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    PORTARIA N 21, DE 27 DE MARO DE 2014

    Alterada pela Portaria N 33, de 15 de maio de 2014, publicada no DOU N 91, de 15 de maio de

    2014, pgina 64, Seo 1 Republicada

    O MINISTRO DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO AGRRIO, no uso da competncia quelhe confere o art. 87, pargrafo nico, inciso II, da Constituio, e das atribuies previstas naResoluo n 4.107, de 28 de junho de 2012, do Banco Central do Brasil, e observado ainda odisposto no Captulo 10 do Manual de Crdito Rural do Banco Central do Brasil, que dispe sobreo regulamento e as condies para a realizao das operaes de crdito rural ao amparo doPrograma Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - Pronaf, em especial no que serefere identificao do agricultor familiar, resolve:

    CAPTULO I

    DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 1 Esta Portaria estabelece as condies e procedimentos gerais para a emisso de Declaraode Aptido ao Pronaf - DAP.

    Art. 2 Para os fins desta Portaria considera-se:

    I - Unidade Familiar de Produo Rural - o conjunto composto pela famlia e eventuaisagregados, abrangido tambm o caso de indivduo sem famlia e eventuais agregados, tidosem sua coletividade como agricultores familiares e que explorem uma combinao defatores de produo com a finalidade de atender prpria subsistncia e/ou a demanda dasociedade por alimentos e outros bens e servios, e, ainda:

    a) morem na mesma residncia;

    b) explorem o mesmo estabelecimento, sob gesto estritamente da famlia; e,

    c)

    dependam da renda gerada pela Unidade Familiar de Produo Rural, seja noestabelecimento ou fora dele.

    II - Estabelecimento - a quantidade de superfcie de terra, contiguas ou no, disposio daUnidade Familiar de Produo Rural, sob as mais diversas formas de domnio ou posseadmitidas em lei;

    III - Declarao de Aptido ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar- DAP o instrumento utilizado para identificar e qualificar as Unidades Familiares deProduo Rural e suas formas associativas organizadas em pessoas jurdicas;

    IV - DAP principal - utilizada para identificao e qualificao da Unidade Familiar deProduo Rural;

    V - DAP acessria - utilizada para identificao dos filhos e das mulheres agregadas a umaunidade familiar de produo rural e devem, obrigatoriamente, estar vinculadas a umaDAP Principal;

    VI - DAP jurdica - utilizada para identificar e qualificar as formas associativas das UnidadesFamiliares de Produo Rural organizadas em pessoas jurdicas;

    VII - DAP ltima verso emitida e registrada mais recentemente na base de dados daSecretaria da Agricultura Familiar SAF do Ministrio do Desenvolvimento Agrrio;

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    VIII - DAP vlida - aquela, cujos dados utilizados no processo de identificao e qualificaodas Unidades Familiares de Produo Rural passaram por anlise de consistnciaassecuratria da condio de agricultor familiar;

    IX - DAP ativa - a que possibilita o acesso dos agricultores familiares as polticas pblicas

    dirigidas a essa categoria de produtores rurais e combine ainda dois atributos: ltimaverso e vlida;

    X - Unidades Familiares de Produo Rural dos Grupos "A" e A/C - assentados peloPrograma Nacional de Reforma Agrria - PNRA ou Programa Nacional de CrditoFundirio - PNCF;

    XI - Unidades Familiares de Produo Rural do Grupo "B" - aquelas com renda bruta at R$20.000,00 (vinte mil reais); e

    XII - Demais Unidades Familiares de Produo Rural - aquelas com renda bruta de R$

    20.000,00 (vinte mil reais) a R$ 360.000,00 ( trezentos e sessenta mil reais).

    Art. 3 So identificados tambm pela DAP, para as finalidades estabelecidas nesta Portaria, osseguintes pblicos:

    I - pescadores que se dediquem pesca artesanal, com fins comerciais, explorando a atividadecomo autnomos, com meios de produo prprios ou em regime de parceria com outrospescadores igualmente artesanais;

    II - extrativistas que se dediquem explorao extrativista ecologicamente sustentvel;

    III -

    silvicultores que cultivem florestas nativas ou exticas e que promovam o manejosustentvel daqueles ambientes;

    IV - aquicultores que se dediquem ao cultivo de organismos que tenham na gua seu normal oumais frequente meio de vida e que explorem rea no superior a 2 (dois) hectares de laminad'agua ou ocupem ate 500 m (quinhentos metros cbicos) de gua, quando a explorao seefetivar em tanque-rede;

