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Janeiro 2012 1 Pôneis Haras Fazenda Nova se destaca na criação de Entrevista Presidente do Sistema FAEMG: Roberto Simões Feileite comemora sucesso Brahman, a raça que mais cresce no Brasil Janeiro 2012 • n°1

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Page 1: Pôneis - Revista Mercado Rural · O Sistema FAEMG também participará de um projeto de promoção dos produtos agropecuários mineiros no âmbito da Copa do Mundo 2014. O objetivo

Janeiro 2012 1PôneisHaras Fazenda Nova se destaca na criação de

Entrevista Presidente do Sistema FAEMG: Roberto Simões

Feileite comemora sucesso

Brahman, a raça que mais cresce no Brasil

Janeiro 2012 • n°1

Page 2: Pôneis - Revista Mercado Rural · O Sistema FAEMG também participará de um projeto de promoção dos produtos agropecuários mineiros no âmbito da Copa do Mundo 2014. O objetivo

2 Janeiro 2012

Page 3: Pôneis - Revista Mercado Rural · O Sistema FAEMG também participará de um projeto de promoção dos produtos agropecuários mineiros no âmbito da Copa do Mundo 2014. O objetivo

É com muita satisfação que

lançamos a revista Mercado Rural,

um projeto editorial voltado para o

poderoso mercado do agronegócio,

com foco em Minas Gerais, no

criador e no produtor rural.

Nosso objetivo em produzir

uma revista com esse conceito é

levar aos nossos leitores o melhor

conteúdo sobre o agronegócio brasileiro, abordar reportagens com criadores

das diversas raças e diversificar o conteúdo editorial para produzirmos matérias

atrativas e de qualidade.

Com tiragem trimestral, a revista Mercado Rural escolhe criteriosamente cada matéria,

artigo e entrevista, focando no que é de interesse do público ligado ao agronegócio.

Nossos articulistas foram escolhidos cuidadosamente para discutir questões

pertinentes aos setores e tratar de temas atuais e de fundamental importância para

todos envolvidos neste negócio.

Nessa primeira edição, preparamos com carinho o conteúdo aqui disponível.

Falamos um pouco sobre a raça Brahman que apresenta grande crescimento e

destaque dentre as raças zebuínas, além disso, contamos também um pouco da

trajetória de Adalberto Cardoso, um conhecido criador da raça e sua Fazenda Braúnas.

Não poderíamos deixar de falar da era da internet presente no agronegócio brasileiro

e do crescimento da transmissão de leilões pela internet. Entrevistamos o querido amigo

e experiente leiloeiro Rodrigo Costa que nos contou sobre sua história de sucesso.

A raça de cavalos Pônei ocupou com destaque a capa dessa edição que traz

uma bela matéria sobre o Haras Fazenda Nova, de criação de Pedro Corrêa e família.

Contamos como o profissionalismo e a dedicação do criador na criação de pôneis

contribui para o melhoramento da raça no Brasil.

Destacamos também um dos maiores eventos do agronegócio brasileiro de

2011, a Feileite e nossos leitores poderão conferir como ele foi especial e importante

para a cadeia produtiva leiteira brasileira.

Entre outros assuntos abordamos às exportações, grãos, cursos de especialização em

agronegócio, a criação exótica das lhamas, psitacídeos e leishmaniose em nossa seção

dedicada aos pets podem ser conferidos pelos nossos leitores nessa edição.

Agradecemos a todos os amigos, apoiadores e entusiastas desse projeto, que

conosco acreditaram na importância de um novo veículo de comunicação para o

estado de Minas Gerais, porém com abrangência nacional.

Agradecemos aos anunciantes que fizeram esse sonho se tornar realidade. Esperamos

que vocês gostem, apreciem a revista e estejam conosco nas próximas edições.

Grande abraço,

Amanda Ribeiro e Marcelo Lamounier

Ano I - nº I - Janeiro - 2012

Editorial

4

8

10

14

18 Giro Rural

A Revista não se responsabiliza por conceitos ou informações contidas em artigos assinados

por terceiros.

28 Haras Fazenda NovaRedaçãoUnique Comunicação e Eventos Av. Barão Homem de Melo - 4.500/324 - Estoril BH/MG - Tel.: (31) 3653-0633 [email protected]

Editora e jornalista responsávelAmanda Ribeiro - MT10662/[email protected]

Diretor ComercialMarcelo [email protected]

ColaboraçãoAssessorias de imprensa: Asemg, Faemg, ABPM, Hertape Calier Saúde Animal SA, Feileite, ACBB, Souza Lima Corretora, Agência Bela Geraes, Design Resorts, Rehagro, C2 Rural, Canal de Lance, Sindbebidas, Acerva Mineira e Megazoo.

Direção de ArteFlávio de Almeida

AssinaturasUnique Comunicação e Eventos

PeriodicidadeTrimestral

Tiragem 5.000 exemplares

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Destaque

Fazenda BraúnasExperiência e genética de alta qualidade no Brahman

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Entrevista

Mercado

Personagem

Criações exóticas

Turismo

Mercado Pet

Rodrigo Costa

A profissionalização do AgronegócioCresce demanda por cursos de especialização e gestão em agro

1º Suiminas supera expectativas

Presidente do sistema FAEMG Roberto Simões

GrãosRecorde da safra mineira é confirmado em nova previsão

A hora da viradaMadeira de reflorestamento na construção

Agrocentro comemora sucesso da Feileite 2011

Mercado de fibra

Cresce demanda por cervejas artesanais em Minas Gerais

Travessia Lapinha Tabuleiro

Falando de psitacídeos

Exportação mensal do agronegócio mineiro quebra a barreira de US$ 1 bi

Leishmaniose visceral canina:Uma questão para refletir

Lhamas

Brahman A raça que mais cresce no Brasil

Mundo Digital Transmissão de leilões pela internet. Uma tendência?

7

Belo Horizonte ganha empreendimento residencial de luxo com hípica, campo de golfe e pista de pouso

Destaque na criação de pôneis, o criador Pedro Corrêa vem fazendo um excelente trabalho para a raça, além de ser o atual presidente da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Pônei.

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Quais os principais projetos da próxima gestão na Faemg para o tri-ênio 2012-2014?

Os projetos da diretoria do Sistema FAE-

MG (Federação da Agricultura e Pecuária do

Estado de Minas Gerais) começam pela im-

plementação de uma nova política agrícola

que contemple a incorporação de tecnolo-

gias e a capacitação do homem do campo.

Assim, promoveremos o crescimento da

produção e a elevação da renda do produtor.

Também participaremos das negocia-

ções junto ao governo federal para a adoção

de uma política ambiental que harmonize a

produção agropecuária e a preservação do

meio ambiente. Depois, trabalharemos pela

implantação, em Minas Gerais, de programas

de regularização ambiental que respeitem as

necessidades e as peculiaridades do estado.

A política é outra atividade na qual con-

tinuaremos empenhados. Procuraremos ter

participação efetiva nas eleições municipais

de 2012. É importante termos prefeitos e

vereadores que, além de saber da impor-

agronegócio mineiro são positivas, em

um cenário que aponta para o PIB em

queda no Brasil e em Minas Gerais.

O agronegócio mineiro apresentou

crescimento de 4,28% nos três primeiros

trimestres de 2011, o que eleva a renda es-

timada de 2011 para R$ 118,4 bilhões. Des-

te valor, R$ 70,1 bilhões ou 59,2% provêm

do agronegócio agrícola e R$ 48,3 bilhões

ou 40,8%, do agronegócio da pecuária.

Minas teve destaque na proje-ção da produção de grãos na safra 2011/2012, com crescimento de 2,0% em relação ao ano anterior, sendo que a produção brasileira ficará 1,4% a me-nos que no ano anterior. Comente.

Os dados são ainda preliminares e en-

globam médias dos anos anteriores, pois

as lavouras estão em fase de crescimento

e não há como prever a produção e pro-

dutividade com precisão. De qualquer ma-

neira, os dados de Minas refletem o bom

desempenho das últimas safras no Estado,

favorecidas pela ausência de problemas

climáticos mais severos. As previsões para

este ano incorporam a expectativa de que

o clima não será problema em Minas.

O cultivo do milho liderou os re-sultados. Qual a razão disto?

O milho é grão mais cultivado em Mi-

nas e por agricultores de todos os perfis

e de todas as regiões. A cultura responde

muito bem a incorporação de tecnologias

e os preços favoráveis nos últimos ciclos

têm permitido que os produtores façam os

investimentos em tecnologias, melhoran-

do os índices de produtividade na maioria

das regiões. Uma dessas tecnologias, que

vem crescendo sua utilização nos últimos

anos, é o milho transgênico, que este ano

A revista Mercado Rural conversou com o presidente do Sistema Faemg, Roberto Simões, que falou sobre o desempenho do agronegócio mineiro em 2011 e as expectativas para o próximo ano.

tância da agropecuária, estejam dispostos

a participar do esforço de aumentar a pro-

dução rural. Viajaremos por todo o estado,

visando conscientizar o homem do campo

sobre a importância do seu voto e do seu

empenho em conquistar outros votos para

a eleição de candidatos comprometidos

com os nossos programas.

O Sistema FAEMG também participará

de um projeto de promoção dos produtos

agropecuários mineiros no âmbito da Copa

do Mundo 2014. O objetivo é impulsionar

os negócios rurais, mobilizando turistas e

a imprensa estrangeira que estará no Brasil

para a cobertura dos jogos.

Como a Faemg pretende “unir as forças do campo”, conforme slogan.

O produtor rural vem buscando a sua

profissionalização e, desta forma, tem pro-

curado envolver-se mais nas questões po-

líticas e econômicas que dificultam o bom

andamento de sua atividade. Isso tem torna-

do mais fácil a sensibilização e envolvimento

deve representar cerca de 80% da produ-

ção mineira do grão na próxima safra.

O Valor Bruto da Produção (VBP) da agricultura mineira, em 2011 também cresceu cerca de 18% na comparação com o ano anterior, número quase o dobro do crescimento nacional. Qual a explicação para esses valores?

Como comentamos em relação ao PIB,

os produtos agrícolas foram mais benefi-

ciados pela conjuntura econômica inter-

nacional do que os produtos pecuários e

estão puxando o desempenho da agrope-

cuária como um todo. Os preços elevados

da maioria dos produtos, principalmente do

café, além de grãos e algodão, e a boa safra

justificam esse desempenho.

As exportações mineiras bateram a marca do 1 bilhão. Quais produtos im-pulsionaram esses números e por quê?

As exportações do agronegócio minei-

ro atingiram, até novembro deste ano, US$

8,88 bilhões, crescimento de 29,5% frente

a igual período de 2010. O volume expor-

tado, no entanto, caiu 7,6%. Destaque para

a receita com as exportações de café em

grão, de US$ 5,2 bilhões (+45% em relação a

2010), e de açúcar, US$ 1,23 bilhão (+30,3%).

Mesmo com o crescimento das despe-

sas com importações do setor (+10,75%),

devido ao aumento da demanda por insu-

mos, o saldo da balança comercial atingiu,

até então, US$ 8,53 bilhões, crescimento de

30,4% em relação ao período de janeiro a

novembro de 2010.

O ano de 2011 foi bom para a agri-cultura mineira?

Ainda com alguns ajustes nos números

do algodão, feijão e trigo, além dos itens

de mais produtores em comitês, conselhos

e em outros fóruns de discussões. Também,

através dos Sindicatos de Produtores Rurais,

fazemos as mobilizações para mostrar aos

governantes, parlamentares e a sociedade

as necessidades e as nossas opiniões sobre

problemas e soluções. Foi o que ocorreu

este ano, por ocasião da votação do novo

Código Florestal, no Congresso Nacional,

quando atendemos ao chamamento da

Confederação da Agricultura e Pecuária do

Brasil e levamos à Brasília a maior delegação

de produtores entre todos os estados. Co-

nhecendo os problemas e as aspirações do

setor rural, planejando ações e executando-

-as é que unimos as nossas forças.

Na cerimônia de posse, em seu dis-curso o senhor disse que uma das prio-ridades da Faemg é “Revigorar a cadeia sindical, para que ela possa atender cada vez melhor ao produtor rural”. Que trabalho tem sido feito nesse sentido?

A capacitação de presidentes e funcio-

nários de Sindicatos de Produtores Rurais é

uma constante no Sistema FAEMG. Anual-

mente são realizados cursos e reuniões na

capital e no interior, buscando aumentar e

melhorar a capacidade de atendimento de

todo o Sistema. Mais recentemente, através

do SENAR Minas, implantamos o Programa

Gestão com Qualidade no Sindicato (GQS),

com consultoria e instrutoria dentro dos Sin-

dicatos, visando qualificar nosso pessoal.

Como foi o desempenho do agro-negócio mineiro no PIB do Estado no ano de 2011?

Com o bom desempenho do setor

agrícola, principalmente, que puxou o

segmento de insumos, as estimativas

para o PIB (Produto Interno Bruto) do

produzidos ao longo de todo o ano, o ba-

lanço da produção e da renda na agrope-

cuária mineira deve ser bastante positivo

em 2011, principalmente para os produtos

agrícolas. Em função da diversidade de sua

produção, Minas Gerais deve ter perfor-

mance melhor que o Brasil.

A safra recorde de grãos no estado,

estimada em 10,7 milhões de toneladas,

além do crescimento na produção de

outras lavouras, como cana-de-açúcar e

batata, somados à elevação média dos

preços da maioria dos produtos, favore-

ceram o aumento da renda no campo

em 2011.

Os produtos pecuários, em função da

queda no abate de bovinos e aves e nos

preços do suíno no estado, registram dimi-

nuição na estimativa da renda.

O que esperar para 2012?As incertezas que rondam 2012 re-

ferem-se à crise vivida nos países desen-

volvidos, especialmente na Europa. Se,

infelizmente, houver maior deterioração

do quadro, certamente teremos impac-

tos mais fortes sobre o Brasil e sobre o

desempenho da economia, inclusive o

agronegócio.

Já trabalhamos com a expectativa

de preços menores das commodities

em 2012, dada a conjuntura. No entanto,

devido o alimento ser um item de neces-

sidade básica, veremos reduções meno-

res nos preços dos produtos agrícolas

do que, por exemplo, das commodities

minerais, dependentes de uma econo-

mia forte. Esperamos conseguir repetir o

bom desempenho de 2011, e mais uma

vez, o agronegócio será importante para

a geração de riquezas e divisas para Mi-

nas Gerais e para o Brasil.

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6 Janeiro 2012 7Janeiro 2012

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O agronegócio brasileiro já não é

mais o mesmo. Sua explosão atrai

hoje uma nova geração que tem

buscado se especializar e acompanhar as

tendências de um dos setores que mais

cresce no Brasil. O agronegócio brasileiro re-

presentou em 2010, 21,23% do PIB brasileiro

e 37,9% do volume total de exportações e,

além disso, o setor representa 37% no nú-

mero de empregos gerados no país.

Profissionais qualificados ainda são mão

de obra escassa no agronegócio e para dar

conta da demanda, novos cursos que com-

binam capacitação técnica e habilidades de

gestão, estão surgindo no país. Os profissio-

nais são cada vez mais valorizados e com o

aumento das exigências, as remunerações

mais atraentes e cresce a oferta de cursos

especializados no ramo.

Em Minas Gerais, a empresa Rehagro

oferece treinamento, capacitação e especia-

lização em agronegócio e de acordo com

a empresa, a maior demanda do mercado

hoje são pelos cursos de pós graduação,

principalmente os relacionados à pecuária

leiteira e também cursos de gestão de em-

presas rurais. De acordo com o gerente de

marketing da empresa, Caíque Oliveira, os

produtores rurais estão cada dia mais bus-

cando conhecer do seu negócio e se estru-

turando para encarar a fazenda como uma

verdadeira empresa, aplicando metodolo-

gias e ferramentas de gestão. “Autônomos

ou não, existe uma busca maior por conhe-

cimento técnico que tange as ciências agrá-

rias e gerenciais, isso por exigência do pró-

prio mercado. As empresas e profissionais

que não investem em conhecimento têm

grande dificuldade em sobreviver à hiper-

competitividade do mercado”, pontua.

Geralmente os graduados na área de

ciências agrárias como Medicina Veteri-

nária, Zootecnia, Agronomia procuram

os cursos de especialização e se inserem

cada vez mais no competitivo mercado

do agronegócio brasileiro. São proprietá-

rios, gerentes e funcionários de fazendas,

buscando o conhecimento técnico e de

gestão. “Todos os nossos cursos obriga-

toriamente têm em seu currículo mó-

dulos de gestão, seja gestão de pessoas,

processos, administrativa,dentre outras.

No entanto, temos cursos como Gestão

da Pecuária de Leite, Gestão da Pecuária

de Corte e Gerenciamento de Empresas

Rurais, que visam oferecer conhecimen-

to teórico e prático ministrado por nossa

equipe em diferentes segmentos im-

portantes do negócio, segmentos estes

essenciais para que a empresa atinja os

resultados que deseja”, completa Caique.

O aumento da demanda por cursos

de gestão que abordam o contexto do

agronegócio e suas particularidades,

associando a isso metodologias e ferra-

mentas de gestão, contribui para que o

participante entenda seu segmento e

consiga transportar para sua realidade a

teoria aprendida em sala de aula.

Com esse expressivo crescimento na

procura por cursos de especialização e ges-

tão em agro, o futuro do agronegócio pare-

ce ser promissor e se tornar cada vez mais

um ambiente mais competitivo e profissio-

nalizado. O gerente de marketing da Reha-

gro acredita que nos próximos dez anos o

Brasil terá um setor com empresas rurais al-

tamente profissionalizadas e competitivas

e o acesso à informação cada vez mais dis-

seminada pelo país, principalmente através

do ensino online. “O uso das ferramentas de

gestão de marketing irá aumentar, teremos

um cooperativismo mais organizado e co-

laborativo e maior maturidade e agilidade

nos processos de inovação e implementa-

ção de modernização e gestão das empre-

sas rurais”, finaliza Caique.

