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POLÍCIA CIVIL DE PERNAMBUCO SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL

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POLÍCIA CIVIL

DE PERNAMBUCO

SECRETARIA DE

DEFESA SOCIAL

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2014

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Manual de Elaboração do Termo Circunstanciado de Ocorrência –TCO, no

âmbito da Polícia Civil de Pernambuco

Governador do Estado João Soares Lyra Neto

Secretário de Defesa Social Alessandro Carvalho Liberato de Mattos

Chefe de Polícia Civil Osvaldo Almeida de Morais Júnior

Subchefe de Polícia Civil Romano José Carneiro da Cunha Costa

Diretoria Integrada Metropolitana de Polícia Judiciária Luiz Andrey Viana de Oliveira

Diretoria Integrada do Interior 1 Salustiano Albuquerque

Diretoria Integrada do Interior 2 Glaukus Menk

Diretoria Integrada Especializada Joselito Kerle do amaral

Diretoria de Administração Geral Benedito Anastácio de Oliveira

Diretoria de Recursos Humanos Margareth de Carvalho Sá

Coordenação de Planejamento e Modernização Marta Suelene da Silva

Supervisão e Revisão: Marta Suelene da Silva .

Elaboração: Marta Suelene da Silva Andréa Maria de Farias Melo Roberto Wanderley de Miranda Elias Ricardo de Oliveira Caius Vinicius Rapozo Câmara Silva

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Manual de Elaboração do Termo Circunstanciado de Ocorrência – TCO,

no âmbito da Polícia Civil de Pernambuco

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APRESENTAÇÃO

Este Manual objetiva proporcionar às autoridades e servidores da Polícia

Civil de Pernambuco que exercem as atividades de polícia judiciária, subsídios

legais e doutrinários essenciais para a elaboração do Termo Circunstanciado de

Ocorrência - TCO.

A presente proposta de disciplinar e uniformizar os atos e procedimentos

destinados à elaboração do Termo Circunstanciado de Ocorrência converge para o

alcance do objetivo estratégico de prevenir e reprimir a violência e a criminalidade

em Pernambuco, bem como insere-se, dentre outras, na estratégia organizacional

de “Melhorar a qualidade e agilidade dos serviços prestados pela PCPE”.

Esta Chefia de Polícia Civil, no lastro de ações efetivas para o

aperfeiçoamento dos seus procedimentos e alcance dos resultados exitosos, edita o

presente Manual, pretendendo assim, contribuir para a prestação de serviços mais

ágeis, efetivos e com qualidade.

OSVALDO ALMEIDA DE MORAIS JÚNIOR Delegado Especial Chefe de Polícia

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SUMÁRIO

PORTARIA GAB/PCPE nº. XXXX, de XXXXX de Outubro de 2014 ........................1 1 ATRIBUIÇÕES LEGAIS DA AUTORIDADE POLICIAL NA LAVRATURA DO

TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA – TCO ......................................3 2. ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS À ELABORAÇÃO DO TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA - TCO .......................................................6 3. PROCEDIMENTOS PARA A LAVRATURA DO TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA – TCO ......................................................8

3.1 BOLETIM DE OCORRÊNCIA ...........................................................................8 3.2 DESPACHO DE ABERTURA DE PROCEDIMENTO........................................8 3.3 QUALIFICAÇÃO DA VÍTIMA, AUTOR(A)(RES) E TESTEMUNHAS ...............9 3.4 HISTÓRICO ....................................................................................................10 3.5 TERMO DE REPRESENTAÇÃO ....................................................................10 3.6 TERMO DE COMPROMISSO..................................... ...................................12 3.7 TERMO DE CIÊNCIA DE PRAZO DECADENCIAL .......................................13 3.8 TERMO DE REQUERIMENTO ......................................................................13 3.9 RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO ...............................................................15

4. OUTRAS ORIENTAÇÕES SOBRE A LAVRATURA DO TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA –TCO ......................................17

4.1 QUANTO AO HISTÓRICO .............................................................................17 4.2 QUANTO À TIPIFICAÇÃO ..............................................................................17 4.3 RETRATAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO E RENÚNCIA AO DIREITO DE

QUEIXA ..........................................................................................................17 4.4 A NECESSIDADE DE INQUÉRITO POLICIAL NOS CRIMES DE MENOR

POTENCIAL OFENSIVO, DE ACORDO COM O DISPOSTO NO ART. 41 DA LEI 11.340/2006 .............................................................................................18

4.5 CONCURSO DE CRIMES ..............................................................................18 4.6 AÇÃO PENAL PÚBLICA .................................................................................18

4.6.1 Ação Pública Condicionada .................................................................18 4.6.2 Ação Pública Incondicionada ...............................................................19

4.7 AÇÃO PENAL PRIVADA ................................................................................19

REFERÊNCIAS ..........................................................................................20

APÊNDICES ...........................................................................................22

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PORTARIA GAB / PCPE Nº , DE DE OUTUBRO DE 2014.

Aprova o Manual de Elaboração do Termo Circunstanciado de Ocorrência -TCO, no âmbito da Polícia Civil de Pernambuco, e dá outras providências.

O CHEFE DE POLÍCIA CIVIL, no uso de suas atribuições legais, CONSIDERANDO a necessidade de adequação e uniformização dos

Termos Circunstanciados de Ocorrências –TCOs, elaborados no âmbito da Polícia

Civil de Pernambuco, em conformidade com os preceitos e os objetivos constantes

da Lei 9.099/95;

CONSIDERANDO a necessidade da Polícia Civil de Pernambuco cumprir

meta delineada no Planejamento Estratégico Situacional do órgão de, até 2014, ser

reconhecida nacionalmente pela excelência dos serviços prestados;

CONSIDERANDO, por fim, o Princípio da Eficiência na Administração

Pública, no tocante à condução pela Autoridade Policial da Investigação criminal, por

meio da instrumentalização do Termo Circunstanciado de Ocorrência, objetivando a

apuração da materialidade e da autoria das infrações penais de menor potencial

ofensivo,

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R E S O L V E: Art. 1º Fica aprovado o Manual de Elaboração de Termo Circunstanciado

de Ocorrência, apenso a esta, para utilização pelas autoridades e servidores da

Polícia Civil de Pernambuco, quando do exercício dessa atividade.

Art. 2° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º Ficam revogadas as disposições em contrário, especialmente as

constantes da Portaria GAB/PCPE nº 640/2007, de 27 de agosto de 2007.

