plasticos
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Introdução
Neste trabalho aprenderemos mais sobre: o conceito, classificação ,
propriedades dos plásticos, exemplos com aplicações no cotidiano, problemas
ambientais ocasionados pelos plásticos e sobre a reciclagem de cada tipo de
plástico
. Quando lemos ou ouvimos a palavra embalagem, umas das primeiras
imagens que vem à nossa mente é o plástico.
A influência do plástico é tão grande em nossas vidas, que às vezes
acaba passando despercebido. Além de ser transparente, prático e leve, ele
está presente em quase todos os setores da economia. Vale ressaltar que ele
não representa somente as sacolas plásticas, mas também as embalagens dos
alimentos, a garrafa do refrigerante, o pote do sorvete, os óculos, os
computadores, os automóveis, a calculadora, dentre outros inúmeros produtos.
Quando conhecemos sua importância, vemos o quanto este material é
importante para nossa sobrevivência.
Quando você conhece a importância de algo, você dá valor a isto. E
quando você dá valor, você preserva. Preservar é ter a consciência de: o que
você tem ou adquiriu pode em algum momento salvar a humanidade.
Um Pouco Mais Sobre O Plastico
Só no século 20 as pesquisas pioneiras iniciadas no século anterior passaram
a suprir a indústria com uma variedade de materiais sintéticos que receberam o
nome de polímeros e ficaram universalmente conhecidos como plásticos. O
nome polímero vem do grego, poli = muitas, mero = partes. Polímero, portanto,
é a união de muitas partes. A parte fundamental constitutiva de um polímero é
chamada de monômero, também do grego, mono = um.
Um grande marco na história da indústria de plásticos foi a descoberta do
processo de vulcanização da borracha em 1839 (a partir do látex, um polímero
natural, que já era largamente empregado) pela Goodyear. O próximo grande
passo foi a nitração da celulose, resultando na nitrocelulose, produto
comercializado primeiramente por Hyatt, em 1870. De seu produto foi obtido o
celulóide, alavancando a indústria cinematográfica. Em 1865 foi descoberto o
processo de acetilação da celulose, resultando em produtos comerciais de
grande uso no início deste século, como fibras de rayon, celofane, entre outros.
Entretanto, o primeiro polímero puramente sintético somente surgiu em 1907;
resinas de fenol-formaldeído foram produzidas por Baekeland – entre elas, o
primeiro polímero sintético de uso comercial: o “Bakelite”. Desde então, a
indústria e o uso de polímeros não para de crescer.
Hoje, mesmo roupas e demais vestimentas são feitas com fibras poliméricas
sintéticas. Roupas especiais, como o uniforme de astronautas, vestes dos
corredores de fórmula 1, e roupas de mergulho submarino também são
produzidas com polímeros especiais, que possuem as propriedades desejadas,
em cada caso.
Os polímeros são compostos químicos de elevada massa molecular,
resultantes de reações químicas de polimerização.
Tratam-se de macromoléculas formadas a partir de unidades estruturais
menores (os monómeros). O número de unidades estruturais repetidas numa
macromolécula é chamado grau de polimerização. Em geral, os polímeros
contêm os mesmos elementos nas mesmas proporções relativas que seus
monômeros, mas em maior quantidade absoluta.
Uma das principais e mais importantes características dos polímeros são as
mecânicas. Segundo ela os polímeros podem ser divididos em termoplásticos,
termoendurecíveis (termofixos) e elastômeros (borrachas).
Termoplásticos
Termoplástico é um dos tipos de plásticos mais encontrados no mercado. Pode
ser fundido diversas vezes, alguns podem até dissolver-se em vários solventes.
Logo, sua reciclagem é possível, característica bastante desejável atualmente.
Termorrígidos (Termofixos)
São rígidos e frágeis, sendo muito estáveis a variações de temperatura. Uma
vez prontos, não mais se fundem. O aquecimento do polímero acabado
promove decomposição do material antes de sua fusão, tornando sua
reciclagem complicada.
