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v.14, Ago. – Dez. 2016 ISSN 1982 – 2065
Revista da Ciência da Administração
versão eletrônica v.14, Ago. - Dez. 2016
PORTAL DA TRANSPARÊNCIA COMO INSTRUMENTO DE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL
Isabelle Miranda César 1 Walkíria Lúcia Simões 2
RESUMO
O artigo tem como objetivo destacar a importância dos portais de transparência como ferramenta essencial de participação e controle social na vida do cidadão brasileiro. A transparência aproxima a sociedade da gestão exercida por seus representantes na busca e no acompanhamento da informação, de maneira clara e compreensível. Para enriquecer o estudo, buscou-se avaliar, mediante uma instancia prática: dados fornecidos pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco a respeito dos portais de transparência de 184 municípios, se estes portais estão cumprindo o seu papel, que é prestar contas à sociedade. Foram avaliados e comparados dados de dois municípios, Recife e Carpina, no intuito de diagnosticar pontos positivos e negativos em cada caso, com o uso da internet como forma de garantir a democracia e cidadania como direitos fundamentais de todo cidadão.
PALAVRAS-CHAVE: Portais da Transparência; participação; controle social; democracia.
ABSTRACT
This study aims to present the importance of transparency portals as an essential tool of social control and participation in the life of the Brazilian citizen. Transparency approaches society to the management conducted by their representatives in search and tracking information in a clear and understandable way. To enhance this article, a nature applied research with a qualitative approach was conducted through a study by the Pernambuco Court of Auditors whose objective was to show if portals of transparency are fulfilling their role, which is to be accountable to society. Items from two municipalities were analyzed in order to diagnose the strengths and weaknesses of each with the use of the internet in order to guarantee democracy and citizenship as fundamental rights of every citizen.
KEYWORDS: Transparency Portals; participation; social control; democracy.
1 Graduada em Administração de Empresas – UPE/FCAP e com especialização em Planejamento e Gestão Pública. E-mail: [email protected] 2 Professora Orientadora da UPE/FCAP, Mestrado Profissionalizante em Gestão Publica pela UFPE. E-mail: [email protected]
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1. INTRODUÇÃO
O termo “transparência pública” surgiu na Administração Gerencial, mais
precisamente no período do Public Service Orientation – PSO, a versão atual da
Nova Gestão Pública, como forma de combater alguns métodos burocráticos e
também com o objetivo de fomentar práticas democráticas e o exercício da
cidadania, assim como a participação ativa na elaboração das políticas públicas
e avaliação dos serviços públicos.
No Brasil, a reforma administrativa do Estado, elaborada em 1995, propiciou a
modernização da estrutura administrativa com a elaboração de ferramentas de
comunicação, como os portais da transparência. Recentemente, com a
aprovação da chamada Lei da Transparência (Lei Complementar nº 131/2009),
a União, estados, Distrito Federal e municípios devem apresentar de forma
transparente todas as suas receitas e despesas, em tempo real. Com isso,
estabelece uma relação de parceria entre governantes e população, tendo este
último mais participação na gestão pública.
A transparência na administração pública é obrigação imposta a todos os
gestores públicos, pois atuam em nome dos cidadãos, devendo cuidar da coisa
pública com maior zelo em relação à administração dos interesses privados. Os
destinatários da administração, os cidadãos, têm o direito à publicidade dos atos
públicos e à possibilidade de exercer a fiscalização.
Tendo como premissa o fato que a Administração Pública deve estar voltada
para o gerenciamento eficiente e transparente dos gastos públicos, e que a
internet constitui um canal potencialmente eficiente na redução de desigualdade
de informações entre governo e sociedade, o presente estudo pretende
evidenciar as maneiras pelas quais os portais da transparência e o acesso à
informação são meios de ampliação do controle e participação social, sendo
indispensáveis para o fortalecimento da democracia de um Estado.
Portanto, devido às constantes matérias sobre corrupção na atualidade, surgiu
o interesse de se buscar explicações capazes de garantir um maior controle e
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moralidade na gestão pública, por meio de mecanismos que o cidadão possa
utilizar, como os portais da transparência os quais o gestor deve fornecer dados
de fácil compreensão para o cidadão e assim influenciar a participação e o
controle social na administração pública.
