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Platinum VIII 1 Platinum VIII Poesias & Textos

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Platinum VIII

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Platinum VIII

Poesias & Textos

Platinum VIII

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Copyright 2016 (1ª Edição) Todos os direitos desta edição reservados aos autores.

Impresso no Brasil Printed in Brazil.

Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme decreto n 1.825, de 20/12/1907.

Projeto editorial e diagramação: Antônio Ramos da Silva

Capa:

UQC – comunicação Visual Ltda

Revisão técnica e ortográfica: dos autores.

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)

ISBN –

PERMISSÃO DOS AUTORES PARA CITAÇÃO

É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive

quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais

constitui crime (Código Penal, art. 184 e Parágrafos, e Lei nº 6.895, de 17/12/1980)

sujeitando-se à busca e apreensão e indenizações diversas (Lei nº 9.610/98).

S586p Platinum VIII poesias & textos / Antônio Ramos da Silva... [et

al.]. – 1. ed. – [S.l.]: Bookess, 2016. 150 p.

ISBN: 978-85-448-

1. Poesia brasileira. 2. Literatura brasileira – Miscelânea.

I. Ramos da Silva, Antônio Ramos. Título.

CDD: 869.98

Elaborada por: Andréa Blaskovski CRB 14/999

Platinum VIII

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Antônio Ramos da Silva

Adriana Garda de Souza

Fanca Coêlho

Ivanilde Kiem Dranka

Janet Maria Faggion Corezola

Jose Alfredo Evangelista

Márcia Ayres Dugo

Maria Elizabeth Almeida

Marilin Manrique

Maurélio Machado

Roberto Franklin Falcão da Costa

Severiana Paulino Rodrigues

Platinum VIII

Poesias & Textos

1ª Edição

Platinum VIII

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Essa obra é um projeto da “Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul, estado de Santa Catarina” integrando escritores, Catarinense, Gaúcho, Goiano, Maranhense, Paulista e Piauiense. Intercâmbio cultural de ideias retratadas em poesias, pensamentos e textos. “Reunir Escritas é Possível”.

A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.

Aristóteles

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Apresentação: (5)

Sumário: (6)

Poesias & Textos

Antônio Ramos da Silva: (7/18)

Adriana Garda de Souza: (19/30)

Fanca Coêlho: (31/42)

Ivanilde Kiem Dranka: (43/54)

Janet Maria Faggion Corezola: (55/66)

Jose Alfredo Evangelista: (67/78)

Márcia Ayres Dugo: (79/90)

Maria Elizabeth Almeida: (91/102)

Marilin Manrique: (103/114)

Maurélio Machado: (115/126)

Roberto Franklin Falcão da Costa: (127/138)

Severiana Paulino Rodrigues: (139/150)

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Antônio Ramos da Silva

Nasceu em 19 de Setembro de 1960, na cidade de Brusque (SC). Vive e trabalha em São Bento do Sul (SC). Professor. Escritor. Ativista Cultural. Historiador e Poeta. Graduado em Ciências Econômicas, pela Faculdade De Plácido e Silva – FADEPS – Curitiba (PR) (1984). Pós-graduado em Gestão Financeira, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR - Curitiba (PR) (1987). Em suas atividades em exercício é Presidente da Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul (SC) e membro da Associação Internacional de Poetas. Idealizou, planejou e executa o projeto “Diferente Sim, Indiferente Não” e “Oficina de Poetas” em São Bento do Sul (SC). Recebeu a Medalha do Mérito Cultural Dr. Arthur João de Maria Ribeiro - 2013, concedido pelo Instituto Montes Ribeiro e o Troféu Escritor Osvaldo Deschamps de Literatura e Artes - 2013. Publicou: 30 títulos entre poesias, textos, diálogo e história.

Contato:

[email protected]

Blog e Páginas:

http://www.facebook.com/academiadeletrasinfantojuvenilscsbs https://www.facebook.com/groups/659480440734716/ http://pensador.uol.com.br/colecao/antonioramosdasilva/

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Pêndulo

Um coração fatigado vive ainda em meu peito;

estava a palpitar. Batimentos subsequentes, antes frenéticos, demente,

em lenta sincronia como o velho relógio pendular.

Ancião senil, fraco.

Descompassado, ultrapassado, literalmente degenerado.

Ouse disso duvidar!

Enquanto vivo... mais uma noite se alonga

esperando a morte chegar.

O tempo não tardou, nem cessou, ultrapassou incauto o temor,

e veio assombrar. Preconizado...

Naquela noite se sabia, sabia que daquela noite, pálido, negras pálpebras,

traz-lhe o fim, ao escurecer, o dia.

Os ponteiros se alinhavam; sentidos não tinha mais sentido.

Duas mãos sobre o peito, do corpo, vasos congelados,

pupila fixa ao além; coração havia parado.

O maldito pêndulo não estava mais a trabalhar. Exato momento. Sem Tic-tac, sem pulsar.

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Loucos

Se não der para sorrir sempre, então goze, dos teus algozes...

mais que de repente.

Implante sementes nos atrozes de mente dementes.

Desvairada frívola inconsistente. Parábola desalinhada insurgente. Vozes rebeladas do inconsciente. Deprimente facetada. Do nada.

Para nada paranoica panaceia,

que na cesta dorme sem fazer nada, digerindo alegorias por outrem conquistado.

Não subdivida nada.

Há duvidas de quem faz o que? Tal qual fazer nada?!

Viver da glória de alguém é igual à estaca parada.

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Outra face

Vi crianças na rua com fome. Estatuas nuas, carnes cruas,

que a vida, se somara...

Moribunda se consumindo, na vala rasa de um Saara. Passarinhos sem ninhos. Semente que não brotara.

Vaso de barro outonal, esvaindo-se sem igual, levada a terra rachada nesse abismo infernal.

Ruas por onde passei.

Vi gente tanta gente, rostos quase nenhum. Seres invisíveis tão visíveis. Não percebi!

Melodia sem música tocara. Tantas desgraças por dia.

Tela confusa, pintada.

Marcas no asfalto, desenhadas. Uma eclusa reclusa, estancada. Nada vem ao acaso! Oh! Dara.

A pobreza é uma grota funda.

Uma vala rala. Um atraso que avassala. A existência a prazo consumida.

Dar corda ao tempo.

Olheira, marcas profundas, em meus olhos. Afunda!

Noites que não dormi,

ressaltos numa face castigada. Sem poder de o mundo a dor tirar,

farta mesa aqui exposta, parte adubo ira virar.

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Porta entalhada

A desmedida solidão aborrece e fere. Insulta esta alegria congelada, que absorta alma não tolera.

Esbofeteia-me em riso. Cospe-me na cara.

Face pálida que abrase aos poucos. Preencha momentos ocos. Não pare. Deixe-me louco.

Ainda que triste, arrase. Cansado de ter vivido como a pouco.

Desolado. Agora evoco, vejo.

Distante sem medida, desfazendo-me em espanto. Entre o teu corpo e o meu desejo; dele,

um só instinto meu, vida.

Há hábito recluso a pensar que exila o ser ou não ser.

Chave da porta entala. O que abraça abre-se; em chama, na cama,

trauma de uma trama.

Quando a consinto, é instinto e drama. Fecha-te e cala. Nada há a revelar.

Precaução a talhar.

Que faz do todo um nada, noutro olhar. Além... em foto vejo acabada.

A dor em mim abala. porem... esvazia minha alma, eu sinto,

enquanto aqui fico sem ninguém. Sem porem eu omito.

Desdém de mais alguém.

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Novelo

Sigo agora, em pauta (?!). Interrogações e afirmações, com os pés não tão firmes,

com a mente cheia de interseções.

Abstenho-me a amar mais uma vez, porque para ele não fui moldado.

Pepita bruta, a vida me fez. Vala funda! No veio, não garimpado.

A ti me dediquei!

Lutei contra as intuições, não venci, não soube adubar.

A terra ara-se primeiro, corrigi, aduba, semeio.

Corredores; deixa no meio para poder a semente plantar.

Culpo-me por isso!

Apenas fertilizei com amor demasiado,

insistente, anormal.

A terra era doce pus sal. Há semente de algodão,

plantei sisal. Só deu corda.

Quando acordei estava só com um novelo de linha

tirando e fazendo nó.

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Deficiências

Seria plausível ser surdo, a ter que escutar lamentação e desamor.

Seria preferível não ter mãos,

a ter que esconder mãos sujas.

Seria plausível ser mudo, a viver pregando descrença.

Seria plausível ser cego,

a ter que fechar os olhos para a miséria.

Seria preferível não ter pernas, a ter que caminhar na escuridão.

É plausível ter todas as deficiências físicas

do que aliar-se às indiferenças.

É muito mais plausível ser um deficiente físico, a ser um pobre deficiente dessa vida.

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Do que adianta

Que adianta ostentar toda a riqueza conquistada, se não sou capaz de oferecer uma cama a quem dorme na calçada?

Que adianta ter fartura na mesa vendo o mundo perecer, se não sou capaz de prover uma criança desamparada?

O que adianta me saciar,

se não consigo ter fome de Ti?

Que adianta meu bom viver, se meu espírito não sintoniza com o teu?

Que adianta eu cultivar um belo jardim,

se eu atiro espinhos no teu chão?

Que adianta eu falar de paz, se não sou capaz de perdoar meus desafetos?

Que adianta dominar o mundo,

se minha alma é lúgubre e desabitada de Ti Senhor?

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Quando

Quando eu voltar a ver a luz do sol (que me condenaram a escuridão).

Irei desenhar na parede uma flor de girassol, e nas grades gélidas um pequeno pedaço de pão

que me negaram.

O pão é para alimentar os pássaros que não pude ver!

O girassol para perfumar e aquecer o abraço que não pude ter!

Quero sair vestido de paz. Ignorar as ágeis serpentes.

Em cada caminho que passar, estrelas hão de brilhar

noutro sonho cintilante.

Sepultarei em um breve chorar; o fim de um homem sem fim,

a luz do sol que negara.

A liberdade é fruto da colheita. Eu plantei amor, da caixa de lápis de cor,

o grafite era sem cor. A planta que colhi não tinha nome.

Isso eu preciso esquecer! Aos mortos oferecerei a ressurreição e flores.

Essa tem nome! Amor.

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Estação harmonia

Numa noite negou à alma. Perdeu-se partida a razão.

Pôs-se triste. De tão triste perdeu-se o chão.

A profunda dor que em brasa deflagra,

não ter, atear a fé que se escondia. O prisma, pai, filho e espirito santo,

num cálice o vinho se escorria.

Em desespero, lágrimas secaram num manto. Flagra, petrifica a sina em intensa agonia. A dor em transparente cor, pálida floria.

Foi quando a palavra se fez cortante. Aflita a fita roxa, rosa, anjo conduzia,

abrindo-se porta para de novo a alegria; que de longe o coração aperto batia.

Luzes, velas brilhantes.

Fé, apego, harmonia. Fez-se espera constante,

enquanto ao longe, de perto o desespero se despedia.

Foi quando Deus levantou suas mãos,

apontou trilhos, na trilha dormente.

O trem parado apitou segredos, anunciando assim nova florada.

Cachos verdes, vida nova, desabrochada.

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Simplesmente assim

Tua luz brilha mesmo quando não a queres! Mesmo quando não a vês poderás esconder-te de ti.

Mesmo apagando todas as tuas velas, todas as tuas lamparinas;

cobrindo com véus as tuas estrelas azuis, nublando com nuvens pesadas o teu céu.

Para que nele nem a lua e nem o sol possam ser vistos. Mas quando te distraíres, por segundos,

ao som de uma canção que invoca a luz do amor. Quando te distraíres olhando para o mar

ou brincando sem querer com os cata-ventos da tua memória. Saberás que brilhaste!

E, se neste momento, puderes soltar tuas amarras? E, feito um pássaro, voar pelo teu universo interior,

verás quão luminoso é o teu ser! Sentirás as mãos amorosas da existência guiando teu coração,

e ensinando-te a amar. Saberás não estar sozinho.

Saberás ser amado e agraciado pelo amor do teu Criador. E tudo isso porque deixaste, sem querer, a tua luz iluminar, o teu ser respirar a vida que brota alegre a cada momento

em que te decidistes por ti. Lembre-se! Deus te abençoa e te sorri por isso.

Não é por nada não, simplesmente lembro-me de ti!

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Adriana Garda de Souza

Nasceu em 4 de Novembro de 1965, na cidade de Florianópolis (SC). Vive e trabalha em Nova Trento (SC). Engenheira Agrônoma, Poetisa e Ativista Cultural. Graduada em Agronomia, pela instituição UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina (1988). Atualmente, atua como Enóloga. Lecionou por muitos anos, as disciplina de química e geografia na Escola de Educação Básica Francisco Mazzola, na cidade de Nova Trento (SC). Foi professora também no Programa EJA – “Educação de Jovens e Adultos e Correção de Fluxo”. Atuou de 2005 a 2010, como Engenheira Agrônoma, no município de São João Batista (SC), no projeto “Microbacias2”. Foi Colunista da Revista “Passa Temposia”, por três anos, na coluna “Reflexões do Cotidiano”. Faz parte da diretoria da ALB/SC - Academia de Letras do Brasil para Nova Trento (SC), onde ocupa o cargo de Secretária. Está envolvida no projeto de uma nova revista, onde novamente terá uma coluna. É membro correspondente da Academia de Letras de Governador Celso Ramos – SC. Publicou: Premium II e Premium X – Ouro, (poesias, 2015) e Platinum I, (poesias, 2016) Bookess Editora. Participou da Antologia Poética, “Luz do Amanhecer”; organizada pelo Presidente a ALB-SC, Professor Miguel Simão.

