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1 PLHIS - PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL ABADIA DE GOIÁS GOIÁS 2012

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PLHIS - PLANO LOCAL DE

HABITAÇÃO DE

INTERESSE SOCIAL

ABADIA DE GOIÁS – GOIÁS

2012

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PLHIS - PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE

INTERESSE SOCIAL

Contrato Administrativo nº 024/2009

ABADIA DE GOIÁS - GO

PUBLIC-CONSULTORIA FINANCEIRA E

HABITACIONAL LTDA

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Presidente da República Federativa do Brasil

DILMA VANA ROUSSEFF

Ministro das Cidades

AGUINALDO VELLOSO BORGES RIBEIRO

Prefeito Municipal de Abadia de Goiás

VALDECI SALVIANO MENDONÇA

Secretaria Municipal de Administração

NEYLON TEIXEIRA FALEIRO

Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social

NEYLON TEIXEIRA FALEIRO

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FICHA TÉCNICA DAS EQUIPES

ETM – Equipe Técnica Municipal

Neylon Teixeira Faleiro

Secretário de Administração

Coordenador

Fabiana Costa Ribeiro Morais

Assistente Administrativo

Membro

Luzia Correia Dias Borges

Chefe Departamento do Idoso

Membro

Divino Alves dos Santos

Vice-Prefeito

Membro

Luciana de Oliveira Silva

Assistente Social

Membro

Juraci de Jesus Damaceno de Oliveira

Ator Social

Membro

Willian Antonio de Andrade

Vereador

Membro

Wellinton Antonio da Silva

Setor Produtivo

Membro

Lucélia Batista da Silva

Ator Social

Membro

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CPA – Coordenadores dos Pontos de Apoio

Valdezi de O. Pires

Região I

Adenismar A. Borges

Região II

Vair Ferreira da Mota

Região III

Sebastião Ribeiro de Souza

Região IV

Daria Alves Rodrigues

Região V

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ETC – Equipe Técnica Contratada

Rogério de Moraes Souza

Arquiteto Urbanista

Coordenador Geral do PLHIS

Luciana Helena Alves da Silva Fregonezi

Arquiteta Urbanista – CAU 58005-8

Coordenação do PLHIS

Alessandra Marina Nahas

Arquiteta Urbanista

Assistente da Coordenação e Elaboração do Diagnóstico Habitacional

Célia Maria Branco Gillet Miguel da Silva

Pedagoga /Técnica Social - Registro 64764

Supervisão/Organização e Capacitação da ETM e dos Pontos de Apoio

Aparecida Vieira da Silva

Assistente Social – CRESS – 2812

Aglutinação dos atores sociais e sociedade civil.

Clebiana Pimenta Gouvêa

Psicóloga –CRP – 09/1050

Apoio e Formatação do Diagnóstico e Estratégias de Ações

Cristiane Santana Carneiro

Administradora de Empresa – Registro – 64764

Apoio e Formatação do Diagnóstico e Estratégias de Ações

Daniel Mael Sussuarama Silva

Advogado – OAB – 26.265

Formatação Jurídica/Projeto de Lei

Shayene Fernandes Borges

Estagiária em Geografia e Direito

Apoio Técnico e Coleta de Dados

Ana Júlia Rodrigues

Estagiária em Arquitetura e Urbanismo

Ordenamento Cartográfico

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ÍNDICE

PRODUTO 1 – PROPOSTA METODOLÓGICA 11

APRESENTAÇÃO 13

INTRODUÇÃO 14

JUSTIFICATIVA 19

1. PROPOSTA METODOLÓGICA 22

1.1. Histórico do Município de Abadia de Goiás 22

1.1.1. Clima 22

1.1.2. Flora 22

1.1.3. Fauna 22

1.1.4. Índices do Município 22

1.1.5. Indicadores 23

1.2. Objetivos 25

1.2.1. Objetivo Geral 25

1.2.2. Objetivos Específicos 25

1.3. Proposta Metodológica para Elaboração do PLHIS de Abadia de Goiás 27

1.3.1. Equipes Envolvidas e Atribuições 28

1.3.2. Infraestrutura e Apoio Logístico da Contratante 30

1.3.3. Procedimentos 31

1.3.3.1. Produto 1 31

1.3.3.2. Produto 2 32

1.3.3.3. Produto 3 37

1.3.4. Quadro Geral de Atividades 39

1.3.5. Indicadores de Avaliação dos Resultados 40

1.4. Considerações Finais 46

RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO TÉCNICO 47

PRODUTO 2 – DIAGNÓSTICO HABITACIONAL 56

APRESENTAÇÃO 58

2. DIAGNÓSTICO HABITACIONAL DE ABADIA DE GOIÁS 60

2.1. Contexto 60

2.1.1. Inserção Regional e Características do Município 60

A. O Contexto Regional 60

B. História do Lugar: o processo de ocupação 63

B1. A Cultura de Morar 66

B2. Perfil Municipal Institucional e Regional 67

C. Demografia 68

D. Projeção 71

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E. Habitação 74

F. Assentamentos Precários: Favelas, Loteamentos clandestinos ou

irregulares 77

2.1.2. Atores Sociais e suas Capacidades 78

2.1.2.1. Planejamento e Resultados sobre a Divulgação do Produto 79

A. Objetivos 79

B. Ação 80

C. Material utilizado para a divulgação 80

D. Resultados 80

2.1.3. Planejamento e resultados das reuniões do Produto 2 do PLHIS 81

A. Objetivos 81

B. Para a pactuação do Produto 2 do PLHIS 81

C. Pauta da Reunião 81

C1. Apresentação do Produto 2 do PLHIS 81

C2. Pactuação do Produto 2 do PLHIS 81

D. Resultados das reuniões: Apresentação e pactuação do PLHIS 82

2.1.4. Condições Institucionais e Administrativas do Setor Habitacional 84

A. Da Estrutura Organizacional do Setor Habitacional 84

B. Do Quadro de Funcionários 84

C. Dos Equipamentos e Máquinas 85

2.1.5. Marcos Legais e Regulatórios 85

A. Âmbito de Regulação da Legislação Federal 85

B. Legislação Urbanística Municipal 87

C. Legislação Estadual para aprovação de empreendimentos

habitacionais 90

D. Incidência da Legislação Patrimonial da União 91

2.1.6. Oferta Habitacional 92

2.1.6.1. Unidades Habitacionais de Interesse Social Produzidas ou

em Fase de Produção 92

A. Componente 1: Tipos de Oferta em HIS 92

2.2. Necessidades Habitacionais 94

2.2.1. Precariedade Habitacional 94

2.2.2. Déficit Habitacional Qualitativo e Quantitativo 94

A. Conceituação 94

2.2.3. Incremento de estoque 95

2.2.4. Reposição de estoque 95

2.2.5. Inadequação de domicílios 96

A. Carência de Infraestrutura 96

B. Adensamento excessivo 97

C. Questão fundiária 97

D. Outras inadequações domiciliares 97

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2.2.6. Resultado do Déficit Habitacional em Abadia de Goiás 98

2.2.7. Cálculo da Demanda Demográfica Futura 99

2.2.8. Produção Habitacional: alternativas, padrões e custos 100

2.2.9. Quadro Geral das Necessidades Habitacionais 101

2.3. Fontes de Recursos Existentes e Potenciais Para Financiamento do Setor

Habitacional 103

2.4. Sistematização do Diagnóstico do Setor Habitacional 105

PRODUTO 3 – ESTRATÉGIAS DE AÇÃO 107

INTRODUÇÃO 109

3. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO 112

3.1. Princípios, Objetivos e Diretrizes Orientadores 112

3.1.1. Princípios 112

3.1.2. Objetivos 112

3.1.2.1. Geral 112

3.1.2.2. Específicos 113

3.1.3. Diretrizes 115

3.2. Linhas Programáticas, Programas e Ações 117

3.2.1. LPA-1 Integração Urbana de Assentamentos Precários e Informais 117

3.2.1.1. P1A - Programa Para Regularização Fundiária de

Assentamentos Precários Urbanos 118

3.2.1.2. P2A - Programa para Regularização Fundiária de

Assentamentos Informais 118

3.2.2. LPA-2 Linha Programática e de Atendimento Produção e Aquisição

Habitacional 119

3.2.3. LPA-3 Linha Programática e de Atendimento Apoio e Melhoria da

Unidade Habitacional 120

3.2.3.1 Programa P3A - Autopromoção Habitacional Assistida 121

3.2.3.2 Programa P3B - Oferta de Serviços de Assistência Técnica 122

3.2.4. LPA-4 Linha Programática e de Atendimento Desenvolvimento

Institucional 122

3.3. Linhas Programáticas a serem Implementadas pelo Município 125

3.3.1. Critérios utilizados para priorização do atendimento por linha

programática 129

3.4. Condições Normativas e Institucionais: Metas Prioritárias 131

3.4.1. Condições Normativas 131

3.4.2. Condições Institucionais 132

3.4.2.1. Estrutura Administrativa do Poder Executivo 133

3.4.2.2. Prestação de Contas e Relatórios de Gestão 134

3.4.2.3. Participação e Controle Social 134

3.4.2.4. Corpo Técnico Profissional do Município 135

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3.4.2.5. Parcerias 136

3.5. Metas, Recursos e Fontes de Financiamento 138

3.6. Monitoramento, Avaliação e Revisão do PLHIS 139

3.6.1. Monitoramento 140

3.7. Comentários e Recomendações 143

CONCLUSÃO 145

BIBLIOGRAFIA 147

ANEXOS 150

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PREFEITURA MUNICIPAL DE

ABADIA DE GOIÁS - GO

PRODUTO 01

PUBLIC-CONSULTORIA FINANCEIRA E

HABITACIONAL LTDA

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PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL • ABADIA DE GOIÁS • GO

Produto 1 • Proposta Metodológica

PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL • PLHIS • ABADIA DE GOIÁS • GO

MINISTÉRIO DAS CIDADES • CAIXA ECONÔMICA FEDERAL • PREFEITURA MUNICIPAL DE ABADIA DE GOIÁS • PUBLIC

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APRESENTAÇÃO

A presente proposta tem no seu conteúdo as definições estabelecidas aos

procedimentos do PLHIS e mecanismo de efetivação da participação da sociedade, através

dos atores sociais e no processo de construção do plano e o cumprimento dos serviços

técnicos contratados entre a empresa inscrita no CNPJ sob o numero 10.755.814/0001-90,

situada a Rua Pelágio Luciano Alves, Quadra 20, Lote 18, Parque Izabel, Abadia de Goiás /GO

e o Município de Abadia de Goiás - GO, com sede Rua João Batista da Trindade Nº 900 -

Centro - Abadia de Goiás - GO, pautado pelas disposições contratuais e pelo Termo de

Referência constante do processo licitatório qualificado no Processo Administrativo nº

024/2009, o qual trata da elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social do

Município de Abadia de Goiás, que se divide em três etapas:

-Produto 1 – Proposta Metodológica;

- Produto 2 – Diagnóstico do Setor Habitacional e;

- Produto 3 – Estratégias de Ação.

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INTRODUÇÃO

A etapa, que ora se apresenta, refere-se ao Produto 1 – Proposta Metodológica do

Plano Local de Habitação de Interesse Social do Município de Abadia de Goiás, que indica à

estrutura de desenvolvimento dos trabalhos que nortearão os procedimentos dos produtos

posteriores, quais sejam:

- Produto 2 – Diagnóstico do Setor Habitacional;

- Produto 3 – Estratégias de Ação.

A questão da moradia tem sido problema vital para o homem e preocupação para o

poder público, em todos os níveis. O direito à moradia é reconhecido como um direito

humano em diversas declarações e tratados internacionais dos quais os Estado Brasileiro é

signatário, em especial a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 (artigo XXV

item 1).

Estudos do Ministério das Cidades, em documento que trata da Política Nacional de

Habitação, dão conta de que no Brasil existem “mais de sete milhões de famílias que

precisam de moradias novas, além de 10 milhões de domicílios com problemas de

infraestrutura básica”. As carências habitacionais são mais visíveis e mais gritantes nas áreas

urbanas, que concentram 92% do déficit habitacional brasileiro, segundo a mesma fonte.

Em um breve histórico pode-se dizer que os caminhos da política habitacional no país

têm sido marcados por mudanças na concepção e no modelo de intervenção do poder

público no setor. Senão, vejamos.

A primeira política nacional de habitação – Fundação da Casa Popular – foi criada em

1946; esta se revelou ineficaz devido à falta de recursos e às regras de financiamento

estabelecidas, o que comprometeu o seu desempenho no atendimento à demanda. Em

1940 a população urbana era de 26.34% 2001, já era de 81.20% acarretando uma explosão

de favelas e crescimento das periferias pobres, causando uma sobreposição do drama

urbano que causa uma tragédia ambiental. Como exemplo a periferia na Cidade de São

Paulo chega há 6% ao ano relegado sem saneamento e urbanização.

A partir de 1964, foi implementado pelo Banco Nacional de Habitação (BNH) outro

modelo de política habitacional que se baseava em um conjunto de características que

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deixaram marcas importantes na estrutura desse setor. Essas características podem ser

identificadas a partir dos seguintes elementos:

Criação de um sistema de financiamento que permitiu a captação de recursos

específicos e subsidiados, o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) e o

Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE);

Criação e operacionalização de um conjunto de programas que estabeleceram, em

nível central, as diretrizes gerais a serem seguidas, de forma descentralizada, pelos

órgãos executivos;

Criação de uma agenda de redistribuição dos recursos, que funcionou principalmente

em nível regional, a partir de critérios definidos centralmente;

Criação de uma rede de agências, nos estados da federação, responsáveis pela

operação direta das políticas e fortemente dependentes das diretrizes e dos recursos

estabelecidos pelo órgão central.

Apesar dos avanços, o modelo proposto não foi bem sucedido, e o BNH acabou extinto

em agosto de 1986, quando as suas atribuições foram transferidas para a Caixa Econômica

Federal, que permanecendo na área de habitação, no entanto, vinculada ao Ministério do

Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (MDU), cuja competência abrangia as políticas:

habitacional, de saneamento básico, de desenvolvimento urbano e do meio ambiente,

enquanto que a Caixa, instituição gestora dos recursos financeiros, estava vinculada ao

Ministério da Fazenda.

Em março de 1987, o MDU foi transformado em Ministério da

Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente (MHU), que acumulava, além das competências do

antigo MDU, a gestão das políticas de transportes urbanos, e a incorporação da Caixa

Econômica Federal. Em setembro de 1988, ocorreram novas alterações: foi criado o

Ministério da Habitação e do Bem-Estar Social (MBES).

O processo de descentralização, um dos pontos principais da Constituição de 1988,

facilitou a redefinição de competências, passando a ser atribuição dos Estados e Municípios

a gestão dos programas sociais, e dentre eles o de habitação, seja por iniciativa própria, seja

por adesão a algum programa proposto por outro nível de governo, seja por imposição

Constitucional.

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Em março de 1989, o MBES foi extinto e criada a Secretaria Especial de Habitação e

Ação Comunitária (SEAC), sob competência do Ministério do Interior. As atividades

financeiras do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e a Caixa Econômica Federal (CEF)

passaram a ser vinculadas ao Ministério da Fazenda. Esse modelo permitiu maior autonomia

dos governos estaduais e municipais, que deixaram de ser apenas executores da política. No

entanto, a utilização dos recursos do FGTS em quantidade que superava suas reais

disponibilidades financeiras afetou as possibilidades de expansão do financiamento

habitacional, levando à sua suspensão temporária, ficando os programas na dependência de

disponibilidades financeiras, a fundo perdido, de recurso da União. Os governos estaduais e

municipais tomaram iniciativas no desenvolvimento de ações locais, baseadas em modelos

alternativo principalmente os programas de urbanização e regularização de favelas e de

loteamentos periféricos.

Em 1990, a escassez de áreas para assentamento, tornou-se dramática, com isto

houve uma segregação para as áreas ribeirinhas, matas, mananciais, encostas de florestas

foram aos poucos sendo ocupadas.

Em 1994, o Governo Federal colocou como prioridade a conclusão das obras iniciadas

na gestão anterior e lança os programas Habitar Brasil e Morar Município, com recursos

oriundos do Orçamento Geral da União e do Imposto Provisório sobre Movimentação

Financeira (IPMF). O montante de investimentos realizados, porém, ficou abaixo das

expectativas, como consequência do contingenciamento de recursos impostos pelo Plano

Real.

Em 1995 houve reforma no setor da política habitacional: foi extinto o Ministério do

Bem-Estar Social e criada a Secretaria de Política Urbana (SEPURB) no âmbito do Ministério

do Planejamento e Orçamento (MPO). Embora tenha mostrado, de inicio, intenções

reformadoras, a ação da SEPURB caracterizou-se por uma retração do setor institucional.

A transformação da SEPURB em Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano

(SEDU) não trouxe mudanças significativas nesse processo; as áreas de habitação e do

desenvolvimento urbano permaneceram sem contar com recursos financeiros expressivos e

sem capacidade institucional de gestão, no plano federal.

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Nesse período, foram criadas novas linhas de financiamento, tomando como base

projetos de iniciativa dos governos estaduais e municipais, com sua concessão estabelecida

a partir de um conjunto de critérios técnicos de projetos e, ainda, a partir da sua capacidade

de pagamento. No entanto, foi imposta significativa restrição ao financiamento do setor

público para a realização de empréstimos habitacionais, seja pela restrição dos aportes de

recursos do Orçamento Geral da União (OGU), seja pelo impedimento da utilização dos

recursos do FGTS para esse fim. Isso restringiu principalmente as possibilidades de

financiamento federal à regularização e urbanização de assentamentos precários, já que os

programas de oferta de novas unidades habitacionais puderam ser viabilizados por meio de

financiamento do setor privado, como ocorre no âmbito do Programa de Arrendamento

Residencial (PAR), ou por meio de empréstimos individuais, como o Programa Carta de

Crédito.

Em 2003 o Governo Federal criou o Ministério das Cidades, que passou a ser o órgão

responsável pela Política do Desenvolvimento Urbano e, dentro dela, pela Política Setorial de

Habitação. Integram o Ministério das Cidades: a Secretaria Nacional de Habitação, a

Secretaria Nacional de Programas Urbanos, a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental

e a Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana. A partir daí a “Política de

Habitação se inscreve dentro da concepção de desenvolvimento urbano integrado, no qual a

habitação não se restringe a casa, incorpora o direito à infraestrutura, saneamento

ambiental, mobilidade e transporte coletivo, equipamentos e serviços urbanos e sociais,

buscando garantir o direito à cidade”.

Em 2004, foi aprovada pelo Conselho das Cidades a Política Nacional de Habitação

PNH, principal instrumento de orientação das estratégias e das ações a serem

implementadas pelo governo federal.

Segundo o próprio documento, a PNH é coerente com a Constituição Federal que

considera a habitação um direito do cidadão, porque estabelece a função da propriedade e

com diretrizes do atual governo, que preconiza a inclusão social, a gestão participativa e

democrática. Neste sentido, visa promover as condições de moradia digna a todos os

segmentos da população, especialmente o de baixa renda, contribuindo, assim para a

inclusão social.

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Nesse sentido, o desenvolvimento deste Produto um, orientou-se pelas disposições do

Contrato firmado entre as partes, no Termo de Referência – do Edital da Tomada de Preços

nº. 0024/2009.

Em Reuniões de trabalho realizadas no mês de outubro período de entre 20 dezembro

de 2009 a 18 de janeiro de 2010, entre a equipe técnica da Public – Consultoria Financeira e

Habitacional Ltda., e a equipe técnica do município, definiram-se como diretrizes gerais na

construção da proposta:

I. O incentivo à Gestão Democrática;

II. A adoção de Mecanismos de Monitoramento e Controle Social

III. O favorecimento de uma Rede de Apoio e Recursos destinados à habitação de interesse

social, bem como às questões afetadas a infraestrutura básica da habitabilidade.

Este documento é constituído além da introdução, por:

a. Justificativa;

b. Prevê panorama da formação territorial e situação atual do Município de Abadia de

Goiás;

c. Objetivos divididos em geral e específicos;

d. É na Proposta metodológica que serão desenvolvidas as atividades, que recursos

serão necessários, que instrumento serão utilizados, quais procedimentos serão

adotados, como serão executados as etapas e os produtos, as equipes envolvidas e

suas atribuições; a infraestrutura física e apoio logístico necessários para se atingir

os objetivos almejado;

e. Considerações finais;

f. Cronograma de execução;

g. Bibliografia.

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JUSTIFICATIVA

A desigualdade social é a falta de políticas públicas e um dos fatores fundamentais

para o surgimento e o agravamento da crise de moradias, a dinâmica habitacional não pode

ser avaliada apenas a partir da ótica da distribuição de renda. Mesmo nos países

desenvolvidos, em que os rendimentos se distribuem com maior equidade, a intervenção

pública no campo da moradia tem sido fundamental para garantir o acesso universal a esse

bem.

Daí a necessidade de que os governos disponham de instrumental administrativo,

técnico, institucional e político apropriado para atuarem de forma mais eficiente nesse

setor. Considerando que a intervenção no meio físico com obras de engenharia, arquitetura

ou paisagismo, não é o suficiente para a inclusão social as ações emergentes da política

urbana em áreas deterioradas, ocupações ilegais, marcados pela pobreza homogênea não

dispensará a contribuição de toda a sociedade: educadores, médicos, assistentes sociais,

sociólogos, psicólogos, economistas, advogados entre outros para assegurar a reversão da

exclusão social presente nessas ocupações.

Verifica - se assim, a necessidade de integração efetiva entre a política habitacional, a

política urbana e as políticas sociais de um modo geral. Isso faz com que, além da

possibilidade da produção direta de novas unidades habitacionais a intervenção também

atinja outras dimensões como:

Fundiária: visando a oferta da terra em quantidade suficiente, com melhoria na

qualidade dos serviços e com localização adequada e não excludente do ponto de vista

social. Ampliação de pontos turísticos, visualizando pontos estratégicos e melhorando a

acessibilidade dos mesmos, sendo que a região está localizada em uma grande região de

recursos hídricos. Com grandes potencialidades para uso do turismo;

Econômica: visando a criação de linhas especiais de financiamento que facilitem o

acesso ao crédito de longo prazo, principalmente para empregar e capacitar às famílias de

baixa renda. Aumentando o numero de empresas formais;

Urbanística: reduzir os efeitos causados pelo crescimento urbano desordenado,

irregular e clandestino. Com agravamento das problemáticas ambientais e das desigualdades

sócio-espaciais. A falta de legislação de uso e ocupação do solo, que a traz restrição da

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oferta de terra, para habitações de baixa renda. Acesso à água tratada me de sistema de

saneamento básico a toda população urbana;

Social: que atenda às demandas para uma inserção social real, com serviços e

equipamentos disponibilizados à população usuária da Política Habitacional;

Pedagógicas: para que a população tenha acesso à inclusão via educação formal.

Cursos profissionalizantes e técnicos para ter melhores profissionais nas diversas áreas de

interesses sociais;

Ambiental: À medida que a urbanização cresce, a terra se torna escassa e as áreas de

riscos vão sendo ocupadas. E as faixas que seriam de proteção ambiental (córregos, mata

ciliares e mananciais) estão sendo ocupadas. No sentido de se reduzir os impactos negativos

e maximizar os positivos, promovendo o desenvolvimento de forma harmônica e

sustentável, mantendo áreas verdes IN Natura e planejando novas áreas ambientais dentro

do perímetro urbano;

Institucional: apontar os principais atores sociais e agentes envolvidos que atuam na

questão habitacional e meio ambiente do município. Equipe profissional capacitada e

qualificada, para que possa orientar as nas áreas da habitação social, e interferindo nas

construções em áreas de riscos, como as de fundo de vales.

A adoção de padrões urbanísticos, não condizentes com a realidade gera a

impossibilidade da população que acamam por gerar irregularidades na possibilidade da

população. Com isto acaba por gerar irregularidades sistemáticas na produção de moradias

para os segmentos dos estratos sociais de baixa renda. Esta perspectiva, é que apresenta à

Prefeitura de Abadia de Goiás, o Produto 1 do PLHIS – Abadia de Goiás.

A partir de ações compartilhadas com diversos segmentos da sociedade; entre eles:

atores sociais representativos na questão habitacional e do meio ambiente. Com isto espera-

se contribuir para a com as famílias de baixa renda para serem beneficiadas, melhorando a

qualidade de vida e aumentando sua autoestima, para que possam participar como sujeitos,

sendo protagonistas de todos os processos de construção e transformação de sua realidade

de inserção social. Porque a moradia dignifica o homem na sociedade.

Os eixos estratégicos da Política Habitacional Nacional e suas ações norteiam o PLHIS –

Abadia de Goiás, e com forte incidência, já que o acesso à moradia é a base fundamental

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para o exercício de outros direitos. Por outro lado, deve-se lembrar de que a participação da

popular é também um dos pontos fortes da Política Habitacional em curso. Assim sendo, a

democratização das políticas públicas é uma meta importante que vem sendo perseguida e é

precisamente o trabalho sócio-educativo desenvolvido junto à população, que propiciará

acúmulos importantes a sociedade.

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1. PROPOSTA METODOLÓGICA

1.1. Histórico do Município de Abadia de Goiás - GO

Abadia de Goiás foi fundada por volta do ano de 1953 e elevado a categoria de

município no ano de 1995 pela Lei estadual 12.799, sendo desmembrado de Aragoiânia e

fazendo limites com Goiânia, Guapo, Trindade e Aragoiânia

Abadia de Goiás ficou conhecida mundialmente pelo césio 137, porque lá, encontram-

se os resíduos do acidente de Goiânia, a 1 km do centro urbano da cidade, aglomerados em

caixas metálicas subterrâneas. A densidade demográfica (hab/Km²) 43,02.

A distância do município para a capital do Estado é de 10 Km.

1.1.1. Clima:

O município tem clima classificado como tropical úmido; com grande concentração

hídrica, com estação chuvosa no verão e seca no inverno. Sua temperatura média anual esta

em torno de 30°C, e a temperatura de 37° e a mínima de 18 °C. A sede do município está a

Oeste do estado de Goiás, na carta cartográfica de 16° 45 e 26° de latitude sul e 49° 26 e 15°

latitude oeste Sua altitude é de 898m.

1.1.2. Flora:

Predominam a do cerrado em sua diversa fisiomas, tais como o cerrado, campo do

cerrado, campo limpo e campo sujo, pequenas florestas tropicais e abrange uma variedade

de espécies do cerrado; jatobá, pequi, mama cadela e ipê.

1.1.3. Fauna:

Caracterizada pelo cerrado e composta de animais de vida noturnas e subterrâneas

que são adaptadas aos diversos tipos de vegetação encontrada e de ambiente aberto, como

tamanduá, emas, tatus, seriemas, cutias e macacos. (espaçamento entre vírgulas).

1.1.4. Índices do município:

População – 6.301 habitantes – (2009);

Taxa de crescimento: 18.04%;

PIB – 2004 á 2005 – 11,83%;

PIB municipal apresentou em 2005 valores de R$ (mil) 22.860,50;

Renda domiciliar per capita – R$ 205,25% indústria e pecuária:

Taxa de crescimento de receita tributaria, demonstra crescimento;

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Com índice de 81,43% apresentando um grande avanço;

Grau de desenvolvimento humano – IDH – 0,742% (2000);

Índice da GINE – 0,53% (2000);

Taxa de analfabetismo – 11,97% (2000);

Taxa de mortalidade infantil – 27.7% (2000);

Esperança de vida ao nascer - 67,58% (2000);

Cadastro único – 396 famílias;

Estimativas de famílias pobres que moram na região – 279;

Bolsa família – renda de R$ 60,00 á R$ 120,00;

Invasão – 01, localizada no Setor Jardim Itarumã

Residências particulares urbanas – 854;

Residenciais particulares rurais – 544;

Residências de coabitações – 189;

Residências sem banheiro – 80;

Numero de eleitores – 5.429(2008);

População feminina urbana – 1.588 (2007);

População masculina urbana – 1.508;

População feminina rural – 861;

População masculina rural – 1014;

Agência bancaria – 01 – Banco do Brasil;

Agência do Correio – 01;

Agência lotérica -01;

Rendimento médio (R$) 737,42 (2008);

Número de bairros – 29;

Número de empregos formais 209 (2009);

Casas doadas pela prefeitura – 120;

Utilização de terras - área – 9.295;

Efetivos de aves – 7.500 cabeças;

Efetivos de bovinos – 15.400 cabeças;

Efetivos de vacas ordenhadas - cabeças – 1.700;

Efetivos de suínos – cabeças -1,560;

Produção de grãos – 2.280 toneladas;

Produção de frutos pra comercialização – água de coco;

Abacate, manga, figo, limão, banana e mamão.

