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PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAPOTI SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE Rua Ondina Siqueira, Centro Fone / Fax (43) 3512-3139/3140 ARAPOTI PARANÁ - 1 PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAPOTI SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE Plano Municipal de Contingencia da Dengue “Todos Juntos Contra a Dengue” 2015-2016

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PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAPOTI SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

Plano Municipal de

Contingencia da

Dengue

“Todos Juntos Contra a Dengue”

2015-2016

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PREFEITO Braz Rizzi

VICE-PREFEITA Rosi Rogenski

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDE Talita T. Kluppel dos Santos

Chefe de Divisão de Planejamento, Vigilância e Controle Andréa Cristina Silva

Seção de Vigilância Epidemiológica Márcia Maria Giglio

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PLANO MUNICIPAL DE CONTINGENCIA DA DENGUE

Plano de Contingência da Dengue 2015-2016 Arapoti -PR,

Aprovado em reunião do Conselho Municipal de Saúde ........./ /2015

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1. INTRODUÇÃO

A palavra dengue tem origem espanhola e quer dizer “melindre”,

“manha”.

O nome faz referência ao estado de moleza e prostração em que fica

a pessoa contaminada pelo Arbovírus (abreviatura do inglês de arthropod-

bornvirus, vírus oriundo dos artrópodes).

A transmissão ocorre pela picada do mosquito Aedes aegypti, uma

espécie hematófaga originária da África que chegou ao continente

americano na época da colonização.

A dengue foi vista pela primeira vez no mundo no final do século

XVIII, no Sudoeste Asiático, em Java, e nos Estados Unidos, na Filadélfia,

mas a Organização Mundial de Saúde (OMS) só a reconheceu como

doença neste século. O primeiro caso de febre hemorrágica da dengue que

se tem notícia apareceu na década de 50, nas Filipinas e Tailândia.

Após a década de 60, a presença do vírus intensificou-se nas

Américas. Pesquisadores identificaram vários sorotipos da doença, que

foram numerados de 1 a 4, dependendo do grau de letalidade do vírus.

O sorotipo 1, o mais leve, apareceu pela primeira vez em 1977,

inicialmente na Jamaica, mas foi a partir de 1980 que foram notificadas

epidemias em vários países.

O sorotipo 2, encontrado em Cuba, foi o responsável pelo primeiro

surto de febre hemorrágica ocorrido fora do Sudoeste Asiático e Pacífico

Ocidental. O segundo surto ocorreu na Venezuela, em 1989.

Nos últimos 50 anos a incidência aumentou 30 vezes com

crescimento da expansão geográfica para novos países e na presente década

para pequenas cidades e áreas rurais.

É estimado que 50 milhões de casos de infecção por dengue ocorram

anualmente. Estima-se que aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas vivam

em países onde a dengue é endêmica. Na região das Américas a doença tem

disseminado com surtos cíclicos ocorrendo a cada 3-5 anos.

O maior surto ocorreu em 2002 com mais de um milhão de casos

notificados. No Brasil, há referências de epidemias desde 1916, em São

Paulo, e em 1923, em Niterói, no Rio de Janeiro, sem comprovação

laboratorial.

A primeira epidemia, documentada clínica e laboratorialmente,

ocorreu entre os anos de 1981 e 1982, em Boa Vista, Roraima, causada

pelos sorotipos 1 e 4, considerado o mais perigoso. Em 1986, ocorreram

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epidemias, atingindo o Rio de Janeiro e algumas capitais da região

Nordeste.

Desde então a dengue vem ocorrendo no Brasil de forma continuada,

intercalando-se com a 7ª ocorrência de epidemias, geralmente associadas

com a introdução de novos sorotipos em áreas anteriormente indenes ou

alteração do sorotipo predominante.

Atualmente circulam no país os quatro sorotipos da doença.

2. SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA DENGUE EM ARAPOTI:

De acordo com o Censo demográfico DATASUS (2012), o

município de Arapoti tem uma população de 26.153 habitantes.

