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PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO (PME)

2015/2025

MUNICÍPIO DE IVINHEMA/MS

JUNHO 2015

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PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO IVINHEMA / MS

Eder Uilson França Lima

Prefeito Municipal

Genilda Ferreira Pieretti

Vice-prefeita

Aluísio Soares de Azevedo Junior

Presidente da Câmara Municipal

Rosemeire Franzoni da Silveira

Secretária Municipal de Educação

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Coordenação Geral

Secretaria Municipal de Educação de Ivinhema - SEME

Assessoria Técnica

Profª. Me. Maria José Telles Franco Marques

AE SASE MEC - UNDIME MS

Coordenação Estadual dos PMEs

Prof. Me. Waldir Leonel

SASE MEC - SED

Supervisora da Rede de Assistência Técnica para a adequação ou elaboração dos planos

de educação. SASE / MEC - SED Elizangela do Nascimento Mattos

Apoio Institucional

União dos Dirigentes Municipais de Educação UNDIME MS

Secretaria de Estado de Educação MS - SED MS

Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino - SASE MEC

Ministério de Educação – MEC

Comissão de Sistematização e Revisão Final do PME

Ana Maria da Silva Batista

Edmar Ferreira dos Santos

Luciano Morisco Rapchan

Maria Aparecida Maia

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MUNICÍPIO DE IVINHEMA

ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

Gabinete do Prefeito Municipal

DECRETO Nº. 543, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2.013

“Nomeia Membros para comporem a Comissão de Elaboração do

Plano Municipal de Educação, e dá outras providências.”

EDER UILSON FRANÇA LIMA, PREFEITO MUNICIPAL DE IVINHEMA, ESTADO

DE MATO GROSSO DO SUL, no uso das atribuições que lhe confere o inciso VI, do artigo

66, da Lei Orgânica Municipal, com fulcro na Lei Municipal nº. 952, de 03 de dezembro de

2.007 e tendo em vista a CI nº. 066/2013, datada de 19 de dezembro de 2.013, assinada pela

Secretária Municipal de Educação.

D E C R E T A:

Art. 1º Ficam nomeados os membros para comporem a Comissão de Elaboração do Plano

Municipal de Educação de Ivinhema-MS, da forma como segue:

Representante dos Diretores da Rede Municipal de Ensino:

• Maria de Fátima Moura Pinto

Representante dos Professores da Rede Municipal de Ensino:

• Ângela Maria do Nascimento Damacena

Representante dos Diretores da Rede Estadual de Ensino:

• Nélio Custódio de Almeida

Representante dos Professores da Rede Estadual de Ensino:

• Roseli Elizabeth Domingos Coelho Mazzaro

Representante da Rede Privada:

• Márcia Santana Gouveia Trevizan

Representante da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE:

• Nilse Aparecida Passarini Zanoli

Representante do Poder Legislativo Municipal:

• Ivonete Mendonça Borba

Representante da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS:

• Ângela Casarotti Cardoso

Representante da Universidade Anhanguera UNIDERP:

• Estefan Martins Lopes

Representante da Secretaria Municipal de Assistência Social:

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• Daiane Barbosa

Representante do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Ivinhema – SIMTEIV:

• Sandra Rosângela Intini

Representante do Conselho Tutelar:

• Dagmar Herculano da Silva

Representante da Agência SENAI de Ivinhema:

• Eluzia Maria Staut

Representantes da Secretaria Municipal de Educação:

• Ana Maria da Silva Batista

• Luciano Morisco Rapchan

• Maria Aparecida Maia Fabro

• Rosemeire Franzoni da Silveira

Art. 2º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as

disposições em contrário.

Ivinhema (MS), 20 de dezembro de 2013.

Eder Uilson França Lima

Prefeito Municipal

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APRESENTAÇÃO

O Plano Municipal de Educação de Ivinhema/MS, reflete os anseios dos munícipes.

Durante sua elaboração, houve a importante participação dos representantes de vários

seguimentos da sociedade, aumentando o comprometimento para a concretização das metas,

sendo uma das razões a continuidade da implementação das políticas públicas do Governo

Municipal, independente da Gestão.

A aprovação pelo Poder Legislativo Municipal, consequentemente sansão do

Prefeito, significa que o Plano tem força de Lei, e que sua aplicação deve ser obedecida pelas

próximas gestões com a participação e monitoramento de toda a sociedade.

Por ser um Plano Decenal, o PME define estratégias e possibilita o planejamento de

políticas de médio e longo prazo, contribuindo para o enfrentamento da descontinuidade das

ações políticas.

Rosemeire Franzoni da Silveira

Secretária Municipal de Educação

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GRÁFICOS

GRÁFICO 1 - Dados Sociodemográficos de Ivinhema MS................................................ 14

GRÁFICO 2 - PIB Percapta de Ivinhema MS ..................................................................... 15

GRAFICO 3 - Dados Gerais da Pesquisa do Plano Municipal de Educação ...................... 16

GRÁFICO 4 - Situação Amostragem da População de 4 a 5 anos EM 2013 ..................... 24

GRÁFICO 5 - Amostragem População de 6 A 14 anos que Frequentam a Escola ............. 30

GRÁFICO 6 - Percentual E Taxa Liquida Escolarização População 15 A 17 .................... 37

GRÁFICO 7 - População de 4 A 17 anos com Deficiência Frequente na Escola ............... 43

GRÁFICO 8 - Taxa de Alfabetização de Crianças 3º ano Ensino Fundamental................. 51

GRÁFICO 9 - Escolaridade Média da População de 18 a 29 anos ..................................... 64

GRÁFICO 10 - Alfabetização População de 15 anos ou mais ............................................ 67

GRÁFICO 11- Percentual de Matrícula .............................................................................. 71

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TABELAS

TABELA 1 - Número Geral de Matrícula por Regime Administrativo / 2015 ................... 16

TABELA 2 - Matrículas da Educação Básica 2012-2014 ................................................... 17

TABELA 3 - Situação Final Encerramentos Escolar de Ivinhema por Regime Administrativo

2014 ..................................................................................................................................... 17

TABELA 4 - Educação Infantil Municipal / Urbanas e Rurais 2012-2014 ........................ 25

TABELA 5 - Profissionais da Educação Infantil/Formação ............................................... 26

TABELA 6 - Matrícula Ensino Fundamental Município de Ivinhema 2012-2014 ............. 31

TABELA 7 - Percentual População / Matrícula 0 – 14 ANOS / 2008 – 2010 .................... 32

TABELA 8 - Situação Final Encerramento Escolar de Ivinhema por Regime Administrativo

2014 ..................................................................................................................................... 32

TABELA 9 - Matrícula Ensino Médio Município de Ivinhema 2012-2014 ....................... 36

TABELA 10 - Situação Final Encerramentos Escolar de Ivinhema Por Regime

Administrativos 2014 .......................................................................................................... 37

TABELA 11 - Percentual População / Matrícula por Faixa Etária- 2010 ........................... 38

TABELA 12 - Matrículas de Alunos Portadores de Necessidades Especiais ..................... 46

TABELA 13 - Matrícula EJA Município de Ivinhema 2012-2014 ..................................... 68

TABELA 14 - Número de Matrículas de Graduação Modalidade/Localidade ................... 78

TABELA 15 - Profissionais da Educação Infantil/Formação ............................................. 83

TABELA 16 - Docentes da Educação Básica Dimensão/Formação ................................... 83

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QUADROS

QUADRO 1 - Características Geográficas e Indicadores ................................................... 14

QUADRO 2 - Perfil Demográfico de Ivinhema População por Faixa Etária 2008, 2009, 2010

............................................................................................................................................. 17

QUADRO 3 - Projeção Oferta de Educação Integral até o ano de 2024............................. 54

QUADRO 4 - Gráfico de Projeção Do IDEB 4ª E 5ª ANO - Município de Ivinhema ....... 57

QUADRO 5 - Gráfico de Projeção do IDEB 8º E 9º Ano Ensino Fundamental do Município

de Ivinhema ......................................................................................................................... 57

QUADRO 6 - Evolução da Verba Mensal da Educação Transferida da União Para o

Município de Ivinhema/MS - 2013 ..................................................................................... 94

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 10

1 ASPÉCTOS GERAIS DO MUNICÍPIO DE IVINHEMA ....................................................... 12

2 DADOS DA EDUCAÇÃO ........................................................................................................... 16

3 LEI nº 020 de 15 de junho de 2015 ............................................................................................. 19

META 1- EDUCAÇÃO INFANTIL .............................................................................................. 22

Análise Situacional ........................................................................................................ 22

Estratégias ..................................................................................................................... 25

META 2 - ENSINO FUNDAMENTAL ......................................................................................... 28

Análise Situacional ........................................................................................................ 28

Estratégias ..................................................................................................................... 31

META 3 - ENSINO MÉDIO .......................................................................................................... 33

Análise Situacional ....................................................................................................... 33

Estratégias ..................................................................................................................... 37

META 4 - EDUCAÇÃO ESPECIAL ........................................................................................... 40

Análise Situacional ....................................................................................................... 40

Estratégias ..................................................................................................................... 43

META 5 – ALFABETIZAÇÃO. .................................................................................................... 46

Análise Situacional ....................................................................................................... 46

Estratégias ..................................................................................................................... 47

META 6 - EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL .................................................................... 49

Análise Situacional ....................................................................................................... 49

Estratégias ..................................................................................................................... 50

META 7 - QUALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA ................................................................. 52

Análise Situacional ....................................................................................................... 52

Estratégias ..................................................................................................................... 53

META 8 - ESCOLARIDADE/MÉDIA ......................................................................................... 58

Análise Situacional ....................................................................................................... 58

Estratégias ..................................................................................................................... 60

META 9 - ALFABETIZAÇÃO E ANALFABETISMO .............................................................. 61

Análise Situacional ....................................................................................................... 61

Estratégias ..................................................................................................................... 63

META 10 - EJA INTEGRADA À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ........................................... 65

Análise Situacional ....................................................................................................... 65

Estratégias ..................................................................................................................... 66

META 11 - EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO .......................... 67

Análise Situacional ....................................................................................................... 67

Estratégias ..................................................................................................................... 68

META 12, 13 e 14 - EDUCAÇÃO SUPERIOR ............................................................................ 69

Análise Situacional ....................................................................................................... 69

Estratégias ..................................................................................................................... 73

META 15, 16, 17 e 18 - VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO ......... 76

Análise Situacional ....................................................................................................... 76

Estratégias ..................................................................................................................... 77

META 19 - GESTÃO DEMOCRÁTICA ...................................................................................... 83

Análise Situacional ....................................................................................................... 83

Estratégias ..................................................................................................................... 84

META 20 - FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO ..................................................................... 86

Análise Situacional ....................................................................................................... 86

Estratégias ..................................................................................................................... 88

REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 92

ANEXOS .......................................................................................................................................... 96

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INTRODUÇÃO

Este documento tem a finalidade de apresentar o Plano Municipal de Educação de

Ivinhema, se constituindo por força de Lei na Política de Educação do município para os

próximos dez anos, abrangendo os setores ligados à educação, independentemente da

natureza administrativa de cada unidade escolar e da diferença entre setor público e privado.

Os Planos Municipais de Educação são resultado do estabelecido na Constituição

Federal de 1988 da obrigatoriedade da implantação de um plano nacional de educação, com

duração decenal conforme EC nº 59/2009, visando à articulação e ao desenvolvimento do

ensino em seus diferentes níveis e a integração das ações do poder público. A promulgação

da Lei nº. 9.394, de 23 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional/LDB a partir da Carta Magna ratificou, pelos incisos I e II de seu art. 9º, a

obrigatoriedade do Plano Nacional de Educação. Esse dispositivo legal resultou na Lei nº

13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação que determina,

entre outras, que a partir de então, Estados, Distrito Federal e Municípios devem, com base

no Plano Nacional de Educação, elaborar planos decenais correspondentes e articulados

entre si.

Considerando o PNE 2014/2024 o PME/Ivinhema também se baseia nas propostas

apresentadas pela comissão responsável pela elaboração do projeto de Lei do novo

PME/2015-2025. Dessa forma, este documento está em consonância com a legislação atual,

passível de termo aditivo se necessário, para adequar-se a possíveis reformulações da lei

maior.

Na elaboração deste PME/Ivinhema, a administração municipal 2013-2016 teve

entre outras, a preocupação de democratizar a participação da sociedade com o objetivo de

reunir informações locais, traçar metas e estratégias alinhadas com os Planos, Nacional e

Estadual de Educação, atendendo as especificidades que garantam a qualidade do ensino e

contribua para o desenvolvimento local e global.

Nesta perspectiva, foi criada a Comissão Municipal para a Elaboração do Plano

Municipal de Educação, Decreto nº. 543, de 20 de dezembro de 2.013, com a participação de

representantes de diferentes segmentos da sociedade e ainda, com o propósito de garantir a

participação social e obter informações mais precisas dos diferentes setores da sociedade

civil sobre a educação, suas prioridades e necessidades do município, a Comissão do

PME/Ivinhema desenvolveu um primoroso trabalho de pesquisa participante junto à

população. Participaram dessa pesquisa, estudantes, pais, professores, empresários,

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trabalhadores rurais, comerciários, representantes de sindicatos, entre outros, totalizando 600

questionários, com questões fechadas relacionadas à educação no município (Anexo 1).

A partir dos resultados obtidos na consulta à sociedade, a Comissão do

PME/Ivinhema desenvolveu uma observação reflexiva e crítica na interpretação dos

mesmos, buscando a compreensão dos anseios e esperanças da sociedade civil e daqueles

empenhados em mudanças substanciais que podem ser feitas por meio da educação na

direção das transformações qualitativas no mundo atual. Os dados levantados foram de

particular valia para subsidiar as propostas aqui elencadas, na intenção de que este

documento atenda realmente as necessidades apresentadas e encaminhe a implementação da

política municipal de educação, de grande relevância e duradoura.

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1 ASPÉCTOS GERAIS DO MUNICÍPIO DE IVINHEMA

Ivinhema tem localização privilegiada por estar a 284 km da capital Campo Grande

MS e próximo a grandes centros econômicos como São Paulo e Paraná, além de

infraestrutura rodoviária que garante logística de qualidade para deslocamento da população

e escoamento de produção.

Também faz parte da Mesorregião: Sudeste de Mato Grosso do Sul IBGE/2008;

Microrregião: Iguatemi IBGE/2008; Municípios limítrofes: Nova Andradina, Novo

Horizonte do Sul, Angélica, Deodápolis e Jateí.

Além de delimitar-se à margem direita do rio Ivinhema, entre os rios Piravevê ao

norte e Guiray ao sul, localiza-se o município de Ivinhema (Figura 1).

FIGURA 1 – MAPA DE MATO GROSSO DO SUL – LOCALIZAÇÃO DE

IVINHEMA

FONTE: WIKIPEDIA, 2015.

O Município existe pela visão, arrojo pioneiro, confiança de um paulista de nome

Reynaldo Massi, adquirindo terras, com a finalidade de construir e implantar uma cidade,

projetada dentro da mais avançada técnica de urbanização.

Com esse pensamento, em 25 de novembro de 1957 foi constituída uma empresa

que teria sob sua responsabilidade a orientação, os estudos da região, planejamento das áreas

adquiridas e sua racional utilização, bem como traçar um programa para a sua infra-estrutura

e a realização de um sonho. Nascia a Sociedade de Melhoramentos e Colonização

(SOMECO S/A), que durante dois anos forneceu dados, elementos e condições para que o

grande urbanista brasileiro Francisco Prestes Maia, pudesse projetar a sede do município de

Ivinhema, para uma população de 60.000 habitantes, numa área de 400 alqueires paulista,

dividida em quatro zonas distintas: área central, comercial, residencial, operária e industrial,

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distribuída em oito bairros: Piravevê, Guiray, Vitória, Água Azul, Triguenã, Itapoã, Centro e

Industrial.

No dia 1º de setembro de 1961, data histórica para o Ivinhema, foi colocado fogo na

área recém derrubada destinada à cidade. Deste momento em diante era iniciada a

demarcação de uma área de 7.788 alqueires paulista de mata bruta. Ao mesmo tempo a

Someco ia instalando a sua infra-estrutura numa área anexa destinada à cidade, que

denominou de "acampamento industrial". Ali foram construídos panificadora, posto de

gasolina, farmácia, armazéns, hotel, serraria, oficina mecânica, marcenaria, um hospital e

uma escola com quatro salas de aula e escolas rurais remunerando todos os profissionais,

médicos, enfermeiras e professores.

Em 1962, novas glebas foram abertas: Cristalino, Itapoã, Vitória. Em 1963 é

colocada à venda o setor urbano. Observando o vertiginoso desenvolvimento da colonização,

o governo estadual sancionou a Lei nº 1.949 de 11 de novembro de 1963, criando o

município de Ivinhema em área antes pertencente ao município de Dourados, que era

festivamente instalado em 24 de abril de 1965, com a presença das principais autoridades da

região.

Pela Lei nº 4.004 de 30 de Junho de 1978, foi criada a comarca de Ivinhema,

abrangendo também o município de Angélica e instalada em 8 de Fevereiro de 1981. Em

1987, por força da implantação do Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA) ao sul do

município, nos imóveis desapropriados Horizonte e Escondido foram instalado o

assentamento Novo Horizonte do Sul. Estava prevista uma área de cerca de 17.000ha para o

assentamento de 752 famílias de "sem-terra", no decorrer do tempo o assentamento foi se

desenvolvendo, em 1992 essa região foi elevada à categoria de município, mantendo o

referido nome. Em meados de 2000, fora desapropriado no Município, uma área de

2.967,66ha das terras mais produtivas do município (Distrito de Amandina); referidas terras

foram divididas em 100 lotes, com módulos que variam de 8 a 14 alqueires. O assentamento

foi nomeado de "São Sebastião", por estar na fazenda de mesmo nome (WIKIPEDIA.

Enciclopédia online, 2011, p. 1).

A Lei nº 150/73, de 09/08/1973, dispõe sobre a forma e apresentação dos símbolos

do munícipio de Ivinhema, de autoria do heraldista, Profº. Arcinóe Antonio Peixoto de Faria.

A Bandeira municipal de Ivinhema obedece a essa regra, sendo por opção terciada

em faixa. O Brasão, aplicado a bandeira representa o Governo Municipal e o triângulo

isóceles amarelo onde é contido representa a própria Cidade-Sede do Município.

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14

A Bandeira Municipal tem as dimensões da Bandeira Nacional. Já o Escudo

Samnítico encimado pela coroa mural de seis torres, de argente em campo de jalde, posta em

abismo, uma rosa-dos-ventos de góles e de blau e, acantonadas em chefe, businas de caça

estilo boiadeiro de góles. Ao têrmo, um aguado de blau e ondado de argente.

FIGURA 2 – BANDEIRA DE IVINHEMA FIGURA 3: BRASÃO DO MUNICÍPIO

FONTE: Prefeitura Municipal de Ivinhema - Imprensa

Como apoios do escudo, à dextra e sinistra, hastes de feijão sorja e galhos de café

frutificados ao natural, entrecruzados em ponta, sobre os quais se sobrepõe um listel de

goles, contendo em letras argentinas o Tôponimo “IVINHEMA” ladeado pelos milésimos

“1.961” e “1.963”.

QUADRO 1 - CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS E INDICADORES

Característica Indicadores

Área: 2 009,887 km² IDH: 0,720 médio PNUD/2013

População: 22 355 hab. Censo

IBGE/2010

PIB: R$ 354.384,000 mil (MS: 38º)

IBGE/2011

Densidade: 11,142 hab./km² PIB per capita: R$ 15.787,61

IBGE/2011

Altitude: 362 m

FONTE: WIKIPEDIA, 2015.

De acordo com o Gráfico 01 sobre os dados sociodemográficos de 2013 do

DATASUS, houve um crescimento populacional no município na margem de 2.133% em

relação a população de 2010.

GRÁFICO 1 - DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS DE IVINHEMA MS

FONTE: IBGE/DATASUS, 2015.

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15

A economia tem bases em várias atividades, tais como café, mandioca, frutas, cana

de açúcar, suínos e aves, estímulo ao agronegócios através da Agraer. A Bioenergia vem

ganhando mais força na cidade com a instalação da maior usina sucroenergética da América

Latina, uma das unidade do grupo Adecoagro e a usina sucroalcoleira, assegurando a

produção de álcool e açúcar e contribuição para cogeração de energia. Uma indústria de

amido e produção no segmento de confecção.

O PIB Percapta está na ordem de RS 15.787,61 de acordo com o Gráfico 2 do

IBGE/Datasus houve um crescimento, e indicam como sinais dos investimentos no

município.

GRÁFICO 2 - PIB PERCAPTA DE IVINHEMA MS

FONTE: IBGE/DATASUS. PIB por município 2009-2011, 2015.

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16

2 DADOS DA EDUCAÇÃO

No ano de 2010, por ocasião dos trabalhos já em discussão sobre o PME, realizou-

se uma pesquisa nos diferentes segmentos da sociedade. Os resultados foram importantes

para a detecção das necessidades mais urgentes que trariam mudanças na educação e

consequentemente saldo positivo ao município. No Gráfico 3, compilou-se algumas

necessidades urgentes que se equiparam as metas propostas no Projeto do Plano Nacional de

Educação (PNE) 2014-2024.

GRÁFICO 3 - DADOS GERAIS DA PESQUISA DO PLANO MUNICIPAL DE

EDUCAÇÃO

FONTE: Ivinhema - Secretaria Municipal de Educação, 2010.

A Educação no município de Ivinhema é contemplada com formação de educação

básica e superior. A educação básica é ofertada pelas redes municipal, estadual e particular, a

educação superior conta com uma unidade Pública - Universidade Estadual de Mato Grosso

do Sul (UEMS) e privada EAD, Polo Anhanguera e UNIGRAN Net. No ano de 2015,

matriculou-se um contingente de aproximadamente 5990 estudantes, distribuídos nas

diferentes etapas da educação básica, conforme apresentado na Tabela 1, que representam

26,23% da população total do censo DATASUS 2013.

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TABELA 1 - NÚMERO GERAL DE MATRÍCULA POR REGIME

ADMINISTRATIVO / 2015

ETAPAS

REG.

ADMINIS.

ED INF ENS

FUND

ENS

FUND/MED

GERA

L

ESTADUAL - - 3396 3396

MUNICIPAL 926 1389 - 2315

PARTICULAR - - - 279

TOTAL 926 1389 3396 5990

FONTE: Secretaria Municipal de Educação de Ivinhema, 2015.

De acordo com a Tabela 2 entre 2012 e 2014 houve um crescimento de 12,86% nas

matrículas da educação básica do município de Ivinhema.

TABELA 2 - MATRÍCULAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 2012-2014

ETAPAS

CLAS

ANO

ED.

INFANTIL

ENS FUND ENS MÉDIO

TOTA

L 0 à 3

4 à

5

ANO

S

INIC

ANO

S

FIN

EJ

A

REG EJA

2012 207 628 1.739 1549 135 1012 131 5401

2013 295 636 1844 1475 77 910 111 5348

2014 412 519 2182 1740 57 1006 170 6086

FONTE: MEC/INEP/Secretaria Municipal de Educação de Ivinhema, 2015.

Ao fazer uma comparação entre a Tabela 2 e Tabela 3, percebe-se que há

necessidade de políticas no sentido de assegurar a permanência do estudante em sala de aula,

com olhar para o número de retidos e evadidos.

TABELA 3 - SITUAÇÃO FINAL ENCERRAMENTOS ESCOLAR DE IVINHEMA

POR REGIME ADMINISTRATIVOS 2014

SITUAÇA

O

REG.

ADM.

Apro

v.

Con

c Ret.

Tra

n. Eva Fal.

S/

Mov

.

Curs

o

And.

EST 2355 509 663 187 143 1 - 88

MUN 998 46 221 109 135 1 836 -

PART 170 12 7 13 3 - 74 -

APAE 7 - 19 - - - 25 -

TOT.

