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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PROBLEMAS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL — CEPES PLANEJAMENTO ECONÔMICO E SOCIAL Prof. Ney Marques i PORTO ALEGRE 1976

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PROBLEMAS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL — CEPES

PLANEJAMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

Prof. Ney Marques

i PORTO ALEGRE

1976

ES — t u B I B L I O T E C A

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÚLICA DO RIO GRANDE DO SUL CURSO DE FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS ESPECIALIZAÇÃO EM FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA PROBLEMAS DE

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES

PLANEJAMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

Prof. Ney Marques

OBS.: A presente publicação constitui um ext mico e Social" de autoria do Prof. Ney Trata-se da versão preliminar sujeita

rato da apostila "Planejamento Econo-Marques.

a revisão e ampliação pelo autor.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÚLICA DO RIO GRANDE DD SUL CURSO DE FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS ESPECIALIZAÇÃO EM FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA PROBLEMAS DE

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES PROGRAMA GERAL doc.plaec-00/76

CAP. I - NECESSIDADE, CONCEITO E IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO

1» A Essência do Problema Econômico nas Áreas Subdesenvolvidas,

2, A Necessidade de Programar o Processo de Desenvolvimento Socio-E

conomico,

3. O Conceito de Planejamento,,

4.- Sua Importância como Politica de Desenvolvimento.

5. Objetivos e Metas Econômicas e Sociais.

CAP, II - AS ETAPAS DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO

1. A Eleição do Modelo„

2„ O Diagnostico da Realidade Socic—Economica de um Pais ou Região.

3. A Elaboração de Planas ou Programas.

4. Execução e Controle do Processo de Planejamento,

CAP„ III - NÍVEIS, ESFERAS E FRONTEIRAS GEOGRÁFICAS DA PROGRAMAÇÃO

1„ Os Niveis da Programação.

2„ As Esferas do Planejamento,

3. As Fronteiras Geográficas de um Plano.

CAP. IV - A METODOLOGIA DA PLANIFICAÇAO

1» O Método de Metas Fixas.

2, O Método de Metas Flexiveis ou Variáveis.

CAP. V - 0 MARCO INSTITUCIONAL: INTENSIDADE E FASES DO PLANEJAMENTO

1. 0 Estado e o Marco Institucional da Planificação„

2. A Intensidade do Planejamento e o Marco Político do Sistema.

3. As Fases do Processo de Planejamento nas Economias de Mercado,

CAP. VI - PRAZOS, REQUISITOS E ORGANIZAÇÃO PARA 0 PLANEJAMENTO

1, Os Prazos no Processo de Planejamento.

2, Os Requisitos de um Plana de Desenvolvimento Econômico e Social.

3, A Organização do Sistema Nacional de Planejamento.

CAP. VII - OS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

1. Os Orçamentos Econômicos Nacionais.

2. 0 Insumo-Produto e os Coeficientes de Intencionalidade.

3. A Avaliação de Projetos.

4. Politica Econômica: Instrumentos e Possibilidades de Aplicação.

APLNDICE - A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA DE PLANEJAMENTO 1 0 Sumario Histórico de Iniciativas no Planejamento Brasileiro.

2„ A Experiência de Planejamento a Nivel Nacional Apos 1964.

3. Estrutura Atual do Sistema de Planejamento.

Convênio PUC/FDRH/FEE

Cepes-plaec OD/76 - 02

BIBLIOGRAFIA

01 - AKJMADA, Jorge - "Teoria y Programación dei Desarrollo", CEPAL, Santiago,

Chile, 1957.

• 2 - DIAS LEITE» Antônio - "Caminhos do Desenvolvimento" — Zahor Editores, Rio

de Janeiro, 1966„

03 - FURTADO, Celso - "Um Projeto para o Brasil" - Editora Saga, Rio, 1968,

04 - LANGONI, Carlos Geraldo - "Distribuição da Renda e Desenvolvimento Econô­

mico do Brasil" - Editora Expressão e Cultura,

Rio de Janeiro, 1973.

•5 - LEWIS, W. Arthur - "Os Princípios do Planejamento Econômica", Fundo de Cul

tura, Rio, 1960.

06 - MARQUES, Ney - "Análise da Estrutura Econômica, CEPES, Brasília, 1970.

07 - MARQUES, Ney - "Desenvolvimento Econômico Brasileiro: Problemática e E s ­tratégia" - Convênio CEPES/CEPEM, Maringá (PR), 1972.

08 - MINISTÉRIO DD PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL - "Projeto do 12 Plano Na­

cional de Desenvolvimen­

to (PND) - 1972/74; Rio, Set/71.

09 - MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL - "PND - Revolução Social

e Humana", Rio; Out/1971.

10 - MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL - Outras publicações.

11 - PEDRA0, Fernando C. - "Breve Curso de Desenvolvimento Econômico", Livra­ria Progresso Editora, Salvador (BA), 1959.

12 - PRADO BALCÁZAR, Juan - "0 Planejamento Econômico e Social - Resumo de Au­

las", postila, CEPES, Brasília (DF), 1970.

13 - TAVARES, Maria da Conceição - "Da Substituição de Importações ao Capita­

lismo Financeiro - Ensaios sobre Economia

Brasileira" - Zahar Editores, Rio, 2 a Edição

1973.

14 - TINBERGEN, Jan - "La Planeación dei Desarrollo", Fondo de Cultura, México,

1959.

15 - VITULE, Affonso Armando de Lima - "A Experiência Brasileira de Planejamejn

to", in: Boletim Informativo, Brasília

(DF), CREP-119 Região, Ano I, N2 3, Maio-Junho/1973.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL CURSO DE FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS ESPECIALIZAÇÃO EM FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA PROBLEMAS DE

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES doc.plaec-01/76

Documento nao publicado

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÜLICA DO RIO GRANDE DO SUL FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA

CAPÍTULO II

CURSO D ESPECIALIZAÇÃO e

PROBLEMAS ü DESENVOLVIMENT

ECONÔMICO SOCIAL - CEPfc

doe.plaec-02/7

AS ETAPAS DO

PROCESSO DE PLANEJAMENTC-

Prof. Ney Marques

A Eleição do Modelo

* O planejamento tem tres etapas bem definidas, quais sejam:

a J Diagnostico

b) Elaboração do Plano

c) Execução e Controle

+

* No caso, pode-se usar uma analogia bem simples entre a técnica de plane-

jamento economico-social e a de clinica medica. Tanto uma, como em outra, surgi

dos os sintomas do mal, torna-se necessário:

a) Um estudo detalhado do organismo — humano ou economico-social —

para determinar as causas da enfermidade e as possibilidades de

recuperação;

b) Elaboração de um programa que fixe as metas de correção dos dis-

turbios constatados e o desempenho geral que se deseja alcançar --

no caso medico, a receita; no caso do desenvolvimento economico-

social, o plano propriamente dito;

c) Execução e controle das medidas corretivas indicadas, através da

avaliação dos resultados obtidos e eventual retificação das dis­

torções observadas.

Todavia, antes de iniciar-se o processo de planejamento sócio-economica

através do Diagnostico, torna-se imprescindível eleger o modelo de relações fun

cionais com o qual se vai operar,

* Um modelo de relações funcionais é geralmente concebido de um modo a per

mitir uma visão suficientemente detalhada e integrada da atividade econômica de

qualquer pais, nos diferentes aspectos em que pode ser focalizada, em especial

do ponto de vista quantitativo. De um modo geral, e o que se chama de modelo e-

conometrico, vale dizer, relaciona conceitos econômicos através de instrumental

matemático e permite a quantificação das variáveis através das estatísticas das

contas nacionais. Um exemplo desse tipo de modelo e o que foi visto neste curso

principalmente nas disciplinas de Analise da Estrutura Econômica (ESTEC), Finan

ciamento do Desenvolvimento (FINDE), Economia e Politica Monetária (EPOMO)e Con

tabilidade Social [CONSOJ, esta ultima particularmente no que se refere a parte

de Economia Setorial.

Esquema de aula, sujeito a ampliação e revisão pelo autor.

Convênio Cepss-plaec PUC/FDRH/FEE 02/76 - G2

* Deve-se ressaltar que a eleição do modelo — tal como foi mencionado an-

teriormente — se reveste da máxima importância em qualquer sistema nacional de

planejamento, pois ele define toda a informação estatistica necessária para o

diagnostico, a elaboração, a execução e o controle do plano.

* Parece importante acrescentar que um modelo de relações funcionais, quan

do quantificado com dados "ex-post" de uma certa realidade econômica e social —

com estatisticas de contas nacionais, portanto — torna-se o que muitos econo­

mistas denominam, talvez inadequadamente, de "modelo de comportamento", pois per

mite interpretar e explicar o desempenho passado da economia. Quando quantifica

do com dados "ex-ante", vale dizer, resultantes de intenção ou decisões previa­

mente tomadas, vem a constituir-se no que muitas pessoas chamam — provavelmen

* ~ l "** te também sem muita propriedade — de "modelo de decisão"-1- .

0 Diagnostico da Realidade — , 1 , 1 1 0! t

Socio-Economica de um Pais

ou Região

-"- D Diagnóstico da realidade socio-economica de um pais ou região possui

tres partes bem definidas, a saber:

aj Estudo da Evolução Histórica;

b) Analise da Situação Atual;

c) Projeção de Prognose ou Prognostico.

* 0 estudo da evolução histórica deve cobrir a maior quantidade de anos pos

sivel, levando-se em conta o disponibilidade e a qualidade das informações con-

tidas nas contas nacionais elaboradas pelo pais, E aconselhável usar-se, no mi-

nimo, uma serie de cinco anos, mas a prudência e seriedade técnicas indicam a

conveniência de ser empregado um periodo mais longo para o estudo, como de2,quin

ze ou vinte anos, dependendo da existência dos dados, como foi dito, Essa parte

do Diagnostico visa, fundamentalmente, a identificação dos principais fatores

que impulsionaram ou limitaram o processa de desenvolvimento do pais ou região,

bem como as causas que determinaram o desempenho positivo ou negativo da ativi-

dade econômica em suas diferentes áreas e aspectos, • estudo da evolução histó­

rica tem por objeto, enfim, localizar os pontos de estrangulamento do processo

produtivo, os causas das distorções de natureza econômica e social observadas e

as potencialidades do sistema que devem ser despertadas.

* A análise da situação atual abrange, em geral, um período equivalente aos

dois ou tres últimos anos do Diagnostico e e mais de natureza qualitativa, ten-

do em vista a falta de informação estatistica confirmado para esses anos, devi-

do a defasagem normal que ocorre na elaboração das contas nacionais ou regionais.

Com vista a esse conhecimento necessário da situação atual do processo de desen

volvimento socio-economico do pais ou região em estudo, e aconselhável que a e-

quipe técnica coordenadora do Diagnostico busque o assessoramento de pessoas,

grupos ou instituições com larga experiência em cada area de analise e que, pe­

la vivência e trato cotidiano dos problemas respectivos, possam permitir a ela­

boração de um quadro suficientemente claro e_detalhado dessa situação atual.

"" Marques, Ney - Análise da Estrutura Econômica, CEPES, Brasília (DF), 1970,

pagina 5 e seguintes.

Convênio PUC/FDRH/FEE

Cepes-plaec 02/76 - 03

* A projeção de prognose, ou simplesmente prognostico, consiste na proje­

ção das tendências observadas nas duas partes anteriores para um horizonte si­

tuado nos próximos dez ou vinte anos, com vistas a mostrar e destacar os pro -

blemas que poderão surgir no futuro se nao forem tomadas medidas capazes de cor

rigir tais tendências.

* A Figura N5 01 procura ilustrar o que foi dito sobre o Diagnostico e

mostrar a necessidade e a vantagem de ser tomada a decisão consciente de ado­

tar o planejamento como politica de governo. Com efeito, essa Figura assinala

claramente a diferença entre os desempenhos do sistema econômico na prognose,

como resultado da projeção da tendência histórica, e no plano, como conseqüên­

cia das metas adotadas.

FIGURA N2 01

PROGNOSE E PLANO

Diferença de desempenho

devida ao Plano.

Prognose

1970 1973 1975 Anos

A Elaboração

do Plano

* A grosso modo, pode-se dizer que a etapa de Elaboração do Plano própria

mente dito deve constar dos seguintes passos:

•»

aj Definição Preliminar de Objetivos;

bj Fixação de Metas Alternativas;

cj Determinação das Condições a Cumprir;

d) Compatibilizaçao entre Metas e Condições;

e) Escolha da Alternativa a Adotar;

fJ Eleição do Elenco de Medidas de Politica Econômica para Implemen

tar o Plano;

g) Compatibilizaçao Final do Modelo;

h) Apresentação e Divulgação do Plano.

* A definição preliminar de objetivos e uma conseqüência direta do Diag-

nostico, constituindo-se em uma espécie de ponte entre ele e a Elaboração mes­

ma do Plano, Por isso, em alguns casos e considerada como a ultima parte daque

la etapa e em outros, como a primeira da que ora esta sendo abordada. Essa i-

dentificaçao preliminar dos objetivos gerais a serem alcançados pelo Plano na-

da mais e, portanto, do que uma conclusão do Diagnostico, através da qual se ma

nifesta de maneira nao quantificada a intenção de eliminar certos problemas que

impedem ou limitam o processo de desenvolvimento sócio—econômico.

* A fixação de metas corresponde a quantificação daqueles objetivos e de

um modo geral, na maioria dos casos, dizem respeito mais especificamente aos

Convênio PUC/FDRH/FEE

Cepes-plaec •2/76 - 04

ritmos de crescimento do produto interno Druto e do consumo "per-capita"; ao

nivel de emprego dos recursos humanos; a melhor distribuição da renda pessoal;

ao alívio das pressões inflacionárias e desequilíbrios do Balanço de Pagamen-

tos; aos niveis de educação, saúde, habitação, etc.

* A determinação das condições a cumprir implica a quantificação das "va-

riaveis-condiçao" de modo compativel com as "variaveis-meta" previamente fixa­

das, constituindo aquelas a condição imprescindível para que estas sejam alcan

çadas. Por exemplo, na equação:

PIB + SE = C + I

Meta 1 1

Projeção 4* Condição I

Condição II

porque, ao fixar-se o !'PIB", o "I" fica automaticamente fixado através das re-

laçoes

PIB = K . dt e

I = IL + IR + IS,

sendo " c c " um parâmetro projetado. Por outro lado, efetuadas também as pro-

jeçoes do Balanço de Pagamentos, a magnitude "SE" igualmente sera dada, o que

implica a quantificação de "C" por residual. Evidentemente,- o exemplo apresen-

tado se refere apenas a algumas variáveis do modelo utilizado mas idêntico ra-

ciocinio deve ser feito com as demais equações que dele constam, sempre com a

finalidade de quantificarem-se as "variaveis-condiçao" de maneira compativel

com as "variaveis-meta" fixadas.

* A compatibilizaçao entre as metas e condições consiste na analise criti

ca do trabalho efetuado na tarefa anterior, principalmente com vistas a coeren_

cia e compatibilidade entre os valores calculados para ambos os tipos de varia

veis, bem como a sua exequibilidade, levando-se em conta, de modo especial, o

marco institucional, político, econômico e secinl dn pais,

* A escolha da alternativa a adotar implica uma decisaa eminentemente po-

litica.Assim, frente aos tres modelos quantificados —- o otimista, • media e

o pessimista — todos eles compatibilizados e passados pelo crivo da análise

critica, cumpre aa Poder Executivo optar por uma rias alternativas, Muito embo-

ra essa decisão dependa em grande parte do marco politica elo pais, o bom senso

induz geralmente a adoção das metas situadas na faixa media das alternativas a

presentadas, vale dizer: nem muito ambiciosas, nem muite conservadoras. Por e-

xemplo, supondo que a meta otimista fixada para o crcr.cimonco dn produto tenha

sido de 10 °/o, a media, de 0 °p c a pessimista, de 6 )L a escolha poderia indicar

uma meta de crescimento em torno dc 3 r/0, isto e, entre 7 c/j e 9 cj->.

•* Na eleição do elenco de medidas de política econômica para implementar o

plano os esforços devem ser centralizados no Orçamente — através da discipli-

nação dos gastos públicos e respectiva orientação, tendo em vista as metas fixa

das — e no elenco de instrumentos de politica econômica capazes de induzir a

iniciativa privada ao comportamento que dela se espera no Plano,

Convênio Cepes-plaec PUC/FDRH/FEE 02/76 - 05

* Nesta altura, o programa de desenvolvimento encontra-se devidamente es-

quematizado e praticamente terminado, mas nao passa, ainda, de um conjunto mais

ou menos volumosa de quadros e de uma relação pormenorizada de instrumentos de

política econômica que se pretende adotar. Faz-se necessário, então, submeter

todo o trabalho a provas de compatibilidade final, como, por exemplo, entre a

poupança e o investimento, a capacidade para importar e as importações necessa

rias, o consumo "per-capita" e as necessidades da população, os recursos produ

tivos e os volumes de produção previstos, a distribuição pessoal da renda e a

dinâmica de aspirações individuais e coletivas, a tecnologia do capital a ser

instalado e os requerimentos de ocupação da mao-de-obra, e t c .

* Finalmente, na apresentação e divulgação do plano, nao se deve esquecer

de alguns aspectos de relevante importância, tais como:

aj A versão do Plano preparada para divulgação deve ter uma redação

simples e atraente, alem de ser suficientemente resumida, sem

perda da clareza imprescindível;

£j A divulgação necessita ser a mais ampla possivel, atingindo, mo­

bilizando e conscientizando os meios politicos e universitários,

as associações de classes, os grupos empresariais e de trabalha­

dores, etc., levando, enfim, todos os habitantes do país a consjL

derarem o Plano como meio de alcançar o almejado desenvolvimento.

Execução e

Controle

* As tarefas de Execução e Controle são das mais importantes no processo

de planejamento, pois sao elas que, em essência, lhe transmitem o caráter de

continuidade ou "processo" propriamente dito.

i „

* A execução, como o nome sugere, e a "posta em marcha" do plano, através

da execução orçamentaria e da elaboração do marco jurídico imprescindível para

que as medidas de politica econômica atinjam o fim para o qual foram propostas. rs»

* 0 controle, por seu lado, implica basicamente as funções de avaliação

dos resultados obtidos e de adoção de medidas tendentes a provocar os ajusta­

mentos necessários.

* Cumpre assinalar que, em certo sentido, a avaliação constitui uma exten

sao do diagnostico e a adoção de medidas corretivas, uma continuação do procejà

so de elaboração do plano.

* A Figura N2 02 procura mostrar o que foi dito e nela se pode observar o

afastamento inicial entre as curvas da meta fixada e do resultado obtido, cor­

rigido posteriormente pelo adoção de medidas adequadas.

