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PLANO LOCAL DE SAÚDE 2015-2019 ACES Algarve Central Revisão Outubro 2017

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PLANO LOCAL DE SAÚDE

2015-2019

ACES Algarve Central

Revisão Outubro 2017

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Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

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Ficha técnica

Este documento foi elaborado pela coordenadora do Observatório Local de Saúde da

Unidade de Saúde Pública do ACES Central.

Directora Executiva

Dra. Gabriela Peixoto

Conselho Clínico e da Saúde

Dr. Valério Rodrigues

Dra. Elisabete Serrada

Enfª Elsa Maia

Dra. Sílvia Correia

Coordenador da USP

Dr. Joaquim Bodião

Coordenadora do Observatório Local de Saúde

Dra. Elisabete Serrada

Outubro 2017

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i. Agradecimentos

Agradecimentos ao Dr. Francisco Mendonça, ao Departamento de Saúde Pública e

Planeamento da ARS Algarve, a todos os coordenadores das Unidades Funcionais, aos

elementos do Conselho Clínico e de Saúde do ACES Central (mandatos 2013-2015 e 2016-

2019) e ao Dr. João Brito Camacho da Unidade de Saúde Pública por todo o apoio técnico.

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ii. Siglas e Abreviaturas

ACES Agrupamento de Centros de Saúde

ACSS Administração Central dos Serviços de Saúde

ARS Administração Regional de Saúde

AVC Acidente Vascular Cerebral

APVP Anos Potenciais de Vida Perdidos

BCG vacina contra a tuberculose (Bacille Calmette-Guérin)

CHA, EPE Centro Hospitalar do Algarve, EPE

CID 9 – CM Classificação Internacional das Doenças – 9ª Revisão- Modificação Clínica

CID 10 Classificação Internacional das Doenças – 10ª Revisão

CSP Cuidados de Saúde Primários

DALY Disability-Adjusted LifeYear

DCV Doenças Cerebrovasculares

DDO Doenças Transmissíveis de Declaração Obrigatória

DIC Doença Isquémica do Coração

DGS Direcção-Geral da Saúde

DPOC Doença Obstrutiva Crónica

DSPP Departamento de Saúde Pública e Planeamento da ARS Algarve, IP

DTPa vacina contra difteria, tétano e tosse convulsa acelular, doses pediátricas

ETAR Estação de Tratamento de Águas Residuais

EUROSTAT Serviço de Estatística da União Europeia

GDH Grupos de Diagnóstico Homogéneo

H Homem

Hab. Habitantes

HTA Hipertensão arterial

Hib vacina contra doença invasiva por Haemophilus influenzae do serotipo b

HPV vírus do papiloma humano

ICPC-2 Classificação Internacional de Cuidados Primários – 2ª edição

IEFP, IP Instituto de Emprego e Formação Profissional, IP

IPSS Instituição Particular de Solidariedade Social

INE, I.P. Instituto Nacional de Estatística, I.P.

INS Inquérito Nacional de Saúde

INSAAR Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e Águas Residuais

ISF Índice Sintético de Fecundidade

LES Lista Europeia Sucinta para Causas de Morte

M Mulher

Men C vacina contra doença invasiva por Neisseria meningitidis do grupo C

MIF Mulher em Idade Fértil

MM Mortalidade Materna

Nº Número

NUTS Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins Estatísticos

NV Nados Vivos

OE Objectivo estratégico

OMS Organização Mundial de Saúde

PALOP Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa

PLS Plano Local de Saúde

RMG Rendimento Mínimo Garantido

RSI Rendimento Social de Inserção

S. Brás São Brás de Alportel

SIARS Sistema de Informação da ARS

SIDA Síndrome de Imunodeficiência Adquirida

SINAVE Sistema de Informação Nacional de Vigilância Epidemiológica

SINUS Sistema de Informação

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SNS Serviço Nacional de Saúde

SVIG-TB Sistema de Vigilância da Tuberculose

TB Tuberculose

TBM Taxa Bruta de Mortalidade

TBN Taxa Bruta de Natalidade

TCM Taxa de Crescimento Migratório

TME Taxa de Mortalidade Específica

TMI Taxa de Mortalidade Infantil

TMP Taxa Mortalidade Padronizada pela idade

Tx Taxa

UE União Europeia

UCC Unidade de Cuidados na Comunidade

UCSP Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados

UF Unidades Funcionais do ACES

USF Unidade de Saúde Familiar

USP Unidade de Saúde Pública

VASPR vacina contra sarampo, parotidite epidémica e rubéola

VHB vírus da hepatite B. vacina contra hepatite B

VIH Vírus da Imunodeficiência Humana

VIP vacina monovalente contra a poliomielite

€ Euro

Km Quilómetro

% Percentagem

%0 Permilagem

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Índice

1 Introdução......................................................................................................................................................................................... 10

2 Metodologia ...................................................................................................................................................................................... 11

3 Diagnóstico da Situação de Saúde da População do ACES Central ..................................................................................... 13

3.1 Caracterização da população .............................................................................................................................................. 13

3.1.1 Quem somos? ............................................................................................................................................................ 13

3.1.2 Como vivemos? ........................................................................................................................................................ 25

3.1.3 De que morremos? ................................................................................................................................................... 37

3.1.4 De que adoecemos? ................................................................................................................................................. 51

3.1.5 Que escolhas fazemos? ............................................................................................................................................ 65

4 Quadro Resumo - Principais Indicadores Saúde 2015 ............................................................................................................. 70

5 Identificação dos recursos ............................................................................................................................................................. 71

5.1 Serviços de Saúde ................................................................................................................................................................. 71

5.2 Recursos da Comunidade ................................................................................................................................................... 73

6 Identificação e Priorização dos principais problemas de Saúde ............................................................................................. 74

6.1 Identificação dos problemas de Saúde ............................................................................................................................. 74

6.2 Priorização dos principais problemas de Saúde ............................................................................................................. 76

7 Necessidade em Saúde .................................................................................................................................................................... 80

7.1 Diminuir a prevalência e mortalidade por Diabetes Mellitus ...................................................................................... 81

7.2 Optimizar a resposta no âmbito da saúde mental ......................................................................................................... 82

7.3 Diminuir a prevalência e mortalidade por doenças cérebro-vasculares .................................................................... 83

8 Estratégias de Saúde ........................................................................................................................................................................ 84

8.1 Recursos e estratégias para diminuir a prevalência e a mortalidade por Diabetes Mellitus ................................... 85

8.2 Recursos e estratégias para optimizar a resposta no âmbito da saúde mental ......................................................... 86

8.3 Recursos e estratégias para diminuir a prevalência e a mortalidade por doenças cérebro-vasculares ................. 88

9 Objectivos Estratégicos e Operacionais do ACES Central 2017 para cada objectivo da ARS Algarve ........................ 91

9.1 OE 1. Devolver a confiança no SNS na Região ........................................................................................................... 91

9.2 OE 2. Melhorar a qualidade e promover a equidade no acesso aos serviços de saúde da Região ..................... 92

9.3 OE 3. Reforçar o acompanhamento na execução das políticas de saúde, planos, programas de saúde e

aperfeiçoar os instrumentos de avaliação dos resultados .............................................................................................................. 95

9.4 OE 4. Contribuir para uma melhor articulação no processo de contratualização entre os diferentes níveis de

cuidados: cuidados de saúde primários, cuidados continuados integrados e os cuidados hospitalares ............................... 96

9.5 OE 5. Melhorar a governação do SNS em termos de sustentabilidade e ao nível da prestação de cuidados de

qualidade, com otimização e valorização dos recursos humanos e materiais ........................................................................... 97

9.6 OE 6. Melhorar os diálogos interno e externo tendo em vista uma comunicação de excelência, promovendo

uma participação ativa dos profissionais e dos cidadãos na concretização das estratégias da Região ................................. 98

9.7 Metas e indicadores chave .................................................................................................................................................. 99

10 Recomendações para intervenção/operacionalização do PLS ...................................................................................... 100

11 Monitorização e avaliação do PLS ...................................................................................................................................... 101

12 Anexos ...................................................................................................................................................................................... 102

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Índice dos Quadros

Quadro 1.População residente no ACES Central segundo o local de residência e sexo (2015 e 2016) ............. 13

Quadro 2.Evolução da densidade populacional (2012-2016) ..................................................................................... 13

Quadro 3. Distribuição da população estrangeira que solicitou o estatuto de residência em 2014 segundo o

concelho e proporção de estrangeiros residentes por concelho em 2015 ................................................................ 14

Quadro 4. Distribuição da população estrangeira com estatuto legal de residência na Região Algarve, segundo

a nacionalidade (2014) ....................................................................................................................................................... 14

Quadro 5. Variação populacional (Nº) por concelho de residência em 2014-2016 ............................................... 15

Quadro 6. Taxa de crescimento migratório (TCM) e taxa de crescimento efectivo (Tx. C Efect) por local de

residência (2015 e 2016) .................................................................................................................................................... 15

Quadro 7. Evolução da variação populacional (Nº) por concelho de residência (2012-2016) ............................ 16

Quadro 8. Taxas brutas de natalidade e mortalidade por local de residência (2015 e 2016) ................................ 16

Quadro 9. População Inscrita (Nº) no ACES Central por unidade funcional com e sem médico de família

atribuído (Novembro 2015) ............................................................................................................................................. 18

Quadro 10. População inscrita (Nº) e população activa (Nº) por unidade funcional dos concelhos de

Albufeira e Faro (Novembro 2015) ................................................................................................................................ 19

Quadro 11. População inscrita (Nº) e população activa (Nº) por unidade funcional dos concelhos de Loulé,

Olhão e S. Brás e no ACES Central (Novembro 2015) .............................................................................................. 20

Quadro 12. População inscrita (Nº e unidades ponderadas) no ACES Central por unidade funcional com

médico de família atribuído 31/12/2016 ....................................................................................................................... 21

Quadro 13. Índice de envelhecimento e índice de dependência dos idosos por local de residência (2015 e

2016) ..................................................................................................................................................................................... 22

Quadro 14. Principais indicadores de natalidade nos concelhos do ACES Central (2013-2016) ........................ 24

Quadro 15. Evolução da esperança de vida à nascença segundo o local de residência (por triénios) ................ 24

Quadro 16. População empregada (%) por concelho de residência e sector de actividade (2011) ..................... 25

Quadro 17. Evolução da população empregada (%) por sector de actividade no Continente, Algarve e ACES

Central (2001-2011) ........................................................................................................................................................... 25

Quadro 18. Evolução do número de desempregados inscritos no IEFP, por local de residência (2012-2014) 26

Quadro 19. Evolução da taxa de desempregados inscritos no IEFP por 1000 habitantes em idade activa (> 15

anos), por local de residência (2012-2014) ..................................................................................................................... 26

Quadro 20. Percentagem de desempregados inscritos no IEFP (> 15 anos), por local de residência (2016) ... 26

Quadro 21. Distribuição da população idosa residente no Continente, Algarve e ACES Central, segundo a

idade (2014) ......................................................................................................................................................................... 27

Quadro 22. Evolução da população idosa residente no Continente, Algarve e ACES Central (2014-2016) .... 27

Quadro 23. Distribuição do Nº de Residentes por locais censitários (2011)........................................................... 28

Quadro 24. Idosos ≥ 65anos que vivem só por local de residência (%) (2011) ..................................................... 28

Quadro 25. Nº de idosos que não consegue tomar banho ou vestir-se sozinho por grupo etário e local de

Residência (2011)................................................................................................................................................................ 29

Quadro 26. Distribuição dos Beneficiários de Rendimento Social de Inserção por local de residência no

Continente, Algarve e ACES Central (2014 e 2015) .................................................................................................... 30

Quadro 27. Evolução do número de beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido e RSI da segurança

social por local de residência (2014-2016) ..................................................................................................................... 30

Quadro 28. Evolução do Nº de Pensionistas da Segurança Social nos Concelhos do ACES Central (2012-

2015) ..................................................................................................................................................................................... 30

Quadro 29. Capacidade (Nº) das Respostas Sociais no Algarve e ACES Central 2014 ........................................ 32

Quadro 30. Distribuição da população idosa (≥65 anos) por concelho do ACES central (2014 e 2016) ......... 32

Quadro 31. Criminalidade por local de ocorrência e tipo de crime (2014) .............................................................. 33

Quadro 32. Evolução da taxa de criminalidade por local de ocorrência (2014-2016) ........................................... 33

Quadro 33. Estabelecimentos de ensino (público e privado) nos concelhos do ACES Central (2014 e 2016) 35

Quadro 34. Distribuição da população escolar matriculada (público e privado) nos concelhos do ACES

Central por nível de ensino (2014 e 2016) ..................................................................................................................... 35

Quadro 35. Água segura (%) por localização geográfica em 2014 ............................................................................ 36

Quadro 36. Evolução do Nº de Óbitos no Algarve e ACES Central (2007-2016) ................................................ 37

Quadro 37. Taxa bruta mortalidade por 1000 habitantes no Algarve e ACES Central (2007-2016) .................. 38

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Quadro 38. Taxa bruta mortalidade por 1000 habitantes por local de residência (2014 e 2016) ......................... 38

Quadro 39. Taxa de Mortalidade Padronizada* pela idade/100000 habitantes, no Algarve e ACES Central

(2013) .................................................................................................................................................................................... 39

Quadro 40. Taxa de Mortalidade Padronizada (<75 anos) pela idade, por 100000 habitantes, para algumas

causas de morte, no Algarve e ACES Central (2010-2012) ........................................................................................ 39

Quadro 41. Distribuição percentual dos óbitos no ACES Central por algumas causas de morte (codificação da

lista sucinta europeia) (2013 e 2015) ............................................................................................................................... 42

Quadro 42. Distribuição proporcional da mortalidade por algumas causas de morte (ambos sexos e todas as

idades) nos concelhos do ACES Central (2013) ........................................................................................................... 42

Quadro 43. Nº de Óbitos Infantis e Taxa de Mortalidade Infantil por 1000 nados vivos em Portugal, no

Algarve e ACES Central (2007-2014) ............................................................................................................................. 44

Quadro 44. Nº de óbitos fetais tardios e Taxa de Mortalidade Fetal Tardia por 1000 nados vivos e fetos

mortos com 28 ou mais semanas em Portugal, no Algarve e ACES Central (2007-2014) ................................... 45

Quadro 45. Nº de óbitos neonatais precoces e Taxa de Mortalidade Neonatal Precoce por 1000 nados vivos

em Portugal, no Algarve e ACES Central (2007-2014) ............................................................................................... 46

Quadro 46. Nº de óbitos perinatais e Taxa de Mortalidade Perinatal por 1000 Nados vivos e fetos mortos

com 28 ou mais semanas em Portugal, no Algarve e ACES Central (2007-2014) ................................................. 46

Quadro 47. Nº de óbitos neonatais e Taxa de Mortalidade Neonatal por 1000 Nados vivos em Portugal, no

Algarve e ACES Central (2007-2014) ............................................................................................................................. 47

Quadro 48. Número de óbitos, Mortalidade Proporcional por causa de morte e Taxas de Mortalidade

Específica (TME) por 100.000 habitantes, para algumas das causas de morte no ACES Central (2013) .......... 48

Quadro 49. Taxa de mortalidade específica por tumores malignos (‰) no Continente, Algarve e concelhos do

ACES Central (2013) ......................................................................................................................................................... 48

Quadro 50. Taxa de APVP * aos 70 anos por 100000 habitantes nos óbitos por todas as causas, segundo o

sexo no Algarve e ACES Central (2013) ........................................................................................................................ 49

Quadro 51. Evolução da percentagem de Utentes Inscritos com diagnóstico activo “Hipertensão” nos

Cuidados Saúde Primários no Algarve e no ACES Central (2012 e 2014) .............................................................. 51

Quadro 52. Diagnóstico e registo de Hipertensão arterial (HTA) nos utentes inscritos activos por unidade

funcional do ACES Central e na população por concelho de residência (2014) .................................................... 52

Quadro 53. Diagnóstico e registo de Diabetes nos utentes inscritos activos por unidade funcional do ACES

Central e na população por concelho de residência (2014) ........................................................................................ 53

Quadro 54. Evolução da percentagem de diabéticos nos utentes inscritos nos Cuidados Saúde Primários em

Portugal Continental, no Algarve e ACES Central (2012-2014)................................................................................ 54

Quadro 55. Complicações da Diabetes nos utentes inscritos activos por unidade funcional do ACES Central e

na população por concelho de residência (2014) .......................................................................................................... 54

Quadro 56. Vigilância do pé Diabético nos utentes inscritos activos por unidade funcional do ACES Central e

na população por concelho de residência (2014) .......................................................................................................... 55

Quadro 57. Amputação Major nos doentes Diabético activos por unidade funcional do ACES Central e na

população por concelho de residência (2014) ............................................................................................................... 56

Quadro 58. Diagnostico e registo de Perturbações Depressivas nos utentes inscritos activos por unidade

funcional do ACES Central e na população por concelho de residência (2014) .................................................... 57

Quadro 59. Diagnostico e registo de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica nos utentes inscritos activos por

unidade funcional do ACES Central e na população por concelho de residência (2014) ..................................... 58

Quadro 60. Número de notificação e de casos confirmados de doenças de declaração obrigatória nos

concelhos do ACES Central (2015) ................................................................................................................................ 59

Quadro 61. Distribuição das notificações de doença de declaração obrigatória por freguesia de ocorrência,

segundo a classificação final de caso da Autoridade de Saúde (ano 2016)............................................................... 59

Quadro 62. Distribuição de casos confirmados de doenças de declaração obrigatória notificados por concelho

(ano 2016) ............................................................................................................................................................................ 60

Quadro 63. Incidência Tuberculose e taxa de incidência* no Algarve e concelhos do ACES Central (2014 e

2015) ..................................................................................................................................................................................... 61

Quadro 64. Incidência VIH/SIDA segundo o sexo e taxa de incidência * no Algarve e concelhos do ACES

Central (2014)...................................................................................................................................................................... 62

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Quadro 65. Notificação de doença invasiva meningocócica e Tosse Convulsa e respectivas taxas de incidência

no Algarve e concelhos do ACES Central (2016) ........................................................................................................ 62

Quadro 66. Taxa de cobertura vacinal das crianças da coorte 2014 segundo a vacina administrada no Algarve

e no ACES Central (PNV cumprido até 31 de Dezembro 2015) ............................................................................. 63

Quadro 67. Taxas de cobertura vacinal das crianças da coorte 2013 (até 31 de Dezembro 2015) por vacina no

Algarve e no ACES Central .............................................................................................................................................. 63

Quadro 68. Taxas de cobertura vacinal das crianças da coorte 2008 (até 31 de Dezembro 2015) por vacina no

Algarve e no ACES Central .............................................................................................................................................. 63

Quadro 69. Taxas de cobertura vacinal das crianças da coorte 2001 (até 31 de Dezembro 2015) por vacina no

Algarve e no ACES Central .............................................................................................................................................. 63

Quadro 70. Avaliação do PNV Comprido no ACES Central a 31/12/2016, segundo a coorte......................... 64

Quadro 71. Distribuição dos nascimentos no Continente, Algarve e concelhos do ACES Central segundo a

idade da mãe (2014) ........................................................................................................................................................... 65

Quadro 72. Proporção (%) de nascimentos pré-termo segundo o local de residência da mãe (2002-2013) ..... 65

Quadro 73. Proporção (%) de nascimentos com baixo peso à nascença segundo o local (2002-2013) ............. 65

Quadro 74. Registos de alguns determinantes (ICPC-2 T82; P15; P17) nos Cuidados de Saúde Primários por

Unidade Funcional do ACES Central e concelhos (31/12/2014) ............................................................................ 66

Quadro 75. Proporção de doentes inscritos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) com registo de

diagnóstico activo “Abuso de Tabaco” no Continente, Algarve e ACES Central (2014*) .................................. 67

Quadro 76. Evolução da percentagem de obesidade nos utentes inscritos nos Cuidados Saúde Primários em

Portugal Continental, no Algarve e ACES Central (2012-2014)................................................................................ 68

Quadro 77. Proporção de doentes inscritos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) com registo de

diagnóstico activo “Excesso de Peso” e “Obesidade” no Continente, Algarve e ACES Central (2014*) ......... 68

Quadro 78. Proporção de doentes inscritos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) com registo de

diagnóstico activo “Abuso de Drogas” no Continente, Algarve e ACES Central (2014*) ................................... 69

Quadro 79. Proporção de doentes inscritos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) com registo de

diagnóstico activo “Abuso de crónico de álcool” no Continente, Algarve e ACES Central (2014*) ................. 69

Quadro 80. Recursos humanos do ACES Central por categoria profissional/função previstos e em funções

(2013-2016) .......................................................................................................................................................................... 71

Quadro 81. Recursos humanos do ACES Central por categoria profissional e local (Dez. 2016) ...................... 72

Quadro 82. Evolução dos Médicos por mil habitantes no Continente, Algarve e concelhos do ACES Central

(2012-2014) .......................................................................................................................................................................... 72

Quadro 83. Evolução dos Enfermeiros por mil habitantes no Continente, Algarve e concelhos do ACES

Central (2012-2015) ........................................................................................................................................................... 73

Quadro 84. Estabelecimentos Hospitalares Privados na jurisdição do ACES Central ......................................... 73

Quadro 85. Recursos da comunidade na área geográfica do ACES Central por tipo de recurso (2015) ........... 73

Quadro 86. Critérios de priorização do método CENDES/OPS ............................................................................ 75

Quadro 87. Valoração atribuída na USP para cada critério por problema identificado ........................................ 75

Quadro 88. Resultado da última ronda de priorização dos problemas .................................................................... 77

Quadro 89. Cinco problemas priorizados ...................................................................................................................... 77

Quadro 90. Identificação dos determinantes de saúde e necessidades de serviços para a diabetes .................... 81

Quadro 91. Identificação dos determinantes de saúde e necessidades de serviços para as perturbações

depressivas ........................................................................................................................................................................... 82

Quadro 92. Identificação dos determinantes de saúde e necessidades de serviços para as doenças cérebro-

vasculares ............................................................................................................................................................................. 83

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

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1 Introdução Uma das competências da Unidade de Saúde Pública consiste na elaboração de proposta de

plano local de saúde e respectiva estratégias de intervenção para proteger e elevar o estado

de saúde de toda a população residente.

O presente plano local de saúde, enquanto instrumento de apoio à decisão dos órgãos de

administração e das unidades funcionais, integra a informação em saúde disponível a nível

do ACES Central e direcciona-se especificamente para a população residente na área

geográfica de intervenção do ACES.

O plano é um documento estratégico para, a partir identificação das características e

necessidades da população, apoiar as intervenções de promoção e prevenção da saúde e

adequar a prestação de cuidados pelas diferentes unidades funcionais para obter ganhos em

saúde de toda a população.

O uso de indicadores de mortalidade como medida do estado de saúde de uma população

tem limitações, no entanto permite, indirectamente, identificar e quantificar o peso relativo

de algumas patologias e avaliar a adequação da prestação de cuidados.

Procurou-se descrever com a profundidade possível os indicadores sensíveis à promoção

da saúde como a mortalidade: por cancro da traqueia, brônquios e pulmão, doença

isquémica do coração e acidentes de veículo a motor, assim como os indicadores sensíveis

aos cuidados de saúde: mortalidade infantil, mortalidade por cancro da mama, cancro do

colo do útero ou doença cerebrovascular.

O presente documento assenta nos seguintes documentos:

- Ministério da Saúde - Plano Estratégico para o triénio 2017-2019;

- Plano Nacional de Saúde, Revisão e Extensão a 2020 – DGS, Edição 2016;

- Plano Nacional de Saúde (2012-2016) - DGS, Edição 2014;

- Programas de saúde Prioritários e outros programas de Saúde – DGS, 2016 e 2017;

- Plano Regional de Saúde da ARS Algarve, IP (ARS Algarve - DSPP, 2015);

- Objectivos estratégicos da ARS Algarve 2017-2019 (ARS Algarve, 2016);

- Perfil local de Saúde 2015 e actualização do perfil local de saúde 2016 (ACES

Algarve Central, USP – Observatório local de Saúde, 2015 e 2016);

- Perfil local de Saúde do ACES Central - 2013 (Serrada E., Mendonça F. – ACES

Central - USP, 2013);

- Principais necessidades de saúde da população identificadas no diagnóstico de

situação de saúde do ACES Central.

- Objectivos estratégicos do ACES Algarve Central 2017-2019 (Direcção Executiva e

Conselho Clínico e da Saúde do ACES Algarve Central, 2017).

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11

2 Metodologia A metodologia utilizada para a elaboração deste Plano Local de Saúde baseou-se no

documento “PLANOS LOCAIS DE SAÚDE: Termos de Referência para a sua

construção, 2011” gentilmente disponibilizado pelo Departamento de Saúde Pública da

ARS Norte, IP.

