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Plano Estratégico 2011-2015

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Plano Estratégico

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Plano Estratégico da Faculdade de Economia do Porto 2011-2015

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1. Introdução Ao longo dos últimos 5 anos, ocorreram (e ainda estão a ocorrer) três grandes mudanças na Faculdade de Economia do Porto. Em primeiro lugar, e como resposta às oportunidades criadas por Bolonha, desenvolveu-se portfolio de programas de Mestrado e de Doutoramento que originou o início de um reposicionamento estratégico da Escola. No ano lectivo de 2010-2011, verificaram-se mais de 2400 candidaturas aos programas de Mestrado e cerca de 100 aos programas de Doutoramento, números muito significativos a nível nacional e internacional e bem demonstradores da capacidade de atracção da nossa Escola. Dos 900 novos estudantes que entraram na FEP, mais de 63% fizeram-no para os cursos de 2º e 3º ciclos. A FEP é, assim, uma Escola muito procurada não só para as Licenciaturas, mas fundamentalmente para as Pós-Graduações, valendo a pena notar ainda que, se considerados os dados da formação não conferente de grau que se realiza via Escola de Gestão do Porto (EGP-UPBS), os indicadores deste posicionamento seriam mais expressivos. Em segundo lugar, observou-se uma nova fonte de atractividade de estudantes, em particular para os 2º e 3º ciclos. Assim a FEP passou a ser muito atractiva para estudantes de áreas de conhecimento diferentes da economia e gestão e tão diversificadas como sejam a Engenharia, a Medicina, a Psicologia, o Direito, as Ciências da Computação, a Sociologia ou a Matemática, entre outras. Face às novas condições do mercado de trabalho, as pessoas procuram cada vez mais diversificar a sua formação para abranger um maior leque de oportunidades profissionais. Esse é um elemento fundamental de Bolonha, tendo criado alguma pressão no sentido de uma maior diversificação da formação. A FEP manifestou uma capacidade de resposta muito positiva a tal pressão, ganhando competências novas em áreas que o mercado está a reconhecer como excelentes. Ou seja, mantendo uma oferta de elevada reputação de licenciaturas de base generalista nas áreas core, i.e. em Economia e em Gestão, desenvolveu uma oferta diversificada de Mestrados profissionalizantes e académicos, com muita procura e alguns ligados a profissões novas que requerem competências muito especializadas. Em terceiro lugar, ao longo da última década, a FEP (via ISFEP) desenvolveu muita formação para executivos com forte procura pelo mercado. Esta actividade de formação pós-graduada não conferente de grau oferecida pela FEP viria a fundir-se com os Programas oferecidos pela EGP, nomeadamente os seus MBAs, dando origem à nova EGP-UPBS, cuja intervenção importará reforçar no futuro próximo.

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Também ao nível da Universidade do Porto os últimos anos foram de fortes mudanças, rumo a um caminho de reforço da qualidade, tanto ao nível do Ensino como ao nível da Investigação. Pretende-se, em ambas as áreas, desenvolver um trabalho de excelência, permitindo à nossa Universidade atingir patamares cimeiros a nível internacional. A Faculdade de Economia deverá empenhar-se em contribuir decisivamente para tal objectivo. É, pois, sob este contexto de mudança na FEP e de integração no esforço global da Universidade do Porto que se torna relevante reflectir sobre a estratégia adequada para o período 2011-2015. O presente documento plasma os resultados de tal reflexão, levada a cabo no contexto do Conselho Executivo, e apresenta a estratégia que este órgão pretende executar em tal período, incluindo os objectivos finais fundamentais e o caminho para os atingir. Tal estratégia encontra-se, naturalmente, enquadrada e alinhada pela estratégia global da Universidade do Porto para o mesmo período, tal como vem reflectida no respectivo Plano Estratégico. O documento encontra-se estruturado do seguinte modo: começa por se enquadrar a estratégia a seguir no contexto da missão e da visão da FEP, tal como são traçados nos seus estatutos, bem como da sua situação no quadro da Universidade de Porto e dos valores que se consideram essenciais para o prosseguimento da sua missão; continua-se com a apresentação dos objectivos estratégicos fundamentais; prossegue-se com uma análise das principais forças e fraquezas, oportunidades e ameaças; termina-se com a apresentação, em tal contexto, de uma visão mais detalhada do caminho a desenvolver e das medidas a implementar de forma a atingir os objectivos.

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2. Enquadramento: missão da FEP; articulação com a UP; valores essenciais 2.1. Missão e Visão da FEP De acordo com os seus estatutos, a FEP é uma instituição de criação, transmissão e difusão de conhecimento científico e tecnológico, ao serviço da comunidade, que tem por missão contribuir para o desenvolvimento económico, social e cultural da sociedade através das suas vertentes de ensino, investigação e prestação de serviços à comunidade. A FEP pretende, assim, ser reconhecida como uma referência nacional e internacional no campo das ciências económicas e empresariais, ao nível da educação e investigação científica. Nesse contexto, tem vários fins estatutariamente consagrados, nomeadamente: a formação a nível de 1º, 2º e 3º ciclos de estudos; o desenvolvimento de investigação que contribua para o progresso científico, económico e social; a prestação de serviços à comunidade; a promoção da cooperação e intercâmbio académico e científico com outras instituições nacionais ou internacionais com vista à realização de actividades de interesse comum; a colaboração no desenvolvimento do meio em que a FEP está inserida, contribuindo para a melhoria dos níveis de conhecimento e educação da população nas suas áreas de intervenção. Estes são elementos essenciais a ter em conta ao elaborar o plano estratégico para o período 2011-2015. A FEP é uma instituição herdeira de uma longa tradição de ensino das ciências económicas e empresariais e de articulação com o meio envolvente, que necessita, contudo, de se modernizar para explorar todo o seu potencial, de modo a cumprir eficazmente a sua missão e ser reconhecida com uma referência nacional e internacional na sua área de intervenção. 2.2. Articulação com a Universidade do Porto A FEP é uma unidade orgânica da Universidade do Porto, dispondo de governo próprio e de autonomia estatutária, científica, pedagógica, administrativa e financeira para contribuir para a missão da respectiva Universidade, a qual se centra na criação de conhecimento científico, cultural e artístico e a formação de nível superior fortemente ancorada na investigação. A Universidade do Porto tem vindo a afirmar-se internacionalmente em várias áreas de conhecimento, o que tem contribuído para a melhoria da sua posição competitiva (quer no contexto nacional, como internacional) e permitido uma progressiva integração da escola em redes de colaboração internacionais. Esta progressiva e frutuosa internacionalização configura desafios e oportunidades onde a FEP tem que estar presente. Será, assim, imprescindível que, entre 2011 e 2015, se reforce a promoção da excelência no Ensino e na Investigação na FEP,

