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PREFEITURA MUNICIPAL DE MATELÂNDIA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO MARÇO/2015

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MATELÂNDIA

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

MARÇO/2015

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RINEU MENONCIN Prefeito Municipal

ENIO ALVES DE OLIVEIRA Vice-Prefeito

NEIVA ROMANI BÓSIO Secretária Municipal de Educação e Cultura

EDSON ALVES DE OLIVEIRA Presidente da Câmara de Vereadores

ANTONIO PIZONI DOMINGOS PANDOLFO VALDECIR REINHEIMER

ELIETE PONCIANO PINTO GABRIEL DA SILVA CADINI

JEBSON BOZIO JEFERSON LUIZ JOHAN

JORGE SANTANA DE MORAES KÁTIA DUARTE DA SILVA LIRIA PERINI CARNETTI

Vereadores

CONSULTORIA GAE – CONSULTORIA E PROJETOS EDUCACIONAIS LTDA

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PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MATELÂNDIA

COMISSÃO COORDENADORA

Representantes da Secretaria Municipal de Educação

EDINA MARIA NUNES NEIVA ROMANI BÓSIO

Representantes do Poder Legislativo

KÁTIA DUARTE DA SILVA LIRIA PERINI CARNETTI

Representantes da Sociedade Civil Organizada

ELIETE CRISTINA ZOCCHI DE LIMA LUIZ CARLOS MARCHI

EQUIPE TÉCNICA

ANNA CRITINA RODRIGUES CLAIR DE MELO

GABRIELA FRISON JOSIANE MARCELA DE ANDRADE SILVA

LAODERENE BATTISTELLA BORGES MIRIAN PIETROBON

SANDRA RINALDI SCHOFFEN SILVANA VERDI JOHAN

SIMONE SMIGURA NUNES VERA LUCIA DEBASTIANI

GRUPOS DE TRABALHO

Caracterização Geral do Município

ELIETE PONCIANO PINTO MARINEUSA POGGERE

Educação Infantil

NOELI VISSOTTO SCHAFASCHEK VERA LUCIA DEBASTINI

Ensino Fundamental

CLAIR DE MELO SANDRA RINALDI SCHOFFEN

Ensino Médio

AMAURI DE LIMA LAODERENE BATTISTELLA BORGES

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Educação Superior ALINE APARECIDA TOMIASI

ANA PAULA NUGLISCH

Educação de Jovens e Adultos JEANE DA COSTA RASCHE

SANDRA BERLANDA

Educação Tecnológica e Formação Profissional CELIA INES CRESTANI BETIATTO

ELISANGELA DE OLIVEIRA DO NASCIMENTO

Educação Especial VALDIRENE SBERSE DA SILVA

ZILKA ELIZETE RIBEIRO DANIELLI

Formação dos Profissionais da Educação da Rede Municipal de Ensino e Valorização do Magistério SILVANA VERDI JOHAN

TANIA SERNAGIOTO

Financiamento da Educação da Rede Municipal de Ensino ALLAN JOHN LORINI MIRIAN PIETROBON

Gestão da Rede Municipal de Ensino

NEIVA ROMANI BÓSIO

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CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MATELÂNDIA

REPRESENTANTES DO GOVERNO MUNICIPAL

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES Titular: LAODERENE BATTISTELLA BORGES

Suplente: ÉDINA MARIA NUNES Titular: SILVANA VERDI JOHAN

Suplente: SANDRA RINALDI SCHOFFEN

SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE E DESENVOLVIMENTO SOCIAL Titular: ADRIANA MARIA RENON PINHEIRO

Suplente: INES IORA STOCK

REPRESENTANTES DOS SERVIÇOS PÚBLICOS E PRIVADOS

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO Titular: SUELI MARIA KNEBEL ROSTIROLLA

Suplente: ELISANGELA VARGAS

TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO – REDE MUNICIPAL Titular: RUBENS TARCIZIO COELHO DE AMORIN

Suplente: VÂNIA BERTOTI

TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO – REDE ESTADUAL Titular: RODRIGO ZANON

Suplente: SOELI ALVES DE MEIRA AMPESSAN

TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO – REDE PRIVADA Titular: HELENA MARIA MOMBELLI

Suplente: MARIA BRENDA MARTINICOREMA DE SOUZA

PROFESSORES E DIRETORES DAS ESCOLAS MUNICIPAIS Titular: EISANGELA DE OLIVEIRA DO NASCIMENTO

Titular: NOELI VISSOTTO SCHAFASCHEK Suplente: CECÍCILA SABINO FRANCESCONI

Suplente: ELISANGELA JACINTO DE OLIVEIRA

CMDCA E CONSELHO TUTELAR Titular: SARAH ELIANE KOLBEN

Suplente: ROSELLE SOKACHESKI

REPRESENTANTES DOS USUÁRIOS

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES - APMs Titular: LUCICLEIDE FERREIRA DA SILVA RINALDI

Titular: SIMONI LOFF BACHANANN Suplente: ROSELI RAASCH DAL AGNOL

Suplente: ROSA MINOZZO

SINDICATOS Titular: GEMA ORO SULZBACH Suplente: JANINE PIETROBON

APAE e APMI

Titular: FÁTIMA CASARA DE SOUZA Suplente: SIRLEI BACCIN

APROMAT

Titular: CLARICE DE MELO GONÇALVES Suplente: JEANE DA COSTA RASCHE

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ACIMA, LIONS CLUBE e ROTARY CLUBE

Titular: LUIZ CARLOS MARCHI Suplente: ZILKA ELIZETE RIBEIRO DANIELLI

ASSOCIAÇÕES DE MORADORES

Titular: VALDEMAR CAGOL Suplente: JEFERSON LUIZ JOHAN

IGREJAS

Titular: Pe. ANTONIO DE OLIVEIRA ROCHA Suplente: GISELE VARGAS DA SILVA

EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA

Titular: NATALINA MARIA DE JESUS DAS PRENDAS Titular: SANTA PEREIRA DA COSTA Suplente: SOLANGE DE OLIVEIRA

Suplente: ADRIANA ROMERO

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COLABORADORES ASPRAMAT / COOPRAFA – Associação de Produtores Agroindustriais Familiares do Município de Matelândia / Cooperativa da Agricultura Familiar Rotary Club de Matelândia Secretaria Municipal da Saúde

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SUMÁRIO LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS................................................. 9 LISTA DE FIGURAS............................................................................... 11 LISTA DE GRÁFICOS............................................................................. 12 LISTA DE TABELAS............................................................................... 13 I - APRESENTAÇÃO............................................................................... 16 II - CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO.................................. 17 1. ASPECTOS GEOGRÁFICOS.............................................................. 17

1.1 Localização................................................................................... 17 1.2 Principais Rodovias de Acesso.................................................... 18 1.3 Municípios Limítrofes.................................................................... 18 1.4 Organização Político-Administrativa............................................. 18 1.5 Clima............................................................................................ 19 1.6 Hidrografia.................................................................................... 19 1.7 Solo.............................................................................................. 19

2. ASPECTOS HISTÓRICOS.................................................................. 20 2.1 Colonização.................................................................................. 20 2.2 Significado do Nome.................................................................... 24 2.3 Formação Administrativa.............................................................. 24

3. ASPECTOS POPULACIONAIS........................................................... 25 4. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS.................................................... 27 5. ASPECTOS CULTURAIS.................................................................... 29 6. ASPECTOS EDUCACIONAIS............................................................. 30

6.1 Breve Histórico............................................................................ 30 6.2 Redes de Ensino......................................................................... 32 6.3 Infraestrutura das Instituições de Educação Básica.................... 32

III - DIAGNÓSTICOS............................................................................... 34 1. EDUCAÇÃO INFANTIL...................................................................... 34

1.1 Atendimento................................................................................. 34 1.2 Infraestrutura das Instituições de Ensino..................................... 35 1.3 Recursos Humanos...................................................................... 36 1.4 Gestão.......................................................................................... 37

2. ENSINO FUNDAMENTAL................................................................. 38 2.1 Atendimento................................................................................. 38 2.2 Recursos Humanos...................................................................... 39 2.3 Indicadores Educacionais............................................................. 41

2.3.1 Rendimento e movimento escolar...................................... 41 2.3.2 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.............. 42

2.4 Gestão.......................................................................................... 44

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2.5 Infraestrutura dos Prédios Escolares........................................... 45 3. ENSINO MÉDIO................................................................................ 47

3.1 Atendimento................................................................................. 47 3.2 Indicadores Educacionais............................................................. 47 3.3 Recursos Humanos...................................................................... 48

4. EDUCAÇÃO SUPERIOR................................................................... 49 5. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS............................................ 51 6. EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL....... 52 7. EDUCAÇÃO ESPECIAL.................................................................... 55 8. FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DA REDE

MUNICIPAL DE ENSINO E VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO...... 59 8.1 Plano de Carreira........................................................................ 59 8.2 Recursos Humanos..................................................................... 59 8.3 Formação Continuada................................................................. 60

9. FINANCIAMENTO E GESTÃO DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO............................................................................................. 63

9.1 Financiamento............................................................................ 63 9.2 Gestão da Educação Pública Municipal..................................... 68

9.2.1 Estrutura do órgão municipal de educação................... 68 9.2.2 Organização da rede municipal de ensino.................... 68 9.2.3 Orçamento do órgão municipal de educação................ 69 9.2.4 Gestão da rede municipal de ensino............................ 70 9.2.5 Projetos em andamento.................................................. 70 9.2.6 Programas suplementares............................................. 71

9.2.6.1 Dinheiro Direto na Escola................................... 71 9.2.6.2 Livro Didático...................................................... 71 9.2.6.3 Saúde do Escolar............................................... 71 9.2.6.4 Bolsa Família...................................................... 71

9.2.7 Tecnologias educacionais.............................................. 71 9.2.8 Diretrizes do Plano de Metas “Compromisso Todos Pela Educação”....................................................................... 72

IV - METAS E ESTRATÉGIAS................................................................ 73 V - ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO......................... 89 DOCUMENTOS CONSULTADOS.......................................................... 91 SITES CONSULTADOS.......................................................................... 93

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACIMA Associação Comercial e Empresarial de Matelândia AEUMATE Associação dos Estudantes Universitários e Congêneres

de Matelândia AL Alunos AMOP Associação dos Municípios do Oeste do Paraná APMF Associação de Pais, Mestres e Funcionários ASPRAMAT Associação de Produtores Agroindustriais Familiares do

Município de Matelândia BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social CACS Conselho de Acompanhamento e Controle Social CAE Conselho de Alimentação Escolar CEAPE Centro de Apoio Pedagógico CEEBJA Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e

Adultos CMEI Centro Municipal de Educação Infantil CNM Confederação Nacional dos Municípios COOPRAFA Cooperativa da Agricultura Familiar EF Ensino Fundamental EFI Ensino Fundamental Incompleto EJA Educação de Jovens e Adultos EM Ensino Médio EMATER Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão

Rural EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ENEM Exame Nacional do Ensino Médio ESP Especialização FAMA Faculdade Educacional de Matelândia FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação FUNDEB Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação

Básica e Valorização dos Profissionais da Educação FUNDEF Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

Fundamental e Valorização do Magistério I Integral IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica IDH-M Índice de Desenvolvimento Humano Municipal IFPR Instituto Federal do Paraná INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais IPARDES Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e

Social ITDE Instituto Tecnológico de Desenvolvimento Tecnológico LDB Lei de Diretrizes e Bases LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LIBRAS Língua Brasileira de Sinais LIC Licenciatura M Matutino

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MEC Ministério da Educação e Cultura MES Mestrado MG Magistério MTE Ministério do Trabalho e Emprego N Noturno OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento

Econômico PDE Plano de Desenvolvimento da Educação PEA População Economicamente Ativa PIB Produto Interno Bruto PME Plano Municipal de Educação PNAE Programa Nacional de Alimentação Escolar PNATE Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar PROINFO Programa Nacional de Tecnologia Educaciona PRODIM Programa de Desenvolvimento Industrial de Matelândia RAIS Relação Anual de Informações Sociais SAEB Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica SEED Secretaria de Estado da Educação SENAC Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SENAR Serviço Nacional de Aprendizagem Rural TEM Talento Empreendedor de Matelândia TU Turmas UFPR Universidade Federal do Paraná UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul UNIOESTE Universidade Estadual do Oeste do Paraná V Vespertino

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Inserção Nacional, Estadual e Regional de

Matelândia...................................................................... 17

Figura 2. Limites do Município...................................................... 18

Figura 3. Acervo Fotográfico Histórico de Matelândia, 1950 – 1954............................................................................... 23

Figura 4. Acervo Fotográfico Histórico de Matelândia, 1955 – 1974............................................................................... 24

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. População de Matelândia no período de 1970 a

2010............................................................................... 25

Gráfico 2. População residente por faixa etária e sexo, 2010............................................................................... 26

Gráfico 3. Percentual de alunos atendidos no Município, por rede de ensino, 2014.............................................................. 32

Gráfico 4. Percentuais de instituições de ensino sem biblioteca, quadra de esportes, laboratório de informática e acessibilidade, 2014....................................................... 33

Gráfico 1.1. Percentual de Matrículas da Educação Infantil, por faixa etária, 2014............................................................ 34

Gráfico 2.1. Matrículas do Ensino Fundamental por dependência administrativa, 2014....................................................... 38

Gráfico 2.2. Formação dos profissionais do magistério que atuam nas instituições de Ensino Fundamental (em %), por dependência administrativa, 2014................................. 40

Gráfico 2.3. Formação dos profissionais de apoio à educação que atuam nas instituições de Ensino Fundamental (em %), por dependência administrativa, 2014..................... 41

Gráfico 2.4. Índices de aprovação no Ensino Fundamental, por rede de ensino, 2008 – 2011......................................... 41

Gráfico 2.5. Índices de evasão no Ensino Fundamental, por rede de ensino, 2008 – 2011.................................................. 42

Gráfico 2.6. Índice de aproveitamento das instituições de ensino de Matelândia no IDEB de 2013 em relação à meta projetada para 2013....................................................... 43

Gráfico 3.1. Índices de aprovação no Ensino Médio, por rede de ensino, 2008 – 2011....................................................... 47

Gráfico 3.2. Índices de evasão no Ensino Médio, por rede de ensino, 2008 – 2011 48

Gráfico 3.3. Formação dos profissionais que atuam nas instituições de Ensino Médio (em %), por dependência administrativa, 2014....................................................... 48

Gráfico 8.1. Atuação dos profissionais do magistério da rede municipal de ensino, 2014.............................................

59

Gráfico 8.2. Formação dos profissionais do magistério da rede municipal de ensino, 2014............................................. 60

Gráfico 8.3. Distribuição dos profissionais do magistério da rede municipal de ensino por tempo de serviço, 2014........... 60

Gráfico 9.1. Contribuição x Retorno do FUNDEB de Matelândia, 2006 – 2012................................................................... 63

Gráfico 9.2. Perdas da Contribuição x Retorno do FUNDEB de Matelândia, 2006 – 2012................................................ 64

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Gráfico 9.3. Orçamento previsto para o setor educacional, em percentuais, 2014........................................................... 69

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. População Economicamente Ativa (PEA) segundo

zona e sexo, 2000-2010................................................ 26

Tabela 2. População Censitária segundo tipo de domicílio e sexo, 2010..................................................................... 26

Tabela 3. Número de estabelecimentos e empregos segundo as atividades econômicas, 2010........................................ 27

Tabela 4. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, 1991-2010.............................................................................. 29

Tabela 5. Instituições de Ensino existentes no Município, 2014............................................................................... 31

Tabela 1.1. Instituições de Ensino que atendem a Educação Infantil, 2014.................................................................. 34

Tabela 1.2. Atendimento da Educação Infantil, 2010....................... 35

Tabela 1.3. Recursos humanos das instituições de ensino da rede municipal que atendem a Educação Infantil, 2014...... 36

Tabela 1.4. Recursos humanos da instituição de ensino da rede privada que atende a Educação Infantil, 2014.............. 36

Tabela 2.1. Instituições que ofertam o Ensino Fundamental, 2014............................................................................... 38

Tabela 2.2. Atendimento do Ensino Fundamental, 2010............................................................................... 39

Tabela 2.3. Recursos humanos das instituições de Ensino Fundamental da rede municipal, 2014.......................... 39

Tabela 2.4. Recursos humanos das instituições de Ensino Fundamental da rede estadual, 2014............................ 39

Tabela 2.5. Recursos humanos das instituições de Ensino Fundamental da rede privada, 2014............................. 40

Tabela 2.6. IDEB´s observados em 2005-2007-2009-2011-2013 e metas projetadas das instituições que ofertam o Ensino Fundamental, 2007- 2021................................. 43

Tabela 2.7. Gestão democrática, por rede de ensino, 2014............ 44

Tabela 2.8. Infraestrutura dos prédios escolares, 2014................... 45

Tabela 3.1. Instituições que ofertam o Ensino Médio regular, 2014............................................................................... 47

Tabela 3.2. Atendimento do Ensino Médio, 2010............................ 47

Tabela 4.1. Cursos Superiores ofertados no Município na modalidade a Distância, 2014....................................... 50

Tabela 5.1. Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais de idade, 2000-2010............................................. 51

Tabela 6.1 Cursos profissionalizantes ou de qualificação profissional ofertados no Município em parceria com o ITDE, 2005 – 2012........................................................ 52

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Tabela 6.2 Cursos de qualificação profissional ofertados no Município pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação, 2010 – 2012.............................................