    V - integrantes de comunidades remanescentes de quilombos rurais e demais povos ecomunidades tradicionais que pratiquem atividades produtivas e/ou no agrcolas, debeneficiamento e comercializao de seus produtos;

    VI -

    indgenas que pratiquem atividades produtivas agrcolas e/ou no agrcolas, debeneficiamento e comercializao de seus produtos; e

    VII - assentados do Programa Nacional de Reforma Agrria PNRA e beneficirios doPrograma Nacional de Crdito Fundirio - PNCF

    CAPITULO II

    DAS CARACTERSTICAS DA DAP

    Art. 4 A DAP registrada na base de dados da Secretaria da Agricultura Familiar - SAF doMinistrio do Desenvolvimento Agrrio, constitui instrumento hbil de identificao dosagricultores familiares e suas organizaes, e apresentam as seguintes caractersticas:

    I - Unidade Familiar de Produo Rural:

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    a) unicidade - a Unidade Familiar de Produo Rural deve ter apenas uma nica DAPprincipal ativa;

    b) dupla titularidade - a partir da unio estvel ou casamento civil, a DAP deveobrigatoriamente identificar cada um dos responsveis pela Unidade Familiar de

    Produo Rural, sem hierarquizao nessa titularidade;

    c) validade - trs anos, a contar da data de emisso;

    d) origem - vinculada ao municpio utilizado para residncia permanente do agricultorfamiliar; e

    e) identificao com a produo rural - na emisso da DAP deve ser observado se aatividade desenvolvida e rural, no importando se a localizao se da em ambientegeogrfico estritamente rural ou urbano.

    II - Pessoas Jurdicas:a) unicidade - cada forma associativa e de empreendimentos de agricultores familiares

    devem ter apenas uma DAP Jurdica ativa; e

    b) Validade - vlidas por trs anos ou em prazo inferior no caso de no ser atendida aobrigao prescrita no 2 do artigo 8.

    1 A DAP identifica a Unidade Familiar de Produo Rural e no apenas as pessoas fsicas que aintegram.

    2 A DAP voluntria e os dados necessrios para sua emisso so fornecidos unilateralmentepelo interessado, o que no impede o Poder Pblico a qualquer tempo confrontar os dados eelementos apresentados e promover os atos e diligncias necessrios a apurao da sua veracidade,e se for o caso, promover o respectivo cancelamento.

    3 A emisso da DAP e gratuita no podendo os emissores credenciados cobrarem quaisquercustas pela sua emisso ou condicionar seu fornecimento a qualquer exigncia de reciprocidade,vnculo ou filiao, sob pen a de descredenciamento e demais sanes legais cabveis.

    4 - A DAP da Unidade Familiar de Produo Rural e a de pessoas jurdicas de modelosanteriores permanecem vlidas at a expirao do prazo estabelecido originalmente pelosnormativos vigentes poca da sua emisso, observado 0 disposto no 2 do artigo 8.

    5 - Para permitir o acesso s aes e polticas pblicas dirigidas a agricultores familiares e suasorganizaes, haver a necessidade de obter a DAP ativa.

    CAPTULO III

    DOS BENEFICIRIOS E EXIGNCIAS PARA A EMISSO DE DAP

    Art. 5 As Unidades Familiares de Produo Rural sero identificadas por uma nica DAP

    principal

    l A identificao e qualificao da Unidade Familiar de Produo Rural deve observar osseguintes critrios:

    I - rea do estabelecimento;

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    II - quantitativo da fora de trabalho familiar e da contratada;

    III - renda de origem no estabelecimento e fora dele; e

    IV - local de residncia.

    2 Cabe SAF regulamentar os parmetros de aferio dos critrios do 1 deste artigo, a formade apurao e a operacionalizao do atendimento de cada um dos critrios de identificao equalificao da Unidade Familiar de Produo Rural e estabelecer os casos excetuados da suaincidncia.

    3 No caso de imvel em condomnio, para cada condomnio ser emitida uma DAP principal,devendo a frao ideal ser registrada como a rea do estabelecimento do condomnio.

