiz Strieder Vladirene Macedo Vieira Giovane Faé Luiz Eichelberger João L. F. Pires José Marcos G. Mandarino Rodrigo Santos Leite José Ubirajara Moreira André Boldrin Beltrame Bernadete Radin Dejair José Tomazzi Ivan Renato Cardoso Krolow Jacson Zuchi José Geraldo Ozelame Marcelo de Carli Toigo Maria da Graça de Souza Lima Nilton Gabe Priscylla Ferraz Camara Monteiro Rogério Ferreira Aires LOCAIS DE EXECUÇÃO: Passo Fundo, Londrina, Julio de Castilhos, São Borja. FONTE FINANCIADORA: Embrapa VIGÊNCIA PREVISTA: 2013 a 2020 OBJETIVO GERAL:

As ações da parceria de pesquisa e de desenvolvimento de genótipos de soja para a Macrorregião Sojícola 1, objeto deste projeto, serão desenvolvidas em duas etapas: (i) inicialmente, haverá troca de serviços entre as instituições, com condução de ensaios de soja com genótipos pertencentes a cada uma as instituições, e (ii) posteriormente, quando o germoplasma conjunto estiver desenvolvido, a predominância serão ações de desenvolvimento de genótipos em co-titularidade.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Gerar e desenvolver cultivares de soja convencionais commodity indicadas para cultivo na

Macrorregião Sojícola 1, com co-titularidade Embrapa/Fepagro; • Gerar e desenvolver cultivares de sojas convencionais com características especiais para

alimentação humana, como ausência de lipoxigenases, sementes grandes e hilo amarelo, sementes pequenas, alto teor de proteína, teor reduzido de inibidor de tripsina e perfil diferenciado de ácidos graxos, direcionadas para nichos de mercado da Macrorregião Sojícola 1, com co-titularidade Embrapa/Fepagro;

• Gerar e desenvolver cultivares transgênicas de soja INTACTA RR2 PRO™ (tolerante a glifosato e resistente a lagartas), cultivares RR1 (tolerante a glifosato) ou outras tecnologias com tolerância/resistência a estresses bióticos e abióticos) para a Macrorregião Sojícola 1, com titularidade exclusiva à Embrapa;

• Fortalecer a parceria entre as Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária e a Embrapa. METODOLOGIA:

A obtenção de produtos comerciais, como o lançamento de cultivar de soja, requer esforços e avaliações de pelo menos sete anos num programa de melhoramento. Para preencher esse período mínimo de carência de lançamento de cultivares a partir do estabelecimento da presente parceria e da geração e desenvolvimento conjunto de germoplasma entre Embrapa e Fepagro, a Embrapa disponibilizará, entre as safras 2013/14 e 2019/20, um ensaio (26 linhagens + quatro testemunhas) de linhagens convencionais a cada ano. Genótipos destes ensaios que tiverem mérito agronômico para lançamento comercial, serão lançadas em formato de co-titularidade entre as duas instituições de pesquisa.

Durante este mesmo período de 7 anos, a Fepagro também se compromete a conduzir ensaio (26 linhagens + 4 testemunhas) da tecnologia Intacta e ensaio com a tecnologia RR1. Genótipos destes ensaios, que tiverem mérito agronômico para lançamento comercial, serão lançados sem co-titularidade entre as instituições de pesquisa, sendo a titularidade destas exclusiva da Embrapa. Esses três ensaios serão conduzidos pela Fepagro em dois locais em cada safra agrícola, preferencialmente em Júlio de Castilhos e Santa Rosa. Estes mesmos ensaios serão conduzidos pela Embrapa em 3 locais para os genótipos convencionais, 10 locais para os RR1 e 15 locais para os da tecnologia Intacta.

Na safra 2013/14 será avaliado ensaio de VCU 2 (segundo ano) da Embrapa Trigo. Esse ensaio será constituído por 26 linhagens e quatro cultivares testemunhas. Cada local receberá três ensaios, um de cada tecnologia em teste, que serão conduzidos em blocos casualizados, com quatro repetições. As parcelas constarão de quatro linhas de 5,00 m de comprimento espaçadas a 0,50 m. As populações de plantas serão de 30 pl/m² em Júlio de Castilhos e em outro local. A fertilização do solo, tratos culturais e manejo da cultura seguirão as indicações técnicas vigentes para a soja na Macrorregião Sojícola 1.

Em cada ensaio, as avaliações constarão do rendimento de grãos das duas linhas centrais da parcela, além de estádios fenológicos relevantes e caracteres morfológicas. Hibridações artificiais entre cultivares e linhagens de soja convencionais serão realizadas a cada ano em condições controladas de casa de vegetação, sendo os parentais selecionados a partir das melhores linhagens dos programas e das melhores cultivares do mercado para constituir o bloco de cruzamentos. A semeadura dos parentais será realizada em quatro épocas, intercaladas 10 dias, visando cruzamento de genótipos com ciclos de maturação e características agronômicas complementares.

Em cada época e para cada parental, oito sementes serão dispostas em cada um dos três vasos. Anualmente, serão realizados 90 cruzamentos e ou retocruzamentos, sendo 30 hibridações para cada tecnologia. Destas, 50 hibridações serão realizadas na Embrapa Trigo em Passo Fundo-RS ou na Embrapa Soja em Londrina-PR, enquanto a Fepagro realizará 50 hibridações em Júlio de Castilhos-RS.

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Sementes da geração F1 destas hibridações serão cultivadas em vasos em casa de vegetação durante o inverno na Embrapa Trigo ou na Embrapa Soja, para obtenção da geração segregante F2. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Atividade a ser executada Safra Agrícola

13/14 14/15 15/16 16/17 17/18 18/19 19/20 Avaliação VCU de 2º Ano x x x x x x x Avaliação de DHE Linhagens de 2º Ano

x x x x x x x

Registro e proteção x x x x x Caracterização reação a estresses

x x x x x x x

Multiplicação de sementes x x x x x x Ajuste fitotécnico x x x x x x Lançamento comercial x x x x x

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00124 - 2011/14.

22. Interferências em métodos para análise física de substratos para plantas PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Maria Helena Fermino FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios / FAPERGS VIGÊNCIA PREVISTA: Janeiro 2013 a Dezembro 2014. OBJETIVOS: • Estudar o efeito do teor de umidade sobre a determinação da densidade de componentes e

substratos; • Relacionar altura e volume do cilindro com a determinação da curva de disponibilidade de

água de componentes e substratos. METODOLOGIA:

Amostras de diferentes materiais e substratos comerciais, com 3 diferentes teores de umidade, serão submetidas à determinação da densidade conforme o método descrito na Legislação Brasileira (autocompactação), na CEN (baixa compactação) e, segundo o método padrão da indústria de substrato (sem compactação).

O recipiente padrão para acomodar o substrato, constará de um cilindro superior de Policloreto de Vinila (PVC) de 100 mm de diâmetro (97,8 mm de diâmetro interno) e 130 mm de comprimento, perfazendo aproximadamente um volume interno de 1000 mL. A base constará de um cilindro de PVC de 100 mm de diâmetro (97,8 mm de diâmetro interno) e 130 mm de comprimento, fechado na base. Uma "luva" fará a conexão móvel entre os cilindros.

As amostras serão submetidas a três níveis de umidade: Nível 1: corresponderá à amostra úmida, que, ao ser comprimida entre os dedos, mantenha-se aglutinada, porém sem formava torrão; Nível 2: corresponderá à amostra úmida, que, ao ser comprimida entre os dedos, formará torrão sem desprender água; Nível 3: corresponderá à amostra úmida, que, ao ser comprimida entre os dedos, formará torrão e do qual escorrerá gotas de água.

Após, retirar-se-á duas subamostras de 100 g que serão secas em estufa a 65°C até peso constante, para determinação dos valores da umidade gravimétrica.

Os resultados da DS, MS e DU serão submetidos à análise de variância (fatorial 3 níveis de umidade x 3 métodos de determinação da densidade x 3 repetições). A significância da diferença entre as médias será verificada através do Teste de Tukey (1%).

Amostras de diferentes materiais e substratos comerciais serão utilizadas para comparar cilindros / anéis com altura de 3cm e diâmetro de 4,5, 5,5 e 8,5, com cilindros / anéis com altura de 5cm e diâmetro de 5,5, 8,5 e 10cm (IN Nº 17 MAPA), seguindo a norma brasileira (preenchimento conforme a densidade – autocompactação) e a norma europeia (teor de umidade a tensão de 50 hPa). Os cilindros serão submetidos à tensão 10, 50 e 100 hPa.

A determinação da Curva de Disponibilidade de Água será realizada submetendo os anéis / cilindros à tensão de 10 cm de altura de coluna de água, correspondendo à tensão de 10, 50 e 100hPa (0,1; 0,5 e 1,0kPa).

A construção das curvas de disponibilidade de água é efetuada com os valores de umidade volumétrica obtidos através dos percentuais de água disponíveis para cada tensão (média de três valores).

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Os resultados serão submetidos à análise de variância (fatorial = 6 volumes de cilindro x 2 métodos de preenchimento x 3 repetições). A significância da diferença entre as médias será verificada através do Teste de Tukey (1%). CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

ATIVIDADES ANO 2013/2014 BIMESTRE 1º 2º 3º 1º 2º 3º Estudo 1 - Influência da umidade na densidade X X Estudo 2 - Influência do cilindro na disponibilidade de água X X X Análise estatística e relatório final X X

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00125 - 2011/14.

23. Caroço de pêssego como alternativa de substrato para plantas PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Maria Helena Fermino COLABORADORES: Juliano Garcia Bertoldo Magnólia Aparecida Silva da Silva Maristela Machado Araújo Raquel Paz Silva Rodrigio Favreto LOCAIS DE EXECUÇÃO: Fepagro Sede – Porto Alegre FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios / FAPERGS VIGÊNCIA PREVISTA: Agosto 2013 a Outubro 2015 OBJETIVO GERAL:

Avaliar as características do caroço de pêssego para uso como componente de substrato para plantas. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Avaliar o efeito do teor de umidade do caroço sobre o processo de trituração; • Avaliar a ocorrência de substâncias tóxicas às plantas resultantes da degradação do caroço

triturado; • Avaliar a influência das classes granulométricas sobre os parâmetros físicos densidade e

capacidade de retenção e água; • Determinar as características físicas e químicas do substrato composto, por diferentes classes

granulométricas, do caroço triturado puro e em diferentes proporções de misturas (v:v) com outros materiais: turfa e composto orgânico a base de tungue;

• Avaliar o potencial de uso do caroço triturado puro e em misturas com turfa e composto de tungue na produção de mudas de duas espécies florestais e uma frutífera nativa e no cultivo de duas espécies olerícolas.

METODOLOGIA:

Para avaliar a influência da umidade presente originalmente no caroço de pêssego (CP) sobre o processo de trituração, o CP será dividido em duas amostras: triturada conforme recebida da indústria e seca, em estufa a 65ºC, e depois triturada.

As amostras CPu (triturado com umidade inicial) e CPs (triturado após seco) serão classificadas em malhas com abertura de 9,423 - 4,75 - 3,35 – 2,83 - 2,00 - 1,00mm. Os resultados serão submetidos à Análise de Variância.

Semanalmente, duas sub-amostras (CPhu, hidrolisado, triturado úmido, e CPhs, hidrolilsado, triturado seco) serão coletadas para medir a condutividade elétrica e o pH, antes da troca da água. Quando da estabilização dos valores de pH e CE, os materiais serão secos em estufa a 65º C e submetidos a classificação em malhas com abertura de 9,423 - 4,75 - 3,35 – 2,83 - 2,00 - 1,00mm. As leituras de pH e da condutividade elétrica (CE) serão feitas em suspensões de substrato:água

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deionizada na proporção de 1:5 (v:v), através de potenciômetro. Os resultados serão submetidos à Análise de Variância.

Para determinar os efeitos do uso das diferentes classes granulométricas do CP sobre outros componentes/condicionadores, este será misturado em diferentes proporções de volume à turfa (T) e ao composto orgânico de tungue (CT), em diferentes proporções de mistura [100:0%, 80:20%; 60:40%; 40:60%; 20:80%; 0:100% (v:v)]. Caso os estudos comprovem a necessidade de secagem do CP esta será feita sob estufa plástica. As misturas serão submetidas à determinação da densidade e da curva de retenção/liberação de água, além do valor de pH e condutividade elétrica.

Para a determinação das densidades úmida (DU) e seca (DS) será empregado o método descrito pela IN Nº 17. A determinação da porosidade total (PT), espaço de aeração (EA), água facilmente disponível (AFD) e água tamponante (AT) será realizada através de curvas de retenção de água nas tensões de 0, 10, 50, e 100 cm de altura de coluna de água, correspondendo às tensões de 0, 10, 50 e 100 hPa. Os resultados serão submetidos à análise de variância e à análise de regressão para determinar o efeito da adição do caroço de pêssego triturado sobre a turfa e o composto orgânico a base de tungue.

Para o teste em cultivo será cultivada alface (Lactuca sativa) no inverno e no verão, sob dois sistemas de irrigação: aspersão e flooting. Para todos os parâmetros avaliados, com exceção da emergência e índice de velocidade de emergência, serão avaliadas 10 plantas por tratamento, em delineamento inteiramente casualizado.

Os parâmetros avaliados até a estabilização da emergência serão: porcentagem de emergência (%E) e índice de velocidade de emergência (IVE). E ao 30º dia de cultivo: comprimento e largura das folhas, número de folhas, diâmetro de colo, massa fresca da parte aérea (MFPA), massa fresca parte radicular (MFPR), massa seca parte aérea (MSPA) e massa seca parte radicular (MSPR).

A análise do comportamento em recipientes dos substratos será feita em três cultivos: Cultivo 1 - Cultivo de espécies florestais: Avaliações na produção de mudas de uma espécie exótica Eucalyptus dunnii e uma espécie nativa (Cordia trichotoma ou Handroanthus heptaphyllum (Mart.) Mattos, serão realizadas na UFSM. Cultivo 2 - Cultivo de espécie frutífera: O experimento com a pitanga (Eugenia uniflora L.) será realizado no viveiro do Centro de Pesquisa de FEPAGRO Litoral Norte. Cultivo 3 - Cultivo das espécies olerícolas: O experimento será realizado na Faculdade de Agronomia/ UFRGS, com as culturas de alface (Lactuca sativa) e beterraba (Beta vulgaris L.) para produção de mudas de verão e inverno. RESULTADOS ESPERADOS: Oferecer um novo produto oriundo da industrialização do pêssego, "substrato de caroço de pêssego triturado". CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

ANO 2013 2014 2015 ATIVIDADES MÊS A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A

Estudo 1 - Umidade X Estudo 2 - Hidrólise X X X X X X Estudo 3 - Misturas Secagem sob estufa plástica X X X Trituração e classificação granulométrica X X Composição das misturas X X Análises físicas e químicas X X X X Análise estatística X Estudo 4 – Teste de cultivo X X X Análise estatística X Redação de resumos e relatório X X Cultivo 1, 2 e 3 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Análise estatística X X Redação do relatório final, resumos e artigos X X

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00126 - 2011/14.

24. Fenologia de frutíferas de clima temperado: a importância do monitoramento da relação clima-planta e do resgate de registros históricos na Fepagro Serra – Veranópolis

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Rafael Anzanello COLABORADORES: LOCAIS DE EXECUÇÃO: Veranópolis FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: 2014 - 2015 OBJETIVO GERAL:

Acompanhar e estabelecer relações da fenologia de frutíferas de clima temperado de pessegueiro, ameixeira, nectarineira, pereira e quivizeiro cultivadas na Fepagro Serra-Veranópolis, safra 2014/2015. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Registro em papel e em formato digital da fenologia de 10 genótipos de cada espécie de

frutífera de clima temperado (pessegueiro, ameixeira, nectarineira, pereira e quivizeiro) na safra 2014/2015;

• Digitalização dos dados históricos de fenologia das espécies acima citadas; • Organização e atualização do banco de dados meteorológicos; • Análise da fenologia versus variáveis meteorológicas para caracterização da relação clima-

planta na safra 2014/2015. METODOLOGIA:

A área de estudo corresponde às coleções de pessegueiros, ameixeiras, nectarineiras, pereiras e quivizeiros localizadas na Fepagro Serra, Veranópolis-RS.

O acompanhamento do ciclo será realizado semanalmente, a partir de agosto de 2014, em 10 genótipos de cada espécie de frutífera de clima temperado. No campo, empregando o caderno de fenologia, serão registradas as datas de ocorrência das seguintes etapas: início da brotação das gemas (50% de gemas do ramo brotadas), início da floração (10% de flores abertas), plena floração (70% de flores abertas), final da floração (queda total de pétalas), início da frutificação (frutos visíveis), início da maturação e fim da maturação (ponto de colheita), início da queda de folhas e fim da queda de folhas.

Dados meteorológicos obtidos da estação automática localizada na Fepagro Serra serão organizados e analisados quinzenalmente. Serão elaborados gráficos de evolução temporal das variáveis: temperatura do ar (máxima, mínima e média), umidade do ar, precipitação pluvial, radiação solar global e velocidade do vento. Os subperíodos fenológicos a serem atendidos para o ciclo vegetativo das culturas do pessegueiro, ameixeira, nectarineira, pereira e quivizeiro serão: da brotação ao início da floração; do início da floração ao final da floração; do final da floração ao início da frutificação, do início da frutificação ao início da maturação; do início da maturação ao

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final da maturação; do final da maturação ao início de queda das folhas; do início de queda das folhas ao fim da queda das folhas e da brotação ao fim da queda das folhas. Os respectivos intervalos terão um acompanhamento com base no acúmulo de graus-dia.

A soma-térmica, em graus–dia, para o alcance dos subperíodos fenológicos serão relacionados com a duração média das respectivas etapas, em dias, de modo a confrontar medidas de avaliação e caracterização do ciclo fenológico das espécies frutíferas.

A partir dos dados horários de temperatura mínima do ar será calculado o número de horas de frio abaixo e igual a 7,2°C e abaixo e igual a 10°C durante o período hibernal de 2014. Tais dados serão relacionados com a data de brotação de cada genótipo, de modo a quantificar o requerimento de frio aproximado para a superação da dormência de cada genótipo.

Os dados meteorológicos mensais (safra 2014/2015) serão comparados aos dados históricos (média dos anos 1956 a 2012 e normal climatológica padrão 1961-1990) para caracterização das condições meteorológicas no ano de estudo.

Além da identificação da exigência de frio e de calor dos materiais avaliados, serão considerados também os efeitos da ocorrência de eventos meteorológicos extremos (excesso de precipitação pluvial, rajadas de vento, geadas e granizos). A partir da definição destas relações será possível indicar os genótipos com maior capacidade de adaptação à região de estudo.

Será formando um banco de dados com os registros históricos das frutíferas de clima temperado da Fepagro Serra. A partir da organização destes registros será possível verificar se o ciclo fenológico dos genótipos de pessegueiros, ameixeiras, nectarineiras, pereiras e quivizeiros avaliados na safra 2014/2015 foi semelhante, em termos de data de ocorrência das principais etapas, ao registrado em anos anteriores. RESULTADOS ESPERADOS:

Determinar a necessidade de frio e o acúmulo de graus-dia durante o ciclo das culturas, melhor compreendendo a fenologia, a variabilidade interanual dos genótipos e as diferenças de precocidade de produção entre cultivares. Auxiliará no ajuste de modelos ao comportamento dos genótipos cultivados, subsidiará estudos de previsão da fenologia aos cenários de mudanças climáticas e gerará informação para apoio aos programas de melhoramento genético vegetal, para obtenção de cultivares melhores adaptadas ao clima atual e futuro. Melhor compreensão das relações clima-planta e fisiologia de plantas cultivadas, as quais possibilitarão melhorar e subsidiar o planejamento de cultivo, por acompanhar as variações do clima e, consequentemente, otimizar estudos de previsões de safras.

Os trabalhos científicos oriundos deste projeto quantificarão os efeitos das variáveis meteorológicas no ciclo produtivo e caracterização da fenologia da cultura, de maneira a gerar informações que possam vir a ser adotadas no seu manejo por produtores e órgãos de assistência técnica. Pretende-se também promover a difusão do cultivo de frutíferas de clima temperado, para a região da Encosta Superior da Serra do Nordeste, caracterizando-as quanto ao ciclo e indicando as melhores segundo seu potencial adaptativo.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00127 - 2011/14.

25. Coberturas de solo no cultivo do abacaxizeiro (Ananas comosus L.)

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Raquel Paz da Silva COLABORADORES: Juliano Garcia Bertoldo Rodrigo Favreto Adilson Tonietto André Dabdab Abichequer LOCAIS DE EXECUÇÃO: Maquiné FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Fevereiro 2014 OBJETIVO GERAL:

Avaliar diferentes sistemas de cobertura de solo em abacaxizeiro objetivando a redução de capinas e uso de herbicida OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Avaliar o desenvolvimento, qualidade e produtividade do abacaxizeiro com diferentes

coberturas de solo; • Quantificar plantas espontâneas nas fileiras do abacaxizeiro com diferentes coberturas de solo; • Verificar a presença de cochonilhas (Dysmicoccus brevipes) e doenças no abacaxizeiro em

função das diversas coberturas vegetais; • Determinar a quantidade necessária de diferentes coberturas de solo durante o cultivo do

abacaxizeiro, para redução da infestação por plantas espontâneas; • Verificar a relação entre as diferentes coberturas de solo e os teores de clorofila nas plantas do

abacaxizeiro; • Examinar a umidade do solo com diferentes coberturas de solo. METODOLOGIA:

As mudas do tipo filhote (mudas “curadas”) de abacaxizeiro da cv. Pérola serão plantadas em fevereiro de 2014, em fileiras, com espaçamento de 1 por 0,20 m. Cada fileira será composta por 12 plantas, totalizando 48 por parcela.

O delineamento experimental empregado será em blocos ao acaso, com 3 repetições. Serão utilizados cinco tratamentos: • Uso de herbicida nas entrelinhas; • Sem cobertura de solo com roçada; • Sem cobertura do solo com capina; • Cobertura do solo com restos da cultura do milho; • Cobertura do solo com restos da cultura do feijão; • Cobertura do solo com restos da cultura da cana; • Cobertura do solo com caeté,

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Cada parcela será composta de 48 plantas, com 16 plantas úteis. Após o plantio das mudas de abacaxizeiro, os materiais para a cobertura de solo serão pesados (quantidade necessária para cobrir totalmente o solo) e colocados nas entrelinhas do abacaxizeiro.

Será utilizado calcário e adubação de acordo com a prévia análise do solo e da recomendação do Manual de Adubação e Calagem para os Estados do RS e SC, 2004 Variáveis analisadas.

Matéria fresca das coberturas vegetais: os diferentes materiais utilizados para cobrir o solo serão pesados e distribuídos de maneira uniforme entre as fileiras do abacaxizeiro. Será realizado um acompanhamento ao longo do período para verificar a decomposição dos materiais e a necessidade de uma nova aplicação dos mesmos nas fileiras para manter o solo permanentemente coberto. No caso da roçada e da capina, as plantas espontâneas que nascerem nas entrelinhas, serão cortadas, pesadas e mantidas no solo como cobertura. Com relação ao herbicida, será aplicado de acordo com a necessidade de eliminar as plantas invasoras. Ao final do cultivo se quantificará o total de material vegetal utilizado nos diferentes tratamentos.

Quantificação de plantas invasoras: aos 3, 6, 9, 12, 15, 18 e 21 meses de cultivo, se verificará a presença de plantas invasoras, sendo quantificada a sua biomassa. Presença de cochonilhas (Dysmicoccus brevipes) e doenças: serão contabilizados os abacaxizeiros com a presença da cochonilha e doenças em cada tratamento.

Teor de clorofila e temperatura foliar: serão avaliados mensalmente os teores de clorofila a, b e total a partir de leituras no terço médio da folha D, entre as 8:00 e 10:00 da manhã, três leituras por planta e cinco plantas por parcela, totalizando 15 leituras, com o auxílio de um clorofilômetro da marca comercial clorofiLOG® modelo CFL 1030, produzido pela Falker Automoção Agrícola (2008), o qual expressa os resultados em um índice próprio denominado ICF: Índice de Clorofila Falker . A temperatura das folhas serão medidas com termômetro digital laser.

Teor de umidade do solo: será avaliada a umidade do solo nos diferentes tratamentos, com o sensor HidroFarm® modelo HFM2030 da Falker. O sensor será introduzido no solo e serão realizadas cinco leituras em cada tratamento, pela manhã e a tarde, uma vez por mês, durante os meses de cultivo.

Diâmetro do caule: será realizado ao final do cultivo com auxílio de um paquímetro digital, em cinco plantas da parcela útil.

Análise da folha D: serão coletadas, ao final do cultivo, cinco folhas de cada parcela útil e enviadas ao Laboratório de Solos da FEPAGRO para avaliação de macro e micronutrientes. As medidas de peso de biomassa e comprimento serão realizadas em cinco folhas D de plantas da parcela útil.

Características dos frutos: após a colheita dos frutos será determinado o tamanho do fruto com e sem coroa, massa do fruto com e sem coroa, diâmetro basal, diâmetro mediano e diâmetro apical do fruto, e produtividade em t ha-1.

Análise qualitativa dos frutos: serão obtidos 100 g de polpa das plantas da parcela útil com a finalidade de determinar os teores de sólidos solúveis totais, a acidez titulável total, o pH e a relação sólidos solúveis totais/acidez titulável total da polpa dos frutos.

Os dados coletados serão submetidos ao teste F ao nível de probabilidade de erro de 5%. Ainda será realizada a análise de correção linear de Pearson, para verificar a correlação entre os caracteres avaliados.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00128 - 2011/14.

26. Utilização de malhas sombreadoras no cultivo do abacaxizeiro (Ananas comosus L.) e seu efeito em caracteres de importância agronômica

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Raquel Paz da Silva COLABORADORES: Adilson Tonietto Alceu Santin Juliano Garcia Bertoldo Rodrigo Favreto LOCAIS DE EXECUÇÃO: Terra de Areia FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Novembro 2013 a Outubro 2014 OBJETIVO GERAL:

Avaliar o efeito de malhas sombreadoras em diferentes níveis de sombreamento em aspectos vegetativos, qualitativos e produtivos do abacaxi “Pérola” cultivado no Litoral Norte do RS. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Examinar a relação entre os diferentes níveis de sombreamento e tipos de malhas e os efeitos

da geada na planta e no fruto; • Estudar a relação entre os diferentes níveis de sombreamento e tipos de malhas e os efeitos da

queima solar no fruto; • Avaliar a produtividade e caracteres qualitativos do abacaxi sob diferentes níveis de

sombreamento e tipos de malhas; • Verificar a relação entre os diferentes níveis de sombreamento e tipos de malhas e os teores de

clorofila na planta, bem como correlacioná-los com a produção de massa da planta e produtividade.

METODOLOGIA:

Serão utilizadas mudas do tipo filhote (mudas “curadas”) de abacaxizeiro da cv. Pérola, com aproximadamente 50 a 60 g, plantadas em janeiro de 2014, em fileiras, com espaçamento de 20 cm entre plantas e 90 cm entre linhas.

O delineamento experimental empregado será em blocos ao acaso, com três repetições. Serão utilizados dez tratamentos: testemunha (sem malha sombreadora), malha termo-refletora (35%, 50 e 65%), malha sombreadora vermelha (35%, 50 e 65%), e malha sombreadora preta (35%, 50 e 65%). Cada parcela será composta de 40 plantas, com 16 plantas úteis. As malhas com diferentes porcentagens, terão 8 x 6 m (maior que o tamanho da parcela para garantir o sombreamento durante todo o dia), e serão colocadas a uma altura de 1,8m acima do solo, presas em arame de aço galvanizado, sustentados por postes de madeira como um sistema do tipo latada. As malhas sombreadoras serão colocadas no mês de junho de 2014 e recolhida em agosto, recolocada em novembro de 2014 e recolhida em janeiro de 2015, para repetir esta operação em 2015/2016, totalizando dois anos de cultivo.

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No decorrer do cultivo serão avaliados os teores de clorofila a, b e total a partir de leituras no terço médio da folha D, entre as 8:00 e 10:00 da manhã, utilizando medidor eletrônico de clorofila clorofiLOG Falker®. Também serão colocados datalogger para medir umidade e temperatura abaixo das telas. A temperatura das folhas será medidaa com termômetro digital laser.

Após a colheita dos frutos dos frutos (24 e 25 meses após o plantio), será determinada a massa dos frutos (MF), diâmetro central do fruto (DF), além de se realizar o cálculo da produtividade em t ha-1 (PROD).

Para a análise qualitativa dos frutos, serão utilizadas 100 g de polpa das plantas da parcela útil. Serão determinados os sólidos solúveis totais (SST, em oBrix), a acidez titulável total (ATT, em % de ácido cítrico), o pH e a relação SST/ATT (ratio).

Será realizada avaliação com relação a danos por geada (se for o caso) cada planta receberá uma nota de 0 (100% da planta danificada) a 10 (sem nenhum dano visual) e queima solar, cada planta receberá uma nota de 0 (100% do fruto danificado) a 10 (sem nenhum dano visual).

Os dados coletados serão submetidos ao teste F ao nível de probabilidade de erro de 5% e posteriormente a análise de regressão. Ainda será realizada a análise de correção linear de Pearson, para verificar a correlação entre os caracteres avaliados. RESULTADOS ESPERADOS: • Gerar informações relacionadas ao cultivo do abacaxizeiro em condições de sombreamento,

tantos em aspectos qualitativos quanto quantitativos da planta e dos frutos. • Disponibilizar uma nova tecnologia para o cultivo do abacaxizeiro a partir da utilização de

malha sombreadora para redução de perdas causadas pelas geadas e queima solar dos frutos. • Aumentar a renda dos agricultores, a partir da diminuição de perdas no cultivo e aumento da

qualidade do produto. • Favorecer o desenvolvimento das regiões e a fixação do agricultor no meio rural, uma vez que

o cultivo do abacaxizeiro apresenta importância econômica e social em diversos estados do país.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00129 - 2011/14.

27. Caracterização e estudo da divergência genética de genótipos de trigo do Banco de Germoplasma da Fepagro

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Rogério Ferreira Aires COLABORADORES: Ana Amélia dos Santos Barbosa Jacson Zuchi Marcelo de Carli Toigo Rosemari de Fátima Costa LOCAIS DE EXECUÇÃO: Vacaria FONTE FINANCIADORA: FAPERGS VIGÊNCIA PREVISTA: Julho 2013 a Julho 2014 OBJETIVOS: • Caracterizar e estudar a divergência genética de genótipos de trigo do Banco de Germoplasma

da Fepagro, a fim de aumentar a eficiência na escolha dos cruzamentos visando o lançamento cultivares de trigo com alto desempenho agronômico para o Estado do Rio Grande do Sul;

• Viabilizar o uso de ferramentas e parâmetros fitotécnicos, de fácil aplicação prática, como método de seleção de linhagens de trigo, com base nos fundamentos do conhecimento científico em fisiologia da produção.

METODOLOGIA:

Para a avaliação dos estádios fenológicos será usada a escala de Zadoks, que é de fácil aplicação e não destrutiva. É uma escala decimal baseada nos 10 principais estádios de desenvolvimento do trigo.

As avaliações fenológicas serão realizadas periodicamente durante todo o ciclo da cultura. Serão registrados os principais estádios de desenvolvimento, conforme descrito a seguir: (a) Emergência (estádio 10)– identificado na emergência da primeira folha em 50% das plântulas; (b) Espigueta terminal (estádio 31) – quando o primeiro nó pode ser identificado, cerca de 1 cm acima do nó de perfilhamento; (c) Emissão da espiga (estádio 55) – identificado quando 50% da espiga pode ser visualizada em 50% dos colmos da parcela; (d) Antese (estádio 65) – identificado quando 50% das espigas expuserem 50% das suas anteras; (e) Enchimento de grão (estádio 75) - identificado quando 50% dos grãos de 50% das espigas estiverem em estádio leitoso; e (f) Maturação fisiológica (estádio 87)- identificado quando 50% dos pedúnculos estiverem com coloração amarelada.

As avaliações morfológicas serão feitas entre a antese e o enchimento de grãos (estádios 65 e 75), em no mínimo três plantas por parcela. As características avaliadas serão: (a) Comprimento e largura da folha bandeira (mm); (b) Altura de planta (cm) - medida do solo até o topo da espiga, sem considerar a aresta; (c) Comprimento do pedúnculo (mm)- medida entre o último nó e o colar da espiga; (d) Firmeza do colmo – nota atribuída com base em uma escala que varia de zero (oco) a 10 (sólido); (e) Ângulo e orientação da folha bandeira – nota atribuída com base em uma escala que varia de 1 a 3, sendo: 1 - ereta (0 a 60°), 2 - horizontal (60 a 120°) e 3 - pendida (120 a 180°).

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A avaliação do ângulo da folha sempre será feita em relação ao plano vertical, mesmo que a haste esteja inclinada.

A determinação do número de plantas por m² será realizada 5 dias após a emergência. Caso o número de plantas venha a ser reduzido por alguma adversidade uma nova contagem será feita no estádio de espigueta terminal (estádio 30). A contagem de plantas será feita em duas áreas de 0,25 m² em cada parcela. A contagem do número de espigas por m² será realizada em uma área de 0,10 m² por parcela, antes da coleta do material para análise de biomassa.

A coleta de material para análise de biomassa será feita na maturação fisiológica (estádio 87). Uma área de 1m² representativa da parcela será marcada e colhida. Todas as plantas da área serão cortadas rente ao solo, identificadas e embaladas em saco plástico.

No laboratório as amostras serão pesadas para a obtenção do peso fresco. Serão retiradas sub-amostras de 50 a 100 colmos, que serão pesadas e transferidas para sacos de papel para secagem. A secagem será realizada em estufa a uma temperatura de 60°C até peso constante.

Depois de secas as amostras serão pesadas para a obtenção do peso seco e as espigas serão debulhadas para a obtenção do peso seco de grãos.

Os dados coletados serão submetidos à análise de variância, correlação e estatística multivariada, para estudo da relação entre as variáveis, identificar as mais relevantes, agrupar as linhagens semelhantes e identificar linhagens com características diferenciadas. RESULTADOS ESPERADOS: • Formar um banco de dados com a caracterização fenológica, morfológica e agronômica dos

recursos genéticos disponíveis para realização de hibridações no programa de melhoramento de trigo da Fepagro;

• Agrupar as linhagens de acordo com suas características fenológicas, morfológicas e agronômicas predominantes;

• Seleção de, pelo menos, três características de fácil mensuração que estejam relacionadas à produtividade de grão para utilização como parâmetro de seleção em populações segregantes e linhagens;

• Publicação de pelo menos um trabalho científico. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Atividade 3/2013 4/2013 1/2014 2/2014 3/2014

Condução do experimento a campo x x

Coleta de dados fenológicos e morfológicos x x

Coleta de material para análise x

Análises de laboratório x x

Análise dos dados x x x

Publicação dos resultados x x

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00130 - 2011/14.

28. Aspectos genéticos e fitossanitarios da cultura do abacaxi do Litoral Norte PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Vera Regina Wolff COLABORADORES: Alceu Santin Andreia Mara Rotta Anelise Beneduzi Bruno Brito Carolina Bremm Caroline Oliz Daniele Campos da Silva Emerson Del Ponte Fernanda Bered Gabriela Chesim Jean Lucas Poppe José Aires Ventura Lia Rosane Rodrigues Mark Paul Raquel Paz da Silva Rodrigo Favreto Samuel Alvarenga Valmir Costa Vera Lucia Gaiesky LOCAIS DE EXECUÇÃO: Terra de Areia FONTE FINANCIADORA: CNPq VIGÊNCIA PREVISTA: Novembro 2013 a Setembro 2016 OBJETIVOS: • Avaliação morfologica e caracterização molecular dos abacaixizeiros provenientes de

diferentes lavouras da região Litoral Norte; • Identificar a espécie e avaliar a diversidade genetica instraespecifica de isolados fungicos

associados com a fusariose do abacaxizeiro por meio de sequenciamento e marcadores moleculares;

• Caracterizar a agressividade de isolados representantes das populações dominates e avaliar a resistencia de cultivares do abacaixizeiro às mesmas;

• Determinar o potencialantagonista de bacterias dos generos Bacillus e Penibacillus no controle de Fusarium spp associados com a fusariose;

• Indentificação de conchonilhas associadas aos abacaxizeiros proveninetes de lavouras da região;

• Levantamento de insetos potenciais controladores naturais associados à Dysmicoccus brevipes e correlação das variações sazonais da ''cochonilha do abacaxi'' com elementos metereologicos no estado do Rio Grande do Sul, possibilitando oferecer subsidios para o controle biológico.

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METODOLOGIA: Serão realizadas coletas aleatórias simples em abacaxizeiros, em plantas com sintomas da

presença de cochonilhas, localizados nos municípios de Terra de Areia, Maquiné, Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Torres, Morrinhos do Sul, Mampituba, Osório e Itati, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. As plantas serão deslocadas para o laboratório de entomologia da FEPAGRO em Porto Alegre e aguardarão a triagem.

Em cada coleta serão registrados o número, estado, localização e estágio das cochonilhas no hospedeiro. O número médio de indivíduos de cada espécie de cochonilhas, por fase de desenvolvimento e por ocasião de amostragem será calculado. Serão realizados testes de correlação e de regressão linear simples para avaliar a relação e a influência dos elementos meteorológicos no número médio de cochonilhas por ocasião de amostragem.

Em relação aos inimigos naturais, será determinada a frequência e a constância. A assembleia de cochonilhas e de inimigos naturais será descrita pela riqueza de espécies (S), abundância absoluta e relativa das espécies. Será calculado o índice de diversidade de Shannon-Wiener.

As estações do ano serão comparadas quanto a abundância e riqueza estimada de espécies através de curvas de rarefação. As curvas de suficiência amostral serão construídas a partir do número de espécies obtidas em cada ocasião de amostragem. Para determinar o padrão de distribuição espacial dos inimigos naturais e das cochonilhas, será testado o ajuste dos dados aos modelos básicos de distribuição espacial. No laboratório, identificar-se-á as cochonilhas, mediante exame em microscópio óptico com utilização de bibliografia especializada e chaves dicotômicas. Cochonilhas íntegras e identificadas serão reservadas e examinadas diariamente (4 semanas), para recolher e preservar amostras de possíveis parasitoides. Os parasitoides serão enviados a colaboradores para determinação.

Pupas de drosofilídeos, se houver, serão coletadas da amostra para desenvolverem-se separadamente e permitir a preservação de pupários. Os indivíduos emergidos serão aspirados e classificados. Os insetos serão fixados em álcool 70% para posterior montagem e determinação. Isolados de Fusarium sp. serão obtidos em áreas comerciais de abacaxizeiro das zonas produtoras do Litoral Norte do RS. Será amostrado um número mínimo de 20 áreas (≥.5 isolados de cada área). Para análises comparativas de caracterização genética, além dos isolados coletados do Rio Grande do Sul, serão obtidos isolados pertencentes a coleções de outras regiões produtoras de abacaxi no Brasil. As características morfológicas serão analisadas após 10-14 dias em culturas fúngicas crescidas a 20°C com fotoperíodo de 12 horas de luz branca fluorescente, em meio SNA com pedaços de papel de filtro autoclavados.

Após a caracterização morfológica, um número mínimo de 80 isolados serão sequenciados para o gene fator de elongação 1-α (tef1), primers EF-1 e EF-2 serão utilizados na amplificação do gene tef1. As reações de PCR serão realizadas como descritas por O’Donnell et al. (1998).

Para a determinação da patogenicidade dos isolados será preparada uma suspensão de conídios de cada isolado a partir de colônias fúngicas aos sete dias de cultivo. Serão reunidos propágulos do abacaxizeiro ‘Terra de Areia’, que serão cultivados em vasos (casa de vegetação) por seis a oito meses, recebendo aplicações de produtos fitossanitários até a formação de matrizes. Para o estabelecimento in vitro, as matrizes serão removidas inteiras dos vasos e levadas ao laboratório. Os explantes serão cultivados em sala climatizada com avaliação semanal quanto à regeneração e à visualização de contaminantes. Serão estabelecidos, no mínimo, 20 explantes do genótipo, obtendo em torno de 200 vitroplantas, esses, destinados aos experimentos de caracterização da agressividade dos isolados e da resistência a fusariose. Mudas do abacaxi “Terra de Areia”, produzidas a partir do cultivo in vitro serão inoculadas artificialmente com esporos de Fusarium sp. e mantidas em condições controladas. Para efeito comparativo, também serão utilizadas mudas da cultivar Pérola, que é suscetível a fusariose. A avaliação será realizada quando forem observados os primeiros sintomas após a inoculação.

