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PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO 2014-2024 (versão preliminar nº. 2) Salvador, maio de 2015

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PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO 2014-2024 (versão preliminar nº. 2)

Salvador, maio de 2015

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Sumário

1 Plano Estadual de Educação da Lei Estadual nº. 10.330/2006: o prometido e o realizado ................... 3

2 Análise situacional da realidade da educação baiana em 2015: uma problematização ......................... 8

3 Os diversos campos de ação para educação baiana: metas e estratégias ............................................ 20

3.1. Educação Infantil ......................................................................................................................... 20

3.2. Ensino Fundamental .................................................................................................................... 22

3.3. Ensino Médio ............................................................................................................................... 24

3.4. Educação Especial/Inclusiva ........................................................................................................ 25

3.5. Alfabetização Infantil................................................................................................................... 28

3.6. Educação Integral ........................................................................................................................ 29

3.7. Aprendizado Adequado na Idade Certa ...................................................................................... 31

3.8. Escolaridade Média ..................................................................................................................... 34

3.9. Alfabetização e Alfabetismo Funcional de Jovens e Adultos ...................................................... 35

3.10. EJA Integrada à Educação Profissional .................................................................................... 36

3.11. Educação Profissional .............................................................................................................. 38

3.12. Educação Superior ................................................................................................................... 39

3.13. Titulação de Professores da Educação Superior ..................................................................... 42

3.14. Pós-Graduação ........................................................................................................................ 43

3.15. Formação de Professores ........................................................................................................ 45

3.16. Formação Continuada e Pós-Graduação de Professores ........................................................ 47

3.17. Valorização do professor ......................................................................................................... 47

3.18. Plano de carreira ..................................................................................................................... 48

3.19. Gestão Democrática ................................................................................................................ 49

3.20. Financiamento da Educação.................................................................................................... 50

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO 2014-2024

1 Plano Estadual de Educação da Lei Estadual nº. 10.330/2006: o prometido e o

realizado

O Plano Estadual de Educação implícito à Lei Estadual nº. 10.330 de 15 de setembro de 2006

tem seu texto organizado em seis capítulos, com temáticas próprias à educação básica,

educação superior, modalidades de ensino1, magistério da educação básica, financiamento e

gestão, acompanhamento e avaliação do próprio Plano. Cada subitem2 inserido dentro de cada

capítulo apresenta uma característica comum, ou seja, mostra os seguintes focos: diagnóstico,

diretrizes, objetivos e metas.

Iniciando uma rápida análise sobre o prometido e o realizado na educação infantil – etapa com

maior ausência histórica de investimento – vê-se pelos números em diálogo que há uma

evolução abaixo do que os desafios exigiam. Os indicadores para essa etapa da educação básica

eram 9,1% (nove ponto um por cento), em 2006 e 23,2% (vinte e três ponto dois por cento) em

2013. Tal variação, entretanto, refuta amplamente a proposta de universalização desta etapa de

ensino, prevista no plano vigente, para cinco anos depois aprovação do mesmo. É fato que

ainda se tem 236 mil crianças sem atendimento. Os dados de 2006 constam do texto do Plano e

os de 2013 têm origem na PNAD.

No ambiente do ensino fundamental, o problema com relação à oferta do número de vagas já

foi praticamente resolvido, mas persistem questões de localização e de qualidade da educação,

1 O capítulo das modalidades de ensino integra a educação profissional e tecnológica, a educação de jovens e adultos, educação a distância e tecnologias educacionais, educação indígena, educação do campo, educação especial. Esse perfil dado às modalidades sugere alinhamento com uma compreensão obtida a partir da estrutura da Lei de Diretrizes e Bases (LDB, Lei nº. 9.394 de 20 de dezembro de 1996). Contudo, não é unânime essa forma compreensiva de organização estrutural para os sistemas de educação, sobretudo no que concerne ao dimensionamento dos níveis e possíveis separações por modalidades. Assim, após os debates nacionais sobre esse assunto, existe a prerrogativa de não mais serem feitas as separações entre níveis e modalidades. 2 Os subitens estão instituídos nessa ordem: Educação Básica: educação infantil, ensino fundamental, ensino médio; Educação Superior; Modalidades: educação profissional e tecnológica, a educação de jovens e adultos, educação a distância e tecnologias educacionais, educação indígena, educação do campo, educação especial; Magistério da Educação Básica; Financiamento e Gestão; Acompanhamento e Avaliação do Plano.

