plataforma logística para a região metropolitana do vale do aço

61
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS – UNILESTE CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO ORIENTADOR: ROGÉRIO BRAGA ASSUNÇÃO PLATAFORMA LOGÍSTICA PARA A REGIÃO METROPOLITANA DO VALE DO AÇO DEISIELE CINARA DE PAULA CORONEL FABRICIANO - MG 2015

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Monografia do Curso de Arquitetura e Urbanismo - 2/2015

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Page 1: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS – UNILESTECURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

ORIENTADOR: ROGÉRIO BRAGA ASSUNÇÃO

PLATAFORMA LOGÍSTICA PARA A REGIÃO METROPOLITANA DO VALE DO AÇO

DEISIELE CINARA DE PAULA

CORONEL FABRICIANO - MG2015

Page 2: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

DEISIELE CINARA DE PAULA

PLATAFORMA LOGÍSTICA PARA A REGIÃO METROPOLITANA DO VALE DO AÇO

Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo, da Universidade do Leste de Minas (UNILESTE MG), como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Professor Rogério Braga Assunção.

CORONEL FABRICIANO - MG 2015

Page 3: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

DEISIELE CINARA DE PAULA

PLATAFORMA LOGÍSTICA PARA A REGIÃO METROPOLITANA DO VALE DO AÇO

Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo, da Universidade do Leste de Minas (UNILESTE MG), como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Aprovado em: ____/____/_______

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________________ Professor (a)

________________________________________________________________ Professor (a)

CORONEL FABRICIANO - MG 2015

Page 4: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço acima de tudo a Deus por sempre me dar o

discernimento e a força para caminhar. À minha família e

amigos pela compreensão e paciência. A toda equipe do

PDDI UNILESTE pela experiência adquirida durante o projeto.

Aos meus amigos e companheiros de turma, agradeço as

orientações informais, momentos de interação e partilha de

conhecimento.

Agradeço imensamente a oportunidade de conviver e

de ser orientanda pelo professor Rogério Braga e aos demais

professores durante o curso.

Page 5: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

4

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Localização RMVA ............................................................................................................................................................................. 12

Figura 2 - Andamento das Intervenções na BR 381 ............................................................................................................................................ 16

Figura 3 – Portos Secos em Minas Gerais ......................................................................................................................................................... 21

Figura 4 - Porto Seco Sul de Minas em construção ............................................................................................................................................ 23

Figura 5 - Vista Aérea do Porto Seco em Betim .................................................................................................................................................. 26

Figura 6 – Plataforma Logística de Leixões ....................................................................................................................................................... 28

Figura 7 - Eixos da Plataforma Logística de Anápolis ........................................................................................................................................ 30

Figura 8 - Estrutura da Plataforma Logística de Anápolis .................................................................................................................................. 31

Figura 9 - Rede Urbana Brasil - 2007 ................................................................................................................................................................. 33

Figura 10 - Mapa de Conexões Regionais .......................................................................................................................................................... 34

Figura 11 - Distrito Industrial de Ipatinga ............................................................................................................................................................ 40

Figura 12 - Áreas Industriais e áreas previstas para grandes equipamentos - PDDI RMVA ............................................................................... 41

Figura 13 - Imagem de Satélite: Área 1 .............................................................................................................................................................. 43

Figura 14 - Imagem de Satélite: Área 2 .............................................................................................................................................................. 44

Figura 15 - Imagem de Satélite: Área 3 .............................................................................................................................................................. 45

Figura 16 - Imagem de Satélite: Área 4 e 5 ......................................................................................................................................................... 46

Figura 17 - Estrutura Projeto Florip@21 ............................................................................................................................................................. 49

Figura 18 - Parque Olímpico em Construção ..................................................................................................................................................... 50

Figura 19 - Masterplan Parque Olímpico ............................................................................................................................................................ 51

Page 6: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

5

LISTA DE SIGLAS AAPIVALE - Associação Regional Apicultores Vale do Aço

APERAM - Aperam South America

APL – Arranjo Produtivo Local

CD’s – Centros de Distribuição

CENIBRA - Celulose Nipo – Brasileira S.A.

CLIA – Centro Logístico e Industrial Aduaneiro

EAD – Estação Aduaneira de Interior

EFVM – Estrada de Ferro Vitória Minas

PAC – Programa de Aceleração do Crescimento

PDDI RMVA– Plano Diretor de Desenvolvimento Econômico

para a Região Metropolitana do Vale do Aço

PLI – Plano de Investimento em Logística

RMVA – Região Metropolitana do Vale do Aço

REGIC – Região de Influência das Cidades

USIMINAS – Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais

Page 7: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

6

RESUMO

A pesquisa tem como objetivo propor um modelo de

uma Plataforma Logística para a RMVA, que possa contribuir

para a logística urbana na região. No desenvolvimento do

trabalho foram analisados os conceitos das estruturas

logísticas existentes. Foi estudado, por exemplo, a inserção

de um porto seco alfandegado e, experiências de abordagens

qualitativas já implantadas e em outras regiões do Brasil.

Foram levantados dados sobre as empresas da região e do

entorno que poderiam usufruir dessa estrutura. Também foi

analisado o impacto para a mobilidade local. Foi investigada

com maior ênfase a localização geográfica que poderia vir a

ser implantado o modelo da plataforma e a área com maior

viabilidade para a proposta.

Palavras-chave: Infraestrutura; cidades; logística; economia; plataforma.

Page 8: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

7

ABSTRACT

This research has the objective to propose an model of

an logistic platform to RMVA, that contribute to the urban

logistic in the region. In the development of this work were

analyzed the concepts of logistics structures existing, like the

insertion of an dry storage bonded and experience of

qualitative approaches already in place and in other regions of

Brazil. Data were collected on businesses in the area and the

surroundings they could make use of this structure. Also

looked at the impact to the local mobility. It was investigated

with greater emphasis on geographic location that could prove

to be deployed the platform model and the area with greater

viability for the proposal.

Keywords: Infrastructure; cities; logistics; economics; platform.

Page 9: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

8

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO .............................................................. 9

2 INTRODUÇÃO .................................................................. 10

2.1 Contextualização .................................................. 10

2.2 Objetivo Geral ....................................................... 13

2.3 Objetivos Específicos ............................................ 13

3 INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA ................................. 14

4 PORTO SECO .................................................................. 19

4.1 Porto Seco de Varginha ........................................ 22

4.2 Porto Seco de Betim ............................................. 24

5 PLATAFORMAS LOGÍSTICAS ......................................... 27

6 REGIÕES DE INFLUÊNCIA EM RELAÇÃO À RMVA ...... 32

7 ECONOMIA NA RMVA ...................................................... 34

7.1 Empresas em Destaque ....................................... 35

7.2 Empresas em Ascenção ....................................... 37

8 ESTRUTURA E LOGÍSTICA NA RMVA ............................ 39

8.1 Distritos Industriais Existentes .............................. 39

8.2 Áreas de Interesse Metropolitano ......................... 42

9 PRODUTO TCC 2 .............................................................. 49

9.1 Masterplan ............................................................ 49

9.2 Etapas do TCC 2 .................................................. 53

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................... 54

ANEXO ................................................................................. 59

Page 10: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

9

1 APRESENTAÇÃO

Nessa pesquisa serão abordados temas referentes à

logística, como umas das primícias para projetos de

infraestrutura urbana. Esses projetos visam colaborar com o

planejamento das estruturas econômicas presentes na

Região Metropolitana do Vale do Aço e; em eixos regionais

nela interligados. Apresentam-se conceitos de grandes

cadeias de logística urbana e sua influência em projetos de

planejamento urbano nas cidades. Aliados a estudos de

casos de modelos já implantados em diversas regiões e seu

impacto nas cidades.