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PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DA PROPOSTA Os resultados permitirão a ampliação da base do conhecimento sobre o abacaxizeiro crioulo

"Terra de Areia” para estudos fitossanitários em Ananas comosus. Este trabalho permitirá o conhecimento da diversidade genética intraespecífica de isolados fúngicos associados com a fusariose do abaxizeiro no Litoral Norte do RS.

O conhecimento dos insetos potenciais controladores naturais da população da cochonilha do abacaxi e a sua flutuação populacional, nas condições meteorológicas do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, poderão oferecer subsídios para um manejo integrado desta praga (MIP). CRONOGRMA DE ATIVIDADES:

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00131 - 2011/14.

29. Levantamento de espécies de cochonilhas (Hemiptera; Coccoidea) e seus parasitoides ocorrentes em cultivos de oliveiras (Olea europaea L., Oleaceae)

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Vera Regina dos Santos Wolff COLABORADORES: Adilson Tonietto, Daniele Campos da Silva Caroline de Brito Oliz Gabriela Chesim de Souza Luiza Rodrigues Redaelli LOCAIS DE EXECUÇÃO: Caçapava e Encruzilhada do Sul FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: 2012 a 2014 OBJETIVO GERAL:

Realizar o levantamento das espécies de cochonilhas e dos seus parasitoides associados às oliveiras. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Inventariar e identificar as cochonilhas associadas às oliveiras nas principais regiões de cultivo

no Rio Grande do Sul; • Inventariar e identificar os parasitoides associados às cochonilhas ocorrentes em oliveiras; • Registrar a variação sazonal de cochonilhas e parasitoides em oliveiras; • Quantificar o parasitismo natural de cochonilhas em oliveiras; • Avaliar a riqueza, a diversidade e a dominância das espécies de cochonilhas e parasitoides em

cada uma das estações; • Fornecer subsídios para futuros estudos de conservação e manejo das espécies em plantações

de oliveiras; • Incrementar a coleção do Museu de Entomologia da FEPAGRO; • Montar um banco de dados informatizado com a catalogação da coleção e imagens digitais das

cochonilhas e seus inimigos naturais; • Promover a capacitação de estudantes de nível de graduação e pós-graduação, técnico, através

de curso para coleta, preparo de lâminas e identificação de cochonilhas. METODOLOGIA:

Para o estudo das cochonilhas e seus parasitoides serão selecionadas duas áreas com cultivo de oliveira nos municípios de Caçapava do Sul e Encruzilhada do Sul. Em cada amostragem serão coletados oito ramos com folhas, dois de cada quadrante, de 20 a 30 cm, de 12 árvores, em cada área selecionada. As amostras serão transportadas ao laboratório de entomologia da FEPAGRO e da UFRGS, Porto Alegre, RS, para triagem, onde parte será utilizada para identificação das cochonilhas e outra para obtenção dos parasitoides e percentual de parasitismo.

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Para a identificação das cochonilhas serão preparadas lâminas para exame em microscópio óptico. Após as cochonilhas serão desidratadas em álcool 70% e 96%, por 3 min em cada, e montadas em lâminas para microscopia com bálsamo do Canadá. A identificação das cochonilhas será feita com utilização de chaves sistemáticas, bibliografia especializada e comparação com exemplares da coleção do Museu Ramiro Gomes Costa (MRGC) da FEPAGRO, em Porto Alegre.

Para a obtenção dos parasitoides as cochonilhas íntegras, depois de identificadas, serão individualizadas em cápsulas de gelatina, etiquetadas e alfinetadas em bandejas de isopor que ficarão no laboratório em temperatura ambiente. Os parasitoides serão identificados por família e morfoespécies e posteriormente serão encaminhados para especialista para determinação em nível genérico e específico. A partir das espécies de cochonilhas e parasitoides obtidas, será construída uma curva de suficiência amostral. As estações do ano serão comparadas quanto à abundância e riqueza estimada de espécies através de curvas de rarefação. A diversidade para cada estação será analisada por meio de índices Margalef (DMg), Shannon-Wiener (H’) e Complementar de Simpson (1-D). A constância (c) será calculada sendo as espécies constantes (c> 0%), acessórias (25<c<50%) e acidentais (c<25%).

A intensidade de ataque de cochonilhas será estimada com base no número de indivíduos presentes nas porções de ramos coletados. As folhas presentes nos ramos serão digitalizadas para obtenção da área, e os indivíduos serão contabilizados. O índice de parasitismo será calculado com base no número total de cochonilhas obtido em relação ao número de parasitoides emergidos. Serão realizadas capturas de imagens digitais das cochonilhas no hospedeiro, nas lâminas montadas e dos parasitoides. Será realizado um curso no Programa de Pós-graduação em Fitotecnia, da Faculdade de Agronomia, da UFRGS, para capacitar estudantes e técnicos de nível superior. RESULTADOS ESPERADOS: • Oferecer subsídios para a implantação de um programa de manejo integrado na cultura; • Apresentar os resultados nos congressos: Nacional de Entomologia (2012) e International

Symposium on Scale Insect Studies (2013); • Realizar um curso de capacitação para estudantes de graduação, pós-graduação e técnicos; • Co-orientar um Mestrado em Fitotecnia – UFRGS (2012-2014). • Publicar pelo menos dois artigos científicos. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

ATIVIDADES (1º ANO) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Trabalho de campo - Caçapava do Sul X X X X X X X X X X X X Trabalho de campo – 2 municípios X X Triagem do material coletado X X X X X X X X X X X X Preparação do material em lâminas X X X X X X X X X X X X Determinação das cochonilhas X X X X X X X X X X X X Obtenção de parasitoides no laboratório X X X X X X X X X X Preparação e identificação dos parasitoides X X X X X X Montagem do banco de dados X X X X X X Ministrar curso de capacitação (coleta, preparo e identificação de cochonilhas

X

Preparação e apresentação de trabalhos em Congressos X X ATIVIDADES (2º ANO) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Trabalho de campo - Encruzilhada do Sul X X X X Trabalho de campo – 3 municípios X X X Triagem do material coletado X X X X X X X X X X X X Preparação do material em lâminas X X X X X X X X X X X X Determinação das cochonilhas X X X X X X X X X X X X Obtenção de parasitoides no laboratório X X X X X X X X X X Preparação e identificação dos parasitoides X X X X X X X X Montagem do banco de dados X X X X X X Preparação e apresentação de trabalhos em Congressos X X Elaborar artigo para periódico X X X Elaboração do Relatório Final X

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PROGRAMA DE PESQUISA EM PRODUÇÃO ANIMAL

Coordenador do Programa: Adriana Kroef Tarouco

Linhas de Pesquisa:

1. Reprodução Animal

2. Nutrição Animal

3. Pastagens e Forragicultura

4. Sistemas produtivos

Centros de Pesquisa:

• Centro de Pesquisa Iwar Beckman - FEPAGRO CAMPANHA – Hulha Negra, RS.

• Centro de Pesquisa Herman Kleerekoper - FEPAGRO AQUICULTURA E PESCA - Terra

de Areia, RS.

• Centro de Pesquisa em Florestas - FEPAGRO FLORESTAS - Santa Maria, RS.

• Sede Administrativa - FEPAGRO SEDE - Porto Alegre, RS.

• Centro de Pesquisa Anacreonte Ávila de Araújo - FEPAGRO FORRAGEIRAS - São

Gabriel, RS.

• Centro de Pesquisa da Região da Serra do Sudeste - FEPAGRO SERRA DO SUDESTE -

Encruzilhada do Sul, RS.

• Centro de Pesquisa de Viamão - FEPAGRO VIAMÃO - Viamão, RS.

PROGRAMA EM NÚMEROS:

• Titulação dos pesquisadores: 11 doutores e 3 mestres

• Número de técnicos: 7

• Número de projetos desenvolvidos no programa: 11 Projetos

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Pesquisador (a) Titulação Coordenação Integrante

Adriana Kroef Tarouco Dra 0 2

Andrea Ferreto da Rocha Dra 2 0

Carolina Bremm Dra 2 2

Corália Maria Oliveira Medeiros Dra 2 0

Diego Bitencourt de David Dr 1 2

Elder Joel Coelho Lopes MsC 1 0

Gláucia Azevedo do Amaral Dra 0 4

Goreti Ranincheski dos Reis Dra 0 1

Jorge Dubal Martins MsC 0 0

Julio Kuhn da Trindade Dr 1 1

Marcia Regina Stech Dra 0 1

Marco Aurélio Rotta Dr 0 1

Marcus Frederico Martins Pinheiro MsC 1 1

Marta Farias Aita Dra 1 3 Quadro 3. Pesquisadores que integram o Programa de Pesquisa em Produção Vegetal. 2011/2014.

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PROJETOS

TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00132 - 2011/14.

30. Produção de jundiá (Rhamdia quelen) em monocultivo e policultivo com tilápia (Oreochromis niloticus) em sistema de bioflocos no Rio Grande do Sul: avaliação do desempenho, sanidade, viabilidade econômica e aproveitamento do efluente do sistema

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Andréa Ferretto da Rocha COLABORADORES: Marcia Regina Stech Marcus Frederico Martins Goreti Ranincheski dos Reis Benito Guimarães de Brito Kelly Cristina Tagliari de Brito Diego Bitencourt de David Lucas Brunelli de Moraes Lissandra Souto Cavalli Dariano Krummenauer. Marcos Souza de Almeida Fernando Rosado Spilki Marcus Tavares Dias Luís Alberto Romano Cátia Aline Veiverberg. Jaime Arthur da Silveira LOCAIS DE EXECUÇÃO: Terra de Areia FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios / CNPq VIGÊNCIA PREVISTA: Janeiro 2012 a janeiro 2014 OBJETIVO GERAL:

Avaliar o desempenho zootécnico e econômico de tilápias e jundiás criados em diferentes proporções em sistema de bioflocos, obtendo informações importantes sobre alguns aspectos de sanidade das espécies e do sistema utilizado, bem como avaliar a inclusão dos bioflocos na alimentação de peixes. OBJETIVOS: • Avaliar a criação de tilápias e jundiás em sistema de bioflocos, em monocultivo e policultivo,

com relação ao desempenho em crescimento e sobrevivência dos peixes e aspectos de qualidade da água;

• Investigar a influência dos microrganismos presentes nos bioflocos sobre a composição da flora microbiana intestinal dos jundiás e tilápias mantidos em sistema de bioflocos;

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• Analisar a composição nutricional e microbiológica dos bioflocos formados durante a criação de tilápias e de jundiás, nos diferentes sistemas de criação (monocultivo e policultivo);

• Avaliar o desempenho e sanidade de tilápias alimentadas com dieta prática contendo diferentes níveis de inclusão de farinha de bioflocos;

• Avaliar as condições de sanidade e de alguns parâmetros investigados para a saúde de jundiás e tilápias mantidos nos diferentes sistemas de criação (água clara e bioflocos; monocultivo e policultivo);

• Analisar a viabilidade econômica da produção de jundiás em monocultivo e policultivo com tilápias, em sistema de bioflocos;

• Avaliar a qualidade da carne de jundiás e tilápias produzidos em sistema de bioflocos. METODOLOGIA:

O estudo será desenvolvido no Centro de Pesquisa Herman Kleerekoper - Fepagro Aquicultura e Pesca, no município de Terra de Areia, RS, e em uma propriedade de produção comercial de tilápias no mesmo município. Juvenis de jundiá e de tilápia revertidas sexualmente serão adquiridos de produtores próximos e armazenados em tanques por um período de quarentena (aproximadamente 15 dias) para acompanhamento de possíveis infestações e tratamento quando necessário. Após esse período, os juvenis serão anestesiados e submetidos a uma biometria inicial com todos os indivíduos e distribuídos aleatoriamente nos tanques contendo bioflocos. RESULTADOS ESPERADOS: • A utilização do sistema de policultivo de jundiás e tilápias em bioflocos terá efeitos positivos

sobre o desempenho zootécnico e sobrevivência dos animais, assim como da qualidade da água;

• Os microrganismos presentes nos bioflocos irão alterar a composição da microbiota intestinal dos jundiás e tilápias mantidos em sistemas de bioflocos;

• A composição nutricional e microbiológica dos bioflocos irá diferir entre os diferentes sistemas de criação (monocultivo e policultivo), bem como a viabilidade econômica dos diferentes sistemas;

• Será possível incluir a farinha de bioflocos em rações práticas para tilápia, sem prejuízos ao seu crescimento e fazendo uso do efluente gerado pelo sistema de bioflocos;

• O uso de bioflocos em policultivo e da farinha de bioflocos, irá influenciar nos parâmetros imunológicos, hematológicas e de sanidade dos animais;

• A qualidade da carne dos peixes produzidos em sistema de bioflocos não irá diferir entre os tratamentos.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00133 - 2011/14.

31. Estudo de viabilidade ambiental e econômica da criação de espécie de peixes nativos, piscicultura em tanques-rede na Lagoa da Cerquinha – Balneário Pinhal/RS

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Andréa Ferretto da Rocha COLABORADORES: Márcia Regina Stech Marcus Frederico Martins Pinheiro LOCAIS DE EXECUÇÃO: Lagoa da Cerquinha no município de Balneário Pinhal, Rio Grande do Sul. FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: 2012 OBJETIVO GERAL:

Estudo de viabilidade ambiental e econômica da criação de espécie de peixes nativos, piscicultura em tanques-rede na Lagoa da Cerquinha – Balneário Pinhal/RS. METODOLOGIA:

Serão adquiridos cinco milheiros de juvenis de jundiá de um produtor de alevinos próximo ao Balneário Pinhal e levados para o local onde será realizado o estudo. Antes de serem introduzidos nos tanques-rede, os juvenis serão avaliados para verificação do estado sanitário. Os juvenis serão alojados primeiramente dentro de bolsões no interior dos tanques-redes até atingirem diâmetro superior a 19 mm. Posteriormente os peixes serão retirados dos bolsões e colocados diretamente nos tanques-redes até o final do estudo.

A área escolhida para a implantação dos tanques-redes é a Lagoa da Cerquinha, mais precisamente nas coordenadas 30º16’15’’S e 50º16’05’’O no município de Balneário Pinhal, Rio Grande do Sul. Este local tem características comuns a muitas outras lagoas do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, como pouca profundidade, ação frequente de ventos, área de junco utilizada por diversas espécies no período reprodutivo e como esconderijo de predadores, além da presença de pescadores ribeirinhos e banhistas no período do verão. Este local foi escolhido pela facilidade de acesso ao local de fixação dos tanques-redes e pela presença de pescadores ribeirinhos que participarão ativamente do estudo e ainda oferecerão maior segurança contra furtos.

Em uma área de menor impacto de ventos e melhor dinâmica de corrente de água e acessibilidade, seis (6) tanques-redes serão afixados em cordas de nylon, com distância de três metros entre si, dentro da mesma corda. Havendo necessidade de mais do que uma corda elas terão distância mínima de 25 metros entre elas. As cordas serão presas a poitas construídas para este fim com volume de 0,3m3. A distância entre o fundo do tanque e o fundo do lago será de no mínimo 1,5 metros.

As alimentações serão realizadas de preferência após as 17 horas, já que a espécie é preferencialmente noturna. Serão mantidos registros das quantidades de ração fornecidas para cada tanque diariamente.

Inicialmente os peixes serão alimentados com ração extrusada, 42% de PB, com 3 mm de diâmetro, em uma taxa de arraçoamento máximo de 5% da biomassa dividida em quatro ofertas diárias, inclusive à noite, até atingirem o peso aproximado de 50 g. Posteriormente serão

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alimentados com ração extrusada, 32% de PB, 5 mm de diâmetro, em uma taxa de arraçoamento máximo de 3% da biomassa, dividida em quatro ofertas diárias.

A produção do jundiá em tanques-rede será avaliada em duas densidades de estocagem. Espera-se conseguir uma produtividade (por ciclo) de 25 kg m-3, sendo que a duração do ciclo será de 270 dias. Com a instalação dos 6 tanques-rede, espera-se produzir 2,7 toneladas de peixes/ano.

O crescimento dos animais será avaliado a partir da realização de biometrias quinzenais utilizando uma amostragem de 5% dos animais, que serão pesados e medidos. Neste momento também é realizado o cálculo para a adequação da quantidade de alimento a ser oferecido, se necessário. Também será feita uma observação visual do estado dos animais, e os animais visivelmente doentes serão descartados. Ao final do período experimental, todos os animais serão pesados e medidos, e os sobreviventes serão contabilizados. Os dados coletados serão utilizados para avaliação do crescimento dos peixes (ganho em peso, taxa de crescimento específico), conversão alimentar e sobrevivência. RESULTADOS ESPERADOS:

Com este estudo piloto espera-se obter resultados importantes sobre a utilização da tecnologia dos tanques-redes na produção de espécies de peixes nativos em lagoas de baixa profundidade, além de oferecer a oportunidade do repasse tecnológico a possíveis aquicultores e consultores em aquicultura, que realizarão a parte prática do estudo.

São esperados resultados positivos com a realização deste estudo, principalmente quanto à integração entre pesquisadores da área de aquicultura, alunos do curso técnico em aquicultura e pescadores artesanais, possibilitando uma troca de informações e conhecimento mais aproximado da realidade do Litoral Norte e atuantes na área de pesca e aquicultura, conhecimento cada vez mais necessário à adequação de políticas públicas que tenham por objetivo fomentar a atividade da aquicultura no Rio Grande do Sul.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00134 - 2011/14.

32. Modelagem das relações clima-planta-animal em pastagens do Bioma Pampa PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Carolina Bremm COLABORADORES: Bernadete Radin Paulo César de Faccio Carvalho Carlos Nabinger Amanda Heemann Junges Flávio Varone Júlio Kuhn da Trindade Gláucia Azevedo do Amaral Loana Silveira Cardoso Leosane Cristina Bosco Jean Carlos Mezzalira Lidiane Fonseca Renato Alves de Oliveira Neto LOCAIS DE EXECUÇÃO: Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EEA – UFRGS). FONTE FINANCIADORA: CNPq e FAPERGS VIGÊNCIA PREVISTA: De 2012 a 2014 OBJETIVOS: • Relacionar as características produtivas do pasto com as variáveis climáticas, para gerar metas

de manejo das pastagens naturais nas distintas estações do ano; • Definir a capacidade de suporte das pastagens naturais do Bioma Pampa em cada estação do

ano; • Identificar, através da modelagem estatística, ambientes pastoris que maximizem a produção

animal sob distintas condições climáticas; • Dispor de recomendações de ações de manejo para o aumento da eficiência de utilização e

consequente sustentabilidade dos campos naturais do Bioma Pampa; • Formação de recursos humanos; • Publicação de dois artigos científicos; • Prover indicadores para construção futura de protocolos de análise do impacto ambiental da

exploração pecuária em pastagens naturais do Bioma Pampa. METODOLOGIA:

A estrutura física do protocolo experimental (unidades experimentais) vem recebendo a aplicação do mesmo nível de interferência antrópica há mais de 20 anos. Isso traz a robustez necessária à proposição deste projeto de abranger uma fundamental linha de entendimento dos processos relacionados ao ecossistema pastagens naturais.

As variáveis meteorológicas (precipitação pluvial, radiação solar e temperaturas do ar mínima, máxima e médias diárias) serão obtidas junto à Estação Metereológica próxima ao

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experimento e sob responsabilidade do Departamento de Plantas Forrageiras e Agrometereologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e serão relacionadas à variação estacional e anual dos atributos relacionados às características da pastagem e sua relação com as respostas animais observadas.

A produção das pastagens naturais será definida pelas variáveis: massa de forragem (kg/ha de matéria seca (MS)), altura do pasto (cm), taxa de acúmulo diária de matéria seca (kg/ha de MS), produção total de matéria seca (kg/ha de MS), disponibilidade de forragem diária (kg/ha de MS) e oferta real de forragem (kg de MS/100 kg de peso vivo (PV)).

A produção animal será caracterizada pelo ganho de peso por animal (kg/dia de PV), ganho de peso por área (kg/ha de PV) e carga animal (kg/ha PV).

Essa base de dados será formada por dados coletados entre 2000 e 2012, em uma área total de 60 ha de pastagem natural pertencente à Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EEA – UFRGS). Deste protocolo têm-se os tratamentos com oferta de forragem 4, 8, 12 e 16 kg de MS/100 kg de PV fixas ao longo do ano e, ainda, ofertas variáveis anualmente na estação primaveril, 8-12% (8% na primavera e 12% no resto do ano), 12-8% (12% na primavera e 8% no resto do ano) e 16-12% (16% na primavera e 12% no resto do ano). Anualmente o método de pastejo utilizado é o de lotação contínua com taxa de lotação variável para o ajuste da lotação à oferta de forragem preconizada. Os animais utilizados são novilhas de corte, oriundas de cruzamentos entre as raças Angus, Hereford e Nelore, com idade média inicial de 12 meses, provenientes da Agropecuária Cerro Coroado (Tupanciretã – RS). Os animais permanecem no experimento por aproximadamente um ano, quando retornam à propriedade de origem e novas novilhas iniciam um novo ciclo de avaliações.

Para a modelagem das relações clima-planta-animal em pastagens do Bioma Pampa, serão utilizadas análises temporais através de modelos mistos e medidas repetidas no tempo. Cabe ressaltar que o pastejo seletivo geralmente estabelece uma trajetória de mudanças na vegetação em longo prazo, enquanto que os eventos climáticos geralmente promovem efeitos de curto prazo na trajetória da vegetação. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Atividades Anos – Trimestres 2012 2013 2014

IV I II III IV I Organização da base de dados X X Análise dos dados X X Obtenção de resultados finais, divulgação e elaboração de artigos científicos

X X

Elaboração de relatório e prestação de contas X

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00135 - 2011/14.

33. Modelagem espaço-temporal e espectral em pastagens naturais: enfoque na produtividade e conservação do Bioma Pampa

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Carolina Bremm COLABORADORES: Bernadete Radin Paulo César de Faccio Carvalho Carlos Nabinger Amanda Heemann Junges Flávio Varone Júlio Kuhn da Trindade Gláucia Azevedo do Amaral Loana Silveira Cardoso Leosane Cristina Bosco Jean Carlos Mezzalira Lidiane Fonseca Renato Alves de Oliveira Neto LOCAIS DE EXECUÇÃO: Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EEA – UFRGS). FONTE FINANCIADORA: CNPq VIGÊNCIA PREVISTA: De 2012 a 2014 OBJETIVOS: • Definir a capacidade de suporte das pastagens naturais do Bioma Pampa em cada estação do

ano; • Identificar, através da modelagem espaço-temporal, metas de manejo que maximizem a

produtividade nas pastagens naturais nas distintas estações do ano; • Relacionar a disponibilidade de forragem nas pastagens naturais com o Índice de Vegetação

por Diferença Normalizada (NDVI) e ajustar modelos espectrais de estimativa de biomassa vegetal, com intuito de promover indicadores de manejo para as pastagens do Bioma Pampa;

• Dispor de recomendações de ações de manejo para o aumento da eficiência de utilização e consequente sustentabilidade dos campos naturais do Bioma Pampa;

• Formação de recursos humanos; • Publicação de dois artigos científicos internacionais. METODOLOGIA:

A presente proposta será dividida em três etapas: a) modelagem espaço-temporal da série histórica de dados experimentais em pastagem natural pertencente à Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EEA – UFRGS); b) modelagem espectral e c) validação experimental.

A pesquisa em questão se dará em um protocolo de longa duração já implantado, no qual níveis fixos de oferta de forragem são ofertadas a bovinos ao longo do ano inteiro desde o ano de 1986. Deste protocolo têm-se os tratamentos 4, 8, 12 e 16 kg de MS/100 kg de PV fixas ao longo

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do ano e, ainda, ofertas variáveis anualmente na estação primaveril, 8-12% (8% na primavera e 12% no resto do ano), 12-8% (12% na primavera e 8% no resto do ano) e 16-12% (16% na primavera e 12% no resto do ano). Este protocolo vem sendo realizado com o intuito de analisar a produção da pastagem, o desempenho animal individual e por área, além das relações entre as características do ambiente pastoril e as decisões tomadas por bovinos sob diferentes ofertas de forragem.

Principais dados que serão utilizados nas análises: Massa de Forragem (MF, kg/ha de MS): realizada através da técnica da dupla amostragem.

Altura do estrato inferior e superior (cm): determinada com auxílio de um bastão graduado (‘Sward Stick’).

Taxa de acúmulo diário de matéria seca (TAC, kg/ha de MS): estimada com o uso de gaiolas de exclusão ao pastejo, empregando-se a técnica do triplo emparelhamento.

Produção total de matéria seca (PMS, kg/ha de MS): calculada pelo somatório das produções de cada subperíodo de pastejo de 28 dias.

Disponibilidade de forragem diária (DFD, kg/ha de MS): quociente entre a MF inicial menos a MF final e o número de dias de cada subperíodo experimental, acrescido da TAC correspondente ao período.

Composição florística: a freqüência e cobertura das espécies presentes nas unidades experimentais.

Oferta real de forragem (OFR, % PV): obtida dividindo-se a DFD pela taxa de lotação média de cada subperíodo, em kg/ha de PV, sendo o valor obtido multiplicado por 100 para expressar a oferta de forragem em percentual do peso vivo (% PV).

Ganho médio diário de peso (GMD, kg): calculado pela diferença entre o peso médio final dos animais ‘testes’ e o seu peso médio inicial, dividido pelo período de tempo transcorrido em cada subperíodo. Os animais foram pesados após jejum prévio de 6 horas, a cada 28 dias.

Ganho de peso por área (GPA): obtido, em cada subperíodo, pela seguinte equação (GPA = GMD ‘testes’ x número de animais/dia/ha x número de dias em cada subperíodo). Carga animal (CA, kg/ha PV): baseado na estimativa da matéria seca instantânea somada à TAC. O somatório dos pesos dos animais presentes em cada unidade experimental dividido por sua área, por período e na média, fornecerá a carga animal em kg/ha. Os ajustes de carga foram feitos a intervalos de aproximadamente 28 dias.

Variáveis meteorológicas: A precipitação pluvial, temperaturas do ar mínima, máxima e médias diárias serão obtidas junto à Estação Metereológica próxima ao experimento e sob responsabilidade do Departamento de Plantas Forrageiras e Agrometereologia da UFRGS, e serão relacionadas à variação estacional e anual dos atributos relacionados às características da pastagem e sua relação com as respostas animais observadas. As medições dessas variações e o estudo da sua influência são essenciais para o desenvolvimento de um real entendimento das relações entre planta, animal e ambiente. Modelagem espaço-temporal

Para a modelagem das relações animal-planta-ambiente em pastagens do Bioma Pampa, serão utilizados dados coletados entre 2000 e 2012, os quais serão submetidos à análise espaço-temporal através de modelos mistos e medidas repetidas no tempo. Modelagem espectral

A caracterização da disponibilidade de forragem nas distintas unidades experimentais será realizada por meio da evolução temporal do NDVI. Para isso, serão empregadas imagens NDVI provenientes do sensor MODIS (produto MOD13Q1, coleção 5), referentes ao período entre 2000 e 2012. As imagens NDVI são disponibilizadas no endereço eletrônico do programa EOS (http://edcimswww.cr.usgs.gov/pub/imswelcome). Para este trabalho, as imagens NDVI da área experimental serão obtidas junto ao Laboratório de Estudos em Agricultura e Agrometeorologia (LEAA) do Centro Estadual de Pesquisa em Sensoriamento Remoto e Meteorologia (CEPSRM/UFRGS). O processamento das imagens NDVI/MODIS será realizado no programa computacional Envi 4.2.

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A partir das imagens NDVI, serão criados perfis espaço-temporais, os quais serão contrastados com os dados de produtividade da pastagem obtidos por meio das avaliações de massa de forragem (kg/ha de MS), por meio de análises de correlação de Pearson. Esse procedimento será realizado para cada tratamento de oferta de forragem, nas distintas épocas do ano. Para análise de correlações, será utilizado o software estatístico JMP v.10. Validação experimental

Com intuito de validar o modelo espectral proposto, se fará necessário a implementação de uma fase experimental a campo, visto que a avaliação da efetividade dos modelos deve ser realizada a partir da comparação entre os dados simulados e entre os dados observados experimentalmente. A fase de validação experimental corresponde à verificação da acurácia do modelo através da utilização de dados distintos, ou seja, de dados não empregados na construção do próprio modelo. Dessa forma, durante o ano de 2013, a cada intervalo de 28 dias serão coletados dados referentes à massa de forragem (kg/ha de MS) nos distintos tratamentos de oferta de forragem, juntamente com as imagens de satélite da área experimental. A fim de se obter uma boa representação das unidades experimentais, cinco amostras de forragem por unidade experimental serão cortadas acima do nível do solo, dentro de uma área delimitada por um quadrado metálico de 0,25 m2. A localização exata de cada amostra será definida por meio de Sistema de Posicionamento Global (GPS). As amostras de forragem serão recolhidas em sacos de papel, e posteriormente secas em estufa de ar forçado a 65ºC por 72 horas e pesadas em balança de precisão. Os valores dos cortes, expressos em kg/ha de MS, serão utilizados para a validação das imagens NDVI.

Com intuito de relacionar a forragem disponível com a produtividade das pastagens naturais em termos de desempenho animal, os animais experimentais serão pesados a cada 28 dias, posteriormente a um jejum de sólidos e líquidos de 6 horas. Nessas avaliações, será realizado o manejo sanitário dos animais. PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES

O estudo das relações ambiente-planta-animal é um dos mais importantes pontos de estudo no âmbito ecológico e produtivo do Bioma em questão. O país carece do avanço científico necessário em modelagem espaço-temporal e espectral, tema quase inexplorado nas linhas temáticas da área. A presente proposta traz progresso científico pelo ineditismo e originalidade de seus potenciais resultados na compreensão das relações ambiente-planta-animal e seu uso no manejo do pastejo visando a produção animal sustentável em pastagens naturais.

O projeto formará recursos humanos e proporcionará informações que serão usadas na melhoria do manejo do pastejo e uso dos sistemas pecuários baseados em pastagens naturais do Bioma em questão. O limitado conhecimento da complexidade dessas pastagens naturais pode levar à estratégias de manejo inapropriadas, determinando degradação, perda de biodiversidade e da produtividade. Dessa forma, o detalhamento das observações científicas por meio da modelagem em ambientes pastoris naturais é uma necessidade para nortear as tomadas de decisão e conduzir os sistemas de produção a um patamar de equilíbrio entre a exploração econômica e a sustentabilidade no longo prazo.

Por último, trabalhos desta natureza são fundamentais como contribuição e apoio a inventários e políticas relacionadas a este importante assunto.

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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Atividades 2012 2013 2014 N D J F M

A M

J J A S O N D J F M

A M

J J A S O N D

Organização da base de dados

X X X X X

Análise espaço-temporal dos dados

X X X X X X

Processamento das imagens NDVI e análise espectral dos dados

X X X X X X

Fase experimental – coleta de dados

X X X X X X X X X X X X

Análise estatística dos dados experimentais

X X X X X

Redação de artigos científicos e submissões

X X X X X X

Relatório final e prestação de contas X X

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00136 - 2011/14.

34. Conservação do Bioma Pampa através da integração de ações de minimização da fragmentação de habitats e identificação do potencial biológico

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Coralia Medeiros COLABORADORES: Luiza Chomenko Ricardo Ott Márcia Neves, Glayson Bencke Zélia Maria de Souza Castilhos Júlio Kuhn Da Trindade Glaucia Azevedo do Amaral Joseila Maldaner Marta Farias Aita Adriana Kroef Tarouco Angelo Alberto Schneider Marta Falcão de Azevedo Gomes LOCAIS DE EXECUÇÃO: Área experimental de pastagem natural pertencente à FEPAGRO Campanha, no município de Hulha Negra. FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: De 2012 a 2013 OBJETIVO GERAL:

Promover ações integradas de conservação e valorização dos ecossistemas do Pampa gaúcho, contribuindo para reduzir riscos de sua descaracterização e promovendo práticas de uso sustentável junto ao setor produtivo local. OBJETIVOS ESPECIFICOS: • Identificar a fauna e flora nativa locais; • Divulgar a biodiversidade da região no contexto de biodiversidade global; • Contribuir para o maior conhecimento das espécies nativas existentes, das paisagens onde

ocorrem e de formas de manejo sustentável do bioma Pampa; • Divulgar aspectos mais relevantes da biodiversidade do Pampa proporcionando estudos da

valorização da área, destacando-se o seu potencial econômico e de importância global, por meio de material didático/científico;

• Analisar os atributos químicos e físicos do solo; • Avaliar a dinâmica biológica em função de fatores do meio (manejo, clima e solo); • Identificar impactos mais significativos e efeitos sobre o meio ambiente e biodiversidade

nativa;

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• Identificar e propor estratégias de mitigação com relação às ameaças mais importantes no momento, com destaque para a invasão pelo capim annoni-2, em áreas de pastejo de campo nativo;

• Propor alternativas para estabelecer diretrizes de desenvolvimento sustentável da região; • Propor modelo socioeconômico local ambientalmente sustentável, que contemple as premissas

básicas de preservação / conservação da biodiversidade, principalmente considerando sua importância em nível global, e disseminando as boas práticas de manejo dos campos do bioma Pampa, com ênfase na pecuária de corte;

• Implantar projetos piloto e avaliar a evolução dos sistemas implantados, com vistas a sua eventual reaplicação em outras áreas;

• Elaborar e implantar um projeto de monitoramento ambiental das ações que estiverem sendo implantadas para fins de verificar sua adequação, validando-as ou propondo novas formas, que contribuam para com os objetivos propostos.

METODOLOGIA: Parâmetros analisados:

Desenvolvimento arbóreo: Nas espécies florestais, serão realizadas estimativas dendrométricas com amostragem aleatória simples, com 4 repetições por tratamento. Serão medidos o diâmetro a altura do peito (DAP) e a altura comercial (distância do solo até a inserção dos ramos da copa). Após isso, serão definidos os centros de classe de diâmetro e abatidas as árvores, dentro dos centros de classe, as quais serão cubadas pelo método de Smalian, totalizando em média 10 % das árvores da parcela.

Banco de sementes do solo: Amostras de solo, em três profundidades, serão coletadas para avaliar a composição florística do banco de sementes do solo. Em casa de vegetação, o solo será colocado em bandejas para propiciar a germinação das sementes e identificação das espécies.

Composição florística e dinâmica vegetacional: Serão realizados levantamentos florísticos anuais, na primavera. O levantamento florístico será realizado em 10 quadrados alocados ao longo de dois transectos, em cada unidade experimental. Estimar-se-á visualmente a abundância e cobertura das espécies.

Diversidade da fauna de invertebrados de solo: Serão instaladas 10 armadilhas de queda em cada parcela. As armadilhas permanecerão abertas continuamente durante cinco dias em cada período de amostragem. Os cilindros de solo retirados quando da instalação das armadilhas de queda (10 cm x 15 cm) serão utilizados para amostragem da mesofauna de solo com extração via “aparato Berlese” modificado para fauna endógea e sistema de extração por método “sacos de Winkler” para fauna epígea ativa. Para avaliação da presença de anelídeos será utilizado método de extração de Octet e método de extração em áreas de 1m2 por contato químico de formalina 5%. Todo material estudado será incorporado às coleções científicas do MCN.

Avaliação da radiação fotossinteticamente ativa: Serão instaladas barras em cada densidade arbórea. Os dados serão coletados através de sensores acoplados a um “datalogger” (modelo CR10x, Campbell scientific, Logan, EUA).

Capacitação de técnicos, produtores e trabalhadores rurais na identificação, prevenção da disseminação e redução da infestação de capim annoni: Realização de cursos técnicos, dias de campo e seminários na FEPAGRO Campanha, no município de Hulha Negra.

Entre as formas de divulgação de práticas de controle e prevenção da disseminação de capim annoni propõe-se a elaboração de boletins, circulares técnicas, folders e banners que serão apresentados e distribuídos em sindicatos rurais, secretarias de agricultura de municípios e órgãos de extensão rural. Além disso, pretende-se montar um projeto piloto com o município de Hulha Negra com o objetivo de mobilizar a sociedade com a demonstração de práticas de manejo que visando o controle da infestação e disseminação do capim annoni e implantação do Programa de Combate do Capim Annoni-2 (lei 13.189/2009).

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RESULTADOS ESPERADOS: • Incremento do conhecimento sobre a biodiversidade nativa dos Campos da Campanha do RS; • Sensibilização e conscientização de técnicos e agricultores, nas áreas alvo, sobre o valor e a

importância das pastagens naturais e sobre os problemas causados pela infestação de capim annoni no bioma Pampa;

• Publicação (Livro) descrevendo as paisagens (as associações de solo, relevo, clima, flora e fauna e as relações de interdependência desses elementos) e flora campestre do RS (enfatizando a importância da biodiversidade do Pampa como patrimônio do Estado e do País), e identificando o potencial de geração de renda pela manutenção da atividade pecuária extensiva na região;

• Cruzamento de informações obtidas a partir das inúmeras atividades que se desenvolverem, permitindo implementar ações que reduzam as ameaças à riqueza biológica e uso do solo, proporcionando a compatibilização de aspectos ambientais, sociais e econômicos;

• Identificação das espécies potencialmente interessantes para o uso sustentável da biodiversidade nativa, como elemento de desenvolvimento regional. Salienta-se que muitas das espécies da fauna ocorrentes no RS têm imenso potencial de utilização biotecnológica, o que vem ao encontro de proposições referendadas em tratados internacionais de conservação da biodiversidade; Neste contexto também é importante destacar que há possibilidade de se indetificarem elementos nativos que possiibilitem uma integração ambiental e que incremente um controle eficaz da expansão de capim annoni;

• Publicações (Manuais Técnicos) direcionadas ao setor produtivo rural: descrevendo as espécies exóticas invasoras, as ameaças que representam à conservação do bioma bem como algumas alternativas e métodos desenvolvidos com vistas a evitar sua disseminação; divulgando conhecimentos e metodologias de boas práticas de manejo e o correto uso dos campos nativos, visando à sustentabilidade ambiental, social e econômica;

• Promoção de eventos e cursos com vistas à capacitação de profissionais que atuem nas áreas das ações, e que permitam a disseminação do conhecimento relacionado com a importância e valoração da biodiversidade nativa, bem como sobre a importância do correto manejo das pastagens naturais para a rentabilidade da pecuária e conservação do bioma Pampa;

• Implantação de projetos que servirão de modelo para ampliação da utilização adequada das propriedades rurais, e com identificação das potencialidades reais de desenvolvimento sustentável, considerando-se as populações humanas e a biodiversidade local.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00137 - 2011/14.

35. Fortalecimento da agricultura familiar cooperativada na cadeia produtiva do leite PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Coralia Maria Oliveira Medeiros COLABORADORES: Marta Farias Aita Mario de Menezes Coppola INSTITUIÇÃO FINANCIADORA: Fundação Banco Do Brasil –FBB LOCAL DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO: Municípios de Santo Cristo e Alecrim PERÍODO DE EXECUÇÃO: Março 2014 – Fevereiro 2015 OBJETIVOS:

Fortalecer e expandir a inserção dos municípios de Alecrim e Santo Cristo na cadeia produtiva do leite, que é uma atividade econômica regional característica, proporcionando aos produtores de leite da um canal alternativo de escoamento da produção, de qualificação e agregação de valor ao produto leite. METODOLOGIA

A proposta é constituída de três eixos que são: 1. Construção da estrutura predial de uma agroindústria de processamento e beneficiamento de leite em Alecrim; 2. Levantamento de dados relativos à qualidade do leite produzido na região; 3. Capacitação de pessoal para atividades de gerenciamento da agroindústria e comercialização de produtos. O estudo da qualidade do leite produzido na região está sob a coordenação da FEPAGRO, através das Unidades NOROESTE, em Santa Rosa.

A qualificação do produto será buscada em estudo que avaliará os atributos físico-químicos e sanitários do leite e as condições de obtenção desse. As características do produto leite serão avaliadas de acordo com a legislação vigente (IN 62) do Programa Nacional de Qualidade do Leite – PNQL.

