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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES” Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes” Curso de Habilitação Profissional de Técnico em Segurança do Trabalho Políticas de Saúde e Segurança do Trabalho MÓDULO II Tatuí-SP 2015

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Page 1: Políticas de Saúde e Segurança do Trabalho · estabelecerão através de Portaria, as normas de segurança e higiene do trabalho a serem observadas nos locaisdetrabalho rural

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES”

Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes”

Curso de Habilitação Profissional de Técnico

em Segurança do Trabalho

Políticas de Saúde e

Segurança do Trabalho

MÓDULO II

Tatuí-SP

2015

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Professora: Bruna Pessoa

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES”

Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes”

Curso de Especialização em Enfermagem do Trabalho

Definição de trabalho

Segundo SELL (1994), entende‐se por trabalho"tudo o que a pessoa faz para manter‐se edesenvolver‐se e para manter e desenvolver asociedade, dentro de limites estabelecidos poresta sociedade. E, o conceito de condições detrabalho inclui tudo que influencia o própriotrabalho, como ambiente, tarefa, posto, meiosde produção, organização do trabalho, asrelações entre produção e salário, etc".

Evolução das formas e organizações do trabalho

• Taylor : análise racional por meio dacronometragem;

• O homem funciona como uma máquina;

• Ignora os aspectos humanos, psicológicos efisiológicos.

Henry ford

• Utilizava o Taylorismo através de doisprincípios:

• Integração com uso de esteiras;

• Fixação do trabalhador em seu posto detrabalho.

O sistema taylorista ‐ fordista

• Fixar metas;

• Organizar tudo de forma racional;

• Detalhar todas as tarefas;

• Controlar.

Henry fayol

• Teoria da administrativa da empresa;

• Rigidez militar;

• Busca ao máximo o rendimento;

• Visão ampla do ambiente de trabalho.

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Evolução industrial

• Período de 1760 a 1830 na Inglaterra;

• Trabalho artesão x evolução de maquinários;

• Aquisição de mão‐de‐obra de maneiraindiscriminada;

Processo evolutivo

• Criação das leis trabalhistas;

• Mudança no perfil do trabalhador;

• Alteração na percepção do empregador;

• Divisão do ônus pela Previdência Social.

Segurança do trabalho

• Conjunto de medidas adotadas visandominimizar os acidentes de trabalho, doençasocupacionais, bem como proteger aintegridade e a capacidade de trabalho docolaborador.

Serviço especializado em engenharia de segurança e medicina do trabalho 

• Dimensionamento da equipe de segurançaatuante na empresa/instituição através da NR4;

• Composto por equipe multidisciplinar,determinada pelo grau de risco da empresa;

• Objetivo: Promover a saúde e proteger aintegridade do trabalhador no local detrabalho.

Comissão interna de prevenção de acidentes cipa

• Regulamentada pela NR 5;

• Composta por representantes do empregadore dos empregados;

• Formada através de eleição;

• Objetivo: prevenção de acidentes eadequação do ambiente laboral.

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Acidente de trabalho

• (ART.131 DECRETO LEI 2171 DE 05/03/97)

“ACIDENTE DE TRABALHO É O QUE OCORRE PELOEXERCÍCIO DO TRABALHO A SERVIÇO DAEMPRESA (...), PROVOCANDO LESÃO CORPORALOU PERTURBAÇÃO FUNCIONAL QUE CAUSEMORTE OU PERDA OU REDUÇÃO,PERMANENTEOU TEMPORÁRIA, DA CAPACIDADE PARA OTRABALHO.”

ÇTRABALHO

(ART.131 DECRETO LEI 2171 DE 05/03/97)•Acidente típico:

‐ Com afastamento;‐ Sem afastamento;

• Acidente de trajeto

• Ato de terceiro (sabotagem, ofensa física)‐ Dolo;‐ Culpa;• Força maior;

• Acidente fora do local e horário de trabalho• Doença profissional – constante na relação do MTB/Previdência;• Doença do trabalho.

Boa noite!!!

Continuamos na próxima aula,obrigada pela atenção

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Políticas de Saúde e Segurança do Trabalho 

PROFESSORA: Bruna Pessoa

NR 31‐ Segurança e saúdeno trabalho na agricultura,pecuária, silvicultura,exploração florestal eaquicultura

Conceitos:

• Silvicultura: é a ciência que se ocupa dasatividades ligadas a implantação eregeneração de florestas;

• Aquicultura: é a ciência que estuda técnicasde cultivo não só de peixes, mas também decrustáceos (como o camarão ou lagosta);

NR 31

• Estabelece os preceitos a serem observadosna organização e no ambiente de trabalho,de forma a tornar compatível o planejamentoe o desenvolvimento das atividades daagricultura, pecuária, silvicultura, exploraçãoflorestal e aqüicultura com a segurança esaúde e meio ambiente do trabalho. A suaexistência jurídica é assegurada por meio doartigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8 de junho de1973.

Breve histórico da legislação trabalhista rural

• Constituição Federal:

Art. 7º são direitos dos trabalhadores urbanos erurais, além de outros que visem a melhoriade sua condição social:

XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho,por meio de normas de saúde, higiene esegurança.

• Lei 5.889 de 08 de Junho de 1973 (em vigor a partirdo decreto 73.626de 12 de Fevereiro de 1974):

Art. 13‐ nos locais de trabalho rural serão observadasas normas de segurança e higiene estabelecidas emPortaria do Ministério do Trabalho e

Previdência Social.

Art. 28‐ O Ministério do Trabalho e Previdência Social,estabelecerão através de Portaria, as normas desegurança e higiene do trabalho a serem observadasnos locais de trabalho rural.

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Política Nacional em Segurança e Saúde no Trabalho Rural

• Coordena da pela Secretaria de Inspeção doTrabalho;

• Subordinada ao Departamento de Segurança e Saúdedo Trabalho;

• Realiza a Campanha Nacional de Prevenção deAcidentes no Trabalho Rural;

• Com ação educativa e fiscalizadora.

Objetivos:

• Identificar os principais problemas de segurança esaúde do setor, estabelecendo as prioridades deação, desenvolvendo os métodos efetivos decontrole dos riscos e de melhoria das condições detrabalho;

• Avaliar periodicamente os resultados da ação;

• Prescrever medidas de prevenção dos riscos no setorobservado os avanços tecnológicos, osconhecimentos em matéria de segurança e saúde eos preceitos aqui definidos;

• Avaliar permanentemente os impactos dasatividades rurais no meio ambiente de trabalho;

• Elaborar recomendações técnicas para osempregadores, empregados e para trabalhadoresautônomos;

• Definir máquinas e equipamentos cujos riscos deoperação justifiquem estudos e procedimentos paraalteração de suas características de fabricação ou deconcepção;

• Criar um banco de dados com base nas informaçõesdisponíveis sobre acidentes, doenças e meioambiente de trabalho, dentre outros.

Principal risco: intoxicação com agrotóxicos 

• Exposição direta:

• Manuseio incorreto;

• Falta de informação;

• Fiscalização insuficiente.

Aos trabalhadores expostos diretamente com agrotóxico deverão:

• Conhecimento das formas de exposição direta eindireta aos agrotóxicos;

• Conhecimento de sinais e sintomas de intoxicação emedidas de primeiros socorros;

• Rotulagem e sinalização de segurança;

• Medidas higiênicas durante e após o trabalho;

• Uso de vestimentas e equipamentos deproteção pessoal;

• Limpeza e manutenção das roupas,vestimentas e equipamentos de proteçãopessoal.

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Demais riscos• Acidentes com ferramentas manuais;

• Acidentes com animais peçonhentos;

• Exposição a agentes infecciosos e parasitáriosendêmicos;

• Exposição às radiações solares por longos períodos;

• Exposição a ruído e à vibração.

Principais EPIs utilizados

• Respiradores;

• Luvas;

• Viseira Facial;

• Jaleco e Calça hidro‐repelentes;

• Boné Árabe;

• Capuz ou Touca;

• Avental;

• Botas.

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no trabalho Rural

• Assegurar a divulgação de direitos, deveres e obrigações queos trabalhadores devam conhecer em matéria de segurança esaúde no trabalho;

• Adotar os procedimentos necessários quando da ocorrênciade acidentes e doenças do trabalho;

• Assegurar que se forneça aos trabalhadores instruçõescompreensíveis em matéria de segurança e saúde, bem comotoda orientação e supervisão necessárias ao trabalho seguro;

• Garantir que os trabalhadores, participem das discussõessobre o controle dos riscos presentes nos ambientes de

trabalho;

• Informar aos trabalhadores:

• Os riscos decorrentes do trabalho e as medidas de proteçãoimplantadas, inclusive em relação a novas tecnologias adotadaspelo empregador;

• Os resultados dos exames médicos e complementares a queforam submetidos, quando realizados por serviço médicocontratado pelo empregador;

• Os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais detrabalho.

• Permitir que representante dos trabalhadores, legalmenteconstituído, acompanhe a fiscalização dos preceitos legais eregulamentares sobre segurança e saúde no trabalho;

Serviço especializado em prevenção de acidentes do trabalho rural 

• Mesma composição do SESMET geral;

• Definição da quantidade através do quadro Ida NRR 2;

• Obrigatório a partir de 100 trabalhadores napropriedade rural;

SEPATR

• Estabelece a obrigatoriedade para que asempresas rurais, em função do número deempregados que possuam, organizem emantenham em funcionamento serviçosespecializados em Segurança e Medicina doTrabalho, visando à prevenção de acidentes dotrabalho e doenças ocupacionais no meiorural. A sua existência jurídica é asseguradapor meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8 dejunho de 1973.

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Comissões Permanentes de Segurança e Saúde no Trabalho Rural

• Estudar e propor medidas para o controle e a melhoria dascondições e dos ambientes de trabalho rural;

• Realizar estudos, com base nos dados de acidentes e doençasdecorrentes do trabalho rural, visando estimular iniciativas deaperfeiçoamento técnico de processos de concepção eprodução de máquinas, equipamentos e ferramentas;

• Propor e participar de Campanhas de Prevenção de Acidentesno Trabalho Rural;

• Incentivar estudos e debates visando o aperfeiçoamentopermanente desta Norma.

CPSTR

• Dividida em duas instâncias: nacional CPNR eregional CPRR;

• A CPRR terá a seguinte composição paritáriamínima:

a)três representantes do governo;

b)três representantes dos trabalhadores;

c)três representantes dos empregadores.

• Os representantes dos trabalhadores e dosempregadores, bem como os seus suplentes,serão indicados por suas entidadesrepresentativas.

• Os representantes titulares e suplentes serãodesignados pela autoridade regional competentedo Ministério do Trabalho e Emprego.

• A coordenação da CPRR será exercida por um dosrepresentantes titulares da Delegacia Regional doTrabalho .

Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente de Trabalho Rural

• Os empregadores rurais ou equiparadosdevem implementar ações de segurança esaúde que visem a prevenção de acidentes edoenças decorrentes do trabalho na unidadede produção rural, atendendo a seguinteordem de prioridade: (em vigor ‐ 90 dias dasua publicação(04/06/05)).

Ações 

• Eliminação de riscos através da substituiçãoou adequação dos processos produtivos,máquinas e equipamentos;

• Adoção de medidas de proteção coletiva paracontrole dos riscos na fonte;

• Adoção de medidas de proteção pessoal.

Transporte dos trabalhadores

• Possuir autorização emitida pela autoridade de trânsito competente;

• Transportar todos os passageiros sentados;

• Ser conduzido por motorista habilitado e devidamente identificado;

• Possuir compartimento resistente e fixo para a guarda das ferramentas e materiais, separado dos passageiros.

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Escola Dr. Gualter Nunes                                                                                                  data: 22/08/13 

Professora: Bruna Pessoa  

Matéria: Políticas de saúde e segurança do trabalho 

Nome: 

2º Avaliação substitutiva    

1) Como é estabelecida a base de calculo do FAP? 

 

 

2) Dentro do estudo sobre o ministério do trabalho e a saúde e segurança no trabalho, é 

atribuição do mesmo?  

 

 

3) Em se tratando da NR 36, em relação ao conforto térmico marque V ou F: 

(  ) deve ser realizado controle da temperatura, da velocidade do ar e a umidade; 

(  ) aos trabalhadores expostos ao sol deverá ser entregue boné de proteção; 

(  ) deve se proporcionar acesso fácil e irrestrito a água fresca; 

(  ) deve ser entregue luvas para os trabalhadores expostos ao frio. 