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contribuindo para os objectivos estratégicos fundamentais da Universidade. Por outro lado, torna-se igualmente imprescindível o reforço da própria posição da FEP no contexto da Universidade, assumindo-se cada vez mais como uma instituição capaz de influenciar a criação de condições internas e externas para a concretização das políticas delineadas pela Reitoria. 2.3. Valores essenciais Para lá da missão estatutária e do enquadramento pro-activo na estratégia da UP, o plano estratégico e, em particular, a acção da equipa que o implementará assentam num conjunto de valores nucleares, que constam, aliás, do compromisso assumido pelo actual Director. A saber: • Independência face aos poderes instituídos, qualquer que seja a sua origem e forma, exercendo uma governação baseada na autonomia; • Respeito, atenção e contínua interacção, num clima de grande abertura e acessibilidade, face aos Estudantes, à Reitoria e a todos os Órgãos de Gestão da FEP; • Respeito por elevados padrões éticos em todas as actividades; • Gestão baseada em políticas de rigor, transparência, qualidade e de reconhecimento do mérito; • Execução eficaz e eficiente das decisões, actividades e tarefas da FEP; • Promoção da liberdade para ensinar e investigar, no respeito óbvio pelos princípios definidos pela Instituição; • Incentivo e motivação ao desenvolvimento de carreiras dos colaboradores docentes e não docentes, conciliando a realização pessoal dos membros da FEP com os objectivos estratégicos da instituição; • Igualdade de acesso e tratamento, independentemente de questões de género, grupo social, cultural, político, étnico ou religioso; • Consideração pelos cidadãos portadores de deficiência, assegurando condições para a sua integração; • Promoção da inovação, criatividade e empreendedorismo dos membros da FEP; • Promoção do desenvolvimento ambiental, económico e social sustentável;

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3. Objectivos estratégicos fundamentais A Universidade do Porto, na qual a FEP está integrada, pretende ser uma universidade de investigação de referência nacional e internacional pela excelência das suas actividades, capaz de atrair estudantes, em particular de segundo e terceiro ciclos, bem como docentes e investigadores de grande qualidade de todo o mundo, e capaz de realizar parcerias estratégicas com universidades de excelência, encontrando-se em 2020 entre as 100 melhores escolas a nível mundial. É objectivo principal da FEP contribuir para este desiderato essencial, iniciando um caminho renovado a nível do ensino e da investigação que possa contribuir para uma melhoria significativa da sua posição tanto no contexto nacional como no contexto internacional. Para esse efeito, é necessário apresentar uma visão ambiciosa, mas realista. É também necessário ser mais proactivo que no passado recente. É ainda necessário unir e envolver toda a Escola em tal visão, despertando o “gigante adormecido” que a FEP parece ser, com um enorme potencial por explorar. A modernização e a afirmação da FEP passam por seis pilares estratégicos, cuja consolidação constitui desafio aliciante e objectivo prioritário para o período 2011-2015:

Afirmação da FEP como escola de investigação;

Consolidação de um ensino de excelência, com progressivo reposicionamento nos 2º e 3º ciclos;

Desenvolvimento da reputação e da abertura ao exterior;

Forte reforço da componente internacionalização;

Desenvolvimento dos recursos, humanos e materiais;

Evolução para uma gestão de cariz marcadamente “empresarial”.

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4. Uma análise SWOT: forças, fraquezas, oportunidades, ameaças Vencer desafios como os referidos exige a adopção de medidas diversificadas enquadradas numa estratégia global. A estratégia e as medidas só podem ser adequadamente desenhadas se conhecida a envolvente em termos de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Elencam-se, de seguida, aquelas que parecem, no presente e/ou para o futuro próximo, as mais fundamentais.

Forças o Uma reputação de prestígio no ensino, consolidada ao longo de décadas, e

a que se vai juntando uma reputação igualmente de prestígio no âmbito da investigação;

o Uma elevada capacidade de atracção relativamente aos melhores alunos do Secundário, em particular na região Norte do País, bem como de excelentes estudantes ao nível do Mestrado e do Doutoramento;

o Um corpo docente de grande qualidade, constituído por mais de uma centena de doutorados, com um grande número englobado em Centros de Investigação muito bem classificados pela FCT;

o Um vasto conjunto de ex-alunos, com experiências, contactos e competências diversificadas, vários deles com uma vivência profissional de relevo na sociedade portuguesa;

o Uma ligação privilegiada, em articulação com a EGP-UPBS, aos domínios da formação não conferente de grau e da formação para executivos.

Fraquezas o Um nível insuficiente de comunicação ao exterior das actividades da escola; o Uma fraca mobilidade internacional do corpo docente; o Uma deficiente articulação com a vasta rede de ex-alunos acima referidos; o A ligação com a EGP-UPBS implica limitações sérias na captação de receitas

próprias a partir da formação pós-graduada não conferente de grau e da formação para executivos, com implicações relevantes no desenvolvimento de novos projectos e na criação ou reforço de incentivos à investigação;

o Um nível ainda insuficiente de participação em redes internacionais, quer ao nível de projectos de investigação, quer ao nível de programas de estudos, em particular pós-graduado.

Oportunidades o A possibilidade de significativo reforço da integração em redes

internacionais com Universidades e Escola de elevado prestígio, caso se invista adequadamente em esforços e contactos;

o O aproveitamento do contexto produzido por Bolonha, no sentido do reforço do ensino pós-graduado, atraindo um maior número de estudantes para os 2º e 3º ciclos, incluindo estudantes estrangeiros;

o A possibilidade de aumento da eficiência ao nível da afectação de recursos humanos e materiais, nomeadamente no quadro de uma possível (e desejável) racionalização da oferta formativa de 2º ciclo;

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o O alargamento do campo potencial de actuação ao nível da formação de executivos e de formação pós-graduada não conferente de grau, em face das novas exigências, nomeadamente de flexibilidade, do mercado de trabalho.

o A possibilidade de participação activa no processo de reorganização da Universidade do Porto, permitindo possivelmente a obtenção de sinergias importantes com a actividade desenvolvida por outras unidades orgânicas.

Ameaças o Uma previsível diminuição do financiamento público, em face da situação

difícil das contas públicas portuguesas e da necessidade do seu rápido saneamento;

o Uma previsível elevação das dificuldades financeiras para um número não dispiciendo de estudantes, em face do contexto económico difícil que tenderá a viver-se ao longo do período 2011-2015;

o Uma possível acentuação da concorrência ao nível da atracção de (bons) estudantes por parte de outras Escolas, nomeadamente as principais Escolas sedeadas em Lisboa, bem como as mais próximas em termos geográficos;

o Um possível aumento da concorrência por fundos ao nível da investigação, em face das cada vez maiores exigências da carreira docente em contraponto com a escassez de recursos disponibilizados pelas entidades públicas da área;

o Um possível desequilíbrio ao nível da composição do corpo docente e da sua distribuição pelas várias áreas e sub-áreas científicas da Escola, bem como do corpo de colaboradores não docentes, em face das dificuldades existentes ao nível da substituição e da contratação de novas pessoas.