53

Tabela 7.1. Alunos atendidos na Instituição Especializada, por tipo de programas e turnos, 2014................................. 55

Tabela 7.2. Recursos humanos da Escola Jesus Menino, 2014..... 55

Tabela 7.3. Atendimento da Educação Especial no ensino regular, 2014............................................................................... 56

Tabela 7.4. Evolução das matrículas dos alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, inclusos em salas regulares, por etapa ou modalidade de ensino, 2009 – 2014............................................................................... 56

Tabela 7.5. Gestão do atendimento oferecido a alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas instituições de ensino regular, 2014...................................................... 57

Tabela 9.1. Indicadores de Educação, 2010 – 2012........................ 64

Tabela 9.2. Alunos transportados ao ano, segundo a dependência administrativa, 2010 – 2014.......................................... 65

Tabela 9.3. Valores da composição dos recursos anuais com transporte escolar, 2010 – 2014.................................... 66

Tabela 9.4. Valores da composição dos custos anuais com transporte escolar, 2010 – 2014.................................... 66

Tabela 9.5. Gastos com merenda escolar, 2010 – 2014................. 66

Tabela 9.6. Instituições de ensino da rede municipal, 2014............ 69

Tabela 9.7. Laboratórios de Informática existentes nas instituições de ensino da rede municipal, 2014............................... 71

Tabela 9.8. Diretrizes do Plano de Metas “Compromisso Todos pela Educação” não alcançadas na sua totalidade, 2014.............................................................................. 72

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I - APRESENTAÇÃO

Qual é a educação que almejamos? Como imaginamos nossas escolas? Como sonhamos nossa sociedade? Essas perguntas necessariamente passam pelo pensamento de um educador. Gerir um município no que tange à educação é uma tarefa difícil e ao mesmo tempo gratificante. O sentimento ambíguo é o de que sempre há algo a ser feito ao mesmo tempo em que observamos que já avançamos bastante. O Plano Municipal de Educação concluído é umas das grandes satisfações que a Secretaria Municipal de Educação e Cultura realizou. É um estudo sério daquilo que já foi construído e daquilo que ainda se tem a fazer. Acima de tudo é um documento que garante à sociedade - ou à sua representação - a possibilidade de ter metas claras do que precisamos fazer para alcançar os resultados esperados. É a construção de uma política de Estado e não de Governo, acreditando que a Educação está acima de qualquer outro interesse que não seja o bem comum. Se Nelson Mandella estiver certo de que a Educação é a arma mais poderosa para o mundo, com o Plano Municipal, estamos entregando à sociedade a munição necessária para que essa transformação aconteça. Acreditamos que seremos capazes de olhar para esse documento em busca de respostas que nortearão as diretrizes da educação de Matelândia e “Enquanto a sociedade feliz não chega, que haja pelo menos fragmentos de futuro em que a alegria é servida como sacramento, para que as crianças aprendam que o mundo pode ser diferente. Que a escola, ela mesma, seja um fragmento do futuro”. (Rubem Alves)

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II - CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO

1. ASPECTOS GEOGRÁFICOS 1.1 Localização O município de Matelândia localiza-se na região Oeste do Paraná, especificamente na microrregião de Foz do Iguaçu, numa altitude de 535 metros, latitude 25° 14’ 27” e longitude 54° 59’ 47”. Possui uma área de 640km², das quais 52% são cobertas pelo Parque Nacional do Iguaçu, tombado pela UNESCO como Patrimônio Natural da Humanidade e cujo bioma se caracteriza por ser mata atlântica.

Figura 1. Inserção Nacional, Estadual e Regional de Matelândia. Fonte: Plano Diretor Municipal, Lei nº 2310/2011.

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1.2 Principais Rodovias de Acesso Localizado a 560 quilômetros da capital do Estado e a 70 quilômetros de Foz do Iguaçu, que é o acesso ao aeroporto mais próximo, o Município tem seu principal acesso pela Rodovia BR 277, tendo como acesso secundário a Rodovia Estadual PR 590, que liga Matelândia ao município de Ramilândia. 1.3 Municípios Limítrofes Limita-se ao Norte com os municípios de Ramilândia, Diamante do Oeste e Vera Cruz do Oeste; ao Sul, com os municípios de Capanema, Serranópolis do Iguaçu e Parque Nacional do Iguaçu; a Leste, com o município de Céu Azul e a Oeste, com o município de Medianeira. Figura 2. Limites do Município. Fonte: Base Cartográfica, 2010. Elaborado pela Consultoria.

1.4 Organização Político-Administrativa

O Município, tem sua área administrativa dividida, segundo o Plano Diretor, em: Sede Urbana de Matelândia, Distrito Administrativo de Agro Cafeeira, Vila Esmeralda, Vila Marquesita, Vila Rural Santa Maria, Vila Rural Sagrada Família e Distrito Industrial. A sede do Município encontra-se informalmente dividida pelos bairros Vila Nova, Vila Pasa, São Cristóvão, Jardim Guairacá, Jardim Tropical, Vila Pinto e área central.

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A zona rural conta com vinte e duas comunidades sendo: Barreirão, Bento Munhoz, Bananal, Linha Cozer, Campo do Bahia, Cruzeirinho, Linha Duarte, Linha Giasson, Linha Panizzon, Linha Ouro Verde, Linha Tibola, Linha Vacaria, Picada Benjamin, Rio Dalazén, Rio Dourado, Rio Guarani, Rio Sabiá, Rio Xaxim, Santa Lucia, São Roque, Silva Jardim e São José do Ocoy. 1.5 Clima No Município predomina o Clima Subtropical Úmido Mesotérmico, com verões quentes com tendência de concentração das chuvas (temperatura média superior a 22° C), invernos com geadas pouco freqüentes (temperatura média inferior a 18° C), sem estação seca definida (Fonte: www.paranacidade.org.br). Segundo o Instituto Agronômico do Paraná, a pluviosidade média anual de 1983 a 1997 foi de 1.830 mm, sendo a média de 102 mm em agosto e 228 mm em outubro. 1.6 Hidrografia Quanto à hidrografia, o Município se divide em duas bacias, a Bacia Hidrográfica do Rio Iguaçu que se refere à área contida na Zona de Amortecimento do Parque Nacional do Iguaçu e a Bacia Hidrográfica do Rio Paraná, as quais são voltadas ao Lago de Itaipu e contribuintes deste. 1.7 Solo O município de Matelândia está situado no Terceiro Planalto do Estado do Paraná. Suas terras são, na sua maioria, de origem recente: Terciária e Quaternária, tendo a constituição geológica representada por rochas basálticas vulcânicas da Formação Serra Geral. O perfil geológico do Município caracteriza-se por: - Unidade Geológica: Bacia do Paraná, Mesozóico, Sedimentação e

Magmatismo Básico e Alcalino; - Idade Geológica: Mesozóico 235 a 65, Jurássico-Cretáceo Inferior; - Unidade Estratigráfica: Grupo São Bento, Formação Serra Geral,

Sedimentação e Magmatismo Mesozóico: rochas extrusivas e intrusivas básicas.

Segundo o mapa de solos do Estado do Paraná (EMBRAPA, 1984), os solos encontrados no Município são os seguintes: - LRd1 – Classe Latossolo Roxo: Latossolo Roxo Distrófico com A moderado

textura argilosa fase floresta tropical perenifólia relevo suave ondulado; - LRe1 – Classe Latossolo Roxo: Latossolo Roxo Eutrófico com A moderado

textura argilosa fase floresta tropical perenifólia relevo suave ondulado;

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- TRe2 – Classe Terra Roxa Estruturada: Terra Roxa Estruturada Eutrófica com A moderado textura argilosa fase floresta tropical subperenifólia relevo ondulado;

- TRe4 – Classe Terra Roxa Estruturada: Terra Roxa Estruturada Latossólica

com A moderado textura argilosa fase floresta tropical perenifólia relevo suave ondulado;

- Hg1 – Classe Solos hidromórficos: Associação solos hidromórficos

gleyzados indiscriminados textura argilosa fase campo e floresta tropical perenifólia de várzea relevo plano + areias hidromórficas;

- Re9 – Classe Associação: Associação Brunizem avermelhado raso textura

argilosa pedregosa fase floresta subperenifólia relevo forte ondulado + Solos Litólicos Eutróficos com A Chernozêmico textura pedregosa fase floresta tropical subperenifólia relevo forte ondulado e montanhoso (substrato rocha eruptiva básica) + Terra Roxa Estruturada Eutrófica A moderado textura argilosa floresta tropical perenifólia relevo forte ondulado.

2. ASPECTOS HISTÓRICOS

2.1 Colonização No final da década de 1940 e início da década de 1950, pioneiros, inicialmente vindos do Rio Grande do Sul, motivados pela busca de melhores condições de vida, viram no Oeste do Paraná, região dominada pela mata virgem, a possibilidade de um recomeço de vida mais auspicioso nas frentes pioneiras que se abriam pelo interior do estado. Concluídos os entendimentos para a compra do Imóvel Iguaçu e Gleba Braviaco de propriedade de Miguel Emilio Mate, em 1949, a Colonizadora Matelândia, escolheu Benjamim Luiz Biazus, natural de Flores da Cunha no Rio Grande do Sul, para dirigir os trabalhos de colonização de Matelândia, a “Cidade dos Mate”, em homenagem ao pioneiro da região. No início, os colonos, estruturados em pequenas propriedades, dedicaram-se quase que exclusivamente às plantações que serviam à própria subsistência das famílias. Das culturas como mandioca, milho e feijão, áreas menores com o trigo, obtinha-se uma produção voltada unicamente para o próprio consumo. Também faziam horta e criavam porcos e galinhas. Na região, havia grande quantidade de palmito e entre as frutas, destacavam-se o mamão e a banana. A comercialização de excedentes era dificultada pela carência quase absoluta de estradas com condições razoáveis de tráfego.

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Quando os colonos necessitavam de outros gêneros alimentícios, como o sal, principalmente, ou móveis, abasteciam-se em Cascavel ou na Argentina, sendo que nesta época a BR 277 ainda estava em construção. Dado o dinamismo com que se desenvolvia o local, em 21 de julho de 1952, de acordo com a Lei Estadual nº 99, Matelândia foi elevado à categoria de Distrito de Foz do Iguaçu e oito anos depois, em 25 de julho de 1960, pela Lei Estadual nº 4.245, era elevado à categoria de Município, desmembrando-se de Foz do Iguaçu e instalado formalmente a 28 de novembro de 1961. O desenvolvimento do Município pode ser dividido em três ciclos:

Ciclo da Madeira Como a madeira era encontrada em abundância em toda a região, este foi o produto que, explorado desde os primeiros meses de existência do núcleo colonizador de Matelândia propiciou aos colonos uma fonte de renda razoavelmente segura nos anos que se seguiram. No início de 1952, a Colonizadora Matelândia montou sua primeira serraria, a Serraria Piratini, por David Menoncin e colaborou para a construção das primeiras moradias dos colonos que afluíam para Matelândia, cada vez em maior número. Outras serrarias começaram a aparecer e, em torno delas, surgiram vilas e distritos como Vila Esmeralda, Xaxim, Agro Cafeeira, Feijão Verde e Ramilândia, e no auge da exploração da madeira apareceriam inúmeras serrarias de pequeno, médio e grande porte espalhadas por todo o território municipal. Ainda no início dos anos de 1960, foi feita a exploração do palmito, árvore nativa, produto que foi beneficiado em conserva, por indústria local, e inclusive era exportado para vários países. Somente a partir do final dos anos de 1960, a madeira começou a ser vendida para outros centros comerciais, notadamente para os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A década de 1970 iniciou com Matelândia vivendo a febre do plantio do café, da hortelã e da exploração madeireira. A mecanização da agricultura chegava à região, acompanhada por financiamentos de toda a espécie: para a destoca, compra de tratores e colheitadeira e tendo o plantio intensivo da soja como o seu carro-chefe. No entanto, com a mecanização da agricultura e a introdução da lavoura da soja, houve uma destruição muito grande. As serrarias não podiam beneficiar em suas instalações nem a quinta parte da madeira que era diariamente derrubada e as toras empilhadas e simplesmente queimadas com exceção das chamadas “madeiras nobres”. Em dez anos, isto é, no ano de 1980, acabou a madeira.

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Ciclo do Café O plantio do café atraiu para Matelândia centenas de famílias de trabalhadores rurais do Norte do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e do nordeste brasileiro, favorecido pelo preço no mercado internacional, e pelas condições do solo e clima. Cresceu a sede municipal, e pelo interior do município, distritos e vilas como Agro Cafeeira, Ramilândia, Marquesita e Vila Esmeralda, destacavam-se com as ruas repletas de pessoas e um comércio local forte. No ano de 1969 Matelândia passou a ser comarca, sendo a mesma instalada em 31 de janeiro de 1970, a qual abrangeu Céu Azul, Diamante do Oeste, Ramilândia e Vera Cruz do Oeste. A queda no preço do café no mercado, as dificuldades climáticas (geadas) e a falta de prática dos colonos sulistas com esta cultura, encerram a primeira fase do cultivo do café na região de Matelândia. A partir de 1970, através dos “nortistas” de Ramilândia e Diamante do Oeste, o café atinge o seu auge, para então, encerrar definitivamente seu ciclo em 1975, após a “geada negra”.

Ciclo da Hortelã Embora de curta duração, 1970 até 1975, a hortelã surgiu como uma nova e extremamente lucrativa fonte de renda para os colonos, pois esta cultura exigia uma fertilidade bastante grande do solo, condições em que o mesmo se encontrava logo após a derrubada das matas. Havia uma boa comercialização: firmas multinacionais controlavam inteiramente a compra e comercialização de toda a produção. Dezenas de alambiques, nos quais a hortelã era transformada em menta, espalharam-se por toda a região. Da mesma forma que o café, a hortelã atraiu para Matelândia um grande número de trabalhadores rurais, empregados como mão-de-obra temporária nas plantações. Trabalhavam como meeiros, isto é, intercalava nas lavouras de café, o plantio de milho ou feijão que eram deles e davam ao proprietário o café formado. Com a decadência do plantio intensivo do café e da hortelã, todo esse contingente de mão-de-obra começou a retirar-se de Matelândia à procura de novas frentes de trabalho. Nas décadas de 1970 e 1980, começa a concentração das propriedades rurais, processo que vai se estabilizar a partir da década de 1990.

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Apesar das alterações havidas no setor primário da economia de Matelândia, este ainda é o principal setor de atividade econômica do Município, com maior geração de emprego e renda. Esforços tanto do governo estadual, como do governo municipal, e da sociedade organizada tem sido despendidos no fortalecimento do setor primário e da população rural, no apoio à implantação de agroindústrias e mais recentemente no abatedouro de frangos. Ainda no final da década de 1980 e início de 1990, Matelândia emancipou parte de seu território, com a criação de dois novos municípios, Diamante do Oeste e Ramilândia. Figura 3. Acervo Fotográfico Histórico de Matelândia, 1950 – 1954. Fonte: COLODEL, José Augusto, 1960 – Matelândia: História & Contexto.

1952 – Famílias que chegaram para fixar-se nos loteamentos abertos pela Colonizadora Matelândia Ltda.

1950 – Casa construída para abrigar temporariamente as primeiras famílias que chegaram a Matelândia.

1950 – Primeiro Hotel construído em Matelândia.

1951 – Vista parcial do núcleo de povoamento de Matelândia.

1951 – Fiéis reunidos na casa que servia de capela.

1954 – Primeira Igreja Católica construída em Matelândia.

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Figura 4. Acervo Fotográfico Histórico de Matelândia, 1955 – 1974. Fonte: COLODEL, José Augusto, 1960 – Matelândia: História & Contexto.

2.2 Significado do Nome O nome do Município é em homenagem à família Matte que, em 1918 conseguiu concessão de vasta área de terras, incluindo a região onde se localiza o Município. Etimologicamente é a junção dos termos "Matte" e "Lândia" (de origem inglesa, a palavra land quer dizer terra). 2.3 Formação Administrativa Distrito criado com a denominação de Matelândia (ex-povoado), pela Lei Municipal nº 99, de 31 de julho de 1953, subordinado ao município de Foz do Iguaçu. Em divisão territorial datada de 01 de julho de 1955, o distrito de Matelândia figura no município de Foz do Iguaçu. Elevado à categoria de município com a denominação de Matelândia, pela Lei Estadual n° 4.245, de 25 de julho de 1960, desmembrado de Foz do Iguaçu. Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído de dois distritos: Matelândia e Céu Azul.

1955 – Clube Esportivo Recreativo Aimoré.

1956 – Panorâmica da Avenida Paraná.

1966 – Avenida Paraná. 1974 – Início do asfaltamento em Matelândia.

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Pela Lei Estadual nº 5.407, de 07 de outubro de 1966, desmembra do município de Matelândia o distrito de Céu Azul, sedo elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1968, o município é constituído do distrito sede. Pela Lei Municipal nº 172, de 01 de setembro de 1973, ratificada pela Lei Estadual nº 7.186, de 16 de julho de 1979, é criado o distrito de Ramilândia e anexado ao município de Matelândia. Pela Lei Estadual nº 9.562, de 30 de janeiro de 1991, desmembra do município de Matelândia o distrito Ramilândia, sendo elevado à categoria de município. Pela Lei nº 970, de 04 de dezembro de 1995, é criado o Distrito de Agro Cafeeira e anexado ao município de Matelândia. Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de dois distritos: Matelândia e Agro Cafeeira. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

3. ASPECTOS POPULACIONAIS Na análise dos dados populacionais de Matelândia, demonstrados no gráfico 1 é necessário considerar que a variação demonstrada entre os anos de 1970 e 2000, deve-se também à emancipação político administrativa dos municípios de Diamante do Oeste e Ramilândia. Gráfico 1. População de Matelândia no período de 1970 a 2010

24.561 25.495

17.332

14.344 15.404 16.078

1970 1980 1991 2000 2007 2010

Fonte: IBGE – Censos Demográficos.

No período de 1991 a 2000, a população total decresceu aproximadamente 17,24%, apresentando uma população economicamente ativa em 2000, de 7.229 e em 2010, de 9.008.

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Tabela 1. População Economicamente Ativa (PEA) segundo zona e sexo, 2000-2010

Ano Urbana Rural Masculino Feminino PEA Total

2000 5.037 2.192 4.407 2.822 7.229

2010 6.287 2.721 4.979 4.029 9.008

Fonte: IBGE – Censo Demográfico – Resultado da amostra. Nota: PEA de 10 anos e mais.

Entre os anos de 2000 a 2010 a população total do Município cresceu 12,08%, apresentando uma densidade demográfica em 2014, de 26,77 habitantes por quilômetro quadrado. Tabela 2. População Censitária segundo tipo de domicílio e sexo, 2010

Tipo de Domicílio Masculino Feminino Total

Urbano 5.622 5.991 11.613

Rural 2.346 2.119 4.465

Total 7.968 8.110 16.078

Fonte: IBGE – Censo Demográfico. Nota: Dados do universo.

Gráfico 2. População residente por faixa etária e sexo, 2010

753

738

671

660

582

578

577

543

431

375

294

208

182

89

82

117

454

602

705

752

666

634

658

606

588

534

449

386

281

247

176

126

129

117

470

618

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

Menores de 1 ano

De 1 a 9 anos

De 5 a 9 anos

De 10 a 14 anos

De 15 a 19 anos

De 20 a 24 anos

De 25 a 29 anos

De 30 a 34 anos

De 35 a 39 anos

De 40 a 44 anos

De 45 a 49 anos

De 50 a 54 anos

De 55 a 59 anos

De 60 a 64 anos

De 65 a 69 anos

De 70 a 74 anos

De 75 a 79 anos

De 80 anos e mais

Feminino

Masculino

Fonte: Caderno Estatístico – IPARDES, fevereiro 2015. Elaborado pela Consultoria.