Contato:

[email protected]

Páginas:

https://www.facebook.com/dripgss?fref=ts http://www.bookess.com/profile/adrianagarda/

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Outonal

Sobre o tampo de mármore

suas lágrimas caem seu cotovelo apoiado,

umedece nisto se esvai devaneio

e se dá conta a conta da dor,

a conta da alegria, a conta de que não contou o que devia a de que omitiu, quando se emudecia!

Tanta filosofia... mas enfim o outono chegou!

Seu amigo de eras. Ele não cobra atitudes, não te julga...

o bem dele é ser ele... típico, com calor ameno

frio ameno, céus de azuis reconfortantes! Então ela sente na alma,

seus dias a fazem melhor. E a vontade de andar,

caminhadas solitárias, reflexivas só o outono trás...

verdadeiro bálsamo, cura feridas! Há o tampo de mármore... fictício,

mas é pedra rocha dura, de beleza sóbria e atemporal...

sobre ele, as lágrimas não serão absorvidas... seguirão um curso, até estarem esvaídas!

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Seja

Sê luz, sê água,

sê alimento!

Sede sacie, Ilumine os caminhos.

Alimente a alma,

de sadias ideias...

Cure, as dores e as feridas. Perdoe os traidores,

o coração é puro!

As cicatrizes são marcas das batalhas vencidas! Inspire, no buscar, no falar, no calar...

Que de minha boca saiam palavras de bem.

Que o bom caminho se abra e a feliz jornada se faça!

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Feminina

Feminina destina a que destilar bebida, veneno ou medicina.

Tem dom de conceber, dar a luz Não há quem ensina,

é instinto! Caminha, busca na vida, seu sol.

Seu céu, seu rei ou par, ou se bastar...

Tem aroma, tem marca, registra, regina. Tem seus jeitos, trejeitos, ao adentrar,

na vida, na fila, na lida, ou sala de estar.

É a dona de seu corpo? É senhora em amar?

Tanta mudança paira no ar!

Seu sexo, seu yin, shiva, diva, princesa! Só para pensar, não se pode limitar...

Puro instinto, em busca da razão...

ou racionalmente, segue seu instinto! Somatiza dores, calafrios, ardores. Ama!

E segue bailarina na vida, idosa ou menina,

sempre com desafiador olhar... assim são as mulheres da minha vida.

Quero ser uma filha de Eva, uma sina!

Lutas, gênero, igualdade, vão em frente, mas que a semente, da femina, eterniza!

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Vitimizar

Na espera de sempre alguém, para salvar ou resolver tudo..

dá medo, sair da zona de conforto, encurralada

levanta, dá um passo... aspira e relaxa, anestesiada,

pegar as rédeas e domar.

Ter que seguir, olhar para onde ir, vendada!

Mas é a vida, se postura ensorrisada!

Mas o que, sempre torna, e a deixa prostrada. Jamais conseguiu mudar, de fato, nada.

Chega mês e sai mês,

ano e sai ano, faz aniversários!

O mundo sempre,

em sua forma caótica, girando...

Soberba, vitimista!

Só viva!

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Abstração

Às asas, dê asas, deixe ir, para onde levar, o vento, o veto não cisme com pontos incorretos, abstratos, incompletos

são os tempos, faz parte e não queira bater de cara com a muralha que adianta ficar destroçada? Sem alma, só esboçará, riso torpe.

Todos o somos, pobres humanos, passagem breve, mas seja bravo!

Nem sabe o que é... segue regras, como bonecos, são espectros morreram e nem sabem, expectadores da vida dos outros...

quão inseguros... se agarram a uma sensação de poder, de divinal, tem seus fantasmas interiores, mas seguem atores!

Não fomente guerras,

não nutra sentimentos de inveja ou ciúmes. Conselhos! Há, quem dera, fosse senhora da razão, quimeras...

o futuro pode ser uma chuva de bênçãos ou pode ser só o tempo que virá.

Siga, faça planos, ou deixe tudo como está! Para que tanto planejar?

Me dou o direito de chamar, impuros!

Falsidade... nunca vou entender, mas já perdi muitas linhas para, sobre estes, escrever...

chuva de pólen néctar bem doce, suco de abacaxi maduro, uva madura e geladinha.... pão caseiro com geléia de amora colhida, de amor!

Para o resto, se corre atrás, se conversa, se concentra, voe, voe e creia!

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Sustentos

E a chuva está caindo, está concentrada agora percebe, água pingada, folhas molhadas

dia de verão ameno, de se ficar lendo, remoendo...

dia de compor algo, ou fazer uma limpeza, de um armário tem um trabalho atrasado, mas sabe seu prazo

faz um tempo que contém ansiedade, de ser pontual!

Desigual, dissabores, relaxa, tudo se acerta no final; ele chegou ao final, ela despertou do sonho afinal fugas, desencontros, raivas, abandonos... orgulho!

Disso trata dos sentimentos humanos, e distrai,

mas uma hora se esvai e outra chega, passatempo de vida será um não viver? O que é bem viver? Tem tempo, dirá alguém.

Sobreviva, produza, se sustente, nos custos, na corda bamba,

no preço, da comida, da morada, da jornada, da cilada, que te cobra, que a cobra, não te morda, não se traia, que consigas, e sã sigas!

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Poema do Desabafo

Sobre a trilha, ela caminha, seus olhos estão mirando o caminho. Tem repensado a vida, o viver, o ser e o conviver...

lá, em algum lugar, existe a serenidade, utopia acalentada não sabe porque tem certos sentimentos, aspirações.

Seu momento anda turbulento com calma ocasional

mudanças podem ser pontos de recomeço, mas crê que não há uma fórmula a ser seguida...

queria, hoje, ser mais poetisa, mas é original!

Vontade de se reencontrar; anda com saudades de si, ou de quem foi. Será algo a ser compartilhado? Temo... o outro, a reação, o medo...

escrevo, mas procrastino, sempre me sabotando... danço e sou erguida, numa coreografia, encanto, leveza.

Não está rimando e estou achando que seja fase a ser pudica,

mas nunca se sabe, ah, incertezas, inseguranças, ou chega o limite... ímpetos, jogar-se, se reinventar, tentar, a vida é capaz de te dar! Por que gosta tanto de trilhas, caminhos, estradas, desvios, vias?

Por que tem que sempre procurar explicar o que a alma busca o que o coração e a mente, anseiam? Se jogar ou estagnar...

dicotomia, sempre a lhe acompanhar, quando findar, o que será? Texto que veio; o respeito, relato, chato, hoje é dia de desabafo!

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Humores

Ela anda com humores variados! Ao seu redor vê o mundo complicado.

As pessoas o tornam assim!

Sempre quis ser de paz, até por impaciência com quem só busca o discutir pelo discutir,

não um trocar, uma boa briga de ideias!

Agora, após mudanças recentes, radicais, em sua vida, quer, exige, tranquilidade!

Se propõe à retribuir! Quer separar o joio do trigo, tarefa árdua,

mas há de conseguir...parodiando... não chegou até aqui para desistir agora!

Tem boa intenção em conversas sadias, bem humoradas interessantes!

O mais, só o que a vida lhe apresentar e terá que enfrentar! Mas, sem desculpas, não quer mais viver de dar explicações!

Quem a conhece, a sabe! Não é desabafo, não é resposta a qualquer!

É um pensar, um refletir compartilhado ou outra coisa, sem definir!

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Prolixas

A expressão, começar uma discussão sem diálogo, só devaneios que levam a escrever tem algo no ar,

adiantar, mas há que se plantar pressão, um mundo, te jogam na lona, tu quebra a cara de sangrar e sentir que dói!

Levanta e está tonta, e cai e desmaia, vitimiza, e espera sempre alguém,

para salvar ou resolver tudo... como sempre foi... dá medo, sair da zona de conforto,

encurrala levanta, e vai, um passo... aspira e relaxa, anestesia...

pegar as rédeas, domar, segurar, acelerar, parar! Ter que seguir, olhar para onde ir, vendada...

sua vida, pensar em outras vidas... lugar, vai um vazio deixar, desabita.

Teu ego, é instinto, é vital, emocional, que faz a chuva te fustigar, choro! Dá medo, ele, o medo, que acompanha desde sempre, mesmo arrojada. Guerreira amedrontada, caótica, como uma parte do universo, multiverso!

Mas, ativa, ou altiva... avista, e gostando ou apreciando... .

Forma, lutar contra esta sensação, e dominar, ou pensar assim... sonho! Idade vem em uma menina, feminina, imatura, mas as rugas...

As memórias te lembram: jornada, o momento de conflito interno.

Direção deve tomar, indo por lá, por aqui, por ali, não por lá. Não sendo expectadora de outras vidas, dramas e questões humanas.

Assim, a poesia é confortável, abominável, ou só poesia. Coração e as rimas deixam, centrada, focada!

Arrumar esta bagunça, para que fique em estrofes, alterada. Bagunçada, e algo a expressar, vem, porém, não morre... em minha inspiração, vagamente, há vida, reconfortada!

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Buscas Na minha humilde opinião, o amor, quer seja entre homem e mulher, quer seja entre irmãos, de sangue ou não, nasce, cresce e chega a um momento em que precisa ser cuidado, nos momentos de crise, quando está sofrendo! O AMOR maior já disse: "O amor é bom, não quer o mal, não sente inveja ou se envaidece!"... amores por aí que vem e que vão são afãs, podem ser belos, como uma rosa, que ao fim do dia, murcha, então tem-se sempre que buscar outra e outra e outra. Difícil amadurecer, que quer dizer estar pronto. Penso que buscas por amores, amigos, emoções novas, é um viver... e também acho que quem não está maduro, não sabe o que é amar! Nisso incluo quase todos, somos, de certo modo, crianças sempre querendo colo, alguém que pare sua vida e nos dê atenção! Mas o mundo corre, as pessoas correm... e temos que nos adaptar, almas mais sensíveis sofrem mais, buscam mais.. o amor!

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Francisca Angélica Meireles Coêlho Laurentino

Nasceu em 24 de Outubro de 1958, em Floriano - Piauí. Vive e trabalha em Floriano (PI). Professora, Poetisa e Ativista cultural. Graduada em Letras Português na Instituição FAFIRE - Faculdade de Filosofia do Recife (1982). Pós-graduada em Educação: Docência do Ensino Superior na Instituição UESPI - Universidade Estadual do Piauí (2000). “Acordei com os raios de sol adentrando a varanda do meu quarto, preguiçosamente abri os olhos, me estiquei na cama escorregando entre os lençóis; enroscada ao travesseiro permaneci contemplando o dia que pra mim acabava de nascer um novo projeto de escrever a vida e fazer minha estreia no mundo oficial dos meus sonhos – publicar os meus pensamentos e versos – no projeto Platinum”. Participou do projeto Platinum V, VI e VII (poesias, 2016) - Bookess Editora. Contato:

[email protected]

Página:

https://www.facebook.com/fanca.coelho?fref=ts

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Essência

Partindo do princípio de que

somos livres de que

não pertencemos a nada

e nem a ninguém possuir é prender-se

é aprisionar-se é tornar-se cativo

escravo! Portanto possuir

é perder-se! Podemos sentir

sem ter as pessoas

amá-las sem possui-las!

Podemos mergulhar no íntimo

e assimilar absorver

a essência do ser!

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Nostalgia

Já é madrugada, todos dormem, a noite está fria

o vento balança os galhos das árvores sinto vestígios de nostalgia!

Ao longe escuto o canto abafado de um galo mais próximo ouço o cricrilar dos grilos

o céu está mesclado de nuvens as estrelas permanecem adormecidas

a lua entorpecida rendeu-se á escuridão e me condenou a solidão!

Estou entregue aos meus pensamentos minhas emoções atiro contra o vento dissipo toda a sensação de abandono

que tenta chegar a mim! Mantenho-me imune no silêncio da noite

as recordações não me sensibilizam minhas memórias estão vazias

as lembranças são fugidias!

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Saudade

E antes que anoiteça que a saudade chegue

aconchegue-se abrace

sinta os braços envoltos em você viva intensamente

a sensação de carinho e de proteção

aspire o perfume da noite que se aproxima

viva o momento pra que depois não seja seu eterno lamento!

A saudade espreita e não respeita

nem pede licença, entra, fecha a porta

percorre todos os meus cômodos pacientemente observa os danos

durante todos os anos em que chegou desavisadamente

se fazendo em mim presente! Insanamente tento escapar

mas não consigo a porta fechada está

e meu coração em pedaços pelo chão

a rolar mais uma vez

preciso me entregar e na solidão do meu silêncio

me aquietar!

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Emoções

Vivo povoada de palavras de sensibilidade

de verdade de sonho

de realidade de ilusão!

Minhas companhias são os meus pensamentos recorrentes pendentes

minhas emoções contundentes evidentes

minhas sensações permanentes pungentes!

Tenho apenas a mim por vezes para o meu contentamento

e, em outras, para o meu eterno tormento

e discernimento! Ás vezes surge um eco de lamento

que no momento atropela todo sentimento e se finge de ressentimento

desafia-me a um duelo de sentimentos ao qual enfrento assumo e venço!

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Sombra

Me despi do sol me desnudei da lua

fiquei nua passeei

pela tua rua desejando ser tua!

O silêncio apoderou-se da minha fantasia

e na ilusão todo desejo jazia! Pensei que o dia

me resgataria pra me propor uma parceria

em cumplicidade nos uniríamos

e por nosso amor lutaríamos!

