plano nacional educação especial

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    PLANO NACIONAL DE EDUCAO - Educao Especial

    8. EDUCAO ESPECIAL

    8.1 DiagnsticoA Constituio Federal estabelece o direito de as pessoas com necessidades especiaisreceberem educao preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208, III). A diretrizatual a da plena integrao dessas pessoas em todas as reas da sociedade. Trata-se,portanto, de duas questes - o direito educao, comum a todas as pessoas, e o direitode receber essa educao sempre que possvel junto com as demais pessoas nasescolas "regulares".A legislao, no entanto, sbia em determinar preferncia para essa modalidade deatendimento educacional, ressalvando os casos de excepcionalidade em que asnecessidades do educando exigem outras formas de atendimento. As polticas recentes

    do setor tm indicado trs situaes possveis para a organizao do atendimento:participao nas classes comuns, de recursos, sala especial e escola especial. Todas aspossibilidades tm por objetivo a oferta de educao de qualidade.Diante dessa poltica, como est a educao especial brasileira?O conhecimento da realidade ainda bastante precrio, porque no dispomos deestatsticas completas nem sobre o nmero de pessoas com necessidades especiais nemsobre o atendimento. Somente a partir do ano 2000 o Censo Demogrfico fornecerdados mais precisos, que permitiro anlises mais profundas da realidade.A Organizao Mundial de Sade estima que em torno de 10% da populao tmnecessidades especiais. Estas podem ser de diversas ordens - visuais, auditivas, fsicas,mentais, mltiplas, distrbios de conduta e tambm superdotao ou altas habilidades. Seessa estimativa se aplicar tambm no Brasil, teremos cerca de 15 milhes de pessoas

    com necessidades especiais. Os nmeros de matrcula nos estabelecimentos escolaresso to baixos que no permitem qualquer confronto com aquele contingente. Em 1998,havia 293.403 alunos, distribudos da seguinte forma: 58% com problemas mentais;13,8%, com deficincias mltiplas; 12%, com problemas de audio; 3,1% de viso; 4,5%,com problemas fsicos; 2,4%, de conduta. Apenas 0,3% com altas habilidades ou eramsuperdotados e 5,9% recebiam "outro tipo de atendimento" (Sinopse Estatstica daEducao Bsica/Censo Escolar 1998, do MEC/INEP).Dos 5.507 Municpios brasileiros, 59,1% no ofereciam educao especial em 1998. Asdiferenas regionais so grandes. No Nordeste, a ausncia dessa modalidade aconteceem 78,3% dos Municpios, destacando-se Rio Grande do Norte, com apenas 9,6% dosseus Municpios apresentando dados de atendimento. Na regio Sul, 58,1% dosMunicpios ofereciam educao especial, sendo o Paran o de mais alto percentual

    (83,2%). No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul tinha atendimento em 76,6% dos seusMunicpios. Esprito Santo o Estado com o mais alto percentual de Municpios queoferecem educao especial (83,1%).Entre as esferas administrativas, 48,2% dos estabelecimentos de educao especial em1998 eram estaduais; 26,8%, municipais; 24,8%, particulares e 0,2%, federais. Como osestabelecimentos so de diferentes tamanhos, as matrculas apresentam alguma variaonessa distribuio: 53,1% so da iniciativa privada; 31,3%, estaduais; 15,2%, municipais e0,3%, federais. Nota-se que o atendimento particular, nele includo o oferecido porentidades filantrpicas, responsvel por quase metade de toda a educao especial noPas. Dadas as discrepncias regionais e a insignificante atuao federal, h necessidadede uma atuao mais incisiva da Unio nessa rea.

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    Segundo dados de 1998, apenas 14% desses estabelecimentos possuam instalaosanitria para alunos com necessidades especiais, que atendiam a 31% das matrculas. Aregio Norte a menos servida nesse particular, pois o percentual dos estabelecimentos

    com aquele requisito baixa para 6%. Os dados no informam sobre outras facilidadescomo rampas e corrimos. A eliminao das barreiras arquitetnicas nas escolas umacondio importante para a integrao dessas pessoas no ensino regular, constituindouma meta necessria na dcada da educao. Outro elemento fundamental o materialdidtico-pedaggico adequado, conforme as necessidades especficas dos alunos.Inexistncia, insuficincia, inadequao e precariedades podem ser constatadas emmuitos centros de atendimento a essa clientela.Em relao qualificao dos profissionais de magistrio, a situao bastante boa:apenas 3,2% dos professores (melhor dito, das funes docentes), em 1998, possuam oensino fundamental, completo ou incompleto, como formao mxima. Eram formados emnvel mdio 51% e, em nvel superior, 45,7%. Os sistemas de ensino costumam oferecercursos de preparao para os professores que atuam em escolas especiais, por isso 73%

