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Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Engenharia Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Processos de Fabricação I Prof. Jorge Marques dos Anjos Aula 8 Movimentos de corte Velocidades de corte Fluido de corte Slides gentilmente cedidos pelo prof. Vitor, com adaptações minhas.

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Page 1: Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Engenharia Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Processos de Fabricação I Prof. Jorge Marques

Pontifícia Universidade Católica de GoiásDepartamento de Engenharia

Curso: Engenharia de ProduçãoDisciplina: Processos de Fabricação IProf. Jorge Marques dos Anjos

Aula 8Movimentos de corte Velocidades de corte

Fluido de corte

Slides gentilmente cedidos pelo prof. Vitor, com adaptações minhas.

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Movimento de Usinagem

Movimento relativos entre a peça e a ferramenta (aresta de corte).Sem o movimento de avanço origina somente

uma única remoção de cavaco durante uma volta.

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Movimento com Retirada de Cavaco

• Movimento de avanço: é o movimento entre a peça e a ferramenta, que, juntamente com o movimento de corte, origina a retirada repetida ou contínua de cavaco, durante várias revoluções do percurso.

• Avanço = distância que a ferramenta percorre a cada giro da peça

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Movimento com Retirada de Cavaco

• Movimento efetivo de corte: é a resultante dos movimentos de corte e movimento de avanço.

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Movimento de corte

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Movimento sem Retirada de Cavaco

• Movimento de posicionamento (aproximação): é o movimento de aproximação da ferramenta em direção à peça.

• Movimento de posicionamento (recuo): é o movimento de retorno da ferramenta em direção à máquina (ponto inicial).

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Movimento com Retirada de Cavaco

• Movimento de profundidade: é o movimento entre a peça e a ferramenta, no qual a espessura da camada a ser retirada é determinada.

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Movimento com Retirada de Cavaco

• Movimento de ajuste: é o movimento de correção entre a peça e a ferramenta, no qual o desgaste da ferramenta deve ser compensado.

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Direção dos Movimentos

• Direção de corte: é a direção instantânea do movimento de corte.

• Direção de avanço: é a direção instantânea do movimento de avanço.

• Direção efetiva de corte: é a direção instantânea do movimento efetivo de corte.

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Velocidades

• Velocidade de corte (Vc): é a velocidade na aresta cortante, segundo a direção e o sentido de corte.

Velocidade = Espaço/Tempo

• Velocidade de avanço (Va): é a velocidade da ferramenta, segundo a direção e sentido do avanço.

• Velocidade efetiva de corte (Ve): é a somatória vetorial de Vc e Va.

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Velocidades no processo de Usinagem

Vc é tangencial...Vc = raio x vel. angularFórmula prática para a maioria dos processos:

= diâmetro do elemento girante (mm). = rotação por minuto1000 = fator de conversão = vel. de corte (m/min.)

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Cavaco

• O tipo de cavaco é função do perfil da ferramenta e do material usinado

• Formas de cavaco:

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Cavaco

• Cavacos em fita: O cavaco em fita pode causar acidente, ocupa muito espaço e é de difícil remoção

• Cavaco helicoidal ou espiral: mais usual• Cavaco em lascas: é preferido somente quando o

espaço é pequeno ou quando pode ser removido pelo fluído de corte

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Cavaco

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Quebra cavacos

• Para evitar os inconvenientes causados pelo cavaco como por exemplo, gumes postiços que se fundem na superfície de corte atrapalhando o acabamento da peça, ou inconvenientes devido aos cavacos tipo fita.