GERAL 3530 567 910 309 281 2 935 88

FONTE: MEC/INEP/Secretaria Municipal de Educação, 2015.

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18

Do total de estudantes, constam 161 na Educação Especial, cujo ensino é ofertado

em salas do ensino regular e por instituição privada filantrópica.

Mas para pensarmos em uma formação de qualidade precisamos identificar as

diversas fases de idade da população organizada Quadro 2 - e confrontar o número de não

alfabetizados para investir na formação regular.

QUADRO 2 - PERFIL DEMOGRÁFICO DE IVINHEMA POPULAÇÃO POR FAIXA

ETÁRIA 2008, 2009, 2010

FAIXA ETÁRIA 2008 2009 2010

< de 1 ano 307 299 300

1 a 4 1256 1222 1149

5 a 9 1566 1547 1526

10 a 14 1727 1637 1875

15 a 19 1866 1824 2099

20 a 29 3654 3628 3637

30 a 39 3135 3112 3430

40 a 49 3016 3055 3279

50 a 59 2149 2196 2229

60 a 69 1395 1434 1606

70 a 79 777 805 888

80 anos e mais 290 306 283

Idade ignorada - - -

TOTAL 21138 21065 22341

FONTE: DATASUS, IBGE/2011

Assim como ocorrem em outros municípios, de acordo com o Quadro 2, dos 20.852

da população de 5 a 80 anos, 18.654 eram considerados alfabetizados, que representava

média 89,45%, desse índice, 10,55% encontravam-se com o problema do analfabetismo ou

baixa escolaridade.

O desenvolvimento depende também de uma boa educação o que significa elevar ao

grau total de escolarização da população e ainda melhorar a formação profissional dos

trabalhadores. Com vistas no desenvolvimento com qualidade e sustentabilidade, o poder

público além de uma ampla rede educacional investe também em parceiras público/privada a

exemplo do Projeto Educa+Açao para o Ensino Fundamental estabelecido com a Usina

Adecoagro, e Fundação Bradesco. Em nível de Educação Superior e Ensino

Profissionalizante, também vem investindo em capacitação por meio do Sistema S Nacional,

além de parcerias com as Universidades públicas e privadas como UEMS, Anhanguera e

Unigran.

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19

PROJETO DE LEI ORDINÁRIA DE INICIATIVA DO PODER EXECUTIVO

N. 020, DE 15 DE JUNHO DE 2015.

“Aprova o Plano Municipal de

Educação de Ivinhema (MS), e dá

outras providências.”

EDER UILSON FRANÇA LIMA, Prefeito Municipal de Ivinhema – MS, no uso das

atribuições que lhe confere o art. 66, inciso III, da Lei Orgânica do Município de

Ivinhema/MS, faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a

seguinte Lei Ordinária Municipal:

Art. 1º Fica aprovado o Plano Municipal de Educação - PME do município de Ivinhema

(MS), com vigência decenal, na forma do Anexo único que é parte integrante desta Lei, com

vistas ao cumprimento do disposto no art. 214 da Constituição Federal, em consonância com a

Lei Federal nº. 13.005/2014, que aprovou o Plano Nacional (PNE) e a Lei Estadual nº.

4.621/2014 que aprovou o Plano Estadual de Educação (PEE - MS).

Parágrafo único. Fica estabelecido que o quantitativo proposto nas metas e o

prazo para o seu cumprimento, deverão estar em consonância com aqueles definidos pela Lei

Federal Nº. 13.005/2014 que aprovou o Plano Nacional (PNE).

Art. 2º São diretrizes do PME:

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e

na erradicação de todas as formas de discriminação;

IV - melhoria da qualidade da educação;

V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos

em que se fundamenta a sociedade;

VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;

VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;

VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como

proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de

expansão, com padrão de qualidade e equidade;

IX - valorização dos (as) profissionais da educação;

X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à

sustentabilidade socioambiental.

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20

Art. 3º As metas e estratégias previstas no Anexo único desta Lei serão cumpridas no prazo

de vigência da Lei Federal Nº. 13.005/2014 que aprovou o Plano Nacional (PNE) e, serão

objeto de monitoramento e acompanhamento continuo e de avaliações periódicas, realizados

pela Comissão Municipal de Monitoramento e Avaliação do PME /Ivinhema - CMMA-PME,

constituída pelo Poder Executivo e instituída em Diário Oficial do Município, com a

participação, dentre outras, das seguintes instâncias:

I - Secretaria Municipal de Educação;

II - Secretaria de Estado de Educação;

III - Comissão de Educação do Poder Legislativo;

IV- Fórum Municipal de Educação;

V- Conselho Municipal de Educação;

VI - Conselhos Municipais e outros órgãos fiscalizadores;

VII - Ministério Público;

VIII - Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Ivinhema

IX - Associação de Pais e Mestres - APM

X - Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE

XI - Universidade;

XII - outros órgãos ou instituições que acharem necessário na comissão de avaliação

Art. 4º Caberá aos gestores estaduais e municipais, na respectiva esfera de atuação, a adoção

de medidas governamentais necessárias ao alcance das metas previstas neste PME.

Art. 5º O Poder Executivo estabelecerá, os mecanismos necessários para o monitoramento,

acompanhamento e avaliação das metas e estratégias do PME , instituindo a Comissão

mencionada no art. 3º desta lei.

Art. 6º Compete à Comissão Municipal de Monitoramento e Avaliação do PME - CMMA-

PME:

I – monitorar e avaliar anualmente os resultados da educação em âmbito municipal, com

base em fontes de pesquisas oficiais: INEP, IBGE, PNADE, Censo Escolar, IDEB entre

outros;

II - analisar e propor políticas públicas para assegurar a implementação das estratégias e

o cumprimento das metas;

III – divulgar anualmente os resultados do monitoramento e das avaliações do

cumprimento das metas e estratégias deste PME, por meio das diferentes mídias de

comunicação e nos respectivos sítios institucionais da internet, inclusive no portal eletrônico

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21

oficial da prefeitura, nas instituições de ensino instaladas no município e em outros meios de

divulgação que a Comissão Municipal de Monitoramento e Avaliação do PME- CMMA-

PME entender necessários.

Art. 7º O Município participará, em regime de colaboração com o Estado e a União, na

realização de pelo menos 2 (duas) conferências municipais, intermunicipais e estadual de

educação até o final da vigência deste plano, em atendimento ao Plano Nacional de Educação.

Parágrafo único. as conferências mencionadas no caput deste artigo serão preparatórias

para as Conferências Nacionais de Educação, previstas até o final da vigência do Plano

Nacional de Educação (PNE), para discussão com a sociedade sobre o cumprimento das

metas e, se necessário, a sua revisão.

Art. 8º A meta progressiva do investimento público em educação será avaliada até o primeiro

semestre do quarto ano de vigência do PME, e poderá ser ampliada por meio de lei

complementar, para atender as necessidades de cumprimento das estratégias propostas.

Art. 9º O Município participará, em colaboração com a União, o Estado e a Secretaria de

Estado de Educação, nas instâncias permanentes de negociação, cooperação e pactuação para

o cumprimento das metas.

Art. 10º Cabe ao Município, a aprovação de lei específica para o sistema de ensino,

disciplinando a gestão democrática da educação pública nos respectivos âmbitos de atuação, a

partir de julho de 2016.

Art. 11 É de responsabilidade do Município, ampla divulgação do PME aprovado por esta lei,

assim como dos resultados do acompanhamento e avaliações periódicas, realizados pela

Comissão específica, com total transparência à sociedade.

Art. 12 Até o final do primeiro semestre do nono ano de vigência do PME, o Poder Executivo

encaminhará ao Poder Legislativo o projeto de lei referente ao Plano Municipal de Educação

a vigorar no próximo decênio, que incluirá a análise situacional, metas e estratégias para todos

os níveis e modalidades da educação.

Art. 13 Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em

contrário.

Ivinhema, MS, 15 de junho de 2015.

Eder Uilson França Lima

Prefeito Municipal

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ANEXO ÚNICO

Projeto de Lei Complementar nº. 020/2015

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO (PME) / IVINHEMA / MS

META 1 EDUCAÇÃO INFANTIL

Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5

(cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender,

no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos, até o ano de 2024.

Análise Situacional

A Educação Infantil, conforme determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional nº 9394/96 - LDBEN, constitui-se na primeira etapa da educação básica, cuja oferta

é de responsabilidade do poder municipal. Considerando a importância para a formação da

personalidade e desenvolvimento da inteligência, a Lei nº. 11.274/2006 que institui o ensino

fundamental de nove anos, por consequência, a educação infantil passou a ser ofertada para a

faixa etária de 0 a 5 anos, também oferecida pela iniciativa privada particular e privada

filantrópica.

O Gráfico 4, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa

Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) referente aos dados de 2010 e 2013, apontam

que as crianças de 4 a 5 anos que frequentam as unidades escolares no município de Ivinhema

equivalem a um índice de 80,6% dessa população, percentual este, maior em relação a

população do estado todo. Porém, em cumprimento à Lei 12.796/2013 que determina a

obrigatoriedade do ingresso do estudante na escola aos 4 anos e à Lei 13.005/2014 - PNE em

relação à Meta 1, o poder público municipal, deverá universalizar a oferta e o acesso das

crianças a partir de 2016 ou seja, ampliar o número de vagas em 19,4% já no próximo ano

letivo. Nesse sentido, medidas urgentes precisam ser implementadas para a legalização do

atendimento.

Em relação ao atendimento de 0 a 3 anos, nas creches, conforme o indicador 1B do

Gráfico 4, o município apresenta um índice de 31,5% da população nessa faixa etária. Isto

representa, ampliar o atendimento até 2024, para mais 18,5% e concretizar-se a meta de

atendimento a 50% dessa população. Impreterivelmente demanda empenho nas políticas

públicas no atendimento desta etapa.

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23

No ano de 2014, foram atendidos 931 estudantes na faixa etária de 0 a 5 anos. No

levantamento da situação do estudante, remetidos ao Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) sobre o encerramento escolar de 2014, em

fevereiro de 2015, do total de matrículas registradas (935) na educação infantil no município,

836 crianças, ou seja, 89,31% destas são de responsabilidade da rede municipal de ensino que

oferece vagas para essa etapa de educação na Escola Municipal Orliene Marcon - Pólo e em

suas onze extensões e também em duas escolas rurais: Escola Municipal Rural Benedita

Figueiró de Oliveira e Escola Municipal Rural José do Patrocínio - Pólo.

GRÁFICO 4 - SITUAÇÃO AMOSTRAGEM DA POPULAÇÃO DE 4 A 5 ANOS EM

2013

FONTE: BRASIL.SIMEC/MEC, 2014.

As matrículas na educação infantil apresentam um aumento significativo na etapa de

0 a 3 em 3 anos, porém a idade de 4 a 5 houve uma pequena redução conforme Tabela 4.

TABELA 4 - EDUCAÇÃO INFANTIL MUNICIPAL / URBANAS E RURAIS 2012-

2014

ETAPAS

ANO

EDUCAÇÃO INFANTIL TOTAL

0 à 3 ANOS 4 à 5 ANOS

URBANA RURAL URBANA RURAL

2012 196 11 601 27 835

2013 287 8 592 44 931

2014 412 - 497 22 931

FONTE: MEC/INEP/Secretaria Municipal de Educação de Ivinhema, 2015.

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24

Da unidade escolar localizada na região urbana, oito extensões atendem crianças de

zero a cinco anos em tempo integral e três delas atendem em tempo parcial crianças de quatro

a cinco anos.

Na unidade escolar rural menos de 30% dos estudantes são atendidos em tempo

integral, demonstrando a necessidade de ampliar o atendimento em tempo integral para todas

as crianças na faixa etária de zero a cinco anos.

É importante registrar que em 2015, há uma demanda manifesta de

aproximadamente 100 crianças aguardando vaga para a educação infantil, demanda esta que

deverá ser atendida em 2016, visando a universalização para as crianças de 4 a 5 anos.

Essa etapa da educação também é oferecida pela rede privada, sendo 25 crianças de

4 a 5 anos na pré-escola no Centro de Educação Especial Cantinho Feliz São Paulo Apóstolo,

mantido pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e 74 no Instituto de

Educação Nova Geração.

É direito do cidadão e dever do Estado, estabelecidos na legislação vigente a

garantia de oferta pelo Estado e de direito da criança ao acesso a primeira etapa da educação

básica, facultando aos pais, para a faixa de 0 a 3 anos, por matriculá-las ou não é

compulsório, a partir de 2016, para o grupo de 4 a 5 anos de idade. Embora uma pequena

parcela da população não opte por esse atendimento, é de todo conhecido que a maioria

procura por esse serviço, fato este explicitado na pesquisa para a elaboração do

PME/Ivinhema realizada junto à população do município, apontando que o número de vagas

oferecidas para a educação infantil é insuficiente.

No que tange ao quadro de profissionais que atuam na educação infantil no

município, conforme aponta a Tabela 5, destaca-se o número de professores com formação

em nível superior inclusive com pós-graduação. Especial atenção deve ser dada aos

atendentes/pajem/monitoras (Atendentes do Desenvolvimento Infantil), uma vez que, dos 27

funcionários nessa função apenas 8 deles têm formação superior.

TABELA 5 - PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL/FORMAÇÃO

FORMAÇÃO

FUNÇÃO

Nº ENS.

FUND.

ENS.

MÉD.

MAG

.

EDUC.

SUP.

EDUC. SUP.

NA ÁREA

PÓS

GRAD.

PROFESSORES 55 - - - - 6 49

ATENDENTES 4 - 4 - - - -

SERV. GERAIS 3 3 - - - - -

LAVADEIRAS 7 5 2 - - - -

MERENDEIRAS 22 9 13 - - - -

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25

PAJENS/MONIT. 31 - 23 - 8 - -

SERVENTES 25 21 4 - - -

TOTAL 147 38 46 - 8 6 49

FONTE: Secretaria Municipal de Educação de Ivinhema / MS, 2015.

O panorama exposto remete ao desafio a ser enfrentado pelo município, sob a

responsabilidade do poder público municipal, porém, é importante que se destaque as

competências dos entes federados no que diz respeito à educação infantil e que, conforme a

Constituição Federal e a LDB nº. 9.394/1996 devem ser assumidas pelo Município, apoiado

técnica e financeiramente pela União e pelo Estado e com a participação das organizações da

sociedade civil. Ainda, considerando o desafio a ser enfrentado, é importante observar a

proposição do Projeto de Lei do Plano Nacional de Educação, que subsidia este PME, no que

se refere à expansão do número de vagas rumo à universalização. Nesse contexto, é de

substancial importância a melhoria de condições para o oferecimento de uma educação de

qualidade voltada para o desenvolvimento das potencialidades da criança. Dentre essas

condições, consideram-se as de infraestrutura, a qualificação de profissionais, propostas

pedagógicas que contemplem as características e necessidades dessa faixa etária,

considerando os aspectos culturais, a diversidade étnica e as especificidades da criança,

inclusive as relativas aos estudantes com necessidades intelectuais e múltiplas, e, os

estudantes do campo.

META 1 - Estratégias

1.1. construir, em parceria com o Estado e União, Centros de Educação Infantil - CEIs,

devidamente equipados, que atendam os padrões de qualidade para a educação infantil

e conforme legislação nacional e estadual vigentes;

1.2. ampliar e reformar 1 (uma) ou mais unidade escolar até 2016, construir gradativamente

4 (quatro) Centros de Educação Infantil (CEI) até 2024 e espaços educativos para

atendimento integral até 2018;

1.3. disponibilizar recursos humanos devidamente capacitados, espaço físico e equipamentos

tecnológicos nos CEI, devidamente adequados para o atendimento em tempo integral a

crianças na faixa etária de 0 a 5 anos, e garantir reposição e manutenção do material de

consumo e permanente;

1.4 realizar no segundo semestre de 2015, em parceria com a Secretaria de Saúde e

Secretaria de Assistência Social, um levantamento preciso da população em idade

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26

própria da educação infantil, creches e pré-escolar, da região urbana e rural do

município, planejar a oferta e atender a demanda assegurando o direito de opção da

família, visando a universalização dessa etapa de ensino em 2016;

1.5 realizar no segundo semestre de 2015, em parceria com a Secretaria de Saúde e

Secretaria de Assistência Social e apoio do Ministério Público, o levantamento preciso

da população em idade própria da pré-escola, 4 e 5 anos, da região urbana e rural do

município, para planejar a oferta, visando a universalização dessa etapa de ensino em

2016;

1.6 expandir o número de vagas, a fim de atender 100% da população escolar na faixa de 4

e 5 anos até 2016 e, gradativamente ampliar as vagas em, no mínimo 50% da

população de até 3 anos até o ano de 2024;

1.7 oferecer as condições ideais necessárias para a oferta da educação infantil de qualidade

quanto à estrutura física, recursos humanos, pedagógicos e equipamentos adequados,

inclusive às crianças com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação e da educação do campo;

1.8 garantir o atendimento escolar a crianças de 0 a 5 anos, que contemple as funções

indispensáveis e indissociáveis de cuidar e educar, em complementação à ação da

família e da comunidade;

1.9 garantir que, ao final da vigência deste PME, seja inferior a 10% a diferença entre as

taxas de frequência na educação infantil das crianças de até 3 anos oriundas do quinto

de renda familiar per capita mais elevado e as do quinto de renda familiar per capita

mais baixo;

1.10 realizar a chamada às famílias com crianças com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, incentivando-as a matricularem

seus filhos na creche e pré-escola;

1.11 garantir a oferta de atendimento educacional especializado complementando às crianças

com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação;

1.12 adequar o currículo, calendário e metodologias às realidades específicas do campo, em

respeito às diversidades do morador dessa região;

1.13 redefinir o regime de colaboração entre União, Estado e Município para a garantia de

aplicação de recursos financeiros das diferentes instâncias, na educação infantil

municipal, conforme legislação em vigor;

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1.14 exigir das empresas que tiverem em seu quadro de funcionários, acima de 30 mulheres

trabalhadoras com idade entre 16 e 40 anos, a implantarem creche e pré-escola,

conforme Inciso XXV, Art. 7º da Constituição Federal e, § 1º e 2º do Art. 389, e Art.

400 da Consolidação de Leis Trabalhista, conforme as propostas pedagógica e

curricular das diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil;

1.15 ampliar gradativamente o número de turmas da educação infantil com permanência em

tempo integral;

1.16 oferecer, a cada bimestre escolar, capacitação adequada a todos os profissionais da

educação infantil de forma que esses profissionais devam levar em conta o

desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e social da criança de 0 a 5 anos, com

base no princípio de cuidar e educar;

1.17 estabelecer parcerias com as Secretarias de Assistência Social, Saúde e Esporte, para o

desenvolvimento de projetos educativos no espaço escolar, por responsabilidade dessas

secretarias, no período de férias dos professores e atendentes da educação infantil, a

partir de 2016;

1.18 valorizar e fomentar a formação inicial e continuada de profissionais do magistério para

a educação infantil;

1.19 estabelecer parcerias com instituições públicas e/ou privadas de educação superior para

oferta de cursos de formação inicial e pós-graduação, lato e strict-sensu, em educação

infantil;

1.20 oferecer continuadamente cursos de Extensão Universitária de conteúdos e atividades

lúdicas inovadoras, voltados ao desenvolvimento da criança na faixa de 0 a 5 anos a

todos os profissionais que atuam em educação infantil;

1.21 valorizar o profissional da educação infantil, disponibilizando carga horária compatível

para o desenvolvimento de atividades pedagógicas e salários conforme proposto no

Plano de Cargos e Carreiras;

1.22 oferecer oportunidade prioritariamente aos auxiliares não professores que atuam na

educação infantil, acesso ao nível de escolarização imediato com a possibilidade de

chegarem até ao curso superior;

1.23 realizar concurso púbico para o suprimento de vagas na educação infantil, com a

exigência de profissionais com formação em educação infantil.

1.24 desenvolver no ambiente da unidade escolar, projetos e programas de: assistência e

responsabilidade familiar à criança, atendimento à saúde e à educação, relacionamento

familiar, participação comunitária escolar, entre outros, para pais e responsáveis pelas

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crianças matriculadas, em parceria com as Secretarias de Saúde, Assistência Social,

órgãos de defesa da criança, igrejas, pastoral da criança, instituições públicas e privadas

de educação superior;

1.25 realizar atividades de lazer no ambiente da unidade escolar, com a família com o apoio

e participação das APMs e comunidades;

1.26 estabelecer sistema de comunicação com os pais, de forma a habituá-los a desenvolver

maior participação na vida escolar da criança;

1.27 assegurar com a gestão pública municipal em parceria com a União e empresas

privadas o oferecimento de programas educacionais e materiais de apoio para todos

estudantes da educação infantil;

1.28 implantar em acordo com os órgãos judiciais de proteção à criança e Conselho Tutelar,

termo de responsabilidade pelo acompanhamento da vida escolar da criança, pelos pais

ou responsáveis e comunicar esses órgãos no caso do descumprimento desse termo

pelos familiares, a partir de 2016;

1.29 estabelecer em regime de colaboração entre União e Estado a aquisição de veículo para

prestar assistência às unidades escolares da educação infantil em tempo integral;

1.30 participar, em articulação com os entes federados, da elaboração da proposta curricular

de direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para os estudantes da

educação infantil, a partir do primeiro ano de vigência deste PME.

META 2 ENSINO FUNDAMENTAL

Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14

(quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos estudantes

concluam essa etapa na idade recomendada, até o ano de 2024.

Análise Situacional

No que se refere ao Ensino Fundamental, é a etapa que concentra a maior população

de estudantes. Os dados de matrículas de 2015, registram o atendimento de 3.639 estudantes,

distribuídos nas Unidades Escolares (UE) das redes públicas estadual e municipal, da rede

privada particular e filantrópica.

De acordo com o Gráfico 5, 98,9% da população de Ivinhema de 6 a 14 anos

frequentam a unidade escolar, índice superior ao percentual do país, porém, a população com

16 anos que concluiu o fundamental, apresenta um percentual muito baixo, o que indica a

adoção de medidas eficazes para estimular a permanência com qualidade no aprendizado

que leve e terminalização dessa etapa de estudo.

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GRÁFICO 5 – AMOSTRAGEM POPULAÇÃO DE 6 A 14 ANOS QUE

FREQUENTAM A ESCOLA

FONTE: BRASIL.SIMEC/MEC, 2014.

As unidades escolares que ofertam o ensino fundamental no município de

Ivinhema são de responsabilidade da rede pública estadual, municipal e particular de ensino,

totalizando 3.979 estudantes no ano de 2014, Tabela 6 - Para atender esse quantitativo, estão

disponibilizados 340 professores nas diversas áreas de conhecimento, lotados em 4 (quatro)

escolas estaduais, 4 (quatro) municipais, sendo duas destas localizadas na zona rural e 02

(duas) particulares.

TABELA 6 - MATRÍCULA ENSINO FUNDAMENTAL MUNICÍPIO DE IVINHEMA

2012-2014

CLASSIFICAÇÃO

ANO

REG. ADMIN.

ENS REGULAR EJA

UE. URBANA UE. RURAL UE. URBANA

INIC. FINAL INIC. FINAL INIC. FINAL

2012

ESTADUAL 907 1126 205 182 - 82

MUNICIPAL 459 122 168 119 - 53

PARTICICULAR 132 129 - - - -

TOTAL 1498 1377 373 301 - 135

2013

ESTADUAL 925 1055 213 178 - 39

MUNICIPAL 163 115 543 127 38 39

PARTICICULAR 118 123 - - - -

TOTAL 1206 1293 756 305 38 78

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30

2014

ESTADUAL 1165 1295 - - - -

MUNICIPAL 701 185 180 118 57 -

PARTICULAR 136 142 - - - -

TOTAL 2002 1622 180 118 57 -

FONTE: Secretaria Municipal de Educação de Ivinhema, 2015.