 

4) Qual é o objetivo principal do FAP? 

 

 

 

5) Quais os principais objetivos da NR 36? 

 

 

6) Em relação ao processo histórico do trabalho tivemos três grandes personalidades que 

marcaram essa época, quem foram e qual o princípio de cada um? 

 

 

7) O  prazo  de  validade  de  cada  ratificação  das  convenções  da  OIT  que  entram  em 

vigência é de? 

A(  ) 12 meses; 

B(  ) 12 anos; 

C(  )10 meses; 

D(  ) 10 anos. 

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8) Na Conferência Internacional do trabalho ocorrida anualmente são discutidos diversos 

temas, sendo respectivamente? 

A(  )temas  diversos  do  trabalho,  adoção  e  revisão  de  normas  internacionais  do 

trabalho, aprovação de suas políticas, o programa de trabalho e o orçamento; 

B(  )temas  diversos  do  trabalho,  adoção  e  retificação  de  normas  internacionais  do 

trabalho, aprovação de suas políticas, o programa de trabalho e o orçamento; 

C(  )temas  diversos  do  trabalho,  adoção  e  revisão  de  normas  internacionais  do 

trabalho, aprovação de suas legislações, o programa de trabalho e o orçamento; 

D(    )temas diversos do trabalho, adoção e revisão de normas do trabalho, aprovação 

de suas políticas, o programa de trabalho e o orçamento; 

 

                                                                                                                                            

9) Qual o papel da OIT perante a nossa legislação trabalhista? 

 

 

10) Qual  programa  relacionado  à  saúde  e  segurança  do  trabalhador  foi  instituído  pela 

convenção 148? 

 

 

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PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO PPP

O que é:

• É um formulário com campos a serempreenchidos com todas as informaçõesrelativas ao empregado, como por exemplo, aatividade que exerce, o agente nocivo ao qualestá exposto, a intensidade e a concentração doagente, exames médicos clínicos, além dedados referentes à empresa.

Objetivos:

• Agilizar e “monitorar” a concessão dasaposentadorias especiais aos empregadosdepois de 15, 20 ou 25 ano de atividade emambiente prejudicial à saúde.

Particularidades

• Documento referente ao histórico laboral dotrabalhador ;

• Tem propósito previdenciário;

• Orienta e subsidia os processos dereconhecimento de aposentadoria especial, deconversão de tempo especial em tempo comum eou ainda para corroborar como meio de provapara benefício por incapacidade.

São obrigados a fornecer o PPP

• Empresas que exercem atividades queexponham seus empregados a agentes nocivosquímicos, físicos, biológicos ou associação deagentes prejudiciais à saúde ou à integridadefísica.

Como é realizado

• Fornecido pela empresa que o trabalhadorexerce suas funções;

• O PPP é alimentado pelas informaçõescontidas no Laudo Técnico de CondiçõesAmbientais de Trabalho – LTCAT - expedidopelo médico ou engenheiro de segurança.

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O que é o LTCAT

• Para Leonídio F. Ribeiro Filho “é o documentoque identifica, dentre outras especificidades, ascondições ambientais do trabalho, o registrodos agentes nocivos e a conclusão de que aexposição a estes são ou não prejudiciais àsaúde ou à integridade física”

Objetivos do LTCAT

• Apresentar os resultados da análise global dodesenvolvimento do PPRA, PGR, PCMAT edo PCMSO;

• 2. Demonstrar o reconhecimento dos agentesnocivos e discriminar a natureza, intensidade econcentração que possuem;

• 3. Identificar as condições ambientais detrabalho por setor ou processo produtivo, porestabelecimento ou obra em consonância comos diapositivos desta Instrução Normativa ecom demais expedientes do MPAS, do MTEou do INSS pertinentes.

• 4. Explicar as avaliações quantitativas equalitativas dos riscos, por função, por grupohomogêneo de exposição ou por posto detrabalho.

Quando deverá ser emitido o PPP?

• Deve ser mantido atualizado magneticamenteou por meio físico com a seguinte aperiodicidade:

• 1. Anualmente, na mesma época em que seapresentar os resultados da análise global dodesenvolvimento do PPRA , PGR – PCMAT edo PCMSO.

• 2. Nos casos de alteração do lay out daempresa com alterações de exposições deagentes nocivos, mesmo que o código daGFIP/ SEFIP ã l ( 187 §2º i i

O PPP deverá ser solicitado:

• Por ocasião do encerramento do contrato de trabalho;

• Para fins de requerimento de reconhecimento de períodos laborados em condições especiais;

Profissionais responsáveis pelo PPP

• Será assinado pelo representante legal daempresa ou seu preposto, indicando o nome domédico do trabalho e do engenheiro desegurança do trabalho de acordo com odimensionamento do SESMT.

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Sanções a empresa que não fornece o documento

• A empresa que não mantiver o P atualizado oucaso não entregue ao trabalhador quando darescisão do contrato de trabalho sujeitar-se-á àmulta variável nos termos da Portaria nº727/03 do MPAS e alínea “o”, inciso I do art.283 do RPS e art. 92 do PCSS.

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Segurança e Saúde no Trabalho 1) Afinal, o que é PPP ? R: PPP é a sigla de Perfil Profissiográfico Previdenciário, um documento histórico-laboral do trabalhador, apresentado em formulário instituído pelo INSS, contendo informações detalhadas sobre as atividades do trabalhador, exposição a agentes nocivos à saúde, resultados de exames médicos e outras informações de caráter administrativo. O modelo do formulário encontra-se no Anexo XV da Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/2010.

2) Qual o objetivo do PPP ? R: Apresentar, em um só documento, o resumo de todas as informações relativas à fiscalização do gerenciamento de riscos e existência de agentes nocivos no ambiente de trabalho, além de ser o documento que orienta o processo de reconhecimento de aposentadoria especial.

3) O Perfil Profissiográfico foi instituído por uma Instrução Normativa do INSS ? R: Não. A Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/2010 regulamenta e formata o PPP, cuja exigência encontra-se prevista na Lei nº 8.213/91 e no Regulamento da Previdência Social (Decreto nº 3.048/99). Veja a letra da Lei: "A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica desse documento. (art. 58, parágrafo 4, Lei 8.213/91)"

4) O que se entende por aposentadoria especial? R. É benefício decorrente do trabalho realizado em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física do segurado, de acordo com

a previsão legal1

5) Onde se obtém as informações necessárias para preenchimento do PPP ? R: As informações devem ser extraídas do Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT), do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), este último no caso de empresas de mineração.

6) Quem está obrigado a fazer o PPP ? R: A elaboração e atualização do PPP são obrigatórias para todos os empregadores, bem como sua entrega ao trabalhador na ocasião da rescisão do contrato de trabalho. O formulário deve ser assinado pelo representante legal da empresa com a indicação dos responsáveis técnicos pelo PCMSO e LTCAT.

7) Quem é o responsável técnico pelo LTCAT ? R: O LTCAT - Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho, por determinação expressa da legislação previdenciária, deve ser expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.

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8) Qual a diferença entre o LTCAT e o PPRA ? R: O LTCAT, como o nome diz, é um laudo técnico, isto é, um documento que retrata as condições do ambiente de trabalho de acordo com as avaliações dos riscos, concluindo sobre a caracterização da atividade como especial. O PPRA, por sua vez, é um programa de ação contínua, não é apenas um documento (ver FAQ do PPRA neste website) . O LTCAT pode ser um dos documentos que integram as ações do PPRA.O PPRA é uma exigência da legislação trabalhista (Norma Regulamentadora nº 9) e o LTCAT da legislação previdenciária. Veja a letra da Lei: "A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. (art 58, parágrafo 1º, Lei 8.213/91)"

9) O PPP é mais um documento que deverá ser apresentado à fiscalização do INSS ? R: Ele deve estar disponível para a fiscalização, mas ele é mais que isso. O PPP substitui, a partir de 01/01/2004, o formulário DIRBEN 8030 (antigo SB-40). Ele não é um formulário a mais, ele concentra todas as informações do laudo técnico e dos formulários antigos.

10) O PPP deve ser feito apenas para trabalhadores expostos a agentes nocivos à saúde ? R: Por enquanto sim. A empresa deve elaborar e manter atualizado o PPP para todos os trabalhadores expostos a agentes nocivos e fornecer cópia autêntica do documento ao trabalhador na ocasião da rescisão do contrato de trabalho.

11) Qual a relação de agentes nocivos à saúde capaz de gerar direito à aposentadoria especial ? R: A relação de agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, consta do Anexo IV do Regulamento da Previdência Social ( Decreto 3.048/99 )

12) Além dos agentes nocivos e quais outras condições que deverão estar presentes para fins de concessão de aposentadoria especial? R. Para fins de caracterização de atividade especial depende de comprovação do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos em atividade com efetiva exposição a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associações de agentes prejudiciais à saúde ou integridade física, observada a carência exigida. 13) O que se entende por trabalho permanente? R. É aquele em que o segurado, no exercício de suas funções, esteve efetivamente exposto aos agentes nocivos: biológicos, físicos, químicos ou associação de agentes. 14) O que se entende por trabalho não ocasional nem intermitente? R. É aquele em que, na jornada de trabalho não houve interrupção ou

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suspensão do exercício de atividade com exposição aos agentes nocivos, ou seja, não foi exercida de forma alternada, atividade comum

e especial.

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é um formulário com campos a serem preenchidos com todas as informações relativas ao empregado, como por exemplo, a atividade que exerce, o agente nocivo ao qual está exposto, a intensidade e a concentração do agente, exames médicos clínicos, além de dados referentes à empresa. O formulário deve ser preenchido pelas empresas que exercem atividades que exponham seus empregados a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física (origem da concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição). Além disso, todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, de acordo com Norma Regulamentadora nº 9 da Portaria nº 3.214/78 do MTE, também devem preencher o PPP. O PPP deve ser preenchido para a comprovação da efetiva exposição dos empregados a agentes nocivos, para o conhecimento de todos os ambientes e para o controle da saúde ocupacional de todos os trabalhadores. PPP Eletrônico Estamos transformando o formulário do Perfil Profissiográfico Profissional – PPP em um sistema: as empresas terão acesso ao programa, farão as atualizações necessárias e enviarão para a Previdência Social, a exemplo do funcionamento do programa de declaração de imposto de renda. O PPP Eletrônico deverá, a princípio, estar disponibilizado na Internet, possibilitando que o trabalhador possa acessá-lo por meio de senha individual, permitindo assim o acompanhamento do preenchimento e das atualizações; a solicitação de retificação de possíveis erros; a emissão e impressão imediata quando necessitar para qualquer comprovação; entre outros. A partir da disponibilização do PPP Eletrônico pela Previdência Social as empresas serão obrigadas a informar o perfil profissiográfico de todos os trabalhadores, inclusive dos que não exerçam atividades baixo agentes nocivos físicos, químicos, biológicos ou combinação destes. Os parâmetros para elaboração e as regras de negócio do Sistema PPP Eletrônico já foram definidos pelo DPSO.

