por um projeto de cidade - sugestÕes do cau/pe … · empreendimentos como parques públicos...

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POR UM PROJETO DE CIDADE - SUGESTÕES DO CAU/PE Projeto Rios da Gente – Navegabilidade do Rio Capibaribe O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU/PE), autarquia federal que regula o exercício profissional e representa mais de 3.000 arquitetos e urbanistas do Estado, após participar – como ouvinte – da Audiência Pública ocorrida no último dia 09 de outubro, na sede da Secretaria das Cidades, para a apresentação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) referente ao Projeto Rios da Gente – Navegabilidade do Rio Capibaribe, faz uma análise do que foi apresentado junto com o material entregue pela Secretaria, com o objetivo de tentar contribuir para a melhoria do projeto e da nossa cidade. Em resumo, o Projeto Rios da Gente visa à implantação de um sistema de transporte de passageiros utilizando o Rio Capibaribe como rota, com uso de embarcações especiais e estabelece a implantação de Estações de embarque e desembarque distribuídas em diversos pontos da margem do Rio. O projeto está dividido em três Rotas: a Rota Oeste com aproximadamente 11 Km – que se estende da BR 101 (próximo a antiga Cerâmica Apipucos) até uma Estação por trás da Estação Ferroviária (próximo à Casa da Cultura), a Rota Norte, com 2,9 Km, que liga uma Estação próximo aos Correios (Ponte Duarte Coelho) e a Rota Sul, com uma Estação próximo à Rua Antônio Falcão. Esta última não será construída na primeira etapa, apesar do EIA/RIMA já contemplar este trecho. Importante destacar a expressiva participação dos diversos setores da sociedade na Audiência Pública, o que demonstra o interesse na busca de soluções para a questão da mobilidade urbana e o explícito desejo da preservação e do resgate do Rio como elemento fundamental da paisagem da nossa cidade. Portanto, temos neste projeto o alinhamento favorável de três fatores: o interesse da população, vontade política e a disponibilidade de recursos. Mas o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco alerta que precisamos ir além. O CAU/PE defende que o Projeto de Navegabilidade do Rio não seja mais uma solução pontual e isolada, mas esteja inserido em um grande plano de mobilidade e dentro de um PROJETO DE CIDADE elaborado de forma integrada (integradora) com uma visão de futuro consistente e

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POR UM PROJETO DE CIDADE - SUGESTÕES DO

CAU/PE

Projeto Rios da Gente – Navegabilidade do Rio

Capibaribe

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU/PE), autarquia federal

que regula o exercício profissional e representa mais de 3.000 arquitetos e urbanistas

do Estado, após participar – como ouvinte – da Audiência Pública ocorrida no último

dia 09 de outubro, na sede da Secretaria das Cidades, para a apresentação do Estudo

de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) referente ao Projeto Rios da Gente – Navegabilidade

do Rio Capibaribe, faz uma análise do que foi apresentado junto com o material

entregue pela Secretaria, com o objetivo de tentar contribuir para a melhoria do

projeto e da nossa cidade.

Em resumo, o Projeto Rios da Gente visa à implantação de um sistema de transporte

de passageiros utilizando o Rio Capibaribe como rota, com uso de embarcações

especiais e estabelece a implantação de Estações de embarque e desembarque

distribuídas em diversos pontos da margem do Rio. O projeto está dividido em três

Rotas: a Rota Oeste com aproximadamente 11 Km – que se estende da BR 101

(próximo a antiga Cerâmica Apipucos) até uma Estação por trás da Estação Ferroviária

(próximo à Casa da Cultura), a Rota Norte, com 2,9 Km, que liga uma Estação próximo

aos Correios (Ponte Duarte Coelho) e a Rota Sul, com uma Estação próximo à Rua

Antônio Falcão. Esta última não será construída na primeira etapa, apesar do EIA/RIMA

já contemplar este trecho.

Importante destacar a expressiva participação dos diversos setores da sociedade na

Audiência Pública, o que demonstra o interesse na busca de soluções para a questão

da mobilidade urbana e o explícito desejo da preservação e do resgate do Rio como

elemento fundamental da paisagem da nossa cidade. Portanto, temos neste projeto o

alinhamento favorável de três fatores: o interesse da população, vontade política e a

disponibilidade de recursos. Mas o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de

Pernambuco alerta que precisamos ir além. O CAU/PE defende que o Projeto de

Navegabilidade do Rio não seja mais uma solução pontual e isolada, mas esteja

inserido em um grande plano de mobilidade e dentro de um PROJETO DE CIDADE

elaborado de forma integrada (integradora) com uma visão de futuro consistente e

orientadora da organização do Recife. Baseados nesta premissa apresentamos alguns

questionamentos, observações e sugestões para que sejam avaliados pelos gestores

públicos envolvidos no projeto e pela própria sociedade.

