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JONATA PIMENTEL CORREIA 97408862 SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO SERVIÇO SOCIAL AS POLÍTICAS SOCIAIS CONTEXTO HISTÓRICO

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CidadeAno

JONATA PIMENTEL CORREIA

97408862

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOSERVIÇO SOCIAL

AS POLÍTICAS SOCIAIS CONTEXTO HISTÓRICO

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Garanhuns 2012

AS POLÍTICAS SOCIAIS CONTEXTO HISTÓRICO

Trabalho de Serviço Social apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral ao trabalho interdisciplinar individual. Profs.: Clarice da Luz Kernkamp, Maria Lucimar Pereira, Amanda Bozza, Paulo Aragão.

JONATA PIMENTEL CORREIA

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................3

2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4

2.1 POLÍTICAS SOCIAIS APÓS 1988.........................................................................5

4 CONCLUSÃO...........................................................................................................7

REFERÊNCIAS...........................................................................................................8

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1 INTRODUÇÃO

O serviço social no Brasil foi marcado por inúmeros processos de

transformações, histórico-político, com profundas renovações metodológicas no

enfrentamento da questão social. Às políticas sociais tomaram novos rumos com a

regulamentação da profissão assistente social e com a criação de novas legislações.

É fato que o processo histórico nos mostra que o serviço social teve grandes

avanços mais ainda tem muito que ser construído e o papel do assistente social são

cruciais para isso. De fato o sistema capitalista é desigual não permitindo igualdade

da divisão de riqueza mais ao mesmo tempo precisa criar mecanismos para que

essa desigualdade não atrapalhe no processo de acumulação de capital. Por este

motivo o estado criou as políticas sociais a atender a camada da população que não

participa do processo produtivo, com o serviço social sendo responsável pela

administração das políticas sociais.

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2 DESENVOLVIMENTO

Pode-se dizer que até a década de 30 não existia qualquer tipo de

políticas sociais mantidas pelo estado, sendo a igreja e a sociedade que cumpria o

papel assistencial neste período a legislação destinava-se somente a incluí-los no

mercado de trabalho. Não se sabe ao certo o gênesis das políticas sociais, pois

cada país teve seu processo histórico de desenvolvimento; o que se sabe é que o

capitalismo deu origem às políticas sociais.

A partir do capitalismo, surge a política social, construída por meio da mobilização das classes operárias advindas das revoluções industriais do século XIX. A política social foi, então, entendida como estratégia de intervenção do governo nas relações sociais originadas do mundo da produção, ou seja, foi relacionada a um processo de mediação, como estratégia estatal entre interesses conflitivos. (ROSSI, JESUS, 2012, p. 02).

Por esse motivo antes de 30, não se tinha nenhuma política social,

visto que por ser um país predominantemente agrário não se teve grandes

manifestações reivindicatórias de condições de trabalho e de vida nesse período,

tendo somente em 1923, com a lei Eloy Chaves, - que cria as caixas de

aposentadorias e pensões, uma política social propriamente dita. A partir daí o

crescimento da à industrialização no país e a necessidade de uma intervenção do

estado no controle da massa operária, foi que em 1943 foi promulgada a CLT

consolidação das leis trabalhistas, grande marco na história das conquistas dos

trabalhadores. Nos anos de 1934 a 1945 foram considerados tempos de conquistas

significativos nos campo dos direitos sociais. Em 1947 foi criado o primeiro código

de ética profissional do serviço social, que ainda continha fortes conceitos morais

ligados aos dogmas da igreja católica.

Esse primeiro código baseava-se, sobretudo, nos princípios do serviço social. Portanto, temos a moral e ética vinculadas e restrita à conduta profissional de “fazer o bem e evitar o mau” como fundamento filosófico. pelo fato de os fundamentos profissionais estarem diretamente ligados ao se preceitos ideológicos e morais da igreja católica (ou seja a ação profissional deveria estar sempre inspirado na religiosidade respeitando a lei de Deus), também trazem um concerto seus

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valores de bens e mal, de justos e injusto, honrado e desonrado. (SANTINI, 2012, p. 82).

Esse processo se estendeu até 1964 que contou com o apoio da

Declaração Universal dos Direitos humanos da ONU.

Com a queda do populismo a ditadura militar veio trazendo um

momento de retrocesso no que diz respeito aos direitos (individuais, coletivos e

políticos), com o golpe de 1964, período esse marcado pela forte violência e

repressão à população, pouco se avançou em políticas voltadas aos direitos sociais.

O código de ética profissional do serviço social de 1965 reflete bem este contexto a

pesar da critica e questionamentos dos modelos de atuações internacionais ainda

carrega fortes influencias religiosas e do modelo econômico hegemônico. Já o

código de 1975 em pleno período de ditadura ainda possuía influencia da igreja só

que menor baseava-se na tecnificação do conhecimento com o aprimoramento e

qualificação dos profissionais, que se voltava para o atendimento à demanda posta

pela industrialização crescente e seus efeitos na sociedade.

Na década de 80 com constantes mobilizações sociais em

busca de direitos é que, a educação e a seguridade social pode ter um real avanço.