A profissionalização do agronegócio

Cresce demanda por cursos de especialização e gestão em agro

Janeiro 2012 9

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1° SUIMINASsupera

expectativas

cio mineiro e brasileiro “ e o ex-ministro

Marcos Vinícius Pratini de Morais que

ministrou a palestra “Perspectivas para o

mercado de carnes no Brasil e no exte-

rior “. Ainda durante o evento, represen-

tantes de todas as associações regionais

do estado de Minas Gerais foram home-

nageados pelos serviços prestados em

prol da suinocultura no Estado. O dire-

tor executivo da Associação Brasileira

dos Criadores de Suínos, Fabiano Coser,

também promoveu o lançamento do

Manual Brasileiro de Boas Práticas na

Produção Agropecuária de Suínos e os

representantes de todas as associações

estaduais e regionais assinaram um pro-

tocolo de intenções para a captação de

recursos em prol da divulgação da carne

suína junto à mídia nacional. “Durante

o 1º Suiminas pudemos atualizar nos-

sos conhecimentos, trocar experiências

com os amigos das diversas partes do

Estado e do país que ali estavam, além

de mostrarmos a união de nosso setor

e demonstrar, através da assinatura do

protocolo de intenções, os esforços que

estamos dispostos a fazer para a me-

lhoria da imagem da carne suína” disse

Roberto Magnabosco, gerente geral da

Arapé Agroindústria.

Para José Arnaldo Cardoso Penna,

vice-presidente da Asemg, o Suiminas é

um evento que veio para ficar. “Esta foi a

primeira de muitas edições deste evento

que veio para levar ao suinocultor mi-

neiro informação, troca de experiências

e muita confraternização. Para a próxima

edição que acontecerá no dia 26 de abril

de 2012, traremos ainda mais novidades”

contou Penna.

O 1º Suiminas – Encontro dos

Suinocultores Mineiros, que

tem por objetivo municiar

o suinocultor mineiro de informações

pertinentes ao cotidiano de seus ne-

gócios através de palestras ministradas

por grandes nomes do agronegócio

brasileiro, realizado pela Associação

dos Suinocultores do Estado de Minas

Gerais (Asemg) ocorreu na sede da ins-

tituição e superou as expectativas dos

realizadores e participantes do evento.

“A primeira edição do Suiminas marcou

o início das comemorações de 40 anos

da Asemg, que acontece em abril de

2012, e levou ao Parque de Exposições

da Gameleira suinocultores de todos os

pólos do Estado, além de autoridades e

líderes suinícolas de todo o Brasil”, co-

mentou João Bosco Martins de Abreu,

presidente da Asemg.

O evento contou com renomados

palestrantes como o economista Ricar-

do Cotta Ferreira que falou aos presen-

tes sobre os “Desafios para o agronegó-

Para encerar o evento os cerca de

300 participantes do 1º Suiminas brinda-

ram o ano de 2011. A tradicional festa de

fim de ano contou com um buffet espe-

cial construído à base de carne suína e

muita música. “Somos um Estado onde

a suinocultura ocupa grande fatia do PIB

do agronegócio, nada mais justo do que

promover um evento grandioso para

os nossos produtores associados” disse

Roberto Coelho, diretor de mercado da

Asemg.

Suinocultura é destaque noagronegócio mineiroCom um rebanho de aproximada-

mente 2,8 milhões de cabeças e uma

produção que beira as 515 mil tone-

ladas/ano, a suinocultura em Minas se

destaca por sua qualidade e importância

econômica para o setor agropecuário.

“O ano de 2011 foi marcado por altos e

baixos no quesito comercialização da

carne suína, no entanto observamos

crescimento da atividade em nosso Es-

tado” explicou João Bosco Martins de

Abreu, presidente da Associação dos

Suinocultores do Estado de Minas Gerais

(Asemg).

O Estado é hoje o 4º maior produ-

tor brasileiro de carne suína e lidera o

ranking nacional no consumo da prote-

ína. “O consumo per capita brasileiro da

carne suína é de cerca de 14 Kg, já em

Minas o número chega a 21 Kg ” comen-

tou José Arnaldo Cardoso Penna, vice-

-presidente da Asemg.

A suinocultura mineira arrecada

anualmente cerca de 3,36 bilhões de

reais e gera mais de 12 mil empregos

diretos. Em 2010, o setor comemorou o

incremento de 18,6% no número de

animais vivos comercializados semanal-

mente, que saltou de 1.107.154 cabe-

ças em 2009 para 1.313.276 unidades

em 2010. Auditório 1º Suiminas

João Bosco Martins de Abreu, presidente da Asemg, Marcos Vinícius Pratini de Morais, ex- ministro da Agricultura e Sílvio Silveira, presidente da Afrig.

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10 Janeiro 2012 11Janeiro 2012

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Mundo Digital

Havia quem pensava que se mante-

ria indiferente ao mundo ciberné-

tico e da internet. O produtor rural

na lida do campo, da fazenda, acreditava

que internet fosse um ramo fora de cogita-

ção e que ele nem precisaria saber ligar um

computador ou acessar um site. Notebook,

I Phone e I Pad soavam como palavras de

uma língua estrangeira intraduzível. Mas o

mundo de fato está mudando.

Pesquisas apontam que 40% das crian-

ças de dois a quatro anos já possuem telefo-

ne celular, a internet já alcançou 81 milhões

de internautas brasileiros, sendo que 87% a

acessam ela semanalmente e o Brasil é o

quinto país com o maior número de cone-

xões à internet.

Em 2008 foram gastos R$ 8,2 bilhões em

compras on-line, em 2009 a previsão para o

primeiro semestre era de R$ 4,5 bilhões, mas,

mesmo em crise, o faturamento foi de R$ 4,8

bilhões (27% a mais em relação ao mesmo

período de 2008) e o ano fechou em R$ 10,6

bilhões. Em 2010 foram R$ 14,8 bilhões em

vendas, o que representa um terço de todas

as transações entre varejo e consumidores

feitas no Brasil. A expectativa para 2011

ainda é de crescimento.

No mercado rural não podia ser dife-

rente e a internet está ocupando cada vez

mais espaço no dia a dia do criador. Primeiro

foram os leilões virtuais, disponibilizados em

páginas da internet, onde o criador anuncia

seus animais à venda e o remate tem hora

para começar e terminar. Agora, a grande

novidade tem sido a transmissão de leilões

pela internet, uma alternativa mais econô-

mica para o criador que submete o remate

a grandes audiências a um custo mais baixo

que a transmissão pela televisão.

O site Canal de Lances foi um dos

pioneiros no comércio eletrônico de ani-

mais via leilões, criado em outubro de

2007 pelos empresários Flávio Birman e

Antônio Henrique Almeida, profissionais

experientes no ramo de leilões. “Como os

leilões televisivos virtuais, aqueles com

leiloeiros e transmitidos via televisão

estavam de vento em poupa e dispú-

nhamos da mais moderna tecnologia de

transmissão ao vivo via internet, come-

çamos oferecendo aos nossos clientes

esta modalidade de leilão virtual, com

catálogo online, captação de pré-lance

e transmissão ao vivo de nosso estúdio

com leiloeiro para batida do martelo”, co-

mentou Birman.

Além das transmissões ao vivo pela in-

ternet, o site Canal de Lances oferece outras

modalidades de venda como os leilões onli-

ne, em que por determinado período os lo-

tes são disponibilizados exclusivamente na

internet para recebimento de lances até o

contador zerar e finalizar o remate. A venda

direta com lotes a preço fixo, uma espécie

de shopping e os leilões online com preço

mínimo previamente estipulado pelo cria-

dor, completam o mix de produtos do site.

“Acreditamos muito neste mercado, pois as

relações custo benefício tanto para quem

vende quanto para quem compra são as

melhores. Utilizar a internet como ferramen-

ta de comercialização de animais é muito

viável, tem custo baixo e proporciona muita

interatividade, tudo isso com a mesma qua-

lidade da transmissão televisiva. Os preços

variam de R$250 a R$500 de inscrição por

lote mais 10% de comissão para o site”, pon-

derou Antônio Henrique Almeida.

Outro caso de sucesso no mercado

de transmissões pela internet é o C2 Rural,

portal do mesmo grupo do Canal Rural, que

surgiu para atender a demanda dos clientes

por transmissão de eventos e leilões no Ca-

nal Rural. “Com a grade da televisão cheia,

começamos a comercializar as transmissões

pela internet em agosto de 2010, o que já é

um sucesso, pois a transmissão pela internet

é um mercado em amadurecimento que

precisa ser trabalhado e criar cultura própria,

mas certamente está em crescimento”, enfa-

tiza o diretor da C2 Rural, Juan Lebron.

Diferentemente do Canal de Lance, o

Canal Rural apenas transmite os remates e

a leiloeira é contratada diretamente pelo

cliente, além disso o site não oferece venda

de animais ou leilões virtuais. Os valores da

transmissão de um leilão presencial pelo C2

Rural depende das condições locais de inter-

net, mas quando realizado em estúdio com

leiloeiro o preço é pré- fixado pela empresa.

Juan Lebron - Diretor da C2 Rural

Transmissão de leilões pela internet. Uma tendência?

Divu

lgaçã

o C2 R

ural

12 Janeiro 2012 13Janeiro 2012

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Leilão VirtualTransmitido ao vivo com leiloeiro em estúdio para batida do martelo. Na internet ocorrem os pré-lances, ou seja, o catálogo fica online captando os lances que serão decididos ao vivo durante a transmissão, mas que podem ser os lances vencedores se não forem superados.

Leilão OnlineFica disponível por determinado período exclusivamente na

internet com encerramento na zerada do cronômetro e a maior oferta aceita pelo sistema é o vencedor do lote.

Venda diretaEspécie de shopping com lotes por preço fixo e a venda é realizada no momento da oferta.

Leilão online de preço mínimo O preço mínimo é definido no sistema. Os interessados lançam suas ofertas e a venda é realizada no momento em que o lance seja maior ou igual ao valor mínimo previamente estipulado pelo proprietário do animal.

Modalidades de vendas pela internet

Inovando na Raça BrahmanPioneiro na raça Brahman, um grupo

de criadores idealizou um portal para os

Leilões Brahman, em que são postados

leilões totalmente online, por um perí-

odo específico para o recebimento de

lances. A novidade é que em breve o

site estará comercializando a transmis-

são dos remates virtuais. De acordo com

Abalberto Cardoso um dos idealizadores

do projeto, a raça Brahman precisava de

um canal único de comercialização por

se tratar de uma raça pequena. “Ano pas-

sado organizamos o Congresso Mundial

da Raça e criamos o site para divulgar os

dois grandes leilões do evento. Fizemos

pela primeira vez na raça um leilão vir-

tual que terminava presencial, na cidade

de Uberaba, durante a Exposição Nacio-

nal do Brahman. O remate foi um suces-

so em termos de divulgação e acessos,

mas os criadores ainda precisam se ar-

riscar mais nos lances virtuais, inclusive

porque a raça é pequena e todos conhe-

cem bem os animais disponíveis no mer-

cado”, explicou o criador.

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Brahman

Mercado

A raça que maiscresce no Brasil

O crescimento da raça é evidente,

sendo a que mais cresceu em proporção

no Serviço de Registro Genealógico das

Raças Zebuínas nos últimos anos.

Os números do Brahman são im-

pactantes. A raça completa 17 anos em

solo brasileiro como a que mais cresce

no país entre os zebuínos de corte, em

termos proporcionais ao número de re-

gistro de nascimentos, 45,4% entre 2005

e 2010. De acordo com a Associação

O Brahman é a raça zebuína de maior

penetração na pecuária mundial,

a única presente em 70 países

oficialmente e muitos outros extra oficiais.

No Brasil, junto à ABCZ existem 1.526 cria-

dores na raça, sendo 1.126 ativos distribuí-

dos em 24 estados brasileiros, números que

aumentaram cerca de 21% na comparação

de 2009 com 2010. Outra novidade foi que

Ceará e de Roraima passaram a integrar o

mapa brahmista brasileiro.

R$ 11.271,00

R$ 9.026,00

R$ 8.931,00

R$ 6.619,00

Nelore Guzerá Brahman Tabapuã

Fonte: ACBB e revista Leilões Brahman

Valorização do Brahman em leilões em 2010. (Preço médio por lote)

Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ),

o rebanho da raça aumentou mais de

1.500% entre os anos de 2000 e 2007, de

2.000 para 28.664 cabeças. Entre abril de

1994 e agosto de 2011, 206.606 animais

foram registrados junto à ABCZ, o que

faz do Brahman a segunda raça maior

de corte em número de registros na en-

tidade.

Os dados de venda de sêmen de Brah-

man são expressivos e segundo a Asso-

ciação Brasileira de Inseminação Artifi-

cial (ASBIA), o Brahman é a segunda raça

zebuína de corte em venda de sêmen.

Em 1997 foram comercializadas 22.442

doses, em 2005 esse número passou

para 178.395 e no ano passado foram

comercializadas 256.414 doses, um total

de 1.958.477 doses até 2010, de acordo

com os números divulgados pela ASBIA.

De acordo com José Otávio Lemos,

zootecnista e diretor de Marketing da As-

sociação dos Criadores de Brahman do

Brasil, a raça prova que aqui é seu lugar e

os dados demonstram isso. ”O Brahman

é a raça que mais cresceu proporcional-

mente, tem características que o merca-

do exige hoje e por sua precocidade tem

o rótulo para quem procura a sustenta-

bilidade da pecuária de corte. Acredito

que ela continuará crescendo muito. A

raça vale pelo que pesa e esse peso não

é só pela balança, mas sim o quanto ele

agrega de valor em seus produtos puros

ou de cruzamentos. Á medida que os

desmatamentos ficam impedidos, faz-

-se necessário animais mais eficazes na

conversão, na qualidade de carne, na

padronização e no rendimento. Esse é

o Brahman nosso de cada dia e que dá

resultados em tantos países”, disse.

O crescimento não para por aí. De acor-

do com dados divulgados pelo ACBB, o

Brahman é a terceira raça que mais se va-

loriza dentre as bovinas de corte no Brasil,

com destaque para os reprodutores com

valorização de 46% e 39,4% para matrizes

no período de 2006 a 2010.

Vale ressaltar os dados de venda em

leilões no ano de 2010, aparecendo a

raça Brahman como a terceira mais va-

lorizada, com média de R$ 8.931,00 para

cada lote vendido em leilão, contra R$

9.026,00 do Guzerá e R$11.271,00 do

Nelore. Em 2010 os 66 leilões da raça

movimentaram cerca de R$30,5 milhões

e crescimento de 14,2% em arrecadação.

Mesmo com resultados expressi-

vos como os do Brahman, Lemos ainda

pondera que qualquer raça tem carac-

terísticas positivas e negativas, o impor-

tante é que no balanço final, o saldo seja

para ganho.” Com o Brahman se ganha

e ainda se tem prazer em promover seu

melhoramento genético, mas a raça tem

muito para avançar e responde quan-

do se elege uma característica para ser

245.690

256.414

192.614187.408

184.045178.395

149.219

122.748

197.627

1997

79.34668.568

27.77522.442

46.186

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Evolução da Comercialização de sêmen de 1997 a 2010 (ASBIA)

TOTAL: 1.702.063 doses de sêmen comercializadas

Fonte: ACBB e revista Leilões Brahman

16 Janeiro 2012 17Janeiro 2012

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mudada. Quando foi importada oficial-

mente para o Brasil, em 1994, aprumos e

umbigos eram pontos de evidente pre-

ocupação, hoje, podemos ver nas fazen-

das e nas pistas de julgamento o quanto

isso foi mudado em comparação às ou-

tras raças zebuínas que tínhamos aqui. O

Brahman agradece fácil a obstinação do

criador brasileiro e de qualquer parte do

mundo, é uma raça sem preconceitos,

formada para dar resultados. Sabemos

que a genética de fixação de produtivi-

dade é muito mais difícil e que a de tra-

ços raciais bem mais fácil. Os criadores

pioneiros fizeram a lição de casa muito

acertadamente e nos deram um alicerce

forte. Em um país com a área que temos,

onde solo, clima e vegetação são pró-

prios para criação extensiva, só animais

com ecotipo tropical e tipo econômico

precoce poderá responder à necessida-

de do mercado. Por isso, como zootec-

nista, tenho convicção que acertamos

em trazer a raça para nossa casa, ela é

dócil, rústica, precoce, tem habilidade

materna e ainda é bonita”, concluiu.

562 Lotes

1.727 Lotes

1.876 Lotes

2007 2009 2010valor médio R$ 3.784,00

valor médio R$ 5.113,00 • 35% de valorização no valor médio praticado de 2007 para 2009

valor médio R$ 6.387• 20% de valorização no valor médio praticado de 2009 para 2010

Valorização de TouroS BrAhmAn de 2007 a 2010

Fonte: ACBB e revista Leilões Brahman

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Fazenda Braúnas, Funilândia, Minas Gerais.

Experiência e genética de alta qualidade no Brahman

FazendaBraúnasReconhecida pela qualidade de seu

rebanho Brahman, muito premiado

nas pistas, a Fazenda Braúnas possui

grande experiência na criação de gado. Em

1989 iniciou a criação com a importação

da raça Pardo Suíço dos Estados Unidos,

tornando-se uma propriedade produto-

ra de leite até o ano de 2008, ocasião em

que parou com a atividade leiteira. Foram

muitos os títulos conquistados pela Braú-

nas, motivo de orgulho para o proprietário

Adalberto Cardoso que conquistou o título

de melhor criador nacional de 1996 a 2004

com apenas um intervalo.

Em 2005 o criador optou criar somen-

te a raça Brahman sendo que atualmente

a criação está em torno do número 719,

o que representa a quantidade de nasci-

mentos efetivos na fazenda até outubro de

2011. Atraído pela docilidade e habilidade

materna do Brahman, o criador escolheu a

raça acreditando em seu potencial de pro-

dução e além disso, fatores como qualidade

da carne, qualidade da carcaça, volume de

posteriores e adaptabilidade ao clima bra-

sileiro, foram fundamentais na escolha da

raça que é a principal em produção de car-

ne em pelo menos dez países no mundo.