Pequei Por esquecer

que jamais poderei ser tua

pois sou apenas uma sombra

que me persegue nas minhas noites insones

a delirar diante da lua!

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Senhor!

Procuro a Ti, Senhor! na noite escura

na ausência da lua! Vejo as horas passarem lentamente

nos meus olhos desfilam momentos vividos saudades perdidas amores vencidos!

Sinto-me leve, vazia de tudo, cheia do nada!

As palavras não me definem os sentimentos escapam

a emoção não flui o pensamento aquietou-se tentando encontrar-se!

Só em Ti alma e espírito estão em comunhão

e tornam-se únicos! No infinito do Teu ser abstraio do meu ser

dele deixo de pertencer vagando pelo espaço,

quero estar em Seus braços ser arrebatada num abraço

só a Ti pertencer e para Ti viver!

Platinum VIII

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Sensibilidade

Despiu-me a alma, desnudou-me os sentimentos!

Permiti sua invasão quando lhe fiz concessão!

Minha alma se encanta se deleita

se abandona se entrega

a toda delicadeza e beleza

que há em cada detalhe ínfimo vestígio

de sensibilidade!

Platinum VIII

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Amanheceu

Amanheceu o dia está sombrio

o céu cinzento um vento passa sorrateiramente

agitando a copa das árvores que balançam em ritmo compassado!

Um pássaro canta solitariamente!

Escuto o barulho da chuva se aproximando se precipitando

chegando! A chuva cai pingo a pingo

lentamente! Aos poucos aumenta

a intensidade dos pingos da chuva! No céu trovões

relâmpagos e raios

disputam espaço! Tenho receio

aconchego-me a mim mesma preciso sentir-me

acolhida segura

protegida! Tento disseminar o medo

e apenas me entregar ao som da chuva que cai

cadenciadamente e ao cheiro da terra molhada!

Platinum VIII

41

Vazio

Vivo me refugio num vazio,

mas vazio não me sinto, pois esse vazio está preenchido por mim

e por tudo que pertence só a mim! Vazio que me deixa vazia de mim

e que abre espaços pra que tudo chegue e se finde aqui!

Ser e estar vazio é permitir-se

que só exista em você o que você aceita em si!

Platinum VIII

42

Ausente

Não lhe sou indiferente me sabes surpreendente embora não seja vidente

conheço sua realidade aparente seu sentimento indolente

seu pensamento premente! Sei que me compreendes

me entendes sou imprudente não demente

trago você na mente preciso senti-lo permanente

embora ausente por se querer diferente!

Platinum VIII

43

Ivanilde Kiem Dranka

Nasceu em 04 de Dezembro de 1964, na cidade de Itaiópolis (SC). Vive e trabalha em São Bento do Sul (SC). Professora, Poetisa e Ativista Cultural. Licenciada em Pedagogia, pela instituição UNIVILLE – Universidade da Região de Joinville – Campus – São Bento do Sul (SC). Pós-graduada em Pedagogia Gestora com Enfoque em Psicopedagogia pela instituição UNICS – Centro Universitário Diocesano do Sudoeste do Paraná – Palmas (PR). Atuou como professora do ensino fundamental – anos iniciais. Conselheira da Academia de Letras Infanto Juvenil para Santa Catarina Municipal de São Bento do Sul (SC). Membro da Associação Internacional de Poetas para São Bento do Sul (SC). Coordenadora do projeto “Diferente Sim, Indiferente Não” e da “Oficina de Poetas” em São Bento do Sul (SC) para os alunos do 4º Ano da EEB Orestes Guimarães. Medalha de Mérito Cultural 2014, concedido pela Academia de Letras Infanto Juvenil para Santa Catarina Municipal São Bento do Sul (SC). Publicou: “Professora se escreve com letra maiúscula”, (poesias, 2014) – Editora Bookess. Participou do projeto “Premium I”, (poesias, 2015) – Editora Bookess. Contato:

[email protected] Página:

Bookess: http://www.bookess.com/profile/ivanildedranka/

Platinum VIII

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Platinum VIII

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Tédio

Que sentimento é este Que de repente se instala na gente?

Não avisa, não pede licença. Não diz por quanto tempo fica?

Quando já instalado remexe todos os cantos...

Ativa ou aquieta coisas e fatos. No riso sem graça se esconde.

Nas lágrimas que rolam feito cachoeira se acha. Tédio! Que palavrinha inquietante...

Platinum VIII

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Nanda

Busquei em tantos lugares em tantas formas e cores. Falei com muitas pessoas, ouvi belas palavras, vi gestos...

Nas flores perfumes senti. Nas águas o seu frescor. No vai e vem do vento bagunçando alguns conceitos.

Olhei com olhar de luz as ondas espumantes do mar.

Na silenciosa escuridão da madrugada sem nada encontrar. No verde campo molhado e na alvorada festiva dos pássaros.

Até no barulho da rua no final da tarde de domingo tentei.

Foram tantos os lugares. Foram em tantas coisas onde tentei definir esse momento tão lindo, tão novo...

Mas foi num de repente mágico que se deu forma o que busquei tanto.

Em dois olhinhos ligeiros cor de jabuticaba madura. Nas mãozinhas tão certeiras com dedinhos alongados. No sorriso banguelinha que diz tanto mesmo calado.

No agito de um lar onde o amor concretizou o sonho da maternidade.

Com um anjo que vovó me tornou. Nanda, menina tão linda suave como uma flor.

Onde cada gesto é uma pétala que exala o cheiro do amor.

Escrito para minha netinha Nanda Letícia expressando o meu amor!

Platinum VIII

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Sonho de anjo

Soninho gostoso. Jeitinho mimoso.

Tranquilo a sonhar...

Sonhas com que Oh! Doce criança? Com o que sonhas quisera saber...

Seria com o sol, seria com a chuva? Seria com os amiguinhos, com os tios ou com os pais?

Seria com um lindo jardim florido, borboletas e pássaros? Seria com pipas coloridas, carrinhos e bonecas? Seria com bolas, cachorros ou livros de histórias?

Seria com o banho quentinho, o paparico do pai ou apenas o colo da mãe?

Seria. Seria.

Quisera saber.

Saber com o que sonhas querida criança Jamais saberei...

Mas no momento a única certeza É que como um Anjo

Dorme tranquila Na caminha do sofá Na casa da Vovó...

Platinum VIII

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Tamancas do vovô Pilz

Solado de velha madeira maciça, com tira larga do mais puro couro,

bem fixa com pregos marcados pelo tempo; aqui está o par de tamancas.

Para muitos pouco representa. Para alguns passa despercebida,

mas para os seus é raridade; é história... Registro da caminhada de uma vida.

Por onde quer que ande ou por onde deixou de ir. Dos escorregões, dos passos firmes

pelos mais diversos caminhos. Quisera hoje poder saber

o que pensavas ao caminhar, o que sentias no coração

ou apenas queria andar pelos verdes pastos lidando com bichos e ouvindo os pássaros;

ou então no meio da plantação nos domingos à tarde; quem sabe visitar os amigos pela redondeza; ou ir até a vendinha que ficava não tão perto...

conhecendo seus costumes de homem trabalhador; as tamancas que ele usava e que o levava para onde for; com certeza também chegava aos braços do seu amor...

Emílio Paulo Pilz é o seu nome. E suas tamancas?

Agora como um pedacinho da sua história na nossa memória estão!

Platinum VIII

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Caminhar

Então o tempo passou. Passou depressa. Depressa pra quem? Para aquela grande mulher, não grande na estatura,

mas na nobreza, na sabedoria, nos gestos firmes, no sim e no não. Muitas vezes quem sabe pensou desistir.

Desistir como se ao seu lado direito ou esquerdo já não havia mais alguém. Alguém este que partiu tão cedo. Cedo para quem?

Para "ela"? Para os dez? Para os onze talvez... eu sei! Foram tantos os sonhos. Foram inúmeras as conquistas.

Não foi fácil, mas possível. Tereza!

Veja teus filhos, amigos, os olhares, lágrimas... não de dor somente, mas de sincero agradecimento;

pela vida, pelas tantas conquistas... nenhum filho se perdeu pelo caminho justificando-se pela ausência do pai.

Cada qual do seu jeito, do tamanho do seu sonho, das suas conquistas demonstram seu amor e gratidão.

Sabemos apenas que o nosso tempo aqui não é o tempo de "Deus" para nós. Que se no nosso tempo não deu para realizarmos tudo o que desejávamos,

quem sabe no tempo 'Dele" já tivemos o tempo suficiente... chamá-la de volta pro nosso tempo é inútil tentar.

Deixá-la partir fisicamente é nosso dever. Colocar em prática seus ensinamentos é sabedoria, é certeza do sucesso.

"Pequena grande mulher"... é assim que a definimos. Estrela, luz e alegria. É assim que a tínhamos no nosso viver.

Agora, saudade é certeza que para sempre iremos sentir... amigos e profundas marcas encontraremos por onde passou.

Aplausos com quem dançou... agora... psiu! psiu! a "bailarina" descansou e o cenário da vida ficou.

Bravo! Bravo! Bravo!...

(Homenagem de toda a família para Tereza Pilz Kiem que faleceu no dia 17 de março de 2015 na cidade de Blumenau – SC).

Platinum VIII

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Acróstico - Que festa no JK

Pilz e Arnold Reuniram mais de cento e quarenta membros num Importante evento familiar. Muitos não puderam comparecer, mas lá queriam também estar. Então... de todos os lados, carros começaram chegar... Inquietos e um pouco curiosos desciam, olhavam e seguiam. Recebidos com sorrisos, abraços, beijos e alegria no olhar. O s mais velhos se reviam...

E os mais novos se perguntavam: quem será? Nossa! Como você cresceu? Foi a pergunta do dia... Calados alguns apenas sorriam, Outros, respondiam timidamente ou então faziam a festa! Neste dia tão festivo de saudade tinha muito, já com uma abertura emocionada. Tantas foram as homenagens com histórias, biografia e violino. Risos, lágrimas, aplausos e boa comida. O s participantes demonstrando satisfação.

Festejavam o reencontro dos familiares de Pilz e Arnold. Assim tudo transcorreu na maior animação. Muitos escondiam a saudade e a falta dos que aqui já não mais estão... Instantes de silêncio para juntos fazer uma linda oração agradecendo e pedindo Luz, paz, alegria, prosperidade, amor e muita união. Importante momento para se guardar no coração Aqui neste dia tão especial. Realmente, é um privilégio ver tantos descendentes juntos.

Pilz é o sobrenome de Emílio Paulo que com clara Arnold se casou. Importantes trabalhos fizeram; Lindos ensinamentos a todos deixaram. Zelar pela família sempre unida foi a grande motivação.

Seus filhos aqui estão dando continuidade Inspirados nos passos seus. Tantos objetos, fotos e fatos expostos organizados num minimuseu. Importante mesmo é o que cada um guardou na memória e no coração. Onde e como tudo por eles um dia começou e que hoje dia 17/05/2015 aqui no sítio...

JK este maravilhoso primeiro encontro dos familiares de Emílio Paulo Pilz se realizou.

Platinum VIII

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Dia do Professor Amigo e Professor Claudio desde menino muito levado. Amado por todos e muito engraçado. Garoto esperto e de bem com a vida. Brincava com bola, empinava pipa, corria na rua com a gurizada, Fazia traquinas com a bicharada. Frequentava a escola, estudava, jogava. Com a meninada se dava muito bem. O tempo passou e com ele você cresceu.

Rapaz já bem feito, jeitão de menino. Sonhando, lutando com garra em Educação Física foi se formar. Escolheu muito bem sua profissão. Amante da vida, das coisas saudáveis...

Andar de moto, pescar com os amigos em alto mar... Um dia o cupido com a flecha certeira o seu coração acertou e por uma linda moça prendada se apaixonou.

Sempre alegre, moço bonito e trabalhador. Então uma linda família com grande amor formou. Exemplo de esposo, de pai e agora avô. O título de “avô babão” tão logo levou.

Sempre bem humorado ligado na Fórmula I. Amigo do esporte, mas principalmente da Natação, Onde professor instrutor se especializou.

São tantas as turmas que as técnicas para nadar lhes ensinou. Nadando com eles troféus e medalhas com alegria conquistou. Sempre que chega um festivo BOM DIA sorrindo nos dá. Com todos conversa; sorriso no rosto, um abraço, um aperto de mão. E o material para a aula de Hidro vai logo entregar. É prancha, é alteres, é macarrão.

Um som animado com músicas bem escolhidas. Explica e mostra com calma e exigência os movimentos da vez. Quando dá o tempo a todos libera com a mesma descontração. Professor responsável e sempre em formação. Busca novidades para melhor os alunos atender. Nos fins de semana atenção para a família e para os amigos procura lhes dar; Então, uma suculenta costela assada com classe e bom paladar. Serve-lhes animado com a alegria de bom pai, avô, amigo e marido exemplar.

Professor Claudio; são tantas as coisas e os fatos que aqui poderíamos uma a uma elencar, Mas com essas palavras queremos em conjunto lhe homenagear. Agradecer por tudo de bom que tenta nos repassar. Contagiando-nos com o seu jeito bonito e saudável de viver e amar. Professor Claudio, infelizmente ninguém consegue ser 100% perfeito. Com certas escolhas que ao longo da vida as faz e torcer pelo FLAMENGO é uma delas... Com todo o nosso carinho e agradecimento FELIZ DIA DO PROFESSOR! Escrito pela professora e poetisa Ivanilde Kiem Dranka

Platinum VIII

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Amiga especial

Criança curiosa, menina jeitosa, Sorriso estampado, que sabe o que quer.