    deles fizeram curso especfico. Mas, considerando a diretriz da integrao, ou seja, deque, sempre que possvel, as crianas, jovens e adultos especiais sejam atendidos emescolas regulares, a necessidade de preparao do corpo docente, e do corpo tcnico eadministrativo das escolas aumenta enormemente. Em princpio, todos os professoresdeveriam ter conhecimento da educao de alunos especiais.Observando as modalidades de atendimento educacional, segundo os dados de 1997,predominam as "classes especiais", nas quais esto 38% das turmas atendidas. 13,7%delas esto em "salas de recursos" e 12,2% em "oficinas pedaggicas". Apenas 5% dasturmas esto em "classes comuns com apoio pedaggico" e 6% so de "educaoprecoce" . Em "outras modalidades" so atendidas 25% das turmas de educaoespecial. Comparando o atendimento pblico com o particular, verifica-se que este dpreferncia educao precoce, a oficinas pedaggicas e a outras modalidades no

    especificadas no Informe, enquanto aquele d prioridade s classes especiais e classescomuns com apoio pedaggico. As informaes de 1998 estabelecem outra classificao,chamando a ateno que 62% do atendimento registrado est localizado em escolasespecializadas, o que reflete a necessidade de um compromisso maior da escola comumcom o atendimento do aluno especial.O atendimento por nvel de ensino, em 1998, apresenta o seguinte quadro: 87.607crianas na educao infantil; 132.685, no ensino fundamental; 1.705, no ensino mdio;7.258 na educao de jovens e adultos. So informados como "outros" 64.148atendimentos. No h dados sobre o atendimento do aluno com necessidades especiaisna educao superior. O particular est muito frente na educao infantil especial (64%)e o estadual, nos nveis fundamental e mdio (52 e 49%, respectivamente), mas omunicipal vem crescendo sensivelmente no atendimento em nvel fundamental.

    As tendncias recentes dos sistemas de ensino so as seguintes: . integrao/incluso doaluno com necessidades especiais no sistema regular de ensino e, se isto no forpossvel em funo das necessidades do educando, realizar o atendimento em classes eescolas especializadas;. ampliao do regulamento das escolas especiais para prestarem apoio e orientao aosprogramas de integrao, alm do atendimento especfico;. melhoria da qualificao dos professores do ensino fundamental para essa clientela;. expanso da oferta dos cursos de formao/especializao pelas universidades eescolas normais.Apesar do crescimento das matrculas, o dficit muito grande e constitui um desafioimenso para os sistemas de ensino, pois diversas aes devem ser realizadas ao mesmotempo. Entre elas, destacam-se a sensibilizao dos demais alunos e da comunidade em

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    geral para a integrao, as adaptaes curriculares, a qualificao dos professores para oatendimento nas escolas regulares e a especializao dos professores para oatendimento nas novas escolas especiais, produo de livros e materiais pedaggicos

    adequados para as diferentes necessidades, adaptao das escolas para que os alunosespeciais possam nelas transitar, oferta de transporte escolar adaptado, etc.Mas o grande avano que a dcada da educao deveria produzir ser a construo deuma escola inclusiva, que garanta o atendimento diversidade humana.8.2 DiretrizesA educao especial se destina s pessoas com necessidades especiais no campo daaprendizagem, originadas quer de deficincia fsica, sensorial, mental ou mltipla, quer decaractersticas como altas habilidades, superdotao ou talentos.A integrao dessas pessoas no sistema de ensino regular uma diretriz constitucional(art. 208, III), fazendo parte da poltica governamental h pelo menos uma dcada. Mas,apesar desse relativamente longo perodo, tal diretriz ainda no produziu a mudananecessria na realidade escolar, de sorte que todas as crianas, jovens e adultos com