Page 11: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

10

2 INTRODUÇÃO

2.1 Contextualização

A economia e os agentes de produção urbana em geral

precisam da cidade e de suas relações para se

desenvolverem. Essa relação se intensifica quando há redes

de produção que abastecem e fortalecem outros segmentos.

A eficiência econômica da estrutura física da cidade e da região depende da sua capacidade de permitir ligações de produção e interação entre firmas e entre setores. NETTO, 2010, parág 2.

O fluxo da economia de uma cidade e/ou região

metropolitana é resultante, portanto, da organização e

eficiência da produção. O que implica na melhoria da logística

regional motivada pela relação: tempo, custo e benefício da

produção. Dessa forma, a transformação econômica depende

da transformação urbanística, que deve oferecer a

infraestrutura necessária para intensificar a capacidade da

produção e mobilidade; atingindo assim os objetivos finais,

tais como o consumo local, a importação ou exportação dos

produtos. Essa intermodalidade também se atribui ao

transporte de passageiros com as mesmas finalidades:

melhoria da mobilidade urbana, redução de custos

econômico/social/ambiental.

Durante o período do regime militar no Brasil (1964-

1985) já havia estudos e projetos para obras de infraestrutura

urbana no Brasil. No final do segundo mandato do governo de

Fernando Henrique Cardoso (1999-2003), iniciou-se um

processo de programas sociais no Brasil, com o intuito

possibilitar a camadas da sociedade com poder aquisitivo

baixo, possibilidades de maior acesso às estruturas urbanas

disponíveis; o que ocasionou a priora dos recursos públicos

para esses programas gerando atraso em obras já iniciadas e

falta de programas mais expressivos de infraestrutura urbana.

O que vem ocorrendo atualmente, no segundo mandado de

Dilma Rousseff (2011-2015) é a destinação de recursos para

programas de planejamento urbano como o PAC - Programa

de Aceleração de Crescimento - e o PLI sendo o Plano de

Investimento em Logística (MINISTÉRIO DOS

TRANSPORTES, 2014).

Page 12: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

11

Muitos desses projetos irão beneficiar a RMVA. As

obras de duplicação da rodovia BR-381 são um exemplo.

Tem o objetivo de ampliar o sistema viário, que já não suporta

o grande tráfego ocorrente; mas também irá contribuir para a

melhora dos fluxos logísticos na região.

A RMVA, Região Metropolitana do Vale do Aço (Figura

1), dispõe atualmente de serviços voltados para a exploração

de madeira, celulose, produção de aço (ligados à área da

produção metal-mecânicos) e oferece possibilidades para

novos seguimentos, como tecnologia e agricultura. É notório

que a especialização excessiva que a região oferece em mão

de obra na indústria do aço, fez com que outros mercados

perdessem a atratividade econômica. Mas com as atuais

necessidades, é preciso oferecer subsídios para que os

seguimentos explorados possam continuar a exercer um

papel na economia; mas também abrir portas para outras

atividades que venham com o decorrer do tempo ter papel

exponencial no cenário da região.

No atual cenário os projetos vêm sendo discutidos e

concebidos de forma individualista, por demandas de

prefeituras ou empresas privadas, sem estratégias conjuntas

para a estruturação do planejamento e obras. O que cria um

paradoxo regional: necessidades semelhantes, mas

pensamentos individuais e que não visam o futuro,

principalmente por parte do poder público.

Page 13: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

12

Figura 1 - Localização RMVA

Fonte: PDDI RMVA, 2014.

Page 14: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

13

2.2 Objetivo Geral

A pesquisa tem como objetivo propor um modelo de

uma Plataforma Logística para a RMVA, que possa contribuir

para a logística urbana na região.

2.3 Objetivos Específicos

Entender o funcionamento da legislação e formas de

ocupação dos portos e seus pré-requisitos;

Investigar a experiência de plataformas logísticas;

Estudar casos de Portos Secos já implantados em

Minas Gerais;

Pesquisar sobre a logística e estrutura interna das

empresas de grande porte da região;

Mapear as produções com potencial na RMVA, o que

ocorre de exportação/importação por parte desses

produtores e empresas em ascensão;

Estudar o programa de necessidades estruturais para o

empreendimento;

Mapear as áreas disponíveis de expansão urbana na

região (viáveis para implantação do empreendimento);

Propor um projeto com base na pesquisa e conclusões

feitas.

Page 15: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

14

3 INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA

Na busca pela interpretação das cidades e suas

relações busca-se compreender o que é invisível aos

elementos, atribuindo ao estudo do urbanismo o

entendimento sobre as mais variáveis áreas existentes.

Nessa complexidade das cidades que afeta todos os

usuários, observam-se componentes como os definidos por

Lynch (1960) no livro “A Imagem da Cidade”. Existe a

distinção dos objetos em relação a outros, que Lynch chama

de identificação. Além disso, a cidade deve conter a estrutura,

que é a relação do espacial do observador com os objetos.

A partir de uma análise de elementos sensíveis ao

observador, Lynch (1960) relaciona a necessidade de pontos

marcantes no contexto urbano que possibilitam ações

concretas no espaço. O urbanismo deve buscar entender a

relação das mudanças no espaço físico e as vivências sociais

criadas/modificadas. Ao se buscar um planejamento com

relação aos elementos de locomoção e deslocamento

entende-se que as cidades envolvidas poderão passar por

novas experiências, atribuindo ao contexto de logística

urbana. Em muitos casos de políticas territoriais apresentam

resultados negativos, pois mantém foco em uma estratégia

que nem sempre colabora com o todo. Durante o processo de

políticas voltadas ao território podem ser realizados projetos

de infraestrutura urbana.

Definem-se como projetos de infraestrutura urbana o

sistema técnico de equipamentos e serviços necessários ao

desenvolvimento das funções urbanas, podendo estas

funções serem vistas sob os aspectos sociais, econômicos e

institucionais.

Os projetos de infraestrutura não são um fim em si. De preferência, sua importância para a economia e para a sociedade, como um todo, deriva dos serviços que as infraestruturas oferecem: a oportunidade de melhorar a produtividade ou de reduzir custos. MCGEARY e LYNN apud YOSHINAGA, 2003.

No âmbito do aspecto econômico, todo esse sistema

visa garantir a produção de bens, seu transporte para a

comercialização e prestação de serviços. Essas funções

influenciam diretamente na vida cotidiana das cidades, em

que o cidadão é personagem principal no processo de trocas

Page 16: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

15

econômicas e na utilização dos espaços urbanos necessários.

Esse conjunto é também direcionado ao campo de estudo do

urbanismo. Como um dos produtos do planejamento urbano,

são realizadas obras de infraestrutura que podem ser

voltadas para projetos de logística; promovendo ações

pontuais de melhora no fluxo econômico das cidades.