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Legislação específica: o Instrução Normativa INSS/PRES nº 45, de 06 de agosto de 2010 o Anexo XV: Formulário do Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP o Anexo XII: Declaração de exercício de Atividade Rural

ARMADILHAS DO PPP Sem sombra de dúvidas, o PPP veio para ficar, inobstante as várias prorrogações para a implantação do documento. Com a visível intenção de afunilar as aposentadorias especiais, a Previdência somente caracteriza como atividade especial aquela exercida sob condições de exposição aos agentes nocivos de forma habitual e permanente, não ocasional, nem intermitente, inclusive utilizando-se de pleonasmo vicioso na redação da Instrução Normativa, como forma de reforçar a exigibilidade da exposição por toda a jornada de trabalho. Adicionalmente, o texto legal reforça conceituando agentes nocivos como aqueles capazes de causar danos à saúde ou a integridade física do trabalhador, ou seja, se o agente não for capaz de ocasionar qualquer malefício, descabe a classificação como agente nocivo e, conseqüentemente, a caracterização da aposentadoria especial. É bem verdade que o PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário - não traz qualquer novidade em termos de conteúdo de informação em segurança e saúde do trabalhador, eis que, simplesmente, consolida informações contidas em outros programas já existentes, como o PPRA, PGR (no caso de mineração), PCMAT (no caso das empresas da construção civil), e PCMSO - Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional. Porém, tais informações sempre foram tratadas individualmente em seus programas, cujos documentos eram guardados em gavetas distintas a fim de que nunca se encontrassem e, na maioria das vezes, inexistindo coerência entre os dados; com o advento do PPP, tais informações estarão juntas, numa mesma página, revelando imediatamente tais incongruências. Há, no PPP, uma série de armadilhas nas informações de preenchimento, que podem ser sintetizadas em quatro itens: • cargo, função e descrição das atividades; • exposição aos agentes nocivos e codificação da GFIP; • informações médicas e CAT´s emitidas; • informações médicas e dados ambientais. A primeira armadilha está na consignação do cargo, função e descrição das atividades do segurado. Contradições entre cargos e atividades ficarão evidentes. A empresa ficará vulnerável a um pedido judicial de equiparação salarial. O torneiro mecânico que opera torno CNC terá um documento em mãos para provar suas alegações. A solução é corrigir todos os desvios de funções, para prevenir ações trabalhistas. O lançamento do código da GFIP em razão da exposição dos segurados aos agentes nocivos constitui-se na segunda armadilha do PPP. Este código definirá as bases da tributação da empresa. Se não houver exposição dos segurados a quaisquer agentes, a empresa estará isenta da alíquota suplementar do SAT. Caso contrário, sujeitar-se-á a custear a aposentadoria especial dos segurados que estiverem submetidos aos agentes nocivos. Nos termos da legislação aplicável, os agentes nocivos podem ser neutralizados mediante implementação do uso dos equipamentos de proteção individual ou medidas administrativas (rodízio, particularmente no caso de calor). No entanto, é preciso que se assegure de forma técnica e, não somente legal, que tais EPI´s ou medidas estão realmente neutralizando os agentes nocivos. A terceira cilada do PPP refere-se ao confronto entre as informações médicas e as CAT´s emitidas. Todo acidente, ou mesmo doença relacionada ao trabalho, deve ser

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notificado por CAT. Se o campo informações médicas detectar desencadeamento ou agravamento de moléstia relacionada ao trabalho, deverá haver a correspondente notificação no campo CAT´s emitidas. Finalmente, o campo informações médicas denunciará os dados ambientais como inverdadeiros, à medida que existe a exposição a determinado agente; tal exposição é neutralizada pelo uso dos equipamentos de proteção individual; conseqüentemente, a empresa está isenta do pagamento do SAT adicional; no entanto, as informações médicas evidenciam que há agravamento ou desencadeamento de doença. Diga-se, de passagem, que o PPP poderia ser elaborado com os programas pré existentes; porém, estes documentos deveriam ser elaborados com o mínimo de rigor técnico, o que nem sempre acontece, transformando os programas em meros papéis sem qualquer outra ação posterior. Além do que, as exigências contidas na legislação previdenciária para a elaboração do PPP são muito mais rigorosas do que aquelas da legislação trabalhista. O PPP será uma poderosa fonte de informações da Previdência, inclusive para efeito de política pública, conseguindo visualizar, à distância, as condições a que estão expostos os trabalhadores. A GFIP, que anteriormente já continha informações do empregado, tais como o nome do segurado, sua remuneração e a contribuição devida, agora contém um código indicador de quantas fontes empregatícias possui o segurado, bem como se ele está exposto a quaisquer agentes nocivos, constituindo-se em lançamento da contabilidade ambiental. A inovação trazida com o PPP é sua característica histórico-laboral. O documento é um instrumento de reconhecimento do direito do trabalhador, constituindo-se no curriculum vitae da saúde do empregado, desde quando ingressou na empresa. Caso seja bem elaborado, sob o ponto de vista da defesa empresarial, outra finalidade do PPP é servir como um meio de prova favorável para a empresa. Certamente, o PPP não pode ser visto simplesmente como uma burocracia, mas inteligentemente utilizado como instrumento de gestão do ambiente de trabalho. Advirta-se a empresa de que as informações do PPP são privativas do trabalhador e não podem ser exigidas pela empresa quando do processo seletivo, sob pena de caracterização de crime previsto na Lei 9.029/95.

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Professora: Bruna Pessoa

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES”

Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes”

Curso de Técnico de Segurança do Trabalho

Legislação – Normas regulamentadoras

NR ‐ 05 CIPA;

NR ‐ 06 EPI;

NR ‐ 07 PCMSO (Programa de ConservaçãoAuditiva) “PCA”;

NR ‐ 09 PPRA.

Nr‐ 07 PCMSO ‐ PCA

OBJETIVO

Estabelece a rotina às atividades de Higiene e Medicina do

Trabalho, visando a:

Conservação da saúde auditiva dos empregados;

Prevenção da perda auditiva induzida por ruído (PAIR);

Cumprimento das Normas Legais de responsabilidade do

empregador, mediante o Ministério do Trabalho;

Adequação da empresa às exigências legais.

Aplicabilidade

Através de atividades educativas ;

Através de controle médico;

Adoção de medidas de Engenharia de Segurança ;

Conhecendo o Risco

O Que é o Som ?

‐ É uma vibração que se propaga pelo ar em

forma de ondas e que é percebida pelo ouvido

humano. É uma sensação agradável em nível

suportável e que não irrita.

O Que é o Ruído?

‐ É um som ou conjunto de sons capaz de prejudicar

a saúde do homem.

Efeitos do Ruído à saúde

Conhecendo o Risco

Como o Ruído pode prejudicar 

minha qualidade de vida?

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Como funciona nosso ouvido Efeitos ao Organismo

Efeitos no Trabalho Fatores que influenciam o Risco

Ruído

‐ Tempo de Exposição

‐ Tipo de ruído

‐ Lesões no ouvido

‐ Sensibilidade Individual

‐ Distância da fonte Ruidosa

COMO SE PROTEGER DO RUÍDO

Medidas de Proteção Coletiva e Individual

‐ Conserto, lubrificação e Manutenção periódica de máquinas a fim de

minimizar o ruído da operação;

‐ Melhor fixação das partes móveis, evitando assim vibração e

consequentemente o ruído;

‐ Instalação das máquinas sob suportes acústicos;

‐ Isolamento das máquinas ruidosas;

‐ Descanso em salas silenciosas, nas pausas durante o trabalho,

fazendo‐se rodízio de função;

Objetivo da NR – 09 PPRA

PPRA, visa a preservação da saúde e da

integridade dos trabalhadores, através da

antecipação, reconhecimento, avaliação e

conseqüente controle da ocorrência de riscos

ambientais existentes ou que venham a existir

no ambiente de trabalho, tendo em

consideração a proteção do meio ambiente e

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NR – 09 PPRA

Está estruturado em 4 (quatro) fases

principais:

1º FASE : Identificação e reconhecimento dos

riscos (Documento‐base);

2º FASE : Avaliação quantitativa de exposição;

3º FASE : Medidas de controle propostas;

4º FASE : Monitoramento da exposição

responsabilidade de elaboração

“9.3.1.1 A elaboração, implementação,

acompanhamento e avaliação do PPRA

poderão ser feitas pelo Serviço Especializado

em Engenharia de Segurança e em edicina do

Trabalho ‐ SESMT ou por pessoa ou equipe de

pessoas que, a critério do empregador, sejam

PPR ‐ Programa de Proteção Respiratória

O programa de proteção respiratória serve para que o

empresário tenha certeza de que o seu funcionário está

saudável hoje e que continuará no futuro também.

É obrigatório para as empresas em que temos trabalhadores

em ambientes com material em suspensão (aerodispersóides)

e considerados prejudiciais à saúde.

Objetivos

Manter o controle para o correto uso de

protetores das vias aéreas (respiratórias), e

dos funcionários envolvidos em ambientes

contendo elementos em suspensão

(aerodispersóides, névoas, fumos,

radionuclídeos, neblina, fumaça, vapores,

gases) que provoquem danos às vias

ResponsabilidadesO administrador da empresa é o principal

responsável por tudo que ocorrer dentro da

mesma, seja por culpa (contratual, extracontratual

ou aquiliana, "in eligendo", "in vigilando", "in

committendo", "in omittendo", "in custodiendo",

"in concreto" ou "in abstracto") , dolo, imprudência

ou negligência.

É o administrador que poderá realizar alterações

no programa de proteção respiratória.

O Engenheiro do Trabalho, Médico Ocupacional ou

Boa noite!!!

Estudem para a Prova. Boa semana atodos!

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Assédio Moral

Professora: Bruna Pessoa

O que é?

• É a exposição dos trabalhadores a situaçõeshumilhantes,repetitivas e prolongadas;

• Comuns em relações hierárquicas autoritárias eassimétricas, de longa duração, de um ou maischefes dirigida a um ou mais subordinado(s),

• Desestabilização da relação da vítima com oambiente de trabalho e a organização, forçando‐o a desistir do emprego.

O que é humilhação? 

• É um sentimento de ser ofendido/a,menosprezado/a, rebaixado/a, inferiorizado/a,submetido/a, vexado/a, constrangido/a eultrajado/a pelo outro/a. É sentir‐se umninguém, sem valor, inútil. Magoado/a,revoltado/a, perturbado/a, mortificado/a,traído/a, envergonhado/a, indignado/a e comraiva. A humilhação causa dor, tristeza esofrimento.

Processo histórico• As décadas de 60 e 70 a visão de proteção ao ser humano na qualidade de

peça no mecanismo de produção começou a ser aviltada, sendo de sedestacar um exemplo que denota tal postura que foi a substituição daestabilidade no emprego pelo FGTS como inovação trabalhista em nossosistema;

• Na década de 90, com o abandono do conceito de bem‐estar pelo Estadoe sua substituição pela visão neoliberalista presente até os dias atuais assituações motivadoras do assédio moral se proliferaram;

• No Brasil, inegável constatação se chega que a legislação atinente ao temaainda é diminuta e discreta, no entanto, já foram promulgadas algumasleis no âmbito municipal e estadual que tipificam mais claramente oassédio moral como forma de delito.

Assédio moral X trabalho

• O assédio em si não é doença do trabalho, mas seatentarmos para a interligação direta do ambiente detrabalho, o conjunto de ações do empregador ou seusprepostos direcionadas ao empregado, de forma reiterada,de modo a constrangê‐lo, no sentido de expor o mesmo aoescárnio e afastamento do grupo após período contínuo derepetição, destinada a desorientar o mesmo, culminandocom o encaminhamento do trabalhador ao INSS, já háindícios suficientes para caracterizar doença física ou decunho emocional em função de fatores ligados ao trabalho.

Características 

• repetição sistemática intencionalidade (forçar o outro a abrir mão do emprego);

• direcionalidade (uma pessoa do grupo é escolhida como bode expiatório);

• temporalidade (durante a jornada, por dias e meses);

• degradação deliberada das condições de trabalho.

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Sintomas 

• Logo após as primeiras mudanças decomportamento, aparecem às doençascaracterísticas, isso é certo, males físicos oupsíquicos. O empregado vítima desse tipo deagressão adoece, e da mesma forma em todo omundo, é só uma questão de tempo e estárelacionada à resistência física ou mental do serhumano. Não há como prever o momento exatopara que um ou outro trabalhador sejaencaminhado pela própria empresa aos órgãoscompetentes de saúde pública.

• Ansiedade, depressão, úlceras, colites, etc. Esses são os menoressintomas declarados pelos profissionais de saúde, em relação aosoperários dos grandes polos industriais, montadoras, unidadesfabris, construção civil, setores terciários como empregados nocomércio, em empresa de conservação e limpeza e empreiteiros;

• As síndromes nos intestinos, o emagrecimento intenso ou entãorápido aumentos de peso, distúrbios digestivos, distúrbiosendocrinológicos, crises de hipertensão arterial incontrolável,mesmo sob tratamento, indisposições, vertigens, doenças da pele;

• Em psicanálise, o traumatismo inclui um acontecimento intensoeventualmente repetido na vida da pessoa, nossos trabalhadoressão acometidos por Síndrome do Pânico e Transtorno ObsessivoCompulsivo. Os empregados são subjugadas pela armadilha darealidade externa.

Tríade do assédio  

• O desemprego;

• Violência urbana e a;

• saúde pública no país.

Visão do INSS

• A perícia médica/psiquiátrica é um dos meios deprova mais simples utilizados em juízo para fazera prova do assédio moral. Qualquer médico, nosdias atuais, identifica a patologia do empregadoao traçar o paralelo entre o nexo causal, a rotinado trabalhador na empresa e a doença eclodida.Os profissionais de saúde pública não só tomamas medidas necessárias, como denunciam aoMinistério do Trabalho, em regra, os médicos temajudado muito nas estatísticas.

