portal engeplus pós ato - 20 out 11

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20/10/2011 15:34 Policiais civis e delegados iniciam manifestação Alegando estar há 13 anos sem reposição salarial e sem aumento no efetivo desde 1984, policiais civis e delegados de polícia de Santa Catarina iniciaram hoje uma manifestação pacífica em busca de melhores salários e condições de trabalho. “Nosso salário de hoje é cheio de penduricalhos, bônus e auxílios. Isso representa cerca de 30% de todo o vencimento”, destacou o delegado Ulisses Gabriel. De acordo com os policiais e delegados, uma reunião para discutir a situação com o governador Raimundo Colombo já foi solicitada algumas vezes. “No fim do mês passado, em Braço do Norte, conversamos com o governador para que a reunião fosse feita e ela não aconteceu. Dessa forma, a Associação de Delegados de Polícia (Adepol) de Santa Catarina e o Sindicato dos Trabalhadores em Segurança Pública (Sintrasp) de Santa Catarina estão juntos nessa mobilização”, explicou Gabriel. Neste primeiro momento, folders serão distribuídos e outdoors colocados em municípios de todo o estado. Ações sociais com doação de sangue e de cestas básicas também estão previstas. “Se a mobilização não surtir efeito faremos uma operação padrão que ainda está sendo planejada, mas que pode abranger a paralisação”, pontuou o delegado. Um concurso para agentes de polícia e escrivães de polícia foi realizado em 2010. De acordo com os policiais e delegados, nenhum dos aprovados no concurso foi contratado. Nível de Europa – O delegado André Luiz Mendes da Silveira, ex-secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, disse que a Polícia Civil catarinense é eficiente e merece respaldo. “Temos um saldo de resolução de casos de homicídio de 85%. Isso é nível de países de primeiro mundo e da Europa”, ressaltou ele. “Por esse e tantos outros motivos reivindicamos mais que salários, reivindicamos dignidade”, completou. Pedido de desculpas – Em meio à entrevista coletiva, o policial civil Arilson Nazário pediu desculpas. “É importante que peçamos desculpas à população quando demoramos para resolver algum caso, mas é porque Fotos: Nícola Martins Page 1 of 2 20/10/2011 http://www.engeplus.com.br/print_37519.html

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20/10/2011 15:34

Policiais civis e delegados iniciam manifestação

Alegando estar há 13 anos sem reposição salarial e sem aumento no efetivo desde 1984, policiais civis e delegados de polícia de Santa Catarina iniciaram hoje uma manifestação pacífica em busca de melhores salários e condições de trabalho. “Nosso salário de hoje é cheio de penduricalhos, bônus e auxílios. Isso representa cerca de 30% de todo o vencimento”, destacou o delegado Ulisses Gabriel. De acordo com os policiais e delegados, uma reunião para discutir a situação com o governador Raimundo Colombo já foi solicitada algumas

vezes. “No fim do mês passado, em Braço do Norte, conversamos com o governador para que a reunião fosse feita e ela não aconteceu. Dessa forma, a Associação de Delegados de Polícia (Adepol) de Santa Catarina e o Sindicato dos Trabalhadores em Segurança Pública (Sintrasp) de Santa Catarina estão juntos nessa mobilização”, explicou Gabriel. Neste primeiro momento, folders serão distribuídos e outdoors colocados em municípios de todo o estado. Ações sociais com doação de sangue e de cestas básicas também estão previstas. “Se a mobilização não surtir efeito faremos uma operação padrão que ainda está sendo planejada, mas que pode abranger a paralisação”, pontuou o delegado. Um concurso para agentes de polícia e escrivães de polícia foi realizado em 2010. De acordo com os policiais e delegados, nenhum dos aprovados no concurso foi contratado. Nível de Europa – O delegado André Luiz Mendes da Silveira, ex-secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, disse que a Polícia Civil catarinense é eficiente e merece respaldo. “Temos um saldo de resolução de casos de homicídio de 85%. Isso é nível de países de primeiro mundo e da Europa”, ressaltou ele. “Por esse e tantos outros motivos reivindicamos mais que salários, reivindicamos dignidade”, completou. Pedido de desculpas – Em meio à entrevista coletiva, o policial civil Arilson Nazário pediu desculpas. “É importante que peçamos desculpas à população quando demoramos para resolver algum caso, mas é porque

Fotos: Nícola Martins

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não temos condições”, lembrou ele. “Pergunto a todos: você, cidadão, está seguro? Nós, policiais, também não estamos”, enfatizou Nazário.

Nícola Martins - [email protected] Redação Portal Engeplus

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