Numa primeira fase, os técnicos do Observatório Local de Saúde da Unidade de Saúde

Pública do ACES Central elaboraram o Diagnóstico da Situação de Saúde da população

residente nos concelhos da jurisdição do ACES Algarve Central. Procedeu-se à recolha e

análise de toda a informação necessária à identificação dos problemas e os respectivos

determinantes. O diagnóstico incluiu: a caracterização da população, a descrição

quantitativa dos problemas de saúde (mortalidade, morbilidade e suas consequências).

Identificaram-se as necessidades de saúde, utilizando o método de CENDES/OPS, que

consistiu na atribuição de pontos aos problemas de saúde identificados (numa escala de 0 a

10), mediante os critérios de magnitude, transcendência e vulnerabilidade.

Posteriormente, a Direcção Executiva e o Conselho Clínico e de Saúde do ACES Central

identificaram os “stakeholders” (parceiros estratégicos) da Comunidade e dos Serviços de

Saúde e foi constituído um painel de consenso para hierarquização e priorização dos

problemas identificados pelo Observatório Local de Saúde e profissionais do ACES.

O painel de consenso hierarquizou os cinco principais problemas e posteriormente foram

indicadas as cinco principais necessidades de saúde da população do ACES Central.

Para cada necessidade de saúde prioritária identificou-se os recursos da comunidade que se

encontram disponíveis. A identificação de recursos da comunidade implica tomar em

consideração diferentes tipos de recursos, tais como: indivíduos, instituições, organizações

de cidadãos, agências governamentais, recursos físicos e naturais, bem como culturais e de

lazer. Para além dos contributos dos serviços de saúde existentes e dos seus profissionais,

pretende-se os contributos da sociedade (cidadãos, associações e organizações).

O processo de selecção das estratégias de saúde a serem adoptadas face às necessidades de

saúde priorizadas pretende dar resposta à seguinte questão: “Quais os processos e as

técnicas mais adequados para reduzir os problemas de saúde/satisfazer as necessidades de

saúde prioritárias da população?”.

A execução da estratégia não pertence apenas ao sector da saúde, mas a proposta da

estratégia compete sempre aos serviços da saúde, que devem ter como função dinamizar a

sua implementação.

Finalmente, para cada necessidade formularam-se os respectivos objectivos de saúde com

os seus indicadores-mestre (objectivos de impacto) e também as principais metas, tomando

como referência a situação actual do ACES face à Região Algarve e ao Continente.

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12

Os objectivos foram enunciados como um resultado desejável e tecnicamente exequível de

evolução de um problema de saúde, que altera, em princípio, a tendência de evolução

natural desse problema, traduzido em termos de indicadores de resultado ou impacte. Os

objectivos permitem saber exactamente onde se pretende chegar em termos de saúde, o

que é preciso fazer para lá chegar, como e em quanto tempo.

No sentido de assegurar, promover e facilitar o envolvimento da sociedade (instituições,

organizações e cidadãos) na sua construção, o PLS esteve disponível para consulta junto do

Conselho de Saúde e da Comunidade para a recepção de comentários ou outros

contributos, e uma vez considerados os contributos recebidos, foi elaborada e divulgada a

versão final do documento.

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3 Diagnóstico da Situação de Saúde da População do ACES Central

3.1 Caracterização da população

3.1.1 Quem somos?

3.1.1.1 População residente

O Agrupamento de Centros de Saúde Algarve I – Central integra os Centros de Saúde de

Albufeira, Faro, Loulé, Olhão e S. Brás de Alportel numa área de abrangência que perfaz

1381,13 Km2, com um total de 18 freguesias.

A população residente estimada em 2016, era de 226729 habitantes, 108462 homens e

118267 mulheres, representando 51,3% da população do Algarve. A densidade

populacional era de 164,1 habitantes por Km2, significativamente superior à registada no

Algarve (88,4 habitantes/Km2), variando entre 69 em S. Brás de Alportel e 345 hab./Km2

em Olhão. Assim, verifica-se no ACES Central uma concentração da população com

particular incidência nos concelhos de Olhão, Faro e Albufeira.

Quadro 1.População residente no ACES Central segundo o local de residência e sexo (2015 e 2016)

2015 2016

Local de residência Total H M Total H M

Albufeira 40357 19494 20863 40633 19605 21028

Faro 61019 28965 32054 61073 29005 32068

Loulé 69453 33353 36100 69344 33223 36121

Olhão 45253 21613 23640 45143 21511 23632

São Brás de Alportel 10575 5150 5425 10536 5118 5418

ACES Central 226657 108575 118082 226729 108462 118267

Fonte: INE, Estimativas da População -Junho 2016.

Quadro 2.Evolução da densidade populacional (2012-2016) Densidade (Hab./km2)

2012* 2014* 2015* 2016*

Algarve 88,9 98,17 88,4 88,4

ACES Central 165,13 163,82 162,9 164,1

Albufeira 285,7 285,13 286,90 288,9

Faro 308,6 303,26 301,20 301,5

Loulé 91,3 90,57 90,90 90,8

Olhão 345,5 345,22 345,80 345,0

S. Brás 68,8 68,66 69 68,7

* Estimativas da população residente 2012, 2014, 2015 e 2016. Fonte: INE, 2017.

A densidade populacional, que expressa a intensidade do povoamento relacionando o

número de habitantes por Km2, foi em 2016 de 164,16 habitantes por Km2, variando entre

68,7 em S. Brás de Alportel e 345,0 hab./Km2 em Olhão.

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Nas últimas décadas (1991-2011) manteve-se o aumento progressivo da população

residente, com um aumento de 16,3% em relação a 2001, nos cinco concelhos que

integram o ACES Central, com maior relevância em Albufeira que aumentou 29,1% em

relação a 2001.

3.1.1.2 População residente estrangeira

O ACES Central constitui uma zona de forte atracção para residência de população

estrangeira (51,3% dos estrangeiros a residir no Algarve).

Quadro 3. Distribuição da população estrangeira que solicitou o estatuto de residência em 2014 segundo o concelho e proporção de estrangeiros residentes por concelho em 2015

Local de residência Nº * Distribuição percentual dos

estrangeiros do ACES (2014) População estrangeira/ 100

residentes por local (2015)

Continente 0,38

Algarve 1,26

ACES Central 2338 100

Albufeira 790 33,79 2,24

Faro 380 16,25 0,86

Loulé 879 37,60 1,45

Olhão 238 10,18 0,73

São Brás de Alportel 51 2,18 0,70

* População estrangeira que solicitou estatuto de residente no SEF até 31/12/2014 (N.º).

** População estrangeira que solicitou estatuto de residente em 2015 por 100 habitantes. Fonte: INE, 2017.

Segundo os dados estatísticos do SEF, a maioria dos novos pedidos de estatuto de

residência foi solicitada no concelho de Loulé (37,6%) e no concelho de Albufeira (33,8%).

Quadro 4. Distribuição da população estrangeira com estatuto legal de residência na Região Algarve, segundo a nacionalidade (2014)

Nacionalidade % Nacionalidade %

Reino Unido 17,20 França 2,28

Brasil 13,97 Guiné Bissau 1,71

Ucrânia 11,77 Rússia 1,62

Roménia 11,67 Espanha 1,31

Alemanha 5,29 Índia 1,30

Moldávia 3,94 Angola 1,12

Cabo Verde 3,92 Bélgica 1,09

Holanda 3,77 Itália 0,98

Bulgária 2,88 Marrocos 0,96

China 2,77 Suécia 0,89

Fonte: SEF, SEFSTAT - Estatísticas do Distrito de Faro, 2015.

No ACES Central, em 2012, a população estrangeira com estatuto legal de residente

representava 15,4% da respectiva população residente e, 19,6% dos estrangeiros residentes

eram provenientes do Brasil, 15,0% da Ucrânia, 13,5% da Roménia, 13,0 % do Reino

Unido e 8,6 % de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e S. Tomé. Em 2014, verificou-se que

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uma diminuição da população brasileira e um aumento dos estrangeiros oriundos do Reino

Unido (17,2% dos migrantes).

3.1.1.3 Variação Populacional

O saldo natural é a diferença entre o número de nascimentos e o número de óbitos, num

determinado ano. O crescimento efectivo considera para além dos indivíduos que nascem e

morrem, os que entram e saem no período em análise, expressando a variação

populacional.

Quadro 5. Variação populacional (Nº) por concelho de residência em 2014-2016

LOCAL 2014 2015 2016

Saldo Natural

Saldo Migratório

C. efectivo

Saldo Natural

Saldo Migratório

C. efectivo

Saldo Natural

Saldo Migratório

C. efectivo

Algarve -929 39 -890 -742 1203 461 -1039 579 -460

ACES Central

-151 -319 -470 -5 405 400 -210 282 72

Albufeira 94 -34 60 112 138 250 92 184 276

Faro -47 -488 -535 -36 -159 -195 -32 86 54

Loulé -72 110 38 -41 264 223 -150 41 -109

Olhão -85 59 -26 -34 112 78 -67 -43 -110

S. Brás -41 34 -7 -6 50 44 -53 14 -39

Fonte: INE, 2017.

No Algarve, em 2014, tanto o crescimento natural como o efectivo foram negativos, mas

em 2015, à excepção de Faro, todos os concelhos apresentam um crescimento efectivo

positivo, à custa do aumento de migração e ainda dos nascimentos em Albufeira.

Assim, no que respeita à variação populacional, em 2015 o crescimento efectivo do ACES

Central foi positivo, à custa do aumento de imigração no concelho de Loulé e Olhão e

ainda dos nascimentos em Albufeira.

Quadro 6. Taxa de crescimento migratório (TCM) e taxa de crescimento efectivo (Tx. C Efect) por local de residência (2015 e 2016) 2015 2016

Local TCM (%) Tx. C. Efect.(%)

TCM (%) Tx. C. Efect.(%)

Continente -0,08 -0,31 -0,07 -0,30

Algarve 0,27 0,1 0,13 -0,10

Albufeira 0,34 0,62 0,45 0,68

Faro -0,26 -0,32 0,14 0,09

Loulé 0,38 0,32 0,06 -0,16

Olhão 0,25 0,17 -0,10 -0,24

São Brás de Alportel 0,47 0,42 0,13 -0,37

Fonte: INE, 2017.

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Quadro 7. Evolução da variação populacional (Nº) por concelho de residência (2012-2016)

Nº Indivíduos

Ano

Local 2012 2013 2014 2015 2016

Algarve -1750 -2032 -890 461 -460

ACES Central -1163 -1336 -470 400 72

Albufeira -161 -143 60 250 276

Faro -903 -965 -535 -195 54

Loulé -152 -199 38 223 -109

Olhão 59 -15 -26 78 -110

S. Brás -6 -14 -7 44 -39

Fonte: INE, 2015.

Quadro 8. Taxas brutas de natalidade e mortalidade por local de residência (2015 e 2016)

2015 2016

Local de residência TBN (‰) TBM (‰) TBN (‰) TBM (‰)

Continente 8,2 10,5

Algarve 9,2 10,9 9,5 11,8

ACES Central 9,7 9,8 10,0 11,0

Albufeira 10,4 7,6 11,10 8,9

Faro 9,9 10,5 10,89 11,4

Loulé 9,5 10,1 9,60 11,8

Olhão 9,2 10 9,30 10,8

São Brás de Alportel 10,1 10,7 8,07 13,1

Fonte: INE, 2017.

A variação do crescimento populacional pode ser também observada indirectamente

através da representação gráfica da evolução do número de nados vivos e de óbitos,

verificando-se que em 2012 as duas linhas se interceptam por uma diminuição do número

de nascimentos e, em 2015, com um aumento de nascimentos.

Figura 1. Evolução dos nascimentos e óbitos no ACES Central (1996-2016). Fonte: INE, 2017 e USP ACES Central, 2017.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

Óbitos Nados Vivos

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3.1.1.4 Pirâmides etárias

Albufeira

Faro

Loulé

Olhão

S. Brás Alportel

ACES Central

Figura 2. Pirâmides Etárias da População Residente nos Concelhos do ACES Central. Fonte: INE, Estimativas

população 2014.

0-45-9

10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84

85 e +

H M

0-45-9

10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84

85 e +

0-45-9

10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84

85 e +

0-45-9

10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84

85 e +

0-45-9

10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84

85 e +

0-45-9

10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84

85 e +

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3.1.1.5 População presente – variação sazonal

A população presente no ACES Central tem importantes variações sazonais, com um

incremento considerável nos meses de Verão. Os estabelecimentos hoteleiros existentes

nos Concelhos que integram o ACES Central representam 58% dos estabelecimentos da

Região, com especial relevo para Albufeira que representa 41% da oferta turística do

Algarve.

3.1.1.6 População Inscrita nas Unidades de Saúde do ACES Central

Em 31 de Outubro de 2015, o ACES Central tinha 275.782 utentes inscritos, valor é

superior à população residente segundo as estimativas do INE para o ano 2014 (226257

habitantes). Comparando o número total de utentes inscritos por unidade funcional no

ACES Central com o número de residentes, verificamos que existe uma diferença de cerca

de 50.000 indivíduos.

Quadro 9. População Inscrita (Nº) no ACES Central por unidade funcional com e sem médico de

família atribuído (Novembro 2015)

S/ Méd.

Fam.

S/ por

opção

C/ Med

Fam

Total

UCSP Albufeira 24.704 343 18.499 43.546

USF Albufeira 528 9.510 10.038

Albufeira Total 25.232 343 28.009 53.584

UCSP Faro 12.561 87 26.418 39.066

CS Faro | Inactivo 1 1

USF Al-Gharb 525 10.038 10.563

USF Farol 1.393 14.509 15.902

USF Ria Formosa 467 13.267 13.734

Faro Total 14.946 87 64.233 79.266

UCSP Quarteira 16.164 36 11.128 27.328

UCSP Almancil / Boliqueime 10.207 4 8.040 18.251

UCSP Loulé 14.911 23 13.133 28.067

USF Lauroé 78 11.087 11.165

Loulé Total 41.360 63 43.388 84.811

UCSP Olhão 7.848 409 15.248 23.505

USF Âncora 429 9.430 9.859

USF Mirante 680 12.786 13.466

Olhão Total 8.957 409 37.464 46.830

S. Brás UCSP São Brás de Alportel 2.251 274 8.766 11.291

TOTAL ACES 92.746 1.176 181.860 275.782

Fonte: DSPP ARS Algarve, SIARS, 2015.

Os serviços centrais procederam a uma actualização dos ficheiros e, foram eliminados os

utentes repetidos e os óbitos. Passaram ainda a ser considerados os utentes inscritos

“activos” que correspondem aos utentes que contactaram a respectiva unidade funcional

pelo menos uma vez nos últimos três anos.

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Assim em 2015, o ACES Central tinha uma população inscrita activa de 235.098 utentes e,

residiam nos cinco concelhos 226.257 habitantes (o que corresponde a uma diferença de

8841 indivíduos).

Quadro 10. População inscrita (Nº) e população activa (Nº) por unidade funcional dos concelhos de

Albufeira e Faro (Novembro 2015)

Concelho Unidade Funcional Local Utentes

inscritos

Utentes

activos

Albufeira

UCSP Albufeira Polo Albufeira (sede de CS) 309

Polo Guia 3.503

Polo Paderne 2.999

Polo Ferreiras 3.130

Polo Olhos de Água 3.291

UCSP Albufeira (local de

prescrição)

21.103

Total 43.546 34.335

USF Albufeira USF Albufeira 9.511

Total 10.038 9.511

Total 53.584 43.846

Faro

UCSP Faro Polo Faro (sede de CS) 256

Polo Bordeira 380

Polo Conceicão Faro 2.922

Polo Culatra 484

Polo Estói 3.458

Polo Santa Barbara Nexe 2.708

Polo Faro (extensão) 5

Polo Faro (Local de

prescrição)

21.735

Total 39.066 31.948

CS Faro | Inactivo Polo Montenegro | Inactivo 1

Total 1 1

USF Al-Gharb USF Al-Gharb 10.048

Total 10.563 10.048

USF Farol USF Farol 14.615

Total 15.902 14.615

USF Ria Formosa USF Ria Formosa - Sede 13.278

Total 13.734 13.278

Total 79.266 69.890

Fonte: DSPP ARS Algarve, SIARS, 2015.

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

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20

Quadro 11. População inscrita (Nº) e população activa (Nº) por unidade funcional dos concelhos de

Loulé, Olhão e S. Brás e no ACES Central (Novembro 2015)

Concelho Unidade Funcional Local Utentes

inscritos

Utentes

activos

Loulé

UCSP Quarteira Polo Quarteira 21.117

UCSP Quarteira Total 27.328 21.117

UCSP Almancil /

Boliqueime

Polo Almancil 10.338

UCSP Almancil /

Boliqueime

Polo Boliqueime 3.958

UCSP Almancil /

Boliqueime

Total 18.251 14.296

UCSP Loulé

Polo Loulé (sede de CS) 467

Polo Alte 1.883

Polo Ameixial 298

Polo Cortelha 137

Polo Querenca 427

Polo Salir 2.042

Polo Tor 594

Polo Benafim 863

Polo Monte Seco 80

UCSP Loulé (Local de

prescrição)

16.034

Total 28.067 22.825

USF Lauroé USF Lauroé 10.813

Total 11.165 10.813

Total 84.811 69.051

Olhão

UCSP Olhão Polo Olhão (sede de CS) 123

Polo Fuseta 3.429

Polo Moncarapacho 2.532

Polo Pechão 1.353

UCSP Olhão (local de

prescrição)

12.501

Total 23.505 19.938

USF Âncora USF Âncora 9.469

Total 9.859 9.469

USF Mirante USF Mirante 12.774

Total 13.466 12.774

Total 46.830 42.181

S. Brás

UCSP São Brás Polo São Brás (sede de CS) 23

UCSP São Brás (local de

prescrição)

10.107

10.130

Total 11.291 10.130

ACES Central 275.782 235.098

Fonte: DSPP ARS Algarve, SIARS, 2015.

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21

Quadro 12. População inscrita (Nº e unidades ponderadas) no ACES Central por unidade funcional com médico de família atribuído 31/12/2016

Utentes inscritos sem medico

Utentes inscritos com medico

Unidades Ponderadas (utentes com médico)

Albufeira UCSP Albufeira 22882 28915

USF Albufeira 9717 12195

Total 11582 32599 41110

Faro UCSP Faro 30034 39064,5

USF Al-Gharb 9502 11865

USF Farol 13732 17590,5

USF Ria Formosa 13226 17230

Total 4982 66494 85750

Loulé UCSP Quarteira 14766 18583

UCSP Almancil / Boliqueime 14062 18189

UCSP Loulé 20225 28275,5

USF Lauroé 11319 14575,5

Total 9706 60372 79623

Olhão UCSP Olhão 19810 25485

USF Âncora 9595 12488,5

USF Mirante 13161 17589,5

Total 360 42566 55563

S. Brás UCSP São Brás de Alportel 4 10092 13648

ACES CENTRAL 26634 212123 275694

Fonte: ACSS – RNU (extração 15 Janeiro 2017) e PAUF (utentes em 31/12/21016) informação disponibilizada no

processo de contractualização nos CSP, Agosto 2017.

Em Janeiro de 2017, o ACES apresentava cerca de 240 mil utentes inscritos

frequentadores, dos quais cerca de 27 mil sem médico de família atribuído.

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22

3.1.1.7 Índices demográficos

3.1.1.7.1 Índice envelhecimento

Em 2015, o índice de envelhecimento da população do ACES Central era inferior (125,1)

ao da Região (138,4) e ao do continente (149,7). Esse valor traduz o envelhecimento

progressivo da população, uma vez que 19,4 % dos residentes no ACES Central tinha 65

ou mais anos.

Quadro 13. Índice de envelhecimento e índice de dependência dos idosos por local de residência (2015 e 2016)

2015 2016

Local de residência Índice de Envelhecimento Índice dependência dos idosos

Índice de Envelhecimento

Índice dependência dos idosos

Continente 149,70 31,6 153,90 32,8

Algarve 138,40 32,2 140,10 32,8

ACES Central 125,12 30,0

Albufeira 96,50 23,1 97,60 23,9

Faro 135,50 31 136,30 32,4

Loulé 133,80 31 135,30 31,7

Olhão 120,20 29,1 123 30,0

São Brás de Alportel 151,0 33,7 155,20 33,7

Fonte: INE, Março 2017

3.1.1.7.2 Índice dependência

Os indicadores de dependência representam os pesos relativos dos jovens (0-14 anos) e

idosos (≥ 65anos) em relação à população considerada activa (15 – 64 anos). Estes

indicadores são afectados pelo processo de envelhecimento da população, embora o grau

de envelhecimento seja mais directamente aferido pelo índice de envelhecimento

(idosos/jovens). O índice de dependência dos jovens diminui fortemente em função da

queda da natalidade.

O Índice de Dependência Total atingiu em 2015 valores de 53,7%, o que significa que em

média cada dependente, idoso ou jovem é sustentado pelo esforço de mais de duas pessoas

em idade activa.

Figura 3. Evolução do índice de dependência de idosos 1991-2014. Fonte: INE, 2015.

0

10

20

30

40

1991 2001 2011 2013 2014

Índ

ice d

e

dep

en

cên

cia

de

ido

sos Continente

ARS Algarve

AceS Central

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23

Segundo o último censo de 2011, 20,4% dos idosos (indivíduos com mais de 65 anos)

viviam sós e, 5,5 % não conseguiam tomar banho ou vestir-se sozinhos. Esse valor sobe

para 6,9%, se consideramos o grupo etário dos 80-84 anos e para 14,4% no grupo etário

com mais de 85 anos.

3.1.1.8 Natalidade

Em 2016 nasceram 2287 indivíduos no ACES Central um pouco mais relativamente ao ano

anterior, uma que haviam sido registados 2207 nascimentos (2015). Os nascimentos no

ACES Central contribuem em cerca de 54,2% para os nascimentos registados na Região.

Figura 4. Evolução da taxa bruta de natalidade (1998-2014). Fonte: INE, 2015.

Em 2016, a Taxa Bruta de Natalidade (TBN) do ACES Central 10,0 nascimentos por mil

habitantes, reverteu ligeiramente a tendência de decréscimo dos nascimentos à custa do

concelho de Albufeira (de 11,1 nascimentos por mil habitantes). O valor mais baixo da

última década foi registado em 2013 (8.8 %0). Todos os concelhos do ACES têm TBN com

valores superiores aos de Portugal continental e da Região (9,5 %0) à expceção de São Brás

de Alportel e Olhão.

Em 2015, verificou-se uma diminuição da proporção de nados vivos que eram filhos de

mães estrangeiras (passou de 21% em 2012 para 16,9%). Em 2016, esse valor voltou a subir

para 18,8%, com maior expressão nos concelhos de Loulé (38,4% dos NV filhos de mães

estrangeiras) e Albufeira (30,2%). Esses nascimentos tiveram um impacto real na

natalidade, uma vez que a população estrangeira com estatuto legal de residente

representava cerca 15,4% da população residente no ACES Central.

A idade das mães nas últimas décadas tem aumentado, com uma diminuição dos

nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos e um aumento significativo da

proporção dos nascimentos em idade superior a 35 anos. Em 2016, a proporção de nados

vivos nascidos antes das 37 semanas de gestação foi de 8,43%. Em 2016 o índice sintético

calculado foi de 1.40 pelo que, neste momento, o ACES Central não tem capacidade de

renovação da sua população.

0

5

10

15

1998 2003 2008 2013 2014

tax

a d

e n

ata

lid

ad

e

%0

Continente

ARS Algarve

ACES Central

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24

Quadro 14. Principais indicadores de natalidade nos concelhos do ACES Central (2013-2016)

Local

2013 2014 2015 2016

ISF NV MIF TN ISF NV MIF TN ISF NV MIF TN ISF

Algarve 1,31 3760 100334 8,52 1,35 4071 100476 9,2 1,49 4175 99602 9,5 1,56

ACES Central 1,32 2026 52860 8,95 1,31 2207 52784 9,7 2287 52278 10,0

Albufeira 1,39 392 9826 9,77 1,44 419 9810 10,4 1,61 451 9766 11,10 1,75

Faro 1,31 587 13925 9,59 1,51 607 13784 9,9 1,59 665 13592 10,89 1,86

Loulé 1,30 589 15872 8,51 1,32 659 15864 9,5 1,50 666 15713 9,60 1,56

Olhão 1,29 378 10907 8,37 1,22 415 10967 9,2 1,38 420 10857 9,30 1,43

S. Brás 1,31 80 2330 7,60 1,33 107 2359 10,1 1,79 85 2350 8,07 1,44

Nota: Índice Sintético Fecundidade (ISF); Nados vivos (NV); Mulheres em idade fértil (15-49 anos) (MIF); Taxa natalidade (TN). Fonte:

Perfil de Saúde do ACES Central - Junho 2015 e INE; 2017.