Na zona Urbana estão instaladas cinco Unidades Básicas de Saúde

com equipes de saúde da família modalidade I com Saúde Bucal. No

distrito de Calógeras há uma Unidade Básica de Saúde de Saúde da Família

com equipe de saúde bucal modalidade II.

Na zona rural contamos com uma equipe de saúde da família e uma

equipe de saúde bucal modalidade I.

A equipe de Controle de Vetores (Agende de Controle de Endemias)

está diretamente ligada a Seção de Vigilância Sanitária - Controle de

Zoonoses, que tem seu trabalho dividido por micro áreas.

A coleta de lixo é diária na área central e em alguns bairros é

realizada três vezes por semana.

Observa-se que a população em geral não está educada o suficiente

para manter seus quintais, terrenos baldios, piscinas, dentre outros locais da

cidade, limpos e livres de ovos, larvas e pupas do Aedes aegypti.

Até o corrente ano, não tivemos nenhum caso positivo da doença,

encontrando apenas “focos” do mosquito Aedes aegypti, classificando

nosso município como possivelmente infestado, mas sem a doença.

3. OBJETIVO GERAL

O Plano Municipal de Contingência de Dengue deverá ser aplicado

no período epidêmico da doença, o qual é caracterizado pela alta

incidência e transmissão da Dengue.

Nesse período as ações de campo devem ser mais efetivas com o

objetivo de diminuir a população de mosquitos transmissores da doença.

Devem ocorrer também alterações nas atividades de rotina, a fim de

reduzir os índices de infestações prediais.

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Entre essas ações destacam-se:

• Manter reduzido o índice de infestação pelo Aedes aegypti;

• Detectar precocemente os casos de dengue como forma de

prevenção e controle da doença;

• Evitar a letalidade (óbitos) pelas formas graves;

• Garantir assistência médica de qualidade a todos os pacientes com

suspeita de Dengue;

• Sensibilizar toda população em relação às medidas para prevenção

e controle da Dengue.

4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Capacitar as Equipes de Saúde da Família (ESF) e o Hospital

Municipal para realização do diagnóstico, tratamento e

intensificação das orientações de prevenção e controle, bem como

nas notificações dos casos suspeitos;

Garantir assistência médica oportuna e de qualidade aos pacientes

suspeitos: Casos positivos de dengue e de FHD (atendimento

conforme o Protocolo de Manejo Clínico e Terapêutico da

Dengue);

Garantir vagas hospitalares para os casos suspeitos e/ou

confirmados de Dengue;

Disponibilizar laboratório 24 horas para monitoramento de

plaquetas e hematócritos;

Manter a qualidade das visitas realizadas pelos agentes de controle

de endemias e agentes comunitários de saúde das ESF;

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Estabelecer parcerias com as demais secretarias municipais,

escolas estaduais e particulares, igrejas e outras entidades afins,

para a educação em saúde no controle e prevenção da Dengue;

Assegurar a disponibilidade de insumos e medicamentos para o

diagnóstico e tratamento de pacientes com suspeita de dengue nas

Unidades Básicas de Saúde;

Assegurar o acompanhamento dos pacientes suspeitos de dengue

nas Unidades Básicas de Saúde;

Intensificar as ações de Vigilância Epidemiológica, Sanitária e de

Vigilância Ambiental, assim que notificar um suspeito de dengue

comunicar imediatamente a VISA;

Manter as ações de notificação e investigação epidemiológica da

dengue de forma adequada no Sistema de Informação de Agravos

de Notificação (SINAN)

5. INTEGRAÇÃO DAS EQUIPES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA

FAMÍLIA (ESF) E DAS EQUIPES DE AGENTES COMUNITÁRIOS

DE SAÚDE (EACS) AO PROGRAMA DE CONTROLE DE

VETORES

Os agentes comunitários estão capacitados para executar ações de

controle de vetores de acordo com a Portaria Ministerial nº 44, de 3/1/2002,

do Ministério da Saúde.