O estudo tem como objetivo avaliar as condições de produção de leite e identificar, de modo perceptível a técnicos e produtores, variáveis de manejo e ambientais relacionadas à qualidade do produto leite. Serão avaliados o leite, condições de produção, animais e a água de abastecimento em quarenta e cinco propriedades da agricultura familiar produtoras de leite e associados das cooperativas COTRIROSA, COOPERMIL, COOPRAL e COOPASC. Serão feitas verificações de manejo de ordenha, higienização e funcionamento do equipamento de ordenha e refrigeração do leite. No leite serão avaliadas as características físico-químicas e sanitárias e nos animais será avaliada a frequência da ocorrência de mastite.

No leite mastítico será feita a avaliação microbiológica para determinação dos agentes causadores de mastite e a resistência desses a antibacterianos mais comumente usados por meio de antibiograma. A água de abastecimento da propriedade também será avaliada para características físico-química e microbiológica que podem interferir na eficiência da higienização dos equipamentos de ordenha. Os dados levantados serão comparados com aqueles estabelecidos

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como apropriados e, assim, avaliados os itens de não conformidade para cada situação. As atividades de campo serão executadas pela FEPAGRO e EMATER/ASCAR.

As análises de qualidade do leite e da água serão executadas como prestação de serviço por laboratório da RBQL e laboratório credenciado para análise de água, respectivamente. As análises do leite mastítico e antibiograma serão executados no laboratório de microbiologia da FEPAGRO Saúde Animal (IPVDF), em Eldorado do Sul.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00138 - 2011/14.

36. Produção de bovinos em pastejo e conservação de ambientes pastoris naturais: um experimento no Bioma Pampa para longa duração

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Diego Bitencourt de David COLABORADORES: Júlio Kuhn Da Trindade Ionara Fatima Conterato Angelo Alberto Schneider Carolina Bremm Paulo César de Faccio Carvalho Carlos Nabinger Anelise Beneduzi da Silveira Teresa Cristina Moraes Genro Adriana Kroef Tarouco Glaucia Amaral do Azevedo Fernando Luiz Ferreira de Quadros Eduardo Bohrer de Azevedo Frederico Costa Beber Vieira Aníbal Fernando Parera LOCAIS DE EXECUÇÃO: Centro de Pesquisa Anacreonte Ávila de Araújo (FEPAGRO Forrageiras). FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: 2013 a 2016 OBJETIVOS: • Definir práticas de interferência em pastagens naturais com potenciais de promover elevada

produção de forragem e animal; • Identificar práticas que permitem a conservação de diversidade e riqueza florística; • Demonstrar como as práticas de interferência em pastagem natural afetam a qualidade físico-

química e biológica do solo; • Identificar padrões comportamentais dos animais que demonstrem a qualidade do ambiente

pastoril; • Contribuir com dados científicos para futuros programas de incentivos oficiais à prestação de

serviços ambientais pelo Bioma Pampa; • Formar recursos humanos e promover a integração de pesquisadores, áreas de conhecimento e

grupos de pesquisa. METODOLOGIA:

O experimento será implantado em uma área de aproximadamente 30 ha de pastagem natural, no Centro de Pesquisa Anacreonte Ávila de Araújo (FEPAGRO Forrageiras), município de São Gabriel/RS. Recentemente, a área foi subdividida em oito potreiros (unidades experimentais - UE) de aproximadamente 3,75 ha cada e está sendo manejada com novilhas de recria para formação de uma estrutura vegetacional mais uniforme. A pastagem apresenta uma

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área de aproximadamente 10% coberta por capim-annoni (Eragrostis planna Nees) (avaliação realizada em março de 2012), gramínea de origem africana e invasora das pastagens naturais. O período experimental será de 18 meses, contudo a meta é manter a área experimental com os tratamentos selecionados por longo prazo (i.e., alguns anos no quais se possam conhecer e descrever os efeitos das ações antrópicas que se desejam investigar). Para responder as perguntadas do projeto, os tratamentos corresponderão às práticas de manejo que configurarão níveis de interferência no ambiente pastoril:

A- Pastagem natural; B- Pastagem natural + adubação com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK); C- Pastagem natural + adubação de NPK+ semeadura de azevém anual – Lolium multiflorum

(30 kg ha-1 de sementes cv. FEPAGRO São Gabiel) + adubação nitrogenada; D- Pastagem natural + adubação de NPK+ azevém anual + trevo branco – Trifolium repens (3

kg ha-1 de sementes) e cornichão – Lotus corniculatus (8 kg ha-1 de sementes). O incremento em interferência ocorre do tratamento “A” (menor nível de interferência) em direção ao tratamento “D” (maior nível de interferência).

A lotação animal nas UEs será ajustada a cada 28 dias para adequar a meta de oferta de forragem de 12% do peso vivo (PV), ou seja, 12 kg de matéria seca (MS) para cada 100 kg de PV. O método de pastoreio será o contínuo com taxa de lotação variável. Os animais experimentais serão novilhas da raça Aberdeen Angus, com 12-15 meses de idade e aproximadamente 180-200 kg de PV, quando da entrada no experimento. Cada lote de animais permanecerá no experimento por aproximadamente 12 meses, sendo substituídas por outro lote ao final de cada período de permanência no experimento. As novilhas serão provenientes do próprio rebanho da FEPAGRO Forrageiras e serão previamente classificadas e agrupadas por peso vivo, padrão racial, condição corporal e temperamento. Respeitando os critérios previamente estabelecidos, os animais serão sorteados entre as UEs. As vacinações serão realizadas de acordo com o calendário determinado pela Inspetoria Veterinária da Secretaria da Agricultura – RS. Todos os animais serão tratados periodicamente com anti-helmínticos de amplo espectro. O controle de ectoparasitas será feito sempre que necessário. O sal mineral será fornecido à vontade ao longo de todo o período que os animais permanecerem na área experimental.

As variáveis medidas na pastagem que serão avaliadas a cada 28 dias serão: massa de forragem (kg MS ha-1), produção de forragem (kg MS ha-1), taxa de acúmulo de forragem (kg MS ha-1 dia-1), altura do pasto (cm), percentual de área coberta por touceiras de capim-annoni (%) e de touceiras de outras espécies (%). Em cada estação do ano, coletas de forragem serão realizadas para determinação da composição química: matéria seca, proteína bruta e fibra detergente neutro e ácido. Para descrever a heterogeneidade e a disposição espacial da forragem, todas as avaliações realizadas na pastagem serão monitoradas com uso de GPS. Também será realizado levantamentos florísticos anualmente, no final da primavera e início do verão, de acordo com a escala de Braun-Blanquet modificado por Mueller-Dombois & Ellenberg (1974). A partir destes levantamentos será possível estimar a diversidade e riqueza florística. Além disso, anualmente serão avaliados nas pastagens parâmetros físicos (resistência à penetração, densidade, umidade, porosidade, massa de raízes, compressibilidade e agregação), químicos (macro e micronutrientes, teores de carbono orgânico, nitrogênio e fósforo total) e biológicos (microorganismos existentes, comunidade bacteriana de diazotróficas, massa microbiana e atividade microbiana) dos solos.

Os parâmetros referentes à produção animal serão medidos mensalmente: ganho médio diário (g dia-1 animal-1), ganho de peso por área (kg ha-1), avaliação de condição corporal. Já, com respeito à avaliação de desenvolvimento do trato reprodutivo, aos 15, 18, 21 e 24 meses, será realizada avaliação da condição do trato reprodutivo, por meio de ultrasonografia. Nesta ocasião serão avaliados a espessura do útero, tamanho dos ovários direito e esquerdo, diâmetro folicular e presença de corpo lúteo. Serão realizadas avaliações de comportamento ingestivo dos animais uma vez a cada estação do ano. Para estas avaliações serão sorteados três animais por unidade experimental para acompanhar as atividade diárias através de uma técnica bioacústica. Além

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disso, os mesmos animais serão equipados com GPS (Etrex® Garmim®) para descrever o deslocamento em pastejo.

As variáveis do manejo calculadas mensalmente serão a taxa de lotação animal (kg ha-1de PV) e a oferta de forragem observada (kg de MS 100 kg de PV-1, ou % do PV).

Os dados serão analisados por medidas repetidas no tempo (períodos de avaliação), sendo submetidos à análise de variância e teste F pelo Mixed Procedure (PROC MIXED) do pacote estatístico SAS (2001). Para a escolha da matriz de variância e covariância se utilizará o critério de informação Akaike-AIC. As médias dos tratamentos serão estimadas utilizando-se o LSMEANS, e a comparação entre as mesmas será realizada por meio da probabilidade da diferença (PDIFF) pelo teste t de Student, a 5% de significância. Também serão realizadas análises de correlação entre as variáveis estudadas utilizando-se o Corr Procedure (PROC CORR). Serão realizadas análises multivariadas dos dados obtidos no experimento. RESULTADOS ESPERADOS:

Revelar práticas de interferência sobre a pastagem natural, de menor impacto ambiental, que qualifique de forma produtiva e sustentável a atividade pecuária no Bioma Pampa. No longo prazo, serão verificadosquais são e como boas práticas contribuem positivamente nosserviços ambientais, tais como adiversidade e riqueza florística, seqüestro de CO2, fixação biológica do N, orientando e apoiando inventários e políticas relacionadas. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Atividades 2013 2014 2015 2016²

O N D J F A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S

Preparação dos prot. experimentais

• •

Calagem •

Levantamento florístíco¹

• • • •

Adubação de P2O5 e K2O

• •

Adubação N • •

Sobres/esp. de inverno

• •

Var. medidas no pasto

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Coleta/Análises físico, químicas e biológicas do solo

• • •

Anál.bromat. de amostras de forragem

• • • • • • • •

Formação dos lotes de novilhas Lote ano 2014.

Saída do exp. dos animais do lote ano

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2014 e entrada do lote ano 2015

Início do período exp.– entrada dos animais

Pesagens dos animais e trato sanitário

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Aval. do desenv. reprodutivo

• • • • • • •

Comport. ingestivo

• • • • • • •

Tabulação e análise de dados

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Dia de campo c/ estudantes, produtores e pesquisadores

Escrita científica: artigos científicos, boletins técnicos e resumos em eventos.

• • • • • • • • •

Relatório final e prestação de contas

• •

¹Realizada todos os anos entre o final da primavera e início do verão. ²Nesse projeto consta apenas o cronograma experimental para o prazo de 36 meses, porém o experimento será de longa duração, mantendo o mesmo protocolo experimental ao longo dos próximos anos.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00139 - 2011/14.

37. Sustentabilidade de sistemas produtivos da carne caprina na Serra do Sudeste do RS. PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Elder Joel Coelho Lopes LOCAIS DE EXECUÇÃO: Fepagro - Encruzilhada do Sul FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: 2013 a 2016 OBJETIVO GERAL:

Implantar um sistema sustentável de produção de caprinos de corte adequado às propriedades de base familiar na região de estudo. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Identificar unidades produtivas de caprinocultura de corte no Brasil e caracterizar os

indicadores de desempenho social, econômico e ambiental; • Identificar a potencialidade da Região da Serra do Sudeste do RS para a caprinocultura de

corte e do mercado consumidor local e regional. METODOLOGIA:

Identificar e caracterizar unidades produtivas em diferentes regiões brasileiras: Este estudo será realizado com dados secundários, especialmente os censos agropecuários, para quantificação das unidades produtivas nas diferentes regiões brasileiras. Para caracterização dos diferentes sistemas produtivos, um questionário com questões quanto às características produtivas, reprodutivas, sanitárias e mercadológicas será encaminhado aos técnicos brasileiros (experts) que atuam com a caprinocultura.

Identificar a potencialidade da região da serra do Sudeste para a caprinocultura de corte (identificar os diferentes atores e elos da cadeia): Será realizado contato com as Secretarias da Agricultura (municipais), bem como escritórios da EMATER, Inspetorias Veterinárias, Sindicato de Produtores e Associações de Produtores, especialmente nos municípios que compõe a Serra do Sudeste do RS.

Identificar unidades produtivas já estabelecidas: A partir dos dados oficiais identificando as unidades produtivas existentes, será realizada visita às propriedades para aproximação com o produtor e aplicação de um questionário, na forma de entrevista, com questões sobre o sistema produtivo, indicadores de produção, manejo, comercialização, entre outros.

Identificar potenciais produtores: A partir dos contatos já estabelecidos, serão organizadas reuniões para aproximação da comunidade e, através da utilização das ferramentas do Diagnóstico Rápido.

Caracterizar indicadores de sustentabilidade para a caprinocultura de corte: A partir das informações coletadas durante as entrevistas, da confrontação com dados técnicos e científicos obtidos pelas revisões bibliográficas e, baseado na metodologia M.A.I.S. (Método de Avaliação de Sustentabilidade Oragnizacional). As propriedades rurais objeto da análise serão classificadas em: i) sustentáveis, ii) em busca de sustentabilidade e iii) insustentáveis, quanto as três dimensões propostas.

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Implantação de um módulo piloto; De posse das informações obtidas juntos aos produtores rurais, da preferência e potencialidade do mercado consumidor, da viabilidade e forma de operacionalidade do segmento industrial e, abrangência de distribuição – dimensionar-se-á e se colocará em operação um módulo (FEPAGRO – Centro de Pesquisa da Serra do Sudeste – Encruzilhada do Sul) piloto que contemple todas as etapas da produção e, ato contínuo e associado, siga ao fluxo exitoso da cadeia produtiva, ou seja, abate/processamento com devida distribuição e comercialização. RESULTADOS ESPERADOS:

Geração de informações importantes para o desenvolvimento da caprinocultura de corte na Região da Serra do Sudeste do Rio Grande do Sul, e ao Estado como um todo. Com a criação de um projeto piloto em caprinocultura de corte junto ao Centro de Pesquisa da FEPAGRO/Encruzilhada do Sul, este servirá de polo de conhecimento e desenvolvimento – onde os produtores (e estudantes de nível médio e superior) terão acesso a novas tecnologias de produção e modelo de alternativa para a diversificação da propriedade. Os resultados gerados por este trabalho trará mais confiança ao produtor que deseja iniciar a atividade, reconverte-la, diversifica-la ou torna-la mais rentável.

Com informações e conhecimento nas áreas de instalações, manejo adequado, genética e nutrição, o produtor poderá planejar sua propriedade quanto à escala de produção, o que lhe dará uma visão melhor de suas possibilidades de oferta mais frequente para comercialização de carne caprina. Além disso, identificará possibilidades, alternativas e estratégias fundamentais para o êxito em toda cadeia produtiva, ou seja: segmento industrial e de distribuição. Desta forma este trabalho contribuirá na organização da cadeia produtiva de caprinos carne, sobretudo na região sul do Brasil. Ao apresentar possibilidades de produção de carne caprina de qualidade, com regularidade, espera-se incentivar também o consumo, contribuindo, mais uma vez, com a melhoria da cadeia produtiva. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

ANO

TRIMESTRE

AÇÃO

Ano I ANO II ANO III ANO IV TRIMESTRE TRIMESTRE TRIMESTRE TRIMESTRE 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

DISCIPLINAS CURSADAS X X X X X Pesquisa/entrevista a campo (produtores) X X Pesquisa/entrevista a campo (mercado) X X Pesquisa/entrevista a campo (gargalos) X X Avaliação in loco de cadeias produtivas bem sucedidas

X

Implantação de piloto / elo produção X X Sequência cadeia produtiva / elo indústria + comércio

X

Tabulação X X X X X Publicação de artigo / trabalho X X X X X X Apresentação de resultados finais (defesa) X

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00140 - 2011/14.

38. Medidas acústicas do comportamento e da ingestão de forragem por ruminantes em pastejo

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Júlio Kuhn Da Trindade COLABORADORES: Paulo César de Faccio Carvalho Carolina Bremm Jean Carlos Mezzalira Lidiane Fonseca LOCAIS DE EXECUÇÃO: Centro de Pesquisa Anacreonte Ávila de Araújo – FEPAGRO Forrageiras - São Gabriel, RS. FONTE FINANCIADORA: FAPERGS VIGÊNCIA PREVISTA: Novembro de 2012 a abril de 2014 OBJETIVOS: • Definir as características acústicas (freqüência, intensidade, duração e intervalo entre eventos)

que identificarão os movimentos mandibulares (bocados, mastigação, manipulação e movimentos compostos mastigação+bocado) de forma automatizada;

• Relacionar as características acústicas dos movimentos mandibulares com os parâmetros de ingestão de forragem (massa do bocado e ingestão de forragem).

METODOLOGIA:

‘O grupo de animais experimentais será constituído de novilhas e ovelhas, com peso aproximado de 250 kg e 30 kg, respectivamente, semelhantes quanto ao grupo racial e à condição corporal. Experimento 1: escala de bocado.

Para formação dos micropastos, Paspalum notatum cv. Pensacola será plantado e cultivado em bandejas. Os micropastos cultivados em bandejas terão a seguinte dimensão: 15 cm de altura, 20 cm de largura e 62 cm de comprimento. Estas bandejas permanecerão em casa de vegetação até que estejam nas alturas de pasto: 6, 12, 18 e 24 cm de altura do pasto. A unidade experimental será constituída pelo grupo de quatro animais. Sequência dos procedimentos experimentais: escala bocado.

A. Os animais serão equipados com buçais onde serão anexados o gravador digital e o microfone;

B. Uma câmera filmadora já estará fixada sobre um tripé defronte ao animal filmando sua boca e com o microfone da câmera acionado;

C. Os micropastos serão pesados em balança de ±1 g de acurácia imediatamente antes e após serem sido oferecidos aos animais. Dois micropastos controles por tratamento serão mantidos não pastejados. Posterior, às sessões de desfolhação serão coletados amostras que serão secas em estufa a 60°C por 72h para determinar a MS e composição química;

D. As bandejas serão postas e prendidas no piso defronte ao animal sendo permitido desfolhar após um aviso sonoro que será captado pelos dois microfones, o do animal e o da câmera de vídeo;

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E. Os animais realizaram entre 8 e 10 bocados, e a bandeja será trocada por outra na sequência;

F. Após a realização de todas as sessões, os animais retornarão a pastagem cultivada com Paspalum notatum cv. Pensacola.

Parâmetros a serem calculados: tempo total de cada sessão, número de bocados, mastigações e mastigação+bocado, profundidade do bocado, área do bocado, massa de forragem ingerida, massa do bocado. As sessões de pastejo serão realizadas em uma pastagem de Paspalum notatum cv. Pensacola, dividida em quatro unidades experimentais por tratamento. As unidades experimentais serão piquetes de aproximadamente 500 m². Experimento 2: escala de patch. As sessões de pastejo serão realizadas em uma pastagem de Paspalum notatum cv. Pensacola, dividida em quatro unidades experimentais (piquetes de aproximadamente 500 m²). Os tratamentos consistirão de quatro alturas de pasto: 6, 12, 18 e 24 cm. A sequência dos procedimentos experimentais: escala bocado - O procedimento seguirá a metodologia proposta por Penning & Rutter (2004), adaptada por Bremm (2011). Os parâmetros avaliados referentes aos animais são: perda de peso metabólica, tempo de pastejo e os movimentos mandibulares de bocado, manipulação, mastigação, bocados e mastigação-bocado, massa do bocado, ingestão de forragem. A Caracterização do pasto será feita por: altura do pasto, massa de forragem, composição química da forragem, composição estrutural do pasto.

Os dados serão submetidos à análise de variância (Teste F) em nível de 5% de significância, por meio do procedimento Mixed do programa estatístico SAS. Quando detectadas diferenças entre os tratamentos e entre espécie animal, as médias serão comparadas pelo Teste Tukey ao mesmo nível de significância. Também serão realizadas análise de correlação e regressão polinomial para relacionar as características acústicas com as dimensões do bocado e com a estrutura do pasto. Com o intuito de identificar padrões acústicos diferenciados de acordo com o tipo de movimento mandibular executado pelos animais, será realizada análise de Componentes Principais (PCA) por meio do programa estatístico JMP. RESULTADOS ESPERADOS: • Propor um método acústico inovador para analisar o comportamento ingestivo, com

possibilidade de estimar o nível de ingestão de forragem por ruminantes domésticos (ovinos e bovinos);

• Formar recursos humanos e promover a integração de pesquisadores, áreas de conhecimento e grupos de pesquisa;

• Publicações de artigos em periódicos especializados, indexados nas principais bases e com bons fatores de impacto. Eventualmente, resumos científicos.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

2013 2014 N D J F M A M J J A S O N D J F M A Aquisição e preparação dos materiais necessários para os experimentos

x x

Preparação da área e equipamentos para a implantação e preparação dos micropastos

x x x

Testes pré-experimentais dos equipamentos e metodologias. Habituação dos animais aos procedimentos experimentais

x x x x

Experimento 1 x x Experimento 2 x x Análises de dados acústicos

x x x x x x x

Análises composição química x x X

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00141 - 2011/14.

39. Monitoramento da invasão biológica por mexilhão dourado - Limnoperna fortunei através da avaliação da ocorrência de juvenis e adultos nas instalações da FEPAGRO Aquicultura e Pesca e em sua área limítrofe com a lagoa dos Quadros – RS/Brasil

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Marcus Frederico Martins Pinheiro LOCAIS DE EXECUÇÃO: Centro de Pesquisa Herman Kleerekoper FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Outubro 2013 a março 2015 OBJETIVOS GERAIS:

Avaliar a ocorrência de e juvenis e adultos de mexilhão dourado Limnoperna fortunei nas instalações da FEPAGRO Aquicultura e Pesca e em sua área limítrofe com a lagoa dos Quadros – RS/Brasil, como parte integrante do diligenciamento requerido pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (FEPAM), referente ao processo de Licenciamento Ambiental da FEPAGRO Aquicultura e Pesca – Centro de Pesquisa Herman Kleerekoper, localizado em Terra de Areia/RS. Os resultados serão repassados ao órgão de fiscalização ambiental, com o objetivo de auxiliar no estabelecimento de políticas públicas de prevenção e controle do bivalve invasor, tão prejudicial à manutenção do equilíbrio do ambiente. METODOLOGIA:

A avaliação da ocorrência de juvenis e adultos de mexilhão dourado será realizada na lagoa dos Quadros, em ponto de captação de água em que o Centro de Pesquisa Herman Kleerekoper se utiliza em momentos de estiagem para abastecimento de suas instalações, cujas coordenadas são 29º38’28”S e 50º06’10”O. Também haverá acompanhamento em outros cinco locais nas instalações do Centro de Pesquisa, sendo instalados dois coletores em tanques escavados no solo, dois em tanques de concreto e por fim um coletor em caixa d´água central de abastecimento dos tanques de cultivo, que recebe água por recalque proveniente da lagoa dos Quadros em momentos de estiagem.

As observações aos coletores serão realizadas a cada 30 dias, sendo cada um destes compostos por quatro tijolos vazados de cerâmica do tipo “seis furos”, permanecendo suspensos na água e submersos em cerca de 50 cm de profundidade, sendo fixados com cordas e barras de ferro. Em cada coletor os tijolos serão trocados: um a cada mês, outro a cada três meses, outro semestralmente e o último permanecerá até completar 18 meses, que será considerado o controle. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Atividades Início (10/2013)

Fim (03/2015)

Coleta em amostrador mensal X X Coleta em amostrador trimestral X X Coleta em amostrador semestral X X Coleta em amostrador controle (18 meses) X X

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00142 - 2011/14.

40. Avaliação do custo de produção e do desempenho de terneiros recebendo diferentes níveis de suplementação em pastejo contínuo

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Marta Farias Aita LOCAIS DE EXECUÇÃO: Centro de Pesquisa Iwar Beckman FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Maio de 2013 a Outubro de 2013 OBJETIVOS: • Verificar o desempenho corporal dos animais nos diferentes níveis de suplementação e na

pastagem; • Avaliar o ganho de peso por área nos diferentes níveis de suplementação e na pastagem; • Relacionar o desempenho e as características corporais dos animais com o sexo; • Determinar a produção de forragem (campo nativo e pastagem) por área; • Avaliar o custo de produção do sistema de suplementação e correlacionar com o desempenho,

conformação do animal e ganho médio de peso por área. • Estudar o ganho compensatório dos animais em pastagem de aveia e azevém após a

suplementação; • Avaliar o custo de produção durante o período em pastagem e total do experimento e

correlacionar com o desempenho, conformação do animal e ganho médio de peso por área do período experimental.

METODOLOGIA:

O experimento será conduzido no Centro de Pesquisa Iwar Beckman, pertencente à Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária – Fepagro, no município de Hulha Negra-RS, entre o período de maio a outubro de 2013.

Serão utilizados terneiros de corte, machos e fêmeas do mesmo grupo contemporâneo, procedentes do cruzamento de vacas da raça Aberdeen Angus e Red Angus com touros da raça Brangus. O desmame dos animais será realizado no mês de maio, com idade inicial, entre quatro e sete meses e com peso médio de 140 Kg. O experimento envolverá 73 animais, distribuídos em dois tratamentos, após o desmame. Os animais receberão dois níveis de suplementação, por um período de aproximadamente 28 dias, e serão mantidos em dois potreiros de 10 ha, constituídos por campo nativo, em sistema de pastejo contínuo. Após um período de adaptação de 10 dias, será fornecida aos animais uma ração comercial peletizada, com no mínimo de 16% de PB (proteína bruta) e com NDT (Nutrientes digestíveis totais) de 75%, nos níveis de 0,6 e 1% PV, no período da manhã. A lotação dos potreiros será fixa, de acordo com a carga animal total/10 ha. O sal mineral será fornecido à vontade.

As avaliações das características referentes aos animais, após jejum de sólidos e líquidos de no mínimo 12 horas, e a forragem serão realizadas no início da entrada e na saída dos animais do período de suplementação. A cada pesagem dos animais serão coletadas informações referentes ao ganho de peso médio diário (GMD), taxa de lotação (TL), ganho de peso por área (GPA) e peso vivo (PV).

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Após o período de suplementação os animais serão colocados em um potreiro com pastagem de aveia e azevém, por um período de aproximadamente quatro meses, e ajustada à taxa de lotação à oferta de forragem (OF) com valores médios de 12%. Os parâmetros de peso e da forragem serão avaliados a cada 28 dias. Neste período, será observado o ganho de peso vivo e avaliado o custo de produção do sistema de recria.

O ganho de peso vivo médio será calculado pela diferença entre o peso médio final dos animais “teste” e o peso médio inicial, dividido pelo número de dias de cada período. Através da equação (GPV/ha = ganho médio diário dos animais “testes” x número de animais-dia.ha-1 x número de dias em cada período) será obtido o ganho de peso por área. Assim como, será calculado o ganho de peso vivo total através do somatório do ganho de peso vivo.ha-1 de todos os períodos.

As variáveis avaliadas referentes à forragem serão: massa de forragem (MF), oferta de forragem (OF) e altura do dossel (H). A altura do pasto será medida em 120 pontos por potreiro utilizando-se um bastão graduado (sward stick), onde um marcador percorre o bastão até tocar a primeira superfície foliar do dossel (Barthram, 1985).

A massa de forragem (MF) será estimada através da relação entre altura e massa de forragem dentro de quatro quadros de 0,25m2 por potreiro, cortados ao nível do solo. Em cada quadro de massa de forragem amostrado, serão realizadas cinco medidas de altura para posterior formação das equações de regressão entre massa de forragem e altura da pastagem. As amostras de forragem da área a serem pastejadas serão secas em estufa (65°C).

O delineamento será completamente casualizado (DCC), os dados de natureza contínua e com distribuição normal serão analisados pelo SAS 9.1 (2004) por meio da análise da variância e as médias serão comparadas pelo teste de Tukey. Complementarmente, serão utilizados os procedimentos PROC UNIVARIATE, CORR (coeficientes de Sperman) e REG para, respectivamente, com objetivo de realizar uma análise descritiva/teste de normalidade e verificar a existência de relações entre as variáveis estudadas. O coeficiente de probabilidade será de 0,05 para rejeição da hipótese de nulidade.

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PROGRAMA DE PESQUISA EM SAÚDE ANIMAL

Coordenador do Programa: João Ricardo Martins

Linhas de Pesquisa:

1. Medicina Veterinária Preventiva

2. Patologia Veterinária

3. Vetores e Doenças Vetoriais

4. Epidemiologia e Defesa Sanitária Animal:

Centros de Pesquisa:

• FEPAGRO SAÚDE ANIMAL – IPVDF– Eldorado do Sul.

• FEPAGRO AQUICULTURA E PESCA – Terra de Areia

• FEPAGRO VIAMÃO – Viamão

PROGRAMA EM NÚMEROS:

• Titulação dos pesquisadores: 20 doutores e 5 mestres

• Número de técnicos: 9

• Número de projetos desenvolvidos no programa: 13 Projetos

Pesquisador (a) Titulação Coordenação Integrante Alexander Cenci MSc. 0 1 Alexandre Braga MSc. 0 1 Andréa Ferretto da Rocha Dra. 4 0 Angélica Cavalheiro Bertagnolli Dra. 0 1 Augusto Cunha Dr. 0 1 Benito Guimarães Brito Dr. 1 3 Cristine Cerva MSc. 0 1 Fabiana Quoos Mayer Dra. 0 1 Fernando Karan Dr. 0 1 Guilherme M. Klafke Dr. 3 3 João Ricardo Martins Dr. 1 2 José Antonio Simões Pires Neto MSc. 0 0 José Carlos Ferreira Dr. 0 0 José Reck Jr. Dr. 1 2 Julio César da Rosa Dr. 0 0 Kelly Cristina Tagliari de Brito Dra. 2 3 Laura Lopes de Almeida Dra. 0 1 Lucas Brunelli de Moraes Dr. 0 2 Luciana Aparecida Honorato Dra. 0 0 Marco Aurélio Rotta Dr. 0 1 Mario de Menezes Copola Dr. 0 1 Mauricio Gautério Dasso Dr. 0 0 Paulo M. Roehe Dr. 1 0 Rogério Oliveira Dr. 0 1 Rovaina L. Doyle MSc. 0 1 Quadro 4. Pesquisadores que integram o Programa de Pesquisa em Saúde Animal. 2011/2014.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00143 - 2011/14. a) SANIMARS – Apoio à pesquisa e desenvolvimento em sanidade animal no Rio Grande do

Sul

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Paulo Michel Roehe COLABORADORES: Alexander Cenci Alexandre de Carvalho Braga Angélica Cavalheiro Bertagnolli Benito Guimarães de Brito Cristine Cerva Fabiana Quoos Mayer Fernando Rosado Spilki Fernando Sérgio Castilhos Karam Guilherme Marcondes Klafke João Ricardo de Souza Martins José Antonio Simões Pires Neto José Reck Junior Kelly Cristina Tagliari de Brito Laura Lopes de Almeida Lissandra Cavalli Lucas Brunelli de Moraes Mário de Menezes Coppola Rejane Labres Rogério Oliveira Rodrigues Rovaina Laureano Doyle Locais de Execução: Eldorado do Sul FONTE FINANCIADORA: FINEP VIGÊNCIA PREVISTA: 36 Meses OBJETIVOS: • Promover o aprimoramento das atividades de pesquisa e diagnóstico em sanidade Animal na

FEPAGRO Saúde Animal - Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF); - Fortalecer a capacidade da FEPAGRO Saúde Animal de atender as demandas estaduais do agronegócio, com foco no fortalecimento da sanidade animal dos rebanhos e buscando atender as demandas das cadeias produtivas envolvidas;

• Proporcionar o desenvolvimento de metodologias cujo resultado será de interesse aos produtores rurais e que refletir-se-á em melhorias na sanidade animal e na qualidade da produção;

• Viabilizar a formação de uma rede de intercâmbio em sanidade animal, onde os métodos empregados e os resultados de pesquisas poderão ser aproveitados nas OEPAs participantes e divulgados entre as mesmas.

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Título do subprojeto 1: Sanidade animal em bovinos - SAMBOV OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Promover a qualificação nos serviços de pesquisa e diagnóstico prestados pela instituição na

área de sanidade animal direcionada à bovinocultura, especialmente nos ítens: a) implementar metodologias de diagnóstico modernas e atualizadas para a identificação de agentes infecciosos e parasitários;

• Identificar micro-organismos potencialmente envolvidos em problemas infecciosos com papel significativo sobre a produtividade de bovinos;

• Avaliar o perfil epidemiológico das principais doenças de bovinos no Rio Grande do Sul, incluindo enfermidades da esfera reprodutiva e propor alternativas de diagnóstico, prevenção, controle ou erradicação das mesmas.

METODOLOGIA:

O incremento à pesquisa e diagnóstico de problemas infecciosos com papel significativo sobre a produtividade de bovinos será executado com base em técnicas de diagnóstico convencional e comparações com os resultados obtidos com novos métodos moleculares introduzidos. RESULTADOS ESPERADOS:

O presente projeto deverá trazer melhorias na qualidade e nível dos trabalhos científicos efetuados por membros da equipe participante, especialmente na FEPAGRO Saúde Animal - IPVDF. A qualidade, volume e precisão dos serviços prestados pela FEPAGRO Saúde Animal - IPVDF, deverão ser sensivelmente incrementados. Os resultados deverão levar à formulação de procedimentos mais modernos de operação, que serão incorporados à rotina diagnóstica da instituição. As metodologias introduzidas deverão reduzir o tempo necessário à obtenção de resultados e o tempo de chegada de informações relevantes aos órgãos de defesa sanitária. Espera-se ainda que produtos e/ou processos eventualmente gerados venham a proporcionar uma melhoria geral na qualidade dos serviços prestados e que, indiretamente, reflitam-se na qualidade dos produtos gerados pelas cadeias produtivas envolvidas. A publicação de um número significativo de artigos em revistas científicas de circulação nacional e internacional, boletins e notas técnicas, é também parte importante dos resultados esperados. Além disso, os dados obtidos serão, sempre que cabível, utilizados como subsídios para a confecção de dissertações e/ou teses dos estudantes envolvidos no projeto. Título do subprojeto 2: Sanidade de aves OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Estabelecer metodologias de diagnóstico que permitam identificar com sensibilidade e rapidez

os principais patógenos de importância econômica para as aves; • Avaliar as principais causas de condenação de aves no abatedouro com a finalidade de

prevenir e/ou controlar a ocorrência destas patologias; • Estudo da virulência de amostras de E.coli envolvidas em colissepticemias e/ou dermatite

necrótica das aves; • Caracterizar os principais microrganismos presentes nas rações e insumos utilizados na

avicultura.

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METODOLOGIA: Durante a execução do projeto serão implantadas metodologias de diagnóstico molecular

para os seguintes patógenos aviários: Mycoplasma gallisepticum, vírus de Bronquite Infecciosa, vírus de dewcastle, vírus de doença de Gumboro, vírus de anemia infecciosa, clostridiose, salmonelose segundo metodologia descrita por Revolledo & Ferreira (2009). RESULTADOS ESPERADOS: 1)Desenvolver metodologias de diagnóstico convencional e molecular que auxiliem no diagnóstico das enfermidades avícolas; 2)Avaliar as principais causas de condenação de aves no abatedouro com a finalidade de prevenir e/ou controlar a ocorrência destas patologias; 3)Determinar a virulência das amostras de E. coli de origem aviária que dermitam estabelecer marcadores moleculares de APEC; 4)Conhecer os principais micro-organismos presentes nas rações e insumos utilizados na alimentação das aves; 5)Formação de recursos humanos e divulgação do conhecimento científico através de intercambio com outras instituições de pesquisas (OEPAS). Título do subprojeto 3: Sanidade de suínos OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

O presente projeto tem por objetivo principal promover o fortalecimento do sistema de pesquisa e prestação de serviços diagnósticos inovadores, de alta qualidade, aptos a serem certificados e desconhecidos internacionalmente e capazes de responder às expectativas da cadeia produtiva. A implantação desse projeto fortalecerá o programa Nacional de Sanidade Suína (PNSS) existente no Brasil, que objetiva a prevenção, controle e erradicação das doenças da suinocultura, além de impedir a introdução de doenças exóticas no território Nacional. A produtividade suína pode ser fortemente afetada por problemas infecciosos, onde destacam-se nessa esfera particularmente o vírus da Doença de Aujeszky, Influenza, Peste Suína Clássica (em erradicação em nosso país), adenovírus, enterovírus, parvovírus, o circovírus suíno e agentes bacterianos, como a Leptospira spp, Erisipelothrix rhusiopathiae e Toxoplasma gondii. Através dos problemas identificados a campo, os pesquisadores envolvidos poderão direcionar suas atividades para a solução dos problemas sanitários mais relevantes à cadeia produtiva e propor soluções, de tal forma que possam trazer reflexos efetivos sobre a produtividade do rebanho. Ao mesmo tempo, em função dos novos métodos moleculares disponíveis, buscar-se-á identificar e caracterizar, na medida do possível, quaisquer agentes infecciosos eventualmente envolvidos em problemas sanitários e propor metodologias de pesquisa, diagnóstico e alternativas para prevenção, controle ou erradicação, particularmente se relevantes para a defesa sanitária animal. METODOLOGIA:

A metodologia será essencialmente a mesma adotada no subprojeto 1 (SANBOV). Os materiais para exame serão coletados como explicitado no subprojeto 1. RESULTADOS ESPERADOS:

Como resultados esperados em relação aos objetivos propostos, teremos: a) A implementação de metodologias de diagnóstico atualizadas para a identificação de

agentes infecciosos e parasitários. b) A identificação de micro-organismos potencialmente envolvidos em problemas infecciosos com papel significativo sobre a produtividade de suínos, incluindo problemas reprodutivos. c) A avaliação do perfil epidemiológico das principais doenças suínos no Rio Grande do Sul e propor alternativas de diagnóstico, prevenção, controle ou irradicação das mesmas.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00144 - 2011/14.

41. Utilização de probiótico (Bacillus licheniformis e Saccharomyces cerevisiae) na criação de juvenis de jundiás (Rhamdia quelen) em sistema de bioflocos

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Andréa Ferretto da Rocha COLABORADORES: Marcia Regina Stech Marcus Frederico Martins Pinheiro Benito Guimarães de Brito Kelly Cristina Tagliari de Brito Lucas Brunelli Moraes Diego Bitencourt de David Dariano Krummenauer Luis Alberto Romano Marcos Souza de Almeida Viviana Lisboa da Cunha LOCAIS DE EXECUÇÃO: Eldorado do Sul, Terra de Areia, Rio Grande, São Gabriel FONTE FINANCIADORA: PROBITI - FAPERGS VIGÊNCIA PREVISTA: Agosto 2013 a Outubro 2014 OBJETIVOS: • Avaliar a contribuição do sistema de bioflocos (BFT - biofloc technology) sobre o crescimento

e a sobrevivência de juvenis de jundiás Rhamdia quelen durante a fase de alevinagem, assim como sobre a qualidade da água;

• Avaliar as características nutricionais dos bioflocos desenvolvidos durante o estudo, com e sem a utilização de probiótico;

• Avaliar a contribuição do probiótico utilizado na dieta de juvenis de jundiás sobre alguns parâmetros considerados para avaliar a saúde dos peixes, tais como parâmetros hematológicos, histopatológicos e imunológicos;

• Avaliar a viabilidade econômica da utilização de probióticos em sistema de bioflocos e em água clara durante a criação de juvenis de jundiás Rhamdia quelen.

METODOLOGIA:

O estudo será desenvolvido no Centro se Pesquisa Herman Kleerekoper - FEPAGRO Aquicultura e Pesca, município de Terra de Areia, RS.

Juvenis de jundiá Rhamdia quelen (peso médio de ± 5,0 g) obtidos por reprodução artificial no próprio laboratório serão mantidos em unidades experimentais de polietileno com volume útil de 200 L, na densidade de 0,5 juvenil L-1, onde permanecerão durante 90 dias. RESULTADOS ESPERADOS: • A utilização do sistema de bioflocos terá efeitos positivos sobre o desempenho zootécnico dos

juvenis de jundiás, assim como sobre os parâmetros de qualidade da água;

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• As bactérias utilizadas no probiótico se estabelecerão na mucosa intestinal dos juvenis de jundiás, exercendo efeito positivo para a saúde destes animais;

• A utilização de probióticos na dieta de juvenis de jundiás otimizará sua sobrevivência em condições de infestação por Ichthyophthirius multifiliis;

• A comunidade microbiana do sistema de bioflocos será alterada com a utilização de probiótico na dieta dos juvenis de jundiá, exercendo efeitos positivos sobre a qualidade da água do sistema e da saúde dos animais;

• A composição nutricional dos bioflocos será alterada com a utilização do probiótico.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00145 - 2011/14.