OSVALDO ALMEIDA DE MORAIS JÚNIOR

Delegado Especial Chefe de Polícia

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1 – ATRIBUIÇÕES LEGAIS DA AUTORIDADE POLICIAL NA LAVRATURA DO TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA - TCO

A Autoridade Policial, ao ser noticiada da prática de infração penal de

menor potencial ofensivo (pena máxima cominada não superior a dois anos), em

situação de flagrante delito, não o lavrará, nem se exigirá fiança, diante da assunção

do compromisso de comparecer ao Juizado Especial Criminal –JECRIM, pelo autor

do fato. Confeccionará, por conseguinte, o Termo Circunstanciado de Ocorrência -

TCO. É o que está disciplinado no art. 69 da lei nº 9.9099/95, que se refere à fase

preliminar do Rito Sumaríssimo:

“Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários.

Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima.”

Em 20 de junho de 2013, entrou em vigor a lei federal 12.830, que dispõe

sobre a investigação criminal formulada pelo delegado de polícia. Segue transcrito o

artigo 2º, por ser pertinente ao tema proposto:

Art. 2o As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações

penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.

§ 1o Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial,

cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais.

§ 2o Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a

requisição de perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos.

§ 3o (VETADO).

§ 4o O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em

curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de

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interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação.

§ 5o A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato

fundamentado.

§ 6o O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á

por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.

(...)

A Lei 12.830/13, como podemos depreender, em seu art.2º §6º,

estabeleceu o dever ao Delegado de Polícia de fundamentar juridicamente o ato de

indiciamento, analisando de maneira técnico-jurídica a investigação, destacando os

fatos apurados e suas considerações quanto à autoria da infração penal,

materialidade e suas circunstâncias, ou seja, motivando o porquê desse

indiciamento.

No que tange ao Termo circunstanciado, segundo o modelo deste

Manual, no despacho inicial, a Autoridade Policial TIPIFICARÁ, a priori, O CRIME,

que, após as diligências requisitadas e realizadas, poderá sofrer alteração ou

confirmar-se no RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO. Nesse último ato, privativo da

Autoridade Policial, três situações podem ocorrer, cuja decisão será privativa do

delegado de polícia: a) a tipificação constante no despacho inicial confirmar-se; b) o

arquivamento do Boletim de Ocorrência por tratar-se de fato atípico, não se

configurando em infração penal à luz do Direito, c) a instauração de inquérito policial,

por portaria, diante da complexidade apresentada (necessidade de ulteriores

diligências).

Nesse diapasão, importante ressaltar o contido no art. 1º, inciso I do

Decreto Estadual nº 39.921 de 10/10/2013, o qual disciplina as sínteses de

atribuições e prerrogativas institucionais dos cargos públicos efetivos de natureza

policial civil, regulamentando a Lei Complementar 137, de 31 de dezembro de 2008,

que instituiu, no âmbito da Polícia Civil de Pernambuco, o Plano de Cargos,

Carreiras e Vencimentos (PCCV). no que tange às atribuições do delegado de

polícia:

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“Art. 1º Ficam disciplinadas as sínteses de atribuições e prerrogativas institucionais dos cargos públicos efetivos, de natureza policial civil, nos termos do art. 6º da Lei Complementar nº 137, de 31 de dezembro de 2008, integrantes do Grupo Ocupacional Policial Civil, a seguir especificados, que passam a ter as seguintes atribuições: I – Delegado de Polícia: dirigir, supervisionar, coordenar, planejar, orientar, executar e controlar a administração policial civil estadual, bem como as investigações e operações policiais, além de instaurar e presidir procedimentos policiais;” (grifos nossos).

Se a ocorrência não se referir a um flagrante de infração penal, ou seja,

tendo tomado conhecimento através do registro de ocorrência policial pela VÍTIMA/

NOTICIANTE, a Autoridade Policial deverá proceder ao despacho de abertura de

procedimento, seguindo as orientações das seções 3 e 4 deste Manual,

determinando as diligências a serem realizadas na instrução do Termo

Circunstanciado de Ocorrência.

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2. ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS À ELABORAÇÃO DO TERMO

CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA - TCO

a) Boletim de Ocorrência: Número do Boletim de Ocorrência (PCPE ou PMPE)

ou outra forma de notícia de infração penal (requerimento, representação,

comunicação, reclamação verbal, etc), data e hora do fato e se houver, tipo

penal apriorístico (artigo), pena máxima prevista e natureza da ação penal

(pública incondicionada, pública condicionada ou privada);

b) Despacho de Abertura de Procedimento: Recebida a Notícia a autoridade

policial elaborará despacho fundamentado, respeitando o contido na lei

9099/956, sobre a abertura do TCO, conforme dispõe o Art. 69 da mesma Lei;

c) Da(s) Vítima(s): Deverão constar o nome, nome social (quando nformar),

estado civil, nacionalidade, naturalidade, profissão, idade, sexo, número do

registro geral - RG, número do cadastro de pessoa física – CPF, filiação,

endereço completo e telefones;

d) Do(a)(s) Autor(a)(res): Deverão constar o nome, nome social (quando

nformar), estado civil, nacionalidade, naturalidade, profissão, idade, sexo,

número do registro geral – RG, número do cadastro de pessoa física – CPF

e/ou cadastro nacional de pessoa jurídica – CNPJ, endereço completo e

telefones;

e) Histórico: Deverão constar o local do fato, data e horário do fato e histórico

da vítima e do autor (quando presente);

f) Testemunha(s): Deverão ser informadas no mínimo duas (02), constando

nome, estado civil, idade, profissão, endereço completo e telefones;

g) Exames requisitados: Quando da infração resultarem eventuais vestígios,

deverão ser solicitados ao Instituto de Criminalística, Instituto de Medicina

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Legal e/ou outro órgão em que se proceda outra modalidade de exame

possível;

h) Termo de Representação: Quando necessário (nos casos de crimes de ação

Penal Pública condicionada à representação) será assinado pela vítima ou

seu representante legal;

i) Termo de Compromisso: Para o comparecimento em juízo assinado pelo(a)

autor(a) do fato;

j) Termo de Ciência de Prazo Decadencial: Para registro da ciência do prazo

decadencial de seis meses quando tratar-se da propositura da ação penal

pública condicionada ou privada conforme o disposto no art. 38 do CPP;

k) Termo de Requerimento: Nos crimes de ação penal privada, o ofendido ou

seu representante legal devem manifestar à Autoridade Policial o desejo de

que seja instaurado o procedimento policial para apuração do fato noticiado

l) Assinaturas: da autoridade policial, da vítima e/ou seu representante legal1,

do(a) autor(a) do fato e do escrivão(ã) que lavrou o termo;

m) Relatório Circunstanciado: Ao considerar encerradas as diligências, a

autoridade policial deve elaborar um relatório descrevendo as providências

tomadas durante as investigações.