Seguem:

1 - Planejamento Integrado

Foram considerados os diversos Planos, Leis e Projetos

Estruturadores existentes? Exemplo: o traçado viário para

implantação da futura BEIRA RIO parece que não foi

considerado já que os projetos das Estações foram inseridos no

projeto viário da BEIRA RIO, o que poderá acarretar em

problemas para executar a via após a implantação de algumas

Estações (ver Anexos 01 a 07). Sugerimos portanto que estas

Estações sejam locadas através do uso de coordenadas no

plano do Projeto da BEIRA RIO para confirmar a informação

apresentada ; O Plano Diretor do Recife; a Lei de Uso e

Ocupação do Solo e o Projeto Capibaribe Melhor foram levados

em conta?

2- Este projeto integra um Plano de Mobilidade mais amplo e de

longo prazo, considerando: questões relativas à demanda e

oferta de transporte público e a necessária articulação com

outros modais; e atentando também para as condições atuais e

para as tendências do uso e ocupação do solo no Recife?

3- Este projeto já foi apresentado para aprovação na Prefeitura do

Recife (DIRCON) e ao Conselho de Desenvolvimento Urbano -

CDU?

4- A dragagem do Rio Capibaribe será de aproximadamente 860

mil toneladas. O EIA/RIMA não contempla a questão da

dragagem; mas, o Impacto em relação à dragagem pode ser

maior do que o apresentado para a instalação das Estações. Que

tipo de Estudo foi realizado? Como isto poderá afetar o meio

ambiente e atividades econômicas ,como a pesca existente hoje

(no rio e no mar)?

Onde será depositado o material resultante do processo de

dragagem ?

Atualmente usos benéficos tem sido determinados para o

depósito do material resultante da dragagem ( inclusive os

chamados material contaminado ) . A depender da quantidade,

qualidade e propriedades do material dragado, do tratamento e

das tecnologias empregadas, parte deste material poderia ser

depositado e utilizado para aterro de áreas , desde que

previamente identificadas , planejadas e licenciadas com o

objetivo de criar espaços nas margens do rio , em locais carentes

de reconfiguração, para implantação de vários tipos de

empreendimentos como parques públicos lineares requalificando

e valorizando trechos da Cidade. Este tipo de solução , em

alguns casos, podem acarretar menor impacto ambiental e

redução de custos por evitar grandes deslocamento para

descarte do material em terra ou mar . Todo esse processo

poderia ser previamente determinado se a Cidade fosse pensada

por inteiro através de um Planejamento Urbano Integrado.

5- Qual a capacidade atual prevista de transporte de passageiros?

Até quantos passageiros o sistema permite? Como será

viabilizada uma possível ampliação do sistema?

6- Rotas e Estações (parâmetros do projeto)

Rota Oeste

Estação Dois Irmãos (distância aproximada p/ Estação Santana

+/- 4.250m)

Estação Santana (distância aproximada p/ Estação Torre +/-

840m)

Estação Torre (distância aproximada p/ Estação Derby +/-

2.560m) Estação Derby (distância aproximada p/ Estação

Recife +/- 2.970m) Estação Recife (próximo à estação

Ferroviária)

Rota Norte

Estação Correios (distância aproximada p/ Estação Recife +/-

2.900m )

Estação Tacaruna

Rota Sul

Estação Boa Viagem (próximo à Rua Antônio Falcão)

7- A distância entre as Estações poderia ser mais equilibrada,

principalmente entre a Estação Dois Irmãos e a Estação

Santana, que apresenta aproximadamente 4.250 m de distância

de uma para a outra. Talvez acrescentar uma Estação entre

estas duas, possivelmente no Monteiro (Anexo 08). No caso do

número de Estações seria interessante considerar o acréscimo

de outra Estação entre a Estação do Derby e a Estação Recife,

que seria localizada em frente ao Fórum do Recife para atender

ao Polo Jurídico e demais empreendimentos que estão sendo

consolidados naquela região (Anexo 09). Com o acréscimo

destas duas Estações, consideramos a Rota Oeste, nesta fase

inicial, adequadamente estruturada. Posteriormente outros

pontos para implantação de Estações poderão ser avaliados e

acrescentados ao sistema.

8- A Rota Norte está estruturada com duas Estações (Correios e

Tacaruna). Sugerimos a instalação de uma Estação no Edifício

Sede da Prefeitura do Recife (Anexo 10). Com o acréscimo de

mais uma estação a Rota Norte atenderia a três pontos da

cidade de grande movimento.

9- No caso da futura implantação da Rota Sul foi indicado a

Estação Boa Viagem próximo da Antônio Falcão. Esta Estação

será ligada a qual Estação no centro da cidade? Existe altura sob

as pontes Buarque de Macedo, Mauricio de Nassau e Ponte

Giratória para integrar a Rota Sul à Rota Norte? Da mesma

forma que indicamos o acréscimo de Estações nas Rotas Oeste e

Norte, sugerimos o acréscimo de pelo menos outra Estação na

Rota Sul (Anexo 11) nas proximidades do Shopping Rio Mar .

