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Plano Municipal de Educação Pindoretama - Ceará

Junho /2015

2

Valdemar Araújo da Silva Filho Prefeito Municipal

Tadeu Fernandes Rodrigues Vice-prefeito

Sílvia Helena Cezário Araújo Secretária de Educação Cultura e Desporto

Sílvia da Silva Reis Secretária Adjunta de Educação, Cultura e Desporto

Jorge Luiz Nogueira Presidente da Câmara de Vereadores

Vereadores Alison Freitas Lima

Antônio Cândido Ferro Elis Regina Nonato Bessa

Francisco Albanes Machado Fiúza Francisco Célio Scipião da Silva Francisco Erivando dos Santos Laíz Suênia Alencar Ramalho

Maria Gorete Cavalcante Bastos Sobrinho Raimundo Francisco da Silva

Raimundo Gomes da Silva

Coordenação do Plano Municipal de Educação de Pindoretama Professor Paulo Sérgio Nogueira

Colaboração Históricas ao PME

Professor Fernando Holanda Costa

3

Comissão de Elaboração/Adequação do PME Jorge Luís Nogueira

Angélica Maria Holanda de Oliveira Inês Maria Alves Silva

Maria Joziana Costa Câmara Diana Márcia de Oliveira

Equipe Técnica de Suporte e Apoio ao PME

Maria Diva Ferreira Paulo Henrique Silva Coelho

Paulo Sérgio Nogueira Hipólito Almeida dos Santos

Maria Adriana Silva Albino Lima

Conselho Municipal de Educação (Diretoria Executiva)

Presidente: Maria Diva Ferreira Vice Presidente: Joel Antônio Moreira

Secretária: Luciana Simão Severino da Rocha

Angélica Maria Holanda de Oliveira Coordenadora Pedagógica

Joziana Costa Câmara

Coordenadora de Planejamento e Avaliação Educacional

Francisca Glaina Silva Benício Coordenadora de Gestão Educacional

Raimundo Costa Neto

Colaborador - Apoio Técnico do PME

Diagramação José Romário Santos Lima

Avaliadora Educacional do PME Maria Benildes Uchôa de Araújo

Revisão do PME

Paulo Sérgio Nogueira

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Prefeitura Municipal de Pindoretama/CE Secretaria Municipal de Educação Cultura

e Desporto

Plano Municipal de Educação Pindoretama - Ceará

2015/2025

5

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 6 1. INTRODUÇÃO 7 2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO 8

2.1 ASPECTOS GEOGRÁFICOS, HISTÓRICOS, CULTURAIS E POLÍTICOS

8

3. EDUCAÇÃO MUNICIPIAL 15 4. NÍVEIS DE ENSINO 21

4.1 EDUCAÇÃO BÁSICA 21 4.2 ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 22 4.3 EDUCAÇÃO INFANTIL: MUNDO, BRASIL, CEARÁ E

PINDORETAMA

23 4.3.1 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL 24 4.3.2 PINDORETAMA E A EDUCAÇÃO INFANTIL NA

ATUALIDADE

26 4.4 ENSINO FUNDAMENTAL: UM POUCO DE HISTÓRIA 27

4.4.1 MATRÍCULA NO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 (NOVE) ANOS E CARGA HORÁRIA

35

4.5 ENSINO MÉDIO 35 4.6 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 36 4.7 EDUCAÇÃO ESPECIAL 38 4.8 EDUCAÇÃO BÁSICA DO CAMPO 40

5. DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL 41 5.1 DADOS EDUCACIONAIS 41 5.2 CÁLCULO DO IDEB 43 5.3 AÇÕES SOCIOEDUCATIVAS COMPLEMENTARES 46

5.3.1 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO 46 5.3.2 PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA - PSE 47 5.3.3 COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDA -

COM-VIDA

47 5.3.4 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTRA A EXPLORAÇÃO

DO TRABALHO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – PETECA

47 5.3.5 PROGRAMA AGRINHO – SENAR 5.3.6 PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA –

PAIC – PAIC + - PNAIC

48

48 6. ESTATÍSTICAS EDUCACIONAIS 49 6.1 SITUAÇÃO MUNICIPAL COM RELAÇÃO ÀS METAS NACIONAL 56 7.1 – CONSTRUINDO A PRÓXIMA DÉCADA 2015/2024 7.1 METAS E ESTRATÉGIAS

64 64

8. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PINDORETAMA

85

REFERÊNCIAS 86 ANEXOS 88 LISTA DE TABELAS, FIGURAS E TABELAS E GRÁFICOS 89

GLOSÁRIO DE SIGLAS 90

MODELO DA LEI MUNICIPAL 92

6

APRESENTAÇÃO

O Plano Municipal de Educação de Pindoretama foi elaborado a partir dos

estudos, debates e proposições, tendo iniciadas as discussões no ano de 2013, na

CONAE/COMEP, envolvendo a equipe de profissionais das Coordenações:

Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Fundamental, Educação de Jovens

e Adultos e Educação Especial, assim como os segmentos das escolas, sob a

coordenação do então Professor Paulo Sérgio Nogueira da Secretaria Municipal de

Educação, Cultura e Desporto.

Assim, foi instituída a Comissão Municipal Representativa da Sociedade de

elaboração/adequação do PME, por meio de Portaria do Senhor Prefeito Municipal,

formada pela Câmara de Vereadores, Estudantes, Pais, Professores e Sindicato

dos Servidores que, contribuíram com as proposições de Metas e Estratégias para

o PME correspondendo ao Decênio 2015 – 2025.

O processo de elaboração do PME encontra respaldo legal na Constituição

Federal de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de nº

9.394/96, assim como, nos marcos normativos que embasam o regime de

colaboração dos entes federados: a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios. O PME de Pindoretama encontra-se alinhado ao Plano Nacional de

Educação – PNE e ao Plano Estadual de Educação – PEE.

Ressalta-se que as Metas e Estratégias definidas neste Plano apontam para

as perspectivas transformadoras e emancipadoras da educação de Pindoretama,

sendo delineadas com base na Legislação Educacional, nos Planos Nacional e

Estadual de Educação e a realidade do município.

O PME considera como foco o território do município, espaço em que o

poder público das diferentes esferas de governo articula-se para a garantia do

direito ao exercício da cidadania, tendo por eixo a qualidade da educação. As

Metas e Estratégias do PME foram definidas a partir da análise do diagnóstico

educacional do município, considerando o contexto histórico, geográfico,

socioeconômico, cultural e ambiental, o que proporcionou uma visão holística da

realidade de Pindoretama, possibilitando assim, a definição de proposições

capazes de assegurar mudanças significativas na performance educacional do

município no decorrer de dez anos.

Assim sendo, percebemos que o PME será o direcionamento para a

melhoria da qualidade da educação em Pindoretama.

Para finalizar, desejamos expressar nossos profundos agradecimentos aos

participantes, envolvidos e entrelaçados na construção deste Plano.

Temos a certeza de que todos – responsáveis por pequenas ou múltiplas

ações e que acreditaram neste processo – são cidadãos que constroem uma

cidade com orgulho e singularidade do bem maior – o ser.

A meritocracia passa a ser o valor do envolvimento de cada integrante deste

documento. A estes que ensinaram e aprenderam...

7

1. INTRODUÇÃO

O Plano Municipal de Educação de Pindoretama busca projetar a educação

em um novo patamar de qualidade com vistas a atender às necessidades e às

aspirações do educando e de seus familiares, levando em conta limitações de

recursos financeiros, humanos, tecnológicos, legais.

Portanto, apresenta-se a seguir, um conjunto de estratégias, onde o Poder

Público responderá as demandas educacionais da sociedade e, neste sentido,

traduzir-se em um elemento norteador da política pública do Município, que tem por

finalidade oferecer à comunidade uma escola pública que valorize a diversidade e

que seja de todos, para todos e de cada um.

O Plano Municipal de Educação originou-se do Plano Nacional de Educação

– PNE, Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, a qual determina que a partir dos

pressupostos, diretrizes e metas do PNE, cada município construa o seu plano de

educação. Essa elaboração cumpriu a legislação e permitiu pensar e repensar a

educação de Pindoretama e projetá-la para um futuro próximo, atendendo aos

anseios do município e sendo coerente com toda conjuntura social, política e

cultural do município, do estado e do país.

O Plano Municipal de Educação de Pindoretama tem como objetivo

responder as necessidades educacionais do município, tendo em vista a melhoria

na qualidade da educação em todo o sistema de ensino de forma participativa.

Juntos, governo e sociedade civil, pais, alunos, professores e demais profissionais

da educação irão analisar, propor e definir políticas públicas para educação, com o

propósito de reduzir as desigualdades sociais e regionais, e superar a

descontinuidade do trabalho na educação do município de Pindoretama.

Para tanto, entregamos ao Município de Pindoretama não um Plano da

Gestão Municipal, mas o Plano para a sociedade pindoretamense, que irá perdurar

por dez anos (2015 a 2025) e quem tem como foco a garantia da melhoria da

Educação Municipal.

Paulo Sérgio Nogueira Coordenador Municipal do PME

Sílvia Helena Cezário Araújo

Secretária de Educação, Cultura e Desporto

8

2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO

2.1 ASPECTOS GEOGRÁFICOS, HISTÓRICOS, CULTURAIS E POLÍTICOS

DADOS DA HISTÓRIA

TOPONÍMIA

Localizado da região litorânea nordeste do Estado tem como coordenadas

geográficas, 4º 01’ 37” de Latitude Sul e 38º 18’ 18” de Longitude Oeste. A altitude

da sede é de 40 metros, tendo como limite: Norte: Aquiraz, Sul: Cascavel, Leste:

Cascavel e Aquiraz, Oeste: Aquiraz. Inicialmente chamava-se Baixinha, mudado

pela Lei nº 2.195, de 20 de Outubro de 1942, para Palmares, nome que o decreto

Lei nº 1114, de 30 de Dezembro de 1943 alterou para atual, composto,

arbitrariamente, de Pindoba (folhas de palmeiras) e Retama (região).

Palavra de origem Tupi, que significa “região das palmeiras”.

As temperaturas médias variam entre 26º e 31ºC a pluviometria média é de

930,7 mm por ano (1999).

As unidades geomorfológicas mais comuns na região são a planície

litorânea com as praias, planície de deflação e dunas e tabuleiros litorâneos pré-

litorâneo. O solo é todo constituído de Areias Quartzosas Distróficas.

ORIGEM

Pindoretama, como a grande parte dos municípios brasileiros, surgiu a

margem de uma estrada. Corria os anos de 1876 e 1977. O governo imperial de D.

Pedro II decidiu fazer a ligação telegráfica entre Aracati e Fortaleza. Foi necessário

fazer uma estrada para passar a linha telegráfica, isto é, os postes com a fiação.

No dia 17 de Fevereiro de 1878, foi inaugurada a linha telefônica entre Aracati e

Fortaleza. A estrada tinha uma extensão de 141,28Km. Esta estrada chamou-se a

princípio estrada nova, estrada telegráfica ou estrada do fio. Passava no centro de

Pindoretama. É a atual Avenida capitão Nogueira. Concluída a estrada, algumas

pessoas vieram construir suas casas, à margem dela. Assim, depois de 10 anos,

Pindoretama já era um pequeno povoado.

BREVE HISTÓRICO

Chamou-se primitivamente Baixinha e depois Palmares. Suas origens

remontam do séc. XIX, quando moradores, vindos de regiões vizinhas fizeram aos

poucos o seu povoamento. Os documentos da época a ela se referem como

povoação de Baixinha. Era uma baixa que havia na estrada de Aracati a Fortaleza.

Era uma baixa pequena, portanto uma baixinha. A população tratou algum tempo

depois de mudar esse nome. Isso só ocorreu depois da lei Estadual nº. 2.195 de 20

de outubro de 1924, sancionada pelo Governador Des. José Moreira da Rocha,

9

que mudava o nome da povoação de Baixinha para povoação de Palmares. Era

Prefeito de Cascavel o Cel. Vitoriano Antunes. Entretanto, houve necessidade de

modificar esse nome mais uma vez, tendo em vista que em Pernambuco já havia

uma cidade com esse nome. Pelo decreto – lei nº. 114 de 30 de dezembro de

1943, o interventor do Ceará, o Capitão Alberto Carneiro de Mendonça, modificou

esse nome e de Palmares passou a ser Pindoretama.

Os primeiros passos da emancipação foram dados no ano de 1984. As

lideranças de Pindoretama, tendo à frente os senhores Edílson Costa, Alédio

Batista, Jaime Felix e Fernando Holanda Costa trouxeram o deputado Paulo

Lustosa para Pindoretama e uma das principais reivindicações foi a emancipação

de Pindoretama. Nessa mesma época foi preparado o primeiro abaixo assinado,

com 138 assinaturas do povo de Pindoretama. No dia 22 de janeiro de 1985 deu

entrada na Assembleia, e no protocolo daquela casa de nº. 173/85. Mais tarde,

surgiu outro, parece que de iniciativa de José Vale Albino, que recebeu o número

de protocolo 200/85. Várias tentativas foram feitas a fim de agilizar o processo,

portanto faltava a Pindoretama o requisito de população. Foi feito um requerimento

para anexar à Pindoretama os setores populacionais de nº. 9 e 23, compreendendo

parte do Capim de Roça e parte da Preaoca ficando resolvido a questão. A

Assembleia Legislativa através do Doc. Legislativo nº. 195/87 de 27 de março de

1987, determinava a realização da consulta plebiscitária em Pindoretama. No TRE

o processo recebeu o nº. 765/87. Na sessão do dia 25 de junho de 1987, o TRE

marcou o plebiscito para o dia 07 de setembro de 1987. O resultado foi

homologado pelo TRE que encaminhou a Assembleia. No dia 1º de dezembro de

1987 a Assembleia Legislativa votou o projeto de lei nº. 99/87, elevando

Pindoretama a categoria de Município. O projeto foi encaminhado a sanção do Sr.

Governador. A lei que emancipou Pindoretama recebeu o nº. 11.413 e foi

sancionada no dia 28 de dezembro de 1987 pelo Governador Tasso Jereissati.

No dia 7 de setembro de 2005, dia do município, o Prefeito Municipal de

Pindoretama, Sr. José Gonzaga Barbosa, sancionou 5 (cinco) autógrafos de lei

criando 4 distritos: Pratiús, Capim de Roça, Ema e Caponguinha, e um projeto

redefinindo os limites do distrito sede. Os referidos autógrafos foram aprovados

pela Câmara Municipal na sessão ordinária de 2 de setembro de 2005. Em breve

as leis municipais estarão sendo publicadas e encaminhadas ao IBGE, para as

providências cabíveis.

EVOLUÇÃO POLÍTICA

A elevação do povoado à categoria de Vila provém de ato governamental

datado de 08 de Novembro de 1894, com o nome de Baixinha. Sua elevação a

categoria de município decorre da Lei nº 6310, de 20 de Maio de 1963 e suprimido

antes de ser instalado (Lei nº 8339), de 14 de Dezembro de 1965. Restaurado

conforme Lei nº 11413, de 28 de Dezembro de 1987.

RELIGIÃO

10

Toda pequena comunidade desejava ter sua igrejinha onde os fieis

pudessem fazer suas orações. Assim foi também Pindoretama. Segundo contam

os antigos, no lugar onde é a atual igreja de Nossa Senhora das Graças, na sede,

morava o escravo Manoel, chamavam Pai Mané, traficado provavelmente de

Angola, na África. O terreno onde morava, pertencia ao senhor Francisco Monteiro

da Silva (Chico Monteiro). Esse escravo tinha em seu poder, uma imagem de

Nossa Senhora da Conceição, com aproximadamente 20 cm de tamanho. Tendo

morrido o pai Mané, os poucos habitantes que havia no pequeno lugar, resolveram

fazer uma capela com paredes de taipa coberta de palha. No pequeno altar,

colocaram a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Consta que em 1899, com

o inverno pesado, caiu a capelinha. Outra foi construída.

No inicio de 1939, o vigário cooperador de Cascavel, Pe. Edilson Silva, que

celebrava a missa do 3º domingo, conclamou a comunidade fazer uma igreja nova.

E os trabalhos logo começaram. No dia 26 de Julho de 1942, foi inaugurada a nova

igreja, com a presença do vigário de Cascavel, na época PE. Mauro Fernandes

Carvalho. O que interessante ressaltar, é que a padroeira de Pindoretama, era

Nossa Senhora da Conceição. Com a construção da igreja nova, mandaram

comprar uma imagem em São Paulo, e invés de vir uma imagem maior de Nossa

Senhora da Conceição, veio uma imagem grande de Nossa Senhora das Graças. A

pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição foi entregue a família de

Manoel Monteiro, que havia doado o terreno a igreja em 1888, o terreno da igreja

matriz de Pindoretama, quando foi doado, era uma quadra de terra, com 100

metros de frente e fundos e 100 metros de lado. Os primeiros habitantes foram

invadindo.

A paróquia de cascavel, a qual pertencia a capela de Pindoretama, cobrava

uma taxa (foro) daqueles que estavam ocupando o terreno da santa com suas

casas. A partir de 1943, o vigário de Cascavel, Pe. Antônio Nepomuceno deixou de

cobrar, de tal modo que os que moram na Rua Julia Alenquer, na Travessa Juvenal

Gondim e na Rua Manoel Paulino, na parte em torno da igreja, estão na terra de

Nossa Senhora da Conceição. A capela de Pindoretama pertenceu a paróquia de

Cascavel até 1992. No dia 24 de Abril de 1992, D. Aloísio Lorsheider assinou

decreto criando a área pastoral de Pindoretama/Tapera.

Pindoretama conta com quatro distritos: Pratiús, Sitio Ema, Capim de Roça e

Caponguinha e ainda uma Sede.

11

TABELA 1 – DADOS GERAIS MUNICIPAL

Toponímia Composição arbitrária de Pindoba (folha de palmeira)

Localização Nordeste

Latitude 40°01’40”

Longitude 38°18’22”

Altitude 40 metros

Área 75.7 km2

Norte Aquiraz

Sul Cascavel

Leste Cascavel

Oeste Aquiraz

Ano de Criação 1987

Lei de Criação 11.413

Distância rodoviária à

Fortaleza

45 km

Uso Potencial Culturas cíclicas, fruticulturas, citricultura, pecuária.

Solos Areias quartizosas, distróficas e marinhas.

Densidade Demográfica 198,51 Hab/ Km2

População 19.975 habitantes

DDD 85

Temperatura Geralmente Mínimo: 26 Cº - Máximo: 31 Cº

Fonte: Câmara Municipal de Pindoretama

INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO.

AGRICULTURA – atualmente a agricultura constitui-se como uma das

atividades mais importantes na economia do município, visto que, há estimativas

de que este setor seja responsável por cerca de 36,8% de arrecadação.

PRODUTOS AGRÍCOLAS - cana-de-açúcar, manga, coco da Baia,

mandioca etc.

CASAS DE FARINHA E ENGENHO – segundo consta existiam de 35 a 40

engenhos no município de Pindoretama, produzindo essencialmente a rapadura.

Tradicionalmente esses engenhos, ainda conservam traços da época da

colonização, apesar dos avanços e das exigências legais para o seu

funcionamento.

PECUÁRIA - galinha/frango, ovos de galinha, bovinos, suínos, equinos,

caprinos e etc.

INDÚSTRIA - produtos alimentares, bebidas, produtos de minerais não

metálicos etc.

ARTES - o artesanato local tem sua maior expressão nas rendas de bilro,

mas há também outras tipologias com o bordado, o crochê, confecção, artigos em

cipó, cerâmica, e madeira trabalhada, além da música que predomina bastante.

FESTEJOS - festival da cana de açúcar, festa de São José, cavalgada, festa

da coroação, festas juninas, festas dos padroeiros das localidades, reisado,

malhação de judas, carnaval e natal.

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ASPECTOS POPULACIONAIS

De acordo com dados publicados pela Fundação Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística – IBGE, Pindoretama vem apresentando os seguintes

dados populacionais.

TABELA 2 – DADOS GERAIS - IBGE

População Geral 19.975 Habitantes

População Urbana 60,40% Habitantes

População Rural 39,60% Habitantes

População Homens 50% Habitantes

População Mulheres 50% Habitantes

Fonte: DOU, de 31 de agosto de 2014 - IBGE

ASPECTOS CULTURAIS

O Município de Pindoretama se destaca nesta área. Temos a segunda

melhor orquestra de sopro da América Latina. Existem grandes talentos na área

artística, notadamente no teatro, na dança e nas artes cênicas em geral.

Destacamos ainda a Quadrilha Tradição Junina que em pouco tempo conseguiu

está entre as cinco melhores do Ceará.

A cultura também tem sua valorização através do resgate do Reisado,

Carnaval, Malhação de Judas, entre outras.

2.2. Os símbolos Municipais:

Figura 1- A Bandeira

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Figura 2 – O Mapa

LEGENDA:

Escolas Municipais

Creches Municipais

Escolas Particulares

Escola Estadual Biblioteca Municipal

Núcleo de Educação Especial

Figura 3 – O Brasão

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O HINO

Letra: Clarismundo Silva Porto.

Música: Antônio Gondim.

I

Oh! Princesa das terras benditas

Verdejantes de canaviais

Entre afagos da brisa de agitais

Sob as palmas de teus coqueirais

REFRÃO

Pindoretama, Pindoretama

És brilhante de fino lavor!

Pindoretama, Pindoretama

Paraíso de sonho e de amor!

II

No sossego e na paz te engalanas

Na doçura de céu cor-de-anil

És a joia mimosa e te ufanas

De brilhar nesse imenso Brasil!

III

O trabalho é a luz que te guia

Ao triunfo que já te sorri

E leais, na mais santa alegria

Os teus filhos se orgulham de ti.

15

3. EDUCAÇÃO MUNICIPIAL

A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL

Do ponto de vista legal, o ensino em Pindoretama, iniciou com a criação da

Primeira Escola Pública, fundamentada na Lei Estadual nº 479 de 05 de outubro de

1898, foi criada a escola pública da Baixinha (hoje Pindoretama), distrito de

Cascavel. Logo depois, em 23 de dezembro de 1899, o Prefeito de Cascavel

nomeia para Inspetor Escolar da Baixinha o Sr. Firmino Crisóstomo de Freitas.

A Primeira Professora foi a Sra. Francisca Chagas Oliveira. Essa Professora

foi substituída em outubro de 1900, pela normalista Raimunda Pereira de Sousa.

Em 02 de janeiro de 1903, foi nomeada pelo prefeito de Cascavel, a Sra Raimunda

Gomes Barbosa. No dia 02 de janeiro de 1907, foi nomeada a Professora Sra.