1.1.5. Indicadores:

Água – o município tem 56,80% de domicílios atendidos com água tratada.

Esgotamento sanitário - a população é servida por fossas sépticas 0,21 % de rede.

Iluminação pública – atendimento de 99,50% e 80% na Zona rural.

Coleta de lixo – 100% de atendimento.

Pavimentação – 80% de atendimento.

Aterro sanitário - 01

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Transporte – intermunicipal com uma empresa e 3 pontos de táxi.

Meios de comunicação: Televisão, Rádio, Correios, Internet, Telefonia fixa e celular.

Saúde:

Posto de saúde – 02

Hospital Público - 01

Laboratório – 01

Farmácias particulares - 03

Leitos disponíveis –

Doenças de veiculação hídrica: Dengue, Febre amarela, Doenças infecciosas e parasitares.

Educação:

Escolas municipais - 07; Escolas estaduais – 01; Creche - 02; Biblioteca – 02; Alunos matriculados – 1.800; Salas de aulas – 47; Docentes – 150 Cultura , esporte e lazer: Ginásio de esporte - 01; Estádio gramado - 01; Campo de futebol - 01; Praças públicas - 04 Parques infantis - 03; Feiras - 02. Turismo: CNEM – Depósito dos resíduos do Césio 137; Igreja Católica; Córrego das Pedras; Pousada Tucano; Represa Industria: O município tem um polo de indústrias (confecção, fábrica de artefatos de concreto, marmoraria e laticínio);

O Município Lei de Criação do FMHIS com o nº 060 /2008 e já constituiu o seu Conselho Gestor.

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1.2. Objetivos

1.2.1. Objetivo Geral

A elaboração do Plano de Habitação de Interesse Social do Município de Abadia de

Goiás tem como objetivo maior, a consolidação do planejamento habitacional, urbanístico e

ambiental dentro da ação municipal, referente à produção de moradia num determinado

espaço de tempo, considerando os instrumentos locais do ciclo de gestão orçamentário

financeiro.

A primeira etapa da elaboração do referido Plano-Produto do 1 – Proposta

Metodológica, tem como objetivo propor à estrutura as duas etapas posteriores que

norteará procedimentos e definição dos conteúdos que estabelecerá como proposta que

deverá ser pactuada com a sociedade, com vistas a pautar o desenvolvimento dos

procedimentos posteriores os quais culminarão na elaboração do Produto 3 – Estratégias de

Ação, por sua vez, consiste na definição de mecanismo para resolver os principais problemas

urbanísticos e especialmente no que se refere à habitação de interesse social.

1.2.2. Objetivos Específicos

A elaboração do Plano de Habitação de Interesse Social do Município de Abadia de

Goiás tem como objetivos específicos:

Levantar a existência de carência do município quanto às legislações urbanistas

dentro do artigo 182 da Constituição Federal que estabelece uma política

desenvolvimento urbano, executada pelo poder publico municipal, conforme

diretrizes gerais em lei, que tem objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das

funções sociais da cidade e garantir o bem estar para seus habitantes e do entorno,

do qual todos compõem.

Realizar o diagnóstico do setor Habitacional do Município de Abadia de Goiás, por

meio de levantamento de dados e informações técnicas;

Elaborar a Estratégia de Ação que representará o texto final do Plano de Habitação

de Interesse Social do Município de Abadia de Goiás.

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O Produto 1, primeira etapa da elaboração do PLHIS – Abadia de Goiás, tem como

objetivos específicos:

Identificar a estrutura de coordenação e organização dos trabalhos na esfera municipal;

Capacitar e Identificar as atribuições e responsabilidades da equipe técnica do município

que é constituída por agentes sociais e urbanísticos, voltados para a questão habitacional

e meio ambiente. Com representantes do poder publico executivo e legislativo;

Identificar as atribuições e responsabilidades dos consultores em cada etapa do trabalho;

Apontar os procedimentos para execução das etapas e produtos do Plano indicando as

fontes a serem consultadas;

Definir a estratégia de comunicação, mobilização e participação da população, bem como

a identificação dos diferentes atores e agentes representativos voltados para a questão

habitacional e do meio ambiente urbano;

Definir as formas de dar publicidade ao inicio e ao término dos trabalhos com a

apresentação da equipe e dos mecanismos de participação e de acesso às informações

com a estrutura que o município oferece, como: (carro de som, convites, chamadas pela

rádio local e sessões da Câmara municipal);

Identificar a forma de articulação como outros programas e ações nas esferas municipais,

estadual, e federal;

Apresentar o cronograma de eventos e discussão com a sociedade por meio do

mapeamento das atividades, utilizando os equipamentos disponíveis do município,

através de reuniões participativas com os agentes sociais, que são multiplicadores de

opinião, convites, chamadas e divulgação pelo rádio, carro de som e sessões plenárias da

câmara municipal;

No planejamento das ações, serão propostos dois aspectos fundamentais, sendo eles: o

Social e Urbanístico com igualdades de importância;

Com vista que as organizações sociais refletem realidades físicas – territorial que será

indispensável os debates sigam por estes dois caminhos Social e Urbanístico;

Elaborar o cronograma físico-financeiro para cada etapa produto 1, 2 e 3.

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1.3. Proposta Metodológica para Elaboração do PLHIS de Abadia de Goiás

Como foco conceitual a Estratégia de Ação contemplará todo o território Municipal,

buscando a garantia da função social, da propriedade e a gestão democrática e participativa.

Visando ainda alcançar o aperfeiçoamento do sistema de planejamento e gestão municipal

na questão habitacional e urbanística, sobretudo no que diz respeito à organização do

território e integração das atividades realizadas nas áreas urbanas e não urbanas para a

promoção da inclusão social e territorial.

O plano habitacional conterá objetivos, diretrizes, estratégias, ações e medidas

prioritárias pra a organização territorial do Município de Abadia de Goiás, pactuadas com a

sociedade.

Do ponto de vista da analise, os instrumentos básicos da democracia representativa

visam garantir a incidência da opinião dos cidadãos nos mecanismos decisórios das políticas

públicas. Com efeito, a democracia em sua real expressão somente se concebe onde a

população e suas organizações tenham real participação nas decisões.

E esta é também a base da Política Habitacional Nacional, conforme já foi destacado

na apresentação desta justificativa. Este projeto é sustentado pela premissa da construção

de uma gestão democrática real e não só retórica; para tanto alguns cuidados metodológicos

serão observados, entre os quais se destacam os seguintes:

Articulação institucional dos diferentes atores sociais envolvidos com a questão

habitacional e do meio ambiente. Utilizando profissionais capacitados para cada área

de atuação e nas execuções de projetos ambientais e civis;

Mobilização para o processo participativo da comunidade organizada para serem

agentes multiplicadores. Com noções básicas e técnicas dependendo do grau de

complexidade de cada etapa executada nos projetos;

Atividades de levantamento e coleta de dados e informações urbana e rural de forma

abrangente todo o município;

Comunicação e divulgação dos resultados, através de reuniões, pactuação, audiências

publicas, divulgação pela radio local e sessões plenárias;

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Equipes Envolvidas e Atribuições participativas, como: mutirões, sendo orientados

por profissionais capacitados e técnicos da prefeitura.

1.3.1. Equipes envolvidas e atribuições:

1.3.1.1. Equipe Técnica Municipal – ETM

Na elaboração do PLHIS para o município de Abadia de Goiás, a Public - Consultoria

Financeira e Habitacional Ltda., contará com efetiva participação da Equipe Técnica do

Municipio – ETM, Atores Sociais.

Esta equipe multi, inter e transdisciplinar é composta por servidores, atores sociais,

representantes do poder público passaram por qualificação técnica, compatível com as

atividades a serem desenvolvidas na elaboração do PLHIS – Abadia de Goiás. Oriundos das

representações e diferentes secretarias municipais envolvidas diretamente ou indiretamente

no processo.

A equipe que representará o Poder Municipal e sociedade local, disponibilizando o

acervo, dados e informações disponíveis e participará efetivamente na elaboração do Plano

após a capacitação de seus membros.

Pretende-se que a Equipe Técnica do Município – ETM atue de forma efetiva no

processo de construção do PLHIS – Abadia de Goiás, acumulando experiência e

conhecimentos, capacitando-se para que junto à consultoria contratada atuem nas etapas

do PLHIS. A equipe designada pelo Prefeito Municipal atuará sob a coordenação de um de

seus membros e terá representantes da Secretaria Municipal de Obras, da Administração e

Finanças, da Câmara Municipal, Presidente do Conselho do Fundo Municipal de Habitação e

2 (dois) atores sociais e um do setor produtivo.

EQUIPE TECNICA DO MUNICIPIO

Nº Nome Órgão Função

01 Neylon Teixeira Faleiro Secretário de Administração Coordenador

02 Divino Alves dos Santos Vice-Prefeito Membro

03 Fabiana Costa Ribeiro Moraes Assistente Administrativo Membro

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04 Luiza Correa Dias Borges Chefe de Departamento do Idoso Membro

05 Luciana de Oliveira Silva Assistente Social Membro

06 Juraci de Jesus Damaceno Ator Social Membro

07 Willian Antônio de Andrade Vereador Membro

08 Wellinton Antonio da Silva Setor Produtivo Membro

09 Lucélia Batista da Silva Ator Social Membro

São atribuições da Equipe Técnica do Município entre outras:

I. Permitir à Equipe Técnica Contratada o acesso às instalações onde serão executados

os trabalhos, respeitadas as normas internas (disciplina, segurança) do contratante;

II. Assegurar à Equipe Técnica Contratada o acesso às fontes de informações e base de

dados disponíveis, na administração municipal, de forma complementarem juntos

aos demais agente públicos e privados;

III. Participar das Reuniões Técnica;

IV. Prestar as informações e os esclarecimentos solicitados pela contratada;

V. Atuar no acompanhamento e avaliação do trabalho contratado;

VI. Cumprir o cronograma dentro do contrato.

1.3.1.2. Equipe Técnica Contratada – ETC:

A Equipe Técnica Contratada – ETC é composta, inicialmente, pelos profissionais das

áreas de arquitetura e urbanismo, pedagogia, psicologia, administradora de empresa e

advogado conforme descrito no quadro a seguir:

EQUIPE TECNICA CONTRATADA

Nº Nome Função Graduação

01 Rogério de Moraes Souza Responsável Técnico Coordenador do PLHIS Arquiteto Urbanista

02 Luciana Helena Alves da Silva

Fregonezi Coordenação do PLHIS Arquiteta Urbanista

03 Alessandra Marina Nahas Assistente da Coordenação do PLHIS e

responsável pela elaboração do diagnostico Habitacional e estratégias e ações

Arquiteta Urbanista

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04 Célia Maria Branco Gillet Miguel

da Silva

Supervisora da equipe, responsável pela capacitação da ETM, e coordenadores dos pontos de apoio Elaboração da Proposta

Metodológica

Pedagoga Técnica Social

(todas as etapas)

005 Clebiana Pimenta Gouvêa

Formatação do Diagnostico Habitacional e Estratégia de Ação

Psicóloga (2ª 3ª etapas)

06 Cristiane Santana Carneiro Formatação do Diagnóstico Habitacional e

Estratégias de Ação

Administradora de Empresa

(2ª e 3ª etapas)

07 Aparecida Vieira da Silva Responsável pela aglutinação dos atores

sociais Assistente Social (todas as etapas)

08 Daniel Mael Sussuarama Silva Responsável pela formatação PLHIS em

projeto de Lei Municipal. Advogado

(Etapa final)

09 Shayene Fernandes Borges Apoio técnico e Coleta de Dados Estagiária em

Geografia e Direito

10 Ana Júlia Rodrigues Ordenamento Cartográfico Estagiária em Arquitetura e

Urbanismo

São atribuições da Equipe Técnica Contratada entre outras:

I. Desenvolver os serviços técnicos com equipe de profissionais habilitados, com as devidas Anotações de Responsabilidade Técnica (ART);

II. Desenvolver serviços técnicos necessários para elaboração do PLHIS;

III. Capacitar a ETM, atores e agentes sociais, informando sobre a importância do PLHIS, suas etapas, o porquê da participação da equipe do município até o produto final;

IV. Realizar as visitas técnicas locais;

V. Realizar audiências públicas, reuniões populares e os eventos sociais;

VI. Produzir documentação em fotos, mapas, textos, planilhas, gráficos e a apresentações;

VII. Responsabilizar-se por todos os encargos fiscais e comerciais, previdenciários e obrigações sociais previstos na legislação em vigor;

VIII. Entregar os produtos contratados, dentro do cronograma descrito no termo de referência (150 dias).

1.3.2. Infraestrutura e Apoio Logístico da Contratante:

1 - Computador desktop 2Ghz, monitor com tela de LCD 19”;

1 - Data-Show de 2500 lumens;

1 - impressora jato de tinta colorida Formato A4;

1 - GPS de precisão;

1 - Sala de trabalho e um ambiente para reuniões com capacidade para 10 pessoas;

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1- Automóvel com combustível e motorista para deslocamento no município no

período do desenvolvimento dos trabalhos;

1 - Máquina fotográfica.

1.3.3. Procedimentos:

Coordenado pela Secretaria Municipal de Obras do Município de Abadia de Goiás, o

Plano Municipal de Habitação de Interesse Social – PLHIS será elaborado como instrumento

político e administrativo para o enfrentamento dos principais problemas urbanísticos e

referentes à habitação de interesse social, com o objetivo de promover o acesso à moradia

digna.

Como requisito foi feito à adesão do município de Abadia de Goiás, ao Fundo Nacional

de Habitação de Interesse Social – FNHIS.

O Plano será construído em consonância com as orientações do Ministério das Cidades

e do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC – do Governo Federal.

O Plano será desenvolvido pela Public - Consultoria Financeira e Habitacional Ltda. e a

ETM que adotará os seguintes procedimentos metodológicos

1.3.3.1. Produto 1:

No desenvolvimento da proposta metodológica; adotou-se primeira, a reunião com a

equipe contratada para entrosamento dos profissionais e a divisão das responsabilidades de

cada técnico. Foi elaborada uma apostila para a capacitação da EMT e do questionário, para

levantamento de dados.

Como procedimento, efetuamos reuniões com a ETM e a realização de capacitação.

Nestas reuniões foram desenvolvidos trabalhos e discussão da proposta e do Plano, acesso e

coleta de informações e dados necessários para a sua elaboração. Apresentação de pré–

proposta metodológica e pactuação para discussão e emendas e posterior aprovação das

autoridades competente e população envolvida efetuando assim a entrega a formal do

Produto 1 – Proposta Metodológica.

Lançamento do PLHIS, ação que consistirá no evento de lançamento do Plano como

processo de construção e contribuição coletiva. Será ainda uma estratégia de comunicação,

mobilização e participação da população, atores sociais e dos parceiros, contando com a

presença das autoridades municipais e de representantes do Governo Federal – Ministério

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das Cidades e Caixa Econômica Federal; do Governo Estadual - Secretaria Estadual das

Cidades e da Agência Goiana de Habitação.

1ª ETAPA

PROPOSTA METODOLÓGICA

Figura 1 – Estrutura Analítica da Etapa 1.

Após a pactuação e aprovação do Produto 1 – Proposta Metodológica – terão início os

procedimentos para a execução das fases seguintes, quais sejam:

1.3.3.2. Produto 2:

Buscando favorecer a participação e a colaboração dos setores públicos, privados,

sindicais, acadêmicos e demais agentes e atores sociais envolvidos no setor habitacional e

urbano do Município de Abadia de Goiás, e ainda incentivar a efetiva participação dos atores

sociais na eficiência das informações, comunicações e consistência dos dados necessários à

construção coletiva do plano, onde, serão desenvolvidas as estratégias e ações na

construção dos subprodutos:

Subproduto 1: Levantamento de Dados para a Formulação do Diagnóstico Habitacional:

A identificação das informações será realizada a partir de procedimentos de

levantamentos de dados secundários, pesquisa bibliográfica e visitas técnicas ao campo para

a identificação das reais demandas habitacionais e urbanísticas do Município, com foco

principal na habitação de interesse social. Será desenvolvido um estudo completo e

detalhado sobre o Município de Abadia de Goiás, no que se refere a:

REUNIÕES TÉCNICAS PARA

DEFINIÇÃO DO PAPEL DE

CADA MEMBRO DAS

EQUIPES, CAPACITAÇÃO DA

ETM E ATORES SOCIAIS.

ELABORAÇÃO DA PRÉ-

PROPOSTA

METODOLOGICA,

PACTUAÇÃO E ENTREGA

DO PRODUTO 1.

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a. Aspectos físicos: localização geográfica, recursos naturais e ambientais;

b. Inserção regional: limites, relações de vizinhança com outros municípios, inserção

micro, meso e macro regional;

c. Aspectos demográficos: característicos populacionais (números, sexo e faixa) etária,

local e condições de moradia, acesso aos bens/equipamentos públicos, escolaridade

e emprego;

d. Qualidade de vida, assistência hospitalar e social, entre outros;

e. Aspectos sociais e econômicos: estrutura fundiária, atividades econômicas, principais

infraestrutura básica disponível, renda familiar;

f. Aspectos habitacionais: levantamento da oferta e das condições de moradia e da

oferta e disponibilidade de solo urbanizado e possibilidade de expansão urbana e

solos públicos e privados (especulação imobiliária);

g. Identificação e localização das áreas: com habitações e assentamentos precários.

Características urbanísticas, sociais e fundiárias para realizar estimativa evolutiva das

necessidades habitacionais local para serem contempladas pelo PLHIS. Definir quais

as estratégias de ações que serão utilizadas, como mecanismo de resolução dos

principais problemas encontrados, referentes á habitação de interesse social

urbanização. Bem como dimensionar os recursos financeiros necessários a serem

alocados para resolução apresentada;

h. Levantamento: das características das famílias no que se refere à renda, número de

pessoas, escolaridade, ocupação e necessidade de habitacional. Este levantamento

será elaborado através de cadastros;

i. Marcos legal regulatório: levantamento e estudo da Legislação Federal, Estadual e

Municipal; Plano Diretor; Lei de Zoneamento do Município;

j. Identificação dos programas habitacionais existentes e as fontes de recursos;

k. Estimativa: a evolução das necessidades e dimensionar os recursos necessários para

o enfretamento do problema habitacional.

Os dados e informações acima mencionados serão levantados nos documentos

existentes no Município (Setor público e privado), da Secretaria de Planejamento do

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Estado de Goiás – SEPLAN/GO, no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, na

Agência Goiana de Habitação – AGEHAB, Fundação João Pinheiro além de livros didáticos

referentes a estudos sobre os municípios goianos entre outros. Também, como fonte de

pesquisas e levantamento de dados serão utilizadas as bases cartográficas disponíveis.

Os dados levantados nesta fase serão apresentados em textos e representados em

mapas, tabelas, gráficos, fotos.

Subproduto 2: Elaboração do Diagnóstico

O delineamento do diagnóstico será iniciado a partir da contextualização do problema

da habitação e urbanização, baseada nas disposições da Política Nacional de Habitação e nos

documentos constantes da Biblioteca Virtual da Secretaria Nacional de Habitação,

destacando-se dentre esses, documento intitulado Déficit Habitacional no Brasil (FJP, 2006).

A seguir proceder-se-á à caracterização do Município de Abadia de Goiás, a partir da

sua inserção regional e características, tais como: área, população urbana e rural, inserção

micro e macro regional, relação com os municípios vizinhos, atividades econômicas. Para

esta caracterização serão utilizadas pesquisas bibliográficas e pesquisas nas bases oficiais de

dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – e da Superintendência de

Estatística, Pesquisa em Informação – SEPLIN – do Estado de Goiás.

Para complementação da caracterização do Município serão realizadas visitas técnicas

da ETC, acompanhadas pela Equipe Técnica do Município – ETM, com vistas à identificação

da realidade e necessidades encontrada em cada bairro.

Serão priorizadas as visitas técnicas dos setores e áreas de risco dos quais, atualmente,

estão sendo ocupadas por populações de baixa renda. Deforma a facilitar o diagnóstico

habitacional sobre as reais demandas habitacionais e urbanísticas de Abadia de Goiás.

Porém não será dispensado o levantamento de toda área urbana.

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Produto 2 – Diagnóstico da 2ª ETAPA

Figura 2 - Demonstra o fluxo de atividades a serem desenvolvidas na elaboração do diagnóstico do PLHIS.

- Reuniões:

a) Reuniões Técnicas

Esta atividade se desenvolverá de forma contínua e envolverá o trabalho da Equipe

Técnica Contratada e Equipe Técnica do Município e representantes dos segmentos locais

atores sociais, que se reunirão sistematicamente para definir as propostas de conteúdo

substantivo das ações; pesquisa bibliográfica e de campo, roteiro das visitas técnicas;

aspectos metodológicos; plano de trabalho; requisitos necessários quanto a pessoal e

materiais a serem disponibilizados; elaboração registros fotográficos; elaboração de

relatórios e avaliação contínua do trabalho realizado.

b) Levantamento / Seleção de Dados e Informações:

Esta atividade constitui a base do conhecimento de todos os aspectos que

fundamentarão o trabalho e a montagem do Plano de Ação. Serão identificadas,

selecionadas, e coletadas todas as possíveis fontes de informações inclusive fotos, mapas e

dados disponíveis, em instituições públicas ou privadas.

Reuniões

Técnicas

Levantamento/Seleção de Dados e

Informações

Leitura

Técnica

Reuniões/técnicas entre a ETC e ETM

Mobilização dos atores sociais.

Audiência para

apresentação do

Diagnóstico

Habitacional

Produto 2 Diagnóstico

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c) Leitura Técnica

A leitura técnica constitui-se do processo de leitura dos documentos, informações,

dados e seu processamento, buscando a identificação e discussão dos principais problemas,

conflitos e potencialidades, inclusive aqueles observados do ponto de vista dos diversos

seguimentos sociais. Serão realizadas a partir da comparação entre dados e informações

socioeconômicas, culturais, ambientais e urbanísticas de infraestruturas e a visão detectada

nas regiões comunitárias.

d) Audiência Pública

Mobilizar os diferentes segmentos, atores sociais como forma de garantir maior

participação destes no processo e na perspectiva de construção coletiva do PLHIS e

buscando integrar a política habitacional ao atendimento do direito à moradia, associado à

sustentabilidade econômica social, ambiental, urbana e cultural, expressas na pluralidade

dos modos de vida e no uso dos espaços públicos.

As estratégias que serão usadas, para dar publicidade, será a divulgação em rádios

locais e de carros de som, seções da Câmera municipal e convites envolvendo os diferentes

segmentos de informação da comunidade local e ouvir seus anseios e expectativas, bem

como, relatar o objetivo do PLHIS e suas linhas gerais.

Nas reuniões, quando demandada ou identificada à oportunidade de sua realização,

atenderá os grupos sociais civis, executivos, legislativos e judiciários através do Ministério

Público ou de qualquer outro segmento que queira participar do processo de discussão do

PLHIS. Dando a todos as oportunidades de manifestações, inclusão de sugestões e até

mesmo pareceres, voltados para aprimorar ainda mais a elaboração do PLHIS.

e) Reuniões Técnicas de Sistematização

Atividade de sistematização das informações e dados coletados, contextualização do

problema da habitação, mapeamento dos recursos e fontes de financiamento, gestão

recursos, composição de investimento, regularização fundiária, obras, elaboração de

projetos, assistência técnica, aquisição de terreno, trabalho social, revisão de legislação e

outros itens.

f) Audiência Pública do Diagnóstico

A Audiência Pública representará o momento de apresentação do diagnóstico do setor

habitacional de Abadia de Goiás, com a sociedade civil organizada e atores sociais.

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Dela participará também o legislativo, executivo e o Judiciário através do ministério

público grupos associativismo, conselho municipal de habitação, representantes do conselho

participativo do orçamento municipal e sindicatos.

O diagnóstico será submetido à apreciação pública em sua versão preliminar,

colhendo-se as sugestões e os principais pontos de debates levantados, os quais serão

sistematizados pelas equipes técnicas, fornecendo elementos que serão incorporados ao

texto final do diagnóstico.

A chamada para a audiência será através de convites, banner, rádio e os meios de

comunicação local.

1.3.3.3. Produto 3:

Elaborado o diagnóstico habitacional, já discutido e pactuado com a comunidade

envolvida, aprovado pela administração municipal, segue ação de construção coletiva do

Plano, com trabalho das equipes técnicas.

Nesta etapa deverá ser apresentado as estratégias de ação no que se refere ao plano

de ação do PLHIS, que ira abordar os problemas identificados no Produto 2 contendo:

diretrizes e objetos, programas e ações metas ,recursos e fontes de financiamento,

indicadores programas e ações prioritárias, monitoramento,avaliação e revisão.

Na elaboração da Versão Preliminar que será submetida à Audiência Pública, com a

participação popular e após a crítica e avaliação da Administração Municipal será elaborada

a Versão Final.

O Produto 3 refere-se a Etapa de elaboração do PLHIS o plano de ações onde cada

problema e facilitador identificados na realização do Produto 2 – Diagnostico do Setor

Habitacional - deverão ser discutidos a pactuados com a sociedade e obrigatoriamente

deverão contemplar os seguintes itens:

1. Definição das diretrizes e dos objetivos para elaboração do PLHIS, ou seja, são as

orientações gerais e especificas que nortearão a elaboração do PLHIS;

2. Instituir Programas e Ações. Os programas e ações deverão prever a apresentação de

articulação de ações orçamentárias para solucionar os problemas baseados nas

diretrizes e objetivos relacionados ao item1. Isso representa que cada programa,

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deverá ser definido ações consoantes aos instrumentos de gestão orçamentários –

financeiro tais como PPA/LDO/LOA; deverão ser priorizados programas e ações por

ordem de importância conforme definição discutida com a sociedade; deverá conter

analise de produção habitacional e produção de loteamentos, urbanização e

regularização fundiária de assentamentos precários e informais; deverão definir

ações para solução de questões de maior gravidade social, bem como realizar

previsão de adequação das ações com a capacidade de investimento identificado;

3. Instituição e apresentação dos indicadores de desempenho e de qualidade passiveis

de mensuração da eficácia, eficiência e efetividade alcançada com a execução do

programa;

4. Identificar programas e ações prioritárias. Aqui deverá ser previstos a forma de

monitoramento para cada resultado obtido das fases dos programas e ações

levando-se em conta, identificação individual do resultado obtido, prazo, responsável

situação e providencias a serem formatadas, bem como revisão se necessário.

A figura 3 a seguir demonstra a estrutura analítica da Etapa 3.

3ª ETAPA

Figura 3 – Estrutura Analítica da Etapa 3

Estratégias de Ações

a) Elaboração da versão Preliminar do PLHIS – Abadia de Goiás- GO

Produto 3 Plano de Ação

Audiência pública Plano Preliminar

do Plano

Elaboração da Versão Final

do Plano

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Na terceira etapa com a elaboração do documento preliminar passará para por

avaliação em audiência pública de pactuação do PLHIS.

b) Audiência Pública

Apresentação do documento para debate público com a participação dos diferentes

segmentos, tais como: atores sociais, legislativo, executivo, associativo e movimentos

populares que se envolveram no processo de construção da proposta preliminar do PLHIS.

Neste evento, acontecera com uso de data-show, confecção de convites, cartazes e

banner.

Haverá identificação dos participantes com lista de presença, ata e fotos, como

também o registro das sugestões, críticas e propostas apresentadas para avaliação das

equipes técnicas, sociedade civil, atores sociais e movimentos populares.

c) Elaboração da Versão Final do Plano:

Com base nas sugestões, críticas, propostas apresentadas nas Audiências Públicas

pelos participantes de todos os segmentos sociais e órgãos da administração municipal, será

elaborada a versão final do Plano Local de Habitação Interesse Social, que deverá ser

previamente analisada e aprovada pelo Executivo Municipal, ou seu representante legal da

área habitacional, antes de sua formação gráfica.

d) Projeto de Lei Municipal:

Tendo formulado, analisado e aprovado pela Caixa Econômica Federal e atores sociais

e o Poder Executivo o PLHIS de Abadia de Goiás, será formatado e deverá ser enviado ao

Legislativo Municipal para Projeto de Lei.