Avaliando as competências do Agente Comunitário de Saúde para

controle da Dengue (Ministério da Saúde, 2009) serão realizadas as

seguintes atividades:

1. Identificação e encaminhamento dos casos suspeitos de Dengue à

Unidade Básica de Saúde, de acordo com as orientações da Secretaria

Municipal de Saúde;

2. Informar, em domicílio, aos seus moradores sobre a doença – seus

sintomas e riscos – sobre o agente transmissor e as medidas de prevenção,

sobre a importância da verificação da existência de larvas ou mosquitos

transmissores da Dengue no domicílio e peri-domicílio, chamando a

atenção para os criadouros mais comuns na sua área de atuação;

3. A execução das atividades a seguir serão realizadas somente

em períodos de epidemia: a. Realizar a vistoria do domicílio e peri-

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domicílio, acompanhado pelo morador, para identificar locais e objetos

que sejam ou possam se transformar em criadouros de mosquito

transmissor da Dengue; b. Orientação e acompanhamento do morador na

remoção, destruição ou vedação de objetos que possam se transformar em

criadouros de mosquitos; c. Caso seja necessário, fazer a remoção

mecanicamente dos ovos e larvas do mosquito;

4. Promoção e participação em reuniões com a comunidade, com o

objetivo de mobilizá- la para as ações de prevenção e controle da Dengue.

5. Comunicação ao enfermeiro da Unidade de Saúde da existência

de criadouros de larvas e/ou do mosquito transmissor da Dengue, que

dependam de tratamento químico/biológico, da intervenção da vigilância

sanitária ou de outras intervenções do poder público e os imóveis fechados

e as recusas;

6. Orientar sobre a importância da hidratação oral, desde os

primeiros sintomas da doença;

7. Acompanhar os pacientes com Dengue, após atendimento nos

serviços de saúde, por meio de visitas domiciliares, orientando a família e a

comunidade. Promover reuniões regulares com o ACE para planejar ações

conjuntas, trocar informações sobre febris suspeitos de Dengue, a evolução

dos índices de infestação por Aedes Aegypti da área de abrangência, os

índices de pendências, os criadouros preferenciais e as medidas que estão

sendo ou serão adotadas para melhorar a situação.

6. EIXO DA ATENÇÃO A SAÚDE/ASSISTÊNCIA:

6.1: Atenção básica:

Atualmente não está bem definido o fluxo de atendimento do

paciente de Dengue na Atenção Básica no município devido ao fato de

nunca ter ocorrido nenhum caso confirmado da doença, sendo necessária a

criação e implementação do fluxo a ser seguido:

• No acolhimento de enfermagem os pacientes serão classificados em

suspeitos de Dengue dentro do protocolo estabelecido pela SMS.

• O paciente com suspeita de Dengue é submetido à prova de laço, sinais

vitais (PA, pulso, temperatura, FR) pela equipe de enfermagem e se

necessário iniciada a hidratação oral, o preenchimento da notificação

compulsória deverá ser realizado imediatamente.

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• De acordo com a Classificação de Risco os pacientes são encaminhados

ou para o Hospital Municipal para atendimento imediato, ou aguardam o

atendimento médico;

• No atendimento médico é aplicado o protocolo de avaliação clinica da

Dengue com consequente solicitação de exames laboratoriais que serão

coletados em caráter emergencial, ou seja, o médico deverá solicitar os

exames necessários e a equipe da unidade contatar a Divisão de Assistência

à Saúde para agendamento do exame. Deverão ainda, comunicar

imediatamente a Vigilância Epidemiológica e Sanitária para adoção das

medidas cabíveis.

• Todos os pacientes que recebem hidratação passam por reavaliação

médica, podendo ser tomadas as seguintes condutas: Regulação médica de

urgência para outros estabelecimentos de saúde ou, Manutenção da

observação clinica ou, Alta médica.

• Todos os pacientes passam em pós consulta para orientação de retorno e

orientações gerais.

• Encaminha-se para o Hospital Municipal: a) Os casos que necessitem

manter em observação clinica;

• HEMOGRAMA COMPLETO para os pacientes com suspeita de Dengue

ou diagnóstico confirmado que necessitem de avaliação laboratorial para

acompanhamento da hematimetria, leucometria e plaquetograma.