Luiza Gomes Barbosa.

Em 1910 a escola fechou e reabriu anos depois.

Já em 1915, mas precisamente em 17 de junho, foi nomeada para lecionar

na Baixinha, a Professora Julia Alenquer Fontenele. Porém, só em 13 de setembro

de 1915 ela começou a ensinar na escola que se localizava na rua da Igreja,

próximo a casa do Sr. Capitão Nogueira. Em 1921 a professora Julia Alenquer

Fontenele foi substituída, pela Professora Maria Liberalina Guimarães, também

normalista. Em 1926, assumiu a Professora Maria Coelho da Silva. Em 1929,

assumiu a Professora Alice Nunes de Morais.

Apenas 1932, novamente a Professora Julia Alenquer Fontenele, veio

ensinar em Pindoretama (agora casada). Morreu de parto no dia 31 de julho de

1933. Seu túmulo foi um dos primeiros a ser erguido no Cemitério de Pindoretama,

que foi inaugurado no dia 20 de janeiro de 1932.

Depois da morte da professora Julia Alenquer Fontenele, várias outras

professoras lecionaram em Pindoretama, a citar: Professora Julia Abreu, Odete

Montenegro, Diva Pontes, Consuelo Girão, Emília Sena, Beatriz Martins Franco,

Adelaide Gondim, Dona Fausta, entre outras.

Apenas em 29 de outubro de 1949 foi inaugurada a Escola Rural de

Pindoretama, atual Escola Julia Alenquer Fontenele. O Terreno para a construção

da escola foi uma doação do Sr. Raimundo Costa Filho, morador local. Foi

construída com recursos concedidos do Governo Federal pelo Presidente da

República, o General Eurico Gaspar Dutra. A primeira professora foi a Sra. Lemilce

Leite Barbosa. A Escola tinha apenas uma sala de aula, a casa da Professora, um

salão para recreio e dois banheiros. A escola funcionava manhã e tarde. Depois

foram designadas para ensinar Adélia Gondim e Carmem Gondim.

Neste meio tempo, foi criada uma terceira turma, que funcionava em outro

local, hoje casa da Sra. Vilanir Gondim, que tinha a Professora Maria Holanda

Costa a frente. Para que escola pudesse funcionar foi preciso que o Sr. Raimundo

Costa fizesse uma preparação na estrutura física do espaço. Assim com as sobras

das carteiras da escola rural foi formada a escolinha. Com o passar do tempo a

16

escolinha estava sem estrutura, então resolveu-se mudar o local da escola para a

Travessa Juvenal Gondim, antiga Câmara de Vereadores.

Ainda em julho de 1954, foi criada a Escola Isolada de Pindoretama que

funcionou onde hoje é o prédio da prefeitura (uma parte – antiga câmara de

vereadores), mas precisamente na travessa Juvenal Gondim. A Sra. Maria Holanda

Costa, Professora formada em 1953 em Fortaleza por muitos anos veio a assumir a

Escola, que mais tarde passou para compor o quadro da Escola Rural de

Pindoretama.

O sistema de ensino adotado até aqui, era por seriação, porém as turmas

eram multiseriadas e o grande objetivo de ensino era ensinar a ler e escrever e

resolver as quatro operações através da tabuada. Utilizando as Cartilhas do ABC

para Português e Tabuada para Matemática.

A antiga Escola Rural de Pindoretama, mais tarde passou a ser chamada

Grupo Escolar de Pindoretama. Que foi ampliada na Administração do Sr. Capitão

Nogueira (1963/1966). Em 1965, mas precisamente, houve a ampliação da Escola

Isolada de Pindoretama e tendo como Professora a Sra. Socorro Morais

(Fortaleza), também normalista, ficando apenas por 02 anos. Em 1974, a Sra.

Maria Daci Silva, assume como Professora leiga, ainda sem formação.

Ainda no ano 1974, aconteceu a criação do CEM (Centro Educacional

Municipal) de Cascavel no governo do Sr. Juarez Queiroz. Já em 1975, houve a

criação do anexo no CEM em Cascavel. Em 1976, a Professora Maria Holanda

Costa foi convidada para ser Diretora do Grupo Escolar de Pindoretama, tendo

como vice diretora a Sra. Maria Daci Silva, estudando ainda o Pedagógico (antigo

Normal). O fardamento era para as mulheres, blusa branca de botão com bolso

quadrado bordado em verde com a sigla GEP (Grupo Escolar de Pindoretama),

saia pregueada na cor caque, barrada com duas fitas de tecido na cor verde. Já os

homens vestiam a mesma blusa das mulheres, com calça comprida com duas fitas

em tecidos na cor verde, localizada na lateral da calça. Todos os alunos calçavam

sapatos congas com meias brancas.

No Governo do Sr. Dr. Valim (1977/1982). Também foram feitas algumas

ampliações no prédio do Grupo Escolar. Em 1977, a Professora Maria Holanda

Costa resolveu reunir professores de Pindoretama para discutir que Pindoretama

merecia uma escola própria, já que tinha estrutura necessária para o

funcionamento. Na discussão foi colada ainda que a escola teria o nome da

Professora Julia Alenquer Fontenele, diante de todo o processo histórico

apresentado pela Professora Maria Costa.

Só em 1979, ainda no governo do Sr. Dr. Valim, a Escola até então chamado

de Grupo Escolar de Pindoretama, passou a ser chamada Escola de 1º Grau Julia

Alenquer Fontenele, oficialmente pelo parecer 553/79 de 10 de abril de 1979. Mas

só apenas em 18 de janeiro de 1981, foi autorizado a funcionar com o 1º grau

completo, de acordo com o parecer nº 1483/81 até 31 de dezembro de 1984. A

primeira turma formada concluiu em 1987, tendo como Professor o Sr. Francisco

Rodrigues, conhecido popularmente como Katita.

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Criada conforme o Decreto nº 18.529, publicado o Diário Oficial do Estado

em 12 de março de 1987, a Escola passou a ser denominada de Escola de Ensino

Fundamental e Médio Julia Alenquer Fontenele.

Daí em diante a Escola passou por vários dirigentes, a começar pela

Professora Maria Holanda Costa (1979 a 1981), Maria Daci Silva, por 4 (quatro)

mandatos, sendo que o último foi por processo eletivo (1982), (1987 a 1988), (1989

a 1994) e (1995 a 1998). E ainda a Professora Cleomar Holanda de Vasconcelos

(1983 a 1986). Posteriormente ainda passou como diretores dessa escola a

Professora Clautenes Lobo (1999 a meados de 2001), Professora Sílvia Helena

Cezário Araújo por 3 mandatos, O Professor Carlos Pinheiro e Marciano Araújo

Santana.

Em 1982, houve a criação do Centro de Educação Rural (CERU), hoje a

Escola Francisca Holanda Costa localizada no Centro de Pindoretama.

Através do parecer nº 1.483.181, como se disse anteriormente, a escola

rural foi inaugurada em 29 de outubro de 1949, posteriormente, a escola foi

encampada pelo estado e, através do decreto de 12 de março de 1987, foi

definitivamente reconhecida a Escola de 1º Grau Julia Alenquer Fontenele.

Entre os anos de 1986 a 1994, funcionou um colégio da CNEC, que era

anexo da CNEC de Cascavel (Padre Francisco Valdevino Nogueira) que foi extinta.

Porém teve seus frutos, ocasionando a primeira turma formada de professores

(magistério/normal) em Pindoretama.

No Ensino particular se destacavam Oton Otoni Gomes e Clarismundo Silva

Porto (Sr. Lindolfo), na sede do município. Assim também como no Pratiús ficou a

presença de Dona Olga Vale Albino. No Sítio Marinho, Damião Praxedes. Na

Caponguinha, Marieta Benício e no Capim de Roça, Sr. Raimundo Valério.

Com a criação do Município de Pindoretama, foram criadas várias escolas

municipais, no governo do Sr. Edilson Holanda Costa, que tinha como Secretário

de Educação em 1988, o Senhor Fernando Holanda, seu adjunto era o Sr.

Raimundo Costa Neto e a supervisão era assumida pela professora Maria Daci

Silva.

Para dar início a Educação propriamente dita no Município de Pindoretama o

Sr. Edilson Costa, prefeito da época foi até Cascavel para saber o quantitativo de

alunos existente, já que o município tinha aproximadamente 10.000 habitantes.

Assim foi visto que tinha apenas 356 alunos matriculados, então o senhor Edilson

Costa resolve abrir matrícula para todos que queria estudar, achando ele que esse

número iria dobrar. Foi um engano, o número de alunos elevou aproximadamente

para 2.300 alunos. Assim, veio ocasionar um problema nas estruturas das escolas,

pois a superlotação e a falta de profissionais eram fatores que não estavam nos

planos do governo.

Para resolver o problema de imediato, foi preciso alugar casas quase que

em todas as comunidades, onde havia escolas e contratar professores ou pessoas

que tinham o nível de ensino elevado, ou seja, que tinha a 4ª série na época

poderia ensinar as séries mais baixas.

18

Ainda na Gestão do Sr. Edilson Costa foram feiras algumas construções e

ampliações de escolas, a saber:

AMPLIAÇÕES:

1. A Escola do Sítio Correia tinha existência quando Pindoretama ainda era

distrito de Cascavel, porém no Governo do Sr. Edilson Holanda Costa

passou por ampliação de 3 salas de aula. A Escola fazia atendimento para a

comunidade local e Sítio João Moreira.

2. A Escola José Queiroz Ferreira, localizada no Distrito do Pratiús, tinha

existência quando Pindoretama ainda era distrito de Cascavel, porém no

Governo do Sr. Edilson Holanda Costa passou por ampliação de 2 salas de

aula.

3. A Escola Olga Vale Albino, também localizada no Distrito do Pratiús, tinha

existência quando Pindoretama ainda era distrito de Cascavel, ampliação de

2 salas de aula.

4. O Centro de Educação Rural (CERU), hoje, a Escola Francisca Holanda

Costa, também recebeu uma ampliação de 5 salas de aulas, pois se

localizava na sede do município.

CONSTRUÇÃO:

5. A Escola da comunidade do Sítio João Moreira (Mangueiral) foi construída

quando Pindoretama já tinha sido emancipada de Cascavel, o terreno para a

construção foi doado pela família João Moreira, especificamente pela Sra.

Zita Dantas da Silva conhecida como Zizi Dantas. A Escola foi construída,

porém não teve de início os trabalhos ativos, ou seja, a escola ficou fechada.

6. A escola do Alto Alegre, nas proximidades do Distrito de Capim de Roça, foi

também construída no primeiro governo de Pindoretama e o terreno foi

doado pela comunidade de Evangélicos que queria na época um espaço

para educar suas crianças e jovens.

7. Na Comunidade do Capim de Roça, a escola se localizava onde hoje é o

posto de saúde da comunidade. Recebia o nome Escola Educandário Padre

Valério. Como o número de alunos era grande e não tinha como a Escola

atender, foi necessário que a administração construísse uma nova escola.

Para isso, a primeira iniciativa deveria ser a doação para a construção da

escola. Foi feita uma primeira tentativa com a Igreja Católica, a respeito do

terreno que se localizava ao lado da Igreja, onde hoje foi construído o

Ginásio Manoel Rodriguês. A Igreja declarava que futuramente o terreno

serviria para a construção do salão paroquial. Assim, foi tomada outra

iniciativa, conversar com o Sr. José Lino Nunes Vieira, o que de imediato

doou o terreno, com o intuito de que a escola pudesse levar o nome do seu

pai, conhecido como Joaquim Nunes Vieira, e assim foi feito, hoje a escola

recebe o nome do seu pai, porém para construir o que tinha no projeto (06

19

salas) precisava se de mais terra. Então o Sr. Nilo Valério se comprometeu

em doar mais 15 metros de seu terreno, mesmo morando em Brasília.

8. Na Comunidade da Caponguinha, a doação do terreno veio por parte do Sr.

Luiz Guerreiro para construção de 3 salas de aula. Na Caponguinha já

existia uma escola, porém para que fosse feita a ampliação era necessário

que tivesse mais terra. Mesmo assim, foi feito o pedido para a Sra. Marieta

Benício, que falou que não tinha como. A escola funcionava onde hoje

localiza se o Posto de Saúde da Caponguinha.

9. No Sítio Lima a escola foi construída e a doação do terreno ficou por conta

da Sra. Fransquinha Benício.

10. A doação para a Construção da Escola do Sítio Araújo, foi feita pela Sr.

Edilson Felix de Oliveira.

11. A Escola José Nauri Pereira de Alcântara foi construída na primeira gestão

da Sra. Regina Albino, na época prefeita municipal. O terreno foi doação da

família da senhora Ingraça Guerreiro.

12. A Escola Regina Vasconcelos Albino, foi criada e construída com base na

Lei municipal, nº 17 em 25 de novembro de 1989. O terreno da escola foi

comprado do Senhor José Cândido Ferreira pela Prefeitura Municipal com o

fim de construir a Escola. A Escola foi construída na primeira gestão da

Senhora Regina Albino.

TRABALHO PEDAGÓGICO HOJE

O planejamento das ações educacionais voltam-se à pratica democrática,

visando a efetiva participação de todo a comunidade educacional na qual está

inserida a escola.

Encontros periódicos com os grupos gestores reafirmam a necessidade de

planejar ações que possam melhorar a qualidade do processo ensino-

aprendizagem.

Com a participação efetiva de todos os membros da comunidade escolar

esperamos acompanhar e resgatar os alunos que se distanciaram da escola

identificando as causas e procurando adotar as medidas necessárias a sua

reinserção e permanência.

O trabalho pedagógico ainda está pautado em Formações Continuadas

pertinentes para todos os Professores, através do PAIC, PAIC + e PNAIC, para a

Educação Infantil e Ensino Fundamental inicial. Além de Formações para os

Educadores do Ensino Fundamental Final e EJA.

O acompanhamento pedagógico também é um fator que propicia o trabalho

mais preciso, através de visitas pedagógicas e monitoramento de resultados.

20

OFERTA DE ENSINO

Em cumprimento ao disposto na Constituição Federal, estabelecendo uma

política vinculada à manutenção e ao desenvolvimento da Educação Básica,

visando a expansão e a garantia da oferta de Educação Infantil, Pindoretama

atende na rede Municipal de ensino.

EDUCAÇÃO INFANTIL

Considera-se primordial a melhoria do trabalho nas instituições de educação

infantil através de um atendimento psico-social e pedagógico de qualidade,

valorizando um desenvolvimento físico e mental satisfatório formando cidadãos

dignos e felizes. Nos dados fornecidos pela a matrícula escolar 2015, hoje a

Educação Infantil municipal conta com 893 crianças atendidas nas escolas e

creches. Ressaltamos que a faixa etária das crianças em atendimento está entre

02 a 05 anos.

ENSINO FUNDAMENTAL

Buscando garantir uma aprendizagem de qualidade e um ensino

comprometido com a formação integral do cidadão, a Secretaria de Educação,

Cultura e Desporto de Pindoretama atende um total de 2.854 alunos, reforçando a

necessidade de propiciar a todos a formação básica comum.

ENSINO MÉDIO

No Município só existe um estabelecimento - Escola Estadual de Ensino

Médio Júlia Alenquer Fontenele - de ensino médio, localizada no Centro da cidade,

com uma demanda de 939 alunos, matriculados nos turnos, manhã, tarde e noite e

com um anexo no Distrito de Capim de Roça. Sendo de responsabilidade do

estado, sua missão de garantir a progressiva extensão de obrigatoriedade e

gratuidade do ensino médio.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

O programa de Alfabetização de Jovens e Adultos destinado a atender os

moradores da zona rural e urbana visa minimizar o analfabetismo, outorgando a

cada munícipe o seu direito á leitura / escrita a verdadeira inserção ao exercício da

cidadania. Hoje existem 11 turma distribuídas em 7 escolas municipais que

atendem juntas cerca de 170 alunos.

O Município de Pindoretama trabalha com os seguintes programas de

alfabetização: Programa Alfabetização Solidária e Brasil Alfabetizado e EJA.

21

4. NÍVEIS DE ENSINO

4.1 EDUCAÇÃO BÁSICA

Em suas singularidades, os sujeitos da Educação Básica, em seus

diferentes ciclos de desenvolvimento, são ativos, social e culturalmente, porque

aprendem e interagem; são cidadãos de direito e deveres em construção;

copartícipes do processo de produção de cultura, ciência, esporte e arte,

compartilhando saberes, ao longo de seu desenvolvimento físico, cognitivo,

socioafetivo, emocional, tanto do ponto de vista ético, quanto político e estético, na

sua relação com a escola, com a família e com a sociedade em movimento. Ao se

identificarem esses sujeitos, é importante considerar os dizeres de Narodowski

(1998), o qual entende, apropriadamente, que a escola convive hoje com

estudantes de uma infância, de uma juventude (des) realizada, que estão nas ruas,

em situação de risco e exploração, e aqueles de uma infância e juventude (hiper)

realizada com pleno domínio tecnológico da internet, do facebooks, watszap, dos

chats e outros. Não há mais como tratar: os estudantes como se fossem

homogêneos, submissos, sem voz; os pais e a comunidade escolar como objetos.

Eles são sujeitos plenos de possibilidades de diálogo, de interlocução e de

intervenção.

Exige-se, portanto, da escola, a busca de um efetivo pacto em torno do

projeto educativo escolar, que considere os sujeitos-estudantes jovens, crianças,

adultos como parte ativa de seus processos de formação, sem minimizar a

importância da autoridade adulta.

Na organização curricular da Educação Básica, devem-se observar as

diretrizes comuns a todas as suas etapas, modalidades e orientações temáticas,

respeitadas suas especificidades e as dos sujeitos a que se destinam. Cada etapa

é delimitada por sua finalidade, princípio e/ou por seus objetivos ou por suas

diretrizes educacionais, claramente dispostos no texto da Lei nº 9.394/96,

fundamentando-se na inseparabilidade dos conceitos referenciais: cuidar e educar,

pois esta é uma concepção norteadora do projeto político-pedagógico concebido e

executado pela comunidade educacional. Mas vão além disso quando, no processo

educativo, educadores e estudantes se defrontarem com a complexidade e a

tensão em que se circunscreve o processo no qual se dá a formação do ser

humano em sua multidimensionalidade.

Na Educação Básica, o respeito aos estudantes e a seus tempos mentais,

socioemocionais, culturais, identitários, é um princípio orientador de toda a ação

educativa. É responsabilidade dos sistemas educativos responderem pela criação

de condições para que crianças, adolescentes, jovens e adultos, com sua

diversidade (diferentes condições físicas, sensoriais e socioemocionais, origens,

etnias, crenças, classes sociais, contexto sociocultural), tenham a oportunidade de

receber a formação que corresponda à idade própria do percurso escolar, da

Educação Infantil, ao Ensino Fundamental e ao Médio.

22

Assim referenciadas, estas Diretrizes compreendem orientações para a

elaboração das diretrizes específicas para cada etapa e modalidade da Educação

Básica, tendo como centro e motivação os que justificam a existência da instituição

escolar: os estudantes em desenvolvimento.

Reconhecidos como sujeitos do processo de aprendizagens, têm sua

identidade cultural e humana respeitada, desenvolvida nas suas relações com os

demais que compõem o coletivo da unidade escolar, em elo com outras unidades

escolares e com a sociedade, na perspectiva da inclusão social exercitada em

compromisso com a equidade e a qualidade. É nesse sentido que se deve pensar e

conceber o projeto político-pedagógico, a relação com a família, o Estado, a escola

e tudo o que é nela realizado. Sem isso, é difícil consolidar políticas que efetivem o

processo de integração entre as etapas e modalidades da Educação Básica e

garanta ao estudante o acesso, a inclusão, a permanência, o sucesso e a

conclusão de etapa, e a continuidade de seus estudos.

Diante desse entendimento, a aprovação das Diretrizes Curriculares

Nacionais Gerais para a Educação Básica e a revisão e a atualização das diretrizes

específicas de cada etapa e modalidade devem ocorrer mediante diálogo vertical e

horizontal, de modo simultâneo e indissociável, para que se possa assegurar a

necessária coesão dos fundamentos que as norteiam.

4.2 ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Quanto às etapas correspondentes aos diferentes momentos

constitutivos do desenvolvimento educacional, a Educação Básica compreende:

I – a Educação Infantil, que compreende: a Creche, englobando as

diferentes etapas do desenvolvimento da criança até 3 (três) anos e 11 (onze)

meses; e a Pré-Escola, com duração de 2 (dois) anos.

II – o Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, com duração de 9

(nove) anos, é organizado e tratado em duas fases: a dos 5 (cinco) anos iniciais e a

dos 4 (quatro) anos finais;

III – o Ensino Médio, com duração mínima de 3 (três) anos.

Estas etapas e fases têm previsão de idades próprias, as quais, no entanto,

são diversas quando se atenta para alguns pontos como atraso na matrícula e/ou

no percurso escolar, repetência, retenção, retorno de quem havia abandonado os

estudos, estudantes com deficiência, jovens e adultos sem escolarização ou com

esta incompleta, habitantes de zonas rurais, indígenas e quilombolas, adolescentes

em regime de acolhimento ou internação, jovens e adultos em situação de privação

de liberdade nos estabelecimentos penais.

23

4.3 EDUCAÇÃO INFANTIL: MUNDO, BRASIL, CEARÁ E PINDORETAMA

As funções das instituições que cuidavam de crianças foram evidenciadas

após a Primeira Guerra Mundial com o aumento do número de órfãos e a

deterioração ambiental.

Surgiu nesta época um maior interesse na educação infantil principalmente

por parte de médicos que começaram a utilizar de materiais por eles

confeccionados para desenvolver atividades educativas como por exemplo a

médica psiquiatra italiana Maria MONTESSORI (1879 –1952).

O nome da médica psiquiatra italiana Maria MONTESSORI (1879 –1952)

inclui-se também na lista dos principais construtores de propostas sistematizadas

para a educação infantil no século XX. Tendo sido encarregada da seção de

crianças com deficiência mental em uma clínica psiquiátrica de Roma, produziu

uma metodologia de ensino com base nos estudos médicos de Itard e Ségun, que

haviam proposto o uso de materiais apropriados como recursos materiais.

(OLIVEIRA, 2002)

No século XX a infância ganha novas concepções e preocupações com

relação aos valores sociais produzidos no embate de problemas políticos e

econômicos. Houve nesta época diversas e valiosas contribuições para a educação

infantil como as de Vygotsky, Piaget, Freinet, entre outros, os professores da

educação infantil da atualidade ainda se baseiam nas concepções destes autores.