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5. Modernização e afirmação da FEP: os seis pilares fundamentais 5.1. Afirmação da FEP como escola de investigação A afirmação da FEP como escola de investigação é fundamental para a nossa reputação no contexto exterior e para reforçar a posição negocial da FEP no contexto da própria UP. Para isso é necessário posicionar a FEP claramente como uma escola de excelência ao nível dos Programas de Mestrado e de Doutoramento e criar condições que incentivem uma maior produção de conhecimento, aumentando a quantidade e a qualidade da investigação científica e aplicada dos docentes e investigadores da FEP. O incentivo e o reforço da produção de conhecimento de qualidade, que tem de ser aferida por padrões internacionais, devem enquadrar-se numa orientação estratégica bem definida e explícita para que a FEP possa vir a integrar-se no conjunto das melhores universidades da Europa e dos EUA. Várias são as acções que se afiguram essenciais para promover e consolidar a FEP como uma escola de investigação de referência internacional. Entre elas, ressalta, desde logo, a focalização da actividade da FEP nas ofertas formativas do 2º e 3º ciclos de estudos, não descurando o bom posicionamento desde há muito conseguido ao nível do 1º ciclo. De seguida, será imprescindível e, por isso, se torna um elemento essencial do período 2011-2015, a elaboração e proposta ao Conselho Científico de um relatório que oriente a comunidade da FEP relativamente à investigação, adaptado à nova realidade envolvente e às mudanças que entretanto ocorreram na FEP. De forma a criar melhores condições para o desenvolvimento da investigação pelo corpo docente, deverá ser realizada uma reflexão sobre os critérios de repartição dos recursos entre ensino e investigação, que terá implicação directa na distribuição do serviço docente. Tal reflexão deverá passar ainda pela definição de subáreas estratégicas e prioritárias da economia e da gestão que devem desenvolver-se em função das efectivas necessidades da comunidade envolvente, dos recursos da FEP e das tendências internacionais das escolas de excelência em economia e gestão. A identificação de subáreas emergentes onde a FEP possa ter potencial para assumir um papel de destaque a nível internacional será um terceiro vector relevante desta reflexão. A consolidação da qualidade e reputação dos Centros de Investigação sediados na FEP será outro vector essencial da estratégia ao nível da investigação. Através dos resultados de avaliação internacionais a que são sujeitas regularmente e, em sintonia com a política da Reitoria, não será permitida a existência na FEP de unidades com classificação inferior a Bom. A articulação dos programas de doutoramento com os Centros de Investigação da FEP deverá ser potenciada, assim como o acesso dos docentes e investigadores a redes de investigação internacionais.

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Como vector final, deverão ser lançadas iniciativas com vista a aumentar a visibilidade da investigação desenvolvida pelas pessoas da FEP e a promover os Centros de Investigação da FEP de excelência. 5.2. Consolidação de um ensino de excelência Pretende-se, até 2015, consolidar a excelência do ensino da FEP, afinal a sua actividade core e a trave-mestra para desígnios fundamentais, como sejam a excelência também na investigação. Conforme se referiu anteriormente, este período marcará a sustentação de um novo posicionamento, claramente mais voltado para o ensino pós-graduado, i.e., para os 2º e 3º ciclos, sem descurar contudo a posição forte que ao longo dos anos a FEP soube construir em termos da formação do 1.º ciclo. Ao nível do 1º Ciclo, é sabido que as empresas procuram estudantes com atitudes empreendedoras, pessoas que se adaptem mais aos valores da organização do que a funções muito especificas. Assim, questões como a flexibilidade, o trabalho em equipa, a iniciativa e a autonomia são muito valorizados a par das competências técnicas. Neste contexto, prosseguir-se-á o trilho da excelência na formação das competências técnicas, incluindo programas de “Introdução à Investigação”, aumentando o número de disciplinas leccionadas em inglês e promovendo métodos pedagógicos inovadores e mais consentâneos com o espírito de Bolonha. Em simultâneo, deverá ser desenvolvida a formação de soft skills, atendendo a que o mercado de trabalho passou a valorizar muito estas competências. Finalmente, deverá proceder-se a uma adequada revisão dos planos de estudos das Licenciaturas existentes, dando resposta cabal aos novos desafios acima referidos. Tendo consciência que um 1º ciclo com estudantes de qualidade excelente ajudará a desenvolver e sustentar 2º e 3º ciclos de excelência, será implementada uma política mais dinâmica na atracção de estudantes de elevado potencial. Como elementos essenciais dessa política, encontrar-se-ão os seguintes:

Reequacionamento das regras de admissão aos cursos de 1º ciclo da FEP, no quadro dos critérios legais de admissão ao ensino superior;

Desenvolvimento de um programa para atrair alunos de elevado potencial, incluindo Bolsas de Mérito com Mecenas para os melhores alunos de cada curso;

Consolidação das iniciativas tendentes à divulgação da FEP junto das melhores escolas secundárias (privadas e públicas) do país;

Consolidação da posição da FEP nos programas de mobilidade internacional de estudantes do 1º ciclo, reforçando os critérios de qualidade e substituindo as parcerias com Universidades pouco prestigiadas por Universidades de elevada reputação internacional.

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Ao nível do 2º ciclo, passados os primeiros anos da experiência com Bolonha, este deverá ser um período de racionalização da oferta, a par com o crescimento sensível do número de estudantes e da internacionalização. A reorganização da oferta de Mestrados da FEP, considerando a sua missão e as dinâmicas do mercado e da empregabilidade dos seus estudantes, será uma das tarefas chave deste período. Para o efeito, será lançada, logo no início do período deste plano estratégico, uma reflexão sobre a reorganização da oferta formativa do 2º ciclo, devendo ser discutida uma política diversificada que reforce o posicionamento de excelência da FEP no mercado e a obtenção dos respectivos objectivos. Tendo em conta a dimensão da FEP e os recursos existentes, a oferta formativa deverá contemplar a existência de políticas diferentes nos programas de 2º ciclo, com reflexos no posicionamento dos vários programas. Isto significa que os Mestrados não deverão apresentar todos o mesmo nº de vagas, custo de propinas, políticas de recrutamento de estudantes, docentes, etc. Por outro lado, a consolidação do reposicionamento estratégico da FEP implicará a necessidade de desenvolver políticas de atracção de um número crescente de estudantes de 2º ciclo. Estas políticas deverão ir a par de outras que estimulem o reforço da qualidade do corpo estudantil, sendo que a política de admissões a este nível deve considerar métodos de selecção mais exigentes e a atracção de estudantes de excelência de países estrangeiros e/ou de licenciaturas diferentes de economia e gestão. Como terceiro vértice do desenvolvimento dos cursos de 2º ciclo, encontra-se o reforço da internacionalização. No início do período, serão reforçados os contactos que têm vindo a ser estabelecidos com Universidades e Escolas estrangeiras de elevada reputação, com vista à criação de programas de Mestrado Internacionais, leccionados em língua inglesa, com mobilidade de estudantes e grau titulado pelas escolas envolvidas. Estes Mestrados poderão envolver igualmente empresas patrocinadoras de elevado prestígio.