Convênio PUC/FDRH/FEE

Cepes-plaec •2/76 - 06

MT$> FIGURA Ne 02

AVALIAÇÃO E AJUSTAMENTO DO PLANO

, f'Meta Fixada

---£>

Resultado Obtido

(Avaliação)

Correção Efetuada

* A Figura N2 03, por seu turno, pretende visualizar a idéia de planeja­

mento como processo, em que as funções de diagnostico, elaboração e avaliação

sao de caráter permanente. Assim, considerando um processo de programação t n e

nal, por exemplo, cumprido o primeiro ano do Plano (no caso, 1973), ajustam-se

os dois anos seguintes (1974 e 1975) e inclui-se um ncvo terceiro ano no Pro-

FIGURA N3 03

AS FUNÇÕES DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO

grama (1976), o que se procura ilustrar na Figura NS 04.

FIGURA N9 04

0 PLANEJAMENTO COMO PROCESSO

~ — — ——f • - — • i j •• [ — - - -»

i?7L 1974 1975 1976

PLANO TRIENAL - I . v

PLANO TRIENAL - II etc. ...

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÕLICA DO RIO GRANDE DO SUL FUNDAÇÃO PARA D DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA

CAPÍTULO III

] NIVEIS, ESFERAS E FRONTEIRAS DO PLANEJAMENTO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM

PROBLEMAS DE DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO E SOCIAL - CEPES doe.plaec-03/76

Prof. Ney Marques

Os Níveis da

Programação

* A atividade econômica de qualquer país ou região pode ser analisada a

trss níveis diferentes de profundidade, conforme o grau de detalhe das variá­

veis consideradas no estudo:

a) 0 nível global ou macroeconômico;

b) 0 nivel setorial;

cj 0 nivel microeconomico ou de projetos.

* Como o planejamento econômico e social e um processo que atua fundamen-

talmente sobre a atividade econômica, evidentemente pode também ser cratuada A IN/ #

com tres "diferentes graus de agregação das variáveis: o global, o setorial e o

de projetos,

* A Figura N2 01 tem a finalidade de visualizar esses tres níveis do pla­

nejamento:

FIGURA N9 01

NÍVEIS DO PLANEJAMENTO

Macro

Setor 1 Setor 2 Setor 3

* No planejamento global, usam-se modelos macroeconômicos, como os vistos

nas disciplinas de ESTEC, EPOMO, FINDE e CONSO (parte referente à Contabilida­

de Nacional propriamente dita).

Apontamentos de aula, sujeitos a revisão e ampliação pelo autor.

Convênio Cepes-plaec PUC/FDRH/FEE 03/76 - 02

* No planejamento setorial, os instrumentos de programação sao principal­

mente modelos do tipo do que foi apresentado na matéria de C0NS0 (parte de Eco

nomia Setorial), bem como os métodos do Insumo-Produto e dos Coeficientes de In

tencionalidade.

* A nivel microeconomico ou de projetos, empregam-se as diferentes técni­

cas de elaboração e analise de projetos, de modo especial as ultimas por envol^

verem critérios de avaliação para a obtenção de financiamento oficial direto ou

indireto, os quais devem ser compatíveis com os objetivos gerais e metas espe­

cíficas fixadas no Plano.

* Nao se deve esquecer que o planejamento a nivel microeconomico implica

a elaboração e analise de projetos, tanto de novos empreendimentos, como de am

pliaçoes de unidades produtoras ja existentes.

* De modo geral, o governo participa desse nível do planejamento através

de grandes projetos de infra-estrutura, seja na area do capital social básico,

seja na de energia, transportes, comunicações, armazenamento, saúde, educação

e industrias basicasé

As Esferas do

Planejamento

* Existem duas esferas de atividade econômica: a publica e a privada.

* Para maior clareza, prefere-se aqui o emprego das expressões "esfera pu

blica"e "esfera privada" ao invés de "setor publico" e "setor privado",, porque

a palavra setor vem sendo usada em economia com diferentes significados:

Setor de produção (agricultura, industria, comercio, transportes,

etc.)j

b) Setor dos contas nacionais (empresas, famílias ou pessoas, gover

no e resto do mundo);

c J Setor publico e setor privado;

d) Setor interno e setor externo da economia.

* Na esfera publica da atividade econômica, o poder de decisão do governo

e muito grande, praticamente ilimitado , e os principais instrumentos de atua-

çao de que dispõe o Estado para atuar no planejamento sao:

a) Orçamento dos Governos Federal, Estadual e Municipal;

Empresas Publicas;

c) Imenso poder de demanda, implícito na sua política de gastos.

1/ ~

~ As eventuais limitações sao de natureza política: controle sobre o Congres­

so Nacional, estrutura das influencias ministeriais, etc. .

Convênio PUC/FDRH/FEE

Cepes-pla 03/76 -

* Na esfera privada, a ação do governo e exercida de modo inaire-ca u ut>

principais instrumentos de atuação do Estado para influir na atividade econorni

ca, sao:

aj Politica econômica — tributaria, financeira, monetária, alfande ~ * * ~ ~~

garia, salarial, de preços, de gastos públicos, de integração so

ciai, agricola, comercial externa, cambial, etc. - através da

qual pode estimular ou desincentivar a chamada iniciativa priva­

da.

b) Criação de condições, proporcionando a essa iniciativa privada a

mais ampla base possivel de infra-estrutura econômica e social,

tendo em vista o florescimento de empresas cujas atuações sejam

compativeis com as metas do Plano.

As Fronteiras Geográficas

do Planejamento

* Como parece obvio, a programação econômica G social, ao atuar sobre um

determinado espaço fisico, possui um marco geográfico que limita a sua ação o_s

pacial.

* Sob esse ponto de vista, pode-se dizer que existem tres fronteiras geo-

gráficas do planejamento:

a) Supra-nacional;

b) Nacional;

c) Infra-nacional,

* A programação supra-nacional é aquela em que a fronteira geográfica do

planejamento excede a fronteira geográfica do pais, envolvendo interesses de

mais de um pais. Por exemplo: Bacia do Prata, Mercado Comum Europeu, Associa-

çao Latino-Americana de Livre Comercio (ALALCJ, Projeto de Itaipu, etc. .

* A programação nacional e aquela em que a fronteira do planejamento coin

cide com a fronteira geográfica do pais. Em tais casos, convém dividir o terri

torio nacional em regiões do planejamento, seguindo o critério de macro-regi-

oes economicamente homogêneas. Por exemplo, no caso do Brasil ja existe prati­

camente essa divisão, como se pretende ilustrar na Figura N2 02.

FIGURA NS 02

.. ri /x

Nordeste (SUDENE)

Amazônia (SUDAM)

Centro-Oeste (SUDECO)

Sul (SUDESUL)

Sudeste (?)

ÍSI — LU. Convênio B I R | m T C r â Cepes-plaec PUC/FDRH/FEE " 03/76 - 04

* A programação infra-nacional e aquela em que a fronteira do planejamen-

to nao chega a coincidir com a fronteira geográfica do pais, mas envolve os in

teresses de um único Estado. Em geral, tem sido usada mais com o sentido de pro

gramaçao de "areas-problemo", com vistas a diminuir a discrepância entre o grau

de desenvolvimento de tais regiões e o restante do pais. Sao exemplos de pro -

gramaçao infra-nacional os esforços realizados pelos EE.UU. no Vale do Tenes-

see (TVA), pela Colômbia no Vale do Cauca, pela Itália no Mezzogiorno,pelo Bra

sil no Nordeste (SUDENE), etc. .

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÕllCA DO RIO GRANDE DO SUL CURSO DE FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS ESPECIALIZAÇÃO EM FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA PROBLEMAS DE

Documento nao publicado

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES doe.plaec-04/76

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA

CAF. V

O MARCO INSTITUCIONAL:

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM

PROBLEMAS DE DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO E SOCIAL - CEPES doe.plaec-05/76

INTENSIDADE E FASES DO PLANEJAMENTOJ

Institucional £A

Planifioação

a O marco institucional e jurídico do Estado desempenha um papel muito importou

te no processo de planejamento econômico e social de qualquer país,

H Em iSltima análise» abordando o assunto do ponto de vista mais objetivo possí­

vel e considerando estritamente a questão em tela* pode-se afirmar que todos

os sistemas econômicos vigentes no mundo oscilam entre as duas posições extre

mas e de existência apenas teórica ou utópica: o capitalismo e o socialismo pu

ros.

b A Figura n2 01 procura transmitir uma idéia visual do que foi dito. Nela» es

tão localizados os sistemas econômicos atuais dos Estados Unidos» da União So

viética e da Suécia —• os usualmente mais focalizados quando se analisa o

assunto -— sem intenção de maior precisão» mas apenas com a finalidade de I

lustrar o pensamento exposto,

FIGURA |£ 02

SISTEMAS ECONÔMICOS DO MUNDO

EEUU SUÉCIA URSS Socialismo 1 . •

mo Puro

GAPITALIS1 ^ + — + - + - 1 " "Puro"

A Intensidade do Plane.iamento

e o Marco Político do Sistema

H Em ura sistema considerado capitalista» como o dos Estados Unidos» por exem -

pio» o regime de propriedade dos meios de produção I fundamentalmente privado

e o poder de decisão do Estado não costuma ser altamente centralizado. Nesse

sistema» supõe-se que os critérios de bem-estar econômico e social são fixa­

dos pelo mercado. Os seus críticos apresentam seguidamente o dilema: "0 que

será preferível ? Liberdade com fome» miséria e desemprego ou ausência de li

berdade com aumento de bem-estar social ?*,

/ / /

1 Esquema de aula» sujeito a. ampliação g revisão pelo autor.

Convênio PUC/FDRH/FEE

Cepes-plaec 05/76 - 02

H Em uma economia considerada socialista* como a da União Soviética» por exemplo»

o regime de propriedade dos meios de produção e basicamente coletivo e esta é

gerida pelo Estado en nome da coletividade. Nesse tipo de sistema o poder de

decisão do Governo geralmente é muito centralizado e os critérios de fixação

do bem-estar econômico e social são fixados de cima para baixo» na maior parte

das vezes pela burocracia estatal. Os seus críticos assinalam o seguinte dile

ma: "0 que será preferível ? Sacrificar a liberdade com vistas a uma suposta

melhora de padrões de vida ostandardizados ou manutenção da liberdade e da luta

pela satisfação da dinâmica de aspirações individuais e coletivas ?

As Fases do Processo de Planejamento

nas Economias de Mercado

H Nas economias que de uma forma ou de outra podem ser consideradas "de mercadon»

o processo de planejamento econômico e social geralmente atravessa tres fases

bem distintas, implicando» cada uma, maior grau de intensidade no uso dos ins­

trumentos de programação:

a) Programação dos Investimentos Públicos j

b) Programação dos Gastos Públicos j

c) Planejamento Global •

u Na primeira fase» elabora-se um Programa de Investimentos Públicos» em que a

ênfase planejadora se localiza nos gastos diretos e indiretos de capital, co­

mo parece natural.

H Na segunda, o Orçamento» em sua totalidade» passa a constituir o instrumento

básico do planejamento através das metas de investimento governamental direto

e indireto — onde as empresas públicas desempenham relevante papel — e

da disciplinação e orientação dos gastos correntes» tudo em função dos objeti

vos gerais e metas específicas a serem alcançados.

H Na última fase mencionada» a do Planejamento Global» a ação programadora se pro

cessa tanto na esfera pública» como na privadai Naquela» por meio do Orçamen-

toj nesta» por intermédio dos diferentes instrumentos de, política econômica

de uso permitido pela marco institucional e jurídico do país.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÕLICA DO RIO GRANDE DO SUL CURSO DE FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS ESPECIALIZAÇÃO EM FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA PROBLEMAS DE

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES doc.plaec-06/76 doe.plaec-07/76

Documento nao publicado

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES doc.plaec-07A/76

SISTEMA SIMPLIFICADO

DE

ORÇAMENTOS ECONÔMICOS NACIONAIS

Prof„ Ney Marques

QUADRO N2 01

OFERTA E DEMANDA GLOBAL

Anos PIB M OG C I -

E DG

QUADRO NS 02

DISPONIBILIDADE INTERNA DE BENS E SERVIÇOS

Anos PIB SE BD C I

QUADRO N9 03

BALANÇO DE PAGAMENTOS

Anos M E SE R SFP TCX SCL SCC

QUADRO Na 04

CAPACIDADE PARA IMPORTAR

Anos E R LL ZL SFP TCX EM

QUADRO NS 05

POUPANÇA EXTRANGECRA E NACIONAL

Anos SCL SCC AE 1 *e Ae Ag J AN A

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Convênio Cepes-plaec PUC/FDRH/FEE 07A/76 - 02

QUADRO NS 06

INVESTIMENTO GLOBAL

Anos IL IS IR [ I Ip Ie ig IE

1 QUADRO NS 07

CAPITAL E MÃO-DE-OBRA

Anos IL K 1 Na Nad Def/Sup J

QUADRO NS 08

HIPÓTESES SOBRE PARÂMETROS DE PRODUTIVIDADE

Anos PIB K Na | v£ \ N Na/N

QUADRO NS 09

REQUERIMENTOS DE IMPORTAÇÕES CONFORME A ESTRUTURA

Anos CM IM SEM 1 M

1 QUADRO NS 10

DISPONIBILIDADE INTERNA, CONSUMO E PRODUTO PER-CAPITA

Anos BD C PIB N BDh Ch PIBh

Convênio PUC/FDRH/FEE

Cepes-plaec 07A/76 - 03

SIMBOLOGIA ADOTADA

A = Poupança total

AE = Poupança estrangeira

Ae = Poupança das empresas

Ag «a Poupança do governo

AN = Poupança nacional

Ap » Poupança pessoal

BD = Bens e serviços disponíveis

no mercado interno

BDh - Disponibilidade interna de

bens e serviços "per-capita"

C = Consumo total ou nacional

Ch =» Consumo por habitante

CM = Consumo importado

DG = Demanda global ou final

E = Exportações da bens e serviços

EM = Capacidade para importar

-•• í v ii t.r. 'c. zoc u - .

1E = Investimento estrangeiro

Ie = Investimento das empresas

Ig = Investimento do governo

IL =* Investimento liquido

Ip = Investimento das pessoas

IR = Investimento de reposição

IS = Investimento em estoques

IM = Investimento importado

K = Capital fixo

LL = Movimento líquido de capitais a

longo prazo na Balança de Pagamentos

M = Importações de bens e ser­

viços

N = População total

Na = Oferta de mao-de-obra

Nad = Demanda de mao-de-obra

OG = Oferta global

PIB e Produto interno bruto a

preços de mercado

PIBh = iriam, idem por habitante

R = Efeito da relação de ter­

mos de intercâmbio

SBP = Saldo do balanço de paga­

mentos

SCC = Saldo de capitais e credi_

tos a curto prazo

SCL = Idem, idem a longo prazo

SE = Saldo externo de mercado­

rias e serviços

SFP es Saldo de fatores primários

SIM = Insumos importados

TCX = Transferencias correntes

com o exterior

ZL = Mov.líq, de créditos a lon­

go prazo no Bal.de Paga­

mentos

0(. = Relação produto-capital

/•s = idem, mao-de-obra

D - Densidade de capital por pessoa ocupada

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Documento nao publicado

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES doc.plaec-07B/76

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA

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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM

PROBLEMAS DE DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO E SOCIAL - CEPES

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QUADRO m 2

COEFICIENTES DE INTENCIONAUDADE

Objetivos

Setores

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iminuição da

da Desocupação

da Mao—de—Obra

Ampliação do

Mercado Interno

Diminuição da

Vulnerabilidade

J

Externa

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Adequação

Tecnológica

Manutenção

da Inflação

sob Controle

Manutenção

da Taxa

de Crescimento

Diminuição dos

J

Desequilíbrios I

1 Regionais

1

Total

Coeficientes de j

11ntencionalidade

01, Lavoura

02, Pecuária

rs/ 03. Mineração

* 04, Industria

05. Transportes

06. Energia

07. Comunicação

08, Educação

09. Saúde

10, Habitação

11. Governo e Outros

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES doc.plaec-07D/7B

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES doc.plaec-07E/76

Prof« Ney Marques

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APÊNDICE - A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA DE PLANEJAMENTO

"A EXPERIÊNCIA' BRASILEIRA DE PLANEJAMENTO" i/

Econ. Affonso Armando de Lima Vitule

1/ ^ ,

- Extraxdo de "A Experiência Brasileira de Planejamento", in: Boletim Informa

tivo, Brasília (DF), CREP-lia Região, Ann I, m 3, Maio-Junho/1973, ~

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES doc.plaec-08/76

ARTIGOS TÉCNICOS

tia A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA DE PLANEJAMENTO

ECOA. Af=FONSO ARMANDO DC LIMA V!TÜL£

Patestra proteriflô <«m 24 íte outubro ce 1972, durante a realização do

"II Congresso &wtie\tQ tíot» economistas"

Hotel GLÓRIA, fiic cie Janeiro — Guanabara

O Brasil ja dispõe de uma experiência rte planejamento relativamente ampla e diversifi­cada que se caracteriza por um processo gra­dativo, ainda que irregular, cie consolidação de um sistema de planejamento para a sua eco­nomia

SUMÁRIO HISTÓRICO DE -NiCl ATIVAS NO PLA N E J AMENTG BRASILEIRO

1556 ~ Criação do Concelho de Desenvoi- i a 8 7

virvsento da Presidência da Repu­blica (Jtísceiino KubitschecK),

— Elaboração ao Programa de Metas,

1350/59 — Programa de Estabiitfaçào Mone­tária,

1962 — Criação de um Ministério Extraor­dinário para eíaboiaçâo do Plano Triena! (Celso Furtado).

1963 — Proposta de criação de um sistema nacional de Planejamento (Celso Furtado),

Criação da Coordenação do Plane­jamento Nacional,

1964 — Eiaboraçáo do Programa de Açào Econômica do Governe — PAEG — para o biênio 64/56. do Governo Gasteiio Branco (Ministro Roberto Campos»,

1967 ~ Promulgação da Constituição de 24-"» 6" <\j\0 .'*rt. IÍXOL» *

-gônciã de elaboração Of. pianos na­cionais de desenvolvimento.

— Prom^çaçâo 3c De<.rnTc-leí n ç ?G0 (28-2-6/; que ostaoei^ceu a rrfor-

1968

1970

1971

ma administrativa e cnou o Minis­tério *io P*íjno}aírtônto e Coorde­nação Geral

Publicação pelo Ministério do Pianeiamento de uma série de monografias traçando as bsses econômicas de um PCarto Deeenef de Desenvolvimento Econômico;

Publicação pelo Ministério do Pla­nejamento e Coortienação-Geral» do documento Diretrizes do Gover­no, Programa Estratégico de De­senvolvimento (PED). aprovado pelo Presidente Costa © Sii a e destina­do a orientar a açào governamental em 1S67 e a elaboração do Plano Trienai de Governo oara 66/70;

Aprovação do 1 o Orçamento Pluna-rtual da investimentos (OPI) para o rienal 68/70.

Divulgação pelo MPCG oo Progra­ma Estratégico da Desenvolvimento {68/70).

Puolicação do documento de Metas e Bases para a Ação do Governe, trata'ho elaborado peso Ministro Pe»£ Veüoso para o Governo Gar-raçta u Médio (sfrrfcmbro*.

