portaria 053 transporte rurais

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Expediente nº 014040/17/CO/2008 Portaria SUP/DER-053- 02/08/2010 Dispõe sobre o transporte de trabalhadores rurais por ônibus ou microônibus através das rodovias estaduais. (3.3) O Superintendente do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo, de conformidade com o disposto nos incisos IV e VI do Artigo 18 do Regulamento Básico do DER, aprovado pelo Decreto nº 26.673, de 28/01/1987, bem como no Artigo 21 da Lei Federal nº 9.503, de 23/09/1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, resolve: CAPÍTULO I DA AUTORIZAÇÃO Artigo 1º - O transporte coletivo de trabalhadores rurais entre suas residências e os locais de trabalho, situados em propriedades rurais, somente poderá ser efetuado por ônibus ou microônibus, com até 20 (vinte) anos de fabricação , classificados nas categorias Oficial, Particular e de Aluguel, devidamente registrados, licenciados, vistoriados e que atendam aos requisitos estabelecidos nesta portaria. § 1º - Para os fins desta portaria entende- se:

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transporte rurais

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Expediente n 014040/17/CO/2008

Portaria SUP/DER-053-02/08/2010

Dispe sobre o transporte de trabalhadores rurais por nibus ou micronibus atravs das rodovias estaduais. (3.3)

O Superintendente do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de So Paulo, de conformidade com o disposto nos incisos IV e VI do Artigo 18 do Regulamento Bsico do DER, aprovado pelo Decreto n 26.673, de 28/01/1987, bem como no Artigo 21 da Lei Federal n 9.503, de 23/09/1997, que institui o Cdigo de Trnsito Brasileiro, resolve:

CAPTULO I

DA AUTORIZAO

Artigo 1 - O transporte coletivo de trabalhadores rurais entre suas residncias e os locais de trabalho, situados em propriedades rurais, somente poder ser efetuado por nibus ou micronibus, com at 20 (vinte) anos de fabricao, classificados nas categorias Oficial, Particular e de Aluguel, devidamente registrados, licenciados, vistoriados e que atendam aos requisitos estabelecidos nesta portaria.

1 - Para os fins desta portaria entende-se:

I - Trabalhador Rural o empregado convencional que, sem predeterminao de prazo, remunerado por unidade de tempo ou por unidade de obra, assim como os prestadores de servios em zonas rurais, ainda que em carter eventual.

II nibus Veculo automotor de transporte coletivo com capacidade para mais de vinte passageiros, ainda que, em virtude de adaptaes com vista maior comodidade destes, transporte nmero menor. (CTB - Cdigo de Trnsito Brasileiro)

III - Micronibus Veculo de transporte coletivo de passageiros projetado e construdo com finalidade exclusiva de transporte de pessoas, com lotao de no mximo 20 passageiros e dotados de corredor interno para circulao dos mesmos (Resoluo n 811-27/02/1996 do CONTRAN - Conselho Nacional de Trnsito).

2 - O disposto nesta portaria somente se aplica aos veculos de que trata a Resoluo 082, de 19/11/1998, que dispe sobre o transporte de passageiros em veculos de carga, bem como da Resoluo n 292, de 29/08/2008, do CONTRAN, c.c. a Portaria n 25, de 21/01/2010, do DENATRAN Departamento Nacional de Trnsito - desde que:

a) naquela condio licenciados, mediante apresentao do Certificado de Segurana Veicular, conforme modelo objeto do Anexo III da Portaria n 29, de 30/05/2007, do DENATRAN, expedido por entidade licenciada, acreditada pelo INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial.

b) sua utilizao se faa, necessariamente, em rodovias ou estradas que, por razes tcnicas, sejam impeditivas ao trfego de nibus ou micronibus, a critrio do Diretor da Diviso Regional e respeitado o disposto no Artigo 6.

Artigo 2 - Os veculos a que se refere o artigo 1 no podero executar os servios de transporte coletivo intermunicipal, regulares e pblicos, porque regulamentados pelo Decreto n 29.913, de 12/05/1989, bem como os de fretamento, com regulamentao estabelecida pelo Decreto n 29.912, de 12/05/1989 e devero:

I - ter inscrito em pintura, com caracteres tipogrficos, a meia altura das laterais e traseiras das suas carroarias, a expresso RURAIS, com altura de 300 milmetros, na cor preta e, em fundo retangular amarelo de, no mnimo 0,40m e mximo de 0,60m de altura e, no mnimo 1,40m e mximo de 1,80m de comprimento; e

II - ostentar letreiro indicativo de RURAIS em dispositivo prprio ou, na ausncia, confeccionado e nas mesmas cores, bem como manter AVISO referente ao Seguro Obrigatrio, em local visvel e prximo ao motorista, no interior do veculo.