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2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa a ser apresentada é de natureza aplicada, para a qual foi adotada
uma abordagem qualitativa. Quanto aos objetivos, trata-se de uma pesquisa
exploratória e descritiva. Foi realizada uma revisão da literatura, por meio de
livros, artigos relacionados ao assunto e internet, visando formar uma base
conceitual e legal ligada ao problema.
O trabalho está dividido em cinco seções na quais são discutidas as seguintes
questões: no referencial teórico são analisados os temas sobre transparência
pública, os portais da transparência, e o controle e a participação popular por
meio de suas ferramentas. Na sequência é apresentada uma análise de uma
pesquisa feita pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco sobre a
situação dos portais da transparência no estado, ranqueando melhores e piores
portais. Algumas conclusões, finalmente, são discutidas na seção
“considerações finais”.
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3. TRANSPARÊNCIA PÚBLICA
O incentivo à transparência pública é um dos objetivos elementares da moderna
Administração Pública e que foi introduzida pela Constituição Federal de 1988.
O aumento da divulgação dos atos governamentais aos cidadãos brasileiros,
além de contribuir para o fortalecimento da democracia, prestigia e desenvolve
as noções de cidadania por meio do controle e a participação social. A
transparência está relacionada com a capacidade de divulgação e acesso de
informação perante a sociedade e também ao princípio da publicidade, que exige
ampla divulgação dos atos praticados pela administração pública.
Deve-se ter em mente a diferença entre publicidade e transparência. São dois
conceitos diferentes, porém um complementa o outro. O primeiro é o
conhecimento público acerca das atividades praticadas no exercício da função
administrativa, enquanto que o segundo é mais amplo e não envolve somente a
divulgação de informações, como também a forma como esses dados são
repassados, ou seja, para que haja transparência, é preciso que esteja em
linguagem de fácil compreensão, a fim de chamar a sociedade para participar
dos rumos do estado.
Outro reforço na formação do princípio da transparência é o princípio da
motivação segundo a qual se estabelece que toda a atividade da Administração
pública deve vir acompanhada dos fundamentos que ensejaram a decisão, não
bastando à divulgação apenas do ato em si, mas as razões que determinaram a
sua prática.
Segundo Matheus Carvalho (2015, p. 86-87) “a motivação é indispensável ao
controle dos atos administrativos, uma vez que demonstra à sociedade as razões
pelas quais o poder público atuou de determinada forma, tornando possível a
análise dos cidadãos acerca da legitimidade e adequação de seus motivos”.
Dessa forma, permite aos administrados conhecer de forma transparente os fins
que a administração deseja alcançar, como pondera Martins Júnior (2010, p. 43-
44).
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Contudo, se as informações, sobretudo aquelas referentes aos gastos públicos,
foco de interesse crescente da sociedade, não forem disponibilizadas de forma
que todo o cidadão possa compreender o seu significado e alcance, pode-se
afirmar que o princípio da transparência não está sendo efetivado e –
consequentemente – o direito à democracia é violado. Dessa forma, Helio Saul
Mileski 3 (2002) conceitua transparência:
Transparência não significa divulgar por divulgar, dar acesso à informação por dar. O sentido da transparência é promover a participação popular nos atos de governo, democratizando a gestão fiscal, a fim de que o cidadão, tendo conhecimento da ação governamental, possa contribuir para o seu aprimoramento e exercer um controle sobre os atos de governo, agindo em colaboração ao sistema oficial de controle da atividade financeira do Estado.
Portanto, a objetividade, a clareza e a transparência são importantes para a
compreensão dos dados tanto quanto é a prestação de contas das informações
que são disponibilizadas ao público.
3 Transparência do poder público e sua fiscalização. Mileski, Helio Saul. Conselheiro do Tribunal
de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Presidente da Associação de Entidades Oficiais de
Controle Público do Mercosul – ASUL. Professor de Direito Administrativo da FIJO - PUC/RS.