Ao nível do 3º ciclo, a ligação dos programas de Doutoramento com os Centros de Investigação da FEP deve ser ainda mais reforçada para potenciar a produção científica. No mesmo sentido, deverá ser incentivada a divulgação dos trabalhos dos estudantes de doutoramento, nomeadamente com a apresentação de comunicações em conferências científicas internacionais, com vista à inserção em redes e grupos de investigação internacionais e à publicação dos seus trabalhos em revistas internacionais de referência. Por outro lado, o reforço do prestígio e da qualidade dos programas doutorais da FEP passará pela sua internacionalização acrescida. Neste domínio, dois aspectos essenciais serão tidos em conta: por um lado, o aumento do número de professores estrangeiros envolvidos nos programas doutorais da FEP e do número de estudantes estrangeiros de qualidade na sua frequência; por outro lado, a consolidação e o

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desenvolvimento dos programas existentes poderá ser efectuada em parceria com Universidades estrangeiras de elevada reputação, com vista à co-titulação do grau e à mobilidade dos estudantes. Por último, deverá ser equacionada a eventual revisão dos planos de estudo dos programas doutorais da FEP. Uma vez adequada a oferta formativa a Bolonha e efectuada a submissão à acreditação pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, importa analisar criticamente esta oferta e a experiência da FEP no 3º ciclo de estudos. Interessa aprofundar a qualidade da formação, tanto ao nível académico, quanto à sua empregabilidade, numa perspectiva de melhoria de formação e ao mesmo tempo da flexibilidade curricular. Em suma, a FEP deve perseguir a excelência em todos os seus níveis de formação, adequando-a à diversidade de públicos e integrando-a com a investigação. Nesse sentido, diversas acções deverão ser implementadas ao longo do período 2011-2015, como complemento necessário às acima mencionadas, com destaque para:

A dinamização do processo de acreditação de todos os cursos da FEP e o desenvolvimento de Sistema de Controlo em Gestão com a Certificação das actividades da Escola;

A criação de desenvolvimento de oferta formativa de Cursos de Verão para criar condições de sucesso a estudantes com o 1ºciclo realizado em áreas diferentes da economia ou da gestão, mas que sejam de elevada qualidade e que pretendam ingressar nos cursos de mestrado e de doutoramento da FEP;

O reforço da participação e colaboração com a EGP-University of Porto Business School na oferta de educação contínua não conferente de grau para executivos, garantindo-se, sempre que adequado, a creditação da formação aí obtida;

A adaptação das instalações e do equipamento da FEP, em particular dos anfiteatros e salas, aos novos cursos (menos massificados), às novas metodologias de aprendizagem e às novas exigências dos estudantes;

A continuação do esforço de reequipamento da FEP tendo em vista a sua modernização e a introdução das novas tecnologias nos equipamentos físicos da escola, nos processos administrativos e nos métodos de ensino;

A sensibilização do corpo docente para a importância de práticas e metodologias pedagógicas de ensino, em linha com o paradigma ensino-aprendizagem preconizado no processo de Bolonha, incluindo a realização ou o estímulo à participação em acções de formação;

O incentivo à mobilidade de estudantes e, em particular, de docentes, visando a excelência, interdisciplinaridade e a interculturalidade da formação;

O desenho e a implementação, em consonância com a Reitoria, de mecanismos de avaliação permanente do grau de satisfação dos estudantes, com vista ao aperfeiçoamento do processo de ensino e aprendizagem e à redução do risco de abandono ou de insucesso.

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5.3. Desenvolvimento da Reputação e da Abertura ao Exterior A construção de uma reputação de excelência leva muito tempo e envolve muito esforço, persistência, comportamentos, acções e resultados sustentados por políticas competentes de marketing, de relações públicas e actividades de comunicação. Do passado resultou um grande prestígio para a FEP, que importa agora consolidar e promover. Há, de facto, ainda muito a fazer por forma a acentuar essa reputação de excelência. Uma parte substancial assenta no reforço significativo da abertura ao exterior. A criação de uma escola de excelência implica o estabelecimento de interligações e interdependências com o meio envolvente. A afirmação e a modernização da FEP só são possíveis mediante uma participação activa no desenvolvimento económico e social da comunidade envolvente, interagindo com a sociedade em geral e com o tecido empresarial em particular. Por exemplo, as mudanças que estão a ocorrer no mercado de trabalho exigem que a Universidade reveja a sua oferta formativa, em particular ao nível dos Mestrados, aperfeiçoando e verificando a adequação das novas ofertas às necessidades do meio e aos interesses e expectativas dos estudantes. Por tudo isto, é cada vez mais importante o desenvolvimento de Estruturas nas Escolas que as liguem aos empregadores e aos Ex-Estudantes, os Alumni, para compreender como melhor satisfazer os públicos-alvo os nossos Públicos. Só uma rede muito forte e estreita com os Alumni, com as Empresas e os Empregadores em geral, permite perceber as adaptações e mudanças necessárias para a consolidação da FEP no futuro como uma Escola de excelência nas áreas da Economia e da Gestão. Para este efeito, será desenhado e implementado um conjunto variado de acções de dinamização da abertura ao exterior e de reforço da visibilidade e da reputação da FEP. Um dos vectores essenciais de tal conjunto é a criação e consolidação dos Serviços de Relações Externas e Integração Académica (SEREIA) enquanto estrutura essencial de ligação à comunidade envolvente. No âmbito da sua actuação deverá proceder-se a, entre outras:

Criação e desenvolvimento de rede de parceiros da FEP, incluindo, por um lado, empresas, empresários e gestores e, por outro lado, instituições e organizações sociais e económicas;

Reflexão sobre a necessidade de rever políticas e parcerias com vista a garantir a continuação de elevados níveis de empregabilidade para os estudantes da FEP;

Criação de uma rede forte de Alumni, junto com o desenvolvimento de acções que aproximem as gerações mais novas dos antigos alunos da FEP e que façam destes agentes activos na consolidação de uma reputação de excelência da FEP, particularmente quando através do seu sucesso profissional mostramos o resultado da nossa formação;

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Realização anual do dia da FEP, o qual, celebrando a instituição e os seus resultados no ensino e na investigação, constitua também uma forma de suscitar a atenção nos media sobre a FEP;

Estabelecimento anual do Prémio Carreira, decidido pelos Alumni da FEP em moldes a definir, envolvendo a escolha entre personalidades formadas na FEP e cuja carreira seja distinta e exemplar a nível nacional e/ou internacional;

Mediante os recursos orçamentais disponíveis e em sintonia com as acções da Reitoria, reforço da presença da FEP em feiras e exposições no domínio da educação e da investigação, a nível nacional e internacional.