A necessidade de projetos de infraestrutura e apoio

logístico para trocas econômicas e de mobilidade urbana é

fator primordial para o bom andamento das cidades, sendo

que a logística pressupõe movimento de bens e serviços dos

pontos de origem aos pontos de uso ou consumo

(NASCIMENTO, 2002). Diversas empresas enfrentam

dificuldades de crescimento devido à falta de conhecimento

com base no planejamento e logística que resultam na

redução de custos e potencializam os serviços oferecidos,

segundo o Instituto ILOS (2014) os custos logísticos

correspondem a 11,5% do PIB brasileiro. No âmbito das

empresas, sabe-se que os gastos com logística representam

8,7% da receita líquida, considerando custos com transporte,

estoque e armazenagem.

Há um baixo investimento já realizado em logística e

transporte de cargas pelo poder público no Brasil decorrente

de fatores históricos como o rodoviarismo no Brasil, o qual

resulta no cenário atual dominado pelo transporte rodoviário

com 67% do total em 2014 (ILOS, 2014), enquanto o modal

ferroviário permaneceu estagnado. Mesmo com as obras do

PAC (Programa de Aceleração do Crescimento do Governo

Federal), pouco se fez de concreto e que apresentou

resultados na logística urbana. A BR-381 foi integrada ao

PAC-2, que teve início das obras de duplicação em 2013

(NOVA 381, 2015), e atualmente não apresenta prazo de

término das obras. Na figura 1 têm-se o andamento das

obras, no qual a RMVA possui as obras de restauração da

pista paralisadas. Foi lançando o PIL (Programa de

Investimento em Logística 2015-2018) com projeções de

investimentos a 198,4 bilhões, distribuídos em R$ 66,1 bi para

rodovias, R$ 86,4 bi para ferrovias, R$ 37,4 bi em

estruturação e criação de novos portos e R$ 8,5 bi em

aeroportos, no qual Minas Gerais e a Região Metropolitana do

Vale do Aço são incluídas com projetos de infraestrutura.

Page 17: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

16

Figura 2 - Andamento das Intervenções na BR 381

Fonte: DNIT. Adaptado por Jornal O Tempo, 2015.

Page 18: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

17

O poder público tem um histórico de atrasos e

burocracias para a concepção dessas obras; mas é preciso

estudar as possibilidades viáveis para que quando

executadas possam atingir o objetivo inicial.

O funcionamento da logística pode ser exemplificado

como o fluxo básico do interior de uma empresa. Com áreas

de produção e distribuição; todas seguindo uma lógica de

fluxo e layout. Necessitam de posicionamentos estratégicos

para uma melhor agilidade e qualidade das mercadorias.

Incluindo os serviços de transporte, seja ele de atendimento

direto ao cliente ou por meio do sistema viário oferecidos nas

cidades. Nesses aspectos preservam o conceito de logística

urbana, sendo:

A Logística Urbana pode ser entendida como ações coordenadas entre iniciativas privadas e poder publico, com o objetivo de aperfeiçoar os processos de distribuição física de bens e mercadorias no espaço urbano. Como ramificação do estudo da Logística, a logística urbana engloba em seus estudos, diferentes soluções com o foco na otimização das operações de transporte e frete urbano, armazenamento e transbordo de mercadorias, entre outras. ARANTES et al , 2013, p 111.

O Porto Seco (áreas distantes dos portos marítimos

onde é possível liberar cargas armazenadas junto a órgãos

federais de controle) tem finalidades logísticas no meio

urbano.

A estrutura necessitando de áreas disponíveis em

localizações estratégicas para o fluxo de seus bens; que pode

vir a auxiliar no fluxo de pessoas, utilizando um mesmo

espaço multifuncional. O objeto de estudo é uma questão já

discutida nos documentos de diagnóstico, e prevista como

proposta no documento final do Plano Diretor para a Região

do Vale do Aço (2014). Mas necessita de análises

aprofundadas para sua viabilidade e implantação. O capítulo

4 irá adentrar no assunto em questão.

Incluindo a estrutura de uma área destinada a produtos

de importação e exportação, pode-se haver a utilização de

seu espaço para uma cadeia logística de serviços, as

chamadas Plataformas Logísticas que se resumem em

centros com diversos serviços gerais (bancos, áreas para

acomodação, alfândega, etc.) e serviços logísticos físicos

(zonas de estocagem, transporte, estacionamentos e que

Page 19: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

18

possua terminais multimodais). Toda essa cadeia logística se

liga a estruturas implantadas em diversas regiões

estratégicas, permitindo assim um crescimento expressivo

regional.

Um conceito dado pela Europlatforms– European Association of Freight Village (1992) descreve uma plataforma logística como uma zona delimitada, no interior da qual se exercem, por diferentes operadores, todas as atividades relativas ao transporte, à logística e à distribuição de mercadorias, tanto para o trânsito nacional, como para o internacional. DUBKE,

FERREIRA E PIZZOLATO, 2004..

Essas estruturas são voltadas para áreas

especializadas, mas também vem para beneficiar toda uma

rede que necessita de serviços logísticos de distribuição,

armazenagem, alfândega, fiscalização além de serviços de

suporte como transporte, serviços bancários, alimentação.

Possibilita também a criação de espaços voltados para a

melhoria dos serviços logísticos e da produção econômica,

como centros de pesquisas e aperfeiçoamento. Para abrigar

essa estrutura são necessárias áreas estratégicas próximas a

importantes eixos viários, que possibilite o bom deslocamento

dos bens produzidos e de funcionários para as áreas urbanas.

A RMVA apresenta uma localização geográfica atrativa

para diversos setores e, historicamente as implantações das

maiores empresas foram no decorrer das principais rotas de

fluxos (BR-381, BR-458, MG-232 entre outras), sendo assim,

circulam diariamente transbordos oriundos de outras regiões

que se interligam à RMVA. Está em um ponto estratégico de

localização; mas não consegue aliar essa localização a uma

rápida liberação e estocagem de suas mercadorias e dispõe

de áreas de expansão e há condições e meios históricos de

se melhorar a mobilidade da região, sendo de mercadorias

e/ou passageiros.

Page 20: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

19

4 PORTO SECO

Uma das infraestruturas logísticas que podem ser

implementadas é um porto seco ou porto organizado.

Chamados também de Estações Aduaneiras do Interior

(EADIs), são localizados em zonas secundárias onde não há

transporte marítimo de mercadorias, funcionam como portos

alfandegários para liberação de cargas. De acordo com a Lei

9.277/96 da Presidência da República, a exploração dos

portos fica sob a responsabilidade da União ou de empresas

por ela delegadas mediante convênio. Por meio desse

instrumento, poderá ser aplicada a legislação do município ou

estado, a cobrança de tarifas portuárias entre outras. As

instalações portuárias são regulamentadas pela nova lei de

modernização dos portos (Lei 12.815/2013 da Presidência da

República) em substituição a antiga legislação dos portos de

1993 e como complemento à lei citada. O processo de

terceirização dos procedimentos logísticos vem tendo

relevância nas gestões atuais, pois gera uma economia de

espaços físicos para as cidades e para as empresas, redução

de custos internos; que é viabilizado através da necessidade

logística de várias empresas em um só espaço.