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4. PORTAL DA TRANSPARÊNCIA
À medida que a democracia se concretizou no Brasil, foi surgindo as Tecnologias
de Informação e Comunicação (TIC), como a Internet, que gerou uma nova
relação com os cidadãos e os governos, o chamado Governo Eletrônico. Este
possibilitou a divulgação de informações para a sociedade permitindo controle e
fiscalização, como também o aumento da transparência, da accountibility – dever
de prestar contas -, e da participação social.
Em novembro de 2004, de iniciativa da Controladoria Geral da União (CGU), foi
lançado o Portal da Transparência, um canal de comunicação com o cidadão, no
qual o governo disponibiliza informações sobre a execução orçamentária e
financeira dos ministérios, órgãos e entidades da Administração Pública Direta e
Indireta. O Portal da Transparência do Governo Federal disponibiliza, entre
outras, informações sobre:
Transferências de recursos (para os entes da federação,
pessoas jurídicas e pessoas físicas);
Gastos diretos do governo federal, como contratação de obras, compras
e serviços;
Execução orçamentária e financeira, onde o cidadão pode acompanhar
quanto e com o que está sendo comprometido o recurso do orçamento;
Receitas previstas, lançadas e realizadas pelo Governo Federal;
Relação dos órgãos e entidades do Governo Federal que possuem
Páginas de Transparência Pública próprias.
O Portal da Transparência começou com dois tipos de consultas: uma foi
referente às aplicações diretas que contêm informações sobre os gastos diretos
do Governo Federal em compras e contratações de obras e serviços e outra
relacionada à transmissão de recursos contendo informações sobre como é feita
a transferência de recursos federais a estados, municípios, Distrito Federal, ou
diretamente ao cidadão.
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De acordo com a Controladoria Geral da União, o objetivo do portal “é aumentar
a transparência da gestão pública, permitindo que o cidadão acompanhe como
o dinheiro público está sendo utilizado e ajude a fiscalizar”. Nesse sentido, o
Portal da Transparência afirma que:
“O Governo brasileiro acredita que a transparência é o melhor antídoto contra corrupção, dado que ela é mais um mecanismo indutor de que os gestores públicos ajam com responsabilidade e permite que a sociedade, com informações, colabore com o controle das ações de seus governantes, no intuito de checar se os recursos públicos estão sendo usados como deveriam” (PORTAL DA TRANSPARÊNCIA, 2016).
Por isso, as ações de transparência envolvem a disponibilização, por meio da
internet, de informações e dados governamentais de domínio público para livre
utilização pela sociedade, garantindo, assim, o acesso aos dados elementares
para que possa combiná-los, interligá-los e produzir novas informações,
contribuindo na geração do conhecimento e prevenindo técnicas indesejáveis
aos agentes públicos.
Não só o Governo Federal precisa ser transparente em seus atos; Estados,
Distrito Federal e Municípios também devem divulgar suas informações em sítios
eletrônicos para que a população saiba com o dinheiro público está sendo
aplicado. Em virtude disso, a CGU criou o Programa Brasil Transparente, que
tem como objetivo “juntar esforços no incremento da transparência publica e na
adoção de medidas de governo aberto.” (Portal da CGU, 2016). Esse programa
tem como objetivos:
I - promover uma administração pública mais transparente e aberta à participação social; II - apoiar a adoção de medidas para a implementação da Lei de Acesso à Informação e outros diplomas legais sobre transparência; III - conscientizar e capacitar servidores públicos para que atuem como agentes de mudança na implementação de uma cultura de acesso à informação; IV - contribuir para o aprimoramento da gestão pública por meio da valorização da transparência, acesso à informação e participação cidadã; V - promover o uso de novas tecnologias e soluções criativas e inovadoras para abertura de governos e o incremento da transparência e da participação social; VI - disseminar a Lei de Acesso à Informação e estimular o seu uso pelos cidadãos; VII - incentivar a publicação de dados em formato aberto na internet;
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VIII - promover o intercâmbio de informações e experiências relevantes ao desenvolvimento e à promoção da transparência pública e acesso à informação.
Dessa forma, a CGU oferece mais um serviço para que Estados e Municípios
possam contribuir para um efetivo exercício da democracia. Contudo, alguns
portais ainda são deficitários no que se refere à transparência, pois não foram
construídos quaisquer espaços para acompanhamento dos planos e ações
governamentais.