42. Utilização de eugenol comercial como anestésico em juvenis de peixes nativos do Rio Grande do Sul com potencial para aquicultura continental

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Andréa Ferretto da Rocha COLABORADORES: Marcia Regina Stech Marco Aurélio Rotta Marcus Frederico Martins Pinheiro Goreti Ranincheski dos Reis Silvia Giambastiani de Oliveira Alceu Santin Afonso Alves Filho LOCAIS DE EXECUÇÃO: Centro de Pesquisa Herman Kleerekoper, FEPAGRO Aquicultura e Pesca, em Terra de Areia, litoral norte do Rio Grande do Sul. e FEPAGRO Viamão, em Viamão, Rio Grande do Sul. FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: 01/ 2014 a (...) OBJETIVOS GERAIS:

Analisar os efeitos do uso de óleo de cravo comercial (eugenol) na anestesia e recuperação de cinco espécies de peixes de água doce nativos do Rio Grande do Sul, bem como sua influência sobre alguns parâmetros hematológicos indicadores de estresse. OBJETIVOS ESPECIFICOS: • Avaliar o tempo de indução à anestesia de um produto comercial a base de óleo de cravo

(eugenol) nas espécies Rhamdia quelen (jundiá), Geophagus brasiliensis (cará), Loricariichthys anus (viola de água doce), Hoplosthernum littorale (caborja) e Pimelodus maculatus (pintadinho), em diferentes concentrações (20, 50, 80, 100, 120, 150, 170 e 200 mg L-1).

• Avaliar o tempo de recuperação após a utilização das diferentes concentrações de eugenol para as cinco espécies.

• Avaliar o efeito do estresse sofrido pelos peixes após a manipulação para indução à anestesia através de análises do sangue (glicose e percentual de hematócrito).

METODOLOGIA:

O experimento será realizado no laboratório do Centro de Pesquisa Herman Kleerekoper, FEPAGRO Aquicultura e Pesca, em Terra de Areia, Litoral Norte do Rio Grande do Sul, com as espécies Rhamdia quelen e Geophagus brasiliensis, e no Laboratório de Piscicultura da FEPAGRO Viamão, em Viamão, Rio Grande do Sul, para as espécies Loricariichthys anus, Hoplosthernum littorale e Pimelodus maculatus.

Serão utilizados juvenis das cinco espécies de peixes nativas de água doce com potencial para aquicultura, em um total de 114 indivíduos para cada espécie.

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Os juvenis de jundiá serão adquiridos de uma piscicultura comercial, enquanto que os carás-cartola serão coletados nos tanques da FEPAGRO Aquicultura e Pesca. Os juvenis de violinha de água doce, caborja e pintadinho serão adquiridos de pescadores artesanais ou coletados no ambiente, mediante autorização do órgão ambiental,

Após a captura e aquisição dos exemplares de peixes, estes serão mantidos em tanques circulares de polietileno (300 L) e tanques de concreto (575 L) com água oriunda de fonte natural (barragem) e oferta de ração (extrusada, 45% PB) para aclimatação por um período de 30 dias.

Os ensaios ocorrerão em diferentes momentos, para que os efeitos do estresse não sejam potencializados nos animais em função do período prolongado de jejum. Quando da realização dos ensaios, a alimentação será cessada 16 h antes e os animais permanecerão no máximo 24 h em jejum.

Serão testadas oito (08) concentrações de eugenol (20, 50, 80, 100, 120, 150, 170 e 200 mg L-1). Estas concentrações são muito próximas ao que se observa na literatura para diversas espécies de peixes.

Os ensaios realizados serão do tipo inteiramente casualizado (DIC), composto por oito tratamentos e um controle, utilizando doze animais (n=12) em cada tratamento/controle. Para cada espécie também serão utilizados seis indivíduos para coleta de sangue (amostra basal), totalizando 114 indivíduos utilizados para cada espécie, sendo que deste total, trinta (30) animais serão sacrificados para a coleta de sangue, a partir de exposição em alta dose de anestésico e secção da medula espinhal.

Os resultados serão analisados por meio da Análise de Variância (One-Way - ANOVA) e quando encontradas diferenças significativas será aplicado o Teste de Tukey. Todas as análises serão realizadas ao nível de significância de 5%.

Os indivíduos serão coletados dos tanques com puçás e colocados individualmente em jarros do tipo zug contendo um volume de 4 L de água de fonte natural, filtrada em filtro do tipo Cuno® (elemento filtrante com poro de 25 µm), e aeração constante, monitorados durante os estágios de anestesia e retorno.

O anestésico para cada concentração será renovado após cada observação individual, obtido a partir de uma solução padrão (eugenol diluído em álcool etílico comercial em uma proporção de 1:10). Para cada peixe será avaliado o tempo de indução até o último estágio de anestesia. Somente após atingirem o estágio de anestesia profunda os animais serão submetidos à biometria para medida do comprimento total (paquímetro) e peso em balança digital de precisão (0,001 g). Em seguida os peixes serão colocados em água de fonte natural limpa, sem anestésico e com aeração, para o acompanhamento dos estágios de recuperação. RESULTADOS ESPERADOS: • Com este estudo espera-se entender melhor o fenômeno de anestesia em juvenis de peixes

nativos como Rhamdia quelen, Geophagus brasiliensis, Loricariichthys anus, Hoplosthernum littorale e Pimelodus maculatus, bem como o potencial de utilização do eugenol para estas espécies;

• Aprofundar o conhecimento acerca do processo de anestesia em espécies de peixes de água doce com potencial para a aquicultura no Rio Grande do Sul, da mesma forma que a resposta gerada por diferentes concentrações do anestésico em alguns indicadores fisiológicos de estresse;

• Ao final do estudo espera-se conseguir duas publicações em revistas científicas da área e divulgação local.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00146 - 2011/14.

43. Avaliação do uso de um probiótico comercial no controle de Ichthyophthirius multifiliis em juvenis de jundiás (Rhamdia quelen)

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Andréa Ferretto da Rocha COLABORADORES: Márcia Regina Stech Marcus Frederico Martins Pinheiro David Hernani Barenho Goretti Ranincheski dos Reis Sílvia Geambastini Oliveira LOCAIS DE EXECUÇÃO: Fepagro Terra de Areia FONTE FINANCIADORA: FINEP VIGÊNCIA PREVISTA: Janeiro 2012 a dezembro 2013 OBJETIVOS: • Avaliar qual a melhor forma de aplicação do probiótico Pro-Sanolife W® (INVE) na criação de

juvenis de jundiás (Rhamdia quelen) infectados por ictio (Ichthyophthirius multifiliis); • Avaliar a eficácia do probiótico Pro-Sanolife W® (INVE) sobre a sobrevivência e sua

influência sobre parâmetros hematológicos de juvenis de jundiás (Rhamdia quelen) infectados por ictio (Ichthyophthirius multifiliis).

METODOLOGIA:

Serão realizados três tratamentos com cinco repetições cada, em delineamento inteiramente casualizado, sendo: - Controle: sem o uso de probiótico; - Probiótico na água: adição de probiótico Pro-Sanolife W® (INVE) na água - Probiótico na ração: adição de probiótico Pro-Sanolife W® (INVE) na ração

O probiótico testado será o Pro-Sanolife W® (INVE), que consiste de Bacillus subtilis e Bacillus licheniformis, na quantidade e frequência recomendadas pelo fabricante. Juvenis de jundiás (Rhamdia quelen), n=1500, peso médio inicial de 2,0 g, serão distribuídos em 15 tanques de polietileno com 200 L de volume útil, na densidade de 0,5 peixe por litro. O experimento terá a duração de 90 dias, e durante este período serão realizados três desafios: nos tempos 0, 15, 60 e 90 dias após o início dos tratamentos.

Para a realização dos desafios, 25 animais de cada tratamento serão coletados e distribuídos em taques de 100 L (5 animais em cada tanque). Os animais serão expostos a água contaminada por Ichthyophthirius multifiliis e será acompanhada a sobrevivência.

Análises de glicemia, hematócrito, cortisol, linfócitos totais, leucócitos e trombócitos, capacidade fagocítica e índice fagocítico serão realizadas para no momento do desafio, em outros 25 animais de cada tratamento, para avaliar as condições imunológicas dos animais. Estas mesmas análises serão realizadas após 15 dias nos animais sobreviventes do desafio. Para isto, os animais serão anestesiados com benzocaina (100 ppm) e o sangue será coletado por punção caudal.

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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Atividade 2012 2013

J J A S O N D J J J A S O N D Aquisição de materiais x x Preparo do laboratório x x Obtenção de larvas de jundiás

x x x

Experimento x x x x Coleta e Análise do material

x x

Análise dos resultados x x x Revisão bibliográfica x x x x x x x x x x x x x x x Divulgação de resultados preliminares

x x x x

Redação de artigo científico

x x

Relatório e prestação de contas

x x x

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00147 - 2011/14.

44. Levantamento da ocorrência e prevalência de parasitas da ictiofauna capturada na Bacia do Rio Tramandaí

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Andréa Ferretto da Rocha COLABORADORES: Márcia Regina Stech Marcus Frederico Martins Pinheiro David Hernani Barenho Goretti Ranincheski dos Reis Sílvia Geambastini Oliveira LOCAIS DE EXECUÇÃO: Barra dos Quirinos, Cornélios, Prainha e João Pedro FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Junho 2012 a dezembro 2013 OBJETIVOS GERAIS: • Avaliar qual a melhor forma de aplicação do probiótico Pro-Sanolife W® (INVE) na criação de

juvenis de jundiás (Rhamdia quelen) infectados por ictio (Ichthyophthirius multifiliis); • Avaliar a eficácia do probiótico Pro-Sanolife W® (INVE) sobre a sobrevivência e sua

influência sobre parâmetros hematológicos de juvenis de jundiás (Rhamdia quelen) infectados por ictio (Ichthyophthirius multifiliis).

OBJETIVOS ESPECIFICOS: • Inventariar e determinar a riqueza da fauna parasitária da ictiofauna; • Determinar o grau de importância de cada espécie ou grupo de parasito; • Determinar o padrão de dispersão da fauna parasitária; • Verificar a influência do tamanho do peixe sobre o nível de parasitismo; • Analisar se o sexo do hospedeiro determina o nível de parasitismo; • Verificar se a sazonalidade influência a ocorrência dos parasitos; • Confrontar a intensidade e a prevalência do parasitismo com o bem estar do hospedeiro,

medido pelo fator de condição relativo. METODOLOGIA:

Serão realizadas coletas mensais, durante um ano em quatro pontos de pesca extrativista: Barra dos Quirinos, Cornélios, Prainha e João Pedro.

Os peixes serão capturados com redes de espera, posteriormente embalados separadamente em sacos plásticos com água limpa e encaminhados para a FEPAGRO-Aquicultura e Pesca. No laboratório os peixes serão identificados quanto à espécie e o sexo, peso total (g) e o comprimento total e padrão (cm) de todos os espécimes serão registrados e então avaliados quanto à existência de ectoparasitas no corpo, boca e brânquias.

Em cada ponto de amostragem serão obtidas amostras de água para a análise das variáveis físico-químicas (pH, condutividade, oxigênio dissolvido, temperatura, fósforo e nitrogênio).

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O número de peixes avaliados será dependente do resultado da captura de um dia de coleta, a qual seguirá a regulamentação Instrução Normativa 17 de 17 de outubro de 2004 do Ministério do Meio Ambiente – IBAMA, respeitando-se o período de defeso. Nos dias de coletas, serão realizadas análises da qualidade de água (físico-químico) para cada local de coleta.

Cada grupo de parasitos receberá tratamento específico: Monogenea: serão fixados em formalina 5% e conservados em álcool 70° GL, e depois corados com Carmalúmem de Mayer, Hematoxilina de Delafield, ou Tricrômico de Gomori, clarificados em creosoto de faia, antes da montagem em bálsamo do Canadá. Para o estudo das estruturas esclerotizadas alguns espécimes serão montados em meio de Hoyer. Digenea: serão coletados ainda vivos, comprimidos entre lâminas e imersos em AFA (85 partes de álcool a 85%, 10 partes de formol e 5 partes de ácido acético glacial) para a fixação e conservados em álcool a 70%. Serão corados com Carmalúmem de Mayer através de processo regressivo, clarificados com creosoto de Faia e montados em lâminas permanentes com bálsamo do Canadá. Cestoda: serão coletados ainda vivos, fixados em formol a 5% a temperatura aproximada de 65°C e conservados em álcool a 70%. Serão corados com Carmalúmem de Mayer através de processo regressivo, clarificados com creosoto de Faia e montados em lâminas permanentes com bálsamo do Canadá. Acanthocephala: ainda vivos serão colocados em placa de Petri contendo água destilada e refrigerados por algumas horas. Em seguida serão fixados em formol a 5% e conservados em álcool a 70%. Serão corados com Carmalúmem de Mayer através de processo regressivo, clarificados com creosoto de Faia e montados em lâminas permanentes com bálsamo do Canadá. Nematoda: ainda vivos serão fixados em formol a 5% a temperatura aproximada de 65°C e conservados em álcool a 70%. Branchiura, Copepoda e Acarina: serão fixados e conservados em álcool 70° GL. Preparações temporárias serão feitas em ácido láctico e preparações permanentes serão feitas em Hoyer. Isopoda: serão fixados em formalina a 5% (por 24 horas) e conservados em álcool 70° GL. As peças bucais, patas, urópodos, pleópodos e pleotelson serão removidos com agulhas de dissecção e montados em lâminas permanentes pelo método do fenol-bálsamo.

Serão realizadas análises de distribuições de frequências, frequência relativa e probabilidade, medidas de dispersão ou variabilidade. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Atividade

2012 2013

J J A S O N D J J J A S O N D Aquisição de materiais x x

Preparo do laboratório x x

Obtenção de larvas de jundiás x x x

Experimento x x x x

Coleta e Análise do material x x

Análise dos resultados x x x

Revisão bibliográfica x x x x x x x x x x x x x x x

Divulgação de resultados preliminares x x x x

Redação de artigo científico x x

Relatório e prestação de contas x x x

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00148 - 2011/14.

45. Inovação tecnológica no laboratório de saúde das aves da Fepagro saúde animal PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Benito Guimarães de Brito COLABORADORES: Kelly Cristina Tagliari de Brito Carlos Tadeu Pippi Salle Hamilton Luiz de Souza Moraes Renata Katsuko Takayama Kobayashi Gerson Nakazato VIGÊNCIA PREVISTA: Agosto 2013 a Julho 2016 LOCAL(S) DE REALIZAÇÃO DA AÇÃO: Eldorado do Sul Título do subprojeto 1: 1. Sanidade de aves - SANAVE FONTE FINANCIADORA: FINEP/OEPAS OBJETIVOS: • Desenvolver metodologias de diagnóstico convencional e molecular que auxiliem no

diagnóstico das enfermidades avícolas; • Avaliar as principais causas de condenação de aves no abatedouro com a finalidade de

prevenir e/ou controlar a ocorrência destas patologias; • Determinar a virulência das amostras de E. coli de origem aviária que permitam estabelecer

marcadores moleculares de APEC; • Conhecer os principais microrganismos presentes nas rações e insumos utilizados na

alimentação das aves. METODOLOGIA: Experimento 1. Diagnóstico de enfermidades respiratórias e digestivas das aves.

Durante a execução do subprojeto serão implantadas metodologias de diagnóstico molecular, através da técnica de PCR para os seguintes patógenos aviários: metapneumovírus, vírus da bronquite infecciosa, vírus da doença de Gumboro, clostridiose e salmonelose. Para o diagnóstico de Mycoplasma gallisepticum e Mycoplasma synoviae serão realizados através da técnica de Qpcr.

Para a realização dos protocolos de microbiologia convencional, os tecidos terão a superfície esterilizada com o auxílio de uma espátula aquecida. Utilizando um bisturi estéril será realizada uma incisão no tecido para ser introduzido um suabe estéril no seu interior, para posterior exame bacteriológico. O isolamento e identificação dos microorganismos serão feitos segundo técnicas descritas na literatura.

As amostras bacterianas isoladas serão armazenadas tanto em meio Dorseta temperatura ambiente, 20°C como em caldo Brain Heart Infusion (BHI) com adição de 25% de glicerol entre 2 e 8°C. Experimento 2. Avaliação das principais causas de condenação de aves no abatedouro.

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Durante a execução do projeto serão avaliados 40 lotes de frangos de corte em abatedouro no Sul do Brasil. Serão selecionadas cem carcaças condenadas por Fiscal Federal do SIF do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As lesões macroscópicas serão avaliadas quanto à coloração, tamanho, forma e consistência. As amostras de tecidos com manifestação de lesões cutâneas ou hepáticas, identificadas na inspeção, serão armazenados em sacos plásticos e transportados ao laboratório sob refrigeração e posteriormente submetidas a análises microbiológicas no LSA. Experimento 3. Estudo da virulência de E. coli isoladas de aves – APEC.

As amostras de E. coli isoladas de aves nos experimentos anteriores serão avaliadas quanto a presença de antígenos de superfície somático (O1, O2, O8 e O78). As amostras bacterianas de E. coli serão avaliadas através da genotipagem dos fatores associados à virulência será feita por PCR para os dois genes iss e iutA. Experimento 4. Avaliação da contaminação microbiológica das rações e insumos utilizados na alimentação de aves.

Serão avaliadas cem amostras de rações e farinhas de origem animal através das técnicas de contagem de bactérias totais, contagem de coliformes fecais, contagem de Pseudomonas aerugionosa, contagem de Clostridium perfringens, contagem de Staphylococcus aureus, contagem de bolores e leveduras, pesquisa de Salmonelas e pesquisa de Listeria monocytogenes. Título do subprojeto 2: 2. Controle das enfermidades respiratórias e cutâneas dos perus FONTE FINANCIADORA: FINEP/OEPAS OBJETIVOS: • Estabelecer critérios para se obter um padrão de classificação de lesões cutâneas e dermatites

de perus, para auxiliar o sistema de inspeção dos abatedouros e permitir que os quadros de diferentes dermatites e enfermidades respiratórias possam ser classificados;

• Orientar veterinários quanto à etiologia das doenças de perus, a fim de se aumentar a produtividade do setor;

• Desenvolver método de diagnóstico rápido e específico para avaliar a incidência de agentes causadores de doenças na cadeia produtiva de perus.

METODOLOGIA:

O projeto foi submetido à Comissão de Ética no Uso de Animais - IPVDF e recebeu o parecer favorável à sua execução através do Ofício 11/11 de 27 de outubro de 2011. A proposta será dividida em duas atividades. Uma será o estudo da etiologia dos problemas respiratórios dos perus e o outro, a caracterização macroscópica, histopatológica e microbiológica das lesões cutâneas de perus. Atividade 1. Estudo da etiologia e alternativas de prevenção e controle dos problemas respiratórios dos perus. Experimento 1. Estudo da etiologia dos problemas respiratórios dos perus.

Durante a execução do projeto serão avaliados 40 lotes de perus em abatedouro, sendo selecionados 20 lotes apresentando problemas respiratórios e 20 lotes sem problemas respiratórios.

No abatedouro, serão coletadas amostras do sistema respiratório de 2 aves de cada lote, e 20 amostras de soros de cada lote. As amostras serão submetidas a análises microbiológicas no Laboratório de Saúde das Aves do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor–IPVDF/FEPAGRO para determinação dos agentes envolvidos.

Análise sorológica: será coletado sangue de 20 aves por lote amostrado para posterior obtenção de soro a fim de se realizar a análise sorológica das amostras. Os testes de ELISA para

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pneumovírus aviário, Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae e Mycoplasma meleagridis serão realizados no Lanagro-RS.

Histopatologia:será realizada no laboratório de Patologia da Embrapa Suínos e Aves. Experimento 2. Sensibilidade antimicrobiana

Para o teste de sensibilidade antimicrobiana será utilizado o método de disco-difusão em ágar para determinar a sensibilidade in vitro, utilizando princípios de metodologia padronizada e medidas de diâmetro de halo de inibição correlacionadas às concentrações inibitórias mínimas, baseado em normas do National Committee for Clinical Laboratory Standards.

Para a análise microbiológica, culturas bacterianas serão desenvolvidas em BHI por 24 horas, diluídas convenientemente (cerca de 10 UFC/mL) e semeadas na superfície de ágar Mueller-Hinton. A seguir, discos de papel especificamente preparados para os testes de sensibilidade disponíveis comercialmente serão colocados sobre a superfície do ágar inoculado. Após incubação por 48 horas a 37ºC, serão observados os halos de inibição das amostras bacterianas. Os agentes antimicrobianos serão selecionados apropriadamente em função do microrganismo testado, da eficácia clínica, da prevalência de resistência, do custo, das indicações da FDA e as atuais recomendações consensuais para drogas de primeira escolha e drogas alternativas.

Os testes serão realizados no Laboratório de Saúde das Aves do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor. Atividade 2. Avaliação dos problemas cutâneos dos perus. Experimento 1. Caracterização macroscópica, histopatológica e microbiológica das lesões cutâneas de perus.

Durante a execução do projeto serão avaliados 20 lotes de perus em abatedouro. Serão selecionadas 40 carcaças de perus condenadas por técnico do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. As lesões macroscópicas serão avaliadas quanto à coloração, espessura, tamanho, forma, consistência. As amostras de tecidos com manifestação de lesões cutâneas, identificadas na inspeção, serão submetidas a análises microbiológicas no Laboratório de Saúde das Aves do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor – IPVDF/ FEPAGRO para determinação dos agentes envolvidos. Experimento 2. Elaboração de um padrão de classificação de lesões cutâneas de perus.

A partir dos resultados obtidos das lesões macroscópicas, microscópicas e histopatológicas serão determinadas as diferentes características das alterações cutâneas e será realizado um manual de classificação de lesões cutâneas a ser distribuídos aos abatedouros com a finalidade de uniformizar os critérios de condenação por alteração cutânea de perus no abate, a elaboração do manual. Título do subprojeto 3: 3. Probiótico para o controle de enfermidades respiratórias das aves. FONTE FINANCIADORA: PROBITI –FEPAGRO/FAPERGS 2012 OBJETIVO:

Desenvolver um probiótico para aves para uso na prevenção das enfermidades respiratórias das aves. METODOLOGIA: Experimento 1. Estudo da microbiota respiratória de frangos e perus

A partir de traquéia de frangos e perus será realizada a caracterização da microbiota respiratória de aves sadias. Serão coletados dez frangos com idade de abate na empresa Big Frango, Rolândia – PR e dez perus com idade de abate na empresa BRF, em Francisco Beltrão - PR. As traquéias serão conservadas em caixas isotérmicas para posterior avaliação microbiológica.

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Na FEPAGRO serão realizadas no Laboratório de Saúde das Aves do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor o isolamento e identificação bacteriológica dos microrganismos presentes nas traquéias das aves utilizando a metodologia de Buchanan & Gibbons (1974).

Os microrganismos isolados e identificados serão conservados a -80C para posterior uso no protótipo do probiótico. Experimento 2. Alternativas de prevenção e controle dos problemas respiratórios dos perus. Programa de utilização de probióticos.

A partir da definição da microbiota respiratória dos frangos e perus será desenvolvido um probiótico experimental para ser utilizado na prevenção e controle de enfermidades respiratórias das aves. Por ser um produto inovador será solicitada ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial a patente do produto.

Para a avaliação da eficiência do produto experimental serão utilizados 120 frangos de corte, separados em dois grupos, que constituirão os dois tratamentos realizados neste experimento, os quais estão descritos abaixo: T1: adição de probiótico durante o ciclo de produção, no 1º dia de idade; T2: controle, sem adição de probiótico.

A adição do probiótico será feita por via nasal numa concentração de aproximadamente 1,0x1010 UFC/mL no primeiro dia de vida por aspersão.

Aos 21 dias de idade as aves serão desafiadas com cepa de pneumovírus associado a E. coli, por via intra traqueal com dose de 0,1 mL da cultura do vírus. Nos animais do grupo testemunha serão inoculados 0,1 mL de solução salina.

Para determinar a eficácia do probiótico serão realizadas avaliações clínicas diariamente, no período de cinco dias após o desafio das aves em relação à mortalidade e ocorrência de manifestação de sintomas respiratórios. Após este período as aves serão necropsiadas e avaliadas quanto à presença de lesões macroscópicas e será realizada a detecção do agente desafiado através da técnica de PCR do pulmão e traquéia das aves.

Serão coletados fragmentos dos órgãos dos perus de todos os tratamentos, imediatamente após o sacrifício das aves, fixados em formalina 10%. A preparação das lâminas histológicas seguirá a técnica de Luna (1968), para posterior exame à microscopia óptica.

Os resultados dos testes de desafio em frangos serão analisados através do teste do Qui-Quadrado, com nível de significância de P≤0,05 e razão de chances (“odds ratio” - OR), através do programa estatístico Epi Info, Centers for Diseases Control and Prevention, Atlanta, Geórgia, USA.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00149 - 2011/14.

46. Detecção de mutações associadas à resistência a piretróides em Rhipicephalus microplus

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Guilherme Marcondes Klafke COLABORADORES: Rafael Barreto LOCAIS DE EXECUÇÃO: Eldorado do Sul. FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Janeiro 2013 a Agosto 2014 OBJETIVO GERAL: • Avaliar a suscetibilidade de populações de R. microplus do estado do Rio Grande do Sul aos

piretróides sintéticos (cipermetrina e deltametrina); • Determinar a importância das mutações no gene do canal de sódio para a resistência aos

piretróides METODOLOGIA:

Serão utilizados R. microplus da cepas: 1. IPV, referência suscetível a ivermectina, mantida sem contato com acaricidas; 2. Jaguar, oriunda de população de campo resistente, coletada em 2010 no município de Eldorado do Sul-RS. Estas colônias serão mantidas no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, Eldorado do Sul, RS. Brasil.

Populações de campo, recebidas pelo Laboratório de Parasitologia do IPVDF-FEPAGRO para testes de suscetibilidade a acaricidas (biocarrapaticidograma).

As cepas resistente (Jaguar) e suscetível (IPV) serão mantidas em bovinos estabulados. A cada geração, uma amostra de 200 mg de larvas com 14 a 21 dias de vida será utilizada para infestar o animal. Entre os dias 18 e 25 pós-infestação será realizada a coleta das teleóginas. Amostras de 30 teleóginas terão seu peso aferido e em seguida acondicionadas em placas de petri plásticas. Serão incubadas em câmara ambiental à 28±1ºC e 80-90% de U.R. por 14 dias para obtenção dos ovos e em seguida congeladas em nitrogênio líquido para posterior análise genômica. Os ovos serão incubados, em tubos de vidro tampados com algodão para permitir a passagem de ar e umidade, por mais 14 dias sob as mesmas condições para que haja a eclosão das larvas. Amostras de larvas com 14 a 21 dias de vida serão utilizadas para a obtenção da geração seguinte, para a determinação in vitro da resistência a cipermetrina e deltametrina e como fonte de material genômico para as reações de PCR.

A resistência a PS será avaliada através do teste padrão da FAO, o teste de pacote de larvas. Os dados de mortalidade serão submetidos à uma análise probit através do software Polo-Plus. Para cada teste, os seguintes parâmetros serão determinados a concentração letal 50% (CL50) com seus intervalos de confiança de 95% (IC95%), a inclinação da linha de regressão e os fatores de resistência (FR). As diferenças serão consideradas significativas quando os intervalos de confiança calculados (IC95%) não se sobreporem.

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As larvas de cada população que não forem utilizadas nos bioensaios serão congeladas à -20oC em etanol 70%. Ao menos 30 indivíduos terão seu DNA extraído através do método de Aljanabi e Martinez (1997).

O DNA de cada amostra será utilizado em uma reação de PCR. Para genotipar cada carrapato quanto à presença da mutação F711I, será utilizadas as mesmas condições de reação propostas por Guerrero et al., 2001. Para a genotipagem dos indivíduos com relação à mutação L63I, serão utilizadas as mesmas condições de reação e primers utilizados por Morgan et al., 2009.

Os produtos de cada reação serão vizualizados em gel de agarose à 2,5%. Cada fragmento obtido será utilizado em uma reação de sequenciamento direto para identificação das mutações. Os FR determinados através dos bioensaios serão correlacionados aos dados de frequência de alelos mutantes e selvagens em cada população.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00150 - 2011/14.

47. Quantificação de enzimas relacionadas à resistência acaricida em Rhipicephalus (Boophilus) microplus

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Guilherme Marcondes Klafke COLABORADORES: Jennifer Santos LOCAIS DE EXECUÇÃO: Eldorado do Sul FONTE FINANCIADORA: CNPq VIGÊNCIA PREVISTA: Agosto 2013 a Julho 2014. OBJETIVOS: • Determinar a resistência aos principais acaricidas em populações de campo e cepas de

laboratório através de bioensaios com larvas; • Padronizar e aplicar ensaios bioquímicos para determinação de atividade de enzimas

associadas à resistência a pesticidas (P450, GST e esterases); • Estabelecer a correlação entre a resistência determinada por bioensaios e a atividade

enzimática; • Desenvolver um método diagnóstico alternativo de detecção e monitoramento da resistência de

Rhipicephalus microplus a acaricidas ao nível de mecanismos. METODOLOGIA:

Serão utilizados R. microplus da cepas: 1. POA, referência suscetível, mantida sem contato com acaricidas; 2. Juarez, oriunda de população de campo coletada em 2010 no município de Jacareí-SP, é resistente a piretróides sintéticos, organofosforados, amitraz, fipronil e ivermectina; 3. Jaguar, oriunda de população de campo coletada em fevereiro de 2011 no município de Eldorado do Sul-RS, é resistente a piretróides sintéticos, organofosforados, amitraz, fipronil, ivermectina e fluazuron; 4. Populações de campo: serão selecionadas ao menos dez populações de campo enviadas ao Laboratório de Parasitologia da FEPAGRO Saúde Animal - IPVDF para os bioensaios de detecção de resistência e ensaios bioquímicos. Amostras de 30 teleóginas de cada população terão seu peso aferido e em seguida acondicionadas em placas de petri plásticas. Serão incubadas em câmara ambiental à 28±1ºC e 80-90% de U.R. por 14 dias para obtenção dos ovos.

Os ovos serão então misturados e incubados, em tubos plásticos tampados com algodão para permitir a passagem de ar e umidade, por mais 14 dias sob as mesmas condições para que haja a eclosão das larvas. Uma alíquota das larvas com 14 a 21 dias de vida serão utilizadas para a determinação in vitro da resistência acaricida e outra alíquota (ao menos 1 g) será congelada em nitrogênio líquido para posterior análise bioquímica.

Para a determinação do perfil de resistência será utilizado o ensaio padrão da FAO, para cipermetrina, clorpirifós, amitraz, ivermectina e fipronil. O padrão de referência de suscetibilidade será obtido para cada acaricida a partir de no mínimo cinco ensaios em triplicata com a cepa POA. Os bioensaios serão realizados em triplicata com cada um dos acaricidas para cada população em estudo.

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Os ensaios bioquímicos para esterases, glutationa S-transferases e P450 monooxigenases serão conduzidos conforme descrito por Enayati e colaboradores (2009) e de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde - Fundação Oswaldo Cruz. Como fonte das proteínas, serão utilizadas larvas (100 mg) de R. (B.) microplus das populações de campo e da cepa POA, com 14 dias de idade, vivas ou previamente congeladas em nitrogênio líquido.

As larvas serão pulverizadas em N2 líquido em um tubo de microcentrífuga com auxílio de um pistilo, após o que, 300 µL de água destilada serão adicionados a cada tubo mantido no gelo (4oC). Do homogenato, alíquotas de 80 µl serão reservadas (4oC) para o ensaio de titulação de P450. O restante será centrifugado (12.000 g por 1 minuto à 4oC) e o sobrenadante utilizado para a determinação da quantidade de proteínas e para o ensaios sobre atividades de alfa- e beta- esterases e de GST. Para cada população e grupo de enzimas, serão conduzidas reações em triplicata. Os ensaios serão realizados em microplacas de 96 poços, com fundo em “U” e capacidade de 300 µl (NUNC - Thomas Scientific). A medida da absorbância será conduzida em um espectrofotômetro leitor de microplacas (SP 1105, Bel Photonics) para obtenção de leituras “end-point” ou cinéticas para esterases, GSTs, acetilcolinesterase e P450. Todos os ensaios serão conduzidos em duplicata.

Os dados de mortalidade obtidos nos bioensaios serão submetidos à uma análise probit através do software Polo-Plus. Para cada população, os seguintes parâmetros serão determinados: concentração letal 50% (CL50) com seus intervalos de confiança de 95% (IC95%), a inclinação da linha de regressão e os fatores de resistência (FR) em relação à cepa referência suscetível. As diferenças serão consideradas significativas quando os intervalos de confiança calculados (IC95%) não se sobreporem. Os valores médios das atividades e conteúdos enzimáticos de cada população serão comparados aplicando-se análise de variância (ANOVA) em conjuntos com o teste estatístico de Tukey através do programa de análise estatística Stat Plus:mac 2009.

O Fator de Atividade Enzimática (FAE) será calculado através da divisão da atividade/conteúdo enzimático das cepas de campo com aqueles determinados para a cepa suscetível POA. As populações de campo serão categorizadas em resistentes ou não segundo o bioensaio. Se usará o χ2 para medir a associação entre o FAE e a resistência da população de campo. Os FR determinados nos bioensaios com cada população serão “plotados” contra o FAE e será gerada uma linha de regressão logística.

Finalmente, será determinada a associação entre FR e FAE calculando o odds ratio (OD) para cada FR e na sequência será estudado se há uma tendência no OD correspondente às mudanças ocorridas nos FR, usando o teste de Mantel-Hansell.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00151 - 2011/14.

48. Caracterização de mecanismos de resistência em isolados de Rhipicephalus microplus multirresistentes à acaricidas

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Guilherme Marcondes Klafke COLABORADORES: José Reck Júnior João Ricardo de Souza Martins Jeniffer Silva dos Santos Rafael Barreto LOCAIS DE EXECUÇÃO: Eldorado do Sul FONTE FINANCIADORA: CNPq VIGÊNCIA PREVISTA: Novembro 2013 a Outubro 2016. OBJETIVO GERAL:

Caracterização dos mecanismos de resistência em cepas de Rhipicephalus microplus multirresistentes a acaricidas. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Caracterização do perfil de toxicidade de clorpirifós, cipermetrina, amitraz, fipronil,

ivermectina e fluazuron através de bioensaios in vitro com adultos ou larvas de cepas multirresistentes de R. microplus;

• Determinação do efeito de inibidores enzimáticos (butóxido de piperonila; trifenilfosfato e dietilmaleato) na toxicidade da cipermetrina, clorpirifós, amitraz, fipronil, ivermectina e fluazuron através de bioensaios in vitro;

• Quantificação da atividade de enzimas associadas a resistência à pesticidas (oxidases de função mista; esterases e glutationa-S transferases);

• Detecção por PCR das mutações pontuais associadas à resistência aos piretróides sintéticos. METODOLOGIA:

Serão utilizados R. microplus da cepas: 1. POA, referência suscetível, mantida sem contato com acaricidas; 2. Juarez, oriunda de população de campo coletada em 2010 no município de Jacareí-SP, é resistente a piretróides sintéticos, organofosforados, amitraz, fipronil e ivermectina; Jaguar, oriunda de população de campo coletada em fevereiro de 2011 no município de Eldorado do Sul-RS, é resistente a piretróides sintéticos, organofosforados, amitraz, fipronil, ivermectina e fluazuron.

As colônias de carrapatos serão mantidas em bovinos estabulados na Unidade de Isolamento do Laboratório de Parasitologia do IPVDF, Eldorado do Sul - RS. A cada geração, uma amostra de aproximadamente 500 mg de larvas com 14 a 21 dias de vida será utilizada para infestar o animal. Entre os dias 18 e 25 pós-infestação será realizada a coleta das teleóginas. Amostras de pelo menos 30 teleóginas terão seu peso aferido e em seguida acondicionadas em placas de petri plásticas.

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Serão incubadas em câmara ambiental à 28±1ºC e 80-90% de U.R. por 14 dias para obtenção dos ovos. Os ovos serão incubados em tubos de vidro tampados com algodão para permitir a passagem de ar e umidade por mais 14 dias sob as mesmas condições para que haja a eclosão das larvas. Amostras de larvas com 14 a 21 dias de vida serão utilizadas para a obtenção da geração seguinte, para a determinação in vitro da resistência aos acaricidas, quantificação de atividade enzimática e análise por PCR.

Inicialmente, cada uma das cepas de R. microplus em estudo será avaliada através de bioensaios in vitro com larvas e adultos para determinar a toxicidade de cada um dos acaricidas em cada uma das cepas em estudo, caracterizando o perfil de resistência que será a base comparativa para os estudos dos mecanismos envolvidos.

Para determinação da resistência ao clorpirifós, cipermetrina, fipronil, amitraz e ivermectina serão conduzidos testes do pacote de larvas (TPL) de acordo com o manual da FAO.

Por conta do mecanismo de ação diferencial do fluazuron (inibidor de síntese de quitina), não é possível a determinação da mortalidade de larvas. Desta maneira, será utilizado o teste de imersão de adultos (TIA), com objetivo de determinar o efeito do tratamento sobre a eclosão das larvas oriundas dos indivíduos expostos ao produto.

Para avaliação da resposta ao tratamento das adultas as seguintes variáveis serão comparadas: a) mortalidade, b) peso dos ovos (P.O.); c) índice de fertilidade (IFER), d) índice de fecundidade (IFEC).

Nos testes de larvas, será utilizado o modelo de regressão Probit segundo Finney (1980) através do programa Polo Plus. Para cada teste e cada acaricida, os seguintes parâmetros serão determinados: concentração letal para 50% (CL50) com seus intervalos de confiança de 95% (IC95%) e a inclinação (slope) da linha de regressão. Os fatores de resistência (FR) e seus IC95% serão gerados pelo programa Polo Plus. A significância de cada comparação será determinada quando os intervalos de confiança calculados não se sobreporem.

Para a interpretação dos resultados sobre diagnóstico de resistência acaricida em populações de carrapatos serão utilizadas as três categorias:

a) Suscetível: quando a CL50 (IC95%) da população teste não é estatisticamente diferente da cepa referência suscetível;

b) Resistência incipiente: quando a CL50 da população teste é estatisticamente diferente da cepa referência suscetível com 1 < FR < 2;

c) Resistente: quando a CL50 da população teste é estatisticamente diferente da cepa referência suscetível com FR ≥ 2.

A participação de enzimas destoxificantes na multirresistência será abordada através de duas estratégias: 1. bioensaios in vitro com inibidores enzimáticos (ou sinergistas), que podem indicar se determinado grupo enzimático (no caso P450, esterases e GST) está envolvido ou não nos processos de destoxificação dos acaricidas testados e se tem participação na resistência a um ou mais acaricidas; e 2. quantificação de atividade de P450, esterases e GST em larvas expostas e não expostas aos acaricidas através de ensaios bioquímico-enzimáticos.

Serão conduzidos bioensaios com larvas e adultos de R. microplus de cada uma das cepas utilizando inibidores enzimáticos inespecíficos de esterases (trifenilfosfato - TPP), citocromo P450 oxidases (butóxido de piperonila - PBO) e glutationa S-transferases (dietilmaleato - DEM). Inicialmente, serão determinadas as concentrações máximas de inibidores que não resultem em mortalidade das larvas e adultos

Os ensaios bioquímicos para esterases, glutationa S-transferases e P450 serão conduzidos conforme descrito por Enayati e colaboradores (Enayati et al., 2009). Como fonte das proteínas, serão utilizadas larvas (40 indivíduos) de R. microplus das cepas POA, Jaguar e Juarez, com 14 dias de idade, vivas ou previamente congeladas em nitrogênio líquido. Adicionalmente, larvas vivas após a exposição a concentrações sub-letais dos acaricidas e dos inibidores enzimáticos em estudo serão utilizadas na análise de quantificação de atividade enzimática, visando estabelecer a correlação entre a intoxicação pelo IA e o alteração de atividade das enzimas avaliadas.