Após a Segunda Guerra Mundial surgiram novos estudos abordando a

preocupação com a situação social da infância e a ideia da criança como portadora

de direitos. Surgem teorias que evidenciavam a necessidade da estimulação do

desenvolvimento na criança desde o nascimento.

A expansão dos serviços de educação infantil na Europa e nos Estados

Unidos foi sendo influenciada cada vez mais por teorias que apontavam o valor da

estimulação precoce do desenvolvimento da criança já a partir do

nascimento.(OLIVEIRA, 2002)

Mas foi o desenvolvimento tecnológico e a busca da mulher pelo mercado de

trabalho que acarretaram maiores mudanças nas concepções sobre a criança e

sua educação, a necessidade de buscar novas alternativas para cuidar das

crianças fez com que a atenção voltada para as mesmas fosse analisada.

Neste período a criança passa a ser vista como sujeito social, ativa,

participante na construção do saber, esta visão provocou mudanças na prática

pedagógica dos profissionais da área que buscavam a partir daí uma formação

especializada, como afirma Oliveira, 2002.

Atualmente na Europa, o principal eixo das discussões da área é a qualidade

da educação infantil, englobando o desenvolvimento integral da criança, bem como

o preparo para o ensino elementar.

24

4.3.1 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL

A história da educação infantil no Brasil acontece como nos outros lugares

do mundo de acordo com o cenário político e econômico da época, por isso

existem muitas semelhanças, porém particularidades.

No Brasil até meados do século XIX o atendimento a crianças de 0 a 6 anos

em instituições como creches praticamente não existia, devido à estrutura familiar

da época moldada tradicionalmente, onde o pai de família trabalhava em busca do

sustento e a mãe cuidava dos filhos.

Na época a maioria da população se concentrava na área rural e pequena

parte nas cidades, havia muitas crianças órfãs de escravos e índias (que

geralmente eram frutos de abusos sexuais pelos homens brancos) estas crianças

eram adotadas pelas famílias dos grandes fazendeiros.

Nas cidades as crianças abandonadas eram recolhidas pelas rodas

expostas que eram orfanatos da época.

No final do século XIX começa a ser discutido no Brasil as concepções

elaboradas na Europa sobre a educação infantil. A partir deste período foram

criadas as primeiras instituições voltadas para o atendimento de crianças pobres.

Posteriormente surgiram os primeiros jardins-de-infância públicos voltados para as

crianças mais ricas.

Após a Proclamação da República houve um investimento na educação,

porém voltado para o ensino primário. Somente com o processo de urbanização

brasileira e consequentemente com a industrialização surgiu a necessidade de

atendimento as crianças.

Com a chegada das fábricas houve uma mudança na estrutura da família

tradicional brasileira, as mulheres saíram de casa para trabalhar nas indústrias o

que acarretou na busca de atendimento as crianças. Inicialmente as crianças eram

acolhidas por caridade pelas mulheres que não trabalhavam e se dispunham a

pajear as crianças de outras famílias ou no acolhimento de parentes.

Posteriormente, a partir da organização de movimentos e sindicatos de operários

(as) foi reivindicado inicialmente aos empresários e posteriormente ao governo

instituições como creches e pré-escolas.

Devido a necessidade encontrada foram implantadas instituições voltadas

para o atendimento de crianças, porém o caráter era puramente assistencial, havia

preocupação com a organização espacial e com a saúde da criança, não havia um

trabalho de cunho pedagógico, era um trabalho assistencial.

Após 1922, surgiram as primeiras regulamentações sobre o atendimento a

criança e surgiu um movimento de renovação pedagógica conhecido como

escalovinismo, discutia a educação pré-escolar, porém os estudos da época eram

voltados para as crianças das camadas sociais mais favorecidas.

Somente na década de 40 prosperaram iniciativas governamentais na área,

porém o atendimento à criança era voltado a saúde e filantropia.

25

Havia nesta época o que perdurou até meados do século XX atendimento

para crianças em creches, parques infantis, escolas maternais, jardins-de-infância

e classes pré-primárias.

Historicamente, sabe-se que o ingresso da mulher ao trabalho só aumentou,

aumentando também a procura por instituições de atendimento as crianças,

principalmente por período integral, porém neste período foi aprovada a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional aprovada em 1961 (Lei 4024 61) que

incluiu os maternais, jardins de infância e pré-escola no sistema de ensino.

Na década de 70 houve um processo de municipalização da educação pré-

escolar pública, segundo Oliveira (2002).

O aumento da demanda por pré-escola incentivou, na década de 70, o

processo de municipalização da educação pré-escolar pública, com a diminuição

de vagas nas redes estaduais de ensino e sua ampliação nas redes municipais,

política intensificada com a aprovação da Emenda Calmon à Constituição Nacional

(1982), vinculava um percentual mínimo de 25% das receitas municipais a gastos

com o ensino em geral.

Em 1972 já havia 460 mil matrículas na pré-escola em todo país. Com o

interesse cada vez maior das mães de classe média, não somente das mães de

classes populares por atendimento as crianças, concomitante às novas pesquisas

realizadas na área sobre o desenvolvimento da criança levou algumas instituições

se preocuparem com o caráter pedagógico no atendimento às crianças.

Em meados dos anos 70 houve debates sobre o caráter assistencialista e

educativo das instituições como os parques e creches. Porém outro fato importante

é o de que estas instituições ainda exigiam baixos níveis de escolaridade de seus

profissionais. Mas a mudança na mentalidade da população já estava suplantada, o

atendimento às crianças já não era visto como assistência social e sim como dever

do Estado e direito da família.

Lutas pela democratização da escola pública, somadas a pressões de

movimentos feministas e de movimentos sociais de lutas por creches,

possibilitaram a conquista, na Constituição de 1998, do reconhecimento da

educação em creches e pré-escolas como um direito da criança e um dever do

Estado a ser cumprido nos sistemas de ensino. (OLIVEIRA, 2002)

Embora houvesse um maior esforço em busca de práticas pedagógicas nas

instituições, os profissionais se deparavam com a falta de estrutura física e material

para realizar as atividades com as crianças.

Um traço marcante das décadas de 80 e 90 para educação voltada ás

crianças foi o surgimento de programas de televisão infantis com programação

pedagógica.

Na década de 90 houve grande evolução com relação a educação infantil,

como por exemplo a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente em

1990, que registrava os direitos da criança incluindo o direito à educação.

Surgem também novas ideias e concepções para educação infantil com a

proposta de uma nova Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394 96), esta estabeleceu a

educação infantil como etapa inicial da educação básica, marco na história da

26

educação infantil por incluir crianças de 0 a 6 anos no atendimento público

obrigatório, dentre outras conquistas:

Certamente não há como negar a grande evolução que a educação infantil

passou no período entre meados do século XIX até os tempos atuais, mas este

caminho cheio de lutas, dificuldades e conquistas ainda não chegou ao fim. A

busca pela valorização da área é constante e muitos pontos ainda devem ser

discutidos por teóricos, profissionais e comunidade.

A necessidade por atendimento às crianças só vem aumentando diante da

estrutura capitalista atual e as instituições vêm experimentando diversas

metodologias e formas de estimulação por meio de atividades lúdico-pedagógicas.

A maioria dos pais procura atendimento integral para as crianças, esta realidade

merece uma reflexão especial. Na verdade, na última década houve em muitos

casos uma transferência da responsabilidade pela educação dos filhos para os

profissionais da educação, que se sentem muitas vezes sobrecarregados e sem

apoio para realizar seu trabalho. É essencial que as famílias acompanhem o

desenvolvimento de suas crianças e participem juntamente com as escolas no

processo educacional.

4.3.2 PINDORETAMA E A EDUCAÇÃO INFANTIL NA ATUALIDADE

Atualmente, o termo educação infantil, designa o trabalho realizado em

instituições que atendem as crianças de 0 a 5 anos, sejam creches ou escolas. O

que vale ressaltar, é que nas instituições de educação infantil não cabe a ideia do

"cuidar" tampouco a ideia do "caráter preparatório ou propedêutico" nem da

"importância em si e por si mesma". O papel social das instituições de educação

infantil é o de valorizar os conhecimentos que as crianças possuem e garantir a

aquisição de novos conhecimentos, exercendo dessa maneira sua função

pedagógica. Estas conquistas e avanços estão expressas em marcos legais como

a Constituição Federal de 1988 e a LDB 9394/96, conforme será discutido no tópico

a seguir.

Após a LDB (Lei nº 9.394/96), muitas discussões sobre a formação do

profissional foram realizadas junto a algumas reformas no ensino voltado para

docência na educação infantil, porém este é outro aspecto que deve ser destacado,

no caso de Pindoretama em especial a Prefeitura Municipal de Pindoretama,

especificamente a Secretaria Municipal de Educação que tem em seu quadro de

profissionais, grande parte de seus professores com a formação em Pedagogia nas

salas de aulas.

Porém, para que o trabalho possa fluir neste Município, em algumas

situações, principalmente nas salas de 02 anos e algumas de 03 anos, além do

Professor Titular, tem ainda um auxiliar de sala, para ajudar nos diversos afazeres.

Não convém discutir profundamente o binômio cuidar-educar neste

momento.

27

O Trabalho Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação, orientado e

monitorado pelo setor pedagógico é de que todos os profissionais que trabalham

diretamente com a criança exercem as duas funções, a de cuidar e a de educar.

Dentre estes aspectos outros ainda merecem serem analisados e revistos

em busca de melhoria e aperfeiçoamento na educação de crianças de 0 a 5 anos

como, por exemplo, o número de vagas para atendimento às crianças nas

instituições, a inclusão de alunos especiais em sala de aula, os recursos

disponíveis para o trabalho dos professores, o espaço adequado para escola, a

formação em serviço e sem sombra de dúvida a valorização do profissional.

4.4 ENSINO FUNDAMENTAL: UM POUCO DE HISTÓRIA

A história da educação escolar (formal) no Brasil tem inicio em 1549,

quando aqui chegam os padres da Companhia de Jesus (ordem religiosa católica),

incumbidos de comandar a educação brasileira. Na época, nosso país era uma

colônia portuguesa organizada sob a égide da monocultura da cana-de-açúcar para

exportação, baseada no latifúndio e no trabalho escravo.

Segundo Romanelli (1992), como a educação escolar não se fazia

necessária para o desenvolvimento das atividades de produção, no período

colonial ela permaneceu à margem e serviu mais como um mero símbolo de status

para um limitado grupo de pessoas pertencentes à classe dominante (donos de

terra e senhores de engenho).

Contando com o incentivo e o subsídio da coroa portuguesa, os jesuítas

dominaram a educação brasileira por mais de dois séculos (1549-1759), criando

assim as nossas primeiras escolas, dentre elas as de primeiras letras,

correspondentes ao ensino fundamental de hoje.

Durante esse longo período, os padres jesuítas não descuidaram da

catequese (objetivo principal da presença da Companhia de Jesus) e acabaram

ministrando também educação elementar para a população índia e branca em geral

(salvo as mulheres) nas criadas escolas de primeiras letras.

Contudo, a educação dada pelos jesuítas foi direcionando-se cada vez

mais para a formação das elites, dando início assim ao caráter de classes que

marca educação brasileira até os dias de hoje.

Conforme revela Romanelli (1992), os colégios instalados pelos jesuítas

destinavam-se à educação média para os homens da classe dominante, parte da

qual continuou nos colégios preparando-se para o ingresso na classe sacerdotal”.

Tais colégios “[...] também preparavam para os estudos superiores, em

universidades européias, os jovens que não buscavam a vida sacerdotal”, segundo

(HAIDAR; TANURI, 1998).

Entendendo que o sistema jesuítico estava mais articulado aos interesses da

própria Companhia de Jesus que aqueles da Coroa, o rei influenciado por seu

primeiro-ministro, o Marques de Pombal, expulsou os padres jesuítas de Portugal e

seus domínios em 1759.

28

Durante os mais de dois séculos (1549-1759) que dominaram a educação

brasileira, os jesuítas fundaram 17 colégios secundários e, “ao redor de cada um

ou em locais avançados do interior, dezenas de escolas de primeiras

letras.”(MONLEVADE, 1997).

Assim, a partir de 1759, quando o sistema de ensino montado pelos padres

jesuítas no Brasil caiu por terra, o Estado passou a assumir, pela primeira vez, a

organização e os encargos da educação.

O orgânico (embora conservador e elitista) sistema jesuítico foi substituído

pelas aulas régias, um sistema não seriado de aulas avulsas, com professores mal-

remunerados e vitalícios no cargo, custeado por um novo tributo colonial instituído

somente em 1772, o subsidio literário, que incidia sobre a venda de carne nos

açougues e aguardente.

Mediante a edição de tal Ato, o poder central se reservou o direito de

promover a educação superior em todo o Império e a educação no Município da

Corte, delegando às Províncias a incumbência de promover a educação primária e

secundária em suas jurisdições.

Como se vê, essa descentralização trazida pelo Ato Adicional de 1834

acabou por colocar a educação da elite a cargo do poder central e a do povo a

cargo das Províncias que, “inteiramente entregues a si mesmas, desamparadas

financeiramente pelo governo central, pouco puderam fazer em benefício da”

educação primária e secundária. (HAIDAR; TANURI, 1998).

A partir de então foram criados nas capitais os liceus provinciais, na tentativa

de reunir antigas aulas régias em liceus, sem muita organização. Em função da

falta de recursos das províncias, “o ensino, sobretudo o secundário, acabou ficando

nas mãos da iniciativa privada e o ensino primário foi relegado ao abandono,

acentuando ainda mais o caráter classista e acadêmico do ensino (ROMANELLI,

1992).

Assim, ao final do Império, o quadro geral da educação brasileira pouco

diferia da situação herdada do período colonial: “poucas escolas primárias, os

liceus provinciais, em cada capital de província, colégios particulares, em algumas

cidades importantes, e alguns cursos superiores” (ROMANELLI, 1992).

Com a queda da monarquia, em 1889, começa o período conhecido como

Primeira República (1889-1930). Contudo, no que se refere especificamente ao

campo educacional, a instauração do novo regime político não trouxe alterações

significativas para a instrução pública brasileira, visto que a primeira Constituição

da República pouco modificou a divisão de responsabilidades educacionais

estabelecida pelo Ato Adicional de 1834.

A Constituição da República de 1891, que consagrou também a

descentralização do ensino, ou melhor, reservou ao governo central o direito de

“criar instituições de ensino superior e secundário nos Estados” e “prover a

instrução secundária no Distrito Federal”, delegando aos Estados competência

para prover e legislar sobre educação primária (ROMANELLI, 1992).

Assim, mesmo com a queda do Império, continuaram a persistir o dualismo

educacional e a ausência de uma coordenação central e de uma política nacional

29

de educação que abrangesse todos os níveis de ensino (HAIDAR; TANURI, 1998).

Na prática, isso significou a permanência da precariedade da instrução primária

durante a Primeira República, que subordinada “[...] inteiramente à iniciativa e às

possibilidades financeiras dos Estados” (HAIDAR; TANURI, 1998), pouco avanço

registrou.

Durante toda a Primeira República, uma série de reformas educacionais

foram tentadas no país, destacando: a Reforma Benjamin Constant (1890), a

Reforma Epitácio Pessoa (1901), a Reforma Rivadávia Corrêa (1911), a Reforma

Carlos Maximiliano (1915) e a Reforma João Luis Alves (1925). Sem validade

nacional, todas elas não lograram acarretar nenhuma mudança substancial na

educação brasileira (ROMANELLI, 1992). Todas as reformas efetuadas pelo poder

central, limitaram-se quase exclusivamente ao Distrito Federal, que as apresentava

como “modelo” aos Estados, sem, contudo, obrigá-los a adotá-las (ROMANELLI,

1992).

Como bem lembra Gadotti (1993), na década final da Primeira República “os

estados também realizaram várias reformas, destacando-se a de Sampaio Dória,

em São Paulo (1920), a de Lourenço Filho, no Ceará (1923), a de Anísio Teixeira,

na Bahia (1925), a de Francisco Campos, em Minas Gerais (1927), e a de

Fernando de Azevedo, no Distrito Federal (1928)”.

Contudo, a educação confiada aos entes federados permaneceu sem

profundas transformações na maior parte dos Estados do país durante a Primeira

República, tomando impulso apenas “[...] em determinadas regiões do sudeste do

Brasil, sobretudo em São Paulo” (ROMANELLI, 1992).

A Revolução de 1930 marca o inicio da era Vargas (1930-1945) e também

de importantes transformações no campo educacional brasileiro. De inicio, o

governo provisório cria o Ministério da Educação e Saúde Pública, que tem como

seu primeiro Ministro Francisco Campos.

Já em 1931, o governo provisório baixou uma série de decretos dispondo

sobre a organização do ensino superior, secundário e comercial, que se

constituíram na chamada Reforma Francisco Campos.

Tal Reforma, contudo, pecou por tratar “de organizar preferencialmente o

sistema educacional das elites”, deixando “completamente marginalizados os

ensino primário e os vários ramos do ensino secundário profissional” (salvo o

comercial) (ROMANELLI,1992).

Em 16 de julho de 1934 uma nova Constituição Federal foi promulgada em

nosso país. Em relação à educação, especificamente, muitas das ideias defendidas

pelos educadores da Associação Brasileira de Educação (ABE), e que mais tarde

foram traduzidas no Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, tornaram-se

preceitos constitucionais a partir da Carta de 1934.

Segundo Romanelli (1992), a Constituição de 1934 representa uma vitória

do movimento renovador, uma vez que quase todo texto constitucional “referente à

educação denuncia uma influencia bastante pronunciada do Manifesto”.

Além de estabelecer a que a educação é direito de todos, a Constituição de

1934 determinou a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primário e

30

estabeleceu, pela primeira vez no país, a vinculação de mínimos percentuais

orçamentários para a educação, devendo a União e os Municípios aplicar nunca

menos de 10% e os Estados e Distrito Federal pelo menos 20% da renda

resultante dos impostos, no ensino.

Contudo, com o golpe que instalou o Estado Novo (1937-1945) a Carta de

1934 logo foi substituída pela Constituição outorgada em 1937, a qual tratou a

educação muito restritivamente.

A partir de 1942, o Ministro da Educação Gustavo Capanema deu início,

ainda que de maneira parcial, a reforma de todos os ramos do ensino primário e

secundário. Entre 1942 e 1946, oito decretos-lei foram postos em execução

visando tal reforma, os quais tomaram o nome de Leis Orgânicas do Ensino.

O ensino primário, até então, praticamente não tinha recebido qualquer

atenção do governo central e ainda não havia diretrizes lançadas pelo governo

central para esse nível de ensino. Como era a administração dos Estados que

cuidava do ensino primário, as reformas referentes a este nível de ensino foram

todas feitas pelos Estados, mas de maneira isolada e sem muita continuidade

(ROMANELLI, 1992).

Com a Lei Orgânica do Ensino Primário, enfim, o governo central cuida de

traçar diretrizes para o ensino primário, válidas para todo o país. A partir de então,

tal nível de ensino ficou assim estruturado:

- ensino primário fundamental, destinado a crianças de 7

a 12 anos, subdividido em:

- primário elementar (de 4 anos); e

- primário complementar (de 1 ano).

- ensino primário supletivo, de 2 anos, para adolescentes

e adultos que não receberam esse nível de educação na

idade adequada.

Contudo, como ressalta Romanelli (1992), na prática “o ensino primário

fundamental acabou por resumir-se no ensino primário elementar, por falta de

condições objetivas de funcionamento do ensino complementar”.

O regime instalado com o golpe militar de 1964 veio alterar “sensivelmente a

estrutura do ensino até então em vigor” no país (SAVIANI, 1997).

Mediante a Lei nº 5.692/71 (fixa diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º

graus), o governo militar reformou o ensino primário e secundário. A lei supracitada

criou o ensino de 1º grau, com duração de 8 anos, mediante a junção do antigo

curso primário e do ciclo ginasial do ensino médio.

Segundo Romanelli (1992), assim, “eliminou-se um dos pontos de

estrangulamento do nosso antigo sistema representado pela passagem do primário

ao ginasial, passagem que era feita mediante os chamados exames de admissão”.

A referida lei transformou, ainda, o ciclo colegial do ensino médio em ensino

de 2º grau, de caráter profissionalizante, abrangendo dois níveis de habilitação

31

profissional: - auxiliar (3 anos de duração) e - técnico (4 anos de duração), cujos

desdobramentos não se constituem em objetivo deste trabalho.

Com o fim do regime militar (1985), o Congresso Nacional deu início ao

processo de elaboração da nova Constituição Federal. Na Constituinte, instalada

em fevereiro de 1987, o Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública teve uma

participação de destaque ao defender que suas propostas fossem incorporadas no

“capítulo da Constituição referente à educação, o que se conseguiu quase

totalmente” (SAVIANI, 1997).

A Constituição Federal de 1988 (CF/88), chamada por Ulysses Guimarães

de “Constituição Cidadã”, “reconheceu vários direitos sociais”, com consequentes

ganhos para o campo da educação.

No caso do ensino fundamental, particularmente, o texto de 1988, além de

atribuir-lhe nova nomenclatura, explicita, no inciso I do artigo 208, o direito de todos

os brasileiros a este nível de ensino, ao afirmar que “o dever do Estado com a

educação será efetivado mediante a garantia de: “I – ensino fundamental,

obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade

própria”.

Conforme o entendimento de Oliveira (2007), tal dispositivo constitucional

avança em relação ao “texto que 1967-1969, que especificava a gratuidade e o

obrigatoriedade apenas dos 7 aos 14 anos”, estendendo o dever do Estado

também àqueles que não tiveram acesso ao ensino fundamental na idade própria.

Tal obrigatoriedade implica em duplo dever: primeiro, o dever do Estado de

garantir vagas em número suficiente para todos no ensino fundamental obrigatório;

segundo, o dever dos pais ou responsáveis de matricular seus filhos em tal nível de

ensino, pois trata-se de um direito da criança e não dos pais (BRANDÃO, 2007;

OLIVEIRA, 2007).

Cabe destacar que a CF/88 manteve apenas o ensino fundamental como

obrigatório para o aluno, tal qual o ensino de primeiro grau nos marcos da Lei nº

5.692/71. Contudo, as outras etapas da educação básica são de oferta obrigatória

por parte do Poder Público.

Outro aspecto relevante apresentado pela CF/88 refere-se ao contido no §1

do artigo 208, que afirma que “o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito

público subjetivo”. Trata-se do direito de qualquer cidadão brasileiro exigir do

Estado o cumprimento da prestação educacional, ou seja, “exigir vagas suficientes

para que ocorra efetivamente o acesso ao ensino fundamental” (BRANDÃO, 2007).