Pargrafo nico Os veculos de que trata esta portaria no podero ostentar, interna ou externamente, elementos de publicidade de qualquer espcie.

Artigo 3 - Por fora do Cdigo de Trnsito Brasileiro, institudo pela Lei Federal n 9.503, de 23/09/1997, da Norma Regulamentadora de Segurana e Sade no Trabalho na Agricultura, Pecuria, Silvicultura, Explorao Florestal e Aqicultura, aprovada pela Portaria n 86, de 03/03/2005, do Ministrio do Trabalho e Emprego, no que se refere ao item 31.16 Transporte de Trabalhadores bem como das Resolues n 168/2004 e 169/2005 do CONTRAN Conselho Nacional de Trnsito que tratam da formao de condutores de veculos automotores, o veculo de transporte coletivo de trabalhadores rurais dever observar os seguintes requisitos:

a) possuir autorizao para trfego emitida pelo DER, padronizada e autenticada, de conformidade com o Anexo III;

b) transportar todos os passageiros sentados;

c) ser conduzido por motorista habilitado na categoria adequada, o qual dever portar o Certificado de Concluso do Curso de Capacitao de Condutores de Veculos de Transporte Coletivo de Passageiros; e

d) possuir compartimento resistente e fixo, separado dos passageiros, para a guarda de materiais e ferramentas, seja dos trabalhadores transportados ou do prprio veculo, vedada a utilizao de simples divisrias internas.

Artigo 4 - O transporte de trabalhadores de que trata esta portaria, em todas as rodovias estaduais, inclusive as concedidas, dever ser previamente autorizado pelo Departamento de Estradas de Rodagem, devendo constar do Documento de Autorizao:

I - a quantidade de trabalhadores (exceto o motorista) a ser transportada;

II - os itinerrios a serem percorridos;

III - os horrios a serem observados em ambos os sentidos; e

IV - o prazo de validade da Autorizao.

Artigo 5 - Os proprietrios dos veculos de que cuida esta portaria, interessados na obteno de autorizao para transporte de trabalhadores rurais, devero dirigir requerimento ao DER, a ser protocolado na Diviso Regional ou quaisquer de suas Residncias de Conservao ou Unidades Bsicas de Atendimento, de acordo com o modelo constante do Anexo II, devidamente instrudo com os seguintes documentos e informaes:

a) descrio seqencial dimensionada das vias a serem utilizadas, nos diversos percursos de ida e de volta;

b) cpia individualizada do croqui, em mapa sem escala, para cada percurso de ida e de volta, com identificao do km+metros da localizao do acesso empresa rural nominalizada;

c) cpia do CRLV - Certificado de Registro e Licenciamento do Veculo;

d) Termo de Vistoria do veculo, de conformidade com o CAPTULO III desta portaria;

e) cpia da Anotao de Responsabilidade Tcnica ART do responsvel pela vistoria realizada;

f) cpia do DPVAT Seguro Obrigatrio dispensada esta quando o CRLV explicitar seu pagamento;

g)8 (oito) fotos coloridas do veculo, sendo 4 (quatro) em perspectiva, focando a frente com a lateral direita, frente com a lateral esquerda, traseira com a lateral direita e traseira com a lateral esquerda, duas fotos da frente e da traseira, onde sejam legveis as placas do veculo, alm de duas fotos do interior do veculo, da frente para a traseira e vice versa, para fins documentais em processo;

h) cpia de credenciamento expedido por Diviso Regional diversa, se for o caso; e

i) Atestado de Segurana Veicular, elaborado nos moldes do CSV e restando explcito o cumprimento da Norma ABNT NBR 14.040/1998 enquanto escopo, quando se tratar de veculo com mais de 10 (dez) e at 20 (vinte) anos de fabricao, em especial os previstos no 2 do Artigo 1.