    necessidades especiais sejam atendidos em escolas regulares, sempre que forrecomendado pela avaliao de suas condies pessoais. Uma poltica explcita evigorosa de acesso educao, de responsabilidade da Unio, dos Estados e DistritoFederal e dos Municpios, uma condio para que s pessoas especiais sejamassegurados seus direitos educao. Tal poltica abrange: o mbito social, doreconhecimento das crianas, jovens e adultos especiais como cidados e de seu direitode estarem integrados na sociedade o mais plenamente possvel; e o mbito educacional,tanto nos aspectos administrativos (adequao do espao escolar, de seus equipamentose materiais pedaggicos), quanto na qualificao dos professores e demais profissionaisenvolvidos. O ambiente escolar como um todo deve ser sensibilizado para uma perfeitaintegrao. Prope-se uma escola integradora, inclusiva, aberta diversidade dos alunos,no que a participao da comunidade fator essencial. Quanto s escolas especiais, a

    poltica de incluso as reorienta para prestarem apoio aos programas de integrao.A educao especial, como modalidade de educao escolar, ter que ser promovidasistematicamente nos diferentes nveis de ensino. A garantia de vagas no ensino regularpara os diversos graus e tipos de deficincia uma medida importante.Entre outras caractersticas dessa poltica, so importantes a flexibilidade e a diversidade,quer porque o espectro das necessidades especiais variado, quer porque as realidadesso bastante diversificadas no Pas.A Unio tem um papel essencial e insubstituvel no planejamento e direcionamento daexpanso do atendimento, uma vez que as desigualdades regionais na oferta educacionalatestam uma enorme disparidade nas possibilidades de acesso escola por parte dessapopulao especial. O apoio da Unio mais urgente e ser mais necessrio onde severificam os maiores dficits de atendimento.

    Quanto mais cedo se der a interveno educacional, mais eficaz ela se tornar nodecorrer dos anos, produzindo efeitos mais profundos sobre o desenvolvimento dascrianas. Por isso, o atendimento deve comear precocemente, inclusive como formapreventiva. Na hiptese de no ser possvel o atendimento durante a educao infantil, hque se detectarem as deficincias, como as visuais e auditivas, que podem dificultar aaprendizagem escolar, quando a criana ingressa no ensino fundamental. Existem testessimples, que podem ser aplicados pelos professores, para a identificao dessesproblemas e seu adequado tratamento. Em relao s crianas com altas habilidades(superdotadas ou talentosas), a identificao levar em conta o contexto scio-econmicoe cultural e ser feita por meio de observao sistemtica do comportamento e dodesempenho do aluno, com vistas a verificar a intensidade, a freqncia e a consistnciados traos, ao longo de seu desenvolvimento.

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    Considerando as questes envolvidas no desenvolvimento e na aprendizagem dascrianas, jovens e adultos com necessidades especiais, a articulao e a cooperaoentre os setores de educao, sade e assistncia fundamental e potencializa a ao

    de cada um deles. Como sabido, o atendimento no se limita rea educacional, masenvolve especialistas sobretudo da rea da sade e da psicologia e depende dacolaborao de diferentes rgos do Poder Pblico, em particular os vinculados sade,assistncia e promoo social, inclusive em termos de recursos. medida racional que seevite a duplicao de recursos atravs da articulao daqueles setores desde a fase dediagnstico de dficits sensoriais at as terapias especficas. Para a populao de baixarenda, h ainda necessidade de ampliar, com a colaborao dos Ministrios da Sade eda Previdncia, rgos oficiais e entidades no-governamentais de assistncia social, osatuais programas para oferecimento de rteses e prteses de diferentes tipos. OPrograma de Renda Mnima Associado a Aes Scio-educativas (Lei n.9.533/97)estendido a essa clientela, pode ser um importante meio de garantir-lhe o acesso e freqncia escola.

    A formao de recursos humanos com capacidade de oferecer o atendimento aoseducandos especiais nas creches, pr-escolas, centros de educao infantil, escolasregulares de ensino fundamental, mdio e superior, bem como em instituiesespecializadas e outras instituies uma prioridade para o Plano Nacional de Educao.No h como ter uma escola regular eficaz quanto ao desenvolvimento e aprendizagemdos educandos especiais sem que seus professores, demais tcnicos, pessoaladministrativo e auxiliar sejam preparados para atend-los adequadamente. As classesespeciais, situadas nas escolas "regulares", destinadas aos alunos parcialmenteintegrados, precisam contar com professores especializados e material pedaggicoadequado.As escolas especiais devem ser enfatizadas quando as necessidades dos alunos assim oindicarem. Quando esse tipo de instituio no puder ser criado nos Municpios menores

