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Plano Geral de Metas de Competição As mudanças nas Telecomunicações Brasileiras IP Expo - 2011 Jonas Antunes Gerente Regulatório [email protected] cel: +55 11 7607-1342 tel: +55 11 5533-8399 fax: +55 11 5533-0051 www.telcomp.org.br TelComp – Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas Av. Iraí, 438 – cj 44 – Moema CEP: 04082-001 – São Paulo – SP –

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Page 1: Plano Geral de Metas de Competição As mudanças nas Telecomunicações Brasileiras IP Expo - 2011 Jonas Antunes Gerente Regulatório jantunes@telcomp.org.br

Plano Geral de Metas de CompetiçãoAs mudanças nas Telecomunicações Brasileiras

IP Expo - 2011

Jonas AntunesGerente Regulató[email protected]

cel: +55 11 7607-1342tel: +55 11 5533-8399fax: +55 11 5533-0051www.telcomp.org.br

TelComp – Associação Brasileira das Prestadorasde Serviços de Telecomunicações CompetitivasAv. Iraí, 438 – cj 44 – MoemaCEP: 04082-001 – São Paulo – SP – Brasil

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Serviços Regime Público

• Regras da Concessão• Regulamentos de cada serviços

Serviços Regime Privado

• Regulamentos de cada serviço

Atual

Regulação Assimétrica com base em PMS - Permanecem as Regras da Concessão

Regulamentação específica por serviçoPGMC

PGMC- O que muda?

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Definição de Mercados Relevantes

• Falhas de mercado

• Ausência de perspectivas de competição Longo Prazo

• Possibilidade de exercício de PMS

Verificação de Existência de PMS

• 7 Critérios cumulativos

• Análise por município (maioria dos casos)

• Análise preliminar feita com dados de 2009

• Conclusões com base em dados e julgamento com fundamentação

PGMC- 3 Etapas

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Interconexão fixa e móvel Acesso Rede fixa

Acesso Rede móvel (RAN, ERBs etc.)

Transporte Local e LD –EILD, Backhaul e

Backbone

Varejo

Atacado

Originação fixa Banda Larga fixa TV Assinatura

Definição de Mercados Relevantes

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Participação de mercado

Economias de Escala

Economias de Escopo

Controle ativos difícil duplicação

Poder barganha em compras

Atuação no atacado e varejo

Acesso privilegiado a fontes financiamento

Critérios Cumulativos

Avaliação com base em critérios

definidos no Anexo II, porém

sujeitos ao julgamento do

Regulador

Definição de PMS

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Medidas Cautelares na ausência de ofertas de referência homologadas, estabelecendo

capacidade mínima a ser destinada a terceiros e preços com base em “retail

minus”

Medidas Assimétricas

Varejo AtacadoTransparência Mercado Varejo

Entidade Comparadora

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Entidade Representante de Grupos sem PMS no atacado

Procedimentos para composição de conflitos

Criação do banco de dados de atacado - BDA

Entidade Supervisora de ofertas de Atacado: 1) Independente & Autônoma 2) Desenvolver e aplicar metodologia de avaliação de ofertas de referência.

Não existe obrigação de investimento para criar capacidade ociosa de reserva

Obrigação de construção de PTT e de interconectá-los

Outros elementos do PGMC

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• A Regulação nasceu assimétrica.

• É a intervenção estrutural para atenuar efeitos do poder econômico

• Ex-Ante: Visa corrigir falhas estruturais de mercado

Consiste em atribuir obrigações especiais aos detentores de PE.

Exemplo: Obrigação de acesso a preços razoáveis ou regulados.

A questão material é a existência de PE e não o regime jurídico.

“ Livre e justa concorrência...” = tratamento desigual entre desiguais

A promoção da eficiência & racionalidade econômica do setor (e da sociedade) é objetivo legítimo da regulação.

Ex-Ante

Ex-Post

Poder Econômico Regulação Assimetria

O PGMC é iniciativa legítima, consistente com o marco legal & regulatório, e pode ser instrumento importante para dinamizar o desenvolvimento do setor com

inovação e investimentos.

A Naturalidade da Regulação Assimétrica

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EficiênciaEconômica

Concorrência

Preços

Escolha

Qualidade

CONSUMIDOR

Inovação

Bem estar agregado

Do ponto de vista econômico os objetivos de Políticas Públicas Pró Competição são:

O objetivo de criar Poder de Mercado é legítimo e positivo. O abuso de posição dominante é que precisa ser coibido pela Regulação

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No principio, quando as telecomunicações foram privatizadas, as regras do jogo estavam postas e eram conhecidas por todos. Estabeleciam princípios como:

• Função social das redes e acesso não discriminatório

• Livre concorrência e redução de barreiras de entrada

• Repressão de práticas anticompetitivas e vedação a subsídios cruzados

• Defesa do consumidor e diversificação na oferta de serviços

• Fomento à sustentabilidade econômico-financeira do setor

• Uso eficiente de espectro

• Estímulo à pesquisa e desenvolvimento

• Boa fé e transparência

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Nos anos que se seguiram, decretos, regulamentos e outros dispositivos foram aprovados, tratando de temas como:

• Funcionamento do mercado de exploração industrial de linhas dedicadas - EILD

• Desagregação de redes (unbundling) e revenda

• Operações das autorizadas do SCM, com direito a plano de numeração próprio e interconexão com qualquer outra rede ou serviço

• Implantação de modelos de custo para orientar preços de referência nos mercados de atacado.

