plano municipal de defesa da floresta contra incêndios da moita · 2018. 5. 28. · fgc faixas de...
TRANSCRIPT
Plano Municipal de Defesa da
Floresta Contra Incêndios da Moita
Caderno I – Diagnóstico
Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra
Incêndios da Moita
Caderno I – Diagnóstico
Câmara Municipal da Moita
Responsabilidade da elaboração: Comissão Intermunicipal de
Defesa da Floresta Barreiro e Moita
Este plano é financiado pelo Fundo Florestal Permanente
Março de 2014
i
Índice
Índice de Figuras ............................................................................. iii
Índice de Quadros ............................................................................. v
Acrónimos ........................................................................................ 6
1 – Caracterização física ..................................................................... 1
1.1 Enquadramento Geográfico do Concelho .................................... 1
1.2 Hipsometria .......................................................................... 3
1.3 Declive ................................................................................. 5
1.4 Exposição ............................................................................. 7
1.5 Hidrografia ........................................................................... 9
2 – Caracterização climática.............................................................. 11
2.1 Temperatura do ar ............................................................... 11
2.2 Humidade relativa do ar ........................................................ 13
2.3 Precipitação ........................................................................ 13
2.4 Vento ................................................................................. 14
3 – Caracterização da população........................................................ 18
3.1 População residente e densidade populacional (2011) ................ 18
3.2 Índice de Envelhecimento ...................................................... 20
3.3 População por sector de actividade (2011) ............................... 22
3.4 Taxa de analfabetismo .......................................................... 24
3.5 Romarias e festas ............................................................................................. 26 4 – Caracterização do uso e ocupação do solo e zonas especiais ............. 28
4.1 Uso e Ocupação Solo ....................................................................................... 28 4.2 Povoamentos florestais ................................................................................... 31 4.3 Áreas protegidas, Rede Natura 2000 e regime florestal ........................... 34 4.4 Instrumentos de gestão florestal .................................................................. 36 4.5 Zonas de recreio florestal, caça e pesca ...................................................... 37 5 – Análise do Histórico Causalidade dos Incêndios Florestais ................. 38
5.1 Áreas ardidas e número de ocorrências – Distribuição Anual .................. 38 5.2 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição Mensal ........ 43
5.3 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição semanal ...... 45
5.4 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição diária .......... 47
5.5 Área ardida e número de ocorrências - Distribuição horária ......... 49
5.6 Área ardida em espaços florestais ........................................... 51
5.7 Área ardida e do número de ocorrências por classes de extensão . 53
ii
5.8 Pontos de início e causas ....................................................... 55
5.9 Fontes de alerta................................................................... 56
6 - Grandes incêndios (Área> 100 ha) .......................................... 59
iii
Índice de Figuras
Figura 1: Mapa de Enquadramento Geográfico da Moita. .......................... 2
Figura 2: Mapa hipsométrico. .............................................................. 4
Figura 3: Mapa de Declives. ................................................................ 6
Figura 4: Mapa de Exposições. ............................................................ 8
Figura 5: Mapa hidrográfico. ............................................................. 10
Figura 6: Mapa da população residente (1991/2001/2011) e densidade
populacional (2011) do concelho da Moita. .......................................... 19
Figura 7: Mapa de índice de envelhecimento (2001/2011) do concelho da
Moita. ........................................................................................... 21
Figura 8: Mapa da população por sector de actividade (2011) do concelho
da Moita. ....................................................................................... 23
Figura 9: Mapa da taxa de analfabetismo (1991/2001/2011) do concelho da
Moita. ........................................................................................... 25
Figura 10: Mapa das Romarias e Festas do concelho da Moita. ................ 27
Figura 11: Mapa do uso e ocupação do solo do Concelho da Moita. .......... 29
Figura 12: Mapa dos Povoamentos Florestais do Concelho da Moita. ........ 32
Figura 13: Zona de Protecção Especial (ZPE). ...................................... 35
Figura 14: Mapa das Áreas Ardidas do Concelho da Moita. ..................... 39
Figura 15: Distribuição anual da área ardida e do nº de ocorrências 2003 a
2012. ............................................................................................ 40
Figura 16: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrência em 2012 e
média no quinquénio 2007-2011, por freguesia. ................................... 41
Figura 17: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrência em 2012 e
média no quinquénio 2007-2011, por freguesia. ................................... 42
Figura 18: Distribuição mensal da área ardida e do nº de ocorrências em
2012 e média 2003-2012. ................................................................ 44
Figura 19: Distribuição semanal da área ardida e do nº de ocorrências em
2012 e média de 2003 a 2011. .......................................................... 46
Figura 20: Distribuição dos valores diários acumulados da área ardida e do
nº de ocorrências. ........................................................................... 48
Figura 21: Distribuição horária da área ardida e do nº de ocorrências. ..... 50
Figura 22: Distribuição da área ardida por espaços florestais (2008-2012).
