plano municipalplano municipal - · pdf fileelaboração do relatório:...
TRANSCRIPT
0
1
PLANO MUNICIPALPLANO MUNICIPALPLANO MUNICIPALPLANO MUNICIPAL
DE EDUCAÇÃODE EDUCAÇÃODE EDUCAÇÃODE EDUCAÇÃO
Ponta Grossa
julho 2008
2
3
Prefeito Municipal: Pedro Wosgrau Filho Secretária Municipal de Educação: Zélia Maria Lopes Marochi Assessora de Gestão Educacional: Teresa Jussara Luporini Elaboração do Relatório: Heloísa Lück
Renato Pereira Diagramação Ponta Grossa, julho de 2008.
Prefeitura Municipal de Ponta Grossa
Secretaria Municipal de Educação
4
5
REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA Conforme a Portaria no 001/2007 (em Anexo)
DELEGADOS SUPLENTES Adriane de Oliveira Bueno Adair Ângelo Dallarosa Alberto Ribeiro dos Santos Adriana Nascimento Capri Alina de Almeida César Adriane Weckerlin Ana Cláudia Martins Nascimento Alcinéia Isabel Maciel de Mattos Ana Maria Fritz Ana Cláudia Wonsowiscz dos Santos Andressa Belloi Cordeiro Claudia Mara Auer de Miranda Antônio Kovalski Clícia Buher Martins Beatriz Chiconato Clóvis Airton de Quadros Carlos Luciano Sant’ana Vargas Daltro Noenberg Carmencita de Holleben Mello Ditzel Domingos Elias Maciel Célia Rejane Gonçalves Elisa Daniele Teixeira da Silva Ceres Benta Berthier Gehlen Elizabeth Silveira Schmidt Cláudio Puríssimo Elizabeth Streiski de Farias Daniele Volpini Eloisa Helena Gardinal Eliane Correia Machado Genelício Crusoé Rocha Elisa Ribas Graciano Ir. Maria Alice Schimit Érico Ribas Machado Jacob Elias Dura Cavagnari Fabiana Postiglioni Mansani Pereira Joel de Oliveira Júnior Fabiano Sutil de Oliveira Karina Barreto Guimarães Giselle Gehler Karla Cristine Justus Ferreira Graciete Tozetto Goes Leatrice Maria Scheffer Gustavo Bowens Lucileni Marise Weiss Stadler Ir. Jaceir Fátima Pinha Maria Augusta Pereira Jorge Ir. Maria Zorzi Maria Etelvina Madalozzo Ramos José Ruiter Cordeiro Maria Hilda Correia Josemari Coelho Marislei de Fátima Zaremba Martins Julio Küller Maristel do Nascimento Larissa Teixeira Ribas Maristela Catarina Schechtel de Mattos Luiz Simão Staszczak Natália Isaura Marquardt Lurdes Thomaz Nelson Ari Canabarro de Oliveira Marco Antônio Razouk Norton Luiz Kossatz Maria Aparecida Prado Patrícia Machado dos Santos Maria Ruth Almeida Noenberg Rubio Sebastião Fogaça Mariane Bueno Furstenberger Silvia Ap. Medeiros Rodrigues Maricy Cardoso Teixeira Pinto Simone de Fátima Flach Maristela Abib Slusarz Siumara Aparecida de Lima Marli de Fátima Rodrigues Valdemar Aleixo Carneiro Matheus Mathuchenko Vera Lúcia Martiniak Mauricéia Kossatz Vera Maria Silvestre Maurício Silva Viviane Ortiz da Silva Miguel Dombrowski William Alves dos Santos Moacir Ávila de Matos Júnior Neuza Helena Postiglioni Mansani Osni Mongruel Junior Pedro Orlando de Almeida Ribeiro Queops Pereira Rita de Cássia Capri Silvia Maria Marçal Sônia Maria Mongruel Tecla Jasinski Teresa Jussara Luporini Vanilda Pacheski Vilmara Franklin da Silva Queiroz Zélia Maria Lopes Marochi
6
7
PROFISSIONAIS DA REDE MUNICIPAL RESPONSÁVEIS pela REALIZAÇÃO DAS MINICONFERÊNCIAS ESCOLARES preparatórias da conferência municipal de educação DIRETORAS de CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL Adriana Canavez Maria Inês Sosnitzki Adriana dos Anjos Marise Enviy Ana Claúdia Zimmernann Ferreira Marlene Martins Beatriz Chiconato Marta Sare Machado Wieczorek Cláudia M. D. Stanczyk Paula Regina Ribeiro Rocheski Denise do Rocio Mezzadri Lopes Rosangela Martins Silveira Dinailce Cândido Cordeiro Sandra Marisa Carneiro Gomes Eli Márcia da Silva Guarneri Silvana Monteiro Durau Elisa L. Baptista de Mattos Silvana Candido Eloísa Helena Gardinal Silvana Foltran Iara MariaIe de Palermo Silvia A. Medeiros Rodrigues Irani Rodrigues Carneiro Simone Aparecida Uongblod Jaqueline Aparecida Bueno Simone do Rocio Lima Monteiro Josélia Januário Burginski Sueli Aparecida Freitas Antunes Joselma Machado Sueli Aparecida Guimarães. Lucélia Aparecida Maier Vilmara Franklin da Silva Queiroz Margarete Beck
DIRETORAS De ESCOLAS DO ENSINO FUNDAMENTAL Adriani Keller Schemberger Lorena do Carmo Molinari Alessandra Braga Kachinski Loreni de Morais Burgardt Alexsandra de Fátima Scorsim Bitecouski Lucélia Aparecida Costa Franco Ana Alice Kraushaar Zimmermann Lucélia Aparecida Ribeiro Ana Maria Batista Luciana Dias de Oliveira Ana Paula de Quadros Luciane Cristina Teixeira B. Pitlovanciv Andreza Mara Beber Boaron Luciane das Graças Ferreira da Silva Ariley Aparecida Guarneri Ferreira Lucileni Marise Weiss Stadler Audrey do Rocio Furquin de Camargo Lucimara Glap Bianca Kanawate Capri Marcia Andrea Favaro Bianca Maria Novak Lacerda Márcia Aparecida Jansen Xavier de Barros Célia Regina Horobinski Márcia Aparecida Moreira Célia Regina Pul Marcia de Lima Paith Célia Rejane Gonçalves Márcia Giovaneti Kintof Ceres Benta Berthier Gehlen Maria Alvina dos Santos Silveira Claudia Cristina Bueno Dambroski Marilza Pavezi Claudia Daniela Coneglian Marinês Poczapski Claudia Mara Auer de Miranda Maristela Abib Slusarz Débora Scremin Mendes Marli Terezinha Marcovicz Dione Wiciechowski Lopes Marli Terezinha Mattos Meira Dirce Verneke Sansana Nelci Aparecida Ruth Elen Cristina de Oliveira Martins Nelzi Maria Tramontin Eliana de Paula Victor Nerci Fátima Inglês de Lara Eliana Gualberto Carvalho Patrícia Acordi Fontana Eliane Aparecida de Araújo Costa Raquel Jobbins de Arruda Eliete Terezinha Schmidt Rosangela Lirani Araujo Elizabete Geron Rodrigues Roseli Aparecida Mendes Elizabeth da Aparecida Euzébio Alves Rosiclea Aparecida de Freitas Tozetto Ema Milene Fávaro Silvana Monteiro Durau Ester de Almeida Simone do Rocio Pereira Neves Geanine Maria Mikowski Simone Rosas Guarnieri Gisele Ferraz de Melo Cox Tânia Mara de Souza Guiomar Silva Bello Tania Mara Jansen Iraci de Fátima Pinheiro Telma Xavier Macedo Irlanda Puchta Brasil Terezinha Kovaltchuk Ribeiro Jacqueline Ângela de Souza Tinaly Lievore Jocimara Schinigoski Valeria de Miranda Josiane Cristina Favaro de Matos Vera Lucia Costa Jucimeri Aparecida Ribeiro Vera Lucia Kovalski Lindamara Aparecida Bastos Vera Rosane Neves da Luz Lorelay Aparecida Gomes de Almeida Lopes Zenaide Neotti Amaral
8
9
Siglas
Ações Pedagógicas Descentralizadas (APEDs) Centro de Educação Aberta a Distância (CEAD) Centro de Educação de Jovens e Adultos Municipal (CEJAM) Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Centro Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos “Professor Paschoal Salles Rosa” (CEEBJA) Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Centro Municipal Professora Helena Kolody – Educação de Jovens e Adultos (CEHELENA) Centros de Educação Infantil conveniado (CEI) Centro de Estudos Supletivos (CES) Companhia de Energia Elétrica do Paraná (COPEL) Companhia de Saneamento do Paraná (SANEPAR) Educação de Jovens e Adultos (EJA) Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) Instituição de Ensino Superior (IES) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES) Ministério da Educação (MEC) Núcleo Regional de Educação (NRE) Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) Produto Interno Bruto (PIB) Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA) Secretaria de Estado de Educação do Paraná (SEED-PR) Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) Secretaria Municipal de Educação (SME) Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) Serviço Nacional do Emprego (SINE) Serviço Social da Indústria (SESI) Serviço Social do Comércio (SESC) Tribunal de Família e Menores (TFM) Tribunal Regional Eleitoral – Paraná (TRE-PR) Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
10
11
Tabelas
Tabela 1 – Evolução de matrículas na Educação Infantil, por mantenedora (2000 a 2008) ............................................... 19
Tabela 2 – Número de alunos atendidos pela Educação Infantil, segundo tipo de instituição educacional (0 a 6 Anos) ....20
Tabela 3 – Evolução de matrículas – Ensino Fundamental: anos iniciais por redes de ensino (2000 a 2008) .....................24
Tabela 4 – Comparação dos resultados nacionais e de Ponta Grossa na Prova Brasil (2007) ............................................ 25
Tabela 5 – Dados Estatísticos do Ensino Fundamental: anos iniciais ............................................................................. 26
Tabela 6 – Evolução de matrículas – Ensino Fundamental: anos finais (2000 a 2008) ...................................................... 31
Tabela 7 – Evolução do número de alunos matriculados no Ensino Médio, por mantenedora (2000 a 2008) .................... 34
Tabela 8 – Matrículas no Ensino Médio – Ponta Grossa (2006) ....................................................................................... 34
Tabela 9 – Expansão da Educação de Jovens e Adultos (2000 a 2008) ........................................................................... 40
Tabela 10 – Estatística de Aprovação – Exame Supletivo (2002 a 2007). ........................................................................ 40
Tabela 11 – Evolução de matrículas – Alfabetização e Escolarização. ............................................................................. 41
Tabela 12 – Evolução de matrículas – Educação Profissional: nível técnico (2000 a 2008) .............................................. 44
Tabela 13 – Número de Alunos em Cursos Profissionalizantes (2008). ........................................................................... 45
Tabela 14 – Matrículas no Ensino Superior. .................................................................................................................. 48
Quadro
Quadro 1 – Distribuição de anos de escolaridade por ciclo .............................................................................................24
Gráficos
Gráfico 1 – Evolução de matrículas na Educação Infantil, por mantenedora (2000 a 2008) ..............................................20
Gráfico 2 – Proporção de atendimento a alunos da Educação Infantil por tipo de instituição educacional (0 a 6 Anos) .....20
Gráfico 3 – Evolução de matrículas – Ensino Fundamental: anos iniciais (2000 a 2008) ...................................................24
Gráfico 4 – Comparação de resultados na Prova Brasil .................................................................................................. 25
Gráfico 5 – Evolução de matrículas – Ensino Fundamental: anos finais (2000 a 2008) ..................................................... 31
Gráfico 6 – Evolução do número de alunos matriculados no Ensino Médio, por mantenedora (2000 a 2008) ................... 34
Gráfico 7 – Expansão da Educação de Jovens e Adultos (2000 a 2008) .......................................................................... 40
Gráfico 8 – Estatística de aprovação EJA (2002-2007) ................................................................................................... 40
Gráfico 9 – Evolução de matrículas – Educação Profissional: nível técnico (2000 a 2008) ................................................ 45
Gráfico 10 – Distribuição de matrículas – Ensino Superior............................................................................................. 48
Gráfico 11 – Cursos – Ensino Superior .......................................................................................................................... 48
12
13
SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................................................. 15
PANORAMA SOCIOECONÔMICO E EDUCACIONAL DO MUNICÍPIO ..................................................................................... 17
TERRITÓRIO ......................................................................................................................................................................... 17
ÁREA POLÍTICO-ADMINISTRATIVA ...................................................................................................................................... 17
ÁREA SOCIAL ....................................................................................................................................................................... 17
ECONOMIA ........................................................................................................................................................................... 18
INFRAESTRUTURA ............................................................................................................................................................... 18
INDICADORES ...................................................................................................................................................................... 18
EDUCAÇÃO INFANTIL........................................................................................................................................................... 18
DIAGNÓSTICO ...................................................................................................................................................................... 18
DIRETRIZES ..........................................................................................................................................................................20
OBJETIVOS E METAS ............................................................................................................................................................ 21
ENSINO FUNDAMENTAL: ANOS INICIAIS ............................................................................................................................. 23
DIAGNÓSTICO ...................................................................................................................................................................... 23
EDUCAÇÃO INCLUSIVA ....................................................................................................................................................... 26 DIRETRIZES .......................................................................................................................................................................... 27
OBJETIVOS E METAS ............................................................................................................................................................28
ENSINO FUNDAMENTAL: ANOS FINAIS ............................................................................................................................... 30
DIAGNÓSTICO ...................................................................................................................................................................... 30
DIRETRIZES .......................................................................................................................................................................... 31
OBJETIVOS E METAS ............................................................................................................................................................ 32
ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................................................... 33
DIAGNÓSTICO ...................................................................................................................................................................... 33
DIRETRIZES .......................................................................................................................................................................... 35
OBJETIVOS E METAS ............................................................................................................................................................ 36
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS .................................................................................................................................... 38
DIAGNÓSTICO ...................................................................................................................................................................... 38
DIRETRIZES .......................................................................................................................................................................... 41
OBJETIVOS E METAS ............................................................................................................................................................42
EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL .................................................................................................. 43
DIAGNÓSTICO ...................................................................................................................................................................... 43
DIRETRIZES ......................................................................................................................................................................... 46
OBJETIVOS E METAS ............................................................................................................................................................ 47
ENSINO SUPERIOR .............................................................................................................................................................. 48
DIAGNÓSTICO ..................................................................................................................................................................... 48
DIRETRIZES ......................................................................................................................................................................... 49
OBJETIVOS E METAS ........................................................................................................................................................... 49
ANEXOS ............................................................................................................................................................................... 51
Anexo A – Decreto n° 1517/2007, Institui a I Conferência Municipal de Educação da Cidade de Ponta Grossa. ........................... 53
Anexo B – Portaria nº 001/2007, Estrutura Organizacional da I Conferência Municipal de Educação da Cidade de Ponta Grossa 55
Anexo C – Decreto Municipal nº 1821/2007, Aprova o Regimento Interno da I Conferência Municipal de Educação da Cidade de Ponta Grossa ........................................................................................................................................................................ 60
Anexo D – Decreto Municipal nº 1833/2007, Compõe o Quadro dos Delegados e Suplentes, Representantes dos seus Respectivos Segmentos na I Conferência Municipal de Educação da Cidade de Ponta Grossa .................................................. 73
Anexo Ea – Cronograma de Realização de Minicensos Educacionais nos Bairros e vilas da Cidade ............................................ 77
Anexo Eb – Registros Iconográficos do Minicenso Educacional ............................................................................................... 79
Anexo F – Histórico da Construção do Plano Municipal de Educação do Município de Ponta Grossa – Pr .................................. 81
14
15
APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
O presente Plano Municipal de Educação, delineado de forma participativa pela
sociedade ponta-grossense, tem por objetivo definir diretrizes, objetivos e metas para o
atendimento das necessidades educacionais de sua população, nos próximos dez anos. Ele se
constitui na definição de uma política pública de caráter abrangente e visão de futuro, de modo a
promover o desenvolvimento contínuo de ações educacionais consistentes e asseguradoras da
melhoria contínua da aprendizagem e formação dos alunos do sistema de ensino de Ponta
Grossa. Nesse sentido, ele define o compromisso da cidade com o futuro da sua cidadania, pela
Educação, tendo como princípio condutor a diminuição de desigualdades sociais e a alavancagem
da educação de seus munícipes.
Para tanto, o Plano foi elaborado a partir de um grande e longo movimento
participativo de todos os segmentos da sociedade, de todos os níveis educacionais, de todas as
redes de ensino e de todos os bairros e distritos da cidade (ver Anexos A, B e C). Toda a
elaboração do Plano foi conduzida de forma democrática e participativa, envolvendo
representantes da sociedade civil organizada, representações de órgãos das várias instâncias da
administração pública, dos profissionais da educação em seus vários níveis e modalidades e das
famílias dos estudantes (ver Anexo D e E). O quadro situacional da educação ponta-grossense foi
amplamente debatido e analisado, de modo a construir um melhor entendimento, pela liderança
municipal, de seus desafios e suas prioridades. Foram promovidas conferências de educação,
miniconferências, minicensos, palestras, oficinas pedagógicas, relatos de práticas gestoras e
exposição pedagógica das unidades escolares e de Educação Infantil, de modo a permitir à
comunidade debater e conhecer os desafios da educação ponta-grossense, tornar claras as suas
expectativas educacionais e firmar compromissos da sociedade com a sua realização (ver Anexo
F).
Portanto, a partir de tal construção participativa, o Plano vai ao encontro dos anseios e
expectativas da sociedade ponta-grossense, que decide se comprometer coletivamente, a partir
de sua aprovação em Lei, com o desenvolvimento contínuo, sistemático e consistente da
educação ofertada em suas instituições educacionais para seus munícipes, definindo para Ponta
Grossa a vocação de Cidade Educadora.
A sua implementação, em consequência, demandará o envolvimento, em forma de
parcerias, dos diversos segmentos da sociedade ponta-grossense e o compromisso com o apoio à
realização dos objetivos e metas propostos.
O presente plano apresenta a concepção educacional que permeia os diferentes níveis
de ensino e seus objetivos e metas que nortearão a condução da política educacional do
município no próximo decênio.
16
17
PANORAMA SPANORAMA SPANORAMA SPANORAMA SOOOOCIOECONÔMICOCIOECONÔMICOCIOECONÔMICOCIOECONÔMICO E E E E EDUCACIONAL DO MUNICÍPIOEDUCACIONAL DO MUNICÍPIOEDUCACIONAL DO MUNICÍPIOEDUCACIONAL DO MUNICÍPIO
De acordo com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social
(IPARDES), utilizando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Tribunal
Regional Eleitoral - Paraná (TRE-PR), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do Ministério da Educação
(MEC/INEP), do Tribunal de Família e Menores (TFM), da Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA),
da Companhia de Energia Elétrica do Paraná (COPEL), da Companhia de Saneamento do Paraná
(SANEPAR), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD/IPEA/FJP), da
Prefeitura Municipal e do próprio IPARDES, o perfil do município de Ponta Grossa se estabelece da
seguinte maneira:
TERRITÓRIOTERRITÓRIOTERRITÓRIOTERRITÓRIO Instalação 06/12/1855
Área terrestre 2.025,697 km2
Distância da capital 117,70 km
Fontes: SEMA; SETR.
ÁREA POLÍTICOÁREA POLÍTICOÁREA POLÍTICOÁREA POLÍTICO----ADMINISTRATIVAADMINISTRATIVAADMINISTRATIVAADMINISTRATIVA Número de eleitores 206.388 pessoas
Prefeito Pedro Wosgrau Filho
Fontes: TRE-PR (2007), TSE (2007).
A população do município é de 306.351 habitantes, dos quais 206.388 são eleitores.
São registrados 59.349 habitantes vivendo em condições de pobreza, totalizando 19% da
população. O número de domicílios é de 87.369 nos quais vivem 15.075 de famílias em
condição de pobreza. Dessa população, 82.828 habitantes estão matriculados em algum
nível de escolaridade, perfazendo 27% da população.
ÁREA SOCIALÁREA SOCIALÁREA SOCIALÁREA SOCIAL População Censitária – Total 273.616 habitantes
População – Contagem (1) 306.351 habitantes
Pessoas em Situação de Pobreza (2) 59.349
Famílias em Situação de Pobreza (2) 15.075
Número de Domicílios – Total 87.369
Matrículas na Pré-escola 5.203 alunos
Matrículas no Ensino Fundamental 50.575 alunos
Matrículas no Ensino Médio 13.829 alunos
Matrículas no Ensino Superior 13.221 alunos
Fontes: IBGE (2000, 2007); IBGE/IPARDES (2000); MEC/INEP (2005, 2006).
18
ECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIA População Economicamente Ativa 118.719 pessoas
Receitas Municipais 227.537.955,12 (R$ 1,00)
Despesas Municipais 224.168.746,61 (R$ 1,00)
Fontes: IBGE (2000, 2006); TFM (2006); SEFA (2006); Prefeitura (2006).
INFRAESTRUTURAINFRAESTRUTURAINFRAESTRUTURAINFRAESTRUTURA Abastecimento de Água 96.977 unid. atend. (3)
Atendimento de Esgoto 62.259 unid. atend. (3)
Consumo de Energia Elétrica - Total 621.373 mwh
Consumidores de Energia Elétrica - Total 98.656
Fontes: COPEL (2006); SANEPAR (2007).