A taxa de fertilidade ou fecundidade é um indicador mais preciso para aferir a contribuição

dos nascimentos para o crescimento da população, relacionando o nº de nados vivos por

cada 1000 mulheres em idade fértil (15 -49 anos). O Índice sintético de fecundidade

representa a capacidade de assegurar a substituição de gerações. Em 2015 o Índice sintético

calculado foi de 1.30 pelo que, neste momento, o ACES Central não tem capacidade de

renovação da sua população.

3.1.1.9 Esperança de vida à nascença

De acordo com o verificado a nível nacional e Regional, a esperança média de vida à

nascença tem vindo a aumentar. A esperança de vida à nascença era em 2016 de 80,3 anos,

77,0 anos para os homens e 83,5 para as mulheres.

Na última década verificamos um envelhecimento progressivo da população, uma vez que

19,4 % dos residentes no ACES Central tinha 65 ou mais anos, no entanto em 2015, o

índice de envelhecimento da população do ACES Central era inferior (125,1) ao da Região

(138,4) e ao do continente (149,7).

Quadro 15. Evolução da esperança de vida à nascença segundo o local de residência (por triénios)

Esperança de Vida à nascença

Algarve ACES Central

HM H M HM H M

Triénio 1996-1998 75,7 72,1 79,6 74,7 71,1 78,6

Triénio 2011-2013 80,3 77,2 83,6 80,4 77,2 83,6

Triénio 2013-2015 80,4 77,2 83,3

Triénio 2014-2016 80,3 77,0 83,5

Fonte: Perfil de Saúde do ACES Central - Junho 2015 e INE; 2017.

Em 2015, a esperança de vida à nascença no Algarve, para ambos os sexos, era superior a

Portugal continental (80.4 anos) (INE, 2017).

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25

3.1.2 Como vivemos?

3.1.2.1 Situação perante o emprego

A definição de população activa ou força de trabalho tem mudado ao longo do tempo de

acordo com a escolaridade obrigatória.

Até 3 de Agosto de 2012 englobava o conjunto de indivíduos com idade mínima de 15

anos que, constituía a mão-de-obra disponível para a produção de bens e serviços que

entram no circuito económico (empregados e desempregados), não incluindo as

domésticas, os reformados e os estudantes.

Quadro 16. População empregada (%) por concelho de residência e sector de actividade (2011)

Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário

Algarve 3 16 80

ACES Central 3 16 81

Albufeira 1 13 85

Faro 3 13 83

Loulé 2 17 76

Olhão 6 17 76

S. Brás 1 21 76

Fonte: Censos 2011.

Figura 5. Evolução da população empregada por sector de Actividade no Continente, Algarve e ACES (2001-2011).

Fonte: DSPP ARS Algarve, Perfil de Saúde do ACES Central - Junho 2015

Quadro 17. Evolução da população empregada (%) por sector de actividade no Continente, Algarve

e ACES Central (2001-2011)

Local de Residência Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário

Censos 2001 Continente 4,8 35,5 59,7

Algarve 6,1 22,5 71,4

ACES Central 5,6 21,4 73,0

Censos 2011 Continente 2,9 26,9 70,2

Algarve 3,3 16,1 80,6

ACES Central 3 15,7 81,3

Fonte: Censos 2001 e 2011.

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26

Quadro 18. Evolução do número de desempregados inscritos no IEFP, por local de residência (2012-

2014)

Local de Residência Dez-12 Dez-13 Dez-14

Continente 675.466 654.569 564.312

Algarve 35.640 32.443 27.030

ACES Central 17.903 16.793 13.727

Homens 9.257 8.534 6.788

Mulheres 8.646 8.259 6.939

Fonte: DSPP ARS Algarve, Perfil de Saúde do ACES Central Junho 2015.

Figura 6. Evolução da taxa de desemprego por trimestre, no Continente e no Algarve (2012-2015). Fonte: INE, 2015.

A taxa de desemprego na região Algarve sofre variação sazonal, atingindo o pico máximo

no primeiro trimestre do ano, acompanhando a época baixa no sector do turismo.

Quadro 19. Evolução da taxa de desempregados inscritos no IEFP por 1000 habitantes em idade

activa (> 15 anos), por local de residência (2012-2014)

Local de Residência Dez-12 Dez-13 Dez-14

Continente 79,4 77,2 66,5

Algarve 94,9 86,7 72,2

ACES Central 93,3 88,0 71,9

Fonte: DSPP ARS Algarve, Perfil de Saúde do ACES Central Junho 2015.

Segundo o IEFP, IP a variação homóloga do número de desempregados registada no

ACES Central em Dezembro 2014 diminuiu 18.3% e a taxa de desempregados inscritos no

IEFP por 1000 habitantes foi inferior à da Região mas superior ao valor registado no

Continente (71,9 %0).

Quadro 20. Percentagem de desempregados inscritos no IEFP (> 15 anos), por local de residência (2016)

Desempregados inscritos no IEFP (%)

Continente 7,7

Algarve 6,9

Albufeira 8,1

Faro 6,7

Loulé 6,0

Olhão 6,4

S. Brás 5,1

Fonte: INE, 2017

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27

3.1.2.2 Indicadores Sociais

3.1.2.2.1 Idosos

Quadro 21. Distribuição da população idosa residente no Continente, Algarve e ACES Central,

segundo a idade (2014)

Local 65 - 69 anos 70 - 74 anos 75 - 79 anos 80 - 84 anos ≥85 anos Total

Continente 565076 467697 423278 322762 254526 2033339

Algarve 24332 20929 18830 14918 12094 91103

ACES Central 11985 10171 8920 6753 5415 43244

Albufeira 1829 1600 1244 904 695 6272

Faro 3574 2919 2549 1873 1372 12287

Loulé 3597 3138 2921 2270 1960 13886

Olhão 2487 1973 1700 1298 1067 8525

S. Brás 498 541 506 408 321 2274

Fonte: Estimativas da População - INE, 2015.

Quadro 22. Evolução da população idosa residente no Continente, Algarve e ACES Central (2014-2016) Local 2014 2015 2016

≥65 anos (Nº) Idosos

(%)

≥65 anos (Nº) Idosos

(%)

≥65 anos (Nº) Idosos

(%)

Continente 2033339 20,60 2067654 21,01 2101996 21,42

Algarve 91103 20,64 92217 20,86 93271 21,1

ACES Central 43244 19,11 44054 19,43 44715 19,7

Albufeira 6272 15,64 6449 15,97 6584 16,2

Faro 12287 20,07 12532 20,53 12794 20,9

Loulé 13886 20,06 14088 20,28 14231 20,5

Olhão 8525 18,87 8701 19,22 8821 19,5

S. Brás 2274 21,59 2284 21,59 2285 21,7

Fonte: Estimativas da População - INE, 2017.

Figura 7. Relação entre a população idosa e população residente em 2014. Fonte: Ministério da Solidariedade,

Emprego e Segurança Social - Gabinete de Estratégia e Planeamento, Carta Social – Rede de Serviços e

Equipamentos 2014.

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28

Isolamento

À data do censo 2011, 2,3% da população do ACES Central vivia em locais censitários

isolados, 35,5% em aglomerados com menos de 2000 habitantes e 61,3 % em locais com

mais de 2000 habitantes. Os concelhos de Loulé e Olhão apresentavam um maior número

de residentes em locais isolados.

Quadro 23. Distribuição do Nº de Residentes por locais censitários (2011)

Total Isolados Menos de 2000 Mais de 2000

Albufeira 40828 48 17433 22347

Faro 64560 509 18315 44736

Loulé 70622 3155 29098 38369

Olhão 45936 1165 12171 32060

S. Brás 10662 558 5579 4725

Fonte: INE, 2015.

O censo de 2011 identificou, no ACES Central, 8508 idosos vivendo sós, sendo 2361

homens e 6147 mulheres.

Figura 8. Número de idosos que vivem sós por sexo e por local de residência (2011). Fonte: INE, Censos 2011.

Quadro 24. Idosos ≥ 65anos que vivem só por local de residência (%) (2011)

%

Algarve 21,1

ACES Central 20,4

Albufeira 18,8

Faro 21,7

Loulé 20,1

Olhão 20,4

S. Brás 20,5

Fonte: INE, censos 2011.

Os indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos que viviam sós, representavam 21,1 %

dos idosos da Região. No ACES Central os valores são semelhantes, com 18,8 % em

Albufeira e 21,7 % em Faro.

Este elevado valor percentual de idosos a viver sós, poderá estar associado às dinâmicas

familiares e opções pessoais, mas é também inerente ao envelhecimento demográfico da

população decorrente das baixas taxas de natalidade, da estabilização das taxas de

mortalidade e do aumento da esperança média de vida.

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29

Capacidade funcional dos idosos

O recenseamento de 2011 identificou no ACES Central 2305 dos idosos com idade igual

ou superior a 65 anos, que não conseguem tomar banho ou vestir-se sozinhos.

Figura 9. Número de idosos com dificuldades em tomar banho ou vestir-se sozinho, por local de residência e

por sexo (2011). Fonte: INE, Censos 2011.

Quadro 25. Nº de idosos que não consegue tomar banho ou vestir-se sozinho por grupo etário e

local de Residência (2011)

65-69 70-74 75-79 80-84 85-89 ≥90 Total (≥65)

ACES Central 111 143 299 404 426 333 2305

Albufeira 16 21 32 53 53 44 337

Faro 27 24 70 99 91 69 512

Loulé 33 47 102 134 151 114 753

Olhão 33 43 82 95 97 77 568

S. Brás 2 8 13 23 34 29 135

Fonte: INE, Censos 2011.

Esta incapacidade funcional está presente em 5,5% dos idosos do ACES e aumenta de

acordo com a idade, sendo de 6,9% nos idosos do grupo 80-84 anos e de 14,4% no grupo

com idade igual ou superior a 85 anos.

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

30

3.1.2.2.2 Suporte Social

Entre 2014 e 2016, verificamos uma diminuição da proporção de beneficiários do

rendimento social de inserção por 1000 habitantes em idade activa em todos os concelhos

do ACES Central, no entanto mantém-se mais elevada no concelho de Faro (35,8 ‰) com

valor superior à Região e ao Continente. O concelho de Albufeira continua a apresentar a

menor proporção de beneficiários (13,8 ‰).

Quadro 26. Distribuição dos Beneficiários de Rendimento Social de Inserção por local de residência

no Continente, Algarve e ACES Central (2014 e 2015)

2014 2015

Local de

Residência

Total

Beneficiários

RSI (Nº)

Beneficiários de RSI

por 1000 habitantes

(‰) em idade activa

(>15 anos)

Total

Beneficiários

RSI (Nº)

Beneficiários de

RSI por 1000

habitantes (‰)

em idade activa

(>15 anos)

Continente 288.961 34,10 264991 31,3

Algarve 10.818 28,90 9304 24,82

ACES Central 5608

Albufeira 508 15,22 464 13,83

Faro 2170 41,64 1857 35,82

Loulé 1535 26,20 1200 20,41

Olhão 1133 29,99

S. Brás 262 29,11 242 26,78

Fonte: INE, 2017.

Quadro 27. Evolução do número de beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido e RSI da segurança social por local de residência (2014-2016)

2014 2015 2016

Continente 288774 264975 257196

Algarve 10815 9267 8611

ACES Central 5600 4809 4539

Albufeira 502 459 466

Faro 2152 1864 1716

Loulé 1536 1196 1136

Olhão 1157 1050 1018

S. Brás 253 240 203

Fonte: INE, 2017.

Quadro 28. Evolução do Nº de Pensionistas da Segurança Social nos Concelhos do ACES Central

(2012-2015)

2012 2014 2015

Albufeira 7374 7619 7837

Faro 15680 15955 16093

Loulé 15680 15909 16130

Olhão 11398 11481 11562

S. Brás 2900 2854 2846

ACES CENTRAL 53032 53818 54468

Fonte: INE, 2017.

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

31

Em 2015 no ACES Central, o número total de pensionistas da Segurança Social era de

54468. O aumento de pensionistas vai de encontro ao espectável com o envelhecimento da

população e o aumento da esperança média de vida da população portuguesa.

3.1.2.2.3 Resposta Social – Carta Social

Figura 10. Distribuição geográfica das respostas sociais para idosos (nº) e taxa de cobertura das respostas

sociais (%) (centro de dia, estrutura residencial para idosos e apoio domiciliário), segundo o concelho em 2014.

Fonte: Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social - Gabinete de Estratégia e Planeamento, Carta

Social – Rede de Serviços e Equipamentos 2014.

Nos últimos 14 anos (2000-2014), segundo o relatório da Carta Social – Rede de Serviços e

Equipamentos do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social verificou-se em

Portugal continental, um aumento das respostas sociais dirigidas às pessoas idosas. Esse

crescimento das respostas sociais foi sobretudo notório nos serviços de apoio domiciliário

(SAD) (68%); nas estruturas residências para idosos (ERPI) (59%) e nos centros de dia

(33%).

Analisando a distribuição geográfica das respostas sociais no ACES Central, verificamos

que os concelhos de Olhão e de Albufeira dispõem de 10-19 respostas sociais e os

concelhos de Faro e de Loulé 20-49 respostas. O concelho de S. Brás de Alportel é o único

na Região que apresenta um número de respostas sociais inferior a 4. Verificamos ainda

que em 2014, a taxa de cobertura dos idosos no que respeita às respostas sociais específicas

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

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32

nomeadamente centro de dia, estrutura residencial para idosos e apoio domiciliário, situa-se

entre 5,7 e 11,1%.

Quadro 29. Capacidade (Nº) das Respostas Sociais no Algarve e ACES Central 2014

Local Creche Centro de

Actividades

Ocupacionais

Lar

Residencial

Centro de

Dia

Lar de

Idosos

Serviço de

Apoio

Domiciliário

(Idosos)

Algarve 6671 328 281 2356 3539 2941

ACES

Central

3464 168 98 862 1543 1312

Albufeira 607 0 38 133 199 105

Faro 1345 76 20 144 524 329

Loulé 845 32 0 365 456 555

Olhão 525 60 40 190 191 303

S. Brás 142 0 0 30 173 20

Fonte: Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social - Gabinete de Estratégia e Planeamento, Carta

Social – Rede de Serviços e Equipamentos 2014.

Quadro 30. Distribuição da população idosa (≥65 anos) por concelho do ACES central (2014 e 2016)

2014 2016

≥65 anos (Nº) % ≥65 anos (Nº) %

Continente 2033339 20,60 2101996 21,4

Algarve 91103 20,64 93271 21,1

ACES Central 43244 19,11 44715 19,7

Albufeira 6272 15,64 6584 16,2

Faro 12287 20,07 12794 20,9

Loulé 13886 20,06 14231 20,5

Olhão 8525 18,87 8821 19,5

S. Brás 2274 21,59 2285 21,7

Fonte: Estimativas da População 2014 e 2016 - INE, 2017.

Em 2014, a capacidade de resposta social reportada na carta social do Ministério da

Solidariedade, Emprego e Segurança Social, IP garantia a cobertura a 3717 idosos (8.5% do

total de idosos). Esse valor é manifestamente insuficiente tendo em conta o número total

de idosos a residir no ACES Central em 2016 (44715).

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33

3.1.2.3 Indicadores de Segurança

Em 2014, 52,95 % dos crimes cometidos no distrito de Faro ocorreram na jurisdição do

ACES Central. A maioria ocorreu nos concelhos de Loulé e Albufeira.

Figura 11. Distribuição dos crimes (%) por concelho do ACES Central (2014). Fonte: Direcção-geral de Politica de Justiça,

Estatísticas Oficiais da Justiça, 2015.

Quadro 31. Criminalidade por local de ocorrência e tipo de crime (2014)

Local de Residência Taxa de

criminalidade

por 1000 habitantes

(‰)

Taxa de

Condução de

veículo com

alcoolemia igual

ou superior a

1,2g/l por 1000

habitantes (‰)

Crime contra

integridade

física por 1000

habitantes

(‰)

Continente 32.8 1.8 5.1

Algarve 48.1 2.8 6.4

ACES Central * * *

Albufeira 83.5 6.3 8.3

Faro 43.8 2.6 7

Loulé 52.3 3.2 6.3

Olhão 40.7 2.0 6.6

S. Brás 25.4 1.5 3.4

* Desconhecido valor ano 2014. Fonte: Direcção-geral de Politica de Justiça, Estatísticas Oficiais da Justiça, 2015.

Em 2014, a taxa de criminalidade por 1000 habitantes mais elevada foi registada no

concelho de Albufeira (83.5 ‰), bem como taxa de condução com álcool no sangue (6,3

‰).

Quadro 32. Evolução da taxa de criminalidade por local de ocorrência (2014-2016) Local 2014 2015 2016

Crimes (Nº) Tx criminalidade

(‰)

Crimes (Nº) Tx criminalidade

(‰)

Crimes (Nº) Tx criminalidade

(‰)

Algarve 22199 48.1 20803

ACES Central 11754 * 11987 52,89 12241 53,99

Albufeira 3350 83.5 3446 85,39 3366 82,84

Faro 2681 43.8 2984 48,90 2861 46,85

Loulé 3618 52.3 3436 49,47 3790 54,66

Olhão 1837 40.7 1777 39,27 1902 42,13

S. Brás 268 25.4 344 32,53 322 30,56

* Desconhecido valor ano 2014. Fonte: INE, 2017.

28%

23%31%

16%

2%Albufeira

Faro

Loulé

Olhão

S. Brás

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34

3.1.2.4 Educação

3.1.2.4.1 Escolaridade

Níveis de Escolaridade

Em 2011, no recenseamento da população, 26,3% dos residentes inquiridos no ACES

Central, com idade igual ou superior a quinze anos, tinha completado o 1º ciclo do ensino

básico e 24,5%, o 2º ou 3º ciclo. O ensino secundário tinha sido atingido por 24,2 % e o

ensino superior por 17,6 % dos residentes. Referia não ter completado nenhum nível de

escolaridade 5,96% da população inquirida.

Fonte: DSPP ARS Algarve, Perfil de Saúde do ACES Central Junho 2015.

O concelho de Faro tem a maior proporção de residentes que completou o ensino superior

e o concelho de S. Brás de Alportel é onde existe a maior a proporção de residentes que

apenas terminaram o 1º ciclo do ensino básico.

Analfabetismo

A taxa de analfabetismo em 2011, expressa pela razão entre a população com 10 ou mais

anos que não sabe ler e escrever e a população residente com 10 ou mais anos, era de 5,2 %

no Continente e 5,36 % na Região e 4,4 % no ACES Central. Nos concelhos do ACES

Central, os valores situavam-se entre 3,81% em Albufeira e 5,2 % em Olhão, sendo os

valores no sexo feminino sempre superiores.

Fonte: DSPP ARS Algarve, Perfil de Saúde do ACES Central Junho 2015.

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35

Abandono escolar

O abandono escolar, traduzido pela proporção dos indivíduos com idade entre os 6 e 15

anos que não está a frequentar o sistema de ensino, tem valores entre 1,23 % em S. Brás de

Alportel e 2,42 % em Faro. A proporção de abandono no sexo feminino é superior em

Faro com 2,47 % e em Olhão com 2,14 %. Em S. Brás de Alportel verifica-se a menor taxa

de abandono escolar.

População escolar

Quadro 33. Estabelecimentos de ensino (público e privado) nos concelhos do ACES Central (2014 e

2016)

Local

2014 2016

Estabelecimentos de ensino (Nº) Estabelecimentos de ensino (Nº)

Público Privado Público Privado

Algarve 235 108 235 108

ACES Central 119 58 119 58

Albufeira 24 8 23 8

Faro 27 25 28 27

Loulé 39 13 39 12

Olhão 20 11 20 10

S. Brás 9 1 9 1

Fonte: Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC)

Quadro 34. Distribuição da população escolar matriculada (público e privado) nos concelhos do

ACES Central por nível de ensino (2014 e 2016)

Local

2014 2016

TOTAL Alunos

(Nº)

Nível de ensino TOTAL Alunos

(Nº)

Nível de ensino

Pré-Escolar

1.º Ciclo 2.º

Ciclo 3.º

Ciclo Secundário

Pré-Escolar

1.º Ciclo 2.º

Ciclo 3.º

Ciclo Secundário

ACES Central 39046 5720 10501 5772 8654 8399 38625 6228 10049 5817 8442 8089

Est. Público 34731 3138 9848 5545 8285 7915 34144 3556 9340 5609 8091 7548

Albufeira 7320 1210 1959 1072 1635 1444 7155 1243 1825 1101 1590 1396

Público 6865 896 1959 1072 1635 1303 6671 929 1825 1101 1590 1226

Faro 12039 1493 3050 1692 2467 3337 11621 1641 2888 1684 2333 3075

Público 10201 266 2691 1634 2397 3213 9694 399 2450 1626 2261 2958

Loulé 11176 1647 3053 1670 2628 2178 11124 1852 2989 1660 2498 2125

Público 9867 1160 2827 1542 2379 1959 9839 1346 2796 1558 2268 1871

Olhão 6875 1067 2005 1107 1556 1140 7149 1220 1903 1133 1647 1246

Público 6236 587 1937 1066 1506 1140 6434 680 1825 1085 1598 1246

S. Brás 1636 303 434 231 368 300 1576 272 444 239 374 247

Público 1562 229 434 231 368 300 1506 202 444 239 374 247

Fonte: Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) - Regiões em Números 2015/2016 - Volume V-

Algarve. Lisboa, 2017.

No ACES Central, no ano lectivo 2015/16, frequentaram o ensino pré-escolar 6228 alunos,

57,09% dos quais estavam matriculados em estabelecimentos públicos. 24308 alunos

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

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36

frequentaram o ensino básico (10049 no 1º Ciclo, 5817 no 2º ciclo e 8442 no 3º ciclo). 8089

alunos frequentaram o ensino secundário (6,7% no ensino privado).

3.1.2.5 Ambiente

Em 2014, todos os concelhos do ACES Central tinham valores superiores a 99,7% de

Água Segura correspondendo a água controlada e de boa qualidade. Esse valor é o produto

da percentagem de cumprimento da frequência de amostragem pela percentagem de

cumprimento dos valores paramétricos fixados na legislação, tal como definido no Anexo

II do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de Agosto.

Quadro 35. Água segura (%) por localização geográfica em 2014

Local %

Continente 98,42

Algarve 98,12

Albufeira 99,62

Faro 99,78

Loulé 99,74

Olhão 99,76

S. Brás 99,66

Fonte: INE, 2015 (Entidade Reguladora dos Serviços e Águas e Resíduos).

Fonte: DSPP ARS Algarve, Perfil de Saúde do ACES Central Junho 2015.

O concelho de Loulé era o que tinha, em 2009, uma maior percentagem da população

servida com sistemas de drenagem de águas residuais (98%), sendo o de S. Brás de Alportel

o que tinha a menor (72%).

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37

3.1.3 De que morremos?

3.1.3.1 Mortalidade

A mortalidade é uma medida directa das necessidades em cuidados de saúde, reflectindo a

carga global da doença na população, nomeadamente a incidência das doenças bem como a

capacidade de as tratar.

Os dados relativos às causas de morte estão disponíveis ao público, na plataforma

electrónica do INE, IP com um delay de dois anos assim, os dados apresentados em 2015

correspondem aos óbitos ocorridos no ano 2013. Por outro lado, para garantir o segredo

estatístico, o INE não disponibiliza ao público, os dados de mortalidade por causa de

morte, desagregados por grupo etário, sexo e concelho de residência.

3.1.3.1.1 Óbitos

Em 2016, registaram-se 2497 óbitos de indivíduos residentes nos concelhos que integram o

ACES Central.

Quadro 36. Evolução do Nº de Óbitos no Algarve e ACES Central (2007-2016)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Algarve 4668 4767 4686 4508 4619 4834 4781 4689 4818 5214

ACES Central 2157 2239 2237 2149 2115 2260 2264 2177 2216 2497

Fonte: INE.

3.1.3.1.2 Taxa Bruta de Mortalidade

A taxa bruta de mortalidade permite quantificar o risco global de se morrer por todas as

causas. A partir da segunda metade do século XX, a taxa bruta da mortalidade tendeu a

estabilizar em Portugal em torno dos 10 óbitos por mil habitantes. No Algarve, no período

2007-2014 houve uma oscilação entre 10,1 e 10,9 óbitos por 1000 habitantes.

O risco de morrer no ACES Central é menor do que na Região embora exista um risco

acrescido nos maiores de 65 anos, à custa do sexo feminino. No ACES Central, a taxa

bruta de mortalidade foi de 9,8 óbitos por mil habitantes. A taxa de APVP por 100000

habitantes é inferior à do Algarve mostrando um menor risco de mortalidade precoce,

embora os homens morram mais precocemente.

A taxa de mortalidade pode ser melhorada reduzindo o risco da população, actuando nos

factores de risco, encorajando os estilos de vida saudáveis, aumentando a precocidade do

diagnóstico e melhorando a efectividade do tratamento, à luz do estado da arte.

