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POR CARLOS LISBOA 08/11/2008

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POR CARLOS LISBOA

08/11/2008

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ELENCO DE CRONISTAS MODERNOSObjetivo:

O estudo terá como objeto de pesquisa os cronistas brasileiros modernos selecionados pela Editora JoséOlímpio: Carlos DRUMMOND de Andrade, Clarice Lispector, Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos, Rachel de Queiroz e Rubem Braga, cada um com dez crônicas num volume intitulado “Elenco de Cronistas Modernos”.A análise se fará pelo estudo de cada crônica com suas características principais. Esta análise não substitui a leitura das crônicas.

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Nota IntrodutóriaCrônica

No início da era cristã consistia numa listagem de acontecimentos na seqüência linear do tempo como os Anais de Tácito e outras obras históricas. Na Idade Média encontramos uma ruptura no gênero: crônica e cronicões. A primeira trata-se de uma narração superficial e breve. No Renascimento o que era crônica passou a ser chamado de História.

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No início do século XIX o vocábulo voltou a circular através do Jornal de Debates de Geoffroy. A partir de então a crônica passou a ser cultivada como gênero literário. No Brasil encontrou vários cultores de renome como Bilac, Humberto de Campos, Rachel de Queirós, Drummond, Fernando Sabino e outros. Dentro da concepção moderna de crônica, podemos defini-la como expressão literária híbrida, por conter diversas formas como

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o necrológio, a entrevista, a alegoria, a resenha, a confissão, o diálogo, o monólogo. Todas estas formas podem se passar em torno de personagens reais ou imaginários e, via de regra, têm por tema um acontecimento cotidiano.

(FRANCO, João José de Melo. Pequeno Dicionário de Termos Literários)

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CARLOS DRUMMOND

DE ANDRADE

–2ª Geração Moderna -Itabira: 1902 – 1987 R.J.

Adolescente começa escrever

A Revista

É considerado o maior Poeta de todos os tempos

Poeta Gauche

O ser e o macro-cosmo

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CASO DE CANÁRIORapaz mora com o sogro, dá sumiço no

canário

Contra vontade coloca no lixo

No outro dia a empregada percebe que o canário está vivo.

COVARDIA \ TRANSFERÊNCIA RESPONSABILIDADE

EUTANÁSIA SENSIBILIDADE DO GENRO

Linguagem simples, aproximação com a fala, embora correta.

3ª pessoa. Discurso indireto e direto

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O DONOAdelino dono de restaurante

Bacalhau a Gomes de Sá

Se coloca do outro lado

Refinada ironia

* VALORES * TÉCNICA DE VENDA

* QUALIDADE * CONHECIMENTO

* 1ª PESSOA * CRÔNICA SUBJETIVA

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DOMINGO NA ESTRADADescrição subjetiva da uma manhã.

1ª pessoa.

Crônica lírica.

Impressões campestres.

Intertextualidade com Guimarães Rosa.

* REFLEXÕES * COTIDIANO

* PACADISMO * 1ª PESSOA

* LINGUAGEM POÉTICA

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AREIA BRANCA

(Locus)

* O comportamento humano

Reflexão * Enganar para sobreviver

* A passividade das pessoas

O LIRISMO é sugerido pelo mesmo personagem que faz transmitir o teor crítico da crônica: falta de escolas profissionalizantes. Erros do Governo.

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O OUTRO MARIDO

• Santos casado 23 anos com Dona Laurinha

• Íntimos e desconhecidos

• Descobre na Alfândega a outra família

•ADULTÉRIO

•FALSIDADE

•RESIGNAÇÃO

•CRÔNICA SUTIL, IRÔNICA.

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ENTRE A ORQUÍDEA E O PRESÉPIO

* A descrição do espaço remete a Itabira

* Anonimato de servilismo

* Alma boa

* Leva o leitor a dois poemas de Drummond:

“Cidadezinha qualquer” e “Confidência de Itabirana”

* 3ª pessoa. Crônica descritiva.