1 “Será sempre conveniente colher a assinatura da vítima e de seu representante legal, se for o caso,

no TCO. Isso porque, em determinadas situações, pode acontecer a desclassificação de crime de ação pública incondicionada para ação pública condicionada. Seguido o critério de decadência do direito de representação em 6 meses (CPP, art. 38), quando houver a desclassificação já terá ocorrido a decadência. (Garcia, 2009).

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3. PROCEDIMENTOS PARA A LAVRATURA DO TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA - TCO

3.1 BOLETIM DE OCORRÊNCIA

Serão colhidos os detalhes da ocorrência com informações de praxe

como data e hora do fato, local de ocorrência, natureza, tipificação do mesmo,

dentre outros, conforme

Exemplo 01:

3.2 DESPACHO DE ABERTURA DE PROCEDIMENTO

Ao receber a notícia de infração penal, seja ela postulatória (quando se

pede providências à autoridade policial para a apuração do fato noticiado – notícia

escrita ou verbal), não postulatória e coercitiva (ocorre apenas na hipótese de prisão

em flagrante); a Autoridade Policial deverá iniciar o TCO com um despacho de

abertura do procedimento – em se tratando de infração penal de menor potencial

ofensivo - , para que seja iniciado o Termo Circunstanciado de Ocorrência.

Exemplo 02:

DESPACHO

Após tomar conhecimento por meio do Boletim de Ocorrência de nº xxxxxx, em que

a senhora Maria Deolinda Feitosa, fora agredida por sua vizinha Lilian Maria dos

Santos, e expressa vontade de representar contra a mesma, conforme Lei 9099/95

em seu Art. 69, dar-se-á início ao procedimento policial – Termo Circunstanciado de

Ocorrência - para posterior envio à Justiça.

BOLETIM DE OCORRÊNCIA

Data e hora do fato: XX.XX.2014 00:00:00 Natureza da Notícia: BO PCPE

Local do fato: Av. Boa Viagem, 1020, Bairro: Boa Viagem, Município de Recife/PE

Natureza/Tipificação: LESÃO CORPORAL - Art. 129 do CPB

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3.3 QUALIFICAÇÃO DA VÍTIMA, AUTOR(A)(RES) E TESTEMUNHAS

Nestes campos deverão constar a qualificação da Vítima, Autor(a) e de no

mínimo duas (02) Testemunhas com informações completas, a saber: Nome, nome

social (quando informar), nacionalidade, naturalidade, data de nascimento, filiação,

Registro Geral – RG, Cadastro de Pessoa Física – CPF, Cadastro Nacional de

Pessoa Jurídica – CNPJ, Endereço completo e telefones para contato.

Exemplo 03:

VÍTIMA(S)

Nome: Maria Deolinda Feitosa, conhecida por Maria das Tapiocas, brasileira, natural de Recife-PE, casada, nascida aos 23/02/1974, filha da Alana Graciosa Feitosa e Mário Amparo Feitosa, do Lar, RG 34567894 SSP-PE, CPF 001.001.001-00 Endereço Residencial: Rua do Pacú, 35, Pina, Recife-PE, CEP: 50.000-000. Fone: 9000-0000

Exemplo 04:

AUTOR(A)(RES)

Nome: Lilian Maria dos Santos, Vulgo “Lila da roupa”, natural de Jaboatão dos Guararapes-PE, solteira, nascida aos 21/07/1980, filha da Maria dos Santos e Pai não Declarado, lavadeira, RG 8.908.345 SDS-PE, CPF 001.001.001-01 Endereço Residencial: Rua do Pacú, 43, Pina, Recife-PE. CEP: 50.000-300. Fone: 9000-0000

Exemplo 05:

TESTEMUNHA(S)

Nome: Moisés Silveira, brasileiro, natural de Recife-PE, solteiro, nascido aos 09/02/1968, filho da Maria Silveira e José Silveira, Policial Militar, RG 3456 PMPE, CPF 001.001.001-02. Endereço: 19º Batalhão de Policia Militar, Rua Francisco Barreto, S/N, Ipsep, Recife-PE. CEP: 50.000-300 Nome: Maria Eugênia Brasil, Brasileira, natural de Recife-PE, casada, nascida aos 03/06/1985, filha da Maria Efigência Brasil e João dos Prazeres Brasil, policial militar, RG 7894 PMPE, CPF 001.001.001-00 Endereço: 19º Batalhão de Policia Militar, Rua Francisco Barreto, S/N, Ipsep, Recife-PE. CEP: 50.000-300

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3.4 HISTÓRICO

Serão registrados o relato circiunstanciado feito pela vítima acerca do fato

ocorrido bem como as alegações do autor. Destarte, com o fito de contribuirmos

para a uma prática policial judiciária em conformidade com a legislação vigente, e

ainda no intento de elaborar um procedimento com efetiva qualidade, ressaltamos

que no histórico do TCO não deverá constar apenas a reprodução do texto

registrado no boletim de ocorrência oriundo de outros órgãos, mas sim todas as

informações relevantes, de forma sucinta dos fatos que se apura.

Exemplo 06:

HISTÓRICO

Afirma a senhora Maria Deolinda Feitosa, por meio do BO registrado nesta delegacia, que estava na porta de sua residência no dia de ontem, 10/10/2013, quando sua vizinha Lilian Maria dos Santos, conhecida por “Lila da roupa”, passava com um carrinho de mão cheio de roupas. A vítima afirma que esbarrou no carrinho, mas as roupas não chegaram a cair do mesmo. “Lila” vendo isso, jogou o carrinho no chão espalhando as roupas e partiu para cima de Maria Deolinda agredindo-a com socos e pontapés, precisando que populares separassem as duas. Uma viatura da polícia militar foi acionada e ambas foram trazidas para esta delegacia de polícia para os procedimentos de praxe. De acordo com Maria Deolinda não é a primeira vez que ambas brigam, mas há mais de seis meses não havia acontecido nenhum desentendimento. A Autora das Agressões, Lilian Maria dos Santos, acerca dos fatos informa que Maria Deolinda teria empurrado seu carrinho de mão de modo proposital, derrubando suas roupas no chão e proferindo ofensas. A autora não nega as agressões, mas informa que não suportou o comportamento de sua vizinha e que perdeu a cabeça.

3.5 TERMO DE REPRESENTAÇÃO

Nos crimes de ação penal pública condicionada, depende da

representação da vítima (art. 24, 38 e 39, CPP). Desse modo faz-se necessário a

elaboração, em lauda apartada, do Termo de Representação da vítima ou de seu

representante legal (caso seja incapaz). A vítima ou seu representante legal, deve

exercer o direito de ação (a representação) dentro de 6 meses, após saber quem é o

autor do crime (art. 38, CPP, e art. 103,CP).