.................................................................................................... 52
iv
Figura 23: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrências por classes de
extensão ....................................................................................... 54
Figura 24: Distribuição do nº de ocorrências por fonte de alerta ............. 57
Figura 25: Distribuição do nº de ocorrências por fonte e hora de alerta .... 58
v
Índice de Quadros
Quadro 1: Freguesias do Concelho da Moita .......................................... 1
Quadro 2: Temperaturas. ................................................................. 12
Quadro 3: Humidade Relativa. .......................................................... 13
Quadro 4: Precipitação. .................................................................... 14
Quadro 5: Frequências acumuladas de vento. ...................................... 14
Quadro 6: Vento. ............................................................................ 16
Quadro 7: Distribuição da velocidade média do vento por meses. ........... 17
Quadro 8: População residente, por local de residência. ........................ 18
Quadro 9: Índice de envelhecimento. ................................................. 20
Quadro 10: População por sector de actividade. ................................... 22
Quadro 11: Taxa de analfabetismo. .................................................... 24
Quadro 12: Romarias e Festas do Concelho da Moita. ........................... 26
Quadro 13: Distribuição de Uso e Ocupação do Solo do Concelho da Moita. .................................................................................................... 30
Quadro 14: Distribuição das espécies florestais do Concelho da Moita. ..... 33
vi
Acrónimos
AML Área Metropolitana de Lisboa BV Bombeiros Voluntários BVM Bombeiros Voluntários da Moita CMM Câmara Municipal da Moita CDOS Comando Distrital de Operações de Socorro CIDF Comissão Intermunicipal de Defesa da Floresta DFCI Defesa da Floresta Contra Incêndios DGRF Direcção Geral de Recursos Florestais FGC Faixas de Gestão de Combustível GTF Gabinete Técnico Florestal GTFi Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal GNR Guarda Nacional Republicana ICNF Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas IGeoE Instituto Geográfico do Exercito IGP Instituto Geográfico Português INE Instituto Nacional de Estatística JF Juntas de Freguesia LEE Locais Estratégicos de Estacionamento PGF Plano de Gestão Florestal PIDFCI Plano Intermunicipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios PMDFCI Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios PNDFCI Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios PSP Polícia de Segurança Pública PV Postos de Vigia RPA Rede de Pontos de Água RVF Rede Viária Florestal SEPNA Serviço de Protecção da Natureza SMPC Serviço Municipal de Protecção Civil SGIF Sistema de Gestão de Incêndios Florestais ZIF Zona de Intervenção Florestal ZPE Zona de Protecção Especial
vii
1
1 – Caracterização física
1.1 Enquadramento Geográfico do Concelho
O Município da Moita localiza-se no NUT II na Região de Lisboa, encontra-se
no distrito de Setúbal e confina a Norte com o concelho do Montijo, a
Nascente e a Sul com o concelho de Palmela, a Poente com o concelho do
Barreiro, faz parte da área Metropolitana de Lisboa, situando-se a Sul do rio
Tejo na Península de Setúbal.
Encontra-se representado nas folhas nº: 431, 432, 442, 443 e 454 da Carta
Militar de Portugal.
A sua área é de aproximadamente 55 Km2, sendo um Concelho organizado
administrativamente em Quatro freguesias: Alhos Vedros, Moita, União das
freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira e União das freguesias
de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos
O concelho da Moita encontra-se sob a jurisdição do Departamento de
Conservação da Natureza e Florestas de Lisboa e Vale do Tejo no que diz
respeito á administração Florestal.
Distrito (DT) Concelho (CC) Freguesia (FR) Designação '15' '1506' '150601' Alhos Vedros
'15' '1506' '150603' Moita
'15' '1506' '150607' União das freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira
'15' '1506' '150608' União das freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos
Quadro 1: Freguesias do Concelho da Moita Fonte: Instituto Nacional de Estatística (http://www.ine.pt)
2
Figura 1: Mapa de Enquadramento Geográfico da Moita.
Fonte: IGeoE.
1
3
1.2 Hipsometria
O concelho caracteriza-se por um relevo suave, sem acidentes e com uma
altimetria bastante baixa. Morfologicamente, o concelho constitui-se como
que em anfiteatro em torno da depressão central representada pelo esteiro
da vila da Moita. Para além desta unidade paisagística central, é possível
ainda distinguir duas sub-unidades: uma, onde se localiza Alhos Vedros e a
Baixa da Banheira, e, outra, em Sarilhos Pequenos. Formações de areias e
dunas são os solos dominantes no concelho, embora, na Baixa da Banheira,
se encontre uma área significativa de areias e calhaus. Nas zonas mais
elevadas, surgem as formações do Pliocénio indiferenciado.
No que respeita á altimetria do concelho da Moita, como se pode constatar
no mapa hipsométrico, verifica-se que não existem cotas de zona elevada ,
encontrando-se a área do município inserida no andar altimétrico
compreendido entre os 10m e os 70m , sendo por isso a altitude verificada
no concelho um vector de pouca importância no que concerne a implicações
D.F.C.I.
4
Figura 2: Mapa hipsométrico.
Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita.
2
Moita
5
1.3 Declive
A análise do mapa de declives permite constatar que o concelho da Moita
possui um relevo pouco acidentado, na sua maioria inferior a 2 graus.
O Concelho é maioritariamente plano, não apresentando oscilações
significativas de declive.
A distribuição de declives ao nível da paisagem reveste-se de grande
importância uma vez que o declive constitui um dos elementos topográficos
que mais afectam a propagação do fogo (Velez, 200 e Viegas 2006), o
efeito do declive nas características de uma frente de chamas resulta do
facto de as correntes de convecção induzidas pelo fogo em declives
acentuados transmitem calor aos combustíveis que se encontram a jusante,
reduzindo-lhes o teor de humidade, o que leva ao aumento na velocidade
de propagação.
Por outro lado, nos casos em que o fogo se encontra a subir uma encosta a
frente de chamas inclina-se para o combustível ainda não queimado,
levando a que este reduza rapidamente o seu teor de humidade devido á
transmissão de calor por radiação, o que se traduz numa maior rapidez na
ignição dos combustíveis e, consequentemente, no aumento da velocidade
de propagação. Assim dadas as condições de declives existentes no
concelho da Moita, verifica-se não haver relevância D.F.C.I por parte deste
elemento.
6
Figura 3: Mapa de Declives.
Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita.