Papel da OIT• A violência moral no trabalho constitui um fenômenointernacional segundo levantamento recente daOrganização Internacional do Trabalho (OIT) comdiversos países desenvolvidos. A pesquisa aponta paradistúrbios da saúde mental relacionado com ascondições de trabalho em países como Finlândia,Alemanha, Reino Unido, Polônia e Estados Unidos. Asperspectivas são sombrias para as duas próximasdécadas, pois segundo a OIT e Organização Mundial daSaúde, estas serão as décadas do ’mal estar naglobalização", onde predominará depressões, angustiase outros danos psíquicos, relacionados com as novaspolíticas de gestão na organização de trabalho e queestão vinculadas as políticas neoliberais.

Sociedade 

• O Brasil não foge a regra, além das normas protetivas,somos signatários dos mesmos Tratados Internacionais deProteção ao Trabalho Humano que os países maismodernos do mundo apesar de não existir no ordenamentopátrio, normas específicas com relação ao assédio moral notrabalho, ao contrário de grande parte da comunidadeinternacional. No entanto, podemos contar com a proteçãode normas análogas e lançar mão dos incontáveis TratadosInternacionais que somos signatários.

• O Estado tem legitimidade legal para conter fenômenossociais silenciosos que estão causando o barbárie humana,em especial, assola a base da pirâmide social, ou seja, aesmagadora maioria da população, o povo. E além deevidenciada nas cidades, em longo prazo tende o corroertoda uma nação

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Alerta 

• Em plena Era Tecnológica, a melancolia edepressão fazem parte da rotina dooperariado, e isso se tivermos sorte, poisesses sintomas correspondem a quase nada,se considerarmos os acidentes de trabalho nasindústrias e as doenças ocupacionais quecausam a vítima, patologias que levam ainaptidão parcial ou total para o trabalho.

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ACIDENTES DO TRABALHO 

Profª. Bruna Pessoa

ACIDENTE DE TRABALHO

• Ocorre pelo exercício do trabalho a serviço daempresa;

• Provocando lesão corporal ou perturbaçãofuncional que cause a morte ou a perda ouredução, permanente ou temporária, dacapacidade para o trabalho.

TIPOS DE ACIDENTE DE TRABALHO

• Acidente Típico: o que ocorre pelo exercício dotrabalho a serviço da empresa ;

• Doença Profissional: produzida ou desencadeada peloexercício do trabalho peculiar a determinada atividadee constante da relação de que trata o Anexo II doDecreto 3.048/99.

• Doença do Trabalho: adquirida ou desencadeada emfunção de condições especiais em que o trabalho érealizado e com ele se relacione diretamente.

ACIDENTES POR EQUIPARAÇÃO

• Agressão, sabotagem outerrorismo;

• Ofensa física intencional, pordisputa relacionada ao trabalho;

• Imprudência, negligência ouimperícia;

• Ato de pessoa privada do uso darazão;

• Força maior;

• Contaminação acidental.

Sofrido no locale horário detrabalho emconsequênciade colega outeceiros:

ACIDENTES POR EQUIPARAÇÃO

• Cumprimento de ordem / serviço;• Prestação espontânea de serviço 

para evitar prejuízos à empresa ou proporcional proveito;

• Viagem a serviço / estudo, quando financiada pela empresa;

• Percurso residência‐trabalho e vice‐versa;

• Períodos de refeição / descanso / outras necessidades fisiológicas.

Sofrido fora dolocal e horáriode trabalho:

Caracterização da doença ocupacional

• Incapacidade para o trabalho: Art. 20 da Lei n.8.213/91 – somente se considera acidente detrabalho o que produza incapacidade laborativa;

• Perícia do INSS / Nexo Causal: Art. 337 doDecreto 3.048/99 – Caracterização por períciamédica do INSS, que deverá fazer oreconhecimento técnico nexo causal entre adoença existente e o trabalho desenvolvido pelosegurado. (NTEP = CNAE x CID‐10)

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NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO (NTEP)

• Lei 11.430 (12/2006)

• Altera o Art. 21 – A da Lei 8.213/91,determinando que a perícia do INSS consideraráacidentário o afastamento quando constatar aocorrência de nexo técnico epidemiológico entreo trabalho e o agravo, conforme regulamento.

• A empresa poderá requerer a não aplicação donexo, mediante recurso junto ao INSS, com efeitosuspensivo.

EXEMPLOS NTEP

• LISTA C, do Decreto 3.048/99:

• 1 ‐ São indicados intervalos de CID‐10 em que se reconhece Nexo Técnico Epidemiológico, na forma do § 3o do art. 337, entre a entidade mórbida e as classes de CNAE indicadas, nelas incluídas todas as subclasses cujos quatro dígitos iniciais sejam comuns.

EXEMPLOS NTEP

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RECONHECIMENTO DO ACIDENTE E DOENÇA OCUPACIONAL

• ANTES: morte, lesão e perturbação funcional;

• ATUALMENTE: os mesmos, mais transtornode saúde, distúrbio, disfunção, síndrome deevolução aguda, crônica e independente dotempo.

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O QUE É QUALIDADE? 

????

• Qualidade, palavra chave muito difundidanas Empresas: fácil de falar e difícil de fazer.

↓↓↓

• Forma de gerenciamento, que quando implantadavirá melhorar de modo contínuo o desempenhoorganizacional

Conceito de Qualidade 

• CHIAVENATO (2000) ‐ o atendimento dasexigências do cliente. GIL (1997) ‐ eficácia noatendimento ao consumidor na satisfação deseus anseios e desejos de consumo.

• MAXIMIANO (1997) – significa o melhor quese pode fazer, o padrão mais elevado dedesempenho.

O que é qualidade de vida? Esta relacionado com:

• A expectativa de vida aumentada;

• Diminuição da mortalidade;

• Poder sócio econômico;

• Controle de sintomas das patologias.

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Diversos autores trazem o conceito como:

• Sinônimo de saúde (bem estar físico, mental, social e espiritual);

• Conceito abrangente;

• Definido através da particularidade de cada um.

Segundo Santin, 2002 et al.

• Qualidade de vida é considerada como apercepção do individuo de sua posição na vidano contexto da cultura e sistema de valoresnos quais vive e em relação aos seusobjetivos, expectativas, padrões epreocupações e mesmo como uma questãoética que deve primordialmente, ser analisadaa partir da percepção individual de cada um.

Qualidade de vida no trabalho? Como é seu ambiente de trabalho?

•Harmonioso;

•Caótico.

• A resposta para esta questão definiráseu nível de qualidade de vida naempresa onde atua. E mais do queisso, explica seus resultados ouausência deles.

Segundo França 1997.

• Qualidade no trabalho consiste no conjuntodas ações de uma empresa e que envolvem aimplantação de melhorias e inovações tantogerenciais como tecnológicas no ambiente detrabalho.

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Dicas para melhorar a qualidade de vida no trabalho:

• Manter o foco;

• Afastar‐se de fofocas;

• Aprender a trabalhar em equipe;

• Cumprir prazos e horários;

• Cultivar bons relacionamentos.

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Nome:                                                                                                            data:  

Disciplina: Políticas de saúde e segurança do trabalho 

Professora: Bruna Pessoa 

Exercícios de fixação da matéria 

1) Com suas palavras, descreva de  forma sucinta a evolução histórica no campo 

da saúde do trabalhador: 

 

2) O que é o CEREST e quais são seus objetivos? 

 

3) Como é realizada a metodologia do NETP? 

 

 

4) De maneira  geral, qual  é  a  função do departamento de políticas de  saúde e 

segurança ocupacional? 

 

5) Quais os setores fizeram com que a Comissão Tripartite de saúde e segurança 

no trabalho tivesse uma ação prioritária devido ao grande numero de acidentes 

e mortes? 

 

6) Quais são os objetivos da política nacional de segurança e saúde no trabalho? 

 

7) Do que trata o projeto para revitalização da reabilitação profissional? 

 

8) O que é o FAP? Defina sua estratégia: 

 

9) Qual a função do TEM? 

 

10) Qual a função do ministério da previdência social? 

 

Respostas: 

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NR 36 Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e 

Processamento de Carnes e Derivados

Portaria MTE n.º 555, de 18 de abril de 2013

• Os principais objetivos da NR 36 são aadequação dos frigoríficos para proporcionarmelhores condições de trabalho e desegurança aos colaboradores e a elevação daqualidade e da segurança dos produtos.

Mobiliário e postos de trabalho

• Alternação da posição de pé e sentado,devendo ser um assento para cada trêstrabalhadores;

• Características dimensionais que possibilitemposicionamento e movimentação adequadosdos segmentos corporais isentas deamplitudes articulares excessivas.

• Fornecimento de apoio para os pés.

Os postos de trabalho devem possuir:

• Pisos com características antiderrapantes;

• Sistema de escoamento de água e resíduos;

• Áreas de trabalho e de circulaçãodimensionadas de forma a permitir amovimentação segura de materiais e pessoas;

• Limpeza e higienização constantes.

Estrados, passarelas e plataformas

• Os estrados utilizados para adequação daaltura do plano de trabalho ao trabalhadornas atividades realizadas em pé, devem terdimensões, profundidade, largura e altura quepermitam a movimentação segura dotrabalhador.

• Proibido o improviso nos estrados;

• As plataformas, escadas fixas e passarelasdevem atender ao disposto na NR‐12

Manuseio de produtos

• O manuseio de animais ou produtos não devepropiciar o uso de força muscular excessivapor parte dos trabalhadores;

• as caixas e outros continentes utilizados paradepósito de produtos devem estar localizadosde modo a facilitar a pega e não propiciar aadoção excessiva e continuada de torção einclinações do tronco, elevação e/ou extensãodos braços e ombros.

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Recepção e descarga de animais

• Para a atividade de descarga de animais degrande porte é proibido o trabalho isolado.

• Nas áreas de recepção e descarga de animaisdevem permanecer somente trabalhadoresdevidamente informados e treinados.

• O box de atordoamento de animais ‐ acesso aolocal e ao animal, e as posições e uso doscomandos, devem permitir a execução segura daatividade para qualquer tipo, tamanho e formade abate do animal.

Máquinas

• Os sistemas de trilhagem aérea, esteirastransportadoras, roscas sem fim ou nórias devem estarequipados com um ou mais dispositivos de parada deemergência, que permitam a interrupção do seufuncionamento por segmentos curtos, a partir dequalquer um dos operadores em seus postos detrabalho;

• Proteção contra emissão ou liberação de agentesfísicos ou químicos pelas máquinas e equipamentos;

• Das emanações aquecidas de máquinas, equipamentose tubulações.

Equipamentos e ferramentas

• Devem ser adotadas medidas preventivas parapermitir o uso correto de ferramentas ouequipamentos manuais de forma a evitar acompressão da palma da mão ou de um ou maisdedos em arestas ou quinas vivas dosequipamentos;

• estabelecer critérios de exigências para a escolhadas características das facas, com a participaçãodos trabalhadores, em função das necessidadesdas tarefas existentes na empresa.

Condições ambientais de trabalho

• Ruído;

• Qualidade do ar nos ambientes artificialmenteclimatizados ;

• Agentes químicos;

• O empregador deve elaborar Plano deResposta a Emergências que contemple açõesespecíficas a serem adotadas na ocorrência devazamentos de amônia.

• Agentes biológicos (Nas atividades quepossam expor o trabalhador ao contato comexcrementos, vísceras e resíduos animais,devem ser adotadas medidas técnicas,administrativas e organizacionais a fim deeliminar, minimizar ou reduzir o contato diretodo trabalhador com estes produtos ouresíduos).

• Conforto térmico.

Equipamentos de Proteção Individual ‐EPI e Vestimentas de Trabalho

• Nas atividades com exposição ao frio devem serfornecidas meias limpas e higienizadas diariamente.

• As luvas devem ser:

• a) compatíveis com a natureza das tarefas, com ascondições ambientais e o tamanho das mãos dos

• trabalhadores;

• Nas atividades onde as mãos dos trabalhadores ficamtotalmente molhadas e não seja possível a utilização deluvas em razão da geração de riscos adicionais, deveser efetuado rodízio com outras tarefas.