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As larvas serão homogeneizadas em N2 líquido com auxílio de um pistilo, em 300µL de água destilada em um tubo de microcentrífuga de 1,5 ml e mantidas no gelo (4oC). Do homogenato, alíquotas de 80 µl serão reservadas (4oC) para o ensaio de titulação de P450. O restante será centrifugado (12.000 g por 1 minuto à 4oC) e o sobrenadante utilizado para a determinação da quantidade de proteínas, e para o ensaios de alfa- e beta- esterases e de GST. Para cada cepa e grupo de enzimas, serão conduzidas reações em triplicata. Os ensaios serão realizados em microplacas de 96 poços, com fundo em “U” e capacidade de 300 µl (NUNC - Thomas Scientific). A medida da absorbância será conduzida em um espectrofotômetro leitor de microplacas.

Em cada poço de uma microplaca, serão distribuídos 10 µl do sobrenadante de cada amostra. Os “brancos” (n=3) serão preparados com 10 µl de água destilada. Os controles positivos (n=3) serão preparados com 10 µl de albumina sérica bovina (BSA) a 1µg/µl. Em seguida, serão adicionados a cada amostra 300 µL de uma solução 1:5 (em água destilada) do reativo BIORad protein reagent solution. O grupo heme tem o P450 como principal grupamento prostético em insetos não alimentados de sangue. A atividade de alfa- e beta-esterases é determinada com os substratos alfa-naftil-acetato (α- NA) e beta-naftil-acetato (β-NA), respectivamente. Os resultados de atividade destas enzimas são representados em nanomoles de produto formado (alfa- ou beta-naftol) pela enzima no total de proteína da amostra, por minuto (nmoles / mg ptn / min).

A atividade de GST será mensurada através da quantidade de substrato (glutationa reduzida - GSH) utilizada na reação. Os valores médios das atividades e conteúdos enzimáticos de cada cepa serão comparados aplicando-se análise de variância (ANOVA) em conjunto com o teste estatístico de Tukey. O Fator de Atividade Enzimática (FAE) é calculado através da divisão da atividade/conteúdo enzimático das cepas resistentes com aqueles determinados para a cepa suscetível POA.

O DNA genômico será isolado de pelo menos 30 larvas, individualmente, de cada uma das cepas (POA, Jaguar e Juarez) de acordo com Guerrero et al. (2001) com algumas modificações. A amplificação por PCR será realizada em duas reações separadamente para detectar ambos os alelos mutante e selvagem para cada uma das alterações nucleotídicas (T2134A Domínio III/segmento S6; C190A - Domínio II/ segmento S4-5 linker e; G215T - domínio II/ segmento S4-5 linker) descritas no gene do canal de Sódio controlado por voltagem de R. microplus (GenBank No.AF134216). RESULTADOS ESPERADOS:

O presente projeto auxiliará na consolidação de uma rede de pesquisa sobre a resistência e controle do carrapato bovino, com colaboração de instituições do estado de São Paulo (Instituto de Biociências e Instituto de Ciências Biomédicas - USP) e do exterior (Cattle Fever Tick Research Laboratory - ARS-USDA, Texas, EUA; Facultad de Veterinaria, UDELAR, Montevideo, Uruguai).

Os resultados obtidos com o presente projeto serão avaliados por revisão por pares nas submissões de manuscritos à publicações internacionais de referência nas áreas de parasitologia, biologia molecular de parasitos, controle de vetores e genômica. Os resultados serão divulgados através dos artigos publicados e apresentações e resumos em congressos nacionais e internacionais, por exemplo, Congresso Brasileiro de Parasitologia Veterinária, WAAVP Congress e Annual Meeting of the Entomological Society of America.

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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00152 - 2011/14.

49. Utilização de uma cepa padrão sensível de Rhipicephalus Boophilus microplus como estratégia para diminuir resistência a carrapaticidas em condições de campo

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: João Ricardo Martins COLABORADORES: José Reck Júnior Guilherme Marcondes Klafke Júlio Kuhn da Trindade Diego Bitencourt de David Bruno DallAgnol Ugo Araújo Souza Anelise Webster de Moura Vieira LOCAIS DE EXECUÇÃO: Eldorado do Sul e São Gabriel FONTE FINANCIADORA: FAPERGS VIGÊNCIA PREVISTA: Janeiro 2014 a Janeiro 2016 OBJETIVOS: • Ampliar o conhecimento da situação atual da resistência aos principais ingredientes ativos

carrapaticidas; • Reduzir o número de tratamentos anuais contra carrapatos com carrapaticidas químicos

convencionais através da introdução da uma população sensível de carrapatos em uma área piloto que alberga uma população com resistência comprovada aos compostos amidínicos;

• Identificar se a introdução de uma população sensível diretamente no campo pode auxiliar ao longo do tempo na estratégia de reverter o quadro de resistência já instalado numa propriedade.

METODOLOGIA:

A produção de carrapatos B. microplus (cepas Mozo (susceptível) e P (resistente) para disponibilidade nos experimentos envolvendo os testes de sensibilidade, cruzamentos e liberação nas pastagens) será realizada em bovinos isolados, mantidos em estábulo, na unidade de isolamento do IPVDF/FEPAGRO.

Para a caracterização de resistência através de bioensaios, serão utilizados carrapatos adultos (teleóginas) e larvas de B. microplus. Os mesmos serão processados com vistas a mensuração do grau de sensibilidade aos ingredientes ativos de acordo com a metodologia existente.

As amostras de carrapatos adultos (teleóginas), colhidas em, pelo menos, 50 propriedades em três regiões distintas no Rio Grande do Sul (Fronteira-Oeste, Sul e Campanha) que não apresentam problemas de resistência ao carrapaticida em uso serão processadas frente aos principais carrapaticidas comercialmente formulados, pelo teste convencional de imersão de adultos.

Serão realizados através das técnicas do pacote (Larvae Packet Test - LPT) e testes de imersão de larvas (Larval Immersion Test - LIT), com vistas ao monitoramento da sensibilidade em relação aos amidínicos e demais compostos passíveis de serem testados com esta técnica.

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Inicialmente, seis bovinos, idade entre 8 e 10 meses, livres de carrapatos, serão mantidos em estábulo, individualmente identificados, recebendo alfafa e concentrado, água ad libidum, serão infestados da seguinte forma: - dois com aproximadamente 250 mg (5000 larvas), 10 a 20 dias de idade, em 3 semanas consecutivas, com intervalos de 7 dias, oriundas de ovos de uma cepa padrão sensível (cepa “Mozo”), - dois com larvas de uma cepa comprovadamente resistente aos amitraz (cepa P), nas mesmas condições anteriores e em mesma data; - dois com uma cepa contendo 50% de larvas oriundas da cepa Mozo e 50% da cepa P, obtida através da mistura de ovos de ambas as cepas. Os animais serão diariamente inspecionados, e a partir do dia +19 após a primeira infestação, será diariamente colhida, registrada e pesada a produção de teleóginas individualmente produzida pelos bovinos.

Nos dias de maior abundância de teleóginas, serão realizados testes de sensibilidade aos amidínicos e aos demais carrapaticidas disponíveis, comparativamente entre as 3 populações. Em uma área previamente identificada, com histórico de albergar população de carrapatos resistente a amidínicos, serão liberados mensalmente, ovos, larvas e teleóginas de B. microplus, cepa Mozo (padrão sensível), distribuídas da seguinte forma: 1 grama de ovos, 10.000 larvas e 10 teleóginas para cada 100 metros quadrados da área de pastagem. A lotação animal, será de 1 bovino/ha, em uma área constituída por pastagens nativas predominantes na região, sendo os bovinos suplementados com sal mineral e água ad libidum. Sempre que possível, mensalmente, os bovinos serão inspecionados e teleóginas serão colhidas com vistas à realização de testes de sensibilidade (adultos e larvas). RESULTADOS ESPERADOS:

Possibilitar a reintrodução de uso de carrapaticidas amidínicos, inicialmente, em áreas onde se tenha comprovado a ocorrência de população resistente a estes ingredientes ativos. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00153 - 2011/14.

50. Investigação eco-epidemiológica de zoonoses emergentes transmitidas por carrapatos no Rio Grande do Sul

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: José Reck Junior. COLABORADORES: João Ricardo Martins Guilherme Marcondes Klafke Ramon Fernandes Scheffer Bruno Dall''Agnol Marcelo Bahia Labruna Ricardo Ott José Manuel Venzal Santiago Nava LOCAIS DE EXECUÇÃO: Eldorado do Sul FONTE FINANCIADORA: FAPERGS VIGÊNCIA PREVISTA: Agosto de 2013 a Outubro 2015 OBJETIVO GERAL:

Identificar vetores e a presença dos agentes causais da Febre Maculosa Brasileira e de Doença de Lyme no Rio Grande do Sul. METODOLOGIA:

As coletas de carrapatos potenciais vetores de B. burgdorferi será realizada na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, visto a recente descrição de carrapatos do complexo I. ricinus infectados naquele país em local distante 60 Km da fronteira brasileira. As coletas serão concentradas no período de inverno, período que as espécies do complexo I. ricinus são mais registradas em cervídeos no Uruguai.

As coletas de potenciais vetores de B. burgdorferi serão concentradas na APA do Ibirapuitã e em três propriedades rurais dos municípios de Lavras do Sul, Herval e Pinheiro Machado e com áreas de mata nativa e registros prévios de presença de cervídeos prováveis hospedeiros naturais de I. pararicinus e de outros carrapatos do complexo I. ricinus na região Neotropical. Ademais as todas as propriedades selecionadas tem registros prévios da presença de carrapatos do gênero Ixodes spp.

Durante o período de execução deste projeto, 36 meses, serão realizadas duas expedições de coletas ao ano (intervaladas de 40 dias) à APA do Ibirapuitã; e uma expedição ao ano às propriedades rurais selecionadas. As zonas-alvo deste estudo onde são evidenciados os municípios dos cinco focos de ocorrência de FMB no Rio Grande do Sul entre 2007 e 2011, e caracterizadas as zonas de maior risco de presença de vetores e dos agentes de Doença de Lyme.

As coletas de carrapatos nos locais de ocorrência de FMB ocorrerão nas áreas adjacentes (ambiente e residências vizinhas) aos focos. As informações dos focos confirmados de FMB no Rio Grande do Sul foram gentilmente cedidas pela Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul e serão protegidas a fim de evitar exposição da privacidade dos pacientes.

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As coletas nos focos de FMB serão realizadas com duas visitas ao ano em cada local de foco entre os meses de setembro a abril, intervaladas de 90 dias. Esta abordagem visa permitir abrangermos tanto o pico de adultos como de larvas/ninfas de Amblyomma spp. na região de transição entre a zona subtropical e temperada.

Em todos os locais de coleta, carrapatos serão coletados no ambiente através de coleta manual e uso de arraste com flanela branca. As coletas no ambiente deverão abranger áreas que representem as diferentes formações vegetais dos locais visitados. Amostras de carrapatos também serão colhidas diretamente de animais domésticos encontrados nos locais visitados, particularmente em cães, gatos e bovinos, incluindo animais criados nas imediações da APA do Ibirapuitã.

Também serão realizadas capturas de animais silvestres para coleta de carrapatos. Pequenos roedores e marsupiais serão capturados em armadilhas do tipo livetrap (montadas por quatro noites consecutivas), a após sedação, com cloridrato de quetamina, serão inspecionados para a presença de ectoparasitos, que serão removidos. Espécies de passeriformes serão capturados com uso de rede de neblina e inspecionados para presença de ectoparasitos. Serão coletadas amostras de sangue dos animais silvestres capturados, sendo que nos pequenos mamíferos será pela veia submandibular (roedores) ou caudal (marsupiais) e nas aves na veia braquial. Aproximadamente 1-2 ml de sangue serão colhidos de cada animal. Após as colheitas, os hospedeiros serão liberados.

Os espécimes de carrapatos serão acondicionados em álcool 70% e transportados até o Laboratório de Parasitologia da FEPAGRO Saúde Animal. Os espécimes serão depositados na coleção de carrapatos do IPVDF – Fepagro. As amostras de sangue serão aliquotadas de forma a permitir o congelamento do coágulo e do soro a -20 ºC para análises posteriores. Os carrapatos serão identificados com base em sua morfologia. Quando a identificação morfológica não for possível, será realizada análise molecular de DNA ribossomal dos espécimes coletados para identificação dos gêneros e espécies.

As amostras de sangue e os espécimes de carrapatos coletados, particularmente aqueles pertencentes aos gêneros Amblyomma spp. e Ixodes spp., após identificação taxonômica morfológica e registro fotográfico, serão submetidos à detecção molecular de Borrelia spp. e Rickettsia spp. através de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Na PCR, as amostras serão testadas para Rickettsia spp utilizando primers para os genes da citrato sintase (gltA), ompA e ompB. Para detecção de Borrelia spp., será realizada uma nested-PCR com primers para o gene da flagelina (fla), e mais dois pares de primers para o gene rrfA-rrlB e para o segmento 16S do DNA ribossomal. As amostras positivas serão sequenciadas e as sequencias comparadas com outras descritas na literatura para determinação da espécie e da similaridade com outras amostras.

A geolocalização de cada local visitado, obtida por meio de aparelhos com Sistema de Posicionamento Global (GPS, Global Positioning System), serão reunidos em planilhas eletrônicas, juntamente com informações referentes aos vetores e agentes pesquisados e encontrados. Posteriormente em programas SIG serão utilizadas bases cartográficas das regiões de interesse, seguindo-se então a adição das coordenadas geográficas para a confecção de mapas temáticos. A partir dos mapas gerados será possível analisar a ocorrência dos agentes pesquisados, permitindo assim inferir e identificar padrões de distribuição espacial e de dependência entre os locais e focos investigados. RESULTADOS ESPERADOS:

Gerar as primeiras informações de vigilância ativa sobre a epidemiologia de vetores e agentes causadores de zoonoses emergentes e negligenciadas transmitidas por carrapatos no Rio Grande do Sul. Somando o impacto causado pela FMB e pela Doença de Lyme em suas zonas de ocorrência com a falta de vigilância para prevenção e controle de zoonoses vetoriais no Rio Grande do Sul, este estudo pode lançar bases conceituais de vigilância para prevenção de introdução, disseminação, ocorrência e surtos na região.

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Este projeto tem papel estratégico multidisciplinar (abrangendo parasitologia, epidemiologia, saúde pública, ecologia) para servir de base para desenvolvimento de políticas de saúde pública e ambiental para evitar a disseminação destes agentes no Estado. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00154 - 2011/14.

51. Desenvolvimento de metodologias para detecção e avaliação dos principais patógenos importantes na sanidade aviária

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Kelly Cristina Tagliari De Brito FONTE FINANCIADORA: CNPq VIGÊNCIA PREVISTA: 2014 a 2017 OBJETIVOS: • Estabelecer metodologias de diagnóstico que permitam identificar com sensibilidade e rapidez

os principais patógenos de importância econômica para as aves; • Avaliar as principais causas de condenação de aves no abatedouro com a finalidade de

prevenir e/ou controlar a ocorrência destas patologias; • Estudo da virulência de amostras de E. coli envolvidas em colissepticemias e/ou dermatite

necrótica das aves; • Caracterizar os principais microrganismos presentes nas rações e insumos utilizados na

avicultura; • Analisar a prevalência de E. coli patogênica para a saúde humana, resistente aos

antimicrobianos, isolada de frangos, e estudar os mecanismos de resistência presentes nestas amostras;

• Estabelecer a patogenicidade de um grande número de amostras de Salmonella paratíficas de origem aviária com intenção de relacionar em estudos futuros esse resultado ao perfil genético de cada cepa permitindo traçar modelos matemáticos preditivos sem a necessidade de promover o sacrifício de outros animais.

LOCAL(S) DE EXECUÇÃO: Eldorado do Sul METODOLOGIA: Atividade 1. Plataforma de diagnóstico convencional e molecular das principais enfermidades entéricas e respiratórias das aves.

Serão implantadas metodologias de diagnóstico molecular para os seguintes patógenos aviários: Mycoplasma gallisepticum, vírus de Bronquite Infecciosa, vírus de Newcastle, vírus de doença de Gumboro, vírus de anemia infecciosa, clostridiose e salmonelose.

Para a detecção de metapneumovírus e Mycoplasma synoviae será realizada através de técnica de reação em cadeia de polimerase em tempo real (qPCR).

Para a realização dos protocolos de microbiologia convencional, os tecidos terão a superfície esterilizada com o auxílio de uma espátula aquecida. Utilizando um bisturi estéril será realizada uma incisão no tecido para ser introduzido um suabe estéril no seu interior, para posterior exame bacteriológico. As amostras bacterianas isoladas serão armazenadas tanto em meio Dorset a temperatura ambiente, como em caldo Brain Heart Infusion (BHI) com adição de 25% de glicerol entre 2 e 8 C. Para o teste de sensibilidade antimicrobiana será utilizado o método de disco-difusão em ágar para determinar a sensibilidade in vitro, utilizando princípios de metodologia padronizada e medidas de diâmetro de halo de inibição correlacionadas às concentrações inibitórias mínimas, baseado em normas do National Committee for Clinical Laboratory Standards. Para a análise microbiológica, culturas bacterianas serão desenvolvidas em BHI por 24 horas, diluídas

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convenientemente (aproximadamente 108 UFC/mL) e semeadas na superfície de ágar Mueller-Hinton. A seguir, discos de papel especificamente preparados para os testes de sensibilidade disponíveis comercialmente serão colocados sobre a superfície do ágar inoculado. Após incubação por 24 horas a 37ºC, serão observados os halos de inibição das amostras bacterianas. Os agentes antimicrobianos serão selecionados apropriadamente em função do microorganismo testado, da eficácia clínica, da prevalência de resistência, do custo, das indicações da FDA e as atuais recomendações consensuais para drogas de primeira escolha e drogas alternativas. Os testes serão realizados no Laboratório de Saúde das Aves da Fepagro Saúde Animal - IPVDF.

As amostras bacterianas serão avaliadas quanto à capacidade de virulência, em pintos de um dia de idade. Grupo de dez aves será inoculado com amostras bacterianas, por via subcutânea, na superfície da região esternal, com dose de 0,1 mL da cultura em tryptic soy broth (TSB) contendo aproximadamente 1,0 x 107 UFC/mL. Como controle positivo será usado amostra Ecolvet1, sendo o inoculo padronizado como as amostras de campo e o grupo controle negativo será inoculado com 0,1 mL de solução salina. As aves serão mantidas por 72 horas após a inoculação, com água e alimentação à vontade, sendo observado a morbidade e mortalidade neste período. Após este período as aves serão sacrificadas, necropsiadas e avaliadas quanto à presença de lesões. Atividade 2. Avaliação das principais causas de condenação de aves no abatedouro, buscando propor alternativas de prevenção e/ou controle das patologias.

Serão avaliados 40 lotes de frangos e perus em abatedouro no Sul do Brasil. Serão selecionadas 100 carcaças condenadas por técnico do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. As lesões macroscópicas serão avaliadas quanto à coloração, espessura, tamanho, forma, consistência. As amostras de tecidos com manifestação de lesões cutâneas ou hepáticas, identificadas na inspeção, serão submetidas a análises microbiológicas no Laboratório de Saúde das Aves no IPVDF para determinação dos agentes envolvidos. Os materiais selecionados serão armazenados em sacos plásticos e transportados ao laboratório sob refrigeração.

No laboratório, as lesões terão a superfície esterilizada com o auxílio de uma espátula aquecida. Utilizando um bisturi estéril será realizada uma incisão no centro da lesão e imediatamente será introduzido um suabe estéril no seu interior, para posterior exame bacteriológico. As amostras bacterianas isoladas serão armazenadas tanto em meio Dorset a temperatura ambiente, 20ºC como em caldo Brain Heart Infusion (BHI) com adição de 25% de glicerol entre 2ºC e 8ºC. A partir dos resultados obtidos neste experimento serão desenvolvidas metodologias que reduzam a ocorrência destas patologias. Atividade 3. Estudo da virulência e sorotipagem de E. coli isoladas de aves (APEC).

As amostras de E. coli isoladas das aves nos experimento anteriores serão avaliadas quanto a presença de antígenos de superfície somático. As amostras bacterianas de E. coli serão avaliadas através da genotipagem dos fatores associados à virulência será deita por Reações de Polimerase em Cadeia Multiplex, para amplificar os dois genes, iss e iutA. Brevemente, o DNA das cepas bacterianas será obtido por extração por simples fervura. As reações de PCR multiplex serão feitas em 25 µL contendo 2,5 µL de tampão para PCR 10x, 2,0 µL de MgCl2 50 mM, 2 U de Taq DNA-polimerase (CenBiot), 5 µL de cada dNTP (10 mM), 0,1 µL de cada par de oligonucleotídeo iniciador (a partir de uma solução 100 µM) e 4 µL de DNA bacteriano. nessa mistura será submetida às seguintes condições em termociclador: 3 min a 4º C, 25 ciclos de 30 s a 94º C, 30 s a 58º C e 3 min a 68º C, com um ciclo final de 10 min a 72º C, seguido de 10º C.

Os produtos das reações serão analisados por eletroforese em gel de agarose 1,5% e detectados através da coloração com brometo de etídio sob luz UV; o tamanho dos produtos será verificado por comparação com marcador de DNA de 100 pb (Ludwig Biotec). As amostras de E. coli serão sorotipadas em relação aos grupos somáticos com antissoros do Statens Serum Institut – Denmark. Atividade 4. Avaliação da contaminação microbiológica das rações e insumos utilizados na alimentação das aves.

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Serão avaliadas 500 amostras de rações e insumos de aves através das técnicas: contagem de bactérias totais, contagem de coliformes fecais, contagem de Pseudomonas aeruginosa, Contagem de Clostridium perfringens, contagem de Staphylococcus aureus, contagem de bolores e leveduras, Pesquisa de Salmonella sp e Pesquisa de Listeria monocytogenes. As amostras de Salmonella sp isoladas serão determinadas os seus sorovares através da técnica de soroaglutinação em lâmina.

A partir dos resultados gerados serão estabelecidos os padrões microbiológico de contaminação de farinhas e rações para uso na avicultura. Atividade 5. Desenvolvimento e validação do kit de Elisa para detecção e quantificação de anticorpos contra clones virulentos de Escherichia coli

A metodologia do kit a ser desenvolvido será baseada na técnica imunológica de Elisa, onde ocorrerá a determinação simultânea quali-quantitativa de anticorpos reativos à proteína Iss. O método de Elisa consiste em um método imunoenzimático onde antígenos purificados estarão fixados nas placas onde ocorrerá a reação de ligação antígeno-anticorpo com resultados facilmente visualizados através de espectrofotômetro, altamente específicos, de fácil manuseio e interpretação.

O kit incluirá um frasco de solução lavagem, conjugado, soro controle positivo e soro controle negativo. Será utilizado para detecção e determinação quantitativa de anticorpos contra a proteína Iss, a qual foi detectada nas amostras mais virulentas de E. coli. Os anticorpos produzidos pelos animais contra a proteína Iss reagirão com os antígenos altamente purificados e fixados na placa, fornecendo um resultado altamente específico para confirmação da presença de anticorpos contra cepas virulentas de E. coli causadoras de celulite e colissepticemia em frangos de corte.

Na etapa de validação serão avaliadas, através do kit de Elisa desenvolvido, 600 amostras de soros sendo 300 amostras de soros coletados de animais com colibacilose e as outras 300 amostras de soros de aves sem sintomatologia de colibacilose coletadas em empresa avícola. Após a análise os resultados serão avaliados para determinar a acurácia do teste. Atividade 6. Isolamento de amostras de E. coli resistentes aos antimicrobianos (quinolonas, beta-lactâmicos, sulfonamidas ou tetraciclinas), da região Sul do Brasil e análise do perfil de sensibilidade a antimicrobianos

Amostras de E. coli serão isoladas de carcaças de frango. Em média 50 frangos serão analisados dos 3 estados da região Sul do Brasil, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, totalizando 150 frangos. Uma alíquota de 25g será semeado em 225 mL de Água peptonada Tamponada (BPW), diluída e plaqueada em Agar Mac Conkey para contagem. Após o crescimento bacteriano, a placa com maior contagem será semeada pela técnica de Replica Plate em Mac Conkey contendo diferentes antibióticos (sulfonamida, quinolonas, beta-lactâmicos, tetraciclina) as colônias isoladas serão utilizadas na pesquisa de fatores de virulência de EXPEC, classificação filogenética, análise do perfil de sensibilidade aos antimicrobianos e estudo dos mecanismos de resistência aos antimicrobianos. Estoque e recuperação das amostras bacterianas.

O estoque das cepas identificadas em culturas puras será realizado em agar nutriente, mantidos a temperatura ambiente, e em caldo Luria-Bertani (LB) acrescido de 30% de glicerina, sob refrigeração de –70ºC.

A recuperação das amostras será dada pela ativação em caldo LB por 24 horas a 36 + 1ºC em atmosfera ambiente, seguida de repique em LB ágar e nova incubação sob as mesmas condições.

O perfil de sensibilidade a antimicrobianos será determinado pelo método qualitativo de disco difusão de Kirby e Bauer e o quantitativo com Etest (AB Biodisc, Solna, Suécia) e microdiluição em placas NUC 3 e NC 20 do sistema aumomatizado MicroScan, seguindo as recomendações do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI, 2011) e as orientações dos fabricantes. De acordo com os resultados obtidos e de testes adicionais, o mecanismo de resistência aos antimicrobianos será estimado. Posteriormente genes de resistência serão analisados por PCR.

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Os seguintes antimicrobianos serão testados: ampicilina, amoxicilina - ácido clavulânico, cefazolin, ceftazidima, cloranfenicol, gentamicina, tetraciclina, nitrofurantoína, ácido nalidíxico, ciprofloxacin, norfloxacin, enrofloxacin, sulfonamida, sulfametoxazol – trimetoprim. Atividade 7. Estabelecimento de um índice de patogenicidade para amostras de Salmonella paratíficas de origem avícola.

Serão utilizadas 300 amostras de Salmonella paratíficas (S. Enteritidis, S. Typhimurium, S. Hadar e S. Heidelberg) de origem aviária, isoladas e identificadas pela equipe do Centro de Diagnóstico e Pesquisa em Patologia Aviária (CDPA) Porto Alegre/RS e pela equipe do laboratório de Saúde das Aves do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF) Eldorado do Sul/RS. As amostras encontram-se estocadas em glicerol sob refrigeração a -20°C. A inoculação será realizada das amostras estocadas em glicerol para obtenção de 109 UFC/ml de Salmonella. Cada tubo de BHI será homogeneizado vigorosamente e um ml da solução separada para posterior inoculação por via oral.

Para cada amostra testada, serão utilizados 10 pintinhos de um dia de idade, da linhagem Cobb. Água potável e ração comercial livre de antibióticos serão fornecidas ad libitum.

Todas as aves serão observados durante 7 dias consecutivos e os animais mortos serão necropsiados e observados quanto à presença das seguintes lesões: tiflite, enterite, onfalite, peritonite, aerossaculite, perihepatite e pericardite. A presença da lesão será atribuído o valor “1” e a ausência o valor “0”. Para os animais mortos no primeiro dia sem lesões será realizado o isolamento bacteriano a partir do fígado, na tentativa de caracterizar a morte por septicemia. O material será inoculado em caldo BHI e posteriormente em dois diferentes caldos de enriquecimento seletivo, Rappaport-Vassiliadise Tetrationato, sendo incubados a 42° C por 24 horas. Após o tempo de incubação, cada amostra será estriada em Ágar Verde Brilhante e Ágar Xilose-Lisina Desoxicolato (XLD) e incubados por 24 horas a 37°C. As colônias características de Salmonella serão submetidas a provas bioquímicas e sorológicas para confirmação. Os animais sobreviventes até o sétimo dia serão eutanasiados por deslocamento cervical e necropsiados.

Os resultados serão analisados através do programa JMP Statistical Discovery.TMFROM SAS, Version 6.0.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00155 - 2011/14.

52. Desenvolvimento de kit para detecção de E. coli patogênicas para aves PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Kelly Cristina Tagliari de Brito COLABORADORES: Benito Guimarães de Brito Augusto Cesar da Cunha Erenice Oliveira da Silva Tiela Trapp Grassotti LOCAIS DE EXECUÇÃO: Eldorado do Sul FONTE FINANCIADORA: PROBITI/FAPERGS/FEPAGRO VIGÊNCIA PREVISTA: Agosto 2013 a Julho 2014 OBJETIVO GERAL:

Desenvolver e avaliar um kit de detecção e quantificação de anticorpos contra amostras de Escherichia coli patogênica para aves (APEC). METODOLOGIA:

A metodologia do kit a ser desenvolvido será baseada na técnica imunológica de Elisa, onde ocorrerá a determinação simultânea quali-quantitativa de anticorpos reativos à proteína Iss. O método de Elisa consiste em um método imunoenzimático onde antígenos purificados estarão fixados nas placas onde ocorrerá a reação de ligação antígeno-anticorpo com resultados facilmente visualizados através de espectrofotômetro, altamente específicos, de fácil manuseio e interpretação.

O kit incluirá um frasco de solução lavagem, conjugado, soro controle positivo e soro controle negativo. O kit será utilizado para detecção e determinação quantitativa de anticorpos contra a proteína Iss, a qual foi detectada nas amostras mais virulentas de E. coli. Os anticorpos produzidos pelos animais contra a proteína Iss reagirão com os antígenos altamente purificados e fixados na placa, fornecendo um resultado altamente específico para confirmação da presença de anticorpos contra cepas virulentas de E. coli causadoras de celulite e colissepticemia em frangos de corte.

Validação do kit para detecção e quantificação de anticorpos contra APEC. Nesta etapa serão avaliadas, através do kit de Elisa desenvolvido na etapa anterior, 600

amostras de soros sendo 300 amostras de soros coletados de animais com colibacilose e as outras 300 amostras de soros de aves sem sintomatologia de colibacilose coletadas em empresa avícola. Após a análise os resultados serão avaliados para determinar a acurácia do teste. RESULTADOS ESPERADOS:

O kit desenvolvido permitirá a monitoria da resposta imune às vacinas comerciais em aves e o uso para o diagnóstico de colibacilose em aves.

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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES: META ATIVIDADE INDICADOR

FÍSICO MÊS INÍCIO MÊS FIM

Desenvolvimento do kit de Elisa para

detecção e quantificação de anticorpos contra

clones virulentos de Escherichia coli

Desenvolvimento do kit

Desenvolvimento do kit de detecção

de anticorpos contra cepas

virulentas

01 06

Coleta de soros de aves

Coleta de soros de animais com

colibacilose e sem sintomatologia de

colibacilose

Amostras de soros de animais com

colibacilose e sem sintomatologia de colibacilose para

utilização nos ensaios

1 10

Validação do kit para quantificação de anticorpos contra

APEC

Avaliação do kit frente às amostras

de soros de animais com

colibacilose e sem colibacilose

Testes de Elisa com amostras de soros de animais

com e sem colibacilose

7 10

Avaliação dos resultados

Análise dos resultados

Análise estatística 6 11

Solicitação de patente Pedido de patente Patente 10 12 Relatório e Publicações

Relatório final e Artigo

Relatório e Artigo 10 12

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PROGRAMA DE PESQUISA EM RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS E CLIMA

Coordenadora do Programa: Ivonete Fatima Tazzo

Linhas de Pesquisa:

1. Agrometeorologia, Climatologia e Irrigação

2. Ciência do solo

3. Agroecologia

4. Uso e Conservação de Recursos Genéticos Naturais

5. Desenvolvimento Territorial e Cadeias Produtivas

Centros de Pesquisa:

• Sede Administrativa - FEPAGRO SEDE - Porto Alegre, RS.

• Centro de Pesquisa em Florestas - FEPAGRO FLORESTAS - Santa Maria, RS.

• Centro de Pesquisa de Sementes - FEPAGRO SEMENTES - Júlio de Castilhos, RS.

• Centro de Pesquisa Emílio Schenk - FEPAGRO VALE DO TAQUARI - Taquari, RS.

• Centro de Pesquisa Carlos Gayer - FEPAGRO SERRA - Veranópolis, RS.

• Centro de Pesquisa do Litoral Norte - FEPAGRO LITORAL NORTE - Maquiné, RS.

• Centro de Pesquisa da Região Nordeste - FEPAGRO NORDESTE - Vacaria, RS.

• Centro de Pesquisa Domingos Petroline - FEPAGRO SUL - Rio Grande, RS.

• Centro de Pesquisa da Região da Serra do Sudeste - FEPAGRO SERRA DO SUDESTE -

Encruzilhada do Sul, RS.

PROGRAMA EM NÚMEROS:

• Titulação dos pesquisadores: 20 doutores, 4 mestres e 1 graduado.

• Número de técnicos: 10

• Número de projetos desenvolvidos no programa: 19 projetos

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Pesquisador (a) Titulação Coordenação Integrante

Adilson Tonietto Dr. 1 0

Andrea Ferreto da Rocha Dra. 1 0

Anelise Beneduzi da Silveira Dra. 3 1

Andrea Mara Rotta de Oliveira Dra. 0 1

Amanda Heemann Junges Dra. 1 0

Bernadete Radin Dra. 2 1

Bruno Brito Lisboa Dr. 0 3

Carlos Alberto de Oliveira de Oliveira MSc. 0 1

Cláudia Martellet Fogaça Dra. 1 0

Evandro Luiz Missio MSc. 0 0

Flavio Varone Grad. 0 3

Gerusa Pauli Kist Steffen Dra. 2 2

Gilson Schlindwein Dr. 0 1

Ivan Renato Cardoso Krolow Dr. 1 0

Ivonete Fatima Tazzo Dra. 1 2

João Rodolfo Guimarães Nunes MSc. 0 0

Juliano Dalcin Martins Dr. 0 1

Larissa Bueno Ambrosini MSc. 0 1

Loana Silveira Cardoso Dra. 0 3

Luciano Kayser Vargas Dr. 0 2

Madalena Boemi Dra. 1 3

Priscylla Ferraz Câmara Monteiro Dra. 1 1

Rodrigo Favreto Dr. 1 0

Rosana Matos de Morais Dra. 2 4

Samuel Mazzinghy Alvarenga Dr. 0 1

Vera Regina dos Santos Wolff Dra. 1 0 Quadro 5. Pesquisadores que integram o Programa de Pesquisa em Recursos Naturais Renováveis e Clima.

2011/2014.

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PROJETOS

TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00156 - 2011/14.

a) MAIS ÁGUA – sistemas agrícolas produtivos visando ao aumento da disponibilidade e à melhoria da qualidade de água

Coordenadora geral: ‘Bernadete Radin’- Fepagro Instituições: � Fundação estadual de pesquisa agropecuária – FEPAGRO � Universidade federal do Rio Grande do Sul – UFRGS � Universidade federal de Santa Maria – UFSM � Universidade estadual do Rio Grande do Sul – UERGS � Faculdade de Horizontina – FAHOR � Universidade Feevale � Embrapa Trigo � CIENTEC � Secretaria da Ciência e Tecnologia

OBJETIVO GERAL:

Contribuir para o aumento da disponibilidade e melhoria da qualidade da água, através da avaliação de práticas adequadas de manejo de solo e de resíduos de suínos, do monitoramento das condições meteorológicas e processos hidrológicos, integrados a uma analise sócio-econômica, em diferentes sistemas agrícolas de estado do Rio Grande do Sul.

SUBPROJETOS 1. Melhoria da qualidade do solo e da água por sistemas de produção de grãos sob plantio

direto – GRÃOSPD. Coord. Madalena Boeni - FEPAGRO

Objetivos - Avaliar a produção de grãos impactos na qualidade ambiental (água, solo e ar) de sistemas

de culturas estabelecidos sob sistema plantio direto, com e sem irrigação; - Avaliar impactos de sistemas de culturas, sob sistema plantio direto, sobre a qualidade do

solo, através de parâmetros biológicos, físicos e químicos; - Determinar a intensidade do escoamento superficial e a qualidade desta água, quanto à

resíduos de pesticidas, metais pesados, nutrientes e sedimentos; - Avaliar o potencial de sequestro de C e de mitigação da emissão de gases de efeito estufa

por sistemas conservacionistas de manejo de solo; - Instalar unidades de validação para auxiliar na difusão dos conhecimentos gerados e

capacitação de técnicos e agricultores.

2. Monitoramento hidrossedimentológico e qualidade da água em áreas manejadas sob plantio direto: da parcela à bacia hidrográfica – MONITORA

Coord. Jean Minella - UFSM Objetivos

- Implementar unidades de monitoramento, em macroparcelas e em bacias hidrográficas, que reflitam os impactos gerados por diferentes sistemas agrícolas produtivos das regiões Planalto Médio e Encosta Superior do Nordeste do RS, sobre a disponibilidade e qualidade da água;

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- Quantificar os impactos da implementação de práticas conservacionistas de manejo de solo e controle de poluição sobre a quantidade e a qualidade da água, em decorrência do aumento da taxa de infiltração de água no solo e redução do escoamento superficial;

- Modelar, matematicamente, a infiltração e o armazenamento de água no solo, a geração de escoamento superficial e a transferência de poluentes para corpos d’água;

- Utilizar resultados experimentais para apoiar ações de difusão de tecnologia e capacitação técnica. 3. Politicas públicas e recursos hídricos no RS – PPHIDRO

Coord. Ricardo L. Garcia - UERGS Objetivos

- Analisar as políticas ambientais e de recursos hídricos a partir da relação entre a legislação, a gestão pública e os conflitos sociais e econômicos no RS;

- Analisar a legislação ambiental e de recursos hídricos considerando o marco jurídico e a ação dos vários entes federados (união, estado e municípios);

- Estimar o impacto financeiro considerando os recursos hídricos;

- Propor políticas públicas que promovam a sustentabilidade dos recursos naturais;

- Examinar a interface da legislação ambiental e de recursos hídricos, da participação social e das relações econômicas na política e gestão de recursos naturais;

- Construir um centro de estudos sobre políticas públicas. 4. Monitoramento de qualidade e alternativas para o manejo da água na suinocultura –

SUINO- ÁGUA Coord. Fernando Spilki - FEEVALE

Objetivos - Avaliar as novas estratégias monitoramento e de tratamento químico e biológico de dejetos

líquidos de suínos quanto a sua eficiência em preservar o potencial fertilizante dos dejetos e em atenuar ou mitigar o efeito potencialmente poluidor dos mesmos sobre as bacias hidrográficas da região suinícola em expansão no Noroeste do Rio Grande do Sul.

5. Monitoramento das condições agrometeorológicas e Previsão de Tempo e Clima – METEORO Coord. Bernadete Radin Objetivos

- Manutenção, ampliação e modernização da rede de estações meteorológicas distribuídas nas diferentes regiões do Estado;

- Realizar o monitoramento das condições meteorológicas nos locais em que serão desenvolvidas as atividades do projeto, e em todo o RS, a partir das estações;

- Estimar a disponibilidade hídrica para as culturas agrícolas instaladas nos locais em que serão desenvolvidas as atividades do projeto e para outras de importância agrícola e econômica do Estado;

- Elaborar boletins quinzenais com divulgação das condições metorológicas ocorridas e previsões agrometeorológicas e climatológicas; de indicações técnicas e de alertas meteorológicos.

Mecanismos gerenciais para integração dos subprojetos:

Será implementada uma rede integrada de pesquisa de natureza multidisciplinar, contemplando instituições de pesquisa, ensino e extensão.

Será designado um Grupo Gestor para o projeto, composto por um representante de cada unidade executora, com as seguintes funções:

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- Realizar reuniões trimestrais (seminários) para apresentação dos resultados, troca de experiências, avaliação e discussão, acompanhamento das metas fiscais do projeto, avaliação do desempenho e ajuste de direcionamento;

- Realizar visitas semestrais ás unidades experimentais, com objetivo de acompanhar a implementação e desenvolvimento dos trabalhos;

- Realizar um seminário por um ano com todos os integrantes do projeto e representantes convidados da sociedade organizada (cooperativas, sindicatos, comitês de bacias, entidades de extensão rural) para exposição troca de experiências e discussão dos resultados obtidos;

- Promover a integração da equipe executora com a sociedade organizada, através da divulgação do projeto em mídia impressa , entrevistas, palestras, participação em eventos;

- Implementar e manter um portal (web site) contendo informações, noticias e resultados obtidos no projeto. O servidor ficará instalado na FEPAGRO e terá um bolsista dedicado exclusivamente para a filtragem dos dados e alimentação do portal.

- Elaborar, ao final do projeto, uma ‘’cartilha’’ contendo a motivação do projeto, objetivos, metodologias empregadas, resultados alcançados e recomendações aos produtores rurais, técnicos, cooperativas, estudantes e demais interessados.