3
Moita
7
1.4 Exposição
As exposições do terreno constituem um factor importante a ter em conta
na análise do comportamento do fogo, não só por afectarem a
produtividade dos terrenos, ou seja a sua capacidade de acumulação de
combustíveis, como também por influenciarem as variações climáticas
verificadas ao longo do dia. O ângulo dos raios solares influencia
directamente a temperatura e a humidade dos combustíveis vegetais, assim
como, a direcção dos ventos locais que se mostram ascendentes durante o
dia e descendentes á noite.
No concelho da Moita as exposições sul são as vertentes mais quentes,
apresentando contudo pouca representatividade não existindo assim
relevantes implicações D.F.C.I.
A exposição maioritária do concelho é a norte, oeste e plano, dado que em
termos de DFCI, não representa grande relevância.
8
Figura 4: Mapa de Exposições.
Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita.
4
Moita
9
1.5 Hidrografia
O Concelho da Moita apresenta uma faixa ribeirinha com aproximadamente
20 km de comprimento e uma área de rio de cerca de 11 kmP
2P.
Os cursos de água existentes não são permanentes e atravessam todas as
freguesias.
Fazendo parte da bacia do Estuário do Tejo, constitui-se como uma das
componentes de ligação entre o Tejo e a Arrábida.
Assim, podem distinguir-se na área do concelho três zonas naturais: as
zonas húmidas, ribeirinhas (de cota até 10 metros), as zonas húmidas dos
vales interiores (de cotas de 10 a 25) e as zonas de encosta e planaltos (de
cotas não inferiores a 40).
As unidades paisagísticas, referidas anteriormente, estão intimamente
relacionadas com o sistema de drenagem do território do Concelho da
Moita, mas excedem largamente a área do Município. Trata-se da bacia
central do Rio da Moita, cuja bacia hidrográfica se inicia na vertente norte
da cadeia montanhosa da Serra da Arrábida e para além desta, duas
pequenas bacias: a do Vale da Amoreira e a do Vale do Grou na zona
poente do concelho.
10
Figura 5: Mapa hidrográfico.
Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita.
5
11
2 – Caracterização climática
Para a caracterização climática foram utilizadas as Normais Climatológicas
do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, com um período de cálculo
de 30 anos (1961-1990), onde a estação utilizada foi Lisboa/Portela (nº.
536).
2.1 Temperatura do ar
Realça-se que de Junho a Setembro as temperaturas médias mensais
ultrapassam os 20ºC, sendo Agosto o mês com temperatura média mensal
mais elevada, registando 22,5ºC.
Quanto às temperaturas máximas diárias, situam-se essencialmente nos
meses de Verão destacando-se Junho com 43ºC.
Em relação às temperaturas mínimas diárias é importante destacar o facto
de que, de um modo geral, nos meses de verão existem dias com mínimas
superiores a 15ºC, o que em termos de DFCI implica que os combustíveis
não conseguem arrefecer durante a noite.
12
Quadro 2: Temperaturas. Fonte: Instituto de Meteorologia
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Valor Extremo da Temp.Mínima no Período(°C) -1.6 -2.0 1.8 2.8 6.0 9.2 11.0 12.0 9.6 5.8 2.2 -0.8
Valor da Média da Temperatura Mínima (°C) 7.2 7.8 8.6 10.0 12.1 14.8 16.5 16.8 16.0 13.5 10.0 7.6
Média Mensal 10.8 11.5 12.9 14.4 16.8 20.0 22.0 22.5 21.2 18.0 13.8 11.0
Média Mensal 10.8 11.5 12.9 14.4 16.8 20.0 22.0 22.5 21.2 18.0 13.8 11.0
Média das máximas 14.3 15.2 17.2 18.9 21.6 25.1 27.4 28.2 26.4 22.4 17.5 14.5
Valores máximos 19.6 22.8 26.7 29.2 35.7 43.0 40.0 39.0 38.0 33.4 28.0 20.8
-5.0
0.0
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
30.0
35.0
40.0
45.0
50.0
ºC
Valores de temperatura do ar no concelho da Moita(Normais Climatológicas 1961-1990)
13
2.2 Humidade relativa do ar
A Humidade relativa média é consideravelmente elevada, uma vez que se
apresenta superior a 50%, derivado da proximidade com o litoral. Os meses
com humidade relativa média mais baixa são os de Verão, nomeadamente
Junho, Julho e Agosto, sendo que Julho apresenta o valor mais baixo, com
50%, registado às 15h.
Quadro 3: Humidade Relativa. Fonte: Instituto de Meteorologia
2.3 Precipitação
Os meses com maior precipitação são, naturalmente os de Inverno, sendo
Janeiro e Novembro os que apresentam maiores valores Totais.
Quanto às máximas diárias existem dois picos de precipitação, em Março e
Novembro.
Denotou-se menor precipitação no mês de Julho, com uma precipitação
total de 3.1mm.
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
9h 85 82 78 75 72 71 68 69 73 79 83 85
15h 73 68 61 61 59 56 50 49 52 62 70 74
0
20
40
60
80
100
%
Humidade relativa mensal no concelhoda Moita às 9h e 15h (1961-1990)
14
0.00
10.00
20.00
30.00
40.00N
NE
E
SE
S
SW
W
NW
Frequencias médias acumuladas(%)(Normais Climatológicas 1961-1990)
F(%)
Quadro 4: Precipitação. Fonte: Instituto de Meteorologia
2.4 Vento
As direcções preferenciais do vento são N, NW.