Um segundo vector essencial será a política de comunicação interna e externa, que deverá ser objecto de reformulação, tornando-a cada vez mais adequada aos objectivos de reforço da visibilidade da Escola e da sua reputação. Neste contexto, serão executadas, entre outras, as seguintes acções:

Reformulação da actividade do Gabinete de Marketing e Comunicação (GMC), colocando-o directamente na dependência do Conselho Executivo;

Reforçando da ligação do GMC aos media como forma de elevar a notoriedade e visibilidade das actividades da FEP na comunicação social, dinamizando políticas adequadas de comunicação interna e externa, aqui incluídas a comunicação e a inserção da Escola nas redes sociais;

Apoio e reconhecimento das actividades de membros da FEP, a nível da organização e/ou participação em debates e fóruns que contribuam para a discussão de assuntos de interesse público nacional e internacional;

Mediante os recursos orçamentais disponíveis, gestão de forma competente da marca FEP, divulgando-a e utilizando políticas de marketing eficazes que a posicionem ao nível considerado adequado.

Um terceiro elemento essencial passa pelo reforço da interacção com o meio exterior, no que respeita quer à formação, quer à prestação de serviços, assinalando-se aqui como ideias fundamentais, entre outras:

Envolvimento nas actividades da FEP de gestores profissionais com prestígio na comunidade empresarial, nomeadamente como Professores Convidados e/ou Visitantes.

Desenvolvimento das actividades do ISFEP (Instituto de Investigação e Serviços da Faculdade de Economia da Universidade do Poro), nomeadamente através da dinamização da prestação de serviços (dos membros da FEP) ao exterior.

Reforço da ligação e da colaboração entre a FEP e a EGP-UPBS, através da colaboração de docentes da FEP nos cursos e outras actividades dinamizadas pela EGP-UPBS.

Um último elemento fundamental passa pelas actividades externas do corpo estudantil, que deverão ser valorizadas e apoiadas, incluindo, em particular:

Dinamização do apoio ao empreendedorismo dos estudantes da FEP e, em particular, às incubadoras de empresas de base tecnológica ou das indústrias

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criativas, em parceria com outras unidades orgânicas da Universidade do Porto, nomeadamente as ligadas às Ciências e à Engenharia;

Valorização e incentivo ao envolvimento dos estudantes em actividades extra curriculares com conexão ao exterior da FEP, complementando a sua formação geral e desenvolvendo atitudes de cidadania e responsabilidade social.

5.4. Forte reforço da componente Internacionalização A internacionalização da investigação e do ensino representa uma das maiores apostas e, em simultâneo, uma das necessidades essenciais para que a FEP cumpra adequadamente a sua missão. Nesse sentido, deverá acelerar-se a integração da escola em redes de colaboração internacionais, com uma orientação estratégica explícita que aposta em parcerias com as melhores universidades da Europa e dos EUA, para além de outras desenvolvidas pela Reitoria e a que também se dará seguimento, nomeadamente com o Brasil e com outros países da CPLP e da América do Sul. A fasquia deverá ser colocada bem alta, uma vez que só o desenvolvimento de parcerias com Universidades de grande reputação de outros países poderá permitir cumprir o desígnio que foi referido a propósito dos objectivos principais. Destas parcerias, deverá resultar a criação de Programas de Mestrado Internacionais, leccionados em língua inglesa, com mobilidade de estudantes e grau titulado pelas Escolas envolvidas. Deverá ainda configurar-se a participação em programas de Doutoramento internacionais, em regime de co-titulação e em parceria com Universidades e Escolas de elevado prestígio. O reforço da internacionalização significará também a elevação do grau de mobilidade de docentes e estudantes, bem como a atracção à FEP de um número crescente de estudantes estrangeiros a frequentar os seus programas de formação, com particular destaque para os de 2º e 3º ciclos. Neste domínio, várias acções deverão ser concretizadas, com particular destaque para:

Reforço da internacionalização da oferta formativa da FEP, passando pela oferta de programas de 2º ciclo leccionados em língua inglesa em parceria e co-titulação com Universidades estrangeiras de reputação, pela captação de alunos estrangeiros, pela colaboração de docentes estrangeiros, pela mobilidade de estudantes e professores;

Reforço dos níveis de exigência na admissão de estudantes estrangeiros aos programas de Mestrado e de Doutoramento da FEP;

Aumento do número de Universidades parceiras da FEP nos programas de mobilidade internacional, verificando e garantindo a reputação das escolas envolvidas;

Desenvolvimento da mobilidade dentro dos Programa Socrates/Erasmus e noutras oportunidades que possam surgir.

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A par com estas acções e outras mencionadas em pontos anteriores, algumas outras que serão levadas a efeito merecem igualmente uma referência particular, nomeadamente:

Incentivo ao acesso a redes de investigação internacional, promovendo a exposição dos trabalhos dos docentes, estudantes e investigadores da FEP em conferências internacionais;

Dinamização e apoio à realização de conferências internacionais na FEP;

Intensificação da divulgação internacional da FEP, nomeadamente nas redes sociais, disponibilizando informação relevante sobre a oferta formativa e sobre experiências de sucesso, mobilidade de estudantes, docentes e professores visitantes e investigadores estrangeiros em Portugal;

Reforço da colaboração com o Gabinete de Relações Internacionais da Reitoria com vista a promover e obter apoio na concretização de acordos e protocolos de cooperação com entidades estrangeiras, promover acções para captar estudantes estrangeiros e promover a realização de grandes eventos internacionais na FEP.

5.5. Desenvolvimento dos Recursos, Humanos e Materiais A criação e consolidação de uma Escola de Excelência exige igualmente uma grande qualidade dos seus recursos, quer das pessoas, quer das instalações e demais materiais de apoio às actividades fundamentais. A excelência na gestão dos recursos também será um elemento decisivo para distinguir no futuro as melhores Escolas de todas as restantes.

5.5.1. Recursos Humanos O envolvimento de todas as pessoas directamente ligadas à nossa comunidade, nomeadamente os docentes e investigadores, os colaboradores não docentes e os estudantes, é obviamente imprescindível. Assim sendo, as acções neste domínio deverão sempre ser pautadas pela necessidade de garantir a máxima satisfação das pessoas perante as condições que a FEP proporciona para a sua realização pessoal e profissional. No passado, a cultura prevalecente no meio universitário, a legislação e o sistema de governo anteriores não facilitaram a gestão das pessoas e a valorização do bom desempenho. Há, agora, contudo uma maior flexibilidade nestes domínios e será importante aproveitá-la devidamente, desenvolvendo incentivos que reconheçam e valorizem a excelência na qualidade do ensino (premiando docentes), na aprendizagem (premiando estudantes) e na investigação (premiando investigadores). Tal deverá ser acompanhado por mecanismos adequados de aferição dos resultados aos mais diversos níveis, desde o sucesso escolar à empregabilidade dos estudantes.