Se não houver vagas na escola pública, o Estado deve providenciá-las nas escolas

privadas, mediante o pagamento de bolsas aos estudantes.

Com relação à divisão de responsabilidades na oferta dos níveis de ensino,

o artigo 211 da CF/88, já alterado pela Emenda Constitucional nº 14 de 1996, deixa

claro que Estados e Municípios são corresponsáveis pelo ensino fundamental.

Os preceitos educacionais contidos no texto da CF/88 foram detalhados de

maneira mais sistemática na legislação complementar conhecida como Lei de

32

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/96), lei educacional imediatamente

abaixo da Lei Maior do país.

A LDB/96, embora na visão de renomados estudiosos da questão (DEMO,

1997; SAVIANI, 1997) não tenha regulamentado a contento os pontos do capítulo

sobre educação da CF/88, destinou importantes artigos relativos ao ensino

fundamental.

Reafirmando o disposto no artigo 208 da CF/88, a LDB/96 especifica no

artigo 4º quais são os deveres do Estado para com seus cidadãos no que se refere

à oferta da educação escolar pública. Sobre o ensino fundamental,

especificamente, seu inciso I repete o contido na redação original da CF/88: “o

dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia

de” “ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não

tiveram acesso na idade própria” (inciso I, artigo 4º, da LDB/96).

O artigo 5º da LDB/96 detalha o disposto no §1º do artigo 208 da CF/88,

especificando que “o acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo,

podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária,

organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda,

o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo.

O §2º do artigo 5º da LDB/96 reafirma que a prioridade de atendimento das

esferas administrativas é o ensino fundamental, único nível obrigatório, podendo

contemplar “em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as

prioridades constitucionais e legais”.

Em sintonia com o disposto no artigo 211 da CF/88, a LDB/96 ao definir as

incumbências das esferas administrativas na organização da educação nacional

(Título IV), afirma que os Estados devem “assegurar o ensino fundamental e

oferecer, com prioridade, o ensino médio” (inciso VI, artigo 10), e os Municípios

devem “oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o

ensino fundamental” (inciso V, artigo 11).

Percebe-se, claramente, que a primazia do atendimento recai mais uma vez

no ensino fundamental, nível de ensino obrigatório, devendo vir em seguida a

oferta dos demais níveis de ensino que compõem a educação básica.

Ao definir a composição dos sistemas de ensino federal (artigo 16), estadual

(artigo 17) e municipal (artigo 18), a LDB/96 estabelece que a supervisão das

instituições de ensino fundamental caberá: aos Estados, quando se tratar de

“instituições de ensino mantidas pelo Poder Público estadual” (inciso I) e de

instituições de ensino“ criadas e mantidas pela iniciativa privada” (inciso III); à

União, no caso de instituições de ensino fundamental mantidas por tal esfera

administrativa (inciso I); e aos municípios, quando se tratar de instituições de

ensino fundamental “mantidas pelo Poder Público municipal” (inciso I).

Após as duas alterações sofridas (Leis nº 11.114/05 e 11.274/06), a LDB/96,

no seu artigo 32, definiu o ensino fundamental como obrigatório, com duração de

nove anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos seis anos de idade, cujo

prazo (2010) concedido aos sistemas de ensino para se adaptarem a esta recente

orientação legal já expirou.

33

Etapa gratuita e obrigatória da educação básica e com duração de nove

anos, iniciando-se aos seis anos de idade, o ensino fundamental tem por objetivo a

formação básica do cidadão, mediante: o desenvolvimento da capacidade de

aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do

cálculo (inciso I), a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político,

da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade (inciso

II), o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição

de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores (inciso III), e o

fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de

tolerância recíproca em que se assenta a vida social (inciso IV).

Ainda que com um atraso de quase um século em relação aos países

desenvolvidos, o Brasil praticamente universalizou o acesso ao nível obrigatório de

ensino, chegando-se ao final do ano 2000 aos significativos índices no ensino

fundamental: taxa de matrícula bruta (TMB) de 131,7% e taxa de matrícula líquida

(TML) de 97,1%.

A Lei nº 11.114/05 tornou obrigatório o início do ensino fundamental aos seis

anos de idade. A Lei nº 11.274/06, por sua vez, ampliou de oito para nove anos a

duração deste nível de ensino.

A TMB apresentada revela, claramente, que há um elevado número de

alunos matriculados no EF com idade acima de 14 anos. Essa situação de inchaço

nas matriculas do EF decorre basicamente da distorção idade-série, a qual, por sua

vez, é consequência dos elevados índices de reprovação, fazendo com que os

alunos levem muito mais tempo para concluir tal nível de ensino (em 1998, a média

era de 10,4 anos). Conforme a análise de Adrião e Oliveira (2007), devido à

implementação generalizada de processos para regularização do fluxo escolar no

EF (ciclos, progressão continuada, classes de aceleração, etc) pelos sistemas de

ensino, a tendência é que a matricula decresça e passe a “corresponder à

população na faixa etária, o que evidenciaria um fluxo perfeitamente regular, com

matrícula bruta e líquida em torno de 100%.

Tanto em termos de educação básica, no geral, quanto em relação ao

ensino fundamental, particularmente, a esfera de governo mais díspar e múltipla –

a municipal – é a grande responsável pela prestação educacional.

A concentração da maior parte das matriculas do ensino fundamental nas

redes municipais de ensino é resultado da implantação do Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (antigo

FUNDEF), que, pelo seu caráter confiscatório e indutor à municipalização deste

nível de ensino, fez com que os municípios cada vez mais ampliassem sua

responsabilidade pelo ensino fundamental na sua vigência (1997-2006), com a

correspondente diminuição por parte das redes estaduais. Tal fenômeno, ao

contrário do que se esperava, não foi efetivamente estancado pelo Fundo de

Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos

Profissionais da Educação ( antigo FUNDEF), cuja vigência inicou-se em 2007 e

está para findar em 2020.

34

Depreende-se, então, que “os avanços brasileiros na efetivação do direito

público à educação têm sido obtido num contexto de aumento da participação

municipal” (FREITAS; FERNANDES, 2011).

Não obstante os avanços registrados, a educação municipal ainda se vê

diante de grandes desafios em termos de ampliação da prestação educacional.

Conforme observam Freitas e Fernandes (2011), “ao município cabe, atualmente, a

responsabilidade principal da oferta de 11 dos 14 anos de escolarização obrigatória

fixada constitucionalmente”.

Recentemente, a Emenda Constitucional nº. 59/09 estendeu a

obrigatoriedade escolar – até então restrita ao ensino fundamental –para a faixa

etária de 4 a 17 anos de idade, abarcando quase toda a educação básica

(educação infantil na etapa da pré-escola, ensino fundamental e médio). O

cumprimento dessa determinação foi aprazado para 2016.

Diante dos avanços registrados e da notável ampliação da matrícula, no

ensino fundamental – diferentemente de outros níveis de ensino – o grande

impasse passou do acesso para a qualidade.

Ainda que o acesso ao ensino fundamental, prioridade dos sistemas/redes

municipais de ensino, esteja (praticamente) universalizado, o insucesso escolar em

face da repetência e da evasão é bastante frequente no nível de ensino

supracitado. Assim, a melhoria da qualidade do ensino fundamental ofertado se

coloca como crucial desafio à educação municipal na atualidade.

Conforme entendem alguns especialistas, a expansão e democratização do

ensino fundamental, sobretudo a partir da década de 1970, foi acompanhada por

uma perda da sua qualidade, claramente retratada no tempo presente pelos baixos

resultados obtidos pelos alunos nas avaliações externas de desempenho escolar,

como as do Sistema Nacional do Ensino Básico (SAEB) e do Programa

Internacional de Acompanhamento de Aquisições dos Alunos (PISA).

Atualmente o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) –

criado em 2007, calculado bienalmente com base no desempenho do estudante em

avaliações do Inep e em taxas de aprovação e cujo objetivo final é que o país tenha

nota 6 em 2022 –também dimensiona tal desafio mediante a projeção de metas de

melhoria da qualidade a serem perseguidas/cumpridas pelos municípios brasileiros.

Em 2009, o Ideb municipal observado para os anos iniciais do ensino

fundamental (4,4), ainda que tenha superado a meta projetada (3,8) para tal

período, ficou abaixo do índice registrado pelas redes estadual (4,9) e privada (6,4).

Com relação aos anos finais da referida etapa escolar, o Ideb municipal observado

de 3,6 (acima da projeção de 3,3) foi também superado pelo atingido pelas redes

estadual (3,8) e privada (6,0). O Ideb municipal observado denota, claramente, as

dificuldades desta esfera governamental para atingir patamares mais elevados de

qualidade do ensino ou mesmo se equipar ao alcançado pelas demais redes de

ensino.

35

4.4.1 MATRÍCULA NO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 (NOVE) ANOS E CARGA

HORÁRIA

O Ensino Fundamental com duração de 9 (nove) anos abrange a

população na faixa etária dos 6 (seis) aos 14 (quatorze) anos de idade e se

estende, também, a todos os que, na idade própria, não tiveram condições de

frequentá-lo.

É obrigatória a matrícula no Ensino Fundamental de crianças com 6 (seis)

anos completos ou a completar até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a

matrícula, nos termos da Lei e das normas nacionais vigentes. As crianças que

completarem 6 (seis) anos após essa data deverão ser matriculadas na Educação

Infantil (Pré-Escola).

A carga horária mínima anual do Ensino Fundamental regular será de 800

(oitocentas) horas relógio, distribuídas em, pelo menos, 200 (duzentos) dias de

efetivo trabalho escolar.

4.5 ENSINO MÉDIO

Os princípios e as finalidades que orientam o Ensino Médio, para

adolescentes em idade de 15 (quinze) a 17 (dezessete), preveem, como

preparação para a conclusão do processo formativo da Educação Básica (artigo 35

da LDB):

I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no

Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II – a preparação básica para o trabalho, tomado este como princípio

educativo, e para a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a

ser capaz de enfrentar novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento

posteriores;

III – o aprimoramento do estudante como um ser de direitos, pessoa

humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e

do pensamento crítico;

IV – a compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos presentes

na sociedade contemporânea, relacionando a teoria com a prática.

A formação ética, a autonomia intelectual, o pensamento crítico que construa

sujeitos de direitos devem se iniciar desde o ingresso do estudante no mundo

escolar. Como se sabe, estes são, a um só tempo, princípios e valores adquiridos

durante a formação da personalidade do indivíduo.

É, entretanto, por meio da convivência familiar, social e escolar que tais

valores são internalizados.

Quando o estudante chega ao Ensino Médio, os seus hábitos e as suas

atitudes crítico-reflexivas e éticas já se acham em fase de conformação. Mesmo

assim, a preparação básica para o trabalho e a cidadania, e a prontidão para o

exercício da autonomia intelectual são uma conquista paulatina e requerem a

atenção de todas as etapas do processo de formação do indivíduo. Nesse sentido,

36

o Ensino Médio, como etapa responsável pela terminalidade do processo formativo

da Educação Básica, deve se organizar para proporcionar ao estudante uma

formação com base unitária, no sentido de um método de pensar e compreender

as determinações da vida social e produtiva; que articule trabalho, ciência,

tecnologia e cultura na perspectiva da emancipação humana.

Na definição e na gestão do currículo, sem dúvida, inscrevem-se fronteiras

de ordem legal e teórico-metodológica. Sua lógica dirige-se aos jovens não como

categorização genérica e abstrata, mas consideradas suas singularidades, que se

situam num tempo determinado, que, ao mesmo tempo, é recorte da existência

humana e herdeiro de arquétipos conformadores da sua singularidade inscrita em

determinações históricas. Compreensível que é difícil que todos os jovens

consigam carregar a necessidade e o desejo de assumir todo o programa de

Ensino Médio por inteiro, como se acha organizado. Dessa forma, compreende-se

que o conjunto de funções atribuídas ao Ensino Médio não corresponde à

pretensão e às necessidades dos jovens dos dias atuais e às dos hábitos dos

próximos anos. Portanto, para que se assegure a permanência dos jovens na

escola, com proveito, até a conclusão da Educação Básica, os sistemas educativos

devem prever currículos flexíveis, com diferentes alternativas, para que os jovens

tenham a oportunidade de escolher o percurso formativo que mais atenda a seus

interesses, suas necessidades e suas aspirações.

Deste modo, essa etapa do processo de escolarização se constitui em

responsável pela terminalidade do processo formativo do estudante da Educação

Básica, e, conjuntamente, pela preparação básica para o trabalho e para a

cidadania, e pela prontidão para o exercício da autonomia intelectual.

Na perspectiva de reduzir a distância entre as atividades escolares e as

práticas sociais, o Ensino Médio deve ter uma base unitária sobre a qual podem se

assentar possibilidades diversas: no trabalho, como preparação geral ou,

facultativamente, para profissões técnicas; na ciência e na tecnologia, como

iniciação científica e tecnológica; nas artes e na cultura, como ampliação da

formação cultural. Assim, o currículo do Ensino Médio deve organizar-se de modo a

assegurar a integração entre os seus sujeitos, o trabalho, a ciência, a tecnologia e

a cultura, tendo o trabalho como princípio educativo, processualmente conduzido

desde a Educação Infantil.

4.6 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A instituição da Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem sido considerada

como instância em que o Brasil procura saldar uma dívida social que tem para com

o cidadão que não estudou na idade própria. Destina-se, portanto, aos que se

situam na faixa etária superior à considerada própria, no nível de conclusão do

Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

A carência escolar de adultos e jovens que ultrapassaram essa idade tem

graus variáveis, desde a total falta de alfabetização, passando pelo analfabetismo

funcional, até a incompleta escolarização nas etapas do Ensino Fundamental e do

37

Médio. Essa defasagem educacional mantém e reforça a exclusão social, privando

largas parcelas da população ao direito de participar dos bens culturais, de

integrar-se na vida produtiva e de exercer sua cidadania. Esse resgate não pode

ser tratado emergencialmente, mas, sim, de forma sistemática e continuada, uma

vez que jovens e adultos continuam alimentando o contingente com defasagem

escolar, seja por não ingressarem na escola, seja por dela se evadirem por

múltiplas razões.

O inciso I do artigo 208 da Constituição Federal determina que o dever do

Estado para com a educação será efetivado mediante a garantia de Ensino

Fundamental obrigatório e gratuito, assegurada inclusive sua oferta gratuita para

todos os que a ele não tiverem acesso na idade própria.

Este mandamento constitucional é reiterado pela LDB, no inciso I do seu

artigo 4º, sendo que, o artigo 37 traduz os fundamentos da EJA ao atribuir ao poder

público a responsabilidade de estimular e viabilizar o acesso e a permanência do

trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si,

mediante oferta de cursos gratuitos aos jovens e aos adultos, que não puderam

efetuar os estudos na idade regular, proporcionando-lhes oportunidades

educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus

interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. Esta

responsabilidade deve ser prevista pelos sistemas educativos e por eles deve ser

assumida, no âmbito da atuação de cada sistema, observado o regime de

colaboração e da ação redistributiva, definidos legalmente.

Os cursos de EJA devem pautar-se pela flexibilidade, tanto de currículo

quanto de tempo e espaço, para que seja:

I – rompida a simetria com o ensino regular para crianças e adolescentes, de

modo a permitir percursos individualizados e conteúdos significativos para os

jovens e adultos;

II – provido suporte e atenção individual às diferentes necessidades dos

estudantes no processo de aprendizagem, mediante atividades diversificadas;

III – valorizada a realização de atividades e vivências socializadoras,

culturais, recreativas e esportivas, geradoras de enriquecimento do percurso

formativo dos estudantes;

IV – desenvolvida a agregação de competências para o trabalho;

V – promovida a motivação e orientação permanente dos estudantes,

visando à maior participação nas aulas e seu melhor aproveitamento e

desempenho;

VI – realizada sistematicamente a formação continuada destinada

especificamente aos educadores de jovens e adultos.

Na organização curricular dessa modalidade da Educação Básica, a mesma

lei prevê que os sistemas de ensino devem oferecer cursos e exames supletivos,

que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao

prosseguimento de estudos em caráter regular.

38

Entretanto, prescreve que, preferencialmente, os jovens e adultos tenham a

oportunidade de desenvolver a Educação Profissional articulada com a Educação

Básica (§ 3º do artigo 37 da LDB, incluído pela Lei nº 11.741/2008).

Cabe a cada sistema de ensino definir a estrutura e a duração dos cursos da

Educação de Jovens e Adultos, respeitadas as Diretrizes Curriculares Nacionais, a

identidade dessa modalidade de educação e o regime de colaboração entre os

entes federativos.

Quanto aos exames supletivos, a idade mínima para a inscrição e realização

de exames de conclusão do Ensino Fundamental é de 15 (quinze) anos completos,

e para os de conclusão do Ensino Médio é a de 18 (dezoito) anos completos. Para

a aplicação desses exames, o órgão normativo dos sistemas de educação deve

manifestar-se previamente, além de acompanhar os seus resultados. A certificação

do conhecimento e das experiências avaliados por meio de exames para

verificação de competências e habilidades é objeto de diretrizes específicas a

serem emitidas pelo órgão normativo competente, tendo em vista a complexidade,

a singularidade e a diversidade contextual dos sujeitos a que se destinam tais

exames.

4.7 EDUCAÇÃO ESPECIAL

A Educação Especial é uma modalidade de ensino transversal a todas

etapas e outras modalidades, como parte integrante da educação regular, devendo

ser prevista no projeto político-pedagógico da unidade escolar.

Os sistemas de ensino devem matricular todos os estudantes com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação, cabendo às escolas organizar-se para seu atendimento,

garantindo as condições para uma educação de qualidade para todos, devendo

considerar suas necessidades educacionais específicas, pautando-se em princípios

éticos, políticos e estéticos, para assegurar:

I – a dignidade humana e a observância do direito de cada estudante de

realizar seus projetos e estudo, de trabalho e de inserção na vida social, com

autonomia e independência;

II – a busca da identidade própria de cada estudante, o reconhecimento e a

valorização das diferenças e potencialidades, o atendimento às necessidades

educacionais no processo de ensino e aprendizagem, como base para a

constituição e ampliação de valores, atitudes, conhecimentos, habilidades e

competências;

III – o desenvolvimento para o exercício da cidadania, da capacidade de

participação social, política e econômica e sua ampliação, mediante o cumprimento

de seus deveres e o usufruto de seus direitos.

O atendimento educacional especializado (AEE), previsto pelo Decreto nº

6.571/2008, é parte integrante do processo educacional, sendo que os sistemas de

ensino devem matricular os estudantes com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino

39

regular e no atendimento educacional especializado (AEE). O objetivo deste

atendimento é identificar habilidades e necessidades dos estudantes, organizar

recursos de acessibilidade e realizar atividades pedagógicas específicas que

promovam seu acesso ao currículo. Este atendimento não substitui a escolarização

em classe comum e é ofertado no contraturno da escolarização em salas de

recursos multifuncionais da própria escola, de outra escola pública ou em centros

de AEE da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou

filantrópicas sem fins lucrativos conveniadas com a Secretaria de Educação ou

órgão equivalente dos Estados, Distrito Federal ou dos Municípios.

Os sistemas e as escolas devem proporcionar condições para que o

professor da classe comum possa explorar e estimular as potencialidades de todos

os estudantes, adotando uma pedagogia dialógica, interativa, interdisciplinar e

inclusiva e, na interface, o professor do AEE identifique habilidades e necessidades

dos estudantes, organize e oriente sobre os serviços e recursos pedagógicos e de

acessibilidade para a participação e aprendizagem dos estudantes.

Na organização desta modalidade, os sistemas de ensino devem observar

as seguintes orientações fundamentais:

I – o pleno acesso e efetiva participação dos estudantes no ensino regular;

II – a oferta do atendimento educacional especializado (AEE);

III – a formação de professores para o AEE e para o desenvolvimento de

práticas educacionais inclusivas;

IV – a participação da comunidade escolar;

V – a acessibilidade arquitetônica, nas comunicações e informações, nos

mobiliários e equipamentos e nos transportes;

VI – a articulação das políticas públicas intersetoriais.

Nesse sentido, os sistemas de ensino assegurarão a observância das

seguintes orientações fundamentais:

I – métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para

atender às suas necessidades;

II – formação de professores para o atendimento educacional especializado,

bem como para o desenvolvimento de práticas educacionais inclusivas nas classes

comuns de ensino regular;

III – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares

disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.

A LDB, no artigo 60, prevê que os órgãos normativos dos sistemas de

ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins

lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em Educação Especial, para

fins de apoio técnico e financeiro pelo poder público e, no seu parágrafo único,

estabelece que o poder público ampliará o atendimento aos estudantes com

necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino,

independentemente do apoio às instituições previstas nesse artigo.

O Decreto nº 6.571/2008 dispõe sobre o atendimento educacional

especializado, regulamenta o parágrafo único do artigo 60 da LDB e acrescenta

dispositivo ao Decreto nº 6.253/2007, prevendo, no âmbito do FUNDEB, a dupla

40

matrícula dos alunos público-alvo da educação especial, uma no ensino regular da

rede pública e outra no atendimento educacional especializado.

4.8 EDUCAÇÃO BÁSICA DO CAMPO

Nesta modalidade, a identidade da escola do campo é definida pela sua

vinculação com as questões inerentes à sua realidade, ancorando-se na

temporalidade e saberes próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza

futuros, na rede de ciência e tecnologia disponível na sociedade e nos movimentos

sociais em defesa de projetos que associem as soluções exigidas por essas

questões à qualidade social da vida coletiva no País.

A educação para a população rural está prevista no artigo 28 da LDB, em

que ficam definidas, para atendimento à população rural, adaptações necessárias

às peculiaridades da vida rural e de cada região, definindo orientações para três

aspectos essenciais à organização da ação pedagógica:

I – conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades

e interesses dos estudantes da zona rural;

II – organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar

às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;

III – adequação à natureza do trabalho na zona rural.

As propostas pedagógicas das escolas do campo devem contemplar a

diversidade do campo em todos os seus aspectos: sociais, culturais, políticos,

econômicos, geração e etnia.

Formas de organização e metodologias pertinentes à realidade do campo

devem, nesse sentido, ter acolhida. Assim, a pedagogia da terra busca um trabalho

pedagógico fundamentado no princípio da sustentabilidade, para que se possa

assegurar a preservação da vida das futuras gerações.