Quadro 5: Frequências acumuladas de vento. Fonte: Instituto de Meteorologia
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Total 104.3 98.1 74.6 55.8 38.6 21.2 3.1 5.4 21.9 64.1 102.0 96.8
Máx. (diaria) 75.8 57.5 94.4 37.9 35.2 36.2 16.0 36.4 43.6 77.0 115.4 84.6
0.020.040.060.080.0
100.0120.0140.0
mm
Precipitação mensal no concelho da Moita(Normais Climatológicas 1961-1990)
F(%) N 32.89 NE 11.33 E 8.58 SE 2.38 S 3.64 SW 9.13 W 12.23 NW 16.35
15
A velocidade média do vento mais elevada regista-se em Agosto sendo de
22,8Km/h, em termos de DFCI este facto tem relevância, uma vez que esta
velocidade registada, coincide com uma precipitação uma reduzida, Agosto
é o mês com humidade relativa mais baixa e encontra-se inserido nos
meses em que as temperaturas são mais elevadas. Esta combinação produz
um conjunto de factores climáticos favoráveis à deflagração e propagação
de incêndios florestais, uma vez que a carga combustível se encontra pouco
hidratada.
Quanto à velocidade média diária do vento, salienta-se que de modo geral
as mais elevadas nos meses de Verão são do quadrante Norte,
ultrapassando os 20Km/h.
16
N NE E SE S SW W NW C
f (%) v (km/h) f (%) v
(km/h) f (%) v (km/h) f (%) v
(km/h) f (%) v (km/h) f (%) v
(km/h) f (%) v (km/h) f (%) v
(km/h) f
Janeiro 19.4 15.5 17.9 11.4 12.7 9.8 2.8 10.4 4.5 19.2 10.6 21.4 12.7 16.0 12.6 15.7 6.8 Fevereiro 24.5 18.0 14.1 12.0 10.7 10.9 3.2 12.4 5.4 17.1 10.6 21.3 14.4 18.1 13.1 16.6 4.0 Março 31.9 20.0 12.0 13.5 10.5 11.8 3.1 12.7 3.1 14.9 8.7 17.9 11.3 13.8 16.4 16.6 3.1 Abril 32.3 20.3 9.5 13.5 7.9 12.2 2.2 11.6 4.1 17.5 9.5 19.1 14.5 14.7 17.9 18.0 2.2 Maio 36.4 20.8 6.1 14.4 4.4 11.6 1.2 11.3 2.6 18.5 10.8 18.8 14.1 15.1 23.4 18.6 0.9 Junho 39.2 21.2 3.7 12.3 3.8 9.4 1.1 8.8 2.3 16.5 10.8 17.7 13.7 15.1 24.1 20.0 1.4 Julho 48.2 22.4 4.2 12.5 4.2 9.1 0.9 7.3 1.5 13.0 5.9 15.2 11.6 14.7 22.0 20.0 1.4 Agosto 54.3 22.8 4.5 13.1 3.2 10.8 1.3 8.8 0.9 11.9 5.8 16.1 9.0 14.1 19.6 21.0 1.4 Setembro 36.8 19.3 6.8 11.0 7.3 9.1 2.2 9.6 3.3 15.0 10.3 17.9 12.7 13.4 17.4 18.4 3.3 Outubro 28.2 17.6 12.7 11.1 10.3 9.8 3.4 10.8 6.7 15.7 9.0 16.9 11.9 14.0 13.0 16.1 4.9 Novembro 24.9 15.8 20.2 10.7 13.5 9.2 3.7 12.4 4.6 16.2 7.7 18.8 9.2 14.6 9.4 15.0 6.8 Dezembro 18.6 15.3 24.2 11.4 14.4 10.0 3.4 12.2 4.7 19.9 9.8 20.3 11.7 16.4 7.3 14.8 6.0 (Normais Climatológicas 1961-1990) C= situação em que não há movimento apreciável do ar, a velocidade não ultrapassa 1 km/h Quadro 6: Vento. Fonte: Instituto de Meteorologia
17
Quadro 7: Distribuição da velocidade média do vento por meses. Fonte: Instituto de Meteorologia
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
N 15.5 18.0 20.0 20.3 20.8 21.2 22.4 22.8 19.3 17.6 15.8 15.3
NE 11.4 12.0 13.5 13.5 14.4 12.3 12.5 13.1 11.0 11.1 10.7 11.4
E 9.8 10.9 11.8 12.2 11.6 9.4 9.1 10.8 9.1 9.8 9.2 10.0
SE 10.4 12.4 12.7 11.6 11.3 8.8 7.3 8.8 9.6 10.8 12.4 12.2
S 19.2 17.1 14.9 17.5 18.5 16.5 13.0 11.9 15.0 15.7 16.2 19.9
SW 21.4 21.3 17.9 19.1 18.8 17.7 15.2 16.1 17.9 16.9 18.8 20.3
W 16.0 18.1 13.8 14.7 15.1 15.1 14.7 14.1 13.4 14.0 14.6 16.4
NW 15.7 16.6 16.6 18.0 18.6 20.0 20.0 21.0 18.4 16.1 15.0 14.8
0.0
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
Distribuição da velocidade média do vento por meses (Km/h)(Normais Climatológicas 1961-1990)
18
3 – Caracterização da população
3.1 População residente e densidade populacional (2011)
População residente (N.º) por Local de residência
Período de referência dos dados
1991 2001 2011
Local de residência N.º N.º N.º
Alhos Vedros 576.66 636.9 840.4
Moita 843.81 932.38 983.9 União das freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira 14026.41 13834.22 9348 União das freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos 413.4 397.97 416.1 Quadro 8: População residente, por local de residência. Fonte: INE
Observa-se que a freguesia com menos população é a União das freguesias
de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos, enquanto a demograficamente maior
é a União das freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira, embora
se tenha verificado um decréscimo do número de residentes.
19
Figura 6: Mapa da população residente (1991/2001/2011) e densidade populacional (2011) do concelho da Moita.