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38

Quadro 37. Taxa bruta mortalidade por 1000 habitantes no Algarve e ACES Central (2007-2016)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Algarve 10,8 10,9 10,6 10,1 10,3 10,9 10,8 10,6 11,9 11,8

ACES Central 8,8 10,0 9,8 9,3 9,2 9,8 9,9 9,62 9,8 11,0

Fonte: INE e DSPP, ARS Algarve, 2015.

Quadro 38. Taxa bruta mortalidade por 1000 habitantes por local de residência (2014 e 2016)

Local de Residência 2014 2016

%0 %0

Algarve 10,6 11,8

ACES Central 9,6 11,0

Albufeira 7,4 8,9

Faro 10,3 11,4

Loulé 9,6 11,8

Olhão 10,2 10,8

S. Brás 11,5 13,1

Fonte: INE, 2017.

Em 2014, o concelho de S. Brás apresentou a taxa bruta de mortalidade mais elevada do

ACES Central (11,5 %0), os concelhos de Olhão e Faro tiveram valores semelhantes ao

continente e o concelho de Albufeira apresentou o valor mais baixo 7,4 óbitos por mil

habitantes. O valor mais baixo de Albufeira é originado por uma população mais jovem

enquanto o de S. Brás de Alportel traduz os efeitos na mortalidade de uma população

envelhecida.

3.1.3.1.3 Taxa de Mortalidade padronizada pela idade

A necessidade de se eliminar a influência da estrutura etária na mortalidade obriga ao

ajustamento das taxas pela idade, de modo a podermos comparar populações diferentes.

Actualmente a metodologia utilizada para a padronização pelo método directo, tem como

referência a População Padrão Europeia, utilizada desde 1976. Assim, está neste momento

a decorrer a nível internacional, uma proposta de revisão da metodologia. Prevê-se uma

actualização da população padrão standard, bem como uma revisão do limite etário

(aumento dos 65 anos para os 75 anos), devido ao aumento da esperança média de vida à

nascença em todos os países da União Europeia dos 27.

A nível nacional, os Observatórios Regionais de Saúde apresentam alguns dados de

mortalidade padronizados para idades inferiores aos75 anos de idade. Uma vez que, na

presente data, todas as publicações do Eurostat, do INE, IP, do INSA e da DGS ainda

continuam a utilizar como valor de referência os 65 anos, optou-se por apresentar neste

documento, todos dados de mortalidade em conformidade.

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39

Quadro 39. Taxa de Mortalidade Padronizada* pela idade/100000 habitantes, no Algarve e ACES

Central (2013)

HM H M

Todas as Idades Continente 547,2 700,9 423,7

Algarve 577,7 720,6 453,5

ACES Central * 575,2 719,0 451,3

<65 Continente 172,8 248,6 103,2

Algarve 192,7 262,2 126,6

ACES Central * 194,9 274,5 121,7

≥65 Continente 3.576,3 4.360,2 3.017,4

Algarve 3.692,7 4.429,9 3.098,6

ACES Central * 3.652,6 4.316,0 3.118,0

* Método Directo – População Padrão Europeia; Fonte: INE - Causas de Morte 2013, Edição 2015 e USP ACES Central,

2015.

A padronização pela idade da taxa de mortalidade por todas as causas em 2013, permite

confirmar que o risco de morrer no ACES Central é menor do que na Região, embora

exista um risco acrescido nos menores de 65 anos, à custa do sexo masculino

(274,5/100000 habitantes).

Não estando disponíveis os dados da mortalidade relativos ao ano 2013, desagregados por

causa de morte e idade, não foi possível nesta data apresentar as taxas de mortalidade

padronizadas por causa de morte. Serão então utilizados os dados do Observatório

Regional de Saúde (2015), onde foram calculadas as taxas padronizadas pela idade (<75

anos) por causa de morte do biénio 2010-2012.

A taxa de mortalidade padronizada pela idade (< 75 anos) por tumores malignos no ACES

Central foi de 113,8, por 100.000 habitantes, valor superior ao da Região Algarve (111,7).

Quadro 40. Taxa de Mortalidade Padronizada (<75 anos) pela idade, por 100000 habitantes, para

algumas causas de morte, no Algarve e ACES Central (2010-2012)

TMP por causa de morte (/100.000) Algarve ACES

Central

Ranking

TMP por Tumor Maligno da Traqueia, brônquios e pulmão 23,3 23,6 1º

TMP por Doença Isquémica Cardíaca 22,9 23,4 2º

TMP por Tumor Maligno da Mama (feminina) 19,7 20,6 3º

TMP por Doença Cerebrovascular 18,1 18,4 4º

TMP por Tumor Maligno do Cólon e Reto 13,7 12,2 5º

TMP por Suicídio 9,3 9,6 6º

TMP por Acidentes de Transito com veiculo a motor 10,5 9,1 7º

TMP por Pneumonia 6,8 6,4 8º

TMP por Diabetes Mellitus 5,5 5,9 9º

TMP por Tumor Maligno do Colo do Útero 4,9 5,3 10º

TMP por Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica 2,7 2,9 11º

Se analisarmos a TMP pela idade por causa de morte, verificamos que no biénio 2010-2012,

a população do ACES Central apresentou um risco mais elevado de morrer por Tumor

Maligno da Traqueia, Brônquios e Pulmão, seguido de Doença Isquémica Cardíaca e,

neoplasia da Mama (feminina).

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40

3.1.3.2 Mortalidade proporcional

A mortalidade proporcional traduz a importância relativa de cada causa de morte no

padrão de mortalidade de uma comunidade.

Até Junho 2015, a informação completa não foi disponibilizada pelo INE, IP aos cinco

Departamentos de Saúde Pública, pelo que os técnicos dos Observatórios Regionais de

Saúde optaram por não apresentar dados incompletos ou omissos nos perfis regionais e

locais de saúde.

Figura 12. Mortalidade Proporcional por grupos de causas de morte, segundo o ciclo de vida no ACES Central

(2012). Fonte: DSPP ARS Algarve – Observatório Regional de Saúde, Perfil de Saúde do ACES Central. Faro,

Junho 2015.

Cerca de metade da informação relativa às causas de morte, dos óbitos ocorridos em 2012

desagregados por grandes grupos etários, não foi disponibilizada ao DSPP da ARS Algarve

pelo que se optou, neste documento, por comparar a evolução da mortalidade proporcional

para ambos os sexos e para todas as idades entre 2011 e 2013.

Figura 13. Distribuição percentual dos óbitos no ACES

Central por algumas causas de morte (LSE) (2011).

Fonte: INE.

Figura 14. Distribuição percentual dos óbitos por

causa de morte nos concelhos do ACES Central

(LSE) 2011. Fonte: INE.

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41

Em 2011, a distribuição percentual dos óbitos por causas de morte seguia o mesmo padrão

em todos os concelhos do ACES Central. As doenças do aparelho circulatório tinham

maior expressão percentual nos concelhos de Loulé e Albufeira. As neoplasias tinham

maior expressão em termos percentuais nos concelhos de Olhão, Faro e Albufeira.

Figura 15. Distribuição percentual dos óbitos por causa de morte no ACES Central (2013). Fonte: INE.

Em 2011, no ACES Central, as doenças do aparelho circulatório representavam 27,8% das

causas de morte, seguido pelas neoplasias com um valor percentual de 26%, as doenças do

aparelho respiratório com 10 %, as causas externas com 4,7 % e as doenças do aparelho

digestivo com 4,6 %.

Em 2013, no ACES Central, analisando a mortalidade proporcional por causas de morte

para ambos os sexos, verificamos que as principais causas de morte foram as neoplasias e

as doenças do aparelho circulatório. Cerca de 13,83 % dos óbitos foram por sintomas,

sinais, exames anormais ou causas mal definidas. As neoplasias representaram cerca de um

quarto das causas de morte (25,35 %), seguido pelas doenças do aparelho circulatório

(23,94 %), as doenças do aparelho respiratório (11,26 %), as causas externas (4,7 %) e as

doenças endócrinas e metabólicas (4,7%). Verificamos ainda que a distribuição percentual

dos óbitos por causas de morte segue o mesmo padrão em todos os concelhos do ACES

Central, excepto no concelho de Olhão onde as doenças do aparelho circulatório têm

maior expressão percentual (27,56 %).

2,34

25,35

0,494,73

0,04

2,12

23,94

11,26

4,420,04

0,443,36

0,13

13,83

4,73

1,90

0,22 0,44

ACES CentralDoenças infecciosas e parasitárias

Tumores

Doenças do sangue (órgãos hematopoéticos) ealgumas alterações imunitárias

Doenças endócrinas, nutricionais emetabólicas

Abuso de álcool (incluindo psicose alcoólica)

Doenças do sistema nervoso e dos orgãos dossentidos

Doenças do aparelho circulatório

Doenças do aparelho respiratório

Doenças do aparelho digestivo

Doenças da pele e do tecido celularsubcutâneo

Doenças do sistema ósteo-muscular/tecidoconjuntivo

Doenças do aparelho geniturinário

Algumas afecções originadas no períodoperinatal

Sintomas, sinais, exames anormais, causas maldefinidas

Causas externas de lesão e envenenamento

Suicídio e outras lesões auto-infligidasintencionalmente

Homicídio, agressão

Lesões em que se ignora se foram acidental ouintencionalmente infligidas

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42

A principal causa de morte por neoplasia foi o Cancro da Laringe, Traqueia, Brônquios e

Pulmão, seguido do cancro da Mama Feminino, do cancro do cólon e recto. Os tumores da

pele ocuparam o primeiro lugar na incidência das neoplasias diagnosticadas, no entanto não

tem expressão na mortalidade nem nos APVP. O tumor maligno da Mama Feminina

representou a segunda causa de neoplasias diagnosticadas, com grande peso na mortalidade

precoce. A neoplasia do pulmão ocupou a segunda posição na mortalidade precoce.

Assim entre 2011 e 2013, no ACES Central, verificamos uma diminuição da mortalidade

por doenças do aparelho circulatório e uma subida significativa da mortalidade por

tumores, passando a ocupar o primeiro lugar das causas de morte.

Quadro 41. Distribuição percentual dos óbitos no ACES Central por algumas causas de morte (codificação da lista sucinta europeia) (2013 e 2015)

2013 2015

Grupo de causa de morte (LES) % Grupo de causa de morte (LES) %

Tumores (06) 25,35 Doenças do aparelho circulatório (33) 24,64

Doenças do aparelho circulatório (33) 23,94 Sintomas, sinais, exames anormais, causas mal definidas (55) 12,82

Sintomas, sinais, exames anormais, causas mal definidas (55) 13,83 Doenças do aparelho respiratório (37) 11,46

Doenças do aparelho respiratório (37) 11,26 Doenças cerebrovasculares 8,26

Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (26) 4,73 Doença Isquémica do Coração 6,81

Causas externas de lesão e envenenamento (58) 4,73 Pneumonias 6,27

Doenças do aparelho digestivo (42) 4,42 Causas externas de lesão e envenenamento (58) 5,42

Doenças do aparelho genito-urinário (48) 3,36 Doenças do aparelho digestivo (42) 3,97

Doenças infecciosas e parasitárias (01) 2,34 Doenças do aparelho genito-urinário (48) 3,34

Doenças do sistema nervoso e dos órgãos dos sentidos (31) 2,12 Diabetes Mellitus 3,25

Suicídio e outras lesões auto-infligidas intencionalmente (63) 1,90 Tumor tec linfático 2,35

Fonte: INE - Causas de Morte 2015, Edição 2017 e USP ACES Central, 2017.

Quadro 42. Distribuição proporcional da mortalidade por algumas causas de morte (ambos sexos e

todas as idades) nos concelhos do ACES Central (2013)

Albufeira

Tumores 22,74

Doenças do aparelho circulatório 22,38

Sintomas, sinais, exames anormais, causas

mal definidas

16,25

Doenças do aparelho respiratório 12,27

Doenças endócrinas, nutricionais e

metabólicas

5,78

Causas externas de lesão e envenenamento 4,69

Doenças do aparelho digestivo 3,97

Doenças do aparelho genito-urinário 3,61

Suicídio e outras lesões auto-infligidas

intencionalmente

2,89

Doenças infecciosas e parasitárias 2,17

Doenças do sistema nervoso e dos órgãos

dos sentidos

2,17

Faro

Tumores 26,57

Doenças do aparelho circulatório 22,96

Doenças do aparelho respiratório 12,42

Sintomas, sinais, exames anormais, causas

mal definidas

12,42

Doenças do aparelho digestivo 5,35

Doenças endócrinas, nutricionais e

metabólicas

4,72

Doenças do aparelho genito-urinário 3,93

Causas externas de lesão e envenenamento 3,77

Doenças do sistema nervoso e dos órgãos

dos sentidos

1,89

Doenças infecciosas e parasitárias 1,73

Suicídio e outras lesões auto-infligidas

intencionalmente

1,42

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43

Loulé

Tumores 26,88

Doenças do aparelho circulatório 23,60

Sintomas, sinais, exames anormais, causas

mal definidas

14,73

Doenças do aparelho respiratório 10,23

Causas externas de lesão e envenenamento 5,18

Doenças endócrinas, nutricionais e

metabólicas

5,05

Doenças do aparelho digestivo 3,96

Doenças do sistema nervoso e dos órgãos

dos sentidos

2,59

Doenças do aparelho genito-urinário 2,32

Doenças infecciosas e parasitárias 2,18

Suicídio e outras lesões auto-infligidas

intencionalmente

1,50

Olhão

Doenças do aparelho circulatório 27,56

Tumores 22,96

Sintomas, sinais, exames anormais, causas mal

definidas

11,06

Doenças do aparelho respiratório 10,02

Causas externas de lesão e envenenamento 5,43

Doenças do aparelho digestivo 4,59

Doenças infecciosas e parasitárias 4,18

Doenças do aparelho genito-urinário 4,18

Doenças endócrinas, nutricionais e

metabólicas

3,76

Suicídio e outras lesões auto-infligidas

intencionalmente

2,51

Doenças do sistema nervoso e dos órgãos dos

sentidos

2,30

S. Brás

Tumores 25,18

Doenças do aparelho circulatório 20,86

Sintomas, sinais, exames anormais, causas mal

definidas

20,14

Doenças do aparelho respiratório 13,67

Doenças endócrinas, nutricionais e

metabólicas

4,32

Causas externas de lesão e envenenamento 4,32

Doenças do aparelho digestivo 2,88

Doenças do aparelho genito-urinário 2,88

Suicídio e outras lesões auto-infligidas

intencionalmente

2,16

Doenças do sangue (órgãos hematopoéticos)

e algumas alterações imunitárias

0,72

Doenças do sistema ósteo-muscular/tecido

conjuntivo

0,72

Fonte: INE, 2015.

Em 2015, a taxa de mortalidade específica por 100000 habitantes para as principais causas

de morte não sofreu alterações significativas. Comparando a distribuição percentual dos

óbitos por causas de morte no ACES Central em 2013 e 2015, verificamos que a

mortalidade por tumores e por doenças cardiovasculares ocupam os primeiros lugares. As

doenças cardiovasculares representaram a principal causa de morte (39,7% de todas as

causas de morte para ambos os sexos e todas as idades, com 3 lugares do ranking das 5

principais causas de morte: doenças do aparelho circulatório; doenças cerebrovasculares,

doença isquémica do coração em 2015), seguido das doenças do aparelho respiratório com

24,54 %.

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44

3.1.3.3 Mortalidade infantil e suas componentes

A mortalidade infantil é um indicador consensual do desenvolvimento e do nível de saúde

de uma população. A mortalidade infantil tem causas multifactoriais, estando actualmente

associadas às malformações congénitas, à prematuridade, ao baixo peso ao nascer, às

doenças hereditárias e às causas externas. Enquanto as primeiras se traduzem em óbitos no

período neonatal, as causas ambientais têm maior relevo no período pós neonatal.

Figura 16. Evolução das taxas de mortalidade infantil e suas componentes no ACES Central (triénios entre 2002

e 2013). Fonte: ARS Algarve, DSPP -Perfil de Saúde do ACES Central, Faro, Junho 2015.

3.1.3.3.1 Mortalidade Infantil

O número de óbitos infantis decresceu progressivamente na Região e no ACES Central

tendo voltado a subir em 2011, 2012 e 2014.

Quadro 43. Nº de Óbitos Infantis e Taxa de Mortalidade Infantil por 1000 nados vivos em Portugal,

no Algarve e ACES Central (2007-2014)

Nº Óbitos Infantis TMI (/1000)

Portugal Algarve ACES Central Portugal Algarve ACES Central

2007 353 19 14 3,4 3,9 5,4

2008 340 16 7 3,3 3,2 2,5

2009 362 12 6 3,6 2,5 2,2

2010 256 9 5 2,5 1,9 1,9

2011 302 12 8 3,1 2,6 3,2

2012 303 19 10 3,4 4,6 4,4

2013 243 10 3 2,95 2,68 1,50

2014 231 11 8 2,80 2,93 3,95

Fonte: INE, 2015 e DGS – Natalidade, Mortalidade Infantil, Fetal e Perinatal 2010/2014, Lisboa 2015.

A taxa de mortalidade infantil, que relaciona o número de óbitos em crianças menores de

um ano por 1000 nados vivos, teve os melhores valores de sempre em Portugal em 2010,

com uma taxa de 2,5 por mil em Portugal e 1,9 por mil no Algarve. No ACES Central, o

melhor valor foi atingido em 2015 com uma taxa de 1,36 óbitos infantis por mil nados

vivos, mas voltou a ter um aumento substancial em 2014 com uma taxa de 3,95.

A análise da evolução da taxa de mortalidade infantil no ACES e na Região deve ser feita

com prudência devido à dimensão e variação no número de nascimentos e também, ao

número particularmente pequeno de óbitos neste grupo etário, em que uma pequena

oscilação em números absolutos se traduz numa variação considerável na taxa.

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45

3.1.3.3.2 Mortalidade Fetal Tardia

A mortalidade fetal tardia está classicamente associada a causas maternas, fetais e

placentares sendo habitualmente 60% de causas desconhecidas.

O número de fetos mortos de 28 e mais semanas foi de 4 no ACES Central em 2014, a que

correspondeu uma taxa de 3,5 por 1000 nados vivos e fetos mortos com 28 ou mais

semanas.

Quadro 44. Nº de óbitos fetais tardios e Taxa de Mortalidade Fetal Tardia por 1000 nados vivos e

fetos mortos com 28 ou mais semanas em Portugal, no Algarve e ACES Central (2007-2014)

Óbitos Fetais Tardios * Tx. Mortalidade Fetal Tardia

Portugal Algarve ACES Central Portugal Algarve ACES Central

2007 289 21 14 2,8 2,3 5,3

2008 265 16 10 2,5 3,2 3,6

2009 291 13 7 2,9 2,7 2,6

2010 241 15 5 2,4 3,1 1,8

2011 227 8 6 2,3 2,8 2,4

2012 249 17 8 2,8 4,1 3,5

2013 180 6 3 2,17 1,61 1,50

2014 187 8 4 2,27 2,12 1,97

* Óbitos com 28 ou mais semanas Fonte: INE, 2015 e DGS – Natalidade, Mortalidade Infantil, Fetal e Perinatal

2010/2014, Lisboa 2015.

Entre 2007-2010, a taxa de mortalidade fetal tardia sofreu um decréscimo no ACES

Central, no entanto em 2011 e 2012 verificamos um novo aumento do número de óbitos

fetais tardios, o que se traduz, no aumento da respectiva taxa de mortalidade.

O melhor valor da taxa dos últimos oito anos foi verificado em 2013, atingindo uma taxa

de 1,5 óbitos por 1000 nados vivos e fetos mortos, correspondendo a 3 óbitos.

Em 2014, regista-se uma nova subida da taxa de mortalidade fetal tardia (1,97 por mil) mas

esta, deve ser analisada tendo em conta os valores absolutos de número de óbitos (4 óbitos,

valor inferior ao verificado em 2010).

3.1.3.3.3 Mortalidade Neonatal Precoce

A mortalidade neonatal precoce refere-se aos óbitos das crianças nascidas vivas que

faleceram com menos de sete dias de idade. O melhor valor de sempre no ACES Central

foi verificado em 2012, tendo existido dois óbitos, a que corresponde uma taxa de 0,8 por

mil nados vivos. A taxa de mortalidade neonatal precoce sofreu um aumento em 2013 e

2014, atingido o valor de 1,97 óbitos por mil nados vivos.

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Quadro 45. Nº de óbitos neonatais precoces e Taxa de Mortalidade Neonatal Precoce por 1000

nados vivos em Portugal, no Algarve e ACES Central (2007-2014)

Óbitos Neonatais Precoces Tx. Mortalidade Neonatal Precoce

Portugal Algarve ACES Central Portugal Algarve ACES Central

2007 163 9 7 1,6 1,8 2,7

2008 153 9 4 1,5 1,8 1,4

2009 165 8 4 1,7 1,7 1,5

2010 116 4 3 1,1 0,8 1,1

2011 147 6 5 1,5 1,3 2,0

2012 133 8 2 1,5 1,9 0,8

2013 102 5 3 1,23 1,34 1,50

2014 121 8 4 1,47 2,13 1,97

Fonte: INE, 2015 e DGS – Natalidade, Mortalidade Infantil, Fetal e Perinatal 2010/2014, Lisboa 2015.

3.1.3.3.4 Mortalidade Perinatal

A taxa de mortalidade perinatal corresponde ao número de óbitos fetais com 28 ou mais

semanas de gestação e de óbitos de recém-nascidos com menos de sete dias de idade por

1000 nascimentos vivos. Agrupa a taxa de mortalidade fetal e a taxa de mortalidade

neonatal precoce.

Em 2012, verificaram-se 10 óbitos perinatais no ACES Central, com uma taxa de 4,4 por

1000 nados vivos e fetos mortos de 28 e mais semanas.

Quadro 46. Nº de óbitos perinatais e Taxa de Mortalidade Perinatal por 1000 Nados vivos e fetos

mortos com 28 ou mais semanas em Portugal, no Algarve e ACES Central (2007-2014)

Óbitos Perinatais Tx. Mortalidade Perinatal

Portugal Algarve ACES Central Portugal Algarve ACES Central

2007 452 30 21 4,4 6,1 8,0

2008 418 25 14 4,0 5,0 5,1

2009 456 21 11 4,6 4,4 4,2

2010 357 19 8 3,5 3,9 3,0

2011 374 14 11 3,9 3,1 4,5

2012 382 25 10 4,2 6,0 4,4

2013 282 11 6 3,40 2,95 2,99

2014 308 16 8 3,73 4,25 3,94

Fonte: INE, 2015 e DGS – Natalidade, Mortalidade Infantil, Fetal e Perinatal 2010/2014, Lisboa 2015.

3.1.3.3.5 Mortalidade Neonatal

A mortalidade neonatal corresponde ao número de óbitos de crianças com menos de 28

dias por cada 1000 nascimentos vivos, estando associada habitualmente à prematuridade e

ao baixo peso ao nascer.

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47

Quadro 47. Nº de óbitos neonatais e Taxa de Mortalidade Neonatal por 1000 Nados vivos em

Portugal, no Algarve e ACES Central (2007-2014)

Óbitos Neonatais Tx. Mortalidade Neonatal

Portugal Algarve ACES Central Portugal Algarve ACES Central

2007 213 11 9 2,1 2,2 3,4

2008 216 14 6 2,1 2,8 2,2

2009 245 9 4 2,5 1,9 1,5

2010 169 5 4 1,7 1,0 1,5

2011 230 10 8 2,4 2,2 3,2

2012 198 11 3 2,2 2,6 1,3

2013 160 6 3 1,93 1,61 1,50

2014 169 10 6 2,05 2,66 2,96

Fonte: INE e DGS – Natalidade, Mortalidade Infantil, Fetal e Perinatal 2010/2014, Lisboa 2015.

A taxa de mortalidade neonatal no ACES Central tem tido variações entre 3,4 em 2007 e

cerca de 3 em 2014. O melhor valor da taxa de mortalidade neonatal foi atingindo em 2012

com 1,3 por 1000 nados vivos, correspondendo a 3 óbitos neonatais.

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48

3.1.3.4 Carga Global da doença

3.1.3.4.1 Taxa de Mortalidade Específica por causa de morte

A Lista Europeia Sucinta (LES) para as causas de morte foi construída tendo como base as

causas com relevância para os padrões europeus de mortalidade e para os programas de

saúde nacionais e regionais. De entre as causas de morte dessa lista seleccionámos algumas

causas que considerámos mais pertinentes.

Em 2013, no ACES Central, analisando a taxa de mortalidade específica por 100000

habitantes para as principais causas de morte, verificamos um ligeiro decréscimo na

mortalidade por Doenças do Aparelho Circulatório e um aumento na mortalidade por

neoplasias.