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Gerenciamento dos riscos

• O empregador deve colocar em prática umaabordagem planejada, estruturada e global daprevenção, por meio do gerenciamento dosfatores de risco em Segurança e Saúde noTrabalho ‐ SST, utilizando‐se de todos os meiostécnicos, organizacionais e administrativospara assegurar o bem estar dos trabalhadorese garantir que os ambientes e condições detrabalho sejam seguros e saudáveis.

Programas de Prevenção dos Riscos Ambientais e de Controle Médico de Saúde 

Ocupacional.

• O médico coordenador do PCMSO deveinformar aos responsáveis pelo PPRA e aoempregador, as situações geradoras de riscosaos trabalhadores, especialmente quandoobservar, no controle médico ocupacional,nexo causal entre as queixas e agravos à saúdedos trabalhadores e as situações de trabalho aque ficam expostos

• Para os trabalhadores que desenvolvematividades exercidas diretamente no processoprodutivo, ou seja, desde a recepção até aexpedição, onde são exigidas repetitividadee/ou sobrecarga muscular estática oudinâmica do pescoço, ombros, dorso emembros superiores e inferiores, devem serasseguradas pausas psicofisiológicasdistribuídas, no mínimo, de acordo com oseguinte quadro:

Organização das atividades

• Devem ser adotadas medidas técnicas de engenharia, organizacionais e administrativas com o 

• objetivo de eliminar ou reduzir os fatores de risco, especialmente a repetição de movimentos dos membros

• superiores.

Informações e Treinamentos em Segurança e Saúde no Trabalho

• Os eventuais riscos existentes;

• As possíveis consequências dos riscos para ostrabalhadores;

• A importância da gestão dos problemas;

• Os meios de comunicação adotados pelaempresa na relação empregado‐empregador

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• Participaram do Grupo de Trabalho do SetorFrigorífico empresas do setor, a ConfederaçãoNacional da Indústria (CNI), a União Brasileirade Avicultura (Ubabef), a Associação Brasileiradas Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec),a Associação Brasileira da Indústria Produtorae Exportadora de Carne Suína (Abipecs) e aAssociação Brasileira dos Frigoríficos(Abrafrigo).

O  ser  humano é o bem mais precioso que Deus criou e por issodeve ser  tratado coma devida atenção!

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O MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO E A SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

APRESENTAÇÃO Na atual estrutura organizacional do Estado brasileiro compete ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), entre outras atribuições, a fiscalização do trabalho, a aplicação de sanções previstas em normas legais ou coletivas sobre esta área, bem como as ações de segurança e saúde no trabalho (BRASIL, 2003a). Embora na esfera das relações saúde/trabalho exista alguma sobreposição de atribuições com o Ministério da Saúde (MS) e o Ministério da Previdência Social (MPS), fica basicamente a cargo do MTE a regulamentação complementar e a atualização das normas de saúde e segurança no trabalho (SST), bem como a inspeção dos ambientes laborais para verificar o seu efetivo cumprimento. De modo mais específico, o MTE atua sobre as relações de trabalho nas quais há subordinação jurídica entre o trabalhador e o tomador do seu serviço (exceto quando expressamente estabelecido em contrário nas normas legais vigentes). É sobre estas suas duas atividades, normatização e inspeção trabalhista, principalmente na área de SST, que se tratará ao longo do presente capítulo. Nesta explanação, as expressões saúde no/do trabalho, saúde e segurança do/no trabalho (e vice-versa) são utilizadas como sinônimos. O mesmo vale para inspeção do trabalho (ou trabalhista), fiscalização trabalhista (ou do trabalho) e auditoria fiscal no trabalho. Não se utilizará a denominação vigilância em saúde do trabalhador, embora de uso corrente em textos da área da saúde Os dados, as normas vigentes, a estrutura administrativa, entre outros, informados no presente capítulo, têm como referência o mês de junho de 2010, exceto quando expressamente afirmado em contrário. CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS Que o trabalho é fonte de lesões, adoecimento e morte é fato conhecido desde a Antiguidade. Embora de modo esparso, há citações de acidentes de trabalho em diversos documentos antigos. Há inclusive menção a um deles no Novo Testamento de Lucas (o desabamento da Torre de Siloé), no qual faleceram dezoito prováveis trabalhadores. Além dos acidentes de trabalho, nos quais a relação com a atividade laboral é mais direta, também existem descrições sobre doenças provocadas pelas condições especiais em que o trabalho era executado. Mais de dois mil anos antes da nossa era,

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Hipócrates, conhecido como o Pai da Medicina, descreveu muito bem a intoxicação por chumbo encontrada em um trabalhador mineiro. Descrições do sofrimento imposto aos trabalhadores das minas foram feitas ainda no tempo dos romanos (ROSEN, 1994, p. 39-40, p. 45-46; MENDES, 1995, p. 5-6). Em 1700, o médico Bernardino Ramazzini publicou seu famoso livro De Morbis Artificum Diatriba, no qual descreve minuciosamente doenças relacionadas ao trabalho encontradas em mais de 50 atividades profissionais existentes na época (RAMAZZINI, 1999). Apesar dessas evidências, não há informação de qualquer política pública que tenha sido proposta ou implementada para reduzir os riscos a que esses trabalhadores estavam submetidos. Nesses períodos, as vítimas dos acidentes/doenças relacionadas ao trabalho eram quase exclusivamente escravos e pessoas oriundas dos níveis considerados como os mais inferiores da escala social. Durante a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, houve um aumento notável do número de agravos relacionados ao trabalho. Isso decorreu do uso crescente de máquinas, do acúmulo de operários em locais confinados, das longas jornadas laborais, da utilização de crianças nas atividades industriais, das péssimas condições de salubridade nos ambientes fabris, entre outras razões. Embora o assalariamento tenha existido desde o mundo antigo, sua transformação em principal forma de inserção no processo produtivo somente ocorreu com a industrialização. A conjunção de um grande número de assalariados com a percepção coletiva de que o trabalho desenvolvido era fonte de exploração econômica e social, levando a danos à saúde e provocando adoecimento e morte, acarretou uma inevitável e crescente mobilização social para que o Estado interviesse nas relações entre patrões e empregados, visando à redução dos riscos ocupacionais. Surgem então as primeiras normas trabalhistas na Inglaterra (Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes, de 1802), que posteriormente foram seguidas por outras semelhantes nas demais nações em processo de industrialização (ROSEN, 1994, p. 302-315). A criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1919, logo após o final da Primeira Grande Guerra, mudou acentuadamente o ritmo e o enfoque das normas e práticas de proteção à saúde dos trabalhadores, sendo atualmente a grande referência internacional sobre o assunto. No Brasil, o mesmo fenômeno ocorreu, embora de forma mais tardia em relação aos países de economia central. Durante o período colonial e imperial (1500-1889), a maior parte do trabalho braçal era realizada por escravos (índios e negros) e homens livres pobres. A preocupação com suas condições de segurança e saúde no trabalho era pequena e essencialmente privada. O desenvolvimento de uma legislação de proteção aos

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trabalhadores surgiu com o processo de industrialização, durante a República Velha (1889-1930). Inicialmente esparsa, a legislação trabalhista foi ampliada no Governo Vargas (1930-1945) com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), instituída pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943 (BRASIL, 1943). Dentro da linha autoritária, com tendências fascistas, que então detinha o poder, essa legislação buscou manter as demandas sociais e trabalhistas sob o controle do Estado, inclusive com a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, em 26 de novembro de 1930 (MUNAKATA, 1984, p. 62-82). Boa parte dessa legislação original foi modificada posteriormente, inclusive pela Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB), de 10 de outubro de 1988 (BRASIL, 1988c). Porém, muitos dos seus princípios e instituições continuam em vigor, tais como os conceitos de empregador e empregado, as características do vínculo empregatício e do contrato de trabalho, a Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho, a unicidade e a contribuição sindical obrigatória, entre outros. A fiscalização do trabalho, então formalmente instituída, só passou a ter ação realmente efetiva vários anos depois.

REFERENCIAL NORMATIVO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO O primeiro código trabalhista brasileiro, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi inspirada na Carta del Lavoro, conjunto de normas laborais promulgada em 1927 pelo regime fascista italiano. Embora submetida a diversas mudanças ao longo dos anos, vários dos seus princípios gerais ainda continuam em vigor. Contudo, no que se refere às normas de SST, tratadas especificamente no Capítulo V do Título II, houve uma alteração fundamental com a nova redação determinada pela Lei no 6.514, de 22 de dezembro de 1977 (BRASIL, 1977). A partir de então, as influências mais importantes para a normatização em SST vêm das convenções elaboradas pela OIT, com reflexo em toda a regulamentação posterior.

O papel da Organização Internacional do Trabalho A OIT é uma agência multilateral ligada à Organização das Nações Unidas (ONU) e especializada nas questões do trabalho. Tem, entre os seus objetivos, a melhoria das condições de vida e a proteção adequada à vida e à saúde de todos os trabalhadores, nas suas mais diversas ocupações. Busca promover uma evolução harmônica das normas de proteção aos trabalhadores. Desempenhou e continua desempenhando papel fundamental

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na difusão e padronização de normas e condutas na área do trabalho. Tem representação paritária de governos dos seus 183 Estados-membros, além de suas organizações de empregadores e de trabalhadores. Com sede em Genebra, Suíça, a OIT tem uma rede de escritórios em todos os continentes. É dirigida pelo Conselho de administração que reúne três vezes ao ano em Genebra. A Conferência Internacional do Trabalho é um fórum internacional que ocorre anualmente (em junho, também em Genebra) para: i) discutir temas diversos do trabalho; ii) adotar e revisar normas internacionais do trabalho; e iii) aprovar as suas políticas gerais, o programa de trabalho e o orçamento. Nessas conferências, com representações tripartites dos países filiados (representantes dos governos, empregadores e empregados), são discutidas e aprovadas convenções sobre temas trabalhistas. As recomendações são instrumentos opcionais que tratam dos mesmos temas que as convenções e estabelecem orientações para a política e a ação dos Estados-membros no atendimento destas. Após aprovação nas conferências plenárias, devem ser apreciadas, num prazo de 18 meses, pelos órgãos legislativos dos seus países, que podem ou não ratificá-las (ALBUQUERQUE, 2010, p. 1-3). Embora tal ratificação não seja obrigatória, as linhas gerais de suas recomendações têm sido implementadas, em maior ou menor grau, em praticamente todos os países industrializados, principalmente no ocidente capitalista. A OIT elaborou 188 convenções desde 1919, das quais 158 estão atualizadas. Destas, o Brasil ratificou 96, embora 82 estejam em vigor, tendo a última ratificação, da Convenção 151, ocorrido em 15 de junho de 2010.1 A título de comparação, temos que, até meados de junho de 2010, a Noruega tinha ratificado 91 convenções, a Finlândia, 82, a Suécia, 77, a Alemanha, 72, o Reino Unido, 68, a Dinamarca, 63 e os Estados Unidos, apenas 14. Ou seja, o Brasil está entre os países que mais seguem, pelo menos formalmente, as convenções da OIT (ILO, 2010a). No Brasil, a ratificação ocorre por ato de governo, mediante decreto, depois de aprovado o texto pelo Congresso Nacional. Embora seja norma infraconstitucional, uma convenção aprovada pode alterar ou revogar normas em vigor, desde que não dependa de regulamentação prévia e já esteja em vigor internacionalmente. As convenções da OIT têm sua vigência iniciada doze meses após o registro de duas ratificações, com duração indeterminada. O prazo de validade de cada ratificação é de dez anos. Ao término, cada Estado-membro pode denunciá-la, cessando sua responsabilidade, em relação à mesma, 12 meses após. Não tendo sido denunciada até 12 meses do término da validade da ratificação, renova-se a validade tacitamente por mais dez anos (SÜSSEKIND, 2007, p. 30-48).