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INICIATIVA

•Altruísmo Misericórdia Dedicação

•1ª pessoa

•Põe em questionamento o sentimento de solidariedade humana.

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MODÉSTIA* Humildade * Modéstia * Soberba

* Crônica de reminiscência

*Irônica a partir do título

* Social

DOIS NO CORCOVADO

*AMIZADE *AUTO DESCOBERTA

*DIFICULDADE DE APROXIMAR

*GERENTE E EMPREGADO

*DESCOBERTA DE SI MESMO

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VOLUNTÁRIO

-Temática da solidariedade

humana.

- A linguagem se utiliza de expressões e gírias da fala gaúcha.

- Diálogos em 2ª pessoa verbal, próprio da oralidade dos gaúchos.

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BIOGRAFIACLARICE LISPECTOR

Ucrânia (1925-1977)Órfã aos 12 anosComeça a escrever com a alfabetizaçãoPerto do Coração Selvagem – 1º obraCasou-se com diplomataViveu 15 anos fora

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INTIMISMO LISPECTORIANO

Tensão internaFluxo de consciência Reflexões abstratasConflitos metafísicosMonólogo interiorCaminhos labirínticosCrônicas alinearas

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* Situação cotidiana

* Evento pressentido discretamente

Quatro Fases

* Epifania

* Desfecho

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A REPARTIÇÃO DOS PÃES

•Fato trivial

•Vai a um almoço a

contragosto

• O narrador é recebido muito bem

•Alusão bíblica (lavação de pés)

-ALTRUISMO - PARTILHA

-MUDANÇA DE COMPORTAMENTO: a dona da casa que oferece o almoço não faz

restrições. Epifania.

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A MUDEZ CANTADA, A MUDEZ DANÇADA

•Observa-se a tentativa de um processo de comunicação através da palavra dança.

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MACACOS

* Crônica que foge ao estilo da autora. Linear.

* Parte de fato banal.

* A família compra um mico, fêmea, Lisette.

•ANTROMORFIZAÇÃO

•ZOOMORFIZAÇÃO

•APEGO

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TENTAÇÃO* Uma menina ruiva, ao sol da tarde na calçada. A aparência chama atenção do narrador.

* A menina vê um cão Basset, ruivo. Os dois se olham.

* A dona leva o cachorro e a menina fica.

-ANÁLISE DE PROCESSOS INTERIORES

-COTIDIANO = MENINA SENTADA

-O CÃO APROXIMA = EVENTO

-SE OLHAM = EPIFANIA

-O CÃO SE VAI = DESFECHO

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UMA AMIZADE SINCERA

*Psiquê humana

*Contraditório

*Individualidade

*1ª pessoa

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BRASÍLIA: 1962 – Visão caótica e surrealista da Capital Federal

•Fluxo de consciência

•Confusão real X Imaginário

•Oscar e Lúcio

•A própria cidade parece que fala

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COME, MEU FILHO*Desinteresse Paterno

*Mundo Moderno

*Come = Falta de diálogo

*Diálogo que a princípio só se ouve uma voz

UM AMOR CONQUISTADO•Fluxo de consciência

•Quati = Condição humana

•Condição humana = Desfiguração

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O CHÁ

*Metafísico = FC

*A solidão *Vazio

*Reflexão * 1ª pessoa

* Verbos no Futuro do Pretérito

UMA ITALIANA SUÍÇA

•Quatro fases

•Mudança

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RACHEL DE QUEIROZ

Em nota de Prefácio àedição Para Gostar de Ler 17, Rachel de Queiroz coloca como título: “As crônicas revelam minha biografia”. Esta frase bate em cheio com a opinião do escritor Miguel Jorge: “A crônica, ao meu ver, é a cara e o coração: do cronista. É ele próprio, sem artificialismos”.

