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  • PLANOS E PROGRAMAS

    1

  • Planos e Programas 15

    Captulo I Planos de estabilizao econmica

    Plano Cruzado

    Presidente da Repblica: Jos SarneyMinistro da Fazenda: Dilson Domingos FunaroPresidente do Banco Central: Ferno Carlos Botelho Bracher

    Legislao bsica: Decreto-Lei n 2.283, de 27.2.1986, posteriormente substitudo pelo Decreto-Lei n 2.284, de 10.3.1986.

    Principais providncias:a) congelamento de preos, nos nveis observados em 27.2.1986;b) a l terao do padro monetr io , de cruzei ro para cruzado

    (Cz$1,00 = Cr$1.000,00), a partir de 28.2.1986;c) os reajustes de salrios, vencimentos, soldos, penses e remuneraes em

    geral passaram a ser fi xados anualmente. A partir do primeiro dissdio, os reajustes seriam automticos toda vez que a variao acumulada do ndice de Preos ao Consumidor (IPC) atingisse 20%;

    d) fixao da taxa de cmbio de 3.3.1986 at 15.10.1986 (US$1,00 = Cz$13,84);

    e) criao de tablita para converso das obrigaes de pagamento, expressas em cruzeiros, sem clusula de correo monetria prefi xada;

    f) vedao, a partir de 11.3.1986, sob pena de nulidade, de clusula de reajuste monetrio nos contratos de prazos inferiores a um ano;

    g) a Obrigao Reajustvel do Tesouro Nacional (ORTN) passou a denominar-se Obrigao do Tesouro Nacional (OTN). A primeira OTN foi emitida em 3.3.1986, com valor unitrio de Cz$106,40, que permaneceu fi xo at 1.3.1987.

  • 16 Finanas Pblicas

    Plano Bresser

    Presidente da Repblica: Jos SarneyMinistro da Fazenda: Luiz Carlos Bresser PereiraPresidente do Banco Central: Fernando Milliet de Oliveira

    Legislao bsica: Decreto-Lei n 2.335, de 12.6.1987, e alteraes promovidas pelos Decretos-Leis n 2.336, de 15.6.1987, e n 2.337, de 18.6.1987.

    Principais providncias:a) congelamento de preos por noventa dias, inclusive os referentes a prestao

    de servios, tarifas e contratos de locao de imveis, nos nveis praticados em 12.6.1987;

    b) criao da Unidade de Referncia de Preos (URP) como referencial para reajustar preos e salrios. O valor da URP era determinado pela mdia mensal da variao do IPC ocorrida no trimestre imediatamente anterior e sua aplicao ocorrida a cada ms do trimestre subseqente;

    c) a taxa de cmbio foi reajustada em 9,5%, em 16.6.1987, seguindo-se o sistema de minidesvalorizaes, a partir dessa data;

    d) as obrigaes contratuais pecunirias e os ttulos de crdito que tinham sido constitudos em cruzados, no perodo de 1.1.1987 a 15.6.1987, sem clusula de reajuste ou de correo monetria, ou com clusula de correo monetria prefi xada, foram defl acionados para cada dia do vencimento, mediante aplicao de tablita.

    Plano Vero

    Presidente da Repblica: Jos SarneyMinistro da Fazenda: Malson Ferreira da NbregaPresidente do Banco Central: Elmo de Arajo Cames

    Legislao bsica: Medida Provisria n 32, de 15.1.1989, convertida na Lei n 7.730, de 31.1.1989.

    Principais providncias:a) congelamento de preos por prazo indeterminado, nos nveis efetivamente

    praticados no dia 14.1.1989;b) alterao do padro monetrio, de cruzado para cruzado novo

    (NCz$1,00 = Cz$1.000,00), a partir de 16.1.1989; c) os salrios e as demais remuneraes de assalariados e penses, relativas ao

    ms de fevereiro de 1989, foram nivelados ao respectivo valor mdio real de 1988;

    d) a partir do ms de fevereiro de 1989, o pagamento de funcionrios pblicos,

  • Planos e Programas 17

    conta do Tesouro Nacional, passou a ser realizado at o dcimo dia do ms subseqente;

    e) em 16.1.1989, a taxa de cmbio foi reajustada em 16,381% e mantida fixa at 14.4.1989, refixando-a at 4.5.1989, sucedendo-se outras minidesvalorizaes, at que em 3.7.1989 foi promovida nova desvalorizao, de 11,892%;

    f) criao de tablita para converso das obrigaes de pagamento, expressas em cruzeiros, sem clusula de correo monetria ou com clusula de correo monetria prefi xada;

    g) extino, em 16.1.1989, das OTNs com variao diria (OTN fi scal) e, em 1.2.1989, da OTN. A OTN fi scal era usada como indexador ofi cial no pagamento de tributos e contribuies fi scais.

    Plano Collor I

    Presidente da Repblica: Fernando Affonso Collor de MelloMinistro da Fazenda: Zlia Maria Cardoso de MelloPresidente do Banco Central: Ibrahim ErisLegislao bsica: Medida Provisria n 168, de 15.3.1990, convertida na Lei

    n 8.024, de 12.4.1990; Leis n 8.030, n 8.031, n 8.032, n 8.033 e n 8.034, de 12.4.1990; e Resoluo CMN n 1.689, de 18.3.1990.