• Urina Rotina e TRANSAMINASES – TGO e TGP para pacientes com

suspeita de Dengue ou diagnóstico confirmado que necessitem de avaliação

laboratorial para acompanhamento de micro-hematúria e ou avaliação da

função hepática nos casos de hepatomegalia dolorosa.

6.2 Atenção Secundária/Terciária:

O acolhimento é feito por enfermeira que classifica o risco do

paciente.

O Hospital possui 03 leitos de observação de adultos e infantil.

Contamos ainda com 02 leitos de urgência, e ainda com 02

enfermarias de isolamento.

O serviço de RX está disponível por 24 horas e se mantém suficiente

para o aumento da demanda. Em caso de necessidade de Ultrassom os

pacientes serão encaminhados para realização do exame.

Em situação de Nível de Emergência serão implantadas Centros

Distritais de Hidratação: Quando ativado o NIVEL 3, funcionarão 24

horas por dia, instalados em pontos de referencia como:

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0 Área central: Salão da Igreja Matriz;

Vila Romana: Salão Paroquial da Igreja;

Calógeras: Salão da Ação Social;

Estes “Centros Distritais de Hidratação” contarão com cadeiras para

acomodar os pacientes para avaliação e 1 mesa para a hidratação oral ou

endovenosa, conforme a necessidade.

Será colocada no local, uma bancada para a preparação de

medicamentos e anotações de enfermagem e médica.

Nesta situação de epidemia – fase de emergência – A solicitação dos

exames de acompanhamento do quadro clínico – Hemograma – TGO –

TGP – Urina Rotina – Sorologia - poderá ser realizada pelos médicos e

enfermeiros do atendimento.

Os exames serão colhidos, enquanto o paciente estiver em

atendimento por uma técnica do laboratório terceirizado, no próprio local

de atendimento. Nesta situação – Nível de Emergência - estarão

contempladas a contratação em regime de plantão – horas extras – de

profissionais médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

Quanto ao atendimento medicamentoso dos pacientes, a proposta é

que este seja realizado nos Centros de Hidratação, paralelamente ao serviço

de farmácia de rotina, onde seriam dispensados os itens mais prescritos

para tratamento dos sintomas e complicações da doença como:

Dipirona 500 mg/mL – gotas,

Metoclopramida 10 mg,

Metoclopramida gotas

Paracetamol 200mg/ml,

Paracetamol 500mg

Sais para Reidratação oral, etc.

O local específico para o atendimento dos pacientes com Dengue

facilitaria o acesso destes, aos medicamentos e não acarretaria maior

sobrecarga à farmácia da Unidade Materno Infantil.

7. EIXO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE:

Ações de Vigilância em Saúde para o controle da Dengue:

7.1 Monitoramento da ocorrência de casos:

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1 Disponibilizar meios para que a notificação dos casos suspeitos

de Dengue seja oportuna (e-mail, telefone, malote, transporte,

etc.) garantindo que a notificação e o acompanhamento dos casos

sejam realizados.

Implementar e estimular o fluxo de informação dos casos

positivos de Dengue pelos laboratórios privados do município.�

Implementar a notificação dos casos suspeitos de Dengue pelos

ambulatórios e consultórios públicos ou privados.

Estimular a notificação dos casos suspeitos de Dengue na rede

escolar de ensino e em instituições fechadas.

Garantir a investigação epidemiológica dos casos notificados de

Dengue.

Realizar o acompanhamento sistemático da situação

epidemiológica da doença, monitorando a incidência de casos

suspeitos de Dengue por meio do Diagrama de Controle e outros

indicadores necessários para este fim, bem como a avaliação da

fase epidêmica e seus coeficientes de cada fase. �

Garantir a notificação compulsória de casos suspeitos de Dengue

no Sistema SINAN;

Analisar através dos Sistemas de Zoonoses e SINAN a

distribuição geográfica dos casos de Dengue e priorizar as ações

de controle de vetores, otimizando assim os recursos humanos.