Para Rachel de Queiroz, a crônica é o “gênero literário mais confessional do mundo”e diz: “tudo que comento, que

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canto e que exploro, foi tirado do meu dia-a-dia: o menino que me trouxe uma flor... as memórias do Ceará... e os fatos políticos... também os sentimentos, as angústias e esperanças, alvoroços do coração, saudades, perdas, promessas e alegrias...”. Para ela, compete ao leitor descobrir tudo isto em seus textos.

“Os revoltosos” O texto refere-se àColuna Prestes, sua marcha pelointerior e o romantismo geradoentre as moças pela fama dos

revoltosos; menciona a ação do Governo que os combate armando os cangaceiros, como Lampião, chamados de “provisórios”.

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Tom de veracidade “Casa de farinha” estilo descritivo-narrativo. Texto passa a uma reflexão a respeito da vida miserável dos trabalhadores. Alguns dados colocados no texto lembram cenas do romance O Quinze.

“Rapadura” de humor uma narrativa bem humorada sobre o adultério.

“Marmota” o narrador em primeira pessoa.Trata-se do imaginário popular, causos que

vão sendo contados e tomam ares de verdade.“Verão” bela crônica que fala do ciclo da vida

no Nordeste. O fato de o rio secar não significa tragédia “nos calores do verão a terra dorme, os homens folgam. Pra depois rebentarem em flor e fruto, com as águas novas.”

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Prosa poética, crônica.“Seca” um pai vendo os filhos famintos mata

uma cabra alheia.Em “Miss” um narrador onisciente fala dos

pormenores que envolvem um concurso de Miss, no caso, Miss Guanabara: interesses, concorrência, nervosismos, despeito, rompimento de namoro, decepção.

“Iaiá no seu jardim” um narrador altamente onisciente relata o que vai por dentro de uma moça do sertão: sonhos, fantasias, fuga da realidade. A plasticidade do texto é alcançada

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plasticidade do texto é alcançada pelo estilo descritivo-narrativo que permite ao leitor visualizar o jardim e sentir o cheiro dos cravos. “As duas mortes” há uma narradora que, ao pensar no seu enterro, imagina duas situações: morrer na cidade ou morrer no sertão. A partir das considerações que faz em torno destas situações, a narradora pondera acerca das diferenças que háem ser velada e enterrada na cidade grande. “A arte de ser avó”. O neto vem ocupar o vazio, a saudade, a nostalgia da juventude perdida; a saudade.Ser avó é poder amar sem pretensões pedagógicas.

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FERNANDO SABINO

•Belo Horizonte 1923 -2004 – R.J.

•Grande cronista

•Pós-moderno

•Lúdico

•1ª Obra: “Os grilos não cantam mais”

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MENINOCOTIDIANO INFANTIL : Beijo, angústia, dor, ternura materDiscurso direto sem sinalização.Desejo de boa noite = preparação para a VIDAAs contradições de uma mãe

QUEM MATOU IRMÃ GEORGIAPromessa do marido de levar a esposa ao teatro , a casa alagou e não conseguiram ajuda, um velhinho prestas o socorro (cia de água).Fala com o leitorHumor, ironia, serviços públicos, imprevistos.1ª pessoa

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QUEM TIVER CARRO

•Humor/Ironia fina •Desonestidade•Visão alternativa•Movimento urbano•1ª pessoa

A VINGANÇA DA PORTA•Incidente aproxima•Visão alternativa•Esperteza e malandragem

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A ÚLTIMA CRÔNICA

•A busca do (fio condutor do texto) motivo.

•Crônica metalinguística.

•Intertexto de Manuel Bandeira.