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

cujos fatores sociais, econômicos, culturais e políticas continuam sendo fatores decisivos para

imprimir mudanças nestas realidades.

Além desses fatores citados, as ações próprias à execução mantiveram um currículo

desatualizado e descontextualizado, demonstrando a persistência do baixo engajamento dos

diversos segmentos para resolver problemas educacionais. O fato é que este cenário é indicador

de descompassos, tanto no nível de gestão como no do pedagógico.

De per si, permanece de modo recursivo a questão da falta de domínio para a leitura, escrita e

operações fundamentais do cálculo aritmético. Argumenta-se o fato do registro das 241.584

matriculadas na terceira série do ensino fundamental nas redes municipais, no final do ciclo de

alfabetização. Portanto, supõe-se, com oito anos de idade: 101.466 delas não apresentam

nenhum domínio do sistema alfabético; 111.129 delas sem qualquer domínio da escrita

alfabética e 99.050 delas sem domínio da leitura e escrita numérica.

É importante notificar o êxito dos esforços para decréscimo do abandono, de modo que a taxa

líquida de matrícula dos 6 aos 14 anos de idade chegou a 96,1%.

Entretanto, há o fato constante nos dados do INEP/Censo Escolar de que em 2013 apenas 55%

dos 202.974 estudantes do 9º ano do ensino fundamental o concluem; ainda há 58,5 mil pessoas

na faixa etária dos seis aos quatorze anos fora da escola e dentre esses 52,1 mil são negros e

pardos; nas séries/anos iniciais do ensino fundamental, etapa em que se dá o ciclo de

alfabetização, constata-se que ocorrem 128.699 reprovações e 33.670 abandonos à escola; nos

anos finais há 180.467 reprovações e 64.732 abandonos; muito embora se tenha reduzido para

7% a taxa de atraso escolar para a população com seis anos de idade, não se conseguiu reduzir

o atraso escolar para os anos finais do ensino fundamental, que chega a 43%, isto é, para cada

100 estudantes na faixa etária de 11 a 14 anos, 43 deles está dois anos ou mais de atraso para as

séries/anos em que se encontram.

Portanto, refuta-se também o ideal previsto para a permanência e o sucesso escolar no ambiente

do ensino fundamental, uma vez que o citado plano ainda vigente instituiu a taxa de redução

em 5% ao ano, o que não se revelou.

No que se relaciona com o ensino médio registra-se a alta distorção idade série/ano, com 45%

dos 57,6 mil jovens com idade entre 15 e 17 anos em atraso escolar de dois anos ou mais para a

série/ano em que se encontram. Ao longo dos três anos do ensino médio, verificam-se 81.668

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

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reprovações e 48.514 abandonos às salas de aula; somente no primeiro ano a reprovação chega

a atingir a taxa de 19% e o abandono 10%, respectivamente. Desse modo, não se cumpriram as

metas da redução da reprovação e do abandono no ensino médio.

Contudo, houve esforços para se revisar o modo de funcionamento da escola noturna do ensino

médio por meio do Decreto Estadual nº. 14.532 /2013. Igualmente, foram criados os Centros

Regionais de Ensino Médio com Intermediação Tecnológica por meio do Decreto Estadual nº.

13.316/2011, para atender de modo mais específico a população do campo e comunidades em

áreas remotas da zona rural, consideradas como locais de difícil acesso. Faz uso da

intermediação tecnológica, com aspectos da educação a distância de maneira a se ampliarem as

matrículas no ensino médio em comunidades de áreas longínquas.

Também, por meio do Decreto Estadual nº. 12.829/2011 foram criados os Centros Juvenis de

Ciência e Cultura para expandir o tempo de permanência dos jovens na escola de ensino médio

da rede estadual, na perspectiva da formalização da escola de tempo integral. Além disso, se

buscou interferir na estrutura curricular para se tratar de modos mais orgânicos às perspectivas:

a) ações interdisciplinares; b) contextualização dos conteúdos; c) protagonismo juvenil; d)

integração do jovem às tecnologias digitais. Nesse mesmo compasso há que se registrar a

expansão da oferta de ensino médio integrado à educação profissional e, também, da própria

oferta da educação profissional de nível técnico.