Avaliar, utilizando-se da avaliação clínica e epidemiológica, o

surgimento e a distribuição de formas graves de Dengue. �

Divulgar os dados epidemiológicos para os gestores, os órgãos de

imprensa e a comunidade, através do Boletim Epidemiológico e

de outros meios de informação. �

Capacitar os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e

outros) para diagnóstico precoce e tratamento de todas as formas

clínicas de Dengue na Rede Municipal e particular de Saúde do

município.

Disponibilizar para a Rede Municipal e Privada de Saúde o

Protocolo de Classificação de Risco para Prioridade no

Atendimento a casos suspeitos de Dengue. �

Disponibilizar Protocolo de Solicitação de Exames para Casos

Suspeitos de Dengue.

7.2 Monitoramento dos óbitos: �

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2 Investigar os casos em observação no hospital do município

Notificar os casos aos técnicos responsáveis pela área para

desencadear o processo de controle;

Encaminhar as planilhas padrão para notificação de casos graves e

óbitos;

Acompanhar a evolução do estado clínico e os exames do paciente

com suspeita de Dengue;

Em caso de óbito, contato com SVO para garantir o envio de

material para realização de exames no IML;

Garantir repasse dos resultados de exames laboratoriais via fax ou

telefone para o setor de Vigilância Epidemiológica;

8. CONTROLE DO VETOR:

Nesta ação deverá ser apresentado no mínimo:

Número de imóveis cadastrados para as atividades de:

IMÓVEIS CADASTRADOS NO SISPNCD (2012/2013)

ATIVIDADE QUANTIDADE

Casa a casa 10.311

Pontos Estratégicos (PE) 22

Imóveis Especiais (IE) 4

8.1 Estratégias para diminuir a pendência dos imóveis visitados:

a) É realizado revisita em períodos diferenciados no mesmo dia, nos

imóveis visitados e que se encontravam fechados,

b) Após o fechamento do trabalho é realizado a quebra de pendência nos

dias seguintes em horário alternativo,

c) É realizado quebra de pendência aos sábados no período da manhã.

d) Outro procedimento realizado e que poderá diminuir sensivelmente a

pendência são as demandas de imóveis desocupados com ou sem

referência. Caso haja informação de imobiliárias e ou proprietários agenda-

se rapidamente uma visita. Nos imóveis em que não há referência alguma

consultamos o cadastro de IPTU do imóvel com o intuito de verificar seu

proprietário e posterior agendamento.

8.2 Anexar as planilhas de ações para controle da Dengue 2015/2016.

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3 Ações integradas de educação em saúde, comunicação e

mobilização social - enfoques principais:

o Ações de caráter informativo;

o Ações de sustentabilidade: compostas por ações e atividades de

caráter educativo e de mobilização social;

o Ações com enfoques estratégicos segundo tipo de imóvel-

problema;

o Inserção da temática Dengue na rede de ensino público;

o Instalação de comitês de mobilização;

o Ações de intensificação de comunicação e mobilização social,

intersetorial e interinstitucional.

Pontos Estratégicos

o Vistoriar o imóvel, orientar o responsável e com este realizar

medidas de controle mecânico.

o Implementação da estratificação dos PEs, considerando a

classificação de risco, as ações de vigilância entomológica e de

controle do vetor, com as seguintes periodicidades:

a. PEs de médio ou alto risco: visita quinzenal

Imóveis Especiais

o Vistoriar o imóvel, orientar o responsável e com este realizar

medidas de controle mecânico.

o Implementação da estratificação dos IEs cadastrados,

considerando a classificação de risco de cada IE e seu ramo de

atividade, as ações de vigilância entomológica e de controle do

vetorcom as seguintes periodicidades:

a. IEs de alto risco, com qualquer ramo de atividade, visitas

bimestrais;

b. IEs de médio ou baixo risco, com ramos de atividade tipos 1 a 10,

visitas trimestrais;

c. IEs de médio ou baixo risco, com ramos de atividade tipos 11 a

23, visitas trimestrais;

Construção Civil Pública ou Privada

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o Vistoriar o imóvel, orientar o responsável e com este realizar

medidas de controle mecânico.

o Implementação da estratificação das construções cadastradas,

considerando a classificação de risco de cada uma, considerando

área a ser construída e quantidade de funcionários, com as

seguintes periodicidades:

a. Construção de alto risco: visitas mensais

b. Construção de médio ou baixo risco: visitas bimestrais.