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A um primeiro nível, há que cultivar a excelência na formação, segundo os mais exigentes padrões internacionais. Tal implica que sejam colocadas em prática diversas acções dirigidas ao corpo de docentes da FEP:

Em sintonia com as acções da Reitoria, apoio à formação dos docentes, em particular de desenvolvimento das suas capacidades pedagógicas;

Reflexão e implementação de uma política de reparição mais eficiente dos recursos docentes entre ensino, investigação e tarefas administrativas;

Revisão dos critérios de distribuição do serviço docente, considerando, para lá do referido no ponto anterior, o tempo dedicado na supervisão e orientação de dissertações de mestrado e teses de doutoramento;

Promoção de uma política adequada e atempada de renovação e reforço do corpo docente, começando por estabelecer áreas prioritárias e elencar os domínios científicos mais carenciados na FEP;

Continuação do envolvimento de estudantes de doutoramento na leccionação, em particular no âmbito do 1º ciclo.

Também o cultivo da excelência na investigação exige a colocação em prática de diversas acções dirigidas ao corpo docente e de investigadores. Entre elas contam-se as abaixo indicadas, algumas já referenciadas em pontos anteriores:

Mediante os recursos orçamentais disponíveis e a possibilidade de obtenção de receitas próprias, em particular articuladas com a formação desenvolvida com a EGP-UPBS, premiar e/ou criar medidas de incentivo directo à investigação, à participação em conferências internacionais e aos resultados de submissões para publicação, em particular de docentes não enquadrados em qualquer Centro de Investigação;

Mediante os recursos orçamentais disponíveis e a possibilidade de obtenção de receitas próprias, em particular articuladas com a formação desenvolvida com a EGP-UPBS, reforçar o apoio à investigação científica, com verbas próprias do orçamento da FEP para apoiar a participação dos docentes e investigadores em Conferências Internacionais, alavancando os projectos de investigação da FEP das áreas consideradas estratégicas e/ou emergentes;

Apoio à projecção internacional dos docentes e investigadores da FEP.

Monitorização dos resultados das publicações da FEP, tendo em conta o objectivo da UP de colocação entre as 100 melhores escolas a nível mundial em 2020, verificando a necessidade de se recrutarem investigadores, nomeadamente estrangeiros, com objectivos e remunerações apenas relacionados com o desempenho das publicações, dentro dos recursos orçamentais disponíveis.

De uma forma mais geral, dois outros elementos serão fundamentais na participação e monitorização do esforço do corpo docente para com o objectivo de referência, de fazer da FEP uma Escola de excelência em termos de ensino e de investigação. Por um lado, será necessário desenvolver uma política de permanente diálogo com os docentes e investigadores para que tenham uma participação activa na definição e execução das políticas de desenvolvimento da FEP. Por outro lado, será iniciado o

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processo de avaliação de desempenho dos docentes, para reconhecimento do mérito e melhoria da qualidade da FEP. Uma Escola de prestígio passa igualmente pela qualidade e pela atitude dos seus estudantes, bem como pela sua participação activa na definição e execução das respectivas políticas de desenvolvimento. Neste quadro, a articulação com a Associação de Estudantes e com outras organizações estudantis é particularmente relevante. Igualmente relevante é o estímulo à capacidade empreendedora dos estudantes e ao desenvolvimento das suas competências extra-curriculares. Por último, é igualmente importante o seu acompanhamento na pós-graduação e o apoio à empregabilidade. Tendo em conta todos estes elementos, acções como as que a seguir se referem são consideradas relevantes para a consecução dos objectivos finais para o período temporal em causa:

Incentivo aos estudantes para o desenvolvimento de projectos de negócio que possam ser apresentados entidades parceiras da FEP e que permitam o desenvolvimento de competências de criatividade e inovação, de planeamento e controle, de trabalho em equipa, liderança, negociação e comunicação;

Desenvolvimento da oferta de actividades extra-curriculares, em colaboração com a Associação de Estudantes e com o SEREIA, capazes de contribuir para a formação integral dos estudantes e para o reforço das suas capacidades e competências de adaptação à mudança, com particular destaque para as designadas soft skills;

Desenvolvimento de parcerias para obtenção de Estágios, em particular no 2º ciclo de estudos;

Dinamização do apoio à procura de emprego, em particular do primeiro, com Aproximação às organizações profissionais, empresas e outras entidades que possam contribuir para a empregabilidade dos diplomados da FEP;

Acompanhamento do percurso profissional dos estudantes da FEP, permitindo melhor avaliar o sucesso dos vários cursos da FEP e receber contributos para uma mais forte adequação da oferta formativa da FEP às necessidades do meio;

Apoio às acções de voluntariado dinamizadas pelos estudantes, particularmente as que têm causas e interesses directamente relacionados com a actividade da FEP ou fins culturais e sociais;

Reforço do apoio psicológico aos estudantes, através do SEREIA, tentando sempre actuar numa lógica de prevenção;

Apoio às acções da Associação de Estudantes que dinamizam a prática da actividade física e de lazer, bem como à política de desporto universitário da Universidade do Porto, que promove a competição desportiva e a participação da Universidade do Porto nas competições nacionais e internacionais de desporto universitário mais relevantes;

Também o envolvimento e o dinamismo do pessoal não docente se constituem em traves-mestras da consolidação de uma reputação de excelência para a Escola. A reorganização e racionalização dos serviços, o apoio ao desenvolvimento pessoal e

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profissional do corpo não docente, o planeamento adequado das necessidades de recrutamento e o prémio ao mérito e desempenho assumem-se, assim, como vectores decisivos da estratégia aqui elencada. E, neste contexto, as acções a seguir referidas deverão ser tidas como as mais relevantes entre as directamente dirigidas ao corpo não docente:

Criação, no âmbito do Conselho Executivo, do pelouro específico de “Recursos Humanos”, responsável pelo desempenho da função de gestão dos mesmos, potenciando a autonomia acrescida permitida pelo modelo fundacional da Universidade do Porto;

Elaboração do Regulamento Orgânico da FEP e continuação da reorganização dos serviços, iniciada já ao nível do SEREIA e do GMC, e que deverá estender-se agora também aos restantes serviços (Serviços Académicos, Serviços Financeiros, Serviço de Informática, etc.);

Apoio ao desenvolvimento pessoal e profissional dos recursos humanos da FEP, incentivando a frequência de cursos conferentes de grau da Universidade do Porto que enriqueçam as suas competências e que tenham interesse para o exercício das suas funções actuais ou previstas, contribuindo por essa via para o aumento médio das competências e da escolaridade do pessoal não docente da FEP;

Incentivar também a formação profissional dos recursos humanos da FEP, em particular dos dirigentes e pessoal de nível intermédio para garantir a elevada qualidade no funcionamento dos serviços técnicos, administrativos e auxiliares;

Desenvolvimento do modelo de avaliação de desempenho como instrumento para reconhecer o mérito e melhorar a qualidade;

Planeamento atempado dos processos de recrutamento, assegurando a sua exigência e imparcialidade e garantindo que o critério de decisão se baseie nas competências e na qualidade dos candidatos;

Desenvolver mecanismos de permanente diálogo com o corpo não docente, de forma a assegurar a sua participação na definição e execução das políticas de desenvolvimento da FEP.