APROVAÇÃO do I PSano Nackms! de Desenvolvimento f do \\ Orçamento Plurianuat tíe Investimentos»

Portanto, oesd* meados oa década de 50 o Brasií RCAIIM tentativas de píare»3MENTO. que vier in? cuiminar cem esforços mais amplos e persistentes d partir de 1964, quando se conso-

4

Mdou e institucionalizou a experiência nacional de Planejamento.

A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA DE PLANEJAMENTO A NÍVEL NACIONAL APÔS 1964

Passemos agora à análise dos objetivos básicos (tostes Pianos melhor estruturados * de ínstiíucion&iteação crescente, vigentes nos poãocns do após Revolução. Os objetivos bá-Mcoa do PrJZG, que nortearam a politica cio Governo Cnciello Branco no período da julho de í9fí4 a março de 1967, foram os seguintes:

a} Do$«ivoSvim9ftto. Acelerar o ritmo de desenvolvimento do país, interrompido no biênio 1962/63. Para tanto, previa-se alcançar urna taxa de crescimento da renda de 5 por cento a.a., criando-se condições para elevar poste-riornente a 7 por cento.

fo) ConteRçÜfo da Inflação. Conter progressi­vamente o processo iníiacíonário. durante 1864 0 1Õ55, objetivando um razoável equilíbrio de preços a partir de 1966;

c) Distribuição da Renda. Atenuar os des­níveis setoriais e regionais e as tensões criadas pelos desequilíbrios, mediante a melhoria das condições de vida;

dt) Emprego. Assegurar, pela política de in­vestimentos, oportunidades de emprego pro­dutivo a mão-de-obra que. continuamente, aílu? ao mercado de trabalho;

e) Comércio Externo. Corrigir 3 tendência a •Yteficits** descontrolados do balanço de pa­gamentos, que ameaçam a continuidade do desenvolvimento econômico, pelo estrangula­mento de capacidade de importar,

A maior diferenciação constatada no PAEG, com relação ás tentativas anteriores de otane-jam^nto, è que a atividade do Planejamento não stí encerrava com a simples preparação do Piano, mas se desenvolvia de forma continuada como parte integrante do exercício da função governamental em um amplo processo de refor­ma econômica e social.

Foi a época em que medidas de grande importância foram tomadas, incluindo a promul­gação de instrumentos legais objetivando estí-mulos à formação de poupança, criando uma série de incentivos fiscais para o desenvolvi­mento; foram atacados os graves problemas dos subsídios e distorção nos preços das tarifas dos serviços públicos e introduzido o sistema de correção monetária.

Já o Programa Estratégico de Desenvolvi­mento: divulgado pelo Ministério do Planeja-

C££? — ftotelim Informativa - ~ MCÍC/JÜH^O , 1973

mento em junho de 1968 para o *riÔm& 1966/70 visava atingir os seguintes objetivo* básicos;

a) aceleração do desenvolvimento econô­mico, simultaneamente com a contenção cfó in­flação;

b) desenvolvimento a serviço de progresso social;

c) expansão das oportunidades de emprego de mão-de-obra

Além disso eram considerados como "obje-tivos-condição" (ÁFERIV-ados) para a consecução desses objetivos básicos 3 manutenção do con­trole da balanço pagamentos, poítttcâ de evitar o agravamento das disparidades econô­micas regionais e setoriais, a realização de re­formas econômicas e sociais {reforma educacio­nal, reforma administrativa, reforma agrária etc.) e a manutenção do clima de ordem interna e estabilidade institucional.

Em termos de aceleração do desenvolvimento, pretendia o Programa "assegurar a retomada de trajetória do desenvolvimento acelerado, propondo um novo modelo de desenvolvimento, após o arrefecimento da substituição de im­portações", em função do que definia uma taxa anual do crescimento do produto de, no mínimo, 6 por cento a a no período 68/70.

O objetivo de Contenção da inflação, por sua vez, era estabelecido apenas em termos qualitativos, não se fixando metas qu<intrtauva$ para a contenção do ritmo de alta de preços, ano a ano.

Em outubro de 1B70 foi divulgado o Pro­grama de Metas e Bases para Ação do Governo, não para constituir um novo plano global, mas para formar base a dois novos instrumentos a serem submetidos ao Congresso Nacional: o Orçamento Plurianual de Investimentos, com vigência no período de 1971/73, e o primeiro Piano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, para vigência no período 72/74.

De fato estes instrumentos foram aprovados em setembro de 1971 pelo Congresso, manten­do a orientação traçada pelas Metas e Bases. (Breve observação sobre 3 seqüência dos planos de governo de agora sm diante).

Institucionalmente. as características mar­cantes do primeiro PND é a de ter sido o pri­meiro Plano de Desenvolvimento a ser aprovado pelo Congresso Brasileiro nos üíumos 20 anos (desde a aprovação do Plano SALTE em 1950} e tíe constituir-se basicamente nos documentos de diretrizes e estratégia gerai d*3 desenvolvi­mento.

Além do Orçamento Plurianual de Investi­mentos, também aprovado pelo Congresso, di­versos outros atos executivos, programas espo-

5

ciais, setoriais e regionais, complementam a ssstemética do Planejamento do primeiro PND. da qual passaremos a falar em seguida para, por último, comentar o comportamento da Eco­nomia Brasileira, especial mente no que se re­fere ao terceiro Governo da Revolução.

ESTRUTURA ATUAL DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO

A partir oe 1964 — e mais particularmente depois da Lei da Reforma Administrativa de 193/ — foram assentadas firmemente no Brasi* as bases para a montagem cie um sistema de planejamento permanente, flexível e 'jmâmioo com base no Ministério do Planejamento e Co­ordenação G*- ai. qu*? ac^mjia a função *tu -li­beração do piano geral de Governo, coordena­ção de programas setoriais e integração dos pianos regionais (SEPt.AN). para tanto dispôs? o MPCG dos seguintes instrumentos oásicos. ela­boração dos orçamentos anuais e piurianuais (SOF); realização o* estudos e pesquisas (IPEA). Supervisão da modernização e reforma admi­nistrativa (SEMRA); Coordenação das Transfe­rências aa União para Estados e Municípios (SAREM), da assistência técnica estrangeira (SUB)N) e do sistema estatístico naciona» (íSGêk financiamento .1$ o**-investimentos (FINEP) e de projetos de desenvolvimento (BNDEi

Ssstema CIQ Planejamento

"O Programa de Acompanhamento consti­tui atividade permanente dos crgS.cs que inte­gram o sistema de planejamento, e tem por ob­jetivo a avaliação aa execução, rev»são, com-plementação e aperfeiçoamento dos Planos Nacionais de Desenvolvimento e respectivos h*siriirnenros oe implementação, principalmente através de:

a) análise do desempenho giobal da eco­nomia e do comportamento dos seus setores prioritários, face ás diretrizes e mttas estabele­cidas nos Planos Nacionais de Desenvolvimen­to;

b) avaliação Sistemática do progresso al­cançado na execução dos programas e projetos incluídos nos referidos Pianos;

c) identificação dos ponioi- de estrangula rnento e obstáculos institucionais que retardem, dificultem ou limitem a consecução aas metas e a execução desses programa** - projetos.

Por outro lado. conforme asbinaia o Mi­nistro João Paulo Velloso. 'a tUoStfja de pla­nejamento que se tem procurado institucionali­zar no Brasií se -caracteriza por planejamento como instrumento de racionalização da peKttca

do desenvolvimento, não devendo cs aspectos mecânicos do planejamento — projeções, mo­delos econométncos. relevantes, sem dúvida, receber ênfase excessiva, planetamento como atividade permanente, inserida no oròono fun­cionamento ca máquina governamental, desde os órgãos de direção superior ate os de peri-*ena. e octaaa de mecanismo de r vi>áo. pla­nejamento voltado para a execução, com ênfa­se na montagem da estrutura técnica das Secretarias Gerais e órgãos de pesquisa, trei­namento de equipes mecanismos de implemen­tação e reforma administrativo- planejamento aberto, permMintío o acesso da empresa primada e das oiterentes categenas sociais aos diversos estágios de formulação e execução"

Meus senhores Na óücaúa de 60. Brasília se revelou corno

a imagem viva de um novo e grwí.J<o*o pais, a síntese da evolução e do progresso que o Brasil começou a conquistar, maravilhando o mundo pe!o poder cie realização.

Dez anos depois, outra obra de engenharia lança no chão o caminho do porvir e escreve na terra o nosso próprio compromisso com o futuro".

A Transamazónica e a Cuiabá—Santarém poderão transformai-se, nos próximos anos, no marco da civilização humanista tropical, cujos alicerces estão sendo lançados, em todos os setores da economia brasileira, para que se atinja simultaneamente o progresso material e social em nosso pais.

'A Transamazónsca sera uma vf*r#da aberta ao nordestino para a coiomzaçâo de enorme va­zio demográfico e o inicio da exploração de potenciais até então inacessíveis' Ela **stá sen­do aberta, porque a Amazônia, com 56% do território brasileiro, é habitada por menos oe 4% aa sua população, ou seja. 1 habitante por km-'. Permanece praticamente cemo nos foi le­gada por nossos antepassados, pf-ias gerações que se sucederam desde a Descoberta do Brasil. Temos, portanto, o compromisso de preservá-la e. mais do oue ;sto. de conquista-la e civinzâ-fa, em beneficio das gerações de brasileiros que nos sucederão.

A. conquista da Amazônia porm<íirá. ainda, maior integração do Brasil com os demais paí­ses do continente sul-americano, porque atual­mente 7?% das fronteiras brasUv ras com os países oa América Latina, ao Norte e Oste, são praticamente macessaeis

Quatrocentos e setenta anos depois do Descobrimento, a Transamazômca foi a resposta a um desafio e a solução para o QHH se julgava insoiúvei. E permitirá o acesso a riquezas sem posse efetiva e ao espaço sem ocupação Sin*

tese ÜO próprio momento brasileiro, é a prova material, a demonstração ao vivo de corno criar urna civilização nos trópicos.

O pais toi mobilizado para realizar a inte­gração nacional, não permitindo qus fiquem à margem do processo de desenvolvimento re­giões como o Nordeste e a Amazônia. Vamos expandir a fronteira econômica, para tirar par­tido da nossa dimensão continental, e vamos aproveitar ao máximo os recursos humanos, abrindo também a possibilidade de melhoria das condições de vida.

O Programa de Integração Nacional (PlNj compreende, principalmente:

1) a construção da Transamazônica e da Cuiabá—Santarém;

2) a colonização na região cia Transama­zônica, com o surgimento de núcleos ao longo da rodovia:

3) o levantamento sistemático, por meio do Projeto RAOAM, de toda a laixa territorial de influência do Programa, para obter mapas e cartas temáticas de sua topografia, cobertura vegetal, geológico e geomorfolôgica. natureza e potencial dos solos, drenagem de superfície, etc;

4) o Plano de Irrigação do Nordeste, desti­nado ao aproveitamento de vales úmidos e a elevação de produtividade da faixa semi-árida, para irrigar 40 000 hectares, até 1974;

5) a implantação de Corredores de Trans­porte, ao Nordeste, para levar os produtos agrí­colas e manufaturados a todos os centros con­sumidores da região e. inclusive, permitir a exportação, em larga escala, para outros pontos do país.

A Amazônia e o Nordeste somente passarão a ter o nivel de desenvolvimento de outras re­giões brasileiras, se conseguir fixar o homem à terra, e esta a função do PROTERRA, que atuará:

1) No apoio ao pequeno produtor, princi­palmente ao desprovido de terra e ao proprie­tário do minifúndio.

2) Na implantação de projetos agrícolas com sentido empresarial, para expandir a em­presa agrícola no Nordeste e Norte Além de financiamentos a iongo prazo e juros baixos, que assegurem a rentabilidade dos projetos e permitam elevar a produtividade básica da re­gião, será facilitada a comercialização, para abrir também frentes de exportações em larga escala.

O Plano Nacional de Oesenvo*vimento es­tabelece, em particular no Nordeste, amplo programa de industrialização de produtos agrí­

colas, como por exemplo, das frutas nacionais típicas da região.

Contudo, há que se reconhecer que o Brasl! ainda é um país pobre — ou seja, com nível* do renda per capita e de produtividade baixos, segundo os padrões de áreas desenvolvidas.

Esta pobreza está iigada a três fatores, fre­qüentemente cumulativos:

— atividades aconômicas de subsistência (como, pot exempio, a prestação do serviços, nas zonas urbanas, de em­pregadas domésticas, lavadores e guar­dadores de automóveis, e, na faixa semi-árida do Nordeste, agricultura de subsistência, isto é, plantar para comer, sem vender nada do que se produz, porque é pouco e mal atende ás neces­sidades de quem planta;,

— pobreza regional (mesmo nas regiões consideradas mais desenvolvidas do pais há municípios e áreas do campo que não foram beneficiadas com o pro­gresso que chegou ao resto da região, isto. para não falar nas regiões que sempre foram pobres e que. assim, pe­sam negativamente, no momento em que se faz o cáiculo da renda per captta brasileira. A solução será eleva-las aos niveis de progresso aas demais regiões);

— baixo nivel de educação, que deixa mi­lhões de brasileiros marginalizados e impede que tenham as mesmas oportu­nidades de progresso material, ofereci­das pelo exercício de prbfissões mais bem remuneradas.

Em outras palavras: as camadas de renda baixa, no Brasii, estão nos setores ou regiões de produtividade anormalmente baixa, situação agravada pelo analfabetismo ou insuficiente instrução.

Esse tipo de pobreza somente será elimi­nado por :mia política nacional de desenvolvi­mento. Por isso, o governo atribui prioridade à transformação econômica do Nordeste, princi­palmente no setor agrícola; à ocupação econô­mica da Amazônia, à revolução na Educação, na Saúde e em outras áreas sociais, à expansão acelerada do emprego nas zonas urbanas, para evitar a proliferação dos serviços de subsistên­cia.

Articula o crescimento econômico « a po­lítica de distribuição de re^da dentro de uma estratégia que simultaneamente garante a pre­servação da expansão do Produto Interno Bruto a taxas entre 8 e 10% ao ano e qu* conduz progressivamente a melhor distribuição do pro­duto nacional, através de programas oem defi­nidos. Para estes objetivos, os seguintes instru-

r

mentos de ação econômica *èm sendo utiliza­d o s .

A revolução tecnológica mundial principal­mente nas «itimas duas décadas, repercute profundamente sobre o desenvolvimento indus­trial e o comércio imernacionai. passando o crescimento econômico de qualquer pais a ser cada vez mais determinado peto progresso ttc-nológlo.

Outra realidade, além da revolução tecno­lógica que se vetrt iea em todo o mundo, é a presença crescente da empresa mul t inacional , a grancta empresa coo» fábricas e escritórios em vários países e que, por seu vulto, domina o mercado internacional.

Dentro da estratégia tecnológica para o Brasil, o Plano Nacional de Desenvolvimento procura fortalecer o poder de competição da empresa Brasrfeira, pnnaipaimente nos setores prioritários, ê preciso suplementar a importação de tecnologia, com a adaptação tecnológica e o esforço de criação própria. Em outras palavras 0 Brasil precisa, para garantir o seu progresso, utilizar ao máximo a capacidade técnica e inte­lectual dos brasileiros, a #im de que os nossos empreendimentos possam competi? de igual para igual com o eneibor que é produzido no ex­terior ou pelas empresas multinacionais.

O awmt.iT*. do pc-aer competitivo da indús* tria na ianal. miilspsr,sá*Al § expansão dç mer­cado, interno e externamente, depende de maior esforço de elaboração tecnológica interna. No Brasil de hoje, destinam-se recursos maciços, para desenvolver áreas tecnológicas prioritárias, compreendendo:

— incorporação de novas tecnologias, principalmente: Energia Nuclear, Pes­quisa Espacial. Oceanografia.

— Desenvolvimento de indústrias intensi­vas de tecnologia, como a Indústria Química, Industria Eletrônica. Siderur­gia, Indústria Aeronáutica (primeira fa­se), com ampliação simultânea da ca­pacidade interna de pesquisas.

— Consolidação da Tecnologia de Infra-estrutura, no tocante à Energia Elétrica. Petróleo, Transportes, Comunicações.

— Programa intensivo de Pesquisa Agríco­la, notadamente com relação âs princi­pais culturas, à agricultura d<> "cerra­dos", às técnicas de irrigação, a ô tecnologia de alimentos tropicais.

Na Guanabara, será implantado pelo Gover­n o Federal complexo tecnológico que reunirá o s centros ae tecnologia das principais empre­sas e instituições federais, notatfamenty quanto 1 infra-estrutura * indústrias básicas. Esse com-

pí-axo inr luirá. entre outros» os Cbntros de Tec­nologia. d<* Petróleo, de Energia Elétrica, de Pesquisa Mineral, de Pesquisa Nuclear, de Te­lecomunicações e de informsttca

O programa definido pfrio Governo, e que está em execução, procura fortalecer a infra-estrutura tecnológica e a capacidade de inova­ção da empresa nacional, privada o pública, mediante:

— cnaçào da grande empresa nacional e empresas multinacionais brasileiras (isoladamente ou em associação com capitais externos), para promover ex­portação em setores de tecnologia complexa.

— política de Modernização Tecnológica e Administrativa da empresa nacional, privada e governamental.

— incentivos â inovação dentro da empre­sa, mediante: cooperação financeira do Governo às instituições de pesquisa criadas pela iniciativa privada; política de induzir ui empresas estrangeiras a dotarem suas subsidiárias no Brasil de orçamentos piurianuais de pesquisa; isenções fiscais á compra de equipa­mentos para laooratorios de pesquisas, importados ou de fabricação nacional; isenções fiscais para certgs tipos de dis-pêndios realizados em pesquisa, polas empresas

Além disso, promove-se a integração In-dustria-Pesquisa-Universiaade, como núcleo fundamental de uma estrutura nacional integra­da de Educação/Ciência-Tecnologia/Empresa Esta integração está sendo Impulsionada me­diante:

— Disseminação ô consolidação dos cen­tros de integração Universidade-lndús-tria ou Escoia-Empresa, para assegurar programas sistemáticos de estágios ae estudantes em empresas, para comuni­car ao sistema universitário as necessi­dades quantitativas e qualitativas do se­tor privado quanto a formação de pro­fissionais, e para permitir a realização conjunta de projetos de pesquisa.

— Adoção, pelas instituições de pesquisa governamentais, de programa sistemá­tico do articulação com o setor produti­vo nacional, principaimente pa-'3 disse­minação do resultado de seus estudos.

— Realização de convênios do Governo com as Universidades, para aue estas procedam (isoladamente, ou em con-lunto com entidades governamentais) a estudos de desenvolvimento regional, ou

8

a pesquisa* aplicadas, cs interesse de planejamento econômico e sócia!

— Ampliação dos esquema* de participa­ção do estudante nos programas de de­senvolvimento, a exemplo do Projeto Rondon, da Operação Mau& a do Pro­jeto integração

Ê, por outro lado. idéia hoje generalizada, em todos os países do mundo, de que cabe à sociedade prover, a cada ano. padrèo de vida superior ao do ano anterior, a iooas as camadas da popu&ção.