9. Integração entre controle de vetores e vigilância sanitária

A Vigilância Sanitária faz parte do escopo de instrumentos para o

controle de vetores, por intermédio das inspeções sanitárias:

Identificando situações propícias ao criadouro de Aedes aegypti;

Adotando medidas educativas e/ou legais a partir das irregularidades

constatadas;

Apoiando as ações de controle da Dengue que necessitem de

medidas legais;

Identificando e prevenindo a existência de criadouros do mosquito

no comércio, indústria, dentre outros.

Ações de Vigilância Sanitária:

Atua com 02 técnicos investidos de funções fiscalizadoras que, em

conjunto com a Equipe de ACEs, programa visitas periódicas em pontos

estratégicos e imóveis especiais e naqueles que apresentam situações de

risco, conforme a necessidade detectada pelos agentes; além disso, atende

denúncias zoosanitárias realizadas através do Serviço de Atendimento ao

Munícipe.

Considerando o universo de ações da Visa, a equipe é insuficiente

para o atendimento da demanda.

Canteiros de obras também vêm sendo inspecionados, para a

verificação de segurança e higiene do trabalho e de situações de risco para

a criação e a proliferação do Aedes aegypti.

Os membros da equipe incluirão a finalidade “criadouros de

artrópodes nocivos, vetores e hospedeiros”, na ficha de procedimentos a

serem realizados pelo setor.

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5 Como atividade educativa da Visa, os responsáveis pelos

estabelecimentos e outros locais inspecionados receberão folheto

explicativo sobre a dengue, com esclarecimentos sobre sua transmissão e

formas de combate.

A Vigilância Sanitária participa de reuniões periódicas com toda a

equipe de saúde para a discussão da situação da dengue no município, onde

serão discutidas as ações e estratégias a serem adotadas pelo Controle de

Vetores, Vigilância Epidemiológica e Vigilância Sanitária, considerando a

fase identificada.

Todas as situações que caracterizam infração de natureza sanitária

são apuradas em processo administrativo, iniciado pelo Auto de Infração, e

estão sujeitas às penalidades previstas na Lei 13.331/2001 Decreto

5.711/2002 (Código de Saúde do Paraná).

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PROTOCOLO DE COLETA E PROCEDIMENTO PARA 2015/2016:

PROTOCOLO DA SOLICITAÇÃO DE EXAMES PARA

CASOS SUSPEITOS DE DENGUE NA REDE MUNICIPAL DE

SAÚDE DEARAPOTI.

OBJETIVO: CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA PARA PACIENTES

COM SUSPEITA DE DENGUE GRAVE - CASOS HOSPITALIZADO -

COLETAR ATÉ O 3º DIA DO INÍCIO DOS SINTOMAS.

1) Indicação:

Pacientes com suspeita de formas graves de Dengue – classificação de

risco dos Grupos C e D - definidos pelo Protocolo de Classificação de

Risco para Prioridade de Atendimento do Ministério da Saúde.

2) Quem solicita:

Hospital

3) Quem realiza:

Laboratório Central do Estado do Paraná (LACEN)

4) Tempo da Coleta:

Até o 3º dia do início dos sintomas.

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SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE Rua Ondina Siqueira, Centro – Fone / Fax (43) 3512-3139/3140

ARAPOTI – PARANÁ -

1

7

SOROLOGIA ELISA IGM

OBJETIVO: CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA PARA TODOS

OS PACIENTES COM SUSPEITA DE DENGUE.

1) Indicação:

Para todos os pacientes com suspeita de Dengue.