1.3.4. Quadro Geral de Atividades:

Conforme a metodologia proposta, o PLHIS – Abadia de Goiás será desenvolvido, a

partir da construção coletiva, com efetiva participação dos agentes públicos, responsável

legal e técnico pela condução do processo, pela empresa contratada, por meio de sua

equipe técnica e da equipe do município, com a participação popular, por meio dos

movimentos sociais, organizados da cidade de Abadia de Goiás.

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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Etapas Nº Atividade Quantidade

I

11

Reuniões Técnicas - Elaboração 01

22

Capacitação da ETM, atores sociais, entrega das apostilas. 01

33

Analise da pré-proposta metodológica, versão produto 1. 01

44

Reunião de pactuação para aprovação do produto final da proposta metodológica, versão 1, juntada de documentos. Impressão gráfica e assinatura da equipe técnica.

01

II

55

Levantamento/Seleção de Dados e Informações e elaboração da segunda etapa.

03

66

Audiência Pública com os atores sociais. 01

77

Leitura Técnica 01

88

Reuniões Técnicas – Sistematização 03

III

09

Proposta das estratégias de ação, versão final do PLHIS. 02

110

Audiência Pública para apresentação do produto final do PLHIS. Revisão, aprovação e encaminhamento para impressão gráfica.

01

111

Formatação para ser encaminhado ao legislativo para projeto de Lei Municipal do PLHIS. 01

1.3.5. Indicadores de Avaliação dos Resultados:

a) Coletar Subsídios para Elaboração do PLHIS – Abadia de Goiás

Atividade: Detectar e contatar as lideranças locais, envolvidos com a questão habitacional e

com o meio ambiente e urbanístico, para possíveis parcerias com fazendeiros e empresários

locais, sindicatos, associações, mostrando a viabilidade e as benfeitorias que o plano poderá

trazer para o município, com isto, aumentando a rede de apoio e multiplicadores de

opiniões;

1ª etapa

2ª etapa 2ª etapa 3ª etapa 3ª etapa

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Objetivo: Interagir com as lideranças no sentido de torná-los parceiros nas ações do PLHIS, a

partir desta parceria alavancar os anseios e as demandas da população a qual eles

representam.

Metodologia: Visitas ás áreas de intervenção de risco, de forma amistosa, explicando a

importância do PLHIS para ampliação de produção de moradias. Indicar áreas públicas

abertas para a diversão e o lazer, com a urbanização consciente e solidaria a todos os

usuários.

Período de execução: Iª etapa.

Metas: Confirmar parcerias em 75 % das visitas efetuadas.

Local: Possíveis áreas de intervenção.

Duração: Iª etapa.

Avaliação e Controle: Ata e Lista de Frequência com Registro Fotográfico.

Indicador de Resultado: Informações coletadas quantitativamente e qualitativamente

suficientes para subsidiar a elaboração do PLHIS.

b) Identificação da Estrutura Municipal

Atividade: Localizar os atores institucionais que atuam/intervém na questão habitacional.

Objetivo: Definir a composição da Equipe Municipal e capacita-la de forma representativa

envolvendo atores e agentes sociais, que favoreça o comprometimento institucional seja nas

demais esferas da atuação, para que possam ser estabelecidos pactos de prioridades

institucionais.

Metodologia: A partir de grupos previamente formados como os gestores e de rodas de

conversas em que as lideranças vão sugerindo naturalmente.

Período de execução: Iª etapa.

Metas: Conhecer, reconhecer e alcançar 100% das lideranças.

Local: Espaços públicos da Prefeitura Municipal de Abadia de Goiás.

Duração: Iª etapa.

Avaliação e Controle: Ata e Lista de Frequência com Registro Fotográfico.

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Indicador de Resultado: A adesão das lideranças.

c) Identificação das Atribuições e Responsabilidades da ETM

Atividade: Identificar os atores sociais que atuam/intervém na questão habitacional para a

proposição de estratégias de comunicação, mobilização e participação da população,

incluindo a proposta de eventos de discussão com a sociedade inclusive na fase inicial, de

discussão da proposta metodológica a ETM.

Objetivo: Difundir o PLHIS, no sentido de informar toda a população a cerca do plano.

Metodologia: Visitas as áreas, de intervenção.

Período de execução: Iª etapa.

Metas: Divulgar amplamente o evento (PLHIS), para alcançar 70% da população.

Local: Espaços públicos, privados e áreas de intervenção.

Duração: Iª etapa.

Avaliação e Controle: Lista de Frequência, e Registro Fotográfico.

Indicador de Resultado: Comprometimento da ETM e participação efetiva da população.

d) Identificação das Atribuições e Responsabilidades dos consultores;

d1)

Atividade: Sistematização das informações disponíveis a cerca da problemática urbano-

habitacional local.

Objetivo: Colocar, agrupar e tratar os dados e as informações visando construir um PLHIS, o

mais próximo possível da realidade local.

Metodologia: Visitar as possíveis fontes de informações: Prefeitura, Universidade e

Secretarias Estaduais etc.

Período de execução: Iª etapa.

Metas: Atualizar as informações obtidas.

Local: Espaços públicos e privados.

Duração: Iª etapa.

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Avaliação e Controle: Bibliografias atualizadas.

Indicador de Resultado: O produto final o mais próximo possível da realidade.

d.2)

Atividade: Planejar os momentos no nivelamento de informações e conceitos no âmbito

institucional, para que se consiga estabelecer um dialogo consistente entre instituição e

população.

Objetivo: Informar a população sobre o andamento dos trabalhos.

Metodologia: Por meio de boletins informativos e nas escolas de ensino médio.

Período de execução:

Metas: Deixar 100% da população envolvida e informada.

Local: a ser definido.

Duração: de acordo com a necessidade.

Avaliação e Controle: Indicador de Resultado:

d.3)

Atividade: Convidar as lideranças para o debate.

Objetivo: Estabelecer espaço de discussão da proposta metodológica do PLHIS – Abadia de

Goiás, com a Sociedade local.

Metodologia: Organizar assembleia para discussão possibilitando a inserção real dos atores

sociais e comunidade local no processo.

Período de execução: 2ª etapa:

Metas: A participação efetiva de todos os convidados.

Local: Câmara Municipal de Abadia de Goiás.

Duração: de acordo com a necessidade

Avaliação e Controle: Avaliação e Registro Fotográfico.

Indicador de Resultado: a ser previsto.

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e) Formulação de Diagnósticos

Atividade: Encontros e debates técnicos com técnicos da administração a cerca dos dados

para formulação do diagnostico da cidade de Abadia de Goiás.

Objetivo: Desvendar por meio de discussões e reflexões e dados técnicos a realidade sócio –

econômico - cultural dos moradores da cidade de Abadia de Goiás, para formulação do PLHIS

- Abadia de Goiás.

Metodologia: Serão agendadas reuniões com o grupo técnico com esta finalidade.

Período de execução: llª etapa.

Metas: Alcançar a participação de 100% dos técnicos da ETM – Equipe Técnica Municipal.

Local: Espaço público da Prefeitura.

Duração: ll ª etapa

Avaliação e Controle: Participação, Lista de Frequência, e Registro fotográfico.

Indicador de Resultado: Obtenção das informações necessárias para a elaboração do PLHIS.

f) Execução das Etapas

f.1)

Atividade: Debates com a sociedade de como deve se dar o processo de discussão e

construção do PLHIS – Abadia de Goiás, discussões com ETM para aprovação da proposta

metodológica.

Objetivo: Oportunizar e proporcionar a todos as orientações metodológicas dos caminhos a

serem percorridos para a construção do PLHIS - Abadia de Goiás.

Metodologia: Serão estrategicamente montadas questões relativas ao PLHIS, nas cadeiras

dos participantes para que eles se participem e se interajam entre si proporcionando assim a

participação de todos.

Período de execução: IIª etapa.

Metas: A participação efetiva de todos os convidados.

Local: Espaço público da Prefeitura Municipal de Abadia de Goiás.

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Duração: IIª etapa.

Avaliação e Controle: Lista de Frequência, e Registro Fotográfico.

Indicador de Resultado: A participação efetiva de todos.

f.2)

Atividade: O estabelecimento de fóruns de debates as entidades, tem a vantagem de

ampliar a representatividade do debate, ampliar o conhecimento da cidade a cerca do

problema habitacional e suas soluções, mas pela diferença de nível de apropriação do

problema, têm-se maiores limitações de aprofundamento.

Objetivo: Proporcionar aos beneficiários a oportunidade de conhecerem e intervirem na

construção do PLHIS.

Metodologia: Durante o fórum de apresentação do PLHIS, os convidados serão convidados a

participarem do debate, colocando suas opiniões relacionadas a este estudo de caso.

Período de execução: lllª etapa.

Metas: 80% dos convidados comparecerem e participarem efetivamente.

Local: Câmara Municipal de Abadia de Goiás.

Duração: tempo necessário.

Avaliação e Controle: Lista de Frequência, Avaliação e Registro fotográfico.

Indicador de Resultado: participação efetiva dos convidados, através de propostas e

sugestões.

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1.4. Considerações Finais

Com a Proposta Metodológica já formulada do PLHIS, estabeleceu-se onde serão

definidos os conteúdos e procedimentos para elaboração do PLHIS, visando compreender os

conceitos relativos a necessidades habitacionais que serão desenvolvidas nas estratégias em

âmbito municipal, de um trabalho técnico, embasado e nas informações até aqui levantadas

e está fundamentada na experiência do quadro dos profissionais qualificados e a equipe

técnica do município, exigido pelo Ministério das Cidades. No entanto, o processo de

desenvolvimento da execução dos trabalhos na sua elaboração, poderá a qualquer tempo

serem inseridas ações e como também profissionais que qualifiquem o projeto desde que

haja consenso entre as equipes da Public – Consultoria Financeira e Habitacional Ltda. e a

ETM, com a anuência expressa da Administração Municipal.

Toda e qualquer comunicação entre a empresa contratada e administração municipal

será formal para que assegure o pleno cumprimento desta proposta e sucesso na realização

das atividades.

Abadia de Goiás (GO) 09 de maio de 2010

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RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO TÉCNICO

PRODUTO I

PROPOSTA METODOLÓGICA

REF: PLHIS – PRODUTO I

Proposta Metodológica, referente ao cumprimento das etapas do serviço técnico

contratado, para a elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social do Município

de Abadia de Goiás, entre a Empresa Public-Consultoria Financeira e Habitacional Ltda e a

Prefeitura Municipal de Abadia de Goiás, pautado pelas disposições e pelo termo de

referência constante do processo licitatório qualificado na tomada de preço Nº 0024/2009.

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PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL – PLHIS

PREFEITURA MUNICIPAL DE ABADIA DE GOIÁS - GO

RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO TÉCNICO

1. IDENTIFICAÇÃO

Programa:

FUNDO NACIONAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Ação/Mobilidade:

APOIO A ELABORAÇÃO DO PLHIS

Empreendimento:

ELABORAÇÃO DO PLHIS

Localização/Município:

ABADIA DE GOIÁS

UF:

GO

Fonte de recursos:

GOVERNO FEDERAL

Regime de produção:

EMPREITADA

Objeto de intervenção:

ELABORAÇÃO DO PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Executor de Intervenção:

PREFEITURA MUNICIPAL DE ABADIA DE GOIÁS - GO

Tel: (62) 35031105 E-mail:

Responsável Técnico

ROGERIO de MORAES SOUZA

Formação:

ARQUITETO /URBANISTA

Tel:

(62) 3253 1292 (62) 9284 3465

E-mail:

[email protected]

2. RELATÓRIO / PERÍODO DE REFERÊNCIA.

Mês/Período:

1 ETAPA

% da Obra/Serviço:

20%

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3. ATIVIDADES /AÇÕES DESENVOLVIDAS

Data e descrição das Atividades Frequências

1ª Reunião Técnica: Local: Sede da Public. Data: 22/04/2010

Diretrizes Gerais:

Reunião para discussão sobre os serviços contratados, identificação do papel de cada técnico;

Elaboração da apostila para capacitação da ETM.

Técnicas instrumentos utilizados

Reunião administrativa repasse de informação e entrega de documentos para elaboração da apostila.

Técnicos da equipe contratada - ETC

Frequências:

Participação de toda a equipe

2ª Reunião Técnica: Local: Sede Prefeitura Data: 05/05/2010

Diretrizes Gerais:

Capacitação da ETM, atores sociais; Incentivo a gestão democrática; Adoção de mecanismo de controle social; Favorecimento de rede de apoio técnico; Articulações dos programas, ações e recursos;

Encaminhamento da regularização do solo urbano.

Técnicas instrumentos utilizados

Apostilas, repasses de informações, entrega de questionários; Explanação oral e escrita.

Técnicos da equipe contratada - ETC

Frequência

Pedagoga - Célia Gillet

Arquiteta - Raquel Mosca

Equipe técnica do município - ETM

Frequência

Participação de toda equipe designada

3ª Reunião Técnica: Local: plenário da Câmara municipal. Data: 06/05/2010

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Diretrizes Gerais:

Analise e pactuação da pré-proposta metodológica, versão produto 1;

Aprovação da pré-proposta metodológica, versão produto 1;

Encaminhamento para juntada de documentos e formatação.

Técnicas instrumentos utilizados:

Reunião de trabalho administrativo e participativo com a comunidade;

Cópias individuais para todos os técnicos da ETC, para analise da pré-proposta metodológica, versão produto 1

Técnicos da equipe contratada - ETC

Frequência

Pedagoga – Célia Gillet

Arquiteta – Raquel Mosca

Equipe técnica do município – ETM

Frequência:

Participação de toda equipe e atores sociais

4ª Reunião Técnica: Local: Sala da Public. Data: 09/05/2010.

Diretrizes Gerais:

Entrega da proposta metodológica, versão produto 1; Aprovação da proposta metodológica, versão produto 1; Impressão, juntada de documentos comprobatórios; Assinatura da ETC.

Técnicas instrumentos utilizados

Reunião administrativa, juntada de documentos, assinatura do produto final, versão produto 1.

Equipe Técnica contratada - ETC

Frequências

Participação de toda equipe

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4. AÇÕES REALIZADAS

Descrição das Ações / Atividades Justificativa

Capacitação da ETM, atores sociais.

Pactuação da Proposta Metodológica

Capacitar a ETM, atores sociais, para serem rede de apoio a ETC e aptos a desenvolverem o PLHIS após sua conclusão.

Pactuação da Proposta Metodológica a participação popular de agentes sociais envolvidos com a questão habitacional e urbanística.

5. REDIRECIONAMENTO E /OU NOVAS AÇÕES

ETAPA PRODUTOS Nº ATIVIDADES/EVENTOS/AÇÕES 1ª

ETAPA 2ª

ETAPA 3ª

ETAPA

I

Pro

po

sta

Me

tod

oló

gica

11

REUNIÕES TÉCNICAS – ELABORAÇÃO DA PRÉ-PROPOSTA METODOLOGICA

X

22

CAPACITAÇÃO DA ETM. ATORES SOCIAIS. X

33

APROVAÇÃO E PACTUAÇÃO DA PROPOSTA METODOLOGICA.

X

44

ENTREGA DA PROPOSTA METODOLOGICA, VERSÃO PRODUTO 1.

X

II

Dia

gnó

stic

o d

o S

eto

r H

abit

acio

nal

55

REUNIÕES TECNICAS.

X

66

DISTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES ENTRE A S EQUIPES

X

77

LEVANTAMENTO – SELEÇÃO DE DADOS E INFORMAÇÕES.

X

88

LEITURA TÉCNICA.

X

99

REUNIÕES TÉCNICAS SISTEMATIZAÇÃO

X

110

AUDIENCIA PUBLICA DE PACTUAÇÃO DO DIAGNÓSTICO, MOBILIZAÇÃO SOCIAL, REUNIÃO COMUNITARIA, ATORES SOCIAIS.

X

III

Pla

no

de

Açã

o

111

AUDIENCIA PÚBLICA – PROPOSTA PRELIMINAR DO PLHIS, APROVAÇÃO ENCAMINHAMENTO PARA IMPRESSÃO GRAFICA.

X

112

ELABORAÇÃO DA VERSÃO FINAL DO PLHIS, FORMA-TAÇÃO PARA PROJETO DE LEI MUNICIPAL.

X

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6. AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.

Aspectos facilitadores:

A Administração Municipal, esta disposta, a discussão de diretrizes e instrumentos na

construção de um PLHIS, articulado com a participação popular representados pelos atores

sociais com novas propostas e ações de política urbana, habitacional e ambiental, aos

projetos de estruturação urbana e de qualificação do espaço público de Abadia de Goiás,

ocupação legal da ZEIS, priorizando a regularização fundiária e produção novas unidades de

Habitação de Interesse Social.

Aspectos dificultadores:

Nesta primeira etapa tivemos algumas dificuldades pela falta de conhecimento da

ETM, sobre proposta do PLHIS.

Alternativa de solução:

Com a capacitação, temos expectativas que a rede de apoio foi construída e a 1ª, 2ª, e

3ª etapas, serão construídas com a participação de todos.

Resultados obtidos /outras considerações:

É clara a percepção de que a administração municipal, através da Secretaria Municipal

de Administração e a equipe técnica do município e atores sociais adotarão o Plano Local de

Habitação de Interesse Social – PLHIS, como:

I. Ferramenta e instrumento político administrativo nos informando dos principais

problemas referente à habitação de interesse social.

II. Com objetivo de promover o acesso à moradia digna.

III. Como requisito de adesão dos Municípios ao Fundo Nacional de Habitação de

Interesse Social, em consonância com o Ministério das Cidades e o Programa de

Aceleração do Crescimento (PAC).

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7. INSTRUMENTOS UTILIZADOS:

A equipe participou da avaliação dos trabalhos desenvolvidos?

SIM ( x ) NÃO ( )

Quais foram os instrumentos de avaliação utilizados de registro?

( x ) ATAS

( x ) FOTOS

( x ) APOSTILAS. E CONVITES

( x ) REGISTRO DAS REUNIÕES

( x ) LISTA DE PRESENÇA

( x ) COPIA DE PRODUTOS)

Reunião de avaliação ( X ) entrevista ( ) outros ( )

Resultado da avaliação:

Nesta primeira etapa, a participação dos profissionais é mais direcionada para quem

está formulando a Proposta Metodológica, mesmo tendo a participação de todos como rede

de apoio. O mais importante é conseguirmos realizar com êxito a capacitação da ETM, atores

sociais elaboramos apostila, questionário utilizados como instrumentos facilitadores para

obtermos os resultados de informações e levantamentos de dados das futuras etapas.

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8. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO PARA O PLHIS.

Dos instrumentos e prazos de avaliação do PLHIS:

A estratégia a ser adotada pela administração do Município de Abadia de Goiás – Go,

para a avaliação deste Plano, devera acontecer anualmente, ainda que não haja nenhuma

mudança ou alteração e deverá ser monitorado e avaliado e revisado por instrumento

avaliatórios instituídos para este fim, com objetivo de checar as ações previstas com as que

serão realizadas.

Os instrumentos sugeridos neste Plano ultrapassarão a abrangência da questão

habitacional tendo em vista que para atender a população neste quesito, necessariamente

deverão ser atendidas outras necessidades das mais variadas áreas de obrigação de um

gestor municipal com visão de futuro. A finalidade é instituir uma política de avaliação da

gestão constante e abrangente a fim de comprovar por meio de registros os avanços

econômicos e sociais ao longo do tempo.

Para melhor afetividade das ações e principalmente no que diz respeito ás fraquezas e

potencialidades do município sugerimos que os instrumentos de monitoramento, avaliação

e revisão a serem instituídos são:

Competências e responsabilidades das Secretarias

Secretaria Municipal de Governo:

PPA – Plano Plurianual / Prazo = 04 em 04 anos;

Planejamento Estratégico/ Prazos = Anual;

Planejamento Tático / Prazos = Anual.

Secretaria Municipal de Finanças

Investimentos e captação de receitas em geral e na área habitacional / Prazo = Anual;

Prestação de contas e Orçamento Público./ Prazo = Anual

Secretaria Municipal de Administração.

Capacitação de técnicos, profissionais aliados à participação ao gestor local,

lideranças, atores sociais, sociedade civil e demais segmentos interessados no PLHIS./

Prazo= Anual.

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Secretaria Municipal do Meio Ambiente

Tendo em vista a existência de impacto ambiental no município, se faz necessário

uma proposta para dirimir a poluição de riachos, matas ciliares e áreas de risco.

Ministrar conferências sobre o Meio ambiente, enfocando assuntos como: resíduos

sólidos, reciclagem do lixo / Prazo = Semestral.

Secretaria Municipal de Obras

Estar atento aos recursos dos Governos Estadual e Federal, fazer adesão aos

programas habitacionais, buscar apoio na assistência técnica, para elaborar projetos

de produção de moradia.

Elaborar indicadores de resultados e qualidade habitacional, com registro, valores,

gráficos e planilhas.

Contratar empresa especializada em pesquisa para elaborar avaliação popular, com

ampla divulgação dos resultados feedback da população, caso o município não tenha

em seu quadro departamento de estatística./Prazo = Anual.

Secretaria de Ação Social

Estar sempre reformulando os cadastros com as devidas atualizações sem ingerência

política / Prazo = Semestral.

Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social

Responsável pela decisão da aplicação dos recursos o FMHIS, deverá estar sempre

reciclando seus membros para estarem aptos a fazerem decisões acertadas para a

aplicação dos investimentos na produção de moradias.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE

ABADIA DE GOIÁS - GO

PRODUTO 02

PUBLIC-CONSULTORIA FINANCEIRA E

HABITACIONAL LTDA

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PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL • ABADIA DE GOIÁS • GO

Produto 2 - Diagnóstico Habitacional

PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL • PLHIS • ABADIA DE GOIÁS • GO

MINISTÉRIO DAS CIDADES • CAIXA ECONÔMICA FEDERAL • PREFEITURA MUNICIPAL DE ABADIA DE GOIÁS • PUBLIC

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APRESENTAÇÃO

O presente documento trata do Diagnóstico Síntese do Setor Habitacional em Abadia

de Goiás, constituindo a segunda etapa de elaboração do PLHIS - Plano Local de Habitação

de Interesse Social do Município.

Este trabalho está sendo desenvolvido conforme as orientações e normativas da

publicação Guia de Adesão ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS,

produzida pela Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades e disponibilizada

para consulta no endereço eletrônico do Ministério das Cidades, Planos Locais de Habitação

de Interesse Social, Brasília, maio de 2009.

O desenvolvimento dos trabalhos – nesta segunda etapa – envolve a ETM (Equipe

Técnica Municipal), a Secretaria Municipal de Administração e Finanças e a Câmara

Municipal, mais a assessoria contratada pelo processo licitatório qualificado no Processo

Administrativo nº 024/2009, Public - Consultoria Financeira e Habitacional Ltda.

A participação na Etapa II, Diagnóstico, objetiva despertar a percepção da população

para os problemas urbanos e habitacionais e divulgar as informações produzidas nesta

etapa. O nivelamento de informações, bem como a construção de uma leitura comum de

problemas prioritários, são estratégias fundamentais para viabilizar o processo de tomada

de decisões na etapa seguinte: Estratégias de Ação.

Desta forma, este Diagnóstico do Setor Habitacional é composto por dois grandes

itens, conforme disposto no Guia de Adesão ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse

Social – SNHIS. São eles: (2.1) Contexto Regional e (2.2) Necessidades Habitacionais.

Dentro destes, os respectivos subitens, (2.1.1) Inserção Regional e Características do

Município, (2.1.2) Atores Sociais e suas Capacidades, (2.1.3) Condições Institucionais e

Administrativas, (2.1.4) Marcos Legais e Regulatórios, (2.1.5) Oferta Habitacional, (2.2.1)

Precariedade Habitacional, (2.2.2) Déficit Habitacional Qualitativo e Quantitativo, (2.2.3)

Incremento de estoque, (2.2.4) Reposição de Estoque (2.2.5) Inadequação de Domicílios

(2.2.6) Resultado do Déficit Habitacional (2.2.7) Cálculo da Demanda Demográfica Futura

(2.2.8) Produção habitacional: Alternativas, padrões e custos e 2.2.9. Quadro Geral das

Necessidades Habitacionais.

Este primeiro item se inicia posicionando Abadia de Goiás num panorama macro que

envolve sua relação regional – sobretudo na Micro Região de Planejamento de Goiânia -, sua

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demografia, o trabalho e a renda de sua população e, finalmente é, abordada a situação da

habitação no município.

No segundo item, relativo às necessidades habitacionais, primeiramente procura-se

conceituá-lo e compatibilizá-lo com a Política Nacional Brasileira. Depois são apresentados

os dados do SEPLAN/ SEPIN e do Observatório das Metrópoles, ambos utilizam também o

levantamento censitário do IBGE (2000/2009). Então se analisa a tabulação dos dados das

fichas da pesquisa sócio-econômicas do Cadastro da demanda Habitacional realizada pela

Prefeitura Municipal.

Ao final, tem-se a demanda habitacional e suas necessidades.

COORDENAÇÃO DO PLHIS

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2. DIAGNÓSTICO HABITACIONAL

2.1. Contexto

2.1.1. Inserção Regional e Características do Município

A. O Contexto Regional

De acordo com o SEPLAN/ SEPIN (Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento de

Goiás/ Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação), o Estado de Goiás está

dividido em 18 Microrregiões, segundo IBGE, de acordo com a resolução - PR nº 11 de

05/06/90. São integrantes da Lei Estadual do PPA 2004/2007.

Fig. 01: Mapa das Microrregiões de Goiás

MICRORREGIÕES 1 - São Miguel do Araguaia 2 - Rio Vermelho 3 - Aragarças 4 - Porangatu 5 - Chapada dos Veadeiros 6 - Ceres 7 - Anápolis 8 - Iporá 9 - Anicuns 10 - Goiânia 11 - Vão do Paranã 12 - Entorno de Brasília 13 - Sudoeste de Goiás 14 - Vale do Rio dos Bois 15 - Meia Ponte 16 - Pires do Rio 17 - Catalão 18 - Quirinópolis

Fonte: (IBGE, 1990)

O município de Abadia de Goiás está situado na Microrregião de Goiânia (010),

composta de 18 municípios e localizada no planalto central, na região Centro-Oeste, no

Estado de Goiás, mais precisamente entre os paralelos 16º 45’ 26” de latitude sul e os

meridianos 49º 26’ 15” de longitude oeste de Gwr, com altitude de 898m e área territorial

de 146,46 km². É um dos municípios que constituem a Região Metropolitana de Goiânia.

Fig. 02: Mapa da Microrregião 010 - Goiânia: 18 municípios

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Fonte: (IBGE, 1990)

Abadia de Goiás Goiânia Nerópolis Goianápolis Santo Antônio de Goiás Teresópolis Leopoldo de Bulhões Bonfinópolis Caldazinha Senador Canedo Aparecida de Goiânia Bela Vista de Goiás Hidrolândia Aragoiânia Guapó Trindade Goiânira Santo Antônio de Goiás

Abadia de Goiás integra a Bacia Hidrográfica do Paraíba, Regional do Baixo Meia

Ponte, ilustrado em azul ciano, na área central do mapa abaixo.

Fig. 03: Mapa da Bacia do Rio Paranaíba

Fonte: Ministério dos Transportes (2010)

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Fig. 04: Mapa da Base Cartográfica do município de Abadia de Goiás - GO:

Fig. 05 Mapa Área Urbana

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B. A História do Lugar: o processo de ocupação Abadia de Goiás foi fundada por volta do ano de 1953 e elevada a categoria de

município no ano de 1995 pela Lei estadual 12.799. Pertence a mesorregião Centro Goiano e

microrregião de Goiânia.

Algumas famílias em 1840 ganharam grandes terras do governo para a criação de gado

e para o plantio de lavouras. À medida que novas pessoas chegavam à região, os coronéis

dividiam suas terras em lotes. A autoridade da região era passada de pai para filho, este

administrava todos os bens deixados pelo pai.

As famílias: Alves Forte, Alves Queiroz, Alves de Oliveira, Alves de Carvalho, Alves

Galvão, foram considerados como os coronéis da região (Quartiões, assim eram chamados

os coronéis da época). Estas famílias por volta de 1840 adquiriram da Fazenda Nacional

(Governo), amplas áreas de terras (mata virgem), como todos que compravam quadras de

campos ou léguas desmatariam para criação de gado e plantio de lavouras, o latifúndio era a

regra e com ele em vista da escassa população, tinha-se em mira assegurar o domínio de tão

vastos territórios, não só com trabalho como também com armas.