Como toda criança; corre e dança, brinca e saltita, Fazendo amizades para toda vida...

Logo, num de repente; Percebe e sente que o tempo passou.

Que aquela menina, Que outrora brincava com as coisas da infância,

Precisa escolher seus novos caminhos... Então confiante pensando instantes resolve inovar;

Estuda, trabalha e com sua mãe vai catequizar.

Passam os anos, mudanças de planos, Um grande amor feliz vai viver.

E como num conto da fada namora e se casa E uma linda família constrói com as bênçãos de Deus.

Mamãe generosa, esposa amorosa, Amiga presente e de boas ações.

Profissional competente ensinando gente Trilhar seus caminhos rumo ao saber.

Durante tantos anos planejamentos, projetos, Novas metodologias para melhor lecionar.

No olhar da criançada

Ainda o brilho da primeira turma está. Professora fortaleza, no dia a dia tenta passar. Mas que ao cair da tarde, no olhar o sol se pôr,

Agradece numa prece ao pai do céu pelo infinito amor. Então, voltando para o presente olha no retrovisor da vida e sente;

Que para a menina Andréia Maria o tempo ainda não passou. Que aquele sorriso inocente, Que aqueles sonhos bonitos, Que aquele brilho nos olhos,

Que a esperança depositada nas crianças, Que a “magia da vida” não termina para quem

Em algum momento da vida Brincando de “mágico”;

Tentou tirar a toalha da mesa Sem os seus objetos de vidro quebrar.

E que mesmo sem sucesso neste processo Continua acreditando na maior “mágica” que é viver e amar...

Platinum VIII

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LINHA DO TEMPO Alminda Kiem Maier

Dos dez filhos de Carlos e Tereza a quarta você é. Menina curiosa, jeitinho mimosa um pouco travesso de ser. Cresceu livremente, brincando e correndo pelos campos.

Plantando, colhendo, lidando com bichos e protegendo-os do abate. Querida criança. Estudando distante.

Enfrentando o frio, a chuva, o sol. Descalço corria, descia e subia de “conga” sem meias.

Cabelos ao vento, roupinha surrada, Às vezes rasgadas ou amarrotadas, mas isto agora já pouco importa.

Cresceu sonhadora, moça batalhadora, de bem com a família.

De muitos amigos. Empregos modestos; enfermeira de sucesso. Um dia um convite abriu-lhe muitas portas como secretária e catequista.

Jovem ainda; roupas bonita e bem maquiada. Subia e descia, agora de salto, as escadas da vida e da profissão.

Foram tantos os bailes naqueles salões; onde entre valsas e belas canções.

Bailavas, cantavas, despertavas emoções... Sempre ciente que no outro dia uma nova página do livro da vida irias escrever

Com belas conquistas, algumas nem tanto.

Agora madura bem mais experiente; vivia contente à espera do amor... Do amor verdadeiro, cupido certeiro e encantador.

Que veio de longe e então, começou namorar... Era tudo bonito; o sol, a lua, a chuva, o infinito.

Depois de algum tempo com o Claudir se casou.

Mudou de cidade, o amor foi viver. Foram grandes os desafios, foram muitas as vitórias, as histórias também...

Indo e voltando, apostando no melhor. Ideias e ideais se cruzavam.

Inúmeras sementinhas foram plantadas; muitas vingaram outras nem germinou.

Platinum VIII

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Mas desistir jamais foi o lema. Confiante em deus sempre foi, onde forças e esperança recarregavam a alma.

Alegrar-se na simplicidade, nos gestos de bondade, nutriam-lhe de coragem para prosseguir.

Vieram então os filhos para selar ainda mais esse amor. Quatro meninos robustos cada qual com seus encantos;

com seus sonhos e amores.

Então no calendário da vida mais alguns anos se passaram e aquela mulher que outrora sonhava e amava com a simplicidade das crianças

numa nova fase da vida entrou; esposa, mãe, sogra e avó vivencia como ninguém enfrentando altos e baixos;

com sorrisos, algumas lágrimas e muita dedicação com certeza.

O olhar cintilante dos netos, o sorriso agradecido dos filhos e noras, as visitas surpresa dos amigos, as deliciosas galinhadas improvisadas,

o carinho do marido, faz com que aquela mulher escondida no espelho do tempo, desfile na passarela do presente recebendo aplausos e flores.

Flores que enfeitam a vida e disfarçam um pouquinho a tristeza da morte

de quem se ama verdadeiramente. Alminda um nome forte. Nome de pessoa guerreira, que luta com as forças que tem,

que sonha com algo tão simples, mas belo. Que vive com os pés no chão e com o coração na lua. Mas é no brilho do seu olhar, no pulsar do seu coração

e na firmeza das suas mãos, que mostra realmente quem é. adoramos você e este seu jeito “minda” de ser...

Platinum VIII

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Janet Maria Faggion Corezola

Nasceu em 20 de Março de 1956 em Bento Gonçalvez (RS). Mora em Caxias do Sul (RS). Professora aposentada. Graduada em Pedagogia em Educação Especial para Deficientes Mentais, pela instituição UCS - Universidade de Caxias do Sul (1982). Lecionou por 30 anos na rede municipal, sendo doze dedicados a crianças com dificuldade em aprendizagem. Escreve a poetisa: - A vida é um sopro, então não espere que tudo se repita, o que passou não volta. Insistir em algo vencido é um esforço desnecessário; faça novos planos, foque na vida, em um novo arco-íris, há um sol a lhe beijar a face, uma chuva a lhe afagar os cabelos; tem tanta vida na sua vida, basta deixar sentimentos e emoções lhe afagar. Participou do projeto Platinum V, VI e VII (poesias, 2016) - Bookess Editora.

Contato:

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Páginas:

https://www.facebook.com/Transbordando-Sentimentos-by-Chislei-876023069122628/ https://www.facebook.com/janetmaria.faggioncorezola?fref=ts

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Platinum VIII

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Esperança

Se me distraio logo uma lágrima cai Agora é assim,

fico sozinha e logo entristeço O ontem me encontro alegre,

sorrindo, faceira. Mas hoje já me sinto a divagar

Preciso de outro caminho, preciso de um novo despertar. Outro balanço a me embalar,

outro ritmo no meu cantar. Quem sabe que depois disso

volto inteira E começo a esperançar.

Platinum VIII

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NOSTALGIA I

Às vezes me visto amor de carinho, de ilusão, de sonhos,

de nostalgia, de alegria, de tristezas, de raiva, de dor, de muitas fantasias.

Hoje me vesti de saudades e estou tentando

te encontrar.

NOSTALGIA II

Na pressa de ir embora Tropecei na alegria

e a machuquei. Iniciou um choro

dolorido, comprido Me detive e voltei.

Entendi... Não era a alegria

que chorava e sofria. Era eu,

banhada em lágrimas. Tentando resgatar

o amor de outro dia.

Platinum VIII

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Cansaço de mim

Ando cansada de andar

e retroceder. Ando cansada

de jogar e perder.

Ando cansada das batalhas

que travo sozinha. Ando cansada desse cansaço

de viver. Queria parar

e ter a certeza do que fazer. Queria seguir,

saber pra onde ir Na verdade...

Queria nem querer.

Platinum VIII

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A lua

O vento bebeu minha lágrima sentida,

o sol queimou minha alma desprotegida.

A Lua! Ela bem que tentou me abrigar. Mas com sua eterna nostalgia se perdeu entre a noite e o dia.

E fico assim entre

sonhos e realidade, amor e desamor,

entre fugir ou me perder

em você mais um dia.

Platinum VIII

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Acabou

Estas tentando achar a maneira correta de dizer Acabou, não te amo mais!

É isso que estas tentando me dizer? Como assim não amo mais?

O amor não acaba assim numa manhã,

num despertar. Não acaba num anoitecer

antes de dormir e descansar. Não acaba numa madruga, depois de a gente se amar

Como assim acabou? Não entendo,

ontem me olhavas com olhos de verdade me beijavas com beijos de promessas

me abraçavas forte e unia nossos corações Ontem mesmo me amaste Foi uma despedida... foi?

E hoje nem consegues falar, ficas a me olhar com olhos de pena,

com braços gelados. teu coração quase parado.

E dizes coisas que não quero escutar, e ficas a falar as tuas verdades

Mas quero que saibas, precisas saber, essas verdades não são as minhas. Ainda amo e vou seguir nesse amor

Acabou, entendi, vá, eu fico aqui. E não sei.

como vou suportar tanta dor, cada vez que me der conta

Que não retornas, mais aqui.

Platinum VIII

62

Sonhar na lua

Já me enamorei olhando a lua

já me apaixonei pelos olhos teus.

Já descobri prazeres que nem imaginei. Já me entreguei

sendo só tua. Já me encantei

com o som da tua voz e me perdi nos gemidos teus.

Hoje me entrego a lua e nela pouso meu pesar,

meu sofrer meu sonhar. Foram loucos

dias de amar e amar, mas estou só

perdida sem você mais uma vez.

Platinum VIII

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Olhos teus

Apaixonei-me por ti aos poucos. Ao me apaixonar

me permiti ter sonhos Ao sonhar me iluminei.

Ao me iluminar encontrei o brilho dos seus olhos.

E nos seus olhos enfim me encontrei.

Platinum VIII

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Fica

Você me faz falta! É só começar a digitar ou colocar a caneta no papel

que tudo me lembra você. Tens o sorriso mais doce,

o olhar mais terno, o beijo mais quente,

as mãos mais inquietas, os sussurros mais lentos, os cabelos mais macios,

os olhos mais negros. E fico a pensar...

O que tem em você que eu possa não gostar? Ah! Com certeza tuas costas

quando estas a te afastar.

Platinum VIII

65

Medo

Me perdoe por ser assim. Me perdoe pelos meus destemperos

sem motivo. Me perdoe pelas minhas crises,

pelo ciúmes desmedido, pelo medo de dividir, pelo medo de perder.

Quisera ser menos egoísta não me importar,

não me preocupar, não me sensibilizar.

Esse é meu jeito de querer, essa é a maneira que encontrei de dizer

que eu adoro você, e que esse gostar me faz ter medo

medo de te perder.

Platinum VIII

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Amor a dois

Preciso de nossos beijos Nosso toque de mãos

Em partes quentes úmidas Desejosa de amor

Corpos suados Saciados, no gozo

E nunca na dor Então venha e me tomas

Me beija Beijos molhados de amor

Me toca Onde só tu sabes achar meu prazer

Possua-me preciso te sentir Potente, latejante em mim Me faz tua, me faz louca

Nesse entrelaçar de pernas Nesse entrelaçar de dedos Nesse entrelaçar de mãos Nesse amor louco, insano

De nossos corpos Se fundindo num só No mais pleno amor.

Platinum VIII

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Jose Alfredo Evangelista

Nasceu no dia 25 de Fevereiro de 1946, na cidade de São Roque (SP). Ingressou nas fileiras do Exército Brasileiro e passou para a reserva, após trinta anos de efetivo serviço, tendo fixado residência na cidade de Lorena onde formou sua família. Estudou Teologia na Universidade Salesiana de Lorena e Jornalismo em Mogi das Cruzes. É um dos fundadores da Associação dos Militares Inativos e Pensionistas de Lorena – AMIPEL. Possui o título de Comendador outorgado pelo Poder Executivo de Lorena com a “Comenda Bernardo José de Lorena” por relevantes serviços prestados à comunidade. É Acadêmico na ALLARTE – Academia Lorenense de Letras e Artes, ocupando a cadeira nº 11 e tem como seu Patrono, o Marechal Cândido da Silva Rondon, Patrono das Comunicações. É autor dos livros: “TENENTE CLÁUDIO PEREIRA – Tributo e Memórias”; “CASOS E CAUSOS DA CASERNA – Relatos de um militar inativo”; “DIVAGAÇÕES POÉTICAS - Um olhar aos meandros da vida” e “CONTOS & CRÔNICAS – Uma resenha da vida”, “POEMAS DA ALMA”, todos na suas 1ª Edições. Participou da antologia “Platinum III e IV, V, VI e VII” - (poesias, 2016) - Bookess Editora.

Contato:

[email protected] Página e Blog:

https://www.facebook.com/josealfredoevangelista.evangelista/about www.http:/alfredo-literario.blogspot.com

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Platinum VIII

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A ciranda dos anos

Ano vai, ano vem... Na ciranda dos anos,

Nem tudo vai bem, Como esperamos...

Esperanças e decepções! Surpresas e realizações! Expectativas otimistas!

Prenúncios pessimistas!

Ano velho de missão cumprida... Ano novo de novas esperanças...

Etapas sofridas! Mas de um tempo de bonanças!

Na ciranda dos anos, repensamos;

E refletimos os sucessos e as decepções; Tudo o que conquistamos,

Com fortes emoções!

Detalhes de nossa vida passageira... Passado e futuro se nivelam!

Numa ciranda ligeira, Tristeza e alegria nos esperam

É a vida que passa numa rotina,

Pontilhada de tropeços... Mas na vontade se descortina, Sempre há novos recomeços!

Emoções que ficam no passado... Sensações que miram o futuro...

Ano velho e cansado, Ano novo, já num tempo maduro!

Platinum VIII

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BEM-TE-VI

“Bem te vi”... “Bem te vi”... Às essas notas musicais, O vô Marcos se animava...

E com pequenos silvos labiais, Ele respondia aos seus amigos

Com natural alegria!