    4 Ao agricultor familiar, quando solicitado, cabe a apresentao da documentao necessria epertinente emisso da DAP, em consonncia com o 2 do artigo 4 desta Portaria, sob pena do

    agente emissor negar-se a emitir o referido documento.Art. 6 O jovem, filho de agricultores familiares, com idade entre 15 (quinze) e 29 (vinte e nove)anos, poder obter uma DAP acessria, vinculada a uma DAP principal da Unidade Familiar deProduo Rural de origem.

    Art. 7 A mulher agregada poder obter uma DAP acessria vinculada uma DAP principal daUnidade Familiar de Produo Rural a qual encontra-se ligada.

    Art. 8 A emisso de DAP para as formas associativas dos agricultores familiares e para oEmpreendimento Familiar Rural, de que trata a Lei n 11.326, de 24 de julho de 2006, na forma de

    pessoa jurdica, dever observar os seguintes parmetros de identificao:I - Empreendimento Familiar Rural ou a pessoa jurdica, constituda com a finalidade de

    beneficiamento, processamento e comercializao de produtos agropecurios, ou ainda paraprestao de servios de turismo rural, desde que formado exclusivamente por um ou maisagricultores detentores de DAP vlida de Unidade Familiar de Produo Rural;

    II - Cooperativas (singulares ou centrais), aquelas que comprovem que, no mnimo, 60%(sessenta por cento) de seus associados so agricultores familiares com DAP vlida deUnidade Familiar de Produo Rural; e

    III - Associaes da Agricultura Familiar, aquelas que comprovem, no mnimo, que 60%(sessenta por cento) de seus participantes so agricultores familiares com DAP vlida deUnidade Familiar de Produo Rural.

    1 Cabe SAF regulamentar os parmetros complementares de aferio dos critrios dos incisos,a forma de apurao e a operacionalizao do atendimento de cada um dos critrios deidentificao e qualificao das formas associativas dos agricultores familiares e doEmpreendimento Familiar Rural, bem como estabelecer os casos excetuados da sua incidncia.

    2 Nos casos dos incisos II e III deste artigo, ocorrendo variao do nmero de associados oucooperados em mais de 10% (dez por cento), a pessoa jurdica titular da DAP dever fornecer aoagente emissor, no prazo de 30 (trinta) dias, a relao das filiaes e desfiliaes ocorridas, sobpena de cancelamento.

    3 A pessoa jurdica deve apresentar ao agente emissor da DAP a documentao comprobatria,a ser definida pela SAF, das exigncias contidas neste artigo, sob pena de no emisso do referidodocumento pelo agente emissor.

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    4 No constaro da DAP da pessoa jurdica de agricultores familiares as exigncias adicionaisde qualificao para acesso as linhas de crdito previstas no Manual de Credito Rural do BancoCentral do Brasil, em seu captulo 10, quais sejam:

    I - limite mnimo de 55% (cinquenta e cinco por cento) da produo beneficiada, processada

    ou comercializada serem oriundos de cooperados ou associados enquadrados no Pronaf;

    II - patrimnio lquido mnimo de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais); e

    III - tenham, no mnimo, um ano de funcionamento.

    5 Os dados previstos no 4 deste artigo devem constar dos respectivos projetos de crditointegrantes das operaes de crdito rural ao amparo do Programa Nacional de Fortalecimento daAgricultura Familiar. (NR dada pela Portaria MDA N 33, de 15 de maio de 2014, publicada no

    DOU N 91, de 15 de maio de 2014, pgina 64, Seo 1 - Republicao)

    CAPTULO IV

    DA REDE AUTORIZADA DE ORGOS PBLICOS E ENTIDADES EMISSORAS DEDAP

    Art. 9 criada a rede de rgos pblicos e entidades emissores de DAP.

    Paragrafo nico, Os rgos pblicos e entidades, desde j autorizados a comporem a rede emissorade DAP, condicionada a sua eficcia ao competente credenciamento pela SAF, na forma destaPortaria e respectiva regulamentao, atuaro segundo as suas competncias materiais, atuaoterritorial e os grupos de enquadramento ao Pronaf, consoante o que segue:

    I - A emisso de DAP para os agricultores familiares dos Grupos "A" e A/C e efetuada pelosseguintes rgos pblicos e entidades:

    a) O Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria - INCRA, ou ainda, por rgopublico ou entidade a ela conveniada para essa finalidade; e

    b) A Secretaria de Reordenamento Agrrio - SRA - por intermdio da Unidade TcnicaEstadual ou da Unidade Tcnica Regional, ou ainda, por rgo ou Entidade a elaconveniada para tal finalidade.