A Lei de Modernização dos Portos foi feita com o intuito

de enfraquecer com os monopólios portuários e aumentar a

competitividade entre os portos. A esfera estatal mantém-se

responsável no âmbito da infraestrutura incluindo, por

exemplo, sua fiscalização, gestão ambiental e até a promoção

comercial dos portos (BARAT, 2007), a estrutura é controlada

por arrendamento, no qual se responsabiliza pela

manutenção e investimentos nos equipamentos e instalações,

e movimentar cargas de diversas empresas. Em conceitos

gerais, segundo o Art. 2º dessa Lei:

Porto organizado: bem público construído e aparelhado para atender a necessidades de navegação, de movimentação de passageiros ou de movimentação e armazenagem de mercadorias, e cujo tráfego e operações portuárias estejam sob jurisdição de autoridade portuária. (BRASIL, 2015, art 2º, p 1.)

As empresas dependem de soluções urbanas e

incentivos para se manterem e, os indivíduos entram nesse

contexto como protagonistas da utilização dessas soluções.

Page 21: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

20

As cidades e sua espacialidade devem direcionar as

possibilidades de interação e mobilidade para se sustentarem.

As questões que envolvem a logística dos produtos são

fatores primordiais e que devem ser discutidas e viabilizadas

em projetos. Um porto seco une em seu espaço serviços

como fiscalização, bancos, armazéns e pátios de contêineres;

onde todos esses serviços são de interesse da região e que

agilizam os processos burocráticos de despache. No porto

seco a demanda e o beneficiamento passam a ser regionais,

ao contrário de portos marítimos em que a demanda é

nacional.

Existe um formulário padrão onde é mapeada a

viabilidade para criação - ou não - de um porto-seco. Este

trabalho levanta informações sobre as empresas que já estão

na região e se elas têm interesse em exportar. O que estamos

introduzindo na discussão é que isso também deve levar em

consideração novos investimentos, porque o porto-seco é um

fator de atração. (WERNECK, 2013).

Para quaisquer soluções logísticas é preciso

investimento nas estradas e rodovias (estaduais e federais)

aliado a um maior incentivo à utilização e melhoria das

ferrovias e, no cenário atual todas as obras de questões de

interesse comum, e mantidas pelo poder público, necessitam

de novos investimentos. Para a presente pesquisa será

contextualizado as experiências das instalações logísticas

citadas e as práticas empresariais da Região Metropolitana do

Vale do Aço, estruturas atuais e necessidades.

O Estado de Minas Gerais possui atualmente 5 portos

secos em cidades com grande expressão econômica para o

Estado (Figura 3). Adiante será apresentado um estudo de

caso de dois exemplos de portos secos em Minas Gerais.

Page 22: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

21

Figura 3 - Portos Secos em Minas Gerais

Fonte: Governo de Minas, 2011.

Page 23: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

22

4.1 Estudo de Caso: Porto Seco de Varginha

A cidade de Varginha e toda sua microrregião, formada

pelas cidades de Três Corações, Elói Mendes, São Thomé

das Letras, Campanha, dentre outras (CIDADE BRASIL,

2015); tem sua principal atração na cultura cafeeira desde

seus primórdios no final do século XVIII, o que motiva a

grande produção agrícola da região. Varginha situa-se na

mesorregião do Sul de Minas, com ligações viárias a cidades

com grande produção industrial do país e a tendência

histórica à produção de café, e municípios como Pouso

Alegre e Santa Rita do Sapucaí que investem na indústria da

tecnologia e em seguimentos diversos.

Os portos secos vieram como forma de acelerar os

processos aduaneiros e assim desafogar a demanda dos

principais portos litorâneos do Brasil. O primeiro porto seco a

entrar em operação foi o de Varginha no estado de Minas

Gerais, em 1993; chamado de Porto Seco Sul de Minas

administrado pela Armazéns Geral Agrícola Ltda.

Com 50 funcionários contratados, possui uma área de 37 mil m², dos quais 14 mil são

compreendidos por área coberta abrangendo 15 armazéns, escritório administrativo, operacional, Receita Federal, Ministério da Agricultura (Vigiagro) e Ministério da Saúde (Anvisa). ADUANA MINAS, pag.14. 2009.

O Porto Seco Sul de Minas possui demanda de setores

desde o setor agrícola ao da indústria aeronáutica. Este é um

dos benefícios de um porto em regime alfandegado no

interior; mesmo sendo gerenciado por um grupo de

especialidades agrícolas, ele tem abrangência a outros

setores que movem uma região, como a indústria têxtil,

empresas alimentícias, metal-mecânicas, automotivas, etc.

No caso do Porto Seco em Varginha, a indústria

eletroeletrônica tem destaque nas importações de produtos

(ADUANA MINAS, pág 14. 2009).

Page 24: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

23

Figura 4 - Porto Seco Sul de Minas em construção

Fonte: Porto Seco Sul de Minas (2015).

Page 25: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

24

O porto foi remanejado para a atual área onde hoje se

encontra, ocupando uma área ao lado do aeroporto de

Varginha. A estrutura completa conta com armazéns

alfandegados e armazéns gerais (PORTO SECO SUL DE

MINAS, 2015):

15.000 m² de área coberta (câmara fria e armazéns

químico e farmacêutico);

30.000 m² de área descoberta para estacionamento e

pátio de contêineres;

3.600 m² de escritórios administrativos e operacionais

(órgãos públicos federais e estaduais);

28.000 m² de área coberta para recebimento,

conferência, guarda e movimentação de mercadorias;

Escritório administrativo e operacional, equipados com

a mais alta tecnologia para dar suporte às operações

de nossos clientes;

Gerador de energia próprio e balanças com

capacidade de pesagem para 80 toneladas.

Para dispor dessa estrutura e serviços, a localização

de um porto seco é fator primordial no escoamento dos

produtos. Em Varginha o terminal fica estrategicamente

situado a 300 km de São Paulo e Belo Horizonte, 380 km do

Rio de Janeiro e Santos e a 325 km do Aeroporto Viracopos,

em Campinas (PORTO SECO SUL DE MINAS, 2015).

Em Varginha, as atividades desenvolvidas pelo Porto

Seco do Sul de Minas tem grande reconhecimento, pois

auxiliou no desenvolvimento da região e principalmente da

cidade; abrigando e oferecendo os serviços aduaneiros a

diversos seguimentos econômicos. A cidade tem sua

influência na região política e econômica, mas outras cidades

do entorno da região, como é o caso de Pouso Alegre já

estudam (politicamente) a implantação de um porto seco,

para ampliar sua competitividade no mercado e melhorias da

logística (FRANCIA, 2015 apud SDAMG, 2015, p 1).

4.2 Estudo de caso: Porto Seco de Betim

O Porto Seco Granbel situado em Betim recebeu

licença para criação em 1994, atualmente é administrado pela

Unifast Logística do grupo USIMINAS (Usinas Siderúrgicas de

Minas Gerais). Segundo a Secretaria da Receita Federal, a

partir de 2014, foi atribuído funções aduaneiras de caráter

Page 26: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

25

industrial ou Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (CLIA);

onde ocorrem todos os processos de logística existentes. A

licença concedida para a criação de Centros Logísticos se

aplica quando há uma demanda por serviços de

armazenamento e distribuição insuficiente nos recintos

alfandegários e um crescimento econômico na região.