INDICADORESINDICADORESINDICADORESINDICADORES Densidade Demográfica 151,23 hab/km2
Índice de Desenvolvimento Humano - IDH-M 0,804
PIB per capita 13.299 (R$ 1,00)
Índice de Gini 0,570
Grau de Urbanização 97,47 %
Taxa de Crescimento Geométrico 1,90 %
Taxa de Pobreza (2) 18,55 %
Fontes: PNUD/IPEA/FJP (2000); IBGE (2000); IBGE/IPARDES (2005); IPARDES (2007).
Notas: (1) Resultados da população residente em 1º de abril de 2007, encaminhados ao Tribunal de Contas da União em 14 de novembro de 2007. Para os
municípios com mais de 170.000 habitantes (Cascavel, Colombo, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e São José dos Pinhais) não
houve contagem da população e nesses casos foi considerada a estimativa na mesma data. (2) Pessoas em situação de pobreza é a população calculada em função da renda familiar per capita de até 1/2 salário mínimo. Os dados referentes à
Situação de Pobreza são provenientes dos microdados do Censo Demográfico (IBGE) e das Tabulações especiais feitas pelo Ipardes.
(3) Unidades (economias) atendidas é todo imóvel (casa, apartamento, loja, prédio, etc.) ou subdivisão independente do imóvel para efeito de
cadastramento e cobrança de tarifa (Adaptado do IBGE, CIDE, SANEPAR).
Convenção utilizada
... Dado não disponível - Fenômeno não existe
(P) Dado preliminar
EDUCAÇÃO INFANTILEDUCAÇÃO INFANTILEDUCAÇÃO INFANTILEDUCAÇÃO INFANTIL
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
Desde a implantação de políticas educacionais em meados da década de 1990, o Brasil vive
uma reformulação sem precedentes na estrutura organizativa e didática da educação. Com a
promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n° 9394/1996, o país passou a
experimentar uma nova concepção da educação oferecida aos seis primeiros anos de vida.
19
Nesse contexto, as municipalidades brasileiras assumiram o atendimento à Educação
Infantil, cumprindo as normas prescritas na legislação.
A partir desse marco legal, o município de Ponta Grossa implementou no período 2005-
2007 melhorias na qualidade do atendimento à primeira infância, adotando os seguintes princípios:
– a criança é um sujeito de direitos, cabendo à municipalidade a responsabilidade em ofertar esse nível de ensino;
– a habilitação exigida para o profissional da Educação Infantil é de nível superior, aceitando-se, no mínimo, o nível médio, na modalidade Normal;
– a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica e tem como objetivo o desenvolvimento integral da criança, respeitando suas diferenças e sua singularidade;
– a formação continuada dos profissionais da Educação Infantil é sistematizada pelo sistema de ensino, associando a teoria e a prática.
O Município de Ponta Grossa atende, atualmente, um contingente de 5.537 crianças em 36
Centros Municipais de Educação Infantil – CMEIs, 18 Centros de Educação Infantil conveniados –
CEIs e 5 Escolas Municipais.
Pode-se observar na Tabela, a seguir, um crescimento considerável no atendimento de
crianças na Educação Infantil no município de Ponta Grossa, fato esse que se tornou possível com a
conclusão, inauguração e entrega às comunidades de 6 (seis) Centros Municipais de Educação
Infantil, no ano de 2006, e também com a criação do quadro específico de profissionais para o
atendimento da clientela, os quais foram selecionados mediante concurso público realizado em
junho de 2005. Tal ação corrigiu equívocos de contratação terceirizada, até então existente.
Tabela 1 – Evolução de matrículas na Educação Infantil, por mantenedora (2000 a 2008)
2000-2004 2005-2008
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Estadual 128 150 147 127 125 123 0 0 *
Federal 0 0 0 0 0 0 0 0 *
Municipal 3838 830 959 1942 2463 2376 2653 3301 3555
Particular 2685 4196 3961 3926 4015 3911 4056 3200 *
Nota: * dados não disponíveis. Fonte: Divisão de Estatística e Informação Educacional da SME-PG; INEP < http://www.inep.gov.br >.
20
O Gráfico 1 permite visualizar o contínuo crescimento de matrículas na Educação Infantil
assumidas pelo município de Ponta Grossa e a recente queda do número de matrículas no ensino
particular.
Gráfico 1 – Evolução de matrículas na Educação Infantil, por mantenedora (2000 a
2008)
Tabela 2 – Número de alunos atendidos pela Educação Infantil, segundo tipo de
instituição educacional (0 a 6 Anos)
Gráfico 2 – Proporção de atendimento a alunos
da Educação Infantil por tipo de instituição
educacional (0 a 6 Anos)
Instituição educacional Total
CMEIs 3.285
CEI (ONGs, filantropia) 1.670
Rede particular 2.961
Sem atendimento (estimativa) 7.084
Total 15.000
O Plano Nacional de Educação propõe que a oferta de Educação Infantil conceda
prioridade às crianças das famílias de menor renda, situando as instituições educacionais desse nível
nas áreas de maior necessidade e nelas concentrando o melhor de seus recursos técnicos e
pedagógicos. Cabe destacar que esse atendimento não caracteriza a Educação Infantil pública como
uma ação pobre para pobres, mas sim, uma educação de qualidade que, orientada pelo princípio da
equidade, destina-se prioritariamente para as crianças mais sujeitas à exclusão ou vítimas dela.
DIRETRIZESDIRETRIZESDIRETRIZESDIRETRIZES
A Educação Infantil é um direito da criança e uma obrigação do Estado e das famílias,
conforme o Art. 208, Capítulo IV da Constituição Federal de 1988. Cabe, portanto ao Estado a
iniciativa de oferta dessa educação para seus munícipes, notadamente em apoio às famílias que
apresentem dificuldades e limitações evidentes no atendimento às necessidades educacionais e
formadoras das crianças.
21
Esse direito, firmado constitucionalmente, está em acordo com o reconhecimento de que
a Educação é processo que começa com o nascimento e tem continuidade pelo resto da vida.
Conforme a ciência tem identificado, quanto mais cedo a criança recebe as estimulações ao seu
desenvolvimento global, melhor se aproveita a oportunidade de promover o desenvolvimento de
seu potencial, no momento em que o ser humano está mais propenso a essa estimulação.
Entende-se a criança como um ser autônomo e ativo, um sujeito histórico e social, que faz
parte de uma organização familiar, de uma sociedade e de uma cultura, trazendo marcas dessas
organizações, assim como nelas deixando suas marcas. Possui natureza singular, tem seu modo de
pensar o mundo, e constrói seus conhecimentos a partir das interações com o outro e com o meio
que o circunda, utilizando diversas linguagens que permitem desenvolver ideias a respeito do
mundo e das interações que nele desenvolvem.
Interagindo com as pessoas e as “coisas”, as crianças atribuem significado a tudo aquilo
que as cerca e dessa forma vivenciam uma experiência cultural formadora de sua identidade como
pessoa.
É nessa perspectiva que se situa a Educação Infantil, considerando que as crianças têm
necessidade de atenção, carinho, segurança, alimentação, assim como de estimulações cognitivas e
sociais que lhes permitam desenvolver o seu potencial como seres sociais ativos. As instituições de
Educação Infantil, em complementação e apoio às famílias, se constituem, portanto, em espaços de
descoberta do mundo, lugar para a curiosidade, o desafio, a investigação, de modo a levar as
crianças a conhecerem o mundo e conhecerem-se no mundo, desenvolvendo o seu potencial para
aprender a aprender, aprender a ser, aprender a conviver e a fazer.
Essa demanda torna imprescindível o cuidado com a qualidade dessa atuação, mediante,
dentre outros aspectos, qualidade dos espaços físicos e materiais pedagógicos; formação
continuada dos seus profissionais; propostas pedagógicas consistentes; processos pedagógicos
estimulantes, continuamente revistos mediante avaliação sistemática e acompanhamento do
trabalho pedagógico das instituições pela equipe da Secretaria Municipal de Educação. Também é
imprescindível a colaboração e o apoio às famílias e articulação com as demais áreas de atuação da
Prefeitura (Assistência Social, Saúde, Lazer, Cultura, Transporte, etc) e instituições e organizações
da sociedade civil.
OBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METAS
1. Assegurar matrícula na Educação Infantil para toda criança a partir dos quatro anos de
idade e ampliar, com aumentos progressivos, ano a ano, a oferta de vagas de
Educação Infantil para atender em 5 anos, a contar da data de promulgação desta Lei,
100% da demanda de crianças de 0 a 3 anos.
2. Promover, anualmente, avaliação institucional das unidades que ofertam Educação
Infantil no município, com vistas à efetividade de sua gestão e qualidade de ensino
ofertado.
22
3. Garantir permanentemente a adoção dos padrões básicos de infraestrutura,
equipamentos, mobiliários, materiais pedagógicos, alimentação e espaços adequados
às características e necessidades educacionais das crianças, previstos para a Educação
Infantil, na Lei do Sistema de Ensino Municipal vigente.
4. Assegurar recursos financeiros suficientes para o cumprimento dos padrões básicos
de infraestrutura, especialmente os que se referem a equipamentos, mobiliário e
materiais pedagógicos apropriados às crianças.
5. Garantir a realização de programas para a Formação Continuada dos profissionais que
atuam na Educação Infantil, voltados para a sua atualização, aperfeiçoamento e
acesso à produção acadêmica e científica específicos à sua área de atuação.
6. Dar atendimento global às necessidades dos alunos das unidades de Educação Infantil
mediante ação articulada e colaboração entre Secretarias: de Educação, Saúde,
Cultura, Assistência Social, Esportes e Recreação e Autarquia de Trânsito.
7. Atender necessidades específicas de desenvolvimento das crianças mediante:
– ampliação do Programa Saúde do Escolar, com profissionais especializados nas
áreas de: fonoaudiologia, psicologia, oftalmologia, neuropediatria e
otorrinolaringologia;
– efetivação do atendimento na área de Assistência Social, coordenado pelo Centro
de Referência de Assistência Social – CRAS, da Secretaria Municipal de Assistência
Social – SMAS;
– realização de Avaliação Médico-Biométrica anual para os alunos;
– criação e implementação de projetos específicos na área cultural (artes plásticas,
cênicas, músicas, danças) nos CMEIs;
– manutenção de projetos relacionados à Educação no Trânsito.
8. Estabelecer, com a colaboração dos órgãos responsáveis pela Educação, Saúde e
Assistência Social – SMAS, programas de orientação aos pais de crianças em situação
de pobreza, violência doméstica e desagregação familiar extrema.
9. Consolidar a gestão democrática nos Centros Municipais de Educação Infantil,
ampliando a participação dos pais e demais representantes da comunidade.
10. Incentivar e orientar a participação efetiva e o fortalecimento das relações
família/escola/comunidade no atendimento e acompanhamento de todas as
necessidades educacionais dos alunos.
11. Promover ação permanente voltada para o desenvolvimento e vivência dos valores
imprescindíveis à formação do cidadão e educação humanística.
12. Realizar eventos culturais que contemplem a participação das instituições de
Educação Infantil, divulgando as atividades pedagógicas e culturais realizadas como
prática de enriquecimento cultural.
23
13. Estimular e apoiar o desenvolvimento de metodologias inovadoras que propiciem as
condições necessárias para a estimulação de aprendizagens significativas, tanto no
espaço escolar quanto em atividades extraclasse.
14. Garantir a valorização dos profissionais da Educação Infantil pela implantação/revisão
e cumprimento efetivo de Planos de Carreira, Cargos e Vencimentos.
15. Admitir profissionais, para atuarem na Educação Infantil, com formação mínima de
Ensino Médio – modalidade normal, ou superior a ela, a partir da vigência desse plano.
16. Assegurar a observância, nas unidades de Educação Infantil, dos padrões legais de
qualidade, de condições físicas, materiais e humanas necessárias ao atendimento dos
alunos com necessidades educacionais especiais.
17. Ampliar o atendimento para alunos com necessidades educacionais especiais e suas
famílias, tanto em relação à rede de apoio, quanto à periodicidade de atendimento
sistemático.
ENSINO FUNDAMENTAENSINO FUNDAMENTAENSINO FUNDAMENTAENSINO FUNDAMENTAL: ANOS INICIAISL: ANOS INICIAISL: ANOS INICIAISL: ANOS INICIAIS
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
Aperfeiçoar o processo de ensino e aprendizagem da Rede Municipal de Ensino é objetivo
da Secretaria Municipal de Educação. Para atingir esse resultado, trabalha-se nos eixos
administrativo, financeiro e pedagógico. Os três eixos não podem ser entendidos isoladamente,
mas, em uma relação de interdependência, tendo-se clareza de que o bom trabalho nos eixos
administrativo e financeiro irá repercutir nos bons resultados do trabalho pedagógico.
Atuando junto às unidades escolares, a Secretaria Municipal de Educação prioriza a
formação continuada das equipes gestoras e profissionais do magistério lotados nas escolas, para
que a qualidade de ensino se efetive. Sabe-se que, ao assegurar uma aprendizagem com qualidade
no primeiro segmento do Ensino Fundamental, inova-se na formação de sujeitos mais autônomos e
conscientes de seu papel na sociedade.
Conforme se verifica na Tabela 3 a seguir, o município de Ponta Grossa promoveu um
gradual processo de municipalização das séries iniciais do Ensino Fundamental, a qual se tornou
plena no ano de 2006, quando foram zeradas as matrículas atendidas nesse nível de ensino pelo
Estado.
24
Tabela 3 – Evolução de matrículas – Ensino Fundamental: anos iniciais por redes de ensino (2000 a 2008)
2000-2004 2005-2008
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Estadual 4031 3465 629 243 240 241 0 0 *
Federal 0 0 0 0 0 0 0 0 *
Municipal 18426 22068 25679 25232 25366 25119 21936 21433 *
Particular 3248 3239 3177 3258 3321 3212 3584 3984 *
Nota: * dados não disponíveis. Fonte: INEP < http://www.inep.gov.br >.
Gráfico 3 – Evolução de matrículas – Ensino Fundamental: anos iniciais (2000 a 2008)
A Rede Municipal de Ensino de Ponta Grossa atende atualmente a 20.845 alunos do Ensino
Fundamental regular, organizados em 803 turmas nas 83 unidades escolares do município. A
Proposta Pedagógica da rede municipal contempla o ensino por ciclos de aprendizagem, divididos
da seguinte maneira:
1° Ciclo 1º Ano 2º Ano 3º Ano
6 anos 7 anos 8 anos
2° Ciclo 1º Ano 2º Ano
9 anos 10 anos
Quadro 1 – Distribuição de anos de escolaridade por ciclo
O Ensino Fundamental de nove anos assegura um ano a mais no 1º ciclo para a
consolidação da alfabetização e letramento. A organização por ciclos garante um tempo maior de
aprendizagem, respeitando-se o tempo da criança.
25
A escola organizada em ciclos de aprendizagem traz a necessidade de uma avaliação
contínua no sentido de diagnosticar as dificuldades que os alunos apresentam quanto à
aprendizagem no decorrer de cada ciclo, já que a política educacional objetiva a não retenção, a
qual, em casos extremos e inevitáveis, é passível de acontecer apenas no final dos ciclos. Assim, a
proposta educativa orienta-se pela avaliação formativa, pois a mesma garante a regulação da
aprendizagem, trabalhando-se com os objetivos de que o aluno ainda não se apropriou. Desta
forma, o planejamento pedagógico contempla o trabalho diversificado, tendo-se clareza da
singularidade de cada educando.
As metas definidas pela Secretaria Municipal de Educação de Ponta Grossa, para o
quatriênio 2005-2008 foram:
Cumprimento pleno de 200 dias letivos
frequência de alunos na escola : 98%
frequência de professores : 98%
redução da reprovação por falta a 2%
redução da reprovação por desempenho a 5%
redução da distorção idade-série a 5%
alfabetização com alunos de 7 anos : 95%
aprovação por desempenho: 95%
correspondência idade-série: 95%
Os Resultados da Prova Brasil de 2007 (alunos da 4ª série) indicam 171,40 como média
nacional em Língua Portuguesa, sendo 185,30 a média atingida pelos alunos do município de Ponta
Grossa. Em Matemática, a média nacional foi de 189,14 e os alunos do município de Ponta Grossa
atingiram 203,96. Observa-se, assim, que o desempenho da rede municipal se encontra superior à
média nacional.
Tabela 4 – Comparação dos resultados nacionais e de Ponta Grossa na Prova Brasil
(2007)
média nacional média município
Língua Portuguesa 171,40 185,30
Matemática 189,14 203,96
A verificação do alcance de metas em relação à
qualidade do ensino e respectiva aprendizagem dos alunos
tem sido feita por meio de avaliações externas de Língua
Portuguesa e Matemática, realizadas em todas as turmas,
objetivando diagnosticar as dificuldades no processo ensino e
aprendizagem. As mesmas são realizadas em dois momentos do ano letivo: no primeiro semestre e
no segundo semestre. Os resultados das avaliações externas também servem como parâmetro para
orientar as necessidades de formação continuada da rede municipal de ensino.
Gráfico 4 – Comparação de resultados na Prova
Brasil
26
Quanto ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB, o município de Ponta
Grossa apresenta, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, para o ano de 2007, o índice 5,0 (cinco),
acima da média nacional, que foi de 4,2 (quatro vírgula dois).
Pelos indicadores analisados pode-se afirmar que a qualidade do ensino, que é um dos
objetivos da política educacional da Secretaria Municipal de Educação, tem avançado e promovido
resultados promissores no sentido da melhoria contínua de sua qualidade. No entanto, os resultados
quantitativos obtidos na avaliação externa, analisados em conjunto com os dados qualitativos da
avaliação processual realizada pelas escolas, remetem à necessidade ainda presente de intensificar
o trabalho pedagógico no que se refere à leitura e escrita, visando à alfabetização e letramento. Na
área de Matemática observa-se que a resolução de situações problemas ainda representa um
desafio a ser vencido e o trabalho de orientação às escolas tem sido fortemente dirigido para tal
objetivo.
O nível de satisfação da população com a qual se fez contato, por meio dos minicensos
educacionais realizados de junho a dezembro de 2007 (ver Anexo E), é alto e reflete o compromisso
dos profissionais do magistério municipal com os resultados da aprendizagem, servindo os dados de
monitoramento mensais de desempenho como base para as intervenções pedagógicas necessárias.
EDUCAÇÃO INCLUSIVAEDUCAÇÃO INCLUSIVAEDUCAÇÃO INCLUSIVAEDUCAÇÃO INCLUSIVA
A inclusão social e educacional é um processo que se concretiza no Brasil, por meio de uma
política de educação cujos pressupostos filosóficos compreendem a construção de uma escola
aberta para todos e que respeita e valoriza a diversidade. Assumir a diversidade pressupõe o
reconhecimento do direito à diferença como enriquecimento educativo e social. Este processo vem
provocando mudanças de paradigma, impulsionando as pessoas a conviverem com uma concepção
de aprendizagem, sem restrições de qualquer ordem.
A escola, como local de
aprendizagem e formação, precisa adequar-se
a esse novo paradigma, aceitando as
diferenças e buscando o crescimento através
delas.
Nessa perspectiva, a Secretaria
Municipal de Educação adota como política
educacional a inclusão total de seus alunos na
Rede Regular de Ensino. Esta política está
pautada na crença de que todo aluno é capaz
de aprender, no seu tempo e no seu ritmo,
valorizando a visão de totalidade, de cidadania
e justiça social. Alguns dados estatísticos
demonstram o caminho realizado, conforme
demonstrado na Tabela 5.
Tabela 5 – Dados Estatísticos do Ensino Fundamental: anos iniciais
Número total de alunos matriculados em escolas da rede municipal, alunos em classes especiais e incluídos,
(2002 – 2007)
Rede municipal Classe especial Incluídos
2002 26.814 176 –
2003 27.271 153 –
2004 28.672 133 76
2005 28.546 133 90
2006 25.727 15* 136
2007 25.759 10* 185 Nota:
* Estes números referem-se a uma sala de condutas típicas que existia na Rede Municipal de Ensino devido ao comprometimento dos alunos. Gradativamente os mesmos estão sendo preparados para serem inseridos no ensino regular. Em 2007, um dos alunos oriundos desta classe, foi inserido em uma das escolas da rede municipal de ensino, apresentando um bom desempenho.
Fonte: INEP.
27
Observa-se que o trabalho com a diversidade é uma realidade na Rede Municipal e,
portanto, não é mais possível manter esses alunos separados dos demais, como se não fossem
capazes de interagir na sociedade.
Para a consolidação dessa política, com qualidade, faz-se necessária a formação
continuada de professores, e a mesma foi efetivada por meio de seminários realizados a partir de
2005, nos quais participaram professores e gestores do município de Ponta Grossa e das cidades de
abrangência (74 municípios), já que Ponta Grossa foi instituída, em 2005, como polo do MEC para a
disseminação da Educação Inclusiva.
Ao apoiar a formulação de culturas, políticas e práticas inclusivas nas escolas públicas,
como forma de estimular a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais na vida
escolar e social, a SME busca garantir o desenvolvimento pleno dos alunos, assim como a formação
de profissionais para a aplicação dessas práticas.
Ao assumir como política educacional a inclusão de todos os alunos, a Secretaria Municipal
de Educação contribui para a criação de uma sociedade mais justa e democrática.
Para tanto, organizou na Escola Municipal Humberto Cordeiro um atendimento
educacional intenso, visando à escolarização dos alunos maiores de 14 anos oriundos de classes
especiais mantidas até o ano de 2005 pelo município. Assim, a SME organizou os espaços e os
recursos e disponibilizou uma equipe de professores com perfil pedagógico e profissional que
auxiliasse no atendimento desses alunos. No entanto, a Secretaria Municipal de Educação
compreende este processo de transição e continua a apoiar as instituições especializadas, através da
cedência de profissionais.