O monitoramento dos elementos meteorológicos e a previsão de tempo e clima (subprojeto METEORO) serão realizados pela FEPAGRO, UFSM e UFRGS, sendo os dados obtidos utilizados como subsídios para os demais subprojetos.

A melhoria da qualidade do solo e da água em sistemas de produção de grãos (subprojeto GRAOSPD) será realizada pela FEPAGRO e UFRGS. As atividades deste projeto serão realizadas em pequenas escalas e seus resultados servirão de apoio aos subprojetos MONITORA E SUINO-AGUA.

As estratégias para reduzir o potencial poluente dos dejetos de suínos no ambiente (subprojeto SUINO-AGUA) serão realizadas pela FEPAGRO, Centro Universitário FEEVALE, CIENTEC, UFSM e FAHOR. Os resultados fornecerão subsidio para os subprojetos GRAOSPD e MONITORA.

O monitoramento hidrossedimentológico e da qualidade da água (subprojeto MONITORA) será realizados pela UFSM, UFRGS, EMBRAPA e FEPAGRO. Este trabalho integrará na escala de macro parcelas e bacias hidrográficas, os resultados dos demais subprojetos.

A análise sócio-econômica e das políticas ambientais e de recursos hídricos (subprojeto PPHIDRO) e seus impactos nas comunidades envolvidas serão executados pela UERGS, utilizando os subsídios fornecidos pelos demais subprojetos da presente proposta.

Desta forma, os subprojetos, embora específicos, são complementares na busca do melhor aproveitamento dos recursos hídricos.

RESULTADOS ESPERADOS:

• Aprimoramento do monitoramento meteorológico no RS, mediante ampliação e modernização da rede de estações meteorológicas do Centro Estadual de Meteorologia Aplicada (CEMETRS/FEPAGRO);

• Desenvolvimento de modelos matemáticos de infiltração e armazenamento de água no solo, de geração de escoamento superficial e de transferência de poluentes para corpos d’água;

• Diminuição do impacto ambiental deletério gerado pela suinocultura tradicional sobre os corpos d’água, através da implementação de boas práticas de manejo;

• Identificação e transferência de tecnologias que aumentem a infiltração e retenção de água no solo, reduzam o escoamento superficial, minimizem o fluxo de poluentes aos corpos d’água e promovam melhorias na qualidade da água;

• Mitigação do problema de enchentes, mediante a adoção de práticas que reduzam o escoamento superficial;

• Quantificação da eficácia da irrigação de sistemas agrícolas produtivos, em uso no RS, sob sistema plantio direto e preparo convencional;

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• Quantificação do rendimento de grãos e da viabilidade econômica de variados sistemas agrícolas produtivos em uso no RS;

• Redução do impacto da ocorrência de estiagem no rendimento das culturas, através do aprimoramento da previsão do tempo e clima e da adoção de praticas que aumentem a disponibilidade de água no solo;

• Implementar um site para divulgar os resultados obtidos no Projeto MAIS ÁGUA.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00157 - 2011/14.

b) REDE CLIMASUL – Rede Sul de pesquisas sobre mudanças climáticas e prevenção aos desastres naturais

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: ‘Bernadete Radin’ FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios / FINEP VIGÊNCIA PREVISTA: 24 meses OBJETIVOS GERAIS:

Integrar as atividades de operação e desenvolvimento metodológico das instituições estaduais de Meteorologia e pesquisas (SIMEPAR, EPAGRI/CIRAM, FEPAGRO) e universidade e institutos vinculados, em mudanças climáticas e desastres naturais através de observações atmosféricas e oceânicas, sensoriamento remoto e modelagem numérica para aprimorar as ações de monitoramento do tempo e previsão de eventos extremos na região Sul do Brasil. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Ampliar e modernizar a infraestrura e sistemas de informações de monitoramento, previsão e

alertas meteorológicas na Região Sul; • Promover estudos sobre os efeitos das alterações climáticas em atividades econômicas na

Região Sul; • Determinar vulnerabilidades aos eventos extremos visando o desenvolvimento de processos de

adaptação e mitigação às mudanças climáticas; • Promover a tranferência tecnológica e capacitação de recursos humanos em mudanças

climáticas e desastres naturais; • Promover a integração entre as diferentes instituições da Região Sul mcom o sistema nacional

de mudanças climáticas. METAS: • Integração operacional dos sistemas de Radares Meteorológicos do PR, SC e RS. • Aquisição, recuperação e ampliação da rede de descargas atmosféricas da Região Sul. • Análise, modelagem e desenvolvimento de um sistema de software convergente para o envio

de avisos, alertas e orientações de eventos extremos. • Aquisição de hardware para a modernização do ambiente de coleta, armazenamento e

disponibilização de dados meteorológicos. • Aquisição de hardware para a modernização do ambiente de back up de SC. • Desenvolvimento de Sistema de Banco de Dados para o RS. • Aquisição e instalação de um sistema de monitoramento oceanográfico. • Aprimoramento das estimativas de precipitação. • Aquisição de Estações Meteorológicas Automáticas Telemétricas. • Climatologia de estiagens. • Alerta de geadas e riscos de chuvas intensas. • Cenários agrícolas futuros. • Determinação de vulnerabilidades a deslizamentos e enchentes. • SIG dos dados espaciais (vetor, raster, alfa numéricos, etc). • Difusão das informações da Rede CLIMASUL.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00158 - 2011/14.

c) Modernização da Coleção SEMIA – Referência nacional de estirpes de rizóbios recomendadas para a elaboração de produtos inoculantes

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Anelise Beneduzi da Silveira. COLABORADORES: Bruno Lisboa Enílson Saccol de Sá LOCAIS DE EXECUÇÃO: Laboratório de Microbiologia Agrícola da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária – FEPAGRO/RS. FONTE FINANCIADORA: MDA/Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Janeiro de 2014 à dezembro de 2016 OBJETIVOS GERAIS: • Reestruturação e organização do laboratório da Coleção SEMIA; • Informatização do catálogo, integração à Rede SpeciesLink e integração ao Sistema de

Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr); • Disponibilização do acervo ao público externo através do site da FEPAGRO; • Publicação de um catálogo atualizado. METODOLOGIA:

As ampolas liofilizadas das estirpes da Coleção SEMIA encontram-se abrigadas precariamente em um armário de madeira frágil, com os recursos espera-se a aquisição de um armário deslizante feito sob medida com vãos adequados para disposição das estirpes e melhor organização.

Também se espera a troca da cabine de fluxo laminar de madeira para uma cabine de segurança biológica de alumínio para uma adequada manipulação e segurança dos funcionários.

Serão definidos os registros sobre as estirpes que serão digitalizadas, referentes à identificação e procedência do material, e discutida a inserção de novos dados, como fotografias digitais das colônias nos meios de cultura apropriados. Os campos previstos para preenchimento são: nome da instituição, código da coleção, número de catálogo, nome científico, base de registro, reino, filo, classe, ordem, família, gênero, espécie, subespécie, autor do nome científico, identificado por, ano da identificação, ano de coleta, mês de coleta, dia de coleta, estado, município, longitude, latitude, planta hospedeira (nome científico, família, nome vulgar).

O pessoal envolvido no projeto receberá treinamento nos softwares a serem utilizados; os estudantes serão treinados quanto ao manuseio das informações referentes ao material biológico, bem como do sistema de classificação do mesmo junto à Coleção.

A partir dos registros existentes em planilhas eletrônicas (Excel), as estirpes que carecem de identificação completa serão separadas. A meta a ser alcançada será digitalizar as informações referentes a 908 estirpes em até 18 meses dentro do período do projeto (24 meses). Após a digitação de parte dos dados, eles devem ser revisados objetivando a correção de inevitáveis erros de digitação.

Para a informatização do catálogo da Coleção SEMIA será utilizado o software speciesBase.

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O speciesBase é uma base de dados para registros taxonômicos genérica desenvolvido em Microsoft® Access para registros taxonômicos desenvolvida em Visual Basic for Applications (VBA). O desenvolvimento deste software foi motivado pelo crescente número de coleções que desejam ingressar na rede speciesLink mas que não possuem seus dados informatizados. É um sistema para o registro de dados taxonômicos associado às coletas, que tem como apoio tabelas secundárias de dados. Seus campos são baseados no DarwinCore, um grupo de elementos de dados desenvolvido para facilitar o compartilhamento e a integração de dados de coleções biológicas. Ele é gratuito e de código aberto podendo ser livremente alterado e distribuído. Para utilizar o speciesBase é necessário ter instalado no computador o Microsoft® Access 2002 ou superior.

O speciesBase utiliza chaves estrangeiras entre tabelas. Assim, o valor de alguns campos não é armazenado diretamente na tabela. O verdadeiro valor é armazenado em uma tabela secundária enquanto que na primeira tabela se armazena somente um código. Assim, alguns campos não podem ser digitados diretamente na janela. Eles são listados em uma caixa de seleção.

Os dados gerados serão armazenados em computador próprio e exclusivo da Coleção SEMIA e as informações digitalizadas possuirão cópias de segurança adicionais àquelas disponibilizadas no sistema, renovadas periodicamente com atualização dos dados no servidor da rede do Laboratório de Microbiologia disponibilizado pela FEPAGRO para o backup dos dados.

A disponibilização da base de dados referentes ao catálogo da Coleção SEMIA serão disponibilizados no site da FEPAGRO (www.fepagro.rs.gov.br) na forma de arquivo pdf. Integração à Rede SpeciesLink

A rede speciesLink foi desenvolvida pelo CRIA (Centro de Referência em Informação Ambiental) a partir de outubro de 2001 e contou com o apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) até outubro de 2005. O CRIA tem como meta e estratégia a disseminação de informação eletrônica, como ferramenta na organização da comunidade científica e tecnológica do país. Atua especificamente na área de informação biológica, de interesse industrial e ambiental, e pretende, através de sua atuação, contribuir diretamente para a conservação e utilização racional da biodiversidade no Brasil. Uma sociedade sustentável pressupõe uma sociedade informada, na qual os vários segmentos produzem e tem acesso à informação qualificada, utilizando-os nos processos de formulação e decisão política.

O objetivo principal da rede speciesLink tem sido o de disponibilizar de forma livre e aberta através da Internet os dados primários sobre biodiversidade que existem hoje em coleções biológicas (museus, herbários, xilotecas, coleções microbianas, etc.). Esta rede foi criada para contribuir para a conservação e utilização racional da biodiversidade no Brasil. A informatização e disponibilização dos dados da Coleção SEMIA será integrada à rede speciesLink (http://splink.cria.org.br/index?criaLANG=pt). Para participar da rede o formulário com dados da instituição e da coleção será preenchido e enviado ao CRIA.

Deverá também ser assinado o Protocolo de Intenções cujo objeto é formalizar o acordo de cooperação técnica entre as partes, visando a participação da coleção na rede speciesLink.

A Coleção SEMIA será cadastrada no sistema de gerenciamento da rede de acordo com as informações fornecidas no formulário. O CRIA irá estudar o sistema, banco de dados ou planilha utilizada pela coleção (no caso planilhas Excel) e a compatibilidade dos dados utilizados com o padrão DarwinCore. Será instalado o software spLinker para configurar e mapear os campos de acordo com o modelo DarwinCore. O CRIA também irá promover as adequações necessárias junto com o curador, testar o envio dos dados da coleção para o servidor regional mais adequado e demonstrar o uso das ferramentas disponíveis para as coleções.

O acesso proporcionado à Coleção SEMIA irá promover uma maior integração entre instituição de pesquisa e sociedade quando se considera a dimensão do Brasil, que constitui fator limitante a visitas e consultas do público-alvo, composto por (1) pesquisadores e professores de universidades; (2) empresas privadas; (3) estudantes universitários; (4) pequenos e médios produtores rurais; e (5) outros pesquisadores da FEPAGRO.

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O SiCol foi desenvolvido pelo Programa de Biotecnologia e Recursos Genéticos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e tem por objetivo, além de disseminar informações sobre os Centros de Recursos Biológicos do Brasil, servir de elemento integrador às diversas e diferenciadas coleções de interesse biotecnológico, econômico e de aplicações industriais. A Coleção SEMIA estará automaticamente integrada à rede SiCol quando ocorrer a integração à rede speciesLink.

Pretende-se integrar a Coleção SEMIA ao SiBBr quando este for implantado pelo MCTI. O SiBBr será um sistema online que integrará informações sobre a biodiversidade e os ecossistemas brasileiros de diversas fontes nacionais e estrangeiras para subsidiar a pesquisa e apoiar os tomadores de decisões na criação e implementação das políticas públicas. Assim o SiBBr contribuirá para melhoria da capacidade brasileira em conservar e utilizar a biodiversidade. o SiBBr não substituirá os bancos de dados existentes, somente integrará as informações neles disponíveis. Assim as instituições e pesquisadores continuarão tendo a autoria dos dados reconhecida e terão a possibilidade de escolher qual informação integrar ao SiBBr.

Atualmente, o SiBBr encontra-se em desenvolvimento. Nesta fase, estão sendo definidos a arquitetura, os padrões de metadados, dentre outras características necessárias para a criação de um sistema com grande grau de interoperabilidade com outros sistemas. Com o SiBBr pronto, haverá a possibilidade de integrar as diversas instituições que tenham esse interesse. O alicerce do SiBBr é o acesso público e transparente de informações relevantes e devidamente organizadas sobre a biodiversidade e ecossistemas brasileiros, em especial, aquelas que foram e serão geradas com recursos públicos.

Os bancos de dados que disponibilizam suas informações on-line são mais interessantes para as pesquisas porque podem ser acessados e atualizados rapidamente e com praticidade. Apesar disso, um catálogo impresso pode ser consultado em qualquer lugar sem a necessidade de computadores e acesso a internet, por isso o projeto aqui proposto pretende a publicação de cerca de 200 exemplares do catálogo da Coleção SEMIA atualizado (a última publicação e atualização data do ano de 1995) para ser distribuído em instituições de pesquisa nacional e em universidades.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00159 - 2011/14.

53. Propagação vegetativa do butiazeiro através da embriogênese somática PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Adilson Tonietto COLABORADORES: Gilson Schlindwein Juliana de Marques Vilella Jonny Everson Scherwinski Pereira LOCAIS DE EXECUÇÃO: Fepagro FONTE FINANCIADORA: CNPq VIGÊNCIA PREVISTA: Julho de 2014 a junho de 2015 OBJETIVOS GERAIS: • Determinar o meio mais propício à germinação e formação de plântulas normais a partir de

embriões zigóticos; • Verificar qual o regulador de crescimento ou combinação resulta em maior resposta de

indução para o desenvolvimento de calos embriogênicos; • Avaliar o explante que apresenta maior resposta para indução de calos embriogênicos,

diferenciação de embriões somáticos e plantas regeneradas. METODOLOGIA:

Serão testados três meios de cultura para a germinação de embriões zigóticos maduros de butiazeiro.

Frutos maduros de Butia odorata, obtidos no BAG da Fepagro e em populações naturais do Rio Grande do Sul, e de Butia capitata, obtidos em Goiás, serão coletados e despolpados. As sementes serão retiradas através da quebra do endocarpo com o auxílio de uma morça e desinfestadas com álcool 70% por um minuto e com hipoclorito de sódio 2,5% por 15 minutos. As sementes serão então enxaguadas com água destilada e autoclavada. Os embriões zigóticos serão retirados em câmara de fluxo laminar e então inoculados nos diferentes meios de cultivo. O delineamento experimental utilizado será inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2x3, com 6 tratamentos e 20 repetições. Serão avaliados a percentagem de germinação, de desenvolvimento de plântulas normais, de primórdios radiculares e de primórdios foliares.

O meio que apresentar maior percentagem de desenvolvimento de plântulas normais na etapa de germinação será utilizado como meio de estabelecimento, indução, diferenciação e maturação de embriões. Os materiais a serem utilizados como fonte de explantes serão embriões zigóticos, folhas, inflorescências e raízes. Poderão ser utilizados também como fonte de explantes tecidos ou órgãos de materiais desenvolvidos in vitro e de plantas adultas oriundas do campo.

Para os experimentos de embriogênese serão utilizados diferentes explantes oriundos de butiazeiros. Para indução das culturas embriogênicas, explantes serão isolados e cultivados em meio de cultura suplementado com diferentes combinações de Picloram (0-450µM) e 2,4-D (0-450µM). Após até 120 dias de cultivo será feita a contagem dos explantes apresentando a formação de proliferações celulares, incluindo calos primários e embriogênicos.

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Para a fase de proliferação celular e desenvolvimento de embriões somáticos, os cultivos inicializados em meio indutor ou primário, com altas concentrações de auxinas, serão transferidos para meios secundários. De maneira geral, os mesmos meios de cultura e reguladores de crescimento deverão ser estudados empregando-se, porém, concentrações mais baixas de reguladores, notadamente, auxinas e o acréscimo de 2-isopentil adenina (2-iP) (0 a 15 μM) e ANA (0 a 15µM). Uma vez obtidos embriões somáticos no estádio cotiledonar (torpedo), os mesmos serão transferidos para meios de cultura desprovidos de reguladores de crescimento para iniciarem a germinação e desenvolvimento em plantas. Todos os cultivos serão inicialmente mantidos no escuro até a formação dos calos embriogênicos. Nas etapas posteriores, especialmente a de regeneração, os materiais serão colocados para se desenvolver na luz, sob temperatura de 25±2ºC, 16 horas de fotoperíodo e irradiação de 35-38 µmol m-2 s-1, fornecida por lâmpadas fluorescentes brancas frias.

Todos os meios semi-sólido utilizados nas fases de indução, proliferação e regeneração serão solidificados com 2,5 g.L-1 de Phytagel® (Sigma). A concentração de sacarose será de 2% - 3%, podendo ser aumentada na etapa de maturação dos embriões somáticos, e o pH dos meios de cultivo será ajustado para 5,8 com NaOH (0,1 N) ou HCl, antes da adição do Phytagel. Serão quantificados a diferenciação e crescimento dos cultivos, por meio da coleta de dados amostrais de peso fresco, da porcentagem de resposta dos explantes aos diferentes tratamentos (ex. porcentagem de calos primários e embriogênicos formados), bem como do número de embriões somáticos regenerados a partir destes tratamentos em diferentes etapas do trabalho. Também será avaliada a taxa média de crescimento e multiplicação de calos e embriões.

Serão avaliados parâmetros qualitativos durante as diferentes fases da embriogênese somática que representem a elucidação de possíveis rotas morfogênicas dos cultivos. Para isto, primeiramente serão realizados estudos morfo-anatômicos de calos primários e embriogênicos nos diferentes estágios de indução. Semanalmente, por até um mês, e mensalmente, até a obtenção dos calos embriogênicos, estes serão coletados e as amostras serão transferidas para solução fixadora de glutaraldeído (50 mL 0,2M tampão fosfato, pH 7,2; 20 mL paraformaldeído; 4 mL 25% glutaraldeído; 1g cafeina; e água destilada para um total de 100 mL, por 24 a 48 horas em temperatura ambiente. Em seguida, as amostras já fixadas serão desidratadas em série alcoólica (30%, 30 min; 50%, 45 min; 70%, 45 min; 80%, 60 min; 90%, 60 min; e duas vezes em etanol absoluto por 60 min cada), sendo então embebidas em historesina (Leica®). Subsequentemente, os calos serão seccionados de forma seriada em micrótomo rotatório (Leica®) para a preparação de laminas microscópicas. As lâminas serão fotografadas em fotomicroscópio Zeiss modelo Axioskop. Igual procedimento será realizado para caracterizar os embriões somáticos induzidos nos diferentes estágios: globular e torpedo, além de sua comparação com embriões zigóticos.

Para a avaliação da estabilidade genômica de embriões somáticos e/ou clones regenerados por citometria de fluxo serão realizadas análises no Laboratório de Cultura de Tecidos II da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

ATIVIDADE Bimestre

1° 2° 3° 4 5 6°

Coleta do material vegetal x x x x

Estabelecimento e cultivo in vitro de explantes x x x x x x

Estudos morfo-anatômicos x x x

Pesquisa bibliográfica x x x x x x

Elaboração de relatório x

Elaboração de artigos e resumos x x

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00160 - 2011/14.

54. Sensoriamento remoto ativo como ferramenta de precisão para viticultura familiar PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Amanda Heemann Junges COLABORADORES: Rafael Anzanello Denise Cybis Fontana Jorge Ricardo Ducati Paulo Vítor Dutra de Souza Rosemary Hoff Pryscilla Ferraz Câmara Monteiro Carolina Bremm Cláudia Martellet Fogaça LOCAIS DE EXECUÇÃO: Vinhedos comerciais no município de Veranópolis, RS FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios / CNPq VIGÊNCIA PREVISTA: Novembro de 2013 a Dezembro de 2016 OBJETIVO GERAL:

Descrever a variabilidade espacial e temporal da biomassa de plantas por meio do índice de vegetação NDVI obtido por sensor remoto ativo em sistemas produtivos de uvas viníferas na região da Serra Gaúcha. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Caracterizar a evolução temporal e espacial do NDVI/Greenseeker em vinhedos comerciais de

Vitis vinifera Cabernet Sauvignon‘ e Chardonnay‘ conduzidos em sistemas de lira e latada na Serra Gaúcha;

• Elaborar perfis temporais de NDVI/Greenseeker e associá-los ao ciclo fenológico das cultivares Cabernet Sauvignon‘ e Chardonnay‘;

• Relacionar os perfis temporais de NDVI/Greenseeker aos componentes de produção e às características físico-químicas de uvas;

• Correlacionar o NDVI/Greenseeker ao índice de área foliar, relação folha:fruto e biomassa retirada na poda;

• Relacionar os perfis temporais de NDVI/Greenseeker às variáveis meteorológicas nas safras avaliadas;

• Verificar a possibilidade de discriminação dos perfis temporais de NDVI/Greenseeker de cultivares de uvas tintas (Cabernet Sauvignon‘) e brancas (Chardonnay‘);

• Verificar a possibilidade de discriminação dos perfis temporais de NDVI/Greenseeker de vinhedos em sistema de condução latada e lira;

• Elaborar mapa com a variabilidade espacial dos valores de NDVI/Greenseeker em vinhedos; • Publicar dois resumos/resumos expandidos em congressos da área; • Publicar resultados do projeto na forma de um artigo científico em periódico especializado;

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• Realizar uma palestra, na unidade executora, sobre os resultados finais deste projeto para comunidade em geral, incluindo pesquisadores, produtores rurais, órgãos de assistência técnica e demais entidades da área.

METODOLOGIA:

O estudo será conduzido em vinhedos comerciais de Vitis vinifera localizados no município de Veranópolis, RS. A área de estudo corresponderá a vinhedos de uvas viníferas das cultivares Cabernet Sauvignon‘ e Chardonnay‘ conduzidos em lira e latada. A área média de cada vinhedo é 1 ha.

Para obtenção de medidas quinzenais de NDVI durante o ciclo vegetativo e produtivo das videiras (setembro a março) será usado o sensor remoto ativo Greenseeker posicionado de 80 cm a 1m de distância do dossel, para obtenção de medidas a cada 0,1 segundos.

O ciclo das plantas será acompanhado por meio do registro da data de ocorrência das principais etapas da cultura da videira, de acordo com escala fenológica BBCH ampliada. As principais etapas do manejo adotado na área de estudo serão acompanhadas por meio do registro da data de realização da atividade (aplicação de produtos fitossanitários e podas). Por ocasião das podas será obtido o peso dos ramos produtivos do ano, de 10 plantas por tratamento.

Em 10 plantas por tratamento serão obtidos os componentes de produção: número de ramos por planta, número de cachos por planta, número de bagas por cacho, peso de baga e produção por planta (kg). Da produção por planta será retirada uma amostra (mínimo 30 cachos por tratamento) para realização de análises físico-químicas das uvas, quais sejam: diâmetro de bagas, acidez total titulável (ATT) e sólidos solúveis totais (SST).

A área foliar será avaliada ao longo do ciclo vegetativo das videiras por meio do índice de área foliar (IAF). A relação folha:fruto será obtida por meio da quantificação da área foliar média (m2) e da massa de cachos produzida por planta (kg). A relação folha:fruto será contabilizada considerando a área foliar média no período compreendido entre o início da maciez das bagas à colheita na cultivar Chardonnay e entre a virada de cor das bagas à colheita na cultivar Cabernet Sauvignon.

Os dados meteorológicos serão obtidos da estação automática localizada na unidade da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária em Veranópolis (Fepagro Serra), distante 20 km da área de estudo. Serão avaliadas, quinzenalmente, as variáveis temperatura do ar (máxima, mínima e média), umidade do ar, precipitação pluvial, radiação solar global e velocidade do vento. Com os dados diários de temperatura média do ar será calculado o acúmulo mensal de graus-dia pelo método residual, considerando a temperatura basal mínima de 10°C.

Os dados de fenologia, produção, índice de área foliar, biomassa retirada na poda e dados meteorológicos serão correlacionados aos valores de NDVI obtidos por Greenseeker, de maneira a identificar as variáveis que podem ser estimadas por meio do índice de vegetação obtido por sensoriamento remoto ativo. Da mesma maneira, será determinada a evolução temporal do NDVI em cada sistema de condução/cultivar, como subsídio ao monitoramento e acompanhamento das principais etapas do ciclo produtivo de videiras na região de estudo e à caracterização da variabilidade interanual das safras de uvas associada às condições meteorológicas. PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES CIENTÍFICAS OU TECNOLÓGICAS DA PROPOSTA

Pesquisas na área de sensoriamento remoto focadas em frutíferas são fundamentais para caracterização da potencialidade de emprego de ferramentas orbitais e de superfície no monitoramento de sistemas produtivos e no auxílio à tomada de decisão no manejo de pomares. A maior parte dos estudos em sensoriamento remoto e agricultura de precisão são realizados em culturas anuais. No entanto, no País, o tema é pouco explorado em frutíferas.

A presente proposta busca promover o progresso científico pelo ineditismo e originalidade de seus potenciais resultados na caracterização do comportamento espectral de videiras e seu uso potencial em viticultura de precisão. Nesse sentido, a presente proposta disponibilizará

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metodologia para monitoramento da variabilidade entre plantas em vinhedos na região da Serra Gaúcha, ampliando os conhecimentos técnico-científicos na área.

O presente projeto, na medida em que será executado em propriedade rural representativa do sistema produtivo de uvas para vinhos, aliará a pesquisa à transferência de tecnologia. Dessa forma, a área experimental atuará como agente de difusão de tecnologia. Pretende-se gerar indicações técnicas adaptadas à realidade dos viticultores na região de estudo.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES: 2013 2014 2015 2016

Nov/Dez JFM AMJ JAS OND JFM AMJ JAS OND JFM AMJ JAS OND Capital 17.720 1.000 - 2.500 - - - - - - - - - Custeio 3.099 - - - - - 1.504 - - - 2.952 - 1.000 Total 20.819 1.000 - 2.500 - - 1.504 - - - 2.952 - 1.000

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00161 - 2011/14.

55. Estudo de viabilidade ambiental e econômica da criação de espécie de peixes nativos, piscicultura em tanques-rede na Lagoa da Cerquinha – Balneário Pinhal/RS

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Andréa Ferretto da Rocha COLABORADORES: Marcia Regina Stech Marcus Frederico Pinheiro LOCAIS DE EXECUÇÃO: Balneário Pinhal FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: 2012 a (...) OBJETIVOS GERAIS:

Tentar minimizar os impactos gerados no ambiente, desde a quantidade de tanques colocados no local como a escolha de uma ração de boa qualidade e reduzida quantidade de proteína bruta. Com este estudo piloto espera-se obter resultados importantes sobre a utilização da tecnologia dos tanques-redes na produção de espécies de peixes nativos em lagoas de baixa profundidade, além de oferecer a oportunidade do repasse tecnológico a possíveis aquicultores e consultores em aquicultura, que realizarão a parte prática do estudo. METODOLOGIA:

Serão adquiridos cinco milheiros de juvenis de jundiá de um produtor de alevinos próximo ao Balneário Pinhal e levados para o local onde será realizado o estudo. Antes de serem introduzidos nos tanques-rede, os juvenis serão avaliados para verificação do estado sanitário. Os juvenis serão alojados primeiramente dentro de bolsões no interior dos tanques-redes até atingirem diâmetro superior a 19 mm. Posteriormente os peixes serão retirados dos bolsões e colocados diretamente nos tanques-redes até o final do estudo.

As alimentações serão realizadas de preferência após as 17 horas, já que a espécie é preferencialmente noturna. Serão mantidos registros das quantidades de ração fornecidas para cada tanque diariamente.

Inicialmente os peixes serão alimentados com ração extrusada, 42% de PB, com 3 mm de diâmetro, em uma taxa de arraçoamento máximo de 5% da biomassa dividida em quatro ofertas diárias, inclusive à noite, até atingirem o peso aproximado de 50 g.

Posteriormente serão alimentados com ração extrusada, 32% de PB, 5 mm de diâmetro, em uma taxa de arraçoamento máximo de 3% da biomassa, dividida em quatro ofertas diárias.

Durante o período experimental de nove meses (270 dias) serão adicionados à lagoa aproximadamente 5 t de ração, o que equivale a 75 kg de fósforo (ração com 1,5% de fósforo), ou seja, 0,09 Kg de P/ha/ano; e 335,5 kg de nitrogênio (ração com 42% de PB=6,72% de N), ou seja 0,043 kg de N/ha/ano. Para acompanhar eventuais alterações da qualidade da água em decorrência desta adição serão monitorados os parâmetros de oxigênio dissolvido na água, pH, concentração de amônia, concentração de nitrito e transparência da água.

As coletas de água serão realizadas em 7 pontos amostrais, sendo um a extremidade oposta da lagoa e outro a jusante e os outros distribuídos dentro do perímetro licenciado. As análises

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serão mensais, sendo que as mesmas devem iniciar antes da instalação dos tanques-rede. Para manejo dos peixes serão utilizados os seguintes produtos químicos: NaCl (sal branco destinado a bovinos) e se necessário óleo de cravo para anestesiar os animais. Após o término do período de utilização destes produtos, os tanques e bolsões serão retirados da água, lavados com água e deixados expostos ao sol por cinco dias, sem o uso de nenhum produto químico. Puçás e outros utensílios serão lavados e desinfetados em solução de hipoclorito de sódio comercial, a qual poderá ser reaproveitada em vários usos.

Todo resíduo sólido gerado por mortalidade dos peixes ou após o abate serão utilizados para a produção de compostagem, realizada pelos próprios alunos e pescadores, e esta compostagem poderá ser utilizada em hortas dos próprios pescadores ou de entidades sociais. Esta providência garante a redução de contaminação de animais sadios, bem como do solo e da água onde poderiam ser descartados.

Para análise da viabilidade econômica do estudo serão determinados alguns critérios: • Valor Presente Líquido (VPL), que corresponde ao valor gerado ao longo do tempo,

considerando uma taxa de juros de 6%, menos o custo do investimento inicial. VPLs positivos indicam que o investimento é viável. Basicamente, é o calculo de quanto os futuros pagamentos somados a um custo inicial estaria valendo atualmente.

• Taxa Interna de Retorno (TIR), que traduz no percentual de rentabilidade da atividade. A TIR é uma eficiente ferramenta para avaliar a viabilidade de um investimento, ela reflete a taxa de retorno ganha em um projeto.

• Payback (PB), que avaliará em quanto tempo será recuperado o investimento, sendo que as empresas desejam um retorno em um período mais curto possível para aumentar a rentabilidade e reduzir o risco.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00162 - 2011/14.

56. Avaliação e caracterização da comunidade bacteriana não cultivável em uma área do Bioma Pampa com diferentes tipos de manejo

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Anelise Beneduzi da Silveira COLABORADORES: Fernanda Bertolo Silviane Ferreira Rafael Vargas Samuel Alvarenga Michelle Zibetti Tadra Sfeir Helisson Faoro Luciano Kayser Vargas Luciane M. P. Passaglia Emanuel M. Souza LOCAIS DE EXECUÇÃO: Eldorado do Sul/RS FONTE FINANCIADORA: CNPq/Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: 2014 a (...) OBJETIVOS: • Estudo da estrutura da comunidade bacteriana não-cultivável de uma área do bioma Pampa

com cinco diferentes tipos de manejo: campo de alto pastejo, campo de moderado pastejo, campo de baixo pastejo, campo de pastejo desativado há 25 anos e campo nativo;

• Pretende-se traçar um panorama global sobre os efeitos de cada manejo nas populações bacterianas, comparando cada área dos diferentes manejos com um campo de vegetação nativa e um campo desativado há vinte e cinco anos.

METODOLOGIA:

Para estudos e pesquisas mais detalhados, na primavera de 1986, na Estação Experimental Agronômica (EEA) da UFRGS em Eldorado do Sul/RS, uma área de aproximadamente 60 ha foi subdividida em oito piquetes (unidades experimentais), nos quais foram aplicados quatro níveis de Ofertas de Forragem (OF) para novilhos sob pastoreio contínuo, onde a taxa de lotação sofreu variação e os fatores físico-químicos do solo do Bioma foram avaliados. Será feita uma amostragem representativa, sendo esta composta por triplicatas de cada unidade experimental.

As unidades experimentais são as descritas abaixo: i. Campos NATURAIS do Bioma: são dominados por gramíneas, totalizando 450 espécies, especialmente dos gêneros Andropogon, Aristida e Paspalum, e aproximadamente 200 espécies de leguminosas; ii. Campos com BAIXA oferta de forragem (ou campos com baixo pastoreio): existe apenas um estrato de vegetação no pasto, menos heterogêneo e com um perfil de dossel baixo comparativamente aos demais tratamentos; iii. Campos com ofertas MODERADAS e ALTAS: ocorre maior frequência de touceiras, formadas principalmente por espécies dos gêneros Aristida, Eryngium, Andropogon (também

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presente no estrato inferior), Bacharis e Vernonia, configurando-se uma estrutura de pasto do tipo bimodal (estrato inferior e touceiras) e dispersa em mosaico; iv. Campo DESATIVADO há 25 anos: estrato de vegetação baixo, formação de touceiras, algumas espécies de Aristida, Bacharis, Paspalum.

Para a extração total do DNA do solo, será utilizada a metodologia de Soares et. al. 2007. Inicialmente serão homogeneizadas 15 g de solo em 50 mL de solução de Crombach. Em seguida, 10 mL dessa suspensão serão precipitados a 10 Krpm/5 minutos e suspendidos em 8 mL de solução de Crombach com a adição de 0,004 g de lisozima, para a concentração final (CF ) de 5 mg/mL. A mistura será incubada a 37ºC por 1 hora. Após este período serão adicionados 750 µL de SDS 10% (CF 1%) e incubado a 65ºC por 30 minutos. Decorrido esse tempo 1650 µL de AcK 8M (1/5 vol.) serão adicionados e a mistura será incubada à temperatura ambiente por 10 minutos. A amostra será centrifugada a 10 Krpm por 20 minutos, o sobrenadante será coletado, misturado a 4950 µL de PEG 50% NaCl 1M (1/2 vol.) e incubado no gelo por 30 minutos. Passado o tempo de incubação a amostra será centrifugada a 10 Krpm por 20 minutos e suspendida em 500 µL de TE 2 para a extração com Fenol/Clorofórmio, Clorofórmio, e precipitação do DNA com 300 µL de Isopropanol (0,6 vol.). A amostra será mantida em freezer por 24 h e após centrifugada a 12 Krpm por 15 minutos e o sobrenadante descartado. O precipitado será lavado com Etanol 70% e suspendido em 30 µL de TE 2. O DNA será checado em gel de agarose e purificado com coluna específica para DNA de solo.

A biodiversidade bacteriana será avaliada utilizando o sequenciamento parcial do gene que codifica o gene 16S rRNA amplificado diretamente das amostras ambientais. O sequenciamento será realizado na plataforma Illumina MiSeq.

O gene 16S rRNA será amplificado. O sequenciamento de DNA será realizado utilizando fragmentos de 500pb (2x250 em leituras pareadas), suficientes para cobrir a região amplificada, seguindo o protocolo recomendado pelo fabricante para a plataforma MiSeq. Os reads brutos do sequenciamento serão avaliados consecutivamente em vários tipos de filtros de qualidade de acordo com um fluxo de trabalho padronizado. A filtragem de erros óbvios de sequenciamento, isto é, (i) reads com bases ambíguas (N) e (ii) amplificação incorreta de primers, será feita usando um pipeline de processamento desenvolvido pelo nosso grupo (pipeline “caseiro”). Complementaridades inexatas da amplificação dos primers senso e antisenso ao read bruto em até 2 bases serão permitidas nesta etapa de processamento utilizando um algoritmo de pareamento de lógica difusa (fuzzy). Os reads que não apresentarem esses critérios serão descartados; os reads restantes terão as sequências de primers removidas.

Agrupamento das OUT, diversidade e riqueza de espécies serão analisadas utilizando o algoritmo ESPRIT com os parâmetros padrão, exceto para a etapa de préprocessamento, onde apenas seqüências correspondentes exatas serão consideradas para formar grupos de seqüências únicas.

Uma análise de rarefação será empregada para acessar a cobertura da comunidade microbiana por meio de conjunto de dados baseado nos resultados do agrupamento OTU. As curvas de rarefação serão obtidas pela plotagem dos tamanhos das amostras versos o número estimado de OTUs.

A classificação taxonômica dos reads sequenciados até o nível de gênero será realizada usando o classificador ingênuo Bayesiano RDP com um nível de confiança de 80%. RESULTADOS ESPERADOS:

Identificar a composição da comunidade bacteriana de cada tipo de manejo amostrado através de sequenciamento em massa, comparando sempre com um campo nativo do Bioma Pampa;

Gerar dados que permitam avaliar o impacto de cada tipo de manejo na região e permitir a execução de ações que visem à preservação da biodiversidade local e o manejo adequado das terras;

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Publicar os resultados em artigo de periódico especializado, indexado nas principais bases e divulgar também através de resumos e apresentações em congressos da respectiva área. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00163 - 2011/14.

57. Elaboração de inoculantes baseados em bactérias promotoras do crescimento vegetal que se associam ao milho e trigo adaptados a região noroeste do estado do Rio Grande do Sul

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Anelise Beneduzi da Silveira COLABORADORES: Luciano Kayser Vargas Bruno Brito Lisboa Luciane Maria Pereira Passaglia LOCAIS DE EXECUÇÃO: Fepagro FONTE FINANCIADORA: MDA/Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: 2012 a (...) OBJETIVO GERAL:

Elaboração de inoculantes baseados em bactérias promotoras do crescimento vegetal que se associam ao milho e trigo, que sejam adaptadas às condições edáficas do estado do Rio Grande do Sul e que substituam total ou parcialmente os fertilizantes químicos. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Isolamento e caracterização microbiológica de bactérias promotoras do crescimento vegetal

isoladas a partir de solo rizosférico e raízes de milho e trigoem diferentes regiões do estado do RS;

• Caracterização molecular de todas as linhagens bacterianas isoladas através do seqüenciamento de parte do gene do 16S rRNA e da metodologia RFLP;

• Agrupamento das linhagens bacterianas quanto a características microbiológicas e moleculares;

• Avaliação da capacidade de fixar nitrogênio, de produzir fito-hormônios, sideróforos e de solubilizar fosfatos de pelo menos um representante de cada grupo bacteriano identificado;

• Teste com as linhagens bacterianasmais eficientes na FBN e em outras características promotoras de crescimento vegetal, através de experimentos de inoculação de milho e trigoem casa de vegetação. As linhagens bacterianas serão inoculadas isoladamente e em consórcio;

• Formulação de pelo menos quatro tipos de inoculantes contendo diferentes misturas bacterianas: determinação da composição do inoculante, forma de utilização, forma de armazenamento e eficiência do mesmo no crescimento das plantas;

• Avaliação da utilização dos inoculantes em experimentos a campo; • Submissão das linhagens pela RELARE. METODOLOGIA:

O isolamento das bactérias diazotróficas será feito a partir de amostras de solo rizosférico e de raízes de milho e trigoemdiferentes regiões do Estado do RS. As amostras de tecido vegetal serão maceradas e, assim como as amostras de solo aderido às raízes, serão suspensas em solução

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salina 0,85%. Essas suspensões serão inoculadas em meios de cultura semi-seletivos sem adiçãode fonte de nitrogênio.

Para se verificar a eficiência e quantificação da extração, amostras de DNA serão analisadas em gel de agarose (0,8% em tampão TEB 1X).

