plataforma colaborativa justiça
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Material para os grupos de trabalho para o Primeiro Congresso Nacional do Movimento Brasil Livre.TRANSCRIPT
Plataforma Colaborativa MBL
JUSTIÇA
Legislação
Fim da imunidade parlamentar e do foro privilegiado
Reduzir o poder do Estado e agentes públicos é nossa missão. Acabar com a
imunidade parlamentar e o foro privilegiado é um grande passo para a diminuição do
poder do Estado. Além disso, ajudaria a desestimular a bandidagem a entrar pra
política.
Priorizar a prevenção
Priorizar a prevenção sem abdicar da repressão quando necessária e imprescindível
Dedicar atenção especial ao reaparelhamento constante dos Órgãos envolvidos na
proteção da sociedade e na Valorização dos seus integrantes.
Suspender o salário de parlamentares presos
Não faz o menor sentido continuarmos pagando o salário de criminosos com mandato.
Parlamentares presos devem perdem completamente o direito aos seus salários.
Restrição de calibre policial
O calibre do armamento das polícias não deve ser restringido. A restrição ao calibre foi
criada durante o governo de Getúlio Vargas, não com o objetivo de proteger a
população, mas com o intuito de aumentar o poder do Estado.
Fim da função social da propriedade
A propriedade privada não pode ser relativizada.
Permitir anúncio de advogados e escritórios de advocacia
Não há motivos para proibir que esses profissionais divulguem o seu trabalho.
Acabar com a prova da OAB
Profissionais do direito devem ser avaliados pelos seus clientes e construir confiança
de acordo com o trabalho em sua carreira.
SegurançaFortalecer guardas municipais
As guardas municipais brasileiras devem ter, assim como as dos EUA, o poder de
polícia, para agirem além de sua atual função de proteger patrimônio público e
reforçarem a segurança.
Fim da redução da pena para crimes hediondos
Pouco importa o bom comportamento do preso ou outros fatores que hoje diminuem a
pena para detentos que cometeram crimes hediondos. Esse tipo de crime deve ser
punido com o maior rigor possível.
Contratação de agências privadas de investigação
Permitir a contração de agências privadas de investigação para diminuir o número de
casos de homicídio não resolvidos.
Reformas na segurança
Tratar o aparato de Segurança da sociedade de forma sistêmica com ênfase na integração total
de Órgãos, Estruturas e Sistemas Operacionais, públicos e privados Ampliar a participação
dos municípios e da sociedade na Prevenção Primária da violência Priorizar o aumento de
vagas para o sistema prisional (10% ao ano) e mudanças na legislação para evitar o chamado
retrabalho, o “prendesolta”
Militarização de escolas públicas em áreas de risco
Militarização de escolas localizadas em áreas nas quais a iniciativa privada não tem a
possibilidade de atuar. Sistema de integração e humanização da polícia militar com a
comunidade local.
Privatização de presídios
Não é novidade para ninguém: as prisões brasileiras são cheias de ratos, goteiras e não têm banheiro; as celas nas cadeias e delegacias superlotadas são insalubres, os esgotos ficam a céu aberto, a alimentação fornecida é de péssima qualidade, a violência entre presos é comum e o abuso de autoridade dos agentes penitenciários, recorrente.
Todos nós estamos cansados de ver nos jornais e na TV imagens de superlotação nas prisões brasileiras, com frequentes rebeliões e motins, colchões queimados e protestos que os presos fazem para chamar a atenção da sociedade às condições desumanas a que eles se encontram submetidos.
Mais uma vez, vale imaginar: e se, em vez do estado, uma empresa particular cometesse horrores como esse? A televisão estamparia o rosto dos donos da empresa, que seriam processados e talvez presos, milhares de jovens se mostrariam eufóricos no Facebook reivindicando a justa e rigorosa punição dos culpados por esse sistema.
Mas, como o culpado são os governos, paira uma aura de que sempre foi assim, de que um dia a situação vai melhorar. Mas nunca melhora.
Claro que prisões não devem ser como hotéis cinco estrelas. Tampouco podem funcionar como escolas do crime, onde quase sempre a pessoa sai pior do que entrou.
Ninguém pode considerar isso algo positivo, nem mesmo a ala mais radical da direita, que encara a prisão, acima de tudo, como instrumento de punição (vingança) e afastamento do bandido da vida em sociedade. Também nesse problema, a privatização pode ajudar.