O projeto da Fazenda Braúnas é fo-

car ao máximo na evolução genética da

raça. Pequena, com apenas 400 hecta-

res, Adalberto Cardoso optou por traba-

lhar com animais de alto valor genético,

objetivando resultados em pista. Em

apenas cinco anos de criatório, já foram

fabricados pelo menos um Grande Cam-

peão Nacional, uma Reservada Grande

Campeã Nacional e diversas campeãs.

Quando iniciou a criação de Brahman,

o empresário do ramo de alimentos já era

um criador bastante experiente na lida

com gado de elite e sem dúvida sua vi-

vência como empresário contribuiu para o

sucesso de sua fazenda que é administrada

com bastante profissionalismo. “Quando

comecei a criar Brahman, em função da mi-

nha experiência com o Pardo Suíço tomei

muito cuidado para não repetir os mesmos

erros. Fiz muitas pesquisas durante um ano

para avaliar o que a raça tinha de melhor e

elegi um criatório para ser a base da minha

criação. Como a Querença era próxima da

minha fazenda e possuía ótima genética

e a disponibilizava na forma de parceria,

achei interessante a forma despreendiada

de nos permitir ter acesso à melhor genéti-

ca ali disponível. Isso foi a minha mola pro-

pulsora e passei a ter certeza de que valeria

a pena investir na raça. Fiz um pacote de 10

prenhezes das principais vacas do criatório

e dei início a parceria onde a Querença ce-

deu animais para que fizéssemos FIV ou TE

e os resultados seriam divididos em 50%

para cada. Acredito que essa foi uma boa

jogada da Braúnas no início da criação para

fazer um volume com qualidade genética

e escolhi como a base do meu rebanho a

família da Miss Diamond A 69/9 e da QERJ

147. Hoje temos dez doadoras no time A,

ou seja, animais com excepcional valor ge-

nético, com alta preponderância para seus

descendentes”, disse.

Adalberto relata ainda que seu melhor

investimento foi a aquisição de uma as-

piração da Miss Diamond A 69/9 em um

leilão da Querença, que lhe rendeu cinco

machos e duas fêmeas, sendo que um dos

machos se tornou Grande Campeão Na-

cional na Expozebu e uma das fêmea foi

Reservada Grande Campeã Nacional tam-

bém na Expozebu. O criador pondera que

além desses investimentos na qualidade

genética dos animais, o sucesso da Braúnas

foi determinado por uma boa equipe, pela

estrutura da fazenda e pelo relacionamen-

to com outros criadores. “A grande conquis-

ta do nosso criatório é termos conseguido

o reconhecimento dos companheiros cria-

dores e técnicos, de que a Braúnas faz um

trabalho sério e que os resultados obtidos

demonstram o esforço e a dedicação da

equipe”,comentou o criador.

De acordo com Cardoso existem alguns

pilares fundamentais para o sucesso de um

criatório, premissas que novos criadores de-

vem seguir e por isso aconselha: “De maneira

geral novos criadores tem mais empolgação

do que experiência e é preciso tomar cuida-

do para não ter um gasto maior do que o

necessário. O criador deve procurar errar

o menos possível e buscar algumas orien-

tações visitando diversos criatórios, onde

sempre encontram pessoas com experiên-

cia a serem seguidas. Visitar o maior número

possível de criatórios, conhecer os principais

animais de cada um e principalmente suas

famílias, nos facilita escolher bem e com-

prar com acerto. Bons animais se pagam

rapidamente, animais intermediários tem

dificuldade em recuperar o investimento,

eles se desvalorizam rapidamente. O impor-

tante é comprar animais desejados e não

pensar em volume. Condições de manejo

adequadas, ter uma boa equipe com pes-

soas experientes e por último e ter um bom

relacionamento é fundamental para o su-

cesso do empreendimento. Divulgar o seu

trabalho tornando-o conhecido é essencial.

O criador enquanto comprador é muito

bajulado, mas quando se torna vendedor

as relações mudam e é preciso estar prepa-

rado para esse acontecimento”, comentou.

Sr. Adalberto Cardoso

Adalberto também acredita que as maiores

dificuldades para obter sucesso é conseguir

alinhar todos os fatores fundamentais como

a equipe, genética, manejo, relacionamento

e assistência aos clientes, pois a ausência de

um desses itens é suficiente para colocar o

resultado do projeto em risco.

A experiência de Adalberto Cardoso

como empresário sempre foi aplicada na

gestão da fazenda e sem dúvidas este

fator contribuiu em muito nos resulta-

dos alcançados. A estrutura da criação

de gado Braúnas é composta por seis

pessoas e o sistema na fazenda funciona

como uma empresa onde funcionários

que mostram resultados são mais re-

munerados e conseqüentemente estão

mais motivados. “Minha equipe trabalha

motivada e dentro de objetivos bem de-

terminados, onde as atividades de cada

funcionários a ser admitido estão muito

bem definidas, cada um recebe uma lista

de tarefas a serem cumpridas no seu dia

a dia e se realizadas conforme o planeja-

do, o funcionário recebe uma gratifica-

ção com bônus que varia entre 15 e 30%

do salário”, disse.

Adepto à participação em exposi-

ções, o criador acredita participar desses

eventos é de importância vital dentro do

projeto da Braúnas. Cardoso considera

que a forma mais eficiente para destacar

o valor genético é colhendo bons resul-

tados em pista, não visando o ranking,

mas sim projetando sua criação. “Animais

campeões e doadoras que são boas re-

produtoras sempre tem valores diferen-

ciados nos leilões e nas vendas da fazen-

da. Cada vez que ganhamos um título, a

responsabilidade aumenta e somos co-

brados para melhorar nossa performan-

20 Janeiro 2012 21Janeiro 2012

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Vista aérea Fazenda Braúnas.

ce, estamos sempre nessa busca. Con-

tudo, conseguindo o reconhecimento

através dos títulos, vendemos mais, va-

lorizamos os animais e identificamos as

melhores famílias. O mais importante é

identificar quem são as produtoras de

campeões”, enfatizou o criador.

Quanto à participação em exposições

e a satisfação dos criadores em relação aos

juizes, Cardoso pondera que há um impas-

se a ser discutido sobre esse assunto. “Os

criadores estão satisfeitos com juizes que

os premiam nos julgamentos, mas o impor-

tante na pista é estar atento aos defeitos e

qualidades dos animais perante os concor-

rentes para assim, fazermos o trabalho de

aperfeiçoamento na fazenda e avaliar o que

é importante mudar para melhorar a próxi-

ma geração e que não é relevante. Os juizes

devem ser vistos como contribuidores na

melhora dos rebanhos”, ponderou.

Novos projetosO Congresso Mundial da raça Brahman

foi um marco para a Fazenda Braúnas. Em

contato com criadores do mundo inteiro,

Adalberto Cardoso percebeu uma mudan-

ça no cenário mundial da raça Brahman: O

mercado nacional estava mais atraído por

animais provados, principalmente touros.

Foram dois anos de criação dedicados

à criação de gado de elite, mas segundo o

criador, a raça não cresceu na velocidade

esperada. “Esperávamos uma demanda

maior e com a falta de compradores, re-

solvemos mudar o foco da fazenda. Perce-

bemos uma grande demanda por touros,

principalmente os premiados em provas

zootécnicas”, disse Cardoso.

A Fazenda Braúnas atualmente está

focada na produção de gado comercial, na

venda de touros e fêmeas provadas, ava-

liando seu rebanho seguindo os princípios

primordiais da criação, ou seja, habilidade

materna, fertilidade, índice de conversão

alimentar e índices de qualidade da carne.

Os animais que não preencherem esses cri-

térios serão descartados do rebanho. “Den-

tro de quatro anos teremos um rebanho

totalmente reciclado com a garantia de

que ele atende aos quatro princípios bási-

cos da boa criação. Nossa meta é descartar

25% ao ano de animais que não preen-

chem os requisitos”, explica o criador.

A mudança no foco da Fazenda Braúnas

vem de uma nova filosofia de criação que

tem sido seguida por Adalberto, em que

para a raça evoluir geneticamente e fazer

com que o padrão racial seja atendido, os

criadores devem priorizar no rebanho ani-

mais provados zootecnicamente e descar-

tar o que não atende às expectativas. “Hoje

muitos animais vendidos no mercado não

correspondem aos nossos objetivos e que-

remos daqui há quatro anos ofertar animais

realmente bons, com resultados comprova-

dos. Esses animais serão mais valorizados e

melhoradores para a raça. Acredito que os

criadores devessem voltar a atenção para

o crescimento da raça e se conscientizar de

que é preciso vender animais que preen-

chem esses requisitos”, completa.

A Fazenda Braúnas continua traba-

lhando com o gado de elite e atuando nas

pistas, mas o foco principal da sua criação é

oferecer daqui quatro anos fêmeas e touros

premiados em provas zootécnicas que te-

nham excelentes resultados em habilidade

materna, fertilidade, índice de conversão

alimentar e de qualidade de carne. Todo

esse trabalho reforça o conceito de que

com muito trabalho e seriedade a Fazenda

Braúnas contribui para o melhoramento da

raça. O Brahman agradece!

22 Janeiro 2012 23Janeiro 2012

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Personagem

de gado de leite, atividade que o leiloeiro conhecia a

fundo por ser a atividade principal de seu pai em sua

fazenda. “Apregoar não estava nos meus planos, eu

era extremamente tímido e introspectivo, não falava

em público. Minha profissão foi um exercício para que

eu pudesse articular com mais facilidade e hoje domi-

no a circunstancia de falar em público sobre qualquer

tema, em qualquer lugar”, comentou o leiloeiro.

A partir daí vieram muitos outros, hoje já são

mais de 2.000 leilões em 21 anos de profissão. A

carreira de Rodrigo começou em leilões de gado,

área em que atuou por dez anos, quando se pro-

jetou na carreira começaram a aparecer oportuni-

dades em leiloes de cavalo.

De acordo com Rodrigo, os leilões de cavalos

são mais competitivos e exigem um conhecimento

maior dos leiloeiros. “Procuro conhecer os animais,

freqüento fazendas, exposições e outros leilões para

ter subsídios na hora de apregoar. Hoje visualizo

uma arvore genealógica com muita facilidade, pois

conheci a grande maioria daqueles animais que es-

tão ali e busco na história principalmente naquela

que não conheci, conhecimentos que me dão argu-

mentação durante os arremates”, disse.

Atualmente Rodrigo atua nas raças Mangalarga

Marchador, Campolina, Mangalarga, mas também

Rodrigo Costa

brei um paradigma que era falar em público

e ainda mais na televisão com até 3 milhões

de pessoas assistindo”, comentou Rodrigo.

A experiência e competência de Ro-

drigo fazem aumentar cada vez mais o nú-

mero de convites para apregoar e muitas

vezes ele recusa trabalhos em função da

agenda. “Tento atender a todos na medi-

da do possível e é uma pena recusar, mas

muitas vezes as datas coincidem. Já em

alguns finais de semana não aparece nada

e em outros muitos eventos. O cavalo tem

poucos leiloeiros e isso me absorve muito

e é claro que quanto mais experiente você

for, mais solicitado você será, pois a experi-

ência é fundamental nessa profissão”,disse.

Além disso a trajetória de Rodrigo também

foi marcada por duas passagens em tele-

novelas brasileiras, em 2000 participou de

Vila Madalena e Laços de Família, atuando

como leiloeiro em ambas o que também

projetou o leiloeiro em âmbito nacional.

Atuando neste mercado, Rodrigo

afirma que o leilão é a melhor forma

de comercialização, pois em uma única

oportunidade o criador pode vender um

número maior de animais. ”Na fazenda

o criador vende alguns animais de sua

produção mas no leilão ele pode vender

até 40 de uma só vez.”, comentou.

cos os leiloeiros vendedores, e esses de

destacam. Além disso, se eu não tivesse

o conhecimento que tenho dos animais,

não seria tão bem sucedido”, comentou.

Apaixonado pelo que faz Rodrigo

acredita que o melhor da profissão é a

realização de um leilão bem sucedido.

“Apregoar cavalos que vi nascer e vender

futuros campeões acreditando nesses

animais é muito gratificante. Minha maior

alegria é ver os criadores satisfeitos, os ar-

remates superarem as expectativas e ver

a felicidade das pessoas envolvidas. Mas o

contrário também é ruim, quando realiza-

mos um leilão menos bem sucedido, mas

o que mais me incomoda na profissão é

a concorrência desleal, a falta de ética e a

inveja”, ponderou.

Um fator que mudou muito a trajetória

de Rodrigo Costa foram as transmissões ao

vivo dos leilões pela televisão. A partir do

ano 2000 com o aumento dos leilões virtuais

e transmissões ao vivo, a visibilidade do tra-

balho de Rodrigo aumentou bastante e os

convites aumentaram. “Comecei a ser mais

convidado para leilões principalmente no

meio do cavalo e evolui muito profissional-

mente. Fui conhecer a dinâmica da televisão

para conseguir fazer com que meu cliente

preste atenção naquilo que estou venden-

do e aguçar a vontade dos compradores. Na

televisão tem muitas pessoas envolvidas no

processo, são diversas pessoas entre mim e

o cliente, então preciso usar estratégias de

convencimento e tudo isso em um tem-

po muito curto. Utilizo a estratégia de me

comunicar com as pessoas que estão nos

assistindo, envolvendo-as com minhas pala-

vras, fazendo com que ela disque o número

que está na tela, ligue e compre. Desenvolvi

ao longo dos anos muitas habilidades, que-

trabalha com Pônei e gado Nelore. Porém,

um dos projetos futuros do leiloeiro é atuar

mais no Nelore e também Quarto de Milha.

O reconhecimento na profissão de

leiloeiro vem com a experiência e o reco-

nhecimento do mercado, que se dá em

função da credibilidade adquirida ao lon-

go dos anos. Com 21 anos atuando neste

mercado, Rodrigo acredita que está alcan-

çando agora a maturidade e chegando ao

ponto ideal.”Tenho uma credibilidade que

foi construída ao longo da minha carreira,

mas começar na profissão é muito difícil.

É preciso ter oportunidade, sorte, volume

e fazer o trabalho da melhor maneira pos-

sível de forma coerente. Ter postura fora

do leilão, profissionalismo e seriedade é

fundamental, mas isso não se constrói da

noite para o dia”, comentou.

Questionado sobre o segredo do su-

cesso, Rodrigo afirma que não existe recei-

ta na profissão e o primordial para o leilo-

eiro é saber apregoar e vender, além de ter

conhecimento profundo daquilo que está

vendendo. “A profissão é um pouco cruel,

pois não dá oportunidade a todos e são

poucos os profissionais que se destacam.

Microfone não tem perdão, se você fala

uma bobagem, um erro de português e

não tem jogo de cintura para sair daquela

situação, você se complica. Hoje não vejo

novos leiloeiros entrando no mercado e se

destacando. Costumo dividir o leiloeiro em

duas categorias, aqueles que apenas apre-

goam os animais e cumprem sua função e

aqueles que além de apregoar vendem os

animais. O mercado hoje está tão seletivo

e as dificuldades são bem maiores que no

passado, que para ter um arremate bem

sucedido hoje, não é somente necessário

apregoar, pois isso é muito fácil. São pou-

São 47 anos de vida e 21 atuando como leiloeiro.

A trajetória profissional de Rodrigo Costa está

atrelada aos leilões, sejam em arremates de

gado ou cavalos. Fé em Deus, coragem, competência,

persistência e um pouco de sorte, fizeram de Rodrigo

uma figura bastante conhecida no ramo de leilões.

Filho de pecuarista, Rodrigo começou desde

cedo a conviver no meio de gados e freqüentar leilões.

Optou pela faculdade de economia, mas no decorrer

do curso conheceu Alessandra, sua atual esposa, filha

do leiloeiro Heitor Lambertucci. A influência de Heitor

aguçou o interesse de Rodrigo em apregoar e depois

de freqüentar diversos eventos já com uma analise crí-

tica, em 1990 surgiu a primeira oportunidade e com

26 anos Rodrigo apregoou em seu primeiro leilão,

na cidade de Paraopeba, Minas Gerais. Foi um leilão

24 Janeiro 2012 25Janeiro 2012

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Mercado de

FibraEste ano o Brasil colheu aquela que foi

a maior safra de algodão da sua his-

tória. A produção em 2010/2011 foi

recorde com 1.957,9 mil toneladas de plu-

ma, ante 1.194,1 mil toneladas da tempora-

da 2009/2010, de acordo com os dados da

CONAB (Companhia Nacional de Abasteci-

mento). Em valores absolutos, estão sendo

ofertadas para o mercado mais 763,8 mil

toneladas. A área de 1.400,3 mil hectares

em 2010/2011 foi superior em 67,6% à cul-

tivada na safra 2009/10, que havia sido de

835,7 mil hectares. A alta no preço desta

commodity no período de transição entre

as duas temporadas foi o principal fator

que justificou tamanho incremento.

Ao que tudo indica a temporada

2011/2012 também será de grande pro-

dução para o algodão brasileiro. Animados

com os preços internacionais acima da mé-

dia histórica, produtores devem semear em

2011/2012 a mesma área do período ante-

rior, ou alcançar um leve aumento, poden-

do chegar a 1.422,7 mil hectares de acordo

com o levantamento de outubro de 2011

feito pela CONAB. A produção estimada

pela Companhia deve variar entre 1.933,0 e

2.112,7 mil toneladas de pluma. Mato Gros-

so, maior produtor nacional, deve plantar

cerca de 730 mil hectares, enquanto a Bahia

que ocupa o posto de segundo lugar, deve

cultivar área próxima a 413 mil hectares.

O interesse dos cotonicultores em

manter uma grande área para o plantio, é

que apesar da desvalorização do algodão

nos últimos oito meses, os preços ainda

estão em um patamar interessante. E a co-

mercialização de parte desta produção a

ser colhida a partir de Junho de 2012, vem

sendo feita antecipadamente. Muitos pro-

dutores aproveitaram os altos preços inter-

nacionais no final de 2010 e no decorrer de

2011 para travar vendas com entregas futu-

ras em 2012 e garantir um bom resultado.