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4. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Matelândia pode ser descrita como um município de pequeno porte da região oeste do Paraná e que tem sua economia voltada principalmente para a produção agro-industrial. Inserido em um contexto amplo, Matelândia apresenta características semelhantes a outros municípios brasileiros e como tal possui uma parcela significativa da população que migrou do campo para a periferia da cidade, ocasionando o desemprego, o subemprego e o aumento acelerado do empobrecimento das famílias. O Poder Público Municipal, através de suas Secretarias, busca operacionalizar diversos programas e executar ações em parceria com entidades não governamentais, com objetivo de prestar atendimento à população carente do Município. Contudo, para viabilizar a área social e também econômica, uma vez que ambas caminham juntas, não basta mais continuar com atendimentos paliativos à população, é necessário incentivar a instalação de indústrias a fim de fomentar a economia do Município. Crê-se que esta industrialização que tem surgido discretamente e tem demonstrado seu potencial de forma gradativa possa ser uma das alternativas viáveis, através da geração de empregos estáveis e formais que venham a beneficiar diretamente os trabalhadores e indiretamente todo o comércio local. Assim, já é possível sentir os reflexos que a instalação da Unidade Industrial de Aves Lar, empresa esta de abate e industrialização de frango com cortes especiais da Cooperativa Agroindustrial Lar, trouxe ao Município: uma considerável geração de empregos diretos e indiretos, inclusive tendo uma abrangência micro-regional, uma vez que engloba diversos municípios vizinhos, tanto com a instalação de aviários como com o fornecimento da mão-de-obra industrial. (Fonte: Prefeitura Municipal de Matelândia) Segundo dados do Ministério de Trabalho e Emprego (MTE – RAIS - Relação Anual de Informações Sociais), em 2010 o número de empresas instaladas no Município era de 404, empregando um total de 5.249 pessoas. Tabela 3. Número de estabelecimentos e empregos segundo as atividades

econômicas, 2010 (continua)

Atividades Econômicas Estabelecimentos Empregos

Indústria de extração de minerais 1 27

Indústria de produtos minerais não metálicos 2 14

Indústria metalúrgica 11 18

Indústria mecânica 7 83

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Tabela 3. Número de estabelecimentos e empregos segundo as atividades

econômicas, 2010 (encerra)

Atividades Econômicas Estabelecimentos Empregos

Indústria de materiais de transporte 1 7

Indústria da madeira e do mobiliário 3 11

Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 2 8

Indústria química, produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria, sabões, velas e material plástico

4 57

Indústria têxtil, do vestuário e artefatos de tecidos 1 8

Indústria de produtos alimentícios, de bebidas e álcool etílico

10 3.199

Construção civil 27 115

Comércio varejista 147 533

Comércio atacadista 6 25

Instituições de crédito, seguro e de capitalização 4 28

Administradoras de imóveis, valores mobiliários 17 70

Transporte e comunicações 33 202

Serviços de alojamento, alimentação, reparo, manutenção, radiodifusão e televisão

47 173

Serviços médicos, odontológicos e veterinários 13 43

Ensino 4 15

Administração pública direta e indireta 2 508

Agricultura, silvicultura, criação de animais, extração vegetal e pesca

62 105

Total 404 5.249

Fonte: MTE - RAIS. Nota: Posição em 31 de dezembro.

Quanto ao IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) divulgado em 2000, Matelândia ocupava o 127º lugar no ranking estadual com um IDH-M de 0,646 e o 1.581º lugar no ranking nacional, apresentando um crescimento de 33,74% em relação ao ano de 1991. A variável que mais contribuiu para a melhoria do IDH-M de Matelândia em 2000, foi o da longevidade. Em 2010, o IDH-M registrado foi de 0,725, colocando Matelândia no 98º lugar na classificação estadual e o 1.154º lugar na classificação nacional, apresentando um crescimento de 12,22% em relação ao ano de 2000. A variável que mais contribuiu para a melhoria do IDH-M de Matelândia em 2010, foi o da longevidade.

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Tabela 4. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, 1991-2010

IDH-M 1991 2000 2010

Índice de Desenvolvimento Humano - IDH 0,483 0,646 0,725

Índice de Desenvolvimento Humano – longevidade 0,654 0,748 0,831

Índice de Desenvolvimento Humano – educação 0,293 0,551 0,642

Índice de Desenvolvimento Humano – renda 0,587 0,654 0,715

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano (http://www.pnud.org.br/atlas/tabelas/index.php), elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD.

5. ASPECTOS CULTURAIS Principais eventos culturais do Município: - Melhor Leitor; - Quermesse de Inverno; - Festim; - Festejos do aniversário do Município. Feriados municipais: - 25 de julho – Aniversário de Emancipação Política; - 26 de maio – Dia da Padroeira do Município. Principais locais utilizados para a realização dos eventos: - Praça da Cultura; - Parque Municipal de Exposições; - Centro de Tradições Gaúchas Querência Nova; - Anfiteatro da Câmara Municipal de Vereadores; - Parque Farroupilha. Outras formas de manifestações culturais: - Semana Farroupilha; - Festa da Padroeira; - Procissão e Festa de Nossa Senhora Aparecida; - Jantar Italiano; - Festividades Natalinas; - Coral Germânico; - Grupo de Dança Italiana. Entidades responsáveis pela promoção das festas e manifestações culturais: - Prefeitura Municipal através de suas secretarias e em especial a Secretaria

Municipal de Educação e Cultura; - Entidades Assistenciais; - Associação Comercial e Empresarial de Matelândia (ACIMA); - Sociedade Organizada. Estabelecimentos Socioculturais: - Casa da Cultura; - Museu Municipal.

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Principais esportes praticados: - Handebol; - Futsal; - Futebol de Campo; - Basquete; - Ginástica Rítmica.

6. ASPECTOS EDUCACIONAIS 6.1 Breve Histórico A educação em Matelândia teve seu início junto à iniciativa privada, quando em 1951 a Colonizadora Matelândia Ltda. contratou a primeira professora, Adélia Rossato, para ministrar aulas aos filhos dos primeiros moradores. Com o passar do tempo e a vinda de novas famílias, aumentou o número de alunos e houve a necessidade de um professor com maior formação. Em 1952, a Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu, a qual o território de Matelândia pertencia, contratou oficialmente a primeira professora, Irina Maria Sidor. Neste mesmo ano, foi criada a Escola Isolada de Matelândia. Em 1960, Matelândia torna-se emancipada e nesta época já existiam outras escolas no interior do Município, porém ainda não regularizadas e com o método de turmas multisseriadas. No ano de 1962, foi criado o Grupo Escolar de Matelândia Nº 1, que em 1978 passou a se chamar Escola Dom Bosco – Ensino de 1º Grau e que está em funcionamento até os dias atuais. Em 1967, foi implantado o primeiro curso de 2º Grau e criada a Escola Normal Colegial Manoel Ribas, sendo igualmente implantado neste ano o curso ginasial com a criação da Escola Estadual Euclides da Cunha, que também se encontra em funcionamento até os dias atuais. Em 1971, foi criado o Colégio Comercial Estadual de Matelândia com o curso de Comércio, o que acabou fazendo de Matelândia um pólo em educação, recebendo alunos das cidades vizinhas. A partir da década de 1980, com a emancipação política de Diamante do Oeste em 1987 e posteriormente de Ramilândia, em 1992, a rede municipal de ensino sofreu algumas alterações. Primeiramente, iniciou-se o processo de nuclearização do ensino, em 1993, onde as escolas multisseriadas que ofereciam em uma única turma as quatro primeiras séries iniciais foram sendo cessadas e os alunos trazidos através do transporte escolar gratuito para as Escolas Núcleos, localizadas em comunidades estrategicamente definidas. Posteriormente, em meados de 1994, iniciou-se a municipalização do ensino, onde o Município passava a se responsabilizar por todo o ensino, da pré-escola

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à quarta série do Ensino Fundamental e o Estado, pelas quatro séries restantes. Estes dois processos foram implantados de forma gradativa, até que em 1998, toda a rede municipal estava municipalizada e nuclearizada, tendo quatro escolas na sede do Município; uma na comunidade de Marquesita, localizada a 18 quilômetros da sede no sentido sul; uma na comunidade de Vila Esmeralda, a 14 quilômetros da sede no sentido norte e outra, a sete quilômetros da sede, no Distrito de Agro Cafeeira, no sentido nordeste. 6.2 Redes de Ensino O Município possui sete escolas municipais, seis centros de educação infantil, duas escolas estaduais, um colégio estadual, duas escolas privadas, um Centro de Educação de Jovens e Adultos e uma instituição de ensino superior.

Tabela 5. Instituições de Ensino existentes no Município, 2014 (continua)

Instituição Rede de Ensino

Localização Início das Atividades

Centro Municipal de Educação Infantil Cantinho da Criança

Municipal Bairro Vila Nova 01/02/2002

Centro Municipal de Educação Infantil Criança Feliz

Municipal Centro 12/06/2003

Centro Municipal de Educação Infantil Primeiros Passos

Municipal Bairro Vila Pasa 12/05/1987

Centro Municipal de Educação Infantil Professora Aline Hardt

Municipal Bairro Jardim Tropical

12/06/2003

Centro Municipal de Educação Infantil Sonho Meu

Municipal Distrito Agro Cafeeira

12/06/2003

Centro Municipal de Educação Infantil Professora Erina Maria Sidor

Municipal Vila Nova 05/02/2014

Centro Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos de Matelâdia – Ensino Fundamental e Médio

Estadual Bairro Vila Nova 12/03/1986

Colégio Estadual Euclides da Cunha – Ensino Fundamental, Médio e Normal

Estadual Bairro Vila Nova 31/01/1964

Colégio Estadual do Campo Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio

Estadual Distrito Agro Cafeeira

23/12/1982

Colégio Passos Firmes – Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio

Privada Bairro Vila Pinto 01/09/1975

Colégio Estadual do Campo São João Batista de La Salle – Ensino Fundamental e Médio

Estadual Vila Marquesita 12/09/1988

Escola Jesus Menino - Educação Infantil e Ensino Fundamental na Modalidade de Educação Especial

Privada Centro 28/09/1989

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Tabela 5. Instituições de Ensino existentes no Município, 2014 (encerra)

Instituição Rede de Ensino

Localização Início das Atividades

Escola Municipal Claudino Zanon – Educação Infantil e Ensino Fundamental

Municipal Bairro Vila Nova 04/03/1992

Escola Municipal Dom Bosco – Educação Infantil e Ensino Fundamental

Municipal Centro 24/09/1992

Escola Municipal Dom Pedro II – Educação Infantil e Ensino Fundamental

Municipal Bairro São Cristóvão 11/04/1983

Escola Municipal Vovô Cassiano da Veiga Mello – Educação Infantil e Ensino Fundamental

Municipal Bairro Vila Pasa 04/03/1992

Escola Municipal do Campo Duque de Caxias – Educação Infantil e Ensino Fundamental

Municipal Vila Esmeralda 12/09/1988

Escola Municipal do Campo Marino Rossi – Educação Infantil e Ensino Fundamental

Municipal Linha Marquesita 03/04/1993

Escola Municipal do Campo Professor Ebehardo – Educação Infantil e Ensino Fundamental

Municipal Distrito Agro Cafeeira 23/04/1993

FAMA - Faculdade Educacional de Matelândia

Privada Centro 03/09/2008

Fonte: Instituições de Ensino, 2014.

Gráfico 3. Percentual de alunos atendidos no Município, por rede de ensino,

2014

Rede Estadual

47%

Rede Privada

10%

Rede Municipal

43%

Fonte: Dados fornecidos pelas instituições de ensino, 2014. 6.3 Infraestrutura das Instituições de Educação Básica Apesar da redução das desigualdades nas oportunidades educacionais, o desafio da equidade ainda persiste na maioria das redes de ensino.

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Em Matelândia, apesar dos investimentos em melhorias e ampliações, ainda se verificam instituições de ensino que não possuem biblioteca, laboratório de informática, quadra de esportes e adequações aos alunos com necessidades especiais. Gráfico 4. Percentuais de instituições de ensino sem biblioteca, quadra de

esportes, laboratório de informática e acessibilidade, 2014

42%

32%

42%42%

Quadra de Esportes Laboratório de

Informática

Biblioteca Acessibilidade

Fonte: Dados fornecidos pelas instituições de ensino, 2014.

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III - DIAGNÓSTICOS

1. EDUCAÇÃO INFANTIL 1.1 Atendimento Com a ampliação do atendimento da Educação Infantil, por meio de novas construções e reformas, o Município (rede municipal e particular) atende mais de 700 crianças, da faixa etária de zero a cinco anos, além do atendimento na escola especializada em Educação Especial que será tratado no capítulo específico da Educação Especial. Gráfico 1.1. Percentual de Matrículas da Educação Infantil, por faixa etária,

2014

De 0 a 3 anos

40%De 4 a 5 anos

60%

Fonte: Dados fornecidos pelas instituições de ensino, 2014. No entanto, mesmo com a ampliação do atendimento verifica-se uma demanda reprimida na maioria dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI´s), como mostram os dados da tabela a seguir. Tabela 1.1. Instituições de Ensino que atendem a Educação Infantil, 2014

(continua)

Instituição

Total de alunos por faixa etária

Turnos

Número de vagas

oferecidas

Demanda reprimida

0 a 3 anos

4 a 5 anos

CMEI Cantinho da Criança 43 40 I 83 55

CMEI Criança Feliz 47 55 I / V 102 70

CMEI Primeiros Passos 58 35 I 93 69

CMEI Professora Aline Hardt 45 50 I 95 52

CMEI Professora Erina Maria Sidor

57 25 I 82 40

CMEI Sonho Meu 41 48 I 89 80

Colégio Passos Firmes 18 37 V 55 --

Escola Municipal do Campo Professor Ebehardo

- 30 V 40 --

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Tabela 1.1. Instituições de Ensino que atendem a Educação Infantil, 2014

(encerra)

Instituição

Total de alunos por faixa etária

Turnos

Número de vagas

oferecidas

Demanda reprimida

0 a 3 anos

4 a 5 anos

Escola Municipal do Campo Marino Rossi

- 06 M 20 --

Escola Municipal do Campo Duque de Caxias

- 15 M 20 --

Escola Municipal Claudino Zanon

- 23 M 40 --

Escola Municipal Dom Bosco - 58 M/V 60 --

Escola Municipal Dom Pedro II - 20 V 20 --

Escola Municipal Vovô Cassiano da Veiga Mello

- 23 V 25 --

Siglas: M – Matutino; V – Vespertino; I – Integral. Fonte: Instituições de ensino, 2014.

Portanto, um dos grandes desafios da Educação Infantil ainda é a ampliação do seu atendimento, principalmente na faixa etária de zero a três anos, como mostram os dados da tabela a seguir. Tabela 1.2. Atendimento da Educação Infantil, 2010

Dados Total

População residente - crianças de 0 a 3 872

Crianças de 0 a 3 anos frequentando escola ou creche 259

População residente - crianças de 4 a 5 anos 544

Crianças de 4 a 5 anos frequentando escola ou creche 440

População residente - Total de crianças de 0 a 5 anos 1.416

Total de crianças de 0 a 5 anos frequentando escola ou creche 699

Percentual de crianças frequentando escola ou creche 49,36%

Percentual de crianças de 0 a 3 anos frequentando escola ou creche 29,70%

Percentual de crianças de 4 a 5 anos frequentando escola ou creche 80,88%

Fontes: Censo Demográfico 2010 – Resultados gerais da amostra.

1.2 Infraestrutura das Instituições de Ensino Quanto à infraestrutura das instituições de ensino que ofertam a Educação Infantil para a faixa etária de zero a três anos, verifica-se que: - 100% possuem sala para repouso, lavanderia e local para higienização com

balcão e pia; - 80% possuem espaço para banho de sol, berços individuais e local

adequado para o preparo das mamadeiras;

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- Nenhuma instituição da rede municipal de ensino possui local para amamentação.

Quanto à infraestrutura das instituições de ensino que ofertam a Educação Infantil para a faixa etária de quatro a cinco anos, verifica-se que: - 100% possuem área verde, parque infantil e material didático suficiente,

variado e adequado; - 85% possuem sala para desenvolvimento de atividades lúdicas/pedagógicas

e sanitários/pias adequados à faixa etárias das crianças; - 14% possuem tanque de areia.

1.3 Recursos Humanos Para o atendimento da Educação Infantil, a rede municipal de ensino dispõe de um total de 92 profissionais. Destes, 59 são profissionais do magistério concursados, 10 são estagiários e 23 são profissionais de apoio à educação como merendeiras e auxiliares de serviços gerais. Tabela 1.3. Recursos humanos das instituições de ensino da rede municipal

que atendem a Educação Infantil, 2014

Função / Cargo Formação (número de pessoas)

Total EFI EF EM MG LIC ESP MES

Direção -- -- -- -- 02 04 -- 06

Supervisão -- -- -- -- -- 01 -- 01

Docente (concurso) -- -- -- 03 33 16 -- 52

Merendeira 01 03 02 -- -- -- -- 06

Auxiliar de Serviços Gerais 04 04 08 -- 01 -- -- 17

Total 05 05 10 03 36 21 -- 82

Estagiários (contrato) -- -- -- -- -- -- -- 10

Siglas: EFI - Ensino Fundamental Incompleto; EF - Ensino Fundamental; EM - Ensino Médio; MG - Magistério; LIC - Licenciatura; ESP - Especialização; MES - Mestrado. Fonte: Instituições de Educação Infantil, 2014.

Na rede privada de ensino o quadro de recursos humanos é composto por 16 profissionais, dos quais 100% possuem a formação em nível de pós-graduação lato sensu. Tabela 1.4. Recursos humanos da instituição de ensino da rede privada que

atende a Educação Infantil, 2014 (continua)

Função / Cargo Formação

Total EFI EF EM MG LIC ESP MES

Direção -- -- -- -- -- 01 -- 01

Orientação -- -- -- -- -- 01 -- 01

Coordenação -- -- -- -- -- 01 -- 01

Docente -- -- -- -- -- 05 -- 05

Secretário Escolar -- -- -- -- -- 01 -- 01

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Tabela 1.4. Recursos humanos da instituição de ensino da rede privada que

atende a Educação Infantil, 2014 (encerra)

Função / Cargo Formação

Total EFI EF EM MG LIC ESP MES

Auxiliar de Secretaria -- -- -- -- -- 01 -- 01

Auxiliar de Biblioteca -- -- -- -- -- 01 -- 01

Merendeira -- -- -- -- -- 01 -- 01

Serviços Gerais -- -- -- -- -- 04 -- 04

Total -- -- -- -- -- 16 -- 16

Siglas: EFI - Ensino Fundamental Incompleto; EF - Ensino Fundamental; EM - Ensino Médio; MG - Magistério; LIC - Licenciatura; ESP - Especialização; MES - Mestrado. Fonte: Instituição de Educação Infantil, 2014.

1.4 Gestão De acordo com os dados informados pelas instituições de ensino, todas possuem proposta pedagógica. Em todas as instituições de ensino é proporcionado o acesso dos alunos a programas culturais, atividades esportivas e à leitura em biblioteca ou em espaço equivalente. As instituições da rede municipal de ensino também oferecem aos profissionais da educação o acesso a programas culturais e o aprendizado de informática. Todas as instituições possuem Conselho Escolar instituído e seus membros recebem capacitação, além de participarem de debates e colaborarem na construção do planejamento escolar.