Elastômeros (Borrachas)
Classe intermediária entre os termoplásticos e os termorrígidos: não são
fusíveis, mas apresentam alta elasticidade, não sendo rígidos como os
termofixos. Reciclagem complicada pela incapacidade de fusão.
Diferentes Tipos de Plásticos
PEAD - Polietileno de Alta Densidade, PEBD - Polietileno de Baixa Densidade,
PU – Poliuretano, PVC – Policloreto de vinila ou cloreto de polivinila, PS –
Poliestireno, PP – Polipropileno, Polietileno Tereftalato (PET),
PEAD
incolor e opaco
alta rigidez e resistência
tampas, vasilhames e frascos em geral
PEBD
incolor, translúcido ou opaco
alta flexibilidade e boa resistência
mecânica
utensílios domésticos, sacos e frascos flexíveis
PP
incolor e opaco
boa resistência a choques e alta resistência química
para-choques de carros, garrafas e pacotes
PS
incolor e transparente.
grande rigidez, baixa resistência a
choques e riscos, transparência.
utensílios domésticos rígidos,
brinquedos, indústria e electrónica.
PVC
incolor e transparente
flexibilidade com adição de modificadores e alta resistência à chama
tubos rígidos água/esgotos, tubos flexíveis e cortinas
PET
incolor, transparente ou opaco
alta resistência mecânica e química, transparência
Fibras têxteis, frascos de refrigerante e mantas de impermeabilização
PU
Flexibilidade, leveza,
resistência à abrasão, possibilidade de design diferenciado.
Espumas macias para colchões e estofados, espumas rígidas, solados
de calçados, interruptores, pratos, travessas, cinzeiros, telefones,
Problemas ambientais
Os problemas ambientais causados pelo plástico têm sido fortemente
debatidos por especialistas e consumidores em todo o mundo. Mas uma
vertente desse problema não recebe a atenção devida: os danos sociais
causados pelo material, especialmente aos mais pobres.
As consequências negativas do plástico se fazem presentes em todas as
etapas - desde a produção até o descarte final.
Ao final do ciclo de vida, até mesmo o produto plástico que vai para a
reciclagem prejudica as camadas sociais mais baixas ao ser enviado para
países em desenvolvimento e incinerado, liberando substâncias tóxicas
altamente nocivas à saúde humana.
Não temos recursos descartáveis. Não temos espécies descartáveis.
Não temos pessoas descartáveis. Não temos um planeta descartável, tudo é
precioso.
Os sacos de plástico não são formas de transporte inócuas para o
ambiente por dois motivos essenciais: o elevado número de sacos produzidos
por ano (cerca de 150 por pessoa por ano) e a natureza não biodegradável do
plástico com que são produzidos. Além disso, a manufatura do polietileno faz-
se a partir de combustíveis fósseis e acarreta a emissão de gases poluentes.
Calcula-se que cerca de 90% dos sacos de plástico acabam a sua vida
em lixeiras, ou como resíduos ou como contentores de desperdícios. Este
número pode parecer assustador mas na verdade estes objetos ocupam
apenas cerca de 0,3% do volume acumulado nas lixeiras. Mesmo assim, dada
a sua extrema leveza, se não forem bem acondicionados os sacos de plástico
têm a tendência de voar e espalhar-se pelo meio ambiente. Esta situação pode
provocar outros tipos de poluição, que por exemplo na China ganhou o nome
de poluição branca.
Nos países menos desenvolvidos, onde não existem métodos eficazes
de recolha e acondicionamento de resíduos, os sacos de plástico são quase
totalmente abandonados depois do uso e acabam invariavelmente nos cursos
de água.
Quase todos os sacos de plástico não acondicionados em lixeiras acabam,
mais cedo ou mais tarde, por chegar aos rios e aos oceanos. Os ambientalistas
chamam a atenção há vários anos para este problema e citam o fato de
milhares de baleias, golfinhos, tartarugas-marinhas e aves marinhas morrerem
anualmente asfixiadas por sacos de plástico. O caso mais dramático ocorreu
em 2002, quando uma baleia anã deu à costa da Normandia com cerca de 800
kg de sacos de plástico encravados no estômago.
