pódio - 9 de agosto de 2015

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MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 [email protected] Tal pai, tal filho Neste Dia dos Pais, o PÓDIO mostra a história de pais e filhos que atuaram juntos no Campeonato Amazonense de futebol. Pódio E4 e E5 DIEGO JANATÃ

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015 [email protected]

Tal pai,tal fi lhoNeste Dia dos Pais, o PÓDIO

mostra a história de pais e fi lhos que atuaram juntos no Campeonato Amazonense de futebol. Pódio E4 e E5

DIE

GO

JAN

ATÃ

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E2 MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

‘Eurico Miranda colocou o Nacional na Série B em 2000’Omar AZIZ

Melo vai ter de en-contrar uma al-ternativa. O Estado não tem e nun-ca terá condi-ções para manter a Arena so-zinho”.

Omar José Abdel Aziz, paulistano nascido em

13 de agosto de 1958, membro do PSD, ex-governador do Ama-zonas e atual senador pelo Amazonas, é um homem de declara-ções fortes. Não foi diferente nesta entre-vista ao PÓDIO. Na-cionalino assumido, o senador volta a mos-trar confiança no time, conta sobre sua pas-sagem pelo time no ano 2000, fala sobre o que deu errado na administração da Are-na da Amazônia e joga um balde de água fria nos planos de Romário enquadrar a CBF.

PÓDIO – O senhor era vice-governador quando a Arena da Amazônia co-meçou a ser construída. Era governador quando foi inaugurada. E nes-se intervalo de tempo, afi rmava que o estádio seria economicamente sustentável. Agora, os clubes evitam a Arena por conta dos custos e o governo não encontra interessados em tercei-rizá-la. O que o senhor sugere para conseguir tornar a administração dela sustentável?

Omar Aziz – Apenas uma arena conseguiu vender seu naming rights, a de Salvador. A de Cuiabá está com problemas, a de Na-tal tem problemas, a do Corinthians tem muitos problemas. Estamos em uma época de crise. Tudo é mais difícil. (José) Melo vai ter de encontrar uma alternativa para a Arena. O Estado não tem e nunca terá condições para man-tê-la sozinho. O problema é que para licitar uma obra de R$ 600 milhões, o Mi-nistério Público fi ca em

cima querendo saber em quantos anos o investi-mento será recuperado. E isso não vai acontecer em dois anos.

PÓDIO – Na sua visão, por que o futebol ama-zonense parou no tem-po e o que precisa para melhorar?

OA – O futebol amazo-nense não avança por uma série de coisas. A CBF pre-cisa tratar com isonomia os clubes. O Nacional foi jogar no Acre e fez uma viagem de dez horas. Não fazem isso com Flamengo, Vasco e Corinthians. Tam-bém falta apoio da impren-sa amazonense. Não criam ídolos. Preferem colocar a foto do Guerrero (atacante do Flamengo) do que de um jogador do Nacional. Não ajudam. Precisamos trabalhar unidos. Nós con-seguimos mudar o horá-rio do jogo do Nacional (contra o Remo, nesta se-gunda-feira, na Arena da Amazônia), que não recebe rigorosamente nada pelas transmissões dos jogos pelo Esporte Interativo.

PÓDIO – Como membro, como o senhor espera contribuir para a da CPI da CBF?

OA – Não estou nessa CPI para ca-çar bruxas. Es-tou nessa CPI para elaborar uma propos-ta adequada para o fu-tebol bra-sileiro. E é brasi leiro m e s m o . Não é para o futebol de Rio, São Paulo, Minas e Pa-raná. A pro-posta da CPI não é botar fulano ou ci-clano na cadeia, como o Romário está falando. Não queremos tirar proveito político disso. A ideia é ter uma proposta de funcionamento para o esporte.

PÓDIO – O se-

ARTHUR CASTROFRED SANTANA

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E3MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

A propos-ta da CPI não é bo-tar fulano ou ciclano na cadeia, como o Romário está fa-lando”

‘Eurico Miranda colocou o Nacional na Série B em 2000’nhor acha que o fato da entidade dar dinheiro a clubes e federações pode atrapalhar os trabalhos

do grupo?

OA – A CBF não tem dinheiro público.

Nenhum recurso do governo fe-deral passa pela CBF. O Tribu-nal de Contas da União não investiga a CBF. Ela não tem de dar satisfações a ninguém. Ela não é uma secreta-ria para ser auditada. Os acordos que

ela fez com a Nike, a Coca-

Cola, etc. não in-teressam. Isso é

entre eles. Na Copa 2014, ela nunca par-

ticipou de nada. Não podemos chegar falan-

do em prender. A CPI vai fazer um relatório sobre o que descobrir. Daí, isso será encaminhado ao Mi-nistério Público. E quem

condena é a Justiça.

PÓDIO – O senhor tem alguma proposta já pre-parada para a CPI?