Entende-se que a inclusão só ocorrerá de fato quando o ensino regular e as instituições
especializadas trabalharem em regime de colaboração, isto é, a escola ocupando-se do que lhe é
inerente – o ensino – e as instituições exercendo seu papel nas necessidades educacionais especiais
específicas de cada aluno.
Tendo como concepção os princípios de uma educação inclusiva, o trabalho pedagógico
favoreceu a intervenção no enfrentamento da exclusão educacional e social. Entre eles, uma das
ações fundamentais foi fortalecer a relação entre a escola e a família, oferecendo a Educação de
Jovens e Adultos aos familiares que não tiveram acesso à escolarização em tempo regular.
As metas da Educação Inclusiva inserem-se, no Plano Municipal de Educação, naquelas
indicadas para todos os níveis e modalidades de ensino obedecendo aos princípios de inclusão
propostos pelos sistemas de ensino municipal e estadual.
DIRETRIZESDIRETRIZESDIRETRIZESDIRETRIZES
O Ensino Fundamental se constitui numa importante etapa da Educação Básica, de caráter
obrigatório para todas as crianças de seis a 14 anos, com duração de nove anos. Ele se propõe a
promover o desenvolvimento cognitivo, psicomotor, afetivo, social, ético e estético de seus alunos,
tendo em vista uma formação ampla e global.
28
O Ensino Fundamental tem o papel de sedimentar as bases para a formação de pessoas
saudáveis, plenas e conscientes de seu mundo e de seu papel nesse mundo, de modo a virem a
aprender continuamente, participarem ativamente de seus ambientes sociais e de trabalho,
contribuindo com o seu desenvolvimento e, também, dessa forma, desenvolvendo-se elas mesmas
continuamente.
A aquisição sólida do domínio da escrita, leitura, interpretação crítica, cálculo, raciocínio
abstrato, resolução de problemas e trabalho colaborativo são componentes fundamentais dessa
formação que não só prepara os alunos para tirarem melhor proveito dos anos futuros de
escolaridade, como também, de exercerem sua cidadania plenamente.
Dividido em duas etapas, de 1º ao 5º ano e do 6º ao 9º ano, o Ensino Fundamental tem
caráter universal, devendo ser ofertado, com qualidade para todas as crianças a partir dos seis anos
de idade. Mediante o princípio de inclusão e equidade, Ponta Grossa propõe-se a promover Ensino
Fundamental com qualidade para os anos iniciais, de modo a garantir a seus alunos a formação
necessária a uma vida saudável, feliz e produtiva.
OBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METAS
1. Assegurar o acesso, a permanência e o efetivo aprendizado escolar dos alunos
matriculados nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
2. Garantir o atendimento aos alunos com dificuldades de aprendizagem, por meio de
programas e/ou medidas de acompanhamento pedagógico, com recursos humanos,
financeiros e pedagógicos específicos, visando à superação das limitações
diagnosticadas ao longo dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
3. Promover, anualmente, práticas de avaliação institucional das unidades escolares, com
vistas à melhoria contínua da qualidade de ensino e sua maior efetividade na
promoção da aprendizagem e formação dos alunos, incluindo dados da avaliação
externa, quando couber.
4. Garantir a adoção de padrões básicos de infraestrutura, equipamentos, mobiliários,
materiais pedagógicos, alimentação e espaços adequados às características de
crianças com necessidades educacionais especiais, visando à sua inclusão em escolas
de Ensino Fundamental regular.
5. Prover de transporte escolar as zonas rurais, com colaboração financeira da União,
Estados e Municípios, de forma a garantir a escolarização dos alunos e o acesso à
escola por parte do professor.
6. Revisar a legislação municipal referente aos critérios de infraestrutura, de modo a
atualizar os padrões de qualidade nela definidos.
7. Garantir a implantação, ampliação, atualização e implementação de bibliotecas e de
laboratórios de informática, bem como a gestão para a sua utilização plena pela
comunidade interna e disponibilização à comunidade externa da escola de acordo com
os seus projetos educacionais.
29
8. Garantir, anualmente, a realização de programas e destinação de recursos para a
Formação Continuada de profissionais da educação, que favoreçam a atualização, o
aperfeiçoamento, a disseminação e o acesso à produção acadêmica.
9. Promover o atendimento das necessidades de desenvolvimento global dos alunos das
unidades escolares por meio de mecanismos de comunicação e colaboração entre as
Secretarias de Educação, Saúde, Cultura, Assistência Social, Esportes e Recreação e
Autarquia de Trânsito, em número suficiente de profissionais, quanto à:
– ampliação do Programa Saúde do Escolar, com profissionais especializados nas
áreas de: fonoaudiologia, psicologia, oftalmologia, neuropediatria e
otorrinolaringologia;
– efetivação do atendimento na área de Assistência Social, através do CRAS (Centro
de Referência de Assistência Social);
– realização de Avaliação Médico-Biométrica anual para os alunos que participam de
atividades físicas e jogos competitivos;
– criação e efetivação de projetos específicos na área cultural (artes plásticas,
cênicas, músicas, danças) nas unidades escolares;
– manutenção de projetos relacionados à segurança e à educação no Trânsito.
10. Estabelecer, com a colaboração dos órgãos responsáveis pela Educação, Saúde e
Assistência Social, programas de orientação aos pais nos casos de pobreza, violência
doméstica e desagregação familiar extrema.
11. Consolidar a gestão democrática da escola, mediante a ampliação da participação dos
pais e demais representantes da comunidade.
12. Incentivar a participação efetiva e o fortalecimento das relações
família/escola/comunidade, no atendimento e acompanhamento de todas as
necessidades escolares dos alunos.
13. Promover ação permanente voltada para o desenvolvimento e vivência de valores
imprescindíveis à formação do cidadão.
14. Realizar eventos culturais que contemplem a participação das instituições de Ensino
Fundamental dos anos iniciais, divulgando as atividades pedagógicas e culturais
realizadas como prática de enriquecimento curricular.
15. Estimular e apoiar o desenvolvimento de metodologias inovadoras propiciadoras das
condições necessárias para o desenvolvimento de aprendizagens significativas, tanto
no espaço escolar, quanto em atividades extraclasse.
16. Garantir a valorização dos profissionais do Ensino Fundamental dos anos iniciais,
promovendo a revisão e cumprimento efetivo de Planos de Cargos, Carreira e Salários.
17. Assegurar a observância, nas unidades de ensino, de padrões legais de qualidade,
quanto a condições físicas, materiais e humanas necessárias ao atendimento dos
alunos com necessidades educacionais especiais.
30
18. Ampliar o atendimento para alunos com necessidades educacionais especiais e suas
famílias, tanto em relação à rede de apoio, quanto à periodicidade de atendimento
sistemático.
19. Valorizar a transversalidade curricular de forma a despertar o espírito científico do
educando para novas tecnologias, com ênfase na conscientização do seu correto uso
quanto às questões éticas e morais que protegem e respeitam a dignidade do ser
humano.
20. Mobilizar as escolas para participar de programas para a conservação da natureza e
sua biodiversidade, contribuindo para que pesquisadores, cientistas, estudantes e
pessoas comuns atuem por meio de formas coletivas e sistematizadas, cobrando
melhores políticas públicas em favor da natureza.
21. Promover o desenvolvimento da consciência sobre a necessidade de conservar áreas
naturais responsáveis pelos serviços ambientais, que geram o fornecimento da água e
energia, mantêm a qualidade do ar, o equilíbrio climático, a fertilidade dos solos e as
possibilidades de descobertas científicas.
ENSINO FUNDAMENTAL: ANOS FINAISENSINO FUNDAMENTAL: ANOS FINAISENSINO FUNDAMENTAL: ANOS FINAISENSINO FUNDAMENTAL: ANOS FINAIS
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
De acordo com as diretrizes norteadoras do Ensino Fundamental contidas na Constituição
Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e nas Diretrizes Curriculares para o
Ensino Fundamental, esse nível de ensino deve atingir a sua universalização, sob a responsabilidade
do Poder Público, considerando a indissociabilidade entre acesso, permanência e qualidade da
educação escolar. Este Plano se fundamenta, pois, no entendimento de que o direito ao Ensino
Fundamental não se refere apenas à matrícula, mas ao ensino de qualidade, até a sua conclusão.
Para que as políticas públicas voltadas para o Ensino Fundamental se dediquem a essa
universalização com qualidade, faz-se mister corrigir o atraso no percurso escolar resultante da
repetência e da evasão, produtoras da distorção idade-série, que inúmeros prejuízos promove na
vida dos alunos, de suas famílias, na gestão das escolas e dos sistemas de ensino. Reconhece-se que
a expressiva presença de jovens com mais de 14 anos no Ensino Fundamental demanda a criação de
condições próprias para a aprendizagem dessa faixa etária, adequadas à sua maneira de usar o
espaço, o tempo, os recursos didáticos e as formas peculiares com que a juventude tem de conviver.
Mediante tal oferta qualitativa, é possível regularizar os percursos escolares, permitindo que
crianças e adolescentes permaneçam na escola o tempo necessário para concluir esta etapa de
ensino e, dessa forma, contribuir para eliminar mais celeremente o analfabetismo e elevar
gradativamente a escolaridade da população brasileira.
31
Os dados sobre o Ensino Fundamental, anos finais, se apresentam, na cidade de Ponta
Grossa, como segue:
Tabela 6 – Evolução de matrículas – Ensino Fundamental: anos finais (2000 a 2008)
2000-2004 2005-2008
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Estadual 17767 18057 19684 20708 20456 20624 21766 21310 *
Federal 0 0 0 0 0 0 0 0 *
Municipal 1378 1415 199 0 0 0 0 0 *
Particular 2893 3017 3203 3264 3263 3196 3279 3286 *
Nota: * dados não disponíveis. Fonte: INEP < http://www.inep.gov.br >.
Gráfico 5 – Evolução de matrículas – Ensino Fundamental: anos finais (2000 a 2008)
Quanto ao índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB, o Estado do Paraná
apresenta, nos anos finais do Ensino Fundamental, o índice 4,0 para o ano de 2007. Em nível
nacional, o índice é de 3,8.
DIRETRIZESDIRETRIZESDIRETRIZESDIRETRIZES
A atualidade do currículo deve valorizar um paradigma que possibilite a
interdisciplinaridade, a cooperação e o diálogo, numa perspectiva crítica e emancipatória, abrindo
novas perspectivas para o desenvolvimento de habilidades que permitam atuar mais efetivamente
no novo mundo que se desenha. As novas concepções pedagógicas, consubstanciadas nos
Parâmetros Curriculares Nacionais, vinculam os temas norteadores da aprendizagem ao cotidiano e,
portanto, à oportunidade de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a
conviver.
32
Em apoio à realização dessa proposta, deve-se assegurar a melhoria da infraestrutura física
das escolas, generalizando inclusive as condições para a utilização das tecnologias educacionais em
multimídia, contemplando-se desde a construção física, com adaptações adequadas aos alunos com
necessidades educacionais especiais, até os espaços especializados de atividades artístico-culturais,
esportivas, recreativas e a adequação de equipamentos.
Não se pode, para tanto, deixar de tratar dos programas de formação e de qualificação de
professores, em vista do que a oferta de cursos para a habilitação de todos os profissionais do
magistério deve ser um compromisso efetivo das instituições de educação superior e dos sistemas
de ensino, com foco nos desafios concretos do exercício do magistério.
OBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METAS
1. Garantir a adoção dos padrões básicos de infraestrutura, equipamentos, mobiliários,
materiais pedagógico, alimentação e espaços adequados às características de crianças
com necessidades educacionais especiais, visando à sua inclusão em escolas de Ensino
Fundamental regular.
2. Prover de transporte escolar as zonas rurais, quando necessário, com colaboração
financeira da União, Estados e Municípios, de forma a garantir a escolarização dos
alunos e o acesso à escola por parte do professor.
3. Assegurar o acesso, a permanência e o efetivo aprendizado escolar dos alunos
matriculados nos anos finais do Ensino Fundamental, colaborando para a eliminação
gradual da necessidade de oferta de ensino noturno.
4. Promover a reorganização curricular dos cursos noturnos, de forma a adequá-los às
características do alunado.
5. Promover, anualmente, práticas de avaliação institucional das unidades escolares, com
vistas à melhoria contínua da qualidade de ensino e sua maior efetividade na
promoção da aprendizagem e formação dos alunos, incluindo dados da avaliação
externa.
6. Garantir, anualmente, a realização de programas e destinação de recursos para a
Formação Continuada dos profissionais da Educação, que favoreçam a atualização, o
aperfeiçoamento, a disseminação e o acesso à produção acadêmica.
7. Consolidar a gestão democrática da escola, mediante a ampliação da participação dos
pais e demais representantes da comunidade.
8. Incentivar a participação efetiva e o fortalecimento das relações
família/escola/comunidade, no atendimento e acompanhamento de todas as
necessidades escolares dos alunos.
9. Estimular e apoiar o desenvolvimento de metodologias inovadoras propiciadoras das
condições necessárias para o desenvolvimento de aprendizagens significativas, tanto
no espaço escolar, quanto em atividades extraclasse.
33
10. Garantir a valorização dos profissionais do Ensino Fundamental, promovendo a revisão
e cumprimento efetivo de Planos de Cargos, Carreira e Salários.
11. Valorizar a transversalidade curricular de forma a despertar o espírito científico do
educando para novas tecnologias, com ênfase na conscientização do seu correto uso
quanto às questões éticas e morais que protegem e respeitam a dignidade do ser
humano.
12. Mobilizar as escolas para participar de programas para a conservação da natureza e
sua biodiversidade, contribuindo para que pesquisadores, cientistas, estudantes e
pessoas comuns atuem por meio de formas coletivas e sistematizadas, cobrando
melhores políticas públicas em favor da natureza.
13. Promover o desenvolvimento da consciência sobre a necessidade de conservar áreas
naturais responsáveis pelos serviços ambientais, que geram o fornecimento da água e
energia, mantêm a qualidade do ar, o equilíbrio climático, a fertilidade dos solos e as
possibilidades de descobertas científicas.
14. Adequar o calendário escolar do ensino noturno às características e necessidades dos
alunos.
ENSINO MÉDIOENSINO MÉDIOENSINO MÉDIOENSINO MÉDIO
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
Tanto nos países desenvolvidos quanto nos que lutam para superar o subdesenvolvimento,
a expansão do Ensino Médio constitui-se em um poderoso fator de formação para a cidadania e
qualificação profissional. Considerando o processo de modernização em curso no Brasil, o Ensino
Médio tem um papel imprescindível a desempenhar e apresenta-se como um desafio importante
para os sistemas de ensino e governos.
A situação do Ensino Médio em Ponta Grossa revela-se pela Tabela que segue, onde se
verifica que dos seus 13.608 alunos, em 2007, o maior número de matrículas localiza-se no sistema
estadual de ensino (79%), seguido do particular (19%) e por último, o sistema federal (2%). É curioso
verificar que o número total de alunos em 2000 era de 15.059, tendo, portanto, ocorrido, no período,
uma diminuição do número de alunos atendidos no Ensino Médio, da ordem de 9%.
34
Tabela 7 – Evolução do número de alunos matriculados no Ensino Médio, por mantenedora (2000 a 2008)
2000-2004 2005-2008
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Estadual 12018 10876 10451 10608 10574 10393 10475 10748 *
Federal 675 358 309 274 236 277 285 268 *
Municipal 0 0 0 0 0 0 0 0 *
Particular 2366 2469 2696 2713 2666 2964 3069 2592 *
Nota: * dados não disponíveis. Fonte: INEP < http://www.inep.gov.br >.
Gráfico 6 – Evolução do número de alunos matriculados no Ensino Médio, por mantenedora (2000 a 2008)
Quanto ao índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB, o Estado do Paraná
apresenta o índice de 3,7 para o ano de 2007. Em nível nacional, o índice é de 3,5.
No caso brasileiro e paranaense, é particularmente preocupante o reduzido acesso de
jovens ao Ensino Médio, muito menor que nos demais países latino-americanos em
desenvolvimento, embora as estatísticas demonstrem que os concluintes do Ensino Fundamental
começam a chegar à terceira etapa da Educação Básica em número um pouco maior, a cada ano.
Esses pequenos incrementos anuais terão efeito cumulativo e ao final de alguns anos, resultarão em
uma mudança nunca antes observada na composição social, econômica, cultural e etária do alunado
do Ensino Médio.
Dados sobre o Ensino Médio, no país, indicam
que esse nível de ensino atende majoritariamente jovens
e adultos com idade acima da prevista para esta etapa
da Educação Básica, devendo-se supor que já estejam
inseridos no mercado de trabalho. De fato, dos
6.968.531 alunos do Ensino Médio, em 1998, 54,8% ou
seja – 3.817.688 – estudavam à noite.
O número reduzido de matrículas no Ensino
Médio – apenas cerca de 30,8% da população de 15 a 17
anos não se explica, entretanto, por desinteresse do
Tabela 8 – Matrículas no Ensino Médio – Ponta Grossa
(2006)
Total 13.829
Estadual 10.475 Federal 285 Municipal 0 Privada 3.069 Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP -, Censo Educacional 2006.
35
Poder Público em atender à demanda, pois a oferta de vagas na 1ª série desse nível de ensino tem
sido consistentemente superior ao número de egressos do Ensino Fundamental. A exclusão ao
Ensino Médio deve-se às baixas taxas de conclusão do Ensino Fundamental, que, por sua vez, estão
associadas à baixa qualidade daquele nível de ensino, da qual resultam elevados índices de
repetência e evasão.
O Ensino Médio convive, também, com alta seletividade interna, uma vez que os índices de
evasão e repetência são elevados, sinalizando que há muito a ser feito não só quanto à sua
qualidade.
Causas externas ao sistema educacional contribuem para que adolescentes e jovens se
percam pelos caminhos da escolarização, agravadas por dificuldades da própria organização da
escola e do processo ensino aprendizagem.
Há, entretanto, aspectos positivos no panorama do Ensino Médio brasileiro. O mais
importante deles é que este foi o nível de ensino que apresentou maior taxa de crescimento nos
últimos anos, em todo o sistema. Nos próximos anos, como resultado do esforço que está sendo
feito para elevar as taxas de conclusão do Ensino Fundamental, a demanda por Ensino Médio deverá
se ampliar de forma expressiva.
Entretanto, no caso do Ensino Médio, não se trata apenas de expansão. Entre as diferentes
etapas de ensino, esse foi o que enfrentou, nos últimos anos, a maior crise em termos de ausência
de definição dos rumos que deveriam ser seguidos em seus objetivos e em sua organização. Este
desafio, portanto, demanda que se defina, nos próximos anos, uma política consistente de expansão
e melhoria da qualidade do Ensino Médio, baseada em uma concepção organizadora que atenda os
desafios de educação numa sociedade e economia que se transformam rapidamente.
DIRETRIZESDIRETRIZESDIRETRIZESDIRETRIZES
Historicamente, as elaborações de currículos oficiais tiveram como característica, uma
metodologia verticalizada, polarizada por instâncias administrativas como órgãos governamentais e
Instituições de Ensino Superior, entre outras. Em superação a essa situação, nos últimos cinco anos,
os educadores do Estado do Paraná estiveram envolvidos na reconstrução das orientações
curriculares para o Ensino Médio, a partir de uma gestão participativa e levando em consideração a
prática do professor orientada pelo entendimento teórico-metodológico sobre o papel do currículo
nas políticas públicas. Com esse sentido, todas as ações desenvolvidas nos últimos anos, ainda que
com formas e encaminhamentos próprios, buscaram dar voz ao professor e ouvi-lo falar de seus
fazeres e de seus saberes, mediante o seu envolvimento na construção dos textos das orientações
curriculares de cada disciplina do Ensino Médio.
A promoção desse envolvimento se dá a partir da estimulação aos professores no sentido
de retomar os estudos teórico-metodológicos de sua disciplina e produzir material didático,
envolvendo a Biblioteca do Ensino Médio, a Biblioteca do Professor, Grupos de Estudos, Simpósios
por disciplina e por nível de ensino, Projeto Folhas e edições do Livro Didático Público, de todas as
disciplinas curriculares.
Essas ações nortearam e foram norteadas pela intenção de construir, de forma dialogada,
um currículo para o Ensino Médio, a partir do entendimento de que o currículo construído mediante
36
autoria coletiva tem condições de promover metodologia capaz de fazer da escola e da educação,
ambientes de interpretação e transformação da realidade.
A partir de estudos e análises realizadas junto aos professores, a equipe do Departamento
de Ensino Médio posicionou-se: pelo uso dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s como fonte
de pesquisa e ponto de partida para o desenvolvimento de aprendizagens; pela necessidade de
construção de um novo currículo para o Ensino Médio, baseado nas teorias críticas da educação; por
um currículo não subordinado aos interesses do mercado de trabalho, mas sim, voltado para o
desenvolvimento do ser humano como sujeito e protagonista de sua história. Nessa perspectiva,
compreendeu-se a importância da construção de um currículo interdisciplinar, colocando em
diálogo os diferentes campos do conhecimento.
A elaboração das Diretrizes Curriculares Estaduais teve como referência os princípios
político-educacionais da SEED-PR, amplamente divulgados e reconhecidos: o compromisso com a
diminuição das desigualdades sociais; articulação das respostas educacionais com o
desenvolvimento econômico, social, político e cultural da sociedade; a defesa da Educação Básica e
da escola pública, gratuita de qualidade, como direito fundamental do cidadão; articulação de todos
os níveis e modalidades de ensino; compreensão dos profissionais da educação como sujeitos
epistêmicos; estímulo ao acesso, à permanência e ao sucesso de todos os alunos na escola;
valorização do professor e dos demais profissionais da educação; promoção do trabalho coletivo e
da gestão democrática em todos os níveis institucionais; atendimento e respeito à diversidade
cultural.
OBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METAS
1. Garantir a adoção de padrões básicos de infraestrutura, equipamentos, mobiliários,
materiais pedagógicos, alimentação e espaços adequados às características de alunos
com necessidades educacionais especiais, visando à sua inclusão em escolas de Ensino
Médio regular.
2. Prover de transporte escolar as zonas rurais, com colaboração financeira da União,
Estados e Municípios, de forma a garantir a escolarização dos alunos e o acesso à
escola por parte do professor.
3. Promover, anualmente, práticas de avaliação institucional das unidades escolares, com
vistas à melhoria contínua da qualidade de ensino e sua maior efetividade na
promoção da aprendizagem e formação dos alunos, incluindo dados da avaliação
externa.
4. Promover a reorganização curricular dos cursos noturnos, de forma a adequá-los às
características da clientela, colaborando para a eliminação gradual da necessidade de
sua oferta.
5. Garantir, anualmente, a realização de programas e destinação de recursos para a
Formação Continuada dos profissionais da Educação que favoreçam a atualização, o
aperfeiçoamento, a disseminação e o acesso à produção acadêmica.
6. Consolidar a gestão democrática da escola, mediante a ampliação da participação dos
pais e demais representantes da comunidade.
37
7. Incentivar a participação efetiva e o fortalecimento das relações família/escola/
comunidade, no atendimento e acompanhamento de todas as necessidades escolares
dos alunos.
8. Estimular e apoiar o desenvolvimento de metodologias inovadoras propiciadoras das
condições necessárias para o desenvolvimento de aprendizagens significativas, tanto
no espaço escolar, quanto em atividades extraclasse.
9. Garantir a valorização dos profissionais do Ensino Médio, promovendo a revisão e
cumprimento efetivo de Planos de Cargos, Carreira e Salários.
10. Valorizar a transversalidade curricular de forma a despertar o espírito científico do
educando para novas tecnológicas, com ênfase na conscientização do seu correto uso
quanto às questões éticas e morais que protegem e respeitam a dignidade do ser
humano.
11. Mobilizar as escolas para participar de programas para a conservação da natureza e
sua biodiversidade, contribuindo para que pesquisadores, cientistas, estudantes e
pessoas comuns atuem por meio de formas coletivas e sistematizadas, cobrando
melhores políticas públicas em favor da natureza.
12. Promover o desenvolvimento da consciência sobre a necessidade de conservar áreas
naturais responsáveis pelos chamados serviços ambientais, que geram o fornecimento
da água e energia, mantêm a qualidade do ar, o equilíbrio climático, a fertilidade dos
solos e as possibilidades de descobertas científicas.
13. Adequar o calendário escolar do ensino noturno de forma a atender às necessidades
diferenciadas de sua clientela.
14. Melhorar o aproveitamento dos alunos do Ensino Médio, de forma a atingir níveis
satisfatórios de desempenho definidos e avaliados pelos exames próprios dessa etapa
e sistema nacional de avaliação.
15. Incentivar a organização e participação estudantil na gestão da escola, por meio de
grêmios e atuação social por meio de projetos.
16. Implementar estratégias de avaliação de desempenho docente e discente.
17. Incentivar a organização e desenvolvimento de órgãos colegiados no âmbito das
unidades escolares.
18. Estabelecer, mediante parceria com empresas privadas, serviços de orientação
profissional aos alunos, a respeito da continuidade de seus estudos.
38
EDUCAÇÃO DEEDUCAÇÃO DEEDUCAÇÃO DEEDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOSJOVENS E ADULTOSJOVENS E ADULTOSJOVENS E ADULTOS
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
Um dos fatores básicos para o sucesso da escolarização é o valor que a coletividade atribui
à educação. Essa perspectiva atinge, também, a Educação de Jovens e Adultos que, por tal razão,
deve constituir-se em um processo dinâmico, voltado ao campo social, político, cultural e
educacional, tendo por princípio o envolvimento da comunidade escolar, para que se efetive uma
real proposta de educação para os que não tiveram acesso à escolarização em idade própria.
Historicamente, a Educação de Jovens e Adultos, como modalidade de atendimento
supletivo no município de Ponta Grossa, teve início em 1994 em apenas sete escolas, em parceria
com a Secretaria de Estado da Educação (SEED-PR), através do projeto de descentralização dos
Centros de Estudos Supletivos (CES).
Atendendo aproximadamente 171 alunos, professores da Rede Municipal tinham como
objetivo preparar esses alunos para o exame de equivalência que era realizado pelo CES que
também era responsável pela certificação dos concluintes de 4ª série.
Com a criação do Centro de Educação Aberta e a Distância (CEAD) pela SEED-PR,
continuou a responsabilidade desse órgão em emitir a certificação após o encaminhamento da
documentação do aluno concluinte, elaborada na escola, pelo professor. O CEAD contribuía, ainda,
com a montagem do currículo e a elaboração do material e orientação pedagógica.
Em fevereiro de 1999, quatro escolas passaram a oferecer turmas de PAC (Posto Avançado
do CEAD), com oferta do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série, sendo que ao município competia à
cessão do espaço físico, levantamento da clientela, organização das turmas e efetivação de
matrículas dos interessados.
De 2001 a 2004, desenvolveu-se um programa específico, cujo objetivo principal era o de
criar uma identidade para a modalidade de Educação de Jovens Adultos, em Ponta Grossa, no que
se referia à Fase I do Ensino Fundamental1.
Porém, essa perspectiva educacional não possibilitava a conclusão da Fase I do Ensino
Fundamental mediante uma certificação que garantisse a continuidade dos estudos subsequentes.
Como havia a parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e a Secretaria de Estado da
Educação para esse segmento, a certificação só era obtida mediante a aprovação no Exame de
Equivalência, promovido pela SEED-PR.
Já para a Fase II do Ensino Fundamental e Ensino Médio, havia a parceria com o Centro
Estadual de Educação Básica “Paschoal Salles Rosa”. Além dessa parceria, a Secretaria Municipal de
Educação estabeleceu convênio com o Instituto Integrar, sediado no Sindicato dos Metalúrgicos de
Ponta Grossa.
1 Lei n. ° 7081, de 30 de dezembro de 2002, que dispõe sobre a criação do Sistema Municipal de Ensino. A referida Lei cita o Centro de Educação de Jovens e Adultos Municipal (CEJAM) em seu art. 2.º, inciso V, alínea e. O CEJAM foi criado pelo Decreto 189/2004.
39
Em 2005, foi realizado estudo detalhado da estruturação da modalidade, através da
criação do Centro Municipal Helena Kolody – Educação de Jovens e Adultos (CEHELENA), visando
também, à conclusão dos estudos por um maior contingente de alunos nas séries iniciais do Ensino
Fundamental.
Além disso, foi promovida a reestruturação do trabalho realizado nas escolas municipais,
nessa modalidade, de modo a redimensionar e expandir essa oferta. O trabalho é atualmente
realizado mediante a parceria com os Centros Estaduais de Educação Básica de Jovens e Adultos
“Professor Paschoal Salles Rosa” (CEEBJAs) e da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG),
através das Ações Pedagógicas Descentralizadas (APEDs), que desenvolvem suas atividades no
Ensino Fundamental (Fase II) e Ensino Médio, nas escolas da Rede Municipal de Ensino, sendo
responsáveis pelo trabalho teórico-pedagógico e demanda de professores. Ao município compete a
oferta de infraestrutura para o seu funcionamento. Atualmente, estão matriculados 1.903 alunos na
Fase II e Ensino Médio na modalidade de EJA que se desenvolve em 26 escolas municipais.
Os programas de Educação de Jovens e Adultos no município de Ponta Grossa,
atualmente, estão sob a responsabilidade do CEHELENA2 que também desenvolve outros trabalhos
de escolarização em consonância com entidades não-governamentais. A partir de sua criação
promoveu-se ampla campanha de alfabetização de adultos de forma a aumentar o número de
matrículas nas turmas já existentes, além de ampliar o número de escolas da rede municipal com
atendimento à Educação de Jovens e Adultos.
Busca-se, constantemente o avanço nessa modalidade de ensino, levando à população o
acesso à escolarização, sua permanência e conclusão com sucesso, como direito do cidadão, uma
vez que se entende que a Educação de Jovens e Adultos é parte constitutiva da Educação Básica e é
reconhecida como direito público subjetivo em referência ao Ensino Fundamental.
Conforme se observa na Tabela a seguir, demonstrativa da evolução do número de alunos
matriculados na Educação de Jovens e Adultos, no período de 2000 a 2007, esse número não se
mantém constante, revelando o desafio da mobilização desses alunos. Em 2008, estão matriculados
em programas de Educação de Adultos, 817 (oitocentos e dezessete) alunos que estudam em 48
(quarenta e oito) escolas da rede municipal.
2 Decreto n.º 860, de 19 de abril de 2006 que conferiu autonomia para que a SME realizasse os exames para a
avaliação dos anos iniciais do Ensino Fundamental (Exame de Equivalência). Com a criação do CEHELENA os alunos matriculados na Fase I do Ensino Fundamental (anos iniciais) passaram a ter diferentes oportunidades de progressão escolar: podem realizar os exames que são ofertados duas vezes ao ano ou podem optar por cursar quatro semestres de estudos, integralizando os anos iniciais do Ensino Fundamental. Uma ou outra opção não são excludentes sendo permitido que ao longo dos 4 semestres o aluno realize os exames sendo possível, se aprovado, ingressar nos anos finais do Ensino Fundamental.
40
Tabela 9 – Expansão da Educação de Jovens e Adultos (2000 a 2008)
2000-2004 2005-2008
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Estadual 9892 12331 2945 3949 949 3188 3931 6102 *
Federal 0 0 0 0 0 0 0 0 *
Municipal 1050 1156 781 767 791 703 997 923 *
Particular 172 116 0 0 124 0 55 430 *
Nota: * dados não disponíveis. Fonte: INEP < http://www.inep.gov.br >.
Gráfico 7 – Expansão da Educação de Jovens e Adultos (2000 a 2008)
Conforme se pode verificar na Tabela a seguir, apenas 51% dos alunos matriculados na
Educação de Jovens e Adultos, em 2007, se inscreveram para fazer os exames supletivos e destes
65% lograram aprovação. Como se pode observar no Gráfico 8, os resultados de aprovação são
oscilantes, revelando a problemática dessa modalidade de ensino, que demanda cuidados e
orientações diferenciados.
Tabela 10 – Estatística de Aprovação – Exame Supletivo (2002 a 2007).
Indicadores/alunos Ensino Fundamental – Fase I
2002 2003 2004 2005 2006 2007
Rede
Municipal
*Total de matriculados 781 767 791 703 997 840 Total de inscritos 438 346 358 230 427 497
Aprovados em Exame 272 196 180 84 296 324
Nota: Em 2006 e 2007 os exames supletivos foram realizados pelo CEHELENA.
*Fonte: INEP
Gráfico 8 – Estatística de
aprovação EJA (2002-2007)
41
Tabela 11 – Evolução de matrículas – Alfabetização e Escolarização.
2002 2003 2004 2005 2006 2007
1ª a 4ª séries 781 767 791 703 997 840
Fonte: INEP
DIRETRIZESDIRETRIZESDIRETRIZESDIRETRIZES
Constata-se que não pode haver desenvolvimento econômico e social de um país sem que
esteja associado ao desenvolvimento da capacidade técnica e cultural de seus cidadãos, mediante a
educação.
Verifica-se, ainda, que de tal maneira tem-se acelerado a evolução tecnológica e cultural
da humanidade nas últimas décadas, que a educação emerge com uma necessidade constante de
atualização, tanto para o adulto que frequentou a escola em seu período normal de crescimento
quanto e, principalmente, para o grande contingente de adultos, que não pode, por diversos
motivos, ter acesso à educação em idade apropriada. Como consequência desse quadro, não apenas
ganha importância a Educação de Jovens e Adultos (EJA), como também se faz urgente uma
revisão, para atualização de seus processos.
A Educação de Jovens e Adultos se instituiu como fundamental para o atendimento às
necessidades educacionais daqueles que, em idade regular não tiveram a oportunidade de usufruir
de experiências de ensino. Ela se assenta sobre o reconhecimento do direito à educação de todos os
indivíduos. Nas sociedades tecnológicas e globalizadas, cuja economia se assenta sobremodo no
conhecimento, surge a necessidade de aprender a aprender por toda a vida, que passa também a se
constituir em um direito. Emerge, pois, como fundamental o atendimento à necessidade e ao direito
de aprender a ler, interpretar e escrever; de questionar e de analisar; de ter acesso a recursos e de
desenvolver e praticar habilidades e competências individuais e coletivas, como forma de inserção
na sociedade, no mundo do trabalho e de usufruir dos bens culturais e tecnológicos que a sociedade
oferece.
Trata a Educação de Jovens e Adultos, portanto, de um lado, de corrigir uma distorção
produzida pela injustiça social e por outro, de construir uma oportunidade de emancipação e
inclusão. Para tanto, essa modalidade de ensino reconhece a singularidade de seus alunos, a riqueza
de sua vivência cultural e, paradoxalmente, as limitações por eles vivenciadas, que apresentam
desafios educacionais diferenciados e peculiares. Seus programas, portanto, se propõem a superar
essas limitações, oferecendo oportunidades a esse grupo de pessoas, mediante a organização e a
orientação de cursos diferenciados para o atendimento às suas demandas, necessidades e
características peculiares.
Os programas de caráter de reposição de escolaridade, como etapa do Ensino
Fundamental, constituem-se em responsabilidade do município, a ser assumida mediante parcerias
com a sociedade civil. No entanto, dada a demanda por educação continuada apresentada na
sociedade urbanizada, global e tecnológica, essa educação deve incluir também, oportunidades
42
diferenciadas de atualização da aprendizagem, novos estímulos à formação continuada e global da
pessoa, alfabetização digital e educação para a cidadania.
Para sua realização, a EJA é financiada pelo Poder Público, como modalidade integrante
da Educação Básica, requerendo uma responsabilidade partilhada entre a União, o Estado, o
Município e a sociedade civil organizada, podendo ser efetivada em diferentes ambientes
devidamente adaptados aos objetivos educacionais.
OBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METAS
1. Assegurar o acesso, a permanência e o efetivo aprendizado escolar dos alunos na
Educação de Jovens e Adultos.
2. Garantir o atendimento diferenciado aos alunos com dificuldades de aprendizagem,
por meio de programas e/ou medidas de acompanhamento pedagógico orientados
pela SME e SEED-PR, conforme sua área de atuação, com recursos humanos,
financeiros e pedagógicos específicos, visando à superação das limitações
diagnosticadas ao longo da Educação de Jovens e Adultos.
3. Garantir a continuidade da oferta da EJA para a população privada de liberdade,
mediante parceria estabelecida em políticas estaduais e municipais.
4. Garantir a adoção dos padrões básicos de infraestrutura, previstos para a Educação de
Jovens e Adultos, na Lei do Sistema de Ensino Municipal vigente.
5. Adequar a legislação municipal referente aos critérios de infraestrutura vigente.
6. Garantir, de acordo com a legislação vigente, o repasse descentralizado de recursos
financeiros para as unidades escolares que ofertam programas de EJA, de modo a
atender as demandas educacionais, em acordo com os padrões básicos de qualidade
definidos.
7. Garantir a implantação, ampliação, atualização, manutenção e implementação de
bibliotecas e laboratórios de informática, bem como a utilização plena desses espaços
e equipamentos, vedando o seu uso para outros fins que não o da leitura, ensino e
pesquisa.
8. Garantir anualmente a realização de programas e destinação de recursos para a
Formação Continuada dos profissionais da EJA – professores, equipe administrativo-
pedagógica e de apoio administrativo –, que favoreçam a disseminação e o acesso à
produção acadêmica, visando à sua atualização.
9. Garantir a concessão de bolsas de estudo visando à formação inicial e continuada de
profissionais do magistério.
10. Estabelecer uma rede de apoio para atendimento dos alunos das unidades escolares
municipais por meio de mecanismos de comunicação e colaboração entre as
Secretarias Municipal e Estadual.
43
11. Estabelecer, com a colaboração dos setores responsáveis pela Educação, Saúde,
Assistência Social e Vara da Infância e da Juventude, programas de orientação aos
alunos nos casos de pobreza, violência doméstica e desagregação familiar extrema.
12. Garantir o desenvolvimento, a implementação e a inovação de estratégias e
metodologias adequadas e condizentes com as necessidades de aprendizagem do
jovem, do adulto e do idoso.
13. Articular as políticas de Educação de Jovens e Adultos, respeitando as diversidades
culturais, linguísticas e sociais, que permitam a ampliação de seus horizontes.
14. Fortalecer a gestão democrática nas unidades que ofertam a modalidade de EJA,
mediante a participação dos educandos e demais representantes da comunidade, nas
decisões escolares.
15. Promover ação permanente voltada para o desenvolvimento e vivência de valores
imprescindíveis à formação do cidadão.
16. Realizar eventos que contemplem a participação de unidades escolares que ofertam a
EJA, divulgando as atividades pedagógicas e culturais.
17. Estimular e apoiar o desenvolvimento de metodologias diversificadas/ significativas,
propiciando as condições necessárias para a sua implementação tanto no espaço
escolar quanto em atividades extraclasse.
18. Assegurar a valorização dos profissionais da Educação de Jovens e Adultos,
promovendo a revisão e cumprimento efetivo de Planos de Carreira, Cargos e Salários.
19. Assegurar a existência da Educação Inclusiva, nas unidades escolares que ofertam a
modalidade de EJA, respeitando os padrões legais de acessibilidade para todas as
dependências necessárias ao atendimento dos alunos.
20. Ampliar o atendimento para alunos com necessidades educacionais especiais, tanto
em relação à rede de apoio quanto à periodicidade de atendimento sistemático.
21. Promover o acesso à internet em todas as unidades escolares.
EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO
PROFISSIONALPROFISSIONALPROFISSIONALPROFISSIONAL
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
A Educação Tecnológica e Formação Profissional exerce um papel fundamental na
orientação e desenvolvimento de competências de jovens e adultos, para que possam se inserir no
mundo do trabalho e participar de forma efetiva na sociedade. Constitui-se numa das formas mais
44
objetivas e diretas de formação para a cidadania expressa pelo trabalho. Apesar de sua importância,
no entanto, sua oferta sistemática no Brasil esteve, sobretudo, restrita a escolas do sistema S, como
o SENAI, SENAC, SESC, SESI, SENAR e a escolas tecnológicas federais.
Embora haja oferta de cursos nessa área por escolas estaduais e particulares, estes
tenderam a ter um caráter sazonal e descontínuo, além de limitado. Estatísticas do Serviço Nacional
do Emprego (SINE), têm identificado que, ao mesmo tempo em que se registram percentagens
elevadas de desemprego, também se registram percentagens de empregos que são ocupados
temporariamente, passando por elevada rotatividade, por falta de competências para o trabalho
pelos que a ele se candidatam.
As estimativas mais recentes sobre a oferta de cursos de Educação Tecnológica e
Formação Profissional são as de que já atingem cerca de cinco milhões de trabalhadores, o que, no
entanto, está longe de atingir a população de jovens que precisa se preparar para o mercado de
trabalho, e a de adultos que a ele precisa se readaptar. Associada a esse fato está a limitação de
vagas nos estabelecimentos públicos, especialmente na rede das escolas federais de nível técnico e
tecnológico, que aliam a formação geral de nível médio à Formação Profissional. O maior problema,
no que diz respeito às escolas técnicas públicas de nível médio, é que a alta qualidade do ensino que
oferecem está associada a um custo extremamente alto para sua instalação e manutenção, o que
torna inviável sua multiplicação de modo a poder atender ao conjunto de jovens que procura
Formação Profissional. Em razão da oferta restrita, criou-se um sistema de seleção que tende a
favorecer aos alunos de melhor nível de escolarização, que, em geral, são os de maior renda,
deixando de atender as famílias dos jovens trabalhadores, que são os que dela mais necessitam.
Afora estas redes específicas – a federal e outras poucas estaduais vocacionadas para a educação
profissional – as demais escolas que oferecem educação profissional padecem de problemas e
limitações de toda ordem, dentre os quais o de promoverem cursos de baixo custo e concentrados
em umas poucas habilitações da área de serviços.
Conforme se observa na Tabela a seguir, entre os anos de 2005 e 2008 não houve alteração
significativa do número de matrículas no Ensino Profissionalizante em Ponta Grossa, com o
aumento, nesse período de apenas oito (8) matrículas. No entanto, verifica-se que aumentou o
número de matrículas da rede particular de ensino, ao mesmo tempo que desapareceram essas
matrículas na rede federal.
Tabela 12 – Evolução de matrículas – Educação Profissional: nível técnico (2000 a 2008)
2000-2004 2005-2008
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Estadual * * * * * 1312 1499 1223 *
Federal * * * * * 26 80 0 *
Municipal * * * * * 0 0 0 *
Particular * * * * * 139 74 262 *
Nota: * dados não disponíveis. Fonte: INEP < http://www.inep.gov.br >.
45
Gráfico 9 – Evolução de matrículas – Educação Profissional: nível técnico (2000 a 2008)
No cenário nacional, a Educação Profissional tem reafirmado a dualidade propedêutico-
profissional praticada na maioria dos países ocidentais, que funciona como um mecanismo de
exclusão fortemente associado à origem social do estudante.