• Quebra cavacos são artifício colocadas na ferramenta que causa a obstrução do cavaco, causando a quebra em intervalos regulares

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Quebra cavacos

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Quebra cavacos

• Vantagens quebra cavacos:

• Reduz transferência de calor entre a peça e a ferramenta

• Reduz a obstrução do fluído de corte pelo cavaco

• Menor risco de acidente para o operador

• Maior facilidade na remoção do cavaco

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Fluido de corte

Geração de Calor durante o corte• Com o surgimento de novos tipos de materiais que

possibilitaram o aumento na velocidade e no avanço de corte, surgiu o problema do atrito e conseqüentemente o aquecimento

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Fluido de corte

Impactos do Aquecimento

• Diminuição da vida útil da ferramenta.• Aumento da oxidação da peça e da ferramenta.• Dilatação da peça e da ferramenta, causando erro nas

dimensões da peça usinada.• Riscos de acidentes no contato com o cavaco quente.

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Fluído de corte

• Os primeiros experimentos para arrefecer as peças e ferramentas em usinagem foram feitas pela equipe de Taylor, para controlar o calor gerado com as elevadas (naquela época) velocidades de corte conseguidas com o uso do HSS.

• Atualmente há uma variedade de fluidos de corte, cada um com suas propriedades e características. A maioria dos fluidos são preparados com adição de água, mas possuem propriedades antioxidantes.

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Fluído de corte

Funções do fluido de corte:

• Arrefecimento (“refrigeração”): evita deformações e distorções dimensionais.

• Lubrificação: reduz atritos entre a ferramenta e a peça.• Ajudar a limpar a região do corte, facilitando o controle

visual: retira o cavaco da zona de corte.• Proteger a máquina e a peça da corrosão, melhorando

o acabamento da peça.

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Fluído de corte

Tipos de Fluidos de Corte.• Sólidos: Grafite – Somente lubrificam• Gasoso: Ar comprimido, Nitrogênio, CO2 – Somente

refrigeram ou quando aplicados sob pressão expulsam o cavaco

• Líquido: Lubrificam, refrigeram, limpam e protegem. São os mais usados.

Há várias formulações

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Fluído de corte

Por suas características, o fluido Líquidos são os mais utilizados. Principais tipos:• Óleos de corte integrais: óleos minerais derivados do

petróleo, óleos graxos de origem animal ou vegetal, óleos compostos (mineral + graxo), sulfurados ou clorados

• Óleos emulsionáveis: óleos minerais solúveis ou óleos EP (agentes que formam uma película lubrificante e antioxidante)

• Óleos sintéticos: compostos por misturas de águas com agentes químicos

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Fluído de corte

Aditivos aos fluidos de corte:• Antiespumantes: melhor visualização da área de corte

e ajudam no efeito de refrigeração• Anticorrosivos: protegem contra corrosão• Antioxidantes: função de proteger o óleo quanto ao

contato com o oxigênio• Detergentes: reduzem a deposição de lamas e borras• Emulgadores: responsáveis de emulsão de óleo na

água• Biocidas: inibem o crescimento de microorganismos• Agentes EP: evitam o rompimento da camada de óleo

em operações de elevadas temperaturas e pressões

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Fluído de corte

Seleção de fluídos de corte:

• Os fluidos de corte solúveis e sintéticos são indicados quando a refrigeração for mais importante.

• Os óleos minerais e graxos usados juntos ou separados, puros ou contendo aditivos especiais, são usados quando a lubrificação for o fator mais determinante.

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Fluído de corte

• Direções de aplicação • A) aplicação convencional na forma de jorro à baixa pressão (sobre-cabeça)

• B) aplicação entre a superfície de corte e de saída (alta pressão)

• C) aplicação entre o fluído de corte e a peça

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Fluído de corte

• Métodos de aplicação • Jorro de fluído a baixa pressão (torneira a pressão normal)

• Pulverização• Sistema de alta

pressão

Atenção: iniciar o escoamento do fluido de corte antes da ferramenta entrar em com a peça, para evitar choque térmico.

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Fluído de corte

Utilização racional do fluido de corte.

• MQFC (Mínima Quantidade de Fluído de Corte)

• Custos• Impactos ambientais• Aplicados juntamente com ar comprimido