OA – Hoje temos três estádios para praticar es-portes. O Nacional tem um bom centro de treinamen-to e um bom campo para a base. Mas a Lei Pelé desestimulou a formação de jogadores, porque eles não são mais dos times. Temos de ouvir quem está trabalhando na base. O futebol brasileiro não tem mais ídolos. Quem é Ro-berto Firmino? Isso parece nome de empreiteiro. O Brasil perde a Copa Amé-rica. Vai para o Mundial de Juniores, perde. O que está acontecendo? Nossos jogadores não são mais formados. Eles saem com 16 anos para o exterior. É preciso ter critério. A meu ver, para sair do Brasil, o jogador tem de ficar pelo menos quatro anos jogan-do profissionalmente no time formador. Temos de rever isso,

PÓDIO – Na partida en-

tre Nacional e Bahia, pela Copa do Brasil, o senhor fez duras críticas ao time amazonense. Sua opinião mudou? O senhor acredi-ta no acesso do time à Série C?

OA – Acredito. Nós me-lhoramos a equipe. O Má-rio (Cortez, presidente do Nacional) trouxe jogado-res para suprir algumas necessidades que nós tí-nhamos. Depois das mi-nhas críticas, o Charles, por exemplo, veio jogar no Nacional. Hoje temos uma equipe muito boa. Melhor que aquela de 2013. Isso porque hoje temos algo que não tínhamos naquela época: banco de reservas. Em 2013, tivemos proble-mas quando o Denis e o Lídio foram suspensos. Esse Lusmar é um craque. Cabe ao Lana ser político. Administrar a cabeça de 25 pessoas diferentes não é algo fácil.

PÓDIO – Como o senhor avalia sua época de car-tola do Nacional?

OA – Fui diretor do Nacio-

nal em 2000, quando era vice-prefeito. O São Rai-mundo era o time da moda, tricampeão amazonense. Eu estava no sítio do Lu-pércio Ramos e perguntei ao Maneca (ex-deputado, conselheiro do Nacional e na época diretor do Tufão): e o meu Nacional, Maneca? Ele disse: está lá. Falei a ele: se me derem a dire-ção de futebol, eu assumo. Maneca disse: está dada. O Evandro (Simões, então presidente do Nacional) foi até minha casa e me deu autonomia. Fiz o CT. Contratei o time inteiro do Anapolina. Ganhei o cam-peonato do Lana. Botei o Nacional na Série B, que na época era a Copa João Havelange. Ou melhor, o Eurico Miranda (atual e presidente do Vasco na época) colocou o Nacional na Série B. A verdade é essa. Disputamos por dois anos. Aí caímos e eu desisti (risos). Mas ao menos eu acabei com a hegemonia do São Raimundo e cons-truí um CT. Não fosse isso, o Nacional teria se tornado o que é, infelizmente, o Rio Negro hoje”.

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CE KI SABS

Pai e fi lho no ofício da bolaSérgio Duarte e Serginho fi zeram parte do mesmo ambiente de trabalho, com o pai treinando o fi lho. Já Ney Júnior e Bianor atuaram juntos na zaga do Rio Negro

Um dos conceitos mais populares é que os fi lhos devem superar os pais. O exemplo fraterno vem de berço e acaba sendo utilizado para

motivar os fi lhos na busca por seus sonhos e objetivos. É possível observar que essa luta acontece em várias áreas e no esporte não poderia ser diferente. No automobilismo brasileiro, por exemplo, o tricampeão da formula 1, Nelson Piquet, após fazer his-tória na categoria, viu seu fi lho, Nelsinho, também seguir seus passos. Outra família que também marcou seu nome foi a Ville-neuve. Neste caso, o fi lho foi maior que o pai. Em 1997, Jacques se sagrou campeão mundial de F1 e homenageou Gilles, que faleceu em 1982.

No futebol, existem bons exemplos também. O maior deles é do “Rei” do esporte bretão. Após se eternizar no fu-tebol, Pelé viu seu fi lho, Edinho, fracassar na carreira de goleiro. Por outro lado, no Palmeiras, Ademir da Guia fez história e virou um dos principais ídolos dos “palestrinos”, honrando, assim, o nome da família que já tinha se “imortalizado” com seu pai, Domingos da Guia.

Na América do Sul, também há exem-plos. Para os mais novos, os jogadores Forlán e Veron foram craques que re-presentaram suas seleções, Uruguai e Argentina, respectivamente, com maes-tria. Fora isso, eles ainda passaram por clubes como Manchester United e Inter de Milão. Porém, para os mais antigos, esses nomes remetem aos ex-jogadores Pablo Forlán e Ramon Veron. O primeiro atuava no setor defensivo e marcou sua carreira por conquistas pelo Penãrol e São Paulo. Já o segundo foi o líder da melhor equipe do Estudiantes. Com a camisa da equipe argentina, La Bruxa venceu três Copas Libertadores na década de 1960.

O futebol amazonense não poderia fi car fora desta lista. Na década de 1980, o meia Sérgio Duarte escreveu seu nome na história do Nacional. Atuando com elegância, o jogador logo se transferiu para Portugal, onde defendeu as cores de equipes como Farense, Boa Vista e Vizela. Após se aposentar, Duarte virou treinador. Neste ano, comandou o Iran-duba no Barezão 2015. Desde 2013, seu fi lho, Serginho, vem galgando espaço no futebol estadual. Revelado pelo Iranduba, o segundo volante mostrou qualidade e se transferiu para o Rio Negro para a disputa da segunda divisão. Nesta competição, pai e fi lho se encontraram no mesmo time e conseguiram recolocar o Galo da Praça da Saudade na Série A do Amazonense.