5.5.2. Recursos Materiais A FEP tem um Edifício classificado pelo IGESPAR, o que também a diferencia pelo seu Património Arquitectónico. Dispõe de um edifício principal que é motivo de orgulho e que não se pode deixar degradar. A maioria das Faculdades da UP, têm edifícios e equipamentos novos e, por isso, desfrutam de excelentes condições. Ora, por dispor de um edifício dos anos 70 e em fase de classificação pelo IGESPAR, a FEP acabou por não sofrer qualquer intervenção significativa no seu edifício principal desde a respectiva inauguração. As mudanças que têm sido referidas sobre a alteração da natureza da actividade da FEP, agora mais focalizada no ensino Pós-Graduado, têm implicações no

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funcionamento da Escola, em particular, na necessidade de condições logísticas diferentes para ministrar uma formação de excelência não massificada. De facto, para cumprir o objectivo de se consolidar como uma Escola de excelência, é necessário disponibilizar infra-estruturas de grande qualidade, o que inclui edifícios de qualidade e locais de estudo e adaptados às novas exigências do processo de ensino relacionado com Bolonha, áreas exteriores bem tratadas e com espaços verdes, biblioteca e equipamentos actualizados, incluindo PC’s e infra-estruturas de tecnologias de informação e comunicação de última geração. Nestas condições, torna-se indispensável adaptar algum equipamento da FEP, em particular os Anfiteatros e as Salas, desenhados para um ensino magistral com aulas para um número muito elevado de alunos. A nova realidade de Bolonha e o posicionamento que se propõe para a FEP, como uma escola de excelência no 2º ciclo, obriga a adaptar vários anfiteatros e salas para um ensino-aprendizagem caracterizado por turmas mais reduzidas, devendo existir aulas em salas mais flexíveis, com possibilidade de o layout ser facilmente alterado e facilitando os métodos pedagógicos, nomeadamente uma maior e melhor interacção entre alunos e professores e entre os próprios alunos. Um primeiro passo essencial, já em andamento, é o da requalificação da maioria dos Anfiteatros da FEP, modernizando-os e conseguindo conciliar a dimensão arquitectónica com a comodidade e com a funcionalidade. Neste primeiro ano, estará a concluir-se, em colaboração com uma equipa de arquitectos, o diagnóstico da situação, de modo a realizar obras de adaptação em Agosto de 2011, dentro das restrições orçamentais e das limitações associadas à classificação do Edifício da FEP. A manutenção e a reforma das condições actuais deverão depois prosseguir em outras salas e incluir a adaptação de alguns espaços comuns para áreas de trabalho em grupo e convívio dos estudantes. Todas estas obras, bem como a necessária manutenção do edifício principal, obrigarão à procura de financiamento, para o que será desenvolvida uma política de procura de Mecenas, incluindo o sponsoring de anfiteatros e salas de aula, para além da solicitação de apoio directo da Reitoria. Também as condições de acesso à informação deverão continuar a ser melhoradas. Nesse sentido, prosseguirá a política de melhorias nos sistemas de informação, continuará a assegurar-se o acesso online às revistas científicas de interesse para a FEP e desenvolver-se-á uma política de incentivo da utilização de conteúdos pedagógicos de suporte às unidades curriculares dos cursos da FEP com recurso a plataformas de e-learning. O desenvolvimento de uma Faculdade e de uma Universidade de Excelência exige igualmente a criação de condições agradáveis que reforcem a respectiva atractividade junto dos Estudantes, dos Professores e dos Investigadores. Neste contexto, é importante a transformação do campus da Asprela, dotando-o de uma nova centralidade.

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Tendo em atenção este aspecto, será proposta, em conjunto com a Faculdade de Engenharia, uma intervenção que possa requalificar e unir o espaço físico urbano entre as duas Escolas. O campus aqui existente tem todas as condições para estar ao nível dos melhores campus do mundo e o espaço físico urbano entre as duas Escolas pode tornar-se, com grande vantagem, o centro do mesmo campus. Será essencial retirar o trânsito e dar tranquilidade ao Espaço, o que pode ser efectuado criando bons passeios destinados a peões, ciclovias, sinaléticas adequadas e zonas sociais, culturais e comerciais, integradas com as escolas aqui localizadas e com zonas verdes de qualidade.

5.6. Evolução para uma gestão de cariz marcadamente “empresarial”. Uma Escola de excelência, mais a mais nos domínios da Economia e da Gestão, só pode desenvolver-se com práticas de gestão baseadas na definição de políticas, estabelecimento de objectivos e adopção a prazo do uso do planeamento estratégico e operacional a todos os níveis, com controlo de gestão adequado ao acompanhamento da análise de desvios para introduzir as correcções necessárias. Neste contexto, o período 2011-2015 marcará decisivamente uma evolução da gestão da FEP para uma lógica mais marcadamente “empresarial”. Essa evolução iniciou-se, aliás, com a escolha da equipa do Conselho Executivo e com a constituição e repartição de pelouros. Em particular, a criação do pelouro de “Estratégia e Desenvolvimento” marca uma nova ambição de gestão a médio/longo prazo, enquanto que a criação do pelouro de “Comunicação” reforça a importância de uma política de comunicação adequada quer ao nível interno quer ao nível externo. Por sua vez, os pelouros de “Serviços Académicos”, “Serviços Financeiros” e “Operações” estão associados a uma lógica de reorganização dos serviços da Escola e de mudança em práticas instituídas. A garantia de boas práticas de gestão será acompanhada pela responsabilização de todos os membros do Conselho Executivo e outros dirigentes pelo cumprimento de todas as regras legais e regulamentares a que está sujeita a actividade e a prestação de contas relativamente às funções exercidas. A comunicação interna encarregar-se-á de mobilizar e motivar toda a comunidade da FEP, informando das acções que digam respeito à Escola, dos êxitos alcançados pelos seus membros, da evolução dos indicadores de desempenho e das transformações ocorridas. Uma Escola de excelência também não se faz sem assegurar a respectiva sustentabilidade financeira. Esta é essencial para que a FEP cumpra a sua missão e seja possível implementar a visão estratégica subjacente a este documento.