    Principais providncias:a) proibio de reajustes de preos de mercadorias e servios, a partir de

    15.3.1990, sem a prvia autorizao do Ministrio da Fazenda;b) alterao do padro monetrio, de cruzado novo para cruzeiro

    (Cr$1,00 = NCz$1,00), a partir de 16.3.1990;c) o Ministro da Fazenda fi cou autorizado a baixar normativos estabelecendo

    o percentual de reajuste mnimo mensal para os salrios em geral, bem como para o salrio mnimo. Esse percentual seria vlido para os salrios do ms em curso. Os aumentos salariais acima do nvel mnimo fi xado pelo Governo poderiam ser livremente negociados entre as partes, mas no seriam considerados para efeito de clculo da variao mdia mensal dos preos. Da mesma forma, o Ministro foi autorizado a baixar atos determinando o percentual de reajuste mximo mensal dos preos autorizados para as mercadorias e servios em geral;

    d) estabeleceu a livre pactuao das taxas de cmbio de compra e venda entre as partes contratantes, nas operaes prontas e futuras, realizadas junto a estabelecimentos autorizados a operar em cmbio;

    e) foi criada a possibilidade de o Banco Central atuar como agente comprador e vendedor de moedas, no mercado de taxas livres;

    f) cancelou a exigncia de depsito no Banco Central das operaes de cmbio celebradas para pagamento de importaes;

  • 18 Finanas Pblicas

    g) suspendeu o pagamento de juros e demais encargos incidentes sobre depsitos registrados em moeda estrangeira;

    h) determinou, compulsoriamente, o alongamento do prazo mdio dos papis, alm de promover substancial reduo nos encargos fi nanceiros correspondentes. O alongamento deu-se com a emisso do Bnus do Tesouro Nacional Srie Especial (BTN-E), j que o vencimento desses papis teve incio a partir de setembro de 1991, em doze parcelas sucessivas, enquanto as Letras Financeiras do Tesouro Nacional (LFT) apresentavam prazo mdio de seis a nove meses;

    i) criou os Certifi cados de Privatizao;j) determinou o bloqueio de ativos fi nanceiros, a elevao de alquotas e a

    ampliao de fatos geradores de impostos. Foram fi xados limites para a liberao de ativos fi nanceiros de um nico titular em uma mesma instituio fi nanceira. Para os saldos dos depsitos vista e das cadernetas de poupana, foi fi xado o limite de Cr$50 mil. Os valores excedentes foram convertidos, a partir de 16.9.1991, em doze parcelas mensais, iguais e sucessivas, atualizadas monetariamente pela variao do BTN-Fiscal, acrescidas de juros de 6% a.a. ou frao pro rata. Para os depsitos a prazo fi xo, com ou sem emisso de certifi cado, letras de cmbio, depsitos interfi nanceiros, debntures e demais ativos fi nanceiros, bem como para os recursos captados pelas instituies fi nanceiras por meio de operaes compromissadas, foram fi xados os seguintes limites:j.1) operaes compromissadas: Cr$25 mil ou 20% do valor de resgate

    da operao, prevalecendo o que for maior, na data de vencimento do prazo original da aplicao;

    j.2) demais ativos e aplicaes, excludos os depsitos interfi nanceiros: 20% do valor de resgate, na data de vencimento do prazo original dos ttulos.

    As quantias excedentes aos limites fi xados receberam tratamento idntico ao dispensado aos depsitos vista e s cadernetas de poupana;

    l) restringiu a presena do Estado na economia, por meio da desregulamentao e de programa de privatizao;

    m) determinou a incidncia do Imposto sobre Operaes de Crdito, Cmbio e Seguro, ou relativas a ttulos e valores mobilirios (IOF), em carter transitrio, sobre operaes de resgate de ttulos e valores mobilirios, transmisso de ouro e de aes negociadas em bolsa e saques em caderneta de poupana;

    n) os resgates das aplicaes com origem no identifi cada fi caram sujeitos ao pagamento de imposto de renda, alquota de 25%.

  • Planos e Programas 19

    Plano Collor II

    Presidente da Repblica: Fernando Affonso Collor de MelloMinistro da Fazenda: Zlia Maria Cardoso de MelloPresidente do Banco Central: Ibrahim Eris

    Legislao bsica: Medidas Provisrias n 294 e n 295, de 31.1.1991, convertidas, respectivamente, nas Leis n 8.177 e n 8.178, de 1.3.1991.

    Principais providncias:a) determinou que os preos de bens e servios praticados em 30.1.1991

    somente poderiam ser majorados mediante prvia e expressa autorizao do Ministrio da Fazenda;

    b) estabeleceu regras para que os salrios do ms de fevereiro de 1991, exceto os vencimentos, soldos e demais remuneraes e vantagens pecunirias de servidores pblicos civis e militares da administrao pblica federal direta, autrquica e fundacional, e as rendas mensais de benefcios pagos pela Previdncia Social ou pelo Tesouro Nacional, respeitado o princpio da irredutibilidade salarial, fossem reajustados com base no salrio mdio dos ltimos doze meses. Os vencimentos dos servidores pblicos, civis e militares, bem como a remunerao paga a pensionistas, foram reajustados em 9,36% no ms de fevereiro de 1991. A poltica salarial, no perodo de 1 de maro a 31 de agosto de 1991, compreenderia, exclusivamente, a concesso de abonos;

    c) defi niu regras determinando que as obrigaes contratuais e pecunirias constitudas no perodo de 1.9.1990 a 31.1.1991, sem clusula de reajuste ou com clsula de correo monetria prefixada, ficariam sujeitas a defl acionamento, no dia do vencimento, mediante o uso de tablita;

    d) criou a Taxa Referencial (TR) de acordo com