Serginho não esconde que tem como principal referência o seu pai. O jovem jogador afi rma que tenta seguir o exemplo tanto dentro, quanto fora de campo.

“Sempre acompanhei meu pai nos jo-gos e admirava a postura dele dentro de campo. Ele é um espelho para mim por tudo que fez. Ele foi um ótimo jogador e é uma ótima pessoa. Tento me espe-

lhar, porque é uma pessoa do bem que sempre tenta puxar os que estão em volta. Ele sabe cativar. É um ótimo pai e tenho muito orgulho disso”, afi rmou o fi lho, que admite ter seu pai como maior ídolo no esporte.

“Treinava dentro de casa com ele. Sempre tentava absorver tudo que ele me passava, pois vendo ele jogar, acabei o tendo como ídolo. Ele jogou muito. Então, sempre tentei absorver ao máximo tudo que ele me passava para chegar bem no profi ssional”, revelou Serginho.

Atuando praticamente na mesma po-sição do pai, Serginho contou que em muitas partidas que joga acaba sendo cobrado pelos torcedores para que de-sempenhe o mesmo papel que seu pai desempenhava. Apesar disso, o jogador disse conseguir conviver com essa pres-são sem problema.

“Ele fez o papel dele da melhor forma possível. Ganhou muita gente com o seu futebol. Fez história e, hoje em dia, cobram muito quando jogo por causa dele. Tem uma certa pressão. Até a torcida fi ca cobrando para que eu jogue como ele. Isso é difícil, mas um dia consigo chegar perto”, citou.

Pai corujaSempre sério na beira do gramado,

Sérgio Duarte não consegue ser do mesmo jeito ao falar do filho. Duarte não esconde o orgulho ao ver Serginho se destacando no futebol amazonense. Para o pai, todo o sucesso de Serginho vem graças ao trabalho feito desde a base com o garoto.

“Para mim, é gratifi cante ver o Júnior há alguns anos desempenhando a fun-ção de profi ssional. Ele, desde garoto, demonstrou que tinha interesse em ser jogador de futebol e trabalhou para isso. Ele fez a base. Em Portugal, participou da escolhinha de alguns times em que joguei. Aqui, ele disputou alguns cam-peonatos juvenis e juniores até chegar no profi ssional. Levei ele para o Iran-duba e depois para o Rio Negro. Ele se ambientou bem no profi ssionalismo. Foi para o Fast, onde treinou com o Aderbal, mas acho que realmente mostrou todo o seu potencial em 2014 na Série B pelo Rio Negro”, disse o pai.

Sabendo que o calendário no Estado no segundo semestre é difícil, Sérgio revela que sempre se preocupou em apoiar que seu fi lho continue estudando. Serginho concilia a profi ssão com a faculdade.

“Nunca impus muita coisa ao Júnior. Ele jogava futebol desde menino. Tudo fluiu normalmente. Ele sempre demons-trou interesse. A única coisa que fazia como pai era salientar que não poderia ser apenas futebol, teria que ter os estudos. Hoje, como muitos garotos da idade dele, está fazendo faculdade. Para mim, isso é muito bom. É uma mensagem positiva que ele passa para os outros jovens que estão buscando o caminho do futebol”, frisou Duarte.

THIAGO FERNANDO

Outro caso marcante no futebol baré é o dos zagueiros Ney Junior e Bianor. Pai e fi lho jogaram juntos no Rio Negro em 2012. No ano seguinte, Ney se aposentou e começou a estudar para se tornar treinador, e Bianor se transferiu para o Paraná.

Apesar de estar fora do fute-bol amazonense, Bianor afi rma acompanhar de perto o trabalho de seu pai. No começo deste ano, o jovem zagueiro quase acertou com o Fast, clube que na época era treinado por Ney.

Bianor não esconde que tam-bém tem o pai como maior ídolo e infl uência no futebol. O jogador do Paraná afi rmou que sempre torceu para os clubes por onde seu ídolo passou.

“Meu pai sempre foi meu gran-de ídolo. Sempre o acompanhei nos estádios e meu time sempre foi ‘Ney Júnior Futebol Clube’. Onde ele jogava, acompanhava. Ele é a maior infl uência na minha carreira e, graças a ele, virei jo-gador também. Admiro muito ele como profi ssional e pessoa. Além de me ajudar profi ssionalmente, ele resolve o meu futuro. Tudo que vou decidir passa por ele”, revelou Bianor, que afi rma que o conhecimento do pai facilita na sua trajetória. Fora isso, ele conta que deseja, um dia, ser treinado por Ney.

“Ele ter sido jogador facilita bastante, porque já viveu nesse mundo. Ele me orienta para não cometer os erros que, no passa-do, ele cometeu por desconheci-mento. Meu pai é um cara com muita força de vontade. Neste ano, ele está procurando se especializar na área e fazendo cursos para adquirir conheci-mento. Pretendo um dia ser treinado por ele”, concluiu.