Transforma-se o v«apk&!&mo no que poda­mos hoje chamar^ ^ a ^ ; ^ m^dA*?^ <áe jywr»

em goe o objeHvo cresaimeíiio consti-

mi mística não apenas para os países subdesen­volvidos, como também para os desenvolvidos.

Poderá o Brasil se afirmar na condição de potência inte?mediana, emeigiodo, progressü-vamnete, como sociedade desenvolvida e como grande potência. O Pais constitui, realmente, uma economia altamente dotada — em dimen* são territorial, recursos naturais, recursos hu­manos, capacidade empresarial e fécn<c& — e cujo potencial se pode, sem demora, efetivar

O Brasit, mercê de uma experiência de desenvolvimento bem sucedida, vru construindo o seu modelo nacional de <Jesenvc*vím 3CUK Uo* üeAo qtm consubstancia a experiência hun<ana brasileira na sociedade de nossos dias.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATOllCA DO RIO GRANDE DO SUL FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM

PROBLEMAS DE DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO E SOCIAL - CEPES doc.plaec-09/76

Trabalho Pratico de Grupo a Ser

Apresentado em Aula sobre

PLANEJAMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

Prof, Ney Marques

Tendo em vista o "Diagnostico da Realidade Econômica Brasileira —

1947/1972" efetuado na disciplina de Desenvolvimento Econômico Brasileiro (DE-

SEC) e levando em conta, aindai

aj Os objetivos econômicos o sociais, com respectivas ponderações, defi

nidos no Quadro N2 1;

_b) Os setores produtivos enumerados no Quadro N2 2,

pede-se:

1 - Elaborar uma escala de prioridades para o investimento público direto e in

direto, através do Método de Coeficientes de Intencionalidade.

2 - Construir uma Matriz de Política Econômica, conforme o modelo anexo„

QUADRO NS 1 OBJETIVOS ECONÔMICOS E SOCIAIS COM RESPECTIVAS PONDERAÇÕES

N9 de

Ordem Objetivos Pesos

01

02

03

04

05

06

07

03

Redistribuiçao Pessoal da Renda

Diminuição da Desocupação da Mao-de-Obra

Ampliação do Mercado Interno

Diminuição da Vulnerabilidade Externa ..

Adequação Tecnológica

Manutenção da Inflação sob Controle ....

Manutenção da Taxa de Crescimento ......

Diminuição dos Desequilíbrios Regionais

T o t a l

3

3

1

1

2

1

1

2

14

QUADRO NS 2

SETORES PRODUTIVOS ESTRATÉGICOS PARA 0 INVESTIMENTO PÚBLICO DIRETO E INDIRETO

Ns de

Ordem S e t o r e s Observação

01

02

03

04-

05

06

07

08

09

1 0

Lavoura

Pecuária

Mineração

Industria

Transportes

Energia (*)

Comunicação

Educação (inclusive Desenvolvimento Tecnológico) (*)

Saúde (inclusive Saneamento) (*")

(*) Setores

que demandam

construção em

maior escala

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÕLICA DO RIO GRANDE DO SUL FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA

CURSO ESPECIALIZAÇÃO EM

PROBLEMAS DE DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO E SOCIAL - CEPES doc.plaec-10/76

CASO NUMÉRICO COM EMPREGO DO INSUMO-PRODUTO

E SISTEMA SIMPLIFICADO DE ORÇAMENTOS ECONÔMICOS NACIONAIS

Prof. Ney Marques

O Ministério de Planejamento de um país hipotético dispõe da seguin-

ta informação econômica, em milhões de MT$ a preços constantes:

A - Ano Base (1971):

• « • o e a o e o a a v o a e a c v a

> o a o e « o t i e o a e a o a o »

i • o « a o o e

a a o o o o o o c a o o a e a a a u o v a c o o a o u ^ ^ ^ ^

e c o o e e u o o

o o s a a o a o a a s

I00300000U

c o a ü ü t í o o o ü n o a

• » 3 o a » * a a o e « a

e a a a a a s a » t> • c %

o a o a o a a o a a t i a o

o w o o o o â s u o o a o

o a a a a o a o o a s a a

da população

PrOdutO íntSmO brutO ttoaoooeaonsceaeeatfooaoeçíao^ccuaoooso^o

Importações de bens e serviços . c o o e o o . c i e o o a u o o . o

Exportações de mercadorias e serviços 0 * „ s c c a .

Investimento de procedência nacional . • . • „ V a o o

Investimento das empresas,,».

Investimento publico direto .

Aumento das existências das empresas .

Consumo total

População, em milhões ..

Coeficiente de mao-de-obra em relação ao total

Saldo do balanço de pagamentos ...........»»,>»

Recebimentos de juros do exterior . . . . . . . . . o o .

Remessas de juros ao exterior „ o o e o . „ » « , „ . . 0 . 0 o

Recebimentos de lucros do exterior o a

Remessas de dividendos ao exterior

Transferencias correntes recebidas do resto do mundo .

Transferencias correntes efetuadas ao resto do mundo ,

Investimento estrangeiro direto „ „ o l j : , c o o < i n . . o c » a . . » . c , . . 0 e o .

Remessas de reservas para depreciação ao exterior „

Utilização de créditos externos obtidos a longo prazo

Amortização de créditos externos de longo prazo ......

Importação de matérias primas e outros inaumos . o . . . . . . . . . , «

Poupança das empresas . . . . . . . o o . . o » * . . . . * . . . »

Superávit do governo em conta corrente . . 0 . o * . « a o » . < > ? o < > e . . . *

Coeficiente produto—capital . o o o c o o ^ i í a c o o . . 0 3 ^ = ^ 0 0 . o o » o o » » » j

Qensidade de capital por pessoa ocupada, em unidades monetá­

rias , l | l l , I l I M I I i l l C M I I O > > M l t l l l ' l i D I I I I I > i i < l M > l « > l |

Coeficiente de depreciação . . . « • . , . • • • . . • „ » . . . * . « » < , • , > . » i < > « « < >

B r- Ano de 1972 (Projeções):

Taxa de crescimento demográfico . « . . t > S c o S o . . , e . . . . . . . . . . » . . . »

Importações de bens e serviços interme; larios 0 l ),,.,,.,,,»,.

Produção nacional de bens e serviços de capital .....

Porcentagem de aumento das exportações ......„.„............

Transferências correntes com o exterior, recebidas e efetua­

das . . . O . . . B . » . . . . . . . . . . 3 . . . . . . . .

MT®

a a a * a « « B * a s e s

o o e o a a o a a a a v a

o « a » a a « < » a ú t « *

d I O M « « M O f l t) « « a a t fl

« a o f * *

v • O P Q *

1 a o a e tf

a » • 1

2.540,0

6fíÜ,0

820,0

380,0

400,0

ieo.,o

3G,0

leGOOjO

10,0

0,35

zero

zero

100,0

zero

140,0

zerc

260,0

200,0

3G0,0

360,0

240,0

100, Ü

0,50

1 06JUU , ü

ü, 05

2 %

386,0

zero

Convênio Cepes-plaec PUC/FDRH/FEE 10/76 - 02

Entradas de capitais estrangeiros a longo prazo .„<,<>.o .« . B O O MTÜ 220,0

Recebimentos de juros e lucros do exterior 8 o » o o o e o » « 0 » o c U t i » zero

Saldo de capitais, créditos e outros movimentos de curto pra

ZO i i i « g B g i t « H 9 t c M f l i « » i 0 t B t i t c i 9 t i ) O B H M t n i v c D a « e a c u u B ZBrO

índice do valor unitário das exportações aBa,.<,t,.<>a0<,o.„<,<,<,<, 110*0

Idem das importações nncaaooaBeoooaaeaaaoaaeaooaooeccocacaoa 10L»,0

Lucros retidos pelas empresas 0 a o . < . J o e . . o s o . < . o » < > 0 . . « 1 0 0 j l o o 18,0

POUPANÇA dO gCVemO o u w e e a s a o & c o u o e d a a o n c B a a a a a a o e a a o a e e o p a i » 14U , 0

Reservas para depreciação das empresas . . „ . » . . . • « . • • » < ) « , « « o < > > 238,4

Investimentos diretos do governo . „„«..,«...»,„ „.. „.., * * 280,0

Investimento das empresas PRIVADAS •„ = £ , „ , , , , * „ , , . „ * „ . , • • » . . » . « . o » 354, 2

VARIAÇÃO nas existências da economia „. = ..• « a n o . . u . . . o , . . = «O<J ZERO

0 - Os estudos e projeções efetuadas indicam, ainda, que os coeficientes:

a) Produto-capital;

h) Densidade ds capital por pessoa ocupada;

cl Os depreciação; e

tí) Da força de trabalho em relação ao total da população

permanecerão constantes em 1972 e 1973, com respeito ao ano de 1971 p

D r- Projeções d a Demanda f inal, P3T3. IZ 7 9/

Bens e serviços de consuma produzidos pelo setor 1 ««staoo» MTÜ 320,0

Bens e serviços d e capital produzidos pelo setor 2 , e 3 3 t . C I ( • G0,0

Idem, idem pelO Setor 1 s . o c a o o a o a a a a e i s a a o a o o c ü B n c a a s a i v u o u 40,0

Idem, idem p e l O SetOr 4 a a n a o o : > o c a o « t > a B a ; > a a u a t > a r . a o p c - a a a a o a n 200,0

EXPORTAÇÕES EFETUADAS PELO SETOR 2 a o 0 o » o 3 o 0 í y o a o Q o . 0 a Q t ! o « » 8 « 22, U

IDEM PELO SETOR 3 a j o e ^ c a o u u u a u e c u R ^ O R G O G o o a e a o o c i g a o c o a e a G a o 5 1 j 0

Produção do setor 4 para atender a demanda final e 0 o o a a 0 » a o o 744,0

Produ ÇAO final dO SetOr 1 a a e o o e o c a a e o o a e o a o o a o e a t i & a j u e a a s u e a 566,0

I ~ Matriz de Coeficientes Técnicos de Insjurnos Nacionais

0,02 0,10 0,12 0,10

0,10 0,05 0,15 0,05667

0,16 0,25 0,05 0,13333

0,12 0,225 0,08 0,03333

'7 ~ Vetnr^Filgt de ngpfiç^.BNTES Técnicos ds Insirnios Importados:

Qo.05 0,025 0,05 0 , isj

G Mâllíil ÉS. S£3Hͧit£E Pintos a Indiretos;

0,19825 0,18153 0,15136'

lp15690 0,21464 0,12686

0,38353 1,16338 0,21333

0,32562 0,16877 1,10047

1,08881

0,16863

0,25519

0,19553

ES — t U Convênio B I B L I O T E C A Cepes-pl PUC/FDRH/FEE 10/76 -

H - Coeficientes Produção Bruta - Capital Setoriais:.

Setor 1 - 0,9; Setor 2 = 1,5; Setor 3 = 0,8; Setor 4 =1,3

I - Pede-se, para o ano de 1972:

1 - Projetar os orçamentos econômicos constantes do modelo anexo, sabendo

que tanto as saídas de juros e lucros, como as de capital e créditos a

longo prazo ficam constantes com relação a 1971 e que as metas fixadas

foram as seguintes:

a) Taxa de crescimento econômico em 1973 „„„„»„„„,„. B„ B 0 7 °/>

b) Taxa de crescimento do consumo por habitante em 1972 5 %

2 - Calcular o montante de créditos externos que o país necessita contra­

tar a longo prazo, a fim de compatibilizar as metas fixadas»

f * 3 - Determinar o incremento do nível monetário coerente com a meta de in-

fiação fixada — de 20 % — supondo que a velocidade-renda do dinhei

ro permanecera constante em comparação com a do ano anterior, isto e,

com valor 4,

4 - Elaborar uma Tábua de Transações Econômicas, considerando os quatro

detorss ú-3 produção nisnuior.aciet:8

5 - Quantificar o montante do capital fixo de cada um dos setores de pro»

duçao mencionados, compatível com a informação disponivel,

6 - Formular hipóteses sobre transferencias financeiras realizadas entre

as quatro entidades conhecidas das contas nacionais ("empresas", "pes

soas", "governo" e "resto do mundo"), de modo a compatibilizar os mon

tantos de poupança e investimento de cada entidade, considerando que

as pessoas e o resto do mundo nao efetuam inversões diretas.

# * *

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÕLICA DO RIO GRANDE DD SUL FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA

O PLANEJAMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM

PROBLEMAS DE DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO E SOCIAL - CEPES doc.plaec-11/76

Prof, Juan Prado,

da Equipe CEPES.

•Çqpsídgre^aes Gerais O planejamento econômico e social e o pro—

cesso através do qual a atividade econômica

e socxal e projetada no tempo. Nao signifi-

ca, porem, a simples elaboração de planos de desenvolvimento econômico e so—

ciai, mas a implantação de um sistema em que participem ativamente todas as v— nidades — de produção e de utilização — que integram a atividade econômica.

0 planejamento e, então, mais que uma simples técnica: expressa uma doutrina e

conomica que, para os países subdesenvolvidos, torna-se necessária tendo em vis

ta que a situação de atraso de suas economias e os desequilíbrios cada vez

mais acentuados entre sua produção e consumo obrigam a adoção de novas posi-

çoes e de novas condutas na política econômica desses países.

0 planejamento econômico foi adotado em forma ampla nos países

socialistas, como a União Soviética, e, em forma parcial, em outros, como os

Estados Unidos. Por outro lado, os organismos de caráter internacional sugerem

a implantação do planejamento nos países subdesenvolvidos e cooperam nesse sen

tido, A divulgação e aplicação do planejamento foram, porem, restritas a sua

parte técnica, deixando de lado a parte doutrinaria da adoção de uma nova poli

tica econômica para os governantes e uma forma de conduta para as diferentes u

nidades que participam da atividade econômica,

0 planejamento econômico nao pode ser tomado como um objetiva cm

em si, mas sim como um meio de desenvolvimento econômico compatível com os an­

seios de melhores condições de vida, a curto, médio e longo prazo, No entanto,

a experiência latino-americana mostra que o que se faz em matéria de planeja­

mento, nada mais tem sido — pelo menos ate o final da década de 1970 — do que

a simples elaboração de planos que nao chegam a transformar-se em meios de de-

senvolvimentc socio-economico e nao passam de trabalhos realizados por organis

mos nacionais de planejamento em cooperação com os organismos internacionais

que os assessoram, com destino certo as estantes das bibliotecas especializa-

das, tao somente.

As aspirações da população foram incentivadas com o surgimento

de uma nova esperança: o planejamento. Porem, este nao respondeu a esses an-

seios e a desconfiança e a desilusão originadas vieram a constituir-se em fa­

tor negativo para o planejamento que exige, como foi mencionado, a participa-

çao conjunta de todos os que atuam na atividade econômica.

Podem ser considerados dois os requisitos fundamentais de um pro

cesso de planejamento: o primeiro, a crença do governo no planejamento e sua

decisão de implanta-lo, dirigi-lo e executa-lo; o segundo, a aceitação a a to­

mada de consciência de empresários e consumidores de que o sistema de planeja-

Resumo de aula> sujeito a ampliação e revisão pelo autor.

Convênio PUC/FDRH/FEE

Cepes-pl 11/76 -

mento e o meio eficaz de diminuir as pressões e os desequilíbrios econômicos,

sociais, políticos e culturais das comunidades subdesenvolvidas.

Por outro lado, o planejamento em muitos casos foi mal organi­

zado. Pretendendo- planejar toda a economia de um país, os técnicos tem se ba­

seado na analise de pequenas áreas e pequenos ramas da atividade oconomica,

provocando como resultado a falta de funcionalidade do planejamento. Isto le­

va a concluir que, se se quer planejar toda a economia, deve-se pesquisar e a

nalisar todas as regiões e tpdos os setores que compõem a sua fronteira» Isto

deve ser feitc de forma coordenada por um organismo central e realizado de for

ma setorial e regional. De outro ponto de vista, pode-se explicar a falta de

funcionalidade do planejamento pela pratica usual da simples elaboração do pia

nos que, sob o nome de planejamento, mantiveram as mesmas estruturas e as mes

mas politicas econômicas que sustentaram os tradicionais desequilíbrios, ain­

da encontrados atualmente e talvez com maior intensidade nas áreas mais atra­

sadas»

Se o planejamento constitui uma fórmula para dar solução aos

problemas que caracterizam essas economias, tem de ser exequivel e para isto,

e necessário que a atividade econômica seja executada de forma compatível com

os planos a que deu origem.

Fronteiras, Esferas e E importante definir no planejamento a a

Níveis do Planejamento rea geográfica que sera abrangida por es

se processo. Para tal efeito, consideram-

se tres fronteiras do planejamento: a)

fronteira supranacional; _b) fronteira nacional e c) fronteira infronacional„

A fronteira nacional pode ser considerada como a unidade prin

cipal das fronteiras do planejamento, correspondendo a area geográfica de ca

da país» A fronteira supra-nacional é definida como a agregação de fronteira,

nacionais, Nos últimos tempos, vem sendo discutida com bastante freqflencia a

definição de varias fronteiras supra-na ionais. Por exemplo: a Bacia do Prai;r;

o Grupo Andino, o Mercado Centro—Americano, etc. , A fronteira infra-naciona";.

significa uma parte da fronteira nacional, definida com critério político ad-

ministrativo ou economico-social. Como exemplo desta fronteira temos os vá­

rios estados, uma região como o Nordeste Brasileiro, o Vale do Tenessee,

Sul da Itália, etc, .

Consideram-so duas esferas no planejamento:

a) esfera publica;

b) esfera privada,

A primeira é aquela na qual as decisões sao tomadas de forma

centralizada e direta pelo governo, A segunda, a integrada pelas varias unida

des de decisão isoladas, ou sejam, as empresas privadas,

0 planejamento pode combinar as esferas com as fronteiras de­

forma a planejar-se, por exemplo, a esfera publica de uma fronteira infrann-

cionol, nacional ou supra-nacional, assim como planejar-se a esfera privada

qualquer destas fronteiras.