Até o dia 1° de novembro de 2011, já havia

sido negociado cerca de 550 mil toneladas

para a safra 2011/2012, de acordo com os

registros da BBM (Bolsa Brasileira de Mer-

cadorias), sendo que maior parte desses

negócios tem como destino a exportação.

Este entusiasmo com o algodão no Bra-

sil ainda é reflexo dos preços exorbitantes

que foram presenciados no final de 2010

e começo de 2011. Na ocasião a forte de-

manda da Ásia e a queda de produtividade

de vários países produtores, provocaram

um baixo estoque de pluma no mundo, o

que gerou um receio de escassez da maté-

ria prima por parte das indústrias. Este ce-

nário fez com que os preços internacionais

atingissem o maior valor dos últimos 140

anos, com a cotação chegando a superar o

patamar de US$ 2,00 por libra peso. E o Bra-

sil, por ser um país exportador de algodão

e estar inserido no mercado internacional,

viu o valor da paridade de exportação des-

lanchar, o que fez com que os preços inter-

nos também alcançassem níveis recordes

de mais de R$ 4,00 por libra peso.

O encarecimento do seu principal in-

sumo, fez com que o parque têxtil mundial

passasse por uma série de ajustes com o

objetivo de tentar digerir este aumento de

custo. Diminuição do consumo, redução

de turnos de trabalho e substituição por fi-

bras sintéticas foram alguns desses desdo-

bramentos. Tal fato ainda não foi totalmen-

te assimilado pelo setor, que até hoje busca

recuperação. A insegurança que rondou

o cenário econômico nos Estados Unidos

e na zona do euro no segundo semestre

de 2011, também contribuiu para inibir a

demanda mundial e conseqüentemente

reduzir produção dessas indústrias. Acom-

panhando este cenário, o preço do algo-

dão sofreu correção bastante significativa

durante o ano de 2011, recuando ao pata-

mar de US$ 1,00 por libra peso no mercado

internacional. Nos últimos dezoito meses, a

volatilidade foi a grande “vilã” mercado.

No Brasil, o consumo de algodão tem

uma média histórica recente de um milhão

de toneladas por ano, mas em 2011 este

número deve ser menor, em função dos

problemas citados. Entretanto, a exportação

brasileira de pluma é maior a cada ano. Com

a produção de um algodão de alta quali-

dade, o Brasil tem ocupado o espaço de

outros países exportadores, principalmente

Estados Unidos, e conquistado mais mer-

cado em destinos importadores da fibra,

especialmente na Ásia. De acordo com a

ANEA (Associação Nacional dos Exportado-

res de Algodão), o Brasil deve exportar na

safra 2010/2011 cerca de 850 mil toneladas,

e para 2011/2012 a expectativa é que este

número chegue a um milhão de toneladas.

Apesar do custo Brasil com os gar-

galos logísticos e a alta carga tributária,

o algodão brasileiro tem conseguido ser

competitivo no mercado internacional. E

esta conquista só está sendo possível pelo

fato dos cotonicultores brasileiros estarem

muito profissionalizados, com manejo de

alta tecnologia no campo e conquista de

um dos maiores índices de produtividade

e qualidade de todo o mundo. O Brasil é

hoje um player respeitado mundialmente

e ocupa o posto de quinto maior produtor

mundial de algodão e quarto maior expor-

tador desta commodity.

200.00

180.00

160.00

140.00

120.00

80.00

60.00

NovJulMar 11NovJulMar 10Nov 09

98.26

[003] CT: Cotton No. 2 Futures - Nycc - Mar11 (D)

Gráfico – Cotações na Bolsa de Futuros de Nova York.

*Bernardo Souza LimaSócio-diretor da Souza Lima Corretora

26 Janeiro 2012 27Janeiro 2012

Page 15: Pôneis - Revista Mercado Rural · O Sistema FAEMG também participará de um projeto de promoção dos produtos agropecuários mineiros no âmbito da Copa do Mundo 2014. O objetivo

28 Janeiro 2012 29Janeiro 2012

Page 16: Pôneis - Revista Mercado Rural · O Sistema FAEMG também participará de um projeto de promoção dos produtos agropecuários mineiros no âmbito da Copa do Mundo 2014. O objetivo

Muito adorada pelas crianças, a

raça Pônei ganhou novos ad-

miradores e vem sendo aderi-

da cada vez mais aos haras.

A raça indicada para pessoas que

querem iniciar na equitação e é uma

das preferidas para o lazer, mas, apesar

de ser um animal cativante, ele vem se

mostrando um negócio lucrativo e pro-

missor.

Nos últimos anos, a raça apresentou

crescimento de cerca 30% no número

de novos criadores e a valorização de

mercado foi de 50%. Atualmente o Brasil

possui em torno de 41.500 animais regis-

trados e 4.000 criadores espalhados por

todos os estados brasileiros, com desta-

que para o Rio Grande do Sul, Minas Ge-

rais, Bahia e São Paulo e expressivo cres-

cimento nas regiões Nordeste e Sudeste.

Destaque na criação de Pôneis, o

Haras Fazenda Nova está localizado no

distrito de Fazenda Nova, município de

Brejo da Madre de Deus no agreste Per-

nambucano e vem contribuindo cada

vez mais para o melhoramento da raça.

Seu proprietário Pedro Corrêa Neto,

médico e ex-deputado federal é o atual

presidente da Associação Brasileira dos

Criadores do Cavalo Pônei, grande inves-

tidor e entusiasta da raça Pônei, que jun-

to com sua família faz do Haras Fazenda

Nova um grande destaque no cenário

nacional.

Haras

Fazenda NovaO início da criação de pôneis veio

motivado pelos netos de Pedro Corrêa,

para incentivá-los a cultivar seu amor

pelo campo, mas quem acabou se apai-

xonando pelos cavalinhos foi o próprio

criador. “O Haras Fazenda Nova já pos-

suía outras atividades, como a criação

de Quarto de Milha, Jumento Pêga,

criatório de ovinos, avestruz, Nelore e

também produção de feno de tifton,

farelo de palma, capim mineirão, alfafa

e cana-de-açúcar. Quando há sete anos

iniciei na criação de pôneis ela se tornou

a principal atividade dentre as raças que

crio, atualmente entre machos e fêmeas,

adultos e potros, temos um total de 210

animais.”, disse o criador.

Grande entusiasta dos negócios do

campo, Pedro Corrêa ressalta que ir à fa-

zenda e ver toda sua tropa lhe traz um

prazer imenso. “Gosto de ver como estão

sendo tratados os animais. Na fazenda é

onde eu mais relaxo e absorvo o estresse

do dia a dia. Gosto muito de participar

dos eventos da raça, como exposições

e leilões, pois além de me inteirar das

novidades da raça, sempre encontro os

amigos criadores”, completa.

Destaque na criação de pôneis, o criador

Pedro Corrêa vem fazendo um excelente

trabalho para a raça, além de ser o atual

presidente da Associação Brasileira dos

Criadores do Cavalo Pônei.

Fabrício Borges, Pedro Corrêa e Júnior (Veterinário).

Pedro Corrêa em seu Haras Fazenda Nova.

30 Janeiro 2012 31Janeiro 2012

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Além da paixão pela raça, Pedro

Corrêa enxergou na criação de Pônei

um negócio lucrativo e acredita que o

mercado vem em uma crescente muito

significativa e proporcionalmente a raça

tem o melhor custo benefício. “O animal

ocupa pouco espaço, come pouco e só

vamos parar de vender no dia que deixar

de nascer crianças. Eu mesmo sou um

exemplo disto, pois comecei compran-

do para meus netos e hoje sou um apai-

xonado pela raça”, comenta.

LeilõesMuito participativo no mercado, Pe-

dro Corrêa acredita que os leilões são uma

excelente oportunidade para adquirir

animais de qualidade com preço justo e

facilitado, sendo que os leilões têm gran-

de importância tanto na comercialização

como na divulgação, pois contam com o

melhor veículo de mídia que é a televisão,

além da comodidade de comprar sem sair

de casa. “Gosto de participar desses even-

tos. Meu plantel foi formado em grande

parte através de leilões. Como vendedor,

o Haras Fazenda Nova já promoveu três

grandes eventos: O leilão no Hotel Vila

Hípica em Gravatá, durante a Exposição

Nacional do Cavalo Pônei em 2009. Em

2010 fizemos o 1º Leilão Haras Fazenda

Nova & Convidados realizado dentro da

Nova Jerusalém (PE), o maior teatro ao ar

livre do mundo, onde é realizada a Paixão

de Cristo, considerado pelos criadores de

eqüinos como o leilão mais bonito na his-

tória do cavalo. Em 2011 em parceria com

o Haras Meninada, realizamos o Top Pônei

durante a Exposição Nacional do Cavalo

Pônei em Brasília, evento esse que teve

recorde de vendas da raça. Para o próximo

ano estamos preparando um grande lei-

lão em um algum resort nas belas praias

de Pernambuco”, explica Corrêa.

ExperiênciaParticipante ativo das exposições

da raça por todo o Brasil, Pedro Corrêa

comenta que se pudesse participaria

de todas, mas a extensão geográfica do

país restringe sua participação aos even-

tos do Nordeste e a alguns outros esta-

dos. Em 2011 foram dez participações.

“O principal é congregar com os demais

criadores e avaliar o trabalho genético

de sua criação, time que não joga não é

campeão”, enfatiza o criador.

Além de participante ativo das ex-

posições estaduais e nacionais, o Haras

Fazenda Nova promove há cinco anos

uma exposição ranqueada com a pre-

sença de criadores de diversas partes do

Brasil, principalmente Minas Gerais, Rio

de Janeiro e outros estados do Nordeste.

Em 2011 o evento reuniu cerca de 250

animais na fazenda em Pernambuco.

São nas exposições que os criado-

res veem o resultado do seu trabalho

de meses, muitas vezes de anos, com

as conquistas de premiações que muito

representam para um criatório. É a hora

do troféu, do pódio, da medalha, da va-

lorização de todo um trabalho e do reco-

nhecimento de um plantel. O Haras Fa-

zenda Nova coleciona títulos e grandes

conquistas, dentre elas oito Éguas Gran-

des Campeãs Nacionais e três Campeãs

das Campeãs.

Talvez as mais inusitadas sejam as

mais excitantes e compensadoras con-

quistas. Pedro Corrêa conta que Confete

do Sarandi era um cavalo desconhecido

e que foi preparado para participar de

exposições. Por onde passava levava o

prêmio. Confete do Sarandi sagrou-se

Grande Campeão Nacional da Raça e

Campeões dos Campeões. Foi o pônei

mais premiado do Brasil em 2010.

Casos de sucesso como esse são

para os haras um grande incentivo,

além de boas chances de grandes valo-

rizações. Confete do Sarandi, por exem-

plo, já recebeu oferta de R$ 150 mil,

mas ela foi recusada por ser o garanhão

principal do Haras Fazenda Nova. Esse

é o caso também de Barbie LM do Re-

creio, que foi adquirida por Fábio Cor-

rêa Neto, seu filho, no Leilão de Nova

Jerusalém por R$60 mil, animal que foi

a Campeã das Campeãs da Raça na Na-

cional de 2010.

Questionado sobre qual desses con-

sagrados animais Pedro Corrêa deseja

comprar, o criador responde: “Já comprei

vários que desejei e isso é uma surpresa,

porque cada ano surge um novo desta-

que. O motivo maior é o melhoramento

genético, já compramos oito grandes

Campeãs Nacionais. O que não é visto

não é desejado, fica a dica”, completa.

A raçaDiferentemente de muitas outras

raças, na criação de Pônei a união dos

criadores faz deste pequeno cavalo

uma grande raça, como realmente uma

família. Ditado que muitos criadores

usam, mas que no Pônei se faz valer de

verdade.

Pedro Corrêa pondera que a eqüino-

cultura brasileira é o segmento que mais

cresce na pecuária e com o Pônei não é

diferente, com destaque para os estados

do Nordeste onde tem 70% do cresci-

mento nacional da Raça. “Atribuímos

isso à união e a divulgação dos criadores

nordestino tais como: Mario Gil (PE), Nau

dos Anjos (PB), Orlando Monteiro (RN),

Alexandre Prado (SE) e Euclimar Andrade

(BA)”, salienta o criador.

“Um dos destaques do Jockey Clube

de Pernambuco é a realização de corri-

das com páreos de pôneis brasileiros,

organizados por criadores pernambu-

canos, entre eles Jaime Moura e Rogé-

rio Mergulhão. São essas inovações que

fazem o crescimento da raça”, completa.

O titular do Haras fazenda Nova com-

pleta ainda que faltam ações de divulgação

onde os criadores possam mostrar o verda-

deiro potencial do cavalo Pônei. “Precisamos

divulgar as vantagens da criação: mercado, Exposição Haras Fazenda Nova.

Fábio Neto com a Barbie.

Confete do Sarandi

32 Janeiro 2012 33Janeiro 2012

Page 18: Pôneis - Revista Mercado Rural · O Sistema FAEMG também participará de um projeto de promoção dos produtos agropecuários mineiros no âmbito da Copa do Mundo 2014. O objetivo

docilidade, funcionalidade, custo benefí-

cio e outros. Na parte do padrão racial já

começamos um trabalho de reciclagem

regional para aumentar nosso quadro de

técnicos e árbitros”, pondera Corrêa.

ABCCPÔNEIQuando começou a criar era só

uma brincadeira, depois a paixão foi

crescendo, o investimento aumen-

tando e a responsabilidade pela raça

fez com que Pedro Corrêa participas-

se da diretoria no intuito de ajudar a

alavancar a Associação. Essa é a jus-

tificativa do criador para descrever

sua participação atuante junto à raça,

que há três anos o elegeu presidente

da Associação Brasileira dos Criadores

do cavalo Pônei. “O Pônei hoje é uma

paixão, crio com amor e responsabi-

lidade de propagar, investir no me-

lhoramento genético, abrir caminhos

no meio rural conquistando novos

criadores. 60% do grande sucesso

do turismo rural hoje é representado

pelo cavalo, nas cavalgadas, passeios

de charretes com pôneis, provas fun-

cionais, etc”, disse.

ProjetosO Haras Fazenda Nova inovou com a rea-

lização de vaquejada de pônei com mini boi,

grande sucesso da ranqueada do haras no

mês de novembro.

São muitos os projetos e novidades na

raça, começando com a inauguração da nova

sede da Associação em uma área nobre do

Parque da Gameleira, no final de 2011. “Com

o crescimento da raça as instalações não com-

portavam os trabalhos, com isso fizemos uma

sede adequada às normas do Ministério e com

melhor infra-estrutura. A raça Pônei tem muito

que agradecer aos grandes realizadores desse

sonho: O senador Aécio Neves, o Governador

de Minas Gerais Antônio Anastasia, o Vice-

-Governador de Minas Alberto Pinto Coelho,

o Deputado Estadual Diniz Pinheiro e o criador

André Aparecido. Essas pessoas acreditam na

força do agronegócio brasileiro e em sua ex-

pressiva participação no PIB do país e assim

contribuem com as raças e especialmente

com a Pônei, nessa grande conquista de ter-

mos hoje uma das melhores sedes dentre

todas as raças eqüinas e zebuínas do Brasil”,

agradeceu o criador.

“Outro grande sonho que está para ser re-

alizado até o fim do meu mandato é a integra-

ção entre o sistema de informática ao portal,

facilitando o contato do criador com a asso-

ciação. Importante também é a parceria com

o criador Fabrício Borges onde novos projetos

serão realizados a partir de 2012. Fabrício é um

grande criador, ex-presidente da ABCCPÔNEI e

na minha opinião o criador que melhor conhe-

ce a raça. Na maioria dos haras existem animais

que passaram pela sua seleção ou de sua cria-

ção no Haras Meninada”, concluiu.

34 Janeiro 2012 35Janeiro 2012

Page 19: Pôneis - Revista Mercado Rural · O Sistema FAEMG também participará de um projeto de promoção dos produtos agropecuários mineiros no âmbito da Copa do Mundo 2014. O objetivo

Grãos:Recorde da safra mineira é

confirmado em nova previsão

A projeção de um novo recorde na

produção mineira de grãos foi confir-

mada pelo terceiro levantamento da

safra 2011/2012, realizado pela Companhia

Nacional de Abastecimento (Conab). De acor-

do com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (Seapa), a estimativa de uma

colheita de 10,9 milhões de toneladas de

grãos representa aumento de 2,0% em rela-

ção à safra anterior.

Para o Brasil, a produção estimada é de

159,1 milhões de toneladas de grãos, volume

1,4% inferior ao registrado na safra 2010/2011.

O secretário de Agricultura, Elmiro Nasci-

mento, explica que a progressão prevista para

a safra mineira de grãos deve ser atribuída à

área plantada de 2,9 milhões de hectares. A

expansão estimada é de 1,2%. “O aumento

de produtividade de grãos nas lavouras de

Minas, da ordem de 0,8%, tam-

bém deve ser considerado”,

acrescenta o secretário.

Ele ainda observa que a cultura do mi-

lho segue liderando os resultados. A produ-

ção prevista é de 6,8 milhões de toneladas

do grão, volume 4,7% superior ao da safra

2010/2011.” A área plantada exclusivamen-

te com milho no Estado, da ordem de 1,3

milhões, tem crescimento previsto de 6,7%.

“Trata-se de um avanço considerável, pois o

índice de produtividade também é crescen-

te devido à tecnologia e às boas práticas de

produção utilizadas nas propriedades”, diz o

secretário.

A decisão dos agricultores em concentrar

suas forças na produção de milho ocorreu em

um período de sinalização de preços remune-

radores no mercado futuro, prossegue Nasci-

mento. “Os dados da Conab mostram que a

área da soja (1,0 milhão de hectares) terá uma

redução 2,3%, como consequência da opção

dos agricultores pelo cultivo de milho”.