Fonte: INE – IGeoE - GTF Barreiro/Moita
6
20
3.2 Índice de Envelhecimento
Índice de envelhecimento (N.º) por Local de residência (à data dos Censos 2011);
Decenal (1) Período de referência dos dados
2001 2011
Local de residência N.º N.º
Alhos Vedros 100.7 95.4
Moita 76.2 109 União das freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira 124.5 207.3
União das freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos 342.2 239
Quadro 9: Índice de envelhecimento. Fonte: INE
De um modo geral a freguesia com um índice de envelhecimento inferior é,
Alhos Vedros, enquanto a União das freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos
Pequenos é a que tem um índice maior, tendo no entanto decrescido em
relação a 2001.
21
Figura 7: Mapa de índice de envelhecimento (2001/2011) do concelho da Moita.
Fonte: INE – IGeoE - GTF Barreiro/Moita
7
22
3.3 População por sector de actividade (2011)
A evolução da distribuição da população do concelho por sectores de
actividade, onde se constata, a evolução crescente da população activa no
sector terciário, em contraste com a residual actividade no sector primário.
População empregada (N.º) por Local de residência e Sector de actividade económica
Período de referência dos dados
2011
Sector primário
Sector secundário
Sector terciário
Local de residência N.º N.º N.º
Alhos Vedros 69 1527 4787 Moita 97 1657 5553 União das freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira 29 2542 8591 União das freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos 11 208 738
Quadro 10: População por sector de actividade. Fonte: INE
23
Figura 8: Mapa da população por sector de actividade (2011) do concelho da Moita.
Fonte: INE – IGeoE - GTF Barreiro/Moita
8
1.15%
21.73%
77.12%
0.26%
22.77%
76.97% 1.08%
23.92%
74.99%
1.33%
22.68%
76.00%
24
3.4 Taxa de analfabetismo
Taxa de analfabetismo (%) por Local de residência (à data dos Censos 2011) e
Sexo; Decenal Período de referência dos dados 1991 2001 2011
Local de residência % % %
Alhos Vedros 11.11 8.71 3.94 Moita 9.13 7.02 4.28 União das freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira 13.73 14.37 9.14 União das freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos 40.29 36.58 16.02 Quadro 11: Taxa de analfabetismo. Fonte: INE
Denota-se um grande decréscimo na taxa de analfabetismo em todas
as freguesias do concelho da Moita, ao logo do período de referencia
dos dados.
25
Figura 9: Mapa da taxa de analfabetismo (1991/2001/2011) do concelho da Moita.
Fonte: INE – IGeoE - GTF Barreiro/Moita
9
26
Em relação á caracterização da população no concerne ás implicações
D.F.C.I é notória a necessidade premente de serem efectuadas acções de
sensibilização, deverão ser transmitidas orientações á população
nomeadamente no que diz respeito uso de queimadas e também á queima
de sobrantes.
Existe também a necessidade de manter e reforçar a fiscalização por parte
das entidades que detêm essa responsabilidade.
3.5 Romarias e festas
Mês de realização
Dia de início/fim Freguesia Lugar Designação Observações
Maio 4º Domingo Moita Moita Feira de Maio Lançamento de foguetes
Julho 1º fim de semana Moita Moita
Feira do cavalo -
Julho Baixa da Banheira
Baixa da Banheira
Festa de S. José Operário
Agosto Gaio-
Rosário Rosário
Festa de Nª Sraª do Rosário
Lançamento de foguetes
Setembro
2º fim de semana
(sexta)– 3º fim de
semana (domingo)
Moita Moita
Festa em Honra de Nª Sraª da Boa
Viagem
Lançamento de foguetes
Setembro 3º fim de semana
Sarilhos Pequenos
Sarilhos Pequenos
Festa Lançamento de foguetes
Quadro 12: Romarias e Festas do Concelho da Moita. Fonte: Câmara Municipal da Moita.
Nas festas que existem no Concelho é de registar o lançamento de foguetes
no decorrer das mesmas, no entanto, estes não são lançados em zonas
florestais, não apresentando por isso grande risco de incêndio.
27
Figura 10: Mapa das Romarias e Festas do concelho da Moita.
Fonte: INE – IGeoE - GTF Barreiro/Moita
10
28
4 – Caracterização do uso e ocupação do solo e zonas
especiais
4.1 Uso e Ocupação Solo
A maior mancha de uso e ocupação do solo da Moita é de sistemas culturais
e parcelares complexos com 2667 ha, de acordo com a carta Corine Land
Cover.
Assim em termos a implicação D.F.C.I è pouco relevante.
29
Figura 11: Mapa do uso e ocupação do solo do Concelho da Moita.
Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita e Corine Land Cover.
11
Tecido urbano contínuo
30
Freguesias Alhos Vedros Moita União das freguesias de Baixa
da Banheira e Vale da Amoreira União das freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos
TOTAL (ha)
Uso e Ocupação do solo (ha)
Tecido urbano contínuo 0 0 66.2 0 66.2
Tecido urbano descontínuo 247.9 269.8 164 58.9 740.6
Indústria. comércio e equipamentos gerais 0 0 5.2 0 5.2 Áreas em construção 0 0.9 0 0 0.9
Culturas anuais de sequeiro 52.3 0 96.4 0 148.7
Sistemas culturais e parcelares complexos 820.8 1480.5 1.8 363.9 2667
Agricultura com espaços naturais 70.8 0 0 0 70.8 Florestas de folhosas 0 0 0 30.4 30.4 Florestas de resinosas 85.9 0 0 0 85.9
Florestas mistas 0 27.9 0 0 27.9 Espaços florestais degradados. cortes e
novas plantações 114.5 3.9 48.3 0 166.7
Sapais 23.1 0 0 23.8 46.9 Salinas 93.3 3.6 48.1 118.4 263.4
Estuários 13.4 0 1.2 11.7 26.3 Quadro 13: Distribuição de Uso e Ocupação do Solo do Concelho da Moita.