No contexto desse conjunto de atos administrativos por parte da Secretaria de Educação do

Estado da Bahia, situam-se as prerrogativas de gerenciamento para ampliar a oferta de ensino

médio à população baiana na faixa etária de 15 a 17 anos de idade, ajustando o atendimento às

expectativas de renovação curricular, na decisão de se buscar alternativas para o incremento do

tempo de estudos no espaço escolar institucional com vistas à educação integral e, também, de

melhorar a organização da escola de ensino médio noturna, dirigida para a população em atraso

escolar e com vínculos formais de trabalho.

À guisa de conclusão desses argumentos, não pode esquecer o fato de se ter instituído a

avaliação externa do ensino, por meio do Sistema de Avaliação Baiano de Educação (SABE) 3,

em que se inclui o Avalie Ensino Médio. Os resultados revelam estudantes com alarmantes

3 Consultar <http://www.avalieba.caedufjf.net/> para ver os documentos relacionados aos procedimentos de técnicos, em que se incluem as matrizes de referência, as coleções publicadas relativas aos indicadores principais resultantes das avaliações e os resultados para a Bahia. Acessado em 28 de abril de 2015.

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

taxas de aprendizagem no padrão crítico e no muito crítico para desempenhos em testes

escolares em matemática e ciências da natureza, por exemplo.

No que se refere à educação profissional integrada ao ensino médio, a expansão de

matrículas foi de 5.696 registros em 2006 para 36.135 em 2011, numa proporção de 534%,

indicando o esforço para o cumprimento da meta prevista para atendimento.

No que tange ao ensino superior, há que se destacar o crescimento da oferta de vagas

(robustecido pela ampliação da rede federal), o fortalecimento da pós-graduação stricto-sensu

na rede de universidades estaduais, a titulação dos docentes em nível de mestrado e doutorado

nas redes públicas, que formam quadros para a sistematização da ciência formal para o

contexto do estado. Sublinha-se também a expansão da educação superior a distância, seja no

nível da adesão aos programas da Universidade Aberta do Brasil, seja no interno circunscrito a

cada universidade.

De igual modo, há que salientar a formação de professores pela via dos acordos entre estado e

união no âmbito do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica –

PARFOR, que de modo significativo contribui para que a Bahia tenha chegado ao percentual

de 54% dos seus professores com curso superior e 43% com licenciatura. Destaque especial

para a Licenciatura Intercultural para os professores indígenas, com apoio das instituições

públicas de ensino superior.

Todavia, avalia-se a pouca sistematização para a busca de proposições para os currículos dos

cursos de licenciatura – pelos quais se formam os docentes – de modo articulado com a

educação básica. No mesmo passo, menciona-se a continuação de oferta de cursos de

graduação no formato dos cursos tradicionalmente oferecidos, sem obediência às orientações

constantes no Plano em vigor, para que a oferta fosse feita em consonância com as expectativas

regionais. Também não ocorreu a instituição de programas para assistência estudantil no ensino

superior adstrito à rede pública estadual e, até então, não se obteve sucesso na prerrogativa da

Associação Brasileira de Reitores das Universidades Estaduais e Municipais – ABRUEM, para

a convergência de esforços interfederativos para se chegar ao entendimento plausível para esse

fim, consolidando-se as oportunidades de acesso e permanência no ensino superior.

Quanto ao item associado à formação de professores da educação básica, em 2004 se

contabilizava um total de 54,4 mil docentes da educação básica com licenciatura plena e 66,3

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

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mil em 2013, computando-se um aumento de 11,9 mil docentes em uma década. Porém, ao se

levar conta as etapas da educação básica, constata-se que é na educação infantil a menor

concentração de professores com formação no nível superior, comparativamente com o ensino

fundamental e no ensino médio, que contam com o maior quantitativo de docentes graduados

neste nível de ensino.