• Acordo no âmbito do PGMU e da revisão dos contratos de concessão sobre a introdução de um Plano Geral de Metas de Competição (PGMC)

• Resolução de conflitos célere e eficazO ambiente competitivo não progrediu beneficiando detentores de grandes

redes em detrimento dos que chegavam ao mercado apostando que os princípios iriam prevalecer.

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Neste contexto, os novos competidores enfrentam fortes barreiras de entrada, impostas pelo mal funcionamento dos mercados de atacado, facilitadas principalmente pela:

• Assimetria de informações entre demandantes e ofertantes de serviços impossibilitando o exercício da negociação

• Ausência de transparência no mercado que desestimule práticas anticompetitivas, incluindo discriminação e privilégios intragrupos

• Inconsistência de critérios e condições comerciais que assegurem isonomia

• Falta de resolução de conflitos célere, consistente com custos viáveis para todas as partes

Com isto, a competição evolui lentamente e o consumidor, principal interessado da regulação, fica privado de benefícios da inovação, diversificação de ofertas,

aperfeiçoamento de serviços e melhores preços

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As medidas assimétricas previstas no PGMC para os mercados de atacado objetivam mitigar os principais problemas competitivos constatados hoje. Em resumo:

• Criação de Entidade Supervisora para assegurar o bom controle dos fluxos de demanda e oferta de insumos no mercado de atacado

• Elaboração de Ofertas de Referência com homologação pela Anatel. Com isto espera-se maior consistência nas ofertas, menos discriminação e isonomia no tratamento a todos os demandantes

• Estabelecimento de regras para medidas excepcionais quando houver recusa na realização de ofertas de referência obrigatórias

• Mecanismos de resolução de conflitos mais efetivo e eficiente

As medidas assimétricas previstas no PGMC parecem bem alinhadas aos problemas competitivos verificados hoje

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Modelo abrangente

Conceitualmente em linha com experiências internacionais bem sucedidas

Consistente com ordenamento legal e regulatório existente

Cabem aperfeiçoamentos metodológicos e é importante que os estudos de suporte sejam atualizados

Implantação e operacionalização complexa

O fator tempo não é neutro para o desenvolvimento do mercado e atendimento da demanda

A implantação exige determinação política, energia e capacidade operacional da Agência

O PGMC

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4. Procedimentos para composição de conflitos: Inversão do ônus da prova sobre existência ou não de capacidade para atender demandas

2. As Ofertas de Referência não podem ser limitadas pela existência ou não de capacidade ociosa; Deve incluir investimentos para aumento marginal de capacidade, com o CAPEX orçado incluído na Oferta

1. Aperfeiçoamento da metodologia de análise de mercados relevantes

7. Incluir operadoras não PMS no custeio da Entidade Supervisora e considerar a dedução dos valores pagos na apuração do FISTEL

6. Esclarecer origem do funding para a construção de PTTs

3. Diminuir a granularidade geográfica na analise dos mercados de atacado – EILD – nas grandes cidades

5. Ênfase na regulação do Atacado para melhorar o Varejo com menor intervenção

Contribuições ao PGMC

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A Regulamentação pró competição foi

positiva para investimentos na EU e EUA

19992000

20012002

20032004

20052006

20072008

20090%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

28% 27%24%

17%

13% 13% 13% 14% 15% 15%12%

29%

35%

32%

18%

15% 15% 16% 17%19%

16% 15%

EU15

US

Fonte: Adaptado da OECD, ITU, Comissão Europeia, FCC, ETNO e USTelecomObs.: Dados não incluem pagamentos de espectro (1999-2007); Dados dos EU15 são estimativas baseadas em informações dos membros do ETNO; Dados dos Estados Unidos são de 2009, baseados em informações da ITU, FCC E USTelecom.

Investimentos em Telecom% da Receita do Setor

Convergence Green Paper / Review

Adoption of newreg. framework

Framework transposed in all EU15, but for Greece

EU15 NRAs notified reg. in 92% of markets

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O PGMC vai fomentar a expansão e renovação no Mercado

As Operadoras Competitivas são a fonte de inovação em serviços:

Fundamental para “Bem Estar Agregado” i.e.: O Consumidor