10- As Rotas Oeste e Norte não se ligam por conta da altura sob as

pontes entre a Estação Recife e a Estação Correios (Ponte Velha,

Ponte da Boa Vista e Ponte Duarte Coelho). A proposta

apresentada com a divisão em Rotas representa uma

fragmentação do Projeto e uma perda na integração de todo o

sistema. Como resolver esta questão? Foi feita uma avaliação

das possíveis soluções técnicas e dos custos que estas soluções

acrescentariam ao projeto? Se tecnicamente for inviável,

poderia considerar um transporte complementar que fizesse a

ligação entre a Estação Recife (Rota Oeste) e a Estação Correios

(Rota Norte)?

11- Destacamos também a relação entre os orçamentos

apresentados no RIMA para a implantação das três Rotas. Para

a Rota Oeste (com cinco Estações) está previsto o investimento

de aproximadamente R$ 186 milhões de reais, para a Rota

Norte (com duas Estações) um investimento de R$ 106 milhões

e para a futura implantação da Rota Sul (com apenas 1 Estação)

é assinalado um investimento de R$ 110 milhões de reais. Se

fizermos uma relação custo/número de Estações existe uma

aparente desproporção em relação ao investimento a ser

aplicado em cada Rota. Portanto, na composição dos custos

para a implantação das três Rotas, o que efetivamente contribui

para esta diferença de orçamentos?

12- Sobre o Projeto Padrão da Estação. Todas as Estações possuem

o mesmo projeto de Arquitetura (observação para a Estação

Recife que tem um Galpão próximo reservado para a

manutenção das embarcações). O projeto Padrão é composto de

2 Halls de acesso, 2 bilheterias ( separadas? – nas

extremidades da edificação ) , 7 lojas (com aproximadamente

13m2 cada ),2 baterias de WC + 2 WCs acessíveis , área de

espera , 3 rampas de acesso e flutuantes.

Porque foi considerado um projeto Padrão para as diversas

Estações? Apesar de uma aparente racionalização ou redução

de custos, estas Estações serão implantadas em locais com

diferentes características que exigem e soluções específicas de

Arquitetura e tratamento da paisagem.

13- Vagas de Estacionamento. Como foi determinado o número de

vagas de cada Estação? Algumas parecem apresentar número

reduzido de vagas (ex. Derby e Tacaruna) e outras sem vagas.

Estação Dois Irmãos – 37 vagas (sendo 2 para PNE)

Estação Santana – sem vagas

Estação Torre – 25 vagas (sendo 2 para PNE)

Estação Derby – 15 vagas (sendo 1 para PNE)

Estação Recife – 25 vagas (sendo 2 para PNE)

Estação Correios – sem vagas

Estação Tacaruna– 14 vagas (sendo 2 para PNE)

Estação Boa Viagem - não indicado

14- Na Estação Recife (por trás da Estação Ferroviária) o projeto

contempla a construção de um Galpão (31,10m x 80,90m) para

manutenção das embarcações . Seria interessante uma análise

mais cuidadosa em relação à localização deste Galpão.Foram

consideradas outras opções de localização para a instalação

deste Galpão de manutenção ?

15- Projeto: Consórcio EICOMNOR ENGENHARIA e PROJETEC.

Responsáveis Walter Moreira Lima Filho (eng civil), Romero

Dávila Coelho (eng civil) e Murilo Maciel (arquiteto- CREA

16.460 D/PE) De quem será a responsabilidade técnica sobre o

Projeto de Arquitetura de toda esta Obra Pública ?

16- O Projeto de Arquitetura foi ou poderia ter sido por meio de um

Concurso?

17- Como será o Projeto Paisagístico ao longo de toda margem do

Capibaribe? Poderia ter Concurso de Projeto de Arquitetura e

Paisagismo?

18- As embarcações permitirão transportar Bicicletas? É importante

a integração com este modal que a cada dia desperta maior

interesse na população

19- As Estações são dotadas de estacionamento para bicicletas,

mas poderia ter em cada Estação espaço reservado para aluguel

de bicicletas públicas (que provavelmente será implantado pela

Prefeitura de Recife), inclusive utilizando a estrutura de

bilheteria existente em cada unidade?

20- Pontos de taxi e área reservada para embarque e desembarque

de carro. Seria interessante para retirar da via pública os

veículos na hora do embarque e desembarque de passageiros )

21- Considerando as Retiradas de todas as ocupações na margem

do Capibaribe (palafitas), há um Plano para relocar os

moradores em Habitações dignas (de preferência próximo de

onde estavam instalados)?