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2. ENSINO FUNDAMENTAL 2.1 Atendimento O Ensino Fundamental é ofertado em sete instituições municipais, três estaduais e uma instituição privada, conforme mostram os dados da tabela a seguir. Tabela 2.1. Instituições que ofertam o Ensino Fundamental, 2014

Instituição

Total de alunos

Turnos Anos Iniciais

Anos Finais

Colégio Estadual Euclides da Cunha -- 698 M / V / N

Colégio Estadual do Campo Rui Barbosa -- 222 M / V

Colégio Estadual do Campo São João Batista de La Salle

-- 42 V

Colégio Passos Firmes 89 122 M / V

Escola Municipal Claudino Zanon 141 -- M / V

Escola Municipal Dom Bosco 375 -- M / V

Escola Municipal Dom Pedro II 175 -- M / V

Escola Municipal Vovô Cassiano da Veiga Mello 134 -- M / V

Escola Municipal do Campo Duque de Caxias 83 -- M

Escola Municipal do Campo Marino Rossi 59 -- M

Escola Municipal do Campo Professor Ebehardo 207 -- M / V

Siglas: M - Matutino; V - Vespertino; N - Noturno. Fonte: Instituições de ensino, 2014 e dados do Portal Dia a Dia Educação.

O atendimento do Ensino Fundamental nas escolas especializadas em Educação Especial será tratado no capítulo específico da Educação Especial. Gráfico 2.1. Matrículas do Ensino Fundamental por dependência

administrativa, 2014

Rede Estadual

41,0%

Rede Municipal

50,0%

Rede Privada

9,0%

Fonte: Dados fornecidos pelas instituições de ensino, 2014. Diferente do atendimento da Educação Infantil, o Ensino Fundamental encontra-se quase que totalmente universalizado, como mostram os dados do último censo demográfico (Tabela 2.2).

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Tabela 2.2. Atendimento do Ensino Fundamental, 2010

Dados Total

População residente - crianças de 6 anos 185

Crianças de 6 anos freqüentando escola ou creche 185

População residente - pessoas de 7 a 14 anos 2.216

Pessoas de 7 a 14 anos freqüentando escola 2.186

População residente - Total de pessoas de 6 a 14 anos 2.401

Total de pessoas de 6 a 14 anos freqüentando escola 2.371

Percentual de crianças freqüentando escola ou creche 98,75%

Percentual de pessoas de 6 anos freqüentando escola ou creche 100%

Percentual de pessoas de 7 a 14 anos freqüentando escola 98,65%

Fontes: Censo Demográfico 2010 – Resultados gerais da amostra.

2.2 Recursos Humanos Todos os estudos, nacionais e internacionais, mostram que a qualidade da aprendizagem está diretamente relacionada com a qualidade da formação do professor, sem esquecer os demais profissionais de apoio à educação, que são agentes importantíssimos neste processo. As tabelas a seguir mostram o quantitativo de profissionais atuantes nas instituições de Ensino Fundamental por grau de formação e rede de ensino. Tabela 2.3. Recursos humanos das instituições de Ensino Fundamental da

rede municipal, 2014

Função / Cargo Formação

Total EFI EF EM MG LIC ESP MES

Direção -- -- -- -- 01 06 -- 07

Supervisão -- -- -- -- -- 07 -- 07

Docente (concurso) -- -- -- 06 02 72 -- 80

Docente (contrato) -- -- -- 02 -- 07 -- 09

Auxiliar Administrativo -- -- 01 -- 01 01 -- 03

Auxiliar de Biblioteca -- -- -- -- 01 -- -- 01

Merendeira 03 03 04 -- -- -- -- 10

Auxiliar de Serviços Gerais 08 06 04 -- -- -- -- 18

Total 11 09 09 08 05 93 -- 135

Siglas: EFI - Ensino Fundamental Incompleto; EF - Ensino Fundamental; EM - Ensino Médio; MG - Magistério; LIC - Licenciatura; ESP - Especialização; MES - Mestrado. Fonte: Instituições de Ensino Fundamental, 2012.

Tabela 2.4. Recursos humanos das instituições de Ensino Fundamental da

rede estadual, 2014 (continua)

Função / Cargo Formação

Total EFI EF EM MG LIC ESP MES

Direção -- -- -- -- 01 02 -- 03

Vice-direção -- -- -- -- 02 -- -- 02

Supervisão -- -- -- -- 05 03 -- 08

Docente (concurso) -- -- -- -- -- 96 -- 96

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Tabela 2.4. Recursos humanos das instituições de Ensino Fundamental da

rede estadual, 2014 (encerra)

Função / Cargo Formação

Total EFI EF EM MG LIC ESP MES

Docente (contrato) -- -- -- -- -- 38 -- 38

Secretário Escolar -- -- 01 -- -- 01 -- 02

Auxiliar de Secretaria -- -- 09 -- -- 01 -- 10

Auxiliar de Biblioteca -- -- -- -- -- 04 -- 04

Merendeira -- 01 02 -- -- -- -- 03

Auxiliar de Serviços Gerais -- 15 05 -- -- -- -- 20

Guarda Noturno -- -- 01 -- -- -- -- 01

Total -- 16 18 -- 08 145 -- 187

Siglas: EFI - Ensino Fundamental Incompleto; EF - Ensino Fundamental; EM - Ensino Médio; MG - Magistério; LIC - Licenciatura; ESP - Especialização; MES - Mestrado. Fonte: Instituições de Ensino Fundamental, 2014.

Tabela 2.5. Recursos humanos das instituições de Ensino Fundamental da

rede privada, 2014

Função / Cargo Formação

Total EFI EF EM MG LIC ESP MES

Direção -- -- -- -- -- 01 -- 01

Orientação -- -- -- -- -- 01 -- 01

Coordenação -- -- -- -- -- 02 -- 02

Docente -- -- -- -- -- 36 -- 36

Secretário Escolar -- -- 01 -- -- -- -- 01

Auxiliar de Secretaria -- -- 01 -- -- -- -- 01

Auxiliar de Biblioteca -- -- -- -- 01 -- -- 01

Merendeira -- -- 02 -- -- -- -- 02

Auxiliar de Serviços Gerais -- -- 04 -- -- -- -- 04

Total -- -- 08 -- 01 40 -- 49

Siglas: EFI - Ensino Fundamental Incompleto; EF - Ensino Fundamental; EM - Ensino Médio; MG - Magistério; LIC - Licenciatura; ESP - Especialização; MES - Mestrado. Fonte: Setor administrativo das instituições de Ensino Fundamental, 2014.

Gráfico 2.2. Formação dos profissionais do magistério que atuam nas

instituições de Ensino Fundamental (em %), por dependência administrativa, 2014

89%

8% 3%

95%

5%

100%

Ensino Médio Graduação Especialização

Rede Municipal Rede Estadual Rede Privada

Fonte: Instituições de ensino, 2014.

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Gráfico 2.3. Formação dos profissionais de apoio à educação que atuam nas

instituições de Ensino Fundamental (em %), por dependência administrativa, 2014

7%

28%34%

28%

3%

45%40%

15%11%

89%

Ensino

Fundamental

Incompleto

Ensino

Fundamental

Completo

Ensino Médio Graduação Especialização

Rede Municipal Rede Estadual Rede Privada

Fonte: Instituições de ensino, 2014. 2.3 Indicadores Educacionais 2.3.1 Rendimento e movimento escolar Enquanto que a aprovação no setor privado registra uma média de 100%, no público verifica-se que a rede municipal supera os 96% e a rede estadual não chega a 90%. Gráfico 2.4. Índices de aprovação no Ensino Fundamental, por rede de ensino,

2008 – 2011

93%

84,2%

87,1%

89,9%

99,4% 98,5%97,3% 96,7%

100%100%100%100%

2008 2009 2010 2011

Rede Estadual Rede Municipal Rede Privada

Fonte: Instituições de ensino, 2012.

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Quanto aos índices de evasão, estes são verificados somente na rede estadual de ensino, registrando uma média anual em torno de 9%. Gráfico 2.5. Índices de evasão no Ensino Fundamental, por rede de ensino,

2008 – 2011

10,18%11,23% 10,92%

2,74%

2008 2009 2010 2011

Rede Estadual Rede Municipal Rede Privada

Fonte: Instituições de ensino, 2012.

2.3.2 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP) em 2007, em uma escala de zero a dez. O IDEB sintetiza dois conceitos importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e a Prova Brasil. A série histórica de resultados do IDEB se inicia em 2005, a partir de onde foram estabelecidas metas bienais de qualidade a serem atingidas não apenas pelo País, mas também por escolas, municípios e unidades da Federação. A lógica é a de que cada instância evolua de forma a contribuir, em conjunto, para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em termos numéricos, isso significa progredir da média nacional 3, 8, registrada em 2005 na primeira fase do Ensino Fundamental, para um IDEB igual a 6,0 em 2022, ano do bicentenário da Independência. O cálculo do IDEB leva em consideração a taxa de aprovação dos alunos e a nota obtida na Prova Brasil. Cada ano de atraso na escolaridade do aluno diminui o IDEB da escola, portanto a escola que reprova muito terá um IDEB baixo, mesmo que tenha tido uma boa nota na Prova Brasil, e por outro lado, a escola que aprova sem se preocupar com a qualidade do ensino, terá um IDEB igualmente baixo.

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Tabela 2.6. IDEB´s observados em 2005-2007-2009-2011-2013 e metas projetadas das instituições que ofertam o Ensino Fundamental, 2007- 2021

Instituições de Ensino

IDEB Observado Metas Projetadas

2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Escola Municipal Dom Bosco

4,6 5,5 6,4 6,6 5,9 4,7 5,0 5,4 5,7 5,9 6,2 6,4 6,6

Escola Municipal Claudino Zanon

4,4 4,8 5,1 6,0 5,9 4,5 4,8 5,2 5,5 5,8 6,0 6,3 6,5

Escola Municipal do Campo Professsor Ebehardo

4,3 5,4 5,5 6,2 5,7 4,4 4,7 5,1 5,4 5,7 5,9 6,2 6,4

Escola Municipal Dom Pedro II

4,1 5,8 6,3 6,2 6,4 4,2 4,5 4,9 5,2 5,5 5,7 6,0 6,3

Escola Municipal Vovô Cassiano da Veiga Mello

-- 4,6 7,0 -- 5,7 -- 4,8 5,1 5,4 5,6 5,9 6,2 6,4

Escola Estadual Euclides da Cunha

3,4 4,1 3,8 3,7 3,4 3,4 3,6 3,9 4,3 4,6 4,9 5,2 5,4

Escola Estadual Rui Barbosa

3,2 5,0 4,7 3,8 3,5 3,2 3,4 3,6 4,0 4,4 4,7 4,9 5,2

Escola Estadual do Campo São João Batista de La Salle

-- -- -- -- 3,9 -- -- -- 4,1 4,4 4,6 4,9

Fonte: INEP (Consulta no site http://sistemasideb.inep.gov.br/resultado/, em agosto de 2012).

Gráfico 2.6. Índice de aproveitamento das instituições de ensino de Matelândia

no IDEB de 2013 em relação à meta projetada para 2013

3,51%

7,27%

5,55%

-20,93%

23,07%

-12,5%

7,27%

Escola Municipal Dom Bosco

Escola Municipal Claudino Zanon

Escola Municipal do Campo Professor

Ebehardo

Escola Municipal Dom Pedro II

Escola Estadual Rui Barbosa

Escola Municipal Vovô Cassiano

Colégio Estadual Euclides da Cunha

Fonte: INEP (Consulta no site www.inep.gov.br, em maio de 2012). Elaborado pela Consultoria.

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2.4 Gestão A LDB, em seus artigos 14 e 15, apresentam as seguintes determinações: Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II. Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro público. Em resumo, a gestão educacional passa pela democratização da escola sob dois aspectos: o interno - que contempla os processos administrativos, a participação da comunidade escolar nos projetos pedagógicos, e o externo - ligado à função social da escola, na forma como produz, divulga e socializa o conhecimento. Na tabela a seguir estão condensados alguns itens que integram a gestão democrática das redes de ensino do Município. Tabela 2.7. Gestão democrática, por rede de ensino, 2014

(continua)

Itens

Total de instituições que responderam afirmativamente

Municipal Estadual Privada

A instituição possui Proposta Pedagógica 100% 100% 100%

Os docentes participam ativamente da elaboração e/ou reformulação da Proposta Pedagógica

45% 100% 100%

A comunidade escolar conhece a Proposta Pedagógica da instituição de ensino

43% 100% 100%

A atualização da Proposta Pedagógica é realizada periodicamente

71% 100% 100%

A Proposta Pedagógica contempla plano de capacitação continuada do corpo docente

43% 100% 100%

A Proposta Pedagógica prevê o atendimento às crianças com necessidades especiais

86% 67% --

A instituição possui Conselho Escolar -- 100% 100%

O Conselho participa de debates e colabora na construção do planejamento escolar

-- 100% 100%

Os membros do Conselho Escolar recebem capacitação

-- -- 100%

A comunidade utiliza regularmente os espaços da instituição de ensino para suas atividades

43% 67% 100%

A instituição proporciona o acesso dos alunos a programas culturais

100% 67% 100%

A instituição proporciona o acesso dos profissionais da educação a programas culturais

100% 67% 100%

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Tabela 2.7. Gestão democrática, por rede de ensino, 2014

(encerra)

Itens

Total de instituições que responderam afirmativamente

Municipal Estadual Privada

A instituição proporciona o acesso dos alunos a atividades esportivas

57% 100% 100%

A instituição estimula o acesso dos alunos à leitura em sua biblioteca ou em espaço equivalente

100% 100% 100%

A instituição oferece aprendizado de informática aos alunos

100% 67% --

A instituição oferece aprendizado de informática aos profissionais da educação

57% -- --

A instituição trabalha de maneira integrada com o Conselho Tutelar

86% 100% --

Fonte: Instituições de ensino, 2014.

2.5 Infraestrutura dos Prédios Escolares A infraestrutura das escolas municipais para o atendimento ao Ensino Fundamental apresenta-se da seguinte forma: Tabela 2.8. Infraestrutura dos prédios escolares, 2014

(continua)

Itens

Total de instituições que possuem o item

Municipal Estadual Privada

Energia elétrica 100% 100% 100%

Água filtrada ou tratada 100% 100% 100%

Esgoto 57% 100% 100%

Sala de direção 86% 100% 100%

Sala de supervisão e/ou coordenação pedagógica 87% 100% 100%

Sala de orientação educacional -- 67% 100%

Secretaria 86% 100% 100%

Sala de professores 100% 100% 100%

Sala de reuniões -- 67% 100%

Biblioteca com acervo atualizado ou canto de leitura 86% 100% 100%

Sala de recursos didáticos 43% 33% 100%

Auditório 29% 33% 100%

Sala de televisão, vídeo e/ou DVD 86% 67% 100%

Almoxarifado (material escolar) -- 67% 100%

Refeitório 100% 33% --

Depósito (material de limpeza) 100% 67% 100%

Depósito de botijão de gás 71% 67% 100%

Depósito de lixo 29% 33% 100%

Cozinha 100% 100% 100%

Despensa (alimentos) 100% 100% 100%

Instalações sanitárias - alunos 100% 100% 100%

Instalações sanitárias - administrativo -- 67% 100%

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Tabela 2.8. Infraestrutura dos prédios escolares, 2014 (encerra)

Itens

Total de instituições que possuem o item

Municipal Estadual Privada

Instalações sanitárias - funcionários 86% 100% 100%

Recreio coberto 100% 67% 100%

Campo esportivo 43% 33% 100%

Quadra poliesportiva -- 67% 100%

Quadra de esportes coberta 57% 100% 100%

Laboratório de informática 100% 100% --

Laboratório de ciências -- 100% 100%

Acesso à internet para alunos 86% 100% --

Acesso à internet para professores e funcionários 86% 100% 100%

Mobiliário adequado à faixa etária 100% 100% 100%

Material pedagógico de apoio ao aluno 100% 100% 100%

Material pedagógico de apoio ao professor 100% 100% 100%

Adequação às características das crianças com necessidades educacionais especiais (rampa, corrimão, sinalizações, instalações sanitárias)

71% 67% 100%

Fonte: Instituições de ensino, 2014.

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3. ENSINO MÉDIO 3.1 Atendimento O Ensino Médio (regular) é atendido pela rede estadual e privada, num total de quatro instituições (Tabela 3.1). Tabela 3.1. Instituições que ofertam o Ensino Médio regular, 2014

Instituição Dependência

Administrativa Turnos

Total de

Turmas

Total de alunos

Colégio Estadual do Campo São João Batista de La Salle

Estadual V 04 42

Colégio Estadual Euclides da Cunha

Estadual M / V / N 24 698

Colégio Estadual do Campo Rui Barbosa

Estadual M / N 09 222

Colégio Passos Firmes Privada M 03 58

Siglas: M - Matutino; V - Vespertino; N - Noturno. Fonte: Instituições de ensino, 2014 e dados do Portal Educacional do Paraná (Consulta no site www.diaadiaeducacao.pr.gov.br, em outubro de 2014).

Tabela 3.2. Atendimento do Ensino Médio, 2010

Dados Total

População residente – grupos de idade – 15 a 17 anos 949

População residente – grupos de idade – 15 a 17 anos freqüentando a escola

793

Percentual de pessoas de 15 a 17 anos freqüentando escola 83,5%

Fontes: Censo Demográfico 2010 – Resultados gerais da amostra.

3.2 Indicadores Educacionais Os gráficos a seguir mostram os percentuais de aprovação e de evasão (que ocorre somente na rede estadual de ensino) dos alunos do Ensino Médio regular da rede estadual e privada, no período de 2008 a 2011. Gráfico 3.1. Índices de aprovação no Ensino Médio, por rede de ensino, 2008

– 2011

59,3%70,2%

87%86,5%100%100% 94,2%100%

2008 2009 2010 2011

Rede Estadual Rede Privada

Fonte: Instituições de ensino, 2014.

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Gráfico 3.2. Índices de evasão no Ensino Médio, por rede de ensino, 2008 – 2011

16,1%15,8%

10,8%

15,6%

2008 2009 2010 2011

Rede Estadual

Fonte: Instituições de ensino, 2014.

3.3 Recursos Humanos A formação dos profissionais atuantes nas instituições de Ensino Médio, tanto da rede privada como estadual, está representada no gráfico a seguir. Gráfico 3.3. Formação dos profissionais que atuam nas instituições de Ensino

Médio (em %), por dependência administrativa, 2014

11% 11,5%5,5%

72%

17%

2%

81%

Ensino Fundamental

Completo

Ensino Médio Graduação Especialização

Rede Estadual Rede Privada

Fonte: Instituições de ensino, 2014.

