PODES SER O QUE TU QUISERES

Índice:9: Dedicatória10: Prefácio14: Toda a gente duvida de ti no início21: Eu gravava todo torto28: 1001 Ideias31: É tudo aquilo que vivo36: Feliz Dia do Pai41: Tinha 1,20€ para almoçar46: S.O.L.O49: Quero chegar a toda a gente54: Povo Lusitano57: Eu pensava como 10 milhões de portugueses64: Mulher da Minha Vida69: Se vou ser odiado? Vou.80: O Que Tu Quiseres85: Isto somos nós a lançar-te aos leões96: Carta para o Sr. Junqueiro99: Um artista não é nada sem os seus fãs110: Vou Vencer115: Não é o meu disco, é a minha alma124: Vais Conseguir (Bullying)126: Definição128: Já não Dá 130: Estou aqui132: Prefácio135: A vida é feita de acasos142: Começo145: Mudei? Não!165: É uma grande lição de humildade170: Sorri171: Como surgiu a marca de relógios D8?181: Mensagem 186: Marca a Diferença

Ded ico não só este l ivro mas toda a estór ia de le

à m inha mãe, à m inha avó, ao Pau lo Prudente,

ao Pau lo Junq ue i ro,ao Emerson Ferre i ra

e ao ma is importante de todos . . . tu desse lado :

#VocêSãoTudo

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PREFÁCIOEste livro é a minha opinião sobre como chegar a algum lado. É a opinião de um putode dezassete anos que não sabe nada sobre a vida.Se queres chegar onde os outros não chegam, faz o que os outros não fazem. Já tens provas de que se fizeres aquilo que eles fazem vais acabar como eles. Se eu andar a roubar, um dia vou ser preso, porque quem anda a roubar é preso um dia. Se eu estudar todos os dias, vou tirar boas notas, porque sei que as pessoas que estu-dam todos os dias podem tirar boas notas.

Quando eu disse que queria ser rapper… não quero ser só um rapper, quero tentar ser o me-lhor rapper. Quando me meto numa coisa é para ganhar. É a minha ambição. Quero tudo.

Se queres ter sucesso nalguma coisa, tens de saber ouvir. O sucesso não se baseia só no talen-to. Quem te vende esse sonho está enganado.

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Houve imensagente ao longo da

história com muito talento… mas

não sabiam ouvir,eram preguiçosos,

julgavam quesabiam tudo.

Rodeia-te das pessoas certas e ouve aquilo que tens para ouvir com atenção. Não te deixes influenciar por tudo o que ouves. Tens de acreditar em ti e arriscar, não te acomo-dares, para não chegares aos oitenta anos e dizeres: «se eu tivesse arriscado…»

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«Tens de acreditar

em ti e arriscar»

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Todaa gente

duvidade ti

noinício

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TODA A GENTEDUVIDA DE TI NO INÍCIO

Ainda antes de saber escrever, a rima fascinava--me pela sua sonoridade. Herdei o gosto pela rima da minha avó, porque ela escrevia versos e tinha muito jeito. Antes de fazer música ou de me dedicar ao rap, comecei por fazer poemas. Chegava a casa e punha-me a escrever.

Os primeiros versos foram a descoberta. Queria descobrir quem era. Fui sempre uma pessoa que escreveu muito sobre aquilo que vive, portanto pegava nisso, nos meus problemas, e transportava-os para o papel. Hoje faço o mesmo para que tu, enquanto ouvinte, per-cebas a minha mensagem. Acho que isso é o mais importante numa pessoa que faz rap.

Agora olho para os meus primeiros versos e penso «não fazem sentido nenhum»… eram as minhas ideias, os meus pensamentos na altura, e o que na altura eu achava um grande problema… eu dramatizo muito. Se calhar por isso é que escrevo bem letras, porque faço filmes na minha cabeça.

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As letras de música

são hipérboles da realidade.

Tu exageras sempre,

mesmo sem querer.

Quem conta

um conto

acrescenta

um ponto.

Se eu tiver uma relaÇão contigo

e me deixares pendurado uma vez,

escrever que nunca na vida

estive contigo porque

me deixaste sempre pendurado.

z,

Asletras

sãohipérboles

darealidade

Eugravava

todotorto

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EU GRAVAVATODO TORTOO meu primeiromicrofone foi da Singstar. É uma história insólita.Dispunha-o como está nesta fotografia: o mi- crofone é a garrafa de água, punha um livro por cima, e onde está a minha mão ficava um secador. Era a única coisa que eu tinha a jeito no quarto, em cima de uma prateleira. Mais tar- de lá arranjei um suporte como deve ser para ele.

Ligava o cabo do micro-fone ao computador, utilizava um programa muito básico, mas servia para o instrumental, e a seguir punha-me a cuspir para o micro- fone, a enchê-lo de gafanhotos.O meu primeiro pop filter foi feito com a ajuda do meu tio.

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Queria fazer um porque não tinha dinheiro para o ir comprar. Era muito mais caro na altura do que é hoje em dia. Então o que fizemos? Ele arranjou-me duas anilhas de metal daquelas que se metem à volta dos postes de eletrici-dade, meti um colã cortado da minha mãe no meio e criámos um pop filter.

Sempre tive o problema da acústica. Gravava no meu quarto, e percebi que aquilo não dava, que tinha bué de reverbs e delays. Achei que tinha de melhorar o isolamento e comecei a fazer pesquisa na internet. Depois de muita investigação, descobri que as caixas de ovos ajudavam imenso nesse aspeto. Então peguei em 20 e forrei todo o armário. A seguir fiz um furo, enfiei lá o cabo do microfone e já está.

Aquilo era o meu estúdio.

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O cabo era muito curto e eu gravava todo torto. Hoje em dia sei que as caixas de ovos não fazem nada. Entre termos uma caixa de ovos à frente e termos um pano, é igual. Mesmo assim, esta fase foi muito importante para mim.

Este é o segundo mic que tive.

e o peluche que o meu irmão

me ofereceu.

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Via nos vídeos os rappers com os pop filters e os tripés e queria ter a mesma coisa. O meu pop filter era os colãs da minha mãe e para o tripé consegui um tubo de pvc com umas coisas co-ladas a fazer a base. Resultado: caiu tudo!

Mais tarde, quando comecei a ganhar algum dinheiro, a

primeira coisa que fiz foi comprar um tripé e um

pop filter para o microfone. Senti-me realizado.

FRASE QUE VEJO

TODOS OS DIAS QUANDO ACORDO

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