Os pássaros cantantes, Conversavam com vô Marcos!

Pousados nas antenas “Ele” de dentro de casa,

Os ouvia e os reverenciava... Eras assim que o vô gostava!

Agora, sem “ele”, ouço O canto triste e lembro

De meu saudoso pai Naquelas notas tristes

Que o chamam na saudade! E os bancos vazios são a realidade...

A saudade invade com esperança!

Na música dos bem-te-vis, Traz a presença dele à lembrança,

E vejo suas imagens sutis Nos bancos, sentado a meditar!

Sua vida aos poucos passar!

Oh! Belo e divino pássaro! Cantes agora ao vô Marcos!

Alegre sua alma imortal! Leve seu consolo musical! Encontre-o pelos campos

Do paraíso onde “ele” repousa!

Platinum VIII

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A volta

Por caminhos desconhecidos e tortuosos se aventurou o filho desobediente e presunçoso.

Abandona sua família e leva a sua herança. E deposita na sua aventura toda sua esperança.

Numa vida desenfreada esbanjou seus recursos.

Quando tinha gasto tudo o que possuía, a necessidade bateu-lhe às portas,

e, sua vida enveredou-se por linhas tortas...

Sem comida nem sustento o filho estava à deriva... Lembrou-se dos tempos de fartura junto à família!

Tinha o pão de cada dia e nada lhe faltava! Com comida de porcos a fome saciava!

A “volta” então era iminente;

Pois sua consciência acusava: “Pequei contra Deus e contra ti”!

Razão pela qual caí!

Pela compaixão do pai e pela Sua misericórdia...

Como filho pródigo, O perdão do Pai era seu código!

Platinum VIII

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Borboleta de amor De flor em flor tal qual borboleta O amor é colorido e voraz... Ele Pousa sem pedir licença E sempre leva à crença A certeza do amar Ele não escolhe onde pousar Sua volúpia é envolvente Seu desejo é ardente Seu pouso é lépido De ação intrépida O amor é cupido Por vezes dolorido É flechada que traspassa Toque que devassa É borboleta de flor em flor É sensação de torpor.

Bodas de Rubi

Como uma pedra preciosa, Incrustada no nosso amor, Celebramos esta graciosa

Bodas de Rubi com louvor!

Quarenta e cinco anos De uma feliz convivência! De uma árvore são ramos

Plenos de graças e bem querência!

Família preciosa e dadivosa Sob as bênçãos do Criador! Com uma esposa amorosa

E filhos queridos de muito amor!

Somos uma pequena igreja, Plena de muita fé e esperança,

Que vive sob a graça benfazeja, E nas promessas da divina aliança!

Kellen, Dani e Marcos:

Frutos e presentes do Criador! Rosely e Alfredo, somos marcos

De uma aliança de amor!

Platinum VIII

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Andarilho

O andarilho da vida segue sem destino... E sem direção ela vagueia pelos atalhos.

Errante ele faz da vida um desatino. Seu caminho segue em frangalhos...

Objetivos perdidos ao longo da caminhada Ele não acha o destino da sua estrada!

Por meandros estranhos e desconhecidos, O andarilho da vida anda desprotegido!

Desorientado pisa em chão pedregoso.

Envereda-se por terrenos minados. Faz de sua vida um combate horroroso!

A cada lanço, um movimento eivado! Sem objetivos nem esperanças, O andarilho da vida busca andanças! Por entre as mentiras do mundo, Não vê luzes no túnel fundo! Caminha ao lado da verdade, Mas não a enxerga! Anda ombro a ombro com o amor, Mas não o sente! A felicidade ele deixa passar Como leve brisa a o acariciar! O andarilho da vida não consente, Da vida, a alegria e a paz!

Platinum VIII

74

Alegrai-vos

Uma marca gravada o Criador deixou

na criação por Ele amada!

Entre todas as virtudes, uma delas é primordial;

A maior das solicitudes!

A “alegria” que debela a tristeza! Por ela somos animados...

Pelo Criador somos plenos de beleza! A alegria é a luz da alma. É a esperança de se viver. É a felicidade conceber. Alegrai-vos na bondade! Alegrai-vos na caridade! Alegrai-vos com piedade! Tenhamos bom dia com alegria! Sejamos acolhedores com alegria! Exercitemos a amizade com alegria! Ser alegre é ser autêntico... Ser alegre é irradiar felicidade... Ser alegre é repudiar a maldade... Do nascer ao por do sol, espalhemos raios de alegria aos semelhantes com sinergia!

Platinum VIII

75

Como?...

Como mergulhar a fundo?... Em águas profundas...

Se não sei nadar? Como alçar voos ao infinito?...

Se não sei voar? Como mentir?...

Se só conheço a verdade? Como me alegrar?... Se só tenho tristeza?

Como amar? Se odeio?

E sem rodeio, o amor está no fundo

das águas profundas... Não sei nadar!

Está nas alturas!... Não sei voar!

Não sei mentir! Não sei me alegrar!

Como?... Se não sei amar?

Platinum VIII

76

Avião

Misto de apreensão e de profunda sensação de liberdade... Na debutância do primeiro voo...

O deslumbre no desafio da novidade! O pássaro de aço vai me provocar enjoo!

O frio na barriga é a sensação da decolagem!

Olhos fitos na janela... Observo o distanciamento da paisagem...

Lá nas alturas meu sangue gela!

A excitação e a adrenalina aumentam... A audição parece ensurdecer...

Luzes vermelhas e sinais sonoros informam, Rotina de segurança a se manter.

A aeronave inicia voo de brigadeiro.

Na voz do Comandante somos informados, Que o comportamento dos passageiros, Podem seus cintos ser desafivelados!

A fome começa a se manifestar!

Os Comissários vão se organizando... Com as refeições a nos alimentar,

Um a um, eles vão passando...

Hora do sono, luzes apagadas... No desconforto dos assentos,

Cabeças reclinadas, Dormida de alguns momentos!

De repente um forte apelo à nossa consciência:

Todos devem se afivelar! Vamos enfrentar períodos de turbulência... Os solavancos começam a nos incomodar!

Platinum VIII

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O cansaço vai travando as pernas encolhidas. Uma corrida até o banheiro é a solução.

Entre as poltronas espremidas, Tento pequenos movimentos de descontração!

Horas a fio e intermináveis levam à exaustão! Fones de ouvido e filmes no encosto frontal,

Colaboram para melhorar a situação, Cujo desconforto vai abatendo o moral!

No ronco das turbinas,

Voando mais rápido que o som, Ouço e vejo através das cortinas, Um espetáculo de muito frisson!

O Comandante anuncia que se prepara para o pouso...

Sensação análoga da decolagem! Todo afivelado, mexer não ouso!

Um grande estrondo... O pássaro toca na banda de rodagem!

Turbinas que começam a silenciar, Suspiros de alívio e conforto... A aeronave começar a parar...

Saudade, vou sentir do aeroporto!

Platinum VIII

78

A TOSSE

Eles chegam sempre em pequenos grupos... Na tenra idade e ainda imberbes...

Escolhem sempre os lugares mais escuros... Nos bancos da praça iniciam o ritual de imaturos!

Alguns sussurros e mãos que rapidamente manipulam algo! Mais um pouco, vê-se um pequeno fogo!

Prazerosos, aspiram a fedorenta fumaça... Aos pulmões levam ameaça!

De repente uma tosse! Entre uma tragada e outra...

Outro acesso de tosse, Na roda do “pacal” tomam posse!

Mais alguns sussurros e mais tosse... Candidatos a tuberculosos...

Seus pulmões viciados, Sustentam o vicio de condenados!

O grupo interage, com tosses coletivas! Todos tossem num ritual doentio!

Satisfazem seus egos vazios, A fumaça os leva ao desvario!

A tosse continua... No dia seguinte o ritual se repete. Pulmões enegrecidos, mentes poluídas!

Jovens na flor da idade, Suas identidades destruídas!

Vidas marcadas a um final precoce! No prazer das tragadas,

Prenúncio mortal da tosse, No vício, existências estragadas!

A tosse aumenta seu implacável domínio. Corpo sem resistência orgânica,

Coração que bate descompassado, A vida já pertence ao passado!

Rotina da implacável tosse! Morte que se avizinha...

Destino que toma posse... No maldito vício, existência que definha!

Platinum VIII

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Márcia Ayres Dugo

Nasceu em São Paulo - Capital, aos 16 de maio de 1960. Atualmente reside em Monte Alegre do Sul – SP. Casada e mãe de um garoto. Uma gravidez mágica a fez fazer a melhor viagem de sua vida, onde foi mãe aos 48 anos. Graduada em Psicologia, adora trabalhar com crianças, aliás, sua paixão estar com elas. Desde sua alfabetização tem lembranças de “rabiscar” pensamentos e utilizar a caneta e o papel como terapia. Como ela diz: “... Percorro longínquos mundos e muitas vezes minha fome, sede e necessidade de dormir são saciadas apenas escrevendo...”. “... Estar com outros escritores, mesmo que virtualmente é como sentar-me ao redor de uma fogueira... Um violão e o brilho da lua e das estrelas...”. Já participou de várias antologias e coletâneas na CBJR (Câmara Brasileira de Jovens Escritores) e foi através desta que foi indicada e recebeu o título de Acadêmico Titular do 1º Colegiado de Escritores Brasileiros – Órgão Executivo da Litteraria Academiae Lima Barreto – Ocupando hoje a cadeira 56 – Seccional Sudeste. Participou da antologia “Platinum V” - (poesias, 2016) - Bookess Editora.

Contato: [email protected]

Página: https://www.facebook.com/marcia.ayres.56?fref=ts

Platinum VIII

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Platinum VIII

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Retrato

Algumas linhas desenham meu rosto E observo o tracejar firme e sem pressa

A tentar representar-me... Busco nele por minh'Alma e a imagino..

Aprecio quem com o olhar me penetra além-matéria.

Cruzeiro

Consegue urdir comigo? Algo que nos tire deste fraga

Em que despencamos E nos traga lucidez...

Quero novamente minha tez, Feito chamariz à Luz,

Inoculando o valor da cruz...

Platinum VIII

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Pão da minha fome

Resvalando fui, em pensamento À busca de persistente voz,

A incitar-me... A guilhotinar a rudeza que persiste

E insiste em ficar, Onde não mais lhe cabe,

Diante da direção que resolvi olhar E pousar meu coração cansado

De se despender em rótulos enganosos... A voz me sorri,

Sinto isso todas às vezes, Que lhe corro atrás...

Não a posso ver, Por enquanto...

Mas o seu sabor, Seu calor E cor...

Pão da minha fome, Diviniza-me sua presença!

Platinum VIII

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Corrosivos

Alguns pensamentos, Feito lanças atingem

O Cosmo... Incendeiam e matam... Focos de suas ações Parecem saudações

À estas mentes, Que mentem

Ignorar seus planos Ardilosos...

Cônscios que são, De tudo o que corrompem, Pois que o ensurdecedor Apelo lhe grita em tudo

O que toca, com um mísero Pensamento!

Mas um dia seu pé Tocará sua armadilha...

Platinum VIII

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Em paz...

Busquei-te e me encontrei só, Onde o muro nos separava,

Mas a cantiga eu ouvia e seu respirar ofegante também... De correr com o tempo.

... Contratempo fui eu no orbe e bem sabido isso é pra mim, Porém o encantamento proveu-me de sensações,

Que trouxeram lembranças tatuadas em minh'Alma... Em tudo me restei por aqui,

Cercada de pessoas maravilhosas que também amo, Mas só,

Desta sensação oculta e presente... Calada e berrante...

Serena e que me faz prosseguir, Com a certeza que algo continuará nesta ou em outra...

O que importa é saber-te por aí...

Sobre as lágrimas...

... E se das lágrimas que derramei, Ou fiz derramar, um rio nascesse, A me levar pra outra existência?

A travessia, mais ou menos tortuosa Dependeria do conteúdo deste rio...

Em cada gota um momento, A compor a minha história...

Qual destino me haveria de encontrar?

Platinum VIII

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Felicidade...

É o que em mim encontrei. Uma viela!

... Por onde eu já passei, E pouca atenção dei.

Lá está ela, Onde sempre esteve,

Mas meu olhar de outrora Dela desviava,

Viela não me interessava. O sombrio me povoava...

Através de sorrisos incoerentes, A vida até parecia congruente,

Mas que nada! Quando o véu nos cai do olhar,

Tudo parece descortinar... Sorrisos e lágrimas nos visitam,

Mais lágrimas... É que nesta viela,

Somente o essencial cabe... Quanto? Não se sabe, Isto não se quantifica!

O que importa lá é que fica! Mirradinha a minha,

Mas a encontrei E dela não mais me esquivarei.

A felicidade pra mim É saber nela os meus pés,

Caminhando... Eu de joelhos antegozando

O prazer de encontrar, O caminho a me levar

De volta ao meu verdadeiro Lar! Em comunhão comigo estou...

Agora é caminhar... Degrau a degrau galgar...

Amém!

Platinum VIII

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Despertar

Amo todas as manhãs, Quando meus olhos se abrem E o doce sorriso a inundar-me:

“Vamos acordar mamãe? O sol já despertou...”

E dentro da nossa sala Lá estava a nos esperar...

Quente e iluminado, Apenas um raio do majestoso...

Abro a porta E a brisa o tempera um pouco, Fica morno como meu espírito

Em todas as manhãs... Acalento os cabelos do filho

E uma fruta colhida vou pegar... O alimento com o mais puro, Que a Mãe Natureza nos dá E adentramos o dia pra mais Uma aula na escola da vida!