Bianor é fanático pelo ‘Ney JúniorFutebol Clube’

Quando se encontram em casa, Sergio Duarte e Serginho sempre tiram um tempo para brincar de bola

DIEGO JANATÃ

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CE KI SABS

Pai e fi lho no ofício da bolaSérgio Duarte e Serginho fi zeram parte do mesmo ambiente de trabalho, com o pai treinando o fi lho. Já Ney Júnior e Bianor atuaram juntos na zaga do Rio Negro

Um dos conceitos mais populares é que os fi lhos devem superar os pais. O exemplo fraterno vem de berço e acaba sendo utilizado para

motivar os fi lhos na busca por seus sonhos e objetivos. É possível observar que essa luta acontece em várias áreas e no esporte não poderia ser diferente. No automobilismo brasileiro, por exemplo, o tricampeão da formula 1, Nelson Piquet, após fazer his-tória na categoria, viu seu fi lho, Nelsinho, também seguir seus passos. Outra família que também marcou seu nome foi a Ville-neuve. Neste caso, o fi lho foi maior que o pai. Em 1997, Jacques se sagrou campeão mundial de F1 e homenageou Gilles, que faleceu em 1982.

No futebol, existem bons exemplos também. O maior deles é do “Rei” do esporte bretão. Após se eternizar no fu-tebol, Pelé viu seu fi lho, Edinho, fracassar na carreira de goleiro. Por outro lado, no Palmeiras, Ademir da Guia fez história e virou um dos principais ídolos dos “palestrinos”, honrando, assim, o nome da família que já tinha se “imortalizado” com seu pai, Domingos da Guia.

Na América do Sul, também há exem-plos. Para os mais novos, os jogadores Forlán e Veron foram craques que re-presentaram suas seleções, Uruguai e Argentina, respectivamente, com maes-tria. Fora isso, eles ainda passaram por clubes como Manchester United e Inter de Milão. Porém, para os mais antigos, esses nomes remetem aos ex-jogadores Pablo Forlán e Ramon Veron. O primeiro atuava no setor defensivo e marcou sua carreira por conquistas pelo Penãrol e São Paulo. Já o segundo foi o líder da melhor equipe do Estudiantes. Com a camisa da equipe argentina, La Bruxa venceu três Copas Libertadores na década de 1960.

O futebol amazonense não poderia fi car fora desta lista. Na década de 1980, o meia Sérgio Duarte escreveu seu nome na história do Nacional. Atuando com elegância, o jogador logo se transferiu para Portugal, onde defendeu as cores de equipes como Farense, Boa Vista e Vizela. Após se aposentar, Duarte virou treinador. Neste ano, comandou o Iran-duba no Barezão 2015. Desde 2013, seu fi lho, Serginho, vem galgando espaço no futebol estadual. Revelado pelo Iranduba, o segundo volante mostrou qualidade e se transferiu para o Rio Negro para a disputa da segunda divisão. Nesta competição, pai e fi lho se encontraram no mesmo time e conseguiram recolocar o Galo da Praça da Saudade na Série A do Amazonense.

Serginho não esconde que tem como principal referência o seu pai. O jovem jogador afi rma que tenta seguir o exemplo tanto dentro, quanto fora de campo.

“Sempre acompanhei meu pai nos jo-gos e admirava a postura dele dentro de campo. Ele é um espelho para mim por tudo que fez. Ele foi um ótimo jogador e é uma ótima pessoa. Tento me espe-

lhar, porque é uma pessoa do bem que sempre tenta puxar os que estão em volta. Ele sabe cativar. É um ótimo pai e tenho muito orgulho disso”, afi rmou o fi lho, que admite ter seu pai como maior ídolo no esporte.

“Treinava dentro de casa com ele. Sempre tentava absorver tudo que ele me passava, pois vendo ele jogar, acabei o tendo como ídolo. Ele jogou muito. Então, sempre tentei absorver ao máximo tudo que ele me passava para chegar bem no profi ssional”, revelou Serginho.

Atuando praticamente na mesma po-sição do pai, Serginho contou que em muitas partidas que joga acaba sendo cobrado pelos torcedores para que de-sempenhe o mesmo papel que seu pai desempenhava. Apesar disso, o jogador disse conseguir conviver com essa pres-são sem problema.

“Ele fez o papel dele da melhor forma possível. Ganhou muita gente com o seu futebol. Fez história e, hoje em dia, cobram muito quando jogo por causa dele. Tem uma certa pressão. Até a torcida fi ca cobrando para que eu jogue como ele. Isso é difícil, mas um dia consigo chegar perto”, citou.

Pai corujaSempre sério na beira do gramado,

Sérgio Duarte não consegue ser do mesmo jeito ao falar do filho. Duarte não esconde o orgulho ao ver Serginho se destacando no futebol amazonense. Para o pai, todo o sucesso de Serginho vem graças ao trabalho feito desde a base com o garoto.

“Para mim, é gratifi cante ver o Júnior há alguns anos desempenhando a fun-ção de profi ssional. Ele, desde garoto, demonstrou que tinha interesse em ser jogador de futebol e trabalhou para isso. Ele fez a base. Em Portugal, participou da escolhinha de alguns times em que joguei. Aqui, ele disputou alguns cam-peonatos juvenis e juniores até chegar no profi ssional. Levei ele para o Iran-duba e depois para o Rio Negro. Ele se ambientou bem no profi ssionalismo. Foi para o Fast, onde treinou com o Aderbal, mas acho que realmente mostrou todo o seu potencial em 2014 na Série B pelo Rio Negro”, disse o pai.