1 A descrio seqencial dimensionada das vias a serem utilizadas, de conformidade com a alnea a deste artigo, alm de permitir a definio da Diviso Regional responsvel pela autorizao implica na cientificao de que se trata de efetivo transporte de trabalhadores rurais.

2 - A quantidade de percursos de ida e de volta respeitar a condio de distribuio local da malha rodoviria, ficando condicionada a princpios de racionalidade e lgica, a critrio do Diretor da Diviso Regional envolvida.

3 - O protocolo de entrega de documentos no substitui a autorizao de que trata o Artigo 7 devendo conter em destaque, a expresso DOCUMENTO NO VLIDO COMO AUTORIZAO.

Artigo 6 - Para os fins a que se destina e nos estritos termos desta portaria fica delegada competncia aos Diretores das Divises Regionais para decidir sobre o requerido, bem como sobre o credenciamento de que cuida o Captulo II, respeitada a uniformidade de procedimentos sob orientao e aprovao da Coordenadoria de Operaes.

Artigo 7 - A deciso ser comunicada ao interessado no prazo de at 20 (vinte) dias teis da solicitao, exceto quando da ocorrncia de motivos determinantes provocados pelo solicitante e, em caso de autorizao, ser expedido documento de conformidade com o Anexo III.

Pargrafo nico - Em no ocorrendo o agendamento de que trata o Artigo 21, bem como o retorno de veculo anteriormente reprovado, assim como a no apresentao de eventuais documentos ou regularizaes exigidos pelo DER, a solicitao poder ser arquivada em idntico prazo.

Artigo 8 - A autorizao de que trata esta portaria ser concedida, no que concerne ao prazo, de conformidade com a solicitao do interessado, com validade mxima de 1 (um) ano, condicionada data de validade da vistoria e a ttulo precrio, podendo ser revogada a critrio do DER sempre que constatadas irregularidades no veculo, ou cometidas pelos seus condutores ou proprietrios, em inspees de fiscalizao que se fizerem.

Pargrafo nico A eficcia da autorizao citada neste artigo pressupe estar o veculo em questo licenciado para o correspondente exerccio, respeitada a data de pagamento do DPVAT Seguro Obrigatrio conforme regulamentao do CNSP - Conselho Nacional de Seguros Privados, bem como atendidos os requisitos pertinentes ao Ministrio do Trabalho e Emprego que impliquem em modificao do veculo.

Artigo 9 - As autorizaes podero ser tempestivamente renovadas, a requerimento dos interessados, cumprido o disposto no Artigo 5, bem como promovida a devoluo da Autorizao anterior quando da retirada do novo documento.

Artigo 10 - Quando o itinerrio envolver mais de uma Diviso Regional do DER a competncia para autorizao ser da Diviso onde se situa o maior trecho a ser percorrido e, em hiptese alguma, poder extrapolar a malha rodoviria das suas Divises Regionais limtrofes.

Pargrafo nico A autorizao prevista neste artigo ser precedida de consulta Diviso Regional envolvida, no que concerne s condies tcnicas da malha viria do itinerrio a ser percorrido, inclusive para os efeitos dos 1 e 2 do Artigo 5.

Artigo 11 - A Autorizao citada no Artigo 3, alnea a, no exime o autorizado da responsabilidade civil e criminal pelos danos que vier a causar ao motorista, passageiros transportados, rodovia e seus dispositivos, a terceiros, bem como pelo uso indevido desta autorizao.

CAPTULO III

DA VISTORIA

Artigo 17 - A vistoria dos veculos ser efetuada de acordo com as instrues constantes do Anexo VI de fls. 1 a 4 objetivando a segurana e conforto dos passageiros, do motorista, bem como de terceiros.

Pargrafo nico Importa a vistoria a ser realizada, inclusive, ao atendimento do disposto na letra d do Artigo 5 e, em especial, vista dos motivos determinantes da expedio do Atestado de Segurana Veicular, explicitado na alnea i, quando for o caso, alm dos requisitos regulamentados pelo Ministrio do Trabalho e Emprego.

Artigo 18 Com implicao de responsabilidade civil e criminal o Termo de Vistoria ter validade mxima de 1 (um) ano, a contar da data de sua assinatura e dever ser expedido em duas vias, de conformidade com Anexo VII, no podendo conter emendas ou rasuras.