O secretário considera também que a

produção de milho, em Minas Gerais, é be-

neficiada principalmente por um mercado

interno em ascensão, devido ao grande

consumo dos segmentos de produção de

aves, suínos e bovinos. “A demanda do mer-

cado externo é outro fator de estímulo ao

produtor”, finaliza.

36 Janeiro 2012 37Janeiro 2012

Page 20: Pôneis - Revista Mercado Rural · O Sistema FAEMG também participará de um projeto de promoção dos produtos agropecuários mineiros no âmbito da Copa do Mundo 2014. O objetivo

(IPT), que reúne em seu quadro associativo

usinas de preservação de madeiras, indús-

trias químicas e grandes usuários da ma-

deira tratada, defende a criação de um selo

de qualificação que comprovaria o devido

credenciamento de empresas do setor no

tocante aos aspectos técnicos e legais. De

uma forma resumida, para a obtenção do

direito de uso do selo de qualificação da

ABPM, a empresa submete-se voluntaria-

mente a auditorias que comprovarão a sua

regularidade para produzir madeira tratada

dentro dos rigores das normas técnicas em

vigor, e dentro de todas as exigências de se-

gurança ambiental e operacional.

A importância do uso de madeiras cul-

tivadas pelo setor da construção apoia-se

principalmente no fator hoje tão propagado

chamado sustentabilidade. As árvores, úni-

cas fábricas não poluentes do mundo, pro-

duzem a madeira, material construtivo obti-

do a partir de um recurso natural renovável

de ciclo curto. Reflorestamentos são con-

siderados verdadeiros poços de carbono,

que produzem madeira de qualidade apta

tecnologicamente a substituírem as madei-

ras oriundas das florestas tropicais nativas

nas suas diversas aplicações em sistemas

construtivos. Como se observa, além de se-

qüestradoras de carbono em grande escala,

as madeiras de reflorestamento, como alter-

nativa, contribuem com a conservação das

matas tropicais nativas pela simples redução

da demanda. Isto é sustentabilidade.

O Brasil ainda não possui uma cultura

do uso da madeira na construção, há uma

preferência nacional por alvenaria. Falta

entender que a madeira tem caráter re-

novável em relação ao tijolo, ao aço e ao

cimento, cuja fabricação demanda muita

energia e matéria-prima, além de exigir

mais do transporte por causa do peso.

Arquitetos, engenheiros e agrônomos

formados em países onde existe cultura

madeireira, têm na grade curricular a ma-

deira como material de construção, assim

como o concreto, o ferro e qualquer outro

tipo de material. Aqui no Brasil raramen-

te disciplinas que contemplam a madeira

como material de engenharia faz parte da

grade curricular das nossas universidades.

Talvez, essa falta de valorização seja expli-

cada pelo comodismo de quem sempre

pôde contar com imensa fartura relacio-

nada à enorme disponibilidade de madei-

ra proporcionada pelas matas nativas

*Flavio Carlos Geraldo, diretor da Associação Brasileira de Preservadores de Madeira

Madeira de reflorestamento na construção

A hora da virada

A utilização de madeira de eucalipto

e pinus na construção civil, também em

outros segmentos incluindo o ferroviário,

rural e elétrico, exige técnicas para preser-

var e proteger, garantindo uma durabili-

dade maior. Há como combater agentes

deterioradores que podem ser de natureza

química, física ou biológica. Estas técnicas

vão desde adoção de detalhes construtivos

e utilização, que impedem a ação destes

agentes, até adoção da aplicação de preser-

vativos de madeira por processos não indus-

triais como imersão simples, pincelamento,

pulverização, entre outros, ou por meio de

processos industriais, realizados por vácuo-

-pressão em autoclave e usinas de preserva-

ção de madeiras. A escolha de produto e do

processo depende do tipo de madeira e das

utilizações das mesmas. Podemos destacar,

por exemplo, que a madeira de eucalipto

sem tratamento dura menos de um ano, a

tratada no mínimo 15 anos.

Para estimular o uso da madeira de re-

florestamento, a Associação Brasileira de

Preservadores de Madeira estuda a criação

do Selo de Qualificação, contando com o

apoio do IPT. Para a criação deste selo as

usinas de preservação de madeira se sub-

meteriam a uma auditoria realizada por téc-

nicos do Instituto de Pesquisa Tecnológica

do Estado de São Paulo, considerando as

vertentes técnica e legal. Na vertente legal,

serão levantados em conta o atendimento

a todos os requisitos documentais, como

registros, licenciamentos, responsabilidade

técnica, etc. Já, na vertente técnica, serão

contemplados os atendimentos a treina-

mentos específicos, como o de operação

de uma UPM, aferições de equipamentos,

bombas, registros, assim como também

medidas de segurança operacional e am-

biental, entre outros. A ABPM tem uma fun-

ção fortemente orientativa e de interação

com os órgãos ambientais relacionados

com o segmento, como o Ibama, Secreta-

rias Estaduais de Meio Ambiente e prefeitu-

ras, além de deflagrar uma forte campanha

de divulgação junto aos mercados consu-

midores da madeira tratada objetivando di-

vulgar e mostrar as vantagens da utilização

da madeira tratada qualificada, traduzida

pelo binômio Legalidade (documentação e

registro do IBAMA) e Qualidade.

É importante destacar que a madeira

está presente nas construções como em

pisos, estruturas, paredes, decks, portas, es-

quadrias, entre outros. Mas, se repararmos

atentamente nos telhados, por exemplo,

veremos que a maioria é feito com madei-

ra nativa, ou seja, não tem como origem o

reflorestamento, não há como negar que

o mercado tem que se educar e substituir

de maneira ambientalmente adequada.

Uma certificação viria para agregar e valo-

rizar o produto e também as construções,

defendendo principalmente a preserva-

ção da madeira nativa. Telhado feito com madeira tratada.

denciam muitas usinas de tratamento de

madeiras, muitas vezes desprovidas de ins-

talações adequadas, a operar em condições

de igualdade com outras que observam

rigorosamente as exigências ambientais e

de segurança constantes dos textos legais.

O desequilíbrio é flagrante, que acarreta

uma situação comprometedora no merca-

do a partir do momento em que empresas

tecnicamente descredenciadas competem,

em igualdade de condições com respeito à

legalidade, com aquelas que arcaram com

o ônus da legalidade para entrar em opera-

ção. Todos perdem: o mercado, o ambiente

e o consumidor da madeira tratada.

A associação, fundada em 1969, na en-

tão Divisão de Madeira do Instituto de Pes-

quisa Tecnológica do Estado de São Paulo

Ao contrário de alguns mercados, o

qual, já é realidade a exigência por

determinados tipos de certifica-

ção como meio para o devido enquadra-

mento nos conceitos da sustentabilidade,

o emprego da madeira de reflorestamen-

to no segmento da construção civil, ainda

não conta com uma retaguarda de qualifi-

cação através de um selo que dê garantias

de origem ambientalmente correta.

Na prática os rigores hoje existentes nos

textos legais relacionados ao segmento de

preservação de madeiras e os procedimen-

tos para obtenção das licenças de operação

ou funcionamento de unidades industriais

do setor são de uma flexibilidade escan-

dalosa. O simples cadastramento, aliado

ao pagamento de taxas simbólicas, cre-

38 Janeiro 2012 39Janeiro 2012

Page 21: Pôneis - Revista Mercado Rural · O Sistema FAEMG também participará de um projeto de promoção dos produtos agropecuários mineiros no âmbito da Copa do Mundo 2014. O objetivo

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Horizonte. A Reserva Real contará também

com um centro comercial e empresarial

com serviços como farmácia, restaurante,

supermercado, lojas, entre outros.

Projetada há seis anos, a Reserva Real

está sendo implantada em uma área de

11 milhões de metros quadros e está

recebendo investimento da ordem de

R$ 2 bilhões. A Hípica Reserva Real, con-

domínio que terá centro equestre, ficará

pronta no início de 2012.

O empreendimento visa a atender a

uma demanda habitacional que surgirá na-

turalmente com a expansão imobiliária do

Vetor Norte da capital mineira, devido à pro-

ximidade do aeroporto-indústria, do Polo

Tecnológico de Belo Horizonte e do Centro

Administrativo do Estado. Além disso, está

inserido em uma área conhecida por sua

biodiversidade e que integra o rico e belo

ecossistema da serra do Cipó.

Complexo Hípico

A Hípica Reserva Real foi o primeiro

condomínio da Prime Community a ficar

pronto. As obras de infraestrutura urbana

concluídas em dezembro de 2011 e entre-

gue a seus moradores em janeiro de 2012,

tem como diferencial o Centro Equestre,

cujas obras serão finalizadas no fim de 2013.

O espaço contará com o maior campo de

polo de Minas Gerais, quatro pistas de areia,

uma pista coberta multiuso, raia de corrida

de um quarto de milha, trilhas para pas-

seios, baias, piquetes. Terá arquibancada e

infraestrutura completa para sediar eventos

nacionais e internacionais.

Fly-inO Design Resorts já tem a autorização

da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac)

para iniciar a construção da pista de pouso

do Fly-in Reserva Real. Batizada de aeródro-

mo Almirante Gago Coutinho, a pista de

pouso terá 1600m de extensão, capacidade

para receber aviões de até 20 toneladas e

contará com hangares privativos e coleti-

vos para seus moradores. “Nenhuma outra

comunidade fly-in da América Latina tem

essas proporções”, afirmou o comandante

José Luiz Paoliello, consultor de aviação da

Reserva Real contratado para liderar o proje-

to. Ele tem como missão desenvolver todas

as regras de funcionamento e procedimen-

Golfe Concebido a partir do modelo eu-

ropeu, no qual o campo de golfe se

adapta às características do solo e aos

obstáculos naturais do terreno, o Golf

Reserva Real terá um campo de golfe

championship com 18 buracos e infra-

estrutura necessária para atrair espor-

tistas de todo o mundo e para a reali-

zação de partidas e torneios nacionais

e internacionais.

O trabalho para a execução do cam-

po já começou e estão sendo feito o

acerto dos terrenos. A previsão é que o

campo esteja pronto em junho de 2013

e que o jogo inaugural seja realizado em

dezembro do mesmo ano.

tos do aeródromo, com particular atenção

para a segurança.

As obras começam em abril de 2012 e a

equipe está trabalhando com o rigor neces-

sário para atender à legislação do setor. São

essas exigências que garantirão segurança

aos futuros moradores do condomínio. “Es-

tamos cumprindo tudo o que está previsto

na legislação brasileira. Nossa intenção é

que, depois de construída, a pista do con-

domínio seja homologada e certificada

pela Anac”, informa Paoliello.

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42 Janeiro 2012

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Agrocentro comemora sucesso da

Feileite 2011Organizadores, expositores e criadores

comemoram o sucesso da Feileite 2011

– 5ª Feira Internacional da Cadeia Produ-

tiva do Leite, evento realizado no mês de novem-

bro, no Centro de Exposição Imigrantes, em São

Paulo. Segundo Décio Ribeiro, diretor do Agro-

centro, empresa organizadora do evento, além do

novo recorde de animais inscritos, de empresas

participantes e de leilões, o público – formado

por produtores e profissionais do setor – foi um

dos responsáveis pelo êxito do evento.

Este ano, a Feileite recebeu 25 mil visitantes

nos cinco dias de evento, 3 mil a mais que em

2010, e o número de empresas cresceu 25%. O

evento recebeu 2.600 animais das raças Gir Leitei-

ro, Girolando, Guzerá, Simental, Jersey, Holandês,

além de Búfalos.

De acordo com Décio Ribeiro, o sucesso da Fei-

leite 2011 reflete como o mercado está aquecido e,

também, como as indústrias estão desenvolvendo,

cada vez mais, tecnologia de ponta para o setor.

Destacou, ainda, o compromisso dos criadores em

melhorar seus rebanhos, atingindo níveis genéticos

que não ficam nada a dever aos países considera-

dos grandes produtores mundiais. “Os melhores

animais e a melhor tecnologia para pecuária nos

trópicos estão no Brasil e, claro, na Feileite”, diz.

Prova disso, acrescenta, é que para a edição

de 2012 o Agrocentro pretende ampliar a feira.

“Atualmente, ela ocupa somente a metade – 25

mil metros quadrados do grande pavilhão do

Centro de Exposições Imigrantes. Ano que vem, a

pedido dos expositores e, tendo em vista que vá-

rias empresas nos procuraram já interessadas na

6ª Feileite, vamos ocupar todos os 50 mil metros

quadrados”, antecipa Décio Ribeiro.

Bons negóciosEntre os expositores a opinião é unâ-

nime: o público da Feileite 2011 fez a di-

ferença e é exatamente o alvo de todas

elas. Todas destacaram a realização de

bons negócios e, principalmente a visi-

bilidade entre os visitantes e a promes-

sa de futuros contatos e, consequente-

mente, novos clientes. E garantem que

estarão presentes em 2012.

Quem define muito bem este momen-

to da Feileite e do setor é Fábio Fogaça,

gerente de Produto Leite Importado da

Alta Genetics: “a 5ª Feileite foi muito positi-

va em termos comerciais. Nas edições an-

teriores vínhamos chorar as dificuldades e,

este ano, passamos a comemorar o aque-

cimento do mercado. Nos três primeiros

dias já havíamos vendido o dobro do ano

passado. Medimos o público pelo aspecto

comercial, que foi muito bom, um público

formado, em sua maioria, por produtores, o

que fomentou as vendas. O lado técnico da

feira também merece destaque, com todas

as raças leiteiras muito bem representadas,

qualitativa e quantitativamente. Ano que

vem estaremos aqui comemorando mais

um bom período que vem pela frente”.

Segundo Felipe Escobar, gerente téc-

nico da Select Sires do Brasil, é a primeira

vez que a empresa participa da Feileite.

“Achamos muito interessante. Tivemos

um bom movimento de clientes, tradi-

cionais e novos, procurando por nossos

produtos, que são acessíveis ao grande,

médio ou pequeno criador. Pretende-

mos voltar em 2012.”

Rogério Rossi, gerente de Qualidade

Leite MSD Saúde Animal, conta que a em-

presa esteve ausente da Feileite em 2010

e retornou este ano. “Percebemos algumas

mudanças para melhor. Estamos satisfeitos.

Valeu a pena participar da edição 2011, pois

fizemos bons contatos e bons negócios. O

grande volume de animais expostos atraiu

muitos produtores, e isso é bom porque,

além de genética, eles procuram, também,

novas tecnologias desenvolvidas para o se-

tor produtivo”, explica.

“A Feileite é uma feira consagrada e

está cada vez melhor. É a grande vitrine de

genética, nutrição e saúde animal. A feira é

e será sempre um dos maiores e mais im-

portantes eventos do setor”, destaca Julia-

no Sabella, gerente de Marketing da Tortu-

ga. Declaração reforçada pelo seu colega,

o gerente de vendas Wyllian Gaed: “a Tor-

tuga veio para a Feileite envolvida e com-

prometida com o setor, e está satisfeita,

principalmente graças ao seu público, que

é especializado e muito interessado em

tudo o que a feira apresenta. É importante

ressaltar que recebemos, durante a feira, a

visita de grandes cooperativas de vários Es-

tados brasileiros. Diariamente, duas a três

Foto

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cooperativas trouxeram associados para

visitarem nosso estande”.

Para Douglas Ribeiro, diretor de Ma-

rketing Dow AgroSciences, o evento foi

“surpreendentemente positivo. É um feira

muito nova e percebemos que irá crescer

muito. Não é uma feira focada somente na

exposição de animais, mas também com

tecnologia, informação, principalmente,

através da realização de workshops, pre-

sença de muitas associações de criadores e

muita genética em pista. Para a Dow AgroS-

ciences, que estamos iniciando na pecuária

de leite, foi muito importante participar

dessa edição. Surpreendeu-nos, também,

o número de criadores que nos visitaram,

gente de Mato Grosso, Mato Grosso do

Sul, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul

e, claro, São Paulo. Todos sabem que, aqui,

vão encontrar o que é de ponta”.

Na opinião de Renato Nogueira, con-

sultor técnico Bovinos de Leite da Nutron,

esta edição da feira foi ótima, muito movi-

mentada. “O mais importante é que a Fei-

leite conseguiu resgatar o Estado de São

Paulo no cenário nacional do leite. Quero

destacar a realização da entrega do Troféu

Balde de Ouro, evento que a Nutron tem o

orgulho de participar como um dos patro-

cinadores e organizadores.”

A gerente de Produto Linha Leite da

Bayer, Milena Duran, disse que a cada edi-

ção a Feileite fica melhor e a deste ano su-

perou a do ano passado. “Para nós, o saldo

44 Janeiro 2012 45Janeiro 2012

Page 24: Pôneis - Revista Mercado Rural · O Sistema FAEMG também participará de um projeto de promoção dos produtos agropecuários mineiros no âmbito da Copa do Mundo 2014. O objetivo

foi positivo. Destaco o publico visitante, es-

pecializado, formado por produtores, inte-

ressado em novas tecnologias. É o público

que queremos atingir.”

Welington Shiroma, gerente regional

(São Paulo) da CRV Lagoa, afirma que a

Feileite tornou-se um grande canal de

comunicação e de marketing. “Por isso, te-

mos que estar presentes. A feira melhorou

muito, percebemos o aumento do públi-

co, principalmente de criadores e clientes,

mais segmentado, gente da cadeia do

leite, todos à procura de novidades. No-

tamos que, independente do porte do

criador, está havendo uma preocupação

maior com o melhoramento genético, o

que resultou uma procura maior por em-

briões nessa edição da feira.”

Henrique Rocha, gerente de Produto

Leite da C.R.I. Genética, declarou: “a feira é

espetacular, bem direcionada. Só vem aqui

quem é do setor. O público é interessado,

conhece as técnicas e tudo o que está

acontecendo. A procura por nossos pro-

dutos foi excelente, além das expectativas.

Merece destaque a participação de animais,

não só pela quantidade mas, principalmen-

te, pela excelente qualidade genética.