Embora não existam estatísticas detalhadas a respeito, sabe-se que a maioria das
habilitações de baixos custo e prestígio encontra-se em instituições noturnas estaduais ou
municipais. Em apenas 15% delas há bibliotecas, e menos de 5% oferecem ambiente adequado para
estudo das Ciências e nem 2% possuem laboratório de informática – indicadores da baixa qualidade
do ensino que oferecem às camadas mais carentes da população.
No Brasil, a Educação Profissional de qualquer nível, sobretudo o médio, tem contribuído
para separar aqueles que não se destinariam às melhores posições na sociedade. Essa condição se
refere a um cenário que as diretrizes da Educação Profissional propostas neste Plano buscam
superar, ao prever que o cidadão brasileiro deve galgar – com apoio do Poder Público – níveis altos
de escolarização; mesmo porque estudos têm demonstrado que o aumento de um ano na
escolaridade da população economicamente ativa determina um incremento de 5,5% do Produto
Interno Bruto – PIB, e que as ocupações estão a demandar níveis de capacitação cada vez mais
elevados.
A matrícula no sistema escolar de Ponta Grossa, em 1996, expressa que, em cada dez
concluintes do Ensino Médio, 4,3 haviam cursado alguma habilitação profissional. Destes, porém,
3,2 eram concluintes egressos das habilitações de Magistério e Técnico em Contabilidade – um
conjunto três vezes maior que a soma de todas as outras nove habilitações listadas pela estatística.
Contribuindo para a oferta da Educação
Tecnológica e Formação Profissional, o município de Ponta
Grossa apresenta uma estrutura educacional que lhe
permite ofertar 2.014 vagas em 2008 (Tabela 13). A referida
oferta se destaca positivamente em comparação ao cenário
nacional, uma vez que, de suas instituições educacionais
para tal nível de ensino, 85% possuem bibliotecas; mais de
65% oferecem ambiente adequado para estudo das
ciências; e, 85% possuem laboratório de informática –
Tabela 13 – Número de Alunos em Cursos
Profissionalizantes (2008).
TOTAL 12.415
Ensino Médio 1ª série 4158 2ª série 2878 3ª série 2533
Ensino Médio/ Profissionalizante
1ª série 1295 2ª série 724 3ª série 522 4ª série 305
46
indicadores da alta qualidade do ensino que oferecem às camadas mais carentes da população,
contribuindo com a elevação da escolaridade e formação do trabalhador, o que se coloca como
essencial para a inserção competitiva do Brasil no mundo globalizado.
DIRETRIZESDIRETRIZESDIRETRIZESDIRETRIZES
A formação para o trabalho exige níveis cada vez mais elevados tanto de Educação Básica
geral quanto de habilidades técnicas variadas. O atendimento a essa demanda pode ser feito em
cursos de duração relativamente longa, como também em cursos de curta duração voltados para a
adaptação do trabalhador às novas exigências de trabalho em sua área de atuação e considerando
novas oportunidades do mercado de trabalho, associadas à promoção de níveis crescentes de
escolarização regular.
Entende-se que a Educação Tecnológica e Formação Profissional não podem ser
concebidas apenas como modalidades de Ensino Médio, mas, devem constituir-se em programas de
educação continuada, que perpassem toda a vida do trabalhador. Essa premissa demanda a
implantação de novas diretrizes no sistema público de Educação Profissional, associadas à reforma
do Ensino Médio. Prevê-se que a Educação Profissional, sob o ponto de vista operacional, seja
estruturada, de acordo com a legislação vigente nos níveis: 1) básico – independente do nível de
escolarização do aluno; 2) técnico – complementar ao Ensino Médio e tecnológico; 3) superior, de
graduação ou de pós-graduação.
Prevê-se, ainda, a integração dos dois tipos de formação: a formal, adquirida em
instituições especializadas, e a não-formal, adquirida por meios diversos, inclusive no trabalho. Para
tanto, evidencia-se a necessidade de estabelecer um sistema flexível de reconhecimento de créditos
obtidos em qualquer uma das modalidades e certificação de competências adquiridas por meios
não-formais de Educação Profissional.
A oferta de Educação Profissional é responsabilidade igualmente compartilhada entre o
setor educacional, Ministério do Trabalho, secretarias do trabalho, serviços sociais do comércio, da
agricultura e da indústria e os sistemas nacionais de aprendizagem. Os recursos e contribuições
provêm, portanto, de múltiplas fontes, de modo a atender as variadas perspectivas e necessidades
de formação, em atenção à diversidade, dinâmica e complexidade do mundo do trabalho. Esses
desafios demandam recursos e participação cada vez maiores das empresas, as quais devem
financiar a qualificação dos seus trabalhadores, como ocorre nos países desenvolvidos. Portanto, a
política de educação profissional é tarefa que exige a colaboração de múltiplas instâncias do Poder
Público e da sociedade civil.
As metas do Plano Nacional de Educação estão voltadas para a implantação de uma nova
educação profissional no país, orientadas para integrar as iniciativas ofertadas na área, de modo a
contribuir para o desenvolvimento de seus jovens e adultos e da economia nacional. Têm essas
metas como objetivo central, generalizar as oportunidades de formação para o trabalho, de
treinamentos, mencionando de forma especial, o trabalhador rural.
Em atenção ao quadro exposto, Ponta Grossa define como base das suas diretrizes de
atuação na Educação Tecnológica e Formação Profissional, a instituição de esforços integrados,
47
consistentes e variados, de modo a cobrir as demandas dessa formação em uma sociedade que
visualiza o mundo produtivo e do trabalho a partir de uma perspectiva global. Todos os seus
objetivos e metas serão, portanto, perseguidos mediante parcerias entre agências governamentais,
em vários níveis de governo, universidades, escolas técnicas de nível superior, serviços nacionais de
aprendizagem, instituições privadas e empresas; a integração entre o mundo do trabalho e as
políticas e currículos educacionais.
OBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METASOBJETIVOS E METAS
1. Implantar, dentro de dois anos, a contar da data de promulgação desta Lei, um sistema
integrado de informações sobre o mundo do trabalho, que subsidie e oriente a política
educacional voltada ao atendimento das necessidades de formação inicial e
continuada da força de trabalho.
2. Atualizar continuamente os cursos básicos, técnicos e superiores da educação
profissional ofertados, observadas as políticas de desenvolvimento nacional e regional
e as demandas do mercado de trabalho.
3. Expandir, de acordo com a demanda, a oferta de cursos básicos destinados a atender à
população que está sendo excluída do mercado de trabalho, em associação à Educação
Básica, possibilitando a elevação da sua escolaridade.
4. Integrar a oferta de cursos básicos profissionais (qualificação profissional básica),
sempre que possível, a programas supletivos de Ensino Fundamental, de modo a
permitir aos alunos, que não concluíram este nível, obter formação equivalente.
5. Expandir quantitativa e qualitativamente, de acordo com a demanda, a oferta de
formação de nível técnico aos alunos egressos do Ensino Médio, como também para a
população em idade produtiva e que precisa se readaptar às novas exigências e
perspectivas do mercado de trabalho.
6. Expandir quantitativa e qualitativamente, de acordo com a demanda, a oferta de
Educação Profissional permanente e continuada, mediante programas presenciais e a
distância.
7. Estabelecer programas de formação de formadores para a Educação Tecnológica e
Formação Profissional.
8. Incentivar a oferta de Educação Profissional permanente, para a população rural, em
acordo com seu nível de escolarização, respeitando as peculiaridades e potencialidades
da atividade agrícola na região e as necessidades de sua melhoria técnica e da
preservação ambiental.
9. Estimular permanentemente o uso das estruturas públicas e privadas não só para os
cursos regulares, mas também para o treinamento de trabalhadores, com vistas a
inseri-los no mercado de trabalho com mais condições de competitividade e
produtividade, possibilitando a elevação de seu nível educacional, técnico e de renda.
48
ENSINO SUPERIORENSINO SUPERIORENSINO SUPERIORENSINO SUPERIOR
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
A principal característica do Ensino Superior é a
universalidade dos campos de conhecimento, ou seja, a
oportunidade de acesso aos diferentes campos da cultura e
ciência, desenvolvimento de atividades de pós-graduação, com
a prática de pesquisa e a extensão de serviços à comunidade.
Entre os objetivos centrais da universidade estão os
de produzir e socializar conhecimentos científicos, sem
desconsiderar a arte e a cultura, a filosofia e a estética. Com
esses objetivos, os sujeitos envolvidos pela universidade têm a
oportunidade de fundamentar sua visão de mundo, suas
competências e subsidiar sua tomada de decisões.
Novos desafios são enfrentados pelo Ensino Superior
no país. Como ocorreu anteriormente com o Ensino Médio,
hoje vivemos uma explosão de demanda por esse nível de
ensino, cuja matrícula vem apresentando crescimento rápido,
especialmente nas Instituições de Ensino Superior (IES)
privadas. Verifica-se que o crescimento das IES privadas ocorre
como uma consequência da falta de políticas que viabilizem
recursos para as IES públicas no sentido de ampliar a
quantidade de vagas e a criação de novos cursos para atender
as necessidades do mercado.
Ainda assim, estamos longe da meta de ter 30% dos
jovens entre 18 e 24 anos no Ensino Superior brasileiro. Na
região de Ponta Grossa, dados levantados em 2007, registram
15.465 matrículas, assim distribuidas:
Tabela 14 – Matrículas no Ensino Superior (2007)
graduação pós-graduação seqüenciais Total
Estaduais 8.131,17 597,61 325,97 9.055
Federais 1.732,33 279,67 - 2.012
Privadas 4.121,16 277,09 - 4.398
Verifica-se por esses dados, que a maior concentração de matrículas nas IES está situada
nas instituições públicas (71,56%), tanto na graduação, como na pós-graduação, diferentemente dos
dados nacionais, conforme indicado anteriormente.
Gráfico 10 – Distribuição de matrículas
Ensino Superior
Gráfico 11 – Cursos – Ensino Superior
49
DIRETRIZESDIRETRIZESDIRETRIZESDIRETRIZES
Diminui gradativamente, na sociedade, o número de ocupações que exigem trabalho
manual e mecânico, que passam a ser realizados por equipamentos dirigidos por computadores.
Concomitantemente, aumenta o número de atividades que dependem de uma série de
competências associadas a raciocínio abstrato e elevadas inteligências. Em decorrência, a Formação
Profissional demanda escolaridade cada vez mais elevada.
Diante das novas exigências de formação, a educação de nível superior ganha importância
como condição imprescindível para a sociedade como um todo, as instituições que a formam e os
indivíduos que a constroem e dela usufruem a produção.
No contexto em que o conhecimento assume uma dimensão mais dinâmica como
instrumento de trabalho, as instituições de Ensino Superior se defrontam com novos desafios que
exigem delas maior comprometimento e desempenho voltados para a Formação Profissional
consistente com as demandas dos novos tempos, a produção de conhecimentos e a prestação de
serviços para a sociedade, na aplicação dos conhecimentos produzidos segundo os princípios
científicos. Os movimentos pela qualidade do Ensino Superior em todas as suas áreas de atuação
devem pautar-se pela pertinência dos objetivos e metas institucionais em acordo com as
necessidades de desenvolvimento da sociedade, com perspectiva abrangente e métodos e técnicas
capazes de promovê-los, beneficiando a sociedade.
Mediante política que integre ensino, pesquisa e extensão, cabe às instituições de Ensino
Superior ponta-grossenses exercer influência sobre o desenvolvimento da sua sociedade, pautando
seu desempenho pelos princípios científicos, valores éticos e prestação de serviço à comunidade.
OBJETIVOS OBJETIVOS OBJETIVOS OBJETIVOS E METASE METASE METASE METAS
1. Ampliar, até o final da década, a oferta de vagas presenciais de Ensino Superior para
atender a, pelo menos, 30% da população na faixa etária de 18 a 24 anos.
2. Criar cursos sequenciais nas IES, alinhados às necessidades do mercado, como forma
sistemática de suprir as demandas de mão-de-obra qualificada.
3. Ampliar a oferta de Ensino Superior na modalidade de ensino a distância.
4. Instituir programas de fomento ao desenvolvimento da pesquisa e extensão,
integrados ao ensino.
5. Melhorar, progressivamente, a infraestrutura de laboratórios, equipamentos,
bibliotecas e demais instalações como condição para a qualidade do ensino ofertado.
6. Favorecer a humanização do Ensino Superior, de modo a promover a formação
integral e a orientação por valores humanos e éticos.
7. Desencadear ações que possibilitem maior integração entre as IES formadoras de
profissionais da educação e mantenedoras das redes de ensino.
50
8. Estimular a consolidação e o desenvolvimento da pesquisa nas IES, considerando a
necessária qualidade do conhecimento produzido.
9. Promover o aumento anual do número de mestres e doutores em, pelo menos 5%.
10. Implantar programas de capacitação dos servidores técnico-administrativos das
instituições públicas de educação superior.
11. Estimular, com recursos públicos federais e estaduais, a constituição de programas
especiais de titulação e capacitação de docentes pelas IES, desenvolvendo e
consolidando a pós-graduação.
12. Definir e ampliar as possibilidades de educação continuada mediante cursos de
especialização centrados no desenvolvimento de competências.
13. Promover maior integração entre as IES e a comunidade ponta-grossense, mediante a
oferta de cursos regulares e de extensão, de acordo com as necessidades identificadas
no mercado de trabalho.
14. Ampliar, de forma integrada, a quantidade de bolsas de iniciação científica, de
extensão e de estágios para alunos do Ensino Superior e de nível médio.
15. Garantir a participação de representantes da comunidade nos órgãos consultivos e
deliberativos das IES e de representantes das IES nos órgãos colegiados da
comunidade.
16. Promover a integração entre formação acadêmica e mundo do trabalho mediante
incentivo a atividades de estágio, de extensão e científico-culturais.
17. Promover parcerias entre as IES e organizações da comunidade visando à ampliação e
atualização contínua da formação acadêmica.
18. Promover a realização de avaliação institucional e de cursos das IES, de forma
contínua, como condição para assegurar a sua qualidade.
19. Prever e prover recursos físicos, humanos e materiais para garantir o acesso, a
permanência e o sucesso dos acadêmicos com necessidades educacionais especiais,
segundo os princípios da inclusão.
20. Garantir a integração e colaboração entre os cursos de graduação e pós-graduação
(lato sensu e stricto sensu), visando a melhoria da formação em nível superior.
21. Respeitar os pressupostos filosóficos e os dispositivos legais que se referem à inclusão
das minorias.
51
ANEXOSANEXOSANEXOSANEXOS
52
53
Anexo A Anexo A Anexo A Anexo A –––– Decreto n° 1517/2007, Institui a I Conferência Decreto n° 1517/2007, Institui a I Conferência Decreto n° 1517/2007, Institui a I Conferência Decreto n° 1517/2007, Institui a I Conferência Municipal de Educação da Cidade dMunicipal de Educação da Cidade dMunicipal de Educação da Cidade dMunicipal de Educação da Cidade de Ponta Grossa.e Ponta Grossa.e Ponta Grossa.e Ponta Grossa.
DECRETO Nº 1517/2007
Institui a I Conferência Municipal da Educação da Cidade de Ponta Grossa.
O PREFEITO MUNICIPAL DE PONTA GROSSA, Estado do Paraná, no uso de suas atribuições legais e
considerando:
- artigo 205 da Constituição da República Federativa do Brasil que estabelece a educação como direito de
todos e dever do Estado e da família, que será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação
para o trabalho;
- artigo 9º, inciso I, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que define que a União incumbir-se-á
de elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
- artigo 2º da Lei 10.172/2001 que aprovou o Plano Nacional de Educação e estabelece que a partir da vigência
desta Lei, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão, com base no Plano Nacional de Educação,
elaborar planos decenais correspondentes.
Resolve:
Art. 1º. Instituir a I Conferência Municipal da Educação da cidade de Ponta Grossa, com instalação pública
solene no dia 21 de junho de 2007.
Art. 2º. O tema central da I Conferência Municipal de Educação da cidade de Ponta Grossa será: Cidade
Educadora: desafios e políticas para a sociedade ponta-grossense
Art. 3º. A I Conferência Municipal da Educação da cidade de Ponta Grossa tem como objetivos:
- promover a realização de diagnóstico sobre a situação educacional do município, estabelecendo
temáticas fundamentais para a criação/implementação de espaços educativos diferenciados;
- eleger prioridades para todos os segmentos educacionais do município de Ponta Grossa visando
a articulação da sociedade civil organizada com o poder público para a promoção de
oportunidades socioeducacionais para a população ponta-grossense;
- discutir e propor diretrizes, metas e ações para a elaboração do Plano Municipal de Educação da
cidade de Ponta Grossa;
- definir diretrizes, objetivos e metas educacionais para o município de Ponta Grossa a serem
executadas na década 2008-2018 articulando os poderes públicos e a sociedade civil organizada.
54
Art. 4º. Delegar à Secretária Municipal de Educação para, no uso de suas atribuições:
Parágrafo I – Estabelecer a estrutura organizacional da Conferência Municipal de Educação da cidade de
Ponta Grossa.
Parágrafo II – Indicar pessoal técnico e administrativo para coordenar e executar os trabalhos, referentes ao
planejamento, desenvolvimento e avaliação da I Conferência Municipal de Educação da cidade de
Ponta Grossa.
Parágrafo III – Firmar instrumentos de parceria com entidades públicas e privadas no sentido de apoiar e
patrocinar a realização da I Conferência Municipal de Educação da cidade de Ponta Grossa.
Art. 5º. Os recursos necessários para a realização da Conferência serão providos pela Secretaria Municipal
de Educação.
Art. 6º. Os resultados da I Conferência Municipal da Educação da cidade de Ponta Grossa deverão ser
apresentados à sociedade ponta-grossense e encaminhados à Câmara Municipal para elaboração
de Lei Municipal.
Art. 6º. Este Decreto entra em vigor a partir da data de sua publicação.
Ponta Grossa, 19 de junho de 2007.
PEDRO WOSGRAU FILHO
PREFEITO MUNICIPAL
55
Anexo B Anexo B Anexo B Anexo B –––– Portaria nº 001/2007, EsPortaria nº 001/2007, EsPortaria nº 001/2007, EsPortaria nº 001/2007, Estrutura trutura trutura trutura Organizacional da I Conferência Municipal de Organizacional da I Conferência Municipal de Organizacional da I Conferência Municipal de Organizacional da I Conferência Municipal de Educação da Cidade de Ponta GrossaEducação da Cidade de Ponta GrossaEducação da Cidade de Ponta GrossaEducação da Cidade de Ponta Grossa
PORTARIA nº 001/2007
A Secretária de Educação do Município de Ponta Grossa no uso de suas atribuições legais,
Resolve:
Art. 1º. Estabelecer a estrutura organizacional da I Conferência Municipal de Educação da cidade de Ponta
Grossa intitulada “Cidade Educadora: desafios e políticas para a sociedade ponta-grossense” que
será realizada de junho/2007 a março/2008.
Art. 2º. A estrutura organizacional da I Conferência Municipal de Educação da cidade de Ponta Grossa
está estruturada de acordo com o seguinte organograma:
Art. 3º. As Coordenações, Assessorias e Comissões serão constituídas pelos seguintes membros, tendo
como atribuições:
1. Coordenação Geral
Coordenadora: Zélia Maria Lopes Marochi
56
À Coordenação Geral compete:
•••• supervisionar o desenvolvimento global da Conferência definindo, com apoio das demais Coordenações, Assessorias e Comissões, as ações necessárias para o seu planejamento, desenvolvimento e avaliação, culminando com a edição da Lei Municipal referente ao Plano Municipal de Educação para a cidade de Ponta Grossa;
•••• articular lideranças participantes da realização da Conferência colaborando para o diálogo efetivo entre a sociedade civil organizada e o Poder Público Municipal.
2. Coordenação Executiva
Coordenadora: Teresa Jussara Luporini
Membros:
Secretaria Municipal de Educação de Ponta Grossa: Adriane Weckerlin Mendes, Alcinéia Isabel Maciel de Mattos, Elizabeth Regina Streisky de Farias, Marislei Zaremba Martins, Vera Lucia Martiniak;
Câmara Técnica de Assuntos Educacionais do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Ponta Grossa- CDESPONTA: Nelson Canabarro (CDESPONTA), Graciete Tozetto Góes, Carmencita de Holleben Mello Ditzel, Vera Maria Silvestre (Núcleo Regional de Educação), Fabiana Mansani Postiglioni, Maria Etelvina Madalozzo Ramos (UEPG), Maria Ruth Almeida Noenberg, Daltro Noenberg (Escola de Pais do Brasil), Luiz Simão Staszczak (UTFPr), Cláudio Puríssimo (CESCAGE), Marco Antonio Razouk (Faculdade União), Neuza Helena P. Mansani (Centro Cultural Faris Michaelle), Sônia Maria Mongruel (SINEPE).
À Coordenação Executiva compete :
• apoiar diretamente as ações da Coordenação Geral;
• operacionalizar as ações que viabilizem a realização da Conferência bem como proceder à avaliação durante e posterior à sua instalação;
• contribuir com a definição de questões para a elaboração do Regimento Interno da Conferência;
• elaborar e propor a agenda de trabalho para a realização da Conferência;
• preparar material de divulgação (cartazes, folderes, faixas, convites) e de registro (filmagem e fotografia) da Conferência, encaminhando-os à Assessoria de Comunicação para as providências de veiculação na mídia;
• otimizar recursos humanos, financeiros e materiais necessários para a realização da Conferência;
• promover a articulação entre as Coordenações, Assessorias e Comissões zelando pelo cumprimento de suas atribuições;
• contribuir para a definição das temáticas que serão abordadas e respectivos expositores(as) de mesas redondas, painéis, oficinas pedagógicas e outros eventos de preparação, desenvolvimento e avaliação da Conferência;
• estabelecer, com o apoio das Assessorias e Comissões, a metodologia de elaboração do relatório da Conferência;
• promover as ações necessárias para a publicação do relatório final e seu encaminhamento para os participantes.