Analisando os dados populacionais do último censo do IBGE (2010) por estudantes

matriculados no mesmo período ainda havia 15,41% de crianças fora da escola nessa etapa -

Tabela 7. Porém, confrontando com os dados de 2013 da Pesquisa Nacional por Amostragem

a Domicílio PNAD/IBGE) - Gráfico 4, podemos observar o avanço que o município teve

nesses três anos, na oferta de matrículas no ensino fundamental, sendo que em 2013, apenas

1.1% da população de 6 a 14 anos estava fora da unidade escolar. No entanto, a meta

determina universalizar essa etapa da educação, colocando todos os estudantes na escola.

TABELA 7 – PERCENTUAL POPULAÇÃO / MATRÍCULA 0 – 14 ANOS / 2008

– 2010

POPULAÇÃO

ANO

NÚMERO

POPULAÇÃO

ESTUDANTES

MATRICULADOS VALOR %

2010 4850 4202 0,866

FONTE: IBGE, Censo Demográfico 2010.

Na Tabela 8, verificamos um número expressivo de retenção, os dados mostram um

percentual significativo de estudantes evadidos das salas de aulas. O que demanda políticas

articuladas no sentido de criar recursos para motivar os estudantes na sua formação.

TABELA 8 - SITUAÇÃO FINAL ENCERRAMENTO ESCOLAR DE

IVINHEMA POR REGIME ADMINISTRATIVOS 2014

SITUAÇAO

REG. ADM. AP CC RET TR EVA FAL S/ MOV

MUN

Mat. Ini. 951 45 209 96 133 1 836

Adm. Após 47 1 12 13 2 - -

TOTAL 998 46 221 109 135 1 836

PART

Mat. Ini. 162 12 6 10 3 - 70

Adm. Após 8 - 1 3 - - 4

TOTAL 170 12 7 13 3 - 74

APAE

Mat. Ini. 7 - 18 - - - 25

Adm. Após - - 1 - - - -

TOTAL 7 - 19 - - - 25

TOTAL GERAL 1175 58 247 122 138 2 935

FONTE: Secretaria Municipal de Educação de Ivinhema/INEP, 2015.

Apesar dos indicadores da Tabela 8, apresentarem números expressivos de retidos e

evasão, nota-se que em 2013 o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

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(IDEB/Brasil), dos anos iniciais para o ensino fundamental em Ivinhema, foi de 4.5, que

ficando acima do mínimo da meta projetada pelo Ministério da Educação (MEC) de 4.2

superando o parâmetro estabelecido para aferição da qualidade ensino.

Importante registrar que o poder público municipal mantém convênio com a

Fundação Bradesco e a Adecoagro para a oferta do Programa Educa + Ação ao 1º, 2º e 3º ano

do ensino fundamental. A Fundação Bradesco oferece a capacitação pedagógica aos

professores e a Adecoagro contribui com o material escolar e cabe à prefeitura a execução.

Esse programa deve ser fortalecido, além de abrir espaço para mais parcerias no sentido de

assegurar a qualidade da educação nesta etapa.

META 2 - Estratégias

2.1 manter a universalização do ensino fundamental de nove anos para população de 6 a 14

anos até 2024;

2.2 participar, em articulação com os entes federados, da elaboração da proposta curricular

de direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para os estudantes do ensino

fundamental, a partir do primeiro ano de vigência deste PME;

2.3 realizar, permanentemente, a busca ativa de crianças e adolescentes fora da unidade

escolar, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à

infância, adolescência e juventude;

2.4 criar em colaboração com o Estado, a partir da vigência deste PME, mecanismos para

assegurar a permanência e a aprendizagem dos estudantes do ensino fundamental,

favorecendo o fluxo escolar;

2.5 ampliar o acompanhamento para todos aos estudantes de acordo com suas necessidades

no ensino fundamental;

2.6 promover ações permanentes em colaboração com Estado, de acompanhamento

individualizado para que pelo menos 95% dos estudantes concluam esta etapa de ensino

na idade recomendada, considerando as habilidades e competências necessárias, até o

final da vigência do PME;

2.7 implantar políticas de reorganização do currículo de forma a permitir que o estudante,

retido no máximo em duas disciplinas,prossiga nos estudos;

2.8 assegurar o acompanhamento do rendimento escolar e o monitoramento do acesso e da

permanência na unidade escolar por parte dos beneficiários de programas de

transferência de renda;

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2.9 verificar em regime de colaboração com as devidas instâncias, a identificação dos

motivos de ausência e baixa frequência para garantir a permanência e o apoio à

aprendizagem;

2.10 estabelecer em regime de colaboração entre União e Estado a aquisição de veículos para

transporte dos estudantes, com os objetivos de renovar e adequar à frota, garantindo o

transporte e reduzindo o tempo máximo de deslocamentos dos estudantes a partir de sua

realidade;

2.11 articular e aplicar programas e medidas para reduzir a evasão escolar do Ensino

Fundamental;

2.12 oferecer, a cada bimestre escolar, em regime de colaboração entre entes federados,

formação continuada em serviço e garantir condições técnicas e pedagógicas aos

profissionais do ensino fundamental para utilização das novas tecnologias educacionais

e de práticas pedagógicas inovadoras, a partir da vigência do PME;

2.13 incrementar formação e capacitação de professores para a educação do campo, com

especial atenção às salas multisseriadas, a partir de 2016;

2.14 manter a parceria com a Fundação Bradesco e empresas privadas para o oferecimento

do Programa Educa + Ação e outros programas visando toda a educação básica;

2.15 oferecer atividades extracurriculares de incentivo aos estudantes e de estímulo a

habilidades, inclusive mediantes certames e concursos nacionais;

2.16 criar projetos e incrementar no currículo mecanismos que disciplinem expectativas de

aprendizagem para todos os anos do ensino fundamental de maneira a assegurar a

formação básica comum, reconhecendo a especificidade da infância e da adolescência,

os novos saberes e os tempos escolares;

2.17 implantar gradativamente até 2021, em sistema de colaboração entre União, Estado e

Município, a educação integral nas escolas municipais do ensino fundamental;

2.18 estabelecer parcerias com a União e o Estado, garantindo a ampliação e ou construção

de espaço físico para a oferta da educação integral em espaços educativos, sob a

supervisão e acompanhamento de professores das respectivas áreas;

2.19 oferecer concursos para ampliação do quadro de profissionais da educação para

atendimento da demanda da educação em tempo integral;

2.20 assegurar a aquisição de equipamentos e materiais didáticos para o atendimento, com

qualidade, da educação integral;

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2.21 criar mecanismos para incentivar o estudante a permanecer mais tempo na unidade

escolar, em atendimento às suas reais necessidades, evitando o abandono antes da

conclusão do curso;

2.22 desenvolver formas alternativas de oferta do ensino fundamental, garantindo a

qualidade, para atender aos filhos de profissionais que se dedicam a atividades de

caráter itinerante;

2.23 reformular e adequar o currículo escolar de acordo a realidade local, respeitando a

formação cultural da comunidade, a partir da aprovação desse PME;

2.24 garantir, em colaboração com o Estado e União, a oferta do ensino fundamental para as

populações do campo, nas próprias comunidades, buscando a universalização dessa

etapa;

2.25 garantir o acompanhamento pela equipe técnica pedagógica das atividades curriculares

com vistas a melhoria da aprendizagem e progressão do rendimento escolar;

2.26 propor atividades adequadas aos anos de estudos e interesses do estudante para sua

melhor formação, cultural, intelectual e profissional;

2.27 regulamentar em lei a participação dos pais ou responsáveis a acompanharem seus

filhos nas atividades, sob condição de disciplinamento quando da omissão de suas

obrigações.

META 3 ENSINO MÉDIO

Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17

(dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PME, a taxa líquida de

matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

Análise Situacional

A Lei nº 5.692, de 1971 - antiga Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

atribuiu a nomenclatura de Ensino de 2º Grau a esse nível de ensino e impingiu-lhe a natureza

profissionalizante. Somente em 1982, por meio da Lei nº 7.044/82, foi parcialmente resgatado

o caráter propedêutico do 2º Grau, com a criação de um curso de educação geral voltado à

continuidade de estudos.

A Constituição Federal de 1988 e a atual Lei de Diretrizes e Bases trouxeram, além

da nova nomenclatura, algumas inovações: a garantia pelo Estado de “[...] progressiva

universalização do ensino médio gratuito, com atuação prioritária das unidades federadas e

sua inclusão como etapa final no nível da educação básica” (BRASIL, 2011, p.1).

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O ensino médio, previsto pela Lei Federal nº 9.394/96, como terceira etapa da

educação básica, corresponde ao antigo ensino secundário, legitimado pelas legislações

educacionais antecedentes.

De sua origem, até aproximadamente os anos 60 do século passado, esse ensino tinha

a função precípua de preparação para o ingresso no ensino superior, à exceção do Curso

Normal, que se revestia de caráter profissionalizante.

Esse perfil do ensino médio mudou com a aprovação da Lei e Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (LDBEN) 9394/96, em que esta etapa da educação assumiu a função

formativa como etapa de conclusão da educação básica.

Assim, o ensino médio é oferecido nacionalmente nas seguintes formas: a regular ou

propedêutica, a do ensino médio normal/magistério, a integrada à educação profissional - no

ensino regular e na educação de jovens e adultos - e a educação de jovens e adultos - EJA.

No município de Ivinhema, o ensino médio é ofertado pelas redes, estadual e

particular de ensino sendo que em 2014, os registros da Tabela 9, mostram as matrículas de

1176 estudantes, incluídos os da EJA ensino médio, que são atendidos por 106 professores

das diversas disciplinas, lotados em 5 unidade escolar localizadas nas zonas urbana e rural.

TABELA 9 - MATRÍCULA ENSINO MÉDIO MUNICÍPIO DE IVINHEMA 2012-2014

CLASSIFICAÇÃO

ANO

REG. ADMIN.

ENSINO REGULAR EJA

UE. URBANA UE. RURAL UE. URBANA

2012

ESTADUAL 854 110 131

PARTICULAR 48 - -

TOTAL 902 110 131

2013

ESTADUAL 745 117 261

PARTICULAR 48 - -

TOTAL 793 117 261

2014

ESTADUAL 971 - 170

PARTICULAR 35 - -

TOTAL 1006 - 170

FONTE: MEC/INEP/Secretaria Municipal de Educação de Ivinhema, 2015.

Não podemos deixar de apresentar nesta análise, os índices de retenção e abandono

nessa etapa do ensino, considerados altos, contribuindo negativamente, para o baixo índice de

escolarização líquida no município (48,8%), de acordo com a Tabela 10 e o Gráfico 5.

TABELA 10 - SITUAÇÃO FINAL ENCERRAMENTO ESCOLAR DE IVINHEMA

POR REGIME ADMINISTRATIVO 2014

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SITUAÇAO

REG. ADM. AP CC RET TR EV FAL

ESTADUAL

Mat. Ini. 2253 490 627 175 136 1

Adm. após 102 19 36 12 7 -

TOTAL 2355 509 663 187 143 1

FONTE: INEP/Secretaria Municipal de Educação de Ivinhema, 2015.

Conforme observa-se no Gráfico 6, o percentual da população de 15 a 17 anos, que

frequenta escola no município é muito baixo, 79,4%, tendo em vista a necessidade da oferta

para a universalização. Se compararmos com os índices nacional e estadual, Ivinhema coloca-

se acima do índice estadual (77.9%) e abaixo do índice do país (84,3%) que por sua vez são

muito baixos, evidenciando a fragilidade do país na oferta dessa etapa educacional.

Dessa forma, faz-se necessário reordenamento curricular com planejamento na

organização da educação para elevar em 21,6% o ingresso e permanência de estudantes nessa

etapa da educação.

GRÁFICO 6 - PERCENTUAL E TAXA LÍQUIDA DE ESCOLARIZAÇÃO DA

POPULAÇÃO DE 15 A 17

FONTE: BRASIL.SIMEC/MEC, 2014.

Não menos preocupante, é a taxa de escolarização líquida de 48,8% (indicador 3B-

Gráfico 5), ou seja, de todos os estudantes que ingressam no ensino médio, apenas esse

percentual conclui a etapa. Esses dados indicam a necessidade de ampliar em 36,2% a

quantidade de estudantes concluindo o ensino médio e atingir, pelo menos os 85% da

população de 15 a 17 anos, proposto na meta do PNE para a taxa de escolarização líquida.

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Analisando a Tabela - 11, percebemos que no ano de 2010, já havia uma população

significativa fora das salas de aula que representava 23,48 % da população em idade regular

para frequentar o ensino médio. Fazendo uma análise comparativa dos dados apresentados em

2010 e os de 2013, percebe-se que o fenômeno da evasão e abandono se pronunciou mais nos

últimos anos, aumentando assim, o quantitativo de taxa de escolarização líquida dos

estudantes do ensino médio de 23,48% (2010) para 48,88% (2013).

TABELA 11 – PERCENTUAL POPULAÇÃO / MATRÍCULA POR FAIXA ETÁRIA-

2010

POPULAÇÃO

ANO

NÚMERO

POPULAÇÃO

ESTUDANTES

MATRICULADOS VALOR %

15-17 1278 978 76,52

FONTE: IBGE 2011 - Secretaria Municipal de Educação de Ivinhema, 2011.

Em Ivinhema no ano de 2014, haviam 1176 estudantes matriculados nesta etapa,

Tabela 9. Importante, registrar que apesar de ser na esfera estadual a que mais contempla essa

etapa da educação básica, é também nela que se registram os mais altos índices de retenção e

abandono Tabela 10.

A distorção idade-ano embora não apresente expresso na tabela é outro elemento

preocupante que, ao lado do abandono e da retenção, reflete e alimenta o ciclo de insucesso

nessa etapa da educação.

Consultada a população das diversas regiões acerca do ensino médio no Estado,

foram registrados alguns problemas que emergiram nas discussões, embora muitos deles

entendem-se, não sejam exclusivos dessa etapa, mas de toda a educação básica:

má qualidade da educação básica pública, o que dificulta o acesso à universidade;

insuficiência e ineficiência do atendimento no ensino básico;

distribuição inadequada da carga horária das disciplinas na matriz curricular;

diminuição de carga horária, ocasionando dificuldades na lotação de professores;

Implantação inadequada dos projetos nos cursos de ensino médio, em decorrência

do despreparo dos professores da rede pública para o desenvolvimento dos

projetos de ensino e de pesquisa.

Ressalta-se que este último item, identificado como preocupação da rede estadual,

aparece em outros momentos como potencialidade, o que sinaliza para o fato de que não

existiu total rejeição à proposta, mas à forma de operacionalização, incluindo a preparação

dos professores para tal.

Importante destacar, nesse contexto, que, paralelamente aos problemas existentes,

hoje, no ensino médio em Ivinhema - Mato Grosso do Sul, o grande desafio que se impõe,

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diante da crescente demanda que vem se configurando, é a falta de expectativa de acesso à

educação superior, que está longe de poder atender a todos os que aspiram à universidade e

continua causando a exclusão de um enorme contingente de egressos do ensino médio. Fato

este que vem a somar às novas proposições deste PME, considerando-se a universalização do

ensino médio, ou seja, oferecer essa etapa da educação para toda a população de 15 a 17 anos,

o que significa ampliar essa oferta para mais 21,6% dos jovens e assim, atingir os 100% dos

jovens do município.

META 3 - Estratégias

3.1 aderir em regime de colaboração com o Estado aos programas nacionais de

diversificação curricular do ensino médio a fim de incentivar as discussões sobre as

abordagens interdisciplinares estruturadas pela relação entre teoria e prática;

3.2 disciplinar a organização dos conteúdos obrigatórios e conteúdos eletivos articulados

em dimensões temáticas tais como ciência, trabalho, tecnologia, cultura e esporte,

apoiado por meio de ações de aquisição de equipamentos e laboratórios, produção de

material didático específico e formação continuada de professores;

3.3 realizar acompanhamento individualizado do estudante com rendimento escolar

defasado, visando correção de fluxo do ensino fundamental, através de práticas como

aulas de reforço, estudos de recuperação e progressão parcial, de forma a reposicioná-lo

no ano escolar de maneira compatível com sua idade;

3.4 participar, em regime de colaboração com os entes federados e mediante consulta

pública a sociedade, da elaboração da proposta de direitos e objetivos de aprendizagem

e desenvolvimento para os estudantes de ensino médio, com vistas a garantir formação

básica comum;

3.5 participar do pacto entre os entes federados para a implantação dos direitos e objetivos

de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum curricular

do ensino médio;

3.6 criar projetos de acompanhamento para identificação dos motivos de ausência e baixa

frequência, garantindo em regime de colaboração;

3.7 promover a busca ativa da população de 15 a 17 anos fora da unidade escolar, em

parceria com a Assistência Social;

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3.8 fomentar programas de educação de jovens e adultos para a população urbana e do

campo na faixa etária de 15 a 17 anos, com qualificação social e profissional para

aqueles que estejam fora da unidade escolar e com defasagem idade-ano;

3.9 viabilizar em parceria com o Estado a implementação de tecnologias educacionais nas

escolas públicas, assegurada à diversidade de métodos e propostas pedagógicas, bem

como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem

aplicadas;

3.10 garantir a universalização ao acesso à rede mundial de computadores em banda larga de

alta velocidade e aumentar a relação computadores/estudante nas escolas da rede

pública da educação básica, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da

informação e da comunicação;

3.11 estabelecer em parceria com a União recursos para o desenvolvimento de tecnologias

educacionais e de inovação das práticas pedagógicas nos sistemas de ensino, que

assegurem a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos estudantes;

3.12 utilizar os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), como instrumento

de avaliação sistêmica para subsidiar políticas públicas para a educação básica, de

avaliação certificadora, possibilitando aferição de conhecimentos e habilidades

adquiridas dentro e fora da unidade escolar, e de avaliação classificatória, como critério

de acesso à educação superior, comparando esses resultados com a avaliação estadual;

3.13 divulgar, nos meios de comunicação, informações aos adolescentes, jovens e adultos,

na etapa do ensino médio, sobre os cursos gratuitos integrados à educação profissional,

a partir do primeiro ano de vigência deste PME;

3.14 garantir em parceria com a União e Estado o fortalecimento do acompanhamento e

monitoramento do acesso e da permanência na unidades escolar por parte dos

beneficiários de programas de assistência social e transferência de renda;

3.15 regulamentar critérios como, frequência, rendimento escolar e avaliação por um

conselho dos professores para recebimento e manutenção da bolsa pelo estudante à

partir da vigência desse PME;

3.16 aderir às políticas de prevenção à evasão motivada por preconceito e discriminação, em

parceria com as redes de proteção contra formas associadas de exclusão;

3.17 aderir em regime de colaboração, na oferta de programas de educação e de cultura para

a população, urbana e do campo, de jovens na faixa etária de 15 a 17 anos, e de adultos,

com qualificação social e profissional para aqueles que estejam fora da unidade escolar

e com defasagem no fluxo escolar, na vigência deste PME;

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3.18 estabelecer parcerias com o Estado e convênios com as diferentes instituições,

destinando vagas em cursos e oficinas para estudantes na faixa etária de 15 a 20 anos,

visando à qualificação social e profissional, até o final da vigência deste PME;

3.19 redimensionar em parcerias com o Estado a oferta de ensino médio nos turnos diurno e

noturno, bem como a distribuição territorial das unidades escolares de ensino médio, de

forma a atender a toda a demanda, de acordo com as necessidades específicas dos

estudantes;

3.20 contribuir com o Estado no sentido de desenvolver formas alternativas de organização

do ensino médio, garantida a qualidade, para atender aos filhos de profissionais que se

dedicam a atividades de caráter itinerante;

3.21 incentivar em regime de colaboração, nas unidades escolares, a criação de uma cultura

de respeito e aceitação do outro como princípio educativo, e a partir do qual serão

construídas, no coletivo, as regras de convivência social, a partir da vigência deste

PME;

3.22 colaborar com o Estado para estabelecer parcerias com as instituições de ensino superior

para que projetos de extensão sejam desenvolvidos no campo do conhecimento

científico e tecnológico, de forma a atingir 50% da unidade escolar de ensino médio;

3.23 motivar a promoção de articulação entre as unidades escolares de ensino médio e as

instituições acadêmicas, esportivas e culturais;

3.24 expandir matrículas de ensino médio integrado à educação profissional, observando-se

as peculiaridades das populações do campo;

3.25 promover a expansão da oferta de matrículas gratuitas de educação profissional técnica

de nível médio por parte das entidades privadas de formação profissional vinculadas ao

sistema sindical, de forma concomitante ao ensino médio público;

3.26 garantir a formação continuada de professores que atuam no ensino médio, inclusive por

meio de realização de oficinas por áreas afins, a partir do primeiro ano de vigência do

PME.

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META 4 EDUCAÇÃO ESPECIAL

Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à

educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede

regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos

multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

Análise Situacional

A educação especial deve ser compreendida como uma modalidade que perpassa

todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, realiza o atendimento educacional

especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no

processo ensino e aprendizagem nas turmas do ensino regular.

Os estudantes a serem atendidos pela educação especial de acordo com a política

nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva são aqueles com

deficiência de natureza física, mental, ou sensorial, transtornos globais do desenvolvimento e

altas habilidades ou superdotação.

No município de Ivinhema, conforme indica o Gráfico 7 com os dados no censo do

IBGE de 2010, o atendimento escolar à população com algum tipo de deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na idade entre 4 a 17 anos,

era 87,9%, quantitativo este que deverá ser ampliado para 100% dessa população até o ano de

2024.

GRÁFICO 7 - POPULAÇÃO DE 4 A 17 ANOS COM DEFICIÊNCIA FREQUENTE

NA ESCOLA

FONTE: BRASIL.SIMEC/MEC, 2014.

É importante salientar que embora os dados apontem para a faixa etária de 4 a 17

anos, esse atendimento também tem se efetivado na educação superior a fim de promover o

acesso, a permanência e a participação dos estudantes com deficiências nas universidades.

Os serviços na área de educação especial no município de Ivinhema, iniciou-se no

ano de 1986 com atendimento a estudantes com deficiência auditiva na Escola Estadual

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Angelina Jaime Tebet em classe especial. Em 1994, por força da Política Nacional de

Educação Especial, que vem orientar o processo de inclusão de estudantes com deficiência às

classes do ensino regular, estes, foram “integrados” e a classe especial, passou a oferecer

atendimento em sala de recursos.

No contexto educacional do município de Ivinhema esta parcela da população tem

sido assistida pelo Centro de Educação Especial Cantinho Feliz São Paulo Apóstolo que em

2014 atendeu 51 estudantes com deficiência Intelectual e Múltipla e em classes especiais,

domiciliar, professor de apoio e salas multifuncionais que realizam trabalho de Atendimento

Educacional Especializado voltado para programas de enriquecimento curricular, o ensino de

linguagem e códigos específicos de comunicação e da tecnologia assistida para estudantes da

educação básica e ensino médio.

Pode-se dizer que os primeiros estudantes com deficiência a ter acesso às classes do

ensino regular no município de Ivinhema, foram os deficientes auditivos.

Atualmente estes estudantes são atendidos em salas de recursos multifuncionais,

onde recebem Atendimento Educacional Especializado em Educação Bilíngue - Língua

Portuguesa/Libras - realizado por professores especializados.

No ensino regular estes estudantes são acompanhados por profissionais

(tradutor/interprete) conforme assegura o decreto 5.526/05 que regulamenta a Lei nº

10.436/2002.

Em 1993, os estudantes com deficiência visual (baixa visão), passaram a ter

atendimento em sala de recursos na Escola Estadual Senador Filinto Muller, de acordo com a

Portaria SED/CGE/CVE nº 138 de 24/05/93 e com a resolução nº 754 de 06/11/1992.

Os estudantes com deficiência mental/intelectual passaram a ser beneficiados por

atendimentos educacionais com a criação das classes especiais em 1992, na Escola Estadual

Joaquim Gonçalves Ledo e na Escola Municipal Profº. Sideney Carlos Costa-Pólo.