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Das 82 convenções ratificadas e em vigor no Brasil, podemos dizer que 20 tratam especificamente de SST. Esta divisão é um tanto arbitrária, já que é difícil separar normas de saúde e segurança de outras exigências trabalhistas tais como controle de jornadas, condições para trabalho em minas, intervalos para repouso e alimentação, entre outras. As Convenções 148 e 155 da OIT, já ratificadas pelo Brasil, podem ser consideradas as mais amplas e paradigmáticas na abordagem de questões de SST. A Convenção 148 – contra riscos ocupacionais no ambiente de trabalho devidos a poluição do ar, ruído e vibração, adotada pela OIT em 1977– foi ratificada pelo Brasil em 14 de janeiro de 1982. Porém, só foi promulgada pelo Decreto no 93.413, de 15 de outubro de 1986. Define que a legislação nacional deve determinar a adoção de medidas que previnam e limitem os fatores de risco ambientais no local de trabalho, privilegiando as medidas de proteção coletivas em detrimento das individuais (como o uso de equipamentos de proteção individual). Estabelece que representantes dos trabalhadores e dos empregadores sejam consultados ao se estabelecerem parâmetros de controle, participando da sua implementação e cabendo a estes últimos a responsabilidade pela aplicação das medidas prescritas. Determina que os representantes possam acompanhar as ações de fiscalização em SST. Estabelece a necessidade de controle médico ocupacional dos trabalhadores, sem ônus para os mesmos (ILO, 2010a). A Convenção 155 – sobre segurança e saúde ocupacional e o meio ambiente de trabalho, adotada pela OIT em 1981 – foi aprovada no Brasil em 18 de maio de 1992 e promulgada pelo Decreto no 1.254, de 29 de setembro de 1994. É mais ampla que a Convenção 148. Determina a instituição de uma política nacional de segurança e saúde dos trabalhadores e do meio ambiente de trabalho, com consulta às partes interessadas (trabalhadores e empregadores), com o objetivo de prevenir acidentes e danos à saúde, reduzindo ao mínimo possível as causas dos riscos inerentes a esse meio. O trabalho deve ser adaptado ao homem e não vice-versa. Estabelece que os acidentes de trabalho e as doenças profissionais sejam comunicados ao poder público, bem como sejam efetuadas análises dos mesmos com a finalidade de verificar a existência de uma situação grave. Exige também a adoção de dispositivos de segurança nos equipamentos utilizados nos locais de trabalho, sendo isso responsabilidade dos empregadores. Faculta ao trabalhador interromper a atividade laboral onde haja risco significativo para sua vida e saúde, sem que seja punido por isso, bem como reforça o direito à informação, por parte dos trabalhadores e seus representantes, dos riscos porventura existentes nos locais de trabalho (ILO, 2010a). Como já observado, várias outras convenções da OIT, ratificadas pelo Brasil, versam sobre aspectos de segurança e saúde no trabalho, principalmente as elaboradas a partir de 1960. Apenas citando as mais

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recentes, e com impactos significativos nas normas de SST em vigor no Brasil, podemos enumerar a que estabelece pesos máximos a serem transportados (127, de 1967), condições de funcionamento dos serviços de saúde no trabalho (161, de 1985), uso de asbesto em condições de segurança (162, de 1986), proteção à saúde dos trabalhadores marítimos (164, de 1987), seguridade e saúde na construção civil (167, de 1988), segurança com produtos químicos (170, de 1990), trabalho noturno (171, de 1990), prevenção de acidentes industriais maiores (174, de 1993), prevenção de acidentes industriais maiores de trabalho em tempo parcial (175, de 1994), segurança e saúde na mineração (176, de 1995) e as piores formas de trabalho infantil e sua eliminação (182, de 1999) (ILO, 2010a). Atualmente encontra-se sob análise do Congresso Nacional a Convenção 184, de 2001 (segurança e saúde na agricultura). Tendências normativas em segurança e saúde no trabalho Num mundo de mudanças tecnológicas e econômicas muito rápidas, surgem propostas que, à primeira vista, parecem contraditórias. Se, por um lado, os processos de reestruturação produtiva, a globalização e o aumento da competitividade econômica internacional colocam na agenda política questões como a diminuição do tamanho do Estado, menor interferência nas relações capital-trabalho e redução de direitos trabalhistas, constata-se também aumento significativo das demandas por aumento da justiça social, da universalização de direitos e da redução dos riscos ocupacionais. Do ponto de vista da evolução das normas de SST, podemos observar algumas tendências globais e nacionais (OLIVEIRA, 1996, p. 103-116). 1. Avanço da dignificação do trabalho, que, além de necessário para a sobrevivência dos indivíduos, deve também ser fonte de gratificação, gerando oportunidade de promoção profissional e pessoal. 2. Consolidação do conceito ampliado de saúde, não se limitando apenas à ausência de doenças, mas sim o completo bem-estar físico, mental e social. As exigências normativas devem buscar um agradável ambiente de trabalho (e não apenas sem agentes insalubres), a preocupação com a prevenção da fadiga e dos fatores estressantes porventura existentes. 3. Adaptação do trabalho ao homem, reforçando cada vez mais os aspectos ergonômicos nas normas de SST. Isso ocorre tanto no que se referem a máquinas, equipamentos e mobiliário, quanto à necessidade de mudança nos processos de produção, nas jornadas, nos intervalos, entre outros.

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4. Direito à informação e participação dos trabalhadores, que, além de influírem nas normas de SST por meio de seus representantes, têm direito de serem comunicados sobre os riscos existentes nos seus ambientes de trabalho e as medidas de controle disponíveis. 5. Enfoque global do ambiente de trabalho, onde os fatores de riscos presentes não podem ser considerados como problemas isolados. Diversos agentes ambientais potencializam-se uns com os outros quanto aos efeitos adversos. Aspectos como jornadas, intervalos para descanso, condições em que o trabalho é executado são fatores importantes na gênese e no agravamento de doenças ocupacionais. 6. Progressividade das normas de proteção, já que o rápido desenvolvimento científico e tecnológico, bem como o acúmulo de estudos sobre riscos relacionados ao trabalho e a forma de controlá-los têm determinado uma preocupação crescente com a necessária revisão e atualização periódica das normas de SST em vigor. 7. Eliminação dos fatores de risco, com uma tendência cada vez maior de priorizar, entre as medidas de controle, aquelas que os eliminem, principalmente as de abrangência coletiva. A neutralização destes riscos, com o uso apenas de medidas de proteção individual, tem sido prescrita somente nos casos de impossibilidade de implementação das medidas coletivas. 8. Redução da jornada em atividades insalubres, buscando limitar o tempo de exposição aos agentes e condições danosas à saúde dos trabalhadores que não forem adequadamente controladas ou eliminadas por meio das medidas necessárias já implementadas. 9. Proteção contra trabalho monótono e repetitivo, com o estabelecimento de regras para que as tarefas repetitivas e monótonas, que não exijam raciocínio criativo, mas apenas trabalho mecânico, sejam restringidas, seja com mudanças nos processos de trabalho, proibição de pagamento sobre produção, limitação da jornada ou mesmo imposição de rodízios. 10. Responsabilização do empregador/tomador de serviço pela aplicação das normas de SST, dentro do princípio de que quem gera o risco é responsável por ele. Na presença de terceirização tem sido cada vez mais frequente o estabelecimento de responsabilidade solidária entre tomadores de serviços e empregadores formais.

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CAPÍTULO 2

O MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E A INSTITUCIONALIDADE NO CAMPO DA SAÚDE DO TRABALHADOR

Remígio TodeschiniDomingos Lino

Luiz Eduardo Alcântara de Melo

1 APRESENTAÇÃO

Sempre coube ao Ministério da Previdência Social (MPS), através de seu Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), anteriormente Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), dar amparo aos trabalhadores vítimas de acidentes e doenças profissionais. A proteção acidentária é anterior ao próprio nascimento da Previdência Social em 1923, quando, em 15 de janeiro de 1919, o governo editou o Decreto no 3.724, que instituiu a indenização às vítimas de acidentes, cuja indenização por morte era correspondente a três anos de trabalho (TODESCHINI, 2000). Portanto, a Previdência, em sua função de seguradora, desde os seus primórdios dava proteção às consequências dos acidentes e doenças profissionais de caráter indenizatório, vinculados inicialmente a categorias profissionais mais organizadas como ferroviários e da construção civil (CARONE, 1979).

Os benefícios acidentários foram se aperfeiçoando: de indenizatórios por parte do corpo perdida passaram a ser benefícios continuados pagos mês a mês. No período de 1944 a 1966 operaram seguradoras privadas que indenizavam a acidentalidade concorrencialmente com os Institutos de Aposentadorias e Pen-sões (IAPs) existentes por categoria profissional: industriários, bancários, comer-ciários, marítimos entre outros (TODESCHINI e CODO, 2009).

Interessante observar que a ação de coibir os acidentes e as doenças pro-fissionais, de fato, sempre coube ao Ministério do Trabalho, muitas vezes uni-ficado nos diversos períodos com o Ministério da Previdência e Assistência Social. A ação de fiscalização das condições de trabalho e do nascente contrato de trabalho iniciou-se na década de 1930, com a criação do então Ministério

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Saúde e Segurança no Trabalho no Brasil: aspectos institucionais, sistemas de informação e indicadores

do Trabalho, Indústria e Comércio. A legislação que iniciou o detalhamento de cuidados com o ambiente de trabalho foi a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1943, quando foi editado o capítulo V, que definiu uma série de regras que as empresas deviam observar para manter as condições salubres de trabalho. Contraditoriamente também se instituiu o adicional de insalubridade onde persistissem as condições insalubres, com desdobramentos nas chamadas aposentadorias especiais insalubres no início de 1960, por meio da Lei no 3.807, a Lei Orgânica da Previdência Social (DONADON, 2003).

Os anos 1960 e 1970 foram períodos em que se constatou um crescente número de acidentes, mortes e doenças profissionais no Brasil, sendo que o paga-mento dos benefícios monetários a eles relacionados sempre coube à Previdência Social. O Brasil era tido como campeão mundial da acidentalidade – a média dos anos 1970 era de 1,5 milhão de acidentes, cerca de 4 mil óbitos e 3,2 mil doenças profissionais. Em 1975 o número de acidentes registrados bateu o recorde de 1,9 milhão, o que significava que nesse ano 14,74% dos 12,9 milhões de trabalhadores segurados sofrera algum acidente de trabalho (PINA RIBEIRO e LACAZ, 1984).

Soou o alarme no governo militar da época. Para dar maior atenção às ques-tões de Saúde e Segurança no Trabalho, criou-se a Fundacentro em 1966, órgão que se dedica a estudos, pesquisas, formação e aperfeiçoamento da legislação tra-balhista na área.

Talvez, o avanço mais significativo na legislação tenha ocorrido, até como fruto do início das pressões sindicais, por meio da Portaria no 3.214 de 1978, quando se criaram as Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Traba-lho.1 Estas normas inicialmente estabeleceram exigências para que as condições de trabalho fossem melhoradas: ampliou-se o papel das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas); estabeleceram-se parâmetros e limites no ma-nuseio de substâncias químicas perigosas, maiores controles dos riscos físicos em geral; ampliaram-se os serviços próprios de segurança e medicina do trabalho nas empresas (SESMTs); exigiram-se procedimentos de fiscalização e inspeção prévia das empresas que se instalavam, entre outras.

Paulatinamente, a Previdência Social começou a reconhecer novas doenças profissionais por pressão dos sindicatos mais combativos na época (bancários, metalúrgicos e químicos) – entre elas as LER/DORT, que foram objeto de Instru-ções Normativas no final dos anos 1980 – e ampliou também o reconhecimento das doenças profissionais em geral.

O impulso maior no reconhecimento das doenças profissionais deu-se a partir do final dos anos 1980, quando se criaram programas de Atenção à Saúde

1. Atualmente compõem o repertório de NRs 33 normas revisadas periodicamente sob a competência do Ministério de Trabalho e Emprego.

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O Ministério da Previdência Social e a Institucionalidade no Campo da Saúde do Trabalhador

do Trabalhador na rede do Sistema Único de Saúde, também por pressão sindical junto à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (REBOUÇAS, LACAZ e TODESCHINI, 1989). De 1984 a 1985, o reconhecimento das doenças profis-sionais saltou de 3,2 mil casos para 4 mil casos junto à Previdência Social, mos-trando a intervenção do Ministério da Saúde neste campo. Deve-se recordar que, nesse período, no ABC-SP, foi criado em Diadema e São Bernardo o Programa de Saúde dos Trabalhadores Químicos do ABC e da Construção Civil (MÉDICI, 2008) em parceria com a Secretaria de Saúde de São Paulo, e no mesmo ano foi criado também o Programa de Saúde do Trabalhador da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo na Zona Norte. Esses foram programas iniciais que depois se disseminaram em outras regiões do estado de São Paulo e do Brasil. Nos anos seguintes pulou de 6 mil (1986) para 15 mil (1993) o número de casos de doen-ças profissionais e do trabalho registrados na Previdência Social. Esse maior reco-nhecimento, sem dúvida, foi impulsionado também pela ação do Ministério da Saúde por intermédio dos Centros de Referência de Saúde do Trabalhador, após a Constituição de 1988. Ou seja, além dos Serviços de Medicina Ocupacional nas empresas para o diagnóstico das doenças, as diversas instâncias da rede de saúde pública influíram fortemente na descoberta do iceberg escondido de tais doenças nos ambientes laborais. As discussões sobre saúde do trabalhador tiveram forte impulso também a partir das três Conferências Nacionais de Saúde do Trabalha-dor organizadas pelo Ministério da Saúde entre 1986 e 2005.