Em 2010, o Comitê de Transparência, o Contas Abertas, na sede da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), promoveu a primeira divulgação das avaliações dos
portais de transparência da União e dos governos estaduais, com notas de zero
a dez. Em 2012 e 2014, foram elaboradas mais duas avaliações sobre os sítios
eletrônicos, de acordo com a Lei Complementar nº 131/2009. Nessa pesquisa
foram utilizados critérios de conteúdo, usabilidade, frequência de atualização e
série histórica. Abaixo, segue a tabela com índice dos Estados mais
transparentes em 2014:
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Fonte: Comitê da Transparência
Portanto, nota-se que os Estados do Espírito Santo, Pernambuco e São Paulo
apresentam as melhores notas de acordo com os critérios avaliados.
Pernambuco, por exemplo, possui todos os itens exigidos para a interação com
o usuário, ou seja, manual de navegação, glossário simples e interativo,
perguntas frequentes e fale conosco por telefone e por e-mail. Em relação ao
critério da situação histórica, Pernambuco teve nota mais baixa porque só
começou a disponibilizar seus dados a partir de 2008, enquanto que os outros
dois começaram entre 2003 e 2004.
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5 PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL
A necessidade de participação e controle dos atos da administração pública vem,
com o desenvolvimento das sociedades, pois estas buscam o direito de intervir nas
políticas públicas por meio da criação de mecanismos para a efetivação da
democracia.
O controle social pode ser compreendido como a participação do cidadão na
gestão pública: fiscalização, monitoramento e controle das ações da Administração
Pública. É um importante recurso de fortalecimento da cidadania que colabora para
aproximar a sociedade do Estado, abrindo a oportunidade de os cidadãos
acompanharem as ações dos governos e exigirem uma boa gestão pública.
As ideias de participação e controle social estão intimamente relacionadas: por meio da participação na gestão pública, os cidadãos podem intervir na tomada da decisão administrativa, orientando a Administração para que adote medidas que realmente atendam ao interesse público e, ao mesmo tempo, podem exercer controle sobre a ação do Estado, exigindo que o gestor público preste contas de sua atuação. (PORTAL DA TRANSPARÊNCIA, 2016).
Sendo assim, a participação e o controle social é uma forma que a sociedade
tem de interagir com o poder público na elaboração dos planos de ação do
município, estado ou governo federal, já que os mecanismos de controle
tradicionais têm se mostrado insuficientes diante da pluralidade de demandas da
sociedade atual.
O controle social é exercido por meio das Conferências (instância periódica de
debate, de formulação e de avaliação), Conselhos de Políticas Públicas
(responsável por estimular a participação no processo decisório), Audiências
Públicas e os Orçamentos Participativos que são mecanismos democratizadores
do controle social no Brasil. Este último tem como objetivo admitir que os
cidadãos possam participar do processo de tomada de decisão pública,
permitindo a eles analisar e opinar sobre a utilização dos recursos públicos e
controlar as prestações de contas. Para isso, é necessário que dados e
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informações estejam disponíveis nos sítios eletrônicos de forma clara e didática
para a população.
Contudo, há fatores que dificultam a concretização da participação e do controle
social, como a falta de cultura participativa e fiscalizatória, facilitando, assim a
corrupção e desvio de verbas públicas; falta de transparência das informações;
nível de educação; falta de articulação concreta ou segregação dos movimentos
sociais – pois “é imprescindível que as ações sejam coordenadas e articuladas
de maneira uniforme, exercendo uma pressão equânime junto aos gestores
públicos, garantindo a implementação de políticas públicas de interesse dos
cidadãos.” 4 -, assim como as plataformas digitais e redes sociais.
A participação social é fundamental para a construção de um processo de
mudança a favor de todos os grupos que compõem a vida em sociedade, com
também é um importante componente na forma de governar um estado. Com a
correta distribuição da participação social, as classes consideradas menos
favorecidas, seja socialmente ou economicamente, possuem oportunidades de
opinar e participar de decisões sociais importantes. Portanto, a participação
social torna-se um instrumento essencial para o funcionamento de um Estado
Democrático.