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Segundo Reis2 “A representação é uma manifestação de vontade da

vítima ou de seu representante legal no sentido de solicitar providências do Estado

para a apuração de determinado crime e, concomitantemente, autorizar o Ministério

Público a ingressar com a ação penal contra os autores do delito.”

Exemplo 07

TERMO DE REPRESENTAÇÃO

No dia (xx) do mês de (xxx) do ano de (xxxx), na cidade de (xxx), na sede

da Delegacia de Polícia (xxxxxxx), onde presente se encontrava o(a) Bel.(a) (xxx)

NOME DO(A) DELEGADO(A) DE POLÍCIA, Delegado(a) respectivo(a), comigo,

escrivão(ã) servindo ao seu cargo, abaixo assinado, aí compareceu NOME DO(A)

REPRESENTANTE, (Nacionalidade), (Profissão), (Estado Civil), portador(a) do RG

nº (xxx), inscrito no CPF sob o nº (xxx.xxx.xxx-xx), residente e domiciliado(a) na Rua

(xxx), nº (xxx), bairro (xxx), cidade (xxx), CEP. (xxx), no Estado de (xxx), tendo

este(a) declarado a intenção de representar contra NOME DO(A)

REPRESENTADO(A), em virtude do fato deste ter mantido com a

REPRESENTANTE relações sexuais, expondo-a a contágio de moléstia venérea, da

qual o REPRESENTADO é portador, e sabe-se nesta condição. Minudencia suas

explicações contando que na noite de (xx/xx/xxxx), após encontrarem-se numa festa

de um amigo em comum, ela e o REPRESENTADO, dado o laço de intimidade que

rapidamente se estabeleceu entre ambos, mantiveram relações sexuais.

Naturalmente empolgada com o encontro íntimo, a vítima ligou para a Sra. (xxx),

prima do ofensor, a fim de melhor saber sobre sua pessoa, dado seu interesse. Foi

quando, para sua decepção e apreensão, a prima, de convívio bastante próximo do

ofensor, relatou-lhe ser este portador da doença venérea (xxx), e que há muito o

ofensor sabia-se acometido da enfermidade venérea. Solicita, assim, seja instaurado

o procedimento policial a respeito do fato, de forma que possa, a seu tempo, o

representante do Ministério Público promover a competente ação penal. Nada mais.

Lido e achado conforme, vai devidamente assinado. Eu, ESCRIVÃO(Ã), que o digitei.

AUTORIDADE: _____________________________________________

REPRESENTANTE: _________________________________________

ESCRIVÃO(Ã):______________________________________________

2 Reis, Alexandre Cebrian Araújo - Direito processual penal esquematizado / Alexandre Cebrian

Araújo Reis e Victor Eduardo Rios Gonçalves; coordenador Pedro Lenza. – 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 2013, pág. 87.

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3.6 TERMO DE COMPROMISSO

Para o autor(a) do fato faz-se necessário a elaboração em lauda

específica do Termo de Compromisso de comparecimento ao Juizado Especial

Criminal, pois de outra forma, em situação de Flagrante, caso o mesmo se negue a

comparecer ao Juizado, deverá ser elaborado o auto de prisão em flagrante.

Em estudo recente Reis (2013), dicorre sobre o tema da seguinte forma:

“Nos termos do art. 61 da Lei n. 9.099/99, são todos os crimes com pena máxima não superior a 2 anos e todas as contravenções penais. Nesta modalidade de infração penal, o ato da prisão em flagrante é possível; porém, de acordo com o art. 69, parágrafo único, da Lei n. 9.099/95, quando o preso for apresentado à autoridade policial, esta não lavrará o auto de prisão nem exigirá fiança se o autor do fato for imediatamente encaminhado ao Juizado Especial Criminal ou assumir o compromisso de lá comparecer quando intimado para tanto (na última hipótese deverá assinar termo de compromisso). Nestes casos, a autoridade policial se limita a lavrar termo circunstanciado do qual deve constar um resumo das circunstâncias do fato criminoso e, em seguida, deve libertar o autor da infração — sem lhe exigir fiança.”

Exemplo 08:

TERMO DE COMPROMISSO

No dia (xx) do mês de (xxx) do ano de (xxxx(xxx), na sede da Delegacia

de Polícia (xxxxxxx), onde presente se encontra o(a) Bel(a) (xxx), NOME DO(A)

DELEGADO(A), Delegado(a) de Polícia, comigo escrivão(ã), servindo a seu cargo,

abaixo assinado, aí presente o(a) Senhor(a) NOME DO(A) COMPROMISSADO(A),

qualificado(a) no presente procedimento, que se comprometeu, sob as penas da

Lei, que comparecerá em data e horário marcado pela Secretaria do Juizado, à sala

de audiência do Juizado Especial Criminal da Comarca de (xxxxxxx). Nada mais

havendo, determinou mandou a Autoridade Policial de Polícial encerrar o presente

Termo, que depois de lido e achado conforme, o assina juntamente com o autor do

fato e comigo ESCRIVÃO(Ã), que o digitei.

AUTORIDADE: _______________________________________________

COMPROMISSADO(A):________________________________________

ESCRIVÃO(Ã):_______________________________________________

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3.7 TERMO DE CIÊNCIA DE PRAZO DECADENCIAL

Nos crimes de ação privada cabe à vítima ou seu representante legal

(caso seja incapaz) oferecer a queixa-crime, e se não o fizer poderá decair do

exercício do direito de ação no prazo de 6 meses, após saber quem é o autor do

crime (art. 38, CPP, e art. 103,CP). Desse modo, deve a Autoridade Policial

cientificá-la do prazo decadencial referido na forma do Código de Processo Penal.

Exemplo 09

3.7.1 Termo de Requerimento

3.8 Termo de Requerimento

3.8 TERMO DE REQUERIMENTO

Nos crimes de ação penal privada, conforme preceitua o art. 5°, § 5° do

CPP, deverá o ofendido ou seu representante legal requerer a instauração do

procedimento investigativo, ficando a Autoridade Policial adstrita à manifestação de

vontade de quem tenha qualidade para tal. O prazo decadencial ao ofendido para

demonstrar interesse em intentar a apuração dos fatos e informar sua representação

é de 6 (seis) meses, após saber quem é o autor do crime (art. 38, CPP e art.

103,CP).