Sabendo que o calendário no Estado no segundo semestre é difícil, Sérgio revela que sempre se preocupou em apoiar que seu fi lho continue estudando. Serginho concilia a profi ssão com a faculdade.

“Nunca impus muita coisa ao Júnior. Ele jogava futebol desde menino. Tudo fluiu normalmente. Ele sempre demons-trou interesse. A única coisa que fazia como pai era salientar que não poderia ser apenas futebol, teria que ter os estudos. Hoje, como muitos garotos da idade dele, está fazendo faculdade. Para mim, isso é muito bom. É uma mensagem positiva que ele passa para os outros jovens que estão buscando o caminho do futebol”, frisou Duarte.

THIAGO FERNANDO

Outro caso marcante no futebol baré é o dos zagueiros Ney Junior e Bianor. Pai e fi lho jogaram juntos no Rio Negro em 2012. No ano seguinte, Ney se aposentou e começou a estudar para se tornar treinador, e Bianor se transferiu para o Paraná.

Apesar de estar fora do fute-bol amazonense, Bianor afi rma acompanhar de perto o trabalho de seu pai. No começo deste ano, o jovem zagueiro quase acertou com o Fast, clube que na época era treinado por Ney.

Bianor não esconde que tam-bém tem o pai como maior ídolo e infl uência no futebol. O jogador do Paraná afi rmou que sempre torceu para os clubes por onde seu ídolo passou.

“Meu pai sempre foi meu gran-de ídolo. Sempre o acompanhei nos estádios e meu time sempre foi ‘Ney Júnior Futebol Clube’. Onde ele jogava, acompanhava. Ele é a maior infl uência na minha carreira e, graças a ele, virei jo-gador também. Admiro muito ele como profi ssional e pessoa. Além de me ajudar profi ssionalmente, ele resolve o meu futuro. Tudo que vou decidir passa por ele”, revelou Bianor, que afi rma que o conhecimento do pai facilita na sua trajetória. Fora isso, ele conta que deseja, um dia, ser treinado por Ney.

“Ele ter sido jogador facilita bastante, porque já viveu nesse mundo. Ele me orienta para não cometer os erros que, no passa-do, ele cometeu por desconheci-mento. Meu pai é um cara com muita força de vontade. Neste ano, ele está procurando se especializar na área e fazendo cursos para adquirir conheci-mento. Pretendo um dia ser treinado por ele”, concluiu.

Bianor é fanático pelo ‘Ney JúniorFutebol Clube’

Quando se encontram em casa, Sergio Duarte e Serginho sempre tiram um tempo para brincar de bola

DIEGO JANATÃ

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E6 MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

Em 8 anos, 17 treinadores diferentes passaram pelo comando técnico do Nacional e, por coincidência, o clube acumulou vexames no Campeonato Brasileiro

Foram 38 títulos con-quistados em 26 anos à frente do Manchester United-ING. Dentre os

troféus estão 13 do Campe-onatos Inglês, cinco copas da Inglaterra, quatro copas da liga inglesa, dez supercopas da Ingla-terra, duas Ligas dos Campeões da Europa e dois Mundiais de Clubes. Alex Ferguson transfor-mou os “Diabos Vermelhos” no time mais vitorioso da Barclays Premier League.

Contudo, as conquistas não fo-ram à toa. O ex-técnico escocês teve tudo que um treinador de time brasileiro – e amazonense – não teve: tempo. Apesar de ter encarado várias turbulências no comando do United e ter sido

quase demitido algumas vezes, foi bancado pela direção do clu-be e fez história na Inglaterra.

No Brasil, casos como o de Sir Alex Ferguson são raros. No Amazonas, mais ainda. É bem verdade que o ex-técnico Amadeu Teixeira fez história ao comandar o América-AM durante 53 anos e se tornou o treinador que mais tempo fi cou à frente de uma equipe de futebol no mundo.

Único representante do Estado na Série D do Campeonato Bra-sileiro e considerada a principal equipe amazonense dos últimos anos, o Nacional é o exemplo claro de como é ingrato o cargo de treinador de futebol em solo baré. De 2008 para cá – 8 anos -, 17 diferentes nomes passaram pelo comando técnico do Leão da Vila Municipal.

NOVO ‘PLANEJAMENTO’

Assim como na última temporada, o Nacional re-solveu “começar” o ano de 2012 em 2011, quando, já sob o comando de Ui-demar Oliveira, disputou dois amistosos em Belém no mês de dezembro. Após começo de temporada ani-mador, quando conquistou quatro vitórias em cinco jogos, ele pediu demissão do clube, alegando insa-tisfação com a diretoria. De maneira interina, o ex-zagueiro Paulão treinou o Leão da Vila Municipal em três oportunidades, até a chegada de Léo Goiano.

Depois de 13 jogos à frente do time, o treinador, assim como fez Uidemar Oliveira, pediu demissão. Então, mais uma vez, Lana foi contratado para apagar o incêndio no Na-cional. Deu certo: o Leão da Vila Municipal chegou à decisão e conquistou o Barezão 2012.

Apesar do troféu, não foi Aderbal Lana o esco-lhido para iniciar o plane-jamento em 2013. Vilson Taddei foi quem iniciou os trabalhos na equipe. Po-rém, o paulista não durou muito tempo. Após vencer dois jogos e perder outros dois, ele acabou demitido. E advinha quem foi contra-tado? Ele mesmo, o atual campeão amazonense.