0 planejamento compreende três níveis:

Convênio Cepes-plaec PUC/FDRH/FEE 11/76 - 03

a) microeconomico;

b) setorial;

c) macroeconômicos

0 nível microeconomico se refere ao planejamento de uma empre-

sa, que, na terminologia econômica, chama-se projeto, 0 nível setorial, ao

planejamento de varias empresas com características econômicas semelhantes que

integram um setor, 0 nível macroeconômico representa o planejamento da ativi-

dade econômica global, ou seja, de todos os setores que compõem uma economia,

Da mesma forma que e possível a combinação das fronteiras e es

feras, pode-se definir o planejamento nos três níveis para as diferentes fro£

teiras e esferas»

0 esquema seguinte ilustra a combinação das diferentes frontejL

ras, esferas e níveis do planejamento;

FIGURA N2 1

FRONTEIRAS, ESFERAS E NÍVEIS DO PLANEJAMENTO

Convênio

PUC/FDRH/FEE Cepes-plaec 11/76 - 04

Os Prazos do Levando em consideração o tempo para o qual se vai

Planejamento planejar a atividade econômica e social de um pais

ou região, o planejamento pode ser de curto, médio

ou longo prazo, 0 curto prazo compreende um períc—

do de ate um ano, 0 médio prazo compreende um período de mais de um ate cinco

anos, 0 longo, um penodo maior que cinco anos» È evidente que esta definição

dos prazos e convencional e que, dados os avanços tecnológicos e as mudanças

na estrutura e comportamento social, poder-se-a diminuir o tempq para cada pra

Etapas do Planejamento Supondo-se cumprido o requisito da toma-

da de decisões com relação a implantar um

sistema de planejamento como meio de de-

senvolvimento econômico e social — o que por sua vez implica na divulgação am

pia do significado deste processo e na sua aceitação por todas as entidades

que nele participarão — as etapas do planejamento podem ser divididas em tres:

) /> Diagnostico - Se o planejamento significa partir de um ponto pa

ra atingir um novo ponto que represente níveis melhores de bem-estar econômi­

co e social, o diagnostico significa o conhecimento e a analise deste ponto de

partida, quer dizer, do período anterior ao plano, Este conhecimento implica

uma coleta de informações quantitativas e qualitativas sobre todos os aspec­

tos básicos e complementares da atividade econômica, quer dizer: informações

econômicas e sociais, como básicas; e informações culturais e políticas, como

complementares. Deste conhecimento da realidade, como parte do sistema do pia-«o»

nejamento, davem necessariamente participar todas as entidades que terão res­

ponsabilidade e participação na execução do plano,

Uma vez estabelecido o diagnóstico da economia, este deve ser

submetido, junto com as sugestões dele decorrentes, a autoridade que tomou a

decisão da implantação do sistema de planejamento, Esta deve convocar as re-

presentaçqes de todas as entidades que terão participação ativa na execução do

plano para discutir, decidir e responsabilizar-se por todas as atribuições que

lhes correspondam no processo dq planejamento. Isto e, com base no diagnosti­

co, deve se decidir, entre representantes do governo, das empresas e dos tra­

balhadores, sobre as medidas de política econômica a serem adotadas e que cons

tituirao p espirito do plano a ser elaborada,

b) Elaboração do Plano - Uma vez decidida a política econômica do f ~~ t """""V»1 n

pais, proeede-se a elaboração do plano, o que implica a adoção de um modelo

técnico de planejamento, Esta tarefa deve necessariamente contar com a parti-

Cipaçao de especialistas das diferentes araas a serem cobertas pelo plano.

Nesta etapa, tprna-se necessário compatibilizar as metas finais da atividade

econômica — os nivois de alimentação, vestuário, habitação, educação, etc,—

com a capacidade produtiva da economia, quer dizer, davam se discutir e compa

•Çibilizar os critérios dos médicos, educadores, sociólogos, e t c , com os dos

engenheiros, economistas, agrônomos, etc,

c) Execução e Controle - É a etapa que significa, em ultima anali-

se, a aplicação da política de planejamento econômico, na qual dever-se-ao cum

prir os objetivps definidos no plano, A função de controle e fundamental, nao

so para poder avaliar os resultados, como também para manter de forma perma­

nente o conhecimento da realidade econômica e social que se vem desenvolvendo

e que, apos cumprido o plano, permitira ter um novo diagnostico da economia.

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES . doe.plaec-12/76

CAPÍTULO I

A NECESSIDADE DE PLAHSJAR *

Moacir Colombo

CARACTERÍSTICAS"DAS ÁBEAS SUBDESENVOLVIDAS

Como sujeito c beneficiário do processo dc desenvolvi -

monto econômico e social, a população "busca no processo produtivo - através

da combinação dos recursos dc produção dc que dispõe - a quantidade c quali­

dade dos bens o serviços que possam satisfazer as suas necessidades, indivi­

duais ou coletivas, presentes ou futuras.

Assim como a população - no seu aspecto dinâmico — tom

sofrido crescimento nas áreas subdesenvolvidas - com acentuado processo de

explosão populacional - também as aspirações individuais e coletivas tem se

apresentado crescentes o dinâmicas, estimuladas que são polo bombardeio p u ­

blicitário o pelo chamado"cfcito demonstração". Essas duas pressões determi­

nam a urgência dc se incrementar o desenvolvimento econômico nessas áreas.

Juntamente com o desenvolvimento dos meios de comunica­

ção, as novas técnicas publicitárias têm estimulado as grandes massas popula

ciou i s das áreas menos desenvolvidas - principalmente da América Latina -

geralmente do baixo poder aquisitivo, dado a má distribuição da renda, o que

na imensa maioria das vozes não desfrute* de niveis satisfatórios de saúdo pú

blica e vive abaixo da condição minima do consumo.

0 contato com uma variada gama do estímulos, aliado à

grande esperança oriada polo planejamento - que não correspondem às oxpecta

tivas - provovou um "despertar" que consisto na tomada do consciência do

que a evolução tecnológica podo oferecer, na forma de bens o serviços, para a satisfação das múltiplas necessidades econômicas c sociais.

Entretanto, dado as características comuns dessas áreas

subdesenvolvidas * deficiente processo de formação do capital, baixa produti

vidade da mão-de-obra, falta do uma classe empresarial realmente empreondodo

ra e a ma distribuição da renda - as aspirações individuais e coletivas, na

maioria das vezes não são satisfeitas.

Intimamente relacionados com as características acina

descritas, sentimos ainda o reflexo do outros não menos importantes proble­

mas: os chamados Desequilíbrios Fundamentais, entro os quais a pressão infla

cionária permanente, o desequilíbrio do BaUanço de Pagamentos o o Emprego (

(ou Desemprego) Aparente.

Urge que medidas decisivas para a modificação dessas /

características o solução dos inúmeros problemas sejam tomadas de forma cons

ciente.

Parece claro que qualquer medida que vizo equacionar /

tais problemas, somente poderão alcançar melhores resultados, so baseada no

conhecimento das causas fundamentais e orientadas por um adequado processo

de planejamento econômico o social.

(*) 0 presente estudo foi elaborado mediante a utilização do conhecimentos

teóricos adquiridos no decorrer do curso de Especialização em Planeja­

mento Econômico c Social, e parte considerável da posição defendida es­

tá contida no livro "Analiso da Estrutura Econômica" do eminente profes

Convênio PUC/FDRH/FEE

Cepes-pla 12/76 -

A ESSfiHCIA DO PROBLEMA ECOflOHICO NAS ÁREAS STJBDESMVDLYIDAS

Para a satisfação das necessidades da população, qualquer

que seja a economia - socialista, capitalista ou sistema intermediário en­

tre esses dois extremos s o necessário equacionar os três problemas bási­

cos: l) Que tipos do bens produzir? 2) Em que quantidades? 3) Como combi­

nar os recursos de produção disponiveis, do modo mais racional possivel, no

processo produtivo?

É sabido que em qualquer sociedade, existe sempre, em maior

ou menor intensidade, a característica comum, que o a escassez relativa.

Assim é que, era áreas desenvolvidas, nr.s quais o capital é

recurso relativamente abundante - assim como a capacidade empresarial bas­

tante desenvolvida — poderá ocorrer que outro recurso, como a mão-de-obra

ou os Recursos Naturais, sejam relativamente escassos. Por outro lado, nas

áreas subdesenvolvidas notam-se na maioria das vezes a existência de rese_r

vas consideráveis de Recursos Naturais, geralmente não explorados adequada

mente, e elevados contingentes do mão-de-obra não especializada, bem como

a existência de uma classe empresarial deficiente o pouco dinâmica.

Essas áreas enfrentam, entre tantos outros problemas, o

da escassez relativa de capital e abundância de mão-de-obra desqualificada.

E Esses recursos disponiveis, deverão combinar, na melhor forma possível pa ra satisfazer as múltiplas necessidades econômicas e sociais.

Para essas áreas, a essência do problema econômico, reside,

fundamentalmente, no desafio que enfrentam, no sentido de resolver, da manei

ra mais racional possível, o contraste entre a multiplicidade, de fins a se­

rem alcançados e a escassez de recursos disponiveis.

OS RECURSOS PRODUTIVOS E A OFERTA

A disponibilidade de Recursos Produtivos é fundamental pari!

que o sistema produtivo possa - através dc combinação desses recursos - ofere­

cer à população aqueles bens e serviços que a mesma necessita para satisfa.—

zer as suas necessidades.

Esses recursos, compostos pelos fatores produtivos - capital

mão-de-obra e recursos naturais - e os insumos, quando racionalmente combina­

dos, vão mostrar, através da oferta de bons o serviçor oroduzidos, a potência

lidade e nivel de suficiência do paíz ou área cnclisac!:-..

Tendo em vista que a população tem importância fundamental

sobre a oferta do Bens e Serviços, através da ação dos Fatores do ProduçÚ

mão-de-obra e empresários - que compõem os Recursos Humanos empregados no pre

cesso produtivo, parece claro que essa oferta vai depender, en grande parte,

do nivel de qualificação desses recursos, medido cm tomos de adestramento d'~

mão-de-obra e do dinamismo da classe empresarial.

Dentro do processo de planejamento ê importante que se tenha

como objetivo a elevação constante da qualidade desses recursos de produza'-?

não apenas com vistas a uma elevação da produtividade, mas como medida do

se criar condições para o desenvolvimento econômico e social, e a melhor dis­

tribuição dos seus frutos..

A IMPORTÂNCIA DA OCUPAÇÃO DA M&O-DE-OBRA PARA AS ,AREAS SUBDESENVOLVIDAS

Parece evidente que o sistema produtivo devo oferecer ocupa»

Convênio Cepes-plaec PUC/FDRH/FEE 12/76 - 03

população, proprietária desso recurso, a condição essencial para a partici­

pação no mercado.

A capacidade de absorção da mão-de-obra pelo sistema produti

vo vai determinar a própria potencialidade do sistema em desenvolver os Beus mercados.

Sendo a demanda elemento estinulador do processo produtivo,

que vai determinar quais os "bens o serviços deverão ser produzidos, em que

quantidades c qualidades, 5 licito dizer que a capacidade de demanda sera

determinado po\o próprio nivel de poder aquisitivo gerado pelo sistema.

Através da ocupação da mão-de-obra, o sistema produtivo vai

dar aos proprietários desse recurso, a capacidade de demandar os produtos

que ôlc oferece. Logo, o próprio sistema vai deterninar quem vai demandar.

Se isto Q verdade, chegamos ao ponto crucial do problema em

foco.

Em termos qualitativos, qual o grau de adestramento da mao-

de-obra, nas áreas subdesenvolvidas?

Em tornos quantitativos, qual q, quantidade desso recurso /

que se oferece no mercado?

Em termos quantitativos e qualitativos, qual a tecnologia

empregada e qual a capacidade de absorção do capital fixo existente?

Em principio, o sistema produtivo deveria estar preparado /

para absorver essa não—de-obra que sc oferece, na qualidade o quantidade em que ela se apresento.

Sabemos, entretanto, que as áreas subdesenvolvidas possuem

abundância desse recurso, geralmente desqualificado.

Sabemos, ainda, que são importadoras de tecnologia e capital das áreas mais desenvolvidas, intensivos em capital, c altamente concentrado res da renda.

Isto posto, nos defrontamos com o contraste da abundância do

mão-de-obra que sc oferece no mercado, o a insuficiente capacidade do absor­

ção desse recurso pelo sistema produtivo. E mais ainda, com o paradoxo do

buscarmos na tecnologia a produtividade nem sempre existente na mão-de-obra

disponivel, provocando uma crescente concentração da renda e impedindo a cri

ação das suficientes fontes de emprego'.

A elevação constante da "densidade de capital" -"montante mó

dio de capital necessário para ocupar uma unidade de mao-de-obra " — ao mes­

mo tempo que exige um maior sacrificio da população, cm termos de poupança,

cria o problema da desocupação, bem como o atrofiamonto do mercado, consequên

cia imediata daquele problema.

Aqui, mais ainda sc evidencia a necessidade do planejamento.

Nenhum processo tdo desenvolvimento econômico o social, pode ser levado a efeito, sem uma melhor distribuição da renda, condição primor­

dial para a expansão do mercado interno o para a melhor participação da popu lação nos frutos do desenvolvimento.

E os reflexos da adoção de tecnologia economizadora de mão— de obra nas arcas on que o acompanhamento tcnnologico sc faz necessário — co mo o setor manu-^aturoiro - devem ser minimizadas com medidas tendentes a com pensar aqueles reflexos, entro as quais a adoção dc técnicas intensivas em mão—de-obra nos demais setorns.

ConviniQ PUC/FDRH/FEE

Cepes-plaec 12/76 - 04

Sònonto através do planojanonto condizente con as caractoristicas

e necessidades das arcas subdesenvolvidas c qmo se poderá alcançar o dcsonvql

vinonto econômico o social, sen un donasiado sacrificio para a população.

Para tanto, dovcn ser cunpridos os requisitos básicos do planejanen

to. A aceitação do planojanonto corno rncio eficaz de dininuir os desequilíbrios

o pressões, deve ser coletiva.

Em outras palavras, devo ter o tratanento do una necessidade a ser

satisfeita, da melhor forna possível, pois o meio eficaz de encontrar a rospo_s

ta para as aspr"r içooo individuais c coletivas da populiçãoe

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES doe.plaec-13/76

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES doc.plaec-14/76

C A P . I I I - OBJETIVOS B METAS ECONÔMICAS E SOCIAIS

Hassahiro N. Sakagami

Após o estudo da evolução h i s tór ica e da situação atual

(diagnóst ico) da economia, as autoridades de planejamento podem

lançar as bases do plano, em função daquilo que se pensa, de um

modo gera l , estar de encontro com as aspirações da co let iv idade .

Pode-se dizer que a f inal idade básica do planejamato é a~

ce l erar o processo de desenvolvimento econômico e soc ia l , mas o

Governo deve dar a conhecer o caminho escolhido, os pontos a se­

rem atacados com maior intensidade, o tempo a ser gasto no pro -

cesso, enfim, especi f icar os objet ivos gerais do plano e como a l

c anç a-lo s«

Diversos podem ser os objet ivos gerais do planejamento;

- a l t e r a r a estrutura produtiva;

- combater o desemprego;

- reduzir os desníveis regionais ou setor ia i s ;

m - melhorar a distr ibuição da renda;

- manter uma taxa de crescimento econômico elevada;

- controlar a inf lação; e t c . . .

l ixados os objet ivos gera i s , deve-se fazer um estudo mais

detalhado das informações disponíveis , bem como dos instrumentos

pass ive is de serem manipulados, considerando-se também as decisões

que possivelmente serão tomadas na esfera privada, para determina­

ção das metas a serem alcançadas pelo plano. As metas diferem dos

ob j e t ivoa gera is por serem expressos em termos quantitat ivos .

Por exemplo:

O B J E T I V O S T M E TT~S~" ~

Combater o desemprego Manter uma taxa de creacimen

to econômico elevada, ~

Controlar a inflação

Melhorar a distr ibuição da Renda,

Combater o analfabetismo

Criação de x n2 de novos empregos l ixação do "rg" em 10%

Limite da taxa in f lac ionár ia em 20%

Fixação da participação percentu­a l dos diversos estratos de Renda

Redução de 60% para 30% a percen-tagem de analfabetos .

Convênio Cepes-plaec PUC/FDRH/FEE 14/76 - 02

Ha. fixação dos objetivos gerais deve-se atentar para pos­

síveis conflitos que possam existir entre eles, podendo ocorrer

completo fracasso do plano se não houver uma certa coerência entre

os mesmos© Ha determinação das metas os conflitos e contradições

entre diferentes objetivos devem reduzir-se pela utilização de ins,

trumentos mais refinados (modelos de Contabilidade Nacional, infor

maçoes estatísticas, estudos de Econometria, etc)'. Kuitas vezos de-

v e-se optar por alguns objetivos e deixar de lado outros também

importantes mas que não são coerentes com a orientação que se quer

dar ao planejamento. Píirece-nos,por exemplo, que uma taxa de cres­

cimento do Produto muito elevada não é um oLjetivo compatível, si»,

multâneamente, com a redistribuição da renda, pelo menos a ourto

prazo.

Einalmente, lembramos que a fixação das metas não se cons­

titui num simples processo de projeção do comportamento dos diver*-

sos componentes da estrutura oconômioo-social, considerando-se tão

somente os recursos disponíveis, a produtividade desses recursos,

os investimentos programados, etc. Isto seria o que o Prof. Ney

Ilarques chama de "projeção de prognose ou prognóstico", enquanto

que a determinação de metas geralmente envolve um estudo mais re­

quintado para modificar a projeção da tendência histórica, o que

seria, nas palavras do mesmo autor, "projeção com intenção w, ou o

que se pode considerar planejamento propriamente dito,

ms/.

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES doc.plaBc-15/76

CAP.IV - A ELEIÇÃO DO MODELO

Osvaldo Calzavara

Estamos dianto do uma realidade que dovc ser transfor_

mada para melhor atender às necessidades dinâmicas e crescentes de uma -

população. Seja, por exemplo, a Realidade Sócio—econômica de um país.

Então aparecem as interrogaçõess por onde se deve começar ? Como equa­

cionar a problemática existente ? Que instrumental deverá ser utilizado

para a transformação da realidade ?

Para se encarar o problema na sua devida amplitude se faz necessário a -

eleição de um modelo de trabalho. Um modelo que possibilite uma visão -

clara das variáveis do sistema econômico, sua importância e modalidade -

com que elas se relacionam.

0 modelo do relações funcionais escolhido deverá ser~

tal quo melhor expresso a interrelação existente nas variáveis do siste­

ma econômico5 seria o mais apropriado à realidade socio-econômica do

país específico, livre dos vícios de modelos tradicionais—acadêmicos —

construidos sobre idéias e situações já superadas.

Um modelo específico assim evitaria a aplicação do idéias desvinculadas-

da realidade do país, concebidas em épocas distantes e em países estran­

geiros, com situações outras. Coisa que vem ocorrendo com freqüência

principalmente nos países subdesenvolvidos onde técnicos de alta forma­

ção européia ou americana tentam aplicar modelos estudados em cursos de

especialização fora do país de origem, e apropriado mais às condições —

dos desenvolvidos.

Os modelos do relações macrofuncionais podem ser uti

lizados com finalidade mais concoitual-teórica c com finalidade pratica­

do aplicação na realidade. Com finalidade teórica seria utilizado ate;

vésde instrumental matemático c estatistico principalmente, onde se f a ­

ria uma interpretação do funcionamento das variáveis do sistema econômi­

co. Através do uso de equações simples com as variáveis do sistema, o-.;--

mo por exemplos PIB = C * I - * E - M .

Na atividade prática o modelo pode ser cmpregaao co­

mo instrumental de análise da economia, explicando ex—post o seu f\xn - '

namento através das estatísticas obtidas das contas nacionais do pai.

Diagnosticada a realidade socio-econômica, o modoio

pode ser aplicado, ex-ante, com a finalidade de se obter resultados fu­

turos do desenvolvimento da economia em função da;.i decisões tomadas. Sc

ria o modelo de "decisão" ou instrumental do planejamento econômico e

social, isto é, um plano para a terapêutica da situação levantada-

OBSs trabalho realizado com fundamentos nas anotações de aula da discx

plina "plaec" ministrada no curso pelo Prof.Ney Marques.