TERMO DE CIÊNCIA DO PRAZO DECADENCIAL

No dia (xx) do mês de (xxx) do ano de (xxxx), (xxx), na sede da

Delegacia de Polícia (xxxxxxx), onde presente se encontrava o(a) Bel.(a) (xxx)

NOME DO(A) DELEGADO(A) DE POLÍCIA, Delegado(a) de Polícia, comigo

Escrivão(ã) servindo a seu cargo, abaixo assinado, aí compareceu (xxx) NOME

DO(A) CIENTIFICADO(A), já qualificado(a) nos autos, o(a) qual, nessa

oportunidade, é cientificado(a) do prazo decadencial de seis meses para a

propositura da ação penal privada em desfavor de (xxx) NOME(S) DO(A)

AUTOR(A) (RES) do fato, conforme o disposto no art. 38 do CPP. Deve, portanto,

de imediato, contactar um advogado, à sua escolha, ou dirigir-se à Defensoria

Pública do Estado, sob pena de decair o seu direito de queixa. Nada mais

havendo, mandou a Autoridade Policial, encerrar o presente Termo, que depois de

lido e achado conforme, o assina juntamente com o(a) Cientificado(a) e comigo

ESCRIVÃO(Ã) que o digitei.

AUTORIDADE: ______________________________________________

CIENTIFICADO(A):___________________________________________

ESCRIVÃO(Ã):______________________________________________

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Exemplo 10:

TERMO DE REQUERIMENTO

No dia (xx) do mês de (xxx) do ano de (xxxx), na sede da Delegacia de Polícia (xxxxxxx), onde presente se encontrava o(a) Bel.(a) (xxx) NOME DO(A) DELEGADO(A) DE POLÍCIA, Delegado(a) de Polícia, comigo Escrivão(ã), servindo ao seu cargo, abaixo assinado, aí compareceu, (xxx) NOME DO(A) REQUERENTE, já qualificado(a) no presente TCO, na qualidade de vítima, manifestou à Autoridade Policial o desejo de REQUERER A INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO POLICIAL, na forma prevista no Código de Processo Penal vigente, em relação a pessoa, imputado(a) do ilícito noticiado no presente Termo Circunstanciado, aí também qualificado(a), a fim de que sejam adotadas as providências cabíveis. Nada mais havendo, mandou a Autoridade Policial encerrar o presente Termo que, depois de lido e achado conforme, assina com o Requerente e comigo ESCRIVÃO(Ã) que o digitei.

AUTORIDADE: _______________________________________

REQUERENTE:_______________________________________

ESCRIVÃO(Ã): _______________________________________

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3.9 RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Após o término das diligências realizadas a Autoridade Policial deverá

elaborar um relatório circunstanciado de modo sucinto sobre os fatos, diligências

realizadas e provas produzidas, tipificando ao final e encaminhando o procedimento

ao Juizado Especial Criminal.

Exemplo 11:

RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

DOS FATOS Após o registro de ocorrência e abertura do procedimento para apuração de agressões sofridas pela senhora Maria do Carmo por sua vizinha Lilian Maria dos Santos, foi colhido o histórico onde verificou-se as versões tanto da vítima quanto da autora.

DILIGÊNCIAS REALIZADAS E PROVAS PRODUZIDAS

A vítima foi encaminhada ao (xxxxxxxx) CITAR O ÓRGÃO AO QUAL A VÍTIMA E/OU AUTOR(A) FOI(RAM) ENCAMINHADO(A)(S) para exames de praxe, e por meio do Laudo nº (xxxxxxx) ficaram comprovadas as lesões leves sofridas pela vítima. Tais lesões não são negadas pela autora.

TIPIFICAÇÃO CONFIRMADA

(Espaço reservado para o registro da justificativa) ___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Exemplo: Conforme as provas produzidas constantes no Laudo Pericial nº (xxxxxxx), assim como nos depoimentos das testemunhas, resta evidenciado para esta Autoridade Policial que o comportamento da Sra. Lilian Maria dos Santos, já qualificada no presente procedimento, incide no tipo penal do Art. 129 do CPB. Lesão Corporal leve.

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NÃO CONFIRMADA (Espaço reservado para o registro da justificativa) _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Exemplo: Em face das informações contidas no BO e na avaliação desta Autoridade Policial, tratar-se de fato atípico, não se configurando em infração penal à luz do Direito, decido pelo arquivamento do BO. INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (Espaço reservado para o registro da justificativa)) _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Exemplo: Em face das diligências efetuadas indicarem tratar-se de caso complexo sendo necessário maiores esclarecimentos para a apuração do fato noticiado, esta Autoridade decide pela Instauração do Inquérito Policial.

DESPACHO DE ENCAMINHAMENTO

Devido ao fato do crime tipificado neste TCO de nº (xxxxxxx) , ter REGISTRAR A PENA COMINADA AO CRIME E/OU CONTRAVENÇÃO pena de detenção de três meses a um ano, resta caracterizada a competência do Juizado Especial Criminal. Registrados os dados possíveis, seja a 1ª via do Termo Circunstanciado de Ocorrência encaminhado ao (xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx) CITAR O LOCAL DE ENCAMINHAMENTO, para os devidos fins, e a 2ª via arquive-se.

Local e Data.

Assinatura da Autoridade Policial Matrícula

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4 – OUTRAS ORIENTAÇÕES SOBRE A LAVRATURA DO TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA -TCO 4.1 QUANTO AO HISTÓRICO

Deverá conter os relatos da vítima e do acusado acerca dos fatos ocorridos3.

Quando da não presença do acusado(a) ao fato deverá constar no Relatório

Circunstanciado o motivo pelo qual não há assinatura do mesmo no TCO.

4.2 QUANTO À TIPIFICAÇÃO Havendo dúvidas quanto à tipificação do ilícito, prudente será à autoridade

policial decidir pela instauração de inquérito policial, conforme o entendimento de

Garcia (2009):

“O procedimento sumaríssimo preconizado pela Lei n. 9.099/95 é destinado apenas às infrações tidas como de menor potencial ofensivo. Isso não se discute. E mesmo assim, a previsão é para as infrações penais que não ofereçam maiores dificuldades de apuração. Não havendo consenso, se dificuldades existirem, pode-se dizer que se trata de “caso complexo”, competindo ao magistrado, a requerimento do Ministério Público, remeter o Termo Circunstanciado ao Juízo competente. Prevendo o que vai ocorrer no futuro, a nosso ver, pode a autoridade policial decidir pela instauração de inquérito policial e não pela elaboração de Termo circunstanciando.”

4.3 RETRATAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO E RENÚNCIA AO DIREITO DE QUEIXA

É possível que a vítima possa se retratar, a termo, ou renunciar ao direito

de queixa. Contudo, apenas em casos de natureza pública condicionada e privada,

respectivamente. Segundo Garcia (2009), a autoridade policial não pode inutilizar

nem arquivar o termo. O mais correto é tomar a termo a retratação, ou renúncia,

anexar ao TCO e remeter ao Juizado. Caso o TCO já tenha sido encaminhado ao

Juizado, mas ainda aguarda providências em Juízo, também poderá ser

encaminhado.

3 Lei 9099/95. Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou

por mandado. Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei.