(Portaria RFB nº 711, 2013). O porto em Betim atende às

necessidades de desembaraços industriais em toda Região

Metropolitana de Belo Horizonte e das cidades do Colar

Metropolitano. Segundo Claudia Espíndola Louzada, em sua

tese, alguns portos brasileiros enfrentam problemas

estruturais e tecnológicas para o bom funcionamento dos

serviços portuários e a grande demanda é de que esses

portos se tornem grandes centros logísticos; como no caso de

Betim.

Adicionalmente, os portos secos podem vir a ser não somente um lugar de interiorização da Aduana, ou um armazém alfandegado que propicie benefícios tributários a exportadores e importadores brasileiros, ou ainda que ofereça serviços conexos à armazenagem e manuseio das mercadorias. O porto seco pode vir a ser um verdadeiro e grande complexo logístico integrado, com manuseio, armazenagem, aduana, industrialização e centro de distribuição. LOUZADA, cap. 5, 2005.

Em sua estrutura, possui uma área de 55.000m² e além

do ramal rodoviário também utiliza do ramal ferroviário. O

complexo do porto abriga a Receita Federal, Vigilância

Sanitária, representações de ministérios, bancos entre outros.

(SOARES, 2015) Em funcionalidade interna o porto cumpre

seu papel, a barreira que ainda é mantida em todo o país é a

situação das estradas e ferrovias, que precisam ser

reformadas, duplicadas e estarem em constante manutenção.

Page 27: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

26

Figura 5 - Vista Aérea Porto Seco em Betim

Fonte: Google Earth Pro (2015).

Page 28: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

27

5 PLATAFORMAS LOGÍSTICAS

Como já conceituada no decorrer dessa pesquisa, as

plataformas logísticas são zonas onde podem ser agrupadas

atividades referentes a transportes, armazenagem e

distribuição além de atividades voltadas para a melhoria

desses sistemas, incluindo serviços para o mercado interno e

externo de despache. Para isso é necessário avaliar

condicionantes para sua implantação, tais como localização

estratégica dentro de uma região, áreas disponíveis,

legislação ambiental e urbanística e a funcionalidade do

espaço.

Os operadores logísticos são determinados por

concessões ou arrendamentos, as atividades são de gestão

de entidade pública ou privada; mas com acompanhamento e

normatização de leis federais, como já mencionadas.

Necessitam de mais de um tipo de modal e proximidade ou

locação de serviços públicos que possam contribuir para o

sistema logístico implantado. Para compreender melhor esse

sistema, tomar-se-á o foco inicial com base no polo logístico

que pode vir a contemplar diversas sub-regiões, como a

mesorregião do Vale do Doce, que integra a RMVA e a

microrregião de Governador Valadares, e possui grande

influência na microrregião de Itabira no qual contempla

diversas cidades com grande potencial econômico. Toda essa

integração é derivada dos eixos viários presentes, gerando

diversas zonas logísticas que contempla o polo regional.

Segundo Schmitt (2002) apud. Guimarães (2009) para

ser estruturada uma plataforma logística é necessário a

compreensão de duas áreas: a logística prática dentro do

controle de operação e suas atividades e a cinética dessa

área que abriga a infraestrutura, os movimentos internos e

externo; no qual é o foco dessa pesquisa.

A plataforma visa à inserção e a prestação de serviços

a diversos setores presentes na economia de uma região. As

necessidades estruturais de um empreendimento do porte da

Plataforma Logística são distribuídas em depósitos para

estoques de produtos dos mais variados segmentos, grandes

estacionamentos para caminhões, movimentação de

containers (importação/exportação), áreas administrativas das

empresas operantes e dos serviços aduaneiros, além de

Page 29: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

28

contar com serviços de suporte como agências bancárias,

restaurantes e, existindo a necessidade local; também centros

de aperfeiçoamento da tecnologia de produção implantada;

contribuindo para as empresas beneficiárias e a região

econômica como um todo.

Em cidades europeias, o sistema já é amplamente

difundido. Como exemplo (Figura 6) a Plataforma Logística de

Leixões, em Portugal; no qual tem seu valor potenciado

principalmente pela sua localização junto ao Porto de Leixões,

usufruindo de todas as mais valias daí decorrentes.

Fonte: APDL, 2015.

Figura 6 – Plataforma Logística de Leixões

Page 30: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

29

No Brasil existem alguns estudos e, projetos de

plataformas já em implantação, como a da cidade de

Salgueiro, Pernambuco. Como outro exemplo desse sistema

logístico, apresenta-se a Plataforma Logística de Anápolis em

Goiás, que está sendo implantada a partir da construção de

um aeroporto de cargas, situado na zona sul da cidade, com

proximidade de vários empreendimentos industriais e ligação

direta a diversos eixos viários, como a BR153 e BR060 que

conduzem a polos regionais de grande expressão econômica,

como mostra o esquema da figura 6. O projeto prevê uma

área total de aproximadamente 4.300mil m² de área (Figura

7), contando com centro de distribuição e armazéns, pátio

ferroviário e todos os serviços de um porto seco; com

possibilidades de expansão.

A região de Anápolis apresenta grande demanda por

distribuição de produtos como soja e demais grãos e minerais

não metálicos; dessa forma a plataforma foi projetada para

realizar serviços voltados para esses setores (SEGPLAN,

2013.).

Page 31: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

30

Figura 7 - Eixos da Plataforma Logística de Anápolis

Fonte: SEGPLAN-GOIÁS, 2013.

Page 32: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

31

Figura 8 - Estrutura da Plataforma Logística de Anápolis

Fonte: FIESP - SP, 2011.

Page 33: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

32

6 REGIÕES DE INFLUÊNCIA EM RELAÇAO À RMVA

De acordo com dados do REGIC (Regiões de

Influência das Cidades Brasileiras – IBGE, 2007) as cidades

da RMVA representadas por Ipatinga nomeia-se como Capital

regional C. Essa hierarquia, demonstrada no mapa da figura

9, foi feita a partir da influência das cidades sobre as demais e

a população inserida.

Como parte das cidades de influência na economia

tem-se, a leste da RMVA, Governador Valadares grande

centro econômico da região leste e possui ligação com a

rodovia BR-116 (Rio-Bahia), Caratinga e região que se

baseiam na forte produção agrícola e consequentemente no

setor alimentício, além dos eixos que levam ao porto de

Vitória no Espírito Santo. Localizadas a oeste da RMVA,

estão concentradas as cidades com dependências

extrativistas de matéria prima e produções voltadas ao metal-

mecânico, como Itabira, João Monlevade e cidades em

crescimento como São Gonçalo do Rio Abaixo, além de

Conceição do Mato Dentro. A ligação através da ferrovia e da

BR-381 também faz com que a capital Belo Horizonte faça

parte do eixo da plataforma logística. Mais a norte da RMVA,

tem-se a região de Guanhães, interligada pela rodovia MG-

232 que possui investimentos para a extração de minério de

ferro.

Essas conexões regionais estão representadas no

mapa da figura 10, que também expões as áreas de maior

abrangência da economia regional e o foco de uma futura

Plataforma Logística através do eixo que conduzem à

distribuição da produção.