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4. EDUCAÇÃO SUPERIOR A Educação Superior é ofertada em Matelândia pela Faculdade Educacional de Matelândia (FAMA). A FAMA foi credenciada e autorizada a funcionar em 03 de setembro de 2008, conforme Portaria nº 1.102/2008 do Ministério da Educação e Cultura (MEC). A FAMA está em funcionamento no mesmo prédio da Escola Municipal Dom Bosco, por meio de uma Lei Municipal que autorizou a concessão de uso e permitiu a sua instalação. A instituição conta com as instalações necessárias para o funcionamento do seu curso de Administração e de outros três cursos de graduação que estão sendo solicitados junto ao MEC. Porém, a mantenedora Matelândia Administradora de Participações S/A, pretende fazer com que a FAMA seja instalada em sua sede própria e completamente adequada às necessidades do ensino superior. A instituição conta com um corpo docente formado por nove especialistas e oito mestres, num total de dezessete docentes. No Município também existe uma associação de acadêmicos, a Associação dos Estudantes Universitários e Congêneres de Matelândia (AEUMATE), que congrega em torno de 500 associados. A associação recebe subsídios financeiros por meio de convênio firmado com a Prefeitura Municipal de Matelândia, Lei Municipal nº 1.492, de 09 de agosto de 2005, a título de subvenção social, como incentivo à promoção do ensino e formação profissional dos jovens e cidadãos residentes no Município. O repasse dos valores à AEUMATE é para a cobertura de despesas parciais com o transporte de alunos matriculados em instituições de ensino superior, pós-médio e técnico, limitados às localidades de Medianeira, São Miguel do Iguaçu, Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo. Em 2010, por meio do Decreto nº 98/2010, o Executivo Municipal regulamentou os dispositivos da Lei Municipal nº 1.492/2005, restringindo a concessão do benefício instituído por esta Lei, somente aos estudantes que participarem do Projeto “Matelândia TEM – Talento Empreendedor de Matelândia”. O Projeto TEM consiste na realização de dezesseis horas anuais de atividades extra curriculares de forma voluntária, por parte do estudante, em área fim com o curso de formação no qual estiver matriculado. Este Projeto, que consiste numa ação integrada entre órgãos do Poder Público Municipal, entidades da sociedade civil organizada, acadêmicos e empresas locais, visa a execução de ações de formação e capacitação focadas no desenvolvimento socioeconômico e na educação empreendedora, além de

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atividades extra curriculares que também oportunizam o aprimoramento dos estudantes. Em parceria com o Instituto Federal do Paraná, Fundação de Ensino Superior a Distância, Universidade Castelo Branco e Faculdade Barão do Rio Branco também são ofertados cursos de educação superior na modalidade a distância. Tabela 4.1. Cursos Superiores ofertados no Município na modalidade a

Distância, 2014

Curso Duração Total de Alunos

Pedagogia 3 anos 46

Administração 4 anos 15

Processos Gerenciais 2 anos (*)

Recursos Humanos 2 anos (*)

Ciências Sociais 3 anos (*)

Gestão Financeira 2 anos (*)

Ciências Contábeis 4 anos (*)

Gestão Imobiliária 2 anos (*)

Gestão Pública 2,5 anos (*)

Fonte: Instituição de ensino, 2014. (*) Ofertam os cursos, porém atualmente não tem alunos.

Apesar dos incentivos implementados pelo Poder Público Municipal e pela oferta da educação superior no Município, ainda se está longe dos parâmetros da real democratização deste nível de ensino. Segundo dados do censo demográfico de 2010, Matelândia apresentava, neste ano, uma população de 1.878 jovens na faixa etária de 18 a 24 anos e somente 509 encontravam-se matriculados no ensino superior, ou seja, uma adesão a este nível de ensino de somente 27% da população em idade de frequentar a educação superior.

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5. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Matelândia, segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, conta com um contingente de 821 analfabetos, ou seja, um índice de analfabetismo de 6,7% da população de quinze anos ou mais de idade. Por isso, como forma de atender esta demanda, constantemente são realizadas ações de chamada a esta população não-escolarizada, incentivando-a a retornar aos estudos. Vários cursos são oferecidos na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), tanto pela rede municipal como estadual de ensino. Na rede municipal de ensino é ofertada a EJA Fase I, na Escola Municipal Dom Pedro II, com 42 alunos matriculados. Na rede estadual de ensino, o Centro Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos (CEEBJA), é responsável por ofertar a EJA Fase II e o Ensino Médio, no período noturno, atendendo em 2014, um total de 209 alunos. O resultado da oferta destes cursos ao longo dos anos é visível quando se compara os dados do censo de 2000 com o de 2010, como se pode verificar na tabela a seguir. Tabela 5.1. Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais de idade,

2000-2010

Indicador 2000 2010 Redução

Taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais de idade

10,5% 6,7% 36,19%

Taxa de analfabetismo da população de 15 a 24 anos de idade

1,5% 1,4% 6,66%

Taxa de analfabetismo da população de 24 a 59 anos de idade

9,7% 5,6% 42,26%

Taxa de analfabetismo da população de 60 anos ou mais de idade

34,5% 19,8% 42,6%

Fonte: Censo Demográfico – resultado das amostras, 2010.

Vale ressaltar que os alunos da EJA Fase I da rede municipal de ensino, têm acesso à biblioteca, laboratório de informática, transporte escolar e merenda escolar, além de participarem de eventos programados pelo Município. Quanto aos profissionais docentes, estes participam de cursos de formação continuada e de encontros pedagógicos.

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6. EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL O setor que mais emprega no Município é o da indústria. Com a criação do Programa de Desenvolvimento Industrial de Matelândia (PRODIM), Lei Municipal nº 1.994/2009, houve um crescimento do segmento e a geração de emprego e renda para a população matelandiense. O PRODIM, cujo objetivo é fomentar o desenvolvimento econômico do Município, por meio de incentivos e ações voltadas ao setor da indústria, priorizando a geração de empregos e renda, com responsabilidade social e ambiental, concede incentivo tanto para a instalação de novos empreendimentos quanto para a expansão dos já existentes, localizados ou não nos distritos industriais. Com isso, o nível de desemprego no Município é considerado baixo, no entanto, há carência de mão-de-obra especializada nas áreas da indústria, metalúrgica e construção civil. Estes dados relacionados ao desemprego são levantados a partir da Agência do Trabalhador que funciona por meio de cooperação técnica operacional celebrada entre o Estado e o Município (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Habitação), que cede os servidores para este trabalho. Na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Habitação são desenvolvidas políticas de apoio e integração aos desempregados oferecendo cursos de qualificação e capacitação através de parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e também com recursos próprios. Como forma de ampliação na capacitação dos funcionários, a Administração Municipal possibilitou, através de parceria com o Instituto Federal do Paraná (IFPR), a oferta do curso técnico de graduação na área de Gestão Pública, além da oferta de capacitação periódica para todos os setores, de acordo com a necessidade. Com o Instituto Tecnológico de Desenvolvimento Tecnológico (ITDE) e parceiros como a Universidade Federal do Paraná (UFPR), também são oferecidos no Município desde 2005, cursos técnicos, de extensão, graduação e especialização.

Tabela 6.1. Cursos profissionalizantes ou de qualificação profissional ofertados no Município em parceria com o ITDE, 2005 – 2012

(continua)

Ano Curso Parcerias Público

Alvo

2005 Técnico em Administração de Empresas ITDE/UFPR Concluintes do ensino médio

2005 Técnico em Contabilidade ITDE/UFPR Concluintes do ensino médio

2005 Técnico em Gestão Pública ITDE/UFPR Concluintes do ensino médio

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Tabela 6.1. Cursos profissionalizantes ou de qualificação profissional ofertados no Município em parceria com o ITDE, 2005 – 2012

(encerra)

Ano Curso Parcerias Público

Alvo

2005 Técnico em Secretariado ITDE/UFPR Concluintes do ensino médio

2008 Curso Básico de Idiomas – Inglês e Espanhol

ITDE Maiores de 16 anos

2008 Curso de Pós-graduação - Psicopedagogia

ITDE/SOCIESC Concluintes de graduação

2008 Curso de Pós-graduação – Supervisão Escolar

ITDE/SOCIESC Concluintes de graduação

2010 Curso de Extensão – Sala de Recursos

ITDE – Pró escola Professores

2011 Ensino Básico de Libras ITDE – Pró escola Pedagogos e Professores

2012 Cursos de Extensão ITDE – Pró escola Pedagogos e Professores

Fonte: Instituição de ensino, 2014.

Pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), SENAR e Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), são ofertados cursos de capacitação para geração de renda, tais como: manicure, panificação, corte e costura, entre outros.

Tabela 6.2. Cursos de qualificação profissional ofertados no Município pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação, 2010 – 2012

(continua)

Ano Curso Parcerias

2010 Pães, Bolo, Salgados e Depilação SENAC

2010 Derivados do Leite EMATER

2010 Bordado em Chinelos, Crochê e Pintura Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação

2011 Penteado e Corte, Criatividades em Vendas, Manicure, Decoração de Unhas, Bordados

SENAC

2011 Corte e Costura EMATER

2011 Corte e Costura, Derivados do Leite, Culinária Básica, Panificação

SENAR

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Tabela 6.2. Cursos de qualificação profissional ofertados no Município pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação, 2010 – 2012

(encerra)

Ano Curso Parcerias

2011 Pintura, Crochê, Bordado em Chinelos Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação

2012 Manicure, Decoração de Unhas, Cabeleireiro, Penteados e Corte

SENAC

2012 Panificação EMATER

2012 Jovem Agricultor Aprendiz SENAR

2012 Biscuit, Decoupage, Decoração de Barricas, Patchwork, Bordados em Chinelos

Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação

Fonte: Instituição de ensino, 2014.

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7. EDUCAÇÃO ESPECIAL A Educação Especial no Município é ofertada pela Escola Jesus Menino, instituição especializada e da rede privada, e pelas instituições de ensino regular, por meio do oferecimento de serviços de apoio como classes especiais e salas de recursos. Na Escola Jesus Menino são atendidos 107 alunos distribuídos nos seguintes programas: Tabela 7.1. Alunos atendidos na Escola Menino Jesus, por tipo de programas e

turnos, 2014

Programas Número de alunos por turnos

Total Matutino Vespertino Integral

Educação Infantil (0 a 3 anos) 10 05 -- 15

Educação Infantil (4 a 5 anos) -- 06 -- 06

Ensino Fundamental (6 a 15 anos) 12 19 -- 31

EJA Anos Iniciais (a partir de 16 anos) 21 34 55

Total 43 64 -- 107

Fonte: Instituição de ensino, 2014.

Para este contingente de alunos, a instituição conta com um quadro funcional composto por 24 profissionais (Tabela 7.3), além de seis técnicos nas áreas de psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, assistência social e psiquiatria. Tabela 7.2. Recursos humanos da Escola Jesus Menino, 2014

Função / Cargo Formação

Total EFI EF EM MG LIC ESP MES

Direção -- -- -- -- -- 01 -- 01

Coordenação -- -- -- -- -- 01 -- 01

Docente -- -- -- -- -- 13 -- 13

Auxiliar de Secretaria -- -- 01 -- -- -- -- 01

Merendeira -- -- 02 -- -- -- -- 02

Auxiliar de Serviços Gerais 04 -- -- -- -- -- -- 04

Atendente 01 -- -- -- -- -- -- 01

Motorista -- -- 01 -- -- -- -- 01

Total 05 -- 04 -- -- 15 -- 24

Siglas: EFI - Ensino Fundamental Incompleto; EF - Ensino Fundamental; EM - Ensino Médio; MG - Magistério; LIC - Licenciatura; ESP - Especialização; MES - Mestrado. Fonte: Instituição de ensino, 2014.

Na rede regular de ensino, os alunos com necessidades especiais são, além de inclusos nas salas regulares, atendidos em salas de recurso e classe especial. Para os alunos com dificuldades de aprendizagem, a rede estadual de ensino também oferece atendimento em salas de apoio, visando aprofundar a aprendizagem em matemática e língua portuguesa.

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Tabela 7.3. Atendimento da Educação Especial no ensino regular, 2014

Instituição

Em números

Classe Especial

Sala de Recursos

Multi-funcionais

AL TU AL TU

Escola Municipal Claudino Zanon -- -- 18 01

Escola Municipal Dom Bosco 14 02 26 02

Escola Municipal Dom Pedro II -- -- 10 01

Escola Municipal Vovô Cassiano da Veiga Mello -- -- 19 01

Escola Municipal do Campo Professor Ebehardo -- -- 19 02

Colégio Estadual do Campo São João Batista de La Salle -- -- 13 01

Colégio Estadual Euclides da Cunha -- -- 20 02

Colégio Estadual do Campo Rui Barbosa -- -- 22 01

Total 14 02 137 11

Siglas: AL - Alunos; TU - Turmas. Fonte: Instituições de ensino, 2014.

A educação inclusiva ainda é um desafio para as redes de ensino. No entanto, essa não é uma tarefa que depende apenas do compromisso técnico e político dos governos, mas de pais, professores, familiares, gestores, enfim, de todos os membros da sociedade. De acordo com a Declaração de Salamanca (1994), o princípio básico da educação inclusiva consiste em que as escolas reconheçam as diversas necessidades dos alunos e a elas respondam, assegurando-lhes uma educação de qualidade. Uma educação inclusiva de qualidade é aquela que proporciona aos alunos com necessidades especiais, a aprendizagem por meio de currículo apropriado e condições materiais e instrumentais adequadas, além de profissionais bem preparados e igualdade de oportunidades. Tabela 7.4. Evolução das matrículas dos alunos com alunos com deficiências,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, inclusos em salas regulares, por etapa ou modalidade de ensino, 2009 – 2012

Etapas / Modalidades de ensino Quantidade de alunos por ano

2009 2010 2011 2012

Creche 05 06 05 05

Pré-escola 01 01 01 --

Ensino Fundamental (anos iniciais) 12 09 15 14

Ensino Fundamental (anos finais) 01 04 03 02

Ensino Médio -- 01 01 03

Educação de Jovens e Adultos -- -- -- --

Total 19 21 25 24

Fonte: Instituições de ensino, 2012.

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Quanto à gestão das instituições de ensino para o atendimento nesta modalidade de ensino, foram computados alguns dados que servirão de parâmetro para a definição de novas estratégias a serem implementadas na vigência deste Plano Municipal de Educação. Estes dados estão sintetizados na tabela a seguir, por rede de ensino. Tabela 7.5. Gestão do atendimento oferecido a alunos com deficiências,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas instituições de ensino regular, 2014

Atendimento

% de instituições que realizam o item

listado

Rede Municipal

Rede Estadual

Oferta cursos sobre o atendimento básico a educandos especiais para os professores em exercício.

100% 67%

Aplica anualmente testes de acuidade auditiva e visual em todos os alunos.

100% --

Possui livros didáticos e/ou de literatura falados, em Braille e em caracteres ampliados para todos os alunos cegos e para os de visão subnormal.

14% 14%

Possui aparelhos de amplificação sonora e outros equipamentos que facilitem a aprendizagem dos educandos surdos e aos de visão subnormal.

-- --

Oferta o ensino da Língua Brasileira de Sinais (para alunos, familiares, comunidade escolar).

-- 14%

Usa equipamentos de informática como apoio à aprendizagem do educando com necessidades especiais.

57% 14%

Possui, no Projeto Pedagógico, a inclusão do atendimento às necessidades educacionais de seus alunos, com definição de recursos disponíveis e oferecimento de formação em serviço aos professores em exercício.

86% 100%

Definiu as condições para a terminalidade aos educandos que não puderam atingir níveis ulteriores de ensino.

-- --

Possui acessibilidade nas edificações, com a eliminação de barreiras arquitetônicas nas instalações, no mobiliário e nos equipamentos, conforme normas técnicas vigentes.

86% 75%

Reduziu o número de alunos por turma, onde estão incluídos os alunos com necessidades especiais significativas.

100% 14%

Flexibilizou e realizou a adaptação curricular, em consonância com a proposta pedagógica. 86% 14%

No caso da existência de superdotados, a instituição de ensino desenvolve projetos de aceleração para estes alunos ou de enriquecimento curricular.

-- --

No caso da instituição ofertar classe especial ou sala de recurso: o atendimento é extensivo a alunos de outras instituições próximas, nas quais ainda não existe este atendimento.

29% --

Fonte: Instituições de ensino, 2014.

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A rede municipal de ensino conta também com o Centro de Apoio Pedagógico (CEAPE), composto por duas psicólogas, uma fonoaudióloga, uma assistente social e uma fisioterapeuta que prestam atendimento aos alunos que necessitam de apoio e acompanhamento pedagógico e aos alunos público alvo da Educação Especial, orientando suas famílias a fim de otimizar seu desempenho escolar. A equipe também presta orientação aos professores que trabalham com esses alunos em suas salas de aula, para que possa oferecer uma didática adequada à realidade e necessidade particular de cada um.

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8. FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO E VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO

8.1 Plano de Carreira O Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Magistério Público Municipal de Matelândia foi instituído pela Lei Municipal nº 1.380, de 23 de junho de 2004, que criou o cargo de Professor; e pela Lei Municipal nº 2.543, de 14 de março de 2012, que incluiu os ocupantes de cargo de Monitor de Creche, no quadro próprio do magistério, constituindo cargo em extinção. Desta forma, os profissionais do magistério convivem com duas leis, além das alterações posteriores à Lei nº 1.380/2004, que por sua vez não contempla as novas diretrizes para os planos de carreira instituída pela Resolução nº 02, de 28 de maio de 2009, do Conselho Nacional de Educação. Quanto aos demais profissionais que atuam na rede municipal de ensino com funções de apoio à educação, como merendeiras, serviços gerais, assistentes administrativos, estes ainda não possuem um plano específico, integrando o estatuto dos servidores, instituído pela Lei Ordinária nº 1.782, de 03 de setembro de 2007. 8.2 Recursos Humanos Integram o quadro do magistério público municipal um total de 223 profissionais, dos quais 152 são concursados como professores que atuam no ensino fundamental, com carga horária de 20 horas semanais de trabalho, e 71 são concursados como monitores de creche e professores de educação infantil, com carga horária de 40 horas semanais. Gráfico 8.1. Atuação dos profissionais do magistério da rede municipal de

ensino, 2014

71

111

136

913

Direção de

Insituição

Educacional

Suporte em

Instituição

Educacional

Suporte na

Secretaria de

Educação

Docência na

Educação

Especial

Docência no

Ensino

Fundamental

Docência na

Educação

Infantil

Fonte: Setor de Recursos Humanos – Folha de Pagamento, novembro de 2014.

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Dos 223 profissionais do magistério, existem 18 profissionais com formação em magistério, 32 com graduação e 173 com pós-graduação lato sensu. Gráfico 8.2. Formação dos profissionais do magistério da rede municipal de

ensino, 2014

78%

14%8%

Magistério Graduação Pós-graduação (lato sensu)

Fonte: Setor de Recursos Humanos – Folha de Pagamento, novembro de 2014.

No gráfico a seguir, estes profissionais encontram-se distribuídos de acordo com o tempo de serviço no magistério público municipal.