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4.4 A NECESSIDADE DE INQUÉRITO POLICIAL NOS CRIMES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO, DE ACORDO COM O DISPOSTO NO ART. 41 DA LEI 11.340/2006

Em conformidade com a redação do art. 41 da Lei n. 11.340/2006 – Lei

Maria da Penha, é possível a conclusão de que, sempre que seja cometido crime

que envolva violência doméstica ou familiar contra a mulher, deverá ser instaurado

inquérito policial (e não o termo circunstanciado), ainda que a pena máxima prevista

não supere 2 anos. Por isso, se for noticiado à Autoridade Policial um crime de

ameaça praticado pelo marido contra a esposa ou um crime de constrangimento

ilegal do filho contra a mãe, deverá ser instaurado inquérito policial, embora a pena

máxima desses crimes seja, respectivamente, de 6 meses (art. 147 do CP) e 1 ano

(art. 146 do CP). Consequência disso é que, nesses casos, se o sujeito for flagrado

cometendo o delito deverá ser preso em flagrante e lavrado o respectivo auto. (Reis,

2013).

4.5 CONCURSO DE CRIMES

1) Súmula nº 243 do Superior Tribunal de Justiça: “O benefício da suspensão do

processo não é aplicável em relação às infrações penais cometidas em concurso

material, concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima cominada,

seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de 1 ano.

2) Súmula nº 723 do Supremo Tribunal Federal: “Não se admite a suspensão

condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da

infração mais grave com o aumento mínimo de 1/6 for superior a 1 ano”.

4.6 AÇÃO PENAL PÚBLICA

4.6.1 Ação Pública Condicionada Na Ação Pública Condicionada o direito à representação está sujeito ao prazo

de 6 (seis) meses após o conhecimento do autor do crime (art. 38, CPP, e art.

103,CP); no qual cabe a manifestação de vontade do ofendido ou de seu

representante legal. A titularidade da ação continua a ser do Ministério Público, mas

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este somente poder·oferecer a denúncia se estiver presente a representação ou a

requisição, que constituem, em verdade, autorização para o início da ação.

4.6.2 Ação Pública Incondicionada A ação penal pública incondicionada destina-se ao combate dos crimes em

que o legislador previu a possibilidade do Estado agir ex officio, sem a necessidade

de representação ou requisição.

4.7 AÇÃO PENAL PRIVADA

É aquela em que se identifica no Código de Processo Penal, que só é

promovida mediante queixa, podendo ser promovida pelo ofendido ou seu

representante legal. Em alguns casos particulares o legislador optou por oferecer ao

particular envolvido a escolha em promover a ação penal ou não, já que há casos

em que sua divulgação pode trazer prejuízos maiores que o próprio fato em si.

Para tanto existe um prazo para que isso ocorra, conforme Reis (2013):

“Na ação privada, a decadência é a perda do direito de ingressar com a ação em face do decurso do prazo sem o oferecimento da queixa. Essa perda do direito de ação por parte do ofendido atinge também o jus puniendi, gerando a extinção da punibilidade do autor da infração. Nos termos do art. 103 do Código Penal, salvo disposição em sentido contrário, o prazo decadencial é de 6 meses a contar do dia em que a vítima ou seu representante legal tomam conhecimento da autoria da infração. Este é o prazo para que a queixa­-crime seja protocolada em juízo ainda que os autos sejam conclusos posteriormente ao juiz para apreciação.” (grifos nossos)

Vale salientar que para esses crimes será necessário que o ofendido ou

seu Representante Legal seja informado de que a queixa-crime seja protocolada

diretamente no Juizado Especial Criminal, para tanto, receberá uma Nota de Ciência

informando sobre os procedimentos e o prazo de 6 (seis) meses para esse

protocolo. A autoridade policial deverá enviar ao Juizado uma cópia desta Nota de

Ciência.

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REFERÊNCIAS

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BRASIL. Lei nº. 9.099, de 26 de setembro de 1995. Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.

BRASIL, Lei 10.259, de 12 de julho de 2001. Dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça Federal . Disponível em: <http://www.planalto.gov.

BRASIL, Lei nº 11.313, de 28 de junho de 2006. Altera os arts. 60 e 61 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, e o art. 2o da Lei no 10.259, de 12 de julho de 2001, pertinentes à competência dos Juizados Especiais Criminais, no âmbito da Justiça Estadual e da Justiça Federal. . Disponível em: <http://www.planalto.gov

Brasil, Lei nº 12.830, de 20 de junho de 2013. Dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia. . Disponível em: <http://www.planalto.gov.

CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. São Paulo: Saraiva, 2009.

_______________. Legislação Penal Especial – 2º volume. São Paulo: Ed. Damásio de Jesus, 2006.

CHIMENTI, Ricardo Cunha e SANTOS, Marisa Ferreira dos Santos. Juizados Especiais Cíveis e Criminais – Federais e Estaduais. São Paulo: Saraiva, 2010.

GARCIA, Ismar Estulano. e PIMENTA, Ismar Estulano. Procedimento Policial: inquérito e termo circunstanciado– 12ª. ed.. Goiânia: Editora AB, 2009.

GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Legislação Penal Especial. São Paulo: Saraiva, 2010.

GRINOVER, Ada Pellegrini, GOMES FILHO, Antonio Magalhães e GOMES, Luiz Flávio. Juizados Especiais Criminais. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.

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JESUS, Damásio Evangelista de. Lei dos Juizados Especiais Criminais Anotada. São Paulo: Saraira, 2007.

MORAES, Bismael Batista. Direito e Polícia uma introdução à Polícia Judiciária. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 1986.

NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais comentadas. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009.

OLIVEIRA, Eugenio Pacceli de. Curso de Processo Penal. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.

PERNAMBUCO, Decreto Estadual nº 39.921 de 10/10/2013, Disponível em http://www.portaisgoverno.pe.gov.br/.

PRADO, Suzane Maria Carvalho do. Concurso de Infrações de Menor Potencial Ofensivo entre si e a permanência do feito no Juizado Especial Criminal. Disponível em: "http://www.mp.rs.gov.br/criminal/doutrina/id629.htm", acesso em 10.05.2014.

REIS, Alexandre Cebrian Araújo; GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito processual penal esquematizado. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

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APÊNDICES

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Controle Interno nº: XXXXXX-XXXX/2014 Procedimento nº: XXX-XXXXX/2014

BOLETIM DE OCORRÊNCIA Nº XXX- XXXXXXXX/2014

BOLETIM DE OCORRÊNCIA

Data e hora do fato: XX.XX.2014 00:00:00 Natureza da Notícia:

BO PCPE

Local do fato: Av. Boa Viagem, 1020, Bairro: Boa Viagem, Município de Recife/PE

Natureza/Tipificação: LESÃO CORPORAL - Art. 129 do CPB

Ocorrência(s)

Lesão Corporal

Capitulação: Art. 129, CPB

Motivo Presumido: XXXX

Data e Hora do fato: XX/XX/2014 XXhXX e XX/XX/201413 12:00:00

Local: Rua do Pacú, 35, Pina, Recife-PE, CEP: 50.000-000.