Particularmente propícia para esta modalidade, destaca-se a pedagogia da

alternância (sistema dual), criada na Alemanha há cerca de 140 anos e, hoje,

difundida em inúmeros países, inclusive no Brasil, com aplicação, sobretudo, no

ensino voltado para a formação profissional e tecnológica para o meio rural. Nesta

metodologia, o estudante, durante o curso e como parte integrante dele, participa,

concomitante e alternadamente, de dois ambientes/situações de aprendizagem: o

escolar e o laboral, não se configurando o último como estágio, mas, sim, como

parte do currículo do curso. Essa alternância pode ser de dias na mesma semana

ou de blocos semanais ou, mesmo, mensais ao longo do curso.

Supõe uma parceria educativa, em que ambas as partes são

corresponsáveis pelo aprendizado e formação do estudante. É bastante claro que

podem predominar, num ou noutro, oportunidades diversas de desenvolvimento de

competências, com ênfases ora em conhecimentos, ora em habilidades

profissionais, ora em atitudes, emoções e valores necessários ao adequado

desempenho do estudante. Nesse sentido, os dois ambientes/situações são

intercomplementares.

41

5. DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL 5.1 DADOS EDUCACIONAIS

A Educação Básica compreende a Educação Infantil, o Ensino Fundamental

e o Ensino Médio e tem duração ideal de (18) dezoito anos contando com a

educação infantil. E tem como princípio norteador o Art. 22 da Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional – LDB nº 9394/96: "A educação básica tem por

finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum

indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no

trabalho e em estudos posteriores".

O município de Pindoretama alcançou importantes avanços educacionais

nos últimos anos, mantém uma matrícula constante.

Apresentamos abaixo duas tabelas:

Tabela 1. Com os estabelecimentos de ensinos do município por dependência

administrativa em funcionamento no ano de 2015.

Tabela 2. Com a relação de escolas com endereço e modalidades de ensino

ofertadas. Nas mesmas percebe- se que a maioria das escolas estão localizadas

na zona urbana do município.

TABELA 3 – NÚMERO DE INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS

NÚMEROS DE ESCOLAS E CRECHES E PRÉ-ESCOLAS

EDUCAÇÃO BÁSICA

MUNICIPAIS ESTADUAL PRIVADAS TOTAL TOTAL

GERAL

URBANA RURAL URBANA RURAL URBANA RURAL URBANA RURAL

21 11 07 01 - 02 - 14 07

Fonte: Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto – 2015 - SMECD

TABELA 4 – INFORMAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO

ESCOLAS MUNICIPAIS

NOME DA ESCOLA ENDEREÇO ENSINO

OFERTADO

ZONA

EEFM Francisca Holanda

Costa

Rua Marechal Castelo

Branco, SN – Centro –

Pindoretama - Ceará

Ensino

Fundamental – anos

iniciais e finais

Urbana

EMEF Regina Vasconcelos

Albino

CE 040 – Km 34, SN –

Centro – Pindoretama -

Ceará

Ensino

Fundamental – anos

iniciais e finais

Urbana

EMEIF Aurelina Falcão da

Silva

Rua Ferreira do Nascimento,

1057, Caponga Funda –

Pindoretama - Ceará

Educação Infantil

Ensino

Fundamental – anos

iniciais e finais

Rural

42

EMEIF Camilo José Anselmo CE 040 km 36, SN – Centro

– Pindoretama - Ceará

Educação Infantil

Ensino

Fundamental – anos

iniciais e finais

Urbana

EMEIF Pedro Ricardo da Silva Sítio Correia, SN,

Pindoretama - Ceará

Educação Infantil

Ensino

Fundamental – anos

iniciais e finais

Rural

EMEIF Zita Dantas da Silva Sítio João Moreira, SN,

Pindoretama - Ceará

Educação Infantil

Ensino

Fundamental – anos

iniciais

Rural

EMEF Joaquim Nunes Vieira Rua Joaquim Nunes Vieira -

Capim de Roça, SN,

Pindoretama - Ceará

Ensino

Fundamental – anos

iniciais e finais

Urbana

EMEIF Professora Andrelina

Maria de Sousa

Sítio Minhocas, SN,

Pindoretama - Ceará

Educação Infantil

Ensino

Fundamental – anos

iniciais e finais

Rural

EMEIF Raimundo Benício

Sobrinho

Caponguinha, SN,

Pindoretama - Ceará

Educação Infantil

Ensino

Fundamental – anos

iniciais e finais

Rural

EMEIF Raimundo Francisco

de Oliveira

Sítio Araújo, SN,

Pindoretama - Ceará

Educação Infantil

Ensino

Fundamental – anos

iniciais e finais

Rural

EMEF Olga Vale Albino Avenida Vale Albino, SN –

Pratiús II – Pindoretama -

Ceará

Ensino

Fundamental – anos

iniciais e finais

Urbana

EMEF José Queiroz Ferreira Avenida Vale Albino, SN –

Pratiús I – Pindoretama -

Ceará

Ensino

Fundamental – anos

iniciais e finais

Urbana

EMEIF Maria Nair de

Vasconcelos

Coqueiro do Alagamar, SN, -

Pindoretama - Ceará

Educação Infantil

Ensino

Fundamental – anos

iniciais e finais

Rural

CRECHES E PRÉ-ESCOLAS MUNICIPAIS

NOME DA CRECHE E

PRE-ESCOLA

ENDEREÇO ENSINO

OFERTADO

ZONA

CRECHE Francisca Holanda

Costa

Rua José Franco, 1802 –

Centro – Pindoretama -

Ceará

Educação Infantil –

02 a 05 anos

Urbana

CRECHE Oton Otoni Gomes Conjunto Habitacional, SN –

Pindoretama - Ceará

Educação Infantil –

02 a 05 anos

Urbana

CRECHE Olga Vale Albino Avenida Vale Albino, SN –

Pratiús II – Pindoretama -

Ceará

Educação Infantil –

02 a 05 anos

Urbana

CRECHE José Queiroz

Ferreira

Avenida Vale Albino, SN –

Pratiús I – Pindoretama -

Ceará

Educação Infantil –

02 a 05 anos

Urbana

43

EMEIF Tio Valério Travessa Luiz Gonzaga, 21 –

Capim de Roça –

Pindoretama - Ceará

Educação Infantil –

02 a 05 anos

Urbana

ESCOLA ESTADUAL

NOME DA ESCOLA ENDEREÇO ENSINO

OFERTADO

ZONA

EEM Julia Alenquer Fontenele Avenida Firmino Crisóstomo,

1944 - Centro – Pindoretama

- Ceará

Ensino Médio Urbana

ESCOLAS PARTICULARES

NOME DA ESCOLA ENDEREÇO ENSINO

OFERTADO

ZONA

Colégio Cristo Rei Rua Odílio Maia Gondim, -

Centro – Pindoretama -

Ceará

Educação Infantil

Ensino

Fundamental – anos

iniciais e finais

Urbana

Colégio Nossa Senhora

Aparecida

Avenida Capitão Nogueira, -

Centro – Pindoretama -

Ceará

Educação Infantil

Ensino

Fundamental – anos

iniciais e finais

Urbana

Fonte: Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto – 2015 - SMECD

A garantia de direito à educação não resume à provisão de matrícula. O

Plano Nacional de Educação (PNE) define como prioridade a garantia e a

ampliação do acesso, a melhoria das condições de permanência e o

aprimoramento da qualidade da educação básica ofertada a todos os brasileiros.

Nesse sentido, as instituições responsáveis pela educação pública devem

assegurar meios capazes de proporcionar aos alunos condições de permanência,

aprendizagem e conclusão conduzindo assim ao aumento do nível de escolaridade

da população.

Dentre os indicadores relevantes para a qualidade educacional brasileira

destaca-se o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) combina dois

indicadores usualmente utilizados para monitorar nosso sistema de ensino:

Indicadores de fluxo (promoção, repetência e evasão) e,

Pontuações, em exames padronizados, obtidas por estudantes ao final de

determinada etapa do sistema de ensino (5º e 9º ano do ensino fundamental

e 3º ano do ensino médio).

5.2 CÁLCULO DO IDEB

Uma análise das metas em relação ao IDEB atingido demonstra que o

município de Pindoretama, tem conseguido chegar aos patamares estabelecidos

pelo MEC, como demonstra as tabelas a seguir:

44

IDEB - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS

TABELA 5 – IDEB – ANOS INICIAIS

ESFERAS IDEB OBSERVADO METAS PROJETADAS

ANOS 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

BRASIL 3,8 4,2 4,6 5,0 5,2 3,9 4,2 4,6 4,9 - - - 6,0

NORDESTE 2,9 3,5 3,8 4,2 - 3,0 3,3 3,7 4,0 - - - 5,2

CEARÁ 2,8 3,5 4,1 4,7 5,0 2,9 3,2 3,6 3,9 4,2 4,5 4,8 5,1

PINDORETAMA - 3,0 4,0 5,0 4,9 - 3,2 3,5 3,8 4,1 4,3 4,6 4,9

FONTE: portalideb.com.br

GRÁFICO 1 – DADOS GERAIS DO IDEB – ANOS INICIAIS

FONTE: portalideb.com.br

GRÁFICO 2 – EVOLUÇÃO DO IDEB – COMPARAÇÃO - ANOS INICIAIS

FONTE: portalideb.com.br

45

IDEB - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS

TABELA 6 – IDEB – ANOS FINAIS

ESFERAS IDEB OBSERVADO METAS PROJETADAS

ANOS 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

BRASIL 3,5 3,8 4,0 4,1 4,2 3,5 3,7 3,9 4,4 - - - 5,5

NORDESTE 2,9 3,1 3,4 3,5 - 2,9 3,0 3,3 3,7 - - - 4,9

CEARÁ 2.8 3.3 3,6 3,9 4,1 2,8 3,0 3,3 3,6 4,0 4,3 4,6 4,8

PINDORETAMA 2,7 3,2 3,7 4,4 4,4 2,8 2,9 3,2 3,6 4,0 4,2 4,5 4,8

FONTE: portalideb.com.br

GRÁFICO 3 – PINDORETAMA – DADOS GERAIS DO IDEB – ANOS FINAIS

FONTE: portalideb.com.br

GRÁFICO 4 – EVOLUÇÃO DO IDEB – COMPARAÇÃO – ANOS FINAIS

FONTE: portalideb.com.br

46

Apesar de nos anos finais está um pouco abaixo da meta, o município vem

trabalhando pra melhorar este índice e alcançar melhores resultados.

5.3 AÇÕES SOCIOEDUCATIVAS COMPLEMENTARES

Pindoretama atende hoje 3.908 estudantes na sua rede pública municipal de

ensino. Destes, pouco mais de 2.800 estão no ensino fundamental, distribuídos em

13 (treze) escolas. A partir desses dados, é possível concluir que esta é uma rede

complexa, que demanda uma série de estratégias para pleno desenvolvimento da

educação dos jovens pindoretamenses.

Nesse sentido, o município realiza um conjunto amplo de iniciativas

educacionais, de cunho federal ou estadual, as quais funcionam como ações

sócias educativas, estratégias para a implantação de uma educação integral e

integrada que visam auxiliar a melhoria da educação de nossas crianças e

adolescentes.

Tais iniciativas se materializam através de Programas e objetivam amenizar

as injustiças sociais, através da ampliação da jornada e dos espaços educativos,

oportunizando aos educandos maior tempo sob os cuidados e a responsabilidade

da escola.

Dentre esses programas, destacam-se:

5.3.1 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

Com vistas à formação integral do educando, o município, em concordância

com o estabelecido na Portaria interministerial nº 107/2007, implantou a Jornada

Escolar ampliada para que de forma processual consolide uma política de

Educação Integral, possibilitando um atendimento prioritário aos estudantes que

apresentam defasagem idade/série, evasão e repetência. Para alcançar tal

objetivo, o Município aderiu ao programa Mais Educação que objetiva a melhoria

no ensino e na aprendizagem e que atende escolas do Ensino Fundamental.

Em 2012, apenas 06 (seis) escolas receberam o Programa Mais Educação.

E atualmente ele está presente nas 12 (doze) escolas, atendendo a quase 100 %

dos educandos que fazem parte do Ensino Fundamental. Estes alunos participam

de um conjunto de atividades educativas dentro dos chamados “macrocampos”

vinculados às temáticas de: Acompanhamento pedagógico; Educação ambiental e

desenvolvimento sustentável; Esporte e lazer; Cultura, artes e educação

patrimonial; Comunicação: uso de mídias e cultura digital e tecnológica; Educação

em diretos humanos e Promoção da saúde;

O desenvolvimento das atividades é realizado no contra turno escolar e

acontece no próprio espaço da instituição e/ou em espaços cedidos como igrejas,

associações etc.

47

5.3.2 PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA - PSE

Este Programa consiste em iniciativa interministerial, entre o Ministério da

Educação e o Ministério da Saúde, e visa o fortalecimento das ações

socioeducativas de promoção, prevenção e implantação de atendimento às

demandas de saúde de adolescentes e jovens escolares no município.

Pindoretama desenvolve o PSE a partir de uma parceria entre a Secretaria

de Educação, Secretaria de Saúde e Secretaria de Assistência Social. As ações

envolvem palestras e seminários para a prevenção de situações indesejáveis,

como Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST, gravidez precoce e problemas

oftalmológicos ou psicológicos.

Atualmente, o PSE é realizado em todas as escolas do município e

contempla a todos os estudantes matriculados.

5.3.3 COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDA - COM-VIDA

A COM-VIDA é uma nova forma de organização na escola e se baseia na

participação de estudantes, professores, funcionários, diretores, comunidade.

Quem organiza a COM-VIDA é o delegado ou a delegada e seu suplente da

Conferência de Meio Ambiente na Escola, com o apoio de professores.

O principal papel da COM-VIDA é contribuir para um dia a dia participativo,

democrático, animado e saudável na escola, promovendo o intercâmbio entre a

escola e a comunidade. Por isso, a COM-VIDA chega para somar esforços com

outras organizações da escola, como o Grêmio Estudantil, a Associação de Pais e

Mestres e o Conselho da Escola, trazendo a Educação Ambiental para todas as

disciplinas.

A COM-VIDA deve estar presente em todas as escolas de ensino

fundamental do município e contempla a todos os estudantes matriculados.

5.3.4 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTRA A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – PETECA

O Peteca é um programa de educação que visa conscientizar a sociedade

para a erradicação do trabalho infantil. Consiste num conjunto de ações voltadas

para a promoção de debates nas escolas de ensino fundamental e médio, dos

temas relativos aos direitos da criança e do adolescente, especialmente o trabalho

infantil e a profissionalização do adolescente. Adotando a estratégia da

multiplicação dos saberes, o Peteca realiza oficinas de capacitação e

sensibilização de profissionais da educação, que atuam como coordenadores

municipais do Programa e são responsáveis pela formação de coordenadores

pedagógicos. Estes, por sua vez, debatem com os professores os temas estudados

nas oficinas, elaborando plano de ação para abordagem em sala de aula e

promoção de eventos que permitam ampliar o debate para toda a comunidade

escolar.

48

O programa está presente no município de Pindoretama desde 2008,

quando foi criado pelo Ministério do Trabalho do Ceará. Hoje com funcionamento

oficialmente em 07 escolas (urbana), porém o trabalho é ampliado para as cinco

escolas rurais.

5.3.5 PROGRAMA AGRINHO – SENAR

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR tem como missão

proporcionar a formação profissional rural e a promoção social do trabalhador e de

sua família, incluindo os jovens e as crianças que vivem no meio rural.

Comprometido com essa missão, o SENAR – CE lançou mão do Agrinho,

programa idealizado pelo SENAR-PR em 1996, para a formação de uma nova

mentalidade nas crianças e nos jovens rurais do ensino público fundamental,

despertando o interesse por temas como: trabalho e consumo, cidadania, saúde e

meio ambiente.

O Agrinho é um programa educativo, transformador e motivador de

mudanças de hábitos e atitudes, que prioriza a criança, transformando-a, pela

educação, em agente de melhoria das condições sociais e econômicas das famílias

e da comunidade onde vivem. É trabalhando em cinco escolas rurais do município,

nas seguintes localidades: Sítio Correia, Sítio Araújo, Coqueiro do Alagamar, Sítio

Minhocas e no distrito de Caponguinha.

5.3.6 PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA – PAIC - PAIC + -

PNAIC

A origem do PAIC aponta para o trabalho desenvolvido pelo Comitê Cearense

para a Eliminação do Analfabetismo Escolar, criado em 2004, pela Assembléia

Legislativa do Estado do Ceará, através da iniciativa do deputado Ivo Gomes. O

Comitê era constituído pela Assembléia Legislativa, UNICEF, APRECE,

UNDIME/CE, INEP/MEC, e Universidades Cearenses como UECE, UFC, UVA,

URCA e UNIFOR. Porém só em 2007 é que o Programa deu seu ponta pé inicial.

Pindoretama aderiu o Programa desde seu início (2007) e assim vem

conquistando resultados positivos desde a instalação do programa.

O Paic ainda foi referência nacional pela forma metodológica que vinha sendo

trabalhada, tão provável isso que o Governo Federal assumiu o modelo cearense

do programa e tornou como referência nacional – PNAIC – Programa Nacional pela

Alfabetização na Idade Certa.

49

6. ESTATÍSTICAS EDUCACIONAIS

GRÁFICO E TABELA 1 – EDUCAÇÃO INFANTIL - ESTABELECIMENTO

GRÁFICO E TABELA 2 – EDUCAÇÃO INFANTIL - MATRÍCULA

FONTE: SEDUC CEARÁ

50

Esses dados deixam claro que o número de alunos matriculados na

Educação Infantil em Instituições públicas e particulares é proporcional ao número

de estabelecimento. Assim acontece com o público infantil atendido nestas

mesmas repartições, percebe-se que o número de crianças atendidas é bem maior

na zona rural do que na urbana, embora saibamos que ainda encontramos crianças

que estão fora da escola.

TABELA 7 – INFRAESTRUTURA

Nos dados acima, podemos constatar que por mais que as 17 instituições

municipais de ensino fundamental apresentem 100% no abastecimento de água e

energia elétrica, mesmo assim sofremos com falta de água. Diante disso podemos

ver um esforço grandioso da SME e da Secretaria de Infra Estrutura para

disponibilizar carros pipas com o intuito de sanar a problemática.

Outros fatores que deve ser percebido nestes dados é o percentual de

Escolas sem laboratório de ciências e os 47,06% com os laboratórios de

informática, que já tem aumentado em 2014 com a parceria do Governo Federal.

51

GRÁFICO E TABELA 3 – COMPOSIÇÃO DA FUNÇÃO DE DOCENTE

No gráfico acima em pizza, percebemos que em 2013 não tínhamos nenhum

profissional em sala de aula com ensino fundamental, isso seria um dado

agravante, caso aparecêssemos com algum número de professores com Ensino

Fundamental nas salas de aulas. Porém 62,26% de nossos professores estavam

em Formação, por essa ocasião percebemos que o gráfico deixa claro que são

profissionais com apenas Ensino Médio. Diante dessa situação podemos constatar

que no SISP – Sistema de Informação e Simplificação de Processos, gerenciado

pelo Conselho Estadual de Educação, não aceita informações de Professores sem

que estes estejam formados ou em formação. Os 37,74% apresentados aqui, deixa

claro que esse número é bem reduzido. Porém em 2014 esse número chega

aproximadamente 80% dos professores.

O Gráfico abaixo sustenta a informação de que em 2010 cerca de 342

crianças e adolescentes estavam fora da escola, acreditamos que este número

venha caindo, pois o número de crianças e adolescentes matriculados nos anos

subsequentes vem aumentando a cada ano. Mesmo assim, percebemos a

importância deste gráfico para nos respaldar diante de toda a problemática da

educação municipal: falta de compromisso da população, trabalho infantil, violência

sexual, abandono, entre outras situações de cunho social.

52

GRÁFICO 5 – CRIANÇAS E ADOLESCENTES FORA DA ESCOLA

Fonte: Fora da Escola não pode – 2010

MATRÍCULAS – 2012

Apresentamos aqui os dados de matrículas dos anos de 2012, 2013 e 2014.

Esses dados demonstram em números exatos a situação da matrícula, respeitando

as modalidades de ensino e a divisão por ano.

TABELA 8 - MATRÍCULA 2012

Fonte: convivaeducacao.org.br

53

TABELA 9 – MATRÍCULA 2012 - EJA

Fonte: convivaeducacao.org.br

Em 2012, percebe se que as atividades complementares não apresenta

nenhum alunos. O mesmo acontece com o atendimento em salas de AEE –

Atendimento Educacional Especializado. No Ensino Regular, mas precisamente na

Educação Infantil, cerca de 76 alunos estavam em salas unificadas, ou seja,

crianças de 3, 4 e 5 anos estavam estudando na mesma sala de aula. O que não

acontecia no Ensino Fundamental, o que chamamos de multisseriadas.

MATRÍCULA – 2013

TABELA 10 – MATRÍCULA 2013

Fonte: convivaeducacao.org.br

54

TABELA 11 – MATRÍCULA 2013 - EJA

Fonte: convivaeducacao.org.br

Nestes dados percebemos que o número de aluno teve um aumento

significativo de 74,62% isso não quer dizer que o número de alunos aumentou

consideravelmente, pois o número da população entre crianças e jovens não chega

a esse número de 6.674, porém a grande situação aqui é que esses alunos foram

contados duas vezes, pois para eles estão incluídos no Programa Mais Educação e

na educação especial.

Na verdade o número de alunos matriculados é de 3.630, inferior a do ano

2012.

Aqui já percebemos que as atividades complementares encontram-se com o

número relevante de 2.859 alunos. E ainda que o número de alunos em salas

unificadas na Educação Infantil teve uma caída de 26 crianças em relação ao ano

de 2012.

55

MATRÍCULA – 2014

TABELA 12 – MATRÍCULA 2014

Fonte: convivaeducacao.org.br

TABELA 13 – MATRÍCULA 2014 - EJA

Fonte: convivaeducacao.org.br

O mesmo se repete em 2014, porém com um agravante, onde não existia

salas multisseriadas agora com atendimento de 38 crianças, isso acontece

precisamente na zona rural. Outro fator é que o número de atendimento em sala

unificadas tem uma caída significante.

56

6.1 SITUAÇÃO MUNICIPAL COM RELAÇÃO ÀS METAS NACIONAL

GRÁFICO 6 – EDUCAÇÃO INFANTIL

Neste gráfico podemos ver que a situação de atendimento a crianças de 4 e

5 anos em Pindoretama está bem melhor que o Brasil e o Ceará, porém nossa

proposta é fechar nos 100%, para isso devemos pautar ações para atender os

4,1% dos que estão fora de sala de aula.

Mas, nosso trabalhos está para que possamos atender cerca de 25% de

nossas crianças de 0 a 3 anos que estão fora da pré escola.