Para a amplificação de sequências parciais do gene do 16S rRNA (aproximadamente 450 pares de bases) dos isolados obtidos serão utilizados os oligonucleotídeos iniciadores e L1401. As reações serão realizadas em um termociclador do tipo PCR Express Temperature Cycling System (Thermo Hybaid) e os fragmentos amplificados serão visualizados após eletroforese a 100 V por 1 h em gel de agarose 1% corado com brometo de etídeo. O marcador molecular 1 Kb plus DNA ladder (Gibco BRL) será corrido em todos os géis.

A caracterização será feita com aproximadamente 90 µl de cada produto de PCR será misturado a 90 µl de uma solução de precipitação (polietileno glicol 20%, NaCl 2,5M) e incubado por 30 min. a 37°C e centrifugado a 8000 g por 15 min. Os precipitados serão lavados com etanol 70% e deixados à temperatura ambiente para a secagem.

O procedimento de restrição será realizado suspendendo o precipitado em 40 µl de uma mistura contendo a enzima de restrição (2 U) e o seu respectivo tampão.

Os fragmentos amplificados serão submetidos à eletroforese com uma corrente de 90 V durante 8 h em géis de poliacrilamida 10% em tampão TBE 1X e, após, os géis serão corados com nitrato de prata.

O perfil de bandas nos géis será transformado em uma matriz binária bidimensional, onde 0 indicará a ausência de banda e 1 a presença. A similaridade/dissimilaridade genética entre os isolados será medida pelo coeficiente de Jaccard (i,j), que não considera as similaridades negativas. As matrizes serão analisadas pelo programa NTSYS-PC e os dendrogramas obtidos pelo método de agrupamento UPGMA (Unweighted Pair Group Method with Arithmetic Averages) pelo programa SAHN CLUSTERING do NTSYS.

Para a amplificação de seqüências parciais do gene do rRNA de 16S (aproximadamente 450 pares de bases) dos isolados serão utilizados os oligonucleotídeos iniciadores: U968 e L1401. As reações serão realizadas em um termociclador do tipo PCR Express Temperature Cycling System(Thermo Hybaid) e os fragmentos amplificados serão visualizados após eletroforese a 80 V por 1 h em gel de agarose 1,5 % corado com brometo de etídeo. O marcador molecular 1 Kb plus DNA ladder (Gibco BRL) será corrido em todos os géis. Os fragmentos obtidos serão seqüenciados em ambas as orientações no laboratório ACTGene do Centro de Biotecnologia, UFRGS, RS, no seqüenciador automático ABI-PRISM 3100Genetic Analyzer(Applied Biosystems). As seqüências obtidas serão comparadas com as disponíveis no banco de dados GenBank através do programa BLASTN (National Center for Biotechnology Information, http://www.ncbi.nlm.nih.gov/BLAST/).

Os isolados serão avaliados, por meio de testes in vitro, quanto à capacidade de produção de compostos indólicos, sideróforos, solubilização de fosfatos e fixação biológica de nitrogênio.

Os isolados serão multiplicados a 28°C em meio GB. Após 72 horas, as culturas bacterianas serão centrifugadas, retirando-se 60 µl de sobrenadante, que será misturado com 40 µl de reagente de Salkowski (2 ml 0,5 M FeCl3+ 98 ml 35% HClO4).

O método descrito por Sylvester-Bradley e colaboradores (1982) será utilizado para a avaliação da capacidade dos isolados em solubilizar fosfatos. As bactérias serão inoculadas em meio GL (10 g de glicose, 2 g de extrato de levedura e 15 g de ágar por litro) acrescido de duas soluções estéreis, misturadas no momento em que as placas forem vertidas: 5 g de K2HPO4 em 50 mL de água destilada e 10 g CaCl2 em 100 mL de água destilada. Os isolados que se multiplicarem no meio formando halos visíveis de clareamento serão considerados positivos para solubilização de fosfatos.

A capacidade de fixação de nitrogênio será medida a partir da multiplicação dos isolados em meio livre de N em frascos anaeróbicos. Após sete dias de multiplicação, será determinada a quantidade de N total presente no meio de cultura, pelo método de digestão sulfúrica e destilação com NaOH.

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As linhagens que apresentarem um número maior de características de promoção de crescimento vegetal serão testadas em experimentos em casa de vegetação e em experimento a campo. O experimento a campo será instalado na FEPAGRO-Vacaria, no município de Vacaria, RS. Em ambos os experimentos serão avaliados a velocidade de emergência das plantas, a altura das plantas, a produção de massa seca e o comprimento das raízes. Será utilizado o teste de Tukey para as análises estatísticas.

Para a preparação dos diferentes inoculantes a serem testados, os isolados serão multiplicados de forma individualizada em meio e temperatura adequados, sob agitação de 120 rpm, até atingirem uma densidade óptica de pelo menos 109 cfu por ml. A seguir, cada linhagem bacteriana será misturada em turfa estéril. Para o experimento em casa de vegetação aproximadamente 25 gramas da mistura turfa-bactéria serão distribuídas em sacos plásticos. As diferentes misturas bacterianas poderão conter até cinco espécies bacterianas distintas. Assim, os inoculantes poderão ter até 125 gramas de mistura turfa-bactéria. Esse inoculante será, então, misturado a 10 litros de água por ocasião do plantio. Para o experimento a campo as quantidades serão multiplicadas por dez. As sementes das plantas selecionadas serão mergulhadas na mistura de água e inoculante e a seguir serão plantadas. Alternativamente também será avaliada uma mistura de bactérias com solução aderente composta por estabilizantes e protetores celulares, que poderão garantir uma maior sobrevivência das bactérias nas sementes e no solo. A contribuição sinergística de compostos como o FeEDTA e polivinilpirrolidona (PVP) na performance do inoculante líquido também será avaliada.

Uma vez determinada a composição bacteriana ideal para cada inoculante, em relação a uma determinada espécie vegetal, serão avaliados os parâmetros de temperatura de armazenamento e o tempo de estocagem das sementes após a aplicação do inoculante, o que fornecerá informações a respeito da viabilidade das células.

As unidades experimentais serão compostas de copos plásticos de 500 mL contendo substrato de areia e vermiculita lavados e autoclavados, na proporção 2:1. Em cada recipiente serão colocadas sementes da espécie vegetal a ser testada, as quais já terão sido desinfestadas em solução de Hipoclorito 5% (v/v) por 5 min e submetidas à inoculação com os diferentes inoculantes. Um tratamento sem inoculação e um tratamento utilizando adubação mineral servirão como controles. A cada cinco dias serão adicionados 10 mL de solução nutritiva sem nitrogênio. As plantas inoculadas e controles serão mantidos por aproximadamente 60 dias e, após, terão seus parâmetros avaliados. Cada tratamento terá um delineamento em blocos casualizados, com três repetições e pelo menos cinco sementes por copo.

Para os experimentos a campo serão seguidos os procedimentos descritos no protocolo da Rede de Laboratórios para Recomendação, Padronização e Difusão de Tecnologia de Inoculantes Microbiológicos de Interesse Agrícola (RELARE). O solo da região experimental será analisado quanto a características edáficas, como pH, a matéria orgânica e níveis de ferro, fósforo e de alumínio.

As sementes das espécies vegetais analisadas, depois de inoculadas ou não (tratamento controle), serão semeadas de forma manual. As parcelas experimentais deverão ter no mínimo 4,0 x 6,0 m e serão distanciadas em, pelo menos, 1,0 m, com linhas espaçadas conforme recomendação para a cultura e a região. O delineamento experimental utilizado deverá ser o de blocos ao acaso, com, no mínimo, cinco repetições. O experimento de campo deverá conter as estirpes a serem testadas e os controles negativo (ausência de PGPR e de fertilizantes e adubos sintéticos) e positivo (sem PGPR, mas com o fertilizante e adubo sintético que a estirpe de PGPR se propõe a substituir parcial ou totalmente). Variedades comerciais de cada cultura serão utilizadas em todos os experimentos. RESULTADOS ESPERADOS: • Obtenção de pelo menos 100 isolados no primeiro mês do projeto e dos 200 restantes até o

segundo mês do projeto, totalizando 300 isolados;

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• Caracterização molecular e fenotípica dos 300 isolados: detalhamento genético (seqüenciamento parcial do gene do 16S rRNA e metodologia de RFLP) e avaliações microbiológicas desses isolados até o final do terceiro mês do projeto;

• Avaliação das propriedades de promoção de crescimento vegetal dos isolados escolhidos (um representante de cada agrupamento) até o final do quarto mêsdo projeto;

• Testes de inoculação em casa de vegetação de diferentes misturas de bactérias, em diferentes espécies vegetais e início da produção de inoculantes contendo misturas bacterianas até o sétimo mês do projeto;

• Experimentos a campo com os quatrotipos de inoculantes formulados, controle de estocagem, métodos de aplicação e eficiência dos inoculantes na promoção do crescimento de diferentes espécies vegetais, até o décimo mês do projeto;

• Submissão das linhagens à RELARE e possível aprovação destas para a composição de inoculantes, até o final do projeto.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00164 - 2011/14.

58. Apoio às cadeias produtivas locais e regionais de base familiar da região da serra gaúcha

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Cláudia Martellet Fogaça COLABORADORES: Rafael Anzanello Amanda Heemann Junges Lineu Mignon LOCAIS DE EXECUÇÃO: Veranópolis FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios / Corede Serra VIGÊNCIA PREVISTA: Abril 2013 a dezembro 2014 OBJETIVO GERAL:

A Fepagro Serra se propõe a estruturar e equipar a unidade, de maneira a subsidiar o desenvolvimento de atividades de pesquisa e extensão relacionadas à sustentabilidade em culturas tradicionais para região, tais como a videira, além de apoio as agroindústrias. METODOLOGIA:

Com o investimento solicitado para aquisição de equipamentos e adequação de unidades demonstrativas, a Fepagro Serra se propõe a estruturar e equipar a unidade, de maneira a subsidiar o desenvolvimento de atividades de pesquisa e extensão relacionadas à sustentabilidade em culturas tradicionais para região, tais como a videira, além de apoio as agroindústrias. Para tanto, será necessário adquirir equipamentos para viabilizar a coleta de dados no desenvolvimento das pesquisas e aumentar quali/quantitativamente a capacidade operacional instalada na unidade.

Aquisição de câmaras frias: a utilização de unidades de refrigeração possibilitará o armazenamento de frutos dos pomares da FEPAGRO Serra, os quais serão destinados à agroindústria de Caxias do Sul – CEFAZ (Centro de Fazenda Souza) e do IFRS – Campus Bento Gonçalves, para a obtenção de derivados e/ou processados (sucos, geleias, doces, sorvetes, destilados). Complementarmente, a utilização de câmaras frias poderá proporcionar a realização de experimentos pelo grupo de pesquisadores da FEPAGRO Serra, dentre eles ensaios de pós-colheita de frutos e quantificação das necessidades térmicas de espécies frutíferas temperadas durante o período hibernal. Para isso, seriam realizados testes de diferentes temperaturas para conservação de frutos em pós-colheita e testes das temperaturas efetivas para a superação da dormência, em cultivares de frutíferas de clima temperado.

Instalação de unidades demonstrativas: na Serra Gaúcha, principal região produtora de uva e vinho do país, o cultivo da videira é uma atividade importante, social e economicamente para um elevado número de pequenos produtores. Em virtude do caráter familiar e da tradição de cultivo da videira, o desenvolvimento de pesquisas e inovações tecnológicas é fundamental para o fortalecimento e aprimoramento da atividade na região. No cultivo da videira é necessário investir em técnicas de manejo da cultura para incrementar a produtividade dos parreirais e a qualidade dos frutos, assim como na difusão de novos materiais para agregar valor ao produto final (ex.: uvas de mesa apirênicas e uvas para suco).

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O cultivo protegido de videiras é uma importante tecnologia de redução de riscos associados à atividade e pode contribuir para o desenvolvimento de uma viticultura mais sustentável, a medida que permite viabilizar o uso racional de produtos químicos. Como se trata de um novo sistema de produção de uvas, este exige que sejam adotadas as variações fitotécnicas e fitossanitárias para que possa garantir todos os seus benefícios. Dessa forma, pretende-se implantar vinhedos (1,5ha) para avaliar aspectos agronômicos de videiras para suco e mesa cultivadas em diferentes sistemas de cultivo (convencional x protegido) na FEPAGRO Serra – Veranópolis.

Os resultados serão difundidos na forma de palestras, seminários, folders e dias de campo, visando atingir produtores, órgãos de assistência técnica e extensão rural, bem como a comunidade interessada na promoção do desenvolvimento da fruticultura na região da Serra Gaúcha. Para isso serão realizados dias de campo usando os pomares experimentais como unidades demonstrativas, sob a coordenação da EMATER/ASCAR-RS.

Com os recursos solicitados será dado suporte às atividades nas áreas de manejo e tratos culturais, fisiologia vegetal, agrometeorologia e pós-colheita de frutos, passando pelo manejo da irrigação e fertirrigação em uvas de mesa, caracterização fenológica, fisiológica e produtiva de uvas para suco e caracterização e ajuste fitossanitário para uvas de mesa. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Atividades 2013 2014 J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D

Aquisição de câmaras frias x x x x x x x x x x x

Armazenamento de frutos x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Implantação sistemas de irrigação x x

Implantação de vinhedo x x Manutenção e condução frutíferas x x x x x x x x x x x x x x x x

Análises laboratoriais x x x x Formação de agricultores (cursos) x x x x x x

Dias de campo x x x Produção de material técnico/científico x x x x

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00165 - 2011/14.

59. Insumos biológicos para o cultivo sustentável do tomateiro PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Gerusa Pauli Kist Steffen COLABORADORES: Rosana Matos de Morais Cleber Witt Saldanha Rita de Cássia Sobrosa Trento Benjamin Dias Osorio Filho Enilson Luis Saccol de Sá Zaida Inês Antoniolli Ricardo Bemfica Steffen LOCAIS DE EXECUÇÃO: Fepagro Florestas – Santa Maria, RS FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios /FAPERGS VIGÊNCIA PREVISTA: Dezembro de 2013 a novembro de 2015 OBJETIVO GERAL:

Estudar a utilização de insumos biológicos, tais como inimigos naturais de pragas, microrganismos promotores de crescimento e vermicomposto no cultivo do tomateiro, bem como, avaliar a viabilização destas práticas na redução ou supressão do uso de agrotóxicos e de fertilizantes minerais. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Coletar, testar e multiplicar linhagens nativas de parasitoides do gênero Trichogramma

ocorrentes nos sistemas de cultivo de tomateiro na região central do Rio Grande do Sul para o controle de lagartas;

• Isolar e selecionar isolados de Trichoderma sp. com potencial antagônico a patógenos fúngicos que atacam a cultura do tomateiro na região central do Rio Grande do Sul;

• Avaliar a promoção de crescimento de plantas de diferentes variedades de tomateiro por microrganismos de solo, entre os quais, bactérias do grupo dos rizóbios, bactéria da espécie Bacillus subtilis e isolados do gênero Trichoderma.

• Determinar a eficiência da aplicação de vermicomposto no cultivo do tomateiro, como alternativa ao uso de adubos minerais;

• Testar a viabilidade de utilização integrada dos diferentes insumos biológicos estudados, com desempenho promissor, em sistema de cultivo de tomateiro sem o emprego de agrotóxicos e fertilizantes minerais.

METODOLOGIA:

Para a realização deste projeto, o trabalho será subdividido em cinco estudos sobre o cultivo do tomateiro na região central do Estado do Rio Grande do Sul.

Serão coletadas linhagens de Trichogramma ocorrentes naturalmente em sistemas de produção de tomateiro em três localidades da região central do Rio Grande do Sul. Para o levantamento das espécies de Trichogramma em campo, serão utilizadas armadilhas

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confeccionadas com ovos de hospedeiros alternativos de Anagasta kuehniella (Zeller) (Lep.: Pyralidae). Os ovos de A. kuehniella serão colados em cartelas de cartolina, com goma arábica e inviabilizados pela exposição em câmara laminar com luz ultravioleta durante 50 minutos.Em todas as ocasiões de coleta, serão registrados dados como: local, data e coordenadas geográficas (com uso de GPS de navegação). Os dados de temperatura e umidade relativa em cada local e data de coleta serão obtidos junto à estação meteorológica mais próxima.

Em laboratório, as cartelas recolhidas do campo, contendo ovos do hospedeiro alternativo, serão acondicionadas em tubos de vidro (8,5 x 2,5cm), tampados com algodão hidrófilo, e mantidos até a possível emergência de parasitoides em câmara climatizada (25 ± 1°C, fotofase de 16h, 70 ± 10% % UR).

A capacidade de parasitismo de fêmeas de cada espécie/linhagem será avaliada primeiramente em laboratório. Posteriormente, serão instaladas unidades experimentais em campo no Centro Fepagro Florestas, que serão formadas por parcelas contendo 200 plantas cada. Os tratamentos serão constituídos de parcelas onde ocorrerá a liberação de parasitoides pertencentes às diferentes linhagens de Trichogramma coletadas em campo e multiplicadas em laboratório, e uma com cultivo convencional (testemunha).

Para avaliar a eficiência dos parasitoides no campo, serão monitorados, semanalmente, a quantidade de ovos da traça-do-tomateiro e o índice de danos nas folhas, através da coleta de 50 folíolos do terço superior das plantas, em cada parcela.

Os isolados de Trichoderma sp. serão obtidos a partir de amostras de solo oriundas de cultivos de tomateiro estabelecidos no município de Santa Maria (RS). Amostras de solo serão coletadas na base das plantas, à distância aproximada de 5cm do colo e de 0 a 10cm de profundidade. Alíquotas de 10g de cada uma das amostras de solo serão transferidas para frascos Erlenmeyer de 125mL contendo 90mL de solução Tween 80 (0,05%) esterilizada. Serão realizadas três repetições por cada amostra de solo. As culturas serão mantidas em incubadora a 25±2 °C com fotoperíodo de 12h.

A avaliação da eficiência de isolados de Trichoderma sp. no controle in vitro de cinco espécies de fitopatógenos de importância para o cultivo de tomateiro será realizada através da técnica de confronto direto. Serão avaliados os seguintes fitopatógenos: Sclerotium rolfsii, Sclerotinia sclerotiorum, Alternaria alternata, Oidium lycopersici e Phythium sp., agentes causadores das doenças podridão de Sclerotium, mofo branco, cancro da haste, oídio e tombamento, respectivamente.

Para a produção do inóculo dos fitopatógenos, porções do micélio fúngico serão transferidas para placas de Petri contendo meio BDA, as quais permanecerão em incubadora a 27 °C, com fotoperíodo de 12h, durante cinco dias. Após esta etapa, os fitopatógenos estarão prontos para serem utilizado em testes de confronto direto in vitro ou para inoculação em mudas de tomateiro.

Ao término do período de incubação, as placas serão feitas as avaliações. O delineamento experimental utilizado para esse estudo será o inteiramente casualizado com quatro repetições por tratamento. Para este ensaio, plântulas de tomateiro serão transplantadas para vasos plásticos (capacidade para 6 litros) contendo solo esterilizado (autoclavado através de três ciclos de 60 minutos a 121 °C) e adubado com fertilizantes minerais, para evitar a inoculação de microrganismos presentes em fertilizantes orgânicos.

Para avaliar o efeito antagonista de isolados de Trichoderma sp. sobre fitopatógenos, serão selecionadas duas espécies de fungos fitopatogênicos, ou seja, aquelas que apresentarem maior porcentual de controle pelos isolados de Trichoderma sp. nos ensaios in vitro. As mudas de tomateiro serão inoculadas com o fitopatógeno através da deposição de dois discos (9 mm de diâmetro) do micélio fúngico cultivado em laboratório, sobre o coleto de cada muda. O tratamento testemunha será constituído pela deposição de discos de meio de cultura sem fungo, com igual diâmetro, sobre o coleto das mudas. Para comprovar a colonização do fitopatógeno nas mudas, fragmentos de aproximadamente 0,5cm retirados do coleto das plantas, serão desinfestados superficialmente com álcool 70% e transferidos, assepticamente, para placas de Petri contendo

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BDA, seguido de incubação a 25±2 °C em ambiente escuro durante sete dias, visando o reisolamento do agente etiológico da doença e confirmação da patogenicidade.

Sementes de tomate serão tratadas com suspensão de Trichoderma sp. e Bacillus subtilis em laboratório. Para este ensaio, será utilizado o isolado de Trichoderma sp. que apresentar melhor resposta nos testes de antagonismo a fitopatógenos in vitro. Após os períodos de incubação do fungo e da bactéria, sob temperatura de 25±2 °C, com fotoperíodo de 12h, será realizada a inoculação dos microrganismos (microbiolização) nas sementes, através do método de contato via BDA. Para isso, sementes de tomateiro previamente desinfestadas (hipoclorito de sódio a 1% por 1 minuto, álcool 70% por 30 segundos e lavagem em água destilada esterilizada) serão dispostas em placas de Petri contendo os microrganismos que serão avaliados quanto à capacidade de promover crescimento em plantas de tomateiro.

O tratamento testemunha constará da deposição de sementes previamente desinfestadas sobre meio de cultura BDA sem inoculação dos microrganismos. Após a aplicação dos tratamentos, será realizada a semeadura em bandejas de isopor (uma semente/célula), e o substrato utilizado será solo esterilizado (autoclavado através de três ciclos de 60 minutos a 121 °C). Serão avaliadas as seguintes variáveis: emergência de plântulas, sementes não germinadas, altura, número de folhas, massa fresca e seca da parte aérea e raízes aos 30 e 45 dias após a emergência.

Para a Avaliação da inoculação de Trichoderma sp., Bacillus subtilis e rizóbios em plantas de tomateiro, serão realizados experimentos em casa de vegetação, no Centro da Fepagro Florestas, Santa Maria/RS e no campo, na Estação Experimental da Uergs, em Cachoeira do Sul/RS, com plantas de tomateiro. Em casa de vegetação, serão realizados quatro experimentos, com seis repetições, em delineamento inteiramente casualizado, um para cada variedade de tomateiro. Cada unidade experimental irá conter uma planta de tomateiro, conduzida verticalmente em barbante. Os tratamentos consistirão de inoculação com estirpes de bactérias do grupo dos rizóbios, isolados de fungos do gênero Trichoderma, bactéria Bacillus subtilis e tratamento testemunha (sem inoculação de microrganismos).

A aplicação dos tratamentos ocorrerá no momento do transplante das mudas, com a inoculação de meio de crescimento contendo o mesmo número de células de microrganismos entre os tratamentos. Para o tratamento testemunha, será utilizado meio de crescimento esterilizado. Aos quarenta dias após o transplante, duas das repetições de cada tratamento serão cortadas, sendo separadas em parte aérea e sistema radicular, para avaliação da massa fresca e seca. As plantas das outras seis repetições serão conduzidas até o final do ciclo para avaliação da produtividade, massa de frutos e análise nutricional dos frutos.

As duas variedades mais responsivas nos estudos em casa de vegetação serão testadas a campo, em experimento em delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos deste experimento consistirão de inoculação com os microrganismos mais promissores no estudo de casa de vegetação, além do tratamento testemunha. A inoculação ocorrerá no momento do transplante das mudas, com a aplicação de meio de crescimento contendo o mesmo número de células de microrganismos entre os tratamentos. Para o tratamento testemunha será utilizado meio de crescimento sem a presença de microrganismos. As unidades experimentais serão constituídas de parcelas de 13,5 m2 (3m x 4,5m). As plantas serão conduzidas em estacas de bambu e o manejo seguirá as recomendações técnicas para o cultivo do tomateiro no Rio Grande do Sul até o final do ciclo (CQFS-RS/SC, 2004). Serão realizadas avaliações da produtividade, massa de frutos e qualidade nutricional dos frutos. Os resultados obtidos serão submetidos à análise da variância, e as médias comparadas pelo teste Scott-Knott a 5% de probabilidade de erro, utilizando-se o software SISVAR 4.6 (Ferreira, 2000).

Mudas de tomateiro de uma cultivar de expressão na região central do Estado do RS serão produzidas em bandejas de isopor e, posteriormente, transplantadas para vasos contendo o substrato referente a cada tratamento. Os tratamentos serão constituídos por diferentes doses de vermicomposto e solo, os quais serão comparados com um tratamento testemunha, referente ao uso de fertilização mineral. Os vasos serão mantidos em casa de vegetação. Serão avaliados parâmetros relacionados ao crescimento e desenvolvimento das mudas (altura, número de folhas,

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fitomassa fresca e seca da parte aérea e raízes) e à produtividade (número e peso médio de frutos) no final do ciclo da cultura. A análise estatística dos dados e o teste de médias serão realizados pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade de erro, utilizando-se o programa estatístico SISVAR 4.6 (Ferreira, 2000).

Para a viabilização de sistema de produção de tomateiro com uso exclusivo de insumos biológicos, serão realizados dois experimentos de campo, um na Fepagro Florestas, em Santa Maria/RS e o outro na Estação Experimental da Uergs, em Cachoeira do Sul/RS. A variedade de tomateiro utilizada será a mais responsiva aos insumos biológicos testados nos estudos anteriores. Um dos tratamentos consistirá de sistema de cultivo, sem utilização de fertilizantes minerais e agrotóxicos durante o ciclo. O tratamento controle consistirá de cultivo convencional de tomateiro, segundo as recomendações técnicas, e do emprego de adubação mineral e agrotóxicos recomendados para o controle de invasoras, pragas e doenças. Serão realizadas avaliações da produtividade, massa de frutos e qualidade nutricional dos frutos. Os resultados obtidos serão submetidos à análise da variância, e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade de erro. RESULTADOS ESPERADOS: • Determinar linhagens de Trichogramma eficientes para o controle de lagartas na cultura do

tomateiro; • Depositar no Banco de Fungos da Fepagro Florestas isolados de Trichoderma sp. com

potencial para controle de patógenos do tomateiro; • Estabelecer uma recomendação de uso de rizóbios, bactéria da espécie Bacillus subtilis e

isolados do gênero Trichoderma sp. como promotores de crescimento de plantas de tomateiro; • Determinar uma composição de substrato à base de vermicomposto de esterco bovino e casca

de arroz carbonizada para ser utilizado na fertilização orgânica do tomateiro; • Viabilizar um sistema de produção modelo eficiente de cultivo de tomateiro sem o emprego de

agrotóxicos e fertilizantes minerais; • Publicar no mínimo três artigos em periódicos científicos e elaborar um livro sobre o cultivo

sustentável do tomateiro em formato digital. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Atividades 2013 2014 2015 dez jan-mar abr-jun jul-set out-dez jan-mar abr-jun jul-set out-nov

1 X X X X 2 X X X X X 3 X X X X 4 X 5 X X 6 X X 7 X X X X 8 X X X X X 9 X X X X X 10 X X 11 X X X 12 X X X 13 X 14 X X X

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00166 - 2011/14.

60. Isolamento e avaliação de isolados de Trichoderma sp. com potencial antagonista a fungos fitopatogênicos

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Gerusa Pauli Kist Steffen COLABORADORES: Breno Bevilaqua Heinz LOCAIS DE EXECUÇÃO: Fepagro FONTE FINANCIADORA: FAPERGS/Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: 2013 a 2015 OBJETIVOS: • Isolar e selecionar isolados de Trichoderma sp. com potencial antagônico a fitopatógenos

fúngicos que atacam culturas agrícolas; • Despertar o interesse de alunos de graduação na realização de pesquisas visando o controle

biológico de doenças em plantas; • Contribuir para a formação de alunos de graduação com potencial para a realização de

pesquisas em biotecnologia aplicada à agricultura; • Elaborar um artigo científico para divulgar os resultados obtidos através da pesquisa. METODOLOGIA: Os isolados de Trichoderma sp. serão obtidos a partir de amostras de solo oriundas de cultivos agrícolas e ambientes nativos do município de Santa Maria (RS). Amostras de solo serão coletadas na base das plantas, à distância aproximada de 5cm do colo e de 0 a 10cm de profundidade, as quais serão acondicionadas em sacos plásticos devidamente identificados e armazenadas em caixas de isopor até serem levadas ao laboratório da Fepagro Florestas. Alíquotas de 10g de cada uma das amostras de solo serão transferidas para frascos Erlenmeyer de 125mL contendo 90mL de solução Tween 80 (0,05%) esterilizada. Os frascos serão vedados com parafilme e agitados constantemente (200rpm) durante 40 minutos, à temperatura de 25±2 °C. Em seguida, serão realizadas diluições seriadas para cada plaqueamento. Cerca de 100µL da diluição será espalhada sobre a superfície do meio Martin (1g de KH2PO4; 0,5g de MgSO4 7H2O; 5g de peptona; 10g de dextrose; 15g de ágar; 0,03g de rosa bengala; 0,250g de Chloramphenicol e água destilada para completar 1000mL) com o auxílio de alça de Drigalsky esterilizada. Serão realizadas três repetições por cada amostra de solo. As culturas fúngicas serão mantidas em incubadora a 25±2 °C com fotoperíodo de 12h. Diariamente, as placas serão observadas, sendo que as colônias típicas de Trichoderma sp. serão transferidas para placas de Petri contendo meio de cultura Batata-Dextrose-Ágar (BDA) e incubadas nas mesmas condições já descritas anteriormente. Após confirmação da identificação dos isolados em nível de gênero, que será realizada com base nas características morfológicas em microscópio, as colônias serão purificadas através de culturas monospóricas.

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Serão avaliados os seguintes fitopatógenos: duas espécies do gênero Fusarium e Ceratocystis fimbriata, os quais já estão sendo mantidos em câmara climatizada no laboratório de cultura de tecidos e microbiologia da Fepagro Florestas. Para a produção do inóculo dos fitopatógenos, porções do micélio fúngico serão transferidas para placas de Petri contendo meio BDA, as quais permanecerão em incubadora a 27 °C, com fotoperíodo de 12h, durante cinco dias. Após esta etapa, os fitopatógenos estarão prontos para serem utilizados nos testes de confronto in vitro. Para os testes de confronto direto in vitro, um disco de meio de cultura BDA de 9mm de diâmetro contendo micélio do fitopatógeno será transferido para placas de Petri, também contendo meio BDA, a 0,5cm da borda da placa. As placas serão incubadas durante 48h a 25±2 °C com fotoperíodo de 12h. Após esse período, um disco de meio de cultura BDA, com 9mm de diâmetro, contendo micélio de isolado de Trichoderma sp., será transferido para a posição oposta ao disco de micélio do fitopatógeno nas placas de Petri. As placas serão mantidas em incubadora durante sete dias nas mesmas condições previamente descritas. Ao término do período de incubação, as placas serão avaliadas. O delineamento experimental utilizado para esse estudo será o inteiramente casualizado com quatro repetições por tratamento. A comparação entre as notas atribuídas a cada isolado pela escala de Bell e será realizada através do Teste U de Mann-Whitney. As análises serão feitas utilizando o software SISVAR 4.6.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00167 - 2011/14.

61. Monitoramento da fauna edáfica ás margens do Banhado do 25 PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Ivan Renato Cardoso Krolow COLABORADORES: Daniela da Rocha Vitória Krolow (FEPAGRO-SUL; IFSUL - ETC) Rosa Maria Domingues Moraes (FEPAGRO-SUL). Tânia Araújo Gamboa Morselli (UFPEL-SPAF-SOLOS) Raul Matos Araújo (UFPEL-SPAF) Estagiário: Mariana Casalinho (UFPel) LOCAIS DE EXECUÇÃO: Fepagro Sul/Faem-UFPel FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Novembro 2011 a Dezembro de 2014 OBJETIVO GERAL: Monitorar a fauna edáfica ás margens do banhado do 25. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Aproximar instituições de ensino e pesquisa com vistas à preservação do ambiente; • Criar um banco de dados que possa fornecer informações da realidade em que se encontram as

populações faunísticas a partir da implantação do trabalho; • Monitorar a fauna edáfica que margeia as áreas alagadas da Fepagro Sul; • Divulgar os dados levantados através de publicações e reuniões técnicas sobre o tema. METODOLOGIA:

O presente estudo será implantado nas margens do Banhado do 25 e em locais não alagados que margeiam as áreas de pesquisa, assim como nas respectivas áreas que se desenvolvem estudos na cultura do alho, cebola, cenoura e pimenta rosa da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária – Unidade Sul, BR 392, km 36,5 na localidade da Vila Domingos Petroline, 3º distrito do município de Rio Grande/RS, situado 31°59' a latitude sul e a 52°17' de longitude oeste do meridiano de Greenwich e a 10,4m. As coletas da fauna edáfica (macro e mesofauna) seguirão uma ‘malha amostral georreferênciada’ pré-estabelecida. A cada semestre após o ano da implantação serão coletadas amostras de solo e vegetação, que totalizaram cinco coletas coletivas, procedimento que visa a observação de longo prazo, podendo ser ampliado caso exista logística disponível. Em cada ponto de coleta realizar-se-á duas coletas, a primeira de superfície e a segunda de interior do solo. Nas coletas de superfície serão utilizada as Armadilhas de Tretzel e nas coletas de interior de solo cilindros de volume e peso conhecidos que depositar-se-á os materiais em Extratores de Tüllgren, que permanecerão por 48 h. Posteriormente, os organismos coletados vão ser transferidos a placas de Saracusa para serem submetidas à exames (identificação e contagem) em lupas binocular no Laboratório da Fepagro Sul.

As coletas de solo com objetivo de investigar os atributos químicos e físicos do solo e a relação direta dos organismos com a fertilidade natural dos solos estudados seguirá as orientações da ‘malha amostral georreferênciada’. Amostras de solo vão ser coletadas em sub-amostras na

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profundidade de 0-10 cm em número que represente a realidade e condição do local estudado, unificando-as para serem secas em estufa, peneiradas a 2 mm e analisadas quimicamente, determinando-se pH, relação C/N, matéria orgânica, macronutrientes, micronutrientes, e valores de condutividade elétrica. Enquanto que os atributos físicos que vão ser avaliados são: temperatura e umidade do solo que serão observados no momento da coleta e precipitação local acumulada durante o período entre coleta. As amostragens para obter a temperatura no momento da coleta vão ser obtidas através do uso de um termômetro digital, tipo Espeto a profundidade de 10 cm e para a umidade do solo a 10 cm. A precipitação local será obtida da coleta de dados de um pluviômetro instalados na área experimental, assim como da estação meteorológica da Fepagro.

Os resultados vão ser submetidos à análise de variância, Teste de médias (Duncan 5%) de probabilidade, e análise de regressão utilizando-se o Sistema de Análises Estatística-Winstat e após o inquérito da fauna edáfica os valores vão ser submetidos a obtenção da densidade (número de indivíduo por m2), riqueza (número de grupos encontrados), freqüência relativa, classificação por categoria de abundância (< 2% - raros; 2-10% - ocasionais; 10-50% - abundantes e > 50% - dominantes) conforme adaptado de (Santos, 2000 apud Merlin 2005), ao índice de diversidade de

Shannon-Wiener (1949), o qual é descrito como: H= ∑−

−1

lni

pipi , onde pi = ni/N; ni = valor de

importância de cada espécie ou grupo; N = total dos valores de importância e ao índice de equitabilidade ou uniformidade que se refere ao padrão de distribuição dos indivíduos obtido por meio da equação: e = H /log S, onde H = Índice de Shannon; S = Número total de espécies ou grupos na comunidade.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Quadro 1. Cronograma de atividades-Fepagro Sul, Rio Grande-RS, 2011/14.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00168 - 2011/14.

62. Determinação de parâmetros agrometeorológicos, agronômicos e fitossanitários para o cultivo do tomate cereja em ambiente protegido e a campo

COORDENADORA: Ivonete Fatima Tazzo

COLABORADORES: Bernadete Radin Loana Silveira Cardoso Carolina Bremm Bruno Brito Lisboa Andréia Mara Rotta de Oliveira Cândida Raquel Scherrer Caren Regina Cavichioli Lamb Félix Rubén Arguedas Elis Borcioni FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Novembro 2011 a Dezembro de 2014 LOCAL DE EXECUÇÃO: Fepagro de Viamão, RS. OBJETIVOS: • Determinar o filocrono e a soma térmica das cultivares de tomateiro, tipo cereja, no ambiente

protegido e campo aberto, em diferentes épocas de plantio; • Estudar a interferência dos elementos meteorológicos no tomateiro cultivado no ambiente

interno e externo da estufa; • Avaliar o comportamento do microclima dentro do ambiente protegido ao longo do ciclo da

cultura nas condições do experimento; • Determinar os indicadores bioclimáticos para as cultivares de tomateiro, tipo cereja, cultivados

no ambiente protegido e campo aberto; • Determinar modelos para previsão das características fenométricas em função dos graus dias; • Avaliar o status nutricional das cultivares de tomateiro, cultivadas em ambiente protegido e

campo aberto; • Avaliar a influência do sistema de condução - em campo aberto e ambiente protegido - do

tomateiro tipo cereja, sobre a incidência de doenças; • Avaliar o potencial produtivo e a qualidade de frutos do tomate cereja em função de

variedades e ciclos, em campo aberto e ambiente protegido; • Determinar melhores épocas de plantio para as cultivares em campo aberto e ambiente

protegido.

METODOLOGIA: Os experimentos serão instalados a campo e em estufa plástica na área experimental do

Centro de Pesquisa da FEPAGRO em Viamão, RS.

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A cultura a ser utilizada será o tomateiro (Lycopersicon esculentum), do tipo cereja, e os híbridos utilizados serão: Cereja Hibrido Coco (Isla), Cereja Hibrido Chipano (Takii).

O experimento será realizado em duas épocas de cultivo, sendo que em cada um deles serão avaliadas três épocas de plantio:

1- Primavera/verão: em meados e final do mês de setembro e meados no mês de outubro. 2- Outono/inverno: em meados de março, início e final de abril. Semanalmente serão realizadas medições de área foliar em duas plantas de cada parcela,

através de um medidor de área foliar. Também serão contabilizados o número de folhas e a altura dessas plantas. Para as determinações fenológicas serão observadas a data de transplante, início da floração (abertura de 50% das flores) e início da colheita.

Com a data de ocorrência das fases fenológicas de cada planta e com os dados climatológicos medidos durante os subperíodos (Transplante – Início de florescimento; Inicio de florescimento – Inicio da maturação; Inicio da maturação – Início da colheita; Início da Colheita – Final da colheita), serão calculados os Graus dias (GDD), a soma térmica e os índices bioclimáticos: Índice Heliotérmico de Geslin (IHG), Acúmulo da Evapotranspiração de Referência (AETR) e Acúmulo da Radiação Fotossinteticamente Ativa (ARFA).

Os dados obtidos para cada índice bioclimático das diferentes cultivares serão analisados através de estatística clássica, obtendo-se a média, o desvio padrão e o coeficiente de variação; este último parâmetro servirá de base para a escolha do índice bioclimático a ser utilizado na quantificação da duração dos subperíodos de desenvolvimento das cultivares.

A temperatura do ar e a umidade relativa do ar no interior da estufa serão medidos com sensores, ligados a um sistema automático de aquisição de dados (datalogguer), sendo os dados armazenados a cada 30 minutos. Os elementos meteorológicos diários do ambiente externo serão obtidos na estação meteorológica automática, localizada próximo à estufa.

A condição nutricional de cada cultivar será investigada por meio da análise química de tecido vegetal, com a determinação de macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S) e micronutrientes (Bo, Cu, Zn, Fe, e Mn).

As amostras foliares serão coletadas da terceira folha (com pecíolo a partir da ponta) de 25 plantas por ocasião do primeiro fruto maduro, conforme CQFSRS/SC (2004).

Serão comparados os teores de nutrientes entre as cultivares, além avaliar a ocorrência de correlação entre os teores de nutrientes e os fatores estudados (cultivares, época de plantio e ambiente de cultivo).

A incidência de doenças nas plantas será determinada por inspeção semanal das plantas, a partir do aparecimento dos sintomas da doença, até a colheita. A diagnose será realizada com base nos sintomas típicos da doença, em todas as plantas da parcela. Em caso de dúvida quanto a algum sintoma, amostras serão transportadas ao Laboratório de Fitopatologia da FEPAGRO - LAFIFE para análise e diagnose do agente causal. Para acompanhamento da severidade da doença, dez plantas serão marcadas e avaliadas utilizando uma escala diagramática, com variação de 0 a 100% de área foliar lesionada pela requeima. Os valores obtidos ao longo das avaliações serão utilizados para calcular a área abaixo da curva do progresso da doença (AACPD).