Quadro 48. Número de óbitos, Mortalidade Proporcional por causa de morte e Taxas de

Mortalidade Específica (TME) por 100.000 habitantes, para algumas das causas de morte no ACES

Central (2013)

Algumas Causas de Morte (LES) Mortalidade ACES Central

Óbitos

(Nº)

Mortalidade

proporcional(%)

TME

(‰00)

Doenças Infecciosas e Parasitárias (1) 53 2,34 23,38

Tumores (Neoplasias) (6) 574 25,35 253,17

Tecido Linfático e Hematopoiético (24) 11 0,49 4,85

D. Endócrinas Metabólicas e Nutricionais (26) 107 4,73 47,19

Doenças Aparelho Circulatório (33) 542 23,94 239,05

Doenças Aparelho Respiratório (37) 255 11,26 112,47

Doenças Aparelho Digestivo (42) 100 4,42 44,11

Causas Externas (58) 43 4,73 18,97

Lesões Auto provocadas (63) 5 1,90 2,21

Sintomas, sinais, exames anormais, causas mal definidas

(55)

313 13,83 138,05

Total (todas as causas) Óbitos 2264 100

* Na análise dos dados devemos ter em conta que sempre que os valores por concelho são inferiores a 3 casos podem

estar omissos na informação do INE). Fonte: INE - Causas de Morte 2013, Edição 2015 e USP ACES Central, 2015.

Quadro 49. Taxa de mortalidade específica por tumores malignos (‰) no Continente, Algarve e

concelhos do ACES Central (2013)

TME/1000

Continente 2,5

Algarve 2,6

Albufeira 1,5

Faro 2,6

Loulé 2,8

Olhão 2,4

S. Brás 3,2

Fonte: INE, 2015

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49

3.1.3.4.2 Anos Potenciais de Vida Perdidos por todas as causas

“Anos Potenciais de Vida Perdidos” (APVP) é um indicador de mortalidade prematura,

quantificando o número de anos que teoricamente uma determinada população deixa de

viver se morrer antes dos 70 anos (definição do INE).

Quadro 50. Taxa de APVP * aos 70 anos por 100000 habitantes nos óbitos por todas as causas,

segundo o sexo no Algarve e ACES Central (2013)

Taxa APVP

2013 2014 2015

Ambos sexos Algarve 3856,7 3859,9 3948,4

ACES Central 3073,6

Sexo masculino Algarve 5321,4 5516,3 5785,3

ACES Central 4104,1

Sexo feminino Algarve 2573,9 2251,1 2176,1

ACES Central 2126,6

* Taxa calculada com cut of de 70 anos pelo método dos grupos quinquenais. Fonte: INE, 2017 e USP do ACES Central,

2015.

A taxa de APVP por 100000 habitantes em 2013 no ACES Central tinha valores inferiores

aos da Região, mostrando um menor risco de mortalidade precoce. Tanto no Algarve

como no ACES Central, os homens morrem mais precocemente.

3.1.3.4.3 Incapacidade

Qualquer utente, por sua iniciativa, pode através de requerimento próprio, requerer a

avaliação das incapacidades permanentes de que padece à Junta Médica de Incapacidade de

doentes civis para efeitos fiscais. No ACES Central a avaliação é realizada pela Junta

Médica nº 1 da Região Algarve e, utiliza como instrumento de avaliação, o anexo I da

Tabela Nacional de Incapacidade inserida no Decreto-lei nº 352/2007 de 23 de Outubro.

Em 2014, segundo o Relatório de Actividades da Junta Médica de Incapacidade do ACES

Central foram emitidos 1031 Atestados Multiusos. 35% dos atestados emitidos

correspondiam a uma primeira avaliação do doente em sede de junta médica de

incapacidade e, 65% correspondiam a pedidos de reavaliação (por eventual alteração da

incapacidade).

Até ao ano 2011, não se registaram grandes variações na taxa de utilização da Junta Médica

de Incapacidade nº 1 (valores constantes). A partir do ano 2012, verificamos um aumento

de pedidos de avaliação de incapacidade, sendo o pico máximo de utilização atingido em

2013, com uma taxa de utilização de 5,3/1000 hab. Isto reflecte a alteração legislativa

ocorrida em 2012, no que respeita à obrigatoriedade da detenção de um Atestado Multiusos

válido, para efeitos de isenção do pagamento de taxas moderadoras nos serviços públicos

de saúde.

Em 2014, as incapacidades atribuídas aos doentes residentes no ACES Central, avaliados

em sede de Junta Médica de Incapacidade nesse ano, correspondiam a doenças dos grupos

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50

patológicos seguintes: Oncologia (48.01 %), Neurologia e Neurocirurgia (19.5 %);

Aparelho Locomotor (9.02 %) e Psiquiatria (8.92 %).

Figura 17. Distribuição das Incapacidades atribuídas pela Junta Médica, por grupo patológico (2016). Fonte: ACES Central, USP - Junta Médica de Incapacidade nº 1- Relatório de Actividades 2016, Abril 2017.

Em 2016, na jurisdição do ACES Central, a taxa de utilização da Junta Médica de

incapacidade 1 foi de 4,2/1000 habitantes. As incapacidades atribuídas aos doentes

residentes no ACES Central, avaliados em sede de Junta Médica de Incapacidade nesse

ano, correspondiam a doenças dos grupos patológicos seguintes: Oncologia (54 %),

Neurologia e Neurocirurgia (18 %); Aparelho Locomotor (9 %); Psiquiatria (7 %) e

Nefrologia/urologia (4%).

Assim, nos últimos anos o grupo de doença oncológicas continua a representar a entidade

nosológica da maioria das incapacidades atribuídas em sede de junta médica.

9%

18%

3%1%

4%

7%

54%

4%

Incapacidade por grupo patologicoACES Central - Ano de 2016 (%)

I-Aparelho Locomotor

III-Neurogia e Neurocirurgia

V-Oftalmologia

VI-Otorrinolaringologia

VIII-Nefrologia/Urologia

X-Psiquiatria

XVI-Oncologia

Outras

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51

3.1.4 De que adoecemos?

3.1.4.1 Morbilidade

Os dados da morbilidade foram obtidos através da consulta dos dados do SIARS (Sistema

de Informação da ARS). É de referir que, por defeito, os indicadores fornecidos pelo

SIARS utilizam no denominador, o total da população inscrita nas unidades funcionais do

ACES Central (cerca de 275.000 utentes).

Neste documento, as prevalências de doença foram calculadas utilizando a população

inscrita activa (cerca de 235.000 utentes) e a população residente do INE (cerca de 226.000

indivíduos), de forma a obtermos um valor mais próximo da realidade.

3.1.4.1.1 Hipertensão Arterial

O estudo de Espiga e Macedo (2007) concluiu que 42,1% da população adulta portuguesa

com idade entre 18 e 90 anos sofria de hipertensão arterial, sendo o Algarve a Região onde

existia uma maior percentagem de hipertensos controlados com 14,2%.

O estudo PHYSA de 2012 da Sociedade Portuguesa de Hipertensão estimou uma

prevalência total de 42,2 %, com 58,1% de hipertensos não controlados no Algarve.

Quadro 51. Evolução da percentagem de Utentes Inscritos com diagnóstico activo “Hipertensão”

nos Cuidados Saúde Primários no Algarve e no ACES Central (2012 e 2014)

Local Diagnóstico Activo nos CSP (ICPC)

Utentes com Hipertensão arterial (K86 ou K87) (%)

31 Dezembro 2012 31 Dezembro 2014

Continente 19,7

Algarve 12,2 16.4

ACES Central 11,6 14,2

Fonte: ARS Algarve SIARS acesso em Junho 2013 e Dezembro 2015.

Analisando os dados do SIARS, verificamos que entre 2012-2014, existiu um aumento do

registo no sistema de apoio ao médico pelos clínicos da Região Algarve, da proporção de

utentes com diagnóstico activo de Hipertensão arterial.

No ACES Central, em 2014, tinham um registo de diagnóstico activo “hipertensão” 14,2%

de indivíduos inscritos (total dos inscritos). Esse valor era inferior ao registado na Região

(16,4%) e continua muito inferior à estimativa de prevalência evidenciada para o Algarve

no estudo PHYSA realizado pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão (42,2%).

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52

Quadro 52. Diagnóstico e registo de Hipertensão arterial (HTA) nos utentes inscritos activos por

unidade funcional do ACES Central e na população por concelho de residência (2014)

Concelho Unidade Funcional HTA com e sem complicações * (ICPC-2: K86 e K87)

Nº %

Utentes activos Residentes

Albufeira UCSP Albufeira 3462 10,08

USF Albufeira 1493 15,70

Total 4955 11,30 12,35

Faro UCSP Faro 4540 14,21

USF Al-Gharb 1917 19,08

USF Farol

USF Ria Formosa

Total 6491 9,29 10,60

Loulé UCSP Quarteira 3502 16,58

UCSP Almancil /

Boliqueime

2797 19,56

UCSP Loulé 4003 17,54

USF Lauroé 1460 13,50

Total 11778 17,06 17,01

Olhão UCSP Olhão 3890 19,51

USF Âncora 2673 28,23

USF Mirante 2817 22,05

Total 9380 22,24 20,76

S. Brás UCSP S. Brás 237 2,34 2,25

ACES Central - Total 32841 13,97 14,51

* até 31 Dez 2014; - Sem dados. Fonte: SIARS ARS Algarve, Dezembro 2015.

Em 2014, segundo os dados do SIARS (Dezembro 2015), 13,97 % dos utentes activos do

ACES Central apresentavam um diagnóstico activo e registado de Hipertensão arterial. A

unidade funcional do ACES Central com maior proporção de HTA registada foi a USF

Âncora com 28,23 % dos utentes.

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53

3.1.4.1.2 Diabetes

Segundo a Observatório Nacional da Diabetes, a prevalência total de Diabetes em Portugal

no ano 2014 foi de 13.1% (7,4% não diagnosticada e 5,7% diagnosticada). Nos Cuidados

de Saúde Primários, a prevalência total de Diabetes em 2014 (diagnosticada e registada no

sistema de informação de apoio ao médico) era de 6,4% (Diabetes: Factos e Números – O

Ano de 2014 − Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes – Edição 2015).

Quadro 53. Diagnóstico e registo de Diabetes nos utentes inscritos activos por unidade funcional do

ACES Central e na população por concelho de residência (2014)

Concelho Unidade Funcional DM não insulino e insulino-dependente *

(ICPC-2: T89 e T90)

%

Utentes activos Residentes

Albufeira UCSP Albufeira 1366 3,98

USF Albufeira 463 4,87

Total 1829 4,17 4,56

Faro UCSP Faro 1807 5,66

USF Al-Gharb 543 5,40

USF Farol - - -

USF Ria Formosa - - -

Total 2350 3,36 3,84

Loulé UCSP Quarteira 970 4,59

UCSP Almancil /

Boliqueime

876 6,13

UCSP Loulé 1396 6,12

USF Lauroé 495 4,58

Total 3737 5,41 5,40

Olhão UCSP Olhão 1612 8,09

USF Âncora 646 6,82

USF Mirante 989 7,74

Total 3247 7,70 7,19

S. Brás UCSP S. Brás 715 7,06 6,79

ACES Central - Total 11905 5,06 5,26

* até 31 Dez 2014; - Sem dados. Fonte: SIARS ARS Algarve, Dezembro 2015.

Em 2014, segundo os dados do SIARS (Dezembro 2015), 5,06% dos utentes activos do

ACES Central apresentavam um diagnóstico activo registado de Diabetes, correspondendo

à prevalência nacional de diagnóstico de Diabetes, referida pelo Observatório Nacional da

Diabetes. A unidade funcional do ACES Central com maior proporção Diabéticos

registada foi a UCSP Olhão com 8,09% dos utentes.

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54

Quadro 54. Evolução da percentagem de diabéticos nos utentes inscritos nos Cuidados Saúde

Primários em Portugal Continental, no Algarve e ACES Central (2012-2014)

Local Diagnóstico Activo nos CSP (ICPC)

Utentes com Diabetes Mellitus (T89 ou T90) (%)

31 Dezembro 2012 31 Dezembro 2014

Continente 5,9 6,9

Algarve 4,6 5,7

ACES Central 4,2 4,9

Fonte: Observatório Nacional da Diabetes e ARS Algarve - SIARS acesso em Junho 2013 e Dezembro 2015.

Analisando os dados do SIARS, verificamos que entre 2012-2014, existiu um aumento do

registo na Região Algarve e no ACES Central, da proporção de utentes inscritos com

diagnóstico activo de Diabetes Mellitus. No ACES Central, em 2014 estavam identificados

como diabéticos 4,9 % dos utentes inscritos, enquanto no Algarve o valor era de 5,7%

(SIARS).

Quadro 55. Complicações da Diabetes nos utentes inscritos activos por unidade funcional do ACES

Central e na população por concelho de residência (2014)

Concelho Unidade

Funcional

Retinopatia Diabética *

(ICPC-2: F83)

Cegueira *

(ICPC-2: F94)

Nº %

Nº %

Utentes activos

com Diabetes

Residentes Utentes activos

com Diabetes

Residentes

Albufeira UCSP

Albufeira

38 0,11 2 0,0058

USF Albufeira 42 0,44 0 0,0000

Total 80 0,18 0,20 2 0,0046 0,0050

Faro UCSP Faro 69 0,22 5 0,0157

USF Al-Gharb 23 0,23 1 0,0100

USF Farol - - - - - -

USF Ria

Formosa

- - - - - -

Total 92 0,13 0,15 6 0,0086 0,0098

Loulé UCSP

Quarteira

32 0,15 5 0,0237

UCSP Almancil

/ Boliqueime

29 0,20 2 0,0140

UCSP Loulé 42 0,18 4 0,0175

USF Lauroé 24 0,22 2 0,0185

Total 127 0,18 0,18 13 0,0188 0,0188

Olhão UCSP Olhão 65 0,33 6 0,0301

USF Âncora 23 0,24 14 0,1479

USF Mirante 73 0,57 2 0,0157

Total 161 0,38 0,36 22 0,0522 0,0487

S. Brás UCSP S. Brás

ACES Central - Total 920 0,39 0,41 43 0,0183 0,0190

* até 31 Dez 2014; - Sem dados. Fonte: SIARS ARS Algarve, Dezembro 2015.

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55

Quadro 56. Vigilância do pé Diabético nos utentes inscritos activos por unidade funcional do ACES

Central e na população por concelho de residência (2014)

Concelho Unidade Funcional Risco de Úlcera do pé *

Nº %

Utentes activos

com Diabetes

Residentes

Albufeira UCSP Albufeira 6 0,0175

USF Albufeira 55 0,5783

Total 61 0,1391 0,1521

Faro UCSP Faro 12 0,0376

USF Al-Gharb 49 0,4877

USF Farol 17 0,1163

USF Ria Formosa 104 0,7833

Total 182 0,2604 0,2973

Loulé UCSP Quarteira 1 0,0047

UCSP Almancil / Boliqueime 87 0,6086

UCSP Loulé 18 0,0789

USF Lauroé 104 0,9618

Total 210 0,3041 0,3033

Olhão UCSP Olhão 38 0,1906

USF Âncora 0,0000

USF Mirante 204 1,5970

Total 242 0,5737 0,5357

S. Brás UCSP S. Brás 1 0,0099 0,0095

ACES Central - Total 696 0,2960 0,3076

* até 31 Dez 2014. Fonte: SIARS ARS Algarve, Dezembro 2015.

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56

Segundo a ACSS, a taxa de amputação dos membros inferiores em doentes com Diabetes

em 2014 foi de 13,2 por 100.000 habitantes (ACSS – Indicadores de intervenção

preventiva, Fonte: Base de dados dos GDH, Julho 2015).

Quadro 57. Amputação Major nos doentes Diabético activos por unidade funcional do ACES Central

e na população por concelho de residência (2014)

Concelho Unidade Funcional Amputação major dos M Inferiores

%

Utentes activos Residentes

Albufeira UCSP Albufeira 1

USF Albufeira 0

Total 1 2,49

Faro UCSP Faro 1

USF Al-Gharb 0

USF Farol 1

USF Ria Formosa 0

Total 2 3,27

Loulé UCSP Quarteira 0

UCSP Almancil / Boliqueime 0

UCSP Loulé 0

USF Lauroé 0

Total 0 0,00

Olhão UCSP Olhão 3

USF Âncora 1

USF Mirante 1

Total 5 11,07

S. Brás UCSP S. Brás 0

ACES Central - Total 8 3,54

* até 31 Dez 2014. Fonte: SIARS ARS Algarve, Dezembro 2015 e ACSS, Março 2016.

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57

3.1.4.1.3 Perturbações Depressivas

Quadro 58. Diagnostico e registo de Perturbações Depressivas nos utentes inscritos activos por

unidade funcional do ACES Central e na população por concelho de residência (2014)

Concelho Unidade Funcional Perturbações Depressivas (ICPC-2: P76)

Nº %

Utentes activos Residentes

Albufeira UCSP Albufeira 1364 3,97

USF Albufeira 677 7,12

Total 2041 4,65 5,09

Faro UCSP Faro 1706 5,34

USF Al-Gharb 929 9,25

USF Farol - - -

USF Ria Formosa - - -

Total 2635 3,77 4,30

Loulé UCSP Quarteira 936 4,43

UCSP Almancil /

Boliqueime

840 5,88

UCSP Loulé 954 4,18

USF Lauroé 614 5,68

Total 3344 4,84 4,83

Olhão UCSP Olhão 1567 7,86

USF Âncora 919 9,71

USF Mirante 1117 8,74

Total 3603 8,54 7,98

S. Brás UCSP S. Brás 296 2,92 2,81

ACES Central - Total 11925 5,07 5,27

* até 31 Dez 2014; - Sem dados. Fonte: SIARS ARS Algarve, Dezembro 2015.

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58

3.1.4.1.4 Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Quadro 59. Diagnostico e registo de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica nos utentes inscritos

activos por unidade funcional do ACES Central e na população por concelho de residência (2014)

Concelho Unidade Funcional Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (ICPC-2: R95)

Nº %

Utentes activos Residentes

Albufeira UCSP Albufeira 142 0,41

USF Albufeira 81 0,85

Total 223 0,51 0,56

Faro UCSP Faro 109 0,34

USF Al-Gharb 48 0,48

USF Farol - - -

USF Ria Formosa - - -

Total 157 0,22 0,26

Loulé UCSP Quarteira 76 0,36

UCSP Almancil / Boliqueime 99 0,69

UCSP Loulé 114 0,50

USF Lauroé 51 0,47

Total 340 0,49 0,49

Olhão UCSP Olhão 122 0,61

USF Âncora 48 0,51

USF Mirante 68 0,53

Total 238 0,56 0,53

S. Brás UCSP S. Brás 42 0,41 0,40

ACES Central - Total 1001 0,43 0,44

* até 31 Dez 2014; - Sem dados. Fonte: SIARS ARS Algarve, Dezembro 2015.

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59

3.1.4.1.5 Doenças Transmissíveis de Declaração Obrigatória

Quadro 60. Número de notificação e de casos confirmados de doenças de declaração obrigatória nos

concelhos do ACES Central (2015)

DDO ACES Central

Albufeira Faro Loulé Olhão S Brás TOTAL

Notificações SINAVE em

2015

23 31 39 16 6 115

Notificações em 2015 com

diagnostico em 2015

20 28 37 12 6 103

Casos confirmados 2015 15 16 19 9 4 63

Notificações em 2016 (até

24/03/2016) com ano de

diagnóstico 2015

0 4 0 4 0 8

Notificações em 2016 (até

24/03/2016) com diagnóstico

confirmado em 2015

0 3 0 3 0 6

TOTAL DDO 2015 - Casos

confirmados (para calculo

da Tx Incidência 2015)

15 19 19 12 4 69

Fonte: ARS Algarve, DSPP – Programa Regional de Vigilância Epidemiológico de doenças transmissíveis, 2015.

Quadro 61. Distribuição das notificações de doença de declaração obrigatória por freguesia de ocorrência, segundo a classificação final de caso da Autoridade de Saúde (ano 2016)

Freguesia de ocorrência Caso Confirmado

Caso Possível

Caso Provável

Desconhecido Não é caso

Total

Albufeira e Olhos de Água 6 4 3 2 15

Almancil 4 1 5

Boliqueime 1 1 2

Conceição e Estoi 8 1 1 10

Faro (Sé e São Pedro) 23 6 2 2 7 40

Ferreiras 2 1 2 5

Guia 1 1

Loulé (São Clemente) 4 1 2 1 8

Loulé (São Sebastião) 1 2 3

Moncarapacho e Fuseta 3 1 4

Montenegro 2 1 1 4

Olhão 10 3 3 16

Paderne 2 2

Pechão 1 1 1 2 5

Quarteira 4 3 1 1 9

Quelfes 3 2 5

Querença, Tôr e Benafim 1 1

Santa Bárbara de Nexe 6 6

São Brás de Alportel 1 1

ACES Central 80 13 15 8 25 142

Fonte: ARS, DSPP - Programa Regional de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis Relatório Anual das

doenças de declaração obrigatória - 2016, Março 2017.

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60

Quadro 62. Distribuição de casos confirmados de doenças de declaração obrigatória notificados por concelho (ano 2016)

Doença Albufeira Faro Loulé Olhão ACES CENTRAL

Taxa de incidência no ACES (/100.000 habitantes)

Doença de Creutzfeldt Jakob 1 1 0,44

Doença dos Legionários 1 1 2 0,88

Doença invasiva meningocócica 1 1 0,44

Doença invasiva pneumocócica 1 1 0,44

Febre escaro-nodular (Rickettsiose) 1 2 3 1,32

Febre Q 1 1 2 0,88

Giardíase 1 1 0,44

Gonorreia 1 1 2 0,88

Hepatite A 1 1 0,44

Hepatite B 1 1 2 0,88

Hepatite C 2 1 3 1,32

Leptospirose 1 1 0,44

Malária 1 2 2 5 2,21

Paralisia flácida aguda 2 1 3 1,32

Paralisia flácida aguda - Reavaliação 60 dias

1 1*

Salmoneloses não Typhi e não Paratyphi

2 2 4 1,76

Sífilis - Excluindo Sífilis Congénita 1 1 0,44

Tosse Convulsa 2 6 1 1 10 4,41

Tuberculose 3 12 9 6 30 13,23

VIH/SIDA 2 3 1 6 2,65

TOTAL de casos confirmados 10 39 14 17 80

* dois doentes não foram reavaliados por não se encontrarem em território nacional (60 dias após diagnostico). Fonte:

ARS, DSPP - Programa Regional de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis Relatório Anual das doenças

de declaração obrigatória - 2016, Março 2017.

As notificações de doença aumentaram, fruto da utilização obrigatória de um sistema de

vigilância epidemiológica eletrónico, integrado no sistema de informação de apoio ao

médico. Assim, esse aumento não reflete um aumento real de incidência de doenças, mas

sim à utilização de novo sistema de informação.

Tuberculose

Em 2016, de acordo com o programa de vigilância epidemiológica das doenças de

declaração obrigatória e ainda o programa regional de luta contra a tuberculose, a taxa de

incidência de Tuberculose no ACES Central acompanhou a tendência nacional de

diminuição. Segundo o sistema de informação SVIG-TB (2016), o Algarve apresentou uma

taxa de incidência de 16,2 casos por 100.000 habitantes, e o ACES Central 15,8 casos por

100.000 habitantes. Assim, continuamos a verificar que existe um subnotificação de casos

no SINAVE.

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61

Quadro 63. Incidência Tuberculose e taxa de incidência* no Algarve e concelhos do ACES Central

(2014 e 2015)

Local de residência SVIG-TB (2014) Notificação DDO em

papel e no SINAVE (2014)

Notificação de

Tuberculose no SINAVE

(todas as formas) (2015)

novos

casos

Taxa de

incidência

(/100.000

habitantes)

Nº novos

casos

confirmados

Taxa de

incidência

(/100.000

habitantes)

Nº novos

casos

confirmados

(diagnóstico

2015)

Taxa de

incidência

(/100.000

hab.*)

Portugal 2119 18,7

Algarve 85 18,8 89 20,12 78 17,67

ACES Central 48 21.17 46 20,29 39 17,24

Albufeira 10 7 17,45

Faro 10 11 17,97

Loulé 13 13 18,78

Olhão 13 7 15,50

S. Brás 2 1 9,50

• Estimativas da população 2014, INE 2015. Fonte: ARS Algarve, DSPP – Programa Luta contra a Tuberculose

(Dados do SVIG-TB Março 2015) e dados registados no SINAVE até 31 Março 2016.