O gerente Comercial da Sulinox, Nober-

to Viegas, conta que a empresa participa da

Feileite desde a sua primeira edição: “apos-

tamos nessa feira, nossa participação vem

crescendo junto com ela e a cada ano apre-

sentamos novidades. Em 2011, por exem-

plo, além de novos produtos, trouxemos

as revendas de São Paulo para participar

conosco, porque nossa presença no Estado

está crescendo. Quero, também, ressaltar

o perfil do público que visitou a feira deste

ano, totalmente qualificado, formado por

produtores ou profissionais ligados ao cir-

Foto

: Gab

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cuito leiteiro. A Feileite foi uma aposta que

nós, da Sulinox, fizemos. Valeu a pena”.

Larry Nunes, diretor comercial da DLA,

do Grupo Gimenez, demonstrou surpresa:

“é a nossa primeira participação e surpre-

endeu-nos muito. A Feileite está reapro-

ximando todos os elos da cadeia leiteira.

Aqui, vemos uma perfeita integração entre

animais, criadores e indústrias. Para a Gi-

menez o saldo foi muito positivo, porque

o público presente é formado por pesso-

as de gestão do leite. Surpreendeu-nos o

número pessoas que está entrando na ati-

vidade agora. Isso é muito bom e mostra

que os criadores estão dando preferência

aos produtos das indústrias nacionais que,

além de melhores preços, oferecem me-

lhor assistência técnica, manutenção e fa-

cilidade de reposição de peças.”

Outra empresa que também participou

pela primeira vez da Feileite foi a Unipac

Embalagens Agroquímicas. Frank Kiyoto

Kikuchi, da área Comercial MG e SP, afirma

que a participação foi muito boa. “Serviu

de vitrine para nós que somos uma divisão

agropecuária da Unipac. Possibilitou um

contato mais próximo com nossos clien-

tes tradicionais, que são os lojistas, isto é,

as revendas agropecuárias e, consequen-

temente, com os criadores, que se mostra-

ram interessados nos nossos equipamentos

destinados à cadeia produtiva do leite.”

Para Evandro Garcia Lopes, gerente Re-

gional da Arenales, medicamentos homeo-

páticos, foi muito bom participar da Feileite

pela primeira vez. “Fizemos muitos contatos

e, aqui, realiza-se negócios mesmo. Alguns

criadores ainda não conheciam a home-

opatia, mas a receptividade foi muito boa.

Atendemos clientes tradicionais e fizemos

muitos novos clientes, fechamos negócios

e abrimos possibilidade para novos. Vamos

voltar no ano que vem”, garante.

A Nitral Urbana participou da Feileite

em 2009 e retornou este ano. “Estamos sa-

tisfeitos, fizemos bons negócios e bons con-

tatos, pois trata-se de um público focado,

exatamente o nosso alvo. vamos voltar na

feira de 2012”, informa Fernando Gomes de

Oliveira, gerente da Divisão Produção.

Quatro raças disputaram os torneios leiteiros da Feileite 2011

Os torneios leiteiros da Feileite 2011 – 5ª

Feira Internacional da Cadeia Produtiva do

Leite, contaram com a participação de qua-

tro raças: Gir Leiteiro, Girolando, Holandesa

e Simental.

Pela primeira vez, a raça Girolando reali-

zou um concurso leiteiro na mostra paulista.

O 1º Torneio Leiteiro da Raça Girolando da

Feileite reuniu 21 fêmeas, nas categorias no-

vilhas e vacas e por graus de sangue.

Depois de vencer a categoria Novilha, a

¾, sangue Girolando Germina Benta sagrou-

-se Grande Campeã do torneio, com média

diária de 78,397 kg de leite. Propriedade de

Bernardo Garcia de Araújo Jorge, recordista

da raça com média diária de 79,03 quilos de

leite, na Expolins 2011 – Exposição Agrope-

cuária de Lins Expolins, Germina bateu seu

próprio recorde na Feileite. A segunda co-

locada da categoria Novilha foi Natureza VI

Teatro da Origem, fêmea ½ sangue de pro-

priedade de Eneas Rodrigues Brum.

Enquanto isso, a campeã vaca geral

foi a fêmea a ½ sangue Fã Mergulhão,

propriedade de Geraldo Antonio de

Oliveira Marques, com produção média

diária de 73,677. A segunda colocada na

categoria foi a ¾ sangue Espadilha Tou-

ch, de Luis José Marrichi Biazzo.

Gir LeiteiroA vaca Gir Leiteiro Hassia FIV F. Mu-

tum, campeã da categoria Vaca Jovem,

foi a Grande Campeã do Torneio Leiteiro

da Feileite 2011. Propriedade de Léo Ma-

chado Ferreira, alcançou a média diária

de 48,390 quilos de leite. A Reservada

Grande Campeã foi Hadali FIV de Brasí-

lia, da Fazenda Brasília Agropecuária, de

São Pedro dos Ferros, MG, com média de

46,457 quilos de leite.

Na categoria Vaca Adulta a Campeã foi

Cartagena de Brasília, propriedade de José

Orlando Bordin, com média de 45,183 qui-

los de leite por dia. A Reservada Grande

Campeã foi Feliciana TE, da Bom Jardim da

Serra Agropecuária Ltda., com média de

42,810 quilos de leite por dia.

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: Zzn

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Na disputa da categoria Fêmea Jovem,

a Campeã, C.A. India TE, também conquis-

tou o título de Melhor Úbere. Propriedade

de Joaquim J.C. Noronha e outro Cond.,

produziu a média de 36,650 quilos de lei-

te. C. Africa FIV, de propriedade de Amilcar

Farid Yamin, sagrou-se a Reservada Gran-

de Campeã da categoria, com média de

35,840 quilos.

JerseyNa categoria até 36 meses, a Campeã

Jersey foi Gema Estância Bagagem Action,

propriedade da Cabanha da Maya (150

pontos). A Reservada foi LGM Simone BW

Country Katalina (FIV), exposta por Carlos

Augusto Assis de Lima (110 pontos)

Na categoria acima de 36 meses, a Cam-

peã foi Jaboticaba Ressurection Dania da

Lapinha, propriedade de Anselmo Vascon-

cellos Neto. A Reservada foi Jamily Dunkirk

Vânia da Lapinha (TE), propriedade de An-

selmo Vasconcellos Neto (110 pontos)

SimentalNo torneio leiteiro do Simental o desta-

que foi Ivana da Batatais, Grande Campeã,

com média diária de 63.310 kg de leite. A

matriz foi exposta por José Henrique Aleixo,

do Simental da Batatais, de Batatais, SP.

O governador de São Paulo Geraldo Alkmin marca presença no evento.

46 Janeiro 2012 47Janeiro 2012

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Leilões da Feileite 2011 faturam R$ 5,3 milhões

Os nove leilões de animais e genética

leiteira realizados durante a Feileite 2011 –

5ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva

do Leite venderam 231 lotes pela média

geral de R$ 22,965 e faturaram R$ 5,305 mi-

lhões. O resultado aponta um crescimento

de 50% comparado a 2010, quando a renda

dos seis leilões alcançou R$ 3,5 milhões.

O 1º Genética da Capital – Girolando,

realizado dia 31 de outubro, vendeu 27

fêmeas jovens premiadas na Megalei-

te 2011 e nas principais exposições do

ranking da raça no País por R$ 347.280 e

alcançou a média de R$12.862.

No mesmo dia, o 2º Noite das Cam-

peãs do Gir Leiteiro, vendeu 20,66 lotes

por R$ 358.640,00 e média de R$ 17.359.

O lote mais valorizado, dois terços da

propriedade da bezerra de seis meses,

SETB Conquista (66%), foi vendido por

R$ 27.200 para José Mario Abdo Miran-

da. A oferta foi de José M.M. Abdo, Lucia-

no Conceição e Jaymilton Gusmão.

O 5º Leilão Estância Silvania & Convi-

dados - 49 Anos de Seleção, de Gir Leiteiro,

promovido por Eduardo Falcão, dia 1º de

novembro, vendeu prenhezes e animais

de alto valor genético e com acasalamen-

tos diferenciados. O lote mais valorizado foi

20% do macho Iceberg FIV Silvania, de 35

meses, vendido por R$ 120.000 para Nova

Terra e Pecplan ABS. No total, o faturamento

dos 28,2 lotes ofertados rendeu R$ 866.000

e média de R$ 30.069.

Já o 2º Nação Girolando, vendeu 34

lotes, entre doadoras e futuras doadoras

selecionadas pelos promotores, reno-

mados criadores de destaque no cenário

nacional – por R$ 505.320.

Ainda no dia 2 de novembro, o Leilão

Gir Leiteiro Cinco Estrelas comercializou ge-

nética de criatórios brasileiros: Gir Veredas,

Fazendas do Basa, Fazenda Brasília Agrope-

cuária, Fazenda Calciolândia e Gir Mutum

Girolando. Ao todo, foram comercializados

15,5 lotes por R$ 1.043.000 e média de R$

67.290. O destaque em preço foi 50% da

propriedade da fêmea de 26 meses, Pro-

fana FIV Veredas (50%), oferta de Francisco

das Chagas, da Fazenda Vista Alegre, arre-

matada por Adonias Souza Santos, do Gir

Veredas, por R$ 426.000.

Dia 3 de novembro, o 2º Estrelas do

Jersey comercializou lotes selecionados,

de alto padrão genético e premiados

durante a Exposição Nacional da raça, na

Feileite. Ao todo, os 24 lotes comerciali-

zados renderam R$ 173.280.

Na mesma data, o 3º Mulheres do Gir

Leiteiro, que ofereceu uma seleção de

animais jovens, doadoras e produtos dos

melhores criatórios do País, vendeu 29,5

lotes por R$ 1.017.600 e média de R$

34.506. O destaque de preço foi 33,3%

de três fêmeas de 15 meses, ofertadas

por Ilza Helena Kefalás: Vaidosa Y da BX

(33.3%), Vaidosa Y da BX (33.3%) e Vaido-

sa Y da BX (33,35%). O comprador foi a

Estância Silvania que pagou R$ 40.000.

No dia 4 de novembro, encerrando a

agenda de leilões da Feileite 2011, ocorre-

ram dois leilões. O 2º Estrelas Nacionais da

Raça Holandesa vendeu 27 animais por R$

307.920 e média de 11.404. Já o Made in

Brazil, ofereceu genética do Gir Leiteiro dos

rebanhos de Miller Cresta de Melo e Silva,

Fazenda Ribeirão Grande, e Paulo Ricardo

Maximiano, Fazenda Córrego Branco. Os 25

lotes comercializados renderem R$ 685.920

e média de R$ 27.436. Hassia FIV F. Mutum

X Livre Acasalamento, oferta de Léo Macha-

do Ferreira, da Fazenda Mutum, lote mais

valorizado, foi arrematado por Carlos Jacob

Wallauer por R$ 62.400.

48 Janeiro 2012 49Janeiro 2012

Page 26: Pôneis - Revista Mercado Rural · O Sistema FAEMG também participará de um projeto de promoção dos produtos agropecuários mineiros no âmbito da Copa do Mundo 2014. O objetivo

Cristiano Lamego, o mercado está em fran-

ca expansão devido ao aumento de renda

da população no Brasil nos últimos anos.

“O consumidor passa a demandar cervejas

com maior valor agregado. Em Minas, o se-

tor tem crescido cerca de 25% ao ano e pro-

duz cerca de 800 mil litros por mês. Grande

parte destas empresas está investindo ou

pretende investir a curto prazo em aumen-

to de produção. Temos oito empresas no

setor em Minas Gerais, o que faz com que

Minas esteja em segundo lugar no Brasil,

perdendo apenas para Santa Catarina que

tem um número maior de empresas neste

segmento” explica Lamego.

O superintendente do Sindbebidas,

disse ainda que Minas Gerais está na van-

guarda pela quantidade de tipos de cerve-

ja artesanal. “Em estilos de cervejas Minas

está em primeiro lugar no lançamento de

estilos diferentes de cervejas. As cervejas

artesanais estão tendo uma grande acei-

tação pelo consumidor de Belo Horizonte.

Pela tradição dos bares, o consumidor da

capital anda sedento por novos tipos de

cervejas onde a qualidade é a principal

característica deste novo produto. Quase

todas as empresas estão investindo no lan-

çamento de cervejas engarrafadas, o que

aumenta o volume comercializado para

outros estados e para o exterior”, completa.

Com mercado crescente, Lamego

diz que a expectativa é de abertura de

mais microcervejarias no Estado nos

próximos anos e de uma possível forma-

lização do grande número de cervejei-

ros que produzem em pequena escala

e que ainda não são registrados. “Esses

cervejeiros estão aglutinados em uma

associação chamada Acerva Mineira, en-

tidade a qual trabalhamos em parceria e

acreditamos que eles possam se formali-

zar”, enfatiza Lamego.

O presidente da Associação dos

Cervejeiros Artesanais de Minas Gerais,

Acerva Mineira, ressalta que o mercado

de cervejas artesanais está em pleno

crescimento não só no Estado como

em todo o Brasil. “A criação da Acerva

Mineira em 2008, é o resultado desta

expansão e atualmente atua no promo-

ção deste crescimento. Somos uma as-

sociação sem fins lucrativos, constituída

por cervejeiros artesanais que tem como

objetivos difundir e aprimorar o estudo

das particularidades da cultura relacio-

nada à cerveja e sua produção artesanal.

Participam da associação não só produ-

tores artesanais de cerveja, mas também

entusiastas, curiosos, entendedores, es-

pecialistas e todos aqueles que desejam

propagar e a apoiar a cultura cervejeira”,

destaca Paulo Patrus.

Atualmente a Acerva Mineira conta

com 75 associados, mas o número de cer-

vejeiros artesanais no estado é bem maior,

pois a produção artesanal se espalhou e

hoje Minas tem verdadeiros polos cerve-

jeiros na Grande BH, Vale do Aço, Juiz de

Fora, Sul de Minas e Triângulo Mineiro.

O investimento para começar no ne-

gócio varia entre R$500,00 a R$1.000,00

na compra de equipamentos para usar a

produção como hobby, mas para se pro-

fissionalizar no negócio os valores são bem

mais expressivos.

Um projeto da prefeitura de Nova

Lima tem o objetivo de apoiar e incen-

tivar cervejeiro promovido pela Acerva

Mineira, criando leis e facilidades para a

instalação de novas cervejarias no muni-

cípio. “A produção dos cervejeiros artesa-

nais visa o consumo próprio, o hobby, a

curiosidade e a integração entre amigos.

Contudo, muitos já pensam em transfor-

mar o hobby em negócio, e desta forma

o apoio de projetos, como a proposta da

prefeitura de Nova Lima , são fundamen-

tais para propagação destas novas micro

cervejarias. Atualmente a Acerva Mineira

é uma verdadeira incubadora, um berço

de novas cervejarias, muitos já estão pla-

nejando suas próprios empreendimentos

cervejeiros”, completa Patrus.

Uma curiosidade das cervejas arte-

sanais é o uso de ingredientes típicos da

culinária e da cultura mineira. No último

concurso realizado pela Acerva Mineira, a

cerveja vencedora utilizou na sua receita

doce de leite e uma erva aromática, a se-

gunda colocada utilizou boldo em uma

infusão de cachaça e a terceira colocada

utilizou fumo de rolo na receita. São esses

diferencias mineiros que fazem da sua cer-

veja tão conhecida no Brasil.

Cervejas artesanais são aquelas produzidas

quase que de “forma caseira” e que utilizam

100% de malte puro em sua composição.

Várias micro-cervejarias mesmo utilizando equipa-

mentos modernos e engarrafando suas produções,

ainda assim são consideradas como cervejarias ar-

tesanais pelo cuidado que têm com sua produção,

indo desde os ingredientes básicos da cerveja, pas-

sando pela receita de preparo e chegando até aos

conservantes finais, que devem ser naturais e não

químicos.

Outras micro-cervejarias, ou cervejarias caseiras,

são realmente o que podemos chamar de artesa-

nais ao pé da letra. Utilizam equipamentos peque-

nos que cabem em qualquer cozinha, normalmente

não possuem engarrafadoras e guardam suas pro-

duções com garrafas de cerveja comum e rolhas.

Ao ouvir falar em cerveja artesanal pense em

cervejas mais bem cuidadas, com produções mais

restritas (mas não necessariamente pequenas), o

que leva a produtos com resultados finais muito in-

teressantes e diversificados.

De acordo com o superintendente executivo

do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em

Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas/MG),

cervejas artesanais

Cresce demanda por

em Minas Gerais

50 Janeiro 2012

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Turismo

Nesta primeira edição da seção de turismo da revista Mercado Rural, vamos dar uma dica de

turismo em Minas: a travessia Lapinha Tabuleiro, que foi narrada por Rodrigo Mello, da Agência Bela Geraes Turismo, que oferece passeios como esse na região da Serra do Cipó (MG). Uma ex-cursão organizada por Rodrigo viajou por três dias em uma das mais belas regiões de Minas e ele descreve para nossos leitores, um pouco das belezas e aventuras desse passeio.

“Nada demonstra melhor o espírito

mineiro que atravessar a Serra do Espi-

nhaço desde o lado oeste, Lapinha, até

o lado leste, Tabuleiro. Nos três dias e

duas noites do caminho, somos brinda-

dos por incríveis paisagens de monta-

nhas, com vegetação de matas ciliares

e campos rupestres, tudo ornamentado

por várias drenagens que formam o Rio

Parauninha, que desce sinuoso até en-

contrar o irmão mais famoso, o Rio Cipó.

Digo isso porque no caminho nos

brindaremos com a hospitalidade de

moradores locais como a Dona Ana Ben-

ta, 80 anos e Sr. José da Olinta, 76, que há

mais de 50 anos vivem nesse paraíso das

alturas. Suas casas simples são como pa-

lácios aconchegantes, que nos recebem

com o fogão à lenha sempre aceso, chei-

rinho bom de fumaça no ambiente e

banho sempre quente com a água pas-

sando pelas serpentinas, apesar da falta

de luz. Chegar cansado da caminhada

e descansar jogando conversa fora en-

quanto esperamos o jantar preparado

por eles, é um momento mágico que

nunca se apaga de nossas lembranças. E

suas histórias então? Ingleses procuran-

do diamantes, tropeiros levando todo

tipo de mercadorias para os dois lados

da serra, viajantes internacionais como

Saint Hilaire e outros, além de casos sim-

ples de nativos e caminhantes comuns.