No entanto, quando se pondera sobre os quantitativos de docentes que atuam na área de

formação, registra-se que dos 67 mil com formação em licenciatura no ensino fundamental,

somente 15,7 mil docentes situam-se nesse contexto; no ensino médio o quadro é mais

alarmante, pois somente 6,0 mil dos 23,5 mil atuam na licenciatura própria da graduação. Esse

dado aponta um inventário que é preocupante e que exigirá esforços cooperativos entre os

sistemas de ensino da união, do estado e dos municípios, para seu enfrentamento. O Plano

Estadual de Educação vigente indicou oito anos para se processar a adequação do exercício

docente a sua área de formação. Como mostram os dados, esse desafio não se concretizou.

Entretanto, considera-se um louvável esforço para o envolvimento dos docentes com as

tecnologias digitais e sua inserção na dinâmica escolar, que se mantém até hoje.

Para finalizar é saudável a afirmação de que a organização das políticas públicas deva ser feita

com base em articulações sociais. A partir delas, é fundamental contar com diretrizes, metas e

estratégias que possibilitem a medição dos avanços e retrocessos ao longo do período definido

para o cumprimento das ações. Concluindo, esta síntese do balanço do Plano de 2006 revela

que muitas das diretrizes e metas deste documento parecem reafirmações das aspirações

sociais. Faltaram mais relacionamentos formais, explicitados por mecanismos institucionais de

supervisão e controle, de modo a se avaliar com mais acuidade suas pretensões e o patamar da

sua gradual execução.

Daí que parece redundante, mas necessário afirmar: os desafios permanecem ainda, são

motivos para debruçar-se sobre os grandes problemas e entendê-los na profundidade que suas

causas exigem. Não basta somente o ímpeto de vê-los na totalidade das suas aparências,

configurações e os efeitos que engendram no intricado jogo da realidade. É preciso parcimônia

para avaliá-los, descobrir seus ardis que parecem reinventar a continuidade dos problemas e

desvelar as formas de combate e de enfrentamento.

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

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2 Análise situacional da realidade da educação baiana em 2015: uma

problematização

A realidade da educação na Bahia, em 2015, apresenta aspectos importantes a serem

destacados, com muitas implicações para o planejamento de políticas públicas.

Há fatos determinantes para o exame de alguns dos marcos relacionados à função de equidade

da educação básica no que se refere às responsabilidades dos sistemas de ensino, sem deixar de

transparecer que, de per si, essa análise jamais poderá se isolar de outras que envolvem

argumentos que incluem a relação entre educação e cidadania, educação e financiamento,

educação e renda, educação e emprego, educação e formação profissional, dentre outras.

Em primeiro lugar, os anos de escolaridade revelam-se como um indicador importante em

estudos da desigualdade4, seja nas correlações que envolvem renda, seja nas que se relacionam

com a densidade ocupacional, isto é, com a taxa de ocupação em vagas de emprego. Isso

expressa o seguinte: baixa escolaridade sugere implicações com desigualdades de renda e de

emprego.

Aliás, vale lembrar que pesquisadores brasileiros sublinham que as dificuldades dos jovens em

conseguir uma ocupação estão relacionadas com o total de anos de escolaridade e, de modo

inquestionável, admite-se que poucos anos de estudo possam estar associados à baixa resposta

ocupacional.

Outra evidência categórica feita por um grupo representativo de pesquisadores refere-se ao

papel do relacionamento das famílias5com os sistemas educativos, ao menos em dois

patamares, assim especificados:

4 Conferir, por exemplo, o estudo realizado por Marcio Antonio Salvato, Pedro Cavalcanti Gomes Ferreira e Angelo José Mont’Alverne Duarte, intitulado “O Impacto da Escolaridade Sobre a Distribuição de Renda”. Este estudo foi publicado na Revista Estudos Econômicos, São Paulo: USP, v. 40, n. 4, p. 753-791, out.-dez. 2010.Pode ser visto em <http://www.revistas.usp.br/ee/article/view/36024>. Acesso em 8 de abril de 2015. 5 Cf. o texto “Jovens urbanos pobres: anotações sobre escolaridade e emprego”, de Jerusa V. Gomes, no endereço <http://www.anped.org.br/rbe/rbedigital/RBDE05_6/RBDE05_6_07_JERUSA_VIEIRA_GOMES.pdf>. Acessado em 6 de abril de 2015. Referência: GOMES, Jerusa Vieira. Jovens urbanos pobres: anotações sobre escolaridade e emprego. Revista Brasileira de Educação, São Paulo: Anped, (5–6): 53–62, mai. a dez., 1997. Vale destacar que esse estudo publicado há quase vinte anos aponta a relação positiva entre atitudes familiares e

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representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

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a) cuidado com a permanência dos jovens na escola como fator preditivo da ampliação da

escolaridade;

b) fortalecimento da relação entre escolaridade e identidades juvenis, importante premissa

para dinâmicas sociais mais impermeáveis ao revés e ao dano socioeconômico,

entendidos esses dois parâmetros como precursores de risco social.

