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PEÇA POBRES DE MARRÉ

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Page 1: Portifólio Pobres de Marré
Page 2: Portifólio Pobres de Marré

O Grupo Carmin nasceu em janeiro de 2007 em Natal, RN, criado pelas atrizes Quitéria Kelly e Titina Medeiros que tinham o desejo de pesquisar temas urbanos a serem retratados de forma cômica. A busca pelo riso nada tinha de gratuita, buscava-se o riso que propor-ciona abertura para a reflexão ou, como quis Georges Bataille, para uma “Atitude filosófica”.

Motivadas pela pesquisa sobre moradores de rua de Natal, iniciada em 2006 quando da montagem da peça “Dos prazeres e dos pedaços”, Quitéria e Titina convidaram o diretor e dramaturgo Henrique Fontes e o cenógrafo Mathieu Duvignaud para, juntos, aprofunda-rem a pesquisa sobre o universo dos moradores de rua. Foram 6 meses de uma investigação profunda nas ruas e postos de saúde da cidade, além do trabalho de criação em sala.

O resultado deste processo foi a peça: “Pobres de Marré” estreada em 09 de abril de 2007 e ainda hoje em repertório. O espetáculo propõe um olhar sobre a vida peculiar de duas moradoras de rua que esperam a chegada de um dinheiro “prometido”.

Desde a estreia foram mais de 50 apresentações, 3 temporadas em Natal e 15 cidades percor-ridas entre os estados do Nordeste brasileiro, além de 1 país da Europa em festivais como: XIV Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (2º lugar júri popular), II Festival BNB de Artes Cênicas 2008, III Semana de Teatro no Maranhão, 8ª Festa da Renascença Per-nambuco Nação Cultural, Projeto Ato Compacto BNB 2009 CE e PB, Festivel Internatio-nale de Rue de Aurillac – França; Fringe 2013 – Festival de Teatro de Curitiba, entre outros.

Em 2009, o Grupo Carmin foi convidado pela Prefeitura do Natal a dirigir o espetáculo natalino da cidade, onde os integrantes Henrique Fontes e Quitéria Kelly assinaram a dire-ção. O auto de Natal chamado: “Maria, José e o Menino Jesus” contou com a participação de 120 atores e atingiu a marca de mais de 12.000 espectadores nas 3 noites de apresentação.

Em 2010 o grupo mergulhou nos estudos da exclusão social retratada em obras teatrais clássicas. Foi na obra “A alma boa de Setsuan”, de Brecht, que o grupo encontrou elementos para montar o experimento: “Olha a água”. Apresentado por Henrique e Quitéria na Uni-versidade Federal do Rio Grande do Norte.

Em 2011, ainda motivados pela temática da exclusão, os integrantes do Carmin decidem levantar contos infantis que tratem deste tema, assim nasceu “Castelo de Lençóis”, uma peça que fala da exclusão e do preconceito de classe, através de mitos e contos tradicionais da realeza. Os três reis magos, símbolo da cidade do Natal, serviram de mote para abordar temas como a soberba, a vaidade e a ganância.

Em 2013 o Grupo Carmin chega a seu sétimo ano de existência e tem Quitéria Kelly e Henrique Fontes como colaboradores fixos, além de Alessandra Augusta como atriz convi-dada. O tema da exclusão persiste na pesquisa do grupo. O objeto de investigação agora é a exclusão doméstica na velhice. O processo de pesquisa, iniciado em 2010, foi potenciali-zado por um presente fortuito: Henrique encontrou, no lixo, uma frasqueira de uma sen-hora chamada Jacy e sua história de vida será o fio condutor da montagem que leva o seu nome. Os textos originais serão criados pelo filósofo Pablo Capistrano e pela poetisa Ira-cema Macedo. Para esta montagem o grupo Carmin foi contemplado pelo Prêmio Myriam Muniz 2012 e tem estreia prevista para agosto de 2013.

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SINOPSE

Duas moradoras de rua acham um jornal no lixo com uma promessa. A partir daí começa a espera.

Este é o ponto de partida da peça “Pobres de Marré”, do Grupo Teatro Carmin, de Natal, RN que entra no seu sétimo ano de existência.

Dasdô e Maria são as personagens vividas pelas atrizes Quitéria Kelly e Alessandra Augusta. Elas foram criadas a partir de uma pesquisa sobre moradores de rua feita em Natal.

“Elas representam muitas mulheres que encontramos pelas ruas de Natal e em postos de saúde. Uma realidade que por vezes não queremos ver, mas que é cada vez mais presente nos centros urbanos.” Disse Quitéria Kelly atriz fundadora do Grupo.