Com o propósito de um criar uma proximidade e compartilhamento com a
sociedade civil sobre decisões de programas e políticas públicas, o Governo
Federal divulgou, em maio de 2014, o Decreto Lei 8.243 que institui a Política
Nacional De Participação Social (PNPS) e o Compromisso Nacional pela
Participação Social. De acordo com o sítio eletrônico da Secretaria do Governo
Federal, essas iniciativas têm como objetivo incentivar a população na
elaboração, implementação e acompanhamento das políticas públicas.
A Política Nacional de Participação Social (PNPS) visa fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas de diálogo e a atuação conjunta entre o governo federal e sociedade civil. A política
4 O controle social na Administração Pública. Jadir Silva Rocha – Auditor Interno, Pós-graduado em Direito Público e Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad del Museo Social Argentino – UMSA.
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estabelece objetivos e diretrizes relativos ao conjunto de mecanismos criados para possibilitar o compartilhamento de decisões sobre programas e políticas públicas, tais como conselhos, conferências, ouvidorias, mesas de diálogo, consultas públicas, audiências públicas e ambientes virtuais de participação social. (ARENA DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL, 2016).
Desse modo, o decreto tem como principais parâmetros estimular a participação
social de forma sistemática e melhorar a relação do governo federal com a
sociedade civil. Para tanto, todos os órgãos e entidades da administração pública
federal, direta e indireta, irão elaborar um plano de ação a cada dois anos para
ampliação e fomento da participação social.
Já o Compromisso Nacional pela Participação Social (CNPS) é reflexo dos
debates entre os governos federal, estadual e municipal sobre a necessidade de
legitimar a participação social como estratégia para a democratização das
decisões sobre políticas públicas.
Então, devido ao PNPS e o CNPS, foi criado o Portal “Participar.br” que é um
programa de diálogo do Governo Federal, conjugado com as redes sociais e o
Gabinete Digital, que tem como finalidade consolidar e ampliar as comunidades
de diálogos e participação com a sociedade juntamente com os “gestores
públicos, organizações, redes e movimentos da sociedade civil para discussão
de temas relevantes para a construção de políticas públicas.” (ARENA DA
PARTCIPAÇÃO SOCIAL, 2016).
Dessa maneira, o processo de construção de uma sociedade mais democrática
não é uma tarefa fácil, mas está se tornando cada vez mais essencial para a
estruturação de uma sociedade mais justa e igualitária. Porém, é preciso que a
sociedade saiba seu papel a fim de debater com qualidade e participar melhor
na elaboração das políticas públicas, com também saber reconhecer seus
direitos, conhecer os meios de controle social previstos em lei, como ter acesso
às informações necessárias para efetivar o controle e assim ampliar o alcance
do controle e da democratização.
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Consequentemente, é primordial que o governo reconheça seu papel na gestão
pública, pois é dever do Estado assegurar uma estrutura transparente e eficaz
sobre a disponibilização de informações e indicadores adequados para
acompanhamento do impacto das políticas e recursos públicos, a fim de garantir
a participação da sociedade.
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6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A transparência na gestão pública é um acesso para a participação e o controle
social que são componentes essenciais do atual sistema de controle das ações
governamentais. Nesta seção buscou-se avaliar, por meio de dados fornecidos
pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) a respeito dos
portais da transparência de 184 municípios do Estado, se o exercício da cidadania
está sendo cumprido de forma efetiva.
Devido à quantidade de municípios apresentados, esse trabalho restringiu-se à
comparação de duas cidades: uma que apresentou um nível de transparência
desejado, a capital de Pernambuco, Recife, e outra, Carpina, que apresentou
nível crítico de transparência.