Gráfico 8.3. Distribuição dos profissionais do magistério da rede municipal de ensino por tempo de serviço, 2014

12%15,0%

11%

18%

14%

30%

De 1 a 3 anos De 4 a 8 anos De 9 a 13

anos

De 14 a 18

anos

De 19 a 23

anos

Mais de 23

anos

Fonte: Setor de Recursos Humanos – Folha de Pagamento, novembro de 2014.

Quanto aos demais profissionais de apoio à educação, computa-se um total de 34 auxiliares de serviços gerais, 20 merendeiras, 7 assistentes administrativos, uma fonoaudióloga e duas psicólogas. 8.3 Formação Continuada As políticas educacionais adotadas pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura têm como ponto de partida a necessidade de melhorar a formação dos professores, os quais são considerados atores fundamentais na estratégia global da construção da sociedade e do conhecimento em um contexto de mudanças e novas demandas. O campo educacional é muito dinâmico,

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requerendo que os educadores lidem constantemente com novos conhecimentos a respeito do processo de ensino aprendizagem. A formação pedagógica tem o objetivo de contribuir para o aperfeiçoamento da formação de professores e alunos, enfatizando aspectos do profissional relacionados à formação, à profissão, à avaliação e às competências que cabem ao profissional da educação, visando ampliar o seu campo de trabalho; organizar e animar situações de aprendizagem; trabalhar a partir das representações dos alunos, dos erros e obstáculos à aprendizagem; construir e planejar dispositivos e seqüências didáticas; comprometer os alunos em atividades de pesquisas e projetos de conhecimento. A formação ofertada pela Secretaria, não abrange apenas o professor, mas também inclui os outros profissionais da educação, que têm por missão contribuir para a melhoria da qualidade da Educação Básica no Município. A capacitação dos professores, gestores e demais responsáveis pelo processo educacional reflete avanços no modo de pensar a docência, com ações coletivas, constantes e de longa duração. As parcerias da Secretaria Municipal de Educação e Cultura com a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP), Itaipu Binacional, Parque Nacional do Iguaçu, Ecocataratas, Editora Base, Editora Opet, SENAR, Programa Nacional de Tecnologia Educacional (PROINFO) e a FAMA, contribuíram no resultado da formação pedagógica dos profissionais da educação, com a seguinte programação: UNIOESTE (Grupos de Estudos): - 80 horas (anual) Ensino Fundamental; - 60 horas (anual) Educação Infantil. AMOP: (de 2005 até o presente momento ofertou anualmente): - 20 horas de formação para os professores de Educação Infantil; - 20 horas de formação para professores de 1º e 2º ano do Ensino

fundamental (alfabetização); - 20 horas de formação para professores de 3º, 4º e 5º ano do Ensino

fundamental. - Grupos de Estudo:

102 horas (anual) Língua Portuguesa;

102 horas (anual) Matemática – Produções;

102 horas (anual) História e Geografia;

48 horas (anual) Gestão Escolar;

32 horas (anual) Aulas Especiais – Inclusão;

96 horas (anual) Educação Infantil – 0 a 5 anos;

32 horas (anual) Alfabetização e Letramento;

32horas (anual) Ciências;

32 horas (anual) Arte;

32 horas (anual) Inglês;

32 horas (anual) Educação Física.

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ITAIPU BINACIONAL: - 32 horas (julho a agosto de 2012) - formação de educomunicadores Web

Rádio Água; - 500 horas (2005 a 2008) - formação continuada de Educadores Ambientais

da BP3; - 320 horas (2009 a 2010) - formação continuada de Educadores Ambientais

da BP3; - 320 horas (2011 a 2012) - formação continuada de Educadores Ambientais

da BP3. PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU: - 120 horas (anual 2005 a 2008) - Curso de Laboratório em Educação

Ambiental; - 80 horas (anual 2011 a 2012) - Curso de Formação em Educação

Ambiental em Unidades de Conservação. ECOCATARATAS: - 50 horas (abril a novembro de 2011) - Curso de Formação Socioambiental

ECOVIVER; - 50 horas (abril a novembro de 2012) - Curso de formação Socioambiental

ECOVIVER. EDITORA BASE: - 32 horas (anual de 2006 a 2008) - Curso de capacitação para educação

básica de pré até o 2º ano do Ensino Fundamental. EDITORA OPET: - 32 horas (anual de 2008 a 2012) - Curso de capacitação para Educação

Infantil e Ensino Fundamental. SENAR: - 120 horas (2012) - Formação para Gestores. PROINFO: - 50 horas – Introdução ao Windows; - 50 horas – Introdução ao Linux Educacional 3.0 FAMA E SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA: - 40 horas – Um diálogo com Práticas Pedagógicas de Alfabetização,

Letramento e Decifração da Escrita; - 40 horas – Organização da Ação Pedagógica na Educação Infantil; - 40 horas – Matemática, Geometria e o Mundo Natural; - 40 horas – O texto da Sociedade na sala de Aula; - 40 horas – Desafios da Educação: Contribuições da Educação Especial; - 20 horas – Formação Continuada de Educação Especial: O Atendimento

Educacional Especializado em Sala de Aula Regular como Fazer? - 20 horas – Sexualidade: Professor que Cala, Nem Sempre Consente. - 130 horas (entre 2005 a 2012) - Capacitação com Educadores de renome

Nacional.

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9. FINANCIAMENTO E GESTÃO DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO 9.1 Financiamento Em 2007, a Educação Básica passou a ter um fundo próprio, o FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) que substituiu o FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério) que financiava apenas o Ensino Fundamental. O grande problema é que com o novo fundo a demanda para os municípios aumentou consideravelmente e os recursos não. Gráfico 9.1. Contribuição x Retorno do FUNDEB de Matelândia, 2006 – 2012

4.281.022

1.668.316

3.621.273

3.217.933

2.965.293

2.234.679

1.700.313

1.325.701

3.657.710

3.091.809

2.667.023

1.827.598

2.450.239

1.115.318

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(*)

Contribuição Retorno

Fonte: Banco do Brasil e Secretaria do Tesouro Nacional – Ministério da Fazenda. Elaborado pela Consultoria. (*) Dados computados até maio de 2012.

Dentro das destinações do FUNDEB, a creche - responsabilidade do Município - tem um valor de repasse menor que o ensino médio - responsabilidade do Estado. O valor médio por aluno destinado no FUNDEB em 2007 às creches foi de R$ 1.057,00. Segundo estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), em conjunto com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), esse valor é bem menor do que o custo real do aluno (R$ 2.866,78), assim, cabe aos Municípios um incremento em torno de 1.800 reais por aluno ao ano além dos recursos do fundo. Percebe-se que, ao favorecer mais as redes estaduais, que repassam menos recursos para os municípios, o FUNDEB contribuiu mais rapidamente para a universalização do Ensino Médio e a Educação Infantil continua com uma política de defasagem no tocante ao seu financiamento, o mesmo acontecendo com a Educação de Jovens e Adultos.

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Gráfico 9.2. Perdas da Contribuição x Retorno do FUNDEB de Matelândia, 2006 – 2012

13,1%

20,5%

14,6%17,1%17,4%18,2%

34,4%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(*)

Perdas

Fonte: Banco do Brasil e Secretaria do Tesouro Nacional – Ministério da Fazenda. Elaborado pela Consultoria. (*) Dados computados até maio de 2012.

Quanto à valorização do magistério, a implementação do piso salarial nacional – uma das principais reivindicações do magistério – embora também possa ser considerada um avanço, não atendeu plenamente aos anseios da categoria. Tabela 9.1. Indicadores de Educação, 2010 – 2012

Indicadores 2010 2011 2012

Total de Matrículas providas pelo Município

1.831 1.637 1.645

Total de Usuários do Transporte Escolar Municipal

1.297 1.441 1.253

Total de Atendidos com a Merenda Escolar Municipal

1831 1637 1645

Gastos com Educação – Recursos Próprios

1.228.018,79 1.348.424,39 1.532.542,34

Orçado

Gastos com Educação – Recursos FUNDEB

3.009.635,25 3.649.528,21 3.137.575,32

Orçado

Gastos com Educação – Recursos de Outras Fontes

2.193.671,32 2.956.807,33 2.465.472,13

Orçado

Total de Gastos com Educação 6.431.325,36 7.954.759,93 7.135.589,79

Orçado

Índice (%) de Gastos com Educação 26,6% 25,51% 26,7%

Até março

Quantidade de Docentes 128/padrões 129/padrões 129/padrões

Total de Docentes Pagos com Recursos do FUNDEB

128/padrões 129/padrões 129/padrões

Total de Gastos com Pagamento de Docentes do FUNDEB

2.463.654,95 2.772.409,64 2.329.700,00

Orçado

Total de Servidores na Educação 261 256 254

Fonte: Prefeitura Municipal, 2012.

Portanto, é necessário observar que a injeção de novos recursos nos estados e municípios não significa, por si só, melhoria da educação. A fiscalização e o

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controle na aplicação desses recursos e a cobrança de resultados notadamente no que se refere à melhoria dos indicadores de quantidade e de qualidade da educação básica são fatores essenciais neste processo. O acompanhamento e controle social do FUNDEB são efetuados pelos Conselhos de Acompanhamento e Controle Social (CACS), que têm as atribuições de exercer o acompanhamento e controle social sobre a distribuição, transferência e aplicação dos recursos; supervisionar o censo escolar anual e a elaboração da proposta orçamentária e elaborar parecer para instruir a prestação de contas. Em Matelândia, o CACS foi criado como Câmara de Acompanhamento do FUNDEB integrante do Conselho Municipal de Educação, por meio da Lei Municipal nº 1.750, de 19 de junho de 2007. A Câmara de Acompanhamento do FUNDEB é constituída de oito membros titulares acompanhados de seus respectivos suplentes, tendo a seguinte composição: um representante da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, indicado pelo Poder Executivo Municipal; um representante dos professores da educação básica pública; um representante dos diretores de escolas públicas; um representante dos servidores técnico-administrativos das escolas públicas; dois representantes dos pais de alunos da educação básica pública e dois representantes dos estudantes da educação básica pública. Quanto às despesas com merenda e transporte escolar, estas figuram entre aquelas previstas no artigo 70 da LDB, que constituem gastos com manutenção e desenvolvimento do ensino. A função supletiva da União com relação ao transporte escolar dá-se a partir de dois programas: o Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE), que repassa recursos para o transporte do aluno do ensino fundamental residente na zona rural, e o “Caminho da Escola”, integrado ao Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que prevê empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em condições especiais para aquisição de veículos para o transporte escolar. Entretanto, esses programas não são suficientes para solucionar os conflitos federativos entre estados e municípios. Tabela 9.2. Alunos transportados ao ano, segundo a dependência

administrativa, 2010 – 2014

Ano Rede Municipal Rede Estadual Outros Total

2010 359 938 -- 1.297

2011 316 1.125 -- 1.441

2012 331 904 18 Particular 1.253

2013 314 939 15 Particular 1.268

2014 314 928 13 Particular 1.255

Fonte: Prefeitura Municipal, 2014.

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Tabela 9.3. Valores da composição dos recursos anuais com transporte escolar, 2010 – 2014

Ano Próprios Estaduais Quota Salário

Educação

FUNDEF/ FUNDEB

Manutenção e Desenvol-vimento do

Ensino

Repasse Federal

Total

2010 153.353,51 76.166,11 21.289,22 281.132,34 330.571,76 94.521,58 957.034,52

2011 107.830,74 140.650,47 -- 336.685,23 219.814,75 119.552,49 924.533,68

2012 261.259,60 176.637,95 -- 362.000,00 461.870,33 108.879,30 1.370.647,18

2013 335.305,00 220.000,00 208.402,00 ------ 316.238,37 110.446,28 1.190.391,65

orçado

2014 (*)

354.096,07 256.955,40 283.585,59 ------ 351.805,54 133.643,84 1.380.086,44

Fonte: Prefeitura Municipal, 2014. (*) Previsão.

Tabela 9.4. Valores da composição dos custos anuais com transporte escolar,

2010 – 2014

Ano Combus-

Tível Locação Servidores

Manuten- ção

Outros Equipa-mentos

Seguro/ IPVA

Total

2010 272.520,45 126.832,39 334.040,94 180.011,87 1.790,00 41.838,87 957.034,52

2011 216.751,01 157.836,18 302.465,09 189.942,82 1.760,00 55.778,58 924.533,68

2012 -- 197.500,00 378.400,00 789.747,18

(**) 5.000,00 -- 1.370.647,18

2013 149.887,52 245.458,70 425.264,63 222.109,71 465.560,00 5.703,74 1.548.390,28

(***)

2014 (*)

139.324,89 280.407,60 324.327,57 207.071,45 --- 11.127,60 962.359,11

Fonte: Prefeitura Municipal, 2014. (*) Previsão. (**) Soma total incluindo combustível e seguro. (***) Orçado

Quanto à merenda escolar, a transferência de recursos financeiros do Governo Federal, em caráter suplementar, para a aquisição de gêneros alimentícios dá-se por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Tabela 9.5. Gastos com merenda escolar, 2010 – 2014

Ano Valor Total Repasse Federal % Investido pela

Prefeitura

2010 275.076,25 136.860,00 50,25

2011 309.552,81 138.540,00 55,25

2012 339.133,15 182.133,15 46,29

2013 391.514,23 (**) 184.640,00 58,67

2014 (*) 478.663,74 215.376,00 51,46

Fonte: Prefeitura Municipal, 2014. (*) Previsão. (**) Empenhado.

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O montante dos recursos financeiros repassados é calculado com base no número de alunos devidamente matriculados na Educação Infantil e Ensino Fundamental, em escolas municipais e qualificadas como entidades filantrópicas ou por elas mantidas, utilizando-se para esse fim os dados oficiais de matrículas obtidos no censo escolar relativo ao ano anterior ao do atendimento. Todos os Estados, o Distrito Federal e municípios podem participar do programa, bastando, para isso, o cumprimento das seguintes exigências: aplicação dos recursos exclusivamente na aquisição de gêneros alimentícios; instituição de um Conselho de Alimentação Escolar (CAE), como órgão deliberativo, fiscalizador e de assessoramento; prestação de contas dos recursos recebidos e cumprimento das normas estabelecidas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na aplicação dos recursos. Em Matelândia o CAE foi criado por meio da Lei Municipal nº 969, de 04 de dezembro de 1995, e posteriormente alterado pela Lei Municipal nº. 1.220, de 29 de maio de 2001 e pela Lei Municipal nº 2.051, de 18 de agosto de 2009. Atualmente o CAE possui a seguinte composição: um representante indicado pelo Poder Executivo; dois representantes das entidades de trabalhadores da educação e de discentes, indicados pelo respectivo órgão de representação em assembleia específica; dois representantes de pais de alunos, indicados pelos Conselhos Escolares, Associações de Pais e Mestres ou entidades similares, escolhidos por meio de assembléia específica e dois representantes indicados por entidades civis organizadas, escolhidos em assembléia específica. De acordo com o programa, a Entidade Executora não pode gastar os recursos com qualquer tipo de gênero alimentício. Os alimentos devem ser adquiridos conforme a definição nos cardápios do programa de alimentação escolar, que são de responsabilidade da Entidade Executora e elaborados por nutricionistas capacitados, com a participação do CAE e respeitando os hábitos alimentares de cada localidade, sua vocação agrícola e preferência por produtos básicos. Por isso, em Matelândia, o cardápio é elaborado por duas nutricionistas que são responsáveis também por proporcionar às merendeiras, cursos anuais de capacitação continuada.

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9.2 Gestão da Educação Pública Municipal 9.2.1 Estrutura do órgão municipal de educação O Município ainda não instituiu o seu Sistema Municipal de Educação, estando subordinado ao Sistema Estadual. A Secretaria Municipal de Educação e Cultura, localizada junto ao Paço Municipal 25 de Julho, é o órgão da administração municipal responsável por promover o acesso da comunidade à escolarização regular e aos bens de cultura com equidade e qualidade social, formulando e implementando políticas públicas de educação em conjunto com os diversos conselhos ligados à educação e, em especial, ao Conselho Municipal de Educação. Para desenvolver e implementar a gestão da política pública educacional direcionada ao município de Matelândia, a Secretaria Municipal de Educação conta com uma estrutura administrativa articulada e organizada, dividindo-se em diretoria, assessorias, departamento e divisões. De acordo com a Lei Municipal º 1.578, de 15 de março de 2006, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura é dividida em: - Diretoria Geral; - Assessoria de Supervisão e Orientação Escolar; - Departamento de Cultura; - Divisão de Transporte Escolar; - Divisão de Alimentação Escolar; - Divisão de Documentação Escolar. Integram o quadro funcional da Secretaria, 14 pessoas entre assistente administrativo, psicóloga, fonoaudióloga, equipe de suporte pedagógico, motoristas e auxiliares de serviços gerais. Há falta de um engenheiro ou arquiteto e de um contador que pudessem suprir as deficiências nestas áreas. 9.2.2 Organização da rede municipal de ensino Atualmente, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura possui sob sua gestão seis CMEI´s e sete escolas de educação infantil e ensino fundamental. Um CMEI localiza-se no Distrito de Agro Cafeeira e os outros cinco na sede do Município. Das sete escolas, quatro localizam-se na área urbana do Município, as demais se localizam na Vila Esmeralda, Vila Marquesita e Distrito de Agro Cafeeira. Também estão sob a administração da Secretaria mais de 200 profissionais do magistério e cerca de 1.846 alunos.

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Tabela 9.6. Instituições de ensino da rede municipal, 2014

Instituição de Ensino Número Total de Alunos

Número total de

Docentes (*)

Número total de Profissionais de

Suporte Pedagógico (*)

Média Aluno /

Profissional da Educação

(**)

CMEI Cantinho da Criança 83 25 02 3,92

CMEI Criança Feliz 102 07 02 6,33

CMEI Primeiros Passos 93 16 02 3,66

CMEI Professora Aline Hardt

95 18 02 3,6

CMEI Sonho Meu 89 19 02 3,76

Escola Municipal Claudino Zanon

164 15 04 8,63

Escola Municipal Dom Bosco

482 33 06 11,02

Escola Municipal Dom Pedro II

206 15 04 11,15

Escola Municipal Vovô Cassiano da Veiga Mello

134 14 04 8,33

Escola Municipal do Campo Duque de Caxias

83 06 01 9

Escola Municipal do Campo Marino Rossi

59 05 02 7,5

Escola Municipal do Campo Professor Ebehardo

256 18 04 9,57

Total 1.846 191 35 7,34

Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura, 2014. Nota: Suporte Pedagógico (direção, supervisão).

(*) para cada 20 horas semanais.

(**) Média Aluno/Profissional da Educação – Cálculo do total de alunos, dividido pelo número total de profissionais da educação (docentes + suporte pedagógico).

9.2.3 Orçamento do órgão municipal de educação O orçamento previsto para a educação em 2014 é de R$ 7.492.763,40, distribuído da seguinte forma: Gráfico 9.3. Orçamento previsto para o setor educacional, em percentuais,

2014

Equipamentos

1%Obras

5%Manutenção

35%

Recursos

Humanos

59%

Fonte: Prefeitura Municipal, 2014.