    II - A emisso de DAP para os demais agricultores familiares, includos aqueles do Grupo "B",e efetuada pelos seguintes rgos pblicos e entidades:

    a) As Instituies Estaduais Oficiais de Assistncia Tcnica e Extenso Rural por meio desuas unidades operacionais - os escritrios locais;

    b) A Comisso Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) meio de suasunidades operacionais - os escritrios locais;

    c) A Confederao Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) e suas

    Federaes Estaduais por meio de suas unidades operacionais - os Sindicatos a elasformalmente filiados;

    d) A Federao dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (FETRAF) por meio de suasunidades operacionais - os Sindicatos e Associaes a ela formal mente filiados;

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    e) A Associao Nacional dos Pequenos Agricultores (ANPA) por meio de suas unidadesoperacionais - as Associaes ou Sindicatos a ela formalmente filiados;

    f) A Confederao da Agricultura e Pecuria do Brasil (CAPB) por meio de suas unidadesoperacionais - os Sindicatos a ela formal mente filiados;

    g) A Fundao Instituto Estadual de Terras do Estado de So Paulo "Jos Gomes daSilva" - Itesp;

    h) A Fundao Nacional do ndio (FUNAI) por meio de suas unidades operacionais - assuas representaes regionais e locais - que somente podero emitir DAP principal eacessria dos povos indgenas e, ainda, a DAP jurdica desde que a pessoa jurdicabeneficiaria seja composta exclusivamente por indgenas;

    i) O Ministrio da Pesca e Aquicultura (MPA) por meio de suas unidades operacionais epor entidades por ela reconhecidas que somente podero emitir DAP principal e

    acessria para pescadores artesanais e aquicultores e, ainda, a DAP jurdica, desde quea pessoa jurdica beneficiria seja constituda exclusivamente por pescadores artesanaise aquicultores;

    j) A Confederao Nacional dos Pescadores e suas Federaes Estaduais por meio dasunidades operacionais - as Colnias de Pescadores a elas formalmente filiados; e osInstitutos de Pescas Estaduais por meio de suas unidades operacionais - seus escritriosregionais e locais; que somente poder emitir DAP principal e acessria parapescadores artesanais e, ainda, a DAP jurdica, desde que a pessoa jurdica beneficiriaseja constituda exclusivamente por pescadores artesanais;

    k)

    A Fundao Cultural Palmares, por meio das entidades por ela reconhecidas, somentepoder emitir DAP principal e acessria para integrantes de comunidadesremanescentes de quilombos rurais e, ainda, a DAP jurdica, desde que a pessoa

    jurdica beneficiria seja constituda exclusivamente por integrantes de comunidadesremanescentes de quilombos rurais;

    l) O Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade - ICMBio, por meio desuas unidades operacionais ou por meio das entidades por ele reconhecidas, somentepoder emitir DAP principal e acessria para extrativistas que se dediquem explorao extrativista ecologicamente sustentvel e, ainda, a DAP jurdica, desde quea pessoa jurdica beneficiria seja constituda exclusivamente por extrativistas;

    m)O Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria - INCRA, por meio de suasunidades operacionais ou por meio das entidades por ele reconhecidas, poder emitirDAP principal e acessria para agricultores familiares:

    i. Assentados em projetos de reforma agrria do INCRA e, ainda, a DAP jurdica,desde que a pessoa jurdica beneficiria seja constituda exclusivamente poragricultores familiares assentados em projetos de reforma agrria do INCRA; e

    ii. Integrantes de comunidades remanescentes de quilombos rurais, devidamentecertificadas pela Fundao Cultural Palmares - FCP e, ainda, a DAP Jurdica, desde

    que a pessoa jurdica beneficiria seja constituda exclusivamente por integrantes decomunidades remanescentes de quilombos rurais.

    n) A Secretaria de Reordenamento Agrrio - SRA - por intermdio da Unidade TcnicaEstadual ou da Unidade Tcnica Regional, ou ainda, por rgo ou Entidade a elaconveniada para essa finalidade,. somente poder emitir DAP principal e acessria paraagricultores familiares beneficirios do Programa Nacional de Crdito Fundirio

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    (PNCF) e, ainda, a DAP jurdica, desde que a pessoa jurdica beneficiria sejaconstituda exclusivamente por agricultores familiares beneficirios do PNCF.