Envolvido(s)

Vítima -

Nome: Maria Deolinda Feitosa, conhecida por Maria das Tapiocas, brasileira, natural de

Recife-PE, casada, nascida aos 23/02/1974, filha da Alana Graciosa Feitosa e Mário Amparo

Feitosa, do Lar, RG 34567894 SSP-PE, CPF 001.001.001-00

Endereço Residencial: Rua do Pacú, 35, Pina, Recife-PE, CEP: 50.000-000. Fone: 9000-0000

Testemunha -

Nome: Moisés Silveira, brasileiro, natural de Recife-PE, solteiro, nascido aos 09/02/1968,

filho da Maria Silveira e José Silveira, Policial Militar, RG 3456 PMPE, CPF 001.001.001-02

Endereço: 19º Batalhão de Policia Militar, Rua Francisco Barreto, S/N, Ipsep, Recife-PE.

CEP: 50.000-300

Nome: Maria Eugênia Brasil, Brasileira, natural de Recife-PE, casada, nascida aos

03/06/1985, filha da Maria Efigência Brasil e João dos Prazeres Brasil, policial militar, RG

7894 PMPE, CPF 001.001.001-00

Endereço: 19º Batalhão de Policia Militar, Rua Francisco Barreto, S/N, Ipsep, Recife-PE.

CEP: 50.000-300

Autor -

Nome: Lilian Maria dos Santos, Vulgo “Lila da roupa”, natural de Jaboatão dos Guararapes-

PE, solteira, nascida aos 21/07/1980, filha da Maria dos Santos e Pai não Declarado,

lavadeira, RG 8.908.345 SDS-PE, CPF 001.001.001-01

Endereço Residencial: Rua do Pacú, 43, Pina, Recife-PE. CEP: 50.000-300. Fone: 9000-0000

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Controle Interno nº: XXXXXX-XXXX/2014 Procedimento nº: XXX-XXXXX/2014

Dinâmica do(s) Fato(s)

Afirma a senhora Maria Deolinda Feitosa, por meio do BO registrado nesta delegacia, que

estava na porta de sua residência no dia de ontem, 10/10/2013, quando sua vizinha Lilian

Maria dos Santos, conhecida por “Lila da roupa”, passava com um carrinho de mão cheio de

roupas. A vítima afirma que esbarrou no carrinho, mas as roupas não chegaram a cair do

mesmo. “Lila” vendo isso, jogou o carrinho no chão espalhando as roupas e partiu para cima

de Maria Deolinda agredindo-a com socos e pontapés, precisando que populares separassem

as duas. Uma viatura da polícia militar foi acionada e ambas foram trazidas para esta

delegacia de polícia para os procedimentos de praxe. De acordo com Maria Deolinda não é a

primeira vez que ambas brigam, mas há mais de seis meses não havia acontecido nenhum

desentendimento. A Autora das Agressões, Lilian Maria dos Santos, acerca dos fatos informa

que Maria Deolinda teria empurrado seu carrinho de mão de modo proposital, derrubando

suas roupas no chão e proferindo ofensas. A autora não nega as agressões, mas informa que

não suportou o comportamento de sua vizinha e que perdeu a cabeça.

Assinaturas:

ASSINATURA DO(A) NOTICIANTE E/OU VÍTIMA

ASSINATURA DO(A) POLICIAL QUE REGISTROU O BO

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Controle Interno nº: XXXXXX-XXXX/2014 Procedimento nº: XXX-XXXXX/2014

DESPACHO DE ABERTURA DE PROCEDIMENTO

DESPACHO

Após tomar conhecimento por meio do Boletim de Ocorrência de nº (xxxxxxx), em que a senhora Maria Deolinda Feitosa, fora agredida por sua vizinha Lilian Maria dos Santos, e expressa vontade de representar contra a mesma, conforme Lei 9099/95 em seu Art. 69, dar-se-á início ao procedimento policial – Termo Circunstanciado de Ocorrência - para posterior envio à Justiça.

Local e data.

Assinatura da Autoridade Policial Matrícula

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Controle Interno nº: XXXXXX-XXXX/2014 Procedimento nº: XXX-XXXXX/2014

RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

DOS FATOS Após o registro de ocorrência e abertura do procedimento para apuração de agressões sofridas pela senhora Maria do Carmo por sua vizinha Lilian Maria dos Santos, foi colhido o histórico onde verificou-se as versões tanto da vítima quanto da autora.

DILIGÊNCIAS REALIZADAS E PROVAS PRODUZIDAS

A vítima foi encaminhada ao (xxxxxxxx) CITAR O ÓRGÃO AO QUAL A VÍTIMA E/OU AUTOR(A) FOI(RAM) ENCAMINHADO(A)(S) para exames de praxe, e por meio do Laudo nº (xxxxxxx) ficaram comprovadas as lesões leves sofridas pela vítima. Tais lesões não são negadas pela autora.

TIPIFICAÇÃO CONFIRMADA

(Espaço reservado para o registro da justificativa) _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Exemplo: Conforme as provas produzidas constantes no Laudo Pericial nº (xxxxxxx), assim como nos depoimentos das testemunhas, resta evidenciado para esta Autoridade Policial que o comportamento da Sra. Lilian Maria dos Santos, já qualificada no presente procedimento, incide no tipo penal do Art. 129 do CPB. Lesão Corporal leve.

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Controle Interno nº: XXXXXX-XXXX/2014 Procedimento nº: XXX-XXXXX/2014

NÃO CONFIRMADA (Espaço reservado para o registro da justificativa) _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Exemplo: Em face das informações contidas no BO e na avaliação desta Autoridade Policial, tratar-se de fato atípico, não se configurando em infração penal à luz do Direito, decido pelo arquivamento do BO.

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (Espaço reservado para o registro da justificativa)) _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Exemplo: Em face das diligências efetuadas indicarem tratar-se de caso complexo sendo necessário maiores esclarecimentos para a apuração do fato noticiado, esta Autoridade decide pela Instauração do Inquérito Policial.

DESPACHO DE ENCAMINHAMENTO

Devido ao fato do crime tipificado neste TCO de nº (xxxxxxx), ter REGISTRAR A PENA COMINADA AO CRIME E/OU CONTRAVENÇÃO pena de detenção de três meses a um ano, resta caracterizada a competência do Juizado Especial Criminal. Registrados os dados possíveis, seja a 1ª via do Termo Circunstanciado de Ocorrência encaminhado ao (xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx) CITAR O LOCAL DE ENCAMINHAMENTO, para os devidos fins, e a 2ª via arquive-se.