Enquanto esperam, as duas personagens vão mostrando para a plateia aspectos da vida desses moradores de rua. Situações que por tão absurdas chegam a ser cômicas, mas seria uma comédia?

“Não é aquele riso fácil,” alerta Henrique Fontes dramaturgo e diretor da peça.

Pobres de Marré, que é classificada como Tragicomédia, já fez mais de 50 apresentações pelo Nordeste brasileiro e representou o Brasil no Festival de Aurillac na França. Ela integrou a programação do Fringe 2013 e fez 4 apresentações no Teatro Eva Herz da Livraria Cultura.

PARTICIPAçãO EM FESTIVAIS / MOSTRAS E PROjETOS

2007 – Natal Fest em Cena – Natal -RN2007- Festival Outras falas – Mossoró –RN2007- XIV Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga – CE (2º lugar júri popular)2008- Festival BNB de Artes Cênicas – juazeiro –CE2008- Festival BNB de Artes Cênicas – Fortaleza – CE2008- III Semana de Teatro do Maranhão–São Luiz, Vitoria do Mearim, Pres. juscelino – MA2008- Projeto 3xTeatro – Natal –RN2008- 8º Festa da Renascença Pernambuco Nação Cultural–Pesqueira – PE2009- Agosto de Teatro – Natal – RN2009- Festival Internacional de Teatro de Aurillac – França2010 – Projeto Escola Teatro Alberto Maranhão – Natal – RN2013 – Festival de Teatro de Curitiba – FRINGE –PR

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NECESSIDADES/CONDIçõES TéCNICAS

Duração50 minutosDuração de montagem3 horasDuração de desmontagem30 minutosMaterial de cena1 tonel de lixo velho (conseguir com produção local) Equipe 4 pessoas (2 atrizes e 2 técnicos) Peso do material50kg aproximadamenteEspaço Largura mínima: 4.5metros

Profundidade mínima: 5 metrosAltura: 4 metros (adaptável)Som1 Cd player, amplificador, equalizador e caixas de som com potência apropriada para o espaço (P.A+ Retorno)Iluminação 10 PC 1000W com bandoors e porta-gel 08 PAR05 Fresnel07 Plano convexo01 Elipsoidal01 Pin Bin (PAR 36)

Obs: Esse espetáculo também pode ser apresentado em espaços alternativos.

Anderson Rodrigo

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Quando o nada é bem muito

Grupo Carmin (RN) volta ao Ceará com “Pobres de Marré” na seqüência do II Festival BNB das Artes Cêni-cas.Há muito o teatro vem rezando pela cartilha de que o menos é sempre mais. São muitos os encenadores responsáveis pelos movimentos de ruptura da chamada cena contemporânea que pregam uma experimentação mais simples, coesa, ancorada num mínimo de elemen-tos.“Pobres de Marré”, montagem inaugural do Grupo Car-min, de Natal (RN), aposta na economia como matriz criativa. Com direção de Henrique Fontes, também responsável pela composição dramatúrgica do espetá-culo, “Pobres de Marré” flagra o cotidiano dos mora-dores de rua do afamado Bairro da Ribeira, região onde estão localizados os principais teatros da capital potiguar. A partir de um intenso processo de pesquisa nas ruas, as atrizes Titina Medeiros e Quitéria Kelly desenvolve-ram as partituras e os enredos de seus personagens: as emblemáticas Maria e Dasdô.

Cena naturalista

A princípio, “Pobres de Marré” — até mesmo por uma sugestão do próprio título — parece apontar ou agu-çar uma discussão com viés mais social, político, sobre a condição de exclusão que acompanha a rotina dos moradores de rua. Destaque na última edição do Festi-val Nordestino de Teatro de Guaramiranga, a peça, no entanto, é o convite ao despertar dos afetos. Em meio ao nada absoluto de seus cotidianos, Maria e Dasdô passam a figurar como alicerces mútuos de suas vidas.Simples, mas extremamente arrojado no que diz respeito à performance de suas intérpretes, “Pobres de Marré” transforma olhares na medida em que universaliza as tensões dos convívios não programados, mas absoluta-mente essenciais. Maria e Dasdô são o que são enquanto encontro. Sozinhas, perdem sentido, se esvaem. é justa-mente aí, no convite ao encontro, que “Pobres de Marré” fisga seus públicos.

Magela LimaRepórter

Tribuna Do Norte, 11 Abril 2007

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