A pesquisa foi realizada entre os meses de abril e novembro de 2015 e mediante
o estabelecimento de um índice de transparência – Índice de Transparência dos
Municípios de Pernambuco (ITMPE) – com o intuito de estimular a melhoria da
transparência pública e, consequentemente, facilitar o controle social. Foram
definidos 51 critérios de avaliação, os quais foram detalhados em um ou mais
subcritérios, totalizando 149 subcritérios de avaliação. Os critérios de avaliação
foram organizados em dois grupos: conteúdo e requisitos tecnológicos,
compostos pelos seguintes subgrupos:
A) Conteúdo
Transparência da Gestão Fiscal
Lei de Acesso à Informação
B) Requisitos Tecnológicos
Do Sítio do Portal da Transparência
Da Sessão da Receita
Da Sessão da Despesa
Da Sessão de Licitação
Da Sessão de Contratos
Para cada portal da transparência avaliado, foi calculado o ITMPE, que pode
variar entre zero e 1.000 (mil) pontos. De acordo com o valor obtido, os portais
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foram classificados em cinco Níveis de Transparência, conforme a seguinte
gradação:
NÍVEL DE TRANSPARÊNCIA INTERVALO DO ITMPE
Desejado > 750 E <= 1000
Moderado > 500 E <= 750
Insuficiente > 250 E <= 500
Crítico >0 E <= 250
Inexistente =0
Fonte: Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco
A tabela abaixo mostra as dez primeiras cidades com índice desejado, somente
Recife, e moderado, e as dez últimas que apresentam índice crítico ou
inexistente:
Os dez municípios mais transparentes
POSIÇÃO MINICÍPIO ITMPE NÍVEL DE
TRANSPARÊNCIA
1º Recife 761,50 Desejado
2º Cabo de Stº
Agostinho 648,00 Moderado
3º Cachoeirinha 641,50 Moderado
4º Garanhuns 638,25 Moderado
5º Pesqueira 616,50 Moderado
6º Amaraji 608,50 Moderado
7º Chã Grande 599,50 Moderado
8º Moreilândia 597,00 Moderado
9º Alagoinha 593,00 Moderado
10º Lajedo 592,00 Moderado
Fonte: Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco
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Os dez municípios menos transparentes
POSIÇÃO MINICÍPIO ITMPE NÍVEL DE
TRANSPARÊNCIA
175º Capoeiras 59,25 Crítico
176º Correntes 59,00 Crítico
177º Itambé 52,00 Crítico
178º Araçoiaba 44,00 Crítico
179º Carpina 27,00 Crítico
180º Gameleira 0,00 Inexistente
180º Glória do
Goitá
0,00 Inexistente
180º Itacuruba 0,00 Inexistente
180º Jataúba 0,00 Inexistente
180º Pombos 0,00 Inexistente
Fonte: Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco
O Portal da Transparência da cidade do Recife, criado em 2013, é de fácil
navegação e design simples, acessível para qualquer pessoa que queira obter
informações do Executivo. No sítio é possível acessar dados:
Receitas – total, detalhada, líquida real, consultas livres e dados abertos;
Despesas – total, detalhada por órgão/unidade, por credor/empenho,
funcional programática, consultas livres e dados abertos;
Convênios;
Licitações e Contratos;
Demonstrativos Contábeis – Balanço Orçamentário, Financeiro e
Patrimonial Consolidado dos anos de 2006 a 2016; Demonstrativos das
variáveis patrimoniais da execução dos órgãos por programa, da
execução das ações por programas;
Planejamento orçamentário (PPA, LDO, LOA e Detalhamento de despesa
por elemento);
Dados da Gestão;
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Demonstrativos Fiscais – Relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal,
prestação de contas do Prefeito, prestação de contas da Administração
Direta e Indireta e pareceres prévios do TCE-PE.
Não foi somente pelo TCE-PE que o Recife recebeu nota alta pelos critérios
avaliados da pesquisa. Em 2014, a capital pernambucana foi considerada pela
ONG Contas Abertas5 a capital do Brasil como a mais transparente, e no ano de
2015 foi destaque no levantamento realizado pela Controladoria Geral da União,
que mediu o índice de transparência pública em estados e municípios brasileiros,
o Escala Brasil Transparente (EBT). O Recife teve o quarto melhor índice entre
as capitais brasileiras, e o portal foi apontado como o mais transparente do
Nordeste.
De acordo com o secretário da Controladoria Geral do Município, Rafael
Figueiredo, “o portal possui conteúdo abrangente, atualizações diárias e
facilidade de uso, atendendo o interesse da sociedade em acompanhar os dados
da gestão”. Para ele os segmentos mais consultados estão remuneração de
servidores, despesas, licitações e contratos.