57
3. Assessoria de:
3.1. Comunicação:
Coordenação : Carolina Mainardes e Edgar Hampf
Apoio: Maria Deucélia Moreira Cardozo
À Assessoria de Comunicação compete:
• orientar as atividades de comunicação e mecanismos de divulgação social da Conferência;
• preparar materiais necessários para a divulgação da Conferência tomando as providências para a sua veiculação na mídia.
• promover os registros e cobertura dos principais momentos da Conferência.
3.2. Administração e Finanças:
Coordenação: Fátima Maria Dória Jorge e Geraldo Xavier
Membros: Maria Glaci Silveira Dzázio, Paulo César dos Santos, Josefa Jaqueline Pawlak da Rosa, Denise Henneberg, Amilton Valdenei Garcia, Denise Catarina dos Santos.
À Assessoria de Administração e Finanças compete:
• assessorar e garantir a implementação das ações necessárias à realização das decisões tomadas pela Comissão Executiva e demais Assessorias e Comissões;
• articular e viabilizar a execução de tarefas específicas de cada atividade estabelecida pela Comissão Executiva e demais Assessorias e Comissões;
• apoiar os trabalhos operacionais;
• acompanhar as reuniões ordinárias quando solicitado;
• organizar e manter arquivos administrativos e financeiros referentes à Conferência;
• encaminhar ofícios e outros documentos referentes à Conferência;
• coletar dados necessários à realização de empenhos, cotação de preços, monitoramento dos trâmites financeiros e de prestação de contas dos recursos recebidos e dos gastos efetuados.
4. Comissões
4.1. Regimento e Regulamento
Coordenação: Simone de Fátima Flach
Membros: Eloina Chaves, Maristela Mattos, Marta Burda Schastai, Petronella Leenstra, Marilis Sibele dos Santos, Rita de Cássia Soares Lopes, Margareth, Silvia Mara Blum, Marlene Terezinha Francisco, Cleide Elisa K. Martynychen, Ana Maria Kuhn Horst, Marilze da Cruz Gonçalves, Eliane Milléo, Janice Ferreira Golombiewski, Silvana Szeremeta, Joana Dara de Oliveira Maior, Sônia Maria C. Kostrzevicz , Roseni Oleinih Ienk, Ana Cláudia Wonsowiscz dos Santos.
58
À Comissão de Regimento e Regulamento compete:
• elaborar/apresentar o regimento da conferência e zelar pelo seu cumprimento;
• propor o regulamento de indicação/eleição de delegados(as) para a conferência, assim como dia e local de sua realização;
• organizar e acompanhar a realização de miniconferências institucionais e escolares;
• acompanhar a elaboração e publicação do relatório final da Conferência.
4.2. Infraestrutura
Coordenação: Dionéia Tereza Ferreira e Luiz Carlos Maior
Membros: Denise Degraf Travensoli, Anderson Hortiz Krutch, Damião Teixeira, Jorge Carlos Baptista, Elza Schumoski, Nelza Aparecida Ferreira Inglês, Milena Carla da Silva Pelissari.
À Comissão de Infraestrutura compete:
•••• viabilizar o controle de transporte para o local do evento;
•••• providenciar a conferência de material, controle e acompanhamento de cópias xerografadas e aquisição de material de consumo ( papel, lápis, cola, pastas, crachás e outros materiais que se façam necessários);
•••• criar condições de infraestrutura necessária para a realização da Conferência (local, instalação de equipamentos, transporte, hospedagem e alimentação para os convidados);
•••• contribuir com a organização e desenvolvimentos das miniconferências institucionais e escolares;
•••• avaliar, juntamente com a comissão executiva, a prestação de contas dos recursos destinados para a execução da Conferência.
4.3. Articulação e Mobilização
Coordenadora: Márcia Martins Gonçalves
Membros: Andréia dos Santos Pilar, Débora Alves Pereira, Raquel Kuhn, Hercília Kuhn Henneberg, Sandra Mara Soares Ferreira, Josiane Aparecida Cidral Fernandes.
À Comissão de Articulação e Mobilização compete:
• manter contatos com instituições e organismos para participação, apoio e patrocínio de materiais para a Conferência (camisetas, bonés, pastas, crachás, canetas entre outros materiais);
• mobilizar o governo municipal bem como os delegados eleitos/indicados para participação efetiva na Conferência;
• contribuir com a organização e desenvolvimentos das miniconferências institucionais e escolares;
• providenciar a ornamentação, organização das pastas, credenciamento, recepção e controle de frequência dos participantes nos diversos eventos integrantes da Conferência.
59
4.4. Cultura
Coordenadora: Eliane Maria Schwab
Membros: Luciana Carmenci Ferreira Oberg, Ivo Mariano da Rosa, Carmen Regina Correa de Almeida
À Comissão de Cultura compete:
• articular a apresentação de grupos artísticos e culturais de acordo com a programação estabelecida;
• organizar eventos de literatura e outros de natureza cultural/artística, exposições de artes plásticas, artesanatos e afins, exposição de experiências inovadoras no campo da Educação, relatos de práticas pedagógicas e resultados de projetos educacionais.
Art. 4º. Esta portaria entra em vigor a partir da data de sua publicação.
Ponta Grossa, 20 de junho de 2007.
Zélia Maria Lopes Marochi
Secretária Municipal de Educação
60
Anexo C Anexo C Anexo C Anexo C –––– Decreto Municipal nº 1821/2007, Decreto Municipal nº 1821/2007, Decreto Municipal nº 1821/2007, Decreto Municipal nº 1821/2007, Aprova o Aprova o Aprova o Aprova o Regimento Interno da I Conferência Municipal dRegimento Interno da I Conferência Municipal dRegimento Interno da I Conferência Municipal dRegimento Interno da I Conferência Municipal de e e e Educação da Cidade de Ponta GrossaEducação da Cidade de Ponta GrossaEducação da Cidade de Ponta GrossaEducação da Cidade de Ponta Grossa
D E C R E T O N º 1. 8 2 1, de 06/12/2007
Aprova o Regimento Interno da I Conferência Municipal de
Educação da Cidade de Ponta Grossa – “Cidade Educadora:
desafios e políticas para a sociedade ponta-grossense”.
O PREFEITO MUNICIPAL DE PONTA GROSSA, Estado do Paraná, no uso de suas atribuições
legais, nos termos do Decreto n. 1.517/2007 e conforme o protocolado n. 3330193/2007,
D E C R E T A
Art. 1º. Fica aprovado o Regimento Interno da I Conferência Municipal de Educação da Cidade de
Ponta Grossa – “Cidade Educadora: desafios e políticas para a sociedade ponta-grossense”, na
forma anexa a este Decreto.
Art. 2º. Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS JURÍDICOS, em 06 de
dezembro de 2007
PEDRO WOSGRAU FILHO
Prefeito Municipal
ADELÂNGELA DE ARRUDA MOURA STEUDEL
Secretária Municipal de Administração
e Negócios Jurídicos
61
I Conferência Municipal de Educação da Cidade de Ponta Grossa – “Cidade Educadora: desafios e políticas
para a sociedade ponta-grossense”
REGIMENTO INTERNO
(Aprovado pelo Decreto n.º 1.821/2007)
CAPÍTULO I
DOS FUNDAMENTOS LEGAIS
Art. 1º. A I Conferência de Educação da Cidade de Ponta Grossa, instituída pelo Prefeito do Município
de Ponta Grossa, através do Decreto Municipal nº 1.517 de 18/06/07 obedece à seguinte
legislação vigente:
I. Art. 205 da Constituição da República Federativa do Brasil, de 05/10/1988, que estabelece a
educação como um direito de todos e dever do Estado e da família, a qual será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho;
II. art. 9º, inciso I da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 de 20/12/96, o qual
define que a União incumbir-se-á de elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração
com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
III. art. 2º da Lei Federal nº 10.172/2001 que aprovou o Plano Nacional de Educação o qual estabelece
que a partir da vigência desta Lei, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar
os planos decenais correspondentes.
CAPÍTULO II
DA PROMOÇÃO, DA ABERTURA, SEDE E DATA DE REALIZAÇÃO
Art. 2º. A I Conferência de Educação da Cidade de Ponta Grossa, instituída e amparada pela legislação
vigente, será promovida pela Secretaria Municipal de Educação em articulação com todas as
redes de ensino e entidades da sociedade civil organizada sendo que a sua instalação e abertura
pública solene ocorrerão no dia 22 de junho de 2007, nas dependências do Clube Sírio Libanês,
situado à Rua Frei Caneca, nº 395, com o tema “Cidade Educadora: desafios e políticas para a
sociedade ponta-grossense”.
CAPÍTULO III
DOS OBJETIVOS, DA COMPETÊNCIA E DA ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL DA CONFERÊNCIA
SEÇÃO I
Dos objetivos
Art. 3º. A I Conferência de Educação da Cidade de Ponta Grossa tem como objetivos:
I. Realizar o diagnóstico da situação educacional do Município, estabelecendo temáticas
fundamentais para a criação e implementação de espaços educativos diferenciados;
II. eleger prioridades para todos os segmentos educacionais do Município de Ponta Grossa visando
a articulação da sociedade civil organizada com o poder público, para a promoção de
oportunidades socioeducacionais à população ponta-grossense;
III discutir e propor diretrizes, metas e ações para a elaboração do Plano Municipal de Educação da
cidade de Ponta Grossa;
62
IV. definir diretrizes, objetivos e metas educacionais para o Município de Ponta Grossa, a serem
executadas na década de 2008-2017, articulando os poderes públicos e sociedade civil
organizada.
SEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA DA SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO
Art. 4º. Para a efetivação dos objetivos propostos para a I Conferência Municipal de Educação da Cidade
de Ponta Grossa compete à Secretaria Municipal de Educação as seguintes atribuições:
I. Estabelecer, através de Portaria/SME, a estrutura organizacional da I Conferência Municipal de
Educação da Cidade de Ponta Grossa;
II. indicar pessoal técnico e administrativo para coordenar e executar os trabalhos, referentes ao
planejamento, desenvolvimento e avaliação da Conferência;
III. firmar instrumentos de parceria com entidades públicas e privadas no sentido de apoiar e
patrocinar a realização da Conferência;
IV. prover recursos necessários para a realização da Conferência.
Parágrafo Único - Os resultados da I Conferência Municipal da Cidade de Ponta Grossa deverão ser
apresentados à sociedade ponta-grossense e encaminhados à Câmara Municipal de Ponta
Grossa, na forma de projeto de lei.
SEÇÃO III
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Art. 5º. A estrutura organizacional da I Conferência Municipal de Educação da cidade de Ponta Grossa,
estabelecida pela Portaria nº 001/2007 – SME (Anexo I), no seu organograma está composta por:
I. Coordenação Geral;
II. Coordenação Executiva;
III. Assessoria de Administração e Finanças;
IV. Assessoria de Comunicação;
V. Comissão de Regimento e Regulamento;
VI. Comissão de Infraestrutura;
VII. Comissão de Articulação e Mobilização;
VIII. Comissão de Cultura.
SEÇÃO IV
DAS ATRIBUIÇÕES DAS COORDENAÇÕES, DAS ASSESSORIAS E DAS COMISSÕES
Art. 6º. As atribuições e Competências das Coordenações, das Assessorias e das Comissões na I
Conferência de Educação da Cidade de Ponta Grossa, são as seguintes:
I. COORDENAÇÃO GERAL: representada pela Secretária Municipal de Educação, além das
competências inerentes ao cargo tem as seguintes atribuições:
a) supervisionar o desenvolvimento global da Conferência definindo, com o apoio da
Coordenação Executiva, das Assessorias e das Comissões estabelecidas, as ações
necessárias para o seu planejamento, desenvolvimento e avaliação, culminando com a
edição da Lei Municipal referente ao Plano Municipal de Educação para a cidade de Ponta
Grossa;
63
b) articular lideranças participantes da realização da Conferência colaborando para o diálogo
efetivo entre a sociedade civil organizada e o Poder Público Municipal;
c) zelar pelo cumprimento de todas as normas estabelecidas para a I Conferência Municipal
de Educação da Cidade de Ponta Grossa, previstas neste Regimento Interno;
II. COORDENAÇÃO EXECUTIVA: composta por membros da Secretaria Municipal de Educação,
da Câmara Técnica de Assuntos Educacionais do Conselho de Desenvolvimento Econômico e
Social de Ponta Grossa – CDESPONTA, do Núcleo Regional de Educação – NRE - PG/SEED-PR -
PR, da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG - PR, da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná - UTFPR, dos Estabelecimentos Particulares de Ensino Superior - SINEPE, de
instituições e associações da sociedade civil organizada como o Centro Cultural Faris Michaelle e
a Escola de Pais do Brasil – PG, compete as seguintes atribuições:
a) Apoiar diretamente as ações da Coordenação Geral;
b) definir condições metodológicas e operacionais para a realização da Conferência;
c) operacionalizar as ações que viabilizem a realização da Conferência, bem como, proceder
avaliação durante e posterior à sua instalação;
d) elaborar e propor a agenda de trabalho para a realização da Conferência;
e) preparar material de divulgação e de registro da Conferência e encaminhar para a
Assessoria de Comunicação para a veiculação na mídia;
f) otimizar recursos humanos, financeiros e materiais necessários para a realização da
Conferência;
g) promover a articulação entre as Coordenações, Assessorias e Comissões, zelando pelo
cumprimento de suas atribuições;
h) deliberar sobre as propostas, critérios e definições das temáticas que serão abordadas e
respectivos expositores de mesas-redondas, painéis, oficinas pedagógicas e outros eventos
de preparação, desenvolvimento e avaliação da Conferência;
i) estabelecer, com o apoio das Assessorias e Comissões, a metodologia de elaboração do
relatório da Conferência;
j) promover as ações necessárias para a publicação do relatório final e seu encaminhamento
para os participantes;
k) executar ações juntamente com a Coordenação Geral, com as Assessorias e as Comissões,
para a elaboração, aprovação e cumprimento das normas estabelecidas neste Regimento
Interno.
III. ASSESSORIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS: composta por membros dos
Departamentos Administrativo e Financeiro da Secretaria Municipal de Educação, compete as
seguintes atribuições:
a) assessorar e garantir a implementação das ações necessárias à realização das decisões
tomadas pelas Comissões Geral e Executiva, bem como, pelas demais Assessorias e
Comissões;
b) articular e viabilizar a execução de tarefas específicas de cada atividade estabelecida pelas
Comissões Geral e Executiva, das Assessorias e das Comissões;
c) apoiar os trabalhos operacionais;
d) acompanhar as reuniões ordinárias quando solicitado;
e) organizar e manter arquivos administrativos e financeiros referentes à Conferência;
f) encaminhar ofícios e outros documentos referentes à Conferência;
g) coletar dados necessários à realização de empenhos, cotação de preços, monitoramento
dos trâmites financeiros e de prestação de contas dos recursos recebidos e gastos
efetuados;
h) cumprir as normas estabelecidas neste Regimento Interno nas ações que lhes competem.
64
IV. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO: composta por membros da Imprensa Oficial da Prefeitura
Municipal de Ponta Grossa e da Secretaria Municipal de Educação, compete as seguintes
atribuições:
a) Orientar as atividades de comunicação e mecanismos de divulgação social da Conferência;
b) preparar materiais necessários para a divulgação da Conferência tomando as providências
para a sua veiculação na mídia;
c) promover os registros e cobertura dos principais momentos da Conferência;
d) cumprir as normas estabelecidas neste Regimento Interno nas ações que lhes competem.
V. COMISSÃO DE REGIMENTO E REGULAMENTO:: composta por membros representantes dos
Departamentos e Divisões da Secretaria Municipal de Educação, competem as seguintes
atribuições:
a) Elaborar e apresentar este Regimento Interno da Conferência, bem como, cumprir e zelar
para que sejam cumpridas as normas estabelecidas;
b) propor o regulamento de indicação/eleição de delegados para a Conferência, assim como
datas e locais de realização de suas diversas etapas;
c) organizar e acompanhar a realização de miniconferências institucionais e escolares;
e) acompanhar a elaboração e publicação do relatório final da Conferência.
VI. COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA: composta por membros do Departamento Administrativo
da Secretaria Municipal de Educação, compete as seguintes atribuições:
a) Viabilizar o controle de transporte para o local do evento;
b) providenciar a conferência de material, controle e acompanhamento de cópias
xerografadas e aquisição de material de consumo (papel, lápis, cola, pastas, crachás) e
outros materiais que se façam necessários;
c) criar condições de infraestrutura necessária para a realização da Conferência (local,
instalação de equipamentos, transportes, hospedagem e alimentação para os convidados);
d) contribuir com a organização e desenvolvimento das miniconferências institucionais e
escolares;
e) avaliar, juntamente com a Coordenação Executiva e com a Assessoria de Administração e
Finanças, a prestação de contas dos recursos destinados para a execução da Conferência;
f) cumprir as normas estabelecidas neste Regimento Interno nas ações que lhes competem.
VII. COMISSÃO DE ARTICULAÇÃO E MOBILIZAÇÃO: composta por membros dos Departamentos
de Educação e Administrativo da Secretaria Municipal da Educação, competem as seguintes
atribuições:
a) Manter contatos com instituições e organismos para participação, apoio e patrocínio dos
materiais necessários, para a Conferência;
b) mobilizar o governo municipal, bem como, os delegados indicados/eleitos para a
participação efetiva na Conferência;
c) contribuir com as organizações e desenvolvimento das miniconferências institucionais e
escolares;
d) providenciar a ornamentação, organização das pastas, credenciamento, recepção e
controle de frequência dos participantes nos diversos eventos integrantes da Conferência;
e) cumprir as normas estabelecidas neste Regimento Interno nas ações que lhes competem.
VIII. COMISSÃO DE CULTURA: composta por membros do Departamento de Educação da
Secretaria Municipal da Educação, competem as seguintes atribuições:
a) Articular a apresentação de grupos artísticos e culturais de acordo com a programação
estabelecida;
65
b) organizar eventos de literatura e outros de natureza cultural/artística, exposições de artes
plásticas, artesanatos e afins, exposição de experiências inovadoras no campo da
Educação, relatos de práticas pedagógicas e resultados de projetos educacionais;
c) cumprir as normas estabelecidas neste Regimento Interno nas ações que lhes competem;
§ 1º. Na estruturação organizacional das Coordenações, das Assessorias e das Comissões da
Conferência, será indicado um membro Coordenador, para a mobilização, agilização e
coordenação dos trabalhos e demais ações de seus respectivos grupos.
§ 2º. Os membros das Coordenações, das Assessorias e das Comissões da Conferência, indicados
pelas Instituições que representam, estão devidamente nominados, nos seus respectivos
grupos, na Portaria/SME nº 001/2007.
CAPÍTULO IV
DA REALIZAÇÃO
Art. 7º A realização da I Conferência de Educação da Cidade de Ponta Grossa está, oficialmente,
programada para acontecer em 11 (onze) etapas, são elas:
I. 1ª ETAPA: a realização do Minicenso Educacional, no Jardim Cachoeira no dia 16/06/2007,
sendo este o marco inicial para os demais que deverão acontecer conforme cronograma
próprio;
II. 2ª ETAPA: a instalação e abertura pública solene da I Conferência de Educação da Cidade
de Ponta Grossa, no dia 22 de junho de 2007, nas dependências do Clube Sírio Libanês,
situado à Rua Frei Caneca, nº 395, com o tema “Cidade Educadora: desafios e políticas para
a sociedade ponta-grossense” enfocando, ainda, subtemas como – educação –
desenvolvimento – cidadania e participação.
III. 3ª ETAPA: Seminário Municipal “Impactos da Implementação do Ensino Fundamental de
9 anos – fundamentos pedagógicos”, no dia 22 de junho de 2007, nas dependências do
Clube Sírio Libanês. Palestrante: Lílian Ana Wachowicz.
IV. 4ª ETAPA: Formação Continuada para os Profissionais da Educação da Rede Municipal de
Ensino, no dia 30 de julho de 2007.
§ 1º. A formação continuada para os profissionais da Educação da Rede Pública do Ensino, na quarta
etapa, abrangerá 02 (duas) palestras e 15 oficinas pedagógicas, que acontecerão em 3 (três)
locais específicos da cidade.
§ 2º. As 2 (duas) palestras, mencionadas no parágrafo anterior, serão ministradas, no Cine Ópera, sito
à Rua XV de Novembro, nº 468, nos períodos da manhã e da tarde, em salas distintas e
concomitantemente, sendo:
a) palestra: Ensino Fundamental de 9 anos: fundamentos legais. Palestrante: Murílio de
Avellar Hingel;
b) palestra: Avaliação na Aprendizagem.. Palestrante: Celso Vasconcellos.