Local e Data.

Assinatura da Autoridade Policial Matrícula

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Controle Interno nº: XXXXXX-XXXX/2014 Procedimento nº: XXX-XXXXX/2014

TERMO DE CIÊNCIA DO PRAZO DECADENCIAL

No dia (xx) do mês de (xxx) do ano de (xxxx), (xxx), na sede da Delegacia de

Polícia (xxxxxxx), onde presente se encontrava o(a) Bel.(a) (xxx) NOME DO(A)

DELEGADO(A) DE POLÍCIA, Delegado(a) de Polícia, comigo Escrivão(ã) servindo a seu

cargo, abaixo assinado, aí compareceu (xxx) NOME DO(A) CIENTIFICADO(A), já

qualificado(a) nos autos, o(a) qual, nessa oportunidade, é cientificado(a) do prazo decadencial

de seis meses para a propositura da ação penal privada em desfavor de (xxx) NOME(S)

DO(A) AUTOR(A) (RES) do fato, conforme o disposto no art. 38 do CPP. Deve, portanto, de

imediato, contactar um advogado, à sua escolha, ou dirigir-se à Defensoria Pública do Estado,

sob pena de decair o seu direito de queixa. Nada mais havendo, mandou a Autoridade Policial

encerrar o presente Termo, que depois de lido e achado conforme, o assina juntamente com

o(a) Cientificado(a) e comigo ESCRIVÃO(Ã) que o digitei.

AUTORIDADE: _____________________________________________________

CIENTIFICADO (A): _________________________________________________

ESCRIVÃO(Ã): _____________________________________________________

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Controle Interno nº: XXXXXX-XXXX/2014 Procedimento nº: XXX-XXXXX/2014

TERMO DE COMPROMISSO

No dia (xx) do mês de (xxx) do ano de (xxxx), na sede da Delegacia de Polícia

(xxxxxxx), onde presente se encontra o(a) Bel(a) (xxx), NOME DO(A) DELEGADO(A) DE

POLÍCIA, Delegado(a) de Polícia, comigo escrivão(ã), servindo a seu cargo, abaixo

assinado, aí presente o(a) Senhor(a) NOME DO(A) COMPROMISSADO(A), qualificado(a)

no presente procedimento, que se comprometeu, sob as penas da Lei, que comparecerá em

data e horário marcado pela Secretaria do Juizado, à sala de audiência do Juizado Especial

Criminal da Comarca de (xxxxxxxx). Nada mais havendo, mandou a Autoridade Policial

encerrar o presente Termo, que depois de lido e achado conforme, o assina juntamente com o

autor do fato e comigo ESCRIVÃO(Ã), que o digitei.

AUTORIDADE: _____________________________________________________

COMPROMISSADO(A): ______________________________________________

ESCRIVÃO (Ã): _____________________________________________________

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Controle Interno nº: XXXXXX-XXXX/2014 Procedimento nº: XXX-XXXXX/2014

TERMO DE REPRESENTAÇÃO

No dia (xx) do mês de (xxx) do ano de (xxxx), na cidade de (xxx), na sede da

Delegacia de Polícia (xxxxxxx), onde presente se encontrava o(a) Bel.(a) (xxx) NOME

DO(A) DELEGADO(A) DE POLÍCIA, Delegado(a) respectivo(a), comigo escrivão(ã),

servindo ao seu cargo, abaixo assinado, aí compareceu NOME DO(A) REPRESENTANTE,

(Nacionalidade), (Profissão), (Estado Civil), portador(a) do R.G. nº (xxx), inscrito no CPF sob

o nº (xxx.xxx.xxx-xx), residente e domiciliado(a) na Rua (xxx), nº (xxx), bairro (xxx), cidade

(xxx), CEP. (xxx), no Estado de (xxx), tendo este(a) declarado a intenção de representar

contra NOME DO(A) REPRESENTADO(A), em virtude do fato deste ter mantido com a

REPRESENTANTE relações sexuais, expondo-a a contágio de moléstia venérea, da qual o

REPRESENTADO é portador, e sabe-se nesta condição. Minudencia suas explicações

contando que na noite de (xx/xx/xxxx), após encontrarem-se numa festa de um amigo em

comum, ela e o REPRESENTADO, dado o laço de intimidade que rapidamente se

estabeleceu entre ambos, mantiveram relações sexuais. Naturalmente empolgada com o

encontro íntimo, a vítima ligou para a Sra. (xxx), prima do ofensor, a fim de melhor saber

sobre sua pessoa, dado seu interesse. Foi quando, para sua decepção e apreensão, a prima, de

convívio bastante próximo do ofensor, relatou-lhe ser este portador da doença venérea (xxx),

e que há muito o ofensor sabia-se acometido da enfermidade venérea. Solicita, assim, seja

instaurado o procedimento policial a respeito do fato, de forma que possa, a seu tempo, o

representante do Ministério Público promover a competente ação penal. Nada mais. Lido e

achado conforme, vai devidamente assinado. Eu, ESCRIVÃO(Ã), que o digitei.

AUTORIDADE: _____________________________________________________

REPRESENTANTE: _________________________________________________

ESCRIVÃO(Ã): _____________________________________________________

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Controle Interno nº: XXXXXX-XXXX/2014 Procedimento nº: XXX-XXXXX/2014

TERMO DE REQUERIMENTO

No dia (xx) do mês de (xxx) do ano de (xxxx), na sede da Delegacia de

Polícia (xxxxxxx), onde presente se encontrava o(a) Bel.(a) (xxx) NOME DO(A)

DELEGADO(A) DE POLÍCIA, Delegado(a) de Polícia, comigo Escrivão(ã), servindo

ao seu cargo, abaixo assinado, aí compareceu, NOME DO(A) REQUERENTE, já

qualificado(a) no presente TCO, na qualidade de vítima, manifestou à Autoridade

Policial o desejo de REQUERER A INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO

POLICIAL, na forma prevista no Código de Processo Penal vigente, em relação a

pessoa, imputado(a) do ilícito noticiado no presente Termo Circunstanciado, aí

também qualificado(a), a fim de que sejam adotadas as providências cabíveis. Nada

mais havendo, mandou a Autoridade Policial encerrar o presente Termo que, depois

de lido e achado conforme, assina com o Requerente e comigo ESCRIVÃO(Ã) que o

digitei.

AUTORIDADE: _________________________________________________

REQUERENTE: _________________________________________________

ESCRIVÃO(Ã): _____________________________________________________

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Anotações ________________________________________________________________

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