Movidos pelos interesses e desejos de promoverem o desenvolvimento das pessoas no

qual pareciam que já haviam fixado diversos moradores, dando os primeiros sinais de vida e

progresso, os coronéis resolveram mandar medir as áreas dividindo-as em lotes de 4.000 por

400 metros separados por travessões (cerca de madeira) as que se chamou mais tarde de

linhas. Esses senhores passavam procurações a seus filhos mais novos que administrariam as

propriedades, como foi o caso de Antônio Alves Forte que com o falecimento de seu pai

assumiu a fazenda, até hoje é a sede principal da região. Fazenda essa que se chama Poções.

Conforme a tradição, os filhos mais novos assumiam a sede, assim aconteceu, Eduardo

passou a ser o guardião da região (coronel), administrando os bens deixados pelos seus pais,

que se casou com Ana Marques da Cruz filha de família tradicional em Minas Gerais, tiveram

três filhos, Fleuripes, Orminda e Gorgônio Alves Forte, que mais tarde veio a ser líder político

formando assim uma corrente de grandes líderes na área da agropecuária, que eram eles:

Eduardo Alves Forte, Manoel Libânio (Pedro), Manoel Limíro, José Basilio Ribeiro, José

Ferreira (Anésio), Joaquim Basílio, Juvenal Queiroz, Ovídio Basílio Ribeiro, Landinho Queiroz,

Antônio Alves de Queiroz, Antônio Teodoro Toledo, Sebastião Martins, José Pedro da Costa;

foram estes os primeiros moradores da região.

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Em seguida chegou à região um senhor por nome Paulino Rosa que comprou do senhor

Manoel Pedro uma pequena gleba de terra, que juntamente com o seu filho Inácio Rosa

(Badico), construiu a primeira casa (em 29 de março de 1956) do povoado de Abadia de

Goiás, hoje o município. Foi Badico também que colocou o primeiro comércio na sede do

município, e o primeiro loteamento, logo em seguida chegaram outros moradores que

construíram suas residências, em mais dois comércios.

Em seguida começaram novos loteamentos, como a Vila Goiany, Vila Nossa Senhora da

Guia, com a abertura dos loteamentos novos moradores chegaram, formando uma pequena

comunidade. A princípio o nome do povoado seria Abadia dos Dourados em virtude do

Ribeirão Dourados que se encontra próximo da região, mas a sugestão de Abadia de Goiás

prevaleceu, em homenagem a uma santa, a Nossa Senhora da Abadia.

O povoado foi se desenvolvendo rapidamente e devido seu desenvolvimento teve-se a

idéia de construir uma Igreja, despertando assim o interesse nos moradores, que

organizaram e fizeram o primeiro festejo em 15/08/1960, as margens da Rodovia BR 060,

formaram uma comissão, para a construção de uma Igreja.

Em julho de 1962, iniciaram a construção de uma igreja para Nossa Senhora da Abadia

e esta foi inaugurada em 15 de agosto de 1963 com a chegada da imagem da santa. Em

janeiro de 1964, Badico construiu um clube na cidade e em dezembro de 1966 foi fundada a

Irmandade do Apostolado do Sagrado Coração de Jesus pelo padre de uma das igrejas de

Goiânia.

Após muita luta do Governador do Estado de Goiás na época o Dr. Irapuan Costa Júnior

e o Prefeito de Goiânia o Senhor Francisco de Freitas Castro, a cidade de Abadia de Goiás no

dia 10/08/1976, recebeu a energia elétrica. No dia 16/05/1982, foi inaugurado pelo

governador Dr. Ary Valadão a linha de ônibus Goiânia à Abadia de Goiás em 1982, foi

novamente eleito vereador, como líder e representante desse povo continuou sua luta em

prol de benefícios, para o desenvolvimento do pequeno povoado, os quais chegaram em

seguida como: O Posto Telefônico, Posto de Saúde, Escola de Primeiro Grau, Asfalto, Posto

Policial, Água Tratada, Energia Elétrica e vários outros.

Em 29 setembro de 1987 com o acidente Radiológico ocorrido em Goiânia (CÉSIO 137)

deu-se a vinda dos rejeitos ao povoado de Abadia de Goiás por imposição dos Governos

Municipal e Estadual. Após a transferência criou-se pelo Decreto 666 de 05 de junho de

1990, assinado pelo Prefeito de Goiânia Nion Albernaz o Distrito de Abadia de Goiás, e em

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seguida o processo de Emancipação Política do referido Distrito, que ficou suspenso até

meados de 1995.

Em 27 de dezembro de 1995, o município foi desmembrado de Aragoiânia, Trindade,

Guapó e Goiânia conseguindo ser emancipado.

A aproximadamente 1 km da região urbana encontra-se o lixo radioativo proveniente

do acidente de Goiânia, com o isótopo de metal alcalico Césio, armazenado em dois

depósitos subterrâneos, tornando Abadia de Goiás conhecida mundialmente pelo Césio 137.

Quadro 02- Matriz de sistematização das relações regionais em Abadia de Goiás/GO.

TEM APOIADO OS ESTADOS/

MUNICÍPIOS DE PARA

TEM SE APOIADO NO MUNICÍPIO DE

PARA

Minas Gerais Indústria CEASA e hortifruti

Trindade Prestação

de Serviços

EDUCAÇÃO, SAÚDE, SOCIAL, ECONÔMICO,

TRANSPORTE

Tocantins AGRICULTURA

(Algodão e Soja) PRIVADO Guapó

Prestação de Serviços

SEGURANÇA E PODER JUDICIARIO

São Paulo e Mato Grosso

CARNE FRIBOI Goiânia Prestação

de Serviços SAÚDE

Fonte: PMAG1, 2011.

Fig. 07: Mapa de relações regionais de Abadia de Goiás/GO.

Fonte: PMAG (2011).

1 Prefeitura Municipal de Abadia de Goiás

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B1. A cultura de morar

Tipologia atual dos imóveis no município de Abadia de Goiás /GO

Tipologia padrão: casas térreas, maioria de 2 dormitórios, alpendre e área de serviço no

interior da casa e banheiro dentro de casa, quintal, garagem para 1 carro, muro em placas

ou tijolos, calçada sem pavimento, água encanada, caixa d´água externa e fossa séptica,

energia elétrica.

Fig. 08: Formas de morar de Abadia de Goiás/GO.

Casa térrea feita de aproveitamentos da construção civil, sem banheiro, com quintal de terra, cerca de arame e piquetes de madeira refletindo assim, a precariedade

Casa térrea feita de tijolos de barro cozido, com telhas cerâmicas, sem forro, quintal de chão batido, cerca de arame piquetes de madeira.

Tipologia com 1 quarto, feita com tijolos e telha de fibrocimento. Banheiro e tanque pra fora.

Casa térrea feita de tijolos esquadrias de metal, telhas de barro cozido, quintal em chão batido, cerca de arame piquetes de madeira. Nota-se a autonomia da habitação com a divisa do lote.

Fonte: Public (2011).

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B2. Perfil Municipal Institucional e Regional

Fig. 09: Perfil municipal de Abadia de Goiás /GO.

Vista da Avenida Comercial pela GO-060

Entrada da Comissão Nacional de Energia Nuclear

Vista aérea de Abadia de Goiás

Fonte: PMAG, 2012.

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CMEI José Pedro da Costa Centro de Geração de Renda

Centro de Saúde Prefeitura Municipal “Palácio Telma Ortegal”

Secretaria Municipal do Bem Estar Social Secretaria Municipal de Educação

Câmara Municipal PSH (40 UH): Governo Estadual

Fonte: PMAG, 2012.

C. Demografia

Segundo levantamento da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do estado

de Goiás (GEOGoiás, 2002), a distribuição espacial da população do Estado de Goiás mostra

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contrastes entre grandes adensamentos e áreas pouco ocupadas. Essa desigualdade é

reflexo da dinâmica econômica, que produz economias na concentração geográfica de

atividades, privilegia tipos de ocupação e de uso de fatores naturais, e predispõe certas

porções do território a determinadas atividades produtivas. Isso resultou no avanço da

população migrante em direção a terras devolutas, disponíveis no Estado até meados do

século XX. A população, originária, sobretudo da região sudeste, tinha como atração, até o

inicio da década de 1950, as terras férteis do sudoeste de Goiás, aquela época cobertas por

matas.

A partir de 1950, os grandes fluxos migratórios rurais se direcionaram para a fronteira

agrícola em expansão, consolidando núcleos já existentes na porção sul do Estado. Mais

recentemente observa-se a predominância do fluxo migratório com destino urbano,

catalisado pelos municípios próximos à capital do Estado e Entorno de Brasília.

Conforme o levantamento Censitário realizado pelo IBGE e utilizado pelo Observatório

das Metrópoles, Abadia de Goiás possui o seguinte crescimento:

Quadro 01: RM2 de Goiânia: População e Taxa Geométrica de crescimento (a. a.)

Fonte: IBGE/Censos Demográficos. Elaboração: Observatório das Metrópoles – Núcleo Goiânia.

Segundo IBGE, esta taxa expressa em termos percentuais o crescimento médio da

população em um determinado período de tempo. Geralmente, considera-se que a

população experimenta um crescimento exponencial também denominado como

geométrico.

Quadro 02: RM de Goiânia - População residente por sexo

Fonte: IBGE/Censos Demográficos. Elaboração: Observatório das Metrópoles – Núcleo Goiânia.

Segundo a análise do GEOGoiás (2002), a evolução populacional do Estado de Goiás

apresenta aspectos significativos quanto à população rural, que perde grande contingente

entre 1980 e 1991 em decorrência da modernização dos processos produtivos, fator que

2 Região Metropolitana de Goiânia

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levou à dispensa de trabalhadores no campo, e da atração exercida pelas cidades, que

dispunham de melhor infraestrutura social e acalentavam o mito – para os habitantes do

campo – da oferta aparentemente ilimitada de empregos.

A população rural continua registrando contínuos e significativos decréscimos, mesmo

após a queda de quase 50% de seu contingente na década de 1980. O crescimento da

população urbana, que praticamente duplicou na década de 1960 induzido pela construção

de Brasília, contribuiu para a formação de uma rede regional de cidades, a partir de Goiânia

e Entorno da Capital Federal, aumentando a importância das atividades comerciais e dando

um novo impulso para a estruturação da economia regional.

Nota-se que a população total do município teve um aumento nos últimos dez anos de

72%. Há mais habitantes na zona urbana, considerando sua migração e conseqüente

crescimento de taxa de urbanização em 84% em 2010.

Quadro 03: RM de Goiânia – População por situação do domicílio e taxa de urbanização

Fonte: IBGE/Censos Demográficos. Elaboração: Observatório das Metrópoles – Núcleo Goiânia.

Migração

Segundo o levantamento GEOGoiás, a migração intra e interestadual tem sido um

componente relevante na dinâmica populacional de Goiás, e vem levando nas últimas

décadas a uma grande concentração populacional nos aglomerados urbanos de Goiânia e

Entorno de Brasília.

Como já abordado na análise da fecundidade, o componente da migração

interestadual passa a ser, a partir da presente década, um fator relevante no crescimento

populacional do Estado.

O fluxo de pessoas de outros estados para Goiás, na década de 1970, já se dirigia

predominantemente (76,3% do total) para áreas urbanas, perdendo suas características

anteriores de ocupação do território pela agricultura e pecuária. No período 1991/1996,

última informação disponível, 91,5% dos migrantes escolhiam as áreas urbanas dos

municípios goianos como seu destino.

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Quadro 04: Taxas médias anuais de imigração e emigração segundo microrregiões do Estado de Goiás (1970/1980 e 1981/1991)

Fonte: IBGE (Censo demográfico de 1970/ 1991).

D. Projeção populacional

A projeção da população elaborada pelo IBGE para o Estado de Goiás considera as

estruturas etárias da população residente, níveis e padrões de fecundidade e mortalidade e

saldo migratório.

As alterações na estrutura da população do município são indicadores que conduzem

às políticas públicas para atender a essas demandas. Refletem as necessidades sobre oferta

de trabalho, ensino e prestações de serviços, saúde e seguridade social. Esta taxa deve ser

revista a cada Censo, pois indicam as mudanças de comportamento, oportunidades e

refletem no espaço físico da cidade. Goiás apresentou taxa de crescimento anual de 2,3%

(IBGE, 2003).

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Fig 10: Evolução populacional de Abadia de Goiás/ GO (2000 e 2007)

Fonte: IBGE (2007).

Fig. 11: PIB – Produto Interno Bruto de Abadia de Goiás/ GO

Fonte: IBGE (2007).

Quadro 04: Estrutura percentual do PIB e atividades produtivas, segundo Regiões de Planejamento Goiás (2002 – 2007)

Fonte: Seplan/ Sepin, 2007

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A atividade que possui maior rendimento médio no emprego neste município, em

2007, é a prestação de serviços, seguido da indústria e da agropecuária, correspondendo

igualmente ao perfil da Região Metropolitana de Goiânia, que obteve no PIB a prestação de

serviços o seu maior índice, além do maior percentual desenvolvido nos últimos anos

(99,50%).

Quadro 05: Emprego - CAGED de Abadia de Goiás/ GO (1998 a 2008) Emprego

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Admitidos (CAGED) - 2 26 86 261 90 137 194 81 198 182

Desligados (CAGED) - 2 8 45 193 88 127 148 83 188 150

Saldo (CAGED) - - 18 41 68 2 10 46 -2 10 32

Fonte: SEPLAN/ SEPIN (2010).

De acordo com o CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados,

estabelecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, Abadia de Goiás vem aumentando o

saldo de emprego. Analisando o quadro no ano 2.000 o saldo (18) deu um salto positivo oito

anos depois (32) aumentando em 177%.

Quadro 06: Emprego - RAIS de Abadia de Goiás-GO (1998 a 2007) Emprego

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Número de empregos formais (RAIS) 96 172 217 335 513 414 370 444 488 565

Rendimento Médio - R$ (RAIS) ... 319.88 355.04 358.93 416.35 499.28 537.84 613.06 607.67 661.98

Fonte: SEPLAN/ SEPIN (2010).

De acordo com o RAIS, Relação Social de Informações Sociais, estabelecido pelo

Ministério do Trabalho e Emprego, a população desenvolveu um significativo aumento em

seu rendimento médio, progressivamente nos últimos dez anos. Para o PLHIS, este fator é

decisivo, pois sinaliza o poder de endividamento destas famílias. Analisando em relação ao

período de 1999 a 2007, o número de empregos na década aumentou 328%.

Quadro 07: Relatório do Programa Bolsa Família de Abadia de Goiás/ GO (2010)

Município Famílias para

acompanhamento Famílias acompanhadas

Percentual de famílias atendidas %

Abadia de Goiás 351 320 91,17%

Fonte: Ministério da Saúde, Datasus (2010).

Estes números refletem o número de famílias que devem ser prioritárias em relação ao

PLHIS, para saber onde se enquadram no déficit (incremento e reposição).

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É necessário analisar ainda a situação de cada uma delas no cadastro habitacional para

estabelecer uma relação de posição frente às demais cadastradas.

E. Habitação No plano nacional, segundo a Secretaria Nacional de Habitação (2009), através do Guia

de Adesão ao SNHIS, a classificação da tipologia dos municípios foi feita de acordo com sua

população. No procedimento classificatório utilizado pelo PlanHab – Plano Nacional de

Habitação (2005), Abadia de Goiás sendo um dos municípios com menos de 20.000

habitantes, enquadra-se como tipologia “I - 15: Pequenas cidades com poucas atividades

urbanas em espaços rurais prósperos”.

Quadro 08: Correspondência de tipos – Tipologia das cidades brasileiras (2005)

Fonte: Consórcio Instituto Via Pública / LabHab-Fupam / Logos Engenharia, a partir do Estudo Tipologia

das Cidades Brasileiras do Observatório das Metrópoles, 2005.

Esta classificação definirá os parâmetros para definir suas diretrizes mais adiante, no

Produto 3, repercutindo em:

a) Financiamentos e subsídios;

b) Arranjos e desenvolvimento institucional;

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c) Cadeia Produtiva da Construção Civil e

d) Estratégias urbano-fundiárias.

Segundo a pesquisa para o PlanHab, esta tipologia concentra 70% do déficit

habitacional rural do país, bem como maior grau de precariedade expresso nos altíssimos

índices de domicílios sem banheiro.

Quadro 09: Quadro de caracterização da população dos tipos I,J e K (2000)

Fonte: Consórcio Instituto Via Pública / LabHab-Fupam / Logos Engenharia, a partir do Estudo Tipologia das Cidades Brasileiras do Observatório das Metrópoles, 2005. Quadro 10: Quadro de caracterização do déficit habitacional básico dos tipos I,J e K (2000)

Fonte: Consórcio Instituto Via Pública / LabHab-Fupam / Logos Engenharia, a partir do Estudo Tipologia das Cidades Brasileiras do Observatório das Metrópoles, 2005.

Quadro 11: Taxa de crescimento da população 1991-2000 e domicílios sem sanitários dos tipos I,J e K (2000)

Fonte: Consórcio Instituto Via Pública / LabHab-Fupam / Logos Engenharia, a partir do Estudo Tipologia das Cidades Brasileiras do Observatório das Metrópoles, 2005.

No estado de Goiás, houve em 2008 a capacitação através do Governo do Estado pela

AGEHAB – Agência Goiana de Habitação, para preparar os 246 municípios a desenvolverem

seus PLHIS. Assim, os municípios se estruturariam para elaboração e implementação de seus

planos, programas e projetos habitacionais, integrando-se e cumprindo seu papel frente ao

SNHIS. Os municípios foram classificados, pelo estado de Goiás, em quatro categorias:

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Com mais de 50.000 habitantes (17 municípios);

Com até 5.000 habitantes (104 municipios);

Com até 10.000 habitantes (105 municípios) e

Com até 20.000 habitantes (202 municipios).

Nesta oportunidade, podemos destacar Abadia de Goiás e seu entorno, no

Diagnóstico do Setor Habitacional do estado de Goiás, com o seguinte perfil:

Fig. 11: Mapa de adesão ao SNHIS/GO, 2008.

Fonte: AGEHAB, 2008.

Para fazer a adesão ao SNHIS é necessário aprovar o FMHIS - Fundo Municipal de

Habitação de Interesse Social (com Conselho Gestor) e elaborar seu PLHIS. Neste período,

Abadia de Goiás era um dos 57 municípios que tinha aderido ao SNHIS, foi selecionado com

o recurso do FNHIS para elaborar seu PLHIS, ficando entre os prioritários, conforme mapa

abaixo.

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Fig. 12: Mapa de prioridade dos municípios goianos que foram selecionados com recursos do FNHIS para elaborar o PLHIS, 2008.

Fonte: AGEHAB, 2008.

Em 2009, o município deu início ao processo de licitação de seu PLHIS.

Para sua construção, a definição pela população determina os caminhos desta

pesquisa, definindo a fonte de coleta de dados. Isto porque em 2005, a Fundação João

Pinheiro estabeleceu um convênio com o IBGE, onde selecionava dos itens municipais,

somente aqueles sobre habitação, construindo o documento sobre o “Déficit Habitacional

do Brasil, Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas” (FJP, 2005).

Quadro 12: Domicílios particulares permanentes de Abadia de Goiás/ GO (2010)

Domicílios Particulares Permanentes 2010 Total (número) 2.132

Fonte: IBGE (2010)

F. Assentamentos Precários: favelas, loteamentos clandestinos ou irregulares

Abadia de Goiás possui 29 bairros não havendo registro de favelas ou cortiços. Dentre

os bairros existentes no município, há um loteamento irregular, o Setor Jardim Itarumã. O

Plano Diretor do Município de Abadia de Goiás estabelece que a Macrozona de atividade

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acompanhada ou requalificação urbana compreende os Setores Centro, Vila Nossa Senhora

da Guia, Vila Goiany, Parque Izabel e adjacências.

A Macrozona de Regularização Fundiária compreende os Setores Conjunto Arco Íris,

Conjunto Renascer e Dom Felipe e Vila Socorro.

O Plano Diretor cita as seguintes áreas de ZEIS:

- Conjunto Arco Íris;

- Conjunto Renascer;

- Jardim Itarumã;

- Parque São Dimas;

- Vila Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

E ainda, de acordo com o macrozoneamento, o Setor Nova Abadia deve ser prioritário

para ocupação com moradias, priorizando os vazios urbanos.

Quanto às áreas de risco, em função de erosão, necessitam de recursos as seguintes

áreas: Campos Elíseos, Residencial Copacabana, Recanto dos Dourados, Dom Felipe, Quinta

dos Sonhos, Conjunto Arco-Íris, Conjunto Renascer.

De acordo com o Plano Diretor, o poder público poderá, no prazo de 4 (quatro) anos,

promover a regularização fundiária nos loteamentos já existentes, remembrando e

desmembrando áreas, destinando-as de acordo com o cadastramento do Município,

observando as disposições legais.

2.1.2. Atores Sociais e suas Capacidades

No Produto 1 – Proposta Metodológica, o objetivo proposto era a forma de

mobilização e o desenvolvimento das atividades para a elaboração do Produto 2 –

Diagnóstico do Setor Habitacional. Nesta oportunidade retrata-se como realmente se deu

este processo e seus resultados.

A portaria n° 216 /2010 de 08 de novembro de 2010, nomeia a Equipe Técnica

Municipal como ilustrada na tabela abaixo.

Quadro 13: Equipe Técnica Municipal (ETM)

01 Neylon Teixeira Faleiro Secretário de

Administração Coordenador

02 Fabiana Costa Ribeiro Moraes Assistente Administrativo Membro

03 Luiza Correa Dias Borges Chefe de Departamento

do Idoso Membro

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04 Divino Alves dos Santos Vice-Prefeito Membro

05 Luciana De Oliveira Silva Assistente Social Membro

06 Juraci de Jesus Damaceno Ator Social Membro

07 Willian Antonio de Andade Vereador Membro

08 Wellinton Antonio da Silva Setor Produtivo Membro

09 Lucélia Batista da Silva Ator Social Membro

Fonte: PMAG, 2010.

2.1.2.1. Planejamento e resultados sobre a divulgação do Produto 2 do PLHIS

A. Objetivos

Divulgar para a população o PLHIS em Abadia de Goiás/GO, através de reunião

pública por meio de um plano de comunicação. A participação e contribuição popular

para o desenvolvimento do Diagnóstico do Setor Habitacional são as prioridades

desta etapa do trabalho.

Quadro 14: Plano de Comunicação em Abadia de Goiás/GO.

correio, cci, escolas, posto de

saúde, repartições

publicas.

Cartazes 15 10 dias antes do

evento 10 dias

Comunidade em geral

Convites 150 Entrega na

semana do evento -

Comunidade em geral

Inserção/radio 10/diárias/10 dias

Durante a reunião, na

entrada e no interior do

ambiente da reunião.

Durante a reunião

Comunidade em geral

Carro de som 2 horas

diárias/02dias Na semana da

reunião Na semana da

reunião Fonte: Reuniões Comunitárias e pactuação, 2011.

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Fig.12: Cartaz exposto no Posto de Saúde

Fonte: PMAG, 2010.

B. Ação

Durante este período, foram contactadas a maioria dos representantes de bairro,

associações dos movimentos populares, entidades civis, entidades profissionais e escolares,

pessoas ligadas à dinâmica local para podermos entender a melhor forma possível de

estabelecermos a comunicação sobre o PLHIS.

C. Material utilizado para a divulgação

Convocação e comunicação interna para os funcionários públicos da PMA por meio

de convites;

Divulgação para a população através do rádio (chamadas locais e entrevistas),

convites entregues na residência dos coordenadores dos PAs, nos bairros, carro de

som e faixa para alcançar o maior número de pessoas do município.

D. Resultados

De forma geral, obtiveram-se bons resultados em vista da divulgação ter conseguido

abranger todo o território, pois as reuniões estavam repletas e com um público bastante

interessado e participante.

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2.1.3. Planejamento e resultados das reuniões sobre o Produto 2 do PLHIS

A. Objetivos

Apresentação: capacitar membros da sociedade civil organizada e do poder público

para promover a divulgação e os esclarecimentos necessários a outros cidadãos,

referente ao PLHIS em questão;

Pactuação: envolver os membros da sociedade civil organizada e do poder público a

fim de apresentar e analisar os resultados da versão preliminar do Produto 2, dando

a oportunidade de alterar ou concordar com os dados coletados;

B. Para a pactuação do Produto 2 do PLHIS

Apresentação em Formato Power Point (dos dados do produto 2 preliminar), aos

presentes à reunião com data show.

Pactuação com efetiva participação da população, através de feedback presencial,

apresentando de forma simples os resultados de cada RC e abrindo espaço para

sugestões e propostas, dúvidas e colocações, a fim de sistematizar através da

redação da ata elaborada ao longo da reunião para a redação do produto 2 final.

C. Pauta da Reunião

C1. Apresentação do Produto 2 do PLHIS

1. Assinatura da lista de presença;

2. Abertura realizada pelas ETM e ETC;

3. Introdução ao PLHIS, com pauta em tópicos de aspectos gerais:

Contexto regional;

Necessidades Habitacionais;

4. Inserção da metodologia do PLHIS, discorrendo sobre as principais etapas para a

elaboração do Diagnóstico do Setor Habitacional de Abadia de Goiás/GO;

5. Leitura da Ata para que todos tomem ciência dos apontamentos e confirmem as

informações coletadas.

C2. Pactuação do Produto 2 do PLHIS

1. Assinatura da lista de presença;

2. Abertura realizada pelas ETM e ETC;

3. Apresentação dos dados coletados das fontes primárias e secundárias;

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4. Momento da pactuação com abertura para a participação e votação do conteúdo

apresentado;

5. Leitura da Ata para que todos tomem ciência dos apontamentos e confirmem as

informações coletadas.

D- Resultados das reuniões: apresentação e pactuação do PLHIS

Durante as reuniões houve grande receptividade da população, que contribuiu de

forma interativa para a elaboração do Diagnóstico do PLHIS.

Através das reuniões junto à população pode-se obter uma amostragem da realidade

das questões da habitação, infraestrutura, equipamentos urbanos, meio ambiente e

vulnerabilidade social para estabelecermos parâmetros frente aos dados frios.

O resultado obtido tem o caráter quase totalitário, representando a vontade da

maioria que compareceu à reunião. De fato, a maior contribuição da reunião para o PLHIS,

foi no sentido da mobilização, pois mesmo que se desenvolvam os temas do Diagnóstico de

uma forma menos técnica, ainda assim a população tem algumas dificuldades de

entendimento sobre as questões urbanas, tal como, reconhecer o nome do bairro em que

reside.

Sendo assim, a população contribuiu com sua vivência, suas impressões reais,

necessidades e dificuldades, mas principalmente relatando democraticamente, exercendo

sua cidadania.

Tanto na reunião de apresentação quanto na de pactuação, o que pudemos comprovar

é que o cidadão tem poucas ou quase nenhuma reivindicação. Que a cidade lhe favorece

uma boa qualidade de vida (sendo relatada de média a média baixa), sendo unânime o gosto

por ela, havendo pouca violência e baixo índice nas questões de vulnerabilidade social.

Durante a reunião de apresentação, foi relatado por um participante, o fato da falta de

lazer para os jovens, creches para as que as mães possam trabalhar tranquilas. Existem

equipamentos públicos, mas, precisam melhorar os serviços. Quanto à infraestrutura, a

prioridade é para coleta e tratamento de esgoto e construção do Aterro Sanitário Municipal.

Durante a reunião de pactuação, a população foi informada dos percentuais e valores

relativos ao seu déficit habitacional. Houve um entendimento geral da situação, sendo

exposta de maneira interativa entendendo a necessidade de se firmar convênios federais e

estaduais.

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Reunião realizada no Centro de Abadia de Goiás/GO, Data: 12/05/2011 (ETC, ETM e população)

Fig.13: Fotos da reunião de apresentação do PLHIS em Abadia de Goiás/GO

Comunidade atenta a explanação da reunião Conferência da coleta de dados

Assinatura da lista de presença Presença da população

Reunião realizada na Vila Socorro de Abadia de Goiás/GO, Data: 01/10/2010 ETC, ETM e população)

Fig.14: Fotos da reunião de apresentação do PLHIS em Abadia de Goiás/GO

Célia Gillet, responsável técnica da Public, falando a comunidade sobre o PLHIS.

Presidente do FMHIS, Dr. Neylon com a comunidade na reunião comunitária

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Participação da Comunidade Comunidade atenta à importância do PLHIS para o município.

2.1.4. Condições Institucionais e Administrativas do Setor Habitacional

A. Da estrutura organizacional do Setor Habitacional

Com relação à existência de instâncias participativas relacionadas á política local de

habitação, destaca-se que o município instituiu o Conselho Municipal de Habitação criado

em 2008 juntamente com a criação do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social,

com a finalidade de atender às normas derivadas da instituição do Sistema e do Fundo

Nacional de Habitação de Interesse Social.