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SOCIAL - CEPES doc.plaec-16/76

I ~ P. DIAfíHOSTICO DA F g ^ I M I S SÕCiq-BCONOMICA DE UM

PAÍS OU K3_GlSO

ÍTemósio Al toe

Tomada a decisão de implantar-se iam sistema de planejamen­

to como meio de desenvolvimento econômico e social de qualquer país ou região,

a primeira etapa a ser cumprida, para a concretização deste processo, denomi

na-se diagnóstico, porque, se planejamento significa partir de uma determina

da realidade para atingir metas fixadas que representem melhores níveis do

"bem estar econômico 3 social, o diagnóstico implica no conhecimento e análi­

se desta realidade, ou seja s do período anterior ao plano, atravós da coleta

de informações quantitativas e qualitativas, sobre todos os aspectos básicos

e complementares do comportamento e da estrutura do sistema produtivo.

Como informações básicas citam-se as econômicas o sociais,

tais como, dados sobre a composição da estrutura produtiva, utilização e pro

dutividade dos recursos, oferta e demanda internas o externas, os indicado-/

res per-capita, a distribuição da renda, e t c , e como complemontares, as cul^

turais o políticas, tais como, hábitos? costumes c crenças da população, or­

ganização jurídica o institucional do governo e t c , que direta ou indireta-/

mente influenciam no desempenho da economia»

Condição essencial para a perfeita realização do diagnósti

co é a participação de todas as entidades que torão responsabilidades na exo_

cução do plano.

0 diagnóstico podo ser dividido em três sub-otapas princi­

pais, a sabor1

a)Estudo da evolução histórica - representado pela analiso

ex-post do comportamento da economia, através das relações macro-funcionais/

das variáveis disponíveis polo sistema de contas nacionais do pais, referen­

te ao maior número do anos possíveis;

b)Análise da situação atual - efetuada por meio do informa

çõos diversas o complemontares, mesmo não oficiais, quo permitam um melhor /

retrospecto da economia nos últimos 2 ou 3 anos, já que, na maioria dos paí­

ses subdesenvolvidos, o sistema oficial de informações estatísticas só dis-/

põe do dados definitivos, para todas as magnitudos e agregados macro-oconômi

cos, após esto período do dofazagcm|

c)Projcção dc prognoso ou prognóstico - que consiste na

simples projeção para o futuro da tendência histórica e atual. Ê o conheci-/

monto cx-anto do como se comportará a economia, mantendo-so inalteradas as

condições quo determinaram este desempenho anterior. Ê um aspecto importante

da planificação, mormente no sentido do justificativa da necessidade do pla­

nejamento como meio corretor das distorções negativas naturais observadas no

sistema produtivo.

0 estudo da evolução histórica devo sor efetuado através -

da análise econômica o social do períodos o não orn função de cada ano isola­

damente, polo fato da existência do prazo do frutificação dos investimentos/

c dos resultados a médio o longo prazo dc certas políticas adotadas cm deter

minado ano quo, se não considerados;, poderão distorcer o diagnóstico.

A determinação dostos períodos dc análise é feita normal-/

monto dc duas maneiras. A primeira c fundamentada no próprio comportamento -

da economia, método mais tradicional, que consiste em se fixar» nor c r c i r m l o .

Convênio Cepes-plae PUC/FDRH/FEE 16/76 - 0

poríodos do governo

A elaboração do diagnóstico c de fundamental importância -

para a concretização o susosso do planejamento, não o um processo estanque o

sim do ajustamentos o aproximações sucessivas com o fim do obter-se o ;r--/

foicoamento máximo c as motas estabelecidas.

o espaço ontro dois anos do altas taxas do crescimento econômico (representa

das pólos "pácos", como no gráfico a seguir), ou então, ontro dois anos dc

baixas taxas (representadas pelos "valos", no gráfico), procurando encontrar

as causas o conseqüências deste desempenho. A segunda maneira, mais utiliza­

da recentemente, o a de fixação do períodos do governo, justificável na pre­

missa do que, dada à grande importância do setor público nos países subdeson

volvidos, a economia segue as diretrizes traçadas pola política govornamon-/

tal, principalmente, cm função dos investimentos estabelecidos pelos orçamen

tos que,direta ou indiretamente,mobilizam todo o sistema produtivo.

No gráfico a seguir, representativo do comportamento da ta

xa de crescimento do produto interno bruto, podo-sc estabelocor três tipos -

do períodos para análises o primeiro ó determinado pelos "picos", ou seja, -

60/66 e 66/71 í; o segundo, determinado polo mesmo critério de comportamento ,

soria 57 /61 , 6l /68 o 68/723 representados pelos "vales" o, finalmente, a ter

coira maneira, supondo-se, por exemplo, o praso do governo do 4 anos a par-/

tir do 57,serias 57/60, 61/64, 65/68 o 69/72.

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES

CAPITULO VI doc.plaec-17/76

A ELABORAÇÃO DO PLANO Divonzir Lopes Beloto

O planejamento econômico obedece a uma seqüência lógica, en

que a elaboração do plano é uma fase sucessora da escolha do modelo, e da ela­

boração do diagnóstico da realidade sócio-econômica.

A elaboração do plano exige ura conhecimento das caracteristi-

cas estruturais da realidade,a partir do qual se revelara a tendência da econo-

mia se nao houver interferência consciente do homem no processo economxco.

0 planejamento é, portanto a intervenção no processo. Sera a

substituição dessa tendência por um comportamento estabelecido para a economia,

visando ao atendimento das necessidades humanas. Será a mudança do rumo da econo

mia e, portanto da sociedade.

A elaboração do plano inicia-se com a definição prelininar de

objetivos a atingir. São objetivos gerais e que tem como base o diagnostico da

realidade, e que vao determinar as mudanças que sc queira traçar para a econo­

mia. Esses objetivos poderá se referir a aspectos econômicos, como a taxa de

crescimento da economia, como aspectos sociais, como a diminuição do desemprego,

É, portanto a fixação de um conjunto de objetivos para a economia.

Esses objetivos, porém devem ser quantificados. Ê o estabeleci­

mento das proporções em que é possível mudar. Fixa-se as proporções, as varia -

ções, as taxas de crescimento. Neste sentido estaremos estabelecendo as metas.

0 quanto que é possivel atingir dos objetivos, dadas as limitações existentes.

Gomo objetivo a taxa de crescimento da economia, uma meta seria 10}í>. Como obje­

tivo a diminuição do desemprego, uma meta seria 2C$.

Essas metas poderão se constituir metas otimistas, metas pes-

simistas ou uma meta intermediária. Nas melhores condições se realizara a meta

mais elevada, a otimista. É a situação em que se prove não haver obstáculos a

realização das metas. Mas piores condições, ocorrerá a meta mais baixa, ou a

pessimista. Esta prevê grandes obstáculos a realização das metas. Haverá una

intermediária, que prevê algumas condições favoráveis o algumas desfavoráveis.

Esta será a mais provável. Estas metas alternativas, estabelecem um intervalo

de ocorrência para as metas. Quanto melhores forem as condições técnicas de rea-

lizaçao do plano, este intervalo sera rada vez menor, nos dando maior seguran­

ça na fixação das metas.

Uma meta fixada implica que outras variáveis ficam automatica­

mente fixadas, Estas são as variáveis condições. As primeiras são as variáveis

1- 0 texto foi elaborado cora base em apontamentos de aulas proferidas pelv pre-

fessor Ney Marques e consulta ao caderno Teoria j Programacion dei Dessarol-

lo Econômico de J.eorge Ahuraada.

Convênio PUC/FDRH/FEE

Cepes-pla 17/76 -

metas. A fixação de uma meta exige o estudo exaustivo das suas condicionar.tes.

A relação existente entre as variáveis metas e as variáveis condições, são tan-

to técnicas, como de definição. Existe, para a fixação das metas, alternativas

para as variáveis condições. Ac fixar o PI3, automaticamente estamos fixando c

investimento, e pode-se projetar o saldo externo e obter o consumo por residu­

al, ou projetamos o consumo e obtemos por residual o saldo externo. As metas

sao, portanto fins a atingir, sao as variáveis piloto do planejamento, e que

vai determinar a fixação de outras variáveis, as variáveis condições. Existe

também, uma relação reciproca. As variáveis condições vão influir na fixação

das metas. Nao e possível conduzir ura planejamento a atingir os céus propósi­

tos, fixando determinadas metas sem que seja viável a realização das variáveis

condições. Fica bem determinada a relação recíproca existente entre as variá­

veis metas e as variáveis condições. É de fundamental importância a compatibi-

lizaçao destas variáveis. Nos mostra que o planejador deve ter o dom da mace-oro

de orquestra, que sabe detectar os sons desafinados e sabe corrigir esses doea-

finos, dentro das características realistas. Deve ser o controlador de todo o

processo.

Elaboradas as várias alternativas, a escolha de uma delas pa--

ra ser executada, e uma decisão politica. Dentre os que detêm, o poder de decisão

e que vai emanar a decisão. Ê importante que essa decisão seja assessorada pela

equipe técnica encarregada da elaboração do plano e que apresentaram as condi-

çoes técnicas de execução. Esta assessoria teria a incumbência de compatibili­

zar a questão política com a questão das melhores condições técnicas. E eu: s.:

chegue a melhor decisão viável possível.

Para a execução do plano, deve-se prever as medidas econômica.,

mais eficazes e viáveis a serem aplicadas, e que encontrar; no orçamente publ:'cc

e nas políticas econômicas as suas fontes. Dentro do orçamento público seria

previsto o quanto investir em cada setor da economia. Seria a destinaçae- dos

investimentos, dada uma prioridade estabelecida conforme a importância doe " -

tores para se atingir ss metas fixadas. Dentro das medidas econômicas, se •se-

colhe as várias políticas econômicas e que tem por objetivo levar a efeito c

ple.no na esfera privada. Geria a interferência do planejamento na esfera pri­

vada, iiidu.zindo-?. a um comportamento coerente con o planejamento c visando t.

execução do mesmo. Estas medidas econômicas, são medidas concretas para v:':i••-gir as metas. São constituídas dos projetos específicos de investimento pare

esfera publica a das políticas econômicas para a esfera privada. Para se a,:i.:~

gir as metas, é imprescondíve1 uma coerência interna entre as medidas econori-

cas. Uma medida visando uma neta nao pode ser incoerente con urna outra :~. ,

Existe os casos erc que é viável estabelecer uma contra-nedida, visando cor, -•

gir a incoerência con essa segunda meta, restabelecendo a coerência do tode

Ho global, através do modelo adotado, é possível por a prera

a coerência do plano. Deverá haver concordância em todos os pontos do modele.

Estes pontos deverão se coadunar, formando un todo coerente. Estaria o modele

encarregado de ir apontando as possíveis incoerências que venham ocorrer na

preparação do plr.no. C modelo fechado harmonicaraente reflete a coerência f7r:

plano no seu todo, dentro dos limites do modelo.

Convênio Cepes-plaec PUC/FDRH/FEE 17/76 - 03

Verificados todos estes aspectos, cabe fazer a redação finai,

em que se dara una. forma de apresentação aos quadros, tabelas, apontamentos, (

rascunhos, anotações, correções, etc. Será a redação que circulará entre o pú­

blico err. geral, para as discussões, apresentação de sugestões, e críticas.

2 finalmente o plano propriamente dito.

0 planejamento não encerra na elaboração do documento. Segui­

ria a parte de administração do plano. Ê a parte do controle da execução do

plano. A eqv.ipe incumbida, desta parte seguiria todos os passos da execução e

procurando sanar todas os possíveis desvios que possam ocorrer durante a exe­

cução. Entendemos que c planejamento é um processe. Um processo de aproximações

sucessivas.

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES doc.plaec-18/76

CAPÍTULO VII

EXECUÇÃO E CONTROLE ,

DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO-'

Aparecida Crepaldi Schiavone

Realizado o diagnostico, que esclarecera todo o histórico da rea

lidade politica, econômica, social e financeira de uma certa economia, poderá

ser elaborado um plano para a mesma,

O plano de ação elaborado, fixara todas as normas e atos politi

cos, econômicos e financeiros que deverão ser adotados para que alcance os ob­

jetivos fixados.

Para que essa plano seja colocado em pratica, tora que passar

por duas etapas, a de execuçap e o de controle.

EXECUÇÃO Pode ser definido como sendo a aplicação do que foi planejado,

isto.e, a marcha que devera tomar o plano elaborado.

No inicio da execução do orçame-;.o, ou .seja, os gastos corren';es

e de capital do governo, que compreendem inúmeras obras publicas, haverá neces

sidade de um cronograma financeiro e um cronograma fisico de execução.

CONTROLE Vem a ser o ato de ter sob domínio a administração, fiscalização

e comando do plano por técnicos especializados, com o fito de as

segurar a integridade, regularidade e exatidão na execução do

plano.

0 controle exerce dupla tarefa sobre a execução do plano, a cio

avaliação e a de ajustamento.

AVALIAÇÃO E o processo permanente de verificação da execução e do desem­

bolso financeiro para realização do plano. 0

Essa tarefa e desempenhada por equipes especializadas que man­

tém sob controle os resultados obtidos e as metas fixadas, analisando se exis­

tem desajustamentos entre ambos.

AJUSTAMENTO Essa mesma equipes especializada analisa a marcha do plane, ven-0

se esta havendo coerência entre os resultados obtidos e a- -netas

fixadas, fazendo a conciliação e segundo a qual se aumentam >. 0 f*j

diminuem certos valores, visando ajusta-los de acordo com a rdtuaçao. 0 0

Em termos de empresas publicas o processo de controle e o mesmo

e em termos de politica econômica as dificuldades se • umam no sentido de su

verificar se a esfera privada esta reagindo a altura dc * cstimulos orientadores

da política econômica.

0 objetivo do controle e inspecionar para que as metas fixa''"'

1/ Resumo de apontamentos de aula, sujeito a revisão pela autora.

IÜS —~ULI. Convênio Cepes-plaec PUC/FGRH/FEE 1B/76 - 02

sejam cumpridas dentro do espaço de tempo prl-estabelecido.

Sendo o planejamento um processo permanente, os instrumentos de

controle permitem atualizar o diagnóstico através de um fluxo permanente de

transformação. 0 M

E um processo de aproximação sucessiva, exigindo fundamentalmen

te o sistema de controle constante.

Sabendo que o controle deve ser periódico, logicamente, apos a-

plicar as medidas corretivas no primeiro periado, essas medidas ira afetar o

segundo periodo, exigindo assim constante controle e atualização no plano ela­

borado.

Com os novos ajustamentos, acarretara novos diagnósticos. 0 0 0

"Execução e controle e a etapa que significa, em ultima analise,

a aplicação da politica de planejamento econômico na qual dever-se-ao cumprir A* Km 0

os objetivos definidos no plano, que deverão ser controlados, nao so para poder

avaliar os resultados, como também para manter de forma permanente o conheci-

mento da realidade econômica e social que se vem desenvolvendo, o que apos cum

prido o plano, permitira ter um novo diagnóstico da economia". —'

2/ Texto de Juan Prado - Copiado de Textos de Introdução a Economia

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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM

PROBLEMAS DE DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO E SOCIAL - CEPES

doe.plaec-19/76

CAPIÍULO VIII

OS NÍVEIS DA PROGRAMAÇÃO

Sinclér Sambatt:\

O objeto do planejamento econômico e social con­siste em disciplinar o funcionamento da economia, de forma a cora "binar os recursos de produção da melhor maneira possível para a~ tender as necessidades da população e proporcionar o melhor bene fício social.

0 planejamento é um meio de promover o desenvol­vimento e ao mesmo tempo acelerar este processo modificando a sua própria estrutura. 0 planejamento exige análise contínua d-atividade econômica, e esta análise pode ser realizada em três níveis, a saber;

1 - Nível macro-econômico ou global 2 - Nível setorial 3 - Nível de empresa - micro-econômico ou de

projetos,

0 esquema abaixo ilustra os níveis acima cita/lot e sua distribuição

SETOR A

VV;

MACRO

SETOR B

i i.

. f-v

SETOR C SETO SETOR

! T

0 plano global - entendendo-se como plano ao conjunto de medida.; coerentes e coordenadas entre si que visam alcançar certas icet:-; de natureza, econômica e social previamente fixadas, distribui-se pelos setores, que por sua vez distribuem-se em projetos especí­ficos de investimento.

Nível macro-econômico ou global - Os instrumentos de análise í serem utilizados-para a analise são aqueles conhecidos quando s. estuda a estrutura econômica, os quais devem permitir uma visão suficientemente detalhada e integrada da atividade econômica do país em estudo nos diferentes aspectos em que pode ser focaliza­da,, como origem e utilização do fluxo de bens e serviços dispo -

Convênio Cepes-plaec PUC/FDRH/FEE 29/76 - 0 2

níveis no mercado interno, os coeficientes de análise da oferta e da demanda, o consumo e o bem estar presente da coletividade, a necessidade de investimentos e a dinâmica do desenvolvimento, os recursos de produção e o esforço produtivo interno, as transa ções com o exterior e o seu efeito na atividade econômica inter­na, a capacidade de pagamentos exteriores e a capacidade para im portar, o "balanço de pagamentos., e outras-variáveis de importân­cia para a análise da atividade econômica,

I-lível setorial - 0 instrumento recomendado é o insumo - produto, porém nos países subdesenvolvidos, dada a precariedade das infor cações estatísticas, há grande dificuldade em analisarmos a eco­nomia a nível setorial utilizando este instrumento. í\ro entanto, dada a riqueza de análise que o insumo-produto, pro­porciona, os técnicos em planejamento são muitas vezes levados a tentar a elaboração de uma Tábua de Transações Econômicas, em prazo curto e com informações estatísticas precárias e inadequa­das, aproveitando alguma iniciativa existente, mas que infeliz­mente nem sempre resiste a uma análise de consistência, Como a equipe de planejamento necessita dar andamento ao traba -lho a que se propôs, e diante do impasse descrito, urge empregar outro instrumento que permita r m -razo compatível com a elabora ção do plano analisar a atividade econômica a nível setorial,pa ra determinar os graus de importância relativa que tem os diver­sos setores da economia, tanto no que se refere ao investimento e transferências financeiras a serem realizadas pelo setox publi co, como nas medidas de política econômica a serem adotadas pa­ro, que as metas a que se propõe o plano sejam atingidas, Um instrumento viável e já aplicado em países da América Latina consiste nos chamados coeficientes de intencionalidade, que cens tituem um capíttilo de nosso estudo do planejamento econômico e social, os quais conduzem a resultados rápidos na análise seto -rial e por isso mesmo podem ser aproveitados em países que ini -ciam o processo de planejamento. Evidentemente a partir dai, jul gamos que deva mereooer destaque a criação de órgãos destinados a obter as informações estatísticas adequadas às necessidades do planejamento,

ITÍvül micro-econômico ou de projetos - 0 instrumento de análise e a técnica de elaboração e analise ou avaliação de projetos. A análise setorial nos mostrará as necessidades dos projetos es­pecíficos de investimento a serem executados pelo setor publico ou empreendidos pela iniciativa- privada mediante estímulos oriun dos de medidas de política econômica. Cada projeto específico dc investimento deve ser compatível com a programação setorial o consequentemente com a de nível global

A elaboração dos projetos consiste em sistematizar as informações de modo a mostrar suas vantagens e desvantagens em relação as ne tas fixadas. Na elaboração dos projetos devem ser levados em con. sideração os seguintes aspecto&s - econômicos - com o desenvolvimento de estudos de mercados,

tamanho, localização e orçamento de custos e re-

Convênio PUC/FDRH/FEE

Cepes-p.l 19/76 -

ceitas, este último para o projeto em funciona -

mento. - técnicos - com e&tudos para determinar as condições técni­

cas de realização do projeto, como instalações, equipamentos indispensáveis, tempo necessário para a execução, etc. Juntamente com os estudos técnicos deve-se fazer o estudo dos custos cor­respondentes a cada solução considerada,

- financei. - com estudo dos usos e fontes de recursos para o ros a j~.plantação do projeafro, para o fimcioneancntn

ü a capacidade de pagamento,

- adminia- - estudo da organização administrativa legal, iiv

trativos ^ ,._tante no setor publico.