Page 34: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

33

Figura 9 - Rede Urbana Brasil - 2007

Fonte: IBGE REGIC, 2007. Adaptado pela autora

Page 35: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

34

Figura 10 - Mapa de Conexões Regionais

Fonte: Google Earth Pro 2015. Adaptado pela autora.

Page 36: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

35

7 ECONOMIA NA RMVA

Como em regiões com baixa urbanização, no século

XX, as principais atividades econômicas eram a da pecuária e

agricultura de subsistência. Na região de Itabira data-se de

1867 (GONTIJO, 1984) o surgimento das forjas de minério de

ferro; devido a essa atividade uma nova economia foi

surgindo e possibilitando atrativos na região. Como impulso

para a penetração na RMVA; então chamada de Vale do Rio

Doce (atual VALE S.A.), devido ao interesse em transportar o

minério de ferro da região de Itabira para a exportação

através do Porto de Vitória, viabilizou-se o projeto da

construção da EFVM (Estrada de Ferro Vitória a Minas) para

percorrer um percurso mais externo; em 1909 foi proposta

uma ampliação no traçado da ferrovia, se estendendo até

Itabira (ANTF, s/d); no qual possibilitou a criação do trecho

que percorre a Região Metropolitana do Vale do Aço e a

região de Governador Valadares; dois grandes centros

urbanos mineiros. Atraídas pelos recursos minerais e

localização geográfica da ferrovia, várias empresas voltadas

para bens commodities sendo eles, qualquer bem em estado

bruto, no qual possa ser produzido em larga escala mundial.

Vieram a se instalaram no decorrer desse eixo viário

que se estruturou a antiga BR-31 que ligava Belo Horizonte a

João Monlevade e a MG-4 que ia de João Monlevade a

Ipatinga e, posteriormente até Governador Valadares.

Atualmente denomina-se BR-381 Norte, que teve início das

obras em 1952, no trecho que interliga a região leste de

Minas Gerais à sua capital. (FIEMG NOVA 381, 2015)

Em 1944, foi fundada a Acesita, indústria do ramo siderúrgico, hoje denominada Aperam South America e localizada no município de Timóteo. Em 1956, ocorreu a fundação da Usiminas, também do ramo siderúrgico localizada no município de Ipatinga. Finalmente, em 1973, a Cenibra, indústria de papel e celulose, foi instalada em Belo Oriente, município integrante do Colar Metropolitano da RMVA. (PDDI UNILESTE, 2014)

O que veio a ocorrer na região foi economia de

aglomeração. A partir da demanda dos setores de exploração,

colaborando nas indústrias de extração de minério, produção

metal-mecânica e na extração do eucalipto; surgiram outras

empresas de suportes a essas indústrias, provocando um

crescimento nas indústrias alimentícias, têxtil e no setor de

serviços.

Page 37: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

36

Alguns desses setores presentes na economia da

RMVA realizam operações aduaneiras de importação e

exportação para atender o mercado interno e externo a

região, e devido à necessidade atual de diversificação da

economia impulsiona novos setores a se estruturarem e a

buscarem novos mercados consumidores no exterior; não

deixando de lado a forte representatividade dos produtos

primários como a extração do minério.

É nesse aspecto que a presente pesquisa tem seu

enfoque, viabilizar a implantação de um porto alfandegado,

aliado a localização e estruturas eficientes para contribuir com

as necessidades das grandes e pequenas produções

existentes na RMVA. Dados do Ministério do

Desenvolvimento Econômico, no final de 2014; a região

contava com 100 empresas importadoras de produtos e 86

empresas que realizavam exportações; incluindo as regiões

próximas de Governador Valadares e Itabira. Nos próximos

tópicos serão detalhadas estruturas de algumas empresas da

RMVA.

7.1 Empresas em Destaque

Algumas empresas de grande porte já detêm áreas

internas de estocagem de material e produtos e, para aliviar

os desembaraços logísticos; também dispõe de centros de

distribuição localizados em cidades estratégicas ao longo do

país para a demanda interna. Como transporte de cargas

utilizam o transporte rodoviário e o ferroviário.

Segundo Maia (2015) a Usiminas (Usinas Siderúrgicas

de Minas Gerais S/A), instalada na cidade de Ipatinga,

oferece serviços nos seguimentos de bens e consumo, como

construção, infraestrutura e automotivos e dispõe de serviços

de logística por meio da empresa Soluções Usiminas

(Soluções em Aço Usiminas S/A) pertencente ao grupo,

presente em vários estados no qual encaminha seus produtos

ao mercado interno. Segundo o atual Gerente de Expedição,

Douglas Reis (2015) a empresa possui área interna de

estocagem em todas as linhas de produção da usina de

Ipatinga, além dos Centros de Distribuição (CDs) espalhados

em Minas Gerais e São Paulo e detém de um fluxo entre os

estoques da usina para os centros de distribuição que

Page 38: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

37

depende de vários fatores além do custo de frete, entre eles

os incentivos fiscais para faturamento dos produtos

dependendo da região do cliente, disponibilidade de recursos

(rodoviários e ferroviários) por região. REIS ainda conclui que

estrutura logística no Brasil hoje é bastante comprometida

pelo custo elevado, atrasos, monopólio, capacidade de

estocagem em portos, burocracia alfandegária, entre outros

aspectos que necessitam de novos conceitos e estruturas

logísticas a serem aplicadas de forma concreta. De acordo

com o relatório anual de 2014, as exportações são

direcionadas a mercados como EUA, Argentina, México,

Índia, entre outros. Segundo ainda esse relatório, a empresa

possui área total de 10,5 milhões de m² espalhados pela

cidade de Ipatinga.

Seguindo na indústria da transformação e dependente

de recursos minerais, a Celulose Nipo – Brasileira, a

CENIBRA S/A localizada no município de Belo Oriente

também realiza serviços voltados à armazenagem, transporte

e desembaraços alfandegários. Segundo o Relatório Anual de

Sustentabilidade (2014), a empresa opera com duas linhas de

produção de celulose branqueada de fibra curta e eucalipto;

com regiões de manejo florestais localizadas ao longo da

mesorregião do Vale do Rio Doce e direciona 95% de sua

produção para o mercado exterior.

Em Timóteo se localiza a APERAM (Aperam South

America), no ramo da siderurgia com enfoque específico na

produção de aços inoxidáveis, elétricos e carbonos tem seus

principais mercados de exportação na Europa, América Latina

e Ásia e para o mercado interno. A empresa ainda mantém

um escritório comercial em São Paulo e de logística

internacional no Rio de Janeiro, aliados a uma rede de

distribuidores e centros de serviços espalhados pelo Brasil

(APERAM, 2012). Segundo Maurício Cézar Rodrigues,

gerente de Transportes & Customer Service da APERAM, a

empresa possui área interna para estocagem, porém tem-se

necessidade de expansão e para uma análise de logística na

RMVA, ele conclui que existe um grande volume de

importações e há um crescimento nas exportações e

certamente uma estrutura logística aliada a preços

competitivos de armazenagem, contribuiria com as operações

internas.