A oferta a estes estudantes foi ampliada com a abertura das salas de recursos na

Escola Municipal Profº. Sideney Carlos Costa-Pólo, nas Escolas Estaduais Angelina Jaime

Tebet e Joaquim Gonçalves Ledo. Atualmente os mesmos têm recebido atendimento

educacional especializado, atendimento domiciliar e professor de apoio.

No ano de 1995 foi criado um Centro de Estimulação Essencial para prestar

atendimento a crianças de 0 a 6 anos. No entanto percebeu-se que as necessidades destes

atendimentos especializados não se restringiam apenas à educação infantil, pois havia no

município uma demanda para diferentes faixas etárias de pessoas com deficiências. Dessa

forma, a solução seria a criação de uma Escola Especial, o que ocorreu em 19 de Julho de

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1995 com a fundação da APAE de Ivinhema. Esta tinha como finalidade, atender os requisitos

legais e assim, em 24 de agosto de 1995, foi fundado o Centro de Educação Especial Cantinho

Feliz São Paulo Apóstolo, mantido pela APAE de Ivinhema, com o objetivo de promover

ações para assegurar a educação, o ajustamento social e bem estar da pessoa com deficiência

intelectual e múltipla.

Com a criação da escola especial os estudantes com deficiência, transtornos globais

do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação passam a receber atendimento nas

seguintes fases:

Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, oferecida através da

educação precoce para crianças de 0 a 3 anos e 11 meses e pré-escola para crianças

de 4 a 5 anos e 11 meses, mediante programas que priorizem situações de

aprendizado com vista à abertura de zonas de desenvolvimento próximo,

permeados pelos conteúdos socialmente necessários.

Ensino Fundamental, segunda etapa da educação básica com duração de 9 anos,

estruturar-se-á em anos iniciais, com 5 anos de duração, atendendo a faixa etária

de 6 a 14 anos.

Educação Profissional, sendo desenvolvido por meio das etapas de Iniciação para

ao trabalho, qualificação para o trabalho e colocação no trabalho destinado para

estudantes na faixa etária acima de 15 anos que apresentam condições para o

mercado de trabalho, conforme a Lei nº 7.853de 24 de outubro de 1989 e do º

3.298, de 20 de dezembro de 1999. Para os estudantes nesta faixa etária que não

apresentam condições para o trabalho é ofertado o programa pedagógico especifico

e oficina protegida terapêutica.

Considera-se importante ressaltar que em todas as fases de atendimento serão

ofertados currículos adaptados e funcionais para os casos de deficiências mais graves e que

exigem alternativas significativas para a aprendizagem.

De acordo com a Tabela 12, em 2015 foram matriculados 166 estudantes portadores

de necessidades especiais, desses, 45 estão na escola especial que oferta o aprendizado que

difere do currículo de ensino comum e o que é necessário para que possam ultrapassar as

barreiras impostas pela deficiência e assim, obter o sucesso no desenvolvimento

social/acadêmico.

Apesar da redução no quantitativo, ano de 2014 para 2015 nos dados da Tabela 12,

de estudantes matriculados portadores de necessidades especiais no município, há um número

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significativo que demandam esforços para o atendimento com qualidade. A rede estadual

atende maior número de estudantes portadores de necessidades especiais.

TABELA 12 – MATRÍCULAS DE ESTUDANTES PORTADORES DE

NECESSIDADES ESPECIAIS

FONTE: Secretaria Municipal de Educação de Ivinhema, 2015.

O atendimento educacional especializado, além de apoiar pedagogicamente

estudantes egressos do Centro de Educação Especial Cantinho Feliz São Paulo Apóstolo,

ainda procura alternativas e estratégias de aprendizagens que beneficiam as particularidades

de cada um, valorizando o conhecimento próprio, respeitando aptidões, habilidades,

necessidades individuais, oportunizando o desenvolvimento global.

META 4 - Estratégias

4.1 garantir a universalização da educação inclusiva, promovendo a articulação entre o

ensino regular em todas as etapas e o atendimento educacional especializado

complementar ofertado em salas de recursos multifuncionais da própria unidade escolar

ou em instituições especializadas, a partir da aprovação deste PME;

4.2 colaborar com os órgãos de pesquisa, demografia e estatística competentes na formulação

de questionários para obtenção de informação detalhada sobre o perfil das pessoas com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

4.3 acompanhar e participar, junto aos órgãos próprios, do cumprimento da meta 4 e das

estratégias do PNE, do PEE e PME, por meio de fóruns com representação de órgãos

SÉRIE

ANO

EDUCAÇÃO

INFANTIL ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO

MÉDIO

0 à 3 4 à 5 ANOS

INICIAIS

ANOS

FINAIS EJA MED EJA

2014

ESTADUAL - - 60 24 - 9 1

MUNICIPAL 1 2 21 6 - - -

PARTICULAR - 1 - 1 - 1 -

APAE 13 12 25 - - - -

TOTAL 14 15 106 31 10 1

2015

ESTADUAL - - 50 29 - 11 3

MUNICIPAL 1 2 20 2 - - -

PARTICULAR - 1 - 1 - 1 -

APAE 10 8 27 - - - -

TOTAL 11 11 97 32 - 12 3

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governamentais e não governamentais e de segmentos de estudantes, pais e professores

durante a vigência do PME;

4.4 contabilizar e garantir, para fins do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento

da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – (FUNDEB), as

matrículas dos estudantes da educação regular da rede pública que recebem atendimento

educacional especializado complementar, sem prejuízo do cômputo dessas matrículas na

educação básica regular;

4.5 implementar e ampliar salas de recursos multifuncionais para o atendimento educacional

especializado complementar, nas unidades escolares urbanas e rurais, com apoio da equipe

multidisciplinar e participação da família e do estudante;

4.6 assegurar, a partir da vigência do PME, a acessibilidade nas unidades escolares públicas

por meio da adequação arquitetônica, oferta de transporte, disponibilização de material

didático acessível e recursos de tecnologia assistiva;

4.7 oferecer educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais (Libras), como primeira língua,

e, na modalidade escrita, da língua portuguesa, como segunda língua, aos estudantes

surdos e com deficiência auditiva de 0 a 17 anos, em escolas e classes bilíngues e em

unidades escolares regulares, bem como a adoção do sistema braille de leitura, Soroban,

orientação e mobilidade, e tecnologias assistivas para cegos e surdo cegos, a partir da

vigência deste PME;

4.8 criar, em articulação com órgãos e instituições educacionais, programas de superação a

situações de discriminação em relação a estudantes com deficiências, a partir do primeiro

ano de vigência do PME;

4.9 acompanhar e monitorar, por meio de equipe multidisciplinar, o acesso e o combate às

situações de discriminação, preconceito e violência, com vistas ao estabelecimento de

condições adequadas para o sucesso no percurso escolar, em colaboração com as famílias e

com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, à adolescência e

à juventude, a partir da vigência deste PME;

4.10 ampliar a oferta do atendimento educacional especializado complementar aos estudantes

matriculados na rede pública de ensino regular;

4.11 fomentar a educação inclusiva, promovendo a articulação entre o ensino regular e o

atendimento educacional especializado complementar ofertado em salas de recursos

multifuncionais da própria escola ou em instituições especializadas;

4.12 fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e permanência à unidade

escolar por parte dos beneficiários do benefício de prestação continuada, de maneira a

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45

garantir a ampliação do atendimento aos estudantes com deficiência na rede pública

regular de ensino;

4.13 manter e implementar, setores com equipe multidisciplinar, como apoio e suporte

pedagógico aos professores do ensino regular e das salas de recursos multifuncionais,

com professor especializado em educação especial, com experiência na área, para

avaliações pedagógicas, encaminhamentos para o atendimento educacional especializado

(AEE), áreas da saúde e assistência social;

4.14 fomentar a formação continuada de professores em articulação com as IES, inclusive em

nível de pós-graduação lato e stricto sensu, para atuarem em todos os níveis e etapas da

educação, durante a vigência do PME;

4.15 desenvolver, estudos e pesquisas em quaisquer níveis, visando à produção de

conhecimento sobre educação especial, para subsidiar a formulação de políticas que

atendam as especificidades educacionais de estudantes com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação que requeiram medidas

de AEE, a partir do primeiro ano de vigência deste PME;

4.16 desenvolver e tornar acessível, em articulação com as IES, pesquisas voltadas para o

incremento de metodologias, materiais didáticos, equipamentos e recursos de tecnologia

assistiva, com vistas à promoção do ensino e da aprendizagem, a partir da vigência deste

PME;

4.17 garantir, a partir da vigência deste PME, a articulação intersetorial entre órgãos e

políticas públicas de saúde, assistência social e direitos humanos, em parceria com as

famílias, com o fim de identificar, encaminhar e desenvolver modelos de atendimento

voltado à continuidade do atendimento escolar, na educação de jovens e adultos, das

pessoas com deficiência, especificidades linguísticas e transtornos globais do

desenvolvimento com idade superior à faixa etária de escolarização obrigatória, de forma

a assegurar a atenção integral ao longo da vida;

4.18 implantar salas de recursos multifuncionais e fomentar a formação continuada de

professores para o atendimento educacional especializado complementar, nas escolas

urbanas e rurais;

4.19 promover em parceria com o Estado, audiências e atividades públicas de discussão sobre

educação especial, educação inclusiva e educação bilíngue, em espaços com

acessibilidade arquitetônica, a fim de favorecer a participação das pessoas com

deficiências, durante a vigência do PME;

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4.20 implantar e apoiar, a partir do segundo ano de vigência deste PME, a promoção de

campanhas educativas com vistas à superação do preconceito gerador de barreiras

atitudinais;

4.21 promover a ampliação e a democratização do acesso à educação superior, em articulação

com as IES, de pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação;

4.22 assegurar AEE em ambiente domiciliar, mediante identificação e comprovação da

necessidade, aos estudantes com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento,

com graves comprometimentos;

4.23 promover apoio, orientação e informações às famílias, em parceria com a União e Estado,

sobre as políticas públicas de educação especial e sobre os direitos e deveres das pessoas

com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação;

4.24 avaliar e supervisionar, mediante indicadores de qualidade definidos nacionalmente, o

funcionamento de instituições públicas, conveniadas e privadas que prestam atendimento

a estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades

ou superdotação;

4.25 articular junto as IES instaladas no município para propiciarem o AEE aos estudantes do

ensino superior que necessitam desse atendimento;

4.26 garantir a cedência de professores especializados para escola especializada sem fins

lucrativos, garantindo o atendimento educacional especializado aos estudantes com

deficiências graves.

META 5 ALFABETIZAÇÃO

Alfabetizar, com aprendizagem adequada todas as crianças, no máximo, até o final do 3º

(terceiro) ano do ensino fundamental.

Análise Situacional

O êxito na alfabetização está relacionado ao meio em que a criança está inserida. Na

sociedade brasileira há famílias que não têm acesso à leitura e à escrita e aos cálculos das

quatro operações básicas e, seus filhos acabam permanecendo nessa situação de exclusão, por

não conseguirem acompanhar o processo de aprendizagem.

A partir do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, através do Decreto

6094/2007 e Portaria 867 de 04 de Julho de 2012, que Institui o Pacto Nacional pela

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Alfabetização na Idade Certa - PNAIC, onde define as diretrizes gerais, que todos os

municípios devem se comprometer e organizar materiais pedagógicos, formação de

professores, avaliação da alfabetização, gestão e controle social.

Em 2014 neste município, foram atendidos. 462 estudantes pelo PNAIC, e 22

professores capacitados para o atendimento a esses estudantes. No entanto, os dados do

Gráfico 8, ainda apontam que 7,5% da população que concluiu o 3º ano em 2013, não

estavam com o processo de alfabetização e letramento dominado. Este é um dado muito

preocupante, pois, corre-se o risco dessa situação se perpetuar ao longo da jornada escolar,

produzindo os analfabetos funcionais ou ainda, provocar o desestímulo no estudante, por não

dominar os conhecimentos básicos e abandonarem a unidade escolar.

A prefeitura municipal mantém parceria com a Fundação Bradesco através da Usina

Adecoagro, que oferece material apostilado para o atendimento dos estudantes do 1º ao 3º ano

do ensino fundamental e assessoria pedagógica aos professores da Rede Municipal de Ensino.

GRÁFICO 8 - TAXA DE ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS 3º ANO ENSINO

FUNDAMENTAL

FONTE: BRASIL.SIMEC/MEC, 2014.

Nessa perspectiva, são necessárias medidas mais drásticas quanto a exigência do

domínio da leitura, escrita e cálculos básicos da matemática ao final do 3º ano do ensino

fundamental, bem como, implementar metodologias inovadoras e diversificas e ações diretas

de reforço escolar nesses 3 primeiros anos, aos estudantes com defasagem de conhecimentos

no intuito de atingir a meta proposta no PNE de atingir 100% da população escolar,

alfabetizada plenamente.

META 5 - Estratégias

5.1 estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, a partir do primeiro ano de

vigência deste PME, nos anos iniciais do ensino fundamental, articulando-os com as

estratégias desenvolvidas na pré-escola, com qualificação e valorização dos professores

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alfabetizadores, por meio de cursos de formação continuada, garantidos no calendário

escolar, com apoio pedagógico específico;

5.2 garantir, em jornada ampliada, reforço escolar para estudantes do 1º ao 3º ano do ensino

fundamental com dificuldades de aprendizagem e acompanhamento de professores,

considerando os resultados das avaliações;

5.3 realizar em parceria com a União e Estado, na vigência do PME, a formação inicial e

continuada de professores alfabetizadores com a utilização de novas tecnologias

educacionais e de práticas pedagógicas inovadoras;

5.4 implementar a confecção de materiais didáticos e de apoio pedagógico, para subsidiar o

processo de alfabetização, com aprendizagem adequada, até, no máximo, o 3º ano do

ensino fundamental, durante a vigência deste PME;

5.5 implantar e implementar ações de acompanhamento da aprendizagem, trabalho por

agrupamento e clima de interação nas salas de aula, para que 100% das crianças estejam

alfabetizadas, com aprendizagem adequada, ao concluírem o 3º ano desta etapa de

ensino, a partir do primeiro ano de vigência do PME;

5.6 criar instrumentos municipal de avaliação periódicos e específicos para aferir a

alfabetização das crianças, aplicados a cada ano, e estimular as unidades escolares a

criarem seus próprios instrumentos de avaliação e monitoramento, implementando

medidas pedagógicas para alfabetizar todos os estudantes até o final do terceiro ano do

ensino fundamental;

5.7 participar das avaliações anuais, aplicadas pelo INEP, aos estudantes do 3º ano do

ensino fundamental;

5.8 criar no primeiro ano de vigência do PME, ambiente educacional virtual para

hospedagem de experiências exitosas de métodos e propostas pedagógicas de

alfabetização, utilizando as tecnologias educacionais;

5.9 garantir, na vigência do PME, a utilização das tecnologias educacionais inovadoras nas

práticas pedagógicas que assegurem a alfabetização e o letramento e favoreçam a

melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem das crianças, segundo as diversas

abordagens metodológicas;

5.10 disponibilizar aos estudantes e professores recursos midiáticos e suporte necessário para

que o sistema e o acesso à internet sejam suficientes e de qualidade para o

desenvolvimento das atividades pedagógicas;

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49

5.11 garantir, a partir do primeiro ano de vigência deste PME, a alfabetização e o letramento,

com aprendizagem adequada, das crianças do campo e populações itinerantes, nos três

anos iniciais do ensino fundamental;

5.12 produzir e garantir, na vigência do PME, materiais didáticos e de apoio pedagógico

específicos, para a alfabetização de crianças do campo e populações itinerantes,

incluindo a inserção de recursos tecnológicos;

5.13 promover, a partir do primeiro ano de vigência do PME, articulação entre as Secretaria de

Educação e as IES que oferecem cursos de pós-graduação stricto sensu e cursos de

formação continuada para professores alfabetizadores.

META 6 EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

Implantar e implementar gradativamente educação em tempo integral em, no mínimo, 65%

(sessenta e cinco por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte

e cinco por cento) dos estudantes da educação básica.

Análise Situacional

A Rede Municipal de Ensino oferece atendimento integral nas creches, na etapa da

educação infantil às crianças de 0(zero) a 3(três) anos. Em 2015, a educação em tempo

integral da educação infantil é ofertada em 8(oito) extensões da Escola Municipal Orliene

Marcon-Pólo. Estão sendo atendidas uma média de 415 crianças que permanecem na unidade

escolar por 7 horas ou mais, recebem 5 refeições e o atendimento integral com atividades

variadas de estimulação para o desenvolvimento intelectual, emocional, social e psicomotor.

No que concerne ao ensino fundamental, é contemplado o 8º e o 9ºano, com 36

estudantes da Escola Municipal Rural Benedita Figueiró de Oliveira, que tem um total de 192

estudantes matriculados. O Município mantém parceria com o Estado atendendo 55

estudantes do ensino médio com o curso Técnico em Agropecuária Integrado ao ensino

médio, na mesma unidade escolar. Nesta unidade escolar, os estudantes recebem aprendizado

do currículo estabelecido para os anos em curso, acrescidos de conhecimentos específicos em

agropecuária.

Dessa forma, a educação em tempo integral em Ivinhema é ofertada em 2 unidades

escolares, num total de 451 estudantes, devendo chegar até o ano de 2024, em 65% das

escolas públicas, para no mínimo 25% dos estudantes da educação básica ou seja, da faixa

etária de 0 a 17 anos. Esclarecemos que as 8 extensões da Escola Municipal Orliene Marcon-

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Pólo não são computadas como unidade escolar, portanto são duas escolas no município que

ofertam a educação em tempo integral.

Há que se pensar em fazer estimativas projetando até 2024 - Quadro 3, já que a meta

7, para oferta de educação em tempo integral, determina para 50% das escola públicas e no

mínimo para 25% dos estudantes.

QUADRO 3 - PROJEÇÃO OFERTA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL ATÉ O ANO DE

2024

PROJEÇÃO 2015 2017 2019 2021 2024

Nº UNIDADES ESCOLARES 8 8 9 11 11

Nº DE ESTUDANTES 5711 5910 6120 6175 6253

UE COM EDUCAÇÃO EM TEMPO

INTEGRAL 2 3 3 4 4

Nº. MATRÍCULAS EM EDUCAÇÃO EM

TEMPO INTEGRAL 451 572 860 1145 1430

% DE ESCOLAS COM EDUCAÇÃO EM

TEMPO INTEGRAL 25 38 38 50 50%

% DE ESTUDANTES EM TEMPO

INTEGRAL 8 10 15 20 25%

FONTE: Secretaria Municipal de Educação de Ivinhema, 2015.

Atendendo a exigência estabelecida em lei, o município, encontra-se em fase de

ampliação de unidades escolares para o atendimento de estudantes em tempo integral.

META 6 - Estratégias

6.1 adequar 1 (uma) unidade escolar até 2016, e dispor de prédios apropriados em 3 (três)

unidades escolares até 2020, e espaços educativos para atendimento integral à educação

infantil, até 2018;

6.2 atender com a ampliação e reforma de 1 (uma) unidade escolar até 2016, construção de

1 (uma) unidades escolar até 2018 e espaços educativos para atendimento integral até

2016, para a ensino fundamental;

6.3 implantar gradativamente a educação integral, a partir da aprovação deste plano, para

promover a melhoria no aprendizado dos conteúdos programáticos e a realização de

atividades artístico-culturais e esportivas pelos estudantes, incentivando o envolvimento

da comunidade, nas unidades escolares públicas de educação básica;

6.4 ampliar jornada escolar, mediante oferta de educação básica pública em tempo integral,

por meio de atividades de acompanhamento pedagógico, interdisciplinares, culturais e

esportivos, para que o tempo de permanência do estudante, passe a ser igual ou superior

a sete horas diárias durante todo o ano letivo;

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6.5 ampliar, progressivamente, na vigência do PME, a jornada dos professores para que

possam atuar em uma única unidade escolar de tempo integral;

6.6 desenvolver, em regime de colaboração, programa de construção de unidades escolares

com padrão arquitetônico e mobiliário adequados para atendimento em tempo integral,

prioritariamente em comunidades que se encontram em situação de vulnerabilidade

social, de acordo com as leis vigentes;

6.7 reestruturar em regime de colaboração com a União, as escolas públicas por meio da

instalação de quadras poliesportivas, laboratórios, bibliotecas, auditórios, cozinhas,

refeitórios, banheiros e outros equipamentos, bem como de produção de material

didático e de formação de recursos humanos para a educação em tempo integral;

6.8 fazer parcerias com outros setores no sentido de prover atendimento em diferentes

espaços educativos e equipamentos públicos como centros comunitários, bibliotecas,

praças, parques, museus, teatros e cinema;

6.9 estimular a oferta de atividades voltadas à ampliação da jornada escolar de estudantes

matriculados nas unidades escolares da rede pública de educação básica por parte das

entidades privadas de serviços sociais vinculadas ao sistema sindical de forma

concomitante e em articulação com a rede pública de ensino;

6.10 assegurar o atendimento às unidades escolares do campo a oferta de educação em tempo

integral considerando as peculiaridades locais, com padrão de qualidade;

6.11 garantir, na proposta pedagógica, medidas para otimizar o tempo de permanência dos

estudantes na unidade escolar, direcionando a expansão da jornada para o efetivo

trabalho escolar, combinado com atividades recreativas, esportivas e culturais;

6.12 estabelecer parceria com Fundações, Instituições de Ensino Superior, Associações, e o

Poder Público para criação de espaços que ofereçam atividades diversificadas, tais

como: dama, xadrez, kumon, música, língua estrangeira, teatro, artesanato, dança entre

outros;

6.13 implantar novos espaços educativos, como possibilidade para o desenvolvimento do

conhecimento tecnológico e da formação intelectual, cultural e profissional do

estudante;

6.14 criar projetos e metodologia diferenciada, respeitando a faixa-etária cultura e interesse

do estudante;

6.15 oferecer aos estudantes, a partir da vigência deste PME, o acesso às tecnologias de

informação e comunicação por meio das diferentes mídias;

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6.16 universalizar o acesso à rede mundial de computadores em banda larga de alta

velocidade;

6.17 implantar à partir da aprovação deste plano, bibliotecas nas unidades escolares de

educação básica, conforme Lei Nº 12.244 de 24 de maio de 2010, que dispõe sobre a

universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País;

6.18 adquirir acervo bibliográfico, materiais vídeográficos e documentos registrados em

qualquer suporte destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura;

6.19 criar ambientes propícios ao desenvolvimento nos estudantes, pelo gosto e importância

à leitura;

6.20 formar em parceria com instituições de Educação Superior, grupos de contação de

histórias nas unidades escolares;

6.21 ampliar o controle social sobre o cumprimento das políticas públicas educacionais, por

meio de conselhos e fóruns, durante a vigência do PME;

6.22 oferecer cursos de formação de recursos humanos para a atuação na educação em tempo

integral, na vigência do PME.

META 7 QUALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do

fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb:

6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2

no ensino médio.

Análise Situacional

A Educação no município de Ivinhema nos primeiros anos do ensino fundamental,

obteve Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB/Brasil), ficou acima do

mínimo proposto pelo Ministério da Educação (MEC) Quadro 4, superando o parâmetro

estabelecido para aferição da qualidade do ensino. Este é um dado positivo, porém, como a

educação de qualidade é um direito constitucional de todos os cidadãos desta pátria e ainda,

um processo constante de aprimoramento, se faz necessário estar sempre em direção à melhor

qualidade para seus munícipes.

QUADRO 4 - GRÁFICO DE PROJEÇÃO DO IDEB 4º E 5º ANO - MUNICÍPIO DE

IVINHEMA

MUNICÍPIO IDEB OBSERVADO METAS PROJETADAS

2013 2013 2015 2017 2019 2021

IVINHEMA 4.5 4.2 4.5 4.8 5.1 5.4

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53

FONTE: MEC/INEP/. IDEB escolar. Gráfico online. Disponível em:

http://idebescola.inep.gov.br/ideb/consulta-publica. Acesso em 07 mai. 2015.