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Paisagem

Quando da cama pulei, Através da janela estava

Você a me olhar, Com um belo sorriso A desabrochar, junto Com a rosa vermelha,

Que hoje acordou De bom humor

E pra mim também olhou... Seu perfume, como um olá,

Exalou... E através da cortina senti,

Creio eu, para mim! Estendi minha mão

Fora da janela, Como querendo acariciar

A rosa, tão vermelha Quanto às cerejas,

Que aguçam meu paladar... E o restante do jardim, Como que contagiado, Expeliu tantos aromas,

Que cores no ar Podia-se ver... A mão passei

E um lindo arco-íris Coloriu-me inteira...

Sentei-me em um banco, Dentro do meu jardim

E ali resolvi ficar, Melhor despertar,

Fazer parte da paisagem, Inundar-me dessa arte...

Do resplandecer da natureza Em toda sua beleza...

Platinum VIII

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Sombras e luz

Ante o espectro que se interpõe Entre mim e a Luz...

Vislumbrando ainda a claridade Atenuada e seu iminente desvio...

Firmei os pés no chão Numa tentativa em vão

Dela escapar... De forma sobremaneira corri, Com meu pensamento dali...

Encontrei focos de luminosidade Que chamaram minha atenção

E neles mergulhei... Emergindo dali somente quando

De toda nódoa me livrei! Ao redor olhei

E quando somente Luz presenciei Desejei ficar...

Os sentimentos e sensações Faziam-me anunciar

Que ali era o meu lugar... Iluminado somente pela Lua...

Minha, que vinha Abençoar Tal encontro...

Platinum VIII

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Aonde ir?

Aqui no submerso Onde tudo parece inverso Componho meus versos... Ainda se pode ver vidas,

Embora de tudo desprovidas... Algumas caminhando, Outras naufragando

E há as que rastejam... E seus estados sombrios

Festejam... Como se fossem todos felizes

Animalizes... Sim, este será nosso final!

Mas há uma saída Deste mundo animal,

Abissal... Olhe ao redor e o mal renuncie,

Mas não anuncie, siga em frente! Propague o bem, e lembre,

Sem olhar a quem... Não te quantifique, qualifique-se!

O teu pior te abriga, O teu melhor também...

Conecte-se com tua escolha E na Fé prossiga

Consiga enfim este encontro, De ti com teu melhor...

É o caminho pra libertação Do que angustia este teu coração...

... E o meu...

Platinum VIII

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Eu, aprendiz...

Viajava minh'Alma seguindo-te, Vestígio de Luz, a convidar-me Em uma linda viagem sideral...

Por uma fenda entrei A procurar-te e de repente

Filigranas caiam-me E minh'Alma multicor parecia bailar...

Foi quando surgistes, Corpo de Luz quase a cegar-me

E eu ainda embalada pelo cenário Quedei-me de joelhos

E tu delicadamente pegando minhas mãos À sua frente postou-me

E mais suavemente ainda falou-me À Língua dos Anjos... A tudo compreendia E tudo me aturdia...

A vontade era ali ficar, Mas um tom em destaque

E senti que era momento de retornar... À volta semelhante foi,

Seguindo-te... Mestre!

Platinum VIII

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Maria Elizabeth de Almeida

Natural de Itajaí (SC). Vive e trabalha em Itajaí (SC). Professora, Poetisa e Ativista cultural. Graduada em Pedagogia, pela instituição Uniasselvi - Associação Educacional Leonardo da Vinci (2007). Pedagoga das séries iniciais e educação infantil. Intérprete de Libras. Administradora do grupo fechado “Elizabeth Almeida Poesias e Poemas”. Sempre envolvida com a educação, especificamente alfabetizando crianças, essa arte do pensamento, imaginação o faz de conta, sempre esteve presente e foi descobrindo a cada dia como é lindo esse mundo da poesia. “Mesmo que os ventos soprem ao contrário não desanimeis jamais” e assim estreou na literatura em “Premium VII”, “Premium X Ouro” e Platinum I, III, V e VI. Com obra própria “Ciranda da Poesia” (poesias, 2015) Bookess Editora.

Contato: [email protected] Blog e Páginas: https://www.facebook.com/groups/819071804835514/ https://www.facebook.com/profile.php?id=100007108784594&fref=ts http://www.bookess.com/profile/mariaelizabeth2015/

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Faça de Conta

Faça de conta que por mim, nunca sofreu, por me deixar as noites sem adeus,

não se arrependeu. Faça de conta ainda

que a ferida aberta, já cicatrizou, que a lágrima caída, já secou.

Minta ao disser, que nunca sofreu. Quando falar que na sua vida,

não há breu. Que de amor nesta vida, nunca ninguém morreu.

E que nesse caso de amor, a única que sofre...

sou eu.

Platinum VIII

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Mentiras supérfluas

Quero ser a verdade para você não ter que ouvir mais mentiras.

Quero ser a tua estrela para não ter que te ver mais triste.

Quero ser um sonho para você não ter mais pesadelos.

Quero ser sua, todas as noites pra que você não sinta falta de mim.

Eu aprendi com o tempo em que te conheci,

que o lado da mentira nunca vai aflorar em mim. Vivemos num mundo de mentiras gentis

que tornam o desespero das pessoas mais árduo.

Mentiras supérfluas que pretendem amenizar a mentira e mascarar o vazio por alguma razão do momento.

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A noite das estações

Quero um amor nesta noite de luar para pensar e sonhar um belo pensamento

e protege-lo do vento. Quero ter um grande amor, longe ou perto,

certo ou impossível, numa noite encantada

e adormecer nos braços do brilho do luar.

Ah! Quem tivesse um amor e entre o mar e as estrelas,

passear nas nuvens docemente e se encantar meditar com o silencio da noite;

levitando apenas por um sublime amor.

O lindo entardecer vestiu-se de rendas douradas,

violetas e jasmim para uma confraternização das estacoes.

A Noite linda brilhou mais, dando a sua saudação.

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Eu não sei

Eu não sei talvez tenha sido por teu olhar. Pode ser que tenha sido por teu sorriso

ou quem sabe por tuas palavras ou aquele, encontro com você.

Pode ser que um dia estaremos juntos ou talvez tudo tenha sido esquecido.

Quem sabe pode existir outros momentos e ai quem sabe nem tudo estará perdido.

Te amo! Não somente pelo que és;

mas pela felicidade que você é pra mim quando estamos juntos.

Platinum VIII

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Solidão

Fecho os olhos, mas vejo você. Por instantes sinto seu cheiro, Abraço-te com minha saudade. Beijo-te através do meu desejo.

Olho-te com o reflexo do meu amor…

Todos os dias são assim, solidão comigo eu sem você...

Mesmo distante permaneces dentro de mim.

Te cuido, te ilumino. Sou teu sol!

Saudades,

solidão me consume todas as noites,

sem que saibas sou tua.

Entrego-me a você sob o testemunho da lua. Sonho com seu amor!

Ainda que não acredites, serei eternamente sua.

Platinum VIII

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Caliente amor

Não consigo dormir você não sai do meu pensamento. Quero te amar me aconchegar junto de ti.

Adiante-te antes da aurora meu bem querer. O nevoeiro as brumas já estão á esmorecer

Rondam meu sono para que eu não adormeça sem ti ter.

Amado! Tu és açucarado. Só em meus braços és degustado, realizado;

minhas caricias te deixam fascinado.

Adoras ser provocado atiçado te levo comigo ao delírio de uma adrenalina nas alturas vamos subimos juntos

os degraus para o infinito da imensidão de mais esplêndido espetáculo de fogos de artifícios.

Estamos chegando,

sentindo a magia ofegante de explosões em nossos corpos. Sentimos agora acontecendo inexplicáveis sensações prazerosas,

exaustos deleitamos num profundo repouso mental.

Em uma harmonia transferida, entre corpos prazer, mente e amor.

Na mais pura sintonia já se fez poesia, nós dois em uma explosão de fantasia.

Platinum VIII

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Amor verdadeiro

Como desejei um amor verdadeiro. Sem traição ou falsidade.

Um amor que fosse forte o bastante, nesse meu mundo parece que desapareceu,

sonhos, fantasia, viagens...

E agora só na minha mente vive... aventura da vida se fazendo torna-se plena

no desejo, na esperança que vem tentando e me alcança. Ela vive apenas na minha imaginação.

Procuro deixar o sentimento fluir. O coração permite e ilumina-me

ao desvio do olhar para vida.

Porque minha alma é feita de amor. E acredito num destino onde um dia, um rosto colado no meu vou sentir.

Num beijo macio

que vai curar minhas dores e ao me abraçar o imenso vazio venha renascer um amor.

Platinum VIII

100

Fases da lua

Quando a paixão aflora, nosso amor sobre vive todas as fases da Lua.

Navega desde o rio solitário até o mar da beleza nua...

Horas parece Minguante,

beirando 1/4 de amor. Vivemos perto e distante

sentindo frio e o calor.

Beija o dia acena hora, fala a noite em verso e prosa,

respira o ar sob lua nova.

Assim, torna-se Crescente, impulsionando o lento compartilhar. Vezes a chuva cai sobre a gente, outras o colo é abrigo para ninar.

Assim, transborda a Cheia trazendo doses de mel,

no corpo dourado, lua dos namorados. Tuas fases mexem com todo universo,

Lua que reflete beleza, encantada e te vejo lá no céu. Brilhando, majestosamente em seu corpo celestial.

Platinum VIII

101

Outono

Sinto um cheiro dos dias perfumados, com aroma de folhas e flores se renovando.

Dos dias quentes que o verão deixou.

Marcas de flores murchas e folhas ressecadas estão começando a se refazer. Já posso ver o verde renascer

e os botões das flores começando a ficar vistosos; é um novo ciclo de vida.

Logo, logo o orvalho,

e o perfume das camélias.. posso sentir no jardim da minha janela.

Uma nova estação se abre para cada ser. Venha ver um lindo véu do verde colorido.

Outono estação bem vinda e esperada Para colher as belas flores molhadas

do sereno da madrugada.

Platinum VIII

102

O arco-íris

O arco-íris que brota depois da chuva,

sete cores misturadas parecendo pincel pintado à mão.

O arco-íris

é um tapete colorido com grande esplendor;

causando grande alegria.

O arco-íris tem significado a dizer:

Além do sonhado pote de ouro, muitos correm para ver,

outros admiram as cores que riscam no céu.

O arco- íris sempre depois da chuva, ele vai aparecer pra mim e pra você.

Para todos que podem ver.

Platinum VIII

103

Marilin Manrique

É Goiana nascida em São Luís de Montes Belos e vive em Uberlândia, Minas Gerais desde 1969. Graduou-se em Psicologia em 1981 pela Universidade de Uberaba (UNIUBE).

Pós-graduou-se em “Metodologias do Ensino” na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e em “Saúde Pública e da Família“ (INSTITUTO PASSO 1).

Participa de antologias de contos e poesias desde 2014, ano em que teve sua primeira poesia, Vazio da Alma, selecionada no Concurso Nacional “Novos Poetas” pela Vivara Editora. Trabalhando em biblioteca desde 2007, participa de projetos literários, que contribuem cada vez mais para aumentar o gosto de escrever histórias e poesias. Publicou: ”A BUSCA PELA FELICIDADE e outros contos”, realizando um sonho antigo. Participou da antologia “Platinum I, IV e VII” - (poesias, 2016) - Bookess Editora.

Contatos:

[email protected] Facebook: https://www.facebook.com/marilin.molina.5

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Ato de bravura

Diante de tantos desafios O guerreiro luta com garra

Para se tornar um vencedor

Nem sente mais ternura E num ato de bravura Age por meio da razão Para diminuir sua dor.

Cadê a ternura que sentia

Quando vibrava com tanta euforia?

O chão que pisa está Repleto de espinhos

Não consegue mais manifestar Todo seu carinho

Já não é tão sensível... Está cansado de amar

Não consegue mais expressar Seus sentimentos com tanto ardor

Espinhos te anestesiaram Já nem sente tanta dor.

Tanto amou, tanto chorou E agora, o que restou?

Rosas murchas espalhadas Pela estrada,

Um coração alquebrado Relembrando do passado

Muitos já nem se importam Com sua dor forte se tornou Até se sentir um vencedor.

Platinum VIII

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Amigo verdadeiro

Meu eterno companheiro Meu amigo verdadeiro

Em meu teste você passou Foi aprovado com louvor

Para ser meu eterno amigo E ficar sempre comigo.

Você me encantou

Com seu jeito de ser Chorei em seu ombro

E você me animou Nem reclamou

De alguma forma me ajudou,

Por isso no meu teste você passou Afinal...

Você é um bom sujeito Ama-me de qualquer jeito,

Por isso não me deixe jamais Meu amigo verdadeiro

Seu afeto, sua companhia Aprecio cada vez mais.

Platinum VIII

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Esquina do Adeus

Na esquina do Adeus Um dia chegarei

Seguir em frente será urgente Sem olhar para trás.

Quando lá estiver

Mirar nova estrada será preciso Convicta estarei de ter feito

Tudo que idealizei Tudo que sonhei.

Terei neste momento

Discernimento para entender Que não adianta retornar Que não vou mais sofrer

Largos passos foram percorridos Sem hesitar...

Quando chegar a hora de ir embora

Nada mais restará a fazer Partir não será mais dilema

Já poderei soltar as algemas Que me prendem ao passado.

Mais perto estarei de Deus

Em paz me sentirei Por já ter realizado Os sonhos meus

Em fim,

Ao lado do Salvador estarei Para o encontro final.