Essas pesquisas revelam “que o grau de escolaridade é a variável mais importante para explicar

tanto as chances de inserção como as possibilidades de ascensão” 6. Também, é certo, que no

núcleo de jovens mais pobres é que se encontra a maior quantidade de indivíduos com baixa

escolaridade7, com menos anos de estudo na trajetória de escolarização.

Importante se assinalar que o papel da escolaridade se torna essencial para a compreensão das

ações individuais dos sujeitos no futuro, por se entender que o aumento dos anos dentro da

escola possibilita melhor desempenho de comportamentos relacionados com a consolidação de

capacidades e atitudes que dão proteção social, sobretudo porque resultam em mais segurança

para inclusão ocupacional no mundo do trabalho e decorrem do incremento de reforço às

aprendizagens implícitas à capacitação técnica, especificamente associada às ações do mundo

escolar e seus efeitos na individuação.

Equipara-se a isso o fato consensual entre pesquisadores, planejadores e gestores de sistemas de

ensino que os anos de escolaridade se caracterizam como um traço sociodemográfico que

potencializa a transição para a vida adulta, influencia na interceptação do insucesso na procura

de oportunidades no sistema produtivo (sobretudo no incremento direto do pessoal ocupado,

com vínculo formal) e acentua a mobilidade social.

extensão da escolaridade, revelando o nexo causal entre baixa escolaridade e emprego, entre baixa escolaridade e pobreza. 6 Conferir em Os jovens e o mercado de trabalho: evolução e desafios da política de emprego no Brasil. Esse texto é de autoria de Alexandre Queiroz Guimarães e Mariana Eugênio de Almeida. Sua versão online se encontra disponível em <http://seer.fclar.unesp.br/temasadm/article/download/6845/4926>. Acesso em 13 de abril de 2015. 7 Conferir em RIBEIRO, Rosana e NEDER, Henrique D.. Juventude(s): desocupação, pobreza e escolaridade. Nova Economia, [ versão online]. vol. 19, nº. 3, pp. 475-506, set./dez. 2009. Acessado em 6 de abril de 2015. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/neco/v19n3/a04v19n3.pdf>.

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

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representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

Desse modo, busca-se problematizar a relação entre escola, desigualdade social e mundo do

trabalho na Bahia, a partir dos indicadores que apontam a composição da população em idade

ativa, a PIA8.

Pelo Gráfico I é possível ver as elevadas proporções de pessoas com baixa escolaridade no

conjunto da PIA para o estado.

Gráfico I – Distribuição da população de 10 anos ou mais (PIA), por escolaridade

Brasil, Nordeste, Bahia, em 2010 (%)

Anuário da educação profissional da Bahia, v. II, 2012, p.59.

Fonte: IBGE, Censo 2010. Elaboração: Dieese.

É fundamental entender que isso decorre da inserção de muitos sujeitos nas taxas dos sem

instrução, em conjunto com os que têm instrução incompleta no nível do ensino fundamental;

ademais, incluem-se também, muitos dos que se situam apenas com o ensino fundamental

completo em conjunto com o ensino médio incompleto.

Somados na totalidade, esses agrupamentos mostram em termos absolutos que são 8,6 milhões

de pessoas com mais de 10 anos que estão incluídos no grupo com escolaridade inferior ao

ensino médio completo. Isso quer dizer que a proporção de 73,5% da PIA tem escolaridade

inferior àquela correspondente ao ensino médio completo.

8 É padrão de uso comum em indicadores do trabalho a expressão categorizada como População em Idade Ativa (PIA). Na Bahia, a PIA inclui 11,7 milhões de pessoas. Desse total 6,9 milhões se agrupam na categoria dos que não têm instrução junto com os que têm ensino fundamental incompleto e 1,7 milhões situam-se na categoria dos que têm ensino fundamental completo junto com o ensino médio incompleto; 3,0 milhões estão entre aqueles que têm ensino médio completo, ensino superior incompleto e ensino superior completo. Aproximadamente 0,068 milhões não tem escolaridade determinada. A referência inicial aos 10 anos de idade é decorrente da condição de atividade das pessoas nesta idade em predisposição para atividade laboral, com vínculo de trabalho ou em propensão para tal.