Reciclagem
O lixo brasileiro contém de 5 a 10% de plásticos, conforme o local. São
materiais que, como o vidro, ocupam um considerável espaço no meio
ambiente. O ideal: serem recuperados e reciclados. Plásticos são derivados do
petróleo, produto importado (60% do total no Brasil). A reciclagem do plástico
exige cerca de 10% da energia utilizada no processo primário.
Do total de plásticos produzidos no Brasil, só reciclamos 15%. Um dos
empecilhos é a grande variedade de tipos de plásticos. Uma das alternativas
seria definir um tipo específico de plástico para ser coletado.
Os plásticos recicláveis
são: potes de todos os tipos,
sacos de supermercados,
embalagens para alimentos,
vasilhas, recipientes e artigos
domésticos, tubulações e garrafas
de PET, que convertida em
grânulos é usada para a fabricação
de cordas, fios de costura, cerdas
de vasouras e escovas.
Os não recicláveis são:
cabos de panela, botões de rádio,
pratos, canetas, bijuterias,
espuma, embalagens a vácuo,
fraldas descartáveis.
A fabricação de plástico
reciclado economiza 70% de
energia, considerando todo o
processo desde a exploração da matéria-prima primária até a formação do
produto final. Além disso, se o produto descartado permanecesse no meio
ambiente, poderia estar causando maior poluição. Isso pode ser entendido
como uma alternativa para as oscilações do mercado abastecedor e também
como preservação dos recursos naturais, o que podendo reduzir, inclusive, os
custos das matérias primas. O plástico reciclado tem infinitas aplicações, tanto
nos mercados tradicionais das resinas virgens, quanto em novos mercados.
O plástico reciclado pode ser utilizado para fabricação de:
garrafas e frascos, exceto para contato direto com alimentos e fármacos;
baldes, cabides, pentes e outros artefatos produzidos pelo processo de
injeção;
"madeira - plástica";
cerdas, vassouras, escovas e outros produtos que sejam produzidos com
fibras;
sacolas e outros tipos de filmes;
painéis para a construção civil.
Reciclagem Química
A reciclagem química re-processa plásticos, transformando-os em
petroquímicos básicos que servem como matéria-prima em refinarias ou
centrais petroquímicas. Seu objetivo é a recuperação dos componentes
químicos individuais para reutilizá-los como produtos químicos ou para a
produção de novos plásticos.
Os novos processos desenvolvidos de reciclagem química permitem a
reciclagem de misturas de plásticos diferentes, com aceitação de determinado
grau de contaminantes como, por exemplo, tintas, papéis, entre outros
materiais.
RECICLAGEM ENERGÉTICA
Ele é queimado liberando um calor muito forte (superior ao do carvão e próximo
ao produzido pelo óleo combustível) que é aproveitado na forma de energia.
RECICLAGEM MECÂNICA
No Brasil, é a mais utilizada; é mais barata e mantém uma boa qualidade do
produto: Para facilitar a separação dos materiais plásticos para a reciclagem,
foram estabelecidos códigos para diferenciar cada tipo.
Conclusão
Há pouco mais de 60 anos, as seringas eram de vidro, os potes de
porcelana e os para-choques de ferro. A descoberta de um material inerte,
resistente e barato transformou o mundo rapidamente. O Plástico Deu Forma a
eletrônicos, embalagens e objetos de todo tipo. Só no ano passado, 5 milhões
de toneladas de plástico foram produzidos no país. Boa parte dura poucos
segundos em nossas mãos – e de lá vai para a lixeira. É por isso (e também
por durar até 400 anos na natureza) que o plástico passou a vilão ecológico. É
dele a culpa pelos bueiros entupidos, pela morte de animais selvagens e pelo
acúmulo de resíduos sólidos em lixões. Mas sem exagero – e com boa dose de
reciclagem – dá para conviver com ele sem prejudicar a natureza.
Não há como viver sem plástico mais se formos diminuindo
gradativamente, e reciclar os polímeros já presentes no mundo, seremos
capazes de um dia chegarmos perto de retirar isso que tanto nus ajuda
individualmente e nus prejudica tanto a nível biológico.