Com uma campanha his-tórica na Copa do Brasil 2013, onde levou a equi-pe até as quartas de fi nal, Aderbal Lana cambaleou e acabou sendo demitido após o quarto jogo da fase de grupos do Campeona-to Brasileiro da Série D. Para seu lugar, chegou Léo Goiano (de novo). Em oito jogos, o técnico perdeu três vezes, ganhou três e empatou duas. Mais uma vez, o Nacional deixou o acesso escapar já na fase de mata-mata.

DANÇA DAS CADEIRAS

Em 2008, Adinamar Abib começou a temporada no comando do Nacional. Após nove jogos (seis vitórias, um empate e duas der-rotas), o comandante foi demitido. Aderbal Lana foi contratado para ocupar o cargo e conseguiu levar o Leão da Vila Municipal até as semifi nais do Campeo-nato Amazonense.

No ano seguinte, a di-retoria leonina apostou no desconhecido Wladi-mir Araújo. A passagem do treinador por Manaus durou apenas cinco jogos. Ele pediu demissão e foi para o CRAC-GO. Zé Luis assumiu. Após sete jogos, Zé caiu e Vanderlei Paiva foi contratado.

Ao assumir o clube na fase fi nal do campeonato, ele perdeu o título estadual para o América, e mesmo estreando com vitória na Série D sobre o Atlético-RR por 1 a 0, foi trocado por Aderbal Lana. Resul-tado: derrota no primeiro mata-mata do Brasileirão e mais um ano sem acesso e título amazonense.

Ex-volante da seleção

brasileira, Alemão foi a aposta para a tempora-da 2010. Após 11 jogos no comando da equipe, o campeão europeu pelo Napoli em 1988-1989 pe-diu demissão. João Carlos Cavalo assumiu.

O planejamento para a temporada 2011 começou ainda em 2010. Laone Luz preencheu o elenco com jo-gadores da Região Sul, mas com apenas quatro jogos e sem derrota alguma, o gaú-cho foi demitido e substituí-do por Luis Carlos Winck.

No Nacional, o ex-lateral-direito da seleção brasileira foi demitido após oito jogos. Para o seu lugar, a diretoria contratou Adinamar Abib, que após dois jogo sem vencer na Série D, também saiu.

Aos 31 anos de idade, Tarcísio Pugliese assumiu o Nacional. Em cinco jogos, o técnico perdeu quatro parti-das e venceu somente uma, o que culminou com a elimina-ção do Leão da Vila Municipal na competição nacional. No último jogo daquela Série D, o preparador de goleiros Nailton Garcês comandou o time à beira do gramado.

DEU CERTO

Em 2014, a diretoria re-solveu apostar em Francis-co Diá. Com carta branca, o técnico contratou vários jogadores de sua confi ança. A campanha irregular cus-tou o cargo do comandante no Nacional: em 12 jogos foram quatro vitórias, seis empates e duas derrotas.

Para seu lugar, a diretoria contratou Sinomar Naves. Tricampeão paraense por Paysandu, Independente e Cametá, o goiano logo caiu nas graças da torcida leo-nina. Apesar da eliminação para o Corinthians na Copa do Brasil, o comandante conquistou o Campeonato Amazonense de maneira histórica ao bater o Prin-cesa do Solimões na fi nal por 5 a 1.

Com moral, Sinomar foi

confi rmado como treina-dor do Nacional para esta temporada. Mas, após cin-co jogos na temporada, acabou demitido. Para o seu lugar, a diretoria con-tratou um velho conheci-do: Aderbal Lana.

Campeão amazonense 2015 com uma campanha irretocável, Lana corre o risco de perder o cargo de treinador do Nacional mais uma vez. Amanhã, dian-te do Remo-PA, em duelo válido pela quarta rodada da primeira fase da Série D, na Arena da Amazônia Vivaldo Lima, às 20h30, o goiano precisa vencer para manter o emprego, caso contrário, o Nacional poderá apresentar a 18º cara diferente no comando técnico leonino.

NÙMEROS

Aderbal LanaAdinamar AbibLéo GoianoSinomar NavesFrancisco DiáAlemãoLuis Carlos WinckZé LuizJoão Carlos CavaloTarcísio PuglieseVanderlei PaivaWladimir AraújoLaone LuzUidemar OliveiraVilson TaddeiPaulãoNaílton Garcês

66 21 21 17 12 11 8 7 5 5 5 5 4 4 4 3 1

Vitórias 41 11 7 11 4 5 2 4 2 1 2 3 2 3 2 2 1

Empates164742141042100210

Derrotas96726522301121000

Jogos

E6

Em 8 anos, 17 treinadores diferentes passaram pelo comando técnico do Nacional e, por coincidência, o clube acumulou vexames no Campeonato Brasileiro

Será que é culpa do técnico?

ANDRÉ TOBIAS

RICA

RDO

OLI

VEIR

A

Aderbal Lana é o técnico que mais comandou o Nacional nos

últimos anos

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E7 MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

Vasco faz ‘clássico dos desesperados’ com JEC

Rio de Janeiro (RJ) – Com 12 pontos em 16 jogos e fi gurando na zona de rebaixamento do Cam-peonato Brasileiro, o Vasco enfrenta, neste domingo (9), às 10h (de Manaus), o Joinville no chamado due-lo dos desesperados, uma vez que, o time catarinense também tem os mesmos 12 pontos do Cruz-Maltino.