O Sr. José da Olinta ainda faz um cafe-

zinho colhido, torrado e moído por ele

mesmo, onde um pouquinho de cravo

colocado no final da torrefação dá um

gosto todo especial que encanta todas

as pessoas que experimentam.

Nem precisava dizer que temos atra-

tivos naturais maravilhosos,

tanto em Lapinha, pequeno

vilarejo na margem de uma

lagoa artificial cujas águas,

além de formarem um visual

espetacular refletindo o azul do

céu, emoldurado pelas mon-

tanhas, onde atravessaremos a

barco até pinturas rupestres dei-

xadas pelos primeiros habitantes

de Minas há mais de 7000 anos,

como em Tabuleiro, outro vilarejo

encravado nas montanhas, que

nos apresenta a mais espetacular

e alta cachoeira de MG, com seus

273 metros de queda, onde tere-

mos a oportunidade de conhecer

por cima, no 2º dia de caminhada,

e por baixo, onde nadaremos em

seu enorme poço com quase 100 me-

tros de diâmetro no ultimo dia.

E a melhor notícia é que não é preci-

so ser nenhum super homem ou mulher

maravilha para percorrer seus quase 38

km de distância. Hoje é possível reservar

quartos nas duas casas ou contratar uma

mula para carregar nossas barracas, dei-

xando-nos leves e livres até para alcançar

o cume do Pico do Breu, com seus 1.687

metros de altitude e privilegiada visão pa-

norâmica de 360 graus de toda a região.

Várias empresas e guias ajudam-nos

a conquistar essa incrível experiência,

oferecendo o transporte a partir de Belo

Horizonte ou Aeroporto de Confins,

além de serviços de emergência e pri-

meiros socorros, mula cargueira, alimen-

tação e retorno, em diversos modelos e

roteiros, desde os mais despojados até

os mais confortáveis.

O importante é vivenciar essa ex-

periência única de atravessar a serra do

espinhaço e viver entre seus moradores

locais, dormindo e se alimentando com

eles, ouvindo suas histórias e lições de

vida, vendo sua paisagem única e sen-

tindo toda a atmosfera que relembra

nossos avós.”

LapinhaTabuleiro

Travessia

Cachoeira do Tabuleiro.

Mirante frontal da Cachoeira do Tabuleiro com grupo de turistas alemães.

Turistas alemães em frente a

Cachoeira do Tabuleiro.Início da descida.

*Rorigo MelloAgência Bela Geraes Turismo

A hospitalidade do morador

a espera dos turistas.

52 Janeiro 2012 53Janeiro 2012

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Lhamas pode oscilar de 150 a 200 quilos. Coberto

por pêlos com cores uniformes ou em man-

chas tem coloração que vai do marrom ao

preto ou branco. Também existem exempla-

res castanho-avermelhados, que ganham o

apelido de ‘carneiros vermelhos’.

Os lhamas são rústicos e vivem em

locais simples. Materiais que existem

na propriedade podem ser usados para

montar um abrigo. Alojamentos com

áreas que permitem ao lhama pastar e

se exercitar são os mais indicados.

A veterinária Melissa Almeida trabalha

com as lhamas desde 2005 e pondera que

a criação no Brasil não é rara, mas ainda pon-

tual. “As lhamas são facilmente encontradas

na região sul do país, onde estão muito bem

adaptadas devido à semelhança do clima

com seu país de origem. Mas além dessa

região podemos encontrar alguns criado-

res em Minas, Rio de Janeiro e São Paulo e

também no Nordeste onde alguns criadores

estão descobrindo uma oportunidade de

negócio na criação de lhamas”, disse.

De acordo com o médico veterinário,

Alexandre Armando, diretor comercial do

criadouro Científico e Cultural de Poços

de Caldas, a demanda por lhamas está

maior que a produção, filhotes estão sen-

do vendidos rapidamente. Em criadouros

a venda é feita somente sob reserva de

até 2 anos, dependendo da produção

de cada criador. ”A procura pelas lhamas

como animal exótico é para serem usadas

em hotéis fazendas, chácaras, ou também

como animais de companhia, uma vez

que quando criadas em sistema de ma-

madeiras ficam muito mansas. É possível

usá-las para trotar, com arreios próprios,

as lhamas agüentam até 60Kg, por isso

estão sendo usados para crianças em ho-

téis fazendas.”, disse.

Cresce procura por animal doméstico muito dócil e obediente, que produz carne magra e macia, além de lã para a confecção de roupas para o inverno

a presença é ainda rara. O número peque-

no de criadores, no entanto, não consegue

atender à demanda, que vem crescendo. A

procura é pela carne magra e macia, consi-

derada exótica, e presente, sobretudo nos

cardápios de restaurantes requintados.

Também há demanda pela lã, utilizada

para a elaboração de vestuário de inver-

no e pelo couro. O animal ainda é usado

como espécie ornamental. Estabelecimen-

tos de turismo rural são um dos promisso-

res canais de interesse pelo bicho.

A criação de lhamas no Brasil ainda é

uma atividade comercial nova, a produção

não consegue abastecer o mercado devido

ao pequeno número de criadores e a de-

manda não pára de crescer. Após um perí-

odo de gestação de 11 meses, nasce uma

cria que se mantém junto à mãe durante

cerca de dez meses, dependendo do tipo

da criação, pode-se criá-las na mamadeira,

deixando-as mansas de cabrestos, até mes-

mo como animais de companhia. É possível

o cruzamento com outros camelídeos ame-

ricanos; as crias são fecundas e recebem di-

ferentes nomes, como huarizos (quando se

cruza um macho de lhama com uma fêmea

de alpaca) e llamovicuñas.

De porte médio, o lhama adulto possui

de 1,4 a 2,4 metros de comprimento, com

cauda de 25 centímetros. A altura varia de 75

centímetros a 1,2 metro, enquanto o peso

Natural dos altiplanos andinos,

região compreendida do sul do

Peru ao noroeste da Argentina, o

lhama é resistente a temperaturas baixas

e a períodos de seca, tendo força para car-

regar 100 quilos por cerca de 20 quilôme-

tros de distância. Parente do camelo - am-

bos pertencem à família dos Camelídeos

-, o lhama já era utilizado como transporte

de carga pelo povo inca há mais de quatro

milênios. O animal é rústico, dócil, domes-

ticado e por isso, muito fácil de ser criado

em cativeiro. O animal andino vive até os

24 anos em média. Outras espécies próxi-

mas são a alpaca, a vicunha e o guanaco.

Apesar de habitar o Peru, Equador e

Bolívia, países próximos do Brasil, por aqui

Criações Exóticas

deficientes, e tem obtido excelentes resulta-

dos no exterior com crianças com paralisia

cerebral e disfunções como o autismo.

O preço médio de um animal varia

entre R$500,00 a R$6.000,00 de acordo

com idade, sexo e tamanho.

Alexandre destaca ainda que a facili-

dade na criação e manejo das lhamas é

seu grande diferencial e por ser um animal

exótico consegue-se agregar valor no ani-

mal. “As lhamas são animais super rústicos,

ruminantes, gostam de forragens, seus ali-

mentos preferidos são capins, cana de açú-

car, silagem, feno e ração bovina ou eqüina.

O custo pode ser comparado à criação de

ovinos laníferos. Os animais podem ser cria-

dos à pasto, sem necessidade de criá-los em

baias. Seu período de gestação é de 335 dias

(pouco mais de 11 meses) e o filhote nasce

Melissa pondera que além dessa

demanda citada por Alexandre, existem

mercados que são inexplorados no Bra-

sil como o têxtil ou o de “pet”, como é

observado em outros países. “No Brasil

lhamas não são criadas para corte, nem

para a produção de lã que pode ser uti-

lizada para a confecção de rédeas e ta-

petes, mas ela é considerada um subpro-

duto da criação”, ponderou a veterinária.

Outra característica das lhamas, segun-

do os especialistas, é a aptidão como ex-

celentes animais de guarda para rebanhos

caprinos e ovinos e também existem pes-

quisas com o uso do leite, que tem mostra-

do que ele pode ser um substituto do leite

humano e até auxiliar no tratamento de al-

gumas doenças. Além disso, as lhamas tam-

bém podem ser utilizadas na terapia com

com peso aproximado de 7 Kg, com desma-

me natural com seis meses”, completa.

A veterinária Melissa pondera ainda

que tem percebido um crescimento na de-

manda por esses exóticos animais, que vem

acompanhando um crescimento na oferta,

mas pode faltar mão de obra qualificada

para atender a uma crescente demanda

pelos animais. “Acredito que a criação de

lhamas no Brasil ainda está longe de atin-

gir seu potencial, principalmente no que

se refere à manejo e aproveitamento eco-

nômico. Ainda temos que melhorar muito

em capacitação de pessoal, de tratadores

á veterinários, para descobrir o verdadeiro

potencial desta espécie e quem sabe um

dia não cheguemos a ser exportadores para

nossos vizinhos, cuja economia dependem

tanto destes animais?”, finaliza.

54 Janeiro 2012 55Janeiro 2012

Page 29: Pôneis - Revista Mercado Rural · O Sistema FAEMG também participará de um projeto de promoção dos produtos agropecuários mineiros no âmbito da Copa do Mundo 2014. O objetivo

Falando de psitacídeos

pata esquerda para se alimentar. Para com-

pletar, essas aves possuem uma grande ha-

bilidade gustativa, sendo as aves que mais

condições têm para sentirem o gosto do

alimento. Quem tem um papagaio já deve

ter notado o hábito dele colocar a língua

nos alimentos. Esse hábito não só está re-

lacionado ao sentimento do seu gosto, mas

também a uma grande presença de célu-

las sensitivas na língua. Assim, ao fazer esse

movimento eles estão também sentindo a

textura dos alimentos .

A capacidade de muitas espécies fala-

rem, bem como a grande inteligência de

todos os membros desse grupo, é também

algo muito marcante. É importante ter em

mente que quando um papagaio fala, ele

apenas está imitando um som frequente-

mente repetido pelo seu dono. Entretanto,

é comum o papagaio associar uma palavra

a um acontecimento. Por exemplo, se sem-

pre que oferecemos comida falamos “que-

ro comer” o papagaio irá repetir essa frase

quando quiser se alimentar.

Por falar em alimentação, é importan-

te quebrar alguns conceitos em relação

à dieta ideal para esse grupo quando fora

de seu ambiente natural. De fato, a maioria

dessas aves na natureza tem as sementes

e frutos como a principal fonte alimentar.

Entretanto em cativeiro, da mesma maneira

feita com cães e gatos, devemos oferecer

Embora a palavra Psitacídeos, assuste

pelo nome, os integrantes desse gru-

po são super apreciados pelo público.

Trata-se de aves como os papagaios, araras,

calopsitas periquitos, entre outros. Na verda-

de esse grupo possui 406 diferentes espécies

distribuídas por todo o hemisfério sul nos

continentes americano, africano, asiático e

oceânico. O Brasil é o país com maior quan-

tidade de espécies com 72 representantes.

Outras aves muito famosas pertencentes aos

psitacídeos que está restrito a Oceania são as

cacatuas, conhecidas pela sua cor branca e

seu grande penacho na cabeça. A Calopsita

é o integrante mais conhecido dessa família.

A principal característica comum desse

grupo é o bico tipicamente curvo e próprio

para partir sementes e frutos duros. Sua ma-

xila é adaptada para possibilitar movimen-

tos extras que aumentam muito a potência

do bico. Outra característica exclusiva entre

todas as aves é o hábito de levar os alimen-

tos ao bico com as patas. Em todas as outras

aves o bico que vai até o alimento. O má-

ximo que ocorre é a contenção desse ali-

mento pela pata no chão, como ocorre por

exemplo com as aves de rapina. O mais in-

teressante nesse aspecto é que geralmente

os psitacídeos são canhotos, utilizando a

dade. O uso controlado

de girassol, em uma

dieta de papagaios

e especialmente de

araras, é não só ade-

quado, mas até mes-

mo recomendável em

alguns casos.

Com todas essas ha-

bilidades expostas e forne-

cendo uma alimentação adequada,

um papagaio ou outra espécie de psitací-

deo é um excelente animal de estimação.

Felizmente, hoje é possível adquirir qual-

quer dessas espécies naturais do Brasil

de forma totalmente legalizada e segura.

O IBAMA autoriza a criação de espécies

nascidas em cativeiro e a venda destas em

criatórios e lojas cadastradas. Essa venda

deve ser feita através de documento fiscal

que ateste a origem da ave. Assim, caso haja

uma fiscalização em uma residência com

uma ave legalizada, basta mostrar esse do-

cumento para a autoridade fiscalizadora. Na

internet podem ser localizados os principais

criadores legalizados de aves nacionais, que

não só podem vender papagaios, mas tam-

bém pássaros, tartarugas e outros animais

não domésticos.

problema estaria em parte resolvido, entre-

tanto isso não ocorre. O que sempre vemos

são aves comendo apenas o que preferem

deixando de lado o restante. Paralelamente,

todas as sementes são deficientes em vita-

minas, cálcio e demais minerais, exigindo

gastos extras para suplementação.

Cabe aqui fazer um destaque em relação

à semente de girassol. O consumo exagera-

do dessa semente é muito prejudicial aos

psitacídeos. Se fornecido como principal

fonte alimentar pode mesmo causar o óbi-

to precoce da ave, já que contém excessivas

quantidades de gordura e proteína, além de

baixas concentrações de vitaminas e mine-

rais. É importante destacar que um papagaio

bem alimentado vive em média 60 anos, po-

dendo viver até 90 em alguns casos. Assim,

se seu papagaio alimentado com girassol

morreu com 15 anos, ele viveu muito pou-

co. Considerando esses problemas, infeliz-

mente, muitos profissionais têm errado ao

informar que não se deve fornecer qualquer

quantidade de girassol para papagaios. Não

podemos esquecer entretanto que o giras-

sol possui uma das proteínas vegetais de

melhor qualidade e digestibilidade. Sua gor-

dura é muito rica em ácidos graxos poli-insa-

turados, sendo, portanto de excelente quali-

preferencialmente alimentos comerciais

balanceados. Como na natureza os animais

consomem maior quantidade de alimentos

do que no cativeiro, devemos neste caso

oferecer produtos com maior concentração

de nutrientes, especialmente se tratando

de vitaminas, minerais e aminoácidos.

No caso das sementes, quase todas

elas, apresentam deficiência de muitos nu-

trientes e excesso de outros. Uma mistura

de sementes bem elaborada, permite que

haja um melhor balanceamento de todos

os nutrientes. Isso porque a baixa quan-

tidade de certo nutriente em um grão é

corrigida pela quantidade excedente em

outro. Pois bem, se as aves consumissem

simultaneamente todas essas sementes, o

*Paulo Machado, biólogo e diretor técnico da Megazoo.

56 Janeiro 2012 57Janeiro 2012

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Exportação mensal do agronegócio mineiro quebra a barreira de US$ 1 bi

Pela primeira vez as exportações do

agronegócio mineiro superam a

receita mensal de US$ 1 bilhão. De

acordo com o Ministério de Desenvolvi-

mento Indústria e Comércio Exterior (MDIC),

o valor alcançado em novembro de 2011 foi

um pouco superior a essa marca, registran-

do um aumento de 32,90% em relação ao

resultado do décimo primeiro mês do ano

passado. A receita obtida com a comercia-

lização internacional dos produtos agrícolas

e pecuários, no mês, representou 26,5% do

resultado das exportações totais do Estado.

De acordo com a Secretaria de Agricul-

tura, Pecuária e Abastecimento de Minas

Gerais (Seapa), em novembro de 2011, o

café respondeu por 61,7% da cifra total das

vendas externas de produtos agrícolas e

pecuários de Minas. Segundo o secretário

Elmiro Nascimento, a cotação do produto,

que alcançou no mês U$ 5,1 mil a tonela-

da, teve uma progressão de 48,86% em re-

lação ao mesmo período do ano passado.

O secretário observa também que hou-

ve crescimento expressivo nas exportações

de açúcar, que alcançaram US$ 174,8 mi-

lhões, cifra 88,8% superior à registrada em

novembro de 2010, Neste caso destaca-se

também o incremento do preço médio,

que alcançou US$ 568,8 dólares por tone-

lada, crescimento de 28,47%. Além disso, a

soja em grão teve uma variação expressiva

no percentual de crescimento (858,9%),

pois alcançou a receita de US$ 20,1 milhões.

Nascimento ainda aponta, entre os

dados de novembro de 2011, os resulta-

dos obtidos pelo grupo de carnes, desta-

cando a bovina. Neste segmento, a recei-

ta foi de US$ 23,5 milhões, superior em

73,4% à registrada no décimo primeiro

mês de 2010. Já a carne de frango, com

receita de US$ 36,0 milhões, teve progres-

são de 20,3%. E a carne suína, com a re-

ceita de US$ 11,7 milhões, avançou 53,8%

sobre novembro do ano passado.

Valores acumuladosOs dados de janeiro a novembro mostram

que as exportações do agronegócio mineiro

alcançaram US$ 8,9 bilhões, um crescimento

de 29,5% em relação ao mesmo período de

2010. “Nesta avaliação, foi de 23,4% a participa-

ção dos produtos da agricultura e da pecuária

nas vendas internacionais de todos os setores

da economia estadual”, explica o secretário.

Ele acrescenta que os resultados dos

onze meses já superam os registrados em

todo o ano de 2010, que foram de US$ 7,6

bilhões. “A expectativa é de fecharmos o ano

com uma receita de exportações do agrone-

gócio mineiro da ordem de US$ 9,5 bilhões,

cifra que supera em 25,0% a do ano passado.”

Na comparação do período acumula-

do deste ano com o de 2010, o café apre-

senta uma receita de US$ 5,2 bilhões, ou

13,8% das exportações totais de Minas.