Na avaliação dos projetos específicos de investimento a escolho do melhor projeto geralmente-é dificultada., pois a utilização de .critério, uniforme na seleção dos projetos nem sempre 6 poooí. vcl, especialmente no que diz respeito aos aspectos qualitativo comparar as vantagens da construção de uma rodovia com a de n hospital cu escola por exemplo é tarefa difícil. A adoção de critérios de uniformidade na avaliação dc projetoo somente 6 possível no que se refere vr aspectos quantitativo';-, não devendo esqiiecer que no setor público o benefício produzido não é medido em termos de lucro, ..ias sim de efeitos sociaiL go­rados.

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C A P I T U L O I X

AS ESPERAS DO PLANEJAMENTO (* )

Paulo Eernandes Dias

Censideram-se uuas esferas no Planejamento:

a ) - Esfera_Piíbliça

b ) - Esfera_Privada

A primeira é aquela na qual o governo apresenta

um poder de decisão ilimitado, pois atua de forma centralizada

e direta através de seu principal maio, "O Orçamento", ou atra

vés das próprias empresas públicas.

A segunda, aquela em que o poder de decisão do'

governo é limitado, porque só pode atuar de forma indireta so­

bre as várias unidades de decisão que a compõem, ou seja, as '

empresas privadas, através de medidaá de restrição ou de incen

tivo, definidas nos vários tipos de Política Econômica e Soci­

al, que serão vistos em Capítulo posterior.

(^) Muitos autores adotam a expressão "Os setores do Planeja­

mento", mas devido s e r a palavra setor já bastante utili­

zada, como por exemplo, para designar os setores produti­

vos, setor externo, e t c , parece ser mais adequada aqui a

expressão "Esferas do Planejamento".

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PROBLEMAS DE DESENVOLVIMENTO

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doe.plaec-20/76

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CAPITULO X

AS FRONTEIRAS GEOGRÁFICAS lus UM PLANO

Plano,lamento, - E mister que se defina o espaço geográfico em

Fronteiras qu© atuará um planejamento, pois, a peculiaridade

Geográficas de cada área, implicará em diferentes proces­

sos e métodos, inclusive para atingir ordens

diversas de prioridades econômicas e sociais.

De tais premissas, podemos considerar três fron­

teiras de planejamento:

a) Fronteira supranacional,

b) Frontaira nacional e,

c) Fronteira o a na o i a a l .

Fronteira - A fronteira nacional corresponde a área geográfica

Nacional de cada país e pode ser considerada como a unidade

principal das fronteiras do planelamento, pois, a-

barca todas as principais metas projetadas de um país,

E, sendo o desenvolvimento sócio-econômico nacio

nal a primordial âs demais fronteiras, estas se subordinam ao

primeiro, ou seja, ao nacional.

Exemplificando, temos no Brasil5 no nordeste te­

mos oomo instituição coordenadora, a SUDENE; no norte, a SUDAM;

no oeste, a SUDECO; e no sul, a SUDESUL5 que são as grandes re_

gioes geográficas em que o país está desagregado, para um me­

lhor planejamento, tendo em vista as peculiaridades de proble­

mas e soluções que apresentam cada uma destas regiões.

Fronteira - A fronteira supranacional pode ser definida cç_

Supranacional mo a agregação de fronteiras nacionais que se

originam dos interesses mútuos de dois ou mais

paises, para aproveitamento de recursos comuns ou de interes­

ses sdcio-econômicos mútuos.

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ECONÔMICO E SOCIAL - CEPES doc.plaec-21/76

Convinio Cepes-p. PUC/FDRH/FEE 21/76 -

Como exomplo temas; Bacia da Prata, Grupo Andino,

Mercado Comum Europec, etc

Fronteira - A fronteira infranacional pode ser definida co

Infranacional mo parte da fronteira nacional, tendo em vista

o desenvolvimento sócio-econômico de uma área

em particular que podemos denominar de "área problema", onde

se faz necessária, medidas de caráter específico.

Como por exemplo temos| o Vale do Sao Francisco

(Brasil); o Vale do Tenesse (EUA); o Sul da Itália, etc.

As fronteiras geográficas sao inter-relacioná-

veis com os níveis de programação e as esferas de planejamento

como podemos visualizar abaixo:

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Paulo Nakatani

Introdução A característica essencial do planejamento é a projeção, no tempo, das variáveis macroeconômi -cas de uma economia com o objetivo explícito de

atingir determinados objetivos prefixados. Isto implica em que um plano a lém de ter suas metas e objetivos claramente definidos deve, também, expli citar qual o prazo no qual os mesmos deverão ser atingidos. Este aspecto tem variado no tempo e a medida em que evoluiram as técnicas de planejamen­to modificaram-se os prazos da planificaçao, dando-se ênfase para os primei_ ros anos de um plano, ficando os anos'seguintes mais como um roteiro do que propriamente como objetivos a atingir.

Breve Histórico 0 planejamento central, surgido na União Sp_ vietica apos a Revolução de 1917, apresenta_ va um prazo bastante longo, isto porque:

"A possibilidade de redistribuir as forças produtivas existentes de manei_ ra a obter mais eficaz combinação, no limite de um ano apenas, é extremamen_ te limitada. Num período de cinco anos ela é muito maior e, num período de dez a quinze anos, é enorme, devido às grandes acumulações."2/ Assim, na União Soviética, foram adotados pl n-"-: com a duração de quinze anos e subdi_ vididos em períodos de cinco anos. Os primeiros, eram chamados planos de perspectiva e abrangiam toda a economia, sendo completados por planos de perspectiva particulares relativos aos principais setores da economia. Es -tes planos eram divididos em períodos de cinco anos através dos quais eram realizados os planejamentos propriamente ditos.

Mais recentemente, Oorge Ahumada escreveu: "Concebem-se de um modo geral para seis anos, mas ano a ano refaz-se o pia no para o ano seguinte, de modo que ao fim de seis anos o plano executado e um conjunto de planos anuais que pode ser muito semelhante ou bem diferente do que o concebido originalmente,"2/

Assim toda concepção sobre os prazos do pla_ nejamento girava' em torno de cinco anos com reajustamentos anuais. Atual -mente podemos fixar com maior precisão os prazos para os quais um plano de_ ve ser elaborado.

Os Prazos do Devemos conceber, nos dias de hoje, o planeja-Planejamento mento para curto ou médio prazo, mas sempre

com uma perspectiva ou horizonte de longo pra_ zo. Isto pode ser justificado pelo fato de que

é possível projetar-se as variáveis econômicas, com um grau de precisão re_ lativamente elevado, para um prazo de um ou dois anos. Para períodos mais longos, entre três a cinco anos, (médio prazo) elas podem ser prejudicadas

1/ Texto sujeito à revisão e'ampliação pelo autor. 2/ Strumiline, citado por 3. Romeuf ém A ECONOMIA PLANIFIÇADA - Difusão Eu­

ropéia do Livro - Sao Paulo, 196^. 3/ Ahumada, Jorge - TEDRIA Y PROGRAMACIÓN DEL DESARROLLO ECONÔMICO - Cuader

nos dei Instituto Latino Americano dé Planificacion Econômica - Santiago de Chile, 1970 - Segunda Impressão.

CAPITULO XII

OS PRAZOS DO PLANEGAMENTOy

Convênio PUC/FDRH/FEE

Cepes-p 23/76 -

pela evolução das condições políticas, técnicas ou sociais. Estes fatores, pa_ ra prazos de dez ou mais anos, sao quase impossíveis de se prevês,o que tojr na simplesmente inexequíveis os planejamentos de longo prazo.

Assim, um plano deve ser elaborado com um horizonte de longo prazo para o qual serão definidos os objetivos mais gerais do planejamento. Este plano, de longo prazo, devera conter planos, de médio prazo,nos quais serão definidos objetivos mais específicos e fixadas algumas metas a serem atingidas. Estes, por sua vez, deverão ser subdivididos em planos anuais, re gionalizados e setorializados no primeiro ano, podendo estar globalizados pa_ ra os anos seguintes. Ma medida em que for cumprida a primeira etapa, a se_ guinte devera ser desagregada, por regiões e setores, e será necessário, tam bém, efetuar-se os ajustes e as correções a paítir do comportamento observa­do durante a vigência do primeiro ano do plano. Ao mesmo tempo, o horizonte de longo prazo poderá ser estendido por mais um ano e os planos de médio pra_ zo completados com mais um período.

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES doc.plaec-24/76

CAP.XIII: OS REQUISITOS DE UM PLANO DE *

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

Neusa Serra de Souza

Considerações gerais O planejamento, assim como a preocupação ps

los problemas do desenvolvimento, constitui

idéia bastante recente no nosso meio. Em vir

tude da inserção dessa idéia no mundo subdesenvolvido, particularmente na Ame

rica Latina, ter acontecido de forma exogena, nao partindo das aspirações do

governo ou da comunidade, as primeiras experiências nesse sentido nao obtive-

ram êxito. Essa inexequibilidade dos planos elaborados se deveu a falta de um

engajamento mais profunda da equipe técnica responsável cem a realidade, um co

nhecimento mais apurado das condições existentes e do que seria possivol atin­

gir, dentro dessas condições. Em outras palavras, eram planos praticamente des

providos do diagnostico, que se constitui na o J aru mais importante do planoja-

menta, pois e através desses estudos preliminares que o planejador econômica

tara condições de fixar metas e definir objetivos realmente factiveis. Por ou­

tro lado, o diagnostico deve ser tratado com bastante propriedade, pois c co­

nhecimento da realidade deve ser amplo, ou seja, devem ser analisadas de manei

ra detido todos os setores de produção para saber quais os mais estratégicos

para a inversão do governa e a adoção de politicas econômicas com vistas aos a

bjetivos propostos. Da mesma forma, devem ser suficientemente conhecidos os -

problemas de todas as regiões, para que o plano seja um instrumento de medil i-

caçoes estruturais amplas e uniformes, em todo o território nacional.

Requisitos gerais Contudo, para que a idéia do planejamento se

ja realmente incorporada as aspirações da pa

pulaçao, para que passa ser compreendida co­

mo "um processo permanente de fixação de metas de caráter econômico e social -

B adoção de medidas de polxtica econômica que levam a sua concretização", e -

necessário inicialmente que o governo se integre desse espirito, assumi; .'a a

planejamento em todas as suas etapas. Apesar da atuação do governo ser o fa r

contundente para a realização do plano, e preciso que o empresariado nacior.-'

tome consciência da magnitude dessa idéia e da força que representa na diminui

çao de desequilíbrios econômicos, políticos, sociais, culturais, tanto a nivel

global quanto a nível regional. E mister, pois, que a esfera privada, na quel

a atuação do governo e mais limitada, -se conscientize da necessidade ds mudan­

ças estruturais, racionalizando melhor a utilização dos recursos, diversificar!

* Texto baseado em anotações de aula, sujeito a revisão e ampliação pela auto

ra.

Convênio Cepes-plaec PUC/FDRH/FEE 24/76 - 02

do a produção, aumentando a oferta de bens e serviços, o quo, por sua vez, de

ve ser processo que traga em seu bojo uma ampliação da demanda, í preciso que

se reconheça que a ampliação de demanda so se faz com o aumento do poder aqui

sitivo das grandes massas populacionais,e que, isto so e possivel a-

traves da redistribuiçaa da renda e da adoção de tecnologia absorvedora de ma

iores contingentes de mao de obra,

Uma vez explícitas essas duas coordenadas

básicas - decisão do governo d© planejar e conscientização da classe empresa­

rial da necessidade do planejamento, e necessário que o processa do plano, em

si, contenha alguns requL çitos básicos que garantam a sua aplicabilidade.

Dentro desses requisitos ó imprescindível a coerência do plano, ou seja, uma correspondência entre as variáveis metas e

as variáveis condições. Per exemplo, se se pretante atingir determinado volu­

me de importações, deve-se cuidar para que a variável condição - capacidade pa

ra importar - seja consoante com essa meta, Da mesma forma, se o plano tem co

mo um dc seus objetivos a diminuição do desemprego, e precisa que a elenco de

políticas econômicas adotadas nao contenham mecanismos - tais como elevada

importação de tecnologia inadequada para esse fim - que entravem a consecução

desse objetivo,

E importante frisar também que o plano deve

ser exequivel, ou seja, feita de conformidade com a realidade e, per isso, a-

presente instrumentos de alterações - Para melhor - da prognose efetuada. Pa­

ra que isso seja possível c necessário, em princípio, um bom diagnóstico da £

conomia, feito para um periodo suficiontemente longo para que se posea cefi-

nir algun3 indicadores de comportamento, Na fixação de objetivos e motas e

na escolha das políticas econômicas a serem adotadas para esse fim, nao se p£

de deixar de levar em consideração o marco institucional o jurídico da comuni

dade e as condições que esse marco oferece para o planejamento.

Dentro dos requi sitos básicos para a reali­

zação do plano cumpre lembrar ainda a necessidade de bom senso e trabalho can

junto da equipe elaboradora, no sentido de que os gastos do governo em consu­

mo o investimento, onde sc podo atuar mais diretamente, sejam distribuidos de

forma a dar condições a consecução dos objetivos delineados, inicialmente. Por

exemplo, quando da distribuição setorial do investimento publico com vistas a

uma melhor distribuição da renda, deve-se dar maior poso aos setores onde a

ronda ja se encontra menos concentrada, pois essa medida vira fortalecer essa

finalidade.

Vale frisar a necessidade de uma sistema de

levantamentos estatísticos capaz de suportar um planejamento verdadeiro, for­

necendo as informações fundamentais para a elaboração do diagnostico. Da mes­

ma forma, outro requisito para a administração do plano e suficiente capacida

de operativa do poder publico, pois, como ja deve ter ficada suficientemente

explícito, e ao governo que cabe a maior responsabilidade no planejamento.

Finalmente, cumpre uma definição clara dos

objetivos a serem perseguidas, abstraindo-sc o objetivo em si, que e a mani -

ns — u.f. Convinio B I B L I O T E C A Cepes-plaec PUC/FDRH/FEE 24/76 - 03

festação da intenção de se alcançar determinado fim, das condições ou crité­

rios usados nessa definição. Por exemplo, se se pretende uma diminuição da

vulnerabilidade externa, o preciso que estejam bastante claros os critérios u

#s* r-* m m

tilizados na fixação desse objetivo, nao se colocando oondiçoes, como a opera

tividade da divida externa contraída, como um objetivo, mas sim como um crité­

rio determinado a priori para a consecução da diminuição da vulnerabilidade,

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

CAPÍTULO XV SOCIAL - CEPES

(*) OS COEFICIENTES DE INTENCIONALIDADE doe.plaec-26/76

Aroldo Xavier

Histórico Os coeficientes de intencionalidade são instrumentos ain

da pouco utilizados em planejamento econômico e social ,

talvez por se tratar de um método bastante recente e ain

pouco conhecido, Foram aplicados, pela primeira vez, no

Peru, pela equipe de planifícaçao da economia daquele país, e mai.9 recentemen ts, np planejamento econômido d° Brasília(DF), pela "CQDEPLAN"~Cia, de Desen

volvimento do Planalto Central, órgão do governo do Distrito Federal, aq tem

po em que era seu presidente o professor Ney Marques, ex—integrante da equipa

que atuou no Peru, criador e divulgador entusiasta do método.

A criação de tais coeficientes se deve, em grande PPEJÍ^

as deficiências apresentadas pelo método do Insumo-Proriuto, de autoria de Was

sily Leontief, - um dos mais utilizados na América Latina, - para " a proje­

ção das metas gerais de crescimento econômico"!, o qual se presta mais para

a análise das atividades econômicas setoriais do que propriamente para o pla­

nejamento.

As deficiências a que nos referimos acima sãn caracteri­

zadas, não só pela deficiência de informações estatísticas — própria dos pai

ses subdesenvolvidos - necessárias a montagem das tabelas de Insumo-Produta ,

mas, multo mais, por conduzir a resultados dentro de uma mesma tendência his­

tórica, o que eqüivale dizer que a estrutura produtiva não é alterada,,signi­ficando que não deverão"variar as técnicas e a organização nos vários setores

da economia" 2, isto porque »ao serem projetadas as metas de demandas de consu

mo, investimento e exportação, os coeficientes do ano projetado são os mesmos

do ano base, para o cálculo dos requerimentos de produção bruta de todos as

setores da economia a fim de atender as metas ©» queetSo».

Talvea fosse passível atuar sobre os coeficientes de e—

lasticidade, mas dada a complexidade que apresentam não é muáto recomendável a sua utilização.

Aplicabilidade Diante do acima exposto, procurou-se suprir tais defici­

ências com a utilização dos coeficientes de intencionali

dade 0 assim chamados por representarem o grau de intenção de que são -pceoui-

dos os planejadores ao projetarem os objetivos e metas com relação aos s u o ­

res a serem utilizados para alcançá-los, É o que se chama "projeção oom ir.ten, ção."

Por meio desses coeficientes, determina-se a importância

relativa que tem cada setor da economia para se alcançar os objetivos e metas

propostas, através dos investimentos públicos diretas e das transferências f i nanceiras•do governo, o que representa a ação da esfera pública na atividade

econômica.