57

GRÁFICO 7 – ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Como mostra o gráfico acima. 18,9% de nossas crianças não concluíram o

3º ano do Ensino Fundamental.

GRÁFICO 8 – ENSINO FUNDAMENTAL

Ainda temos que fechar os 100% de nossas crianças para que frequentem a

escola. O dado acima apresenta que temos ainda 2,4% da população de 6 a 14

anos fora da escola. E ainda chegar a 95% de adolescente de 16 anos com o

Ensino Fundamental concluído, ou seja, olhando para o gráfico acima pode se

perceber que falta cerca de 26,6%.

58

GRÁFICO 9 – ENSINO MÉDIO

Esses dois gráficos acima, nos faz refletir sobre a preocupação da

população de 15 a 17 anos que não frequenta a escola, ou seja, percebe se que o

jovem desiste da escola antes mesmo de concluir. O número de jovens que

frequenta a escola é bem inferior do que a média nacional e estadual, Isso é mais

agravante ainda quando esse número está relacionada a taxa de escolarização

líquida, isto é, matricular e concluir o Ensino Médio.

Segue abaixo a previsão de alunos que o Município de Pindoretama enviará

para o Ensino Médio – Ensino Médio Profissionalizante, até a vigência deste Plano,

totalizando até o final deste plano aproximadamente 3.381 alunos.

TABELA 14 – PREVISÃO PARA O ENSINO MÉDIO

ANO PREVISÃO – QUANTIDADE

2016 452

2017 405

2018 367

2019 336

2020 307

2021 308

2022 305

2023 274

2024 261

2025 366

Fonte: SMECD -2015

59

GRÁFICO 10 – EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Ainda estamos longe dos 100% que se pretende o PNE para alcance dessa

Meta. Nos falta aproximadamente 23,1% da população de 4 a 17 anos com

deficiência estarem na escola com todas as condições previstas em lei.

GRÁFICO 11 – TEMPO INTEGRAL

A situação destes gráficos acima é de que o Mais Educação tem dado uma

parcela significativa nas atividades de tempo Integral. Na verdade o que temos

como proposta do Mais Educação é Educação em tempo integral, o que difere de

escola em tempo integral. Os gráficos demonstram uma situação confortável, mas

60

o que realmente ser ver são 03 (três) creches em Tempo Integral e nas outras

unidades escolares a atuação do Mais Educação.

GRÁFICO 12 – ELEVAÇÃO DA ESCOLARIDADE/DIVERSIDADE

A Escolaridade média da população de 18 a 29 anos entre os pobres é

grande, mais isso não difere muito da realidade brasileira e nem tão pouco do

estado do Ceará. O que se percebe é que os jovens Pindoretamenses não passam

o tempo necessário para estudar e terminar seu ensino Médio na Escola. A saber:

61

é preciso passar 12 anos estudando, para concluir a educação básica – 9 anos no

Ensino Fundamental e 3 anos no Ensino Médio. O jovem não passa esse tempo

todo. Porém nossa meta é assegurar que esses jovens possam concluir seus

estudos no tempo certo.

GRÁFICO 13 – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E EJA INTEGRADO

Nos gráficos acima temos a representatividade de taxas, uma que trata da

alfabetização da população de 15 anos ou mais e a outra que trata do

analfabetismo funcional da mesma faixa etária, assim percebemos que temos que

aumentar esse número em um percentual de 15.2% para a população alfabetizada

de 15 anos ou mais ainda se encontra fora da escola, prevista nesta meta e

diminuir a taxa de analfabetismos em 21,7% desta mesma população. Para que

isso possa ser solucionado será necessário aprimorar a Educação de Jovens e

Adultos.

GRÁFICO 14 – MATRÍCULA DA EJA INTEGRADO

Para esse dado, como mostra o gráfico acima será necessário repaginar a

Educação de Jovens e Adultos, oferecendo profissionalização aos alunos, assim,

podemos ver bem claro o que mostra este gráfico. Não temos atendimento nas

62

EJAS com cursos profissionalizantes. Porém a situação do Brasil não é diferente, já

a situação do Estado do Ceará é melhor, mas precisa melhorar muito.

GRÁFICO 15 – FORMAÇÃO DOCENTE

O gráfico acima apresenta a situação da Formação dos Educadores com

Pós-graduação, onde o percentual apresentado é 12,4%. A meta nacional sugere

que possamos elevar esse número para 50% até a vigência desse plano. Sabemos

ainda que alguns dos professores apresentam pós-graduação, porém não

estabelece relação com área de atuação. E ainda que muitos de nossos

professores estão em processo de formação e que este dado é referente ao ano

2013, o que podemos constatar que esse número é bem maior que o previsto neste

gráfico.

TABELA 15 – REPASSE PARA EDUCAÇÃO – 2012

Fonte: tesouro.gov.br

63

TABELA 16 – REPASSE PARA EDUCAÇÃO – 2013

Fonte: tesouro.gov.br

TABELA 17 – REPASSE PARA EDUCAÇÃO – 2014

Fonte: tesouro.gov.br

Percebe-se nestas três tabelas que o Repasse do FUNDEB vem a cada ano

aumentando, isso se deu pelo resultado da ampliação do Programa Mais

Educação, ou seja, os alunos do Programa Mais Educação são contados no Censo

Escolar.

64

7. CONSTRUINDO A PRÓXIMA DÉCADA

Considerando o Plano Nacional de Educação – PNE para o decênio

2014/2024, ficam propostas as seguintes Metas e Estratégias educacionais para a

Educação Municipal, proposta no Plano Municipal de Educação – PME –

2015/2025

7.1. METAS E ESTRATÉGIAS

META 01: Universalizar até 2016 o atendimento escolar da população de 4

(quatro) e 5 (cinco) anos, ampliar até o final da vigência deste plano, a oferta

de Educação Infantil, de forma a atender no mínimo 50% da população de até

3 (três) anos de idade.

ESTRATÉGIAS:

1.1. Realizar levantamentos dos espaços adequados para construção de prédios

para funcionamento de instituições de Educação Infantil em conformidade com os

padrões arquitetônicos do Ministério da Educação - MEC, respeitando as normas

de acessibilidade, as especificidades geográficas e culturais locais;

1.2. Assegurar espaços lúdicos de interatividade. Tais como: brinquedoteca,

ludoteca, bibliotecas e parques infantis;

1.3. Garantir que os espaços físicos sejam adequados aos padrões de qualidade e

acessibilidade e mobiliados em conformidade com as especificidades infantis;

1.4. Ampliar a equipe técnico-pedagógica da Educação Infantil com o objetivo de

fortalecer o acompanhamento das atividades em todas as escolas, a fim de

fomentar a eficiência da qualidade no atendimento à infância;

1.5. Estimular a criação de Fóruns Municipais de Educação Infantil, que venham a

elucidar a prática do professor em sala de aula, assim como sensibilizar as

famílias/responsáveis sobre a importância da primeira etapa da Educação Básica;

1.6. Adotar em regime de colaboração entre os setores de saúde, assistência social

e cultura, na manutenção, administração, controle e avaliação das instituições de

atendimento às crianças da Educação Infantil, contemplando as dimensões do

educar, cuidar e brinca de acordo com os RCNEI;

1.7. Assegurar o cumprimento da Resolução Nº 361/2000 do Conselho Estadual de

Educação do Ceará – CEE, que determina a relação professor-aluno no que se

refere à quantidade de crianças em sala de aula na Educação Infantil;

1.8. Promover, em regime de colaboração, políticas e programas de qualificação

permanente de forma presencial, articulando teoria/prática, para os profissionais da

Educação Infantil;

1.9. Garantir o transporte escolar, atendendo aos princípios básicos de segurança

exigidos pelo Departamento Nacional de Trânsito – DNT, e as normas de

acessibilidade que garantam a segurança e o tempo de permanência das crianças

na escola;

65

1.10. Ofertar Educação Infantil em regime de colaboração com os representantes

do campo, mediante os interesses da comunidade, contemplando os

conhecimentos e saberes desse povo e respeitando suas diversidades;

1.11. Garantir a elaboração, implantação e avaliação da proposta curricular para a

Educação Infantil que contemple as comunidades do campo e a diversidade étnico

racial, ambiental, bem como o ritmo, as necessidades e especificidades das

crianças com deficiências, com transtornos globais de desenvolvimento ou altas

habilidades/superdotação;

1.12. Garantir o ingresso e permanência de profissionais formados em Pedagogia,

para educar e cuidar das crianças de forma indissociável, conjunta e colaborativa

no ambiente escolar;

1.13. Cumprir com a política nacional e as Diretrizes Curriculares Nacionais da

Educação Infantil - DCNEI, programas e projetos favorecedores do processo

educacional das crianças;

1.14. Inserir no processo formativo das crianças, elementos favorecedores da

cultura da paz, do campo artístico e estético, do cuidado com o meio ambiente, da

solidariedade, da ética e da justiça.

1.15. Garantir e ampliar até o final da vigência deste plano, de maneira gradativa e em tempo integral, a oferta na Educação Infantil (creches), de forma a atender no mínimo 50% da população de até 3 (três) anos de idade, garantindo a formação dos cuidadores ou professores. 1.16. – Garantir em regime de colaboração (município, estado e união), creche

para crianças de 6 meses a 3 (três) anos, garantindo formação continuada dos

profissionais e ainda espaços adequados para o seu funcionamento e ainda

assegurar que os responsáveis legais das crianças matriculadas comprovem a

necessidade trabalhista;

1.17. Garantir profissionais capacitados para receber alunos de inclusão nas

unidades de Educação Infantil;

1.18. Implementar políticas de prevenção a evasão motivadas por preconceitos os

quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas

associadas de exclusão, promovendo assim, a superação das desigualdades

educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as

formas de discriminação;

META 02: Garantir a universalização do Ensino Fundamental de Nove Anos

para população de 6 a 14 anos e que pelo menos 95,2% dos alunos concluam

essa etapa na idade recomendada até o último ano de vigência deste PME.

ESTRATÉGIAS:

2.1. Ampliar as estratégias de monitoramento que possibilitem o acompanhamento

individual da aprendizagem dos alunos em todas as escolas do sistema de ensino;

66

2.2. Promover reformulações anuais dos projetos políticos pedagógicos, com base

nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos,

relacionando com o contexto municipal e local de cada escola;

2.3. Ajustar o número de alunos por professor, garantindo a qualidade do processo

ensino-aprendizagem em conformidade com a Resolução específica expedida

pelos Conselhos Nacional e Estadual de Educação;

2.4. Implantar programas e projetos de Correção de Fluxo Escolar, reduzindo as

taxas de reprovação, abandono escolar e distorção idade-ano, em todas as

escolas;

2.5. Definir e garantir padrões de qualidade, incluindo a igualdade de condições

para acesso e permanência dos alunos na escola;

2.6. Ampliar e fortalecer as políticas intersetoriais de saúde, meio ambiente, cultura

e outras, para que, de forma articulada, assegurem direitos e serviços de apoio e

orientação à comunidade escolar;

2.7. Aprimorar o acompanhamento e apoio das atividades educativas

desenvolvidas nas escolas, em regime de colaboração com os diferentes

segmentos, através da coordenação pedagógica de Ensino Fundamental de Nove

Anos;

2.8. Promover, em regime de colaboração, programas de qualificação permanente

para os profissionais da educação;

2.9 Fortalecer o monitoramento do acesso e da permanência do aluno na escola

por parte dos beneficiários de programas de transferência de renda, identificando

motivos de ausência e baixa frequência, garantindo apoio à aprendizagem;

2.10. Promover a busca ativa de crianças fora da escola, em parceria com as

Secretarias de Assistência Social e Saúde;

2.11. Ampliar a aquisição de veículos escolares apropriados para o transporte dos

alunos, nas áreas urbanas e de campo, a partir de assistência financeira do Fundo

Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE/MEC, com o objetivo de reduzir

o tempo máximo dos estudantes em deslocamento e abandono escolar, atendendo

aos princípios básicos de segurança exigidos pelo Departamento Estadual de

Trânsito DETRAN;

2.12. Garantir e ampliar política de formação inicial e continuada de professores e

demais profissionais da educação a partir de parcerias com os Programas de

Formação e por iniciativa própria;

2.13. Implantar Diretrizes Curriculares Municipais para o Ensino Fundamental, de

maneira a assegurar a formação básica comum e respeito aos valores culturais e

artísticos;

2.14. Inserir no currículo do Ensino Fundamental conteúdos que tratem de

temáticas afro indígenas, de acordo com as leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008,

bem como os direitos da criança e do adolescente, conforme a lei nº 8.069/1990,

que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA;

2.15. Garantir a implementação das leis afro indígenas nº 10.639/2003 e nº

11.645/2008, no currículo do sistema de ensino de Pindoretama, compreendendo o

Ensino Fundamental;

67

2.16. Garantir a formação continuada de professores, gestores e técnicos

pedagógicos do sistema de ensino do município sobre as leis afro indígenas, de

forma interdisciplinar;

2.17. Assegurar recursos necessários para mobiliar adequadamente os espaços

físicos das escolas que atendem os alunos de 6 (seis) anos e daqueles com

dificuldades de locomoção.

2.18. Implantar projetos educativos que fortaleçam a relação família/escola,

visando à melhoria do ensino e aprendizagem;

2.19. Garantir tecnologias nas escolas, com suporte técnico, estimulando o uso

como ferramentas pedagógicas, de forma inovadora, no processo ensino e

aprendizagem;

2.20. Garantir a oferta do Ensino Fundamental - anos iniciais - para populações

urbanas e de campo, nas próprias comunidades, ampliando a oferta para os anos

finais;

2.21. Intensificar ações de redução do abandono escolar dos alunos do Ensino

Fundamental;

2.22. Estimular práticas pedagógicas no sistema de ensino com a utilização de

recursos didático-pedagógicos que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a

aprendizagem dos alunos;

2.23. Garantir interprete de Libras e transcritor do sistema Braile nas escolas que

efetivarem matrícula de alunos com deficiência auditiva e/ou visual;

2.24. Definir Diretrizes Municipais para a política de formação continuada na

modalidade de Educação Especial para professores e demais profissionais da

educação do Ensino Fundamental;

2.25. Assegurar o cumprimento de 200 (duzentos) dias letivos e carga horária

mínima anual de 800 (oitocentas) horas/aulas aos estudantes do Ensino

Fundamental do Sistema Municipal de Ensino.

2.26. Garantir profissionais capacitados para receber alunos de inclusão nas

unidades de Ensino Fundamental;

2.27. Implementar políticas de prevenção a evasão motivadas por preconceitos os

quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas

associadas de exclusão, promovendo assim, a superação das desigualdades

educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as

formas de discriminação.

META 03. Ampliar até 2018, o atendimento escolar a população de 15 a 17

anos e elevar até a vigência deste Plano, a taxa líquida de matrículas do

ensino médio de 64,2 % para 82,0% nessa faixa etária.

ESTRATÉGIAS

3.1. Fortalecer as práticas curriculares voltadas para o desenvolvimento do

currículo escolar, organizado de maneira flexível e diversificado com conteúdos

obrigatórios e eletivos em todas as áreas de conhecimento;

68

3.2. Formalizar e executar planos de formação continuada dos professores, tendo

em vista o alcance das metas de aprendizagem em articulação com o Projeto

Político Pedagógico da Escola;

3.3. Implementar programas e projetos de Correção de Fluxo Escolar, por meio de

acompanhamento individualizado dos alunos com rendimento escolar defasado, de

forma a reduzir as taxas de distorção idade-série na escola;

3.4. Ampliar os tempos e espaços do trabalho pedagógico, a partir de práticas

curriculares diversificadas, incluindo aulas de reforço no contraturno para os alunos

com baixo rendimento escolar;

3.5. Estabelecer parcerias com instituições públicas de Ensino Superior para a

formação continuada dos profissionais da Educação Básica que atuam no sistema

estadual de ensino;

3.6. Ajustar a relação entre o número de alunos e professores, garantindo a

qualidade do processo ensino-aprendizagem em conformidade com a legislação

vigente;

3.7. Garantir a oferta de vagas, através da construção ou ampliação de prédios

escolares, assim como a adequação de espaços físicos existentes, atendendo aos

padrões mínimos de qualidade;

3.8. Implementar políticas de prevenção a evasão motivadas por preconceitos os

quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas

associadas de exclusão, promovendo assim, a superação das desigualdades

educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as

formas de discriminação.

META 04: Garantir à população de 04 (quatro) a 17 (dezessete) anos, o

atendimento escolar aos/as estudantes do sistema regular de ensino, com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação, de forma a atingir 50% da demanda em 05 (cinco) anos e a sua

universalização até final da década.

ESTRATÉGIAS:

4.1. Garantir o atendimento educacional especializado em salas de recursos

multifuncionais, ou em Centros de Atendimento Educacional Especializado,

públicos ou comunitários, confessionais ou filantrópicos sem fins lucrativos,

conveniados com o poder público;

4.2. Implantar salas de recursos multifuncionais e garantir a formação continuada

de professores para o atendimento educacional especializado complementar e

suplementar, nas escolas urbanas, rurais e assentamentos, quando for o caso;

4.3. Oferecer o atendimento educacional especializado complementar e

suplementar aos estudantes matriculados na rede pública de ensino regular;

4.4. Garantir acesso à Tecnologia Assistiva (T.A.) e suas modalidades, por meio do

ensino e utilização de recursos que possibilitem aos/as estudantes a ampliação de

69

suas habilidades, oportunizando autonomia e ações em todos os momentos

escolares;

4.5. Adaptar as escolas regulares com acessibilidade e dotar de profissionais

especializados na Educação Especial;

4.6. Disponibilizar materiais didáticos e pedagógicos em BRAILE específicos para

alunos cegos e com baixa visão, distribuição notebooks equipados com programas

com sistema de voz, para os alunos do sistema de ensino e instituições

especializadas;

4.7. Formar uma equipe itinerante de professores capacitados em deficiência visual

(braile, soroban e outras), libras, deficiência mental e altas habilidades, no sistema

público de ensino;

4.8. Promover parcerias com empresas e Centros Multidisciplinares de apoio,

pesquisa e assessorias, articulados com instituições acadêmicas;

4.9. Garantir recursos financeiros para a oferta de cursos de formação continuada

em Braille, libras, soroban, deficiência intelectual, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, para professores que atuem na

área;

4.10. Estabelecer padrões básicos de infraestrutura do sistema de ensino de

acessibilidade aos estudantes público alvo da Educação Especial;

4.11. Ampliar o atendimento aos alunos com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

4.12. Articular com instituições de ensino superior, proposta de estudos e

pesquisas em apoio ao atendimento complementar de estudantes com deficiência

e suplementar aos estudantes com altas habilidades/superdotação;

4.13. Realizar concurso público para suprir as necessidades de profissionais

especializados para atuarem nos Centros e Núcleos de Atendimento Educacional

Especializado, nas salas de recursos multifuncionais e nas escolas do sistema de

ensino;

4.14. Ampliar a oferta da educação inclusiva para os/as estudantes público alvo da

educação especial de forma a garantir a sua universalização nas escolas do

sistema de ensino;

4.15. Garantir o cumprimento dos dispositivos legais constantes na Convenção dos

Direitos da Pessoa com Deficiência (ONU, 2006), ratificada no Brasil pelos

Decretos nº 186/2008 e nº 6949/2009, na Política de Educação Especial na

Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC, 2008) e nos marcos legais políticos e

pedagógicos;

4.16. Garantir a oferta da Educação de Jovens e Adultos - EJA, no turno diurno na

perspectiva de Educação Inclusiva;

4.17. Orientar e acompanhar as famílias, através de ações intersetoriais voltadas

aos esclarecimentos das dificuldades de aprendizagem do educando, em regime

de colaboração com as secretarias municipais;

4.18. Garantir a participação da equipe do NEEP (Núcleo de Educação Especial de

Pindoretama), nas formações da Educação Infantil, no Ensino Fundamental inicial e

final e Educação de Jovens e Adultos;

70

4.19. Garantir em tempo hábil para estudantes com deficiência e suplementar aos

estudantes com altas habilidades/superdotação, atendimento especializado nas

unidades escolares e em locais especializados;

4.20. Ampliar o número de profissionais que fazem atendimento a estudantes com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação, de forma a atender a demanda de estudantes municipais.

META 05- Alfabetizar e letrar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º

ano do Ensino Fundamental.

ESTRATÉGIAS:

5.1. Implementar mecanismos de avaliação tais como: acompanhamento

pedagógico, avaliações diagnósticas e atividades especificas de alfabetização na

idade certa;

5.2. Implantar salas apropriadas com recursos pedagógicos e profissionais

capacitados, a fim de promover a alfabetização;

5.3. Garantir a todas as crianças até o final do ciclo de alfabetização o domínio da

leitura, escrita, compreensão textual e cálculo;

5.4. Oferecer a todas as crianças que apresentem dificuldades em alfabetização,

reforço escolar em contraturno e reenturmação com acompanhamento pedagógico

supervisionado para garantir a aprendizagem;

5.5. Priorizar o acompanhamento individual das crianças com dificuldades de

aprendizagem especificamente no 2º. e 3º ano (ciclo de alfabetização) para garantir

que até o final do ano letivo vigente, 100% das crianças sejam alfabetizadas;

5.6. Implantar um sistema de avaliação diagnóstica supervisionada, no segundo e

sexto mês do ano letivo, para analisar e adotar medidas corretivas e interventivas

até o término do primeiro trimestre do ano letivo;

5.7. Selecionar, capacitar e certificar professores do quadro municipal de ensino,

com perfil alfabetizador para assumirem e acompanharem os três primeiros anos

da alfabetização e para os professores de 4 (quatro) anos ao 5º. Ano;

5.8. Fortalecer o acompanhamento no Ensino Fundamental - anos iniciais,

referente à alfabetização na idade certa;

5.9. Oferecer condições a todos os docentes que tenham alunos com deficiência

inseridos em salas regulares, ambientes alfabetizadores, respeitando as

especificidades e o número de alunos determinado pela legislação vigente;

5.10. Garantir a alfabetização de crianças do campo e de população itinerantes,

com materiais didáticos específicos;

5.11. Ampliar o uso de tecnologias educacionais para o ciclo de alfabetização,

assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, bem como o

acompanhamento dos resultados no sistema de ensino.

71

META 06: Ampliar o atendimento em educação de tempo integral de forma a

atender 50% das escolas públicas de educação básica até 2019, e 100% até o

final da vigência deste PME.