2 COMBATE À SUBNOTIFICAÇÃO DAS DOENÇAS PROFISSIONAIS ATRAVÉS DO NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO (NTEP)

O reconhecimento das doenças profissionais foi se ampliando no âmbito dos Programas de Saúde do Trabalhador por intermédio dos Centros de Referência de Saúde do Trabalhador (CERESTs), a partir de 2003 – um impulso que fez com que o Conselho Nacional de Previdência Social, em 2004, criasse uma nova metodologia que reconhecesse melhor as doenças profissionais, chamada Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP). Esta metodologia, acoplada num primeiro momento com uma ação de cobrança diferenciada por empresa, chamada Fator Acidentário de Prevenção (FAP), detalhado no item seguinte deste mesmo capítulo, foi desenvolvida pela Previdência Social, com força da Lei no 11.430/2006 e com o Decreto no 6.042/2007, e estabeleceu que toda vez que houvesse incidência epidemiológica elevada de uma determinada doença em todo o Sistema Único de Benefícios da Previdência Social haveria o enqua-dramento dessa doença como sendo de natureza acidentária. Basicamente, o enquadramento permitido pelo Decreto no 6.042/2007 e pelo atual Decreto no 6.957/2009, em seu Anexo II, Lista C, diz que, se um trabalhador pertencer a uma determinada atividade econômica da Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) com alta incidência de doenças segundo a Classificação

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Saúde e Segurança no Trabalho no Brasil: aspectos institucionais, sistemas de informação e indicadores

Internacional de Doenças (CID), o caso será enquadrado como de doença pro-fissional. Este procedimento utiliza a clássica tabela cruzada na epidemiologia de pertencer a um CNAE, comparado ao de não pertencer ao mesmo CNAE, relacionado com as pessoas doentes afetadas e as pessoas doentes não afetadas. Estas relações, além da lista normal das doenças profissionais e do trabalho, permitem estabelecer atualmente 2.691 correlações entre CID e CNAE. Assim, inverteu-se o ônus da prova. Anteriormente era necessário que tal reconheci-mento partisse basicamente do médico da empresa ou do encaminhamento de serviços públicos; agora, o próprio médico perito verifica compulsoriamente, independente da Comunicação de Acidente do Trabalho da empresa, se há esta relação estabelecida pela lista C, Anexo II, do atual Decreto no 6.957. Ao lado disso, houve o aperfeiçoamento das Instruções Normativas do INSS, para o melhor reconhecimento das doenças profissionais em geral, independente da CAT, conforme expresso na IN no 31, de setembro de 2008.

Tais procedimentos e a própria matriz que gerou a Lista C do NTEP de-verão ser revisados e aperfeiçoados periodicamente com base nos novos registros gerais de incapacidade do INSS e mediante estudos e pesquisas desenvolvidos com a participação da Universidade de Brasília (UnB).

Pela tabela 1, vê-se que com essa mudança metodológica houve uma maior evolução dos casos de doenças profissionais reconhecidos pela Previdência Social, sem a obrigação da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT).

TABELA 1 Aplicação do NTEP em alguns agrupamentos de doenças pela Previdência Social – comparativo (2006 a 2008)

Benefícios Acidentários por grupos de CID com mais de 15 dias

2006 2007 2008

Cap. XIX – Lesões e causas externas 99.490 141.790 199.112

Cap. XIII – Doenças Osteomusculares (LER/DORT) 19.956 95.473 117.353

Cap. V – Transtornos mentais e comportamentais 612 7. 690 12.818

Demais capítulos da CID 20.940 29.993 27.053

Total 140.998 274.946 356.336

Fonte: DPSO/SPS/MPS.

O NTEP coloca às claras o adoecimento no interior do local de trabalho e desnuda principalmente os setores de serviço, que, até então, apresentavam baixo registro de doenças profissionais e do trabalho – como os setores bancário e de serviços em geral. Conforme a tabela 1, aumentou significativamente o registro de LER/DORT e de transtornos mentais e comportamentais. Esse fato está ajudando a combater a subnotificação e a reconhecer melhor o adoecimento, em todos os setores econômicos, decorrente das condições, das relações e da organização do trabalho inadequadas. Isso remete a uma ação mais ativa do governo no campo

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da fiscalização, da normatização e do aprofundamento da cultura da prevenção. Também ampliaram-se, no âmbito da Procuradoria do INSS, a partir de 2008, as chamadas Ações Regressivas previdenciárias, no intuito de ressarcir aos cofres da Previdência aqueles benefícios de natureza grave – como pensões e invalidez acidentária – nos quais fossem constatadas negligência e dolo das empresas. O que ocorreu com esse reconhecimento foi uma revolução silenciosa, implementada sem grandes alardes pela Previdência Social (MACHADO; SORATTO; CODO, 2010).

3 O NOVO SEGURO ACIDENTE E O NOVO FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO (FAP)

Ainda em 2002, a Previdência Social, por meio do Conselho Nacional de Previ-dência Social, estudava uma forma de coibir a acidentalidade, quando um grupo de trabalho propôs a flexibilização da cobrança da Tarifação Coletiva do Seguro Acidente, chamada de Riscos Ambientais de Trabalho (RAT). O resultado deste grupo de trabalho transformou-se na Medida Provisória no 83/2002, convertida em 2003 na Lei no 10.666, o que se convencionou chamar de Regulamento do Regime Geral da Previdência de Fator Acidentário de Prevenção por meio dos Decretos no 6.042/2007 e no 6.957/2009 (TODESCHINI e CODO, 2009).

A Lei no 10.666/2003, em seu Artigo 10o, permitiu que o Seguro Acidente (RAT), ou seja, a Tarifação Coletiva por atividade econômica, pudesse ser flexibilizado. O RAT de 1%, 2% ou 3% poderia ser diminuído pela metade ou cobrado em dobro “em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica, apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir dos índices de frequência, gravidade e custo, calculados segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social” (BRASIL, 2003).

Houve três tentativas de colocar em vigência o FAP por empresa. As tentativas anteriores de 2007 e 2008 buscavam colocá-lo em vigor tão somente com os dados do NTEP, excluindo todos os demais acidentes registrados, o que gerava diversas distorções tanto na tabela do RAT (Tarifação Coletiva), que é o enquadramento das 1.301 Subclasses da CNAE, como na aplicação do FAP (Tarifação Individual por empresa). A última tentativa, com o apoio de estudos e pesquisas da UnB, com várias modificações feitas a partir das Resoluções no 1.308 e no 1.309 de 2009, permitiu colocá-lo em vigor em janeiro de 2010. Nesta primeira aplicação, em janeiro de 2010, entre 952.561 empresas que deveriam pagar o FAP, 879.933 tiveram FAP menor que 1, e 72.628 tiveram suas alíquotas majoradas em função de terem uma acidentalidade maior em relação às demais empresas do seu setor econômico. Todas essas novas iniciativas da Previdência caminharam no sentido de melhor reconhecer a acidentalidade e estabelecer novos parâmetros de cobrança, estimulando a prevenção acidentária em nosso país, o trabalho decente e o desenvolvimento sustentável (PIMENTEL, 2010).

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A última Resolução, de no 1.316, de junho de 2010, aperfeiçoou as regras da aplicação do FAP para 2011. O resultado disso traduziu-se em novos números na aplicação do FAP para as empresas: 844.531 terão o FAP menor do que 1, ou seja, menor do que a tarifação coletiva de 1%, 2% e 3%; 776.930 empresas com FAP igual a 0,5 e 78.264 terão o FAP majorado, maior que 1, ou seja, maior que a tarifação coletiva de 1%, 2% e 3%, em função de apresentarem acidentalidade maior em relação à sua atividade econômica.

4 A INSTUCIONALIDADE DO DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS DE SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL (DPSO)

Toda essa atividade de criação do NTEP, do acompanhamento do FAP e do desenvolvimento de estudos e pesquisas exigiu, a partir de agosto de 2007, a criação do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional (DPSO). O Decreto no 6.194, de 22 de agosto de 2007, definiu as principais atribuições do Departamento, conforme detalhado abaixo em seu Artigo 10o:

I. Subsidiar a formulação e a proposição de diretrizes e normas relativas à interseção entre as ações de segurança e saúde no trabalho e as ações de fiscalização e reconhecimento dos benefícios previdenciários decorren-tes dos riscos ambientais do trabalho;

II. Coordenar, acompanhar, avaliar e supervisionar as ações do Regime Geral de Previdência Social, bem como a política direcionada aos regi-mes próprios de previdência social, nas áreas que guardem inter-relação com a segurança e saúde dos trabalhadores;

III. Coordenar, acompanhar e supervisionar a atualização e a revisão dos planos de custeio e de benefícios, em conjunto com o Departamento do Regime Geral de Previdência Social, relativamente a temas de sua área de competência;

IV. Desenvolver projetos de racionalização e simplificação do ordenamento normativo e institucional do Regime Geral de Previdência Social, nas áreas de sua competência;

V. Realizar estudos, pesquisas e propor ações formativas visando ao aprimoramento da legislação e das ações do Regime Geral de Previdência Social e dos regimes próprios de previdência social, no âmbito de sua competência;

VI. Propor, no âmbito da previdência social e em articulação com os de-mais órgãos envolvidos, políticas voltadas para a saúde e segurança dos trabalhadores, com ênfase na proteção e prevenção; e

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VII. Assessorar a Secretaria de Políticas de Previdência Social nos assuntos relativos à área de sua competência.

A Portaria MPS no 173, de 2 de junho de 2008, publicada no D.O.U de 4 de junho, e o Decreto no 7.078, de 26 de janeiro de 2010, vigente, mantiveram integralmente as mesmas atribuições contidas no Decreto no 6.194.

5 A CRIAÇÃO DA COMISSÃO TRIPARTITE DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

Uma das tarefas cruciais para avançar no contexto da cultura da prevenção acidentária foi a instituição, por meio da Portaria Interministerial no 152, de 13 de maio de 2008, da Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho (CTSST), com o objetivo de avaliar e propor medidas para a implementa-ção, no país, da Convenção no 187 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da Estrutura de Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho (TODESCHINI e LINO, 2010). A Comissão é composta de representantes do governo, das áreas de Previdência Social, Trabalho e Emprego e Saúde, de representantes dos trabalhadores e dos empregadores, e tem como objetivo, entre outros, revisar e ampliar a proposta da Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador (PNSST), de forma a atender às Diretrizes da OIT e ao Plano de Ação Global em Saúde do Trabalhador, aprovado na 60ª Assem-bleia Mundial da Saúde ocorrida em maio de 2007. É finalidade também da CTSST propor o aperfeiçoamento do sistema nacional de segurança e saúde no trabalho por meio da definição de papéis e de mecanismos de interlocução permanente entre seus componentes e elaborar um Programa Nacional de Saú-de e Segurança no Trabalho, com definição de estratégias e planos de ação para a sua implementação, monitoramento, avaliação e revisão periódica no âmbito das competências do Trabalho, da Saúde e da Previdência Social.

Os membros da Comissão acordaram em março de 2009 focar ações nos setores da indústria da construção civil e do transporte rodoviário de cargas, responsáveis por 28% das mortes e invalidez no Brasil (AEPS, 2007). O objetivo deste plano de ação é fortalecer o diálogo social, aperfeiçoar a regulamentação em vigor nos setores econômicos escolhidos e reforçar a formação específica em SST.

Essa ação prioritária e permanente de combate às mortes e à invalidez permanente deverá ater-se também a um trabalho de fiscalização, de atribuição específica do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de vigilância sanitária por parte do Ministério da Saúde (MS), bem como de desenvolvimento de campanhas específicas, estudos e pesquisas, e com vistas à criação de linhas de crédito especial. A atenção dessa ação deverá se estender aos setores econômicos em sua totalidade, com foco especial nas micro e pequenas empresas.