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representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

Os padrões de ocupação e renda diferenciam-se a partir daí, com implicações na estrutura de

emprego e nas bandas de distribuição de renda (e sua relação com bem estar econômico). São

dados próprios da situação baiana que revelam a PIA com alta concentração de pessoas com

baixa escolaridade, com implicações no nível de renda e na mobilidade social.

Apesar dos discursos técnicos se diferenciarem9 quanto às relações de causa e efeito entre

distribuição de renda, bem estar econômico e mobilidade social, esses fatores exigem o

planejamento de políticas para aumento da escolaridade média da população porque deles

derivam as condições que fundamenta a desigualdade. Porém, é essencial que se assinale

assinalar que a distribuição de renda favorece ao bem estar econômico, a despeito das

diferenças de perspectivas técnicas entre os discursos dos economistas sobre essa relação.

De outra forma, há que se ressaltar também a dificuldade que os demógrafos brasileiros

apontam para se produzir os efeitos esperados, por razões subjacentes ao acúmulo residual da

escolaridade inferior ao ensino médio completo, nos grupos de idade que envelhecem. Esses

efeitos residuais devem ser combatidos por políticas públicas que busquem eliminar ou

minimizar suas influências; evidencia-se que esse direcionamento se vincula à perspectiva de se

organizarem estratégias educativas para os grupos sociais que apresentam forte atraso escolar,

sobre os quais recaem de forma recursiva a manutenção dos efeitos residuais.

Não obstante, os sistemas de educação devem revisar seus procedimentos técnicos com vistas

ao atendimento de expectativas desse grupo da população, que manifesta vontade de aprender

“coisas” que construam nexos entre o saber da velhice e as estruturas sociais. Assim, é possível

estabelecer programas de estudos nos sistemas educativos que construam estas relações,

sobretudo as que buscam estabelecer vínculos entre os saberes da velhice e percursos

produtivos, entre os saberes construídos ao longo da vida e a esfera tangível dos espaços

econômicos de produção de bens e serviços10.

9 FIGUEIREDO, Erik Alencar de e ZIEGELMANN, Flávio Augusto. Mudança na distribuição de renda brasileira:significância estatística e bem-estar econômico. Publicado na versão on line da Revista Economia Aplicada.São Paulo: USP Ribeirão Preto/Depto de Econ. Admin. e Cont., vol.13, nº.2, pp. 257-277,2009. Ver em <http://www.scielo.br/pdf/ecoa/v13n2/v13n2a04.pdf>. Acesso em 25 de abril de 2015. 10 Ver sobre essa temática a obra editada pela Universidade Estadual de Santa Cruz a respeito do tema da educação na velhice. Organizada por Raimunda Silva d’Alencar e Carmen Maria Andrade, a obra tem o título sugestivo de “A educação (re)visitada: a velhice na sala de aula”. Ilhéus: Editus (editora da Uesc), 2012. Trata de tornar visível à sociedade uma forma de se pensar a educação na velhice e até rever as modelagens das formações de profissionais a cargo das agências, dentre as quais estão as próprias instituições de ensino superior.

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

Ainda no foco dos destaques desta problematização sobre aspectos dos sistemas de ensino na

Bahia, em segundo lugar sobressai-se o fator decorrente da dinâmica demográfica, indicador da

diminuição da população em idade escolar.

Está diretamente vinculado aos recuos da taxa de natalidade e da taxa de mortalidade, com

impacto explícito na tendência de declínio do quadro populacional para as faixas etárias dos

mais jovens e na ampliação do envelhecimento populacional.

De fato, a diminuição da fecundidade propicia o aumento da participação das pessoas mais

velhas e dos idosos nos processos produtivos ao tempo em que reduz a proporção de crianças e

jovens no conjunto da sociedade, ocasionando mudanças na forma como as políticas públicas

podem ser conduzidas no exercício de governança e da prática administrativa do poder

executivo, com vistas às considerações das tendências e oportunidades que a ciência

demográfica aponta.