§ 3º. Quanto as 15 (quinze) oficinas pedagógicas, desta 4ª etapa, da oficina número 01 (um) ao
número 7 (sete), acontecerão na Escola Municipal Profª Minervina França Scudlareck – Educação
Infantil e Ensino Fundamental, situada à Rua Casemiro de Abreu, nº 852, sendo que, ambas,
serão ofertadas tanto no período da manhã como no da tarde, sendo:
66
a) Oficina nº 01: Pedagogia da Paz. Oficineiro: Prof. Ms. Nei Alberto Salles Filho.
b) Oficina nº 02: Educação Patrimonial.. Oficineira: Profª Ms. Silvana Maura Batista Carvalho.
c) Oficina nº 03: Educação Patrimonial. Oficineira: Profª Ms. Rosana Nadal de Arruda Moura.
d) Oficina nº 04: Entre Fraldas e Brinquedos. Oficineira: Profª Esp. Neide Keiko Kravchychyn
Cappelletti.
e) Oficina nº 05: Ensino das Ciências nas Séries Iniciais. Oficineira: Gilsane Salles.
f) Oficina nº 06: Contação de Histórias. Oficineiro: Prof. Carlos Daitschman.
g) Oficina nº 07: Pedagogia Freinet. Oficineira: Profª Ms. Neuza Helena Mansani.
§ 4º. As oficinas pedagógicas da 4ª etapa, do número 08 (oito) ao 15 (quinze), serão ministradas na
Escola Municipal Pref. Cel. Cláudio Gonçalves Guimarães – Educação Infantil e Ensino
Fundamental, sito à Rua Bonifácio Ribas, nº 240, Vila Coronel Cláudio com ofertas, também, no
período da manhã e da tarde, sendo:
a) Oficina nº 08: Jogos e Recreação,, Oficineira: Profª Ms. Hermínia Regina Bugeste Marinho.
b) Oficina nº 09: Jogos e Recreação.. Oficineiro: Prof. Ms. Moacir de Mattos Ávila.
c) Oficina nº 10: Literatura Infantil. Oficineira: Profª Glória Kirinus.
d) Oficina nº 11: Literatura. Oficineiro: Prof. Ms. Amir Piedade.
e) Oficina nº 12: Ensino da Geografia nas Séries Iniciais. Oficineiro: Prof. Ms. Mário Cezar
Lopes.
f) Oficina nº 13: OTP e Ética na Escola. Oficineiro: Profª Ms. Mauricéia Gonçalves Kossatz.
h) Oficina nº 14: Matemática no 1º Segmento do Ensino Fundamental. Oficineiro: Prof. Ms.
Vlademir Marim.
i) Oficina nº 15: Produção e Reestruturação de Textos. Oficineiro: Prof. Ms. Donizeth Ap.
dos Santos.
V. 5ª ETAPA: II Simpósio de Educação: no dia 14 de agosto de 2007 – Tema: Instituições Escolares
no Brasil, Palestrante: Dermeval Saviani;
VI. VI. 6ª ETAPA: Miniconferências Institucionais/Comunitárias e Escolares nos dias 31 de agosto
e 22 de outubro de 2007;
VII. 7ª ETAPA: Miniconferências Institucionais/Comunitárias e Escolares nas demais redes de
ensino durante o segundo semestre de 2007;
VIII. 8ª ETAPA: Conferência Regional da Rede Municipal, realizada, na Associação dos Engenheiros
e Arquitetos, sito à Rua Balduíno Taques nº 500, ocorrida em 22/10/2007.
IX. 9ª ETAPA: Exposição Pedagógica e Relatos de Práticas das Escolas e Centros Municipais de
Educação Infantil da cidade de Ponta Grossa, nos dias 07 e 08 novembro de 2007.
X. 10ª ETAPA: Conferência Geral com os Delegados, em 07/12/07;
XI. 11ª ETAPA: Encerramento da Conferência Municipal de Educação, com a realização do evento
de Educação, Arte e Literatura no qual ocorrerá a apresentação do Plano Municipal de Educação
às autoridades e dirigentes educacionais do Município em março/2008.
§ 4º. As Etapas da I Conferência de Educação da Cidade de Ponta Grossa, com seus eventos como
palestras, seminários, simpósios, mesas-redondas, oficinas pedagógicas, entre outros, citados
no Art. 7º, serão oficialmente programados e amplamente divulgados, na mídia, através de
“folderes”, panfletos, cartazes/”banners”, faixas, convites, bem como, deverão ser registradas
67
por meio de filmagens, fotografias e relatórios, para conhecimento dos órgãos públicos,
governamentais e demais interessados da sociedade civil e educacional da cidade de Ponta
Grossa.
§ 5º. No caso da necessidade de ampliações/alterações das etapas, dos temas, das datas, e/ou dos
palestrantes e demais informações nas programações dos eventos da I Conferência de Educação
da Cidade de Ponta Grossa, os participantes deverão ser informados/comunicados, oficialmente,
através da mídia e/ou individualmente, antes da realização do evento.
Art. 8º. A I Conferência Municipal de Educação de Ponta Grossa será integrada por participantes
convidados dos órgãos responsáveis pela gestão de políticas públicas no Município e pelos
delegados eleitos.
Parágrafo Único - A I Conferência Municipal de Educação tratará de temas de âmbito municipal e suas
correlações com a política estadual e nacional da educação.
CAPÍTULO V
DAS MINICONFERÊNCIAS INSTITUCIONAIS
COMUNITÁRIAS E ESCOLARES
Art. 9º. Serão realizadas miniconferências institucionais/comunitárias e escolares sendo seus objetivos:
I. discutir o Plano Nacional de Educação, suas metas e o papel do município e da sociedade local
para cumprimento dessas metas educacionais;
II. definir diretrizes para nortear a elaboração do Plano Municipal de Educação;
III. III. debater temas que definam compromisso do poder público e da população com a Educação
democrática e de qualidade, com inclusão social e equidade;
IV. planejar ações que contribuam para a transformação da qualidade de vida na escola e na
comunidade;
V. exercitar a capacidade de debate público, de construir e defender argumentos definindo ideias
comuns.
Art.10. As miniconferências temáticas serão organizadas e acompanhadas pela Coordenação Executiva
e Comissão de Regimento e Regulamento, bem como, apoiadas pelas demais comissões da I
Conferência de Educação da Cidade de Ponta Grossa.
Art. 11. Cada miniconferência temática elegerá um relator que deverá compor a comissão de
sistematização das propostas para apresentação do Relatório das mini-conferências temáticas
na plenária geral da conferência.
Art. 12. As miniconferências escolares adotarão a seguinte metodologia:
I. planejamento das ações com a divulgação do evento na comunidade; realização de assembleia
com professores, funcionários e Associação de Pais e Professores ou Associação de Pais e
Funcionários, para definição dos encaminhamentos necessários para a realização da
miniconferência local.
II. realização de assembleias por classe, ano ou ciclo reunindo os estudantes para debater os temas
definidos anteriormente.
68
III. assembleia Geral com a participação de pais, alunos, professores e funcionários para o registro
das proposições a serem encaminhadas e posteriormente discutidas, na Assembleia Regional,
que será realizada por grupos de escolas e CMEIs.
IV. os resultados da Assembleia Regional serão apresentados na Exposição das Experiências
Pedagógicas da Rede Municipal de Ensino, a ser realizada nos dias 07 e 08 de novembro de 2007,
e passarão a integrar o relatório final da I Conferência Municipal de Educação da cidade de Ponta
Grossa.
CAPÍTULO VI
DO TEMÁRIO
Art. 13. O tema central da I Conferência Municipal de Educação, “Cidade Educadora: desafios e políticas
para a sociedade ponta-grossense” foi definido em ato do poder executivo municipal pelo
Decreto nº 1.517 de 18/06/2007.
Parágrafo Único - Cada miniconferência temática terá um subtema específico relacionado à política
educacional, sendo:
I. Educação Infantil;
II. Ensino Fundamental;
III. Educação de Jovens e Adultos;
IV. Ensino Médio;
V. Ensino Técnico;
VI. Educação Superior;
Art.14. Será elaborado e publicado um relatório final da I Conferência Municipal de Educação que
deverá conter as diretrizes, propostas de políticas e deliberações aprovadas pela Assembleia
Geral, para a educação no município nos próximos 10 (dez) anos.
CAPÍTULO VII
DA PLENÁRIA GERAL E DO NÚMERO DE COMPONENTES DELEGADOS E
SUPLENTES, REPRESENTANTES DE SEUS RESPECTIVOS SEGMENTOS
Art.15. As reuniões plenárias, por temáticas, para apreciação das proposições, ocorrerão durante a
plenária geral da Conferência.
§ 1º. As propostas que sofrerem destaques nas plenárias terão asseguradas uma intervenção a favor e
uma contrária, com duração de 3 minutos.
§ 2º. Serão acatados os recursos encaminhados à mesa, por escrito, aprovados pela plenária.
Art. 16. Nos grupos de trabalho, terão direito à voz e ao voto, todos os delegados inscritos na I
Conferência Municipal de Educação.
Art. 17. Na plenária geral, somente terão o direito a voz e ao voto os(as) delegados(as) representantes
dos segmentos:
I. Usuários – 2 (dois) delegados e respectivos suplentes.
a) 2 (dois) alunos da Educação de Jovens e Adultos – EJA da rede municipal e seus respectivos
suplentes.
69
b) 2 (dois) alunos da rede estadual e seus respectivos suplentes;
c) 2 (dois) alunos da rede particular e seus respectivos suplentes;
d) 2 (dois) alunos do ensino superior (público) e seus respectivos suplentes;
e) 2 (dois) alunos do ensino superior (privado) e seus respectivos suplentes;
f) 2 (dois) pais de alunos da rede pública e seus respectivos suplentes;
g) 2 (dois) pais de alunos da rede particular e seus respectivos suplentes.
II. Gestores Educacionais e Escolares - 2 (dois) delegados e respectivos suplentes
a) 2 (dois) diretores de escolas municipais e seus respectivos suplentes;
b) 2 (dois) diretores de Centros Municipais de Educação Infantil – CMEIs e seus respectivos
suplentes;
c) 2 (dois) diretores de escolas particulares e seus respectivos suplentes;
d) 2 (dois) diretores de escolas estaduais e seus respectivos suplentes;
e) 2 (dois) diretores de Centros de Educação Infantil – CEIs e seus respectivos suplentes;
f) 2 (dois) diretores de instituição de ensino superior e seus respectivos suplentes.
III. Profissionais da Educação – número de delegados e respectivos suplentes:
a) 1 (um) professor(a) e 1 (um) funcionário (a) de escolas municipais e seus respectivos suplentes;
b) 1 (um) professor e 1 (um) assistente de Centros Municipais de Educação Infantil – CMEIs e seus
respectivos suplentes;
c) 2 (dois) professores de escolas particulares e seus respectivos suplentes;
d) 2 (dois) professores de escolas estaduais e seus respectivos suplentes;
e) 2 (dois) professores de Centros de Educação Infantil – CEIs e seus respectivos suplentes;
f) 2 (dois) professores de instituição de ensino superior e seus respectivos suplentes.
IV. Gestores Institucionais – número de delegados e respectivos suplentes:
a) 3 (três) representantes de instituições da sociedade civil organizada e seus respectivos suplentes;
b) 2 (dois) representantes do Conselho Municipal de Educação e seus respectivos suplentes;
c) 3 (três) representantes do Poder Público Municipal (Executivo e Legislativo) e seus respectivos
suplentes;
d) 9 (nove) representantes da Câmara Técnica de Assuntos Educacionais do Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social de Ponta Grossa.
§ 1º. Os representantes suplentes, dos seus respectivos segmentos só terão direito a voz e voto na
falta de seus representantes – delegados titulares.
§ 2º. A Coordenação Geral, na pessoa da titular da Pasta da Educação, promoverá o contato com os
segmentos representados no Quadro de Delegados, para que se pronunciem sobre as suas
participações.
Art.18. Na plenária geral, serão aprovadas as propostas que obtiverem maioria simples (50% + 1) dos
delegados presentes.
Art.19. As deliberações da I Conferência Municipal de Educação têm caráter propositivo, contribuindo
para o aprimoramento das diretrizes da política educacional e do cotidiano escolar, e serão
sistematizadas pela equipe da Secretaria Municipal de Educação e incorporadas às políticas
públicas educacionais e ao Plano Municipal de Educação.
Art. 20. A Comissão Organizadora Municipal ou Comissão Executiva convidará especialistas nos vários
subtemas estudados para que por meio de palestras e debates contribuam com as reflexões
70
produzidas nas miniconferências temáticas e com a elaborarão de textos para subsidiar as
discussões da I Conferência Municipal de Educação da cidade de Ponta Grossa.
CAPÍTULO VIII
DOS RECURSOS FINANCEIROS
Art. 21. Os recursos necessários para a realização da I Conferência de Educação da Cidade de Ponta
Grossa serão providos pela Secretaria Municipal de Educação.
Art. 22. A Secretaria Municipal de Educação poderá firmar instrumentos de parceria com entidades
públicas e privadas no sentido de apoiar e patrocinar a realização da I Conferência Municipal de
Educação da Cidade de Ponta Grossa.
CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS
Art. 23. Terão direito ao certificado de participação os delegados e demais inscritos, que tenham
frequentado pelo menos 80% dos eventos da I Conferência Municipal de Educação.
Art. 24. Será considerado descredenciado o delegado inscrito que descumprir o proposto no presente
Regimento Interno.
Art. 25. Apresentação de moções só serão aceitas por escrito e submetidas à aprovação da plenária.
Art. 26. A I Conferência Municipal de Educação da cidade de Ponta Grossa será avaliada por seus
delegados em instrumento apropriado durante o desenvolvimento e na conclusão de sua
realização.
Art. 27. Os casos omissos, não previstos neste Regimento, serão resolvidos pela Coordenação Geral e
Executiva da I Conferência Municipal de Educação.
CAPÍTULO X
DA APROVAÇÃO DO REGIMENTO INTERNO
Art. 28. O Regimento Interno da I Conferência de Educação da Cidade de Ponta Grossa, foi aprovado nas
seguintes instâncias:
I. Em reunião de diretoras das escolas e centros de educação infantil da rede municipal, ocorrida
no dia 16/08/2007, na Associação dos Funcionários da Receita Federal, à Avenida Carlos
Cavalcanti, nº 7.199, Bairro de Uvaranas;
II. em reunião com representantes das escolas particulares de Ponta Grossa – SINEPE, ocorrida no
dia 20/08/2007, na Sala de Reuniões da SME;
III. em reunião da Câmara Técnica de Assuntos Educacionais do CDESPONTA, ocorrida em
25/10/2007, na sala de reuniões do SESI – Ponta Grossa, sito à Rua João Manoel dos Santos
Ribas, nº 405.
XXXX
71
ANEXO I – DECRETO N.º 1.821/2007
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA I CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DE
PONTA GROSSA
Dados: Portaria nº 001/2007- SME
COMISSÃO DE REGIMENTO E
REGULAMENTO
COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA
COMISSÃO DE ARTICULAÇÃO E
MOBILIZAÇÃO
COMISSÃO DE CULTURA
COORDENAÇÃO GERAL
COORDENAÇÃO EXECUTIVA
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
ASSESSORIA DE ADMINISTRAÇÃO
E FINANÇAS
72
ANEXO II – DECRETO N.º 1.821/2007
QUADRO DOS COMPONENTES – NÚMEROS DE DELEGADOS/SUPLENTES
REPRESENTANTES DE SEUS RESPECTIVOS SEGMENTOS
1. USUÁRIOS:
DELEGADOS SUPLENTES
a) 2 alunos da EJA da rede municipal 2 alunos da EJA da rede municipal
b) 2 alunos da rede estadual 2 alunos da rede estadual
c) 2 alunos da rede particular 2 alunos da rede particular
d) 2 alunos do ensino superior (público) 2 alunos do ensino superior (público)
e) 2alunos do ensino superior (privado) 2 alunos do ensino superior (privado)
f) 2 pais de alunos da rede pública 2 pais de alunos da rede pública
g) 2 pais de alunos da rede particular 2 pais de alunos da rede particular
2. GESTORES EDUCACIONAIS E ESCOLARES:
DELEGADOS SUPLENTES
a) 2 diretores de escolas municipais 2 diretores de escolas municipais
b) 2 diretores de Centros Municipais de Educação Infantil - CMEIs 2 diretores de Centros Municipais de Educação Infantil -
CMEIs.
c) 2 diretores de escolas particulares 2 diretores de escolas particulares
d) 2 diretores de escolas estaduais 2 diretores de escolas estaduais
e) 2 diretores de Centros de Educação Infantil - CEIs. 2 diretores de Centros de Educação Infantil - CEIs.
f) 2 diretores de instituição de ensino superior 2 diretores de instituição de ensino superior
3. PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
DELEGADOS SUPLENTES
a) 1 professor(a) e 1 funcionário (a) de escolas municipais 1 professor(a) e 1 funcionário (a) de escolas municipais
b) 1 professor e 1 assistente de Centros Municipais de Educação
Infantil - CMEIs
1 professor e 1 assistente de Centros Municipais de Educação
Infantil - CMEIs.
c) 2 professores de escolas particulares 2 professores de escolas particulares
d) 2 professores de escolas estaduais 2 professores de escolas estaduais
e) 2 professores de Centros de Educação Infantil - CEIs. 2 professores de Centros de Educação Infantil - CEIs.
f) 2 professores de instituição de ensino superior 2 professores de instituição de ensino superior
4. GESTORES INSTITUCIONAIS
DELEGADOS SUPLENTES
a) 3 representantes de instituições da sociedade civil organizada 3 representantes de instituições da sociedade civil organizada
b) 2 representantes do Conselho Municipal de Educação 2 representantes do Conselho Municipal de Educação
c) 3 representantes do Poder Público Municipal (executivo e
legislativo)
3 representantes do Poder Público Municipal
d) 9 representantes da Câmara Técnica de Assuntos Educacionais do
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Ponta
Grossa
9representantes da Câmara Técnica de Assuntos Educacionais
do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de
Ponta Grossa
73
Anexo D Anexo D Anexo D Anexo D –––– Decreto Municipal nº 1833/2007, Compõe o Decreto Municipal nº 1833/2007, Compõe o Decreto Municipal nº 1833/2007, Compõe o Decreto Municipal nº 1833/2007, Compõe o Quadro dos Delegados e Suplentes, Representantes dos Quadro dos Delegados e Suplentes, Representantes dos Quadro dos Delegados e Suplentes, Representantes dos Quadro dos Delegados e Suplentes, Representantes dos seus Respectivos Segmentos na seus Respectivos Segmentos na seus Respectivos Segmentos na seus Respectivos Segmentos na I Conferência Municipal I Conferência Municipal I Conferência Municipal I Conferência Municipal de Educação da Cidade de Ponta Grossade Educação da Cidade de Ponta Grossade Educação da Cidade de Ponta Grossade Educação da Cidade de Ponta Grossa
D E C R E T O Nº 1. 8 3 3, de 07/12/2007
Compõe o quadro dos delegados e suplentes,
representantes dos seus respectivos segmentos, na I
Conferência Municipal de Educação da Cidade de Ponta
Grossa – Cidade Educadora: desafios e políticas para a
sociedade ponta-grossense.