O site ainda possui um canal para que o cidadão possa pedir informações a
Prefeitura. É o chamado Sistema Eletrônico de Acesso às Informações (e-SAI)
que garante ao cidadão o direito de acesso às informações públicas e pode ser
feito de forma presencial, por tele atendimento e ainda por meio do
preenchimento de um formulário na página Pedido De Informação.
Possui ainda a Cartilha da Lei de Acesso à Informação (LAI) – Lei 17.866/2013
– que explica de forma clara o que é a LAI, o que é transparência ativa e passiva,
o que é o pedido de acesso à informação e como pode ser realizado e traz dicas
para elaboração das solicitações.
As atualizações das informações são de periodicidade mensal, bimestral,
quadrimestral, semestral e anual e serão atualizadas até o dia 30 do mês
5 Vide item 2.2
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subsequente. Por exemplo, o demonstrativo de diárias e passagens dos
servidores efetivos e comissionados é feito trimestralmente, enquanto que a
receita líquida real é feita a cada dois meses. Já a Execução Orçamento sobre
Receita e Despesa Pública são lançados diariamente no portal.
O sítio eletrônico apresenta ainda um manual de navegação que explica
detalhadamente sobre como usar o portal: faz um estudo da barra principal de
menus da página inicial, sobre os botões de navegação da pagina inicial
(Receita, Despesa, Convênios), formas de acesso, como também explica o que
pode ser encontrado em cada menu/botões.
Portanto, de acordo com a análise feita, o Portal apresentou a maioria dos
conteúdos exigidos pela pesquisa sendo falhos em quesitos como ferramenta de
chat on-line e por não possuir telefone com 0800. A acessibilidade para pessoas
com deficiências deixa a desejar em alguns pontos como falta de teclas de
atalho, opção alto contrate e redimensionamento de texto.
A autenticidade e a integridade das informações em relação à receita e à
despesa não teve pontuação. Isso demonstra que falta segurança da informação
para os dados publicados. A integridade visa assegurar que um documento não
teve seu conteúdo alterado após ter sido assinado, enquanto que a autenticidade
comprova a origem e autoria de um determinado documento pelo destinatário.
Isso pode ser solucionado por meio do uso de técnicas de certificação e
assinatura digital e de protocolação eletrônica de documentos.
A atualização das informações teve 3 (três) de um total de 9 (nove) pontos, pois
as informações são publicas – somente – em até 20 (vinte) dias, contrariando o
que foi encontrado na pesquisa.
Apesar dos requisitos tecnológicos para o sítio portal da transparência, para a
sessão de receita e despesa apresentarem boas notas em relação à pontuação
máxima de cada requisito, a sessão de licitações e contratos não apresentou a
maioria das condições determinadas pela comissão da pesquisa. Devido a isso,
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o Ministério Público Federal determinou que a Prefeitura do Recife regularizasse
o portal em relação aos contratos firmados pela administração municipal.
Consequentemente, foi criado o portal de compras sendo possível acompanhar
licitações, contratos, as dispensas e inexigibilidade, fornecedores e entre outros
aspectos relacionados ao assunto.
Em relação ao Município de Carpina, foram encontradas no Portal poucas
informações públicas a respeito da cidade:
Fonte: Portal da Transparência do Município de Carpina.
Nos botões Receita, Despesa, Convênios e Programas, Licitações e Contratos;
Servidores, Demonstrativos Contábeis e Dados da Gestão não há informações
publicadas. Em Planejamento Orçamentário:
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – Lei 1.599 de 28 de setembro de
2015 que dispõe sobre as diretrizes para a elaboração da lei orçamentária
para o exercício de 2016 e dá outras providências.
Lei Orçamentária Anual (LOA) – Lei 1.622 de 23 de dezembro de 2015
que estima a receita e fixa a despesa do Município para o exercício de
2016.
Plano Plurianual - 2014-2017 (Revisão) – Lei 1.621 de 22 de dezembro
de 2015 que dispõe sobre a revisão para o período de 2014 a 2017 e dá
outras providências.