    e mais pobres, recomenda-se a celebrao de convnios intermunicipais e comorganizaes no-governamentais, para garantir o atendimento da clientela.Certas organizaes da sociedade civil, de natureza filantrpica, que envolvem os pais decrianas especiais, tm, historicamente, sido um exemplo de compromisso e de eficinciano atendimento educacional dessa clientela, notadamente na etapa da educao infantil.Longe de diminuir a responsabilidade do Poder Pblico para com a educao especial, oapoio do governo a tais organizaes visa tanto continuidade de sua colaboraoquanto maior eficincia por contar com a participao dos pais nessa tarefa. Justifica-se, portanto, o apoio do governo a essas instituies como parceiras no processoeducacional dos educandos com necessidades especiais.Requer-se um esforo determinado das autoridades educacionais para valorizar apermanncia dos alunos nas classes regulares, eliminando a nociva prtica de

    encaminhamento para classes especiais daqueles que apresentam dificuldades comunsde aprendizagem, problemas de disperso de ateno ou de disciplina. A esses deve serdado maior apoio pedaggico nas suas prprias classes, e no separ-los como seprecisassem de atendimento especial.Considerando que o aluno especial pode ser tambm da escola regular, os recursosdevem, tambm, estar previstos no ensino fundamental. Entretanto, tendo em vista asespecificidades dessa modalidade de educao e a necessidade de promover aampliao do atendimento, recomenda-se reservar-lhe uma parcela equivalente a 5 ou6% dos recursos vinculados manuteno e desenvolvimento do ensino.8.3 Objetivos e Metas1. Organizar, em todos os Municpios e em parceria com as reas de sade e assistncia,programas destinados a ampliar a oferta da estimulao precoce (interao educativa

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    adequada) para as crianas com necessidades educacionais especiais, em instituiesespecializadas ou regulares de educao infantil, especialmente creches. **2. Generalizar, em cinco anos, como parte dos programas de formao em servio, a

    oferta de cursos sobre o atendimento bsico a educandos especiais, para os professoresem exerccio na educao infantil e no ensino fundamental, utilizando inclusive a TVEscola e outros programas de educao a distncia.3. Garantir a generalizao, em cinco anos, da aplicao de testes de acuidade visual eauditiva em todas as instituies de educao infantil e do ensino fundamental, emparceria com a rea de sade, de forma a detectar problemas e oferecer apoio adequados crianas especiais.4. Nos primeiros cinco anos de vigncia deste plano, redimensionar conforme asnecessidades da clientela, incrementando, se necessrio, as classes especiais, salas derecursos e outras alternativas pedaggicas recomendadas, de forma a favorecer e apoiara integrao dos educandos com necessidades especiais em classes comuns,fornecendo-lhes o apoio adicional de que precisam.

    5. Generalizar, em dez anos, o atendimento dos alunos com necessidades especiais naeducao infantil e no ensino fundamental, inclusive atravs de consrcios entreMunicpios, quando necessrio, provendo, nestes casos, o transporte escolar.6. Implantar, em at quatro anos, em cada unidade da Federao, em parceria com asreas de sade, assistncia social, trabalho e com as organizaes da sociedade civil,pelo menos um centro especializado, destinado ao atendimento de pessoas com severadificuldade de desenvolvimento **7. Ampliar, at o final da dcada, o nmero desses centros, de sorte que as diferentesregies de cada Estado contem com seus servios.8. Tornar disponveis, dentro de cinco anos, livros didticos falados, em braille e emcaracteres ampliados, para todos os alunos cegos e para os de viso sub-normal doensino fundamental.**

    9. Estabelecer, em cinco anos, em parceria com as reas de assistncia social e cultura ecom organizaes no-governamentais, redes municipais ou intermunicipais para tornardisponveis aos alunos cegos e aos de viso sub-normal livros de literatura falados, embraille e em caracteres ampliados.10. Estabelecer programas para equipar, em cinco anos, as escolas de educao bsicae, em dez anos, as de educao superior que atendam educandos surdos e aos de visosub-normal, com aparelhos de amplificao sonora e outros equipamentos que facilitem aaprendizagem, atendendo-se, prioritariamente, as classes especiais e salas derecursos.**11. Implantar, em cinco anos, e generalizar em dez anos, o ensino da Lngua Brasileira deSinais para os alunos surdos e, sempre que possvel, para seus familiares e para opessoal da unidade escolar, mediante um programa de formao de monitores, em