A partida é de suma importância para o Vas-co sair da incômoda zona da degola. Se vencer, o

Gigante da Colina pode até sair do Z-4 se o Goiás não vencer o líder Atlético-MG.

Para o duelo, a única baixa para o time de Celso Roth é o zagueiro Luan. A novidade é a volta do go-leiro Martín Silva à meta vascaína. O time da Colina vai a campo com: Martín Silva, Madson, Luan (Jo-mar), Rodrigo e Christia-no; Salles, Guiñazu, Julio dos Santos e Jhon Cley; Herrera e Dagoberto

REAÇÃO

Grêmio recebe Internacional para Gre-Nal número 407

Porto Alegre (RS) – Em melhor fase do que o rival no Campeonato Brasilei-ro, o Grêmio recebe, neste domingo (9), às 17h30 (de Manaus), na arena, o Inter-nacional para o Gre-Nal de número 407. com 27 pontos conquistados em 16 jogos, o Tricolor Gaúcho pode entrar no G-4 em caso de vitória.

O técnico Roger adotou mistério e fechou os treinos durante a semana. Mesmo com o retorno de Marcelo Oliveira, o comandante não confi rmou se o atleta será

titular na lateral esquerda. A única confi rmação que deu foi a entrada do volante Edinho na vaga de Walace. A boa notícia é retorno do goleiro Marcelo Grohe e do meia Guiliano.

Provável time: Marcelo Grohe; Galhardo, Geromel, Erazo e Marcelo Oliveira; Edinho, Maicon, Giuliano, Douglas e Pedro Rocha; e Luan.

No Inter, a novidade é a ausência do técnico Diego Aguirre, demite no meioda semana.

CLÁSSICO

Fla visita Ponte querendo manter bom retrospecto fora

Campinas (SP) – Após dar vexame para mais de 60 mil torcedores ao empatar com Santos no Maracanã, na últi-ma rodada, o Flamengo visita, neste domingo (9), às 15h (de Manaus), a Ponte Preta com o objetivo de manter a fama de visitante carrasco.

Para o duelo, existia ex-pectativa da estreia do meia Ederson, recém-contratado da Lazio-ITA, mas o técnico Cristóvão Borges vetou, na sexta-feira (7), a participação do camisa 10 por entender que ele ainda não está no seu melhor potencial técnico.

Outra baixa para a partida é

o volante Cáceres. O paraguaio está sendo negociado com o futebol dos Emirados Árabes e não vai para campo. Por isso, o Flamengo deve ir para o jogo em Campinas com: Paulo Victor, Pará, Cesar Martins, Wallace Jorge, Canteros, Márcio Araújo, Allan Patrick, Emerson Sheik, Everton e Paolo Guerrero.

Já o time paulista promove a estreia do técnico Doriva, ex-Vasco. A provável Ponte para encarar o Flamengo tem Marcelo Lomba, Rodinei, Renato Chaves, Pablo, Gil-son, Josimar, Fernando Bob (Elton); Felipe Azevedo, Bady, Biro Biro e Borges.

SEM EDERSON

São Paulo e Corinthians duelam no MorumbiClássico Majestoso agita a parte de cima da tabela do Brasileirão. Tricolor quer o G-4 e o Timão a liderança

São Paulo (SP) – Há oito jogos sem perder no Campeonato Bra-sileiro, o Corinthians

visita, neste domingo (9), às 15h (de Manaus), o São Paulo no Morumbi de olho na lide-rança da competição. Com 33 pontos, dois a menos que o líder Atlético-MG, o Alvinegro aposta suas fi chas no Majes-toso para chegar ao topo.

Do outro lado, estará o Tri-color, que segue uma rotina inconstante no Brasileirão, mas que em casa é muito forte. A expectativa é de casa cheia, o que aumenta as chan-ces da equipe comandada por Juan Carlos Osorio. A equipe tem 27 pontos somados e, se vencer, pode voltar ao G-4.

O São Paulo tem motivos para comemorar. Sem poder contar com Alexandre Pato, impedido de atuar o derby por conta de uma cláusula no contrato com o rival, a dire-toria são-paulina conseguiu, na última sexta-feira (7), um efeito suspensivo que liberou o atacante Luis Fabiano para o jogo. Ele deveria cumprir suspensão por conta de uma expulsão no confronto contra o Sport, há três rodadas. Com nove gols marcados contra o alvinegro, a volta do “Fabu-loso” foi comemorada pelo técnico colombiano.

“A importância do Luis é grande. Ele está mais pron-to para esses jogos do que para outros com times com menor história”, elogiou Oso-rio, lembrando que quem fará

dupla com ele é o argentino Centurión.

A má notícia fi ca por con-ta ausência de Rodrigo Caio. Machucado, o zagueiro não vai para o jogo. Quem pode pintar em sua vaga é o recém-contratado Luiz Eduardo. O garoto João Paulo, com uma virose intestinal, é dúvida.

Assim, o São Paulo deve ir a campo com: Rogério Ceni; Bruno, Rafael Toloi, Luiz Edu-ardo e Carlinhos; Hudson, Lu-cão, Michel Bastos e Ganso; Centurión e Luis Fabiano.