Local de residência SVIG-TB (2016) Notificação de

Tuberculose no SINAVE

(todas as formas) (2016)

novos

casos

Taxa de

incidência

(/100.000

habitantes)

Nº novos

casos

confirmados

(diagnóstico

2016)

Taxa de

incidência

(/100.000

hab.*)

Portugal 1610 15,6

Algarve 73 16,2 60 13,59

ACES Central 48 21.17 30 13,23

Albufeira 7 3 7,38

Faro 21 12 19,64

Loulé 10 9 12,97

Olhão 10 6 13,29

S. Brás 0 0 -

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62

VIH/SIDA

Quadro 64. Incidência VIH/SIDA segundo o sexo e taxa de incidência * no Algarve e concelhos do

ACES Central (2014)

Local de Residência Novos Casos VIH (Nº) Taxa de incidência (/100.000)

N Sexo

H M Desconhecido

Portugal 1220 11,7*

Algarve 68 49 18 1 15,8*

ACES Central 36 26 9 1 15,91

Albufeira 8 6 2 19,95

Faro 11 8 3 17,97

Loulé 6 5 1 8,67

Olhão 11 7 3 1 24,35

S. Brás 0 0 0 0

Fonte: ARS Algarve, DSPP – Programa para a Infecção VIH/SIDA (Dados do INSA – DDI URVE, Junho 2015) e *

DGS – Portugal Infecção por VIH, SIDA e Tuberculose em Números - 2015, Novembro 2015.

Segundo a DGS, 68,5% dos novos casos de infecção VIH/SIDA notificados em 2014,

ocorreram nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e no Algarve. Essa percentagem

elevada traduz a persistência da assimetria da distribuição geográfica da infecção por VIH.

Verificamos que a taxa de incidência do ACES Central em 2014 (15,9/100.000) foi superior

à do Algarve (15,8 /100.000) e à nacional (11,7). O concelho de Olhão apresentou a taxa de

incidência mais elevada com 24,35 por 100.000 habitantes.

3.1.4.1.6 Doenças evitáveis pela vacinação

De acordo com as notificações clinicas efectuadas no SINAVE em 2015 e 2016, não houve

qualquer caso confirmado no ACES Central de sarampo, rubéola, poliomielite e tétano, o

que vai de encontro ao expectável devido às boas taxas de cobertura vacinal do ACES.

Quadro 65. Notificação de doença invasiva meningocócica e Tosse Convulsa e respectivas taxas de

incidência no Algarve e concelhos do ACES Central (2016)

Doença invasiva Meningocóccica Tosse Convulsa

Local de

residência

Casos (Nº) Tx Incidência

(/100000)

Casos (Nº) Tx Incidência (/100000)

Algarve 1 0,22

ACES Central 1 0,44 10 4,41

Albufeira 0 0,00 2 4,92

Faro 1 0,00 6 9,82

Loulé 0 0,00 1 1,44

Olhão 0 1,63 1 2,21

S. Brás 0 0,00 0 0,00

Fonte: ARS Algarve, DSPP – Notificações de casos confirmados no SINAVE - Programa regional de vigilância

epidemiológica das doenças transmissíveis, Março 2017.

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63

No âmbito do Programa Nacional de Vacinação, a cobertura vacinal em 2015 foi:

Quadro 66. Taxa de cobertura vacinal das crianças da coorte 2014 segundo a vacina administrada no

Algarve e no ACES Central (PNV cumprido até 31 de Dezembro 2015)

Local Taxa de cobertura (%)

VHB DTPa Hib VIP

Algarve 97,04 91,57 98,39 97,36

ACES Central 96,98 92,55 98,59 97,37

Fonte: ARS Algarve, DSPP - Programa Regional da Vacinação, Março 2016.

Quadro 67. Taxas de cobertura vacinal das crianças da coorte 2013 (até 31 de Dezembro 2015) por

vacina no Algarve e no ACES Central

Local Taxa de cobertura (%)

DTPa Hib Men C VASPR

Algarve 93,6 97,9 96,5 96,5

ACES Central 92,7 98,2 96,4 96,4

Fonte: ARS Algarve, DSPP - Programa Regional da Vacinação, Março 2016.

Quadro 68. Taxas de cobertura vacinal das crianças da coorte 2008 (até 31 de Dezembro 2015) por

vacina no Algarve e no ACES Central

Local Taxa de cobertura (%)

DTPa VIP VASPR

Algarve 89,9 90,5 90,0

ACES Central 87,6 88,2 87,7

Fonte: ARS Algarve, DSPP - Programa Regional da Vacinação, Março 2016.

Quadro 69. Taxas de cobertura vacinal das crianças da coorte 2001 (até 31 de Dezembro 2015) por

vacina no Algarve e no ACES Central

Local Taxa de cobertura (%)

Td HPV

dose 1

(raparigas)

HPV

dose 2

(raparigas)

HPV

dose 3

(raparigas)

Algarve 92,0 83,8 75,6 46,4

ACES Central 90,3 82,4 74,3 46,3

Fonte: ARS Algarve, DSPP - Programa Regional da Vacinação, Março 2016.

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64

Quadro 70. Avaliação do PNV Comprido no ACES Central a 31/12/2016, segundo a coorte

Coorte Vacina Total de fichas de vacinação

Total de pessoas

vacinadas

%

2015 VHB 2260 2198 97,3

DTPa 2079 92,0

Hib 1877 83,1

VIP 2194 97,1

2014 BCG 2085 2025 97,1

VHB 2014 96,6

DTPa 1931 92,6

Hib 2034 97,6

VASPR 2000 95,9

MenC 1998 95,8

2009 BCG 2516 2458 97,7

VHB 2455 97,6

DTPa 2271 90,3

VIP 2283 90,7

VASPR 2273 90,3

MenC 2458 97,7

2002 BCG 2617 2521 96,3

VHB 2523 96,4

VASPR 2478 94,7

VIP 2472 94,5

MenC 2508 95,8

Td 2351 89,8

1991 Td 3007 1942 64,6

1971 Td 4379 2228 50,9

1951 Td 3058 1700 55,6

Fonte: ARS Algarve, DSPP – Programa Regional de Vacinação - SINUS, Janeiro 2017.

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65

3.1.5 Que escolhas fazemos?

3.1.5.1 Nascimentos em mulheres em idade de risco

A idade das mães nas últimas décadas tem aumentado, com uma diminuição dos

nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos e um aumento significativo da

proporção dos nascimentos em idade superior a 35 anos (cerca de 27%).

Quadro 71. Distribuição dos nascimentos no Continente, Algarve e concelhos do ACES Central

segundo a idade da mãe (2014)

Idade da mãe

Local Nados

Vivos (Nº)

<20

anos

Proporção

de

nascimentos

(%)

20-34

anos

Proporção

de

nascimentos

(%)

>35

anos

Proporção de

nascimentos

(%)

Continente 78312 2282 2,91 53637 68,49 22393 28,59

Algarve 3760 121 3,22 2640 70,21 999 26,57

ACES Central 2026 55 2,71 1427 70,43 544 26,85

Albufeira 392 11 2,81 260 66,33 121 30,87

Faro 587 18 3,07 414 70,53 155 26,41

Loulé 589 13 2,21 436 74,02 140 23,77

Olhão 378 12 3,17 268 70,90 98 25,93

S. Brás 80 1 1,25 49 61,25 30 37,50

Fonte: INE, 2015.

Em 2014, verificamos que cerca de 30% dos nascimentos ocorreram em mulheres em

idade de risco para a gravidez.

Quadro 72. Proporção (%) de nascimentos pré-termo segundo o local de residência da mãe (2002-

2013)

Local 2002-2004 2005-2007 2008-2010 2011-2013

Continente 6,7 7,8 8,5 7,7

Algarve 7,0 6,9 7,5 8,1

ACES Central 7,5 7,3 7,6 8,5

Fonte: ARS Algarve, DSPP - Perfil de Saúde do ACES Central, Faro, Junho 2015.

A proporção de nascimentos pré-termo no ACES Central (proporção de nados vivos

nascidos antes das 37 semanas de gestação) foi no último triénio de 8,5%.

Quadro 73. Proporção (%) de nascimentos com baixo peso à nascença segundo o local (2002-2013)

Local 2002-2004 2005-2007 2008-2010 2011-2013

Continente 7,4 7,6 8,1 8,4

Algarve 7,8 7,5 8,5 9,0

ACES Central 7,9 7,6 8,9 9,6

Fonte: ARS Algarve, DSPP - Perfil de Saúde do ACES Central, Faro, Junho 2015.

A proporção de nascimentos com baixo peso no ACES Central foi, no último triénio 2011-

2013, de 9,6 %.

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3.1.5.2 Determinantes de Saúde

Quadro 74. Registos de alguns determinantes (ICPC-2 T82; P15; P17) nos Cuidados de Saúde Primários por Unidade Funcional do ACES Central e concelhos

(31/12/2014)

Concelho Unidade Funcional Obesidade * (ICPC-2: T82) Tabaco * (ICPC-2: P17) Abuso Crónico do Álcool * (ICPC-2: P15)

Nº % Nº % Nº %

Utentes activos Residentes Utentes activos Residentes Utentes activos Residentes

Albufeira UCSP Albufeira 299 0,87 944 2,75 19 0,06

USF Albufeira 376 3,95 1286 13,52 33 0,35

Total 675 1,54 1,68 2230 5,09 5,56 52 0,12 0,13

Faro UCSP Faro 568 1,78 1323 4,14 134 0,42

USF Al-Gharb 367 3,65 1375 13,68 59 0,59

USF Farol - - - - - - - - -

USF Ria Formosa

Total 940 1,34 1,54 2708 3,87 4,42 193 0,28 0,32

Loulé UCSP Quarteira 1168 5,53 775 3,67 162 0,77

UCSP Almancil / Boliqueime 193 1,35 340 2,38 27 0,19

UCSP Loulé 443 1,94 567 2,48 58 0,25

USF Lauroé 312 2,89 846 7,82 41 0,38

Total 2116 3,06 3,06 2530 3,66 3,65 289 0,42 0,42

Olhão UCSP Olhão 563 2,82 1044 5,24 141 0,71

USF Âncora 1177 12,43 800 8,45 173 1,83

USF Mirante 614 4,81 1172 9,17 70 0,55

Total 2354 5,58 5,21 3016 7,15 6,68 384 0,91 0,85

S. Brás UCSP S. Brás 185 1,83 1,76 36 0,36 0,34

TOTAL ACES 6270 2,67 2,77 10484 4,46 4,63 954 0,41 0,42

* até 31 Dez 2014; - Sem dados. Fonte: SIARS ARS Algarve, Dezembro 2015.

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3.1.5.2.1 Tabaco

Em 2012, de acordo com o Eurobarómetro, 28,8 % dos inquiridos europeus com idade

igual ou superior a 15 anos eram fumadores, sendo o valor para Portugal de 23%.

A amostra ponderada e padronizada pela idade na população com 15 ou mais anos para o

Algarve, no último Inquérito Nacional de Saúde (INS 2005/2006) encontrava valores de

autorresposta de 27,1 % homens fumadores diários e 12,9 mulheres fumadoras diárias.

Quadro 75. Proporção de doentes inscritos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) com registo de

diagnóstico activo “Abuso de Tabaco” no Continente, Algarve e ACES Central (2014*)

Local Diagnóstico Activo nos CSP (ICPC)

Abuso de Tabaco (P17) (%)

Total H M

Continente 8,0 9,9 6,3

Algarve 4,2 4,0 4,5

ACES Central 4,5 4,1 4,8

* Os dados do SIARS foram extraídos para a data “a 31 Dez 2014”. Fonte: ARS Algarve, DSPP - Perfil de Saúde do ACES

Central, Faro, Junho 2015.

De acordo com a informação disponível no SIARS, verificou-se que entre Dezembro de

2012 e Dezembro de 2014, existiu um aumento do registo de diagnóstico activo “abuso de

tabaco” nos utentes inscritos nas unidades funcionais do ACES Central.

Os registos passaram de 2,6% dos utentes inscritos em 2012para 4,5% em 2014, sendo os

valores para o Algarve 2,2% e 4,2% para os mesmos anos, no entanto continuam a estar

muito abaixo do apontado pelo último inquérito nacional de saúde. Verificou-se ainda um

registo de uma maior proporção de mulheres fumadoras (4,8% das inscritas) relativamente

aos homens (4,1%) e que o ACES Central apresenta valores superiores comparativamente

à Região.

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68

3.1.5.2.2 Obesidade e Excesso de Peso

Quadro 76. Evolução da percentagem de obesidade nos utentes inscritos nos Cuidados Saúde

Primários em Portugal Continental, no Algarve e ACES Central (2012-2014)

Local Diagnóstico Activo nos CSP (ICPC)

Utentes com Obesidade (T82) (%)

31 Dezembro 2012 31 Dezembro 2014

Continente 2,1 5,8

Algarve 1,6 2,8

ACES Central 1,7 2,6

Fonte: ARS Algarve - SIARS acesso em Junho 2013 e Dezembro 2015; DSPP Observatório Regional de Saúde e USP do

ACES Central – Perfil de Saúde do ACES Central 2013.

Quadro 77. Proporção de doentes inscritos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) com registo de

diagnóstico activo “Excesso de Peso” e “Obesidade” no Continente, Algarve e ACES Central

(2014*)

Local Diagnóstico Activo nos CSP (ICPC)

Excesso de Peso (T83) (%) Obesidade (T82) (%)

Total H M Total H M

Continente 4,5 4,6 4,4 5,8 4,8 6,8

Algarve 2,2 2,1 2,3 2,8 2,3 3,3

ACES Central 2,3 2,2 2,3 2,6 2,1 3,0

* Os dados do SIARS foram extraídos para a data “a 31 Dez 2014”. Fonte: ARS Algarve, DSPP - Perfil de Saúde do ACES

Central, Faro, Junho 2015.

Analisando os dados disponibilizados pelo SIARS em 31 de Dezembro de 2014,

verificamos que cerca de 5% dos utentes inscritos nas unidades funcionais do ACES

Central apresentavam um diagnóstico activo de Excesso de peso ou Obesidade.

3.1.5.2.3 Sedentarismo

Entre 2006 e 2009, o Observatório da Actividade Física e Desporto realizou um estudo

nacional “Livro Verde para a Actividade Física”, que incluiu uma amostra representativa da

população portuguesa estratificada por regiões (NUTS II), em que foram avaliados 5231

participantes com idade igual ou superior a 10 anos, tendo verificado que a população

portuguesa era maioritariamente sedentária.

Em 2011, de acordo com o Eurobarómetro, cerca de dois terços da população adulta

Portuguesa registou um nível insuficiente de activa física, sendo que apenas 23,5 %

praticavam actividade física em Portugal.

Segundo o Livro Verde, em Portugal em 2011, o sedentarismo foi quantificado em 28,1%

para os homens e 31,0 % para as mulheres. No Algarve, com as limitações da amostra

(apenas 183 participantes), os valores de sedentarismo eram superiores a 70% em todos os

grupos etários.

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Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

69

3.1.5.2.4 Comportamentos aditivos

Quadro 78. Proporção de doentes inscritos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) com registo de

diagnóstico activo “Abuso de Drogas” no Continente, Algarve e ACES Central (2014*)

Diagnóstico Activo nos CSP (ICPC)

Local Abuso de Drogas (P19) (%)

Total H M

Continente 0,4 0,5 0,2

Algarve 0,2 0,3 0,2

ACES Central 0,3 0,3 0,2

* Os dados do SIARS foram extraídos para a data “a 31 Dez 2014”. Fonte: ARS Algarve, DSPP - Perfil de Saúde do ACES

Central, Faro, Junho 2015.

Quadro 79. Proporção de doentes inscritos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) com registo de

diagnóstico activo “Abuso de crónico de álcool” no Continente, Algarve e ACES Central (2014*)

Diagnóstico Activo nos CSP (ICPC)

Local Abuso Crónico de álcool (P15) (%)

Total H M

Continente 1,1 2,1 0,3

Algarve 0,5 0,9 0,1

ACES Central 0,4 0,7 0,1

* Os dados do SIARS foram extraídos para a data “a 31 Dez 2014”. Fonte: ARS Algarve, DSPP - Perfil de Saúde do ACES

Central, Faro, Junho 2015.

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70

4 Quadro Resumo - Principais Indicadores Saúde 2015

Continente Algarve ACES Central

População Residente 9839140 441929 226657 Nados Vivos 81292 4071 2207 Óbitos 103614 4816 2216 Saldo Fisiológico -22322 -742 -5 Taxa Bruta Natalidade 8,2‰ 9,2‰ 9,73‰

Nascimentos Mulheres idade Inferior a 20 anos 2295 138 67 Proporção Nascimentos Mulheres idade Inferior a 20 anos

2,8% 3,4% 3,03%

Nascimentos Mulheres idade Superior a 35 anos 25275 2471 1369 Proporção Nascimentos Mulheres idade Superior a 35 anos

31% 60% 62%

Nascimentos Pré-termo 6520 321 161 Proporção Nascimentos Pré-termo 8,0% 7,9% 7,3% Crianças Baixo Peso à Nascença 7225 387 211 Proporção Crianças Baixo Peso à Nascença 8,9% 9,5% 9,6%

Índice Sintético Fecundidade 1,30 1,43 1,44 Taxa Bruta Mortalidade 10,5‰ 10,9‰ 9,8‰ Óbitos Infantis 233 9 3 Taxa Mortalidade Infantil 2,9 ‰ 2,2‰ 1,36‰ Óbitos Neonatais 125 5 2

Taxa Mortalidade Neonatal 1,53 ‰ 1,22 ‰ 0,45 ‰ Óbitos Neonatais Precoces 108 4 1 Taxa Mortalidade Neonatal Precoce 1,32‰ 0,98‰ 0,9‰ Óbitos Pós-Neonatais 70 2 0 Taxa Mortalidade Pós Neo-Natal 0,9‰ 0,5‰ 0‰

Fetos Mortos 28 ou mais semanas 206 15 9 Taxa Mortalidade Fetal Tardia 2,53‰ 3,68‰ 4,07‰ Óbitos Perinatais 314 19 10 Taxa Mortalidade Perinatal 3,86‰ 4,67‰ 4,53‰

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71

5 Identificação dos recursos

5.1 Serviços de Saúde

O ACES Central é constituído por 21 Unidades Funcionais, 2 serviços de apoio e 4 grupos

técnicos (Conselho Clínico e da Saúde, Comissão de Qualidade e Segurança (CQS) e o

Grupo Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infecções e de Resistência aos

Antimicrobianos (PPCIRA), Coordenação local da Rede Nacional dos Cuidados

Continuados Integrados (RNCCI)).

A prestação de cuidados de saúde primários no ACES Central é assegurada nas sedes dos 5

centros de saúde e em 26 extensões de saúde, as quais garantem uma adequada cobertura

territorial atendendo à distribuição da população na área geográfica de influência directa.

Quadro 80. Recursos humanos do ACES Central por categoria profissional/função previstos e em

funções (2013-2016)

Previstos na legislação

Em funções em dez 2013

Em funções em dez 2015

Em funções em dez 2016

Nº Nº % Nº % Nº % Director Executivo 1 1 100 1* 100 1 100 Presidente do Conselho Clínico e de Saúde

1 1 100 0 0 1 100

Médicos ** 155 128 82,05 120 76,92 177 113,46 Enfermeiros 217 210 96,77 181 83,41 183 84,33 Técnicos de diagnóstico e terapêutica 49 40 81,63 33 67,35 41 83,67 Técnicos superiores 23 21 91,3 22 95,65 25 108,70 Assistentes técnicos 150 140 93,33 124 82,67 126 84,00 Assistentes operacionais 143 93 65,03 63 44,06 90 62,94 Informáticos 1 1 100 1 100 1 100 TOTAL ACES 742 635 85,46 545 73,35 645 86,81

* (desde Novembro 2015). ** médicos inclui as especialidades MGF, Saúde Pública e Pediatria, os clínicos gerais e os internos de

especialidade de MGF e SP. Fonte: Plano de Desempenho do ACES Central 2014, Janeiro 2014; UAG do ACES Central e

Recursos humanos da ARS Algarve, Novembro 2016.

Em 31/12/2013, o ACES Central tinha um total de 635 funcionários, ou seja, 85% do total

dos recursos humanos previstos. Os profissionais afectos em Janeiro 2015 eram 545,

correspondendo a 73,4% dos recursos previstos. Apesar de ter existido um esforço de

contractação de profissionais na ARS Algarve, IP, em Dezembro de 2016 existiam no

ACES Central 645 funcionários, continuando abaixo do previsto (86,8 %).

Verificamos ainda que, esse aumento não teve repercussão no número de profissionais em

exercício efectivo nas Unidade Funcionais do ACES Central, uma vez que está muito

aquém dos recursos humanos previstos e existe uma especial carência na categoria dos

Assistentes Operacionais, tendo forçosamente impacto na acessibilidade dos doentes aos

cuidados de saúde primários e nos indicadores de actividade e desempenho das unidades

funcionais.

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72

Quadro 81. Recursos humanos do ACES Central por categoria profissional e local (Dez. 2016) Categoria profissional/cargo Local Nº

Directora executiva Faro 1 Médicos Albufeira 19

Faro 46 Loulé 34 Olhão 24 S. Brás 7

Especialistas MGF e SP 130 Pediatra 1 internos de especialidade (MGF e SP) 47 Subtotal médicos 178

Enfermeiros Albufeira 29 Faro 57

Loulé 48 Olhão 32 S. Brás 17

Subtotal enfermeiros 183 Técnico de Diagnostico e Terapêutica dietética 1

higiene oral 4 fisioterapia 8 radiologia 14 saúde ambiental 6 terapia fala 4 terapia ocupacional 4 Subtotal 41

técnico superior de saúde médico dentista 1 nutrição 2 psicologia 10 Subtotal 13

técnico superior serviço social 9 gestão 2 Gestão recursos humanos 1 Subtotal 12

Informática Faro 1 assistentes técnicos Albufeira 25

Faro 40 Loulé 28 olhão 27

S. Brás 6 Subtotal 126

assistentes operacionais Albufeira 20 Faro 23

Loulé 23 Olhão 19 S. Brás 5

Subtotal 90 TOTAL ACES 645

Analisando a evolução da distribuição de profissionais de saúde nos últimos três anos,

verificamos que houve um aumento do número de médicos e enfermeiros por 1000

habitantes nos cinco concelhos do ACES Central e que os recursos estão maioritariamente

concentrados em Faro.

Quadro 82. Evolução dos Médicos por mil habitantes no Continente, Algarve e concelhos do ACES

Central (2012-2014)

Local %0

2012 2013 2014

Continente 4,3 4,4 4,6

Algarve 3,3 3,4 3,5

Albufeira 2 2 2,1

Faro 8,6 9 9,3

Loulé 2 2,1 2,3

Olhão 1,7 1,8 1,8

S. Brás 3,2 3,1 3,2

Fonte: INE, 2015.

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73

Quadro 83. Evolução dos Enfermeiros por mil habitantes no Continente, Algarve e concelhos do

ACES Central (2012-2015)

Local %0

2012 2013 2014 2015

Continente 6,2 6,2 6,3 6,5

Algarve 5,4 5,5 5,6 5,7

Albufeira 2 2,1 2,2 2,2

Faro 15,2 15,5 15,8 17,4

Loulé 1,8 1,9 2,1 2

Olhão 1,9 2 2,1 2,1

S. Brás 2,7 2,6 2,9 3

Fonte: INE, 2015.

Quadro 84. Estabelecimentos Hospitalares Privados na jurisdição do ACES Central

Concelho Estabelecimento Hospitalar

Albufeira H Particular Algarve - Unidade de Albufeira

Faro H Particular Algarve - Unidade de Faro

H Particular Algarve - Unidade de Gambelas

Loulé Hospital Particular de Loulé

Fonte: perfil de Saúde do ACES Central, 2015.

5.2 Recursos da Comunidade

Quadro 85. Recursos da comunidade na área geográfica do ACES Central por tipo de recurso (2015)

Área Tipo de Recurso Nº

Educação Agrupamentos verticais de Escolas (Jardins de Infância e Escolas do Ensino Básico) 19

Escolas do Ensino Secundário 8

Institutos Superiores Politécnico /Universidade (Público e Privado) 3

Conservatório de Música do Algarve 1

Universidade Sénior 3

Escolas de Ensino Profissionalizante 5

Equipamentos

Sociais

Grupos ou associações de apoio e solidariedade social 74

Associações de Apoio à terceira idade 34

Associação de acolhimento a crianças e jovens 11

Associação de apoio a crianças e pessoas com deficiência 14

Desporto Grupos e associações desportivas 247

Cultura e lazer Grupos e associações culturais e recreativas 130

Espaços de lazer (parques, circuitos manutenção, ciclovias, vias pedonais) 11

Religião Paróquias e congregações religiosas 33

Poder Local Autarquias 5

Juntas de freguesia 18

Forças de

Segurança

Esquadras de Polícia de Segurança Pública 3

Postos territoriais da Guarda Nacional Republicana 12

Comando local da polícia marítima 2

Serviço de Estrangeiro e Fronteira – postos de fronteira aéreo e marítimo 3

Bombeiros Corporações de bombeiros municipais 5

Corporações de bombeiros voluntários 3

Transporte Transporte ferroviário (estações CP) 8

Transporte rodoviário 5

Rota de Barcos para as ilhas 2

Comunicação

Social

Jornais locais 8

Rádios locais 9

Fonte: INE; GNR; PSP; Autarquias de Albufeira, Faro, Loulé, Olhão e S. Brás; CP, 2015.