ESTRATÉGIAS:

6.1. Garantir a construção, estruturação e manutenção de escolas de tempo

integral, promovendo a articulação com os diferentes espaços educativos e

equipamentos públicos;

6.2. Melhorar os padrões de qualidade das escolas de tempo integral existentes no

município, viabilizando atendimento diferenciado aos/as alunos/as com habilidades

ou dificuldades específicas de aprendizagem;

6.3. Oferecer atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, de

forma que o tempo de permanência de crianças e adolescentes na escola seja

igual ou superior a sete horas diárias durante todo o ano letivo;

6.4. Fortalecer o regime de colaboração com a União e o Estado para a ampliação

da jornada escolar, atendendo a educação em tempo integral nas escolas públicas

do ensino fundamental;

6.5. Garantir na área educacional, profissionais formados para atuarem nas escolas

de tempo integral de forma a consolidar o atendimento às dificuldades específicas

de aprendizagem.

META 07 Atingir as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

– IDEB para a educação básica do Município.

METAS OBSERVADAS PARA O IDEB DO MUNICIPIO 2005-2013 IDEB

2005

2007

2009

2011

2013

E. F. Anos Iniciais - 3.0 4.0 5.0 4.9

E. F. Anos Finais 2.7 3.2 3.7 4.4 4.4

METAS PROJETADAS PARA O IDEB DO MUNICIPIO 2015-2021 IDEB

2015

2017

2019

2021

E. F. Anos Iniciais 4.1 4.3 4.6 4.9

E. F. Anos Finais 4.0 4.2 4.5 4.8

ESTRATÉGIAS

7.1. Garantir o acesso, a permanência, a aprendizagem e o atendimento às

especificidades dos estudantes de todo sistema de ensino, visando a efetivação do

direito à educação e a redução das desigualdades educacionais;

72

7.2. Construir em colaboração com gestores e professores um indicador da

qualidade educacional do município com base no desempenho dos estudantes,

considerando o perfil do corpo docente, do gestor, os recursos pedagógicos

disponíveis e as condições de infraestrutura da escola;

7.3. Garantir o atendimento aos estudantes com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

7.4. Ampliar o número de profissionais que fazem atendimento a estudantes com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação, de forma a atender a demanda de estudantes municipais;

7.5. Instituir processo contínuo de autoavaliação do sistema de ensino, das escolas

de educação básica por meio da construção de instrumentos de avaliação que

orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando a elaboração de

planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a

formação continuada dos professores do Ensino Fundamental e o aprimoramento

da gestão democrática;

7.6. Orientar o planejamento das atividades pedagógicas a serem desenvolvidas

nas escolas do Ensino Fundamental, de forma a buscar atingir as metas do IDEB,

para diminuir a diferença entre as escolas com os menores índices, garantindo

equidade da aprendizagem no município;

7.7. Aprimorar e ampliar os projetos desenvolvidos em tecnologias educacionais e

de inovação das práticas pedagógicas nas escolas, objetivando a melhoria da

aprendizagem dos alunos;

7.8. Ampliar ações de combate à violência, ao uso de drogas nas escolas em

parceria com outras Secretarias, Governo Estadual, Governo Federal e outras

instituições, através do desenvolvimento de ações destinadas a capacitação de

educadores para detecção de suas causas, como a violência doméstica e sexual,

favorecendo a adoção de medidas adequadas de segurança que promovam a

construção de cultura de paz no ambiente escolar;

7.9. Executar o Plano de Ação Articulada – PAR e o Plano Plurianual – PPA em

consonância com o Plano Municipal de Educação - PME, tendo em vista as metas

e estratégias estabelecidas para a educação básica pública;

7.10. Fixar, acompanhar e divulgar bienalmente os resultados pedagógicos dos

indicadores do SAEB e do IDEB, e anualmente os resultados pedagógicos dos

indicadores do SPAECE relativo às escolas, assegurando a contextualização

desses resultados, com relação a indicadores sociais relevantes, como os de nível

socioeconômico das famílias dos alunos e a transparência e o acesso público às

informações técnicas de concepção e operação do sistema de avaliação;

7.11. Aprimorar continuamente os instrumentos de avaliação da qualidade do

Ensino Fundamental, participando dos exames aplicados pelo MEC, Governo

Estadual e Governo Municipal nos anos finais das etapas da educação básica;

7.12. Implementar políticas no sistema municipal de ensino de forma a buscar

atingir as metas do IDEB, diminuindo a diferença entre as escolas com os menores

índices, para garantir a equidade da aprendizagem em todo o município;

73

7.13. Promover a articulação dos programas da área da educação de âmbito

nacional e local, com os de outras áreas como saúde, trabalho e emprego,

assistência social, esporte, cultura, possibilitando a criação de rede de apoio

integral às famílias, como condição para melhoria da qualidade educacional;

7.14. Promover em consonância com as diretrizes do PNLD - Plano Nacional do

Livro Didático e da Leitura, a formação de leitores e a capacitação de professores,

bibliotecários e agentes das comunidades para atuar como mediadores, de acordo

com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da

aprendizagem.

META 08: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29

(vinte e nove) anos de modo a alcançar no mínimo 12 (doze) anos de estudo

no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, das

localidades de menor escolaridade, no município e dos mais pobres, bem

como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, declarados na

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, com vistas à

redução das desigualdades educacionais.

ESTRATÉGIAS:

8.1. Implementar programas e projetos que contemplem o desenvolvimento de

Tecnologias (computadores, celular, wi-fi) para correção de fluxo,

acompanhamento pedagógico individualizado, recuperação e progressão parcial,

priorizando estudantes com rendimento escolar defasado;

8.2. Ampliar a oferta do Ensino Fundamental com qualificação social e profissional

aos segmentos sociais considerados que estejam fora da escola e com defasagem

idade/série, de forma articulada a estratégias diversificadas que assegurem a

continuidade do processo de escolarização, a essas populações;

8.3. Possibilitar a diversificação curricular, integrando a formação à preparação

para o mundo do trabalho, a interrelação entre teoria e prática, abrangendo os

eixos da ciência, do trabalho, da tecnologia e da cultura, de modo a adequar ao

tempo e à organização do espaço pedagógico da escola;

8.4. Implantar a oferta e a divulgação gratuita de Educação Profissional por

intermédio de parcerias com a Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência

Social e as entidades privadas de serviço social e de formação profissional

vinculada ao sistema sindical, quando se tratar de profissionais com 18 ou mais

anos de idade de forma concomitante ao ensino ofertado no sistema escolar

público, para atendimento aos segmentos populacionais considerados;

8.5. Promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, a busca

escolar ativa, assegurando o acompanhamento e monitoramento de acesso e

permanência na escola, bem como identificar causas de afastamentos e baixa

frequência, estabelecendo em regime de colaboração, de maneira a estimular a

ampliação do atendimento desses alunos no sistema público regular de ensino;

74

8.6. Viabilizar o uso de tecnologias educacionais e de inovação das práticas

pedagógicas, que assegurem a alfabetização e sua continuidade, a partir de

realidades diferenciadas do ponto de vista linguístico e que favoreçam a melhoria

do fluxo escolar e as aprendizagens dos alunos, segundo as diversas abordagens

metodológicas;

8.7. Apoiar experiências específicas de Educação do Campo em função das etapas

e modalidades da Educação Básica e da especificidade de seu corpo discente,

adotando diferentes estratégias metodológicas;

8.8. Fomentar a produção de materiais didático-pedagógicos específicos e

diferenciados, contextualizados às realidades socioculturais para professores e

alunos, contemplando a educação para as relações étnico-raciais, educação em

direitos humanos, educação ambiental, educação fiscal, arte e cultura nas escolas

para a Educação Básica, respeitando os interesses das comunidades e povos do

campo;

8.9. Implementar políticas de prevenção a evasão motivadas por preconceitos os

quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas

associadas de exclusão, promovendo assim, a superação das desigualdades

educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as

formas de discriminação.

META 09 - Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais

para 93,7% até 2017, erradicar o analfabetismo e reduzir em 50% a taxa de

analfabetismo funcional até o final da vigência deste Plano.

ESTRATÉGIAS

9.1. Assegurar a oferta gratuita da Educação de Jovens e Adultos a todos os que

não tiveram acesso à educação básica na idade própria;

9.2. Assegurar que as escolas públicas de Ensino Fundamental localizadas em

áreas caracterizadas por analfabetismo e baixa escolaridade, ofereçam programas

de alfabetização de ensino e exames para jovens, adultos e idosos de acordo com

as Diretrizes Curriculares Nacionais, em parceria com Programas do Governo

Federal e Instituições não governamentais;

9.3. Promover o acesso e permanência no Ensino Fundamental aos egressos de

Programas de Alfabetização, garantindo a participação em exames de

reclassificação e de certificação da aprendizagem;

9.4. Acompanhar e monitorar o acesso, a frequência e a aprendizagem dos

estudantes da EJA, identificando motivos de ausência, infrequência e baixo

rendimento, adotando ações corretivas para diminuir o índice de abandono escolar;

9.5. Sensibilizar e mobilizar a comunidade em parceria com entidades

governamentais e não governamentais, através de propagandas, campanhas,

palestras e outros, de forma a incentivar os jovens, adultos e idosos que não

tiveram acesso ao Ensino Fundamental na idade própria, a ingressarem na

Educação de Jovens e adultos;

75

9.6. Oferecer e garantir matrículas no Ensino Fundamental na modalidade

Educação de Jovens e Adultos no turno diurno, distribuídos por Pólo ou Distrito, de

acordo com a necessidade do aluno e da comunidade;

9.7. Estabelecer parcerias com outras Secretarias Municipais, visando ao

mapeamento da população analfabeta, de modo a programar a oferta de Educação

de Jovens e Adultos a todos que dela não tiveram acesso ou oportunidade de

concluírem seus estudos na idade adequada;

9.8. Garantir alimentação escolar de qualidade com acompanhamento de

nutricionista aos alunos da Educação de Jovens, adultos e idosos, respeitando

suas especificidades;

9.9. Estabelecer parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, articulando com

Programas Nacionais que contemplem o fornecimento gratuito de óculos e/ou

aparelhos auditivos para estudantes da Educação de Jovens, adultos e idosos;

9.10. Estabelecer em regime de colaboração com as esferas estadual e federal,

bem como instituições, além de parceria com outras secretarias municipais,

aquisição gratuita de cadeiras de rodas e próteses para os diversos tipos de

deficiência física para estudantes da Educação de Jovens, adultos e idosos;

9.11. Assegurar através dos Projetos Políticos Pedagógicos das escolas que

ofertam a Educação de Jovens, adultos e idosos o atendimento às suas

necessidades, no que diz respeito à assiduidade, pontualidade, aprendizagem e à

saúde;

9.12. Garantir a participação de jovens, adultos e idosos na elaboração de

instrumentos normativos e na constituição dos Conselhos Escolares;

9.13. Assegurar a formação continuada dos conselheiros e a funcionalidade dos

conselhos nas escolas públicas que atendem jovens, adultos e idosos;

9.14. Implantar programa de formação continuada aos professores da Educação de

Jovens e Adultos na sua área de atuação com utilização das tecnologias, visando à

melhoria da aprendizagem;

9.15. Garantir a reestruturação e aquisição de equipamentos voltados à expansão

e melhoria da estrutura física de escolas públicas que contemplam a Educação de

Jovens e Adultos;

9.16. Garantir o acesso e a permanência aos estudantes da Educação de Jovens e

Adultos do Ensino Fundamental oferecendo inovações pedagógicas e educação de

qualidade em igualdade de condições e continuidade a níveis mais elevados de

ensino;

9.17. Garantir o transporte escolar aos estudantes da EJA e Programas de

Educação que atendem as comunidades do campo, em regime de colaboração

entre União e Estado atendendo aos princípios básicos de segurança exigidos pelo

DETRAN e as normas de acessibilidade que garantem segurança aos alunos com

deficiência, objetivando a otimização do tempo gasto na sua locomoção.

9.18. Implementar políticas de prevenção a evasão motivadas por preconceitos os

quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas

associadas de exclusão, promovendo assim, a superação das desigualdades

76

educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as

formas de discriminação.

META 10: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas

da Educação de Jovens e Adultos na forma integrada à Educação

Profissional, no Ensino Fundamental e Médio.

ESTRATÉGIAS

10.1. Proporcionar Educação Profissional de qualidade a jovens e adultos, por meio

de cursos de qualificação, habilitação e/ou atualização profissional;

10.2. Proporcionar condições às pessoas que se encontram em situação de

vulnerabilidade social, meios necessários para acesso à Educação Profissional,

permanência e conclusão de sua formação;

10.3. Articular ações com os poderes públicos - federal, estadual, instituições

privadas e demais segmentos da sociedade civil para integração da política de

Educação Profissional, acompanhando os avanços tecnológicos, culturais,

ambientais e produtivos do mundo do trabalho;

10.4. Promover ações contínuas de orientação profissional aos munícipes,

articuladas com a Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social, IDT –

Instituto de Desenvolvimento do Trabalho, Sistema S (SEBRAE, SESC, SESI,

SENAI, SENAC), Lideranças Comunitárias, Associações, Sindicatos e outras

organizações não governamentais;

10.5. Apoiar as ações de incentivo aos programas de aprendizagem, estágio e do

primeiro emprego aos jovens e adultos;

10.6. Fortalecer parcerias entre os Governos Federal e Estadual, visando a

reestruturação e aquisição de equipamentos voltados à expansão e à melhoria da

rede física de escolas públicas que atuam na Educação de Jovens e Adultos

integrada à Educação Profissional;

10.7. Articular a oferta da Educação Profissional com a Educação de Jovens e

Adultos e Educação Especial;

10.8. Garantir a formação continuada de docentes do sistema de ensino público

que atuam na Educação de Jovens e Adultos articulada à educação profissional.

META 11: Oferecer matrícula na Educação Profissional Técnica de Nível

Médio, assegurando a qualidade da oferta de pelo menos 50% (cinquenta por

cento) da expansão no segmento público.

ESTRATÉGIAS

11.1. Viabilizar parcerias com Estado e União para construção e implantação de

uma Escola Técnica Profissionalizante no Município de Pindoretama;

11.2. Viabilizar ações de integração do ensino profissionalizante junto aos setores

produtivos, visando seu aperfeiçoamento;

77

11.3. Apoiar programas de assistência ao estudante, articulando ações de

assistência social e de apoio psicopedagógico, que contribuam para garantir o

acesso, a permanência, a aprendizagem e a conclusão com êxito do Ensino Médio

integrado com a educação profissional;

11.4. Auxiliar na Promoção da educação profissional visando, também, a formação

integral do ser humano;

11.5. Apoiar e divulgar as ações que visam à Educação Profissional Técnica de

nível médio, por meio de parcerias com os seguintes programas: PRONATEC

(Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), instituído pelo

MEC; FIES (Programa de Financiamento Estudantil- técnico), instituído pelo

Governo Federal e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do

Ceará – IFCE;

11.6. Viabilizar, através de parceria com o Governo do Estado e a União, a garantia

da educação profissional às comunidades em áreas do campo.

11.7. Implementar políticas de prevenção a evasão motivadas por preconceitos os

quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas

associadas de exclusão, promovendo assim, a superação das desigualdades

educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as

formas de discriminação.

META 12: Elevar a taxa de matrícula na Educação Superior para 50% até a

vigência deste plano, assegurando a qualidade da oferta.

ESTRATÉGIAS:

12.1. Criar e garantir a oferta de cursos preparatórios (cursinho) para ingresso na

Educação Superior nos turnos diurno e noturno, inclusive em áreas do campo,

considerando a infraestrutura básica que possibilite o acesso, permanência e

conclusão do curso;

12.2. Disponibilizar vagas para a ampliação da oferta de estágio, em regime de

colaboração com as Instituições de ensino superiores públicas e privadas, como

parte da formação do discente;

12.3. Garantir transporte para deslocamento aos pólo das universidades federal,

estadual e particulares, incluindo instituto privados de ensino superior;

12.4. Discutir formas de colaboração com a União e Estado acerca das demandas

que venham a surgir para a implementação desta meta.

META 13: Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação

de mestres e doutores nas Instituições de Educação Superior para 20% no

mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 5% doutores.

ESTRATÉGIAS:

78

13.1. Disponibilizar espaços de apoio à pesquisa que possam contribuir para a

formação de mestres e doutores para o avanço do ensino e da pesquisa;

13.2. Estabelecer políticas de comunicação das ações internas e externas das

Instituições de Ensino Superior - IES, potencializando meios e formas de socializar

os saberes e fazeres produzidos nas ações de pesquisa, ensino e extensão dos

professores, mestres e doutores;

13.3. Fomentar a formação de consórcios entre universidades públicas do Estado

do Ceará e outros estados, com vistas a potencializar a atuação regional, inclusive

por meio de plano de desenvolvimento institucional integrado, assegurando maior

visibilidade nacional às atividades de ensino, pesquisa e extensão;

13.4. Discutir formas de colaboração com a União e Estado acerca das demandas

que venham a surgir para a implementação desta meta.

META 14: Elevar gradualmente o número de matrículas em nível de pós-

graduação lato sensu (especialização) e stricto sensu (mestrado e

doutorado), em sua área de atuação, de modo a atingir 50% dos profissionais

da educação.

ESTRATÉGIAS:

14.1. Implantar programas, em regime de colaboração com o Estado e a União,

que ampliem a oferta de vagas nos cursos de pós-graduação (lato sensu e stricto

sensu) e formação continuada, em instituições públicas;

14.2. Firmar parceria entre a União e o Estado, nos campi Universitários a oferta de

cursos em Pós-Graduação (lato sensu e stricto sensu) e formação continuada, nas

modalidades presencial, semipresencial e a distância;

14.3. Apoiar e sugerir formas de ofertas de cursos de Pós-Graduação stricto sensu,

utilizando metodologias, recursos e tecnologias de educação à distância;

14.4. Discutir formas de colaboração com a União e Estado acerca das demandas

que venham a surgir para a implementação desta meta.

META 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União e o Estado, no

prazo de um ano de vigência deste PME, política de formação dos

profissionais da educação, assegurando-lhes a devida formação inicial, nos

termos da legislação e formação continuada em nível Superior de Graduação

e Pós-Graduação, na respectiva área de atuação.

ESTRATÉGIAS

15.1. Estimular a articulação entre a pós-graduação, núcleos de pesquisa cursos

de formação para profissionais da educação, de modo a garantir elaboração de

propostas pedagógicas capazes de incorporar os avanços de pesquisas ligadas ao

processo de alfabetização de crianças e de educação de jovens e adultos;

79

15.2. Instituir programa de acompanhamento ao professor concursado iniciante,

supervisionado por profissional do magistério com experiência de ensino, a fim de

fundamentar, com base em avaliação documentada, a efetivação do professor ao

final do estágio probatório, através de avaliação de desempenho;

15.3. Propiciar aos profissionais da educação básica espaço físico apropriado com

salas de estudo, recursos didáticos, biblioteca e acompanhamento profissional para

apoio sistemático da prática educativa;

15.4. Ampliar na infraestrutura existente das escolas, espaços de convivência

adequados para os profissionais da educação, equipados com recursos

tecnológicos e acesso à internet;

15.5. Implementar políticas de valorização profissional especificas para os

especialistas em educação, contemplando a formação continuada e condições de

trabalho;

15.6. Valorizar os profissionais do magistério do sistema público municipal da

educação básica, através do acesso gratuito aos instrumentos tecnológicos como

notebooks e tablets, com o acesso gratuito à internet nas escolas municipais;

15.7. Instituir em regime de colaboração com as Instituições de Ensino Superior,

formas de registros de projetos desenvolvidos nas escolas, para incentivo aos

profissionais envolvidos em projetos, pesquisas, publicações no sentido de

valorizar as produções dos profissionais;

15.8. Propor junto às Instituições de Ensino Superior a ampliação da oferta dos

cursos de licenciatura em segunda graduação, em regime de colaboração com o

Estado e a União, considerando aqueles que trabalham fora da área de formação;

15.9. Implementar programas específicos para formação de profissionais da

educação para a educação especial;

15.10. Valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação

superior dos profissionais da educação, visando o trabalho sistemático de

articulação entre a formação acadêmica e as demandas da educação básica, em

sintonia com os fundamentos legais e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN);

15.11. Fortalecer a avaliação da política de formação continuada para os

profissionais da educação, instituindo mecanismos de acompanhamento;

15.12. Criar e fortalecer o Programa de Formação continuada para professores e

profissionais de serviços e apoio escolar, a partir de iniciativas do município;

15.13. Criar e regulamentar a comissão de lotação dos profissionais da educação,

observando o desempenho profissional;

15.14. Otimizar o acompanhamento sistemático ao processo de lotação dos

profissionais da educação, por meio da comissão de lotação.

META - 16: Formar, até o último ano de vigência deste PME, 50% (cinquenta

por cento) dos professores que atuam na educação básica em curso de pós-

graduação stricto ou lato sensu em sua área de atuação, e garantir que os

profissionais da educação básica tenham acesso à formação continuada,

considerando as necessidades e contextos do sistema de ensino.

80

ESTRATÉGIAS

16.1. Promover a divulgação junto aos profissionais da educação básica de

informações sobre os cursos de Pós-Graduação;

16.2. Incentivar a criação de mecanismos promotores de intercâmbio entre os

estabelecimentos de Educação Superior e as escolas públicas de educação básica

do município, visando o desenvolvimento de pesquisa e extensão, assim como

programas de formação continuada para a educação básica, considerando as

demandas;

16.3. Estimular a ampliação e o desenvolvimento da Pós-Graduação e da pesquisa

nas Instituições de Ensino Superior públicas e privadas, aumentando assim o

número de docentes na educação básica com maior qualificação;

16.4. Garantir oportunidades de formação continuada para todos os profissionais

da educação municipal;

16.5. Incentivar a qualificação dos profissionais da educação em tecnologias da

informação e comunicação;

16.6. Favorecer a construção do conhecimento e a valorização da cultura da

investigação, através de programas de composição de acervo de obras didáticas,

paradidáticas, literatura e de dicionários, além de programa específico de acesso a

bens culturais, incluindo obras e materiais produzidos em libras e em braile, sem

prejuízos de outras.

META 17: Valorizar os profissionais do magistério dos sistemas públicos da

Educação Básica, a fim de equiparar a 100%, em até seis anos, a partir da

vigência deste Plano, ao maior salário vigente no país, dos demais

profissionais com a escolaridade equivalente.