    parceria com organizaes no-governamentais. **12. Em coerncia com as metas n 2, 3 e 4, da educao infantil e metas n 4.d, 5 e 6, doensino fundamental:a) estabelecer, no primeiro ano de vigncia deste plano, os padres mnimos de infra-estrutura das escolas para o recebimento dos alunos especiais;**b) a partir da vigncia dos novos padres, somente autorizar a construo de prdiosescolares, pblicos ou privados, em conformidade aos j definidos requisitos de infra-estrutura para atendimento dos alunos especiais;c) adaptar, em cinco anos, os prdios escolares existentes, segundo aqueles padres.13. Definir, em conjunto com as entidades da rea, nos dois primeiros anos de vignciadeste plano, indicadores bsicos de qualidade para o funcionamento de instituies de

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    educao especial, pblicas e privadas, e generalizar, progressivamente, suaobservncia. **14. Ampliar o fornecimento e uso de equipamentos de informtica como apoio

    aprendizagem do educando com necessidades especiais, inclusive atravs de parceriacom organizaes da sociedade civil voltadas para esse tipo de atendimento. **15. Assegurar, durante a dcada, transporte escolar com as adaptaes necessrias aosalunos que apresentem dificuldade de locomoo. **16. Assegurar a incluso, no projeto pedaggico das unidades escolares, do atendimentos necessidades educacionais especiais de seus alunos, definindo os recursosdisponveis e oferecendo formao em servio aos professores em exerccio.17. Articular as aes de educao especial e estabelecer mecanismos de cooperaocom a poltica de educao para o trabalho, em parceria com organizaesgovernamentais e no-governamentais, para o desenvolvimento de programas dequalificao profissional para alunos especiais, promovendo sua colocao no mercadode trabalho. Definir condies para a terminalidade para os educandos que no puderem

    atingir nveis ulteriores de ensino. **18. Estabelecer cooperao com as reas de sade, previdncia e assistncia socialpara, no prazo de dez anos, tornar disponveis rteses e prteses para todos oseducandos com deficincias, assim como atendimento especializado de sade, quandofor o caso.19. Incluir nos currculos de formao de professores, nos nveis mdio e superior,contedos e disciplinas especficas para a capacitao ao atendimento dos alunosespeciais.**20. Incluir ou ampliar, especialmente nas universidades pblicas, habilitao especfica,em nveis de graduao e ps-graduao, para formar pessoal especializado emeducao especial, garantindo, em cinco anos, pelo menos um curso desse tipo em cadaunidade da Federao. **

    21. Introduzir, dentro de trs anos a contar da vigncia deste plano, contedosdisciplinares referentes aos educandos com necessidades especiais nos cursos queformam profissionais em reas relevantes para o atendimento dessas necessidades,como Medicina, Enfermagem e Arquitetura, entre outras. **22. Incentivar, durante a dcada, a realizao de estudos e pesquisas, especialmentepelas instituies de ensino superior, sobre as diversas reas relacionadas aos alunosque apresentam necessidades especiais para a aprendizagem.**23. Aumentar os recursos destinados educao especial, a fim de atingir, em dez anos,o mnimo equivalente a 5% dos recursos vinculados manuteno e desenvolvimento doensino, contando, para tanto, com as parcerias com as reas de sade, assistncia social,trabalho e previdncia, nas aes referidas nas metas n 6, 9, 11, 14, 17 e 18. **24. No prazo de trs anos a contar da vigncia deste plano, organizar e pr em

    funcionamento em todos os sistemas de ensino um setor responsvel pela educaoespecial, bem como pela administrao dos recursos oramentrios especficos para oatendimento dessa modalidade, que possa atuar em parceria com os setores de sade,assistncia social, trabalho e previdncia e com as organizaes da sociedade civil.25. Estabelecer um sistema de informaes completas e fidedignas sobre a populao aser atendida pela educao especial, a serem coletadas pelo censo educacional e peloscensos populacionais. *26. Implantar gradativamente, a partir do primeiro ano deste plano, programas deatendimento aos alunos com altas habilidades nas reas artstica, intelectual oupsicomotora.

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    27. Assegurar a continuidade do apoio tcnico e financeiro s instituies privadas semfim lucrativo com atuao exclusiva em educao especial, que realizem atendimento dequalidade, atestado em avaliao conduzida pelo respectivo sistema de ensino.

    28. Observar, no que diz respeito a essa modalidade de ensino, as metas pertinentesestabelecidas nos captulos referentes aos nveis de ensino, formao de professores eao financiamento e gesto.