No setor responsável pela Habitação na Prefeitura, existem cadastros e levantamento

de famílias interessadas em programas habitacionais. Esse cadastro não é informatizado e

inclui a natureza do benefício habitacional pretendido pelas famílias. Há um critério de

preferência e/ou prioridade para o atendimento das pessoas interessadas, identificadas de

acordo com a situação, ou seja, se são idosos, mulheres chefes de família, de acordo com a

renda per capita, etc. (segue organograma da estrutura administrativa).

B. Do quadro de Funcionários

O Município possui uma Assistente Social, técnica qualificada para realizar estudos

de necessidades de moradias para população carente, e conta com um Engenheiro

responsável pela área de Obras, que pode conciliar atividades da Habitação.

Sendo relevante observar que é necessário aumentar o quadro funcional, em pessoal

técnico próprio e capacitado para atender as características e o volume de trabalho.

Também é necessário formalizar registros dos diagnósticos das necessidades habitacionais

realizadas, bem como levantar e indicar readequação dos equipamentos existentes, em

quantidade e qualidade a fim de garantir o desdobramento dos trabalhos.

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C. Dos equipamentos e Máquinas

O município possui apenas quatro (04) máquinas e equipamentos necessários para

construção de moradias e infraestrutura urbana para atender à demanda de habitação da

população carente.

Fig. 15: Organograma da dinâmica administrativa habitacional de Abadia de Goiás/GO

Fonte: PMA

Em Abadia de Goiás não há uma Secretaria específica para a Habitação, mas uma

composição de várias Secretarias, que em conjunto com o Fundo e o Conselho Municipal da

Habitação, resolvem as questões habitacionais.

2.1.5. Marcos Legais e Regulatórios

A análise dos marcos legais e regulatórios que norteiam o ordenamento do solo é feita

por duas distintas perspectivas: o âmbito regulatório normativo de competência conjunta

das três esferas de governo (federal, estadual e municipal) e o âmbito regulatório da

legislação municipal.

A. Âmbito de Regulação da Legislação Federal

O crescimento de uma nação depende de políticas públicas e ações estatais eficazes

capazes de solucionar os problemas de ordem econômica e social, dentre as quais estão os

direitos fundamentais à vida, à saúde, à habitação, ao meio ambiente ecológico sustentável.

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No Brasil, por exemplo, até o ano de 2007, o saneamento básico foi tratado como um

setor de importância secundária, uma vez que outros setores da infraestrutura recebiam

mais atenção dos setores públicos e privados por serem considerados mais atrativos

economicamente.

Com a publicação da Lei nº 11.445/2007 o saneamento básico passou a ser exigência

legal. Essa lei tem como fundamento reger as diretrizes nacionais para o saneamento básico,

ordenando, dentre outras questões, os princípios fundamentais do exercício da titularidade,

a prestação regionalizada dos serviços públicos, de saneamento básico, as atividades de

planejamento, a regulação, os aspectos econômicos e sociais, os aspectos técnicos, a

participação de órgãos colegiados no controle social e política federal de saneamento básico.

Essa lei inovou o ordenamento jurídico brasileiro ao conceituar que o saneamento

básico representa os serviços de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário,

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais

urbanas, bem como apresentou os caminhos para a solução da instituição de um marco

regulatório do saneamento com prazos para o seu cumprimento no âmbito da

universalização desses serviços. A Lei federal 11.445/07 estabelece a proibição de soluções

individuais para o abastecimento de água e a destinação final dos esgotos sanitários, como

poços subterrâneos e fossas sépticas, nas edificações onde o município disponibilize a rede

pública de saneamento. Isso quer dizer que somente o titular dos serviços estabelecidos pela

Constituição Federal, ou seja, o poder municipal poderá propor alternativas para captação

de água destinada ao abastecimento urbano, individual ou coletivo bem como a destinação

final dos esgotos sanitários.

O Decreto 79.367/1977, que dispõe sobre normas e o padrão de potabilidade da água,

em seu art. 3º consta o seguinte: “Os órgãos e entidades dos Estados, Municípios. Distrito

Federal e Territórios, responsáveis pela operação dos sistemas de abastecimento público,

deverão adotar, obrigatoriamente as normas e o padrão de potabilidade estabelecidos pelo

Ministério da Saúde”.

Também na Constituição Federal algumas competências são simultâneas nas três

esferas de governo, tais como, as limitações urbanísticas. Outras competências são distintas,

atuando cada esfera de governo em um determinado nível. No art. 30, inciso V da CF

“Compete aos municípios: Organizar e prestar, diretamente ou sob-regime de concessão ou

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permissão, os serviços públicos de interesse local”. Esse artigo da CF denota que o município

recebeu atribuições próprias e comuns aos demais entes federados, com total autonomia.

Outra Lei que insere nesse contexto é a Lei nº 8.987/95 – Dispõe sobre o regime de

concessão e permissão da prestação de serviços públicos. E ainda, a Lei nº 9.074/95 –

Estabelece normas para outorga e prorrogações das concessões e a Lei nº 8.666/93 – Institui

normas para licitações e contratos da Administração Pública.

B. Legislação Urbanística Municipal

O município de Abadia de Goiás dispõe de legislações pertinentes ao ordenamento

territorial como a Lei n.º 47/97 que institui o Código de Obras e a Lei n.º 211/2003 que

institui o Código de Posturas.

Analisaremos alguns aspectos do Plano Diretor. A Lei Complementar nº 003/2008

dispõe sobre o Plano Diretor do Município de Abadia de Goiás.

No setor da Habitação, a Política Municipal de Habitação tem como objetivos:

I. garantir o acesso à terra urbanizada e à moradia, ampliando a oferta e melhorando

as condições de habitabilidade da população de baixa renda;

II. a produção de Habitação de Interesse Social – HIS e Habitação de Mercado Popular –

HMP, pela iniciativa privada, dependerá de aprovação, por lei específica, do Poder

Executivo;

III. garantir a sustentabilidade social, econômica e ambiental nos programas

habitacionais, por intermédio das políticas de desenvolvimento econômico e de

gestão ambiental.

IV. a distância mínima do manancial será de 50 (cinqüenta) metros para as chácaras

existentes antes da vigência desta Lei Complementar e 100 (cem) para

empreendimentos a serem abertos após a vigência desta Lei Complementar.

V. o empreendedor, seja ele privado ou não deverá preservar o manancial e revitalizá-

lo, com plantio de vegetação ciliar numa extensão mínima de 30 (trinta) metros,

dentro do prazo de 2 (dois) anos, sob pena de interdição e multa;

De acordo com o artigo 12 desta Lei, para a consecução da política deverão ser

adotadas as seguintes diretrizes:

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I. promover a requalificação urbanística e regularização fundiária dos assentamentos

habitacionais precários e irregulares, inclusive de áreas centrais degradadas;

II. assegurar o apoio e o suporte técnico às iniciativas individuais ou coletivas da

população para produzir ou melhorar sua moradia;

III. garantir o incentivo e o apoio à formação de agentes promotores e financeiros não

estatais, a exemplo das cooperativas e associações comunitárias autogestionárias na

execução de programas habitacionais;

IV. promover o acesso à terra, por meio do emprego de instrumentos que assegurem a

utilização adequada das áreas vazias e subutilizadas, para fim específico de moradia;

V. desenvolver programas e projetos de acesso à moradia que contemplem o aluguel

social, o leasing, a autogestão e o consórcio, e incrementem o comércio de imóveis

usados;

VI. viabilizar a reabilitação e o repovoamento das áreas centrais, utilizando-se

instrumentos que estimulem a permanência da população e atraiam novos

moradores dos diferentes segmentos de renda;

VII. impedir ocupações irregulares na Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais e

em todo o restante do território municipal;

VIII. inibir o adensamento e a ampliação dos núcleos habitacionais de baixa renda,

urbanizados ou não;

IX. implementar programas de reabilitação física e ambiental nas áreas de risco;

X. garantir alternativas habitacionais para a população removida das áreas de risco ou

decorrentes de programas de recuperação ambiental e intervenções urbanísticas;

XI. recuperar ambientalmente as áreas legalmente protegidas ocupadas por moradia,

não passíveis de urbanização e de regularização fundiária;

XII. estimular a produção, pela iniciativa privada, de unidades habitacionais voltadas para

o mercado popular;

XIII. fortalecer os mecanismos e instâncias de participação com representantes do poder

público, dos usuários e do setor produtivo na formulação e deliberação das políticas,

na definição das prioridades e na implementação dos programas.

Para os fins desta Lei Complementar, de forma a resguardar a finalidade social dos

empreendimentos, considera-se:

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I. Habitação de Interesse Social - HIS é aquela destinada à população com renda

familiar mensal limitada a 2 (dois) salários mínimos, produzida diretamente pelo

poder público municipal ou com sua expressa anuência com, no máximo, 1 (um)

banheiro por unidade habitacional e 2 (dois) quartos por unidades habitacionais;

II. Habitação de Mercado Popular - HMP é aquela destinada à população com renda

familiar mensal na faixa superior a 1 (um) salário mínimo, produzida pelo mercado

imobiliário com, no máximo, 1 (um) banheiro e 2 (dois) quartos;

Parágrafo único. Os elementos que caracterizam HIS e HMP poderão ser revistos por

Lei Municipal que instituir o Plano Municipal de Habitação - PMH.

O perímetro do Município de Abadia de Goiás compreende o urbano e rural delimitado

por lei própria, estabelecendo critérios de ocupação de acordo com a Lei Complementar,

sendo composto pelo núcleo urbano e áreas descontínuas loteadas, com ou sem ocupação.

O Macrozoneamento fixa as regras fundamentais de ordenamento do território, tendo

como referência as características dos ambientes natural e construído, a fim de controlar e

direcionar o adensamento urbano, em especial nas áreas centrais melhor urbanizadas,

adequando-o à infraestrutura disponível; garantir a utilização dos imóveis não edificados,

subutilizados e não utilizados; possibilitar a instalação de uso múltiplo no território do

Município, desde que atendidos os requisitos de instalação.

O zoneamento institui as regras gerais de uso e ocupação do solo para cada uma das

Zonas em que se subdividem as Macrozonas, de acordo com o Estatuto das Cidades.

O território do Município fica dividido em 10 (dez) Macrozonas, sendo 7 (sete)

urbanas e 3 (três) rurais.

As Macrozonas para ocupação com moradias, compreendem os Setores Jardim Nova

Abadia e Daniella Park e Condomínio Residencial Copacabana e toda área de expansão

urbana já existente.

A Macrozona de restrição à ocupação compreende os Setores Dom Fellipe II,

proximidade da ETA e ETE e CNEN, áreas de extração de substâncias minerais (cascalho) e

lençol freático aflorado.

A Macrozona de atividade acompanhada ou requalificação urbana compreende os

Setores Centro, Vila Nossa Senhora da Guia, Vila Goiany, Parque Izabel e adjacências.

A Macrozona de regularização fundiária abrange os Setores Conjunto Arco Íris,

Conjunto Renascer, Jardim Itarumã, Parque São Dimas e Vila Socorro. O Poder Público

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poderá, no prazo de 4 (quatro) anos, promover a regularização fundiária nos loteamentos já

existentes, remembrando e desmembrando áreas, destinando-as de acordo com

cadastramento do Município, observando as disposições legais.

As Zonas Especiais de Interesse Social, ZEIS, são porções do território destinadas

prioritariamente à regularização fundiária, urbanização e à produção de HIS e de HMP,

compreendem:

I. áreas públicas ou particulares ocupadas por assentamentos de população de baixa

renda na Macrozona Urbana, deverá o Poder Público promover a regularização

fundiária e urbanística, com implantação de equipamentos públicos, inclusive de

recreação e lazer, e comércio e serviços de caráter local;

II. nos terrenos não edificados e imóveis subutilizados ou não utilizados, localizados na

Macrozona Urbana (art. 42) necessários à implantação de programas habitacionais

de interesse social, que deverão ser urbanizados e dotados de equipamentos

públicos;

III. núcleos residenciais de baixa renda, existentes ou consolidados, localizados na

Macrozona de Proteção Ambiental, devendo o Poder Público promover a

regularização fundiária, urbanística e ambiental, com implantação de equipamentos

públicos e comércio e serviços de caráter local.

Em Abadia de Goiás, as Zonas Especiais de Interesse Social estão previstas no Plano

Diretor do Município, porém não foi iniciada a aplicação das ZEIS em áreas ocupadas. As ZEIS

estão delimitadas pelos seguintes setores:

- Conjunto Arco Íris;

- Conjunto Renascer;

- Jardim Itarumã;

- Parque São Dimas;

- Vila Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

C. Legislação Estadual para aprovação de empreendimentos habitacionais

O Estado de Goiás em conformidade com as metas do Programa Moradia Digna e com

a perspectiva de combate ao déficit habitacional terá promovido 50 mil novas moradias, até

o final de 2010, em parcerias firmadas com todos os segmentos da sociedade (poder público

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federal e municipal, empresários, universidades, movimento popular, entidades profissionais

e ONGs). No período de 2006 a 2009 investiu mais de 53 milhões na construção de unidades

habitacionais e equipamentos sociais.

Um dos parceiros fundamentais do Estado de Goiás para o cumprimento dessas metas

é o governo federal que, com o Programa Minha Casa, Minha Vida, destina recursos para a

construção de 27.623 unidades habitacionais em Goiás. A AGEHAB constata segundo a

CAIXA, que „ em 2009 de um total de R$ 1,86 bilhão para a Habitação, R$ 651,84 milhões

foram reservados para as demandas do programa no Estado. Para além da construção de

casas, as ações de promoção habitacional do Programa Moradia Digna também trazem

renovação na plataforma do desenvolvimento sócio-econômico-ambiental. Estas e outras

ações têm garantido um desempenho de destaque do Estado de Goiás que, fechou o ano de

2009 com um total de 28.117 unidades já em análise na CAIXA.

Outros avanços estão por vir a partir da elaboração da Lei do Cartão Casa Própria que

evitará irregularidades no uso do crédito do ICMS e atualizará os procedimentos do Cheque

Moradia.

D. Incidência da Legislação Patrimonial da União

As normas pertinentes ao patrimônio da União são aquelas concernentes à

regularização fundiária de assentamentos precários. O regime de ocupação das áreas

assentadas se dá ou sob a forma de transferência plena do domínio ou transferência do

domínio útil, situação em que a União persiste como proprietária da terra. Essas formas de

transferência de domínio pleno ou domínio útil são disciplinados pela Lei Federal nº 926 e

suas alterações.

Entre as formas de alienação, são previstas a venda, a permuta e a doação. Essas

formas de transferência de domínio pleno são expressamente preteridas pela lei, pois prevê,

entre as modalidades de transferência de domínio útil; suficiente para assegurar o uso; a

inscrição de ocupação, o aforamento, a cessão sob a forma de concessão de direito real de

uso e a concessão de uso especial para fins de moradia.

A legislação patrimonial da União permite cessão de direitos, nos casos de

regularização fundiária, admitindo que direitos reais outorgados ao município sejam

repassados aos moradores dessas áreas.

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Fig. 16 Mapa ZEIS

2.1.6. Oferta Habitacional

2.1.6.1. Unidades habitacionais de interesse social, produzidas ou em fase de produção

A. Componente 1: Tipos de oferta em HIS

Segundo informações da Prefeitura sobre a construção de habitações para famílias

carentes, já foram construídas 232 moradias pela Prefeitura e há a necessidade de se

construir cerca de mais 212 moradias para as famílias hoje cadastradas. Dessas famílias, 40

unidades estão em construção pelo PSH. As habitações serão construídas na área urbana.

Abaixo quadro que ilustra as ofertas produzidas pela PMA.

Fig. 18: Oferta habitacional pública

Nome da Oferta Quantidade Material

Conjunto Arco Íris 50 UH Placas

Renascer 50 UH Alvenaria

Vila Dona Orcina 40 UH Alvenaria

Arraial de Santana 30 UH Alvenaria

Conjunto José Mendonça 22 UH Alvenaria Fonte:PMA

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A tipologia recorrente dessas ofertas possuem 02 quartos, sala, cozinha e 01 banheiro.

A Vila Dona Orcina possui cozinha conjugada com a sala. As casas do Conjunto Arco Íris tem

apenas um quarto.

Fig.19: Mapa da localização das ofertas de HIS em Abadia de Goiás /GO.

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2.2. Necessidades Habitacionais

2.2.1. Precariedade Habitacional

Segundo o guia de adesão do PLHIS, o conceito de precariedade habitacional reflete a

limitação do mercado de moradias em relação à oferta de habitações que possa atender ao

conjunto das necessidades da população de baixa renda, com qualidade e localização

adequadas sob os aspectos ambiental e social.

Quadro 15: Componentes das necessidades habitacionais adotados para a estimativa das carências habitacionais de Abadia de Goiás/GO

I. Substituição do estoque

A. Domicílios precários: residências sem condições de habitabilidade devido à precariedade.

Domicílios rústicos:

Domicílios improvisados:

B. Domicílios com mais de uma família.

Famílias que coabitam:

Famílias residentes em cômodos alugados e cedidos:

C. Alto comprometimento da renda com aluguel:

II. Adequação do estoque

D. Carência de serviços de infraestrutura:

E. Adensamento excessivo:

F. Inadequação fundiária:

Fonte: CEPLAR/ UFMG, 2003.

2.2.2. Déficit Habitacional Qualitativo e Quantitativo

A. Conceituação

A compatibilização da Política Municipal de Habitação com a política nacional é de

extrema importância e já prevista na Constituição Federal de 1988, Art. 21:

”Compete à União:

XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;”

Ainda, a lei federal 10.257/ 2001 – Estatuto da Cidade – reafirma a questão da

importância da habitação nas políticas urbanas:

“Art. 2º- A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: I - garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;”

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Atualmente, a Política Nacional de Habitação parte do princípio que a habitação não se

restringe a casa; porém, incorpora o direito à infraestrutura, saneamento ambiental,

mobilidade e transporte coletivo, equipamentos urbanos e sociais. Isto é, incorpora o direito

à cidade, no seu contexto mais amplo, conforme um modelo participativo e democrático.

Portanto, o déficit habitacional pode ser quantitativo e qualitativo.

Desta forma, fazem parte do déficit habitacional:

1 – Incremento do estoque – ampliação do número de habitações;

2 - Reposição do estoque – reconstrução das habitações;

3 – Inadequação dos domicílios – habitações que necessitam de melhorias.

Sendo assim, tanto a Política Nacional de Habitação quanto a Fundação João Pinheiro,

tratam o déficit habitacional partindo dos seguintes pressupostos:

A desigualdade e hierarquização da sociedade brasileira levam a não padronização

das necessidades da moradia para todos os extratos de renda;·

A questão habitacional possui forte “interfaces” com outras questões (Ex.:

regularização fundiária aliada a melhorias urbanas, transporte, energia elétrica,

esgotamento sanitário, abastecimento de água etc.). Portanto, não se deve enfrentar

a questão da moradia do ponto de vista setorial.

2.2.3. Incremento de Estoque

O déficit por incremento de estoque considera os edifícios improvisados e a coabitação

familiar.

Edifícios improvisados são aqueles destinados a fins não residenciais e estão sendo

utilizados como moradia.

Coabitação é quando mais de uma família, seja com grau de parentesco ou não, utiliza

como residência o mesmo imóvel.

Também é considerado para cálculo do incremento de estoque o que se denomina

como “ônus excessivo com aluguel”. Isto é, quando uma família necessita despender mais

do que 30% de sua renda em aluguel.

2.2.4. Reposição de Estoque

O déficit por reposição do estoque trata dos domicílios rústicos e de uma parcela

devida à depreciação de domicílios existentes.

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Domicílios rústicos são aqueles que não são construídos nem em alvenaria, nem com

madeira aparelhada resultando em desconforto para os moradores e risco para doenças.

Depreciação de imóveis relaciona que todo o edifício possui vida útil aproximada de 50

anos. Para cálculo deste último déficit por reposição devido a depreciação do imóvel,

considera-se edifícios construídos até 1950 e aplica-se um percentual sobre o resultado,

levando em conta que parte destes já tenham sido objeto de reformas e melhorias.

2.2.5. Inadequação dos Domicílios

Neste item a Política Nacional da Habitação acrescenta algumas particularidades não

citadas pela Fundação João Pinheiro, ver Quadro a seguir.

Quadro 16: Tabela comparativa sobre as questões que envolvem a inadequação dos domicílios

Fundação João Pinheiro Plano Nacional de Habitação

A Carência de infraestrutura Acesso a serviços e equipamentos urbanos

B Adensamento excessivo Adensamento excessivo

C Problemas de ordem fundiária Situação fundiária

D Sem instalações sanitárias exclusivas Padrão construtivo

Fonte: Public, 2011.

A. Carência de Infraestrutura

Carentes em infraestrutura, para a Fundação João Pinheiro, são aqueles que não

dispõem de pelo menos uma destas infraestruturas:

Rede geral de abastecimento de água,

Rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica,

Coleta de lixo e

Iluminação elétrica.

O Plano Nacional de Habitação por sua vez, expressa como carência de infraestrutura

além do acesso a serviços e equipamentos urbanos - água, esgoto, coleta de lixo e energia

elétrica - a questão relativa a planejamento territorial, mobilidade e transporte urbano,

diagnosticada como:

A fragmentação do espaço urbano, o contínuo crescimento e adensamento da

periferia e o aprofundamento da segregação e exclusão sócio-territorial – muitas

vezes decorrentes da própria produção habitacional do poder público.

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Produção e reprodução das cidades brasileiras provocam inúmeras disfunções e

deseconomias. Uma delas incide sobre o transporte coletivo, particularmente no

custo das viagens, gasto de tempo e acesso ao sistema.

Restrição da participação de vários segmentos da sociedade na prática da regulação

urbanística, principalmente dos setores populares.

Dissociação entre processos de planejamento e gestão territorial. Separação das

propostas de intervenção com os processos cotidianos de negociação.

A regulação urbanística não alcança a demanda por terra formalmente urbanizada,

produzindo a “cidade informal”.

B. Adensamento Excessivo

Para este item há um consenso que se caracteriza como adensamento excessivo

quando há mais do que três moradores por cada quarto (dormitório) existente na edificação.

C. Questão Fundiária

Problema de ordem fundiária para a Fundação João Pinheiro trata-se de quando os

domicílios não possuem escritura em nome da família que reside.

Já o Plano Nacional de Habitação aborda a questão da irregularidade fundiária de

forma mais ampla e envolve:

Ocupações de terrenos públicos ou privados,

Loteamentos que não passaram por processos de aprovação por parte dos órgãos

públicos.

Sendo que tudo isto é colocado como conseqüência da falta de alternativa habitacional

para os mais pobres.

Por sua vez, o Manual de Regularização Fundiária produzido pelo Ministério das

Cidades conceitua que só é irregular aquele que a legislação urbanística estabelece como tal.

D. Outras Inadequações Domiciliares

A Fundação João Pinheiro considera ainda como inadequados aqueles domicílios que

não possuem instalações sanitárias exclusivas da edificação.

O Plano Nacional de Habitação atribui também à inadequação domiciliar, o baixo

padrão construtivo da habitação que seria decorrente dos seguintes fatores:

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A presença de mão-de-obra com baixa qualificação e grande rotatividade, tornando

ineficiente os programas de treinamento;

A baixa qualidade dos materiais utilizados;

O baixo nível de industrialismo;

A falta de conhecimento do consumidor final dos requisitos de uma moradia.

2.2.6. Resultado do Déficit Habitacional em Abadia de Goiás

Tomando como referência a base de informações do IBGE (Censos e PNADs), o déficit

habitacional, englobando as situações que demandam uma política de provisão habitacional,

consiste no cômputo do déficit por reposição do estoque, relativo aos domicílios rústicos, e

do déficit por incremento do estoque, contemplando os domicílios improvisados e a

coabitação familiar, correspondente a soma das famílias conviventes e das que vivem em

cômodos cedidos ou alugados.

Os quatro componentes do déficit habitacional, relativos aos domicílios rústicos,

improvisados, famílias conviventes e cômodos cedidos ou alugados, são calculados de

maneira a se excluírem possíveis sobreposições entre eles, procedendo-se assim, ao cálculo

do montante geral através do somatório dos respectivos componentes.

Destaca-se que o componente relativo ao ônus excessivo com aluguel foi excluído do

total do déficit, tendo em vista a inviabilidade de seu cálculo devido à indisponibilidade do

dado relativo ao valor do aluguel. Uma opção para a substituição desse componente seria

trabalhar com o número de famílias de até três salários mínimos que pagam aluguel –

denominado ônus social com aluguel –, sendo o mesmo apresentado em separado, não

integrando o total do déficit. Essa alternativa tem como premissa que o alto custo dos

aluguéis associado à perda de poder aquisitivo da renda, deva aproximar o montante de

famílias na faixa de até três salários mínimos que arcam com um custo qualquer de aluguel

daquelas cujo aluguel represente o comprometimento de 30% ou mais da renda. Cabe ainda

ressaltar que é nessa faixa de renda que se concentra a população com maior instabilidade

de rendimento o que torna o compromisso com o aluguel um problema recorrente, do qual

as famílias tendem a fugir através da busca de outras soluções (ocupações de terras,

aquisição de terreno em loteamento irregular, etc.).

Sendo assim, no ano de 2009, a PMAG implantou o cadastro familiar habitacional no

intuito de assegurar o direito social à moradia (através das fichas de pesquisa sócio-

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econômica), de inclusão social de garantias de condições mínimas de acesso à moradia para

as famílias de baixa renda, que desejassem ter casa própria e preferencialmente possuíssem

renda de até 2 salários mínimos .

Até o presente momento já foram cadastradas 340 famílias pela PMAG, segundo

dados fornecidos pela Chefe de Departamento do Idoso. No cadastro foi referenciado o

seguinte perfil sócio-econômico das famílias:

Quadro 17: perfil socioeconômico das famílias do Cadastro Habitacional Municipal

Item Discriminação Nº de Cadastros

1 Casados com união estável 214

2 Homens 24

3 Mulheres 102

Total Geral 340

Complemento do Cadastro Dentre os adultos existem (idosos)

31

Junto aos adultos existem (crianças)

224

Fonte: PMAG, 2012.

2.2.7. Cálculo da Demanda Demográfica Futura

A demanda demográfica dimensiona as moradias a serem acrescentadas ao estoque

habitacional a fim de acomodar o crescimento populacional projetado em determinado

período. Essa estimativa das necessidades de incremento do estoque de moradias, não

considera o déficit habitacional acumulado nem a inadequação de parcela do estoque

existente. O cálculo dessa demanda vai depender da taxa de crescimento da população e da

média de moradores por domicílio, refletindo o tamanho da família e os arranjos familiares.

Cálculos da demanda demográfica foram elaborados pelo Centro de Desenvolvimento

e Planejamento Regional (CEDEPLAR) da Universidade Federal de Minas Ferais (UFMG) a

partir de contrato com a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades.

Esses cálculos se baseiam nas projeções populacionais construídas segundo o método

dos componentes relativos à natalidade, mortalidade e migração. Essas projeções, cujo

horizonte temporal é o ano de 2023, foram incorporadas no Plano Nacional de Habitação e

são de grande importância para o estabelecimento de metas, prioridades e estratégias para

o planejamento habitacional.

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Quadro 18: Taxa Geométrica de crescimento populacional de Abadia de Goiás/GO.

Taxa geométrica de crescimento populacional (2000 a 2010)

População total (2009)

Demanda futura população (2024)

Demanda futura nº famílias (2024)

3,29% a.a. 6.876 10.043 2.510

Fonte: IBGE, Observatório das Metrópoles Elaboração: Public

Lembrando que estas taxas mudam de acordo com as oportunidades de trabalho,

entre outros, é necessário estar sempre atualizando o PLHIS para atender com qualidade a

demanda habitacional.

2.2.8. Produção Habitacional: alternativas, padrões e custos

A capacidade de arrecadação permite identificar o grau de dependência municipal de

recursos de outros níveis de governo. Da mesma forma, os recursos financeiros empregados

para combater o déficit habitacional permitem avaliar as estratégias municipais para

encaminhar a solução dos problemas habitacionais.

O perfil da arrecadação de Abadia de Goiás é: Receita 2008 de 9,5 milhões e despesas

em 8,2 milhões, saldo positivo de 1,3 milhões.