O açúcar também apresenta bom

desempenho na análise dos onze meses.

Receita de US$ 1,2 bilhão, ou 30,3% mais

que o valor obtido na comercialização de

janeiro a novembro de 2010.

A soja em grão, com uma receita de US$

315,7 milhões, apresentou crescimento de

21,0%, enquanto o farejo, ao registrar movi-

mento de US$ 173,8 milhões, evoluiu 147,8%.

Já o óleo alcançou US$ 96,8 milhões, que

equivalem a um crescimento de 33,9%

As exportações de frango mantiveram

bom desempenho no acumulado de ja-

neiro a novembro de 2011: receita de US$

299,1 milhões, cifra 32,5% superior à regis-

trada em idêntico período do ano passa-

do. Além disso, o secretário assinala os re-

sultados do grupo de couros e peleterias,

que alcançou crescimento de 184,3% ao

registrar vendas de US$ 99,8 milhões.

A maioria dos produtos que apresen-

tam expansão de receita também foi be-

neficiada, nos onze primeiros meses deste

ano, por aumentos dos preços médios no

mercado internacional.

58 Janeiro 2012 59Janeiro 2012

Page 31: Pôneis - Revista Mercado Rural · O Sistema FAEMG também participará de um projeto de promoção dos produtos agropecuários mineiros no âmbito da Copa do Mundo 2014. O objetivo

Mercado Pet

Uma questão para refletir

Leishmaniose Visceral Canina:

A leishmaniose constitui um grupo de do-

enças parasitárias de caráter zoonótico de

ampla distribuição geográfica, causada

por uma variedade de espécies de protozoários

pertencentes ao gênero Leishmania. Essa doença

afeta o homem e os animais, particularmente o

cão doméstico, e é motivo de pesquisa em várias

partes do mundo devido a sua gravidade.

A leishmaniose visceral canina é transmitida, no

Brasil, pela picada da fêmea de Lutzomyia longipalpis,

popularmente conhecida como flebotomíneo ou

mosquito-palha, infectada, que injeta o protozoário

na pele do hospedeiro vertebrado, principalmente o

homem e o cão. Inicialmente, era considerada uma

doença de caráter exclusivamente rural, entretanto,

a urbanização acelerada e o crescimento desordena-

do das cidades ocasionando a destruição ambiental,

têm sido apontados como principais causas para

ocorrência da leishmaniose visceral na área urbana.

O médico veterinário conta com uma série

de métodos de diagnóstico para auxiliá-lo na

conclusão da suspeita clínica da doença. Dentre

os principais testes sorológicos disponíveis utili-

zados na rotina, que detectam anticorpos contra

a leishmaniose, citam-se a Reação de Imunofluo-

PCR são hoje os métodos de diagnóstico mais

confiáveis da Leishmaniose Visceral Canina.

A estratégia de controle da Leishmaniose

Visceral é baseada na detecção e tratamento

dos casos humanos, o combate ao vetor, atra-

vés da aplicação de inseticidas e a detecção

dos cães positivos através do exame sorológi-

co, com a eliminação dos mesmos. O comba-

te ao vetor é defendido como a principal me-

dida para o controle da leishmaniose humana

e canina, com redução acentuada da doença

em diversos países que adotaram essa práti-

ca. O uso de inseticidas no interior das casas

e abrigos de animais é considerado eficiente

para reduzir a população peridoméstica dos

flebótomos e, consequentemente, a quebra

do ciclo da transmissão. A eutanásia de cães

soropositivos é uma medida de controle reco-

mendada pela Organização Mundial da Saúde

(OMS), contudo, a própria entidade reconhece

que existem cães de grande valor afetivo, eco-

nômico e prático, e por isso não podem ser

indiscriminadamente eliminados. A vacinação

de cães comprovadamente negativos consti-

tui uma medida importante para controle da

leishmaniose visceral no homem e nos ani-

mais, pois interrompe o ciclo da transmissão a

partir do momento que diminui o número de

hospedeiros susceptíveis.

As questões sobre a Leishmaniose Visceral

Canina envolvem aspectos sociais, afetivos e

de saúde pública, e todo o segmento da socie-

dade precisa estar envolvida. Outras medidas

sanitárias como a dedetização sistemática dos

ambientes domiciliares e a vacinação devem

ser estabelecidas em detrimento da eutanásia

indiscriminada dos cães. Cabe destacar ainda a

importância da continuidade das pesquisas e a

busca de novas formas de controle da Leishma-

niose Visceral Canina no Brasil e no mundo.

*Juliana Lara, Médica veterinária CRMV: 10908Hertape Calier Saúde Animal SA

rescência Indireta (RIFI) e a Análise de Imunoad-

sorção por Ligação Enzimática (ELISA).

Outros testes de diagnósticos disponíveis in-

cluem a pesquisa direta do parasita a partir de bióp-

sias de tecidos ou aspirados de líquidos corporais.

O teste parasitológico mais simples utilizado pelos

veterinários é a identificação microscópica das for-

mas amastigotas da leishmaniose, a partir da con-

fecção em lâminas de esfregaços, coletados pela

aspiração da medula óssea ou do linfonodo. Outras

formas de diagnóstico é o isolamento do parasito

através de culturas, in vitro, ou a detecção do DNA

do protozoário pela técnica do PCR, realizada a partir

de amostras de vários tipos, como aspirados de me-

dula óssea, sangue, linfonodos e tecidos. A pesquisa

direta do parasita ou os testes moleculares como o

Lutzomyia longipalpis

As principais manifestações clínicas da Leishmaniose Visceral Canina são

aumentos dos linfonodos, caquexia (enfraquecimento

crônico do animal), lesões cutâneas ao redor dos

olhos, dermatite descamativa, hiperqueratoses,

úlceras com aspecto de queimaduras, nódulos subcutâneos

e erosões (mais frequentes na ponta da orelha e focinho),

aumento exagerado das unhas, anemia, aumento do baço e

fígado, disfunção renal, hemorragia nasal, lesões oculares e

poliartrites. Aproximadamente 50% dos cães infectados são

assintomáticos, o que sugere a existência de animais resistentes

ou com infecção recente na população. Cães infectados, mesmo

assintomáticos, podem apresentar grande quantidade de parasitos

na pele, o que favorece a infecção do inseto vetor, permanecendo

um elo no ciclo biológico da doença. Outros animais possuem

sintomas discretos e inespecíficos como aumento dos linfonodos,

pequena perda de peso e ou pelo opaco, e são considerados

oligossintomáticos. Aqueles que apresentam todos ou alguns dos

sintomas citados acima são considerados sintomáticos.

60 Janeiro 2012 61Janeiro 2012

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No dia 19 de dezembro de 2011, criadores, au-toridades e a diretoria da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Pônei (ABCCPônei) estiveram reunidos para inaugurar a nova sede da Associação, no Parque da Gameleira , em Belo Horizonte.

Na ocasião, o presidente da ABCCPÔNEI, Pedro Corrêa, ressaltou com alegria a grande conquista para a raça, em inaugurar um novo espaço de traba-lho, mais adequado às normas do Ministério e com melhor infra-estrutura para atender os criadores.

De casa nova a ABCPônei comemora o cresci-mento da raça e promete começar o ano de 2012 com muitos projetos e entusiasmo. O criador e di-retor comercial da revista Mercado Rural, Marcelo Lamounier esteve presente no evento participando desse importante momento junto aos amigos cria-dores de pônei.

No dia em que a ABCCPonei inaugurava a sede

nova, criadores e familiares se reuniram na Casa do

Criador, também no Parque da Gameleira , em Belo

Horizonte, para brindar o ano de 2011 e as importantes

conquistas para a raça, que apresentou crescimento de

mais de 30% no ano.

O evento foi marcado pela descontração e alegria

dos criadores, o que reforça como a raça Pônei é unida!

ABCCPônei de sede nova.

Raça Pônei brinda 2011.

Guilherme Diniz, Marcelo Lamounier, Pedro Correa, Mendelssohn Vasconcelos, George Marinuzzi, Murilo Torres, Ataide Assis Ataíde, Fabrício Borges, André Aparecido Oliveira, e Elísio Gesualdo.

Rodrigues Sousa, Valdênia Oliveira, Ismael Ferreira, Alice Silva, Regiane Sousa, Estefânia Rodrigues e Fabrício.

Cláudia Serrano, Elísio Gesualdo, Marcelo Lamounier, Murilo Torres e Renata Gesualdo.

Flávia Henriques, George Marinuzzi, Cláudia e Elisio Gesualdo.

Pedro Correa, Guilherme Diniz e Fabrício Borges.

Sabrina, Osvaldo Diniz, Juliana Fernandes e Guilherme Diniz.

Elísio Gesualdo, George Marinuzzi, Guilherme Diniz, André Aparecido Oliveira, Pedro Corrêa e Fabrício Borges.

Murilo Torres, Guilherme Diniz, Irisvaldo Teixeira, Pedro Corrêa, Fabrício Borges e Elísio Gesualdo.

Mendelssohn Vasconcelos e Pedro Corrêa.

Guilherme Diniz e Pedro Correa.

Isabel Camargo e Alexandre Camargo. Dr. Ataide Assis Ataíde.

Ricardo Figueiredo, Mendelssohn Vasconcelos, Gil Pereira e André Aparecido Oliveira.

Anderson Racilan e Irisvaldo Teixeira.

Figueiredo, André Aparecido Oliveira e Mendelssohn Vasconcelos.

Tassiana Kelen, Fabrício Borges, Ana Daniele e Marlene Torres.

Felipe Camargos e Taiana Karen. Luciana, Davi e Túlio Rezende.Fo

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Evento / Inauguração Evento / Confraternização

Janeiro 2012 6362 Janeiro 2012

Page 33: Pôneis - Revista Mercado Rural · O Sistema FAEMG também participará de um projeto de promoção dos produtos agropecuários mineiros no âmbito da Copa do Mundo 2014. O objetivo

O recém formado Grupo de Criado-res de Simental Brasileiro, que conta com experientes criadores da raça, está traba-lhando firme nos seus objetivos selecio-

Para os amantes dos animais de estima-ção que deixam seus cães sozinhos durante a maior parte do dia ou para aquelas pesso-as que muitas vezes não possuem animais por esse mesmo motivo, acaba de ser inau-gurada em Belo Horizonte a creche para cães Maternau, no bairro Sion.

Com o conceito exclusivo de uma creche para cães, a Maternau conta com áreas livres para recreação, brinquedos e estruturas de diversão, caminhadas externas, espaço de descanso, monito-res treinados, alimentação aconselhada pelo dono, assistência veterinária, higie-nização a seco na saída ou banho, dentre outros mimos para os clientes.

nando animais adaptados às condi-ções de pastos tropicais e subtropicais.

Os integrantes do grupo partici-pam do programa de melhoramento genético da Associação Brasileira de Criadores das Raças Simental. Os ani-mais não podem ser estabulados ou superalimentados , assim como é proi-bido usar técnicas que mascaram as reais características dos animais , como, por exemplo, a tosquia. O objetivo é oferecer ao mercado animais produti-vos e realmente adaptados ao campo.

No mês de setembro o grupo pro-

SImEnTALGrupo de Criadores de Simental Brasileiro movimenta a raça

novo conceito de creche para cães chega à Belo horizonte

A Associação Mineira de Aves Exóticas (AMAE), filiada à Federação Ornitológica do Brasil (FOB), reuniu seus sócios criadores e familiares,em Belo Horizonte, no dia 16 de dezembro em grande jantar de confraternização de final de ano. A entidade que em 2011 dobrou seu número de associados, brindou seu merecido sucesso. A AMAE foi campeã na primeira etapa do campeonato brasileiro onde participam periquitos australianos, agapornes e outros psitacídeos exóticos.

A senadora Kátia Abreu foi re-eleita para a presidência da Confe-deração da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Ela foi reconduzida ao cargo pelo Conselho de Repre-sentantes da Entidade. Kátia era ti-tular da chapa única formada para a eleição e comandará a CNA pelo triênio 2012-2014.

“Foram três anos de muita luta e de bons resultados. Ago-ra vamos continuar trabalhando para trazer segurança jurídica ao produtor rural, contribuir para a geração de emprego, de Produ-

O ano de 2011 em Uberlândia/MG foi marca-do por grandes aconteci-mentos para o mercado agropecuário. Inserido na programação oficial da Exposição Agro-pecuária da Cidade – CAMARU 2011, o já tradicional Encontro de Criadores realizado na Fazenda Morro Alto II, mostrou inúmeros tra-balhos técnicos científicos inovadores, sempre na busca de melhor desempenho de bovinos a pasto e com alto nível de adaptabilidade, em especial da raça Brahman. Foram apresentados animais que re-presentam os avanços do rebanho Uberbrahman, iniciada a II PGP Coletiva UberBrahman/ABCZ e como ponto alto houve a assinatura do convênio com entre UFERSA e FRUTAB AGRICOLA AS.

AmAE brinda 2011

uBErBrAhmAn de olho no futuro

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moveu em Uberlandia a primeira mostra de Simental brasileiro que inovou com um modelo de julgamento muito diferen-te do tradicional. “Os animais foram ava-liados por muitos juízes que não levaram em consideração apenas seu fenótipo , mas sim todas as informações produtivas e reprodutivas disponíveis”, comentou o criador Mário Aguiar, o Mamado.

Outra novidade na raça é que depois de dez anos de jejum, no mês de outu-bro terminou a participação do Simental na prova de ganho de peso do Instituto de Zootecnia de Sertãozinho/SP. Com 22 animais na prova, os três primeiros luga-res foram conquistados por animais de criadores do Grupo Simental Brasileiro.

Em 2011,o presidente da Asso-ciação de Frigoríficos de Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal (Afrig) Silvio Silveira, foi homenageado pelo Sistema da Federação das Indústrias de Minas Gerais, em comemoração ao Dia da Indústria.

Silvio Silveira, Presidente da AFrIG, foi homenageado pela FIEmG em comemoração ao Dia da Indústria.

Silvio recebeu a Me-dalha do Mérito Industrial, como empresário desta-que do ramo frigorífico mineiro. Além dele, outros 35 empresários também foram homenageados em diversos ramos de atuação. A instituição outorgou o título de Industrial do Ano ao empresário e presiden-te da Confederação Nacio-

nal da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. Como principal agraciado da noite, Andrade discursou representan-do os demais homenageados.

O governador do Estado, Antônio Anastasia, participou da entrega das homenagens.

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Kátia Abreu é reeleita na CnASenadora permanece no comando da confederação até 2014

to Interno Bruto (PIB), e mostrar aos brasileiros e ao mundo que somos a maior e mais barata agricultura do planeta”, afirmou após a eleição. A senadora é primeira mulher a comandar a CNA e representa 5,175 milhões de produtores rurais.

Além da presidente, senado-ra Kátia Abreu, compõem a nova Diretoria do triênio 2012-2014, o 1º vice-presidente, João Martins da Silva Júnior (BA) ; o Vice-Pre-sidente de Finanças, José Mário Schreiner (GO); o Vice-Presidente Executivo, Fábio de Salles Meirel-les Filho (MG) ; e o Vice-Presidente Secretário, José Zeferino Pedroso (SC). Os cargos de vice-presiden-tes diretores serão ocupados por Assuero Doca Veronez (AC), Car-los Rivaci Sperotto (RS), Eduardo Riedel (MS), Júlio da Silva Rocha Júnior (ES) e José Ramos Torres de Melo Filho (CE).

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8º Leilão Mancha Crioula e I Expo Nacional Tobianos, Oveiros e Bragados - Gramado/RS

Leilão Anual Gado Holandes Reg. Faz. Vista Bonita e convidados - Bom Jesus dos Perdões/SP

2ª FAESE - Feira Agropecuária do Estado de Sergipe- Aracaju/SE

Expoinel Minas 2012- Uberaba/MG

Leilão da Solidariedade 20120 - Araçatuba/SP

Show Rural Coopavel 2012 - Cascavel/PR

Leilão Satisfação Guzerá - Aracaju/SE

Leilão Raças do Criador - Aracaju/SE

Leilão Elite Nelore Goes - Aracaju/SE

Liquidação Total Fazenda Serra Negra - Guimarânia/MG

FEINCO 2012 - 9ª Feira Internacional de Caprinos e Ovinos- São Paulo/SP

Festa Nacional da Uva 2012- Caxias do Sul/RS

XXII Exposição Herdeiros da Raça - Pará de Minas/MG

Expodireto Cotrijal 2012- Não me Toque/RS

49° EXPOPASSOS- Passos/MG

Expoagro Afubra 2012- Rio Pardo/RS

Leilão Anual Fazenda Cayuaba com 26 anos de seleção - Entre Rio de Minas/MG

2º LEILÃO TRUE TYPE - Fazenda São João - Inhaúma/MG

2° Leilão Girolando Registrados Bioverdeagro (PROJETO INTEGRALAT) - Unaí/MG

Halab da Bonsucesso (Quark da Col X Baraka TE da Bonsucesso), de propriedade de Michel Caro e Patri-cia Zancaner Caro, de Guararapes/ SP, sagrou-se o Grande Campeão do Programa de Avaliação Total.

Com MGT de 20,08 ele é Top 0,1%, o Halab possui a melhor avaliação ge-nética da ANCP (Associação Nacional dos Criadores e Pesquisadores) da sa-fra 2009 da Fazenda Bonsucesso, “ele possui uma régua de DEP muito boa e bastante equilibrada. Filho da Baraka TE da Bonsucesso com o Quark da Col ele representa linhagens muito produtivas da raça Nelore ( Rambo MN , Diamon BONS, Itaú ZEB e Ícaro SC (Golias) e Zefec “, comentou Michel Caro.

Após ser anunciado vencedor da prova, o Halab da Bonsucesso, com idade de 2 anos, foi contratado pela Central Alta Genetics onde terá, em breve, seu material genético disponi-bilizado para o mercado da pecuária de corte em busca de genética produ-tiva no Brasil.

Touro halab da Bonsucesso vence Programa de Avaliação Total

Agenda Rural

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