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A FEP recebe transferências de verbas inscritas no Orçamento do Estado para as Universidades Portuguesas, montante que teve uma redução significativa no passado recente. Espera-se ainda maior redução para o futuro, fruto da situação económica portuguesa e da necessidade de implementar novas medidas de austeridade. A FEP completa as verbas recebidas do Orçamento do Estado com receitas próprias provenientes de várias fontes, desde propinas, investigação e alguma actividade de prestação de serviços. São estas receitas próprias que importa elevar, aumentando as fontes de receitas, promovendo uma maior autonomia financeira face às contribuições do Estado. As seguintes acções serão levadas a efeito neste âmbito:

Participação com projectos potencialmente vencedores em programas competitivos, em particular da União Europeia, que incrementem as receitas associadas a financiamentos para as diversas actividades da FEP. Esta actuação pode ser concertada com a Reitoria e com outras unidades orgânicas da universidade;

Fomento de uma cultura generalizada para a angariação de financiamentos complementares da nossa actividade, motivando os membros da FEP a concorrer e a apresentar candidaturas sérias e ganhadoras;

Desenvolvimento de políticas alternativas de captação de receitas, estreitando as relações com as entidades parceiras da FEP, concretizadas em acções em cooperação e ao abrigo de acções de patrocínio ou mecenato;

Dinamização da prestação de serviços a empresas e outras instituições económicas, em particular às mais próximas da FEP, o que pode incluir a contratualização de actividades de investigação e/ou de formação in company, feita à medida e com cálculo de custos e geração de uma margem que garanta a rentabilidade dessas actividades;

Desenho e execução de uma política de propinas diversificada consoante a natureza dos Cursos de Mestrado que reflicta, pelo menos, os custos reais da formação;

Dinamização de Cursos de Verão para os estudantes de 2º ciclo que vão ingressar nos Cursos de Mestrado da FEP e que são oriundos de formações de base diferente, nomeadamente das Engenharias, Ciências, Letras, Artes, etc.;

Dinamização de Cursos de Verão em áreas em que a FEP possa ter vantagens competitivas para outros públicos normalmente não abordados com estratégias específicas, nomeadamente estudantes seniores portugueses (pessoas com mais de 60 anos), estudantes dos PALOPs, estudantes da América Latina, etc.;

Em coordenação com a EGP – UPBS, aumento e diversificação da oferta de formação contínua, bem como da formação destinada a executivos.

O reforço da relação com a EGP-UPBS e a sua relevância no contexto da angariação de um maior volume de receitas próprias merecem uma referência particular. Como foi acima referido, dadas as restrições orçamentais, a capacidade de gerar receitas próprias é e será cada vez mais importante. Ora, a FEP investiu recentemente

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na EGP e transferiu para lá uma parte importante da sua capacidade de gerar receitas próprias. É, por isso, que se exige uma forte articulação entre as duas instituições, que garanta à FEP o acesso aos recursos próprios que tem capacidade de gerar. A FEP mostrou, em particular nos últimos anos, uma capacidade enorme de criar valor na área da Economia e da Gestão. Hoje, mais ainda que no passado recente, a FEP tem uma capacidade de oferecer Programas na área da Gestão e da Economia que não pode ser frustrada, mas que deve ser potenciada. Por isso, a FEP nunca poderá renunciar a ter uma presença forte em toda a fileira do ensino e investigação nas área da Economia e da Gestão, incluindo a formação não conferente de grau. É esta a Missão, que poderá e deverá ser reforçada através de uma estreita articulação com a EGP-UPBS. Um outro elemento fundamental para assegurar a sustentabilidade financeira da FEP é a implementação do controlo de gestão em todas as suas actividades. Será assim estabelecido um Sistema de Controlo de Gestão, na sequência, aliás, da iniciativa conexa da Reitoria, baseado em centros de custos e proveitos que permita aferir com rigor a evolução das actividades dos vários serviços, departamentos e cursos da FEP. Ainda no domínio do desenvolvimento da capacidade e qualidade de gestão, outras medidas serão levadas a cabo, incluindo:

Formação de alguns membros da FEP, nomeadamente do Conselho Executivo, em Fund Rasing e, em particular de Fund Rasing universitário, para aumentar a capacidade da FEP em captar fundos provenientes de doações, patrocínios e/ou mecenato;

Descentralização e responsabilização dos gestores e das chefias, como meio de agilizar a governação e a gestão da FEP;

Reforço e aperfeiçomento dos mecanismos de definição de metas e objectivos e de avaliação de desempenho nas diversas estruturas da FEP;

Estabelecimento de indicadores de gestão dos vários serviços da FEP, tendo em vista a sua monitorização e melhoria contínua;

Assegurar a transparência e o envolvimento da comunidade da FEP, através de uma política de constante diálogo e de informação do processo de decisão.

Finalmente, importa referenciar um conjunto de acções de carácter transversal e que visam a implementação de uma política de qualidade e de gestão eficiente das operações na FEP:

Início do processo de certificação de qualidade, com reconhecimento internacional, para lá da acreditação associada ao início da actividade da A3ES (Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior), que tem funções de avaliação e acreditação dos ciclos de estudos em Portugal;

Em consonância com a política da Reitoria, reforço e exploração do potencial de utilização do sistema de informação da Universidade do Porto, o SIGARRA, nos seus vários módulos;

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Garantia da sustentabilidade ambiental na FEP, reforçando a eficiência energética, assegurando os espaços verdes e a execução da recolha de resíduos de acordo com a legislação mais avançada;

Desenvolvimento de indicadores da qualidade relativos aos vários serviços e ao desempenho pedagógico e científico da FEP.

Desenvolvimento de exercícios de benchmarking com escolas de elevada reputação a nível nacional e internacional na área de economia e gestão.

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6. Em Conclusão A estratégia apresentada e as medidas conexas pretendem corporizar a orientação da acção do Conselho Executivo, em colaboração com toda a comunidade da FEP, em torno de um objectivo primordial, o de tornar a Escola numa referência no contexto internacional. Para isso, é imprescindível desenvolver a Internacionalização, a Excelência do Ensino e a quantidade e qualidade da Investigação. É igualmente imprescindível Reforçar os Laços com o Exterior, materializados no desenvolvimento de parcerias com escolas estrangeiras de reputação, com empresas e instituições, com os Ex-Estudantes, e na articulação com a EGP-UPBS na oferta de formação executiva. É igualmente essencial reforçar a capacidade e a qualidade dos Recursos, Humanos e Materiais, e manter uma postura de permanente Diálogo com a Reitoria e as demais unidades orgânicas, num tempo de constante mudança, para a qual queremos a FEP deverá contribuir de forma activa. Será esta a bandeira essencial do Conselho Executivo ao longo deste período 2011-2015. Abraçamos os desafios com elevado grau de confiança e entusiasmo, mas também com realismo e elevado sentido de responsabilidade. Confiamos que a estratégia que agora submetemos a apreciação dos órgãos estatutariamente competentes, bem como as medidas que lhe estão associadas, farão da FEP uma Escola maior e sobretudo melhor.

O Director,

(João Manuel de Frias Viegas Proença)