Apesar das metas do 8º e 9º ano do ensino fundamental serem projetadas pelo IDEB

no Quadro 5, não há registro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira - INEP de observação no ano de 2013 e ainda sem aplicação em 2015.

QUADRO 5 - GRÁFICO DE PROJEÇÃO DO IDEB 8º E 9º ANO ENSINO

FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE IVINHEMA

Ideb Observado Metas Projetadas

Município 2013 2013 2015 2017 2019 2021

IVINHEMA *** 3.8 4.1 4.4 4.6 4.9

FONTE: MEC/INEP/. IDEB escolar. Gráfico online. Disponível em:

http://idebescola.inep.gov.br/ideb/consulta-publica. Acesso em 07 mai. 2015.

META 7 - Estratégias

7.1 implantar, diretrizes pedagógicas para a educação básica observando a base nacional

comum dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento

dos estudantes para cada ano do ensino fundamental e médio, respeitando a

diversidade, observando a realidade do município de Ivinhema;

7.2 assegurar em parceria com o Estado, a partir da vigência do PME, que gradativamente

até atingir pelo menos 70% dos estudantes do ensino fundamental e do ensino médio,

alcancem nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de

aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e pelo menos 50%, o nível

desejável;

7.3 assegurar ações que visem contribuir para a superação das metas estabelecidas no

IDEB e que garantam a qualidade do ensino fundamental e médio;

7.4 reduzir as taxas de retenção, abandono e distorção idade-ano, no ensino fundamental e

no ensino médio em 50% nos primeiros cinco anos e em 80% até o final da vigência

deste PME;

7.5 constituir, em regime de colaboração com os entes federados, um conjunto de

indicadores de avaliação institucional com base no perfil dos estudantes e do corpo de

profissionais da educação, nas condições de infraestrutura das unidades escolares, nos

recursos pedagógicos disponíveis, nas características da gestão e em outras dimensões

relevantes, até o quinto ano de vigência do PME;

7.6 avaliar continuamente o ensino fundamental e ensino médio, no propósito de garantir a

qualidade e o padrão do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM);

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54

7.7 promover, anualmente, a autoavaliação das unidades escolares da rede municipal de

ensino, por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as

dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento

estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos

profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática, à ampliação e ao

desenvolvimento de recursos pedagógicos e à melhoria e expansão da infraestrutura

física da rede escolar, como bibliotecas, auditórios e laboratórios, com acessibilidade,

dentre outros;

7.8 associar a prestação de assistência técnico-financeira à fixação de metas

intermediárias, nos termos estabelecidos conforme pactuação voluntária entre os entes

federados;

7.9 aplicar os instrumentos nacionais de avaliação da qualidade do ensino fundamental e

médio, na vigência do PME;

7.10 utilizar os resultados das avaliações nacionais e estaduais pelos sistemas de ensino e

pelas unidades escolares para a melhoria de seus processos e práticas pedagógicas,

durante a execução do PME;

7.11 acompanhar e divulgar, bienalmente, os resultados pedagógicos dos indicadores do

sistema municipal de avaliação da educação básica, nas páginas eletrônicas das

unidades escolares;

7.12 desenvolver, em parceria com a União e Estado, indicadores específicos de avaliação

da qualidade da educação especial, bem como da qualidade da educação bilíngue para

surdos e surdocegos;

7.13 orientar, acompanhar e avaliar as políticas das redes públicas de ensino, a fim de

atingir as metas do IDEB, reduzindo pela metade, até o último ano de vigência deste

PME, a diferença entre as escolas com os menores índices e a média nacional, de

forma a garantir equidade da aprendizagem;

7.14 garantir, estruturas necessárias e promover a utilização das tecnologias educacionais

para todas as etapas da educação básica, com incentivo às práticas pedagógicas

inovadoras, visando à melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, com

acompanhamento dos resultados;

7.15 aprimorar a qualidade dos recursos tecnológicos que garantam a utilização dos

softwares livres, por meio das ferramentas disponíveis na internet, com equipamentos

que acompanhem o desenvolvimento tecnológico, a partir da vigência deste PME;

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7.16 assegurar transporte gratuito, acessível e seguro para todos os estudantes da educação

do campo, mediante renovação e padronização integral da frota de veículos, de acordo

com as especificações definidas pelo órgão competente, e financiamento

compartilhado, visando reduzir a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento da

residência até a unidade escolar e vice-versa, até o quinto ano de vigência deste PME;

7.17 garantir em parceria com os diferentes setores a qualidade e manutenção do transporte

escolar (ônibus) e vias (estradas e pontes), que dão acesso às unidades escolares;

7.18 universalizar, o acesso à rede mundial de computadores, em banda larga de alta

velocidade, em todas as unidades de educação pública da rede municipal;

7.19 aprimorar o atendimento ao estudante em todas as etapas da educação, por meio de

programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e

assistência à saúde;

7.20 garantir a participação da comunidade escolar no planejamento, na aplicação e no

controle de recursos financeiros advindos de transferência direta às unidades escolares,

visando à ampliação da transparência e ao efetivo desenvolvimento da gestão

democrática, a partir da vigência do PME;

7.21 garantir, em regime de colaboração, às unidades escolares públicas do Município o

acesso à energia elétrica, ao abastecimento de água, ao esgoto sanitário e ao manejo de

resíduos sólidos, na vigência do PME;

7.22 assegurar o acesso dos estudantes a espaços para a prática esportiva, bens culturais e

artísticos, brinquedotecas, bibliotecas, equipamentos e laboratórios de ensino, em até

dois anos após a aprovação do PME;

7.23 assegurar, nos espaços dos prédios escolares e entorno, a acessibilidade às pessoas

com deficiência ou mobilidade reduzida, a partir da vigência deste PME;

7.24 participar de programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos para

escolas públicas, visando à equalização regional das oportunidades educacionais;

7.25 implantar e implementar as bibliotecas escolares, considerando sobretudo a aquisição

de acervos bibliográficos acessíveis, a partir da vigência deste PME;

7.26 criar mecanismos para implementação das condições necessárias à universalização das

bibliotecas, com acesso à internet em banda larga, até o quinto ano de vigência deste

PME;

7.27 participar, em regime de colaboração com a União e demais entes federados, das

discussões para a definição dos parâmetros mínimos de qualidade dos serviços da

educação, a serem utilizados como referência para infraestrutura das unidades

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56

escolares, recursos pedagógicos, entre outros insumos relevantes, e como instrumento

para adoção de medidas para a melhoria da qualidade do ensino;

7.28 informatizar integralmente a gestão das unidades escolares públicas e da secretaria de

educação, promovendo a implementação de sistemas integrados, a partir da vigência

desse PME;

7.29 implementar programa de formação inicial e continuada para o pessoal técnico da

secretaria de educação;

7.30 implantar e desenvolver, políticas de prevenção e combate à violência nas unidades

escolares, com capacitação dos profissionais da educação para atuarem em ações

preventivas junto aos estudantes na detecção das causas como: violência doméstica e

sexual, e questões étnico-raciais para a adoção das providências adequadas,

promovendo e garantindo a cultura de paz e um ambiente escolar dotado de segurança

para a comunidade;

7.31 consolidar, a partir da vigência do PME, a oferta, com qualidade social, da educação

escolar à população do campo, populações itinerantes, respeitando a articulação entre

os ambientes escolares e comunitários;

7.31.1 o desenvolvimento sustentável e a preservação da identidade cultural dessas

populações;

7.31.2 a participação da comunidade na definição do modelo de organização pedagógica e de

gestão das instituições, consideradas as práticas socioculturais e as formas particulares

de organização do tempo;

7.32 promover, a partir da vigência do PME, a articulação dos programas da área da

educação, de âmbito local e nacional, com os de outras áreas tais como saúde, trabalho

e emprego, assistência social, esporte e cultura, possibilitando a criação de redes de

apoio integral às famílias, em especial nas áreas de maior vulnerabilidade social, como

condição para a melhoria da qualidade educacional;

7.33 contribuir para a implementação das respectivas diretrizes curriculares nacionais, por

meio de ações colaborativas com fóruns de educação para a diversidade étnico-racial,

conselhos escolares, movimento social negro, lideranças educacionais e com a

sociedade civil, na vigência deste PME;

7.34 desenvolver ações efetivas visando à formação de leitores e à capacitação de

professores, bibliotecários, auxiliares/assistentes em biblioteca e agentes da

comunidade para atuarem como mediadores da leitura, de acordo com a especificidade

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57

das diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem, a partir do segundo ano

da vigência do PME;

7.35 participar, em articulação com os entes federados, do programa de formação de

professores e de estudantes para promover e consolidar política de preservação da

memória municipal;

7.36 implementar, a partir da vigência do PME, nas unidades escolares públicas e privadas,

temas voltados ao respeito e valorização dos idosos;

7.37 propiciar e fomentar discussões e mobilizar a sociedade para a aprovação da Lei de

Responsabilidade Educacional (LRE), pelo Congresso Nacional, em parceria com o

Estado;

7.38 criar, no âmbito dos fóruns de educação, o Observatório do PME/Ivinhema, para

monitorar o cumprimento das metas e estratégias estabelecidas neste PME, mantendo-

o atualizado e promovendo a divulgação dos resultados à sociedade;

7.39 implantar nas unidades escolares da rede pública um programa que valorize o

conforto, a segurança e o bem-estar nos espaços escolares, com arborização,

iluminação, climatização, manutenção dos prédios e mobiliários suficientes e

adequados;

7.40 elaborar e distribuir, em parceria com os órgãos competentes, material didático para

educadores, estudantes e pais e/ou responsáveis sobre: direitos humanos, promoção da

saúde e prevenção das DST/Aids, alcoolismo e drogas, questões étnico-raciais e

geracionais;

7.41 adequar os estabelecimentos escolares para a captação de água pluvial e utilização na

comunidade escolar;

7.42 oferecer aos estudantes, a partir de 2016, o acesso às tecnologias de informação e

comunicação por meio das diferentes mídias;

7.43 ampliar a relação computador/estudante nas unidades escolares da rede pública de

educação básica, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e

da comunicação;

7.44 estabelecer parcerias com a União e o Estado, para aquisição de equipamentos e

implantação de salas multimídias de informação e comunicação;

7.45 garantir em parceria com o Estado e a União, transporte gratuito para todos os

estudantes da educação do campo na faixa etária da educação escolar obrigatória,

mediante renovação integral da frota de veículos, de acordo com especificações

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definidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial -

Inmetro, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;

7.46 desenvolver no ambiente da unidade escolar em parceria com as Secretaria de Saúde,

Assistência Social, órgãos de defesa da criança e do adolescente, igrejas, pastoral da

criança, instituições públicas e privadas de educação superior, projetos e programas

de: assistência e responsabilidade familiar à criança e a juventude, atendimento à

saúde e à educação, relacionamento familiar, participação comunitária escolar, entre

outros, para pais e responsáveis pelos estudantes matriculados;

7.47 realizar atividades de cultura, esporte e lazer no ambiente da escola, com a família

com o apoio e participação das Associações de Pais e Mestres (APMs);

7.48 estabelecer um diálogo constante entre unidade escolar e o Ministério Público,

Promotoria da Infância e Juventude e Conselho Tutelar, para a elaboração de medidas

disciplinares nas escolas;

7.49 estabelecer um sistema de comunicação com os pais, de forma a habituá-los a

desenvolver maior participação na vida escolar do estudante;

7.50 implantar, com a anuência dos órgãos judiciais de proteção à criança e adolescente e

Conselho Tutelar, um termo de responsabilidade pelo acompanhamento da vida

escolar do estudante, pelos pais ou responsáveis e comunicar a esses órgãos no caso

do descumprimento desse termo pelos familiares;

7.51 garantir e ampliar o sistema de segurança existente na comunidade escolar.

META 8 ESCOLARIDADE MÉDIA

Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a

alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo até o último ano de vigência deste Plano, para

as populações do campo e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a

escolaridade média entre negros e não negros.

Análise Situacional

Conforme Gráfico 9 do IBGE, a escolaridade média da população geral de 18 a 29

anos, alcança 9,4 pontos, considerando o índice do estado e do país, não há uma distância

muito significativa, também apresentam os mesmos padrões em relação a comunidade rural,

população mais pobre e negros.

Porém, é uma média muito baixa de escolaridade, que não deve ser mantida. A

proposta é elevar a escolaridade média para 12 anos, ou seja, que pelo menos se cumpra os

estudos até o final do ensino médio para aqueles que ainda estão em estudo, pois ao longo dos

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anos vão melhorar o nível de escolaridade dessa faixa de idade e que, aqueles que não

concluíram seus estudos retornem à unidade escolar para melhorarem a sua formação. Nesse

sentido, a ação para a consecução dessa meta deve ser ampla nas diferentes etapas e

modalidades da educação.

GRÁFICO 9 - ESCOLARIDADE MÉDIA DA POPULAÇÃO DE 18 A 29 ANOS

FONTE: BRASIL.SIMEC/MEC, 2014.

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Diante dos dados há uma necessidade de esforços em parcerias de políticas para a

equalização no quesito melhoria da média da escolarização da população do município.

META 8 - Estratégias

8.1 garantir aos estudantes em situação de distorção idade-ano, programas com metodologia

específica, acompanhamento pedagógico individualizado, recuperação e progressão

parcial, visando à continuidade da escolarização, de forma a concluir seus estudos,

utilizando-se também da educação a distância, a partir do segundo ano de vigência deste

PME;

8.2 criar políticas específicas, no prazo de dois anos de vigência deste PME, para ampliar o

atendimento aos segmentos populacionais considerados nesta meta na rede municipal de

ensino, por meio de cursos de educação de jovens e adultos;

8.3 promover, na vigência do PME, a busca ativa de jovens fora das unidades escolares, em

parceria com as áreas de assistência social, organizações não governamentais, saúde e

proteção à juventude;

8.4 divulgar e incentivar, de forma permanente, a participação em exames gratuitos de

certificação da conclusão dos ensinos fundamental e médio;

8.5 estabelecer articulação com entidades privadas de serviço social e de formação

profissional para expandir, por meio de parcerias, a oferta gratuita da educação

profissional na forma concomitante ao ensino cursado pelo estudante na rede pública, a

partir da vigência deste PME;

8.6 acompanhar e monitorar, continuamente, o acesso e a permanência nas escolas, em

parceria com as áreas competentes, identificando os motivos da ausência, apoio à

aprendizagem e à conclusão dos estudos;

8.7 formular, em parceria com outros órgãos e instituições, currículos adequados às

especificidades dos estudantes da EJA, incluindo temas que valorizem os ciclos/fases da

vida, a promoção da inserção no mundo do trabalho e a participação social, a partir da

vigência deste PME;

8.8 promover estudos, em parceria com as IES públicas e os fóruns de educação, sobre os

fatores que interferem na permanência da população de 18 a 29 anos no processo

escolar, na vigência do PME;

8.9 garantir o benefício adicional do programa nacional de transferências de renda para

jovens e adultos que frequentam a alfabetização, sob a condição do estudante atingir

média nas avaliações;

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8.10 promover campanhas de incentivo ao jovem para não abandonar os estudos e concluir o

ensino médio a fim de que sua escolaridade atinja o mínimo de 12 anos de estudos.

8.11 articular junto às empresas locais, geradoras de empregos, para a exigência da

apresentação da matrícula na unidade escolar, no ato da admissão do trabalhador e,

temporariamente exigir a apresentação da frequência e do rendimento escolar dos

jovens trabalhadores.

META 9 ALFABETIZAÇÃO E ANALFABETISMO

Elevar para 95% (noventa e cinco por cento) a taxa de alfabetização da população com 15

(quinze) anos ou mais até 2015 e, até o final da vigência deste PME, erradicar o analfabetismo

absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Análise Situacional

A Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação definiram como

direito público subjetivo a escolarização, cabendo aos poderes públicos a obrigatoriedade de

dispor de recursos para esses fins.

Educação de Jovens e Adultos, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação 9394/96, é a modalidade de ensino da educação básica que atende àqueles que não

tiveram estudos na idade própria ou não deram continuidade.

Historicamente o Brasil sempre lutou pelo oferecimento de estudos a essa população

e para alfabetizar os milhões de brasileiros que ainda estão marginalizados por falta de

escolaridade.

Essa realidade se repete em cada município deste país, não sendo diferente no

município de Ivinhema que apresenta um contingente de 1.731 analfabetos (IBGE, 2010), o

que equivale a 9,9% da população de 15 anos ou mais, considerando os dados do Gráfico 8,

em que apresenta a taxa da população alfabetizada em 90,1%.

Nesse sentido, por direito, o processo de alfabetização deve-se expandir a todos os

cidadãos que necessitam de escolarização para atender a erradicação do analfabetismo

absoluto até 2024 bem como, elevar para 95% no próximo ano, a taxa da população

alfabetizada.

Ainda nesse universo de analfabetos, devemos considerar o problema da população

que mesmo tendo frequentado a unidade escolar, não detêm o domínio da leitura e escrita

fluentemente, são os analfabetos funcionais, que em Ivinhema representa 30,6% (Indicador

9B - Gráfico 10) da população com 15 anos ou mais, devendo baixar em 50% desse

quantitativo até o ano de 2024, conforme meta apresentada.

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GRÁFICO 10 - ALFABETIZAÇÃO POPULAÇÃO DE 15 ANOS OU MAIS

FONTE: BRASIL.SIMEC/MEC, 2014.

Em Ivinhema sempre houve o investimento de recursos e esforços no sentido de

atender essa demanda oferecendo Curso de Suplência, Brasil Alfabetizado, Projeto Tereré que

alfabetizaram jovens e adultos, atualmente, oferece a Educação de Jovens e Adultos na etapa

do ensino fundamental no turno noturno, diferenciado visando oferecer uma metodologia que

atenda as necessidades de jovens e adultos trabalhadores.

Todo esse contingente que procura a unidade escolar, deve-se a necessidade de

estudo para o mercado de trabalho, bem como para atender as exigências dos Programas

Sociais oferecidos pelos Governos Estadual e Federal.

A Educação de Jovens e Adultos considera que sua clientela é composta por faixa

etária de pessoas trabalhadoras e que já têm inúmeros limites impostos pela vida e não podem,

a estes, serem acrescentados outros que signifiquem a discriminação ou a banalização de seus

estudos.

É necessário validar o que há fora dos bancos escolares e aproveitar os saberes

nascidos dos fazeres, a valorização das experiências extra-escolares, e a normatização desses

saberes que são de competência dos Sistemas de Ensino.

TABELA 13 - MATRÍCULA EJA MUNICÍPIO DE IVINHEMA 2012-2014

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FONTE: MEC/INEP/Secretaria Municipal de Educação de Ivinhema, 2015.

A modalidade de Educação de Jovens e Adultos, neste plano será contemplada com

metas e estratégias dentro do ensino fundamental e médio.

META 9 - Estratégias

9.1 participar e implementar à partir da vigência deste PME, de política de erradicação do

analfabetismo de jovens e adultos, bem como, a garantia de continuidade da formação

básica em pelo menos 95% dessa população, em parceria com instituições e sociedade

civil organizada;

9.2 participar, em parceria com União e Estado, nas chamadas públicas regulares para

educação de jovens e adultos e avaliação de alfabetização por meio de exames

específicos, que permitam aferição do grau de analfabetismo de jovens e adultos com 15

anos ou mais;

9.3 realizar, em parceria com órgãos competentes, levantamento da população de jovens e

adultos fora da unidade escolar, a partir dos 18 anos de idade, com vistas à implantação

diversificada de políticas públicas, a partir da vigência deste PME;

9.4 assegurar a oferta gratuita da EJA a todos que não tiveram acesso à educação básica na

idade própria, na vigência do PME;

9.5 estabelecer parcerias com instituições governamentais, ONGs, Instituições de Ensino

Superior, Sistema S e empresas privadas para oferta de cursos de alfabetização;

CLASSIFICAÇÃO

ANO REG. ADMIN.

EJA MÉDIA

UE. URBANA UE. URBANA

INIC FIN

2012

ESTADUAL - 82 131

MUNICIPAL - 53 -

PARTICULAR - -

TOTAL - 135 131

2013

ESTADUAL - 39 261

MUNICIPAL 38 39 -

PARTICULAR - -

TOTAL 38 78 261

2014

ESTADUAL - - 170

MUNICIPAL 57 - -

PARTICULAR - - -

TOTAL 57 - 170

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9.6 apoiar e acompanhar o programa nacional de transferência de renda para jovens e

adultos que frequentarem regularmente as aulas, com comprovação em diário de sala, e

apresentarem rendimento escolar em cursos de alfabetização, que engloba participação e

média mínima 6,0;

9.7 assegurar, em parceria com Estado, a realização de exames específicos que permitam

aferir o grau de alfabetização de jovens com mais de 15 anos de idade, no ensino

fundamental, e de 18, no ensino médio, com vistas à promoção de avanços ou

nivelamento, a partir da vigência deste PME;

9.8 promover ações de atendimento aos estudantes da educação de jovens e adultos por

meio de programas suplementares de transporte, alimentação e saúde, em articulação

com as áreas de saúde e de assistência social, na vigência do PME;

9.9 assegurar a oferta da EJA, nas etapas do ensino fundamental e do ensino médio, às

pessoas privadas de liberdade nos estabelecimentos penais, garantindo formação

específica dos professores a utilização inclusive da educação a distância, até término de

vigências deste PME;

9.10 apoiar políticas de formação continuada dos professores de EJA, incentivando a

permanência desses profissionais nessa modalidade;

9.11 apoiar projetos inovadores de EJA, com a utilização da educação a distância, que

atendam às necessidades específicas desses estudantes, em parceria com instituições da

sociedade civil organizada, na vigência do PME;

9.12 promover em parceria com o Estado, a articulação com empresas públicas e privadas

para oferta das ações de alfabetização e programas permanentes de EJA nessas

empresas, com o apoio das tecnologias de informação e comunicação e da educação a

distância e a flexibilidade na oferta de acordo com o ritmo do estudante, no prazo de

dois anos de vigência deste PME;

9.13 apoiar programas de capacitação tecnológica da população de jovens e adultos,

direcionados para os segmentos com baixos níveis de escolarização formal, nas vigência

deste PME;

9.14 articular em parceria com o Estado, critérios que estabeleçam padrões mínimos de

qualidade para os cursos de EJA, nas etapas do ensino fundamental e do ensino médio,

no prazo de dois anos de vigência deste PME;

9.15 apoiar e monitorar o acesso e a permanência dos jovens e adultos nos cursos de EJA,

nas etapas do ensino fundamental e do ensino médio;

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9.16 assegurar, na vigência do PME, o acesso dos estudantes de EJA ao ensino superior, por

meio de políticas de apoio;

9.17 promover cursos específicos para a oferta de cursos de EJA aos idosos, com currículos e

metodologias diferenciadas, elaborados em parcerias com as instituições de educação

superior, bem como material didático adequado e aulas de tecnologias, a partir da

vigência deste PME;

9.18 implantar e assegurar uma política municipal de ações articuladas com os órgãos de

financiamento para o estímulo a alfabetização;

9.19 apoiar na divulgação da oferta de EJA - ensino médio no município, incentivando a

população com pouca escolarização a retomar os estudos, com o apoio do estado;

9.20 articular junto às empresas locais, geradoras de empregos, para a exigência da

apresentação da matrícula na unidade escolar, no ato da admissão do trabalhador e,

temporariamente exigir a apresentação da frequência e do rendimento escolar dos

jovens e adultos trabalhadores;

9.21 oferecer cursos de EJA em horários alternativos, de acordo com a demanda local, de

forma que os estudantes possam retomar e prosseguir seus estudos.

META 10 EJA INTEGRADA À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e

adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

Análise Situacional

Observando o Gráfico 11, vê-se que a oferta de educação para jovens e adultos

integrada ao ensino profissional ainda é incipiente em nível nacional e estadual, e inexistente

no município de Ivinhema. Considerando esta realidade, faz-se necessário imprimir esforços e

estabelecer políticas em sistema de colaboração entre União, Estado e Município para

consecução das metas estabelecidas pelos planos de educação, nacional e estadual, já

aprovados.