Em Demonstrativos Fiscais apresenta dados sobre o ano de 2015:
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Portal da Transparência – encaminha para o sítio do Governo Federal;
Relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal – não permite a conexão;
Relatórios e Versões Simplificadas - RGF e RREO – não há dados;
Prestação de Contas do Prefeito - 2015 – há vários documentos como
Balanço Financeiro e Orçamentário; Demonstração da Dívida Fundada do
município; Demonstração da Dívida Flutuante do município; Relatórios de
Gestão Fiscal (RGF) do Poder Executivo entre outros.
Prestação de Contas Geral da Prefeitura - 2015 – não há dados;
Controle de processos junto ao TCE-PE – Controle de processos junto ao
TCE-PE dos anos 2011, 2012, 2013, especifica a situação, número do
processo, modalidade/tipo;
Tome Conta TCE-PE – página indisponível no momento do acesso;
Pareceres do TCE-PE – consta um arquivo referente à prestação de
contas do Prefeito de Carpina do exercício de 2013.
Percebe-se que o site se assemelha ao Portal da cidade do Recife no design,
contudo ainda é falho nos quesitos de conteúdo não tendo pontuação e nos
requisitos tecnológicos só apresenta telefone para contato e cadastramento e
senha para acesso. Tem baixa usabilidade como falta de glossário, manual de
navegação e barra de navegação. Com isso, o portal deixa de apresentar
informações importantes de como o dinheiro publico do município está sendo
gasto e meios para que o usuário possa ter acessos às informações públicas.
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Constata-se por meio desse trabalho que, após a Carta Magna de 1988,
destacou-se no Setor Público uma responsabilidade consistente e evolutiva no
intuito de prestar contas à sociedade sobre os atos do poder público. Tais
tendências, podemos sugerir, foram motivadas tanto por demandas da sociedade
como por exigências da própria legislação brasileira.
Percebeu-se, também, que a velocidade da informação, assim como a facilidade
de acesso de toda e qualquer informação provocam uma reflexão sobre a
possibilidade de haver uma transparência clara e de fácil compreensão no que
se refere às contas públicas. Tudo isso demonstra a necessidade de haver
transparência na gestão pública, já que ela busca caracterizar o compromisso
aberto dado as informações geradas pela administração pública.
Diante do levantamento do estudo feito pelo Portal da Transparência do
Município de Recife, pode-se verificar que a cidade está atendendo os anseios
da sociedade mediante a ampla divulgação das informações. Assim, a
população tem acesso de como o dinheiro público está sendo usado através dos
instrumentos que são postos a sua disposição, tanto por meio de audiências
públicas, conferências, na elaboração dos planos e leis. Dessa forma, acaba por
incentivar o cidadão a exercer os seus direitos no entendimento, controle e
fiscalização das contas públicas.
De nada adianta disponibilizar as informações se o cidadão comum não entende
o que foi publicado. O sítio eletrônico de Recife procura explicar à população,
por meio de cartilhas e manuais, como é possível entender os dados publicados.
O controle é verificado por meio dos objetivos, metas e recursos destinados à
sociedade e se foram alcançados e utilizados com eficiência e eficácia. Já a
fiscalização é ação resultante do exercício através da qual o governo e a
população se certificam do legal e legítimo emprego dos recursos financeiros da
entidade governamental.
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Esses três pontos – entendimento, controle e fiscalização – pode ser definido
como um importante mecanismo de prevenção da corrupção e fortalecimento da
democracia.
Já o sítio eletrônico da cidade de Carpina apresenta muitas falhas, sendo assim
o município não pode ser caracterizado como transparente pois deixa de
apresentar informações importantes dos recursos públicos; consequentemente,
o cidadão não tem como participar efetivamente da gestão pública. Nota-se que
falta uma política que fortaleça a cultura da transparência, juntamente com a
disponibilização das informações de maneira compreensível, a fim de haver
maior participação e controle social por parte da população, gerando assim uma
sociedade mais democrática.
Os portais da transparência, em especial os de Pernambuco, consolidam-se
como importantes instancias no cotidiano do cidadão, seja do ponto de vista de
aperfeiçoar seu direito fundamental de ser conhecedor dos negócios públicos,
seja na ótica de criar um ambiente de diálogo na formulação de políticas
públicas, fortalecendo a democracia e inibindo atos de corrupção que assolam o
país.
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