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Saúde e Segurança no Trabalho no Brasil: aspectos institucionais, sistemas de informação e indicadores

6 A NOVA POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO (PNSST)

Em sua nona reunião ordinária ocorrida em 22 de fevereiro de 2010, a CTSST aprovou, por consenso, a proposta da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho. O documento estabelece a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST) e expressa o compromisso de governo, trabalhadores e em-pregadores com a promoção do trabalho decente, em condições de segurança e saúde. Em sua formulação, a PNSST fundamenta-se na Constituição Federal, na Convenção no 155 e Recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), assim como no Plano de Ação Global em Saúde do Trabalhador da Or-ganização Mundial da Saúde (OMS), refletindo a adesão do Estado à abordagem global preconizada por tais instituições.

A PNSST tem por objetivo a promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida do trabalhador, a prevenção de acidentes e de danos à saúde advindos do trabalho ou a ele relacionados, ou que ocorram no curso dele, por meio da elimi-nação ou da redução dos riscos nos ambientes de trabalho. Para o alcance de seu objetivo, a PNSST deverá ser implementada por meio da articulação continuada das ações de governo, que deverá ocorrer no campo das relações de trabalho, produção, consumo, ambiente e saúde, com a participação das organizações re-presentativas de trabalhadores e empregadores.

As ações no âmbito da PNSST devem constar de um Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho e desenvolver-se segundo a inclusão de todos os trabalhadores brasileiros no sistema nacional de promoção e proteção da saúde. Tais ações visam à harmonização da legislação e a articulação das ações de promo-ção, proteção, prevenção, assistência, reabilitação e reparação da saúde do traba-lhador, e ainda à promoção da implantação de sistemas e programas de gestão da segurança e saúde nos locais de trabalho. Buscam a adoção de medidas especiais para setores de alto risco e a estruturação de uma rede integrada de informações em saúde do trabalhador, reforçam a reestruturação da formação em saúde do trabalhador e em segurança no trabalho e o estímulo à capacitação e à educação continuada de trabalhadores, além da promoção de uma agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e saúde no trabalho.

A PNSST também estabelece responsabilidades aos setores de governo dire-tamente responsáveis por sua implementação e execução: Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério da Saúde e Ministério da Previdência Social, sem prejuízo da participação de outros órgãos e instituições que atuam na área.

Por último, estabelece a forma de gestão, sendo a primeira a gestão participativa da política, de incumbência da Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho (CTSST), constituída paritariamente por representantes

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do governo, de trabalhadores e de empregadores. Propõe a sua revisão periódica, em processo de melhoria contínua e estabelece os mecanismos de validação e de controle social da PNSST. A CTSST deve elaborar, acompanhar e rever periodicamente o Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho, definir e implantar formas de divulgação da PNSST e do Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho, dando publicidade aos avanços e resultados obtidos, além de articular rede de informações sobre SST.

A gestão executiva da política será conduzida por Comitê Executivo constituído pelos Ministérios do Trabalho e Emprego, da Saúde e da Previdência Social, ao qual caberá coordenar e supervisionar a execução da PNSST e do Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho. Essa gestão deverá elaborar e articular as propostas orçamentárias de saúde e segurança no trabalho (SST), em conjunto com o Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MP), dos diferentes programas de governo no gerenciamento de ações específicas e integradas. Deverá elaborar relatório anual das atividades desenvolvidas no âmbito da PNSST, encaminhando-o à CTSST e à Presidência da República, e divulgar periodicamente informações sobre as ações de SST para conhecimento da sociedade, além de promover campanhas sobre saúde e segurança no trabalho.

7 REVITALIZAÇÃO E ESTUDOS SOBRE REABILITAÇÃO PROFISSIONAL

Em janeiro de 2008, o Ministério da Previdência Social, por meio de seu Departamento de Saúde e Segurança Ocupacional e em articulação com a Diretoria de Benefícios do INSS, elaborou o Projeto para Revitalização da Reabilitação Profissional (RP) visando conhecer e atuar em uma das demandas mais permanentes da área da Previdência. Aqui cabe destacar que há necessidade de uma integração de fato com as ações do Ministério da Saúde: ao Ministério da Previdência cabe a reabilitação profissional em si, e à Saúde cabe a reabilitação física. Tal projeto inclui, entre outras ações, um amplo diagnóstico das condições atuais da reabilitação profissional (RP), a ampliação do quadro de funcionários e a capacitação de servidores para atuar na RP. Prevê a ampliação e a revitalização da RP junto ao INSS, mediante a busca de ações integradas com as demais políticas sociais, visando o bem-estar do segurado, a reintegração profissional no mercado de trabalho, a proteção no ambiente de trabalho, a sustentabilidade da Previdência e o estabelecimento de parcerias com o Sistema “S”, as universidades, as escolas e prefeituras, de convênios de cooperação técnica com órgãos públicos e entidades de classe e representativas da sociedade. Logo, um plano de trabalho para revitalização da RP deve envolver identificação de problemas, capacitação das equipes, democratização das informações, apoio institucional e, principalmente, a participação dos servidores que estão na ponta, ou seja, lidando dia a dia com os segurados.

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Saúde e Segurança no Trabalho no Brasil: aspectos institucionais, sistemas de informação e indicadores

Junto com o projeto de revitalização da RP em São Paulo foi estabelecida a cooperação técnica com a UnB em um projeto de estudos e pesquisas sobre reabilitação envolvendo conceitos e práticas na área de RP, com vistas a apro-fundar o conhecimento sobre os problemas enfrentados, o trabalho realizado e as condições em que o trabalho é desenvolvido. A pesquisa-diagnóstica primá-ria objetivou ampliar o conhecimento sobre as condições de trabalho. Embasada cientificamente em estratégias de melhoria da organização, dimensiona recursos humanos e equipes de trabalho e subsidia ações e projetos estratégicos para o se-tor. Este trabalho muito impactará no avanço das ações em RP quanto a soluções de problemas como: retorno mais rápido ao trabalho ou ingresso ao mercado produtivo; qualidade da saúde dos trabalhadores; melhor atendimento visando concomitantemente a integridade física e psicológica dos trabalhadores; e o me-lhor direcionamento de ações de RP e de prevenção acidentária, por meio da identificação de ações complementares e de parcerias tanto empresariais como do governo. Visa melhorar também a gestão da RP, mediante a recomendação de ações para o setor, e, consequentemente, o fortalecimento da cultura de RP e de prevenção de acidentes.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS E DESAFIOS

O desafio de integração está posto, pois o governo só avançará na prevenção acidentária na medida em que tiver uma ação integrada, conforme explicitado na Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador, realizando a construção do Plano de Ação a ser desenvolvido no próximo período. É preciso fortalecer as áreas de diagnóstico no Ministério da Saúde, de fiscalização e normatização no Ministério do Trabalho, de estudos e pesquisas na Fundacentro, além de melhorar o reconhecimento dos direitos previdenciários na Previdência Social. Isso demandará, como ocorre também em alguns países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a criação de uma Agência Nacional de Trabalho e Saúde tendo como foco a melhoria dos ambientes laborais, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida no trabalho. Essa discussão deverá ser incrementada entre os órgãos do governo, a fim de ampliar a institucionalidade governamental, visando melhorias, novas tecnologias e investimentos nos locais de trabalho, a exemplo do modelo francês, que, além de deter ações no campo da previdência, trabalho e saúde e centros de pesquisas em SST, possui um órgão voltado para as melhorias ambientais – a Agência de Melhorias Ambientais vinculada aos Ministérios do Trabalho, Previdência e Saúde. Tal tema deverá ser objeto de mais discussões entre os órgãos governamentais, já que o orçamento na área é muito restrito. Não podemos mais nos dar ao luxo de ter um custo direto e indireto de mais de R$ 52 bilhões com as consequências da acidentalidade (MPS, 2009). No âmbito da Diretoria, pensa-se em ter uma Superintendência

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Saúde do trabalhador no SUS

Professora: Bruna Pessoa

Diretrizes básicas

• Constituição da República Federativa do BrasilArt. 200 ‐ Ao Sistema Único de Saúde, compete, além deoutras atribuições, nos termos da lei... II ‐ executar asações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem comoas de saúde do trabalhador; ... VIII ‐ colaborar naproteção do meio ambiente, nele compreendido o dotrabalho

Lei nº 8.689 de 27 de julho de 1993Dispõe sobre a extinção do Instituto Nacional deAssistência Médica da Previdência Social (Inamps) e dáoutras providências.

•Portaria Interministerial nº 800 de 3 de maio de 2005Publica o texto‐base da minuta de Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalho.

Portaria nº 3.908/GM, de 30 de outubro de 1998Estabelece procedimentos para orientar e instrumentalizar as ações e serviços de Saúde do Trabalhador no Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a lei 8080

• Entende‐se por saúde do trabalhador, umconjunto de atividades que se destinam ,através das ações de Vigilância Epidemiológicae Sanitária , a promoção e proteção dostrabalhadores, submetidos aos riscos eagravos advindos das condições do trabalho.

Serviços de saúde do trabalhador

• RENAST‐ rede nacional de atenção a saúde dotrabalhador;

• CEREST‐ centro de referencia em saúde dotrabalhador.

RENAST

• Dispõe sobre a estruturação da rede nacionalde atenção integral a saúde do trabalhador noSUS e da outras providências;

• Atua de forma articulada entre o Ministério dasaúde e secretarias de saúde.

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Objetivos 

• Articular no âmbito do SUS ações depromoção, prevenção e recuperação da saúdedos trabalhadores urbanos e ruraisindependentemente do vinculo empregatícioe tipo de inserção no mercado de trabalho.

CEREST

É um serviço especializado no atendimento asaúde do trabalhador e tem como principalobjetivo a implantação da atenção integral asaúde do trabalhador no SUS.

Equipe 

• Médicos do trabalho (otorrinolaringologista,toxicologista)

• Enfermeiro do trabalho;• Assistente social;• Fonoaudiólogo;• psicólogo.;• Sociólogo;• Fisioterapeuta;• Técnico de enfermagem;• Equipe administrativa.

Função do CEREST

• Dar subsidio técnico para o SUS nas ações depromoção, prevenção, vigilância, diagnostico,tratamento e reabilitação em saúde dostrabalhadores urbanos e rurais.

Atribuições 

• Assistência especializada aos trabalhadores acometidospor doenças e acidentes relacionados ao trabalho;

• Coleta sistemática da historia ocupacional paraestabelecimento da relação do adoecimento com otrabalho ;

• Diagnostico e tratamento das doenças relacionadas aotrabalho de modo articulado com outros programas(mulheres, crianças, idosos, portadores denecessidades especiais , diabetes, hipertensos).

• Implementar sistema de notificação dos agravos relacionados ao trabalho;

• Parcerias com o ministério público; 

• Fomentar ambientes e processos de trabalho saudáveis;

• Função educativa. 

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O que o CEREST não faz

• Atendimento de urgência e emergência;

• Assumir funções do SESMT;

• Exames periódicos e de mudança de função;

Agravos de notificação compulsória

• Acidente de trabalho fatal;

• Acidentes de trabalho com mutilações;

• Acidentes do trabalho com crianças eadolescentes;

• Acidente com material biológico;

• Dermatose ocupacional;

• Intoxicações exógenas;

• LER/DORT;

• Pneumoconioses.

Função do MTE

• Realiza a inspeção das condições do ambientede trabalho;

• Se apóia fundamentalmente no capitulo V daCLT , que trata das condições de segurança emedicina no trabalho;

• Capitulo regulamentado pela portaria3214/78 que criou as NRs.

Funções da Previdência Social

• Reabilitação profissional;

• Avaliar a incapacidade laborativa para fins deconcessão de benefícios previdenciários;

Porque uma estrutura diferenciada  para atender o trabalhador? 

• A estrutura de saúde decorrente do processo ,deve extrapolar um ambiente de um serviçode saúde tradicional e exige odesenvolvimento de uma cultura na sociedadee nos serviços de saúde, na área de segurança,previdência social, ministério do trabalho,ministério publico, vigilância sanitária,ambiental, entre outros.

• Dessa forma a rede RENAST deve produzirseus serviços sem jamais substituir a rede deserviços do SUS;

• Não são pontos de entrada do sistema, e sim aretaguarda técnica das ações de saúde dotrabalhador.