É importante lembrar que movimentos como o movimento sanitarista e a oitava

conferência de saúde. São exemplos de pressão social para uma mudança de

quadro no que diz respeito aos chamados direitos social, foi nesse contexto que no

ano de 1988, foi promulgada a carta magna, também chamada de constituição

cidadã, por conter em seu texto a expressiva dos direitos sociais garantidos pelo

estado. Foi nesse período de crise da sociedade brasileira e reivindicação da classe

trabalhadora no cenário de lutas sociais que o serviço social pôde trazer a tona

novamente o movimento de ruptura com a ordem conservadora com o código de

ética de 1986.

2.1 POLÍTICAS SOCIAIS APÓS 1988

Na verdade todos os mecanismos necessários para a se chegar um

estado de bem estar social estar assegurado na constituição de 1988, foi por esse

motivo que ela ficou conhecida como constituição cidadã. O que não aconteceu pois

nos anos de 1980 a 1990 a cidadania entendida como direito político, foi sendo

deturbada a medida que os direitos universais não foram alcançados, pelo o fato do

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estado não promover os direitos sociais garantidos pela carta magna de 1988, com o

advento do neoliberalismo o estado passou a suprimir os gatos sociais para

promover o mercado pautando-se em privatizações de empresas públicas e a

mercantilização de serviços públicos, e expressiva participação das ONG`s na

execução das políticas sociais, com o estado se eximindo de suas

responsabilidades.

Com a constituição de 1988 surgiram novas mobilizações com a

intenção de assegurar os direitos conquistados, acesso à saúde e a seguridade

social em contrapartida à saciedade vivencia também o aprofundamento da crise

econômica advindo do sistema neoliberal e da necessidade do estado em intervir

com medidas corretivas, ocasionando o agravamento da situação e a destituição do

sistema de proteção social.

Isso repercute na política social especificamente nos direitos sociais,

representou um retrocesso, com raras exceções em políticas e focalistas, e

emergenciais. Dentro desta concepção a participação da comunidade a autogestão

e a solidariedade, tornam-se sugestivas alternativas de política social.

vale destacar que temos, também, expressivas conquistas, das

políticas sociais e que merecem enfaticamente investimentos monitoramento e

principalmente, proteção social, por exemplo: o sistema único de saúde com acesso

o universal, assistência à merenda escolar a educação e a previdência rural que tem

como alvo o homem do campo até então totalmente excluída das garantias e

proteção social e o seguro-desemprego.

A partir de 1993 tivemos diversos avanços no campo da assistência,

como o benefício de prestação continuada, direcionado a pessoas com deficiência e

idosos, a lei orgânica da assistência social. Vale ressaltar que o país contempla

também na sua legislação e a política de Seguridade social e o estatuto da criança e

do adolescente, porém ainda é preciso transpor muitas barreiras para a sua ampla

efetivação. Temos com o código de ética de 1993 o encerramento de uma revisão

de seu precedente de 1986, onde há ampliação de suas conquistas e se reafirmam

em seu direcionamento ético político, trazendo críticas à ordem burguesa, com a

liberdade como valor ético central e defesa dos direitos humanos.

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3 CONCLUSÃO

A partir desta análise, conclui-se que a origem da política social se

dá no capitalismo, por meio das mobilizações de classes e movimentos sociais

principalmente com a revolução industrial do século XIX. A política social nesse

conteste serve como mediador entre as demandas sociais e a intervenção

governamental para apaziguar os conflitos de classe, fica evidentes os diversos

motivos pelos quais as políticas sociais desenvolvidas pelo estado brasileiro não

consegue chegar a uma solução concreta desta forma é necessário questionar-se

sobre a contradição do processo de cidadania tendo em vista o papel do estado na

distribuição de direitos e conquistas destes.

Houve muitos avanços mais se percebe que há a necessidade de

um constante monitoramento e acompanhamento das políticas sociais, a partir faz-

se necessário à participação social através dos conselhos, como ferramentas para

que possamos intervir diretamente nessas políticas reafirmando-as e fortalecendo-

as, com o auxilio do profissional de assistência social que ao longo dos anos foi se

firmando como categoria na luta pelos direitos sociais, uma profissão que deve ter

claramente o entendimento da problematização das questões política, culturais,

econômicas e sociais, estando atentos a atitudes críticas em relação à sociedade. O

entendimento sobre a realidade da sociedade econômica e política é fundamental

em seu projeto ético-político uma ferramenta garantida após muitas lutas desde a

reafirmação do serviço social como profissão, tem a liberdade como principal

princípio.

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REFERÊNCIAS

ROSSI, Cristina. JESUS, Sirlei Fortes de. Política Social I. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

SANTINI, Maria Angela, Ética profissional: serviço social. São Paulo: Pearson,2009.

Sikorski, Daniela. Oficina de Formação: Instrumentalidade do Serviço Social. São Paulo: Pearson, 2009.

BEHRING, Elaine Rossetti; Boschetti, Ivonete. Política Social: Fundamentos e História. 2 edição. São Paulo: Cortez Editora, 2007.

FERREIRA, Claudia Maria. Fundamentos históricos, teóricos e metodológicosdo serviço social III. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

FERREIRA, Claudia Maria. Fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do serviço social IV: serviço social. São Paulo: Pearson, 2009.

NETTO, Paulo José. Ditadura e serviço social: uma análise do social no

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. 2. ed. Curitiba: UFPR, 1992. v. 2.

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