O PREFEITO MUNICIPAL DE PONTA GROSSA, Estado do Paraná, no uso de suas atribuições
legais, considerando o art. 205 da Constituição da República Federativa do Brasil de 05/10/1988, o art. 9º,
inciso I, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9394/96, o art. 2º da Lei Federal nº
10.172/2001 - do Plano Nacional de Educação, o Decreto nº 1.517 de 18/06/07 – da I Conferência Municipal da
Educação Cidade de Ponta Grossa – “Cidade Educadora: Desafios e Políticas para a Sociedade Ponta-
grossense e o Decreto nº 1.821 de 06/12/2007 – do seu Regimento Interno, e tendo em vista o contido no
protocolado 3410157/2007,
D E C R E T A
Art. 1º. Fica composto o quadro dos delegados e suplentes, representantes dos seus respectivos
segmentos na I Conferência Municipal de Educação Cidade de Ponta Grossa – “Cidade Educadora:
desafios e políticas para a sociedade ponta-grossense,
I. USUÁRIOS:
A a) ALUNOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS-EJA DA REDE MUNICIPAL:
Delegado Titular: Suplente:
- ALBERTO RIBEIRO DOS SANTOS - VALDEMAR ALEIXO CARNEIRO
- PEDRO ORLANDO DE ALMEIDA RIBEIRO - MARIA HILDA CORREIA
b b) ALUNOS DA REDE ESTADUAL:
Delegado Titular: Suplente:
- LARISSA TEIXEIRA RIBAS - WILLIAM ALVES DOS SANTOS
- ANDRESSA BELLOI CORDEIRO
74
c) ALUNOS DA REDE PARTICULAR:
Delegado Titular:
- MATHEUS MATHUCHENKO
- GUSTAVO BOWENS
d) ALUNO DO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO:
Delegado Titular: Suplente:
- ÉRICO RIBAS MACHADO - JOEL DE OLIVEIRA JÚNIOR
e) ALUNOS DO ENSINO SUPERIOR PRIVADO:
Delegado Titular: Suplente:
- QUEOPS PEREIRA - NORTON LUIZ KOSSATZ
- DANIELE VOLPINI
f) PAIS DE ALUNOS DA REDE PÚBLICA:
Delegado Titular:
- ANTÔNIO KOVALSKI
- TECLA JASINSKI
g) PAIS DE ALUNOS DA REDE PARTICULAR:
Delegado Titular:
- JOSEMARI COELHO
- ADRIANE DE OLIVEIRA BUENO
II. GESTORES EDUCACIONAIS E ESCOLARES:
a) DIRETORES DE ESCOLAS MUNICIPAIS:
Delegado Titular: Suplente:
- CERES BENTA BERTHIER GEHLEN - CLAUDIA MARA AUER DE MIRANDA
- MARISTELA ABIB SLUSARZ - LUCILENI MARISE WEISS STADLER
b) DIRETORES DE CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL - CMEIs:
Delegado Titular: Suplente:
- BEATRIZ CHICONATO - ELOISA HELENA GARDINAL
- VILMARA FRANKLIN DA SILVA QUEIROZ - SILVIA AP. MEDEIROS RODRIGUES
c) DIRETORES DE ESCOLAS PARTICULARES:
Delegado Titular:
- OSNI MONGRUEL JUNIOR
- MARIA ZORZI
d) DIRETORES DE ESCOLAS ESTADUAIS:
Delegado Titular: Suplente:
- ANA MARIA FRITZ - DOMINGOS ELIAS MACIEL
- MIGUEL DOMBROWSKI - LEATRICE MARIA SCHEFFER
75
e) DIRETORES DE CENTROS DE EDUCAÇÃO INFANTIL - CEIs
Delegado Titular: Suplente:
- JACEIR FÁTIMA PINHA - MARIA ALICE SCHIMIT
- ELISA RIBAS GRACIANO - KARINA BARRETO GUIMARÃES
f) DIRETORES DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
Delegado Titular: Suplente:
- CARLOS LUCIANO SANT’ANA VARGAS - GENELÍCIO CRUSOÉ ROCHA
- MOACIR ÁVILA DE MATOS JÚNIOR
III. PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO:
a) PROFESSOR E FUNCIONÁRIO DE ESCOLA MUNICIPAL:
Delegado Titular: Suplente:
- MARICY CARDOSO TEIXEIRA PINTO - NATÁLIA ISAURA MARQUARDT
- FABIANO SUTIL DE OLIVEIRA
b) PROFESSOR E ASSISTENTE DOS CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL -CMEIs:
Delegado Titular: Suplente:
- VANILDA PACHESKI - ANA CLÁUDIA WONSOWISCZ DOS SANTOS
- MARIA APARECIDA PRADO - PATRÍCIA MACHADO DOS SANTOS
c) PROFESSORES DE ESCOLAS PARTICULARES:
Delegado Titular: Suplente:
- GISELLE GEHLER - KARLA CRISTINE JUSTUS FERREIRA
- MARIANE BUENO FURSTENBERGER - ADRIANA MACHADO DOS SANTOS
d) PROFESSORES DE ESCOLAS ESTADUAIS:
Delegado Titular: Suplente:
- RITA DE CÁSSIA CAPRI - MARISTEL DO NASCIMENTO
- LURDES THOMAZ - RUBIO SEBASTIÃO FOGAÇA
e) PROFESSORES DE CENTROS DE EDUCAÇÃO INFANTIL - CEIs:
Delegado Titular: Suplente:
- ELIANE CORREIA MACHADO - VIVIANE ORTIZ DA SILVA
- ANA CLÁUDIA MARTINS NASCIMENTO - ELISA DANIELE TEIXEIRA DA SILVA
f) PROFESSORES DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR:
Delegado Titular: Suplente:
- SILVIA MARIA MARÇAL - CLÍCIA BUHER MARTINS
- MAURICÉIA KOSSATZ - SIUMARA APARECIDA DE LIMA
76
IV. GESTORES INSTITUCIONAIS:
a) REPRESENTANTES DE INSTITUIÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA:
Delegado Titular: Suplente:
- JULIO KÜLLER - MARIA AUGUSTA PEREIRA JORGE
- MAURÍCIO SILVA - JACOB ELIAS DURA CAVAGNARI
- TERESA JUSSARA LUPORINI - MARISTELA CATARINA SCHECHTEL DE MATTOS
b) REPRESENTANTES DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO:
Delegado Titular: Suplente:
- MARLI DE FÁTIMA RODRIGUES - ADAIR ÀNGELO DALLAROSA
- CÉLIA REJANE GONÇALVES - SIMONE DE FÁTIMA FLACH
c) REPRESENTANTES DO PODER PÚBLICO MUNICIPAL EXECUTIVO E LEGISLATIVO:
Delegado Titular: Suplente:
- ALINA DE ALMEIDA CÉSAR
- JOSÉ RUITER CORDEIRO - CLÓVIS AIRTON DE QUADROS
- ZÉLIA MARIA LOPES MAROCHI - ELIZABETH SILVEIRA SCHIMIDT
d) REPRESENTANTES DA CÂMARA TÉCNICA DE ASSUNTOS EDUCACIONAIS DO CONSELHO
DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DE PONTA GROSSA:
Delegado Titular: Suplente:
- GRACIETE TOZETTO GOES - NELSON ARI CANABARRO DE OLIVEIRA
- CARMENCITA DE HOLLEBEN MELLO DITZEL - VERA MARIA SILVESTRE
- FABIANA POSTIGLIONI MANSANI PEREIRA - MARIA ETELVINA MADALOZZO RAMOS
- MARIA RUTH ALMEIDA HNOENBERG - DALTRO NOENBERG
- LUIZ SIMÃO STASZCZAK - ALCINÉIA ISABEL MACIEL DE MATTOS
- CLÁUDIO PURISSIMO - ELIZABETH REGINA STREISKY DE FARIAS
- MARCO ANTONIO RAZOUK - MARISLEI DE FÁTIMA ZAREMBA MARTINS
- NEUZA HELENA POSTIGLIONI MANSANI - VERA LÚCIA MARTINIAK
- SONIA MARIA MONGRUEL - ADRIANE WECKERLIN
Art. 2º. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.
SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS JURÍDICOS, em 07 de
dezembro de 2007.
PEDRO WOSGRAU FILHO
Prefeito Municipal
ADELÂNGELA DE ARRUDA MOURA STEUDEL
Secretária Municipal de Administração
e Negócios Jurídicos
77
Anexo EAnexo EAnexo EAnexo Eaaaa –––– Cronograma de Realização de Minicensos Cronograma de Realização de Minicensos Cronograma de Realização de Minicensos Cronograma de Realização de Minicensos Educacionais nos Bairros e vilas da CidadeEducacionais nos Bairros e vilas da CidadeEducacionais nos Bairros e vilas da CidadeEducacionais nos Bairros e vilas da Cidade
1º Minicenso
16/07/2007 Escola Marta 01- Jardim Cachoeira
2º Minicenso
07/07/2007 Escola Maria Coutin 02- Jardim Pontagrossense 03- Bortolo Borsato 04- São Marcos
3º Minicenso
14/07/2007 Escola Raul 05- Santa Paula I 06- Santa Paula II 07- Santa Paula III 08- Jardim Jansen 09- Vila Raquel 10- Jardim Araguaia 11- Jardim Verona 12- Jardim Panorama 13- Parque D. Pedro II
4º Minicenso
04/08/2007 Escola Ana de Barros 14- Vila Burrinho 15- São Cristovão 16- Vila Ferroviária 17- Capão do Cipó 18- Vila Curitiba 19- Vila Aldo Laval 20- Vila Urca 21- Vila Argentina 22- Vila Sabina 23- Vila Rica 24- Vila Matana 25- Conjunto Antares 26- Vila Maria Otília
5º Minicenso
11/08/2007 Escola Cel. Claudio 27- Vila Tavares 28- Vila Princesa dos Campos 29- Vila Ana Maria 30- Vila Barbosa 31- Vila Pitangui 32- Vila Cloris I 33- Vila Cloris II 34- Vila Rio Branco 35- Vila Bady 36- Cel. Claudio
78
6º Minicenso
18/08/2007 Escola Plauto 37- Jardim Conceição 38- Giana I 39- Giana II 40- Rio Verde
7º Minicenso
22/09/2007 Escola Heitor 41- Jardim Tropeiro I 42- Jardim Tropeiro II 43- Lagoa Dourada I 44- Lagoa Dourada II 45- San Martin
8º Minicenso
29/09/2007 Escola Cyrillo /
Escola Schyrlei
46- Schangrila 47- Loteamento Rio Tibagi 48- Vila Ricci 49- Monte Belo 50- Santa Terezinha
9º Minicenso
06/10/2007 Escola Zilá 51- Dom Bosco 52- Santa Paula (2ª Parte) 53-Sam Marino
10º Minicenso
20/10/2007 Escola José Pinto Rosas 54- Bonsucesso 55- Jundiaí (Três Rios) 56- Bonsucesso Desfavelamento (Dalabona) 57- Estrela do Norte 58- Congonhas
11º Minicenso
24/11/2007 Escola Ruth 59- 31 De Março 60- Vila Mariana
12º Minicenso
01/12/2007 Escola Amadeu 61- Jardim N. Sra. das Graças 62- Vila Leila Maria 63- Jardim Atlanta 64- Monte Carlo 65- Jardim Eldorado
79
Anexo EAnexo EAnexo EAnexo Ebbbb –––– Registros Iconográficos do Minicenso Registros Iconográficos do Minicenso Registros Iconográficos do Minicenso Registros Iconográficos do Minicenso EducacionalEducacionalEducacionalEducacional
Figura 1 – Orientação/avaliação das atividades
desenvolvidas no Minicenso Educacional.
Figura 2 – Início do contato com a população para o
desenvolvimento das atividades do Minicenso Educacional.
Figuras 3 e 4 – Participação da equipe da SME e merendeiras da Rede Municipal de Ensino
na organização das atividades do Minicenso Educacional.
Figura 5 – Atuação do Exército e da SME na realização do
Minicenso Educacional.
Figura 6 – Participação da equipe da SME, diretoras e
pedagogas das escolas municipais.
80
Figura 7 – Entrevistas com moradores dos bairros e vilas da
cidade de Ponta Grossa.
Figura 8 – Participação do Conselho Municipal de
Educação, de diretora e equipe da SME junto a moradores
de bairros e vilas da cidade de Ponta Grossa.
81
Anexo F Anexo F Anexo F Anexo F –––– Histórico da Construção do PlanoHistórico da Construção do PlanoHistórico da Construção do PlanoHistórico da Construção do Plano Municipal Municipal Municipal Municipal de Educação do Município de Ponta Grossa de Educação do Município de Ponta Grossa de Educação do Município de Ponta Grossa de Educação do Município de Ponta Grossa –––– PrPrPrPr
A Secretaria Municipal de Educação, em cumprimento ao artigo 2º da Lei Federal nº
10.172/2001 que determina a todos os entes federados que elaborem o seu Plano Decenal de
Educação e, em decorrência, o Plano Municipal de Educação, promoveu durante o ano de 2007 e
2008 as ações preparatórias e de desenvolvimento da I Conferência Municipal de Educação da
cidade de Ponta Grossa com o tema “Cidade Educadora: desafios e políticas para a sociedade ponta-
grossense”.
A realização da Conferência decorreu das demandas educacionais da sociedade ponta-
grossense, bem como da participação organizada e democrática de profissionais da educação das
Redes Municipal, Estadual e Particular de Ensino, atuantes na Educação Básica, profissional e no
ensino superior. Participou também, desse processo, a sociedade civil organizada de Ponta Grossa
com interesse em discutir as alternativas para a melhoria constante da educação local e da área de
abrangência dos Campos Gerais do Paraná.
A participação dos envolvidos ocorreu em diferenciados espaços educativos com a
realização de miniconferências, que permitiram à comunidade local debater os temas propostos,
estabelecendo prioridades e compromissos com a educação de qualidade para todos, visando
atingir a meta municipal de diminuição das desigualdades sociais.
A instalação da Conferência aconteceu no dia 22 de junho de 2007 com a representação
dos poderes executivo, legislativo e judiciário e presença da comunidade educacional. Na
oportunidade foi designada a Comissão Executiva e Organizadora, com representação da sociedade
civil organizada, e foram apresentados os fundamentos legais e pedagógicos da implantação da
CME.
Durante a programação que se estendeu até junho de 2008, tendo como culminância a Lei
Municipal que instituiria o Plano Municipal de Educação, foram realizados minicensos educacionais,
palestras e oficinas, relatos de práticas pedagógicas, exposições pedagógicas, eventos culturais
contando com a participação dos profissionais da rede municipal, representantes de redes e
instituições públicas e privadas de ensino e demais segmentos que, ao longo do percurso,
apresentaram propostas para o texto final do Plano Municipal de Educação.
Sua elaboração pautou-se pela gestão democrática do ensino e da educação, observando
os princípios de: transparência e impessoalidade, autonomia e participação, liderança e trabalho
coletivo, representatividade e competência.
O êxito da Conferência Municipal de Educação da cidade de Ponta Grossa ocorreu pela
participação coletiva e democrática de todos os segmentos da sociedade local, direcionando
esforços para a implementação de ações concretas para a melhoria da educação no município, nos
próximos 10 anos, a partir de 2008, após a criação de Lei Municipal específica.
82
O processo desenvolveu-se nas seguintes etapas:
a) Planejamento, estudos e indicação da equipe coordenadora do processo – maio de 2007.
b) Solenidade de instalação da “I Conferência Municipal de Educação” da cidade de Ponta
Grossa, no dia 22 de junho no salão do Clube Sírio Libanês, que contou com a participação de
representantes de instituições educativas públicas e privadas, membros do Conselho Municipal de
Educação de Ponta Grossa, secretários de educação das cidades circunvizinhas. Nessa oportunidade
foi deflagrado oficialmente o processo de elaboração do PME por meio do Decreto 1517/2007 de 19
de junho de 2007. Ainda, nesta data, a secretária de educação, professora Ms. Zélia Maria Lopes
Marochi proferiu a palestra “Cidade educadora: desafios e políticas para a sociedade ponta-
grossense” e a professora Dra. Teresa Jussara Luporini proferiu a palestra “Princípios da organização
da Conferência Municipal de Educação”. No período da tarde realizou-se a palestra: “Ensino
Fundamental de 9 anos: fundamentos pedagógicos”, tendo como palestrante a professora Dra.
Lílian Ana Wachowicz, Membro do Conselho Estadual de Educação do Paraná.
Figura 1 – Instalação da I Conferência Municipal de Educação
– Junho/2007
Figura 2 – Instalação da I Conferência Municipal de
Educação – Junho/2007
c) Formação da Comissão Geral do Processo de elaboração, com representação da
comunidade escolar, das instituições/órgãos do poder público (executivo, legislativo, judiciário),
entidades representativas da sociedade civil organizada, entidades privadas, reconhecida pela
Portaria do Executivo, nº 001/2007 de 21 de junho de 2007.
d) Realização dos Minicensos Educacionais nos bairros e vilas do município (programação
no Anexo Ea).
e) Mobilização dos profissionais da educação da rede municipal por meio da formação
continuada, constando a mesma de 2 (duas) palestras e 15 oficinas pedagógicas.
Os temas das palestras, realizadas no Cine-Teatro Ópera, foram:
• “Ensino Fundamental de 9 anos: fundamentos legais” proferida por Murílio de Avellar
Hingel;
• “Avaliação na Aprendizagem”, proferida por Celso Vasconcellos.
83
Figura 3 – Palestra com o professor Dr. Murílio Hingel, do
Conselho Nacional de Educação – Julho/2007
Figura 4 – Palestra com o professor Dr. Celso Vasconcellos –
Julho/2007
As oficinas pedagógicas, de número 1 (um) a número 7 (sete), aconteceram na Escola
Municipal Profa. Minervina França Scudlareck – Educação Infantil e Ensino Fundamental, situada à
Rua Casemiro de Abreu nº 852, sendo que as referidas oficinas foram ofertadas tanto no período da
manhã como no período da tarde.
•••• Oficina nº 1: Pedagogia da Paz. Oficineiro: Prof. Ms. Nei Alberto Salles Filho.
•••• Oficina nº 2: Educação Patrimonial. Oficineira: Profa. Ms. Silvana Maura Batista
Carvalho.
•••• Oficina nº 3: Educação Patrimonial. Oficineira: Profa. Ms. Rosana Nadal de Arruda
Moura.
•••• Oficina nº 4: Entre Fraldas e Brinquedos. Oficineira: Profa. Esp. Neide Keiko
Kravchychyn Cappelletti.
•••• Oficina nº 5: Ensino das Ciências nas Séries Iniciais. Oficineira: Profa. Ms. Gilsane
Salles.
•••• Oficina nº 6: Contação de Histórias. Oficineiro: Prof. Carlos Daitschman.
•••• Oficina nº 07: Pedagogia Freinet. Oficineira: Profa. Ms. Neuza Helena Mansani.
As oficinas pedagógicas de número 8 (oito) a 15 (quinze) foram ministradas na Escola
Municipal Pref. Cel. Cláudio Gonçalves Guimarães – Educação Infantil e Ensino Fundamental, sito à
Rua Bonifácio Ribas, nº 240, Vila Coronel Cláudio com ofertas, também, no período da manhã e da
tarde.
• Oficina nº 8: Jogos e Recreação. Oficineira: Profa. Ms. Hermínia Regina Bugeste
Marinho.
• Oficina nº 9: Jogos e Recreação. Oficineiro: Prof. Ms. Moacir de Mattos Ávila.
• Oficina nº 10: Literatura Infantil. Oficineira: Profa. Glória Kirinus.
• Oficina nº 11: Literatura. Oficineiro: Prof. Ms. Amir Piedade.
84
• Oficina nº 12: Ensino da Geografia nas Séries Iniciais. Oficineiro: Prof. Ms. Mário Cezar
Lopes.
• Oficina nº 13: OTP e Ética na Escola. Oficineiro: Profa. Ms. Mauricéia Gonçalves
Kossatz.
• Oficina nº 14: Matemática no 1º Segmento do Ensino Fundamental. Oficineiro: Prof.
Ms. Vlademir Marim.
• Oficina nº 15: Produção e Reestruturação de Textos. Oficineiro: Prof. Ms. Donizeth Ap.
dos Santos.
f) Realização, em parceria com o grupo de Estudos e Pesquisas História, Sociedade e
Educação – HISTEDBR/Campos Gerais, do II Simpósio de Educação, no dia 14 de agosto de 2007,
que teve como tema “Instituições Escolares no Brasil” proferida pelo professor emérito da
Universidade Estadual de Campinas, Dermeval Saviani. Neste evento, diretoras e professoras da
rede municipal apresentaram os resultados das práticas pedagógicas significativas realizadas nas
escolas municipais.
g) Aprovação do regimento geral da Conferência Municipal de Educação pelas diretoras de
escolas e CMEIs, na Associação dos Servidores da Fazenda (Receita Federal), em 16/08/07.
Figura 5 – Palestra com o professor Dr. Dermeval Saviani –
Agosto/2007
Figura 6 – Assembleia de Aprovação do Regimento Interno
da I CME-PG – Agosto/2007
h) Realização das Miniconferências Institucionais/Comunitárias e Escolares nos dias 31 de
agosto e 22 de outubro de 2007.
i) Realização das Miniconferências Institucionais/Comunitárias e Escolares nas demais
redes de ensino durante o segundo semestre de 2007.
j) Realização da Assembleia Regional da Rede Municipal, realizada, na Associação dos
Engenheiros e Arquitetos, sito à Rua Balduíno Taques nº 500, ocorrida em 22/10/07.
85
Figura 7 – Assembleia da Rede Municipal de Ensino para
Aprovação das Deliberações de Educação Infantil e Ensino
Fundamental (anos iniciais)
Figura 8 – Assembleia da Rede Municipal de Ensino para
Aprovação das Deliberações de Educação Infantil e Ensino
Fundamental (anos iniciais)
k) Realização da Exposição Pedagógica e Relatos de Práticas das Escolas e Centros
Municipais de Educação Infantil da cidade de Ponta Grossa, nos dias 07 e 08 novembro de 2007, no
Centro de Eventos.
l) Criação de subcomissões segundo as temáticas do PME: Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Educação de Jovens e Adultos, Ensino Superior, Educação Profissional, Ensino Médio,
Educação Inclusiva, Educação Tecnológica e Formação Profissional - setembro de 2007.
m) Realização da Conferência Geral com os Delegados, em 07/12/07 para apresentação das
proposições de cada temática.
Figura 9 – Exposição Pedagógica das Escolas e Centros
Municipais de Educação Infantil – Novembro/2007
Figura 10 – Conferência Geral com os Delegados da
Sociedade Civil Organizada – Dezembro/2007
n) Reuniões das subcomissões para realizarem diagnóstico municipal segundo seu tema –
dezembro de 2007 e fevereiro de 2008;
o) Formatação do documento básico, versão preliminar, pela Comissão Geral a partir do
material e das discussões da Conferência Geral com os Delegados para Elaboração do PME – março
de 2008;
86
p) Apresentação da versão preliminar do PME na Assembleia Geral da conferência
Municipal de Educação para apreciação e aprovação do texto por parte dos representantes
(abril/2008) e lançamento da coleção “Desatando nós: desafios e inovações nas práticas gestoras
das diretoras das unidades escolares, como decorrência do Prêmio Inovação em Gestão
Educacional. O Prêmio foi concedido ao município de Ponta Grossa pelo Ministério da Educação –
MEC e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira – INEP em 2006, pela excelência
demonstrada na gestão da Secretaria Municipal de Educação.
Figura 11 – Apresentação da Versão Preliminar do Plano
Municipal de Educação com Representante do MEC/ FNDE –
Abril/2007
Figura 12 – Lançamento da Coleção “Desatando nós:
desafios e inovações nas práticas de gestão da rede
municipal de ensino” – Abril/2007
q) Encaminhamento ao setor jurídico do Gabinete do Prefeito para envio à Câmara de
Vereadores.
O processo de elaboração do PME teve sua conclusão no mês de junho de 2008 e,
envolveu, amplamente, a comunidade local na definição da política de educação municipal, voltada
a todos os níveis e modalidades de ensino, para o decênio 2008/2018.
87