Após a colheita, os seguintes parâmetros produtivos e qualitativos serão avaliados: massa média de frutos (MMF); número médio de frutos (NF) por unidade de área; produtividade; produção nas classes; acidez total titulável (ATT); sólidos solúveis totais (SST); pH; teor de ácido ascórbico e aparência externa dos frutos.

Para as análises químicas, os frutos serão fracionados, homogeneizados e acondicionados em embalagens de vidro identificadas, posteriormente serão congeladas ou conduzidas para as análises.

Os sólidos solúveis totais do filtrado da amostra serão determinados por refratômetria e seus resultados corrigidos para 20°C. A acidez titulável será determinada por titulação de uma solução de 10 mL de suco e 90 mL de água destilada com uma solução de 0,1 N de NaOH até atingir pH 8,1 pH.

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A relação dos sólidos solúveis totais (SST) com a acidez titulável total (ATT) expressa em °Brix/mg% será calculada pela relação do SST/ATT.

O teor de ácido ascórbico (vitamina C) será determinado por pela reação do corante 2,6-diclorofenol indofenol. PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DA PROPOSTA:

A determinação dos parâmetros agrometeorológicos, fitossanitários e agronônomicos para o tomate cereja cultivado tanto no interior de estufas como a campo, fornecerá maior subsídio ao produtor, no que se refere ao manejo da cultura, escolha de cultivares e épocas de plantio possibilitando o escalonamento da produção e consequentemente maior rentabilidade. A modelagem de parâmetros da relação planta x ambiente possibilitará ajustes do manejo da cultura tanto no cultivo em estufa como a campo, além do seu uso no melhoramento genético.

O limitado conhecimento da complexidade do manejo das culturas em ambiente protegido pode levar a estratégias de manejo inapropriadas, determinando degradação e perda da produtividade. Dessa forma, o detalhamento das observações científicas por meio da modelagem em ambientes protegidos é uma necessidade para nortear as tomadas de decisão e conduzir os sistemas de produção a um patamar de equilíbrio entre a exploração econômica e a sustentabilidade no longo prazo.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00169 - 2011/14.

63. Influência de plantas de cobertura sobre parâmetros de solo e produtividade de culturas de grãos no planalto médio do Rio Grande do Sul

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Madalena Boeni COLABORADORES: Liege Camargo da Costa Dejair José Tomazzi Maria da Graça de Souza Lima André Boldrin Beltrame Juliano Dalcin Martins Noé de Mello Salles André Dabdab Abichequer Cleudson Michelon João Pelegrini Zanandra Boff de Oliveira Sandro José Giacomini Dinis Deuschle LOCAIS DE EXECUÇÃO: Estação Experimental da Fepagro Sementes – Júlio de Castilhos-RS. FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Janeiro de 2014 a Maio de 2016

OBJETIVO GERAL:

Avaliar o potencial de espécies de cobertura de solo de verão e de inverno, rotacionadas com culturas comerciais em sistema plantio direto, no incremento da qualidade do solo e da produtividade das culturas, visando a sustentabilidade do sistema de produção agrícola. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Avaliar o efeito de espécies de cobertura de solo de verão e de inverno no desempenho

agronômico das culturas produtoras de grãos de inverno (trigo) e de verão (soja e milho), mais utilizadas na região do Planalto Médio;

• Determinar a contribuição das espécies de cobertura nos atributos físicos e químicos de solo ao longo de três anos agrícolas;

• Difundir a tecnologia gerada pelo projeto para pesquisadores, extensionistas, técnicos, agricultores e estudantes.

METODOLOGIA:

O experimento será instalado em um solo classificado como ARGISSOLO VERMELHO AMARELO Distrófico típico, de textura argilosa, na Estação Experimental da Fepagro Sementes, em Júlio de Castilhos-RS. Uma Unidade Demonstrativa (UD) será instalada no Instituto Federal Farroupilha/Júlio de Castilhos/RS, no mesmo tipo de solo, para fins de utilização em aulas práticas.

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O local que necessitar calagem para aumentar o pH do solo para 6,0, esta será realizada conforme as recomendações da CQFS RS/SC, (2004). A época de implantação do experimento será em fevereiro de 2014.

O manejo a ser adotado na condução do experimento será de acordo com as Indicações Técnicas, tanto para as culturas comerciais como para as culturas de cobertura de solo, sempre priorizando o uso de defensivos com menor impacto ambiental e que proporcionam residual no controle de pragas, doenças e plantas daninhas.

O experimento será composto por 18 tratamentos (Quadro 1), dos quais um tratamento será composto pela sucessão soja/trigo e outro pela sucessão soja/azevém (testemunha), os quais são sistemas representativos da região.

2014 2014/15 2015/16 F/M/A/M J/J/A/S/O N/D/J/F/M A/M/J/J/A/S O/N/D/J/F M/A/M J/J/A/S/O

Crotalária-júncea Aveia Branca Soja

Aveia Preta

Milho Nabo Trigo AP + Nabo

AP + Ervilhaca Tremoço

Mucuna-preta Aveia Branca Soja

Aveia Preta

Milho Nabo Trigo AP + Nabo

AP + Ervilhaca Tremoço

Guandu-anão Aveia Branca Soja

Aveia Preta

Milho Nabo Trigo AP + Nabo

AP + Ervilhaca Tremoço

Milheto Aveia Branca Soja

Aveia Preta

Milho Nabo Trigo AP + Nabo

AP + Ervilhaca Tremoço

Soja Trigo Soja Trigo Soja Trigo

Soja Azevém Soja Azevém Soja Azevém

Quadro 1. Sistemas de rotação de culturas no período de 2014 a 2016.

As determinações previstas constarão da análise química completa do solo, sendo realizadas no Laboratório de Análises de Solo da Fepagro conforme metologia descrita por Tedesco et al. (1995). As demais determinações previstas, em parte, serão realizadas no Laboratório de Análises Físicas do Instituto Federal Farroupilha, e em parte, deverão ser analisadas na UFSM, sendo as seguintes: carbono orgânico do solo (UFSM), densidade do solo, macroporosidade, microporosidade e porosidade total do solo nas camadas 0-0,05; 0,05-0,10 e 0,10-0,20 m, resistência mecânica à penetração e umidade gravimétrica do solo. A amostragem de solo para as determinações previstas será realizada antes da instalação do experimento e antes da implantação das culturas de verão e de inverno em cada ano agrícola.

Nas culturas de cobertura de solo de verão e de inverno será determinado o rendimento de massa seca da parte aérea no dia da dessecação (estágio do florescimento), teor e quantidade de macronutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio) acumulada por hectare na parte aérea. Nas culturas de grãos, de inverno (aveia branca e trigo) e de verão (milho e soja), será determinado, além do rendimento de massa seca no florescimento, o rendimento de grãos. O delineamento experimental será de blocos ao acaso, com três repetições. Os dados serão submetidos à análise de

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variância e, em caso de significância entre médias, estas serão comparadas pelo Teste Duncan, a 5% de probabilidade de erro.

RESULTADOS ESPERADOS: Obter informações sobre o efeito de diferentes culturas de cobertura de solo de verão e de

inverno sobre o desempenho do trigo, da soja e do milho cultivados na sequência e os atributos de solo ao final de três anos agrícolas.

As informações técnicas geradas no projeto servirão de subsídio para tomada de decisões sobre práticas de manejo a serem utilizadas por produtores, contribuindo, dessa forma, para condução de sistemas de produção viáveis sob os pontos de vista econômico, social e ambiental envolvendo as principais culturas comerciais utilizadas na região.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00170 - 2011/14.

64. Evapotranspiração diária em áreas agrícolas na região nordeste do Rio Grande do Sul por meio de imagens orbitais

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Priscylla Ferraz Câmara Monteiro COLABORADORES: Denise Cybis Fontana Rodrigo Otávio Câmara Monteiro Débora Regina Roberti Thiago Veloso dos Santos Rogério Ferreira Aires Jacson Zuchi Marcelo de Carli Toigo LOCAIS DE EXECUÇÃO: Área experimental da Fepagro Nordeste, município de Vacaria, Rio Grande do Sul. FONTE FINANCIADORA: CNPq / Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Novembro de 2012 a Outubro de 2015 OBJETIVO GERAL:

Avaliar a eficiência da metodologia SEBAL quanto às estimativas dos componentes do balanço de energia (saldo de radiação, fluxo de calor no solo, fluxos de calor sensível e latente) e, também, da evapotranspiração em áreas ocupadas com a cultura da soja e do trigo, realizadas com as imagens de sensores com alta e média resolução espacial e temporal. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Estimar os fluxos instantâneos de energia à superfície e evapotranspiração real por meio do algoritmo SEBAL, utilizando dados dos sensores multiespectral LISS e MODIS; Avaliar a concordância entre as estimativas dos fluxos instantâneos de energia e evapotranspiração real diária obtida por meio das imagens de satélites com medidas a campo obtidas na estação meteorológica instalada na área experimental da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (FEPAGRO), localizada no município de Vacaria; Analisar qualitativamente o padrão espacial dos fluxos instantâneos de energia e evapotranspiração real diária na região estudada por meio de imagens orbitais obtidas através dos sensores LISS e MODIS. METODOLOGIA:

Os dados em superfície serão obtidos por meio da estação meteorológica que será instalada na FEPAGRO NORDESTE, município de Vacaria. Será instalada uma plataforma na área experimental e os sensores serão fixados em uma torre de 8 metros de altura, localizada em terreno plano e posicionada nas coordenadas centrais da área experimental da FEPAGRO.

Serão selecionadas imagens orbitais dos sensores LISS e MODIS, que contemplem a área de interesse. As datas de tomada das imagens serão selecionadas em função da baixa cobertura de nuvens, utilizando todas as imagens úteis ao longo do ciclo de desenvolvimento das culturas. Os dados de superfície serão adquiridos no mesmo dia da passagem dos satélites.

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Juntamente com as imagens de satélites e os dados coletados na estação micrometeorológica, serão feitas avaliações das características morfológicas e de rendimento das culturas semeadas na área experimental.

Serão realizadas as correções atmosférica e geométrica das imagens adquiridas. Para a validação do posicionamento da imagem no espaço, ou seja, o georreferenciamento da mesma, será tomada como referência uma outra imagem já georreferenciada.

A estimativa dos fluxos de energia e evapotranspiração real por meio do modelo SEBAL serão baseadas em informações das imagens dos sensores LISS e MODIS. Os procedimentos de empilhamento, recorte, conversão de radiância para reflectância e correção atmosférica serão realizados com o auxílio do software ENVI. Para a elaboração dos modelos que contêm as equações do SEBAL será utilizado o software Erdas Image. Os mapas resultantes das estimativas do SEBAL serão elaborados com o auxílio do Idrisi Andes Edition.

Serão analisados, ao longo do ciclo das culturas da soja e do trigo, alguns aspectos morfológicos das plantas, como o índice de área foliar (IAF) e a taxa de crescimento da altura da planta. Após a colheita, serão analisados os principais aspectos produtivos da cultura, tais como a produtividade dos grãos, o número médio de vagens ou espigas por planta e o número médio de grãos por vagem ou espiga.

Para todos os dias de análise, na área de estudo, todos os componentes do balanço de radiação e do balanço de energia serão apresentados na forma de carta imagens, devidamente registradas.

Para os pixels sobre a estação meteorológica, os componentes dos balanços, obtidos através do SEBAL serão comparados com os valores medidos na superfície.

Em termos de avaliação dos dados gerados nas imagens está previsto: Fazer uma análise visual do padrão de distribuição espacial dos dados, assim como,

confeccionar o histograma de frequência de ocorrência dos valores nestas imagens; Selecionar alguns alvos de interesse e obter os valores médios dos componentes dos

balanços e apresentá-los na forma tabelas; Avaliar, através de uma análise de estatística, a influência da mudança de escala espacial de

aquisição dos valores de evapotranspiração, desde o dado obtido na torre até o dado obtido nas imagens com alta e moderada resolução. RESULTADOS ESPERADOS: • O desenvolvimento da linha de pesquisa proposta neste projeto será acrescido a trabalhos já

existentes, visando disponibilizar dados de estimativa dos fluxos de calor na superfície e da evapotranspiração para extensas áreas agrícolas no estado do RS;

• Disponibilizar dados de evapotranspiração para os diferentes Comitês de Gerenciamento de Recursos Hídricos do RS como subsídio na Gestão dos Recursos Hídricos e na Agricultura Irrigada;

• Consolidação do grupo de pesquisa que envolve pesquisadores da FEPAGRO, UFRGS, UFSM, INPE e IFRS na área de conhecimento;

• Promover a difusão das tecnologias empregadas através da apresentação de trabalhos em eventos científicos (congressos em áreas pertinentes ao projeto) e da publicação em periódicos;

• A implantação da estação meteorológica permitirá um melhor planejamento do cultivo, por acompanhar essas variações do clima e, consequentemente, otimizar o manejo da cultura;

• Os dados meteorológicos permitem o planejamento da cultura, mesmo em períodos instáveis, oferecendo informações que permitem quantificar e reduzir perdas. Portanto, além de atender às necessidades desta pesquisa, outras linhas de pesquisa podem ser desenvolvidas com os dados fornecidos pela estação.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00171 - 2011/14.

65. Potencialidades para obtenção de Indicação Geográfica (IG) por parte do abacaxi (Ananas comosus) de Terra de Areia – RS

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Rodrigo Favreto COLABORADORES: Alceu Santin André Dabdab Abichequer Carlos Alberto Oliveira de Oliveira Carolina Bremm Flávio Varone Larissa Bueno Ambrosini Loana Silveira Cardoso Lovois de Andrade Miguel Raquel Paz da Silva Roni Blume Suzimary Specht LOCAIS DE EXECUÇÃO: Litoral Norte do Rio Grande do Sul FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios/CNPq VIGÊNCIA PREVISTA: Fevereiro de 2013 a janeiro de 2016 OBJETIVOS GERAIS:

Investigar e aportar elementos relacionados ao território que singularizem o “abacaxi terra de areia” e que o constituam enquanto patrimônio do local, tendo como metodologia uma abordagem multidisciplinar que visa à análise do território e do produto em suas dimensões agronômicas, climáticas, históricas e culturais. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Caracterização das condições ambientais do território (climáticas e de solo, com foco na

cultura do abacaxi); • Caracterização histórica da ocupação do território (com foco na cultura do abacaxi); • Realização do diagnóstico e caracterização dos Sistemas Produtivos atualmente

implementados pelos produtores de abacaxi, verificando sua situação produtiva e econômica; • Caracterização da cadeia produtiva e canais de comercialização do “abacaxi terra de areia”; • Pesquisa sobre a percepção dos consumidores com relação ao “abacaxi terra de areia”,

procurando também investigar seu conhecimento com relação a indicações geográficas (IG). METODOLOGIA:

Serão caracterizadas as variáveis ambientais: radiação solar, temperatura e umidade do ar, velocidade do vento e precipitação pluvial buscando identificar diferenças entre as áreas de cultivo do abacaxi. Para auxiliar na identificação das classes de solo onde ocorre a produção do “abacaxi terra de areia” e suas características físico-químicas, serão coletadas amostras de solo nas áreas de produção.

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A metodologia prevê uma parte exploratória, onde deverão ser identificados informantes-chave na comunidade que tenham conhecimento da realidade dos produtores de abacaxi e nos auxiliem a proceder a uma primeira tipologia, identificando agricultores que serão entrevistados na segunda parte da pesquisa de campo. A identificação desses informantes-chave se dará com auxílio dos próprios agricultores vinculados a Associação de Produtores existente, de técnicos da ASCAR/Emater, da FEPAGRO e de Prefeituras da região de Terra de Areia, que têm conhecimento dessa realidade.

Depois de sistematizar e analisar os dados obtidos a partir do estudo exploratório se definirá o tamanho da amostra, ou seja, quantos produtores de abacaxi serão entrevistados na segunda etapa. Essa etapa contará com aplicação de questionário semi-estruturado, onde os métodos de cultivo, sistemas de produção e aspectos econômicos deverão ser descritos.

Para análise agronômica os seguintes aspectos serão avaliados: Análise do solo, mudas para o plantio, modo de preparo do solo, densidade de plantio, adubação adotada e momento de aplicação, utilização de calcário, método de irrigação adotado, métodos culturais empregados, defensivos químicos adotados, area cultivada com abacaxi, produção total na área cultivada com abacaxi, outras práticas agrícolas.

Para análise econômica das propriedades serão utilizados os seguinte indicadores: Superfície Total (ST), Superfície Agrícola Útil (SAU), Unidade Trabalho/Homem (UTH), Consumo Intermediário (CI), Valor Agregado Bruto (VAB), Valor Agregado Líquido (VAL), Renda Agrícola (RA), Renda Não-Agrícola (RNA), Renda Total (RT).

Outros indicadores que auxiliarão na análise dos sistemas de produção implementados, como: • Superfície agrícola explorada por unidade de trabalho homem = SAU/UTH Total; • Produtividade física = VAL/SAU; • Produtividade da força de trabalho familiar = VAL/UTH Familiar; • Remuneração total da mão-de-obra disponível no estabelecimento = RT/UTH Total; • Remuneração total da mão-de-obra familiar = RT/UTH Familiar; • Remuneração total da superfície agrícola útil = RT/SAU; • Remuneração agrícola da mão-de-obra agrícola = RA/UTH Total; • Remuneração agrícola da mão-de-obra agrícola familiar = RA/UTH Familiar; • Remuneração agrícola da superfície agrícola útil = RA/SAU; • Participação do Produto Bruto oriundo da pecuária sobre o Produto Bruto Total (%)= PB

pecuária/ PB Total * 100 • Participação do Produto Bruto oriundo da produção vegetal sobre o Produto Bruto Total (%)=

PB vegetal/ PB Total * 100 • Participação do Produto Bruto oriundo da produção do abacaxi sobre o Produto Bruto Total

(%)= PB abacaxi/ PB Total * 100 • Participação do Produto Bruto consumido na unidade de produção sobre o Produto Bruto Total

(%)= PB subsistência/ PB Total * 100 A análise da cadeia produtiva será conduzida visando atender os seguintes questionamentos:

• Qual a abrangência geográfica da cadeia produtiva? • Como está constituído o ambiente organizacional, quais são os principais elos que compõem a cadeia, como estão estruturados? • Como se dá a integração entre os elos da cadeia produtiva, qual elo ou agentes coordenam o processo? • Quais são as principais influências do ambiente institucional, incluindo normas, regras, tradições, políticas públicas e privadas? • Em relação aos canais de comercialização, esses podem ser constituídos por uma série de agentes, por exemplo, atacadistas, varejistas, centrais de compra e distribuição, transportadores, armazenadores e tradings.

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Para atender os questionamentos apresentados serão utilizadas informações disponíveis em bases de dados e também será aplicado um questionário semi-estruturado aos agentes envolvidos com a cadeia produtiva do abacaxi “terra de areia”.

O referencial sobre terroir é utilizado, sobretudo, na caracterização de sistemas produtivos, entretanto podemos mobilizá-lo junto ao consumidor, verificando de que forma tais dimensões são percebidas. Assim, as questões abordarão a percepção dos consumidores sobre a origem do “abacaxi terra de areia”, a partir das dimensões constituintes do terroir. Em seguida, as questões serão para conhecer o que o consumidor busca através da origem territorial desse produto.

Nessa segunda temática o conceito de “valor de consumo” que permite identificar atributos, os quais os produtos seriam portadores. A pesquisa com consumidores deverá acontecer em Porto Alegre e em Capão da Canoa, dois centros de consumo importantes para o produto, a primeira sendo capital do estado e mais distante do local de produção, a segunda cidade é de porte médio, recebendo grande fluxo turístico durante o verão e próximo à Terra de Areia. Ela será realizada em duas etapas, cada uma utilizando uma metodologia de coleta de dados. A primeira fase se dará com a organização de reuniões de discussões formada por pequenos grupos (de 6 a 12 pessoas) de consumidores. A segunda etapa prevê a aplicação de um questionário estruturado em uma amostra maior de consumidores. Serão duas reuniões, uma em cada cidade pesquisada, que serão utilizadas de duas formas: (i) como fonte de dados tout court; e, (ii) como fonte complementar, auxiliando na construção dos questionários aplicados na segunda fase do estudo.

A segunda parte do estudo prevê a aplicação de um questionário estruturado, construído a partir de reações e dos termos utilizados pelos participantes da primeira etapa, bem como de questões elaboradas a partir do referencial teórico apresentado, o qual será aprofundado durante a fase de revisão bibliográfica da pesquisa. Serão abordadas também questões relativas aos hábitos de compra de consumo do produto estudado, e familiaridade com o conceito de IG. A amostra deverá ser composta por 200 consumidores de “abacaxi terra de areia”, metade em Porto Alegre, metade em Capão da Canoa. PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES CIENTÍFICAS: • Aprofundar o conhecimento acerca do uso do conceito de IG no estado; • Ampliar a base do conhecimento sobre o abacaxizeiro “terra de areia”; • Testar um referencial teórico que possa ser utilizado em pesquisas futuras, sobre produtos

portadores, ou com potencial para portar IG, junto a consumidores brasileiros; • Caracterização do ambiente natural do território; • Descrição das condições edafoclimáticas do território; • Identificação das classes de solo onde ocorre a produção do abacaxi “terra de areia”; • Caracterização histórica da ocupação do território (com foco na cultura do abacaxi); • Reconstituição dos Sistemas Agrários implementados no município de Terra de Areia e

entorno, resgatando a origem e a história do cultivo do abacaxi no local; • Realização do diagnóstico e caracterização dos Sistemas Produtivos implementados pelos

produtores de abacaxi, verificando sua situação produtiva e econômica; • Descrição do(s) Sistemas de cultivo de abacaxi implementados atualmente no território; • Diagnostico da situação agronômica e econômica dos produtores de “abacaxi terra de areia”; • Caracterização da cadeia produtiva e canais de comercialização do abacaxi terra de areia; • Indicação da abrangência geográfica da cadeia produtiva; • Descrição da constituição do ambiente organizacional da cadeia produtiva indicando o número

de agentes envolvidos, a escala de produção, se a cadeia está orientada a especialização ou diversificação e a coordenação desta;

• Reconhecimento dos principais condicionantes do ambiente institucional existente na cadeia produtiva do abacaxi “terra de areia”;

• Identificação dos canais de comercialização e a participação de cada um desses na cadeia produtiva do abacaxi “terra de areia”;

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• Avaliação dos segmentos de mercado adotados e quais as perspectivas de nichos de mercado para o abacaxi “terra de areia”;

• Pesquisa sobre a percepção dos consumidores com relação ao “abacaxi terra de areia”, procurando também investigar seu conhecimento com relação a indicações geográficas;

• Conhecer o grau de familiaridade do consumidor do “abacaxi terra de areia” com respeito a IGs;

• Estabelecer a reputação do “abacaxi terra de areia” de acordo com a percepção dos consumidores;

• Identificação das “funções de valor” e dos “valores de consumo” no ato do consumo do “abacaxi terra de areia”.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Objetivo Ano 1 Ano 2 Ano 3

I Caracterização das condições climáticas e de solo do território Responsável: Loana Silveira Cardoso Equipe: Flávio Varone, André Abichequer

Identificação e mapeamento das áreas de produção

Coleta de dados meteorológicos e amostras de solo Avaliações e análise de resultados

Avaliações e análise de resultados Elaboração de relatórios e publicação dos resultados

II Caracterização histórica da ocupação do território Responsável: Lovois de Andrade Miguel Equipe: Larissa Bueno Ambrosini, Carlos Alberto Oliveira, Suzimary Specht

Coleta de dados secundários (pesquisa bibliográfica) e estudo exploratório.

Coleta de dados primários (aplicação de questionários em informantes-chave). Análise de resultados.

Análise de resultados. Elaboração de relatórios, publicação de resumos, artigos, notas técnicas e boletins técnicos

III Diagnóstico e caracterização dos sistemas produtivos Responsável: Raquel Paz da Silva Equipe: Carlos Oliveira, Rodrigo Favreto, Larissa Bueno Ambrosini, Alceu Santin

Identificação de informantes-chave

Aplicação de questionário semi-estruturado aos produtores de abacaxi terra de areia. Organização e análise dos dados obtidos

Organização e análise dos dados obtidos. Elaboração de relatórios, publicação de resumos, artigos, notas técnicas e boletins técnicos.

IV Caracterização da cadeia produtiva e canais de comercialização Responsável: Carlos Oliveira Equipe: Larissa Bueno Ambrosini, Roni Blume

Pesquisa bibliográfica sobre a cadeia produtiva do abacaxi e canais de comercialização

Aplicação de questionário semi-estruturado aos agentes da cadeia produtiva do abacaxi terra de areia e aos agentes dos canais de comercialização

Organização e análise dos dados obtidos. Elaboração de relatórios, publicação de resumos, artigos, notas técnicas e boletins técnicos

V Pesquisa sobre a percepção dos consumidores com relação ao “abacaxi terra de areia”, procurando também investigar seu conhecimento com relação a indicações geográficas (IG) Responsável: Larissa Bueno Ambrosini Equipe: Carlos Oliveira, Roni Blume, Suzimary Specht, Carolina Bremm

Revisão bibliográfica sobre IG e consumo. Organização de dois focus group (POA, Capão da Canoa).

Análise de resultados.

Elaboração de questionário estruturado para grupo maior. Aplicação do questionário estruturado para 200 consumidores (100 em POA, 100 em Capão da Canoa).

Análise de resultados. Elaboração de relatórios, publicação de resumos, artigos, notas técnicas e boletins técnicos.

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00172 - 2011/14.

66. Implementação de técnicas de controle biológico para supressão de espécies de serradores (Oncideres spp.) ocorrentes em plantio de acácia-negra (Acacia mearnsii)

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Rosana Matos de Morais COLABORADORES: Jackson Freitas Brilhante de São José Wesley A. C. Godoy Maria Angélica Ono LOCAIS DE EXECUÇÃO: Encruzilhada do Sul FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Outubro de 2012 a outubro de 2014 OBJETIVO GERAL:

Avaliar técnicas de controle biológico, como a manutenção de parasitoides ocorrentes na área de plantio e o uso de entomopatógeno, visando à redução populacional de espécies de serradores em plantio de acácia-negra no RS. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Reduzir as populações das espécies de serradores pela manutenção do parasitismo natural; • Identificar as espécies de serradores e inimigos naturais ocorrentes na área; • Avaliar a eficácia de formulado de Beauveria bassiana na mortalidade de Oncideres spp. METODOLOGIA:

As amostragens serão realizadas em plantio de Acacia mearnsii De Wild, localizado no município de Encruzilhada do Sul e pertencente à empresa Tanagro.

Para o levantamento das espécies de parasitoides e de serradores ocorrentes no plantio de acácia-negra, serão recolhidos de 30 a 60 galhos caídos (dependerá da disponibilidade na época de coleta) com vestígios de posturas, e trazidos para o laboratório do centro Fepagro Florestas. Localizado em Santa Maria, RS. Em laboratório, os galhos serão dimensionados (comprimento e espessura), e analisados quando ao estágio de decomposição, e ao número e local das perfurações. Os galhos serão acondicionados em sacos de tecido do tipo voile, vistoriados cada três dias, e os insetos emergidos serão armazenados em recipiente plástico (1,5 ml) do tipo ependorff contendo álcool 70%, para posterior identificação.

As avaliações serão realizadas em três blocos contendo dois tratamentos. O primeiro tratamento será realizado em uma área de aproximadamente um hectare, na qual os galhos caídos, com vestígios de posturas de serrador, serão recolhidos e contabilizados. Estes galhos serão amontoados no solo e telados com uma tela plástica resistente, de modo que permita apenas a liberação dos parasitoides, limitando a saída do adulto de serrador. Em outra área de mesmo tamanho, distando pelo menos 500 metros da telada, os galhos caídos em função do dano também serão contabilizados e recolhidos, porém serão queimados, como se faz na prática usual. As avaliações serão realizadas uma vez por estação ao longo de 24 meses.

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Além da avaliação dos danos (indireta), a manutenção de parasitoides em campo também será avaliada através dos espécimes emergidos dos galhos trazidos para o laboratório (metodologia descrita acima). Os galhos serão recolhidos nas seis áreas amostradas.

Após um ano, os ramos coletados serão abertos e será contabilizada a quantidade de câmaras larvais. Esta informação será somada à verificação da taxa de parasitismo aparente, revelada pelo número de serradores que terão emergido ao longo do ano.

Nas mesmas ocasiões de amostragem do experimento anterior serão recolhidos mais 10 galhos para serem abertos em laboratório. Estes galhos serão vistoriados em busca de vestígios de associação com outros insetos, mortalidade por parasitoides ou predadores, e ainda, observação do estágio no qual se encontram os organismos nos períodos amostrais.

Será avaliada a mortalidade de serradores em laboratório frente a diferentes concentrações de um formulado em óleo emulsionável à base de Beauveria bassiana (BoveMax®). Para isto, a partir do mês de outubro (quando inicia o período de emergência dos adultos de serradores) insetos serradores serão coletados, levados ao laboratório e identificados. Os insetos serão submetidos ao contato com formulado de B. bassiana em seis diferentes concentrações, próximas às recomendações sugeridas pelo fabricante. Os insetos (n= 30 para cada tratamento) serão postos na superfície de um galho de acácia-negra pulverizado com as diferentes concentrações do formulado, e um grupo apenas com água (testemunha), onde permanecerão por 24 horas.

Após o tempo de exposição, os insetos serão isolados em recipiente plástico (250ml) contendo um ramos de acácia e observados diariamente até a morte. Posteriormente, serão individualizados em câmara úmida (gerbox contendo algodão embebido em água) por até uma semana, para se observar a extrusão do fungo e a confirmação do agente causal.

A concentração que demonstrar melhor eficácia de mortalidade será utilizada para avaliação em campo. Nesta avaliação, será realizada uma pulverização em plantas dentro de um hectare de plantio, no início do período de emergência dos adultos. Estas plantas serão pulverizadas no terço inferior e mediano do fuste. Após 20 dias da aplicação (tempo mínimo para infecção e morte dos insetos), semanalmente a área será vistoriada em busca de adultos encontrados mortos, os quais serão trazidos para o laboratório para a confirmação de se o agente causal foi o fungo. As vistorias serão realizadas, por dois meses, nesta e em outra área de mesmo tamanho, e em ambas será contabilizado o número de galhos com vestígios de danos. RESULTADOS ESPERADOS:

Espera-se que na área onde se proporcionou o desenvolvimento e manutenção de parasitoides, estes possam ter emergido e parasitado um maior número de serradores (em fase de ovo/larva/pupa) ao longo do ano. Este resultado se refletirá tanto na quantidade de parasitoides emergidos em laboratório, quanto na redução populacional da geração seguinte, observada através da diminuição no número de galhos com danos.

A coleta e acompanhamento dos galhos em laboratório permitirá a identificação das espécies de serradores e de parasitoides ocorrentes na área, apesar de não ser possível precisar qual a fase atacada pelo parasitoide. A abertura dos galhos coletados nos diferentes períodos servirá para determinar a ação de predadores dentro das câmaras e os instares larvais naquele período. Tais informações servirão como base para estudos mais aprofundados das espécies de serradores ocorrentes, e dos parasitoides com maior importância dentro do sistema, visando o aprimoramento do método de controle utilizado.

Através da avaliação do entomopatógeno, espera-se que os adultos sejam passíveis de contaminação e mortalidade tanto em laboratório quanto em campo, pelo uso de uma das concentrações testadas, já que o fungo é eficiente para outro cerambicídeo. Caso seja sinalizada alguma efetividade do formulado de Beauveria nas espécies de serradores, poderão ser testados outros isolados do fungo adaptados ao sistema. Assim como, deverão ser realizados, futuramente, testes para verificar a melhor época de aplicação, quantidade do formulado, número de plantas necessárias para uma infecção efetiva e análise de contaminação do inseto em outras fases do ciclo de vida.

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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Atividade 2012

(meses) 2013

(meses) 2014

(meses) 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7-8 9-10

Recolhimento e telamento de galhos

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Coleta de galhos para obtenção de parasitoides

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Coleta de serradores no campo

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Teste de Beauveria em laboratório

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Avaliação de Beauveria no campo

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Publicação de resultados parciais em evento

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00173 - 2011/14.

67. Levantamento e avaliação das espécies de Trichogramma ocorrentes em lavouras de milho na região central do Rio Grande do Sul, como primeiro passo para um programa de controle biológico aplicado

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Rosana Matos de Morais LOCAIS DE EXECUÇÃO: Fepagro de Santa Maria FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios VIGÊNCIA PREVISTA: Outubro de 2012 a março de 2015 OBJETIVOS GERAIS:

Realizar o levantamento e a avaliação de espécies/linhagens de parasitoides de ovos de Spodoptera frugiperda estabelecidas em lavouras de milho no Estado do Rio Grande do Sul. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Inventariar as espécies de parasitoides de ovos de S. frugiperda ocorrentes na região central do

Estado; • Registrar a abundância de cada espécie e a taxa de parasitismo natural; • Avaliar o potencial de parasitismo das espécies mais abundantes em laboratório.

METODOLOGIA:

Serão coletadas posturas de Spodoptera frugiperda em lavouras de milho da Depressão Central (Santa Maria), incluindo-se o Centro Fepagro Florestas. Em cada local, se elegerão lavouras e, nestas, serão sorteados pontos de busca. Serão realizadas inspeções durante os estágios vegetativos da planta mais propícios à ocorrência de posturas (V2 - V12). As posturas coletadas serão colocadas dentro de recipientes (caixas plásticas com tampa) com etiqueta onde constarão os dados de coleta (local, data e coletor) e de coordenadas geográficas (obtidas através de GPS). Os dados de temperatura e umidade relativa de cada data de coleta serão obtidos junto à estação meteorológica da Fepagro.

A triagem do material coletado será realizada na Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária, Centro de Pesquisa em Florestas, localizado no município de Santa Maria. Em laboratório, as posturas de S. frugiperda serão cuidadosamente individualizadas em cápsulas gelatinosas (de remédio), após serem mergulhadas por 15 minutos em água destilada (para facilitar a separação dos ovos). Anteriormente, será identificado o número de camadas da postura e, após a separação, a qual delas pertence cada ovo. Os ovos permanecerão sob observação diária até a emergência parasitoides ou eclosão de lagartas, as quais serão descartadas. Parte dos parasitoides emergidos serão mortos e acondicionados em tubos do tipo ependorff contendo álcool 70% para posterior identificação. Outra parte será contabilizada e mantida em laboratório para bioensaios. As diferentes espécies de Trichogramma que emergirão serão separadas, inicialmente, pelas características morfológicas, como, por exemplo, coloração mais escura de T. atopovirilia, quando comparada a T. pretiosum (informação pessoal Dra. Ranyse Querino) e posteriormente será feita a identidicação das espécies.

Alguns parasitoides obtidos durante as coletas serão mantidos no laboratório em hospedeiro alternativo inviável (ovos de Anagasta kuehniella) adquirido de empresas comerciais. A cartela

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contendo ovos do hospedeiro colados com goma arábica será ofertada para fêmeas oriundas do campo, para que estas ovipositem, dando assim, início a uma criação. Serão consideradas como sendo diferentes linhagens os indivíduos de mesma espécie coletados em locais distintos.

Para o bioensaio, 20 fêmeas de cada espécie/linhagem (com menos de 24h de idade) serão isoladas em tubos de vidro (8,5x2,5cm), contendo em sua parede uma gotícula de mel para alimentação. Ovos de S. frugiperda, oriundos de criação que será mantida em laboratório, serão agrupados em conjuntos de 30 ovos (com até 48h de idade) e oferecidos às fêmeas do parasitoide por 24h, permanecendo em câmara climatizada (25±1°C, UR=70±10% e 14 horas de fotofase). Este procedimento será repetido diariamente até a morte da fêmea. Os ovos parasitados serão colocados em cápsulas gelatinosas e mantidos em câmara climatizada, nas mesmas condições mencionadas anteriormente até a emergência dos adultos. Serão avaliados os seguintes parâmetros: taxa de parasitismo nas primeiras 24h, 72h e total, número de parasitoides emergidos por ovo, longevidade das fêmeas e razão sexual (RS= n° de fêmeas/ n° de fêmeas + n° de machos). O sexo dos indivíduos será determinado pelo dimorfismo apresentado nas antenas, utilizando microscópio estereoscópico. RESULTADOS ESPERADOS:

Através deste estudo, espera-se levantar as diferentes espécies/linhagens de parasitoides ocorrentes no Estado associadas a ovos de Spodoptera frugiperda, estimando-se a taxa a capacidade de parasitismos destas em laboratório.

As informações obtidas versam como o primeiro passo na investigação da eficácia destes biocontroladores. Estudos posteriores já são previstos como continuidade deste projeto e dependem de uma criação em maior escala. Nestes, serão avaliados a capacidade de parasitismo das espécies/linhagens em câmaras de germinação com distintas temperaturas, a taxa de liberação e dispersão em experimentos de semi-campo, e a validação desta tecnologia em campo. Tais informações serão crucias para a implantação de um programa de controle biológico e servirão também como base para estudos com outras espécies-praga passíveis desta forma de controle. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

ATIVIDADES 2012 2013 2014 2015

Out-dez Jan-Mar Abr-Jun Jul- Set Out-dez Jan-Mar Abr-Jun Jul- Set Out-dez Jan-Mar

Revisão bibliográfica X X X

Coleta das posturas em campo X X X X

Identificação das espécies X X X X

Manutenção de linhagens em laboratório

X X X X X X X

Bioensaio em laboratório X X X X X X

Estudo em semi-campo e campo X X

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TÍTULO DO PROJETO: Protocolo: 00174 - 2011/14.

68. Biossistemática de Coccoidea (Hemiptera, Sternorrhyncha) e Taxonomia de insetos de importância agrícola

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Vera Regina dos Santos Wolff

COLABORADORES: Caio Fábio Stoffel Efrom Rosana Matos de Morais Daniele Campos da Silva Caroline de Brito Oliz

LOCAL DE EXECUÇÃO: Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária FONTE FINANCIADORA: Recursos próprios

VIGÊNCIA PREVISTA: 2000 (...) OBJETIVOS: • Avaliar a assembléia de insetos na comunidade de organismos associados à culturas agrícolas; • Identificar as famílias de cochonilhas associadas às plantas hospedeiras ocorrentes no Brasil; • Determinar as espécies ou gêneros de cochonilhas das principais famílias; • Verificar os inimigos naturais associados às cochonilhas em diversas culturas de interesse

agrícola. METODOLOGIA:

O projeto “Biossistemática de Coccoidea (Insecta; Hemiptera)” teve início no ano 2000, través da bolsa de recém-doutor/FAPERGS, desenvolvido pela pesquisadora Vera Regina dos Santos Wolff. A partir de 2001 até o presente, o projeto foi ampliado, sendo denominado “Biossistemática de Coccoidea (Hemiptera, Sternorrhyncha) e Taxonomia de insetos de importância agrícola” tendo continuidade com o Termo de Adesão de Serviço Voluntário firmado entre a Fepagro e a pesquisadora Vera Regina dos Santos Wolff e convênio entre a Fepagro e a Faculdade de Biociências da PUCRS, através do pesquisador Gervásio Silva Carvalho, recursos próprios de cada instituição e recursos financeiros obtidos através de editais (FAPERGS, FINEP, CNPq). O projeto engloba o grupo de Pesquisa Entomologia criado na FEPAGRO em 2002 e certificado no CNPq, consolidado pela participação de pesquisadores e estudantes de diversas Instituições do País e do Exterior.

O grupo vem desenvolvendo projetos de pesquisa relacionados com insetos de interesse agrícola. Objetiva fixar e ampliar um núcleo de pesquisa em Biossistemática de Coccoidea (Insecta; Hemiptera), com levantamento de inimigos naturais associados às cochonilhas; e Polinização de culturas agrícolas com ênfase em abelhas. Além disso, está incrementando e informatizando a coleção de insetos do Museu de Entomologia Prof. Ramiro Gomes Costa, desta instituição, e pretende disponibilizar informações através da página da FEPAGRO na internet. Embasados nos princípios da ecologia profunda, o grupo tem promovido ações que possam contribuir na construção do paradigma emergente, de sustentabilidade do planeta, que reconhece a interdependência fundamental de todos os fenômenos e seres, e o fato de que, enquanto indivíduos e sociedade fazemos parte nos processos cíclicos da natureza.

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