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9.2.4 Gestão da rede municipal de ensino Os diretores das escolas municipais são escolhidos por eleição da comunidade escolar conforme prevê a Lei Municipal nº 1.067/1997. A eleição ocorre a cada dois anos e, nos espaços onde não há candidato, a Secretaria de Educação indica. Nos CMEI´s os diretores são indicados pela administração municipal. A supervisão/coordenação pedagógica normalmente é escolhida pela direção de cada instituição de ensino. Quanto ao gerenciamento financeiro, é centralizado na Secretaria de Educação para grandes despesas. Há um repasse bimestral através de adiantamento para pequenas despesas como reparos e reposição. Normalmente as instituições de ensino fazem solicitação de suas necessidades via ofício e a Secretaria realiza o processo legal da compra. Neste processo de gestão, estão sendo instituídos de forma gradativa os conselhos escolares. Nos CMEI´s estes conselhos já encontram-se instituídos, no entanto as escolas ainda contam somente com as Associações de Pais, Mestres e Funcionários (APMF). Mesmo nas instituições que já possuem o Conselho Escolar, estas ainda não conseguem contar efetivamente com sua atuação. Os membros são convidados a participar de formação continuada, porém a adesão também não é significativa. A Secretaria de Educação procura desenvolver algumas ações importantes para estimular esta participação como promoção de eventos esportivos e culturais e de discussões de assuntos pertinentes à educação. 9.2.5 Projetos em andamento Destaca-se a implantação do CEAPE como um projeto de grande alcance para a educação do Município. Este projeto foi implantado em 2005 e conta com uma equipe multidisciplinar para atendimento dos alunos que apresentam alguma dificuldade na aprendizagem. O CEAPE conta com duas psicólogas e uma fonoaudióloga com carga horária semanal de 40 horas cada uma, além de uma assistente social com 20 horas semanais. Merece destaque também a Avaliação dos 5 anos que foi implantada no Município desde 2005 e que acompanha, através do rendimento escolar das crianças do último ano do Ensino Fundamental dos anos iniciais, a qualidade da educação e o grau de conhecimento dos conteúdos míninos por parte destes alunos. Outro projeto que se encontra em fase de estudo é a implantação de uma escola técnica para pelo menos 600 alunos, em parceria com o MEC e a Secretaria de Estado da Educação (SEED).

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9.2.6 Programas suplementares 9.2.6.1 Dinheiro Direto na Escola Todas as escolas, inclusive os CMEI´s recebem recursos através deste Programa. O recurso é administrado pela própria instituição e o Setor de Prestação de Contas e Contabilidade da Prefeitura Municipal orienta os gestores na correta aplicação dos mesmos. 9.2.6.2 Livro Didático Todas as escolas municipais recebem livros didáticos através deste Programa. Todos os anos, a supervisão escolar, em conjunto com profissionais do magistério, se reúnem para selecionar os materiais que mais agradam e vão de encontro ao perfil da educação do Município. 9.2.6.3 Saúde do Escolar Todas as escolas municipais participam, em parceria com a Secretaria da Saúde, do Programa Saúde do Escolar. As equipes da saúde da família em conjunto com os gestores escolares, definem as prioridades e efetivam ações que atendam as metas do Programa. 9.2.6.4 Bolsa Família A Secretaria de Educação acompanha o Programa através do lançamento dos dados da frequência escolar, em conjunto com a Assistência Social. 9.2.7 Tecnologias educacionais Em todas as escolas municipais existem laboratórios de informática. As aulas acontecem semanalmente como complemento de conteúdos trabalhados pelo professor regente de cada turma. Tabela 9.7. Laboratórios de Informática existentes nas instituições de ensino

da rede municipal, 2014

Instituição Número de

Computadores

Número de alunos atendidos

Acesso à internet

Sim Não

Escola Municipal Claudino Zanon 27 164 X --

Escola Municipal Dom Bosco 24 482 X --

Escola Municipal Dom Pedro II 27 206 X --

Escola Municipal Vovô Cassiano da Veja Mello

25 134 X --

Escola Rural Municipal Duque de Caxias

11 83 X --

Escola Rural Municipal Marino Rossi 14 59 X --

Escola Municipal do Campo Professor Ebehardo

16 256 X --

Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura, 2014.

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Além destes laboratórios, o Município implantou o Programa Matelândia Digital, com o objetivo de diminuir a exclusão digital. São beneficiários do Programa, os empreendimentos e estudantes participantes do Projeto TEM e os servidores públicos municipais. O usuário do Programa se responsabiliza pela antena, decodificador e demais equipamentos necessários para a recepção do sinal. Os Telecentros são espaços dentro das escolas para uso das ferramentas tecnológicas para utilização da comunidade entorno da escola. 9.2.8 Diretrizes do Plano de Metas “Compromisso Todos Pela Educação” Dentre as 28 Diretrizes do Plano de Metas “Compromisso Todos Pela Educação”, o Município tem conseguido alcançar efetivamente em torno de 75% das metas. As diretrizes que ainda não foram alcançadas na sua totalidade pela rede municipal de ensino são: Tabela 9.8. Diretrizes do Plano de Metas “Compromisso Todos pela

Educação” não alcançadas na sua totalidade, 2014

Diretriz Justificativa

Estabelecer como foco a aprendizagem, apontando resultados concretos a atingir (Diretriz 1).

A Secretaria tem feito avaliações diagnósticas nos últimos sete anos, e tem pautado suas formações nos resultados destas avaliações.

Alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade, aferindo os resultados por exame periódico específico (Diretriz 2).

Ainda existem na rede crianças que ultrapassam a idade estipulada nesta diretriz para serem alfabetizadas. A Secretaria aderiu ao pacto pela alfabetização na idade certa, programa do MEC que visa atender esta diretriz.

Ampliar as possibilidades de permanência do educando sob responsabilidade da escola para além da jornada regular (Diretriz 7).

Ainda está em fase de estudo a implantação desta diretriz.

Envolver todos os professores na discussão e elaboração do projeto político pedagógico, respeitadas as especificidades de cada escola (Diretriz 16).

Todas as instituições contam com projeto político pedagógico. Ainda há a necessidade de uma maior discussão com a comunidade escolar sobre o projeto político pedagógico.

Divulgar na escola e na comunidade os dados relativos à área da educação, com ênfase no IDEB (Diretriz 19).

Os dados do IDEB são divulgados pela Secretaria. Algumas escolas aproveitam as reuniões com os pais para apresentarem os resultados.

Zelar pela transparência da gestão pública na área da educação, garantindo o funcionamento efetivo, autônomo e articulado dos conselhos de controle social (Diretriz 21).

Alguns conselhos são mais atuantes do que outros. A Secretaria está viabilizando ações para a efetivação concreta desta diretriz.

Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura, 2014.

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IV - METAS E ESTRATÉGIAS

As metas apresentadas a seguir são as metas propostas no Plano Nacional de Educação, porém as estratégias são baseadas no diagnóstico da realidade do município de Matelândia.

META 1: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE. ESTRATÉGIAS: 1.1) Realizar em tempo hábil levantamento da demanda por Educação

Infantil como forma de planejar e verificar o atendimento da demanda manifesta.

1.2) Ampliar a oferta de matrículas na Educação Infantil Pública de 0 a 5 anos por meio da construção de novas instituições e/ou ampliação das já existentes, com base nas vagas registradas nas listas de espera de cada CMEI e no diagnóstico da demanda manifesta. *

1.3) Definir, em conjunto com a Secretaria de Viação, Obras e Serviços Urbanos e Secretaria de Educação e Cultura, critérios de infraestrutura para construção e ampliação de prédios escolares com base nos Parâmetros Nacionais de Infraestrutura do MEC.

1.4) Firmar parceira com a União para participar do programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos para a rede escolar pública de Educação Infantil, voltado à expansão e à melhoria da rede física de creches e pré-escolas públicas. *

1.5) Avaliar a Educação Infantil com base em instrumentos nacionais, a fim de aferir a infraestrutura física, o quadro de pessoal e os recursos pedagógicos e de acessibilidade empregados na creche e na pré-escola. */***

1.6) Manter programa de formação continuada de profissionais do magistério

para a Educação Infantil da rede municipal de ensino.

1.7) Manter o atendimento das crianças do campo na Educação Infantil de acordo com as especificidades das comunidades rurais.

1.8) Fomentar o acesso à creche e à pré-escola e a oferta do atendimento educacional especializado complementar aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, assegurando a transversalidade da Educação Especial na Educação Infantil.

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META 2: Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE. ESTRATÉGIAS: 2.1) Criar mecanismos para o acompanhamento individual de cada estudante

do ensino fundamental, visando à melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem. ***

2.2) Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da

permanência na escola por parte dos beneficiários de programas de transferência de renda, identificando motivos de ausência e baixa frequência e garantir, em regime de colaboração, a frequência e o apoio à aprendizagem. */**

2.3) Promover a busca ativa de crianças fora da escola, em parceria com as

áreas de educação, assistência social, saúde e Conselho Tutelar. 2.4) Assegurar a renovação e padronização da frota rural de veículos

escolares, de forma a garantir o transporte intracampo e reduzir o tempo máximo dos estudantes em deslocamento a partir de suas realidades. */**

2.5) Oferecer atividades extracurriculares de incentivo aos estudantes e de

estímulo a habilidades, inclusive mediantes certames e concursos.

2.6) Assegurar o desenvolvimento de projetos e atividades que visem estimular o gosto pela leitura e escrita. ***

2.7) Universalizar o acesso à rede mundial de computadores em banda larga

de alta velocidade e aumentar a relação computadores/estudante nas escolas da rede pública de educação básica, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e da comunicação. ***

2.8) Assegurar a atualização das propostas pedagógicas das instituições de

ensino, a cada dois anos em observância das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e legislação vigente. ***

2.9) Garantir programa de formação continuada aos profissionais do Ensino

Fundamental por meio de cursos, grupos de estudos, semanas pedagógicas, seminários, encontros, nas várias áreas do conhecimento. ***

2.10) Suprir todas as instituições de ensino com profissionais capacitados para

a manutenção e desenvolvimentos das bibliotecas e laboratórios de informática, prevendo horários regulares de frequência dos alunos a esses espaços. ***.

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META 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento). ESTRATÉGIAS: 3.1) Apoiar a institucionalização do programa nacional de diversificação

curricular do Ensino Médio a fim de incentivar abordagens interdisciplinares estruturadas pela relação entre teoria e prática, discriminando-se conteúdos obrigatórios e conteúdos eletivos articulados em dimensões temáticas tais como ciência, trabalho, tecnologia, cultura e esporte, apoiado por meio de ações de aquisição de equipamentos e laboratórios, produção de material didático específico e formação continuada de professores. **

3.2) Manter e ampliar programas e ações de correção de fluxo do Ensino

Fundamental por meio do acompanhamento individualizado do estudante com rendimento escolar defasado e pela adoção de práticas como aulas de reforço no turno complementar, estudos de recuperação e progressão parcial, de forma a reposicioná-lo no ciclo escolar de maneira compatível com sua idade. ***

3.3) Incentivar e apoiar a participação dos alunos no Exame Nacional do

Ensino Médio como critério de acesso à Educação Superior, fundamentado em matriz de referência do conteúdo curricular do Ensino Médio e em técnicas estatísticas e psicométricas que permitam a comparabilidade dos resultados do exame. */**

3.4) Apoiar a expansão das matrículas de Ensino Médio integrado à

Educação Profissional, observando-se as peculiaridades das populações do campo. **

3.5) Fomentar a expansão da oferta de matrículas de Educação Profissional

técnica de nível médio, de forma concomitante ao Ensino Médio público. **

3.6) Estimular a expansão do estágio para estudantes da Educação

Profissional técnica de nível médio e do Ensino Médio regular. ** 3.7) Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da

permanência na escola por parte dos beneficiários de programas de assistência social e transferência de renda, identificando motivos de ausência e baixa frequência e garantir, em regime de colaboração, a frequência e o apoio à aprendizagem. */**

3.8) Promover a busca ativa da população de 15 a 17 anos fora da escola,

em parceria com as áreas da educação, assistência social, saúde e Conselho Tutelar. **

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3.9) Implementar políticas de prevenção à evasão motivada por preconceito ou quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas associadas a exclusão. **

3.10) Fomentar programas de Educação de Jovens e Adultos para a

população urbana e do campo na faixa etária de 15 a 17 anos, com qualificação social e profissional para jovens que estejam fora da escola e com defasagem idade-série. **

3.11) Fomentar o acesso à rede mundial de computadores em banda larga de

alta velocidade de forma a aumentar a relação computadores/estudante nas escolas da rede pública de educação básica. **

3.12) Incentivar o redimensionamento da oferta de Ensino Médio nos turnos

diurno e noturno, bem como a distribuição territorial das escolas de Ensino Médio, de forma a atender a toda a demanda, de acordo com as necessidades específicas dos estudantes. **

META 4: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados. ESTRATÉGIAS: 4.1) Assegurar a implantação de salas de recursos multifuncionais e

fomentar a formação continuada de professores para o atendimento educacional especializado complementar, nas escolas urbanas e rurais. ***

4.2) Ampliar a oferta do atendimento educacional especializado

complementar aos estudantes matriculados na rede pública de ensino regular. ***

4.3) Firmar parceira com a União para participar do programa nacional de

acessibilidade nas escolas públicas para adequação arquitetônica, oferta de transporte acessível, disponibilização de material didático acessível e recursos de tecnologia assistiva, e oferta da educação bilíngue em língua portuguesa e Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). */**

4.4) Fomentar a educação inclusiva, promovendo a articulação entre o

ensino regular e o atendimento educacional especializado complementar ofertado em salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em instituições especializadas. ***

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4.5) Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola por parte dos beneficiários do benefício de prestação continuada, de maneira a garantir a ampliação do atendimento aos estudantes com deficiência na rede pública regular de ensino. */***

4.6) Assegurar a redução do número de alunos nas salas do ensino regular onde houve alunos inclusos. ***

4.7) Assegurar a aquisição de materiais de apoio específico aos alunos da educação especial, conforme a especificidade do quadro. ***

META 5: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3o (terceiro) ano do ensino fundamental. ESTRATÉGIAS: 5.1) Assegurar a estruturação do Ensino Fundamental de nove anos com foco

na organização de ciclo de alfabetização com duração de três anos, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças, no máximo, até o final do terceiro ano. ***

5.2) Assegurar a aplicação do programa de Avaliação dos 5 Anos, implantado

na rede municipal de ensino, para aferir a alfabetização das crianças e o grau de conhecimento dos conteúdos mínimos por parte do alunos do Ensino Fundamental.

5.3) Assegurar a aquisição de materiais pedagógicos específicos e de boa

qualidade para a alfabetização e para os anos iniciais, incluindo acervo bibliográfico, jogos pedagógicos e materiais para o trabalho com recreação e arte. ***

5.4) Garantir a avaliação psicoeducacional e o acompanhamento dos alunos

com necessidades educativas especiais da rede pública pelo CEAPE. 5.5) Fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de inovação

das práticas pedagógicas que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos alunos, consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua efetividade. ***

5.6) Assegurar a aplicação permanente de projetos de incentivo à leitura nas

instituições de ensino, envolvendo também as bibliotecas escolares e municipal. ***

5.7) Implementar mecanismos que assegurem a elaboração do planejamento

pedagógico coletivo nas instituições de ensino (escolas e CMEI´s), com efetiva participação dos alunos e familiares, buscando o desenvolvimento de propostas pedagógicas constituídas a partir das especificidades locais. ***

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5.8) Incentivar a prática da autoavaliação das comunidades escolares, capacitando as equipes escolares para a prática de avaliação, contemplando tanto o rendimento acadêmico como a formação pessoal e social do aluno. ***

5.9) Divulgar os indicadores de avaliação, acompanhados de análises e

interpretações que auxiliem os educadores responsáveis pelo trabalho da escola em suas práticas de melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem. ***

META 6: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica. ESTRATÉGIAS: 6.1) Promover, com o apoio da União, a oferta de educação básica pública

em tempo integral, por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o tempo de permanência dos alunos na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a sete horas diárias durante todo o ano letivo. */***

6.2) Aderir ao programa nacional de ampliação e reestruturação das escolas

públicas por meio da instalação de quadras poliesportivas, laboratórios, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos, bem como, de produção de material didático e de formação de recursos humanos para a educação em tempo integral. *

6.3) Fomentar a articulação da escola com os diferentes espaços educativos

e equipamentos públicos como centros comunitários, bibliotecas, praças, parques, museus, teatros e cinema.

6.4) Estimular a oferta de atividades voltadas à ampliação da jornada escolar

de estudantes matriculados nas escolas da rede pública de educação básica.

6.5) Orientar, na forma do art. 13, § 1º, I, da Lei nº 12.101, de 27 de

novembro de 2009, a aplicação em atividades de ampliação da jornada escolar de alunos matriculados nas escolas da rede pública de educação básica de forma concomitante e em articulação com a rede pública de ensino.

6.6) Atender as escolas do campo na oferta de educação em tempo integral

considerando as peculiaridades locais. ***

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META 7: Atingir as seguintes médias municipais para o IDEB:

Série/Ano Metas Projetadas

2015 2017 2019 2021

Anos Iniciais do Ensino Fundamental

5,2 5,5 5,7 6,0

Anos Finais do Ensino Fundamental

4,7 5,0 5,2 5,5

Ensino Médio 4,3 4,7 5,0 5,2

ESTRATÉGIAS: 7.1) Executar o Plano de Ações Articuladas, dando cumprimento às metas de

qualidade estabelecidas para a educação básica pública, voltadas à melhoria da gestão educacional, à formação de professores e profissionais de serviços e apoio escolar, ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e à melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar. */***

7.2) Acompanhar e divulgar bienalmente os resultados do IDEB das escolas,

das redes públicas de educação básica. * 7.3) Fomentar a inovação das práticas pedagógicas que assegurem a

melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos alunos. 7.4) Apoiar técnica e financeiramente a gestão escolar mediante

transferência direta de recursos financeiros à escola, com vistas à ampliação da participação da comunidade escolar no planejamento e na aplicação dos recursos e o desenvolvimento da gestão democrática efetiva. ***

7.5) Assegurar o atendimento ao aluno da rede pública, por meio de

programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. */***

7.6) Assegurar no cardápio da alimentação escolar a inserção de produtos in-natura e produzidos no Município, bem como a capacitação das merendeiras sobre as vantagens da utilização destes produtos. ***

7.7) Prover as instituições de ensino com equipamentos e recursos

tecnológicos digitais para a utilização pedagógica no ambiente escolar. ***

7.8) Informatizar a gestão das escolas e da Secretaria Municipal de

Educação e aderir ao programa nacional de formação inicial e continuada para o pessoal técnico da Secretaria de Educação. *

7.9) Garantir políticas de combate à violência na escola e construção de uma

cultura de paz e um ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade escolar. ***

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7.10) Implementar políticas de inclusão e permanência na escola para adolescentes e jovens que se encontram em regime de liberdade assistida e em situação de rua, assegurando os princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente de que trata a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. ***

7.11) Garantir o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena, nos

termos da Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003, e da Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, por meio de ações colaborativas com fóruns de educação para a diversidade étnico-racial, conselhos escolares, equipes pedagógicas e com a sociedade civil em geral. ***

7.12) Assegurar o desenvolvimento e a manutenção de projetos de resgate e preservação da cultura do Município, em parceria com outras redes de ensino.