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74

6 Identificação e Priorização dos principais problemas de Saúde

6.1 Identificação dos problemas de Saúde

Numa primeira fase, seguindo a metodologia clássica do Planeamento em Saúde, procedeu-

se ao Diagnóstico de Situação da população do ACES Central (2015). O Diagnóstico de

Situação da população foi elaborado recorrendo à base de evidência científica disponível

nomeadamente, o Perfil Regional de Saúde 2015 e o Perfil Local de Saúde do ACES

Central 2013 e 2015. O documento serviu de ponto de partida para a elaboração, em

simultâneo, do Plano Local de Saúde 2015-2019.

Os principais problemas de saúde que afectam a população do ACES Central, foram

identificados com base nos valores de mortalidade e morbilidade disponíveis. Foram

analisadas: as Taxas Brutas de Mortalidade (TBM) e as Morbilidade por causas específicas e

a sua tendência evolutiva; as Taxas de Mortalidade Padronizadas (TMP) anuais e as

respectivas comparações com a Região, para identificação do risco de morrer aumentado; a

mortalidade proporcional por grupos etários, bem como para a mortalidade evitável

sensível aos cuidados médicos e sensível à promoção da saúde; a Carga Global da Doença.

Os indicadores supra-referidos traduzem a magnitude (dimensão) que estes problemas de

saúde representam na população do ACES Central.

Procurou-se ainda para o Plano Local de Saúde, tendo como base as áreas prioritárias

nacionais e regionais, identificar as áreas prioritárias locais e institucionais, susceptíveis de

acção pelos Serviços de Saúde, que sejam conducentes a ganhos potenciais em saúde para a

população do ACES Central.

Após a análise da informação disponível, a equipa técnica do Observatório Local de Saúde

da Unidade de Saúde Publica identificou os principais problemas de saúde, face às

necessidades técnicas da população do ACES Central.

Os problemas identificados foram:

- A mortalidade por:

- Neoplasias malignas

- Causas externas (Acidentes c/ veículos a motor e Suicícios)

- Doenças do aparelho circulatório

- Doenças do aparelho digestivo

- Doenças do aparelho respiratório;

- A morbilidade por:

- Diabetes

- Perturbações Depressivas

- Tuberculose e DPOC

- SIDA;

- Os determinantes de saúde

- Hipertensão

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75

- Consumo de Tabaco e de Álcool

- Excesso de Peso e Obesidade

- Inatividade Física/Sedentarismo

- Nascimentos Pré-Termo e Crianças com Baixo Peso à Nascença.

Foi utilizado o método de CENDES/OPS, que consiste na atribuição de pontos, numa

escala de 0 a 10, mediante os critérios de magnitude, transcendência, e vulnerabilidade aos

problemas de saúde identificados de acordo com o quadro seguinte:

Quadro 86. Critérios de priorização do método CENDES/OPS

Valor da escala Critério

Magnitude Transcendência Vulnerabilidade

0-10 Dimensão do problema

de acordo com as taxas

de mortalidade,

morbilidade

Impacto

socioeconómico nos

diferentes grupos etários

Possibilidade de

prevenção ou tratamento

eficaz com os recursos

disponíveis

Quadro 87. Valoração atribuída na USP para cada critério por problema identificado

Problema identificado Critério

Total Magnitude Transcendência Vulnerabilidade

Prevalência da Diabetes Mellitus 7 7 7 343

Falta de articulação na referenciação dos utentes

para CHA 6 8 7 336

Hipertensão arterial 8 5 8 320

Perturbações Depressivas 5 8 8 320

Mortalidade Doenças do Aparelho circulatório 9 5 7 315

Excesso de Peso e Obesidade 7 8 5 280

Nascimentos Pré-Termo e Crianças com Baixo

Peso à Nascença 5 9 6 270

Doenças do aparelho respiratório 6 5 5 150

Causas externas (Acidentes c/ veículos a motor e

Suicídios) 4 7 5 140

Tuberculose 3 6 7 126

Mortalidade por neoplasias malignas 10 4 3 120

Consumo de Tabaco 4 5 5 100

Consumo crónico de Álcool 5 6 3 90

Iniquidade na distribuição de recursos (incluído

respostas/cobertura sociais) 6 6 2 72

Doenças do aparelho digestivo 3 5 4 60

VIH/SIDA 2 6 5 60

Inactividade Física/Sedentarismo 5 5 2 50

Falta de recursos humanos e materiais dos

serviços de saúde 6 6 1 36

Falta de articulação entre unidades funcionais do

ACES 2 2 6 24

DPOC 1 2 2 4

Fonte: Observatório Local de Saúde – Unidade de Saúde Pública do ACES Central, Outubro 2015.

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76

6.2 Priorização dos principais problemas de Saúde

Realizaram-se três reuniões: uma com a Directora Executiva e vogais do Conselho Clínico

e de Saúde do ACES Central, outra com os coordenadores das unidades funcionais do

ACES e a terceira com o Conselho da Comunidade.

A primeira reunião com a Direcção Executiva do ACES e vogais do Conselho Clínico e de

Saúde teve como propósito: a apresentação de um esboço do primeiro Plano Local de

Saúde do ACES Central e do resumo do Diagnóstico de Situação da população do ACES

(Anexo A: Resumo - Diagnóstico de Situação da População do ACES Central); a discussão

da metodologia a ser adoptada no PLS para a hierarquização dos problemas e a escolha dos

peritos para a constituição do painel de consenso.

Foram identificados os parceiros estratégicos da Comunidade e dos Serviços (“stakeholders”)

e constituído um painel de consenso para priorização dos problemas identificados.

A segunda reunião contou com a presença de todos os coordenadores das vinte e uma

unidades funcionais do ACES (UCSP; USF; UCC; URAP) e foi liderada pela equipa técnica

responsável pela elaboração do PLS. A reunião teve como principal finalidade a priorização

dos problemas de saúde do ACES Central e teve a seguinte ordem de trabalhos: a

apresentação do esboço do documento estratégico “Plano Local de Saúde do ACES

Central 2015-2019”; a constituição do painel de consenso e a hierarquização das principais

prioridades de saúde.

Foi explicada a metodologia de decisão a ser utilizada durante a reunião (escala de

decisão/método de Delphi adaptado e brainstorming) onde os parceiros locais de saúde

deveriam identificar, de acordo com as suas sensibilidades, quais achavam ser os maiores

problemas de saúde do ACES Central.

Após apresentação da listagem por ordem alfabética dos vinte problemas identificados no

diagnóstico de situação da população do ACES Central, realizaram-se três rondas de

decisão. Na primeira ronda de decisão, todos os peritos do painel atribuíram pontuação e

hierarquizaram os vinte problemas. Foram avaliados os resultados e eliminados os dez

problemas menos valorizados.

Na segunda ronda de decisão a partir dos 10 problemas identificados na primeira roda foi

apresentada uma nova escala de decisão. Todos os peritos do painel atribuíram pontuação e

hierarquizaram os dez problemas. Foram avaliados os resultados e eliminados os cinco

problemas menos valorizados.

Foram confrontados os resultados da segunda ronda (percepção das unidades funcionais

do ACES Central) versus os cinco problemas tecnicamente identificados no diagnóstico de

situação.

Verificou-se existir uma discrepância na listagem pelo que, após apresentação do resumo

do perfil de saúde 2015, com hierarquização técnica das prioridades, os técnicos da

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Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

77

Unidade de Saúde Pública adicionaram dois problemas de saúde não mencionados pelos

coordenadores das unidades funcionais que, pela sua magnitude, deviam figurar como

problemas de saúde da comunidade.

O painel de peritos procedeu a um brainstorming para escolher uma nova listagem de

problemas e foi decidida a realização de uma ronda final a partir dos oitos problemas

identificados.

Quadro 88. Resultado da última ronda de priorização dos problemas

Problema identificado Ranking

atribuído

Falta de articulação/resposta na referenciação 1

Diabetes Mellitus (Prevalência) 2

Perturbações depressivas 3

Falta de recursos humanos e materiais 4

Mortalidade por doenças do Aparelho circulatório 5

Excesso peso /obesidade 6

Hipertensão (Prevalência) 7

Consumo de Tabaco 8

Os peritos do painel de consenso atribuíram pontuação e hierarquizaram os oito

problemas. Foram avaliados os resultados e foi apresentada a listagem final com cinco

problemas prioritários hierarquizados.

Os cinco principais problemas hierarquizados são apresentados no quadro seguinte.

Quadro 89. Cinco problemas priorizados

Problema identificado Ranking

atribuído

Falta de articulação/resposta na referenciação 1

Diabetes Mellitus (Prevalência) 2

Perturbações depressivas 3

Falta de recursos humanos e materiais 4

Mortalidade por doenças do Aparelho circulatório 5

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78

Figura 18. Esquematização da hierarquização dos problemas

Unidade de Saúde Pública -Observatório Local de Saúde

5 necessidades técnicas de saúde

•Prevalência da Diabetes Mellitus

•Falta de articulação na referenciação dos utentes para CHA

•Prevalência da Prevalência da Hipertensão arterial

•Perturbações Depressivas

•Mortalidade Doenças do Aparelho circulatório

Consulta interna -

Profissionais do ACES

8 problemas de saúde (percepção)

•Falta de articulação/resposta na referênciação

•Prevalência da Diabetes Mellitus

•Prevalência das Perturbações depressivas

•Falta de recursos humanos e materiais

•Mortalidade por Doenças do Aparelho circulatório

•Prevalência do excesso peso /obesidade

•Prevalência da hipertensão arterial

•Consumo de Tabaco

Hierarquização dos problemas de saúde

1- Falta de articulação/resposta na referênciação

2- Prevalência da Diabetes Mellitus

3- Prevalência das Perturbações depressivas

4- Falta de recursos humanos e materiais

5- Mortalidade por Doenças do Aparelho circulatório

Consulta Externa -Parceiros do Conselho da Comunidade

Necessidades em Saúde

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Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

79

A terceira reunião consistiu na apresentação do Plano Local de Saúde ao Conselho da

Comunidade do ACES Central, na sua clarificação e apresentação dos problemas

identificados e hierarquizados pelo painel de consenso.

De forma a envolver e co-responsabilizar os diversos interlocutores, foi disponibilizada

uma versão de trabalho para consulta e apreciação pública.

Após decorrido o período de discussão pública e considerados os contributos recebidos,

foi elaborada e divulgada a versão final do documento.

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Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

80

7 Necessidade em Saúde

As necessidades requeridas para reduzir os problemas de saúde de uma população podem

ser subdivididas em necessidades de saúde, necessidades de serviços e necessidades de

recursos materiais e humanos.

Os stakeholders do painel de consenso para elaboração do PLS identificaram oito problemas

no ACES Central (o consumo de tabaco; a prevalência da hipertensão arterial; o excesso de

peso/obesidade; a mortalidade por doenças do aparelho circulatório; a prevalência de

perturbações depressivas; a prevalência da Diabetes Mellitus; a falta de recursos humanos e

materiais; a falta de articulação/resposta na referenciação dos utentes). Após identificação

destes problemas, foram definidos os cinco problemas prioritários para o PLS 2105-2019.

As cinco necessidades técnicas de saúde foram obtidas após realização de duas reuniões

com o Conselho Clínico e de Saúde e conselho da Comunidade do ACES Central.

Foram identificadas as seguintes necessidades em saúde: melhorar a articulação e a resposta

na referenciação dos doentes; diminuir a prevalência e mortalidade por Diabetes Mellitus;

optimizar a resposta no âmbito da saúde mental; garantir um ratio adequado de recursos

humanos e materiais no ACES; diminuir a prevalência e mortalidade por doenças cérebro-

vasculares.

A taxa de mortalidade pode ser melhorada reduzindo o risco da população encorajando a

prática de estilos de vida saudáveis, diminuindo ou cessação de comportamentos de risco,

aumentando a precocidade do diagnóstico da (s) doença (s) e melhorando a efectividade do

seu tratamento.

Entende-se por determinantes da saúde, os factores que alteram a probabilidade de

ocorrência de doença ou morte evitável ou prematura. Podem ser classificados em

sociodemográficos, biológicos ou endógenos, ambientais, estilos de vida e sistemas de

cuidados de saúde.

No processo de priorização das necessidades em saúde do ACES Central, identificaram-se

os principais determinantes da saúde associados aos problemas identificados,

nomeadamente: diminuir a prevalência e mortalidade por Diabetes Mellitus; optimizar a

resposta no âmbito da saúde mental; diminuir a prevalência e mortalidade por doenças

cérebro-vasculares.

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

81

7.1 Diminuir a prevalência e mortalidade por Diabetes Mellitus

Quadro 90. Identificação dos determinantes de saúde e necessidades de serviços para a diabetes

Problema de

Saúde

Determinantes de Saúde Cuidados de

Saúde Económicos e

Sociais

Biológicos/

endógenos

Ambiente físico Estilos de Vida

Diabetes

Mellitus

Escolaridade Factores

genéticos

Espaços para a

prática de

actividade física

Alimentação

desadequada

(Obesidade)

Diagnóstico

precoce de

diabetes

Pobreza Idade Alcoolismo Consulta de

vigilância da

Diabetes

Incapacidade

para o

trabalho

Sexo Consulta pé

diabético

Incapacidade

funcional

Sedentarismo Rastreio de

complicações

micro e

macrovasculares

(retinopatia e

nefropatia

diabética)

Tabagismo Proximidade dos

cuidados de

saúde (CSP e

hospitais)

Capacidade de

resposta dos

serviços de saúde

Acessibilidade

aos cuidados

farmacêuticos

Vigilância da

gravidez

(Diabetes

gestacional)

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

82

7.2 Optimizar a resposta no âmbito da saúde mental

Quadro 91. Identificação dos determinantes de saúde e necessidades de serviços para as

perturbações depressivas

Problema de

Saúde

Determinantes de Saúde Cuidados de

Saúde Económicos e

Sociais

Biológicos/

endógenos

Ambiente físico Estilos de Vida

Perturbações

depressivas

Escolaridade Factores

genéticos

Espaços para a

prática de

actividade física

Alimentação

desadequada

(obesidade/

Anorexia/

bulimia)

Diagnóstico

precoce

Pobreza Idade Ambiente

construído

(condições de

alojamento)

Alcoolismo Consulta de

cessação

tabágica

Agregado

familiar

(indivíduo)

Sexo Ambiente

construído

(alojamento

sobrelotado)

Stress Consulta de

desabituação

das

dependências

(alcoólica,

drogas)

Isolamento dos

idosos

Incapacidade

funcional

Sedentarismo Acessibilidade

à consulta de

psiquiatria/psic

ologia

Desemprego Tabagismo Proximidade

dos cuidados

de saúde (CSP

e hospitais)

Incapacidade

para o trabalho

Consumos

estupefacientes

Capacidade de

resposta dos

serviços de

saúde

Iniquidade

social

Consumos

medicamentosos

Acessibilidade

aos cuidados

farmacêuticos

Meio físico e

social das

cidades

(ambiente

habitacional

desfavorecido)

Alterações do

sono

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

83

7.3 Diminuir a prevalência e mortalidade por doenças cérebro-vasculares

Quadro 92. Identificação dos determinantes de saúde e necessidades de serviços para as doenças

cérebro-vasculares

Problema de

Saúde

Determinantes de Saúde Cuidados de

Saúde Económicos

e Sociais

Biológicos/

endógenos

Ambiente físico Estilos de Vida

Doenças

cérebro-

vasculares

Escolaridade Factores

genéticos

Espaços para a

prática de

actividade física

Alimentação

desadequada

(excesso de

peso/

obesidade)

Diagnóstico

precoce de

doenças

Pobreza Idade Ambiente

construído

(condições de

alojamento)

Alcoolismo Controlo das

comorbilidades

(dislipidemias;

HTA)

Família

monoparental

Sexo Ambiente

construído

(alojamento

sobrelotado)

Stress Consulta de

cessação tabágica

Isolamento

dos idosos

Co-

morbilidades

associadas

(HTA;

Hipercolesterol

emia)

Sedentarismo Celeridade de

acesso a

tratamento (Via

verde coronária

e Via verde do

AVC)

Desemprego Incapacidade

funcional

Tabagismo Proximidade dos

cuidados de

saúde (CSP e

hospitais)

Incapacidade

para o

trabalho

Estilos de vida

população

urbana?

Acessibilidade à

consulta médica

Iniquidade

social

Capacidade de

resposta dos

serviços de

saúde

Acessibilidade

aos cuidados

farmacêuticos

Page 84: PLANO LOCAL DE SAÚDE 2015-2019 · 2019. 1. 16. · ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019 Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017 3 i. Agradecimentos Agradecimentos

ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

84

8 Estratégias de Saúde

As estratégias de saúde podem definir-se como um conjunto coerente de técnicas

específicas com o fim de alcançar determinados objectivos reduzindo assim, um ou mais

problemas de saúde.

As principais linhas de actuação propostas para o Plano Local de Saúde do ACES Central

enquadram-se nos quatro eixos estratégicos definidos na política de saúde regional.

Eixo I - Optimizar o funcionamento da estrutura orgânica e funcional;

Eixo II - Promover o acesso, a qualidade e efectividade dos cuidados de saúde

prestados;

Eixo III - Consolidar a contratualização interna como via para melhorar o

desempenho;

Eixo IV - Reforçar a presença do ACES na comunidade.

São propostas três grandes estratégias de intervenção para responder às necessidades de

saúde identificadas ou seja, para reduzir a morbi-mortalidade das doenças crónicas e os

factores de risco responsáveis pela sua génese e ainda, para modificar os estilos de vida

nocivos à saúde.

As três estratégias são:

Promoção da Saúde e Prevenção da Doença

Prevenção Secundária e Terciária (Diagnóstico e Tratamento Precoces)

Cooperação intersectorial através da articulação entre Serviços de Saúde

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8.1 Recursos e estratégias para diminuir a prevalência e a mortalidade por Diabetes Mellitus Necessidade de

saúde Estratégia

Recursos

O que existe Entidades intervenientes

Diminuir a

prevalência e a

mortalidade por

Diabetes

Mellitus

Literacia

em

saúde

Informação à população Observatório Nacional para a Diabetes

Campanhas de sensibilização à população em geral

DGEstE Algarve e

Directores de

Agrupamentos de

Escolas;

ACES Central;

CH Algarve, EPE

Autarquias;

Associações de utentes;

Universidade do Algarve

Comunicação social do

Algarve (jornais/rádios)

IPSS

ONG

Sociedades científicas

Educação para a saúde ACES

Médico e enfermeiro de família (capacitação do doentes para vigilância da diabetes –

medição de glicemia etc…)

Promoção de estilos de vida

saudáveis

Alimentação adequada Consultas de Nutrição

Prática de exercício físico

Melhorar

resposta

dos

serviços

de saúde

ACES Central;

CH Algarve, EPE;

CMR Sul

INEM;

Hospitais/Clínicas

Privadas CMR Sul

Autarquias;

Associações de utentes;

Rede Social

Acessibilidade à consulta

médica

Diagnóstico precoce de Diabetes Mellitus nos CSP

Monitorização e controlo da

doença

Capacitação dos profissionais de saúde

Formação no âmbito da actualização das normas de orientação clínica

Reforço das boas práticas clinicas

Adopção de normas de orientação clinica

Registos no processo clínico

Registos adequados nos sistemas de informação (Programas Diabetes)

Acesso a rastreio de

complicações micro e macro

vasculares

Rastreios

Retinopatia diabética

Nefropatia diabética

Vigilância do pé diabético

Reabilitação e reinserção dos

doentes amputados

Cuidados a doentes com necessidades de reabilitação

Cuidados continuados integrados

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

86

8.2 Recursos e estratégias para optimizar a resposta no âmbito da saúde mental Necessidade de

saúde Estratégia

Recursos

O que existe Entidades intervenientes

Diminuir a

prevalência de

perturbações

depressivas

Literacia em

saúde

Informação à

população

IPDJ

APAV

DGEstE Algarve e

Directores de Agrupamentos

de Escolas;

ACES Central;

CH Algarve, EPE;

DICAD;

DSPP da ARS Algarve;

Autarquias;

Associações de utentes;

Associação de Saúde Mental

do Algarve

Cruz Vermelha Portuguesa

Rede Social

Congregações

religiosas/aconselhamento

espiritual

IPDJ

APAV

Forças policiais

Educação para a

saúde

Saúde Escolar

Projectos epecíficos da area de saúde mental

Cruz Vermelha Portuguesa

Prevenção de comportamentos aditivos na população de Quarteira;

Capacitação dos doentes sobre a doença mental

Promoção de

estilos de vida

saudáveis

Meio escolar

Referenciação para gabinete de psicologia clinica

Sinalização e articulação dos técnicos com os serviços de saúde

Divisão de Acção Social das Autarquias

Apoio/consultas de psicologia

DICAD

Projecto de prevenção de consumos

Projecto de prevenção do bullying

Forças policiais GNR e PSP

Núcleo de Programas especiais (escola segura; idosos isolados)

Promoção de Hábitos de vida saudáveis

Melhoria da qualidade do Sono

Prática de actividade física (diminuição da ansiedade e do stress; jogos de equipe

(integração social))

Prevenção de comportamentos de risco (alcoolismo, tabagismo, toxicofilia)

Promoção de hábitos alimentares saudáveis

Melhorar

resposta dos

serviços de

saúde

Diagnóstico

precoce

APAV

Observatório de saúde para a violência familiar /entre parceiros

DGEstE Algarve e

Directores de Agrupamentos

de Escolas;

ACES Central;

CH Algarve, EPE;

DICAD

Consultas de desabituação de consumos

GAJE (gabinete de atendimento a jovens e envolventes)

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

87

GASMI (Grupos de Apoio à Saúde Mental Infantil)

Avaliação e atendimento de casos de crianças/famílias de risco com psicopatologia

ligeira nos CSP

INEM;

Clínicas Privadas

Autarquias;

Associações de utentes;

Rede Social

SNIPI (Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância) 0-6 anos

Intervenção para prevenção ou redução dos riscos de atraso de desenvolvimento

ACES Central

Consultas jovens/adolescente nos 5 concelhos

Capacitação dos profissionais de saúde para a identificação de doença mental

Visita domiciliária da puérpera

Unidades/equipes de saúde mental na comunidade

DGEstE Algarve

Projecto + contigo (promoção da saúde mental e prevenção da mortalidade

prematura por suicídio) no 3º ciclo do ensino básico e secundário

DGEstE Algarve e

Directores de Agrupamentos

de Escolas;

Consultas de

acompanhamento

no âmbito da saúde

mental

CHA Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental

Consultas externas no CHA

Consultas ambulatório de psiquiatria descentralizadas nos CSP

Visitas domiciliárias

Cuidados continuados em Psiquiatria e Saúde Mental

ACES Central

Projecto “Sinergia no cuidar” (UCC de Faro)

Projecto “SinCuidar – em CASA” (UCC de Faro)

ACES Central;

CH Algarve, EPE;

Articulação entre

serviços

Psiquiatria de ligação

Articulação entre CH Algarve/CSP e serviços sociais/IPSS

Prática de exercício físico adaptado à incapacidade (melhoria da qualidade de vida e

bem-estar psicológico)

CH Algarve, EPE;

ACES Central;

IPSS

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

88

8.3 Recursos e estratégias para diminuir a prevalência e a mortalidade por doenças cérebro-vasculares Necessidade de

saúde Estratégia

Recursos

O que existe Entidades intervenientes

Diminuir a

diminuir a

prevalência e a

mortalidade por

Doenças

cérebro-

vasculares

Literacia em

saúde

Informação à

população

Sociedade Portuguesa de Cardiologia

Campanhas publicitárias (Mês do coração/ponha-se a andar…)

DSPP

Janela aberta à família

DGEstE Algarve e

Directores de

Agrupamentos de

Escolas;

ACES Central;

CH Algarve, EPE

Autarquias;

Associações de

utentes;

Universidade do

Algarve

Comunicação social

do Algarve

(jornais/rádios)

IPDJ

IPSS

ONG

Sociedades

científicas

Educação para a saúde Saúde escolar

Projectos específicos do ACES

Projecto Heróis da Fruta

Rede de escolas promotoras de saúde

CSP (médico e enfermeiro de família)

Capacitação da população para monitorização e controlo da sua patologia

IPSS

Sociedades científicas

Promoção de estilos

de vida saudáveis

Alimentação desadequada (Reduzir excesso de

peso /obesidade)

DSPP da ARS Algarve

Programa de Combate à Obesidade

Infantil na Região Algarve

Meio Escolar

Monitorização ementas escolares

Melhoria da qualidade alimentar dos

produtos disponibilizados no

Bufetes/bares escolares

Regime fruta escolar

Industria Alimentar

Diminuição do teor de sal na

panificação

DGEstE Algarve e

Directores de

Agrupamentos de

Escolas;

ACES Central;

DICAD;

DSPP da ARS

Algarve;

CH Algarve, EPE

Autarquias;

Associações de

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

89

Marketing alimentar

utentes;

Rede Social

Universidade do

Algarve

CCDR do Algarve

IPDJ

Aumentar prática de exercício físico Meio Escolar

Desporto escolar

Autarquias

Construção de infra-estruturas

(Ciclovias/ecovias)

Manutenção de circuitos e

equipamentos desportivos

Actividades desportivas gratuitas

(caminhadas/corridas)

Protocolo de Promoção da Prática de

Actividade Física Regular e Alimentação

saudável (CM Faro).