2) Quem solicita:

USFs e Hospital Municipal

3) Quem realiza:

LACEN

4) Tempo da Coleta:

Após o 6º dia do início dos sintomas.

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8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DA VIGILÃNCIA SANITÁRIA

PLANO DE AÇÃO 2015/2016 AÇÕES/ ESTRATÉGIAS FASE PARA

DESENVOLVER

AÇÃO

META INDICADOR PRAZO

Intensificar nas inspeções de

rotina a identificação das

situações propícias ao criadouro

do mosquito

Fase inicial Incluir em 70%

das Fichas de

Procedimentos a

finalidade:

criadouros de

artrópodes

nocivos, vetores e

hospedeiros

Nº total de

FP / nº de FP com

a finalidade:

criadouros de

artrópodes

nocivos, vetores e

hospedeiros

Permanente

Priorizar a adoção de medidas

legais em pontos estratégicos e

imóveis especiais identificados

pela equipe de ACE, que

mantêm situação de risco ou

criadouros do Aedes aegypti

Fase de alerta Autuar 100% dos

pontos

estratégicos e

imóveis especiais

identificados pela

equipe de ACE

Nº total de locais

indicados pela

DCVP / nº de

autos de Infração

lavrados para a

infração

específica

Na identificação

da fase de alerta

Aquisição de equipamentos

“DCVAP”

(EPIs, uniformes, botinas...)

Fase de alerta Providenciar

registro de preço

Compra de acordo

com a

necessidade

Em fase de

execução

Capacitação do RH

Fase de alerta Capacitação de

toda a equipe 100% Em fase de

execução

Ações inter e intrassetoriais:

supervisão das atividades de

campo/estratégias de

comunicação e mobilização

social/reuniões com outras

Secretarias Municipais e

empresas privadas

Fase

Emergencial

Reuniões

Quinzenais

2 reuniões/ mês Executar

Elaboração de mapa de risco

(MR) por unidade de saúde

(avaliação dos níveis de

infestação vetorial, avaliação de

indicadores entomológicos e

epidemiológicos

Fase

Emergencial

Avaliar os

Resultados

Elaborar mapa Executar

Execução de ações de acordo

MR (intensificação casa a casa

arrastões etc)

Fase de Alerta Executar as

ações

Nº de focos

Encontrados de

acordo com o

trabalho

Executar

Visitas em Pontos Estratégicos

(PEs) e recadastramento Fase

Emergencial

100% Nº de PEs

Vistoriados /Nº de

PEs existentes

Executar

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9 Avaliação de indicadores

entomológicos e realização de

visitas conjuntas “ACE e VISA”

em Pontos Estratégicos

Fase

Emergencial

De acordo com

o Risco

Nº de PEs

vistoriados em

conjunto com a

VISA/Nº de PEs

existentes

Executar

Visitas em imóveis especiais

(IEs) e recadastramento Fase

Emergencial

100% Nº de IEs

vistoriados/Nº de

IEs existentes

Executar

Avaliação de indicadores

entomológicos e realização de

visitas conjuntas em imóveis

especiais

Fase

Emergencial

De acordo com

o Risco

Nº de IEs

vistoriados em

conjunto com a

VISA/Nº de IEs

existentes

Executar

Bloqueio controle de criadouros Fase

Emergencial

Vistoriar todos os

imóveis no raio

de 300m dos

casos suspeitos

Nº de imóveis

vistoriados/Nº de

casos suspeitos

Executar

Bloqueio de Nebulização (com

equipamento portátil) Fase

Emergencial

Realização de

bloqueios em

casos com menos

de 15% de

pendência

Nº de bloqueios

realizado em

casos com menos

de 15% de

pendência/Nº de

caso confirmados

Executar

Análise e planejamento das

ações para o plano seguinte.

Fase

Emergencial

Reuniões

quinzenais

2 reuniões/mês Executar

Talita T. Kluppel dos Santos

Secretária Municipal de Saúde

Andréa Cristina Silva

Chefe de Div. De Planejamento, Vigilância e Controle