GRÁFICO 11- PERCENTUAL DE MATRÍCULA

FONTE: BRASIL.SIMEC/MEC, 2014.

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META 10 - Estratégias

10.1 Implementar, em parceria com o Estado, os programas de jovens e adultos do ensino

fundamental, oferecendo no mesmo espaço, a formação profissional inicial, com

estímulo à conclusão dessa etapa, em parceria com a comunidade local e instituições

que atuam no mundo do trabalho, a partir da vigência deste PME;

10.2 estabelecer parcerias com Empresas Privadas , Sistema S, Instituto Federal, Estado e

União para oferta de educação profissional para jovens e adultos;

10.3 oferecer em parceria com o Estado, a partir do primeiro ano de vigência do PME,

integração da educação de jovens e adultos com a educação profissional, em cursos

planejados, de acordo com as características do público da educação de jovens e

adultos e considerando as especificidades das populações urbana e do campo;

10.4 aderir aos programas nacionais de assistência ao estudante, compreendendo ações de

assistência social, financeira e de apoio psicopedagógico que contribuam para garantir

o acesso, a permanência, a aprendizagem e a conclusão com êxito da educação de

jovens e adultos integrada com a educação profissional;

10.5 estimular diversificação curricular no ensino médio para jovens e adultos, integrando a

formação integral à preparação para o mundo do trabalho;

10.6 promover a relação entre teoria e prática nos eixos da ciência, do trabalho, da

tecnologia e da cultura e cidadania, de forma a organizar o tempo e o espaço

pedagógico adequados às características de jovens e adultos;

10.7 possibilitar a interação entre a teoria e prática por meio de equipamentos e

laboratórios, produção de material didático específico e formação continuada de

professores;

10.8 estabelecer parcerias com União e Estado para a garantia de transporte, alimentação e

material didático aos estudantes da EJA;

10.9 implantar um programa municipal na educação de jovens e adultos e assegurar

parcerias de Estado, União e empresas privadas instaladas no município, voltados à

conclusão do ensino fundamental e à formação profissional inicial, de forma a

estimular a conclusão da educação básica;

10.10 viabilizar recurso federal, até 2018 para implantar uma unidade escolar que atua na

educação de jovens e adultos integrada à educação profissional;

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10.11 prover as unidades escolares que oferecem EJA com condições materiais,

infraestrutura adequada e recursos financeiros, que subsidiem a execução de

programas específicos, até o terceiro ano de vigência deste PME;

10.12 expandir, em parceria com o Estado na vigência deste PME, as matrículas na educação

de jovens e adultos, de modo a articular a formação inicial e continuada de

trabalhadores com a educação profissional, objetivando a elevação do nível de

escolaridade do trabalhador;

10.13 organizar, em parceria com as universidades, currículos diversificados para a EJA, nas

etapas dos ensinos fundamental e médio, voltados à formação do cidadão para o

trabalho, ciência, tecnologia e cultura, respeitadas as normas educacionais vigentes e

considerados os saberes dos estudantes trabalhadores, a partir do segundo ano de

vigência deste PME;

10.14 promover, em parceria com o Estado, expansão da oferta de EJA integrada à educação

profissional, de modo a atender às pessoas privadas de liberdade nos estabelecimentos

penais, inclusive com a utilização da educação a distância, assegurando-se formação

específica dos professores, a partir da vigência deste PME;

10.15 articular a reestruturação e aquisição de equipamentos voltados à expansão e à

melhoria da rede física de escolas públicas que atuam na educação de jovens e adultos

integrada à educação profissional.

META 11 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO

Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a

qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento

público.

Análise Situacional

O município de Ivinhema está localizado em Mato Groso do Sul a 284 km da capital

Campo Grande, próximo aos estados de São Paulo e Paraná, grandes centros econômicos do

Brasil, também desenvolvidos em padrão logístico de transporte facilitando o escoamento da

produção e trânsito de pessoas.

A base econômica é o agronegócio com uma agricultura diversificada na produção

de café, mandioca, frutas, cana de açúcar, produção de suínos, aves e gado.

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Na última década ocorreu à implantação de usinas sucroalcoleiras no município e

região que demanda a necessidade de mão de obra especializada. Nesse sentido cabe à

educação se pronunciar na formação de profissionais técnicos.

Visando atender esse contingente, o poder público municipal se articula com

empresários dos diferentes setores e o Sistema S para a oferta de curso de capacitação

profissional.

Há no município a parceria com o SENAI e usinas sucroalcoleiras que oferecem dois

cursos profissionalizantes de nível médio, Técnico em Manutenção Automotiva e Técnico em

Açúcar e Álcool.

Porém esses cursos não bastam para atender a demanda do município, considerando

o despontar crescente no setor industrial, na área alimentícia e de confecção, que carecem de

mão de obra especializada, necessitando assim, da oferta de formações específicas.

META 11 - Estratégias

11.1 oferecer, a partir da aprovação deste plano, no mínimo, 25% das matrículas até 2020

na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino médio e dos 25%

restantes até 2024;

11.2 promover a expansão à oferta de matrículas gratuitas da educação profissional técnica

de nível médio por parte das entidades privadas de formação profissionais vinculadas

ao sistema sindical, de forma concomitante ao ensino médio público;

11.3 estabelecer parcerias com as instituições públicas e privadas para expansão do estágio

para estudantes da educação profissional técnica de nível médio e do ensino médio;

11.4 estabelecer parceria com o Estado, para oferecer cursos de educação profissional

técnica de nível médio, na modalidade educação a distância, com a finalidade de

ampliar a oferta e democratizar o acesso à educação profissional pública e gratuita,

com padrão de qualidade, a partir do primeiro ano de vigência deste PME;

11.5 realizar, com a poio das empresas locais, levantamento de demandas para cursos

profissionalizantes de nível médio no município;

11.6 fortalecer parcerias com Empresas Privadas, Sistema S, Estado e União para ampliar o

número de cursos ofertados de Educação profissional de nível médio;

11.7 oferecer cursos de ensino médio gratuito integrado à educação profissional para as

populações do campo e para a educação especial, por meio de projetos específicos,

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incluindo a educação a distância, com vistas a atender os interesses e as necessidades

dessas populações, a partir do primeiro ano de vigência deste PME;

11.8 acompanhar, com apoio do Estado e da União, programas de assistência estudantil,

visando garantir as condições para permanência dos estudantes e a conclusão de cursos

de educação profissional técnica de nível médio, a partir do terceiro ano de vigência

do PME;

11.9 oferecer em parceria com o Estado o transporte para o deslocamento de estudantes que

cursam o ensino técnico profissionalizante de nível médio no Instituto Federal Mato

Grosso do Sul (IFMS) Campus Nova Andradina;

11.10 assegurar aos estudantes, estágios preservando-se seu caráter pedagógico integrado ao

itinerário formativo do estudante visando o aprendizado de competências próprias da

atividade profissional, à contextualização curricular e ao desenvolvimento para a vida

cidadã e para o trabalho;

11.11 aderir aos programas de reconhecimento de saberes para fins da certificação

profissional em nível técnico;

11.12 viabilizar junto ao Estado, a expansão do atendimento do ensino médio integrado à

formação profissional para os povos do campo de acordo com os seus interesses e

necessidades.

META 12, 13 e 14 EDUCAÇÃO SUPERIOR

META 12 - Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por

cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24

(vinte e quatro) anos, assegurada à qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40%

(quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

META 13. Garantir que as instituições que atuam ou vierem atuar no município possuam

75% (setenta e cinco por cento) de mestres e doutores no corpo docente, em efetivo exercício

no conjunto do sistema de educação superior, sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco

por cento) doutores.

META 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu,

contribuindo dessa forma para atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e

25.000 (vinte e cinco mil) doutores, no território nacional.

Análise Situacional

A educação superior tem como função contribuir para o desenvolvimento

sociocultural, econômico e tecnológico do país por meio da formação profissional,

desenvolvimento de pesquisas científicas relevantes, divulgação e aplicação dos

conhecimentos por ela produzido e ampliação do acesso ao conhecimento acumulado pela

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humanidade. Considerando a sua função social, deve-se ressaltar o caráter universalizante do

ensino superior não só na promoção da profissionalização para possibilitar a competência

técnica, mas também, na formação da cidadania para desenvolver competências humanas,

éticas e políticas.

Dessa forma, a universidade, promovendo a melhor formação técnica profissional e a

formação cidadã dá ao acadêmico as melhores condições para uma participação contribuidora

na transformação da sociedade em que se insere, quer seja na dimensão sociocultural,

econômica, técnica e política. Assim, são atribuídas às universidades missões ímpares para o

desenvolvimento de nosso país, missões em que estas devem estar alicerçadas em três grandes

eixos indissociáveis de atuação: ensino, pesquisa e extensão, corroborando assim, com o

artigo 207 de Constituição Federal: “As universidades gozam de autonomia didático-

científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de

indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão” (BRASIL, 2011, p. 1).

Nesse sentido é oportuno afirmar que o foco existencial das universidades está

calcado não apenas nos propósitos de mera formação tecnicista, mas fundamentalmente na

produção de conhecimento demandado pelos movimentos da sociedade extrínsecos a ela. Para

atingir tal objetivo, a universidade não pode “fechar os olhos para o mundo ao seu redor” e

precisa estar em plena sintonia com os anseios da sociedade, uma vez que faz parte desta e

dela emana.

Essa interdependência tão acentuada entre desenvolvimento e universidade, nos dá a

dimensão da importância da oferta de ensino superior para o país, estado e município e da

ampliação do acesso à população, no local em que esta se encontra.

No Brasil ainda há uma grande necessidade de ampliação do acesso e de

interiorização do ensino superior, por isso o Plano Nacional de Educação 2014/2024

determinou a meta de elevar a taxa bruta de matrículas em 50% e taxa líquida em 33% da

população de 18 a 24 anos na universidade, com pelo menos 40% em instituições públicas,

porém mesmo considerando o crescimento nas matrículas apontados pelo MEC em 2012

aproximadamente 14%, o Brasil não cumpriu essa meta.

Essa é a grande tarefa que, União, Estado e Municípios terão de juntar forças para em

sistema de colaboração, possibilitar o avanço da educação superior em todo país.

No município de Ivinhema, a oferta de educação superior ainda se apresenta

modesta, com a instalação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)

instituição pública que caracteriza-se pelo seu modelo descentralizador e interiorizador, com a

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finalidade de desenhar um novo cenário educacional que se reflete no contexto sócio-político,

econômico e tecnológico em Mato Grosso do Sul.

No que se refere ao campo educacional, o modelo proposto teve inicialmente o

objetivo de contribuir para suprir problemas relacionados ao ensino fundamental e médio,

principalmente quanto à qualificação do seu quadro de professores com vistas a operar

mudanças significativas quanto à qualidade do ensino no Estado e ainda, levar a Universidade

até o estudante, em função das grandes distâncias entre as cidades do interior e capital. Dessa

forma, inicialmente, a UEMS ofereceu o Curso de Pedagogia - Educação Infantil e Ensino

Fundamental, cuja oferta se manteve até o ano de 1997.

A partir de 1998, após consulta feito junto à comunidade local e por indicação do

Conselho Comunitário da Unidade Universitária UEMS de Ivinhema, passou a ser oferecido o

Curso de Ciências - habilitação em Biologia - licenciatura e bacharelado (GERÊNCIA DA

UNIDADE UNIVERSITÁRIA UEMS/IVINHEMA - 2011). O licenciado em biologia vem

contribuir para os diferentes níveis de ensino e ainda como biólogo, interferir junto às

questões relacionadas à preservação do meio ambiente, recuperação de áreas degradadas,

reflorestamentos e desenvolvimento de pesquisa de importância para a região. O curso

fornece ainda espaço para o debate sobre questões atuais, com ênfase naquelas relacionadas à

Biologia e à Educação, para o exercício do círculo de interpretação - reflexão - nova

interpretação, fundamental para uma visão crítica da realidade, do meio ambiente e das

diferentes formas de vida.

Em 2010, houve a implantação do curso Superior de Tecnologia em Horticultura,

com duração de 3 anos, no turno matutino, pela mesma universidade, objetivando a formação

de profissionais que sejam capazes de planejar, organizar, executar e controlar cultivos de

flores, frutas e hortaliças, desde a implantação das culturas até a comercialização dos

produtos, através de técnicas adequadas à eficiência produtiva e econômica de pequenas e

médias propriedades, com responsabilidade ambiental e social.

Embora este curso fosse de grande relevância para o município, no ano 2011, não

houve número suficiente de estudantes matriculados para a oferta de mais uma turma e,

atualmente a oferta se reduziu apenas ao curso de Biologia. Esta realidade se mantém até

2015, com 150 estudantes matriculados, atendidos por 12 professore, sendo 5 professores

doutores, 4 mestres e 3 especialistas. Há que se pensar em uma diversificação de cursos dado

as necessidades dos diversos setores, e também percebendo no quantitativo de 240 estudantes

que se deslocam para outros municípios em buscas de outras opções de cursos.

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No que se refere à rede privada de Educação Superior, atualmente Ivinhema conta

com a Universidade ANHANGUERA / UNIDERP e UNIGRAN Net que oferecem cursos a

distância.

A Universidade ANHANGUERA / UNIDERP tem instalado no município o Centro

de Educação a Distância (Polo). Em 2015 foram matriculados 331 acadêmicos, com ofertas de

ensino nos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Letras, Pedagogia, Serviço Social,

Superior de Tecnologia em Logística, Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais,

Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos. Também estão disponíveis os

cursos de Geografia, Matemática, Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental e Superior de

Tecnologia em Marketing, porém mesmo aberto o processo de vestibular não houve formação

de turmas. Todos os cursos devidamente aprovados e autorizados pela legislação vigente que

dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de

educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de

ensino. O Polo acadêmico conta com 3 tutores e (um) coordenador.

A UNIGRAN Net oferece Cursos de Administração, Ciências Contábeis, Letras

Pedagogia, Tecnologia em Produção Publicitária, Tecnologia em Análise e Desenvolvimentos

de Sistema, Tecnologia em Negócios Imobiliários e Tecnologia em Agronegócios. Para

atender os 175 estudantes matriculados (Tabela 14), há um tutor e um coordenador de polo.

Importante verificar que a oferta de cursos superiores no município ainda precisa ser

ampliada com a implantação de novos cursos nas diferentes áreas do conhecimento,

preferencialmente por instituições públicas de ensino superior, visando a democratização do

acesso e ainda, com vistas à maior contribuição nos diferentes setores produtivos da economia

local e regional. O próprio contexto do município de Ivinhema impulsiona os cidadãos a

aprimorarem os seus conhecimentos, devido à competitividade, à busca de melhoria salarial e

preparo da mão de obra qualificada para o mercado de trabalho mais exigente o que se

evidencia pela maior procura pelos cursos ofertados à distância.

TABELA 14 - NÚMERO DE MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO

MODALIDADE/LOCALIDADE

MODALIDADE

LOCAIS

MATRÍCULAS MODALIDADES

PRESENCIAL EAD

LOCAL OUTRA LOCALID.

IVINHEMA 150 - 506

DOURADOS - 92 -

GLÓRIA DE

DOURADOS E

FÁTIMA DO SUL

- 17 -

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NAVIRAÍ - 22 -

NOVA ANDRADINA - 109 -

TOTAL 150 240 506

FONTE: Secretaria Municipal de Educação de Ivinhema- 2015

Quanto ao número de estudantes cursando o nível superior, podemos observar pela

Tabela 14, que predominam as matrículas na instituição privada, nos cursos à distância com

506 estudantes. O total de 896 estudantes Tabela 13, matriculados na Educação Superior

representa uma parcela de 28,9% se compararmos a população faixa etária de 18 a 24 anos,

levantadas no Censo/IBGE de 2010 de aproximadamente de 3100 habitantes.

META 12 - Estratégias

12.1 articular com as IES públicas e privadas, com vistas à ampliação de vagas na educação

superior, de forma a elevar a taxa bruta de matrícula para 50% e a taxa líquida para

33% da população de 18 a 24 anos, assegurada a qualidade da oferta, expansão e

permanência para, pelo menos, 40% das novas matrículas no segmento público, a

partir da vigência deste PME;

12.2 fortalecer políticas públicas em parceria com o Estado para a expansão da oferta da

educação a distância, junto à Universidade Aberta do Brasil (UAB) e Institutos

Federais, a partir da vigência deste PME;

12.3 mobilizar forças e articular políticas educacionais para implantação de cursos

tecnológicos na UEMS sediada em Ivinhema, a partir da vigência do PME;

12.4 incentivar e favorecer a implantação de novos cursos da educação superior que atenda

a demanda profissional do município de Ivinhema;

12.5 interpor-se junto à UEMS e autoridades políticas do estado, para a diversificação da

oferta de cursos superiores (pedagogia bilíngue, produção sucroalcoleira,

administração e licenciaturas) à partir da vigência deste PME;

12.6 estimular o oferecimento do sistema de educação superior à distância para formação

inicial e continuada;

12.7 propiciar, em parcerias com empresas, gratuidade parcial ou total através de bolsas de

estudo, para a profissionalização em nível superior de trabalhadores nas áreas carentes;

12.8 estimular parcerias com instituições públicas e privadas para a oferta de estágio

curricular, como parte integrante da formação na educação superior;

12.9 articular ações de divulgação das IES, através de campanhas de conscientização nas

escolas e região, incentivando os estudantes e egressos do ensino médio ao acesso a

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educação superior, em parceria de empresas interessadas na melhor formação de seus

funcionários;

12.10 mediar a parceria entre Instituições de ensino superior e empresas para, numa relação

de troca, propiciar educação superior com qualidade e aporte de recursos, atendendo

aos anseios e necessidades para o desenvolvimento do município de Ivinhema;

12.11 subsidiar o auxílio ao transporte escolar para os estudantes da zona rural e para aqueles

que se deslocam para estudar fora do município;

12.12 promover a ampliação do acervo bibliográfico e recursos tecnológicos da biblioteca

das IES, considerando as necessidades específicas das pessoas com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, destinado

a atender aos estudantes do município, a partir da vigência deste PME;

12.13 realizar um levantamento junto às empresas locais, das necessidades de profissionais

de nível técnico superior;

12.14 promover a divulgação do Fundo de Financiamento ao Estudante da Educação

Superior (FIES) e Programa Universidade para Todos (PROUNI) em todos os

programas de assistência estudantil das universidades públicas e privadas do estado e

nas escolas de ensino médio, na vigência do PME;

12.15 priorizar a qualidade do ensino, propiciando conhecimentos que garantam estudantes

aptos a concorrerem em igualdade com concorrentes no Vestibular/ENEN, em

parceria com o Programas Institucional de Bolsa Iniciação à Docência (PIBID).

META 13 - Estratégias

13.1 fortalecer, à partir de 2015, a relação entre a universidades e a educação básica nas suas

diferentes etapas e modalidades com objetivo de melhoria na qualidade da educação e

na formação de profissionais da educação;

13.2 participar, por meio de regime de colaboração, do aperfeiçoamento do Sistema

Nacional de Avaliação de Educação Superior (SINAES);

13.3 estimular a participação de estudantes no Exame Nacional de Desempenho de

Estudantes (ENADE);

13.4 colaborar para a ampliação da oferta do ENADE, de modo que sejam avaliados 100%

dos estudantes e das áreas de formação;

13.5 cooperar com a articulação, nas unidades escolares públicas e privadas, o acesso do

acadêmico de cursos de licenciaturas para a realização de estágio curricular

supervisionado;

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13.6 promover formação permanente aos professores da educação básica, a partir do

diagnóstico de desempenho do discente, em parceria com as Instituições de Educação

Superior;

13.7 estabelecer junto às Instituições de Educação Superior, parceria para a elaboração de

material didático-pedagógico regional, para a educação básica, em complementação ao

livro didático utilizado;

13.8 articular e apoiar a formação de consórcios de instituições públicas de educação

superior, com vistas a potencializar a atuação regional, inclusive por meio de plano de

desenvolvimento institucional integrado, proporcionando a ampliação de atividades de

ensino, pesquisa e extensão.

META 14 - Estratégias

14.1 estimular e garantir em atuação articulada entre as agências de fomento à pesquisa e a

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), para os

profissionais da educação no município de Ivinhema, a partir da vigência do PME;

14.2 estimular, nas IES, a utilização de metodologias, recursos e tecnologias de educação a

distância, em cursos de pós-graduação stricto sensu, garantida inclusive para as

pessoas com deficiência, na vigência do PME;

14.3 apoiar a expansão do financiamento estudantil por meio do FIES à pós-graduação

stricto sensu;

14.4 apoiar a criação de mecanismos que favoreçam o acesso das populações do campo,

itinerante, privadas de liberdade e pessoas com deficiência a programas de mestrado e

doutorado, de forma a reduzir as desigualdades étnico-raciais e regionais;

14.5 estimular a oferta de programas de pós-graduação stricto sensu em instituições de

educação superior localizadas no município de Ivinhema;

14.6 estimular a expansão de programa de acervo digital de referências bibliográficas para

os cursos de pós-graduação, assegurada a acessibilidade às pessoas com deficiência, a

partir da vigência do PME;

14.7 articular políticas de estímulo à participação de mulheres nos cursos de pós-graduação

stricto sensu, em particular naqueles ligados às áreas de Engenharia, Matemática,

Física, Química, Informática, e outros no campo das ciências, na vigência do PME;

14.8 estimular e apoiar a atuação em rede e o fortalecimento de grupos de pesquisa das

Instituições de educação superior no município, na vigência do PME;

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14.9 incentivar os profissionais da educação de Ivinhema, a participar dos programas de

bolsa, por meio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento de Ensino, Ciência e

Tecnologia do Estado do Mato Grosso do Sul (FUNDECT), na formação de mestrado

e doutorado;

14.10 estabelecer política de incentivo financeiro (bolsa e/ou afastamento remunerado) para

os profissionais da educação básica cursarem pós-graduação stricto-sensu, na vigência

do PME;

14.11 colaborar na articulação de políticas para ampliação da pesquisa científica e de

inovação, e promoção da formação de recursos humanos que valorize a diversidade

regional, a conservação da biodiversidade e a formação para a educação ambiental, na

vigência do PME.

META 15, 16, 17 e 18 VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO

META 15 - Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal

e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PME, política nacional de

formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61

da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores da educação

básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área

de conhecimento em que atuam.

META 16 - Formar, em nível de pós-graduação, 60% (sessenta por cento) dos professores da

educação básica, até o último ano de vigência deste PME, e garantir a todos os profissionais

da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as

necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

META 17 - Valorizar os profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de

forma a equiparar seu rendimento médio ao dos demais profissionais com escolaridade

equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PME.

META 18 - Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de carreira para os

profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o

plano de Carreira dos profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso

salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da

Constituição Federal.

Análise Situacional

O piso salarial do grupo do magistério da Rede Estadual foi implantado através da

Lei nº Lei 11.738/2008, e o municipal garantido pela Lei Complementar nº 079, de 23 de

Dezembro de 2009. No que se refere a 1/3 da hora atividade, encontra-se contemplado em

ambas as redes.

TABELA 15 - PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL/FORMAÇÃO

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FORMAÇÃO

FUNÇÃO

Nº EF E

M MAG ES ES NA ÁREA PÓS GRAD.

PROFESSORES 55 - - - - 6 49

ATENDENTES 4 4 - - -

SERV. GERAIS 3 3 - - - - -

LAVADEIRAS 7 5 2 - - - -

MERENDEIRAS 22 9 13 - - - -

PAJENS/MONITOR 31 23 - 8 - -

SERVENTES 25 21 4 - - - -

TOTAL 14

7

38 46 - 8 6 49

FONTE: Secretaria Municipal de Educação de Ivinhema, 2015.

Analisando a Tabela 16 - Formação de professores da educação básica, nota-se que o

quadro de professores do município tem mantido nível de formação excelente, considerando

que todos têm formação superior, atendendo a LDB nº 9394/1996. Do total de 340

professores, 86,4% destes possuem pós-graduação.