Transportes acessíveis, atractivos e

seguros

Associações Recreativas

Actividades desportivas

Prevenir e controlar o tabagismo Medidas legislativas

Lei do tabaco

Aumento IVA/preços do tabaco

Saúde Escolar

Prevenção da iniciação do consumo de

tabaco

Redução da prevalência de fumadores

Consulta de cessação tabágica

Melhorar

resposta dos

serviços de

saúde

Acessibilidade à

consulta médica

Diagnóstico precoce de doenças do aparelho circulatório nos CSP

Identificação de factores de risco cardiovasculares

Exame periódico de saúde (Diagnóstico de HTA/Diagnóstico precoce de dislipidemias)

Unidades Móveis de Saúde (Loulé e S. Brás)

Acessibilidade aos cuidados de população isolada

ACES Central;

CH Algarve, EPE;

INEM;

Hospitais/Clínicas

Privadas

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

90

Monitorização e

controlo da doença

Capacitação dos profissionais de saúde

Intervenções breve no âmbito do tabagismo

Formação no âmbito da actualização das normas de orientação clínica

Reforço das boas práticas clinicas

Adopção de normas de orientação clinica

Registos no processo clínico

Registos adequados nos sistemas de informação (Programas HTA/Diabetes)

Autarquias;

Associações de

utentes;

Rede Social

Acesso ao diagnóstico

de situações agudas e

tratamento precoce da

doença coronária e do

acidente vascular

cerebral

Via verde do AVC e do EAM

Reabilitação e

reinserção dos doentes

CMR Sul

Cuidados a doentes com necessidades de reabilitação

Cuidados continuados integrados

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

91

9 Objectivos Estratégicos e Operacionais do ACES Central 2017 para cada objectivo da ARS Algarve

9.1 OE 1. Devolver a confiança no SNS na Região

OE do ACES Central O Operacionais do ACES Central

OE Central 1. Devolver a

confiança no SNS ao nível

dos CSP no ACES Central

1. Promover a criação/manutenção de parecerias comunitárias com intuito de dinamizar respostas integradas às

necessidades dos utentes;

2. Promover o marketing em saúde, através da participação em actividades na comunidade;

3. Aumentar as actividades de literacia em saúde, promovendo cuidados de proximidade;

4. Divulgar as boas práticas e actividades premiadas do ACES Central através do gabinete de assessoria de imprensa

e comunicação da ARS Algarve, IP.

5. Promover um ambiente aprazível nas instalações do ACES (nas UF, salas de espera e espaços comuns) para

aumentar a satisfação dos profissionais e dos utentes;

6. Melhorar a qualidade do atendimento administrativo aos utentes;

7. Diminuir a percentagem de reclamações imputáveis aos serviços;

8. Melhorar as condições físicas de atendimento do gabinete do cidadão;

9. Aumentar a proporção de utentes inscritos frequentadores (activos) nas UF do ACES;

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

92

9.2 OE 2. Melhorar a qualidade e promover a equidade no acesso aos serviços de saúde da Região

OE do ACES Central O Operacionais do ACES Central

OE Central 2. Melhorar

a qualidade e promover a

equidade no acesso aos

serviços de saúde do ACES

1. Melhorar o controlo metabólico dos diabéticos no ACES Central;

2. Diminuir a prevalência e mortalidade por Diabetes Mellitus no ACES Central;

3. Reduzir a incidência de complicações micro e macro-vasculares através do aumento da taxa de cobertura da

população referenciada para o rastreio sistemático da retinopatia diabética, da vigilância do pé diabético e da

nefropatia diabética dos doentes do ACES Central;

4. Capacitar os profissionais para o diagnóstico precoce de doenças cérebro-vasculares e adequado controlo das co-

morbilidades (dislipidemias; HTA) de acordo com as NOC.

5. Diminuir a prevalência e mortalidade por doenças cérebro-vasculares no ACES Central.

6. Diminuir a taxa de internamentos por doenças cérebro-vasculares em utentes com menos de 65 anos.

7. Promover iniciativas dirigidas aos determinantes específicos das doenças cérebro-vasculares;

8. Aumentar a literacia em saúde e hábitos de vida saudável, com a realização de formações específicas aos grupos

alvo, para a promoção de estilos de vida saudáveis e divulgação de informação em saúde à população;

9. Incentivar ao equilíbrio da dieta e ao combate à obesidade e excesso de peso, nas crianças em meio escolar;

10. Promover o combate ao sedentarismo em meio escolar através do aumento da prática semanal de actividade

física nas crianças e adolescentes;

11. Aumentar a acessibilidade para a realização de MCDT no ACES Central para o diagnóstico de doenças do

aparelho respiratório;

12. Reduzir a prevalência do consumo de tabaco (diário ou ocasional) na população com 15 ou mais anos do ACES

Central;

13. Aumentar o acesso dos utentes do ACES Central às consultas de cessação tabágica, implementando a consulta

noutros concelhos;

14. Melhorar a capacitação dos profissionais de saúde para abordar e gerir a doença mental;

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

93

15. Optimizar a resposta do ACES Central no âmbito da saúde mental (principalmente nos adultos);

16. Promover a prevenção de suicídio através da melhor da vigilância de saúde de grupos específicos mais

vulneráveis;

17. Aumentar a percentagem de visitas domiciliárias à população isolada e dependente, com recurso às unidades

móveis de saúde;

18. Promover a diminuição/cessação de consumos de álcool, drogas e medicamentos nos utentes do ACES Central

através da referenciação para a consulta regional de desabituação das dependências;

19. Diminuir a mortalidade por cancro da laringe, traqueia, brônquios e pulmão;

20. Diminuir a mortalidade por cancro da mama;

21. Diminuir a mortalidade por cancro do cólon e recto;

22. Diminuir a mortalidade por cancro do colo do útero;

23. Melhor a articulação entre as UF do ACES Central no âmbito da vigilância epidemiológica das doenças

transmissíveis de declaração obrigatória (rastreio, diagnóstico e notificação à Autoridade de Saúde);

24. Aumentar a acessibilidade dos utentes ao rastreio/consultas/tratamentos no âmbito da saúde oral;

25. Promover uma cultura organizacional de procura de melhoria contínua e cumprimento das normas de orientação

clínica;

26. Incentivar as UF do ACES a normalizar procedimentos com vista à segurança do utente e gestão do risco dos

actos em saúde;

27. Uniformizar procedimentos para melhorar o fluxo de referenciação interna dos utentes entre UF (transição dos

doentes; pedidos de consultas, referenciação para projectos, pedidos de exames complementares...);

28. Melhorar os Tempos Máximos de Resposta Garantido;

29. Reforçar a formação sobre “atendimento ao público” a todos os assistentes técnicos das UF (presencial,

telefónico ou por meios telemáticos);

30. Elaborar manual de procedimentos administrativos para utilização transversal em todas as UF;

31. Elaborar procedimento de registos e cobranças de taxas relativas à prestação de cuidados no domicílio;

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

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32. Implementar estratégias para assegurar a prestação de cuidados de saúde aos utentes esporádicos,

passantes/turistas.

33. Assegurar o atendimento de doentes em situação de doença aguda/salas de tratamentos aos fins-de-semana,

feriados e tolerância de ponto;

34. Implementar procedimentos de actualização de ficheiros médicos de utentes.

35. Promover a implementação de uma equipe comunitária de suporte em cuidados paliativos no ACES Central.

36. Garantir os meios adequados para a vigilância sanitária na jurisdição do ACES Central;

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

95

9.3 OE 3. Reforçar o acompanhamento na execução das políticas de saúde, planos, programas de saúde e aperfeiçoar os instrumentos de avaliação dos resultados

OE do ACES Central O Operacionais do ACES Central

OE Central 3. Melhorar a

governação clínica do

ACES Central

1. Aumentar o registo de diagnóstico de Diabetes Mellitus activo no ACES Central;

2. Aumentar a percentagem de registo de diagnóstico activo de hipertensão arterial no ACES;

3. Aumentar o acesso a consultas de cessação tabágica (aumento do numero de consultas realizadas);

4. Aumentar o diagnóstico activo registado de sindromes depressivos no ACES (melhorar resposta dos serviços de

saúde no diagnóstico precoce de perturbações depressivas);

5. Melhorar a resposta do ACES no âmbito da diabetes, saúde mental, doenças cérebro-vasculares, aumentando a

acessibilidade dos utentes aos serviços para monitorização e controlo da sua doença;

6. Elaborar relatório de monitorização mensal de actividades das UF para divulgação aos respectivos

coordenadores;

7. Realizar reuniões trimestrais de acompanhamento com os coordenadores das UF do ACES.

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ACES Central / Plano Local de Saúde 2015-2019

Observatório Local de Saúde – Revisão PLS 2017

96

9.4 OE 4. Contribuir para uma melhor articulação no processo de contratualização entre os diferentes níveis de cuidados: cuidados de saúde primários, cuidados continuados integrados e os cuidados hospitalares

OE do ACES Central O Operacionais do ACES Central

OE Central 4. Melhorar a

articulação do ACES

Central com outros níveis

de cuidados para melhorar

resultados em saúde

1. Divulgar as actualizações/normas/critérios da rede de referenciação por especialidades médicas;

2. Colaborar na elaboração de protocolos de referenciação para melhorar o fluxo dos doentes e a integração de

cuidados;

3. Assegurar o cumprimento dos procedimentos de actuação no âmbito da referenciação para a RNCCI/ECCI;

4. Divulgar anualmente os protocolos de cooperação celebrados entre entidades/serviços do ACES e da Região;

5. Melhorar a articulação entre o ACES/DSMP do CHA – Unidade de Faro/IPSS para assegurar o acesso às

consultas externas de psiquiatria, apoiar a implementação de consultas de psiquiatria descentralizadas nos CS e as

visitas domiciliárias;

6. Diminuir o número de devoluções no CTH dos pedidos de primeira consulta externa no CHA.

7. Promover o alinhamento das politicas de saúde ao nível local entre os cuidados de saúde primários e hospitalares,

através da promoção de reuniões bianuais entre os responsáveis do CHA, IP e do ACES Central para

discussão/resolução de problemas comuns;

8. Incentivar a articulação entre o ACES e a ARS Algarve, IP (reuniões regulares com os departamentos).

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9.5 OE 5. Melhorar a governação do SNS em termos de sustentabilidade e ao nível da prestação de cuidados de qualidade, com otimização e valorização dos recursos humanos e materiais

OE do ACES Central O Operacionais do ACES Central

OE Central 5. Melhorar a

governação do ACES

Central em termos de

sustentabilidade e ao nível

da prestação de cuidados

de qualidade, com

optimização e valorização

dos recursos humanos e

materiais

1. Reforçar a formação sobre atendimento ao público a todos os assistentes técnicos das UF;

2. Melhorar as condições das instalações e apetrechar as UF com equipamentos básicos para execução das

actividades;

3. Identificar as dotações seguras/ratio adequados de recursos humanos no ACES Central;

4. Promover a contratação de profissionais das categorias identificadas como carenciadas, de acordo com os ratios

previstos para a população inscrita e programas em desenvolvimento no ACES Central;

5. Distribuir os recursos humanos e materiais de acordo com as necessidades das unidades funcionais;

6. Implementar um sistema de monitorização de consumo de material clínico/medicamentos por forma a remeter a

avaliação das necessidades para a ARS Algarve em tempo útil para a preparação de procedimento de aquisição;

7. Implementar um programa de manutenção preventiva dos equipamentos existentes no inventário do ACES;

8. Melhorar a higienização e limpeza das UF;

9. Melhorar a mobilidade dos profissionais do ACES Central para a prestação de cuidados de saúde

comunitários/domiciliários;

10. Implementar procedimentos/circuito do parque automóvel do ACES Central;

11. Melhorar e padronizar o processo de identificação de necessidades de reparação de equipamentos e instalações;

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9.6 OE 6. Melhorar os diálogos interno e externo tendo em vista uma comunicação de excelência, promovendo uma participação ativa dos profissionais e dos cidadãos na concretização das estratégias da Região

OE do ACES Central O Operacionais do ACES Central

OE Central 6. Melhorar

os diálogos interno e

externo envolvendo os

profissionais e a

comunidade

1. Promover a comunicação com os profissionais, para os envolver activamente na elaboração de propostas de

melhoria de actividades;

2. Aproveitar as reclamações dos utentes para sinalizar e resolver problemas operacionais;

3. Solicitar contributos do conselho da comunidade para melhorar processos no ACES Central;

4. Melhorar o sistema de registo e distribuição de correio interno e externo.

5. Actualizar e implementar de manual de articulação das UF com a UAG;

6. Analisar as áreas identificadas como problemáticas no inquérito de satisfação dos profissionais, no sentido de

efectuar as diligências adequadas.

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9.7 Metas e indicadores chave

PROGRAMA DE

SAÚDE

OBJETIVOS INDICADORES Último

VALOR

META

2016

Programa para as

doenças cérebro-

cardiovasculares

Aumentar o diagnóstico de

Hipertensão no ACES

Proporção de inscritos com registo de

diagnóstico de Hipertensão (\100 inscritos)

2014 14,2 % 25-35 %

Reduzir a prevalência do

consumo de tabaco (diário

ou ocasional) na população

com 15 ou mais anos

Proporção de utentes com idade ≥15 anos,

a quem foi realizada consulta relacionada

com tabagismo no último ano

4,1% 20,0%

Combater o sedentarismo,

incentivar o equilíbrio da

dieta e o combate à

obesidade em meio escolar

Prevalência de excesso de peso em crianças

dos 6-8 anos (incluindo obesidade) CDC

2010 19,5%

≤19,5 %

Aumentar a prática de

Atividade Física

Actividade física em adolescentes

escolarizados do 6º, 8º e 10º anos, 3 ou

mais vezes por semana

2014 55,1%

56-58 %

Redução global da

mortalidade por causas do

aparelho circulatório

Taxa de internamentos por DCV, entre

residentes <65 anos

7,2/10.000 6,1/10.000

Programa para a

Diabetes

Aumentar o diagnóstico de

Diabetes no ACES

Proporção de inscritos com diagnóstico de

Diabetes registado (\100 inscritos)

2014 4,9 % 5,7-13 %

Reduzir a incidência de

complicações micro e

macro-vasculares (Rastreio

sistemático da retinopatia

diabética, do pé diabético e

da nefropatia diabética da

ARS Algarve).

Proporção de utentes com DM, com pelo

menos um exame dos pés registado no

último ano

37,5% 50,0%

Proporção de utentes com DM, com o

último registo de HgbA1c≤ 8%

46,1% 55,0%

Incidência de amputações major de

membro inferior (DM), em utentes

inscritos.

1,5/10.000 1,2/10.000

Proporção de utentes com DM, c/

microalbuminúria último ano

38,4% 50,0%

Programa para a

Saúde Mental

Diminuir a prevalência do

consumo de Álcool

Prevalência do consumo de Álcool no

último mês, 15 aos 64 anos 6 (%)

2012 43,4%

---

Melhorar o diagnóstico da

Depressão

Proporção de inscritos com diagnóstico de

Perturbações Depressivas 2(\100 inscritos)

2014 4,9 % 5,6-7 %

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10 Recomendações para intervenção/operacionalização do PLS

Para a operacionalização do PLS do ACES Central recomenda-se que o plano de

desempenho do ACES seja baseado nos programas considerados prioritarios no Plano

Nacional de Saúde nomeadamente: no âmbito das Doenças do Aparelho circulatório;

Tabagismo; Alimentação Saudável; VIH/SIDA; S. Mental; D. Oncológicas.

Recomenda-se que PLS do ACES Central dê continuidade aos programas de base já

implementados na Região nomeadamente, no ambito da Saúde Escolar, da Saúde Oral, da

Saúde Materna e Infantil, da Vacinação e de Saúde Ambiental.

Recomenda-se ainda que sejam, incluídos os projectos em articulações com outros

parceiros nomeadamente na intervenção em meio prisional; na intervenção local do

DICAD, no apoio Psicossocial em Adolescentes/Jovens – DICADependência; no

projecto da troca de seringas nas farmácias.

A prossecução do PLS do ACES Central impõe que sejam asseguradas as actividades no

âmbito da prevenção secundária e terciária que permitam um diagnóstico e tratamento

precoces nos Serviços de Saúde nomeadamente no Núcleo de Rastreios (neoplasia da

mama; neoplasia do Colo do Útero, Retinopatia Diabética, neoplasia do Cólon e Recto),

nas Vias Verdes (Coronária e AVC) e ainda, nas consultas do DICADependências, nas

consultas de cessação tabágica, de nutrição e de grupos específicos.

A resposta adequada está condicionada pela existência de recursos adequados nos serviços

de saúde (quer em número quer em diferenciação), bem como pelo modelo organizativo

das instituições.

Assim, o PLS recomenda que seja assegurada uma articulação complementar eficaz e

eficiente entre os diferentes níveis de prestação de cuidados e ainda, uma articulação mais

eficaz entre as diversas unidades funcionais do ACES Central, de forma a permitir uma

melhor referenciação dos utentes.

Recomenda-se o reforço das Unidades de Saúde Familiar para assegurar a cobertura

integral dos utentes por equipas de Medicina Geral e Familiar (Médicos e Enfermeiros de

Família); o reforço de estruturas de Cuidados Continuados e de Cuidados domiciliários de

modo a responder às necessidades crescentes da população.

Finalmente, recomenda-se que os problemas de saúde identificados como prioritários,

sejam considerados na contratualização e elaboração anual dos planos de desempenho/

acção das unidades funcionais do ACES Central.

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11 Monitorização e avaliação do PLS

A Monitorização é o seguimento de rotina dos elementos-chave do desenvolvimento do

Plano Local de Saúde (habitualmente através dos inputs, processos e outputs), mediante a

manutenção de registos, informações periódicas e sistemas de vigilância.

A monitorização é utilizada para avaliar em que medida as metas planeadas estão a ser

atempadamente atingidas.

A monitorização do estado de saúde da população é da competência da Unidade de Saúde

Pública (USP), que exerce a função Observatório Local de Saúde. Para tal a USP irá

monitorizar o grau de cumprimento da execução das metas do Plano Local de saúde e

identificar desvios, utilizando os indicadores disponíveis.

A avaliação é a quantificação periódica da mudança nos resultados alcançados em cada

programa ou projecto. A avaliação permite aos gestores determinar a eficácia ou a validade

de um programa ou projecto específico. A avaliação deve também relacionar os outputs do

programa ou projecto com as tendências nacionais sobre as mudanças de comportamento

no problema de saúde em intervenção, assim como no impacto das doenças com ele

relacionadas.

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12 Anexos

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PERFIL LOCAL DE SAÚDE (PeLS) - ACeS Central

Síntese (ed. 2016)

A presente síntese do PeLS, baseada nos Perfis de Saúde construídos pelos Observatórios Regionais de Saúde dos Departamentos de Saúde Pública das ARS, proporciona um olhar rápido e integrador, sobre a saúde da população da área geográfica de influência do ACeS Central da região de Saúde do Algarve.

CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-DEMOGRÁFICA

Descritores Valor* Período de referência

Observações

Localização

Localizado na zona central da região do Algarve, confrontado a Sul pelo Oceano Atlântico, a Norte pela região do Alentejo, a Este pelo ACeS Barlavento e Oeste pelo ACeS Sotavento. Integra um total de 5 concelhos: Faro (sede do ACeS), Albufeira, Loulé, Olhão e S. Brás de Alportel.

Área (Km2) 1.391 - Corresponde a 27,8% do território da região.

Habitantes (Nº) 226.657 2015 Corresponde a 51% da população da região.

Densidade Populacional

(hab/Km2) 162,9 2015

Evidencia litoralização representada por faixa com elevada densidade populacional >200 hab./Km2 (Albufeira, Faro, Olhão e Sul de Loulé) versus zona interior de serra e barrocal com baixa densidade <100 hab./Km2 (Norte de Loulé e S. Brás de Alportel).

Crescimento Populacional (%)

16,3 2001/2011 Revela dinamismo demográfico (devendo-se sobretudo à imigração interna e externa) tendo registado nos últimos censos um aumento na população superior ao crescimento registado na região (14 %).

Índice de Envelhecimento

125,1 2015 Assume valor inferior à região (131,8). O ACeS apresenta o Concelho da região menos envelhecido (90,4 – Albufeira).

Taxa de Natalidade (/1000nv)

8,9 2014 Embora superior à região (8,4), destaca-se o acentuado decréscimo da natalidade (-23%) de nados-vivos) no último quinquénio, próximo do registado para a região (-22%). O ano de 2013 apresenta o mais baixo n.º de nados-vivos registados desde 1997.

Esperança de Vida à Nascença (anos)

80,4 2013 A esperança de vida à nascença tem aumentado, em ambos os sexos, apresentando no ano 2013 (80,4) um valor muito próximo da região (80,3).

Turismo - Capacidade de Alojamento (%)

55,5 2013

O Turismo surge como a principal atividade económica do ACeS, cuja forte sazonalidade, concentrada nos meses de verão, coloca desafios específicos ao nível das necessidades de saúde e da oferta de serviços de saúde. Constitui o ACeS com a maior capacidade de alojamento (+61.000 camas) da Região.

CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

Indicador Ano Fonte

Valores

ACeS Região

Taxa de Mortalidade Infantil 1 (\1000 nados-vivos) 2014 INE (ORS) 3.95 2,93

Taxa de Mortalidade Neonatal (\1000 nados-vivos) 2014 INE (ORS) 2,96 2,66

Taxa de Mortalidade Perinatal (\1000 fetos mortos ≥28sem e nados-vivos) 2014 INE (ORS) 3,94 4,25 ☺

Mor

talid

ade

(an

tes

75 a

nos)

TMP (Taxa de Mortalidade Padronizada) por Tumores malignos (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 111,7 113,8 ☺

TMP por Tumor maligno do aparelho digestivo e peritoneu (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 33,3 35,9 ☺

TMP por Tumor maligno do estômago (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 6,8 8,0 ☺

TMP por Tumor maligno do cólon e reto (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 12,2 13,7 ☺

TMP por Tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 23,6 23,3

TMP por Tumor maligno da mama (feminina) (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 20,6 19,7

TMP por Tumor maligno do colo do útero (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 5,3 4,9

TMP por Tumor maligno do tecido linfático e orgão hematopoéticos (\100.000

indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 6,4 6,3

TMP por Diabetes Mellitus (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 5,9 5,5

TMP por D. Isquémica Cardíaca (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 23,4 22,9

TMP por D. Cerebrovasculares (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 18,4 18,1

TMP por Pneumonia (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 6,4 6,8 ☺

TMP por Doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 2,9 2,7

TMP por Acidentes de Trânsito c/ veículos a motor (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 9,1 10,5 ☺

TMP por Suicídio (\100.000 indivíduos) 2010-2012 INE (ORS) 9,6 9,3

Mor

bilid

ade

Proporção de inscritos c/ diagnóstico de Diabetes (\100 inscritos) 2014 SIARS (ORS) 5,2 5,7 ☺

Proporção de inscritos c/ diagnóstico de Perturbações Depressivas (\100 inscritos) 2014 SIARS (ORS) 5,3 5,6 ☺

Proporção de inscritos c/ diagnóstico de D. dos Dentes e Gengivas (7 anos) (\100 inscritos aos 7 anos)

2014 SIARS (ORS) 5,2 5,2 ---

Taxa de incidência de Tuberculose (\100.000 indivíduos) 2014 INSA (ORS) 21,1 18,8

Taxa de incidência da Infeção VIH (\100.000 indivíduos) 2014 DGS (ORS) 15,9 15,8

Det

erm

inat

es d

a

Saú

de

Proporção de Nascimentos Pré-Termo (\100 nados-vivos) 2014 INE (ORS) 8,9 8,2

Proporção de Crianças c/ Baixo Peso à Nascença (\100 nados-vivos) 2014 INE (ORS) 9,8 9,1

Proporção de inscritos c/ diagnóstico de Hipertensão (\100 inscritos) 2014 SIARS (ORS) 14,2 16,4 ---

Proporção de inscritos com diagnóstico de abuso do Tabaco (\100 inscritos) 2014 SIARS (ORS) 4,6 4,2 ---

Proporção de inscritos com diagnóstico de abuso crónico do Álcool (\100 inscritos) 2014 SIARS (ORS) 0,4 0,5 ---

Proporção de inscritos com diagnóstico de Excesso de Peso (\100 inscritos) 2014 SIARS (ORS) 2,3 2.2 ---

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