    o) A Associao das Mulheres Quebradeiras de Coco de Babau - AMIQCB - paraatuao exclusivamente com extrativistas;

    p) O Instituto Estadual de Florestas - IEF - para atuao exclusiva no Estado do Amap;

    q) O Instituto de Terras do Estado do Rio de Janeiro ITERJ com atuao exclusivajunto aos assentamentos estaduais da reforma agrria no Estado do Rio de Janeiro; e

    r) A Associao Camponesa Nacional - ACAN - por meio de suas unidades operacionais- as Associaes ou Sindicatos a ela formalmente filiados, para emisso de DAPexclusivamente no Estado de Gois;

    l A autorizao conferida Confederao da Agricultura e Pecuria do Brasil - CAPB no

    abrange a competncia para a emisso de DAP para os agricultores familiares do Grupo "8". 2 A emisso de DAP pelas unidades operacionais pertencentes aos rgos pblicos e entidadesautorizados a emitir DAP e restrita a sua rea legal, regimental ou estatutria de atuao territorial,conforme o caso.

    CAPTULO V

    DA AUTORIZAO PARA EMISSO DE DAP A OUTROS ORGOS PBLICOS EENTIDADES

    Art. 10. Outros rgos pblicos e entidades podero solicitar autorizao para atuar como emitentesde DAP.

    1 Fica delegada ao Secretrio de Agricultura Familiar a competncia para autorizar a incluso denovos rgos pblicos ou entidades integrantes da rede emissora de DAP.

    2 As Prefeituras Municipais, sua Secretarias e demais rgos e instituies a ela vinculadas nopodem ser autorizadas a emitir DAP. (NR dada pela Portaria MDA N 33, de 15 de maio de 2014,

    publicada no DOU N 91, de 15 de maio de 2014, pgina 64, Seo 1 -Republicada)

    3 O INCRA e a SRA podem indicar SAF quaisquer rgos pblicos ou entidades para emissoda DAP dos beneficirios do mbito de suas competncias materiais, desde que atendam oscritrios de credenciamento para o exerccio desta atividade, conforme esta portaria e correlataregulamentao.

    CAPTULO VI

    DO CREDENCIMENTO E DESCREDENCIAMENTO DOS EMISSORES DE DAP

    Art. 11 A eficcia das autorizaes de que tratam os arts. 9 e 10 so condicionadas aocadastramento vlido junto SAF de toda a estrutura organizacional desses rgos pblicos eentidades, at suas respectivas unidades operacionais, com a identificao das pessoas fsicas queiro atuar como agentes emissores.

    1 Os rgos pblicos e entidades autorizados a emitirem DAP devero atender no ato do

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    respectivo cadastramento, os seguintes requisitos bsicos:

    I - possuir personalidade jurdica;

    II - acolher expressamente entre as atribuies e objetivos do seu regimento interno, estatuto .

    ou contrato social:

    a) a representao social dos agricultores familiares; ou

    b) a prestao de servios de assistncia tcnica e/ou extenso rural aos agricultoresfamiliares e as suas formas associativas.

    III - o exerccio mnimo de um ano, devidamente comprovado, das atribuies e objetivosregimentais ou sociais voltados aos agricultores familiares.

    Art.12. A SAF estabelecer outros critrios e procedimentos a serem observados no cadastramentode que trata o art. 11.

    Pargrafo nico. A no formalizao e instruo do cadastramento com os elementos necessrios asua realizao caracteriza a desistncia do rgo pblico ou entidade da autorizao para a emissode DAP.

    Art. 13. Os rgos pblicos e as entidades, inclusive os previstos no artigo 9 desta Portaria,somente estaro habilitados a emitir DAP aps a sua incluso na relao de emissores autorizados erespectiva publicao na rede mundial de computadores no stio da SAF.

    l A SAF divulgar em seu sitio www.mda.gov.br/saf a relao dos rgos pblicos eentidades autorizados a emitir DAP com suas respectivas unidades operacionais, agentes emissorese respectivas reas de atuao.

    2 Os rgos pblicos e entidades autorizados a emitir DAP devem manter atualizados oscadastros de suas unidades vinculadas e agentes emissores.

    3 A SAF atualizar e divulgar na forma do caput deste artigo a relao de rgos pblicos eentidades autorizados a emitir a DAP ao final de cada trimestre do ano civil.

    Art. 14. O descumprimento dos dispositivos contidos nesta Portaria e nos demais regulamentos quedisciplinam a emisso de DAP por rgo pblico ou entidade autorizado a emitir o referido

    documento implica no seu descredenciamento.