Alguns críticos do modelo privado de presídios temem que uma indústria do crime seja criada e inicie um poderoso lobby para o aumento das penas e da população carcerária, o que representaria maiores lucros. São preocupações legítimas que devem ser respondidas pelos defensores da privatização nesse setor.
Em seu livro “Privatização do Sistema Prisional Brasileiro”, Grecianny Carvalho Cordeiro levanta essas e outras questões interessantes sobre o assunto. Ela também aborda alguns casos empíricos de privatização, incluindo o Brasil. Uma vez que sua conclusão é desfavorável ao modelo privado, acredito que utilizar seu livro como base para lidar com o tema parece bastante adequado aqui. Nada como o embate de ideias contrárias.
A privatização dos presídios se tornou realidade nos Estados Unidos, na Inglaterra, na Austrália, na África do Sul, na França e até no Brasil. Invariavelmente, os motivos para essa experiência foram os mesmos, sendo o principal deles a superlotação das cadeias geridas pessimamente pelo estado.
Sobre as instalações da Penitenciária Industrial Regional do Cariri, no Ceará, que foi o segundo caso de parceria público-privada com transferência da gestão para uma empresa voltada ao lucro, a autora afirma que “são diferentes de tudo aquilo que passou a ser sinônimo de prisão, pois ali não há celas superlotadas, com presos se revezando para poderem dormir; não há alimentação de péssima qualidade; não se verificam condições insalubres nos alojamentos ou vivências; tampouco faltam espaços para os encontros íntimos”.
Ela ainda acrescenta: “A Penitenciária Industrial Regional do Cariri é um estabelecimento penitenciário com biblioteca, salas de aula, espaços para a recreação e serviços de assistência médico-odontológica, jurídica e psicológica, assim como oficinas que propiciam trabalho e câmeras de vídeo espalhadas em todos os recintos”.
De acordo com o censo do IBGE de 2000, a população carcerária brasileira era de quase 240 mil, sendo que havia um déficit de vagas de quase 60 mil. Seria necessária a construção de 116 estabelecimentos penitenciários com capacidade para 500 vagas, número recomendado como limite desejável pela ONU. Alguém consegue imaginar o governo construindo isso tudo, em prazo razoável, e por custo aceitável?
Por falar em custo, eis outro argumento favorável à privatização. Apesar da melhor qualidade das instalações, estudos mostram que os presos custam menos nas prisões privadas. Segundo o analista policial americano Geoffrey Segal, do Reason Public Policy Institute, as prisões privadas operam a um custo até 15% menor que as prisões públicas. Já a estimativa do custo do preso na França, segundo a própria Grecianny Carvalho Cordeiro, chega a ser 40% menor no setor privado.
A Penitenciária Industrial de Guarapuava, no Paraná, que foi a primeira a contar com gestão privada no Brasil, abriga uma fábrica de móveis, onde a maioria dos detentos trabalha, recebendo um salário mínimo mensal. Além disso, o índice de reincidência é de apenas 6%, enquanto no restante do país esse índice chega a 70%, segundo a própria autora. Ela alerta que esse índice em Guarapuava é discutível, pois ela começou a funcionar em 2000. Mas os sinais não são desanimadores.
Maioridade Penal
Devem ser aprovadas as duas propostas existentes:
1) Estabelecimento da maioridade penal de 16 anos para crimes hediondos e assalto,
mão armada e lesão corporal grave
2) Reformulação do ECA que torna mais rígido o estatuto
Sendo assim, o delinquente juvenil que tiver entre 10 e 15 anos, será enquadrado no
ECA mais rigoroso. Se tiver com 16 anos pra cima, irá responder conforme adulto
segundo redução da maioridade penal.
Flexibilização do Estatuto do Desarmamento (PL 3722/2012)
Tem por objetivo devolver aos cidadãos Brasileiros o direito à posse e ao porte de
armas, sempre visando critérios objetivos e responsáveis. Direito esse retirado à
revelia da população pelo chamado Estatuto do Desarmamento que ano após ano se
comprovou um verdadeiro fracasso na redução da criminalidade violenta. O projeto
não visa simplesmente acabar com a legislação atual mas sim substituí-la por uma
nova legislação que atenda a população, o direito de defesa e, principalmente, que
respeite o resultado inequívoco do referendo de 2005 onde quase 60 milhões de
brasileiros disseram NÃO ao desarmamento
Leitura recomendada: Mentiram para mim sobre o Desarmamento (Bene Barbosa e
Flavio Quintela)