Page 39: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

38

É preciso reiterar que não se pode deixar de lado a

participação dessas empresas, entre outras, no processo

econômico e de infraestrutura das cidades em que estão

presentes, na qual se apresentam uma cadeia extensa de

profissionais capacitados para esses seguimentos.

Historicamente por meio de crises econômicas, em que

mudam o cenário social das cidades, é que essas buscam

soluções para se sustentarem e para o mercado se

reinventar, em diversos casos momentos de turbulências

econômicas são necessários e investimentos em logística

urbana fazem parte do planejamento.

7.2 Empresas em Ascensão

A diversificação da economia em uma região é fator

primordial para a recuperação e a não dependência de

setores específicos. Existem na Região Metropolitana do Vale

do Aço e no Colar diversos segmentos em ascensão e que

necessitam de melhores estruturas, como associações,

cooperativas e ainda estruturas físicas para despache dos

produtos.

O setor da indústria têxtil tem ganhado força na RMVA.

A Provest Uniformes Ltda. situada no Distrito Industrial de

Ipatinga com uma área de 30.000 m² sendo 5.300 m² de área

construída (SITE PROVEST, 2015). É uma grande

fornecedora de uniformes na região devido a grande

demanda empresarial e, tem se expandido no mercado

exportador; principalmente para países da África por meio de

empresas brasileiras que lá prestam serviços.

A região detém de áreas e pequenas produções

agropecuárias, historicamente os povoados anteriores á

emancipação; se baseavam nas culturas agrícolas e na

pecuária, além de derivados como é o caso da produção da

Cachaça Primavera no distrito de Vale Verde de Minas, em

Ipaba. A agricultura ainda necessita de investimentos e

estruturas para receber e encaminhar produtos, dos quais são

perecíveis.

A apicultura, cultura voltada à criação de abelhas para

a extração do mel, vem crescendo na região e se

especializando por meio da AAPIVALE (Associação

Regional Apicultores Vale do Aço) situada em Ipatinga, que

Page 40: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

39

representa os produtores da região com enfoque na

exportação conta com 60 apicultores, no município de

Timóteo o cultivo tem a maior representação, seguindo do

município de Belo Oriente, Santana do Paraíso e outras

cidades. Segundo o presidente da AAPIVALE, Jurani Onofre

Pereira (em entrevista à Intertv dos Vales, 2015) a procura

pelo mercado interno e externo e tem sido significativa.

Page 41: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

40

8 ESTRUTURA E LOGÍSTICA NA RMVA

Como consta no diagnóstico abaixo, deve-se analisar a

mobilidade da região e das áreas disponíveis, visando

acessibilidade voltada para as empresas e para o transporte

de passageiros.

Observa-se uma concentração da localização dos equipamentos urbanos e de serviços ao longo deste principal eixo viário da região. Se por um lado esta situação favorece a concentração de empresas de bens e serviços ao longo da rodovia, por outro dificulta uma distribuição mais equilibrada de investimentos em outras regiões do Vale do Aço. PDDI UNILESTE, pág 192, 2014.

Analisando modelos já implantados ou em fase de

estudo de Portos Secos e Plataformas Logísticas, tem-se

necessidade de grandes áreas para o empreendimento. No

caso do Porto Seco de Varginha existe uma área de um

pouco mais de 100mil m² ocupada (PORTO SECO SUL DE

MINAS, 2015), a EAD de Juiz de Fora conta com 130mil m²

(MULTITERMINAIS, 2015), em Santa Maria no Rio Grande do

Sul o projeto da Plataforma Logística conta com uma de área

de aproximadamente 120mil m² (ADESM, 2011).

8.1 Distritos Industriais Existentes

Os distritos industriais que tem como definição clássica

que faz referência a um conjunto de modalidades através das

quais recursos locais, são mobilizados e dão origem a

dinâmicas empresariais localizadas (MARSHALL, 1934 apud

ARAÚJO, 1999), é um aglomerado que depende de soluções

logísticas do espaço urbano onde viabiliza uma cadeia de

serviços logísticos em uma só base aliada a uma estrutura

completa transporte de pessoas, bens e serviços. Existem ao

longo da RMVA áreas consolidadas como distritos industriais

e parques siderúrgicos, que se instalaram nos principais eixos

viários; como as rodovias BR-381 e MG-425. Para esse

empreendimento deve-se analisar a proximidade com os

deslocamentos dos principais centros de produção das

regiões do entorno.

Como externalidade há de se destacar a necessidade de maior articulação com os demais centros regionais, em especial a capital do estado, o norte do país e o litoral, particularmente o Espírito Santo, atualmente o principal porto de escoamento da produção regional para exportação. PDDI UNILESTE, pág. 193, 2014.

Page 42: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

41

Alguns distritos industriais presentes na RMVA (figura

11) estão localizados no decorrer dos eixos das BR-381 e BR-

458, outros distritos localizados dentro da zona urbana de

maior adensamento e gargalos viários, apresentam

problemas maiores de logística viária devido à sua localização

e com menor capacidade de expansão. Todos os distritos

industriais têm ineficiência viária seja por cruzamentos nas

rodovias ou por passagens dentre centros urbanos; para

projetos futuros, é necessário uma análise das possibilidades

viárias e investimentos que contribuam para a logística dos

empreendimentos instalados e projetos para expansão.

Um exemplo dessa situação é o distrito industrial de

Ipatinga (figura 11), localizado próximo aos bairros Centro e

Veneza II, que se consolidou em uma área próxima à zona

urbana, com diversas habitações nas proximidades e que leva

seu fluxo de veículos pesados para áreas centrais da cidade.

Mesmo com certa proximidade geográfica com a rodovia BR-

458, o sistema viário e logístico implantado não permitiu que

houvesse uma ligação direta entre os pontos.

Figura 11 - Distrito Industrial de Ipatinga

Fonte: www.ipatinga.mg.gov.br, Novembro, 2015

A figura 12 apresenta um mapa com a disposição dos

distritos industriais existentes na RMVA, as áreas das

grandes siderúrgicas além de cinco áreas previstas como

expansão e para abrigar grandes equipamentos voltados o

desenvolvimento econômico da região, de acordo com o

diagnóstico do Plano Diretor para a RMVA (PDDI UNILESTE,

2014).

Page 43: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

42

Figura 12 - Áreas Industriais e áreas previstas para grandes equipamentos - PDDI RMVA.

Fonte: PDDI UNILESTE, 2014. Adaptado pela autora.

Page 44: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

43

8.2 Áreas de Interesse Metropolitano

Para bem compreender a viabilidade de implantação

de um sistema logístico multimodal, como uma Plataforma

Logística, avaliar-se-á seguir as áreas disponíveis para

grandes empreendimentos na RMVA (AIM - Áreas de

Interesse Metropolitano) definidas no processo de diagnóstico

do PDDI RMVA (2014). A seguir serão apresentadas as áreas

e uma análise sobre a localização.

A área 1, localizada no trecho final de Coronel

Fabriciano seguindo pelo BR-381 com destino a região de

Itabira (Figura 13), possui conexões com as regiões à oeste

da RMVA além da ligação com a capital Belo Horizonte.

Possui grande extensão territorial, mas está inserida em um

terreno muito acidentado e próximo a áreas de preservação.

Para uma obra com foco na movimentação de cargas,

produtos, grandes equipamentos e veículos grandes; o local

necessitaria de grandes intervenções considerando o aspecto

viário, ambiental e topográfico.