Apesar de finalizar o período com saldo positivo, boa parte de seus recursos provém

de repasses, o que indica baixo potencial de arrecadação, com alto nível de dependência em

relação a recursos federais e estaduais.

Agrega-se a informação de que não há no município uma Secretaria ou Departamento

exclusivo para a Habitação, sendo assim, também não há uma receita exclusiva para a

Habitação, bem como políticas públicas para dar seqüência aos trabalhos desta natureza.

Quadro 19: Despesas e Despesas Municipais em Abadia de Goiás (1998-2008)

Receita e Despesa

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Despesas Correntes (R$ mil) 1.236 1.717 1.923 2.207 3.117 3.478 4.270 4.990 5.613 6.724 7.995

Despesas de Capital (R$ mil) 8.494 355 389 344 369 111 558 279 276 544 221

Receitas Correntes (R$ mil) 1.486 2.068 2.222 2.914 3.740 4.117 4.772 5.644 6.127 8.106 9.505

Receitas de Capital (R$ mil) 21 118 135 24 128 18 87 63 166 92 41

Total das Receitas (R$ mil) 1.507 2.186 2.357 2.938 3.868 4.135 4.860 5.708 6.293 8.198 9.545

Total de Despesas (R$ mil) 9.730 2.072 2.312 2.551 3.486 3.589 4.829 5.269 5.889 7.269 8.216

Fonte: SEPLAN (2010)

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2.2.9. Quadro Geral das Necessidades Habitacionais

Quadro 20: Custo geral das necessidades habitacionais em Abadia de Goiás/GO

Necessidades Habitacionais Nº de domicílios Custo Total (R$)

Dentro dos

parcelamentos

Urbanização simples 1.3303 7.714.000,00

complexa 1234 1.389.900,00

remanejamento

Reposição Produção habitacional

Regularização 805 30

6 66.000,00

Famílias em área de risco 1237 2.865.900,00

Melhoria habitacional 808 88.000,00

Subtotal 1 1.766 12.123.800,00

Fora dos

parcelamentos

(assentamento

irregular)

Produção de novas UH Produção habitacional

Subtotal 2

Demanda futura

Produção de novas UH9 Prioritária (1) 320

10 7.456.000,00

Produção de novas UH11

Prioritária (2) 34012

7.922.000,00

Subtotal 3 660 15.378.000,00

Total Geral 2.426 27.501.800,00

Produção de novas UH Projeção 2024 2.51013

58.483.000,00

Subtotal 4 2.510 58.483.000,00

Total Geral com demanda futura (2024) 4.936 85.984.800,00

Fonte: Public, 2012.

Estimativa para o déficit qualitativo: 1.766 UH/família. O déficit quantitativo curto e

médio prazo: 660 UH/família e longo prazo: 2.510, totalizando para o horizonte de 15 anos o

atendimento a 4.936 UH/famílias para o déficit total.

3 UHs sinalizadas no Plano Diretor como de padrão médio. Necessitam de calçada, arborização, equipamentos

urbanos, urbanização das praças, sinalização vertical e horizontal, guias e sarjetas, placas com nome de vias públicas. 4 Famílias em área de erosão, dos Bairros: Dom Felipe, Campos Elíseos, Residencial Copacabana, Recanto dos

Dourados, Conjunto Arco íris, Conjunto Renascer, Quinta dos Sonhos. 5 UH apontadas pelo Plano Diretor com necessidade de regularização: Renascer, Arco Íris e Dom Felipe.

6 Famílias em parcelamento irregular (regularização fundiária): Jardim Itarumã.

7 Famílias em área de erosão, dos Bairros: Dom Felipe, Campos Elíseos, Residencial Copacabana, Recanto dos

Dourados, Conjunto Arco íris, Conjunto Renascer, Quinta dos Sonhos. 8 Total de famílias que precisam melhorar o padrão construtivo (pior padrão): Dom Felipe (22), Vl. Goiany (03),

Vl. Abadia (07), Vl. Nossa Sra Guia (03), St. Nova Abadia (45), total 78 UH. 9 Priorizar a ocupação nas áreas vagas de ZEIS e do perímetro urbano.

10 Total de cadastros do Programa Bolsa Família.

11 Ocupar as áreas vagas de ZEIS e de expansão urbana do Plano Diretor: área em direção para Guapó, área em

direção para Trindade e St Garavelo. 12

Total de famílias do Cadastro Habitacional Municipal. 13

Projeção da demanda futura (2024).

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Quanto ao custo, em torno de R$15 milhões para o déficit quantitativo a curto e médio

prazo e a longo prazo em torno de R$58 milhões. O custo do déficit total no horizonte do

plano em 15 anos soma o montante de R$85,9 milhões.

Será necessário prever neste custo total do déficit, a construção de um sistema de

coleta e tratamento de esgoto, a elaboração de um Plano de Arborização Urbano, projetos

urbanísticos para melhorar o padrão de acabamento urbano e a capacitação dos

funcionários para a implantação da regularização fundiária urbana.

Para esta tabela de necessidades do PLHIS, utilizamos os custos médios por família, por

tipos de intervenção (HBB, 2008):

Reconstrução de unidades habitacionais R$23.000,00

Urbanização simples R$5.500,00

Urbanização complexa R$11.000,00

Melhoria habitacional R$800,00

Regularização fundiária R$300,00

Trabalho social R$300,00

* Urbanização simples: Compreende a intervenção em assentamentos que possuem baixa ou média densidade,

traçado regular, não apresentam necessidade de realização de obras complexas de infraestrutura urbana, consolidação

geotécnica e drenagem e apresentam índice baixo de remoções (até 5%).

** Urbanização complexa: compreende a intervenção em assentamentos com alto grau de densidade, em geral do

tipo aglomerado, com alto índice de remoções, que não apresentam traçado regular e/ou a necessidade de realização de

complexas obras geotécnicas ou drenagem urbana, como canalização de córregos, contenção de encostas e “criação de

solo”.

*** Reposição: Trata-se da reconstrução da unidade no mesmo perímetro do assentamento que está localizado. A

população é mantida no local após a substituição das moradias e tecido urbano. É o caso, por exemplo, de áreas que

necessitam de troca de solo ou aterro. Na maioria das vezes, a solução é a remoção temporária das famílias para execução

de obras de infraestrutura e construção de novas moradias. A intervenção, nesse caso, também envolve a abertura de

sistema viário, implantação de infraestrutura completa, parcelamento do solo, construção de equipamentos (quando

necessária) e regularização fundiária.

**** Melhoria: Ação destinada a melhorar as condições de habitabilidade, ou seja, pequenas reformas (trincas,

telhados, etc).

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2.3. Fontes de Recursos Existentes e Potenciais Para Financiamento do Setor

Habitacional

As linhas de atendimento e programas habitacionais, apresentados a seguir foram

extraídas do Plano Nacional de Habitação de Interesse Social, principal fonte de referência

sobre a matéria hoje no país.

As estratégias a serem adotadas no PLHIS devem considerar que a dimensão das

necessidades habitacionais precisa ser enfrentada com diferentes processos de produção e

de financiamento. É fundamental considerar a diversidade de situações urbanas e rurais, as

características sociais e econômicas da população, a capacidade institucional do poder

público, as fontes e a modelagem de financiamento e subsídio, a questão fundiária e urbana

e a estruturação da cadeia produtiva da construção civil.

Nesse aspecto, a identificação de fontes de recursos perenes e estáveis para alimentar

a política de habitação, incluindo recursos onerosos para o financiamento habitacional e

recursos não onerosos para subsídio é fundamental para dar sustentabilidade ao PLHIS.

De forma geral, as principais fontes de financiamento destinadas especificamente

para as ações do setor habitacional são:

Governos municipais, por meio de recursos próprios;

Governos estaduais, que por meios dos seus órgãos (AGEHAB – Agência Goiana de

Habitação) desenvolvem programas específicos voltados para a produção de

moradias ou urbanização;

Governo federal (logo abaixo abordaremos os principais programas habitacionais

desenvolvidos pelo Governo Federal); e

Organismos internacionais, principalmente os bancos multilaterais, tais como o

Banco Mundial (BIRD) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A União

Européia também disponibiliza recursos para investimento em habitação e

infraestrutura urbana.

O PLHIS também deve considerar as fontes de recurso específicas para a habitação de

mercado, que estão concentrados no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Este sistema vem movimentando, nos anos recentes, recursos expressivos, devido

principalmente às medidas adotadas pelo governo federal para o setor desde 2003, à

estabilidade da moeda, ao aumento da renda dos brasileiros, ao crescimento da captação e

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à maior segurança jurídica. Portanto, o PLHIS deverá considerar que a demanda habitacional

das faixas de maior renda deverá ser atendida essencialmente pelos financiamentos

oriundos das instituições privadas do mercado.

De acordo com as soluções habitacionais a serem adotadas e com o perfil da demanda

a ser atendida, o gestor local deverá observar quais as fontes de recursos disponíveis e

aquelas que mais se adéquam ao perfil de atendimento. Vale destacar que cada fonte de

recurso tem um mecanismo de funcionamento com suas respectivas especificidades; por

exemplo, os recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) são

recursos não onerosos (a fundo perdido, sem retorno) e por isso se destinam às famílias de

mais baixa renda; já os recursos do FGTS, que são onerosos (financiamento, que retornam à

fonte) e por isso, quando não operados com mecanismos de subsídio, são destinados às

famílias de maior renda, que podem arcar com um financiamento habitacional.

Ao final deste Produto, em anexo, através de Nota Técnica: Catálogo de programas

habitacionais do Governo Federal e do Governo do Estado de Goiás (2009), elaborada pela

Assembléia Legislativa do Estado de Goiás, elencamos os principais programas habitacionais

desenvolvidos pelo Governo Federal e Estadual, para que o município possa começar a

conhecer as necessidades que tais programas podem atender.

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2.4. Sistematização do Diagnóstico do Setor Habitacional

O presente documento trata do Diagnóstico do Setor Habitacional em Abadia de Goiás,

constituindo a segunda etapa de elaboração do PLHIS - Plano Local de Habitação de

Interesse Social. Este trabalho está sendo desenvolvido conforme as orientações e

normativas da publicação Guia de Adesão ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse

Social – SNHIS, produzida pela Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades.

Abadia de Goiás foi fundada por volta do ano de 1953 e elevada a categoria de

município no ano de 1995 pela Lei estadual 12.799. Pertence a mesorregião Centro Goiano e

microrregião de Goiânia. Em 29 setembro de 1987 com o acidente Radiológico ocorrido em

Goiânia (CÉSIO 137) deu-se a vinda dos rejeitos ao povoado de Abadia de Goiás por

imposição dos Governos Municipal e Estadual. Após a transferência criou-se pelo Decreto

666 de 05 de junho de 1990, assinado pelo Prefeito de Goiânia Nion Albernaz o Distrito de

Abadia de Goiás, e em seguida o processo de Emancipação Política do referido Distrito, que

ficou suspenso até meados de 1995.

Em relação à economia, a atividade que mais gera emprego é a agropecuária. Em

seguida a atividade que possui maior rendimento médio no emprego neste município, em

2006, é a prestação de serviços.

Atualmente, a Política Nacional de Habitação parte do princípio que a habitação não se

restringe a casa; porém, incorpora o direito à infraestrutura, saneamento ambiental,

mobilidade e transporte coletivo, equipamentos urbanos e sociais. Isto é, incorpora o direito

à cidade, no seu contexto mais amplo, conforme um modelo participativo e democrático.

Segundo diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Habitação devem ser previstos em

suas esferas quantitativa e qualitativa. Portanto, a política habitacional deve conhecer:

1. Incremento do estoque – ampliação do número de habitações (considera os edifícios

improvisados, a coabitação familiar e o ônus excessivo com aluguel);

2. Reposição do estoque – reconstrução das habitações (domicílios rústicos e

improvisados);

3. Inadequação dos domicílios – habitações que necessitam de melhorias.

Soma-se a este custo (déficit e necessidade habitacional), a construção de um Aterro

Sanitário Municipal, de um sistema de coleta e tratamento de esgoto e a elaboração de um

Plano Diretor, para coordenar um sistema de saneamento previsto com relação não

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somente ao município e seus habitantes, como também da bacia hidrográfica está inserida e

seus usuários.

O Plano Nacional de Habitação atribui também à inadequação domiciliar, o baixo

padrão construtivo da habitação que seria decorrente dos seguintes fatores:

A presença de mão de obra com baixa qualificação e grande rotatividade, tornando

ineficientes os programas de treinamento;

A baixa qualidade dos materiais utilizados;

O baixo nível de industrialismo;

A falta de conhecimento do consumidor final dos requisitos de uma moradia.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE

ABADIA DE GOIÁS - GO

PRODUTO 03

PUBLIC-CONSULTORIA FINANCEIRA E

HABITACIONAL LTDA

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PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL • ABADIA DE GOIÁS • GO

Produto 3 • Estratégias de Ação

PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL • PLHIS • ABADIA DE GOIÁS • GO

MINISTÉRIO DAS CIDADES • CAIXA ECONÔMICA FEDERAL • PREFEITURA MUNICIPAL DE ABADIA DE GOIÁS • PUBLIC

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INTRODUÇÃO

O presente relatório corresponde à versão consolidada dos estudos e das

contribuições recolhidas em reuniões realizadas no dia 07/12/2011 na Secretaria de Ação

Social, para a realização do Seminário de consolidação do Produto III. Esteve presente a

equipe técnica do município (ETM), com o objetivo de melhor aprimorar seus

conhecimentos sobre o tema habitação de interesse social. Houve ainda em outra

oportunidade a reunião para apresentação, debate e pactuação da primeira versão do

Produto III – Estratégias de Ação, no dia 16 de dezembro de 2010, às 19hs no Auditório da

Câmara Municipal com a participação dos seguintes atores sociais: Secretários Municipais,

Presidente do FMHIS, Coordenadores de regiões dos PAS, ETM, servidores públicos,

moradores carentes da região urbana e região rural, representante da CEF, entre outros.

Portanto, consubstancia a 3ª e última etapa do Plano Local de Habitação de Interesse

(PLHIS).

Este produto dividiu-se em sete tópicos para melhor acompanhamento do leitor.

Trata-se de um conjunto de estratégias de ações essenciais voltadas para a solução da

questão habitacional do município, com comentários e recomendações apontadas no final.

Abordam as principais estratégias de ação relacionadas à questão habitacional do município

em um contexto temporal atual a partir de uma visão multifacetada, composta por um

conjunto de enfoques de abrangência econômica e financeira relacionadas à organização

espacial do território, bem como de aspectos sociais que resultem em demandas e

modalidades de controle e combate contínuo ao déficit habitacional e suprimento de

deficiências de habitabilidade da população de menor renda.

Em grande parte, senão em todo, este produto enfatizou as possibilidades de solução

para as questões e entraves detectados no setor habitacional durante o produto II e,

portanto apresenta ao município as providências prioritárias necessárias para a solução dos

problemas, iniciando sua aplicabilidade.

Um aspecto importante sobre este Plano diz respeito ao fato de que não podemos

considerá-lo como um objeto estático, pronto e acabado. A dinâmica definida pela legislação

federal estabelece que o PLHIS preconize que no seu processo de elaboração a sociedade

participe significativamente, cujos temas e etapas sejam discutidos para a confecção e

definição do conteúdo de cada produto objetivando o atendimento efetivo dos anseios da

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população de menor renda. Dessa forma consideramos que reformulações serão necessárias

a fim de amparar as vicissitudes oriundas das necessidades desse setor específico da

sociedade.

O trabalho foi ordenado em conformidade com as sugestões oriundas dos cursos e

manuais da Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, bem como buscou

outros Planos Locais de Habitação a fim de referendar seu conteúdo.

No Item 3.1. Princípios, Objetivos e Diretrizes do PLHIS de Abadia de Goiás foram

considerados os Princípios, Objetivos e as Diretrizes que devem nortear os PLHIS e orientar o

foco diretivo ao município a fim de buscar soluções das questões habitacionais levantadas

no Produto II.

No item 3.2. Linhas Programáticas, Programas e Ações, apresentamos as linhas

programáticas, programas e ações do Plano de habitação (PLANHAB) que poderão ser

instituídos pelo município, considerando tanto as ações desenvolvidas em nível federal bem

como os programas implantados pelos estados em conjunto com os municípios levando-se

em conta as propostas dos programas dos governos (federal e estadual) com os Programas,

Planos e Projetos Municipais.

No item 3.3. Linhas Programáticas a ser implementadas pelo Município: sugerimos as

linhas programáticas, programas e ações que o Município de Abadia de Goiás deverá

implementar a fim de solucionar as dificuldades habitacionais detectadas para atendimento

da população de menor renda.

No item 3.4. Condições Normativas e Institucionais, demonstramos as potencialidades

municipais levando-se em conta os seguintes aspectos: o Plano Diretor, que se trata de uma

ferramenta legal norteadora de implantação e instituição de ações sociais e de políticas

públicas municipais; o conjunto normativo existente no município; as possibilidades e

vantagens do trabalho de parceria com as esferas federais e estaduais; a existência de um

número significativo de associações e entidades classistas capazes de colaborar com a

resolução das questões habitacionais da população de menor renda no município e o

quantitativo de pessoal qualificado existentes nos mais diversos setores da administração

pública do município.

No item 3.5. Metas, Recursos e Fontes de Financiamento foram apresentados os

objetivos, as metas prioritárias e secundárias; os indicadores de desempenho que deverão

ser construídos e alimentados em Planilhas de Informações Habitacionais; a necessidade de

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implantação de um sistema de informações habitacionais objetivando acompanhamento e

monitoramento anual das metas previstas e metas realizadas; indicação dos recursos e as

fontes de financiamento habitacional federais, estaduais e municipais, evidenciando

possibilidades de parcerias e as disponibilidades orçamentárias e financeiras do município

para o setor habitacional.

No item 3.6. Monitoramento, Avaliação e Revisão do PLHIS foram sugeridos para a

obtenção dos resultados esperados pelo PLHIS, o atendimento aos requisitos do SNH no que

diz respeito ao monitoramento e avaliação contínua dos resultados das metas e ações,

prevendo revisões, se necessário. Também foram definidas estratégicas e procedimentos

para verificar se houve avanço na implantação do Plano e na resolução dos problemas

habitacionais identificados.

E no item 3.7. Comentários e Recomendações foram traçados alguns pontos

pertinentes e importantes para a concretização das metas e ações em um espaço no tempo,

bem como alerta de que o município enfrentará um grande desafio com a aplicação do PLHIS

e que para enfrentá-lo deverá oferecer condições apropriadas para administração desse

conjunto de ações complexas. Portanto, foram abordadas providências como: instituição de

Planejamento estratégico objetivando a participação e conhecimento mútuo da missão,

visão e objetivos da administração pública para determinado período; planejamento tático e

operacional habitacional, objetivando tomada de decisões táticas e operacionais setoriais;

instituição de manual de revisão do plano; criação de uma Equipe Técnica Multissetorial

(ETM) para avaliação e monitoramento do Plano e Instituição do Manual do Grupo de

Acompanhamento do PLHIS.

Sabemos que os itens tratados neste plano, não esgotam inteiramente os temas que

poderiam ser abordados para solucionar integralmente as questões habitacionais

municipais. Entretanto sugerimos que durante a implantação do PLHIS situações

imprevisíveis possam ser revistas e analisadas oferecendo novas propostas a serem inseridas

no manual do Grupo de Acompanhamento do PLHIS e tratados como lições aprendidas para

futuros projetos.

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3. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

3.1. Princípios, Objetivos e Diretrizes do PLHIS de Abadia de Goiás

3.1.1. Princípios

Os princípios que fundamentam o Plano Local de Habitação de Interesse Social de

Abadia de Goiás são:

1. Direito universal à moradia digna, enquanto direito humano individual e coletivo,

previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos, na Constituição Brasileira de

1988 e no Estatuto da Cidade. O direito à moradia deve ser destaque na elaboração

dos planos, programas e ações colocando os direitos humanos mais próximos do

centro das preocupações do município e; moradia digna deve ser entendida como

direito e vetor de inclusão social, pois se espera garantir, ao morador, padrão mínimo

de habitabilidade, infraestrutura, saneamento ambiental, mobilidade, transporte

coletivo, equipamentos, serviços urbanos e sociais;

2. Função social da cidade e da propriedade em conformidade com o art. 182 da

Constituição Federal; o Estatuto da Cidade e a Lei Federal 11.124/2005 - SNHIS;

3. Compatibilidade e integração das políticas habitacionais federal, estadual e

municipal, particularmente com as políticas de desenvolvimento urbano, ambientais,

de mobilidade urbana e de inclusão social;

4. Questão habitacional como uma política de Estado, uma vez que o poder público é

agente indispensável na regulação urbana e do mercado imobiliário, na provisão de

moradia e na regularização de assentamentos precários;

5. Gestão democrática da política habitacional com a participação dos diferentes

segmentos da sociedade em sua formulação, execução e acompanhamento,

possibilitando controle social e transparência nas decisões.

6. Articulação das ações de habitação à política urbana considerado de modo

integrado ás demais políticas setoriais e ambientais.

3.1.2. Objetivos

3.1.2.1. Geral

1. Consolidar a Política de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Interesse Social,

através da implementação de seus objetivos;

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2. Articular a Política Municipal de Habitação de Interesse Social ao Sistema Nacional de

habitação de Interesse Social – SNHIS.

3.1.2.2. Específicos

Os objetivos específicos expressam os desafios que o plano se destina a

cumprir, principalmente no que diz respeito ao acesso à habitação, a terra e a gestão da Polít

ica Municipal de Habitação de Interesse Social, sendo estes:

1. Atender as necessidades habitacionais existentes no universo da população com a

construção de novas Unidades Habitacionais priorizando as famílias cuja renda seja

igual ou inferior a 03 (três) salários mínimos e carentes de moradia, promovendo a

democratização do acesso a terra urbanizada, à moradia digna e aos serviços

públicos de qualidade, ampliando a oferta de habitações e melhorando suas

condições de habitabilidade;

2. Reverter o processo de segregação sócio-espacial na cidade, por intermédio da oferta

de áreas, do incentivo e indução à produção habitacional dirigida aos segmentos

sociais de menor renda, inclusive em áreas centrais, bem como pela urbanização e

regularização dos assentamentos precários ocupados por população de baixa renda;

3. Buscar soluções junto ao cartório de Registro de Imóveis para os problemas relativos

à aprovação e registro dos parcelamentos e dos lotes resultantes dos processos de

urbanização;

4. Desenvolver ações visando à solução de pendências contratuais e de regularização de

registros imobiliários, relacionados à produção habitacional já realizada;

5. Realizar revisão orçamentária anual objetivando averiguar melhor apropriação das

despesas nos respectivos programas e ações do PPA – Plano Plurianual viabilizando

possibilidades de ampliação e/ou redistribuição de recursos próprios alocados para a

área habitacional;

6. Ampliar a capacidade tributária do município tais como ISS, IPTU, ITR, entre outros;

7. Instituir uma cultura organizacional voltada para implantação de um processo

contínuo de Planejamento estratégico e tático habitacional, incorporando de forma

plena as demais áreas envolvidas nas diversas etapas de implementação de

programas, projetos e ações, com revisões anuais, visando garantir a democratização

do acesso a terra urbanizada, à moradia e aos serviços públicos de qualidade, de

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forma a ampliar a oferta de habitações e melhoria das condições de habitabilidade

da população de baixa renda;

8. Registrar as atividades desenvolvidas em relatório circunstanciado a fim de prestar

conta à Prefeitura e aos órgãos de Controle Interno e Externo quanto ao

cumprimento das metas físicas previstas;

9. Instituir e utilizar metodologias participativas para realização de diagnósticos seja

Projetos habitacionais, ambientais, sociais, ecológicos com a finalidade de incorporar

e garantir a participação dos diferentes segmentos da sociedade na formulação,

execução e acompanhamento dos mesmos;

10. Instituir planilhas de controle das informações habitacionais levantadas pelo

município a fim de manter informações atualizadas sobre a situação habitacional

(déficit quantitativo e qualitativo, adensamento excessivo, nº. de domicílios

precários, loteamentos irregulares, assentamentos precários, entre outros);

11. Instituir metodologias de acompanhamento das ações habitacionais alcançadas

objetivando avaliar, monitorar e acompanhar a gestão habitacional e a

implementação do PLHIS;

12. Instituir instrumentos de avaliação de desempenho e indicadores de resultados

(quantitativos e qualitativos) dos projetos voltados para o atendimento das

necessidades habitacionais da população de menor renda possibilitando, de forma

transparente, o acompanhamento e o controle social;

13. Capacitar servidores do corpo técnico e administrativo das Secretarias envolvidas

com a questão habitacional, desenvolvimento urbano e meio ambiente para

realização de diagnósticos das necessidades do conjunto da população, estendidas a

participação de membros das associações de moradores, ou por moradias,

cooperativas habitacionais populares, representantes do legislativo municipal, entre

outros objetivando gerar multiplicadores da nova cultura organizacional voltada para

o atendimento das necessidades da população;

14. Investir na qualificação técnica do trabalho de elaboração de projetos, de

acompanhamento e assessoria técnica, e de fiscalização da qualidade das obras e

serviços contratados por meio de construção, alimentação, monitoramento e revisão

de indicadores de desempenho;

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15. Realizar pesquisas de avaliação popular contínuas objetivando feedback da

população;

16. Articulação intermunicipal visando o tratamento integrado da questão habitacional,

colocando em pauta o debate sobre habitação, cidade e região através de fóruns

regionais.

3.1.3. Diretrizes

As diretrizes norteadoras deste PLHIS, consoante os princípios e objetivos acima

apresentados são:

1. Priorizar planos, programas e projetos habitacionais municipais para a população de

menor renda, articulados com a esfera Federal e Estadual;

2. Promover e estimular a participação comunitária na elaboração das decisões que

orientem o desenvolvimento populacional visando melhoria do nível de sua renda

econômica;

3. Criar programas e incentivos destinados a fortalecer a base econômica do município

e melhorar os padrões de qualidade de vida da população oferecendo oportunidades

para a geração de emprego e renda;

4. Utilizar prioritariamente terrenos de propriedade do Poder Público para implantação

de projetos habitacionais de interesse social;

5. Integrar as ações habitacionais com as demais políticas urbanas, de forma a garantir

habitabilidade, ou seja, acesso a equipamentos sociais, infraestrutura urbana e

condições adequadas de mobilidade;

6. Incentivar à implementação de diversos institutos jurídicos de apoio à sociedade civil

que regulamentem o acesso à moradia, previstos no Estatuto da Cidade e outros;

7. Estimular a participação de associações e cooperativas populares adotando critérios

de acessibilidade universal para alcance de projetos de provisão de novas

oportunidades habitacionais;

8. Adquirir ou disponibilizar terras e imóveis para habitação de interesse social,

utilizando os variados mecanismos existentes;

9. Adotar critérios de acessibilidade universal na elaboração de projetos habitacionais;

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10. Reservar e adequar parcela das unidades habitacionais produzidas para atender

pessoas portadoras de necessidades especiais e as necessidades específicas da

população feminina e infantil;

11. Constituir Sistema de Informações Habitacionais integrado a outros sistemas de

informação e dados municipais, com as informações sobre a situação habitacional do

município, o estoque de terras públicas disponíveis e aptas para habitação de

interesse social constantemente, atualizadas;

12. Buscar soluções para os problemas relativos à aprovação e registro dos

parcelamentos e dos lotes resultantes dos processos de urbanização junto aos

Cartórios de Registro de Imóveis;

13. Captar recursos junto a outras esferas de governo, bem como em outros agentes

financeiros tais como CEF, BNDES para projetos habitacionais;

14. Incentivar à pesquisa e incorporar desenvolvimento tecnológico e formas alternativas

de produção habitacional, visando à melhoria da qualidade de habitação, assim como

o custo acessível à população de menor renda;

15. Adotar mecanismos de acompanhamento e avaliação de indicadores de impacto

social das políticas, planos e programas;

16. Desenvolver tecnologias de projeto, construção e manutenção dos

empreendimentos habitacionais voltados para o princípio da preservação e

valorização do meio ambiente criando mecanismos de incentivo ao desenvolvimento

da consciência ecológica da população;

17. Consolidar o Conselho Municipal de Habitação e fortalecer o Fundo Municipal de

Habitação e demais instâncias de participação popular no setor, tais como as

Conferências Municipais de Habitação e as Conferências da Cidade;

18. Articular juntamente com os demais municípios da região, a elaboração conjunta dos

Planos Habitacionais promovendo sua integração regional com criação de políticas

únicas de resolução da questão habitacional regional e articulação de ações

integradas para o mesmo fim.