TABELA 16 - PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DIMENSÃO/FORMAÇÃO

FORMAÇÃO

REG. ADM. Etapas Nº EDUC. SUP. PÓS-GRAD.

REDE MUNICIPAL EI 55 6 49

EF 81 14 67

REDE ESTADUAL EF 74 10 64

EM 96 7 89

PARTICULAR EI/EF/EM 19 10 9

APAE EI/EF 15 - 15

TOTAL 340 47 293

FONTE: Secretaria Municipal de Educação de Ivinhema, 2015.

META 15 - Estratégias

15.1 articular com as IES públicas e privadas a oferta, na sede e/ou fora dela, de cursos de

formação continuada, presenciais e/ou a distância, com calendários diferenciados, para

educação especial, educação de jovens e adultos, educação infantil, educação no

campo, a partir do primeiro ano de vigência do PME;

15.2 realizar diagnóstico anual das necessidades de formação de profissionais da educação

para que as IES públicas atendam a demanda existente nas unidades escolares, na

vigência do PME;

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15.3 priorizar as parcerias entre as instituições públicas e privadas de educação básica e os

cursos de licenciatura, para que os acadêmicos realizem atividades complementares,

atividades de extensão e estágios nas escolas, visando ao aprimoramento da formação

dos profissionais que atuarão no magistério da educação básica;

15.4 criar, em ambiente virtual de aprendizagem, um banco de cursos de formação

continuada, de forma que os profissionais da educação possam se capacitar

constantemente, em cursos a distância, a partir do primeiro ano de vigência deste

PME;

15.5 diagnosticar demandas e desenvolver programas específicos para formação de

profissionais da educação para atuação nas escolas do campo e para a educação

especial, a partir do primeiro ano de vigência deste PME;

15.6 apoiar em parceria com o Estado a valorização das práticas de ensino e os estágios nos

cursos de formação de nível médio e superior dos profissionais da educação, visando

ao trabalho sistemático de articulação entre a formação acadêmica e as demandas da

educação básica, na vigência do PME;

15.7 implantar e implementar políticas, para que as IES públicas, ofereçam cursos e

programas especiais que assegurem formação continuada em área diversificada e

específica daquela de atuação do professor, em efetivo exercício, a partir da vigência

do PME;

15.8 implementar politicas de oferta de cursos técnicos de nível médio e tecnológicos de

nível superior destinados à formação, nas respectivas áreas de atuação, dos

profissionais da educação de outros segmentos que não os do magistério, a partir da

vigência do PME;

15.9 incentivar a participação em programa nacional de concessão de bolsas de estudos de

professores de idiomas das escolas públicas de educação básica, para que realizem

estudos de imersão e aperfeiçoamento nos países que tenham como idioma nativo as

línguas que lecionem, na vigência do PME;

15.10 promover formação docente para a educação profissional, valorizando a experiência

prática, por meio da oferta, na rede pública de ensino do município de Ivinhema, de

cursos de educação profissional voltados à complementação e certificação didático-

pedagógica de profissionais com experiência, a partir da vigência deste PME;

15.11 viabilizar, por meio de regime de colaboração entre União, Estados e Municípios, que,

até 2020,100% dos professores de educação infantil e de ensino fundamental tenham

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formação específica de nível superior, de licenciatura plena e em sua área de

concurso/atuação;

15.12 apoiar, em articulação com as IES públicas e privadas, políticas para incluir nos

currículos de formação profissional de nível médio e superior, conhecimentos sobre

educação das pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação, na perspectiva da inclusão social.

META 16 - Estratégias

16.1 estabelecer parcerias com universidades públicas e privadas para o desenvolvimento

de formação continuada aos profissionais da educação, em calendários diferenciados,

que facilitem e garantam, aos professores em exercício nas diversas áreas de ensino, a

partir do primeiro ano de vigência do PME;

16.2 garantir formação continuada, presencial e/ou a distância, aos profissionais de

educação, oferecendo-lhes cursos de aperfeiçoamento, inclusive nas novas tecnologias

da informação e da comunicação, na vigência do PME;

16.3 promover e garantir formação continuada de professores concursados e convocados

para atuarem no atendimento educacional especializado, a partir da vigência do PME;

16.4 promover a formação continuada dos professores em todas as áreas de ensino,

idiomas, Libras, braille, artes, música e cultura, no prazo de dois anos da implantação

do PME;

16.5 ampliar e efetivar, com apoio do governo federal e estadual, programa de composição

de acervo de obras didáticas e paradidáticas e de literatura, e programa específico de

acesso a bens culturais, incluindo obras e materiais produzidos em Libras e em braille,

também em formato digital, sem prejuízo de outros, a serem disponibilizados para os

professores da rede pública da educação básica, a partir da vigência deste PME;

16.6 estimular o acesso ao portal eletrônico instituído pelo governo federal, criar e manter

um portal eletrônico municipal para subsidiar a atuação dos professores da educação

básica;

16.7 garantir aos profissionais da educação licenciamento remunerado e/ou bolsa para

cursos de pós-graduação, a partir do primeiro ano de vigência do PME;

16.8 fortalecer a formação dos professores das escolas públicas de educação básica, por

meio da implementação das ações do Plano Nacional do Livro e Leitura, e de

participação em programa nacional de disponibilização de recursos para acesso a bens

culturais pelo magistério público;

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16.9 promover e ampliar, em articulação com as IES, a oferta de cursos de especialização,

presenciais e/ou a distância, com calendários diferenciados voltados para a formação

de pessoal para as diferentes áreas de ensino e, em particular, para a educação do

campo, educação especial, gestão escolar, educação de jovens e adultos e educação

infantil, a partir da vigência deste PME;

16.10 implementar, nos sistemas de ensino, a formação inicial e continuada do pessoal

técnico e administrativo, a partir da vigência do PME;

16.11 promover e garantir a formação inicial e continuada em nível médio para 100% do

pessoal técnico e administrativo, e em nível superior para 50% desses profissionais, na

vigência do PME.

META 17 - Estratégias

17.1 constituir, em parceria com Estado e União, no primeiro ano de vigência do PME,

fórum específico com representações de órgãos públicos, de trabalhadores da

educação e de segmentos da sociedade civil, para acompanhamento da atualização do

valor do piso salarial nacional dos profissionais do magistério público da educação

básica, de acordo com o custo aluno;

17.2 garantir, a partir da vigência deste PME, o piso salarial nacional do professor, para 20

horas/aula conforme legislação federal;

17.3 assegurar aos professores valorização salarial, com ganhos reais, para além das

reposições de perdas remuneratórias e inflacionárias, e busca da meta de equiparação,

até o final do sexto ano de vigência deste PME, e de superação em 20% da média

salarial de outros profissionais de mesmo nível de escolaridade e carga horária, até o

final da vigência do PME;

17.4 adequar o Plano de Cargos e Carreiras do profissional da educação, visando promover

melhorias na valorização do magistério e na qualidade do ensino;

17.5 disponibilizar recursos financeiros para complementação do piso salarial nacional;

17.6 garantir a participação efetiva do profissional da educação na formulação da política

de valorização do magistério;

17.7 criar uma instância seja observatório, fórum ou conselho, para diagnósticos, estudos,

pesquisas, debates, acompanhamento, proposições e consultas referentes à valorização

dos profissionais da educação, a partir do segundo ano de vigência do PME;

17.8 garantir programas preventivos de assistência à saúde física e mental do professor;

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17.9 garantir a implantação e implementação, em parceria com órgãos da saúde, de

programas de saúde específicos para os profissionais da educação, sobretudo

relacionados à voz, visão, problemas vasculares, ergonômicos, psicológicos e

neurológicos, entre outros, a partir da vigência do PME;

17.10 promover, a partir da aprovação deste plano, ações de valorização e motivação que

incentivem o professor em seu fazer pedagógico;

17.11 desenvolver programas e projetos por meio de palestras e atividades de autoestima

profissional, aos educadores;

17.12 garantir no plano de trabalho do professor uma porcentagem da carga horária para a

capacitação profissional.

META 18 - Estratégias

18.1 adequar o Plano de Cargos e Carreiras dos profissionais da educação do município de

Ivinhema, visando promover melhorias na valorização do magistério e na qualidade do

ensino e a progressiva universalização do tempo integral para todos os professores,

observados os critérios estabelecidos na Lei n.º 11.738, de 16 de julho de 2008, a partir

da vigência do PME;

18.2 viabilizar a implantação de cargos e carreiras unificados (professores, especialistas em

educação e funcionários administrativos), especificando critérios com política salarial

fundamentada em titulação, experiência, qualificação e desempenho, visando valorizar

o profissional de educação, a partir da vigência do PME;

18.3 garantir, no Plano de Cargos e Carreira, aos professores das redes públicas, que atuam

na educação básica, incentivo remuneratório por titulação: de 40% para professores

com especialização, de 45% para professores com mestrado e de 50% para professores

com doutorado, a partir da vigência deste PME;

18.4 garantir a participação efetiva do profissional da educação na formulação da política

de valorização do magistério;

18.5 instituir, no município, juntamente com os sindicatos pertinentes, comissões

permanentes de profissionais da educação dos sistemas de ensino, para subsidiar os

órgãos competentes na elaboração, reestruturação e implementação do Plano de

Carreira;

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18.6 criar mecanismos de acompanhamento dos profissionais iniciantes, a fim de

fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o

estágio probatório, até o final do primeiro ano de vigência do PME;

18.7 garantir, nos Plano de Carreira dos profissionais da educação do município, licenças

remuneradas e incentivos salariais para qualificação profissional, em nível de pós-

graduação stricto sensu, a partir do primeiro ano de vigência deste PME;

18.8 oferecer, aos professores iniciantes, cursos de aprofundamento de estudos na sua área

de atuação, com destaque para os conteúdos e as metodologias de ensino, na vigência

do PME;

18.9 estruturar as redes pública de educação básica, de modo que, até o início do terceiro

ano de vigência deste PME, 90%, no mínimo, dos profissionais do magistério e 90%,

no mínimo, dos profissionais da educação não professores sejam ocupantes de cargos

de provimento efetivo e estejam em exercício nas rede escolar a que se encontrem

vinculados;

18.10 implantar gradativamente à partir de 2015, o piso salarial nacional do Professor,

conforme legislação federal;

18.11 participar, anualmente, em regime de colaboração com o governo federal, do censo

dos profissionais da educação básica de outros segmentos que não os do magistério;

18.12 considerar as especificidades socioculturais das unidades escolares do campo, no

provimento de cargos efetivos para as mesmas;

18.13 promover, a partir da aprovação deste plano, ações de valorização e motivação que

incentivem o professor em seu fazer pedagógico;

18.14 desenvolver programas e projetos por meio de palestras e atividades de autoestima

profissional aos professores;

18.15 estabelecer parcerias com universidades para o desenvolvimento de capacitação

continuada aos profissionais da educação;

18.16 realizar levantamento e divulgação das vagas puras existentes e das cedências dos

profissionais do magistério e dos profissionais não professores para decidir a

realização de concursos, na vigência deste PME;

18.17 regulamentar a cedência dos profissionais da educação e dos demais cargos de

provimento efetivo, na vigência do PME;

18.18 adequar a jornada do professor, com avanços para flexibilização por área, espaços e

tempos, para formação e projetos, com acompanhamento dos(as) gestores(as), na

vigência do PME;

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18.19 definir diretrizes, estabelecer padrões, regulamentar e orientar os profissionais da

educação sobre o desenvolvimento na carreira, a partir da vigência do PME;

18.20 disponibilizar no calendário escolar, hora /atividade para o desenvolvimento de

planejamentos, material pedagógico e correção de avaliações;

META 19 GESTÃO DEMOCRÁTICA

Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da

educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à

comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da

União.

Análise Situacional

Com base na Constituição Federal (CF) de 1988 (Constituição Cidadã), várias

mudanças vêm ocorrendo na educação ao longo dos 27 anos seguintes, pautados em uma

organização sistemática do ensino assegurados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (LDBEN) Lei nº 9394/1996, tendo como parâmetro as responsabilidades das esferas

administrativas, União, Estado e Município, no que se refere ao financiamento e gestão da

educação propondo a descentralização administrativa. O texto traduz ainda o princípio da

gestão democrática, vinculação da receita de impostos e destinação dos recursos públicos,

também veio delimitar competências das esferas administrativas, definiu diretrizes gerais

sobre mantenedores, fonte de recursos financeiros e as formas de financiamento e de gestão.

“[...] o que concerne a todos deve ser decidido por todos” Leonardo Boff. Dentre os

princípios que reforçar o caráter democrático da chamada “Constituição Cidadã”, é

indiscutivelmente importante como forma de materialização desse princípio - os conselhos

vinculados à política educacional.

Vale ressaltar que os princípios constitucionais do ensino devem ser lidos e

interpretados em sua integralidade, portanto, em termos jurídicos, a gestão democrática é tão

importante para a “garantia do padrão de qualidade” quanto a “valorização dos profissionais

da educação”, a “gratuidade” e o “pluralismo de ideias e concepções pedagógicas” previstos

no Art. 206, incisos VII, V, IV e III, respectivamente da CF/1988.

A LDBEN, fiel à autonomia dos entes federados, remeteu aos sistemas de ensino o

estabelecimento por diretriz nacional na redação do Art. 14. “[...] participação das

comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes”.

De acordo com Bordignon (2005, p. 4), “O Plano Nacional de Educação, sonho

inserido na Constituição de 1934 pelos pioneiros da Educação Nova e retomado na

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Constituição de 1988, foi instituído pela Lei n. 10.172 de 9 de janeiro de 2001, como

resultado de intensa participação dos educadores em sua defesa e elaboração” e com a

instituição da Lei nº. 13005 de 15 de junho de 2024.

Ainda o PNE seguindo o princípio constitucional e as diretrizes da LDBEN, define

entre seus objetivos e prioridades:

“[...] a democratização da gestão do ensino público, nos

estabelecimentos oficiais, obedecendo aos princípios da participação

dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da

escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos

escolares ou equivalentes”.

Este objetivo está presente nas metas tanto do ensino fundamental, como do ensino

médio, em ambos situando o conselho escolar como fórum de participação da comunidade na

gestão da escola.

PNE inclui entre os objetivos e metas para a gestão dos sistemas de ensino

“Estimular a criação de Conselhos Municipais de Educação e apoiar tecnicamente os

municípios que optarem por constituir sistemas municipais de ensino” (BORDIGNON, 2005,

p. 4).

A Constituição, a LDB e o PNE estabelecem novos fundamentos e estratégias para a

organização e a gestão dos sistemas de ensino e para as práticas do cotidiano escolar. Um dos

fundamentos da gestão democrática do ensino público, a LDB e o PNE destacam a autonomia

dos sistemas de ensino e de suas escolas, como estratégia privilegiada de gestão democrática.

Grande parcela das demandas são oriundas dos problemas com recursos financeiros

que inviabiliza o processo de gestão, e, Ivinhema não é diferente da maioria dos municípios

do país, para isto, necessita de autonomia e recursos no âmbito da educação.

META 19 – ESTRATÉGIAS

19.1 criar e aprovar lei específica para o sistema de ensino e disciplinar a gestão

democrática da educação pública, no prazo de um ano contados da data da publicação

do PME, adequando à legislação local já adotada com essa finalidade;

19.2 assegurar o cumprimento da Emenda a Lei Orgânica do Município nº 009/2010 e Lei

Municipal 527/1997 da criação do Conselho Municipal de Educação;

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19.3 criar Fórum Municipal Bienal de Educação de Ivinhema e juntamente com a Comissão

de Monitoramento e Avaliação do PME, acompanhar e divulgar a execução do

PME/Ivinhema, em consonância do PEE e PNE, a partir da vigência deste PME;

19.4 garantir, no prazo de um ano de vigência deste PME, espaço físico adequado para as

reuniões dos conselhos e fóruns municipais de educação, com mobiliário,

equipamentos, materiais de consumo, meios de transporte e recursos humanos com

dedicação exclusiva para suporte operacional desses órgãos;

19.5 assegurar em concurso público da Prefeitura Municipal, ampliação do quadro de

funcionários lotados na Secretaria Municipal de Educação, conforme necessidade;

19.6 equipar com recursos humanos e tecnológicos a Secretaria Municipal de Educação,

para manter banco de dados da educação do município a partir da vigência deste PME;

19.7 elaborar normas que orientem o processo de implantação e implementação da gestão

democrática, com a participação da comunidade escolar, a partir da vigência do PME;

19.8 planejar, garantir e efetivar, na vigência deste PME, cursos de formação continuada

aos conselheiros do conselho de educação, do conselho de acompanhamento e controle

social do Fundeb, do conselho de alimentação escolar e dos demais conselhos de

acompanhamento de políticas públicas, com vistas ao bom desempenho de suas

funções;

19.9 constituir e efetivar fóruns municipais de educação, compostos por órgãos e

instituições representativas da sociedade civil organizada e dos movimentos sociais,

para discussão das políticas educacionais, coordenação das conferências municipais e

elaboração ou adequação dos planos municipais de educação, no primeiro ano de

vigência deste PME;

19.10 garantir o cumprimento do calendário escolar conforme Diretrizes Curriculares

Nacionais da educação básica;

19.11 assegurar em todas as unidades escolares o exercício do Conselho Municipal de

Alimentação Escolar (CMAE) como órgão regulador e na inexistência deste, atuação

das Secretarias Municipal e Estadual de Educação;

19.12 implantar e fortalecer os grêmios estudantis e associações de pais, assegurando-lhes,

inclusive, espaços adequados e condições de funcionamento nas unidades escolares, e

fomentar a sua articulação com os conselhos escolares, a partir do primeiro ano de

vigência deste PME;

19.13 garantir a participação e a consulta de profissionais da educação, estudantes e pais na

formulação dos projetos político-pedagógicos ou proposta pedagógica, currículos

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escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, a partir do primeiro ano de

vigência deste PME;

19.14 implementar e fortalecer processos de autonomia pedagógica, administrativa e de

gestão financeira nas unidades escolares públicas de ensino, a partir do segundo ano de

vigência deste PME;

19.15 promover, em parceria com as IES, cursos de formação continuada e/ou de pós-

graduação para gestores escolares, a partir do primeiro ano de vigência deste PME;

19.16 promover reuniões para discussão sobre a organização e implantação do Sistema

Nacional de Educação em regime de colaboração entre os entes federados, a partir da

vigência do PME;

19.17 estabelecer em calendário escolar o dia da família, proporcionando a integração com a

comunidade escolar, realizar no mínimo dois encontros anuais;

19.18 oferecer curso de formação continuada sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente

(ECA), para todos os profissionais da educação;

19.19 estabelecer parcerias com, o Ministério Público, a Promotoria da Infância e

Juventude, Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente (CMDCA), Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), Centro

de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Igrejas, Pastoral da

Criança, Pastoral da família, Polícias Militar e Civil, profissionais da saúde e da

educação para o desenvolvimento de programas e projetos com palestras e ações sócio

educativas na comunidade escolar;

19.20 implantar com a anuência do Ministério Público, da Promotoria da Infância e

Juventude e Conselho Tutelar local, medidas socioeducativas para estudantes que

infrinjam o regimento escolar;

19.21 criar o portal eletrônico do PME, e alimentar constantemente com as informações da

implementação e avaliação do plano.

META 20 FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO

Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o

patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do País no 5º (quinto) ano de

vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do

decênio.

Análise Situacional

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Para ordenar os princípios da Constituição Federal, Art. 206 e 214, instituiu-se o

Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do

Magistério (FUNDEF, 1998-2006), vindo ser substituído pela Emenda Constitucional nº

53/2006 e regulamentado pela Lei nº 11.494/2007 e pelo Decreto nº 6.253/2007, que criou o

Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos

Profissionais da Educação (FUNDEB), fundo especial, de natureza contábil e de âmbito

estadual, formado por recursos provenientes dos impostos e transferências do Distrito Federal,

Estados e Municípios, tendo como complementação uma parcela de recursos federais quando

o ente não alcançar o mínimo definido nacionalmente, vinculados à educação obedecendo ao

disposto no art. 212 da Constituição Federal. Todo o recurso gerado é redistribuído para

aplicação exclusiva na educação básica.

Analisando o quadro 6 – verifica-se uma redução drástica entre os meses de maio e

junho/2013 em relação ao mês de abril do mesmo ano, nos repasses mensais da verba de

educação para o município de Ivinhema, montantes que provocam desequilíbrio na aplicação

dada a instabilidade mês a mês nos recursos.

QUADRO 7. EVOLUÇÃO DA VERBA MENSAL DA EDUCAÇÃO TRANSFERIDA

DA UNIÃO PARA O MUNICÍPIO DE IVINHEMA/MS – 2013

COMPETÊNCIA FINANCEIRA VERBA UNIÃO

Jun/2013 R$ 82.739,12

Mai/2013 R$ 30.339,12

Abr/2013 R$ 154.459,12

Mar/2013 R$ 30.399,10

Fev/2013 R$ 16.838,00

FONTE: IBEGE/DATASUS, 2015.

A Lei de Responsabilidade Fiscal exige o equilíbrio das contas públicas, porém

constantes investimentos tendem aumentar as despesas e, em contrapartida, há que se buscar

mecanismos para incrementar a receita, racionalizando custos e direcionando os recursos para

o cumprimento dos índices institucionais, especialmente na área da Educação.

A gestão do recurso é feita em total consonância com o Conselho do FUNDEB,

sendo que 60 % do mesmo é destinado ao pagamento de salários dos professores. Os recursos

do Salário-Educação são, basicamente, para complementação do pagamento do transporte

escolar.

De acordo com o PNE as metas remetem a universalização de matrículas de 4 e 5

anos, bem como a população de 6 a 14 anos no ensino fundamental, garantindo que pelo

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menos 95% desses estudantes concluam essa etapa. Também nessa mesma direção, enfatiza a

universalização no ensino médio para população de 15 a 17 anos, assegurando a taxa de

matrícula em 85% até 2024. Outras metas como implantação de 65% das escolas em tempo

integral, oferecer qualificação aos professores em serviços e atender as estratégias no prazo

progressivo da vigência do Plano, do Custo Aluno-Qualidade inicial (CAQi), definido como o

conjunto de padrões mínimos estabelecidos na legislação educacional, reajustando até a

implementação plena do Custo Aluno Qualidade (CAQ), são ações que demandam recursos

que vão além dos disponibilizados pela arrecadação e aquém do PIB demandado, indicam a

necessidade de complementação de recursos financeiros suplementares.

É o valor do Custo Aluno-Qualidade (CAQ) que garantirá o mínimo necessário para

o desenvolvimento da educação e a União complementará os recursos do município para

alcançar esse valor mínimo. Nesse sentido descreve-se as estratégias para alcançar essa meta.