Fonte: Gabinete Técnico Florestal Barreiro/Moita.
31
4.2 Povoamentos florestais
A maior área florestal do Concelho é composta pela consorciação de
espécies, nomeadamente eucalipto, pinheiro bravo, pinheiro manso e
sobreiro. Assim sendo apresenta um risco D.F.C.I com pouca relevância.
32
Figura 12: Mapa dos Povoamentos Florestais do Concelho da Moita.
Fonte: Câmara Municipal da Moita.
12
33
Freguesias Cipreste Comum Eucalipto Oliveira Pinheiro bravo Pinheiro manso Sobreiro Alhos Vedros 0.4 37 37 37 37 37 Moita 0 12.4 0.2 32.8 10.5 22.8
União das freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira
0 5.9 0 33.8 5.7 19.5
União das freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos
0 1.1 0.8 5.4 15.1 20.3 Quadro 14: Distribuição das espécies florestais do Concelho da Moita. Fonte: Câmara Municipal da Moita.
34
4.3 Áreas protegidas, Rede Natura 2000 e regime florestal
No Concelho da Moita é abrangido apenas por uma área de Zona de
Protecção Especial (ZPE) do rio Tejo, a norte do Concelho, na União de
freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos, que não tem expressão em
termos de DFCI.
35
Figura 13: Zona de Protecção Especial (ZPE).
Fonte: Câmara Municipal da Moita.
13
36
4.4 Instrumentos de gestão florestal
Não se prevê a sua elaboração.
37
4.5 Zonas de recreio florestal, caça e pesca
No Concelho da Moita não existem zonas de recreio florestal, bem como de
caça e pesca, a assinalar.
38
5 – Análise do Histórico Causalidade dos Incêndios Florestais
5.1 Áreas ardidas e número de ocorrências – Distribuição Anual
Pode verificar-se que no concelho da Moita, para o período dos últimos 10
anos, os anos mais críticos, em termos de área ardida, foram 2004 e 2009
com um total de área ardida de 110.43ha.
Em relação ao número de ocorrências podem observar-se três picos,
correspondentes aos anos de 2004, 2006 e 2008 com 145, 111 e 115
ocorrências respectivamente. Não sendo possível no entanto prever a
existência de ciclos.
Quanto à distribuição da área ardida, do número de ocorrências em 2012 e
a média do quinquénio de 2007 a 2011, por freguesia, verifica-se que a
área ardida em 2012 é muito inferior à média do quinquénio em todas as
freguesias, sendo os dados relativos ao número de ocorrências iguais.
De um modo geral todos os incêndios progrediram de acordo com os ventos
dominantes no concelho da Moita, relativamente ao declive, este não teve
especial relevância, bem como as exposições ou a ocupação do solo.
39
Figura 14: Mapa das Áreas Ardidas do Concelho da Moita.
Fonte: GTFi Barreiro e Moita.
14
40
Figura 15: Distribuição anual da área ardida e do nº de ocorrências 2003 a 2012.
Fonte: SGIF.
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Àrea ardida 9.7482 52.0794 14.554 25.7624 17.4233 15.2716 58.3489 17.5361 9.113 2.5979
N.º Ocorrências 44 145 94 111 81 115 103 98 86 77
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0
10
20
30
40
50
60
70
N.º
Oco
rrên
cias
Áre
a A
rdid
a
Área ardida e número de ocorrências – Distribuição anual
Àrea ardida
N.º Ocorrências
41
Figura 16: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrência em 2012 e média no quinquénio 2007-2011, por freguesia.
Fonte: SGIF
Alhos Vedros MoitaUnião das freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira
União das freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos
Àrea ardida (média) 15.4125 5.86248 1.69512 0.56308
Àrea ardida 2012 1.2098 1.0481 0.27 0.07
N.º de Ocorrências (média) 33.2 44 12 6.6
N.º de Ocorrências 2012 26 37 10 4
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
N.º
Oco
rrên
cias
Áre
a ar
dida
Área ardida e número de ocorrências por freguesia - média (2007/2011) e 2012
Àrea ardida (média)
Àrea ardida 2012
N.º de Ocorrências (média)
N.º de Ocorrências 2012
42
Figura 17: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrência em 2012 e média no quinquénio 2007-2011, por freguesia.
Fonte: SGIF
Alhos Vedros MoitaUnião das freguesias de
Baixa da Banheira e Vale da Amoreira
União das freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos
Pequenos
Àrea ardida Povoamento média 10.126 0.44422 0.1 0
Àrea ardida Mato média 3.36412 3.40882 0.91442 0.0778
Àrea ardida Agricola média 3.72238 2.22944 0.6807 0.48528
Àrea ardida Povoamento 2012 0.06 0.035 0.05 0
Àrea ardida Mato 2012 0.1863 0.1886 0.164 0.025
Àrea ardida Agricola 2012 0.9635 0.8245 0.056 0.045
N.º Ocorrências Povoamento média 1.6 1.8 0.2 0
N.º Ocorrências Mato média 19.4 25.4 7 3.6
N.º Ocorrências Agricola média 12.6 16.4 4.8 3
N.º Ocorrências Povoamento 2012 2 2 3 0
N.º Ocorrências Mato 2012 11 15 3 2
N.º Ocorrências Agricola 2012 13 20 4 2
0
5
10
15
20
25
30
0
2
4
6
8
10
12
N.º
Oco
rrên
cias
Áre
a ar
dida
Área ardida e número de ocorrências por freguesia por espaços florestais -média (2007/2011) e 2012
Àrea ardida Povoamento médiaÀrea ardida Mato média
Àrea ardida Agricola média
Àrea ardida Povoamento 2012
Àrea ardida Mato 2012
Àrea ardida Agricola 2012
N.º Ocorrências Povoamento médiaN.º Ocorrências Mato média
N.º Ocorrências Agricola média
N.º Ocorrências Povoamento 2012
43
5.2 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição Mensal
Em relação à distribuição mensal da área ardida e do número de
ocorrências, no ano de 2012 e a média dos anos 2003 a 2011, verifica-se
que a área ardida em 2012 é muito menor do que a média,. Em termos de
DFCI salienta-se que o número de ocorrências é de um modo geral inferior
à média, exceptuando nos meses de Fevereiro, Março, Junho e Setembro.