•1ª pessoa

•O Motivo = Casal

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INVENÇÃO DA LARANJA

HUMOR. TEXTO PRÓXIMO DO CONTO DILATADO.METÁFORA DO CAPITALISMOESPERTEZA E MALANDRAGEM

O TAPETE PERSA

TEMA COMUM, TRIVIALMATERIALISMO E FALTA DE SENSOREFLEXÃO DA MORTE

DONA CUSTÓDIA

A EMPREGADA SENTE A DONA DA CASASOLIDÃO STATUSCONDIÇÃO SOCIAL

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REUNIÃO DE MÃES1.Barganha 2.O fazer literário3.Educação Século XXI4.Angústia por não saber como

é o filho na escola

Enviado de Deus

• 1ª pessoa• Metafísico • Consciência/reflexão• Polifonia de vozes • Conflito interior

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MANUEL BANDEIRA

1886 – 1968Os Sapos - Semana de 22Maior poeta da 1º Geração Dominador de uma linguagem coloquial embora correta.A doença produz: dúvida, dor, melancolia e opostosAproxima-se do mais fraco

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NA CÂMARA ARDENTE DE JOSÉ DO PATROCÍNIO

1ª pessoa.Levanta fatos históricosO Narrador relembra passagens da vida de “Zeca”. A boemia, a nostalgia aguçam a lembrança, e a igreja do Rosário dos Pretos – local do velório.Mestre Valentim, Villa Lobos, Jaime Ovalle e Catulo da Paixão Cearence.*Amizade *Recordações * Personagens da história

LENINE

1ª pessoa. Autor via narrador.Infância de “esbodegar”Peraltices e traquinagens Infância realizada - intertexto com LenineAteísmo X ReligiosidadeLenine tem 7 anos

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O MÍSTICO (tc)

1ª pessoaO narrador recorda de um místico que vivia na Lapa, e com um enebriado de nostalgia, relata o jeito boêmio, cavalheiro e algumas vezes estranheza de agir.Intertextualidade: “Menino de Engenho”.

Nostalgia \ recordações \ lembranças

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A TRINCA DO CURVELO

O narrador em um trabalho metalinguístico explica = Trinca

Grupo de garotos Particularidades de cada menino A morte de Panaco de sarampo encerra o textoCrônica de memórias

REIS VAGABUNDO

O Vice – Cônsul X boêmio Sabiá = truqueMalandragemRetrato da sociedade

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GOLPE DO CHAPÉU•Chapéu = poder•Humor revela o sórdido homem•Efeito espelho•3ª pessoa

MINHA MÃE•Tom emotivo, auto-biografia•Metalinguístico•Amor de mãe•Reminiscências•O Livro descortina o passado

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ANTIGA TRINCA DO CURVELOApós 15 anos todos prosperamLenine enlouqueceu MemóriasTom saudosista e auto biográfico

O FANTASMA Trem abre o passado Descrição da cidadeO Narrador é um fantasma Saudade bucólica1ª pessoaTuberculose O BARBar NacionalGigante X UbirajaraLugares históricos

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RUBEM BRAGA (1913-1990)

Tinha uma ambição: que suas crônicas divertissem os leitores e os ajudassem a enfrentar situações difíceis.

“Sino de ouro”O narrador é transcritor de uma história ouvida de um velho, que fez o relato sobre o sino com desprezo.

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“Quinca cigano”O narrador em 1ª pessoa, fala.Autor e narrador coincidem.Protagonista é, supostamente, tio do narrador.Texto: um tom melancólico, pessimista diante da vida.

“Aula de inglês”Relato da experiência vivida pelo

narrador na sua primeira aula de inglês.

Ironia ao falar da importância que se dá a uma língua estrangeira.

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“Homem no mar”Narrador observa de longe um homem que nada em direção à praia.

“Uma lembrança”Amor, ou melhor, lembrança deixada pelo

primeiro amor que “ficou para sempre impossível”.

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“Partilha”Um emissor que fala a um interlocutor, mas a voz deste não é ouvida, portanto, é um diálogo do qual só se ouve uma voz.Emissor faz a partilha do que fora deixado pelos pais.