META 20 - Estratégias

20.1 garantir fonte de financiamento permanente e sustentável de colaboração entre os

entes federados, para todas as etapas e modalidades da educação pública com vistas a

atender suas demandas educacionais de acordo com o padrão de qualidade nacional,

até o ano de 2024;

20.2 participar do regime de colaboração entre os entes federados e cumprir as

determinações para atingir o percentual de 10% do PIB até 2024;

20.3 Garantir, no prazo de um ano de vigência deste PME, recursos financeiros para espaço

físico adequado para as reuniões dos conselhos e fóruns de educação, com mobiliário,

equipamentos, materiais de consumo e meios de transporte;

20.4 disponibilizar recursos financeiros para manutenção do Conselho Municipal de

Educação, bem como espaço físico para o funcionamento e recursos humanos para

suporte operacional;

20.5 garantir recurso para ampliar o quadro de funcionários da Secretaria Municipal de

Educação do município, à partir de 2016;

20.6 disponibilizar recursos para equipar e manter a Secretaria Municipal de Educação,

com recursos humanos e tecnológicos, criando e mantendo banco de dados da

educação do município à partir da vigência deste PME;

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20.7 ampliar o investimento público em educação, de forma a ir além do percentual mínimo

dos recursos já aplicados estabelecido em Lei, a partir de 2016;

20.8 adequar e ampliar os mecanismos de acompanhamento da arrecadação da contribuição

social do salário-educação, conforme Piso Nacional;

20.9 repassar os recursos estabelecidos de destinação do Fundo Social ao Desenvolvimento

do Ensino, bem como a participação no resultado ou da compensação financeira pela

exploração de petróleo e gás natural e outros recursos, obedecendo ao cumprimento da

meta prevista no Inciso VI do Caput do Art. 214 da Constituição Federal;

20.10 aplicar 50% das verbas transferidas do Fundo Social do Pré-Sal, royalties e

participações especiais, referentes ao petróleo e à produção mineral, em salários dos

profissionais da educação pública e 50% em manutenção e desenvolvimento da

educação pública;

20.11 desenvolver em parceria com Estado o acompanhamento, regularmente, dos

indicadores de investimento e tipo de despesa per capita por estudante em todas as

etapas e modalidades da educação pública, assegurando recursos por meio da

ampliação do investimento público, com incrementos obrigatórios a cada ano,

proporcionais ao que faltar para atingir a meta estabelecida até o final da vigência do

PME, de forma a alcançar, no mínimo e progressivamente, os seguintes percentuais

em relação ao PIB: 6,7% até 2015; 7% até 2017; 8% até 2019; 9% até 2022; e 10% até

2024;

20.12 garantir recursos financeiros para ampliação e reforma de uma unidade escolar até

2016, construção gradativa de quatro Centros de Educação Infantil até 2020 e espaços

educativos para atendimento integral até 2018 para a educação infantil;

20.13 garantir recursos financeiros para ampliação e reforma de uma unidade escolar até

2016, construção de uma unidade escolar até 2018 e espaços educativos para

atendimento integral até 2016 para a Ensino Fundamental;

20.14 assegurar financiamento, em regime de colaboração com Estado e União, para

políticas e estratégias de solução de problemas do transporte escolar do município, em

relação ao gerenciamento e pagamento de despesas, na vigência do PME;

20.15 reivindicar ao governo federal a complementação do Custo Aluno-Qualidade Inicial

(CAQi), quando comprovadamente necessário, a partir da vigência deste PME;

20.16 manter o atendimento da educação básica, tomando por base a definição do Custo

Aluno-Qualidade (CAQ), respaldados na ampliação do investimento público em

educação;

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20.17 assegurar o financiamento calculado com base nos respectivos insumos indispensáveis

ao processo de ensino aprendizagem que será progressivamente reajustado até a

implementação plena do custo aluno qualidade (CAQ);

20.18 disponibilizar recursos na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), para implantação

gradativa da educação integral a partir de 2016, para promover a melhoria no

aprendizado dos conteúdos programáticos e a realização de atividades artístico-

culturais e esportivas pelos estudantes, incentivando o envolvimento da comunidade;

20.19 assegurar recursos em parceria com o Estado e União, no prazo de dois anos a partir

da vigência deste PME, para financiar programas de acompanhamento da

aprendizagem com profissionais formados na área, para estudantes com dificuldades

de aprendizagem e/ou distorção idade-ano;

20.20 constituir a Secretaria Municipal de Educação como unidade orçamentária, com a

garantia de que o dirigente municipal de educação seja o ordenador de despesas e

gestor pleno dos recursos educacionais, com o devido acompanhamento, controle e

fiscalização de suas ações pelos respectivos conselhos de acompanhamento e pelo

Tribunal de Contas;

20.21 assegurar com transparência e controle social a utilização dos recursos públicos

aplicados em educação, especialmente mediante a realização de audiências públicas, a

criação de portais eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros de

conselhos de acompanhamento e controle social do FUNDEB, com a colaboração do

Estado, Ministério da Educação e os Tribunais de Contas da União, dos estados e dos

municípios, garantido em lei;

20.22 estabelecer compromissos com os órgãos competentes, para a descentralização e a

desburocratização na elaboração e na execução do orçamento, no planejamento e no

acompanhamento das políticas educacionais do município, de forma a favorecer o

acesso da comunidade local e escolar aos dados orçamentários, com transparência na

utilização dos recursos públicos da educação, a partir da vigência do PME;

20.23 disponibilizar recursos financeiros para implantação, manutenção, de espaço físico e

contratação de recursos humanos para o funcionamento do Conselho Municipal de

Educação e do Fórum Municipal de Educação na vigência deste PME;

20.24 elaborar o próximo Plano Plurianual do Município (PPA), considerando os recursos

necessários para a educação, conforme metas e estratégias propostas neste PME ;

20.25 garantir recursos para audiências públicas com participação da sociedade organizada,

sobre as receitas financeiras advindas da esfera federal, dos impostos estaduais e

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municipal, bem como, alíquotas sociais e suas respectivas aplicações, por ocasião da

aprovação dos planos orçamentários a partir da vigência do PME;

20.26 aperfeiçoar e ampliar os mecanismos de acompanhamento e fiscalização da

arrecadação da contribuição social do salário-educação;

20.27 buscar e garantir recursos financeiros que possibilitem a execução das metas e

estratégias estabelecidas neste PME, na sua vigência;

20.28 disponibilizar na Lei de Diretrizes Orçamentária do Município (LDO) e Lei

Orçamentária Anual do Município (LOA), suprimento orçamentário para o ano

subsequente destinado a manutenção, ampliação da oferta e da carga horária dos

estudantes e desenvolvimento com qualidade da educação básica, conforme padrões

de qualidade;

20.29 prever na LDO e LOA, suprimento orçamentário para a capacitação dos profissionais

que atuam na educação básica, conforme estabelecido no PPA.

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REFERÊNCIAS

BORDIGNON, Genuíno. Proposta Pedagógica: Gestão democrática da educação. In:

BRASIL. MEC - Ministério da Educação e Cultura. Gestão Democrática da Educação.

Boletim 19. Out. 2005. 50 p.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Promulgada em 5 de

outubro de 1988, Brasília, 1988.

______. Lei n.º 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação

Nacional. Brasília, DF: Câmara, 1961.

______. Lei n.º 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e

2º graus, e dá outras providências, Brasília, DF: Senado, 1971. (Revogada pela Lei nº 9.394,

de 20 de dezembro de 1996).

______. Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do

Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF: Senado, 1990.

______. Lei n.º 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência

Social e dá outras providências. Brasília, DF: Senado, 1993.

______. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação

Nacional. Brasília, DF: Senado, 1996.

______. Emenda Constitucional nº 14, de 12 de setembro de 1996. Modifica os artigos 34,

208, 211 e 212 da Constituição Federal e dá nova redação ao artigo 60 do Ato das

Disposições Constitucionais Transitórias. Brasília: Senado, DF, 1996.

______. Lei n.º 9.424, de 24 de dezembro de 1996. Dispõe sobre o Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF, na

forma prevista no art. 60, § 7º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, e dá

outras providências Brasília, DF: Senado, 1996.

______. Decreto nº 5.154 de 23 de julho de 2004. Regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39

a 41 da Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional, e dá outras providências. Brasília, DF, 2004.

______. Decreto nº 5.478, de 24 de junho de 2005. Institui, no âmbito das instituições

federais de educação tecnológica, o Programa de Integração da Educação Profissional ao

Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - PROEJA. Revogado pelo

Decreto nº 5.840 de 2006. Brasília, DF, 2005.

______. Lei n.º 11.114, de 16 de maio de 2005. Altera os arts. 6º, 30, 32 e 87 da Lei nº

9.394, de 20 de dezembro de 1996, com o objetivo de tornar obrigatório o início do ensino

fundamental. Brasília, DF, 2005.

______. Lei n.º 11.274, de 6 de fevereiro de 2006. Altera a redação dos arts. 29, 30, 32 e 87

da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental,

com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Brasília, DF: Senado, 2006.

______. Decreto n.º 5.840, de 13 de julho de 2006. Revoga o Decreto 5.478/2005 e Institui,

no âmbito federal, o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a

Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - PROEJA, e dá outras

providências. Brasília, DF, 2006.

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93

______. Emenda Constitucional nº 53, de 19 de dezembro de 2006 - Dá nova redação aos

arts. 7º, 23, 30, 206, 208, 211 e 212 da Constituição Federal e ao art. 60 do Ato das

Disposições Constitucionais Transitórias. Congresso Nacional. Brasília. DF: Senado, 2006.

______. Decreto n.º 6.096, de 24 de abril de 2007. Institui o Programa de Apoio a Planos de

Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI. Brasília, DF, 2007.

______. Decreto n.º 6.094, de 24 de abril de 2007 – Plano de Metas Compromisso Todos

pela Educação, Brasília, DF, 2007.

______. Lei n.º 11.494, de 20 de junho de 2007. Regulamenta o Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação -

FUNDEB, de que trata o art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; altera

a Lei n.o 10.195, de 14 de fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis n.o 9.424, de 24

de dezembro de 1996, n.º 10.880, de 9 de junho de 2004, e n.º 10.845, de 5 de março de

2004; e dá outras providências. Brasília, DF: Senado, 2007.

______. Decreto nº 6.091, de 24 de abril de 2007. Define e divulga os parâmetros anuais de

operacionalização do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de

Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, para o exercício de 2007. Brasília,

DF, 2007.

______. Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008. Dispõe sobre o atendimento

educacional especializado, regulamenta o parágrafo único do art. 60 da Lei no 9.394, de 20

de dezembro de 1996, e acrescenta dispositivo ao Decreto no 6.253, de 13 de novembro de

2007. Brasília, DF, 2008.

______. Emenda Constitucional n.º 59, de 11 de novembro de 2009. Acrescenta § 3º ao art.

76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para reduzir, anualmente, a partir do

exercício de 2009, o percentual da Desvinculação das Receitas da União incidente sobre os

recursos destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o art. 212 da

Constituição Federal, dá nova redação aos incisos I e VII do art. 208, de forma a prever a

obrigatoriedade do ensino de quatro a dezessete anos e ampliar a abrangência dos programas

suplementares para todas as etapas da educação básica, e dá nova redação ao § 4º do art. 211

e ao § 3º do art. 212 e ao caput do art. 214, com a inserção neste dispositivo de inciso VI.

Brasília, DF: Senado, 2009.

______. Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação especial, o

atendimento educacional especializado e dá outras providências. Brasília, DF, 2011.

______. Lei n.º 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação.

Brasília, DF: Senado, 2014.

______. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CEB n.º 20, de 11 de novembro de

2009. Revisão das Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil. Brasília, DF, 2009.

______. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB nº 5, de 17 de dezembro de

2009. Institui as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil. Brasília, DF, 2009.

.______. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CEB nº 13, de 3 de junho de 2009 e

Resolução CNE/CEB nº 4, de 2 de outubro de 2009. Institui Diretrizes Operacionais para o

atendimento educacional especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial.

Brasília, DF, 2009.

_______. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CEB n.º 8, aprovado em 5 de maio

de 2010. Estabelece normas para aplicação do inciso IX do artigo 4º da Lei nº 9.394/96

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(LDBEN), que trata dos padrões mínimos de qualidade de ensino para a educação básica

pública. Brasília, 2010. (não homologado)

______. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB n.º 4, de 13 de julho de

2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Brasília, DF,

2010.

______. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB n.º 6, de 20 de outubro de

2010. Define Diretrizes Operacionais para a matrícula no Ensino Fundamental e na

Educação Infantil. Brasília, DF, 2010.

______. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB n.º 7, de 14 de dezembro de

2010. Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove)

anos.Brasília, DF, 2010.

______. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CEB n.º 11, de 09 de maio de 2012 e

Resolução CNE/CEB n.º 6, de 20 de setembro de 2012. Define Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Brasília, DF, 2012.

______. Ministério da Educação. Critérios para um atendimento que respeite os direitos

fundamentais das crianças. MEC/SEF/COEDI. Brasília, DF, 1995.

______. Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.

1998.

______. Ministério da Educação. Subsídios para credenciamento e funcionamento de

instituições de Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF/COEDI, 1998. (Volumes I e II).

______. Ministério da Educação. Portaria nº 971, de 9 de outubro de 2009. Institui, no

âmbito do Ministério da Educação, o Programa Ensino Médio Inovador, com vistas a apoiar

e fortalecer o desenvolvimento de propostas curriculares inovadoras nas escolas do ensino

médio não profissional. Brasília, DF, 2009.

______. Ministério da Educação. Indicadores de qualidade na Educação Infantil. Brasília:

MEC/SEF/COEDI, 2009.

______. Ministério da Educação. Fórum Nacional de Educação. Documento Final da

Conferência Nacional de Educação – CONAE 2010, Brasília, DF, 2010.

______. Ministério da Educação. Portaria nº 867, de 4 de julho de 2012. Institui o Pacto

Nacional pela Alfabetização na Idade Certa e as ações do Pacto e define suas diretrizes

gerais. Brasília, DF, 2012.

______. Ministério da Educação. Portaria nº 1.140, de 22 de novembro de 2013. Institui o

Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio e define suas diretrizes gerais, forma,

condições e critérios para a concessão de bolsas de estudo e pesquisa no âmbito do ensino

médio público, nas redes estaduais e distrital de educação. Brasília, DF, 2013.

______. Ministério da Educação. Fórum Nacional de Educação. Documento-Referência da

Conferência Nacional de Educação – CONAE 2014. Brasília, DF, 2014.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino.

Planejando a Próxima Década. Alinhando os Planos de Educação. Brasília, DF, 2013.

______. Ministério da Educação. Planejando a Próxima Década. Construindo Metas. Gráfico

online. Disponível em: http://simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php. Acesso em: 23 nov. 2014.

IBGE/DATASUS Ministério da Saúde. Censos, Contagem e projeções intercensitárias,

segundo faixa etária, sexo e situação de domicílio. Informe online. Disponível em:

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95

http://www.deepask.com/goes?page=ivinhema/MS-Confira-os-indicadores-municipais-e-

dados-demograficos-sociais-e-economicos-do-seu-municipio. Acesso em: 12 mai. 2015.

IBGE/DATASUS. PIB por município 2009-2011. Gráfico online. Disponível em:

http://www.deepask.com/goes?page=Confira-o-PIB---Produto-Interno-Bruto---no-seu-

municipio. Acesso em: 12 mai. 2015.

IBGE/DATASUS Ministério da Saúde. Confira a verba da educação transferida da União

para o seu município - IVINHEMA, MS. Informe online. Disponível em:

http://www.deepask.com/goes?page=Confira-a-verba-da-educacao-transferida-da-Uniao-

para-o-seu-municipio. Acesso em: 12 mai. 2015.

MATO GROSSO DO SUL - PEE/MS. Plano Estadual de Educação 2014-2014. Lei 4.621 de

22 de Dezembro de 2014. Secretaria de Estado de Educação –SED/MS. Campo Grande MS:

SED, 2014.

WIKIPEDIA. Enciclopédia online. Município de Ivinhema. Mapa online. Disponível em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ivinhema. Acesso em: 17 Mar. 2015.

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SEMINÁRIO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - PME DE IVINHEMA / MS

REGIMENTO DO SEMINÁRIO

CAPÍTULO I

DA REALIZAÇÃO E OBJETIVOS

Art. 1º. O Seminário do Plano Municipal de Educação - PME de Ivinhema/MS tem por

objetivos:

I. Geral:

Discutir e aprovar propostas de metas e estratégias para o Plano Municipal de

Educação de Ivinhema/MS.

II. Específicos:

a) Promover a gestão democrática, estimulando a participação de diferentes

segmentos da sociedade e a participação dos munícipes na aprovação do Plano

Municipal de Educação - PME;

b) Apresentar, discutir e deliberar sobre as metas e estratégias do texto-base do

PME;

c) Aprovar o Regimento Interno do Seminário Municipal do PME;

Art. 2º. O Seminário do Plano Municipal de Educação de Ivinhema/MS será realizado no dia

11 de Junho de 2015, na Escola Municipal Sideney Carlos Costa – Pólo, das 07h30min horas

às 17 horas, sob responsabilidade da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Municipal

de Educação - SEME e Comissão de Sistematização do PME.

§1º. Todas as ações do Seminário do Plano Municipal de Educação de Ivinhema serão

pautadas pelos ideais maiores que regem o interesse público e pelos princípios do respeito

mútuo e da impessoalidade, sendo vedadas quaisquer manifestações de natureza político-

partidária, religiosa ou discriminação racial ou sexual.

CAPÍTULO II

DA TEMÁTICA

Art. 3º. O Seminário do Plano Municipal de Educação terá como tema central a Discussão e

Aprovação do texto-base do “Plano Municipal de Educação de Ivinhema/MS”, fundamentado

nas 20 metas estabelecidas pelo “Plano Nacional de Educação - PNE” e Plano Estadual de

Educação PEE / MS e as estratégias estabelecidas neste PME.

CAPÍTULO III

DA ORGANIZAÇÃO, DA PARTICIPAÇÃO E APROVAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS

Art. 4º O Seminário do Plano Municipal de Educação de Ivinhema / MS, será organizado pela

Coordenação-Geral do PME composta pela presidente e demais membros da Comissão de

Elaboração do PME de Ivinhema / MS.

Parágrafo único: Os coordenadores das oficinas deverão responsabilizar-se pelo

envio das contribuições deste Seminário à Coordenação-Geral do PME de Ivinhema / MS.

Art. 5º O Seminário do Plano Municipal de Educação tem como estrutura:

a) Credenciamento;

b) Abertura, presidida pela Secretária de Educação do município de Ivinhema/MS.

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c) Plenária de aprovação do Regimento Interno

d) Divisão dos Grupos de Trabalhos - GTs, por metas:

Grupo de Trabalho 01 - Garantia do Direito à Educação Básica com Qualidade -

Metas 1, 2, 5; (Rosicléia Scarmanhani)

Grupo de trabalho 02 - Garantia do Direito à Educação Básica com Qualidade -

Metas 3 e 6; (Vânia Pelissari)

Grupo de trabalho 03 - Garantia do Direito à Educação Básica com Qualidade -

Metas 9, 10 e 11; (Ana Claudia Oliveira Giroto)

Grupo de trabalho 04 - Qualidade da Educação e Superação das Desigualdades -

Metas 4, 7 e 8; (Luciane da Silva)

Grupo de trabalho 05 - Educação Superior - Metas 12, 13 e 14; (Estefan Martins)

Grupo de trabalho 06 - Formação e Valorização dos Profissionais da Educação -

Metas 15, 16, 17 e 18; (Joelma Araújo Rigonato)

Grupo de trabalho 07- Gestão Democrática e Financiamento da Educação - Metas

19 e 20. (Giselle Mirian Cessel Soares)

e) Plenárias dos Grupos de Trabalhos;

f) Plenária final para aprovação do texto-base do PME.

g) Encerramento dos trabalhos.

§ 1º Será apresentado e aprovado o Regimento do Seminário e a apresentação da organização

dos Grupos de Trabalhos.

§ 2º As Plenárias dos Grupos de Trabalhos serão coordenadas por membros da Comissão de

Sistematização/Adequação do PME objetivam discutir e aprovar as metas e estratégias do

texto- base do PME.

§ 3º A Plenária Final será coordenada por pessoa designada pela Coordenação-Geral do PME.

CAPÍTULO IV

DOS GRUPOS DE TRABALHO

Art. 6º. Cada grupo de trabalho debaterá e votará exclusivamente assuntos pertinentes à(s)

meta(s) e estratégias a ele designada(s). Propostas não vinculadas à meta em discussão serão

desconsideradas.

§1°. Nas discussões dos Grupos de Trabalho, todos os participantes terão direito a voz e

voto.

§2º. Propostas sugeridas deverão ser apresentadas à coordenação do grupo de trabalho e

deverão ser aprovada pela maioria simples no grupo, por aclamação.

Art. 7º. Cada Grupo de Trabalho terá:

I. um coordenador com a função de conduzir os trabalhos, promover as discussões,

controlar o tempo e estimular a participação de todos;

II. um relator, que terá a função de alterar ou acrescentar propostas, responsabilizando-se

pela sistematização do texto, sob a orientação do coordenador do grupo.

Parágrafo único. Todas as propostas serão revisadas e submetidas à apreciação e votação da

plenária em cada grupo de trabalho.

Art. 8º. Após a leitura das metas e estratégias, os pontos não destacados serão considerados

aprovados por unanimidade pelas plenárias dos grupos;

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Art. 9º. O início dos trabalhos de cada grupo se dará com a leitura das metas e estratégias

redigidas pela Comissão de Sistematização.

§1º. Em cada destaque será garantida uma manifestação favorável e uma manifestação

contrária que estando esclarecida em plenária, imediatamente, será encaminhada à votação.

§2º. O coordenador de cada grupo observará o mesmo tempo para manifestações favoráveis e

contrárias a cada proposta, garantido o tempo máximo de 03(três) minutos para cada uma.

§3º As sugestões para as alterações das estratégias poderão ser: aditivas, supressivas,

substitutivas, propostas (estratégias novas) que serão redigidas nas cores:

a) as aditivas (acréscimo no texto com fonte na cor azul);

b) supressivas (parciais ou totais) (supressão no texto com fonte na cor vermelha);

c) substitutivas (substituição no texto na cor verde);

d) propostas, estratégias novas (propostas novas com fonte na cor laranja).

§4º. Fica reservado ao coordenador do grupo o voto de minerva em caso de empate na

votação.

§5º. Os casos omissos ao regimento serão resolvidos pela Comissão de Sistematização do

PME.

CAPÍTULO V.

DA PLENÁRIA FINAL

Art. 10. Só serão levadas para a discussão da Plenária Final as propostas que não foram

aprovadas pelos GTs, não sendo permitida a apresentação de novas propostas.

Art.11. Na Plenária Final, só terão direito a voz os membros da comissão - delegados natos, e

os coordenadores dos grupos de trabalho.

Parágrafo único: Todos os membros presentes poderão votar.

Art.12. Em caso de esclarecimentos, poderão fazer uso da palavra a Secretária Municipal de

Educação e a Coordenadora da Comissão de Elaboração do PME.

Art.13. A aprovação das estratégias se dará por maioria simples, por meio de aclamação.

CAPÍTULO VI

DO RELATÓRIO FINAL

Art. 14. A Comissão Sistematizadora do PME - Ivinhema, juntamente com a Comissão de

Elaboração do PME, sintetizará as proposições apresentadas no Seminário do PME –

Ivinhema/MS para elaborar o documento final.

Art. 15. A Secretaria Municipal de Educação fará ampla divulgação do documento, inclusive

se responsabilizará por sua inserção no Portal Oficial - online - do Governo Municipal.

Ivinhema - MS, 11 de junho de 2015.

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MENSAGEM

Ilustríssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Ivinhema

Vereador Aluísio Soares de Azevedo Júnior e demais Nobres Vereadores:

Tenho a honra de submeter, à elevada apreciação dessa Casa

Legislativa, o Projeto de lei ordinária nº. 020/2015, que “Aprova o Plano Municipal de

Educação - PME de Ivinhema (MS), e dá outras providências.”

Nobres Edis, vimos por meio deste, em atenção ao expediente

supramencionado, levar ao conhecimento de Vossa Excelência e Lídimos Pares, o Plano

Municipal de Educação - PME do município de Ivinhema (MS), com vigência decenal, na

forma do Anexo Único que é parte integrante desta Lei, com vistas ao cumprimento do

disposto no art. 214 da Constituição Federal, em consonância com a Lei Federal nº.

13.005/2014, que aprovou o Plano Nacional (PNE) e a Lei Estadual nº. 4.621/2014 que

aprovou o Plano Estadual de Educação (PEE - MS), estabelecendo o quantitativo proposto nas

metas e o prazo para o seu cumprimento, os quais deverão estar em consonância com aqueles

definidos pela Lei Federal Nº. 13.005/2014 que aprovou o Plano Nacional (PNE).

Assim sendo, submeto à apreciação de Vossas Excelências o presente

Projeto de Lei, esperando sua pronta análise e aprovação, em regime de urgência

urgentíssima!

Ivinhema-MS, 15 de junho de 2015.

Atenciosamente!

Eder Uilson França Lima

Prefeito Municipal

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