1 - A primeira via do Termo prestar-se- instruo do pedido de autorizao, devendo a segunda via ser afixada em local visvel e prximo ao motorista, no interior do veculo.

2 - Nenhum veculo de que cuida esta portaria poder operar sem o documento hbil de Autorizao citado na alnea a do Artigo 3, bem como sem o Termo de Vistoria, respeitada a sua data de validade.

CAPTULO IV

DA FISCALIZAO E DISPOSIES FINAIS

Artigo 19 - A fiscalizao decorrente desta portaria ser efetuada pelos Policiais Militares integrantes dos Batalhes de Policiamento Rodovirio e suas Organizaes Policiais Militares subordinadas, bem como a autuao e aplicao das medidas administrativas cabveis.

Artigo 20 No caso de acidentes com veculos autorizados nos termos da presente portaria, seus proprietrios ficam obrigados a:

a) adotar medidas visando prestar imediata e adequada assistncia ao motorista e aos transportados, oferecendo informaes e esclarecimentos aos seus familiares; e

b) comunicar o fato ao DER em carter de urgncia, no local de obteno da autorizao, no mximo at o primeiro dia til subsequente, para fins de constatao de exigncia de nova vistoria do veculo.

Pargrafo nico O no cumprimento do disposto neste artigo implicar em automtico cancelamento da autorizao concedida, se e quando, por qualquer forma ou meio o DER tomar conhecimento da ocorrncia.

Artigo 21 O veculo para o qual se pretende obter autorizao dever ser apresentado por agendamento junto Diviso Regional correspondente recebedora da documentao de que trata o Artigo 5, para fins de verificao, exclusivamente do quesito condies gerais aparentes, face ao Termo de Vistoria apresentado.

1 - Compete Comisso prevista no Artigo 14, em conjunto ou com no mnimo dois membros, quando se tratar de verificao realizada no mbito das Residncias de Conservao ou Unidades Bsicas de Atendimento, promover a verificao de que trata este artigo, atribuindo-se sua Presidncia o credenciamento como Agente da Autoridade de Trnsito para os fins a que se destina esta portaria.

2 - Constatada eventual no conformidade entre o Termo de Vistoria e as condies gerais aparentes do veculo compete Presidncia da Comisso propor, devidamente fundamentado, o cancelamento da credencial concedida, nos termos do 1 do Artigo 12.

3 - Ultimado o ato a Superintendncia do DER ser a instncia recursal para os fins a que se prope o pargrafo anterior, no prazo de 15 (quinze) dias e deciso em igual prazo, a contar da interposio do recurso.

4 - Durante a vigncia do perodo autorizado a Autoridade de Trnsito credenciada, de conformidade com o 1, poder estabelecer sistema programado ou pontual de reapresentao dos veculos, para fins de avaliao de suas atualizadas condies.

5 - Autoridade de Trnsito citada, e em decorrncia do disposto no pargrafo anterior, fica atribuda, inclusive, a competncia para a aplicao da medida administrativa de reteno do veculo para regularizao, conforme reza o inciso XVIII do Artigo 230 do CTB, sem prejuzo do disposto no Artigo 19 desta portaria.

6 - Em ocorrendo o descredenciamento, desde que por iniciativa do Departamento, o interessado ficar impedido, pelo prazo de 6 (seis) meses, de solicitar nova credencial, vedada esta na reincidncia.

7 - O descredenciamento e o impedimento citados no pargrafo anterior sero extensivos a todas as Divises Regionais, com intervenincia da Coordenadoria de Operaes, face ao disposto no Artigo 22.

Artigo 22 At que a CO - Coordenadoria de Operaes conclua o desenvolvimento de sistema informatizado e manuteno de banco de dados referente aos credenciamentos de que cuida o Artigo 12, assim como dos veculos e das autorizaes concedidas, as Divises Regionais devero encaminhar quela Coordenadoria os Formulrios de conformidade com os modelos objeto dos Anexos VIII e IX.

Artigo 23 Todos os anexos citados, parte integrante desta portaria, acham-se disponibilizados na pgina do DER www.der.sp.gov.br.

Artigo 24 - Esta portaria entrar em vigor na data de sua publicao, ficando revogada a Portaria SUP/DER-039-22/04/2008.

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM, aos dois dias do ms de agosto de 2010.

ENG DELSON JOS AMADOR/ SUPERINTENDENTE DO DER