    Pargrafo nico. Cabe SAF a instaurao de processo administrativo para a apurao dos fatos e aadoo das providncias cabveis, estabelecendo os procedimentos necessrios a tramitao doreferido procedimento de descredenciamento, respeitada a ampla defesa e ao contradit6rio.

    CAPTULO VII

    DA COMPETNCIA NA EMISSO E VALIDADE DO DOCUMENTO DE DAP

    Art. 15. A fixao da competncia do agente para a emisso da DAP deve observar rigorosamenteo municpio de residncia do agricultor familiar.

    Art. 16. Quando o regimento interno, estatuto ou contrato social no relacionar o mbito territorialde atuao, ser considerado exclusivamente o municpio sede da entidade autorizada a emitir aDAP, at que a SAF seja oficialmente informada da relao dos municpios da rea de atuao.

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    Paragrafo nico. Nos casos em que a rea de atuao do rgo pblico ou Unidade abranja mais deum municpio ser exigida a relao, arredondada para baixo, de um tcnico para cada um inteiro etrinta e quatro centsimos de municpios da rea de atuao.

    Art. 17. O documento da DAP da Unidade Familiar de Produo Rural, emitido e assinado pelo

    agente emissor, vinculado a rgo ou entidade credenciado para esse fim, tambm devera serassinado pelo(s) respectivos titular(es) para ser vlido, excetuado os casos em que o titular sejasolteiro ou vivo ou no tenha vinculo conjugal estvel, quando assinar sozinho o documentode DAP com o agente emissor competente.

    Pargrafo nico. Os documentos de DAP acessrias para os jovens e para as mulheres agregadas aum estabelecimento de agricultura familiar devem ser assinados pelo respectivo beneficirio, porum dos titulares da DAP principal de vinculao e pelo agente emissor do rgo pblico ouentidade devidamente habilitada a emitir o referido documento.

    Art. 18. A DAP Jurdica, emitida conforme o estabelecido no art. 8, deve ser assinada pelo

    representante legal da pessoa jurdica beneficiria e pelo agente emissor do rgo pblico ouentidade devidamente autorizada a emitir o correspondente documento.

    Art. 19. A DAP jurdica somente ser emitida eletronicamente, registrada e validada diretamente nabase de dados da SAF, atravs de aplicativo desenvolvido e por ela disponibilizado para utilizaodos rgos pblicos e das entidades autorizados a atuarem como agentes emissores de DAP.

    CAPTULO VIII

    DO CONTROLE SOCIAL

    Art. 20. A regularidade da DAP esta sujeita ao controle social, observados os procedimentos aserem estabelecidos pela SAF.

    CAPTULO IX

    DAS DISPOSIES FINAIS

    Art. 21. Cabe SAF a adoo da regulamentao e das medidas complementares necessrias ao

    cumprimento desta Portaria, especialmente no que se refere:

    I - a definio do que so agregados da Unidade Familiar de Produo Rural;

    II - a definio dos modelos de DAP principal, acessria e jurdica e daquele a ser utilizado nocaso de estrangeiro naturalizado;

    III - a definio dos procedimentos a serem considerados no processo de emissode DAP; e

    IV - operacionalizao das aes de cadastramento, suspenso e descredenciamento dos rgospblicos e entidades a emitirem DAP.

    Art. 22. A SAF poder acionar as Delegacias Federais de Desenvolvimento Agrrio a fim de queprocedam as diligncias e demais atos necessrios elucidao de fatos e instruo de processoadministrativo, na hiptese do 10 do artigo 14 desta portaria e aqueles destinados apurao daregularidade na emisso e cancelamento da DAP.

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    Art. 23. Com a finalidade de agilizar a formalizao de operaes de crdito ao amparo do Pronaf,os beneficirios devero providenciar, junto aos agentes autorizados, a emisso da DAP com aantecedncia mnima de 30 (trinta) dias, contados da data ideal para o acesso tempestivo aosrecursos financeiros.

    Art. 24. Esta Portaria entra em vigor na data de publicao.

    Art. 25. Fica revogada a Portaria n? 102, de 6 de dezembro de 2012, publicada no Dirio Oficial daUnio de 7 de dezembro de 2012, Seo 1, pagina 233 a 235.

    MIGUEL SOLDATELLI ROSSETTO