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3.2. Linhas Programáticas, Programas e Ações

De acordo com o Plano Nacional de Habitação (PlanHab), as linhas programáticas se

dividem em Linhas Programáticas e de Atendimento (LPA), Programas (P) e Subprogramas

(SP).

As Linhas Programáticas e de Atendimento são aquelas que “definem estratégias para

enfrentar os principais problemas habitacionais do país e visam atender às diferentes necessidades de

produção, adequação de moradias e regularização de territórios urbanos e rurais”. 14

Cada Linha Programática e de Atendimento baseia-se em grandes eixos de ação que

correspondem às necessidades habitacionais e “possui objetivos específicos que norteiam a utilização

de fontes distintas de recursos destinados à promoção, adequação e aquisição habitacional por parte dos

grupos de atendimento, com distintas capacidades financeiras.” 15

As Linhas Programáticas e de Atendimento se dividem em Programas. Os Programas

têm como finalidade estruturar as ações públicas e privadas, bem como o atendimento de

demandas mais específicas. Os Programas se subdividem em Subprogramas os quais estão

focados nas especificidades das demandas de atendimento.

O PlanHab, diante do quadro de Programas atualmente existentes, enfatiza a

“necessidade de se estabelecer padrões de operacionalização e sistemáticas comuns aos vários Programas que

cumprem as mesmas finalidades ou os mesmos objetivos de atendimento, objetivando-se simplificar e agilizar

os procedimentos de análise e aprovação.”16

As Linhas Programáticas e de Atendimento, seus Programas e Subprogramas propostos

pelo PlanHab são:

3.2.1. LPA 1 - Linha Programática e de Atendimento Para Integração Urbana de

Assentamentos Precários e Informais

Quadro 01 – Programas e Subprogramas da Linha Programática e de Atendimento Integração Urbana de Assentamentos Precários e Informais

Fonte: PlanHab

14

Plano Nacional de Habitação – Dezembro, 2009 15

Idem 16

Ibidem

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Essa Linha Programática se divide em dois Programas: P1A1 e P1A2. O P1A1 se

subdivide em dois Subprogramas, quais sejam:

3.2.1.1 P1A – Programa Para Regularização Fundiária de Assentamentos

Precários Urbanos

De acordo com o PlanHab, os objetivos desta ação “consistem em garantir a inclusão

territorial, condições de habitabilidade e a segurança da posse aos moradores de assentamentos precários,

localizados em terras públicas ou privadas, assim como ampliar a disponibilidade de glebas e terrenos

desocupados para a produção habitacional através da regularização fundiária e urbanística”.

As intervenções de urbanização de assentamentos precários, as quais deverão ser

integradas com o trabalho social e com a efetivação da regularização fundiária, buscam

estabelecer padrões mínimos de habitabilidade e de integração à cidade; adaptação da

configuração existente, bem como provisão de infraestrutura urbana e habitacional,

regularização fundiária adequada, regulação e gestão ambiental e participação e trabalho

social.

Essas intervenções abrangem integração de ações de habitação, saneamento

ambiental, inclusão social, jurídicas e registros imobiliários e as intervenções objetivam a

conservação ambiental, das infraestruturas e equipamentos implantados, a permanência das

famílias nas áreas beneficiadas e a inclusão de tais áreas nas rotinas de manutenção da

cidade e de provisão dos serviços públicos, efetivando a inclusão territorial e assegurando

condições de vida dos seus moradores.

3.2.1.2. P2A – Programa para Regularização Fundiária de Assentamentos

Informais

Essa Linha Programática objetiva “assegurar a posse e a propriedade definitiva das

moradias por parte dos seus ocupantes, de modo a evitar remoções arbitrárias e despejos

forçados. Uma de suas prioridades é constituída pelos assentamentos com irregularidades

fundiárias ocupados pela população de baixa renda, mas que não exigem intervenções

integradas de urbanização”.

Para a regularização fundiária, poderão ser utilizados todos os instrumentos existentes

no ordenamento jurídico nacional, dependendo do domínio e regime de propriedade das

áreas onde estão localizados os assentamentos precários de forma a alcançar a segurança da

posse ou da propriedade definitiva da moradia.

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Essa posse deverá ser alcançada com ações combinadas entre instrumentos de política

urbana e titulação das terras em nome dos moradores, observados os requisitos legais e o

que segue:

a. Os documentos deverão ser devidamente registrados no cartório de registro de

imóveis, obedecidas às determinações da Lei Federal 10.931/2004 em relação à

isenção de custas e emolumentos no registro na regularização fundiária de interesse

social promovida pela administração pública;

b. Os imóveis regularizados deverão ser inseridos nos cadastros técnicos de imóveis

utilizados na administração pública utilizando os expedientes necessários quando os

assentamentos estiverem em terras da União;

c. Centrar na regularização fundiária de áreas vazias ou subutilizadas, delimitadas como

Zonas Especiais de Habitação de Interesse Social, com o objetivo de ampliar e

baratear a oferta de terra urbanizada para a promoção de empreendimentos

habitacionais.

3.2.2. LPA 2 - Linha Programática e de Atendimento Produção e Aquisição da

Habitação

Quadro 02 – Programas e Subprogramas da Linha Programática e de Atendimento Produção da Habitação

Fonte: PlanHab

Segundo o PlanHab, a Linha Programática Produção da Habitação abrange as Ações,

Programas e Subprogramas voltados para provisão habitacional, objetivando o

enfrentamento do déficit habitacional acumulado e a demanda futura de novas unidades

habitações baseada no horizonte temporal do PlanHab ou seja, um planejamento com

previsão para atender até 2023.

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Esta linha refere-se à promoção de novas unidades habitacionais urbanas pelos setores

público e privado, visando atender a população com renda familiar com até cinco salários

mínimos, constituindo assim sua demanda prioritária a qual se organiza em dois grupos:

Grupo B, formado por população com renda de até três salários mínimos e o Grupo C,

formado por população com renda familiar de três a cinco salários mínimos. Neste projeto

será priorizada a população pertencente ao Grupo B.

Esta linha programática destina a Produção da Habitação e se desdobra em quatro

Programas:

1) P2A - Promoção de novas unidades habitacionais urbanas;

2) P2B - Programa para Promoção Pública de Locação Social em Centros Históricos e

Áreas Urbanas Consolidadas;

3) P2C - Programa para Promoção Pública em Loteamentos Urbanos com Materiais de

Construção e Assistência Técnica;

4) P2D - Promoção Pública ou por Autogestão de Unidades Habitacionais Rurais.

3.2.3. LPA3 - Linha Programática e de Atendimento Apoio e Melhoria da Unidade

Habitacional

Quadro 03 – Programas da Linha Programática e de Atendimento Apoio e Melhoria da Unidade Habitacional

Fonte: PlanHab

Esta Linha Programática refere-se a ações combinadas ou não, de concessão de crédito

para construção, reforma ou ampliação da moradia, assessoria técnica à autoconstrução e

educação ambiental. De acordo com o PlanHab, Seu objetivo é “viabilizar o acesso à aquisição de

materiais de construção associados a serviços de assistência técnica para a execução, conclusão, reforma e

ampliação de unidades habitacionais por autopromoção, de modo a garantir boas condições de habitabilidade

e salubridade, uso adequado dos materiais e técnicas construtivas, valorização arquitetônica e inserção urbana

adequada. Essa ação inclui, principalmente, os Grupos de Atendimento 1 e 2, que vivem em moradias

construídas informalmente”.

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A demanda prioritária dessa linha são os moradores de assentamentos precários,

urbanizados ou em processo de urbanização e as famílias com renda familiar até cinco

salários mínimos, ou seja, destina basicamente ao Apoio e melhoria da Unidade

Habitacional. Essa linha se desdobra em dois Programas:

1) P3A – Autopromoção Habitacional Assistida

2) P3B – Oferta de Serviços de Assistência Técnica

Conforme o PlanHab, essa Linha Programática de Apoio e Melhoria da Unidade

Habitacional “abrange as ações, programas e subprogramas destinados às melhorias e apoio técnico à

autopromoção habitacional atendendo a demandas do déficit habitacional em suas abrangências quantitativas

e qualitativas”.

3.2.3.1. Programa P3A – Autopromoção Habitacional Assistida

No que diz respeito ao Programa Autopromoção Habitacional Assistida, o PlanHab

relata que “a maior parte da população brasileira constrói moradias por conta própria, seja para fins de

residência, seja para aluguel. A população de baixa renda constrói suas próprias moradias ao longo de vários

anos, com poucos recursos economizados de modo intermitente, em lotes urbanos adquiridos muitas vezes no

mercado informal. Essas moradias recebem reformas e ampliações constantes realizadas com pouco ou

nenhum acompanhamento técnico”.

Sabe-se ainda que a maior parte dessas unidades encontra-se nos assentamentos

precários, loteamentos irregulares e clandestinos localizados, predominantemente, nas

periferias urbanas das médias e grandes cidades. Essas moradias, em geral, não têm

condições adequadas de iluminação e ventilação, apesar de serem construídas com

materiais duráveis. Essas inadequações, somadas à falta de serviços e infraestrutura de

saneamento básico, agravam a insalubridade e prejudicam a saúde coletiva.

A demanda prioritária desse programa constitui-se por famílias de baixa renda que, de

um modo geral, vivem em moradias construídas informalmente em locais precários do

ponto de vista urbanístico. Tais construções ocorrem com pouco ou nenhum

acompanhamento técnico e, apesar dos esforços e investimentos realizados pelos próprios

moradores, resultam em unidades habitacionais com baixa qualidade técnica e

arquitetônica. O período de construção é determinado pela disponibilidade dos recursos

familiares e pelos ciclos de vida dos moradores. Esses períodos basicamente longos fazem

com que as construções apresentem-se constantemente inacabadas.

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3.2.3.2. Programa P3B - Oferta de Serviços de Assistência Técnica

De acordo com o PlanHab , o objetivo principal desse programa é “garantir, na

execução, reforma e ampliação dessas moradias por autopromoção, meios que propiciem

boas condições de habitabilidade e salubridade, uso adequado dos materiais e técnicas

construtivas, valorização arquitetônica e inserção urbana adequada, entre outros fatores

necessários à melhoria do parque habitacional edificado”. Nesse sentido, propõe-se

“articular os acessos aos materiais de construção e aos serviços de assistência técnica em

arquitetura e engenharia numa estratégia única de financiamento voltada para as pessoas

que contam com recursos para a execução, reformas ou ampliações de moradias realizadas

por conta própria”.

3.2.4. LPA 4 - Linha Programática e de Atendimento para o Desenvolvimento

Institucional

Quadro 04 – Programa da Linha Programática e de Atendimento Para o Desenvolvimento Institucional

Fonte: PlanHab

A quarta e última Linha Programática “destina-se ao desenvolvimento de ações

estratégicas que possibilitarão o bom andamento dos demais programas e ações incluídos no

PlanHab. Seu foco de atuação é o desenvolvimento do Sistema Nacional de Habitação em

todos seus componentes. Apesar desta linha programática ser a única que não tem como

demanda a provisão habitacional, será através da implementação de suas ações que o

Sistema Nacional de Habitação poderá enfrentar satisfatoriamente as metas definidas pelo

Plano Nacional de Habitação”.

A seguir, a tabela de Necessidades Habitacionais apresentada no Diagnóstico

Habitacional de Abadia de Goiás (Produto 2, 2011 p. 104.) que nos fornece dados base para

a elaboração das tabelas seguintes.

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Quadro 05- Matriz das Necessidades Habitacionais

Necessidades Habitacionais Nº de domicílios Custo Total (R$)

Dentro dos parcelamentos

Urbanização

simples 1.330 INFRA17

7.714.000,00

complexa 123 INFRA18

1.389.900,00

remanejamento

Reposição Produção habitacional

Regularização 80 RF19

30 RF20

66.000,00

Famílias em área de risco 123 UH21

2.865.900,00

Melhoria habitacional 80 REF22

88.000,00

Subtotal 1 1.766 12.123.800,00

Fora dos parcelamentos (assentamento

irregular)

Produção de novas UH Produção habitacional

Subtotal 2

Demanda futura

Produção de novas UH23

Prioritária (1) 320 UH24

7.456.000,00

Produção de novas UH25

Prioritária (2) 340 UH26

7.922.000,00

Subtotal 3 660 15.378.000,00

Total Geral 2.426 27.501.800,00

Produção de novas UH Projeção 2024 2.510 UH27

58.483.000,00

Subtotal 4 2.510 58.483.000,00

Total Geral com demanda futura (2024) 4.936 85.984.800,00

Fonte: Produto II, Diagnóstico Municipal (2011, p. 71)

UH: UNIDADE HABITACIONAL/ RF: REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA/ REF: REFORMA/ INFRA: INFRAESTRUTURA

17

UHs sinalizadas no Plano Diretor como de padrão médio. Necessitam de calçada, arborização, equipamentos urbanos, urbanização das praças, sinalização vertical e horizontal, guias e sarjetas, placas com nome de vias públicas. 18

Famílias em área de erosão, dos Bairros: Dom Felipe, Campos Elíseos, Residencial Copacabana, Recanto dos Dourados, Conjunto Arco íris, Conjunto Renascer, Quinta dos Sonhos. 19

UH apontadas pelo Plano Diretor com necessidade de regularização: Renascer, Arco Íris e Dom Felipe. 20

Famílias em parcelamento irregular (regularização fundiária): Jardim Itarumã. 21

Famílias em área de erosão, dos Bairros: Dom Felipe, Campos Elíseos, Residencial Copacabana, Recanto dos Dourados, Conjunto Arco íris, Conjunto Renascer, Quinta dos Sonhos. 22

Total de famílias que precisam melhorar o padrão construtivo (pior padrão): Dom Felipe (22), Vl. Goiany (03), Vl. Abadia (07), Vl. Nossa Sra Guia (03), St. Nova Abadia (45), total 78 UH. 23

Priorizar a ocupação nas áreas vagas de ZEIS e do perímetro urbano. 24

Total de cadastros do Programa Bolsa Família. 25

Ocupar as áreas vagas de ZEIS e de expansão urbana do Plano Diretor: área em direção para Guapó, área em direção para Trindade e St Garavelo. 26

Total de famílias do Cadastro Habitacional Municipal. 27

Projeção da demanda futura (2024).

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Para a composição dos valores acima, utilizamos custos médios por família, por tipos

de intervenção (HBB, 2008):

Reconstrução de unidades habitacionais R$23.000,00;

Urbanização simples R$5.500,00;

Melhoria habitacional R$800,00;

Regularização fundiária R$300,00;

Trabalho social R$300,00.

Definindo melhor os déficits para estabelecermos suas Diretrizes, temos:

Déficit Qualitativo (Urbanização Simples, Urbanização Complexa, Regularização

Fundiária, Melhoria);

Déficit Quantitativo (Famílias em área de Risco, Produção de novas UH Prioritárias (1

e 2) e Projeção 2024).

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3.3. Linhas Programáticas a ser implementadas pelo Município

Para podermos conduzir as Diretrizes e Estratégias necessárias às necessidades

habitacionais levantadas pelo Diagnóstico Habitacional realizado no Produto II, vamos

retomar os dados aferidos anteriormente conforme segue quadro síntese das necessidades

habitacionais:

Quadro 06 – Síntese do Diagnóstico Habitacional do Município

DIAGNÓSTICO HABITACIONAL

NECESSIDADES HABITACIONAIS

00 UH

ASSENTAMENTOS

PRECÁRIOS

2.510 UH

DEMANDA FUTURA

(2024)

DÉFICIT

HABITACIONAL

QUANTITATIVO

3.293UH

(Produção de novas

UH Prioritárias (1 e

2), Produção de 123

UH de área de risco

e Projeção 2024)

DÉFICIT HABITACIONAL QUALITATIVO

1.643UH

(Urbanização

Simples, Melhoria,

Urbanização

Complexa,

Regularização

Fundiária)

123UH

HABITAÇÕES EM ÁREA

DE RISCO

(Nº DE DOMICÍLIOS IBGE 2010)

5.081UH

CONSOLIDADO

CONSOLIDÁVEL

NÃO CONSOLIDÁVEL

TOTAL DO DÉFICT QUALITATIVO

1.643UH

TOTAL GERAL DO DÉFICT

QUANTITATIVO

+

DEMANDA FUTURA

3.293UH

Fonte: Produto 2 – Diagnóstico Habitacional

Conforme itens da tabela sobre os apontamentos do Diagnóstico Habitacional, analisamos a

seguir as propostas para os objetivos e as Diretrizes para o andamento do PLHIS:

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Quadro 07 – Objetivos e Diretrizes do PLHIS

DIAGNÓSTICO HABITACIONAL DIRETRIZES OBJETIVOS

Infraestrutura Urbana para 1.330

domicílios

Expandir os serviços de

saneamento básico existentes

Promover o acesso de água tratada,

coleta de lixo, esgoto,

pavimentação, energia e iluminação

elétrica para 1.330 famílias

Recuperação de área degradada

com a retirada de 123 domicílios

Recuperação de área para

Equipamento Público

Compreende a intervenção

em área de assentamentos que não

apresentam traçado regular e/ou a

necessidade de realização de

complexas obras geotécnicas ou

drenagem urbana, como

canalização de córregos, contenção

de encostas

Regularização Fundiária 110

domicílios

Produzir a documentação

necessária para a regularização

fundiária urbana

Promover a cidadania e

documentar o imóvel urbano para

110 famílias

Retirar 123 famílias de área de

risco

Produzir moradias com

assistência técnica, social e

recomposição ambiental

Eliminação de habitação em áreas

riscos e provisão de 123 moradias

Melhoria de 80 domicílios Reformar, ampliar, dar

acabamento ou melhorar de

alguma forma HIS de pior padrão

(Plano Diretor)

Ampliar o grau de qualidade

habitacional através de melhorias

para 80 famílias

Incremento de 660 domicílios Otimizar e ampliar a produção de

moradias

Oferecer moradia a todas as 660

famílias

Projeção da demanda futura

2.510 domicílios

Otimizar e ampliar a produção de

moradias

Oferecer moradia a todas as 2.510

famílias futuras

Fonte: Produto 2 – Diagnóstico Municipal

Dando sequencia, seguem as propostas para organizar a atuação do município no

campo da política habitacional expressos por meio de programas (e ações) a serem

estruturados para atenderem às necessidades habitacionais mapeadas no diagnóstico e

alcançar os objetivos traçados para o Plano.

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Quadro 08 – Identificação de tipos de ações a serem desenvolvidas

DIAGNÓSTICO HABITACIONAL I II

OBJETIVOS DO PLHIS

IMPLANTAÇÃO OU MELHORIA DE

OBRAS DE INFRAESTRUTURA

Infraestrutura Urbana 1.330

domicílios

Promover o acesso à água

tratada, coleta de lixo, esgoto,

pavimentação, energia e

iluminação elétrica para 1.330

famílias

IMPLANTAÇÃO OU MELHORIA DE

OBRAS PARA EQUIPAMENTOS

PÚBLICOS

Recuperação de área para

Equipamentos Públicos com

a retirada de 123 famílias

Compreende a intervenção em

área de assentamentos que não

apresentam traçado regular e/ou

a necessidade de realização de

complexas obras geotécnicas ou

drenagem urbana, como

canalização de córregos,

contenção de encostas

REGULARIZAÇÃO URBANÍSTICA

FUNDIÁRIA

Produzir a documentação

necessária para a

regularização fundiária

urbana

Promover a cidadania e

documentar o imóvel urbano

para 110 famílias

URBANIZAÇÃO RELOCAÇÃO DE

FAMÍLIAS ELIMINAÇÃO DE RISCOS

PRODUÇÃO DE UNIDADES DE

MORADIA

Produzir 123 domicílios em

consequência da mudança de

área de risco

Construção de habitação em

função de mudança de 123

moradias de área de risco

REFORMA DE IMÓVEIS PARA

FAMÍLIAS Melhoria de 80 domicílios

Ampliar o grau de qualidade

habitacional através de melhorias

para 80 famílias

PRODUÇÃO DE UNIDADES DE

MORADIA Déficit de 660 domicílios

Oferecer moradia a todas as 660

famílias

PRODUÇÃO DE UNIDADES DE

MORADIA Déficit de 2.510 domicílios

Oferecer moradia a todas as

2.510 famílias

Fonte: Produto 2 – Diagnóstico e Cartilha PAMCid.

Assim foi possível identificar quais as linhas programáticas, programas e ações que o

Município de Abadia de Goiás deverá implementar a fim de solucionar as dificuldades

habitacionais detectadas e atender a população de menor renda.

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Quadro 09 – Programas e Ações – Detalhamentos

Programa Objetivos Ações

Previstas Fonte de

Financiamento Órgão

responsável Órgão parceiro

Pró-Municípios

Promover o acesso à

água tratada, coleta de

lixo, esgoto,

pavimentação, energia

e iluminação elétrica

para 1.330 famílias

Segue anexo OGU

Ministério das

Cidades

Pró-Municípios

Pró-Municípios

Urbanização e

Construção de

equipamento público

para a população local

com a retirada de 123

famílias

Segue anexo OGU

Ministério das

Cidades

Pró-Municípios

Urbanização, Regularização e Integração de

Assentamentos Precários

Segue anexo FNHIS

Ministério das Cidades

PREFEITURA MUNICIPAL

Urbanização, Regularização e

Integração de

Assentamentos Precários

Promover a cidadania e

documentar o imóvel

urbano para 110

famílias

Segue anexo FNHIS

Ministério das Cidades

PREFEITURA MUNICIPAL

Programa Papel Passado

Segue anexo OGU

Ministério das Cidades

PREFEITURA MUNICIPAL

Casa Legal AGEHAB Contrapartida

dos beneficiários

Urbanização, Regularização e

Integração de

Assentamentos Precários

Construção de

habitação em áreas

riscos e provisão de

123 moradias

Segue anexo FNHIS

Ministério das Cidades

PREFEITURA MUNICIPAL

Pró-Municípios Segue anexo OGU Ministério das

Cidades

PREFEITURA MUNICIPAL

Pró-Municípios

Ampliar o grau de

qualidade habitacional

através de melhorias

para 80 famílias de pior

padrão

Segue anexo OGU

Ministério das Cidades

PREFEITURA MUNICIPAL

Cheque Reforma AGEHAB Contrapartida

dos beneficiários

Pró-Moradia

Segue anexo FGTS Ministério das

Cidades PREFEITURA MUNICIPAL

MCMV Entidades

Segue anexo OGU/FDS Ministério das

Cidades PREFEITURA MUNICIPAL

Apoio à Provisão Habitacional de Interesse Social

Segue anexo FNHIS Ministério das

Cidades PREFEITURA MUNICIPAL

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Apoio à Produção Social da Moradia

Oferecer moradia às

660 famílias

Segue anexo FNHIS Ministério das

Cidades PREFEITURA MUNICIPAL

Pró-Municípios Segue anexo OGU Ministério das

Cidades PREFEITURA MUNICIPAL

Moradia Digna AGEHAB Contrapartida

dos beneficiários

Pró-Moradia

Oferecer moradia a

todas as 2.510 famílias

futuras da projeção da

população IBGE 2010

Segue anexo FGTS Ministério das

Cidades PREFEITURA MUNICIPAL

MCMV Entidades

Segue anexo OGU/FDS Ministério das

Cidades PREFEITURA MUNICIPAL

Apoio à Provisão Habitacional de Interesse Social

Segue anexo FNHIS Ministério das

Cidades PREFEITURA MUNICIPAL

Apoio à Produção Social da Moradia

Segue anexo FNHIS Ministério das

Cidades PREFEITURA MUNICIPAL

Pró-Municípios Segue anexo OGU Ministério das

Cidades PREFEITURA MUNICIPAL

Moradia Digna AGEHAB Contrapartida

dos beneficiários

Fonte: Produto 2 – Diagnóstico e Cartilha PAMCid.

3.3.1. Critérios Utilizados Para Priorização do Atendimento Por Linha Programática

Os critérios utilizados para priorização do atendimento foram escolhidos com a

finalidade de solucionar problemas detectados no Diagnóstico Habitacional. Propõe uma

sequencia de ações e políticas públicas voltadas para minimizar o déficit habitacional

quantitativo e qualitativo do município. São eles:

Quadro 10 – Programas e Ações – Prioridade de Atendimento

Programa Prioridade de Atendimento Áreas Prioritárias para Receber Investimentos

Integração Urbana de Assentamentos Precários

e Informais

1º Produzir habitação para famílias próximas à processos erosivos

1º Dom Felipe, Campos Elíseos, Residencial Copacabana, Recanto dos Dourados, Conjunto Arco íris, Conjunto

Renascer, Quinta dos Sonhos.

2º Urbanização Complexa (recomposição de áreas

degradadas)

2º Dom Felipe, Campos Elíseos, Residencial Copacabana, Recanto dos Dourados, Conjunto Arco íris, Conjunto

Renascer, Quinta dos Sonhos.

3º Regularização Fundiária 2º Renascer, Arco Íris,Dom Felipe

Produção e Aquisição da Habitação

1º Déficit quantitativo 1º ZEIS VAGAS (segue mapa ZEIS)

2º Projeção da demanda habitacional

2º ÁREAS HABITACIONAIS PRIORITÁRIAS DO PLANO DIRETOR

Melhoria Habitacional

1º Moradias de Pior Padrão 1º Conj. Renascer, São Dimas, Dom Felipe, Recanto dos

Dourados

2º Acesso restrito à serviços e equipamentos urbanos de

saneamento 2º Villar Baviera, Recanto dos Dourados Conj. Arco Íris.

Assistência Técnica e Desenvolvimento

Institucional Prefeitura Municipal

Órgão responsável ou a junção de vários responsáveis pela HIS do município

Fonte: Reuniões públicas e Produto 2 - Diagnóstico

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Fig. 1 Mapa das Ações Propostas

Fig. 2 Mapa ZEIS

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3.4. Condições Normativas e Institucionais: Metas Prioritárias

3.4.1 Condições Normativas

No momento de desenvolvimento deste PLHIS se configura em Abadia de Goiás um

novo quadro normativo para a questão habitacional. O Estatuto das Cidades, a necessária e

constante revisão do Plano Diretor (Lei Complementar 003/2008) em detrimento das atuais

demandas decorrentes para a habitação, e legislações específicas para a política habitacional

- a Lei de Uso e Ocupação do Solo, a legislação para Zonas Especiais de Interesse Social

(ZEIS), a lei que dispõem sobre a Política Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano

de Interesse Social, e seu respectivo Fundo e Conselho Gestor - permitirá um grande salto na

qualidade e instrumentação das políticas habitacionais do município.

No que diz respeito especificamente ao atendimento do Programa Federal de

Habitação, Programa de Habitação do Distrito Federal e do Estado de Goiás, o município

instituiu a Lei nº 733/2009 de 26 de maio de 2009 que “Autoriza o chefe do poder executivo

a reservar, criar, desapropriar e doar se necessário for, imóveis e/ou área destinado-as a

programa habitacional de interesse social, em convênio com a união ou o estado de Goiás e

ou o Distrito Federal, no município de Abadia de Goiás e dá outras providências”;

Vale ressaltar a importância ainda de outros pontos fundamentais para se normatizar,

tais como os instrumentos do Plano Diretor (estão apenas citados) e alguns critérios para

priorização de atendimento pelo Programa de Urbanização Integral:

Situações de insalubridade e de risco;

Ocupação em áreas de proteção ambiental (EX: APMs, APA);

Recuperação ambiental e urbana do setor urbano ou micro-bacia;

Tempo de existência do assentamento;

Aprovação da urbanização do assentamento no Orçamento Participativo;

Relação custo-benefício, considerando-se o custo da intervenção em relação ao

número de famílias diretamente e indiretamente beneficiadas (assentamento,

entorno e cidade);

Nível de organização comunitária;

Existência de fatores facilitadores da regularização fundiária;

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Imposições jurídicas (existência de ações populares e/ou ações de reintegração de

posse, existência de TACs – Termos de Ajustamento de Conduta com o Ministério

Público).

3.4.2 Condições Institucionais

A gestão democrática da cidade está prevista como uma das diretrizes gerais da

política urbana, estabelecida nos termos do Estatuto da Cidade, Lei Federal n. 10.257/2001,

que regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal. Nesse sentido, o Plano

Diretor estabeleceu como um dos princípios da Política de Desenvolvimento Territorial de

Abadia de Goiás, a gestão participativa e democrática.