Em relação à DFCI salienta-se que se deverá ter em atenção os meses de
Junho, Julho e Agosto, tanto no que diz respeito à vigilância como à
fiscalização, uma vez que o maior número de ocorrências incide nesses
meses
44
Figura 18: Distribuição mensal da área ardida e do nº de ocorrências em 2012 e média 2003-2012.
Fonte: SGIF
JaneiroFevere
iroMarço Abril Maio Junho Julho Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Área ardida (média) 0.02 0.17 0.00 0.03 6.96 3.80 7.73 3.45 1.38 0.83 0.05 0.01
Área ardida 2012 0.00 0.01 0.36 0.03 0.00 0.53 0.40 0.63 0.43 0.22 0.00 0.00
N.º Ocorrências (média) 1.00 1.00 1.00 3.33 10.33 15.33 23.44 20.56 12.00 6.89 1.78 0.78
N.º Ocorrências 2012 1.00 3.00 7.00 1.00 0.00 19.00 17.00 12.00 13.00 4.00 0.00 0.00
0.00
5.00
10.00
15.00
20.00
25.00
0.00
2.00
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
N.º
Oco
rrên
cias
Áre
a ar
dida
Área ardida e número de ocorrências – Distribuição mensal (2003-2011 e 2012)
Área ardida (média)
Área ardida 2012
N.º Ocorrências (média)
N.º Ocorrências 2012
45
5.3 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição
semanal
Relativamente à distribuição semanal da área ardida em 2012 e média dos
anos 2003 a 2011, pode verificar-se que a área ardida em 2012 é, de um
modo geral muito inferior à média.
Em termos de DFCI regista-se que o número de ocorrências de 2012 é
inferior à média, para o mesmo parâmetro, com excepção de Terça-feira e
Quarta-feira.
Em relação à DFCI salienta-se que se deverá ter em atenção às Quartas e
aos fins de semana, tanto no que diz respeito à vigilância como à
fiscalização, uma vez que o maior numero de ocorrências incide nesses dias
da semana e as maiores áreas ardidas se encontram deslocalizadas para os
fins de semana.
46
Figura 19: Distribuição semanal da área ardida e do nº de ocorrências em 2012 e média de 2003 a 2011.
Fonte: SGIF
Segunda-feira
Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sabado Domingo
Área ardida (média) 3.49 3.52 2.52 7.46 4.22 2.31 0.84
Área ardida 2012 0.08 0.24 0.41 0.15 0.32 0.80 0.60
N.º Ocorrências (média) 12.00 11.78 13.56 16.44 16.11 14.11 12.44
N.º Ocorrências 2012 7.00 12.00 15.00 10.00 8.00 15.00 10.00
0.00
2.00
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
16.00
18.00
0.00
1.00
2.00
3.00
4.00
5.00
6.00
7.00
8.00
N.º
Oco
rrên
cias
Áre
a ar
dida
Área ardida e número de ocorrências – Distribuição semanal (2003-2011 e 2012)
Área ardida (média)
Área ardida 2012
N.º Ocorrências (média)
N.º Ocorrências 2012
47
5.4 Área ardida e número de ocorrências – Distribuição diária
Quanto à distribuição dos valores diários acumulados da área ardida no
período de 2003 a 2012, verificara-se um dia crítico, 28 de Maio, com
19.52% do total da área ardida, o correspondente a 43.42 (ha).
Relativamente ao número de ocorrências, salientam-se dois dias críticos, 28
de Julho e 03 de Agosto, onde sucedeu 1,36% das ocorrências o que
corresponde a 13.
Em relação à DFCI salienta-se que se deverá ter em atenção ao conjunto
dos meses de Maio a Outubro, e não a dias específicos, tanto no que diz
respeito à vigilância como à fiscalização, uma vez que o maior número de
ocorrências incide aleatoriamente nesses meses.
Dos dados analisados e em comparação com os resultados do PIDFCI do
Barreiro e Moita anterior, não é possível fazer-se uma correlação dos
incêndios com factores socioeconómicos, fidedigna, uma vez que existe uma
grande variação dos valores.
48
Figura 20: Distribuição dos valores diários acumulados da área ardida e do nº de ocorrências.
Fonte: SGIF
43.41513
0
2
4
6
8
10
12
14
16
0.000
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
45.000
50.0001/
Jan
10/J
an19
/Jan
28/J
an6/
Fev
15/F
ev24
/Fev
4/M
ar13
/Mar
22/M
ar31
/Mar
9/Ab
r18
/Abr
27/A
br6/
Mai
15/M
ai24
/Mai
2/Ju
n11
/Jun
20/J
un29
/Jun
8/Ju
l17
/Jul
26/J
ul4/
Ago
13/A
go22
/Ago
31/A
go9/
Set
18/S
et27
/Set
6/O
ut15
/Out
24/O
ut2/
Nov
11/N
ov20
/Nov
29/N
ov8/
Dez
17/D
ez26
/Dez
N.º
Oco
rrên
cias
Áre
a ar
dida
Área ardida e número de ocorrências – Distribuição diária (2003-2012)
Área ardida
Nº Ocorrências
49
5.5 Área ardida e número de ocorrências - Distribuição horária
Existem manifestamente dois períodos críticos, no que respeita às áreas
ardidas no período de 2003 a 2012, um situado entre as 14h00m e as
14h59m e outro entre as 15h00m e as 15h59m, em conjunto representam
50,34% da área ardida, 111.98 (ha).