CorinthiansO Corinthians provavelmen-

te não contará com o meia Renato Augusto, que com uma infl amação no nervo ciático, não treinou com o elenco du-rante a semana. O técnico Tite testou Rodriguinho. Correm por fora o experiente Danilo e o jovem Matheus Pereira. Porém, Tite vai esperar até minutos antes da partida a presença do atleta, um dos principais pilares do esque-ma 4-1-4-1, adotado desde o início da temporada.

No mais, todos os jogado-res do elenco estão disponí-veis. Assim, o Corinthians en-trará em campo com: Cássio, Fagner, Gil, Felipe, Uendel, Bruno Henrique, Elias, Jad-son, Rodriguinho, Malcom e Vagner Love.

Mesmo em melhor fase no Brasileirão, o Corinthians jo-gará o Majestoso tentando se livrar de uma sequência de cinco clássicos sem vitória.

São Paulo con-seguiu efeito suspensivo e

Luis Fabiano es-tará em campo

no clássico

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E8 MANAUS, DOMINGO, 9 DE AGOSTO DE 2015

Willian D’Ângelo

Criação da Liga Amazonense de Football

No dia 7 de janeiro de 1914 foi fundada a Liga Amazonense de Football (LAF), tendo como pri-meiro presidente o coronel José Ramalho e o inglês William Gor-don na função de vice. A primeira competição realizada pela LAF foi o Campeonato Amazonense de 1914, tendo como participan-tes o Manáos Athletic, Nacional, Rio Negro, Vasco da Gama e Manáos Sporting.

No primeiro certame amazo-nense, as equipes se enfren-tavam em turno e returno. O Manáos Athletic chegou aos 14 pontos em oito jogos, e foi o primeiro Campeão Amazonense. O vice foi o Nacional, que somou 12 pontos, em oito partidas.

Debaixo de muita chuva, o jogo de estreia aconteceu no dia 1º de fevereiro de 1914, no Bosque Municipal, com os times do Na-cional e Manáos Athletic. O Leão da Vila estreou com o pé direito perante o seu maior rival, ven-cendo os ingleses por 2 a 1, gols assinalados por Paulo Mello.

Manáos AtlheticO Manáos Athletic foi o primei-

ro campeão da história do futebol Amazonense, levantando o título por dois anos consecutivos, 1914 e 1915. Na fi nal do campeonato de 1914, o jogo terminou com a vitória do Athletic por 3 a 2 sobre o Nacional e a conquista

da Taça Gordon.No dia 13 de dezembro de 1914

era realizada, no Bosque Munici-pal, a grande festa de entrega do troféu e medalha aos campeões. Infelizmente, alguns dos joga-dores do Athletic não puderam estar presentes devido ao fato de terem sido convocados pelo Exército britânico para defender, nas trincheiras da Europa, a In-glaterra contra a Alemanha

No campeonato de 1915, o Ma-náos Athletic voltou com o mesmo time do certame anterior. Mas, para alegria dos ingleses, o seu principal rival na corrida ao título, o Nacional, abandonou a com-petição em protesto contra uma decisão da liga. Dessa maneira, o caminho fi cou aberto para os britânicos, que, na partida decisi-va, derrotaram o Luso por 2 a 1, superando em número de pontos o Manáos Sporting, que fi cou com o vice-campeonato.

Após o bi, a diretoria do clube inglês, devido a uma desavença com os dirigentes da liga, resol-veu extinguir seu time de fute-bol. O ponto negativo da disputa deste título foi o falecimento do jogador inglês Burnett, o que causou grande comoção entre seus companheiros de equipe. Devido a esse acontecimento, o campeonato foi paralisado por uma semana em sinal de luto.

Durante os anos de atividade do

time de futebol do Manáos Athletic (1908 a 1915), os ingleses tiveram três grandes rivais em campo: as equipes do Racing, Brasil e Na-cional. O time campeão de 1914 contou com os atletas Billett, Hore, Dunrns, Ketnor, Wright, Baird, Tho-maz, Burton, Burnett, Forbes, Pre-ece, Fonto, Yates e Roosewelt.

O primeiro time amazonenseFundado em 1º de maio de 1912,

o Luso Football Club foi o primei-ro clube de futebol a surgir em Manaus. O clube lusitano foi fun-

dado na rua Monsenhor Coutinho, Centro, tendo como seu primeiro presidente Augusto Orneias.

O primeiro jogo ofi cial do Luso aconteceu no dia 5 de outubro de 1913, empatando em 1 a 1 com o Manáos Sporting, no campo do Bos-que. Em sua segunda partida, o time sofreu uma goleada do Sporting por 7 a 0. O primeiro certame disputado foi no campeonato amazonense da segunda divisão de 1914, ao lado de Onze Português, Naval, Satélite e os times B de Rio Negro, Manáos Sporting e Vasco da Gama.

COLUNISTA DO CADERNO PÓDIO

A primeira competição realizada pela antiga LAF foi em 1914 e teve como campeão o Manáos Athletic

O Manáos Athletic foi o primeiro campeão da história do futebol Ama-zonense, levantando o tí-tulo por dois anos conse-cutivos, 1914 e 1915”

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