ESTRATÉGIAS:

17.1. Atualizar a cada 5 (cinco) anos o Plano de Carreira, Cargos e Salários e do

de Valorização do Magistério e Plano de cargo, carreira e salário para os demais

profissionais que atuam na educação do Sistema Municipal de Ensino, fazendo-se

cumprir nas formas legais;

17.2. Garantir o cumprimento de 1/3 da jornada de trabalho em atividades

extraclasse, dos/as profissionais do magistério do Sistema Público Municipal de

Ensino, conforme a Lei 11. 738/2008, inclusive para contratados;

17.3. Assegurar a permanência do/a professor/a de até 40h na mesma unidade de

ensino respeitando a legislação no que se refere a 1/3 da carga horária para outras

atividades extraclasse, desde que este(a) professor(a) esteja lotado na educação e

infantil ou ensino fundamental inicial;

17.4. Garantir a formação continuada em serviço específica sobre História Afro-

Brasileira e Indígena, aos professores que atuam em todas as áreas de

conhecimento;

81

17.5. Estabelecer convênios com instituições de educação superior, a fim de

garantir no prazo de dois anos, a partir da vigência deste PME, a formação

continuada em serviço em Educação Especial e Educação de Jovens e Adultos,

aos professores que atuam na educação básica do sistema de ensino;

17.6. Oferecer cursos de formação continuada em serviço para professores, de

forma a atingir um modelo eficiente de ensino, visando o sucesso do aluno.

17.7. Implantar e implementar o pacto de compromisso e competências para os

profissionais do magistério, garantindo premiações pelos resultados alcançados,

dentro de uma meta proposta pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e

Desporto – SMECD, com o intuito de garantir a melhoria do ensino e

aprendizagem.

META 18: Reestruturar no prazo de 02 anos a existência do Plano de

Carreiras para os Profissionais da Educação Básica, tomando como

referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal nos

termos do Inciso XIII do Artigo 206 da Constituição Federal.

ESTRATÉGIAS:

18.1. Garantir a jornada de trabalho com carga horária organizada,

preferencialmente, em uma única instituição de ensino, com vista a atender as

necessidades do estudante e a qualidade das condições de trabalho do professor;

18.2. Garantir a efetiva progressividade de carreira e salário de acordo com os

níveis de formação;

18.3. Reestruturar e fortalecer o processo de avaliação do desempenho dos

profissionais da educação;

18.4. Cumprir a legislação referente à Lei do Piso Salarial Nacional para

profissionais da educação, respeitando as horas destinadas ao estudo e

planejamento;

18.5. Reformular o Plano de cargos, carreira e salário dos profissionais do

magistério, contando com a participação do Sindicato e observando os critérios de

titulação e avaliação de desempenho;

18.6. Criar o Plano de cargo, carreira e salário para os demais profissionais que

atuam na educação, mas que não integram o quadro do magistério, contando com

a participação do Sindicato e observando os critérios de tempo de serviço, titulação

e avaliação de desempenho;

18.7. Criar cargos exclusivos para a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e

Desporto, através de concursos públicos;

18.8. Assegurar condições dignas de trabalho aos profissionais da educação, bem

como instalações específicas adequadas, equipamentos e materiais didáticos de

apoio, serviço de acompanhamento e orientação pedagógica, número de alunos

por sala conforme legislação pertinente, dentre outras;

82

18.9. Oferecer programas e serviços permanentes de prevenção e cuidado à saúde

dos profissionais da educação, em especial, da voz, em parceria com a secretaria

municipal de saúde;

18.10. Criar os critérios e procedimentos para a remoção dos profissionais da

educação e cumpri-los;

18.11. Estabelecer parcerias com órgãos responsável pelos conselhos de direitos,

para construir uma pauta de enfrentamento à violência na escola;

18.12. Criar mecanismos de publicação da produção de obras literárias de autoria

dos profissionais do magistério.

META 19: Assegurar condições, no prazo de dois anos, para a efetivação da

gestão democrática da educação, por meio da participação direta da

comunidade escolar.

ESTRATÉGIAS

19.1. Instituir a seleção e eleição direta para o cargo de gestor das escolas públicas

do Sistema Municipal de Ensino, promovendo as condições para a efetiva

participação das comunidades local e escolares;

19.2. Criar Comissão formada por técnicos da SME e representantes do Conselho

Municipal de Educação para elaboração de critérios técnicos que fundamentem o

decreto que normatize a eleição e a profissionalização dos gestores escolares;

19.3. Criar o Fórum Municipal de Educação com representação paritária, de caráter

consultivo e deliberativo para tomada de decisões a respeito da educação básica,

contribuindo sobremaneira para seu fortalecimento e o controle social;

19.4. Garantir a gestão democrática nos Conselhos Escolares, com transparência

dos recursos financeiros administrados para toda a comunidade escolar;

19.5. Garantir a efetiva participação da comunidade escolar na elaboração do

Projeto Pedagógico, Currículos Escolares, Plano de Gestão Democrática, com

aporte técnico e material para sua realização;

19.6. Garantir e fortalecer a gestão escolar democrática com a participação dos

profissionais da educação, comunidade local e escolar no diagnóstico da escola,

plano de aplicação dos recursos financeiros recebidos, plano municipal de

educação e a prestação de contas dos mesmos;

19.7. Facilitar a formação continuada em serviço na área de gestão escolar, bem

como em Educação Especial e Educação de Jovens e Adultos, aos gestores,

coordenadores pedagógicos e demais profissionais da escola, a fim de garantir a

efetivação da gestão democrática no Sistema Municipal de Ensino;

19.8. Assegurar a todas as escolas, apoio e acompanhamento na formulação dos

Projetos Pedagógicos, Plano de Desenvolvimento da Escola, com observância às

Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e das Matrizes

Curriculares do Estado;

19.9. Assegurar a autonomia administrativa e pedagógica das escolas para o

cumprimento de sua proposta pedagógica, de forma a atingir um modelo de

83

educação pública de qualidade do sistema em um prazo máximo de dois anos, a

partir da vigência deste Plano;

19.10. Garantir as escolas pessoal administrativo, pedagógico e operacional,

capacitando-os para colaborar com uma gestão eficiente e democrática,

favorecendo um atendimento de qualidade a toda a comunidade escolar;

19.11. Implementar o Sistema de Municipal de Educação de Pindoretama;

19.12. Fortalecer o Conselho Municipal de Educação, como órgão normativo do

sistema de ensino;

19.13. Fortalecer a atuação dos Conselhos: CME, CACS/FUNDEB, CAE,

ESCOLARES, além dos Grêmios Estudantis e o Fórum Municipal de Educação,

dando apoio necessário;

19.14. Implantar de forma gradativa a Avaliação Municipal Institucional e de

desempenho, nas escolas da rede municipal;

19.15. Avaliar, adequar e atualizar as diretrizes que operacionalizam a educação

do município;

19.16. Desencadear permanentemente a avaliação dos processos de gestão

educacional do município;

19.17. Subsidiar a construção do espaço de formação dos profissionais da

educação municipal, com vista a execução das políticas e programas locais.

19.18. Acompanhar e monitorar o desenvolvimento das ações planejadas pelo

Plano de Ações Articuladas - PAR mediante as responsabilidades estabelecidas;

META 20: Ampliar o investimento público em educação de forma a atingir, no

mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto – PIB do

Município no quinto ano de vigência deste Plano e, no mínimo, o equivalente

a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

ESTRATÉGIAS

20.1. Definir que o cumprimento das metas e estratégias estabelecidas neste plano

são condicionadas ao aumento das transferências do governo federal, de acordo

com seu papel de redistributivo, supletivo e colaborativo, assim como estabelecido

no artigo 22 da Constituição Federal e artigo 9 da Lei de Diretrizes e Base da

Educação Nacional;

20.2. Incrementar anualmente o equivalente a 0,7 % do PIB no orçamento da

educação até o último ano da vigência do plano;

20.3. Definir o custo aluno-qualidade da Educação Básica do município,

considerando a ampliação do investimento público em educação e o Parecer

CNE/CEB nº 8 de 05/05/2010 que define normas sobre os padrões mínimos de

qualidade de ensino;

20.4. Participar do processo de mobilização que envolve governo, entidades e

movimentos sociais organizados que defendem o direito a educação e

parlamentares, para garantir que até 2016, conforme determina o PNE (Lei

13.005/2014), seja implantado o Custo Aluno-Qualidade inicial – CAQI,

84

referenciado ao conjunto de padrões básicos estabelecidos na legislação

educacional, cujos recursos serão provenientes dos aportes financeiros negociados

e disponibilizados para o seu cumprimento e manutenção progressiva até a

implementação plena do Custo Aluno-Qualidade – CAQ;

20.5. Contribuir e participar do processo de mobilização nacional para que seja

ampliado o investimento público em educação pública de forma a atingir no

mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do país

no quinto ano de vigência desta lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por

cento) do PIB o final do decênio deste plano;

20.6. Implementar política de financiamento, em regime de colaboração com a

União e o Estado, para ações voltadas à solução de problemas de transporte

escolar enfrentados pelo município, na zona urbana e rural, em relação ao

gerenciamento e pagamento de despesas;

20.7. Garantir a transparência na gestão dos recursos públicos da Educação

Municipal com a divulgação das prestações de contas, para todos que compõem o

Sistema de Educação Municipal por meio de sites, reuniões ampliadas e outros;

20.8. Aprimorar os mecanismos de participação democrática no planejamento,

execução, acompanhamento e monitoramento dos recursos da Educação

Municipal;

20.9. Elaborar e acompanhar de forma participativa, o orçamento da rede municipal

de educação, através da participação ativa dos conselhos e de reuniões periódicas

com toda comunidade educacional;

20.10. Aplicar os recursos financeiros permanentes a educação infantil, ensino

fundamental e modalidades da educação, observando-se as políticas de

colaboração entre o Estado e o município, em especial as decorrentes do Fundo de

Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de valorização dos

profissionais da Educação - FUNDEB (art. 60 do Ato das Disposições

Constitucionais Transitórias) e do artigo 75 § 1º da LDB (Lei n° 9.394, de 1996),

que trata da capacidade de atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado,

para atender suas demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional;

20.11. Elaborar bienalmente um plano que garanta a manutenção das Instituições

de Educação municipal pela Secretaria Municipal de Educação, bem como garantir

a execução das ações deste plano;

20.12. Acompanhar rigorosamente, através do site de transferência os editais de

licitação para aquisição de materiais, equipamentos e serviços para manutenção e

desenvolvimento do ensino.

20.13. Firmar parcerias com instituições públicas e/ou privadas no intuito de garantir a todos os estudantes das escolas municipais a carteira de estudante;

85

8. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PINDORETAMA

O Plano Municipal de Educação de Pindoretama – PME, elaborado para o

Decênio 2015 – 2025, representa o instrumento norteador da educação municipal

para o período de 10 (dez) anos, sendo necessária a previsão e o estabelecimento

de mecanismos de acompanhamento e de avaliação que possibilitem ao sistema

educacional o cumprimento das metas e estratégias estabelecidas para esse

Decênio.

A organização e sistematização deste PME agrega um elenco de ações

estratégicas integradas, a serem implementadas no decorrer desses anos, tendo

como foco a qualidade na Educação Básica do Município, do Estado e

consequentemente do país. Assim, na implantação do PME será instituído o FME -

Fórum Municipal de Educação representado pelos diferentes segmentos da

sociedade civil e do poder público, a quem caberá a coordenação no âmbito do

município do Acompanhamento e Avaliação da implantação e implementação deste

Plano.

Com a aprovação do PME, serão realizadas periodicamente ações

estratégicas de acompanhamento como seminários municipais e audiências

públicas sob a coordenação do FME - Fórum Municipal de Educação, tendo em

vista o monitoramento da execução do PME. Após dois anos da aprovação do

PME, pretende-se que seja realizada a primeira avaliação externa junto às

representações do FME - Fórum Municipal de Educação por meio do qual serão

planejadas avaliações bianuais para que sejam realizadas as devidas adequações,

em tempo hábil para o cumprimento das metas e estratégias na efetivação das

políticas públicas educacionais do município.

86

REFERÊNCIAS

Anuário Brasileiro da Educação Básica. Movimento Todos pela Educação. 2012. Ed. Moderna. BRANDÃO, Carlos da Fonseca. LDB passo a passo: lei de diretrizes e bases da educação nacional, lei n. 9.394/96. São Paulo: Avercamp,2007. BRASIL. Constituição 1988. Brasília: Senado, 1988. _________. Lei Federal nº 9 394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Brasília. _________. Ministério da Educação. Ampliação do Ensino Fundamental para 9 anos. 3º Relatório do Programa. maio de 2006. _________. Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação – MEC - Parecer / CEB nº 4, de 29 de janeiro de 1998. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. _________. Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação – MEC Resolução CNE/CEB nº 2, de 7 de abril de 1998. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. _________. Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação – MEC Resolução CNE/CEB nº 5, de 17 de dezembro de 2009 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. _________. Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação – MEC Parecer CEB nº 22, de 17 de dezembro de 1998. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil. _________. Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação – MEC Resolução CNE/CEB nº 1, de 7 de abril de 1999. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil. _________. Plano Nacional de Educação. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. _________. Conferência Nacional da Educação – CONAE - Portaria n.º 1.410, de 03 de dezembro de 2012 – Documento referência 2014 _________. Sinopses Estatísticas, 2000 a 2012. Disponível em: http//www.portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar. DEMO, Pedro. LDB: ranços e avanços. São Paulo: Papirus, 1997. FREITAS, D. N. T. de; FERNANDES, M. D. E. Educação municipal e efetivação do direito à educação. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v.19, n.72, p. 555-574, jul./set. 2011.

87

HAIDAR, Maria de Lourdes Mariotto; TANURI, Leonor Maria. A educação básica no Brasil: dos primórdios até a primeira Lei de diretrizes e Bases. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE <http://www.ibge.gov.br>. INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS APLICADAS – IPEA / Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD. <http://www.ipea.gov.br>. Acessado em 2015. MONLEVADE, João. Educação Pública no Brasil: contos e descontos. Ceilândia-DF: Idéa, 1997. OLIVEIRA, Zilma R. de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez ROMANELLI, Otaíza. História da educação no Brasil: 1930-1973. Petrópolis: Vozes, 1992. SAVIANI, Dermerval. A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas. Campinas : Autores Associados, 1997.

88

ANEXOS

LISTA DE TABELAS, FIGURAS E TABELAS E GRÁFICOS

LISTA DE GRÁFICOS

GLOSSÁRIO DE SIGLAS

MODELO DA LEI MUNICIPAL

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LISTA DE TABELAS, FIGURAS E TABELAS E GRÁFICOS

TABELA 1 – Dados Gerais Municipal TABELA 2 – Dados Gerais IBGE TABELA 3 – Números de Instituições Educacionais TABELA 4 – Informações das Instituições de Educação TABELA 5 – IDEB – Anos Iniciais TABELA 6 – IDEB – Anos Finais TABELA 7 – Infraestrutura TABELA 8 – Matrícula 2012 TABELA 9 – Matrícula 2012 - Eja TABELA 10 – Matrícula 2013 TABELA 11 – Matrícula 2013 - Eja TABELA 12 – Matrícula 2014 TABELA 13 – Matrícula 2014 - Eja TABELA 14 – Previsão para o Ensino Médio TABELA 15 – Repasse do FUNDEB – 2012 TABELA 16 – Repasse do FUNDEB - 2013 TABELA 17 – Repasse do FUNDEB – 2014 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- TABELA E GRÁFICO 1 – Educação Infantil – Estabelecimento TABELA E GRÁFICO 2 – Educação Infantil – Matrícula TABELA E GRÁFICO 3 – Composição da Função de Docente ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- FIGURA 1 – Bandeira FIGURA 2 - Mapa FIGURA 3 - Brasão LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 – Dados Gerais do IDEB – Anos Iniciais GRÁFICO 2 – Evolução do IDEB – Anos Iniciais GRÁFICO 3 – Dados Gerais do IDEB – Anos Finais GRÁFICO 4 – Evolução do IDEB – Anos Finais GRÁFICO 5 – Crianças e Adolescentes Fora da Escola GRÁFICO 6 – Educação Infantil GRÁFICO 7 – Alfabetização na Educação Infantil GRÁFICO 8 – Ensino Fundamental GRÁFICO 9 – Ensino Médio GRÁFICO 10 – Educação Inclusiva GRÁFICO 11 – Tempo Integral GRÁFICO 12 – Elevação da Escolarização/Diversidade GRÁFICO 13 – EJA/Integrado GRÁFICO 14 – Matrícula da EJA/Integrado GRÁFICO 15 – Formação de Docentes

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GLOSSÁRIO DE SIGLAS ABE – Associação Brasileira de Educação AEE – Atendimento Educacional Especializado CACS – Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB CAQ – Custo Aluno Qualidade CAQI – Custo Aluno Qualidade Inicial CAE – Conselho de Alimentação Escolar CEB – Câmara de Educação Básica CERU – Centro de Educação Rural CF – Constituição Federal do Brasil/1988 CNE – Conselho Nacional de Educação CNEC – Campanha Nacional de Escolas das Comunidades CME – Conselho Municipal de Educação COMEP – Conferência Municipal da de Pindoretama Educação CONAE – Conferência Nacional da Educação DCNEI – Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil DCN – Diretrizes Curriculares Nacionais DETRAN – Departamento de Trânsito DNT – Departamento Nacional de Trânsito EI – Educação Infantil EF – Ensino Fundamental EJA – Educação de Jovens e Adultos EM – Ensino Médio FIES - Programa de Financiamento Estudantil – Técnico FME – Fórum Nacional de Educação FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica IES – Instituto de Ensino Superior IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IFCE - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará IDT – Instituto de Desenvolvimento do Trabalho LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional MEC – Ministério da Educação NEEP – Núcleo de Educação Especial de Pindoretama ONU – Organizações das Nações Unidas PAR – Plano de Ação Articulada PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais PEE – Plano Estadual de Educação PIB – Produto Interno Bruto PISA – Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes PME – Plano Municipal de Educação PNE – Plano Nacional de Educação PNLD – Programa Nacional do Livro Didático PPA – Plano Plurianual PRONATEC - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego RCB – Referenciais Curriculares Nacionais RCNEI – Referenciais Curriculares Nacional para Educação Infantil SPAECE – Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará

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SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SEDUC – Secretaria Estadual de Educação SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural SESC – Serviço Social do Comércio SESI – Serviço Social da Indústria SMECD– Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto SPAECE – Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará TA – Tecnologia Assistiva TMB – Taxa de Matrícula Bruta TML – Taxa de Matrícula Líquida TRE – Tribunal Regional Eleitoral

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MODELO DA LEI MUNICIPAL LEI MUNICIPAL Nº _____/2015

Aprova o Plano Municipal

de Educação e dá outras

providências.

Valdemar Araújo da Silva Filho, Prefeito Municipal de Pindoretama, estado

do Ceará.

Faço saber que a Câmara Municipal de Vereadores de Pindoretama /CE,

aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Fica aprovado o Plano Municipal de Educação, constante do

documento anexo, com duração de 10 (dez )anos.

§ 1º - O Plano Municipal de Educação, apresentado conforme o inciso 1º do

artigo 9º da lei de diretrizes e bases da Educação Nacional, reger-se-á pelos

princípios da democracia e da autonomia, buscando atingir o que preconiza a

constituição da república, como também as leis municipais existentes no município.

§ 2º- O Plano Municipal de Educação contém os objetivos e prioridades para

a educação do município, assim como as diretrizes, objetivos e metas para os

níveis de ensino conforme documento anexo.

§ 3º - As despesas decorrentes da aplicação desta lei correrão por conta

das verbas orçamentárias próprias, suplementadas se necessárias, de outros

recursos captados no decorrer da execução do Plano.

Art. 2º - A execução do Plano Municipal de Educação se pautará pelo regime

de colaboração entre a União, o Estado, o Município e a sociedade civil.

§ 1º - O Poder Público Municipal exercerá papel indutor na implementação

dos objetivos e metas estabelecidos neste Plano.

§ 2º - A partir da vigência desta Lei, as instituições de Educação Infantil e de

Ensino Fundamental, inclusive nas modalidades de Educação para Jovens e

Adultos e Educação Especial, integrantes da rede municipal de ensino, em

articulação com a rede estadual e privada, que compõem o Sistema Estadual de

Ensino, deverão organizar seus planejamentos e desenvolver suas ações

educativas, com base no Plano Municipal de Educação.

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§ 3º - O Poder Legislativo, por intermédio de seus integrantes, acompanhará

a execução do Plano Municipal de Educação.

Art. 3º - O Município, em articulação com a União, o Estado e a Sociedade

Civil, procederá às avaliações periódicas de implementação do Plano Municipal de

Educação, que serão realizadas a partir do segundo ano de vigência desta Lei e as

posteriores, a cada 2 (dois) anos.

Parágrafo único – A Conferência Municipal será organizada pela Secretaria

Municipal de Educação, Cultura e Desporto e grupo de acompanhamento e

Avaliação da Implementação do Plano Municipal de Educação.

Art. 4º - O Grupo de Acompanhamento e Avaliação da Implementação do

Plano Municipal de Educação, será composto por representantes dos poderes

Executivo e Legislativo, Conselho Municipal de Educação e Colegiados Escolares,

Sociedade Civil Organizada, Conselho de Acompanhamento do FUNDEB e todos

os demais Conselhos Municipais.

§ 1º - A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto, deverá

providenciar e disponibilizar a Comissão de Avaliação e Acompanhamento do

PME, dados estatísticos para a realização de aferição quantitativa, de

acompanhamento e monitoramento do processo educacional.

§ 2º - A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto, deverá

regulamentar as atividades da Comissão de Acompanhamento e Avaliação do

Plano Municipal de Educação.

Art. 5º - Os Planos Plurianuais do Município serão elaborados de modo a dar

suporte às metas constantes do Plano Municipal de Educação.

Art. 6º - O Poder Público Municipal se empenhará na divulgação deste Plano

e da progressiva realização de seus objetivos e metas, para que a sociedade o

conheça amplamente e acompanhe sua implementação.

Art. 7º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as

disposições em contrário.

Gabinete do Prefeito Municipal de Pindoretama, em 08 de junho de 2015.

Valdemar Araújo da Silva Filho

PREFEITO MUNICIPAL

REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE

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www.pindoretama.ce.gov.br

Prefeitura Municipal de Pindoretama Rua Juvenal Gondim, 221

Pindoretama - CE 85 33751094

Secretaria Municipal de Educação Avenida Professor Nogueira, 1184

Centro – Pindoretama – CE 85 33751770

Câmara Municipal de Pindoretama Rua Padre Antônio Nepumoceno, 556

Centro – Pindoretama – CE 85 33751820

Conselho Municipal de Educação

Avenida Professor Nogueira, 1184 Centro – Pindoretama – CE

85 33751770