A Tabela I faz uma síntese da estrutura da população, com indicação das sucessivas projeções

até o ano de 2030, a qual mostra o descenso da natalidade. Ressalta-se, sobremaneira, que a

dinâmica demográfica aponta fatos conexos à redução da natalidade, à diminuição da

mortalidade e ao envelhecimento da população, com efeitos sobre os atuais decréscimos

progressivos nas taxas de matrícula na educação básica em todo o país.

Tabela I – Bahia, população/projeção por grupos de idade

Grupo Etário Ano

2000 2010 2015 2020 2024 2030

Total

13.519.548

14.768.312

15.203.934

15.522.855

15.706.339

15.863.601

0-4

1.433.980

1.261.213

1.154.241

1.060.893

997.475

913.449

5-9

1.461.758

1.342.161

1.252.326

1.146.361

1.071.129

976.674

10-14

1.517.685

1.373.097

1.318.831

1.231.156

1.147.725

1.037.519

15-19

1.606.882

1.349.507

1.302.216

1.253.619

1.191.685

1.075.541

Fonte: IBGE/Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de

Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica.

Elaboração: SEI/ DIPEQ/ COPESP.

Assim, de per si, as projeções indicam cada vez menor é o tamanho das gerações de crianças. É

de se esperar maior capacidade do “subsistema” de educação infantil em proporcionar melhores

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

resultados no que tange aos aspectos da saúde e nutrição das crianças, da dimensão afetiva, do

cuidado e do brincar, fortalecendo as bases prognósticas de sucesso na futura escolarização

formal.

Recorre-se ao conceito da transição demográfica (TEE)11 ao buscar se entender a forma como

os demógrafos explicam a dinâmica populacional própria em que ocorre o decréscimo das

faixas da infância e jovens e se destaca a indicação de crescimento para o conjunto das faixas

correspondentes às idades do estágio da vida adulta o envelhecimento da estrutura etária.Esses

fatores apontam acentuada modificação na geometria da distribuição das faixas etárias,

conforme se constata pelo Gráfico II a seguir.

Gráfico II – Bahia, projeção da estrutura etária para 2030

Fonte: IBGE/Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais.

Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica.

Elaboração: SEI/ DIPEQ/ COPESP.

11 Transição da Estrutura Etária (TEE) é um conceito da demografia que associa a redução das taxas de natalidade e de mortalidade à configuração da estrutura etária indicativa do fenômeno do envelhecimento populacional. A característica marcante é o encurtamento das faixas etárias de crianças e jovens. Tb. se faz uso do conceito no seu formato mais simplificado: transição demográfica.Ver o artigo dos professores Paulo de Tarso Almeida Paiva e Simone Wajnman, com o título Das causas às conseqüências econômicas da transição

demográfica no Brasil. Foi publicado na Revista Brasileira de Estudos Populacionais. [online]. São Paulo, v. 22, n.

2, p. 303-322, jul./dez. 2005. <http://www.scielo.br/pdf/rbepop/v22n2/v22n2a07>. Acessado em 11 de abril de 2015. Conferir também em RIGOTTI, José Irineu Rangel. Transição demográfica. Educação e Realidade. [online]. Porto Alegre: UFRGS. vol.37, n.2, pp. 467-490, maio/agosto 2012. <http://www.scielo.br/pdf/edreal/v37n2/08.pdf>. Acesso em 12 de abril de 2015. Neste texto é feita com clareza a alusão à janela de oportunidade ou bônus demográfico que decorre da TEE e se traduz como fato determinante para reordenação dos sistemas de educação, saúde, previdência e trabalho.

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

Posto isso, é recomendável a estruturação de políticas de atenção à população com idade ativa

acima de 20 anos, mormente no que se relaciona com o dimensionamento da requalificação

para o trabalho e seus elos com o bem estar social, que consignam o planejamento educacional

para além da educação básica, nível sobre o qual incide o marco que determina o final da

educação obrigatória.

O reconhecimento da diminuição das gerações de crianças, mais do que nunca reafirma a

importância da consolidação da educação básica, incluindo-se os cuidados com a estabilização

do percurso de escolarização, com reduções da reprovação, do abandono e aumento das

proficiências que medem o efeito-escola, isto é, a influência da escola sobre os desempenhos

dos estudantes12.