7.13) Assegurar a instituição de conselhos escolares ou órgãos colegiados

equivalentes, com representação de trabalhadores em educação, pais alunos e comunidade, escolhidos pelos seus pares. ***

7.14) Assegurar, a todas as escolas públicas de educação básica, água

tratada e saneamento básico; energia elétrica; acesso à rede mundial de computadores em banda larga de alta velocidade; acessibilidade à pessoa com deficiência; acesso a bibliotecas; acesso a espaços para prática de esportes; acesso a bens culturais e à arte; e equipamentos e laboratórios de ciências (quando necessário). ***

7.15) Mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a

educação formal com experiências de educação popular e cidadã, com os propósitos de que a educação seja assumida como responsabilidade de todos.

7.16) Promover a articulação dos programas da área da educação com os de

outras áreas como saúde, trabalho e emprego, assistência social, esporte, cultura, possibilitando a criação de uma rede de apoio integral às famílias, que as ajude a garantir melhores condições para o aprendizado dos alunos. *

7.17) Universalizar, mediante articulação entre os órgãos responsáveis pelas

áreas da saúde e da educação, o atendimento aos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde.

7.18) Estabelecer ações efetivas especificamente voltadas para a prevenção,

atenção e atendimento à saúde e integridade física, mental e moral dos profissionais da educação, como condição para a melhoria da qualidade do ensino. ***

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7.19) Orientar as ações das instituições de ensino de forma a buscar atingir as metas do IDEB, procurando reduzir a diferença entre as escolas com os menores índices e a média nacional, garantindo equidade da aprendizagem. ***

7.20) Assegurar a realização de ciclo de palestras e desenvolvimento de projetos que visem buscar a participação dos pais no ambiente escolar e no comprometimento com a educação de seus filhos. ***

7.21) Assegurar e ampliar, em parceira com a área da saúde, a manutenção dos programas, projetos e atividades tais como: Programa Saúde na Escola, Projeto Samuzinho, Projeto Pequenos Vigilantes e Atividades Educativas no Combate à Dengue.

META 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. ESTRATÉGIAS: 8.1) Assegurar a oferta de programas de Educação de Jovens e Adultos para

os segmentos populacionais que estejam fora da escola e com defasagem idade série. */**

8.2) Garantir acesso gratuito a exames de certificação da conclusão dos

ensinos fundamental e médio. ** 8.3) Fomentar a expansão da oferta de matrículas gratuitas de Educação

Profissional técnica. 8.4) Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento de acesso à escola

para os segmentos populacionais considerados, identificando motivos de ausência e baixa frequência e colaborando com o Estado para garantir a frequência e o apoio à aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do atendimento desses estudantes na rede pública regular de ensino. **

8.5) Promover busca ativa de crianças fora da escola, em parceria com as

áreas de educação, assistência social, saúde e Conselho Tutelar. **

META 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

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ESTRATÉGIAS: 9.1) Assegurar a oferta gratuita da Educação de Jovens e Adultos a todos os

que não tiveram acesso à educação básica na idade própria. */** 9.2) Implementar ações de alfabetização de jovens e adultos com garantia de

continuidade da escolarização básica. */** 9.3) Promover o acesso ao Ensino Fundamental aos egressos de programas

de alfabetização e garantir o acesso a exames de reclassificação e de certificação da aprendizagem. */**

9.4) Promover chamadas públicas regulares para a Educação de Jovens e

Adultos e avaliação de alfabetização por meio de exames específicos, que permitam aferição do grau de analfabetismo de jovens e adultos com mais de 15 anos de idade. **

9.5) Executar, em articulação com a área da saúde, programa de

atendimento oftalmológico e fornecimento gratuito de óculos para estudantes da Educação de Jovens e Adultos.

9.6) Assegurar a oferta de formação continuada aos professores que atuam na Educação de Jovens e Adultos. ***

9.7) Viabilizar mecanismos para conscientizar os funcionários públicos municipais a elevar o nível de sua escolaridade, e em parceria com instituições da sociedade civil e empresas locais, conscientizar os demais funcionários que atuam no Município.

9.8) Somente permitir, na realização de concursos públicos do Município, a abertura de cargos com exigência de formação mínima a partir do ensino fundamental completo ou ensino médio.

9.9) Assegurar a qualidade da oferta da Educação de Jovens e Adultos, com espaços pedagógicos adequados às características dos alunos desta modalidade de ensino. ***

META 10: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional. ESTRATÉGIAS: 10.1) Assegurar a oferta de Educação de Jovens e Adultos voltada à

conclusão do Ensino Fundamental e ampliar a oferta da formação profissional inicial, de forma a estimular a conclusão da educação básica. **

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10.2) Fomentar a expansão das matrículas na Educação de Jovens e Adultos de forma a articular a formação inicial e continuada de trabalhadores e a educação profissional, objetivando a elevação do nível de escolaridade do trabalhador. **

10.3) Fomentar a integração da Educação de Jovens e Adultos com a

Educação Profissional, em cursos planejados de acordo com as características e especificidades do público da Educação de Jovens e Adultos, inclusive na modalidade de Educação a Distância. **

10.4) Aderir ao programa nacional de reestruturação e aquisição de

equipamentos voltados à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas que atuam na Educação de Jovens e Adultos integrada à Educação Profissional. *

10.5) Fomentar a produção de material didático, o desenvolvimento de

currículos e metodologias específicas para avaliação, formação continuada de docentes das redes públicas que atuam na Educação de Jovens e Adultos integrada à Educação Profissional. ***

10.6) Fomentar a oferta pública de formação inicial e continuada para

trabalhadores, articulada à Educação de Jovens e Adultos, em regime de colaboração e com apoio das entidades privadas de formação profissional vinculadas ao sistema sindical. **

10.7) Aderir ao programa nacional de assistência ao estudante,

compreendendo ações de assistência social, financeira e de apoio psico-pedagógico que contribuam para garantir o acesso, a permanência, a aprendizagem e a conclusão com êxito da Educação de Jovens e Adultos integrada com a Educação Profissional.

10.8) Fomentar a diversificação curricular do Ensino Médio para jovens e

adultos, integrando a formação integral à preparação para o mundo do trabalho e promovendo a inter-relação entre teoria e prática nos eixos da ciência, do trabalho, da tecnologia e da cultura e cidadania, de forma a organizar o tempo e o espaço pedagógicos adequados às características de jovens e adultos por meio de equipamentos e laboratórios, produção de material didático específico e formação continuada de professores. ***

10.9) Fomentar a oferta de cursos de qualificação para os trabalhos voltados para as áreas da economia local e da demanda existente.

10.10) Firmar parcerias com empresas e instituições de formação profissional visando a oferta de cursos de qualificação profissional.

META 11: Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

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ESTRATÉGIAS: 11.1) Fomentar a expansão da oferta de Educação Profissional técnica de

nível médio nas redes públicas estaduais de ensino. ** 11.2) Fomentar a expansão da oferta de Educação Profissional técnica de

nível médio na modalidade de Educação a Distância, com a finalidade de ampliar a oferta e democratizar o acesso à Educação Profissional pública e gratuita. **

11.3) Fomentar a oferta de matrículas gratuitas de Educação Profissional

técnica de nível médio pelas entidades privadas de formação profissional vinculadas ao sistema sindical.

11.4) Estimular o atendimento do Ensino Médio integrado à formação

profissional. ** 11.5) Apoiar e incentivar o incremento de programas de assistência estudantil

e mecanismos de mobilidade acadêmica. *

11.6) Integrar as políticas de Educação Profissional às políticas de desenvolvimento local e às políticas de geração de emprego e renda.

META 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinqüenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público. ESTRATÉGIAS: 12.1) Fomentar a ampliação da oferta de estágio como parte da formação de

nível superior. 12.2) Fomentar a acessibilidade nas instituições de educação superior, na

forma da legislação. 12.3) Consolidar e ampliar programas e ações de incentivo à mobilidade

estudantil e docente em cursos de graduação e pós-graduação, tendo em vista o enriquecimento da formação de nível superior.

12.4) Assegurar e ampliar os programas de incentivo à formação em nível

superior implantadas no Município. 12.5) Mapear a demanda e fomentar a oferta de formação de pessoal de nível

superior considerando as necessidades do desenvolvimento do Município, a inovação tecnológica e a melhoria da qualidade da educação básica.

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12.6) Assegurar mecanismos para incentivar os alunos de escolas públicas a continuarem os estudos em nível superior, divulgando, em parceria com instituições de Educação Superior, dados sobre seleção, cursos e carreiras.

META 13: Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores. ESTRATÉGIAS: Sem estratégias municipais. META 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores. ESTRATÉGIAS: 14.1) Promover o intercâmbio entre as redes de ensino e as instituições de

ensino superior existentes no Município. 14.2) Implementar ações para incentivar e favorecer o acesso da população a

programas de mestrado e doutorado. 14.3) Assegurar e ampliar o programa de inclusão digital no Município. META 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. ESTRATÉGIAS: 15.1) Incentivar a formação de profissionais do magistério para atuar na

educação básica pública. *** 15.2) Fomentar a formação e valorização dos profissionais da educação, de

forma a ampliar as possibilidades de formação em serviço. *** 15.3) Apoiar a implementação de programas específicos para formação de

professores para as populações do campo. ***

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15.4) Valorizar o estágio nos cursos de licenciatura, visando um trabalho sistemático de conexão entre a formação acadêmica dos graduandos e as demandas da rede pública de educação básica. ***

15.5) Fomentar a oferta de cursos e programas especiais para assegurar

formação específica em sua área de atuação aos docentes com formação de nível médio na modalidade normal, não-licenciados ou licenciados em área diversa da de atuação docente, em efetivo exercício. ***

META 16: Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino. ESTRATÉGIAS: 16.1) Realizar, em regime de colaboração, o planejamento estratégico para

dimensionamento da demanda por formação continuada e fomentar a respectiva oferta por parte das instituições públicas de Educação Superior, de forma orgânica e articulada às políticas de formação do Município.

16.2) Manter e ampliar programa de composição de acervo de livros didáticos,

paradidáticos, de literatura e dicionários, sem prejuízo de outros, a ser disponibilizado para os professores das escolas da rede pública de educação básica. ***

16.3) Prever, no plano de carreira dos profissionais da educação, licenças

para qualificação profissional em nível de pós-graduação stricto sensu. ***

16.4) Consolidar programa de formação continuada dos profissionais da educação. ***

META 17: Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE. ESTRATÉGIAS: 17.1) Assegurar aos profissionais do magistério tabela de vencimentos

conforme formação específica. *** 17.2) Adequar, gradativamente, para os profissionais do magistério, o

cumprimento da jornada de trabalho em um único estabelecimento de ensino. ***

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17.3) Acompanhar a atualização progressiva do valor do piso salarial nacional

para os profissionais do magistério público da educação básica, assegurando esta atualização nas respectivas tabelas salariais do plano de carreira. ***

META 18: Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de Carreira para os (as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos (as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal. ESTRATÉGIAS: 18.1) Estruturar a rede municipal de ensino buscando atingir, em seu quadro

de profissionais do magistério, 90% de servidores nomeados em cargos de provimento efetivo.

18.2) Instituir programa de acompanhamento do professor iniciante,

supervisionado por profissional do magistério com experiência de ensino, a fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação ou não-efetivação do professor ao final do estágio probatório. ***

18.3) Fomentar a oferta de cursos técnicos de nível médio, destinados à

formação de funcionários de escola para as áreas de administração escolar, multimeios e manutenção da infraestrutura escolar, inclusive para alimentação escolar, sem prejuízo de outras.

18.4) Implantar, no prazo de um ano de vigência desta Lei, política de

formação continuada para funcionários de escola. *** 18.5) Assegurar a associação do aprimoramento profissional dos profissionais

da educação e a avaliação de desempenho à progressão na carreira. META 19: Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto. ESTRATÉGIAS: 19.1) Assegurar em lei específica a observância de critérios técnicos de mérito

e desempenho para a escolha de direção de escola, garantindo a participação da comunidade escolar. ***

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19.2) Implementar programa de formação continuada específica para os gestores escolares e membros dos conselhos escolares. ***

META 20: Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio. ESTRATÉGIAS: 20.1) Aperfeiçoar e ampliar os mecanismos de acompanhamento dos recursos

públicos destinados e aplicados em educação. */*** 20.2) Fortalecer os mecanismos e os instrumentos que promovam a

transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação. */***

20.3) Assegurar, em regime de colaboração, programas articulados e permanentes de formação dos membros integrantes dos conselhos de apoio à educação. */***

20.4) Garantir às instituições de ensino o repasse de recurso para uso em pequenos reparos e manutenção dos prédios escolares. ***

(*) O cumprimento desta Estratégia depende da colaboração da União. (**) O cumprimento desta Estratégia depende da colaboração do Estado. (***) O cumprimento desta Estratégia, ao que se refere às instituições de ensino que não são da rede municipal, depende dos programas e/ou da iniciativa de cada mantenedora.

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V - ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO

A implantação com sucesso, do Plano Municipal de Educação – PME, no município de Matelândia, depende, não somente da mobilização e vontade política das forças sociais e institucionais, mas, também, de mecanismos e instrumentos de acompanhamento e avaliação nas diversas ações, a serem desenvolvidas no ensino, durante os dez anos de sua vigência.

O Órgão Municipal de Educação, na figura do Dirigente Municipal de Educação, e o Conselho Municipal de Educação são responsáveis pela coordenação do processo de implantação e consolidação do Plano, formando em conjunto o “Grupo de Avaliação e Acompanhamento do PME”. Desempenhará também um papel essencial nessas funções, o Poder Legislativo, o Poder Judiciário e a Sociedade Civil Organizada. Assim, sob uma ótica ampla e abrangente, o conjunto das instituições envolvidas, sejam elas governamentais ou não, assumirá o compromisso de acompanhar e avaliar as metas e estratégias aqui estabelecidas, sugerindo sempre que necessário, as intervenções para correção ou adaptação no desenvolvimento das metas.

As metas nacionais e estratégias deste Plano, somente poderão ser alcançadas se ele for concebido e acolhido como Plano do Município, mais do que Plano de Governo e, portanto, assumido como um compromisso da sociedade para consigo mesma. Sua aprovação pela Câmara Municipal, o acompanhamento e a avaliação pelas instituições governamentais e pela sociedade civil, são fatores decisivos para que a educação produza a grande mudança no panorama do desenvolvimento educacional, propiciando a inclusão social e a cidadania plena.

É fundamental que a avaliação seja efetivamente realizada, de forma periódica e contínua e que o acompanhamento seja voltado à análise de aspectos qualitativos e quantitativos do desempenho do PME, tendo em vista a melhoria e o desenvolvimento do mesmo.

Para isto, deverão ser instituídos mecanismos de avaliação e acompanhamento, necessários para monitorar continuamente durante os dez anos de vigência, a execução do PME.

A primeira avaliação técnica será realizada no segundo ano após sua implantação, e as posteriores a cada dois anos.

Além da avaliação técnica, realizada periodicamente, poderão ser feitas avaliações contínuas, com a participação das comissões de elaboração do PME, com a sociedade civil organizada, por meio de conferências, audiências, encontros e reuniões, organizadas pelo Grupo de Avaliação e Acompanhamento.

Os instrumentos de avaliação instituídos em nível nacional e estadual são subsídios e informações necessárias ao acompanhamento e à avaliação do PME, os quais devem ser analisados e utilizados como meio de verificar se as

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prioridades, metas e estratégias propostas no PME estão sendo atingidas, bem como se as mudanças necessárias estão sendo implementadas.

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DOCUMENTOS CONSULTADOS

Constituição Federal de 1988. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da

Criança e do Adolescente.

Lei nº 9.394/96, de 23 de dezembro de 1996. Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN).

Lei nº 13.005/2014, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional

de Educação. Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003, que altera a Lei no 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira".

Lei nº 11.494/07, de 20 de junho de 2007, que regulamenta o Fundo de

Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB.

Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, que altera a Lei no 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009, que dispõe sobre a certificação

das entidades beneficentes de assistência social; regula os procedimentos de isenção de contribuições para a seguridade social; altera a Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993; revoga dispositivos das Leis nos 8.212, de 24 de julho de 1991, 9.429, de 26 de dezembro de 1996, 9.732, de 11 de dezembro de 1998, 10.684, de 30 de maio de 2003, e da Medida Provisória no 2.187-13, de 24 de agosto de 2001.

Lei Municipal nº 969, de 04 de dezembro de 1995, que cria o Conselho

Municipal de Alimentação Escolar.

Lei Municipal nº 1220, de 29 de maio de 2001, que altera dispositivos da Lei nº 969/1995.

Lei Municipal nº 1380, de 23 de junho de 2004, que dispõe sobre o Plano

de Cargos, Carreiras e Valorização do Magistério do Município de Matelândia.

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Lei Municipal nº 1492, de 09 de agosto de 2005, que autoriza o Executivo Municipal a firmar convênio com a Associação dos Estudantes Universitários e Congêneres de Matelândia – AEUMATE.

Lei Municipal nº 1994, de 09 de agosto de 2005, que institui o Programa

de Desenvolvimento Industrial de Matelândia - PRODIM. Lei Municipal nº 1578, de 15 de março de 2006, que dispõe sobre a

estrutura administrativa do Município de Matelândia. Lei Municipal nº 1750, de 19 de junho de 2007, que cria o Conselho

Municipal de Educação – CME e a Câmara de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB.

Lei Municipal nº 1782, de 03 de setembro de 2007, que dispõe sobre o

Regime Jurídico Estatutário dos Servidores Públicos do Município de Matelândia.

Lei Municipal nº 2051, de 18 de agosto de 2009, que altera dispositivos da

Lei nº 969/1995, alterada pela Lei 1220/2001.

Lei Municipal nº 2310, de 07 de janeiro de 2011, que institui o Plano Diretor do Município de Matelândia, estabelece as Diretrizes Gerais da Política de Desenvolvimento Urbano e Municipal e dá outras providências.

Lei Municipal nº 2543, de 14 de março de 2012, que inclui os ocupantes de

cargo de Monitor de Creche no quadro próprio do magistério, confere direitos previstos na Lei nº 1380/2004.

Lei Orgânica do Município.

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SITES CONSULTADOS

www.ibge.gov.br www.diaadiaeducacao.pr.gov.br www.inep.gov.br

www.matelandia.pr.gov.br

www.mte.gov.br www.paranacidade.org.br www.pnud.org.br