Platinum VIII

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Mãe Boa

Mãe boa é aquela Que não deixa seu filho à toa.

Mãe boa não é aquela Que sempre acolhe

E os brinquedos sempre recolhe.

Se todos os dias isso ela faz Vai deixar seu filho ficar incapaz

Indolente, até se tornar rapaz E aí, como é que faz?

Dar sempre tudo que ele quer

Brinquedo ou roupa nova Nem sempre precisa

Ensinar-lhe sempre uma lição

Esta é sua obrigação.

Mãe boa é aquela que Parte e reparte com arte

E sabe a hora certa de distribuir o pão Como e quando dizer não.

A minha, de nada posso reclamar

É exigente, mas muito boa Principalmente quando faz

Biscoito e muita broa.

Platinum VIII

109

Vírgulas

Vírgulas no livro da vida São como pausas

Para curtir e relaxar Para sorrir e divertir E de novo retornar

Ao trabalho... À estrada da vida

Uma, duas ou três

Podem ser suficientes No ano, no dia ou no mês

Não podemos cometer o engano De pensar que não são necessárias

São pausas que nos acalmam E nos fazem viver bem,

Pois proporcionam Momentos de felicidade.

Platinum VIII

110

Novidades

Quando chega certa idade Muitos convivem com a mesmice

Não procuram novidades Passeiam pela mesma rua

Curtem a amargura A mesma roupa,

O mesmo perfume Sempre assim...

Quem sabe um sapato novo?

Um novo perfume? Um prato diferente?

Um passeio inesperado? Um novo filme?

Uma nova canção? Por que tanta indecisão?

Passear pela avenida Com pessoas queridas

Sair da tristeza, da solidão Por que não?

Platinum VIII

111

Desejo ardente

Primeiro beijo! Quanta emoção!

Esperar o momento certo É possível,

Quando há certezas, ou incertezas?

Quando o desejo é tão ardente Uma voz dentro do peito

Grita tão alto O coração bate forte Acelera, não espera

Segue o primeiro impulso Não contendo o desejo

Dá o primeiro beijo Quanta emoção! Aguenta coração!

Platinum VIII

112

Desejos da alma

Às vezes da vontade de sair por aí, Mas não posso!

Ir para onde, Se a alma, de mim, Não se esconde?

Permanece colada em mim Deixando-me sempre assim.

Pensando bem, Talvez seja melhor Dar uma paradinha

E quem sabe dar uma risadinha De uma maluquice qualquer. Às vezes da vontade de partir

Para um retiro Logo vem meu ego e me diz:

- “Você pode e será feliz” Deixe as tristezas de lado Assim, o que te aborrece,

Irá se esvaecer Outros fatos virão

E novas alegrias surgirão.

Platinum VIII

113

Momentos alegres

Curtir a brisa serena da manhã, Fazer e comer coisas saborosas,

Conviver com pessoas harmoniosas, Curtir o aroma das flores.

Abraçar árvore frondosa

Para receber energias positivas. Conviver com pessoas amigas,

Usar um novo vestido, Conquistar um novo amigo,

Orar com fervor, Pensar positivo.

Platinum VIII

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Dia perfeito

Quando recebo um abraço gostoso De um amigo com perfume cheiroso.

Quando vou ao mercado Com meu amor do lado.

Quando chega algum parente E posso servir café

Com um bolo diferente. Quando tolero os defeitos

De algum amigo. Quando não me importo

Com quem se zanga comigo.

Quando o carteiro chega ao meio-dia Para entregar-me uma nova antologia.

Quando pratico atos de bondade Tudo isso digo

Com sinceridade.

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Maurélio Machado Nasceu em São Bento do Sul (SC). Escritor e poeta. Casado com Karim Voigt, pai de Daniela, Fernanda e Fábio Luis. Netos: Giovanna e Eduardo. Formado em Ciências contábeis pela Univille - Universidade de Joinville/SC, com vários cursos de especialização em finanças, economia e administração. Membro da Academia Parano-Catarinense de Letras, ocupando a cadeira de nº. 41. Membro da Diretoria da Oficina de Poetas - formação de jovens poetas nas escolas públicas. Membro da Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul. Atualmente é colunista do Jornal Evolução de São Bento do Sul. Mérito Literário do Instituto Montes Ribeiro de Curitiba (PR). Administrador do Grupo POETEIRO DE RUA: https://www.facebook.com/groups/maurmach/?ref=bookmarks. Patrono do projeto PREMIUM - Poesias & Textos. Livros publicados: Poeteiro de Rua (Clube de Autores). Infinitas Saudades, Palavras de Amor e Paixão, Sufocadas Paixões - Poemas Card (Editora Bookess). Antologias publicadas: Além-Mar das Palavras, Premium V, IX e X – OURO, Platinun I, III e V (Editora Bookess). Tem participações em diversas Antologias no Brasil e em Portugal: - Vida, Motivos, Degraus (editora nova letra). Encontro Feras da Poética do Mindim - Luna Di Primus (90 escritores) Diamantes III e IV (Editora Berthier). Contatos: [email protected] http://www.recantodasletras.com.br http://poeteiroderua.blogspot.com http://www.facebook.com/groups/maurmach/. http://www.jornalevolucao.com.br/colunistas/30/maurelio-machado. http://rencantodasletras.50webs.com/maurelio.htm https://www.facebook.com/maurelio.machado?fref=ts

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Adeus

Gotas de orvalho secaram Assombreou-se minha poesia

Tristes, sabias se calaram Sem o doce canto de alegria.

Paixão

No meu caminho A princesa, flor menina

Deusa do destino encanta e alucina.

Amar-lhe tanto e tanto No instante primeiro

Paixão única, acalanto Fogoso e verdadeiro.

Não suportaria o pranto Se a perdesse um dia Com certeza morreria.

Neste sensual canto De eufórica alegria

Amo, sonho e me encanto.

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Alegria

Ah, quando leio seus versos Meu pobre coração se acalma

Sua poesia é meu universo Sua inspiração minha alma!

Lembranças do Outono

Sobre a relva amarelada Desprendidas das árvores

Folhas secas avermelhadas Pousam suavemente.

Olor de flores-do-campo Orvalhadas nas manhãs,

Voos da passarada, encanto Nesta amena estação.

Na beira do rio caudaloso

O casal de Martim pescador Visualiza manjar precioso.

Farfalhar no bosque dourado Tufos de plantas ressecadas Sob um céu outonal anilado.

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Calmaria

As palavras silenciaram Ventos amenos no litoral

Maritacas se calaram Merecido sossego afinal!

Monólogo amoroso

Disse-lhe que era perfumada Sua seiva doce e deliciosa

Chamou-a de minha amada Também de princesinha dengosa...

Amor na verdejante floresta Entre um pássaro e uma flor Magnífica natureza em festa Bendito seja lindo beija-flor.

Liberdade sempre festejada Desabrocha o lindo voejar

Em manobras ousadas

Soltar as asas no azul do céu Meigos sonhadores encantar O objetivo, almejado: apogeu.

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Camélia

Triste camélia, linda flor. Por que choras tanto assim?

Por acaso perdestes um amor? Não te lembrastes de mim?

Nau a deriva

Brasil diante da tormenta Contagiada tripulação

O Congresso engessado Administração fraudulenta Seduzida pela corrupção

O povo apunhalado.

Brasil diante da tormenta Oposição quer o Poder

Para poder se locupletar Golpe se avizinha na Nação Querem o povo convencer

Desta farsa para tomar Os destinos da União.

Brasil diante da tormenta

Povo farto de falsa informação Saber dos inocentes ou safados

Notícias diárias, inconfiáveis Passadas através da televisão

Corruptos, corruptores condenados Ao degredo com esses intragáveis...

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Alma de poeta

Vida de inspiração Alegria e amargor Sensível coração

Em versos de amor.

Final

Nas várias lágrimas caídas O final de utópica paixão Insanas mágoas sentidas Desastres de uma ilusão.

Gatos já não são os mesmos...

Gato é todo malícia Astucioso e perspicaz

Adora uma carícia De tudo ele é capaz.

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Andarilho

No boteco do estradão Tomou uma “pingoleta”

Não lhe restara já mais nada Seu destino? ...a sarjeta.

Amor

Ansioso, fui-lhe visitar No belo apartamento. Flores para lhe ofertar

Para seu encantamento.

Que noite maravilhosa, Jantar a luz de velas...

Encantadora e formosa, Bela entre as mais belas.

Lençóis amarrotados; amanhecia...

Beijos apaixonados, e o calor Da paixão ao gozo de harmonia.

Inesquecível sua companhia

Pois que, fez-se divino o amor No amanhecer do novo dia.

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Amiga

Permita declarar este amor Não me deixes sem carinho Amiga, ó encantadora flor

Surgistes em meu caminho.

Solitário qual cão sem dono Vivia triste em triste sofrer

Jogado às ruas, no abandono Amarguras deste meu viver.

Sorrindo me estendestes a mão Com se fôramos grandes amigos Sôfrego sorri, dei adeus a solidão.

Pesadelos não mais minha querida Tenho agora em teu seguro abrigo

Muitas razões para viver... vida!

Na tela do PC

Te vejo diante de mim

Todo dia no computador Mas não sou feliz assim, pois não sinto o teu calor.

Platinum VIII

124

Por falar de amor

Vocês não participaram da poesia Deslumbrando multidões, Nos sorrisos de alegria O pulsar de corações?

Não sentiram o suave perfume

Das flores naturalmente coloridas. Do farol de seguro lume A orientar bravas vidas?

Não ouviram a doce canção Suaves ventos de primavera

Céus de estrelas na imensidão Anunciando a nova era?

Não perceberam os pássaros Em suas revoadas matinais Revoando em homenagem Aos sinos das catedrais?

Não foram tocados pela magia

Dos versos arrebatadores Da vida doce poesia

A embalar os amores?

Platinum VIII

125

Meu amor I

Quando eu morrer Jamais esqueças de mim.

Guarde-me em teu coração Teu encantado jardim!

Mulher

Permita declarar este amor Não me deixes sem carinho Amiga, ó encantadora flor

Surgistes em meu caminho.

Solitário qual cão sem dono Vivia triste em triste sofrer

Jogado às ruas, no abandono Amarguras deste meu viver.

Sorrindo me estendestes a mão

Com se fôramos grandes amigos Sôfrego sorri, dei adeus a solidão.

Pesadelos não mais minha querida Tenho agora em teu seguro abrigo

Muitas razões para viver... vida!

Platinum VIII

126

Meu amor II

Todos seus segredos Cruéis, amargas aflições

Todos os seus medos Diárias compulsões...

Defeitos não importam Suporto todos os seus

Embora não me confortam, Absurdamente os meus

Somente viver para amar Está aí, escolhi você amor Para toda minha vida ficar

No doce calor do sonhar

eu aqui, qual anjo acolhedor Sempre, sempre a lhe amar.

Platinum VIII

127

Roberto Franklin Falcão da Costa

Nasceu em 16 de Janeiro de 1955, em São Luís do Maranhão (MA).

É odontólogo de profissão. Casado com a médica Luciane Duailibe da costa.

Tem quatro filhos que deram seis netos que são a razão de sua vida.

Transformou em realidade a sua antiga vocação poética com o primeiro livro

editado.

Publicou:

“Todos os Sonhos” – poesias, 2015 e “Além da Esperança” – poesias, 2016.

Participou da antologia “Platinum VI e VII” – Poesias & Textos, 2016.

Fez sucesso, o que o animou a publicar, agora, o seu segundo livro, recheado

de lirismo amoroso e familiar, que é a marca registrada da sua pena poética.

Contato:

[email protected] https://www.facebook.com/roberto.franklin.9?fref=ts

Platinum VIII

128

Platinum VIII

129

Sonhando acordado

Teus olhos, tua voz, meu destino. Meu destino foi te escutar, foi imaginar como serias.

Pela voz senti um certo clamor, um clamor de eterno amor.

Por quê? Porque a doçura de tua voz

fez-me viajar para lugares nunca dantes visitados... Pura imaginação? Pura fantasia?

Uma necessidade de estar contigo? Não sei. É muito bom, sempre,

exercitar a imaginação, viajar nos sonhos.

Deslumbrar-se em lugares, acompanhado de eterna emoção, como seria? Como és?

Sei de uma coisa, às vezes um olhar, uma voz, um perfume, tem início sempre numa bela imaginação, num belo sonho... Tudo era real, tudo era necessário, tudo era para mim real,

Então, por que acordei?

Platinum VIII

130

Teu corpo

Não te escondas, deixa que o dia te veja, deixa que o sol banhe teu corpo,

para que sintas e compares todo o calor da minha paixão.

Não te escondas, mostra toda a tua alegria, todo o teu viver, tua sabedoria, teus desejos,

tua paixão, teu querer, mostra-me tudo. Devo esperar?

Se quiseres,

deixa também que a noite chegue e que, assim como o sol,

a luz da lua possa mostrar toda tua beleza, possa mostrar todo teu encanto.

Depois ficarei feliz em te olhar, ficarei feliz e desejoso de ti,

do teu corpo, do teu olhar, dos teus beijos e carinhos. Com certeza, não saberei se o deslumbrante da vida

Seriam os raios de sol a acariciarem teu corpo Ou a lua a te banhar e me fazer inveja.

Tu me excitas até na escuridão.

Platinum VIII

131

O passado é só amor...

O que você sente nesse momento?

Angústia, solidão, procura, dor? O que pensa nesse momento, na falta do que te falta?