22- Retirada de toda e qualquer construção (privada ou pública)

que ocupem as margens ou áreas Non Aedificandi ou estejam

irregulares. Fazer mapeamento destas ocupações, notificar e

iniciar processo de liberação destas áreas para que sejam

resgatadas como áreas públicas. Já foi realizado ou está

previsto algum trabalho , inclusive em conjunto com a Prefeitura

do Recife, para promover estas desocupações ? Após a liberação

destas áreas deverá ser executado tratamento paisagístico nas

margens com criação de praças , equipamentos como

bibliotecas, etc. Fazer um plano geral de ocupação destas

margens através da promoção de Concurso de Arquitetura.

23- Como será evitado que seja jogado efluentes líquidos e sólidos

diretamente no Rio? Que tipo de fiscalização e monitoramento

estão previstos neste sistema? Mesmo em áreas saneadas, com

frequência as estações elevatórias apresentam problemas e os

efluentes líquidos terminam sendo jogados por meio de

‘extravasores’ diretamente , sem o mínimo de tratamento, no

Rio. Como evitar ?

24- Será permitido o uso do Rio por outras embarcações? De que

tipo? Como será o disciplinamento e fiscalização ? Regras

devem ser previamente estabelecidas para evitar os

“transportes complementares”. Democratizar o uso do Rio, mas

com regras extremamente rígidas. Embarcações turística,s a

exemplo do Catamarã que existe hoje, poderão continuar ?

Embarcações sem motor, treino de remo, Pescadores, Jetski,

etc?

25- Como será o tratamento com a vegetação de mangue existente

em cada margem do rio ? Tendência de “fechar” a passagem

das embarcações com o crescimento descontrolado da

vegetação em cada margem do rio. A vegetação de mangue

contribui para o acúmulo de todo tipo de lixo .

Para finalizar, o Projeto Rios da Gente está em sintonia com o documento “Elementos

para um Projeto de Cidade e do Território “ e com a proposta “RECIFE 500 ANOS -

Projeto 2037” elaborado e entregue recentemente pelo CAU/PE a diversos

candidatos a prefeito da Cidade do Recife. Este documento apresenta como ideia

central que a ÁGUA DESENHA O RECIFE e que, se os conjuntos resultantes das suas

diversas frentes forem requalificados, poderão ser indutores de grandes

transformações e ajudarão a recuperar a identificação do cidadão com a sua cidade.

Portanto, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco considera o Projeto

de extrema importância para a Cidade e se declara favorável desde que feitas as

devidas avaliações e esclarecidos os questionamentos contidos neste

documento. Devemos acrescentar que, se este Projeto estiver inserido em um

Planejamento Urbano Integrado e de longo prazo, poderá ser um marco concreto e o

início de uma profunda transformação urbana onde o Rio será verdadeiramente

valorizado como elemento importante e estruturador da nossa CIDADE

Agradecemos a atenção e nos colocamos à disposição do Governo do

Estado de Pernambuco para um diálogo permanente sobre este tema

e sobre a cidade como um todo.

ANEXO 01

ESTAÇÃO DOIS IRMÃOS

ESTAÇÃO

RAMPAS / FLUTUANTES

TRAÇADO PROJETO BEIRA RIO

ANEXO 02

ESTAÇÃO SANTANA

ESTAÇÃO

RAMPAS / FLUTUANTES

TRAÇADO PROJETO BEIRA RIO

ANEXO 03

ESTAÇÃO TORRE

ESTAÇÃO

RAMPAS / FLUTUANTES

TRAÇADO PROJETO BEIRA RIO (TRECHO EXISTENTE + AMPLIAÇÃO)

ANEXO 04

ESTAÇÃO DERBY

ESTAÇÃO

RAMPAS / FLUTUANTES

TRAÇADO PROJETO BEIRA RIO

ANEXO 05

ESTAÇÃO RECIFE

ESTAÇÃO

RAMPAS / FLUTUANTES

VIA EXISTENTE

GALPÃO PARA MANUTENÇÃO DAS EMBARCAÇÕES

ANEXO 06

ESTAÇÃO CORREIOS

ESTAÇÃO

RAMPAS / FLUTUANTES

VIA EXISTENTE

ANEXO 07

ESTAÇÃO TACARUNA

ESTAÇÃO

RAMPAS / FLUTUANTES

VIA EXISTENTE

ANEXO 08 (ESTAÇÃO MONTEIRO ENTRE DOIS IRMÃOS E

SANTANA)

ANEXO 09 (ESTAÇÃO FÓRUM ENTRE DERBY E ESTAÇÃO RECIFE)

ANEXO 10 (ESTAÇÃO PREFEITURA ENTRE CORREIOS E

TACARUNA)

ANEXO 11 (ESTAÇÃO RIO MAR NA FUTURA ROTA SUL)