“Meu ideal seria escrever”MetacrônicaJustifica a idéia de que o ideal do autor era

fazer que seus textos divertissem seus leitores, os ajudassem a enfrentar situações difíceis.

“A última crônica” = Fernando Sabino e “Último poema” = Manuel Bandeira

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“História triste de Tuim”

Narrada em 3ª pessoa.História triste, envolve criança, amor, dedicação, perda e dor.Pássaro criado no dedo que foge, é preso numa gaiola por alguém e devorado por um gato.

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“A primeira mulher do Nunes”Aparentemente, dividido em três partes.Narrada em 3ª pessoa.

“Minha glória literária”

Tom autobiográfico, confessional.Narrador que, portanto, confunde-se com o

autor, fala de sua glória como escritor até o dia em que se deu mal por usar termos inadequados numa composição.

Linguagem coloquial, acessível, familiar.

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PAULO MENDES CAMPOS (1922 – 1991)

Mário Mendes Campos – Pai

Edificou sua carreira pela influência do Pai

Moderno/Espírito de jornalista

*CRONISTA DE DESTAQUE

*CRÔNICAS LEVES

*COTIDIANO

*ALUCINÓGENO

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MEU REINO POR UM PENTE

O narrador se identifica como Paulo

Reflexões sobre ter ou não filhos(intertextualização) Vinícius de Moraes e

Machado de Assis

“Filhos e pais, melhor tê-los”

Tom confessional

*CONCIÊNCIA DIFÍCIL *RECOMPENSAS

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O DESPERTAR DA MONTANHA

Narrador se apresenta como o autor ao mencionar plebiscito

Dificuldade de relacionamentoAgressividade

O narrador mais uma vez é um pai

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PARA MARIA DA GRAÇA

15 anos/Livro Alice no país das maravilhas

ParábolasRito de PassagemA fronteira da vidaReflexão sobre o sentido da vida 3ª pessoa

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O MÉDICO E O MONSTROParódia do médico e o monstro

Humor/Transformação

3ª pessoa

*O menino negocia com a mãe toma a poção e vira monstro.

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SER BROTINHOO narrador relata:

•Como ser brotinho

•Contradições da adolescência

•Lembrança

•Série de definições

•Divagação livre

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FÁBULA ELEITORAL

*Animais

*Máscaras

*O dia nublado

*Descaso

*Narração breve de caráter alegórico

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É um relato de duas mulheres que sobreviveram a perda de seus maridos.

Como o título, duas damas distintas produram aliviarem-se da dor.

DUAS ALMAS DISTINTAS

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O HOMEM QUE ODIAVA ILHAS

Crônica escrita em forma de diálogo.

Lembranças de um homem que viveu a experiência de ficar sozinho em uma ilha deserta.

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MARIA JOSÉCrônica em homenagem a uma amiga morta.Enumera as qualidades e contradições do ser humano.Maria José ao mesmo tempo que lia Edgar Alan Poe e Baudelaire era capaz de declarar Antônio Nobre; assim como fazia jejum todos os dias era capaz de comer um prato exótico e beber uísque.

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MENINO

DE CIDADE

Narrador em 3ª pessoa.Fala de um menino que ama animais, mas que vive no Rio de Janeiro.Frustrado, a família lhe presenteia com um canário e uma tartaruguinha.Crônica que mostra a diferença entre a criança da cidade e a do campo.

Page 61: POR CARLOS LISBOA - UniEVANGÉLICA · “Seca” um pai vendo os filhos famintos mata uma cabra alheia. ... ¾A morte de Panaco de sarampo encerra o texto ¾Crônica de memórias

CONCLUSÃOCrônicas são sempre

curtas, tematizando os acontecimentos triviais da vida.

Podemos observar nas setenta crônicas lidas o predomínio do foco narrativo em primeira pessoa, um tom confessional, uma linguagem leve, o humor e as reminiscências.