O que sente nesse momento? A falta do teu chão, do teu céu, das estrelas

que tornaram a tua vida mais bela e sonhadora ?

Vamos, olha o agora, sintas que estás aqui, pisa firme, não sonhes, acorda para realidade.

Se pensas assim, se sentes a falta de alguma coisa, eu também sinto a falta dos momentos

que passaram e que vivemos... Sinto a falta, pelo menos do relógio,

que um dia marcou nosso tempo.

O tempo não deveria passar, o tempo deveria ser fixado aos prazeres da vida,

o passado feio não tem a menor importância, o passado que um dia vivemos, esse sim, é o verbo que conjugamos no presente.

é o amor que vivemos.

Platinum VIII

132

Rosa vermelha

Rosa vermelha, foste testemunha de muitas alegrias, foste testemunha de muita certezas e incertezas,

foste testemunha de uma vida, de uma época vivida, foste testemunha de crescimentos,

de amores e de desamores.

Estás sempre ali, calma, quieta, serena, não pediste para ficar, te colocaram ali de sentinela para testemunhar o dia,

os messes, o tempo, firme, serena, às vezes te mudavam de lugar... Mesmo de longe presenciavas a reunião de uma família,

as piadas, os sonhos, as aspirações, os enganos e desenganos, sempre ali, firme, sem dizer uma palavra, onde estás?

Sinto tua falta, sinto que na minha vida falta tudo...

Falta um pedaço do que eu estava acostumado, no meu dia a dia... Dentro de mim, uma lacuna se formou, depois que te olhei.

Agora senti que não fazes mais parte de minha vida... Saudades!... Volta, se pudesse, iria à tua procura,

para poder te perguntar, para te olhar, para te sentir outra vez

Platinum VIII

133

O que eu te diria...

Como tua presença me faz falta, teu olhar, teus abraços, teu perfume,

tuas palavras, teu carinho, teu tudo...

Um sorriso iluminado, um sorriso de amor, uma voz a me chamar, doce pura, ingênua

como criança a implorar a presença da felicidade, soando como uma linda melodia do eterno amor.

Se Deus me concedesse um desejo,

te daria tudo, te daria a vida, te daria o prazer infinito, te daria minhas lágrimas.

Não te deixaria nessa solidão,

te daria todo o meu amor, traria de volta a luz do teu olhar,

a beleza do teu sorriso, te diria, te olhando:

Eu te amo!

Platinum VIII

134

Estrela guia

Guia-me por essa estrada que você construiu, Guia-me como uma criança dependente, Assustada e com sede da tua proteção.

Guia-me pela vida, sempre sedento Do teu olhar, dos teus beijos, do teu carinho,

E, principalmente, do teu amor, Que me sustenta e me faz andar,

Sempre pelos caminhos que são só teus.

Platinum VIII

135

Canto do abandono

Sonhos perdidos, corações em pedaços, A alma chorando tua ausência.

Assim estou, assim me deixaste. Canto o abandono que me deixaste,

Canto a dor que está em mim. Volta, preenche esse vazio,

Volta, ocupa esse lugar que é só teu E que ninguém mais poderá ocupar.

Platinum VIII

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A despedida que falta...

A noite passa, aflito, acordo, E não entendo o porquê,

Estavas sempre presente e hoje? Por que nem em sonhos vens aqui?

Partiste, mas a saudade e as lembranças Ainda permanecem, e não apareces. Meu coração ainda chora tua falta,

O vazio se torna mais vazio, Quando a certeza de tua ausência É verdadeira, mas, mesmo assim,

Até por um momento, em meus sonhos, Deverias vir, me abraçar, se despedir,

Já que minha covardia não deixou Que eu me despedisse de ti.

Aguardo, nosso sábado meu irmão A tua vinda, para que possa me despedir E, finalmente, te abraçar pela última vez.

Platinum VIII

137

Falo do amor... Falo do amor que já vivi, Falo do amor que já perdi, Falo do amor que sofri, Falo do amor desperdiçado, Falo do amor adulto, Falo do amor juvenil. O amor que me levou à loucura, O amor que me fez sofrer e chorar, O amor que me fez sorrir, O amor que um dia amei, Um amor que não retribuí, Um amor que não me foi dado, Um amor que por ele pedi, Um amor que por ele morri.

Platinum VIII

138

A vida segue...

Sorrisos, Lágrimas, Tristezas, Alegrias, Multidão, Solidão,

Amar E não ser amado,

Compreender E não ser compreendido.

E assim segue a vida.

Platinum VIII

139

Severiana Paulino Rodrigues (Séve)

Nasceu em Águas de Santa Bárbara (SP). Reside e trabalha na cidade de Iaras (SP). Escritora. Pedagoga na Fundação CASA. Graduada em Pedagogia pela FREA - Fundação Regional Educacional de Avaré - Faculdade de Ciências e Letras de Avaré, (1997). Pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela FSP - Faculdade Sudoeste Paulista - Avaré, (2010). Revisora de textos para outros escritores (as). Administradora de várias páginas na internet e grupos de diversos assuntos e temas, com exclusividade para assuntos ligados à cultura, educação, políticas públicas e literatura. Minha inspiração que tem como tema preferido o amor e o romantismo nos seus escritos. Mais se inspira em temas do dia a dia também. Desde 2008 participa como escritora quando teve selecionada num concurso cultural a sua carta de combate ao racismo que foi publicada no livro Racismo: São Paulo Fala. Cartas selecionadas da campanha cultural 120 Anos de Abolição - Racismo: Se você não fala, quem vai falar? Lançado pela Ipsis Gráfica e Editora, 2008. Tem uma participação no livro de Antologia Poética “O Diário das Almas Femininas”, lançado pela Editora Sanches 2015 e “Platinum I, II, III, IV, V. VI e VII” – (poesias, 2016) – Bookess Editora.

Contato:

[email protected]

Página:

https://www.facebook.com/severianapaulinorodrigues

Platinum VIII

140

Platinum VIII

141

Soneto Gratidão

O Ser humano através de sua impotência Diante do poder

Transforma-se em inimigo de permanência Esquecendo-se do ser.

Não devemos temer ao ser humano

Nem decidir o que fazer e dizer Baseados na aprovação que imaginamos

Das outras pessoas receber.

Possui sentimentos de fraqueza Sendo traiçoeiro, fútil, falso e volúvel

Criando em si a fúria.

A gratidão é uma virtude Nobre e sempre bem-vinda

Ao manter olhos abertos e os corações sensíveis.

Platinum VIII

142

Raízes

As raízes são importantes, pois é a base para a sobrevivência Como árvores plantadas à beira de águas correntes

Nesse mundo de carência Baseado em necessidades urgentes.

O sentimento amor permanece na ausência

Semeado no solo coração Carregamos tal deficiência

Ao dar lugar a semente sem função.

A beleza das nossas folhas e a nossa capacidade de produzir frutos Está diretamente ligada à saúde das nossas raízes

Ao morrer sem desenvolver, permanece enlutos Ao crescermos como frutos em deslizes.

Que raízes somos nós? Firmes ou fortes?

E que sementes somos em propósito? Seremos plantas lançadas em solos não férteis

Resultado de frutos do opróbrio.

As raízes não vivem por si só Devem ser inseridas em algum lugar

Sem medo e sem dó Para os nutrientes necessários tirar.

Platinum VIII

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Os Holofotes

Que possamos transmitir Calor afetuoso do coração

Nesse nosso cumprir A jornada de nossa missão.

Valorizemos coisas pequenas, mas, importantes!

Calcadas na alegria e bondade Sem afligir o destenuante Prevalecendo a qualidade.

Ao irradiar a luz

Influenciar força, entusiasmo e respeito Quão grande a alegria que traduz O sentimento extraído do peito.

Os holofotes são de grande tesouro porvir

Do manter a vida serena Das vibrações negativas sair

De manter a alma grande para o lugar de pequena.

O bem é vantajoso e agradável No universo repleto de ingratidão

Ao encontrar alguém amável Se demonstrar compreensão.

Platinum VIII

144

Siga em Frente

Superar as mágoas e dificuldades Com a plena convicção

Deixando para trás a maldade E cultive sentimentos bons no coração.

Corrija erros alheios sem criticar

Agarre-se a luz da esperança Mostre os lados bons e belos da existência,

quando alguém se lamentar O sonho poderá virar realidade,

sucesso e abundância.

Para todos os problemas há uma solução Por mais que haja o desanimo

No lugar da preocupação Desvie o foco ruim para o ânimo.

Atraia a felicidade que tanto deseja

Com energia e vigor Empenhe-se para vencer naquilo que almeja

Siga em frente no amor.

No lugar da preocupação Dê espaço para energias positivas Não se aborreça com a decepção

Se para de lutar entrega suas conquistas.

Platinum VIII

145

Sentimentos

Tais são os sentimentos No expressar as relações

Influenciando os momentos No fluir das emoções.

Na resolução dos conflitos

Ao desatar os nós das intenções Solenemente sentenciará os aflitos

Em não advogar as ações.

Destina-se ao relapso de sensações Acrescendo das dificuldades a considerar

No sentir o alojar das disfunções Do sentimento rudimentar.

Fantasmas emocionais entre gerações

Vai afrontar o seu ego Diante das diversidades nas situações

No caso de se permanecer cego.

Ampliando-se o campo das visões Retroalimentando o enxergar da nuances impactantes

Controlando os múltiplos ângulos das frustrações Do fomentar da vida de forma interessante.

Platinum VIII

146

Intensidade da Emoção

A expressão atônita De uma resposta eloquente Para um coração vulnerável De barreira intransponível.

No confundir da paixão

De um inútil desejo Anuviando um véu de tristeza

Do inconsciente iniciar da partida.

Atitude de vazão ao sofrimento Na concessão do remoer de desgostos e frustrações

De posição estúpida Do sensível renunciar.

Acima das expectativas

Da frequência que seria desejável Na realização dos sonhos

No agradável caminho confuso da vida.

O revelar dos sentimentos De honestidade súbita Ao encarar de frente

No perceber a intensidade da emoção.

Platinum VIII

147

Quem Sou Eu?

Sou uma mulher sonhadora Persistente que sabe o que quer

Sou uma experiência do emergir de neuroses Ora, às vezes sou uma página em branco, outrora rabiscada.

Sou também um ser emoção nutrida de afetos bons

Possuo boas raízes Sou uma pessoa que aprende, erra, acerta, sofre e ri

Vibra de alegria, mas que também derrama lágrimas de tristeza.

Sou um tanto divertida, positiva, curto viver Aceito desafios...

Sou um pouquinho de mim, todos os dias em constantes reflexões Sou escrita como um detalhe no tempo.

Sou a transformação clara do fluir da vida Diante as euforias e indecisões humanas

Sou o êxtase e as trivialidades do desejo onírico Diante da experiência e o aprendizado.

Sou o agora e o depois de nossa cultura do imediato

Então, me considero o fascínio de enigmas Que causa muito sofrimento e desperdício de tempo,

de vida, de energia e alegria Eu sou exatamente a resposta do meu eu.

Platinum VIII

148

O Eu em Manifesto

A vida é um longo processo De experiências duradouras e profundas

Sob a égide do retrocesso Se o sentimento amor for o atalho que abunda.

No bombardeio do eu em manifesto

Do esforço como método de resolução Do reconhecimento do que se gosta ao protesto

Sintetizando os conflituosos dissabores do dizer não.

Para desatar as algemas da emoção Não existe atitudes mágicas

Ter de desenvolver a intenção Para evitar as reações trágicas.

Diante do conflito e da autopiedade

Também prevalece o conformismo e a ingratidão Com atitude de imediatismo na falta de solidariedade

No manifestar a reação.

Tudo na vida tem impacto que influenciarão Da autonomia a acomodação, do bem ao mal

Asfixiando a sensação Do motivo torpe, débil e banal.

Platinum VIII

149

Flashes do Relacionamento

Torna-se incapaz de esquecer o sentimento Ainda quando muito especial

No desvendar do presente momento E, conforme o verdadeiro significado crucial.

É importante fazer a diferença

E enfrentar a realidade de outras dimensões Ampliando os horizontes absolutamente necessários na presença

No fascínio por uma vida dedicada às sensações.

Olhar e expressão de pessoa carinhosa e decepcionada Na frustrante familiaridade da amizade

São esperanças românticas sacrificadas Onde aloja a saudade.

Uma displicência impecável Ao alojar de uma motivação

Ao esbanjar um lindo sorriso amável De certa forma no exagerar de alguma ambição.

Não há como negar

Disputas, brigas, esperanças e oportunidades perdidas Esses são os flashes do relacionamento no parafrasear

Entre risos e lágrimas dessa vida.

Platinum VIII

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O Poder do Amor

O poder do amor transforma pessoas O meio ambiente, à ciência e a tecnologia,

À saúde e também ao bem estar É um poder de pose tanto quanto pretensioso.

O poder do amor é o campeão

Intelectual, racional e sentimental Por um bom tempo tende a ser e continuar invicto

Sobretudo é a expressão do clássico espaço para se soltar.

O poder do amor impressiona Ao surgir reconfortantes brilho no olhar Só assim é possível “causar” o sinistro

Só assim é possível reinventar o tempo todo.

O poder do amor é um grito de liberdade, é um artefato intelectual Do fluir das emoções, mas também, a raiz de que é banal, corriqueiro

Desbravando o efeito possível do choque Entre o normal e o extraordinário: o amor.

O poder do amor é uma fogueira em chamas É uma agradável engenhoca dos sentimentos

Só assim é possível se reinventar o tempo todo Se você aprender e fizer uso do poder do amor.