Page 45: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

44

Figura 13 - Imagem de Satélite: Área 1

Fonte: Google Earth Pro, 2015.

Page 46: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

45

A área disponível 2 situa-se às margens do rio

Piracicaba, já no município de Timóteo, proximidades com a

zona urbana e com a rodovia BR-381; apresenta uma área

considerável, mas sem capacidade de grandes expansões

futuras. Para um grande empreendimento logístico é vital o

fluxo rápido de saída para as rodovias e com fácil acesso à

zona urbana; mas em contrapartida não é viável que se tenha

grandes interferências de bairros e residências próximas.

Figura 14 - Imagem de Satélite: Área 2

Fonte: Google Earth Pro, 2015.

Page 47: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

46

Em Timóteo também existe uma área disponível

próxima ao bairro Macuco, mas que não possui ligação viária

direta com os principais eixos regionais. A via principal de

acesso perpassa por bairros locais da cidade e na zona rural.

Figura 15 - Imagem de Satélite: Área 3

Fonte: Google Earth Pro, 2015.

Page 48: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

47

Na cidade de Ipatinga têm-se outras duas áreas

previstas. A área 4 que compreende parte do distrito industrial

de Ipatinga já consolidado, que dessa forma teria

possibilidades de expansão e; ao lado encontra-se a área 5,

próxima ao aeroporto e viabilidade de ligações diretas pela

BR-458 e, que possui grande extensão territorial.

Figura 16 - Imagem de Satélite: Áreas 4 e 5

Fonte: Google Earth Pro, 2015.

Page 49: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

48

A área 5 de interesse metropolitano é atrativa pois liga

com os principais eixos econômico de influência para

distribuição de bens e produtos, encaminhados aos portos e

fluxos de mercados das regiões de Caratinga e Governador

Valadares pela rodovia Rio-Bahia. Tem proximidade

geográfica com a zona urbana, como os bairros Cidade Nova

(Santana do Paraíso) e Veneza II (Ipatinga). Mas não

apresenta influência direta, pois o acesso a esses bairros se

dá por outros eixos.

Conclui-se a partir dessa análise que um

empreendimento como o estudado, voltado para a logística

urbana e econômica, tem sua maior viabilidade de

implantação em áreas próximas aos eixos estratégicos da

RMVA.

Page 50: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

49

9 PRODUTO DO TCC 2

A partir da análise realizada, o produto do TCC2 será a

realização de um masterplan para a área 5 de interesse

metropolitano apresentada, localizada em Ipatinga. Será feito

um modelo para a instalação de uma Plataforma Logística na

área apresentada, incluindo a utilização do sistema viário

existente e novas possibilidades, equipamentos de apoio

presentes nesse complexo logístico, estudo e diretrizes para o

entorno e possibilidades de expansão da área.

9.1 Masterplan

O masterplan tem por objetivo estudar o entorno de

uma determinada área e propor diretrizes para sua utilização

e ocupação. A seguir serão apresentadas algumas obras

análogas sobre o conceito de masterplan.

1 – Projeto Florip@21 (ÁGORA LAB) – Florianópilis/SC

O projeto Florip@21 é uma proposta de intervenção e

transformação na região de entorno do parque Sapiens, que

vem sendo implantado em Florianópolis. (ÁGORA LAB, 2015)

O parque abriga áreas de intensa vegetação e áreas

destinadas às atividades específicas, como estúdio de

cinema, centros de inovação e pesquisa tecnológica, centros

esportivos, etc. Apresenta várias fases concluídas do

masterplan e prossegue com diretrizes para novos projetos

(Figura 17).

Page 51: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

50

Figura 17 - Estrutura Projeto Florip@21

Fonte: Sapiens Parque, 2015.

Page 52: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

51

2 – Parque Olímpico (AECOM) – Rio de Janeiro/RJ

O Parque Olímpico do Rio (Figuras 18 e 19) foi

construído para abrigar os eventos esportivos das Olimpíadas

do Rio de Janeira que ocorrerão em 2016. Apresenta

estruturas para diversas modalidades e o projeto prevê que

as arenas temporárias sejam transformadas em escolas, os

alojamentos em moradias futuras, etc. A estrutura ocupa uma

área de 1,18 milhão de m², onde ficava o Autódromo de

Jacarepaguá. (RIO, 2016).

O projeto do masterplan para a área foi idealizado por

meio de um concurso, com trabalhos apresentados vindos de

diversos países. O escritório vencedor foi pela empresa de

consultoria inglesa AECOM. A proposta vencedora se deu em

uma apresentação conceitual; que posteriormente foi sendo

detalhada, no decorrer do projeto e das obras.

Figura 18 - Parque Olímpico em Construção

Fonte: Globo Esporte: Notícias, 2014.

Page 53: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

52

Figura 19 - Masterplan Parque Olímpico

Fonte: Rio 2016: Notícias, 2011.

Page 54: Plataforma Logística para a Região Metropolitana do Vale do Aço

53

9.2 Etapas TCC 2 1 - Diagnóstico da área apresentada

Estudo do entorno e localização;

Ligações viárias diretas;

Condicionantes ambientais;

Legislação urbanística da área e do entorno;

Conclusões.

2 - Elaboração do Masterplan

Diretrizes do empreendimento;

Mobilidade urbana;

Projeto Masterplan para o empreendimento (Áreas

gerais, delimitações e programa de necessidades);

Projeto Masterplan para o entorno;

Possibilidades de expansão.

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ANEXO

1. Roteiro para o Seminário de TCC 1 – Semana Integrada

2/2015

Título da Monografia: Criação de um Porto Seco para RMVA.

Objetivo Geral: Determinar a forma de criação de um Porto Seco na

RMVA.

Problema de pesquisa: Como determinar a criação de uma

Plataforma Logística para a RMVA.

Seminário TCC 1: Atividade relacionada ao tema em

desenvolvimento, que se pode estabelecer com palestras técnicas,

oficinas, visitas técnicas, etc. Seu objetivo fundamental é tornar

visível a pesquisa que está sendo realizada e toda a sua discussão

será inserida na monografia. Será aberta a todos os que se

inscreverem por meio da Semana da Escola Politécnica.

_Data: 30/09

_Palestra: 9hrs às 9:50hrs.

_Local: Sala E107

_Tema: “Logística urbana da RMVA”

_Palestrante: Mateus Maia – Mestrando em Logística de

Transportes, professor de Logística/UNILESTE.

_Objetivos:

Levar ao entendimento sobre a logística econômica

(transporte e acompanhamento de cargas) e seu reflexo na

dinâmica das cidades;

Abordar sobre o sistema de logística das empresas de

grande porte da RMVA e os desafios para as pequenas

produções existentes;

Visão do planejamento urbano do Brasil/Minas/RMVA no

âmbito de transportes e cargas.

Roteiro do Seminário:

1 – Apresentação do Contexto do Seminário e abordagem do

TCC1;

2 – Apresentação do Palestrante

Mateus Maia: Mestrando em Logística e Transportes,

gerente de projetos na ILOT (Instituto de Logística e Transporte)

e professor no Unileste.

3 – Seminário expondo o tema proposto. Formato: Apresentação

de slides.

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