A Política Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Interesse Social prevê

como um dos seus objetivos: adotar mecanismos adequados de acompanhamento,

execução e controle dos programas habitacionais, garantindo a sua plena realização, de

acordo com as finalidades habitacionais propostas.

A Política Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Interesse Social tem

na Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano-SHDU, no Conselho Municipal de

Habitação e Desenvolvimento Urbano de Interesse Social e na Comissão Gestora do Fundo

Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Interesse Social os responsáveis por

sua operação.

Entre as atribuições da SHDU, além de outras, está:

-elaboração dos planos anuais e plurianuais para utilização dos recursos do Fundo,

fixando as metas a serem alcançadas;

-acompanhar e avaliar a execução dos programas e projetos, mediante trabalhos

gerenciais semestrais, com a finalidade de proporcionar ao Conselho Municipal de Habitação

e Desenvolvimento Urbano de Interesse Social, os meios para aferir os resultados dos

programas em andamento, nos seus diversos aspectos físicos, econômico-financeiros,

técnicos, sociais e institucionais e sua vinculação as diretrizes e metas do governo municipal.

-submeter à apreciação do Conselho, juntamente com a Comissão Gestora, as contas

do Fundo, ao menos uma vez ao ano.

As atribuições enunciadas devem ser mediadas por processos participativos de gestão,

considerando os objetivos da política.

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A composição do Conselho, definida pela Política, garante representatividade das

secretarias municipais de áreas afins, Secretarias de: Habitação e Desenvolvimento Urbano;

Planejamento e Controladoria; Fazenda; Promoção Social; Negócios Jurídicos; Obras e

Serviços Urbanos – além da participação de entidades representativas da sociedade

organizada: representantes de associações comunitárias, representantes de bairro;

representantes das associações que atuam na área de habitação popular, que estejam

devidamente regulamentados no município; e representante do Sindicato dos Trabalhadores

de Abadia de Goiás.

A gestão financeira do Fundo Municipal de Habitação é de competência da Secretaria

de Administração. Nela centralizam-se todos os recursos para moradia de baixa renda,

provenientes de recursos externos e internos para programas de habitação entre receitas

patrimoniais e operacionais, além de doações e contribuições variadas. O FMHIS de Abadia

de Goiás foi instituído através da Lei 334/2008. O fundo é composto por sete membros,

sendo que três representam o governo municipal e quatro são da comunidade.

Trimestralmente, o fundo deverá fazer publicações na imprensa oficial, apresentando

os relatórios, balancetes e demonstrativos da receita de entrada e saída, após a aprovação

de seu Conselho gestor. O FMHIS deverá sempre fazer convocações para reuniões voltados

para interesse da comunidade e relativos às ações que o FMHIS se propõe à executar, pois a

participação popular é fundamental. Estas convocações deverão ser divulgadas na imprensa

local através de convites e fixação de cartazes em murais nos lugares públicos estratégicos.

Considerando que Abadia de Goiás apresenta uma divisão de competências entre

quem lida com a questão habitacional e quem cuida do planejamento territorial e controle

do uso do solo, é importante que as gestões da Política Municipal de Habitação e

Desenvolvimento Urbano de Interesse Social e da Política Urbana e do Planejamento

expressas no Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município de Abadia de Goiás,

sejam compatibilizadas e promovam ações integradoras, através da atuação dos Conselhos,

que a dialoguem no sentido de promover uma cidade mais justa, socialmente.

3.4.2.1. Estrutura Administrativa do Poder Executivo

Vimos no Produto II que Abadia de Goiás, definiu sua Estrutura Administrativa através

do seu Organograma. Mas por unanimidade, a população manifestou nas dinâmicas durante

o Produto III que a organização administrativa deveria estar mais concentrada, ou seja,

melhor organizada.

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Como proposta eles sugeriram mais dinâmica nas ações relativas ao fundo, para que

fosse mais divulgado e não permanecessem as decisões somente dentro dos gabinetes, pois

a comunidade tem muito a acrescentar e querem participar das reuniões para o destino das

verbas.

A criação de uma gerência de habitação é fundamental, pois hoje o setor está

representado pela Secretaria de Administração que tem muitas atribuições e deixa muito de

lado a questão habitacional por falta de estrutura e pessoal qualificado ficando, portanto a

habitação em segundo plano.

Os serviços de tramitação de processos de habite-se, alvarás e demais questões de

ordem de análise de projeto, deveriam estar destacados no Setor de Obras e/ou Urbanismo,

deixando para o Setor da Habitação o trabalho integrado dos procedimentos jurídicos,

ambientais e sociais. Assim, o atendimento, o monitoramento, a avaliação e o planejamento

ficariam mais coerentes com o andamento dos trabalhos locais e um retorno ao beneficiário

mais rapidamente.

3.4.2.2 Prestação de Contas e Relatórios de Gestão

Vimos no Produto II que Abadia de Goiás definiu sua Estrutura Administrativa através

do seu Organograma. Mas por unanimidade, a população manifestou nas dinâmicas durante

o Produto III que a organização administrativa deveria estar melhor organizada.

Os serviços de tramitação de processos de habite-se, alvarás e demais questões de

ordem de análise de projeto, deveriam estar destacados no Setor de Obras e/ ou Urbanismo,

deixando para o Setor da Habitação o trabalho integrado dos procedimentos jurídicos,

ambientais e sociais. Assim, o atendimento, o monitoramento, a avaliação e o planejamento

ficariam mais coerentes com o andamento dos trabalhos locais e um retorno ao beneficiário

mais rapidamente.

3.4.2.3. Participação e Controle Social

A Política Nacional de Habitação considera a participação e o controle social um dos

itens mais importantes entre os fundamentos da institucionalização do Sistema Nacional de

Habitação. Para tanto, entende como necessário fortalecer as instâncias de representação e

participação da sociedade civil organizada, através do rebatimento efetivo das decisões

destas instâncias nas políticas locais, do desenvolvimento institucional dos Conselhos,

evitando possíveis sobreposições de atribuições das diferentes instâncias de participação

local.

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O controle social no Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS se dá

através dos Conselhos que legitimam as ações da política habitacional de enfrentamento e

solução do déficit habitacional local.

Importante enfatizar que para o PNH, o estabelecimento de instâncias

institucionalizadas que exerçam o controle social é um elemento basilar. Devido à sua

importância estrutural, a criação destas instâncias congêneres nos municípios tornou-se um

dos condicionantes para aceso aos recursos do FNHIS.

No âmbito do PLHIS, o controle social está institucionalizado na garantia de

funcionamento do Conselho Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano de

Interesse Social, previsto na Política Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano de

Interesse Social, como órgão colegiado de caráter permanente, deliberativo e fiscalizador,

que reúne representantes da sociedade civil e do poder público, vinculado a Secretaria de

Habitação e Desenvolvimento Urbano. O Conselho tem como principal função estabelecer,

através das diretrizes e metas, a distribuição dos recursos do fundo que gere, assim como o

acompanhamento e controle da aplicação dos recursos.

A atualização periódica dos dados dos diagnósticos locais, repassados por instituições

públicas e privadas responsáveis pela execução da política e a disseminação das informações

produzidas garantem condições à participação dos setores sociais de influenciar na gestão

com maior eficácia, são mecanismos de controle social.

Os representantes do Conselho devem ser incentivados a participar de Conferências de

habitação e de temáticas afins à questão urbana, como forma de formação dos quadros e

fortalecimento das instâncias representativas. A temática habitacional apresenta

implicações regionais. Nesse sentido, os organismos gestores das regiões metropolitanas e

aglomerações urbanas devem incluir instâncias de participação da população e de

associações representativas, para debate da política habitacional e urbana de forma

integrada e em consonância com a política nacional.

3.4.2.4 Corpo Técnico Profissional do Município

Em Abadia de Goiás, não há uma gerência específica para a Habitação. Esta área faz

parte da estrutura das ações da Secretaria de Administração e tem a colaboração de várias

Secretarias que em conjunto com o Fundo e o Conselho Municipal da Habitação resolvem as

questões habitacionais.

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Mas vale ressaltar as condições favoráveis dos atores capacitados durante a realização

do PLHIS. Estes atores devem manter os dados atualizados e dar sequencia no PLHIS estando

em conjunto com o CMHIS para atuarem juntos frente a qualquer política pública que venha

a ser instituída. Como Abadia de Goiás faz parte da região metropolitana de Goiânia é

importante ressaltar que os municípios que compõem essa região e elaboraram o PLHIS,

promovam encontros e seminários para a atualização e absorção de novas ideias integradas

ou em consórcios. Estes encontros poderão ser de imenso valor para as ETM continuarem a

desenvolver o PLHIS após a sua conclusão.

3.4.2.5 Parcerias

1) Parcerias com a União (CEF/FNHIS):

Com a instituição do PLHIS, Abadia de Goiás tornar-se-á apta para receber recursos do

FNHIS e consequentemente, com a obtenção desses recursos o município poderá

desenvolver mais políticas públicas voltadas para a população de menor renda bem como

para a população de um modo geral: postos de saúde, creches, áreas de lazer, escolas,

saneamento básico, entre outros.

2) Parcerias do Estado com o Município

PROGRAMA 1069 – Programa Morada Nova. Tem como objetivo “reduzir o déficit

habitacional da população carente e melhorar as condições de habitabilidade das moradias

populares em Goiás” 28. Uma de suas linhas de ação visa à construção e doação de moradias

– construir moradias destinadas à família de baixa renda (de 0 a 3 salários mínimos). Conta

com as seguintes ações:

Ação 1128 – Aquisição e doação de Lotes Urbanos/Urbanizados;

Ação 2371 – Cheque Moradia Comunitário;

Ação 2377 – Cheque Moradia Infraestrutura;

Ação 2370 – Cheque Moradia Reforma;

Ação 2372 – Cheque Moradia Reforma/Acessibilidade;

Ação 2367 – Cheque Moradia Rural;

Ação 2368 – Cheque Moradia Urbano;

Ação 2367 – Construção e doação de Moradias;

Ação 2919 – Habitação de Interesse Social;

Ação 1129 – Melhoria da Unidade Habitacional;

Ação 1130 – Regularização Fundiária: Casa Legal.

28

Idem.

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Outra informação importante diz respeito aos investimentos na área habitacional

destinada aos municípios goianos pelo atual governo do Estado de Goiás (Gestão

1011/2014). No dia 14 de abril de 2011, o atual Governador (gestão 2011/2014) liberou R$

24 milhões para construção de mais de 5 (cinco) mil unidades habitacionais. O governo

convidou representantes dos 246 municípios do Estado para a abertura da 6ª Oficina de

Capacitação para Elaboração do Plano Municipal de Habitação de Interesse Social – PMHIS.

No evento, o Governador de Goiás também assinou ordem de serviço para liberação de R$

24 milhões, que serão aplicados na construção de mais de 5 mil unidades habitacionais em

2011 em 111 municípios, além de assinar convênios de cooperação técnica entre Prefeituras

e Agehab. A 6ª Oficina apresentou o Produto III do PMHIS – Estratégias de Ação, último

conteúdo da metodologia utilizada pela Agência para compor o Plano de combate ao déficit

habitacional dos municípios e do Estado.

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3.5. Metas, Recursos e Fontes de Financiamento

Quadro 11 – Cronograma de implementação de metas do PLHIS

Objetivos Programas e/ ou

Ações

META 1 Curto prazo

5 anos

META 2 Médio Prazo

10 anos

META 3 Longo Prazo

15 anos

META CUMPRIDA TOTAL R$

Promover o acesso à água tratada, coleta de

lixo, esgoto, pavimentação, energia e iluminação elétrica para

1.330 famílias

Pró-Municípios

3.857.000,00 3.857.000,00 7.714.000,00

Urbanização e construção de

equipamento público com a retirada de 123

famílias

Pró-Municípios

PRIORITÁRIAS 1.389.900,00

1.389.900,00

Urbanização, Regularização e Integração de

Assentamentos Precários

Promover a cidadania e documentar o imóvel

urbano para 110 famílias

Urbanização, Regularização e Integração de

Assentamentos Precários

66.000,00

66.000,00

Programa Papel Passado

Casa Legal

Oferecer moradia para 123 famílias removidas

Urbanização, Regularização e Integração de

Assentamentos Precários

PRIORITÁRIAS 2.865.900,00

2.865.900,00

Pró-Municípios

Ampliar o grau de qualidade habitacional através de melhorias

para 80 famílias de pior padrão

Pró-Municípios

PRIORITÁRIAS 88.000,00

88.000,00

Cheque Reforma

Apoio à Produção Social da Moradia

Pró-Municípios

Moradia Digna

Oferecer moradia a todas as 660 famílias

Pró-Moradia

PRIORITÁRIAS 15.378.000,00

15.378.000,00

MCMV Entidades

Apoio à Provisão Habitacional de Interesse Social

Apoio à Produção Social da Moradia

Pró-Municípios

Moradia Digna

Oferecer moradia a todas as 2.510 famílias

futuras

Pró-Moradia

29.241.500,00 29.241.500,00 58.483.000,00

MCMV Entidades

Apoio à Provisão Habitacional de Interesse Social

Apoio à Produção Social da Moradia

Pró-Municípios

Moradia Digna

Total Geral

19.787.800,00 (CURTO PRAZO)

33.098.500,00 (MÉDIO PRAZO)

33.098.500,00 (LONGO PRAZO)

85.984.800,00

Fonte: Produto 2 - Diagnóstico

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3.6. Monitoramento, Avaliação e Revisão do PLHIS

Quadro 12 – Indicadores para monitoramento

Objetivos

Metas

Indicadores

5 anos 10 anos 15 anos TOTAL Eficácia Eficiência Efetividade

Promover o acesso à água

tratada, coleta de lixo, esgoto,

pavimentação, energia e

iluminação elétrica para

1.330 famílias

665

INFRA 665

INFRA 1.330 INFRA

Medir o resultado obtido em relação ao pretendido

7.714.000,00 (fazer a

previsão em relação ao

PPA/LOA do ano vigente)

Aumentar a capacidade

de adesão dos munícipes ao saneamento

Urbanização e construção de equipamento público com a

retirada de 123 famílias

123 INFRA

123

INFRA

Medir o resultado obtido em relação ao pretendido

1.389.900,00 (fazer a

previsão em relação ao

PPA/LOA do ano vigente)

Atentar para a qualidade dos

projetos de recuperação de

áreas e equipamentos

públicos

Documentar todas as 110

habitações de interesse social

110 REG FUND

110 REG

FUND

Medir o resultado obtido em relação ao pretendido

66.000,00 (fazer a

previsão em relação ao

PPA/LOA do ano vigente)

Aplicação de instrumentos do

Estatuto da Cidade para promoção de

HIS – Zeis: regularização

fundiária

Oferecer moradia para 123 famílias

removidas 123 UH 123 UH

Medir o resultado obtido em relação ao pretendido

2.865.900,00 (fazer a

previsão em relação ao

PPA/LOA do ano vigente)

Verificar atendimentos por

programas habitacionais

através de Parcerias com Estado e União

Ampliar o grau de qualidade

habitacional através de

melhorias para 80 famílias

80 REF 80 REF

Medir o resultado obtido em relação ao pretendido

88.000,00 (fazer a

previsão em relação ao

PPA/LOA do ano vigente)

Atentar para a qualidade dos

projetos habitacionais

Oferecer moradia a todas as 660

famílias 660UH 660 UH

Medir o resultado obtido em relação ao pretendido

15.378.000,00 (fazer a

previsão em relação ao

PPA/LOA do ano vigente)

Verificar o orçamento público, pois é um importante indicador para avaliar se a gestão municipal está comprometida com a produção da habitação.

Oferecer moradia a todas as 2.510 famílias futuras

da projeção populacional IBGE

2010

1.255

UH 1.255

UH 2.510

UH

Medir o resultado obtido em relação ao pretendido

58.483.000,00 (fazer a

previsão em relação ao

PPA/LOA do ano vigente)

Conselheiros e população em

geral avaliar se a política de

habitação do município está

acontecendo com a devida qualidade

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Total Geral

783UH 110 REG 80 REF

123 INFRA (RETIRADA

DE FAMÍLIAS

PARA CONSTRUÇ

ÃO DE EQUIPAME

N)

1.255UH

665 INFRA (ÁGUA,

ESGOTO, ILUMIN, ASFALT)

1.255UH

665 INFRA (ÁGUA,

ESGOTO, ILUMIN, ASFAL)

123 INFRA (EQUIP. PÚBLICO) 1.330 INFRA (SANEAMENTO)

110 REGULARIZAÇÃO 80 REFORMAS

3.293 UH

5 ANOS 10

ANOS 15

ANOS META CUMPRIDA

Fonte: Produto 2- Diagnóstico

Para melhor obtenção de resultados e checagem do andamento da implantação deste

PLHIS, é necessário que ele seja monitorado, avaliado e revisado constantemente a fim de

alcançar seus objetivos e metas.

Assim sendo inserimos nesse item o conceito das palavras monitoramento, avaliação e

revisão objetivando fazer com que o seu significado facilite as atividades do gestor ou

gerente durante a implantação deste projeto e consequentemente em sua aplicabilidade ao

buscar os resultados traçados no planejamento.

Com o monitoramento, avaliação e revisão durante a implantação do PLHIS torna-se

possível checar se a gestão está alcançando os objetivos propostos e se os fazem de forma

eficaz, eficiente e com efetividade. Monitorar, avaliar e revisar tornou-se uma atividade

fundamental de caráter contínuo, que proporciona a correção dos rumos em um

determinado projeto ou programa, como também entender os problemas em nível

estratégico.

3.6.1 Monitoramento

Monitorar consiste em fazer o “acompanhamento contínuo e cotidiano, por parte de

gestores e gerentes, do desenvolvimento dos programas de políticas públicas relacionadas

ao atendimento dos seus objetivos e metas, durante a fase de implementação. É uma função

inerente à gestão dos programas, devendo ser capaz de prover informações tempestivas

sobre o desempenho da implantação para seus gestores e superiores, permitindo a adoção

de medidas corretivas visando aprimorar a sua operacionalização.” (PLANHAB).

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A avaliação e o monitoramento requerem do uso de indicadores, que estabelecem

relações de “valores” em diferentes momentos de análise (ou medição), permitindo

mensurar a evolução de uma meta.

Os indicadores permitem a construção de padrões de desempenho das ações,

mensurando o quanto seus objetivos foram alcançados (eficácia), o nível de utilização de

recursos (eficiência) ou as mudanças operadas no estado social da população alvo (impacto).

a) Estruturação do monitoramento e avaliação do PLHIS

O monitoramento e avaliação são instrumentos da Política Municipal de Habitação e

Desenvolvimento Urbano de Interesse Social, conforme definidos neste Plano. Sua

implementação requer constituir uma estrutura organizacional, que permita a utilização dos

indicadores de forma sistêmica, e equipe técnica de forma a desempenhar as seguintes

atribuições:

- atualizar e sistematizar informações ao diagnóstico local e às ações em habitação no

município;

- monitorar as variáveis que compõem os cenários, alterando-os conforme a

conjuntura;

- estabelecer um fluxograma de “alimentação” de informações das variáveis que

compõem a política de habitação de interesse social, articulando os dados do conjunto dos

órgãos e setores da municipalidade responsáveis pela implementação das ações em

habitação;

- articular-se com outros sistemas de indicadores, observatórios e setores responsáveis

pela sistematização de informações existentes na municipalidade;

- buscar, junto a organismos externos à municipalidade responsáveis pelo

fornecimento de informações e pela construção de indicadores, tais como o IBGE, a FJP, a

padronização dos conceitos e dos indicadores utilizados.

b) Momentos de avaliação e revisão

Os indicadores devem ser objetos de contínuo monitoramento de acompanhamento.

No entanto, a sistematização dos dados para acompanhamento do desenvolvimento dos

programas e metas do PLHIS se dará:

- Anualmente: será elaborado um Trabalho de Monitoramento e Avaliação do PLHIS;

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- A cada 4 anos: elaboração de Trabalho Quadrienal de Monitoramento e Avaliação do

PLHIS.

O Plano Local de Habitação de Interesse Social de Abadia de Goiás estabelece que os

momentos de avaliação da Política e do PLHIS devem coincidir com o período de elaboração

do Plano Plurianual (PPA), que se dá no primeiro ano de cada gestão de governo. Assim,

considerando que o período de vigência do PLHIS será até 2024, preveem-se como períodos

de avaliação e revisão a partir de seu inicio, a cada 5 anos.

A periodicidade do acompanhamento da gestão da prestação de contas do Fundo

Municipal de Habitação de Interesse Social está definido na Lei da Política Municipal de

Habitação e Desenvolvimento Urbano de Interesse Social, sendo:

- Semestralmente: Trabalho de Gestão, preparado pela SHDU;

- Anualmente: Trabalho de Prestação de Contas do Fundo para apresentação ao

Conselho Municipal de Habitação de Interesse Social, elaborado pela SHDU e a Comissão

Gestora do Fundo Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Interesse Social.

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3.7. Comentários e Recomendações

Este PLHIS não deve ser tratado como um produto pronto e acabado tampouco tratar-

se de uma proposta a mais produzida pelo município por meio de contratação de

consultoria. Pelo contrário, ele faz parte de um importante produto que faz com que o

município torne-se apto para receber verbas oriundas do governo federal direcionadas à

solução dos problemas habitacionais e de infraestrutura enfrentados pelos municípios.

Sabemos que o gestor municipal irá enfrentar um grande desafio e para enfrentá-lo, pois

deverá fornecer as condições apropriadas para administrar um conjunto de ações de alta

complexidade.

Mesmo que os objetivos e as metas aqui traçadas pareçam difíceis, eles deverão ser

enfrentados de forma positiva e voltados para a construção de uma gestão comprometida

com os anseios da população, principalmente a de menor renda. Assim sendo deverá ser

necessário escalonar e priorizar as intervenções e ações sugeridas, principalmente aquelas

de natureza institucional e normativa.

Este PLHIS trata-se de um amplo projeto de governo de suma importância que objetiva

viabilizar para a população de menor renda o acesso a terra urbanizada e à habitação digna

e sustentável com implementação de políticas públicas e programas de investimentos e

subsídios para promover e viabilizar o acesso à habitação de interesse social. Deve ser

articulado, compatibilizado e acompanhado por órgão responsável pela habitação no

município. O PLHIS visa o fortalecimento institucional do setor habitacional do município,

alcançando formas e socialização de novos conceitos, experiências e capacitação de agentes

sociais para o enfrentamento do problema habitacional.

Deve ainda:

Ser aplicado e permanentemente revisado, complementado, atualizado ou

corrigido, porque representa uma estratégia de gestão contínua de planejamento do setor

habitacional do município;

Ser o norteador para tomada de decisão dos técnicos e dirigentes do governo

municipal;

Ser uma importante ferramenta para fazer gestão junto aos órgãos estaduais,

regionais e federais que tratam da questão habitacional e urbana;

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Ser apropriado pelos atores institucionais e sociais atendendo na íntegra os

seus objetivos prioritários e secundários;

Ser amplamente divulgado no município juntamente com outras esferas de

governo, comunidades, movimentos sociais, associação de moradores e de moradias,

universidades, setor da construção civil e imobiliário, ONGs, setor ambiental, entre outros. A

finalidade é utilizar os meios de comunicação da organização para divulgar as novas

medidas, fazendo chegar ao conhecimento de todos os clientes/usuários e demais

interessados, as propostas deste PLHIS;

Ser um instrumento para o necessário diálogo das questões habitacionais,

bem como para o fortalecimento das relações institucionais do município e região a qual

pertence, objetivando a promoção integrada e articulada do desenvolvimento regional

harmônico e equilibrado.

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CONCLUSÃO

Os Programas de Governo Federal foram instituídos especificamente para atender a

população de menor renda na conquista de seus direitos bem como para exercer sua

cidadania. O Direito à moradia digna; ao padrão mínimo de habitabilidade, infraestrutura,

saneamento ambiental, mobilidade, transporte coletivo, equipamentos, serviços urbanos e

sociais devem ser realizados de forma democrática, possibilitando a participação dos

diferentes segmentos da sociedade em sua formulação, execução e acompanhamento.

Para desenvolver políticas habitacionais locais os governos municipais dependem de

vontade política e de capacidade normativa e institucional apropriada. Portanto, é

necessário que o município realize constantemente avaliações das necessidades

institucionais locais para adequação de seus planos e ações e aplique novas práticas de

gestão instituindo indicadores de desempenho quantitativo e qualitativos os quais devem

ser monitorados, avaliados e revisados anualmente.

O município deverá tomar algumas medidas administrativas, ou seja, instituir

indicadores de desempenho (quantitativo e qualitativo); monitorar, avaliar indicadores;

instituir planilhas de controle da situação habitacional, adquirir sistemas informatizados para

o setor habitacional; instituir Equipe Multissetorial; formalizar Manual das Atividades da

Equipe Multissetorial, realizar revisões anuais do PLHIS; formular planos e programas de

ação; ampliar recursos orçamentários e financeiros, captar novos recursos e constituir

parcerias, entre outros.

O planejamento urbano e habitacional do município teve como base legal dois

indutores: o Estatuto das Cidades que torna obrigatória a execução de Planos Diretores para

cidades com mais de 20.000 mil habitantes e o Sistema Nacional de Habitação de Interesse

Social (SNHIS), que exige a formulação de Plano Habitacional, como condição de acesso aos

recursos do FNHIS.

Um aspecto de suma importância durante todo o processo de confecção do Produto I -

Proposta Metodológica, do Produto II - Diagnóstico Habitacional e deste Produto III –

Estratégias de Ações foram as informações obtidas e as sugestões discutidas com a

sociedade, revelando-nos que com a participação dos atores sociais, pode-se realizar melhor

controle dos resultados dos Programas e Ações priorizados, controle dos gastos públicos,

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atendimento de metas e obtenção de resultados realizados por meio de avaliação e

monitoramento de indicadores previamente instituídos pelo município.

Tal participação social, aliada à publicidade ampla do PLHIS e da divulgação

transparente dos seus resultados, traz vantagem competitiva com outros municípios e

outros estados e garantia ao município de realização de suas metas habitacionais municipais

à frente de outros municípios.

Os gestores públicos também deverão assumir papel fundamental na realização deste

Plano ao aplicá-lo com responsabilidade objetivando o atendimento de normas e regras

municipais, estaduais e federais bem como pela importância dos objetivos e metas traçadas.

É de fundamental importância que as mudanças instituídas a partir da aplicação deste Plano

aconteçam de forma legal e amparadas por normatização pertinente, sob pena de todas as

modificações não passarem de boas intenções, tornando-o vulnerável a transformação em

documento arquivado e sem nenhum valor prático.

Esse plano buscou identificar quais ações o município deverá priorizar para atender as

dificuldades habitacionais detectadas no Diagnóstico e de forma secundária as demais metas

e ações que deverão amparar e subsidiar toda sua aplicabilidade.

Como propostas de soluções, sugerimos comentários e descrevemos algumas

recomendações pertinentes para a implantação com sucesso deste projeto.

O momento é histórico para o município com a conclusão do PLHIS. Com a entrega e

aprovação do PLHIS o município se habilita junto à esfera federal e atende aos requisitos

obrigatórios para solucionar problemas habitacionais locais oportunizando aplicação de

verba direcionada ao atendimento das demandas da população de menor renda

melhorando assim seu estilo e sua qualidade de vida.

Outra oportunidade diz respeito à atualização do modelo de gerir a coisa pública. Com

a implantação de metodologias participativas torna-se possível a participação da sociedade

na condução de melhores práticas e de políticas públicas voltadas para quem de fato

necessita: a população de baixa renda. Resta aos municípios o desafio de aproveitar a

oportunidade para se organizarem, planejarem suas ações, adotar práticas mais

democráticas com processos transparentes e projetos mais includentes do ponto de vista

urbanístico, econômico, social e de qualidade de vida para toda a população.

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Déficit Habitacional Municipal 2005 – Fundação João Pinheiro;

Déficit Habitacional no Brasil 2007 – Fundação João Pinheiro;

IBGE 2009, MUNIC.

Websites:

www.agehab.go.gov.br

www.biblioteca.ibge.gov.br

www.cidades.gov.br

www.fjp.gov.br

www.ibge.com.br

www.maps.google.com.br

www.portalmunicipal.org.br

www.seplan.go.gov.br

www.wikipedia.org

Outras Fontes:

- Resultados das dinâmicas do Produto III;

- Leis Municipais, Plano Diretor de Abadia de Goiás, PPA, LOA, LDO.

Page 150: PLHIS - PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE ......Ministério da Fazenda. Em março de 1987, o MDU foi transformado em Ministério da Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente (MHU),

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ANEXOS