Em termos de número de ocorrências, existe dois períodos críticos, das
15h00m às 15h59m e das 17h00 às 17h59, onde surgem em conjunto 182
ocorrências o que corresponde a 19.08% das ocorrências.
Em relação à DFCI salienta-se que se deverá ter em atenção ao período da
tarde, assim entre as 12h e as 20h, tanto no que diz respeito à vigilância
como à fiscalização, uma vez que o maior número de ocorrências e área
ardida incide nesse período.
Dos dados analisados e em comparação com os resultados do PIDFCI do
Barreiro e Moita anterior, não é possível fazer-se uma correlação dos
incêndios com factores socioeconómicos, fidedigna, uma vez que existe uma
grande variação dos valores.
50
Figura 21: Distribuição horária da área ardida e do nº de ocorrências.
Fonte: SGIF
56.08 94
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0.00
10.00
20.00
30.00
40.00
50.00
60.00
N.º
Oco
rrên
cias
Áre
a ar
dida
Área ardida e número de ocorrências – Distribuição horária (2003-2012)
Área ardida
NºOcorrências
51
5.6 Área ardida em espaços florestais
Relativamente à distribuição da área ardida por espaços florestais (2008 –
2012), observa-se que, de um modo geral, os espaços florestais que mais
ardem são os matos com as percentagens máximas em 2008 e 2010, com
45,43% e 41,96% respectivamente e espaços agrícolas com as
percentagens máximas em 2011 e 2012, com 70,86% e 72,65%
respectivamente, com a excepção do ano de 2009 onde ardeu mais
povoamentos com 72,54% da área ardida.
52
Figura 22: Distribuição da área ardida por espaços florestais (2008-2012).
Fonte: SGIF
2008 2009 2010 2011 2012
Agricola 8.33 7.18 7.08 6.46 1.89
Mato 6.94 8.83 7.36 1.87 0.56
Povoamento 0.00 42.32 3.10 0.79 0.15
0.00
10.00
20.00
30.00
40.00
50.00
60.00
70.00
Áre
a ar
dida
Área ardida em espaços florestais (2008-2012)
Agricola
Mato
Povoamento
53
5.7 Área ardida e do número de ocorrências por classes de
extensão
Verifica-se que a distribuição da área ardida por classes de extensão não é
uniforme, ou seja, 36.6% da área ardida encontram-se na primeira classe
(0-1 ha), na classe 1-10ha encontra-se 23.48% e na classe de (> 20-50
ha) existem cerca de 39.92% de área ardida, todas as outras classes
apresentam valores de 0%.
Quanto ao número de ocorrências, cerca de 97.48%, encontram-se na
primeira classe (0-1 ha), na segunda classe existem 2.31% das ocorrências
e nas restantes valores inferiores a 0.5%.
Em relação à DFCI regista-se que a maior percentagem de área ardida
advêm do somatório das pequenas áreas ardidas do grande número de
ocorrências embora exista pontualmente ocorrências que originam áreas
ardidas de maiores dimensões.
54
Figura 23: Distribuição da área ardida e do nº de ocorrências por classes de extensão
Fonte: SGIF
0-1ha >1-10ha >10-20ha >20-50ha >50-100ha <100ha
Área ardida 37.6405 24.15 0 41.06 0.00 0.00
N.º ocorrências 464 11 0 1 0 0
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
N.º
Oco
rrên
cias
Áre
a ar
dida
Área ardida e número de ocorrências por classes de extensão (2008-2012)
Área ardida
N.º ocorrências>100ha
55
5.8 Pontos de início e causas
O Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal Barreiro e Moita não possui dados relativos a pontos de inicio e causas.
56
5.9 Fontes de alerta
Quanto à distribuição do número de ocorrências por fonte de alerta, denota-
se que a maior percentagem dos alertas é realizado pelos Populares
(90.13%), e em segundo a classe denominada “outros” com 5.25%, o
CDOS surge em terceiro lugar com 4.41% e os postos de vigia com 0.21%.
O mesmo sucede ao analisar-se as fontes de alerta por hora.
57
Figura 24: Distribuição do nº de ocorrências por fonte de alerta
Fonte: SGIF
4.415.25
90.13
0.21
% de n.º de Ocorrências por fontes de alerta (2008-2012)
117
Outros
Populares
Postos de Vigia
58
Figura 25: Distribuição do nº de ocorrências por fonte e hora de alerta
Fonte: SGIF
31 2 1 1 1 1 1 2 1 2 2 2 12
21 1 1 2
1
32
23 2 3
21
15
2225
18
117
2 3 4
9
15
2418
27
39
29
34
22
18
1113
18
24
1
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
00:00 -
00.59
01:00 -
01:59
02:00 -
02:59
03:00 -
03:59
04:00 -
04:59
05:00 -
05:59
06:00 -
06:59
07:00 -
07:59
08:00 -
08:59
09:00 -
09:59
10:00 -
10:59
11:00 -
11:59
12:00 -
12:59
13:00 -
13:59
14:00 -
14:59
15:00 -
15:59
16:00 -
16:59
17:00 -
17:59
18:00 -
18:59
19:00 -
19:59
20:00 -
20:59
21:00 -
21:59
22:00 -
22:59
23:00 -
23:59
Número de ocorrências por hora e fonte de alerta (2008-2012)
Postos de Vigia
Populares
Outros
117
59
6 - Grandes incêndios (Área> 100 ha)
Não existem áreas ardidas superiores a 100 ha registadas no concelho da Moita.