Devemos ressaltar, ainda, que os objetivos colimados re­

cebem ponderações diferentesí de acordo com sua maior ou menor importância ,

dando—se maior ênfase aqueles que tem como escopo o bem-estar geral da popula

ção, base em que se deve assentar a organização e a própria existência do Es—

Convênio PUC/FDRH/FEE

Cepes-plae 26/76 • 0

Deve—se salientar que a aplicação dos coeficientes de ijn

tencionalidade requer daqueles que se propõem a elaborar a planificação de

qualquer economia, uma visão global da mesma e uma gama considerável de conhe­

cimentos de suas políticas, com os respectivos instrumentos e mecanismos, dc

fortnu a que estejam capacitados a fazerem projeções coerentes e aplicáveis j e~

vitando, com isso, distorções que poderão por em risco a eficácia do plano. Ou

tro elemento de real importância na utilização desses coeficientes é a bom san

so comum que deve existir entre os técnicos encarregados do trabalho»

Naturalmente, a aplicação deste método pressupõe a ação

do governa nos diversos setores, provocando modificações estruturais no -3Íste~

ma de produção, sem as quais seriara cortaideralvelmente reduzidas as possibili

dades de se alcançarem os objetivos pré—fivados*

Quadros A fim de melhor ilustrar o que acabamos de dizer neste

trabalho, anexamos' dois quadros representativos do mé­

todo, sendo o primeiro o dos coeficientes de intencionalidade propriamente di­

tos, no qual podemos observar a importância da cada setor era relação aas diver

sos objetivas» bem como a importância geral do"setor, representada pelo coefi­

ciente de intencionalidade, e o segunda representando a prioridade de cada po

lítica econômica, também em relação aos objetivos»

Ambos os quadros referem-se a projeções feitas para a e—

conomia brasileira no ano de 1D74, e os coeficientes neles relacionados foram

objetos de aprofundados estudos e debates, em seminário, pelos alunos do curso

de Especialização em Planejamento Econômico e Social, promovido pela Universi­

dade Estadual de Maringá em convênio com o CEPES, de Brasília. A direção des­

ses estudos e debates esteve a cargo do autor do método, prof, Ney Marques,pro

fessar do curso,

Para maior eficácia do método outros quadras são elabore

dos com a finalidade de auxiliar na determinação dos instrumentos e mecanismos

de cada política econômica, mais adequados e próprios para se alcançar os ,,_

tivos, e que representam a atuação do governo junto a esfera privada, aomplc •

tando a participação da gavema na processa de desenvolvimento econômico e Ü -

ciai do país, bem como de seu crescimento econômico,

Conclusão Finalmente,um exame desses quadros,aliado ao conhecimen

to das técnicas utilizadas para sua elaboração, revelam a importância do mélu

c*:o üju cx.2T'z.z,'±ónx. su -í.i i/TC3no.i'jriC.i.iaacic! oo_L'C." :> ,jj.aneJarr.;2:'ico oa qualquer a un«.v

rnia, desenvolvida ou nao, pois são eliminados os problemas apresentados :elo

método a que nos referimos no início deste trabalho,

(*) Trabalho elaborado com base nas aulas proferidas pelo prof, Ney-Marques,

1 - Apostila sobre o método do Insumo—Produto, do prof.Fernando dose Oe Almei^

2 — Idem, idem, da

Texto sujeito a revisão e ampliação pelo autor.

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

SOCIAL - CEPES doc.plaec-27/76

CAPITULO XVI ,

A AVALIAÇÃO DE .

PROJETOS NA PROGRAMAÇÃO ECONÔMICA

Deisi Deffune

Introdução Para que os macro-objetivos econômicos, politicos, soci­

ais e t c , propostos por um pais subdesenvolvido sejam al-

cançados e mister que a metodologia do trabalho concreto

do programador seja embasada em:

a) regionalização;

b) setorializaçao; e

c) especificação

dos projetos ou feixes de projetos de investimento, quer eles sejam:

a) de nova implantação;

b) de ampliação de projetos ja existentes; e

c) para capital de trabalho.

0 controle e a execução do plano, ao nivel de projetos, nas varias

regiões e setores econômicos e o ponto basilar da programação do desenvolvimejn

to com vistas a alterar o panorama subdesenvolvido.

A Avaliação Tradicionalmente, a avaliação dos mais importantes proje

dos Projetos tos de investimento nas áreas subdesenvolvidas e feita

direta ou indiretamente pelos organismos públicos, dada

a carência de recursos financeiros própria de tais rea­

lidades.

Como a programação e feita para acelerar o processo de desenvolvimeri

to global da sociedade com a finalidade de diminuir o seu atraso relativo, as

técnicas de avaliação dos niveis microeconomicos tem que ser compativeis com

as técnicas e instrumentos macros e setoriais.

+• + «*»

Na realidade, entretanto, os critérios e técnicas de avaliação de

projetos nas áreas atrasadas ou emergentes sao susceptíveis de criticas. Is-

to porque na grande maioria dos casos se superestima»» os aspectos de solvência

(relação beneficio/custo) e se pondera»demasiadamente as garantias reais ofe-

recidas. A inversão de prioridades — o secundário assumindo o lugar do prin

cipal na estrutura da sociedade — bem como a ignorância de outros aspectos de

caráter sociológico — estratificaçao social, mobilidade social — ou a fun-

çao do próprio projeto na efetivação dos objetivos propostos no plano, faz

com que o subdesenvolvido, usando critérios de avaliação parcial, muitas ve­

zes estrangule, no menor nivel e o mais especifico da programação — micro ou

de projetos — a sua chance de superação do atraso.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL CURSO DE FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS ESPECIALIZAÇÃO EM FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA PROBLEMAS DE

ECONÔMICA E PLANEJAMENTO-1

João Celso Sordi

Considerações gerais Conceituando o planejamento econômico o so­

cial como um processo permanente de fixação

do metas econômicas e sociais e de eleição

de medidas capazes de alcançar essas metas, procura o presente trabalho apre­

sentar um elenco de instrumentos de politica econômica, que podem ser utiliza

das como medidas no planificação econômica e social.

0 poder público pode atuar diretamente, no

sentido de alcançar as metas pre-fixadas no plano, atravez do orçamento do go

verno e das politicas adotadas nas empresas putlicaa, uma vez que nessa esfera

sua possibilidade de atuação e ilimitada. Como na esfera privada esse poder -

de decisão e limitado, o governo pode agir mediante a adoção de medidas de p£

lítica econômica, incentivando algumas atividades econômicas.

Na esfera publica, através do orçamento, o

governo atua com os gastos públicos em cons>> • e em investimento, incluindu-

se neste ultimo, as transferencias financeiras. Na esfera privada, o poder pu blico pode atuar através das seguintes politicas econômicas e sociais: tribu­

taria, financeira, aduaneira, de preços, cambial, monetária, salarial, dos -

gastos públicos, de integração social, agricola, de comercio exterior,' etc.

Instrumentos Dentro de cada tipo de politica econômica -

tem-se os instrumentos a utilizar no senti­

do de que sejam corrigidas as distorções ou

orientada a atividade econômica a fim de se alcançar as metas. Sao esses ins, trumentos, como ja dissemos que se pretende apresentar.

1 - Política tributaria - Os instrumentos a serem utilizados nesse tipo

de politica sao:

aJ Alíquotas de tributação indireta

- Aumento ou diminuição das aliquotas de tributação indireta de

alguns produtos ou grupos de produtos.

bJ Aliquotas de tributação direta

- Aumento ou diminuição das aliquotas de imposto sobre a renda -

pessoal ou empresarial.

— Resumo de apontamentos de aula, sujeito a ampliação e revisão pelo aut.

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E

CAPÍTULO XVTI: POLÍTICA SOCIAL - CEPES N doc.plaec-28/76

nvenio C/FDRH/FEE

Cepes-plaec 28/76 - 02

- Aumento ou diminuição dos limites de renda para fixação das a-

liquotas progressivas.

- Criação ou destituição e aumenta ou diminuição de taxas de tri

butaçao direta (imposto sobre a propriedade e o capital, etc)-

pessoal e empresarial,

- Aumento ou diminuição das aliquotas sobre os lucros distribuí­

dos pelas empresas.

cJ Isenções

- Isenção sobre produtos ou grupos de produtos considerados essen

ciais ou básicos a atividade econômica ou a satisfação indivi­

dual e coletiva da população, presente ou futura.

- Isenção de produtos no sentido de desenvolver certos setores -

da atividade econômica ou de incentivar o processo de substi -

tuiçao de importações.

d) Incentivos fiscais

- Utilização de parte da tributação para o desenvolvimento da es

fera privada, regiões ou setores de produção.

~ Para que as empresas ia instaladas ampliem seu capital fixo, u tilizando- ; f " " n t ; s indiretas ou sobre os lucros.

- Para criação ue no./as empresas em regiões ou em setores de pro

duçao.

c) Subvenções - subvencionar ou nao.

- Subvenções a produção de insumos básicos a atividade econômica

- Subvencionar produtos essenciais a população.

- Subvenções a serviços básicos a população e a ativ.econômica -

(energia, transporte, educação, saúde, saneamento, etc.).

- Subvenções a substituição de importações de produtos básicos.

^ ~ P°Iitica financeira - Pode-se utilizar dos instrumentos de politica

financeira abaixo, estimulando ou nao a atividade econômica de alguns setores

ou ramos da economia.

a) Taxa de juros

- Diminuição das taxas de juros para tipos de financiamentos con

siderados essenciais a atividade econômica e aumento aos nao -

interessantes.

b) Prazos de amortização

- Da mesma maneira pode-se atuar com este instrumento.

c) Prazos de carência

- Também pode-se tornar estimulante ou nao para o desenvolvimento

de certas atividades.

d) Redescontos e taxas de redescontos

- Atuação direta através dos redescontos dos financiamentos e das

Convênio PUC/FDRH/FEE

Cepeü-pL 28/76 -

taxas de juros, tornando-os ou nao, rendaveis ao sistema finati

ceiro privado.

e J Taxas de financiamento próprio

- Pode-se financiar menor ou maior parcela do financiamento to -

tal, estando ele ou nao, incluido para os objetivos do plano.

^) Aval do governo

- Para os financiamentos estrangeiros, o governo pode atuar com

os av.-.is através dos organismo financeiros oficiais.

3 - Política aduaneira - instrumentos

Aliquotas oe tributação dos produtos importados e exportados

- Alíquotas diferenciais sobre os produtos importados.

- Alíquotas maiores ou menores sobre as exportações no sentiuu -

de se impedir a exportação de produtos essenciais ao mercado -

interno ou de se estimular a exportação de excedentes interne-'.,

b) Corredores de exportação

- Implantação de infra estruture • z de dar vazão a produção.

cJ Isenções

- Isenção tributária na importação de bens e serviços de coi, . . . ; ' ,

e de capital considerados necessárias.

- Isenções na exportação.

d) Incentivos

- Utilização de parte da tributação para a irnpla;'tu: 1 • ri„ BIK

sas voltadas a exportação ou como subsidio ao pr LULÍ^SC 'i.

tituiçao de importações.

e) Proteção alfandegária

- Dar proteção à produção interna impedindo e impLX ..içào.

f) Confisco Cambial

- Reservar parte do valor dos produtos exportados a melhor• ,

ços, para garantia dos excessos de produção futuras.

4 - Política de preços

a ) Tabelamento _de preços

- Tabelar ou não os preços dos bens e su" ,'iços de maior necensa ~

dade.

- Tabelamento total dos preçop.

b) Preços mínijTTgs

- Garantia de preços mínimos aos produtos agrícolas ou insumos

básicos.

Convênio PUC/FDRH/FEE

Cepes-plaec 28/76 - G4

- Congelamento dos preços.

c ) Taxas de reajustes de aluguel

- Fixação das taxas de reajustes de aluguéis de alguns tipos de

habitação ou de todos.

- Congelamento dos preços de aluguéis.

5 - Política Cambial

a) Taxas fixas de cambio

- Estabilidade monetária internacional.

b ) Taxas flexíveis de cambio

- Um aumento nas taxas de cambio pode permitir maiores exporta -

ções.

- Uma diminuição nas taxas de cambio pode permitir maiores impor

tações.

c) Taxas múltiplas de cambio

- Diferentes taxas de cambio para diferentes tipos de importações

- Diferentes taxas de cambio para diferentes tipos de exportações

6 - Política monetária

a) Emissões

- Controle das emissões primárias e secundárias.

b) Coeficientes de encaixe legal

- Controle das emissões secundárias através dos coeficientes de

encaixe.

- Coeficientes diferentes para regiões diferentes

c) Redescontos

- Controle das emissões através dos redescontos.

- Redescontos de financiamentos compatíveis com o plano de desejn

volvimento.

- Impedimento do livre acesso ao desconto bancário por grupos e—

conomicas e financeiras.

d) Taxas de .•juros

- Taxas de juros especiais no sentido de se permitir as emissões

secundárias somente para-os financiamentos necessários ao pro­

cesso de desenvolvimento.

- Taxas de juros especiais para impedir as emissões bancárias -

desnecessárias«

e) Taxa de inflação

- Atuar com os instrumentos acima, para o controle e a obtenção

da taxa de inflação prevista no plano.

- Correção monetária compatível com a taxa de inflação»

- Controle da expanção do sistema bancário, impedindo o excesso

de imobilizações.

Convênio PUC/FDRH/FEE

Cepes-pi rj^ 28/76 - Ob

7 - Política Cajrlbjjjal

q) S alário. mirdjnp_

- Fixação de taxas de salários mínimos,

- Fixação de taxas de salários• mínimos regionais.»

- Taxas de reajustes salariaisv

- Impedir da melhor forma possível, maiores taxas de reajustes

dos salários mais elevados.

Salários mcóximqs

- Fixação de teto máximo de salário permitido como custo* Acima

disso considerar—se coma lucra do empresário,,

« Fixação de teto máximo de salários de cargos públicos. Acima -

fazer incidir tributação especial,

c) CpjTggi^Terrto jsslgrial

- Impedimento dos reajustes quando necessários,,

d) Sal^io^fam^ia

- Reajustes das taxas de salário—família,

- Taxas desiguais ou nao, para ^ uiferentBs estratos de rqndas,

- Taxas iguais ou desiguais o.~a diferentes regiões,

e) r^eviden^ia sjJjcial

- Aumento ou diminuição dos encargos 'da empresa ou do empregado,

- Aumento ou diminuição do tempo de serviço de aposentadoria em

funções diferentes» - Distribuição dos gastos, coerentes cam as objetivos»

f1 Fundo de garantia

- Aumento ou diminuição das taxas de recolhimento (da :

~ Destino do fundo; utilização coma indenização ou eoriia funss-financiamento de um ou outro tipo de habitação *

8 - Política de gastos públicos

a ) I/y^st^i^ntp^s e transferências firpnceijiqg. do •jjyerjnu

_ Orientação da atividade econômica privada através dos ír.vast-

mentas ou das -transferências financeiras aos remos o,- . a de produção estratégicos aa desenvolvimento (transp. S Q U L ,

educação, saneamento, mineração, indústria, pu^aárla, 3.IUDU»a

etc,)

b) Consumo do poverno

- Demanda por bens e serviços considerados essenciais ao proces­

so de desenvolvimento (saúde, educação, saneamento, admir, f,rí>.

ção pública, etc, ),

— Demanda no sentido ae desenvolver algumas atividades essenciais

i.ünvenio Cepes-plaec PUC/FDRH/FEE 28/76 - 06

9 - Política do intejyac^ão social

Q) fítfWPPP ülã integração ^oci^al

- Mecanismo de aumento do renda pessoal mantendo a estrutura»

- Mecanismo de redistribuiçõo de renda, pessoal.

- IncidBncia sobre o lucro0

- Incidência sobre a produção»

- Utilização dos fundqa em financiamentos compatíveis com os ob*

jetivos.

- Utilização dos fundos em redistribuiçao,

bi FyoGP^ama de assistência ao servidor; QÚbl±cpr

- Como mecanismo de aumentar a renda pessoal mantendo o estrutui-,

ra da distribuição da renda,

«• Goma mecanismo de redistribuiçõo da renda,

- Utilização dos fundos em redistribuiçao e em finanoiamantos.

c) Loterias

- Loteria espartiva0

- Loteria federal,

- Loterias t-

10 — Política agrícola

a ) B^forroa Q^ãria (aumenta da produtividade agrícola)»

- Dar condições para a utilização de insumos não tradicionais3

- Desenvolver a pesquisa técnica-científica dos recursos natura­

is (institutos de pesquisas)„

- Formação de técnicas em agricultura,,

- Assistência técnica a produção,

AfqsiliacJ-yi da frqrjtejnrq agrícola

- Ocupação de áreas não exploradas,

- Aumento da produtividade agrícola,

- Ocupação da mão de obra,

c) Funrural

- Aposentadoria ao trabalhador,

- Assistência médica, hospitalar e dentária,

- Taxas de contribuição,

- Taxas de contribuição diferenciais em diferentes regiões,

d) Outros

- Dor ênfasB ou nao à produção de bens escassos no mercada inter

na,

- Dar esfase ou não a produção de insumos básicas,

- Dar esfase ou não as culturas intensivas de mão de obra*

- Atuação através de financiamentos.

Convênio Cepes-pl PUC/FDRH/FEE 28/76 -

11 - Politica de cj^érciq exterior

a) Balança comercial

- Diversificação ou não da pauta de exportações,

- Estimular ou não os setores geradores de divisas,

- Procurar ou não mercadas com dependência recíprocas,

- Equilíbrio da balança comercial,

- Equilíbrio dos preços de exportação e importação,

b) j3alap.ca finpfpeiras

~ De investimento estrangeirei direto de renda variável,

- De-c-r^ttas de longo prazo,

- Das coxas"de juros,

- Das remessas de reservas para depreciação.

- Das amortizações«

- Dos preços dos ingressos de capitais*

- Dos capitais e créditos a curto prazo,

c) Balança de pagamentos

- Equilíbrio da balança de pagamentosc

- Adequação do endividamento j cs necessidades de importo

çãc«

- üefieix. nu eu.Iar.er. ui* püuuKfó^tuu, - Utilização das reservas monetário.... internacionais»

«. Acumulação de reservas mr iatárias internacionais,

Todos os instrumentos de política econc

podem ser ou não utilizados cam o objetivo de se alcançar as meta.': fixada... u-planejamento, É lógico que os objetivos do plano devem ser coerentes entre sí, para que não se atue com instrumentos de políticas econômicas incompct:-

is com alguns objetivos.

J^s.ibilidades de Estando os objetivos prel:'j;r* raros nu

aplicação 1 bem definidos o compatíveis entre s'" <

Ihi-1—- os instrumentos de política ec " tco

adequados para se alcançar os r ^tas, sem p r R <TF~

sibilidade de aplicação do plena ;sde que:

«. Se disponha de ormaçaes estatísticas

ficientes, constantes e adequadas Os necessidades n^jamenia =- - a pm,

tir a constante avaliação dos resultados obtidos e ões de pi :n

rigindo—se as distorções e elegendo nov_ .nstrument^,, olíticu econômica

capazes de-recolocar 03 veículos na estre parr e at:ü . os quilomr '

pré-fixodos.

Vide, Ahumada, Jorge - Teoria y Progromacian dei Desarrollo Econômico, Cua

dema dei Institulo Latinoamericana de Plonificacián Econômica y Social, -

Santiago de Chile, 1970,

Convênio Cepes-plaec PUC/FDRH/FEE 28/76 - 08

— Se possua uma máquina administrativa ef ici

ente e consciente da necessidade e da validade do planejamento econômico e s£

ciai, disposta a executar ou a administrar o plano„

— Se mantenha permanentemente uma equipe de

planejamento formada por técnicas de elevado gabarito, que estejam imunes as

pressãas políticas, sendo um órgão de assessoria do governante»

- Se desenvolva o processo de conscientiza —

ção nacional, através da publicidade, incutindo na população, especialmente —

na classe empresarial a necessidade da planificação econômica e sociais

- 0 marco institucional e jurídica dê condi­

ções RO planejamento.