Esse argumento também se aplica ao ensino fundamental, alertando-se que é imperativo o

aumento das proficiências na leitura, escrita e dos cálculos elementares, sobretudo no primeiro

segmento.Para o segundo segmento devem ser considerados os desdobramentos das

aprendizagens realizadas no primeiro segmento, de maneira que se tenha concretizada a

condição de base para aprendizagens mais complexas, em que a compreensão científica, a

capacidade de expressão e o potencial de fazer articulações entre os conhecimentos e a

realidade possam ser o foco da escola.

Lembremo-nos que estes esforços são convergentes com os processos, desejáveis, para o

aumento dos anos de escolaridade, bem como para a redução do atraso escolar, foco pelo qual

se encontram estudantes em defasagem do ano escolar correspondente ao da sua idade

cronológica. Não restam dúvidas de que haja entendimentos para se consolidarem as

reordenações sistêmicas às existentes nos campos da educação infantil e no do ensino

12 O conceito intitulado efeito-escola é do âmbito da sociologia. Implícito aos estudos que analisam o efeito da escola nas aprendizagens e, desse jeito, sublinha uma condição de permanência na escola. É evidente que isso alcança outros fatores, proporcionando menos repetência, menos abandono, menos atraso escolar, mais anos de escolaridade. O desdobramento para impulsionar a possibilidade de sucesso na ocupação em postos de trabalho é fator já conhecido pelos pesquisadores. No Brasil, os estudos sobre o efeito-escola vêm se ampliando, reafirmando que a escola interfere nas dinâmicas da exclusão com resultados na mobilidade social. Cf. ALVES, Maria Teresa Gonzaga e SOARES, José Francisco. O efeito das escolas no aprendizado dos alunos: um estudo com dados longitudinais no Ensino Fundamental. Educação e Pesquisa [online]. 2008, vol.34, n.3, pp. 527-544. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/ep/v34n3/v34n3a08.pdf>.Acesso em 20 de abril de 2015.

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

fundamental de nove anos, vista da perspectiva do melhor atendimento às crianças pequenas e a

permanência dos estudantes na escola.

Dito de outro modo, isso representa a possibilidade de se consolidar a oferta da educação básica

nas suas etapas da educação infantil13 e do ensino fundamental, a partir da clareza que é o

momento mais apropriado para fortalecê-los e fomentar os mecanismos para melhorar sua

eficácia.

Na consolidação da educação básica é pertinente focalizar ações para cada etapa e se assimilar

a noção que isso requer grande mobilização e empenho institucional dos sistemas municipais

para:

a) Dar cobertura a 236 mil crianças14 ainda sem atendimento, hoje, a fim de garantir 50%

até 2024.

b) Universalizar a pré-escola em 2016, ainda com 34,5 mil crianças de 4e 5 anos sem

serem atendidas; na quase totalidade são crianças negras e 69% delas estão nos núcleos

familiares com renda mensal de até ½ salário mínimo, com quase metade dos pais sem

instrução ou ensino fundamental incompleto.

c) Modificar a estrutura do ciclo de alfabetização do ensino fundamental previsto para os 6

aos 8 anos de idade, de modo a alterar a proficiência para 100% no domínio pleno em

leitura, escrita e cálculo matemático. Nas redes públicas municipais há que se

considerar dentre as 241.584 crianças com 8 anos de idade, na terceira série/ano do

ensino fundamental, no final do ciclo de alfabetização: 101.466 delas não apresentam

nenhum domínio do sistema alfabético; 111.129 delas sem qualquer domínio da escrita

alfabética e 99.050 delas sem domínio da leitura e escrita numérica.

d) Avançar na discussão coletiva dentro das unidades escolares e secretarias de educação

sobre o índice de 15% de reprovação e abandono nos anos iniciais do ensino

fundamental e 25% para os anos finais, respectivamente abrangendo o total de 154,3

mil crianças nos anos iniciais e 164,4 mil crianças e jovens pré-adolescentes e

adolescentes nos anos finais do ensino fundamental.

13 Considerando a possibilidade de realizarem-se os levantamentos das necessidades de creches, bem como para o aprimoramento da rede instalada para a pré-escola. 14 Os dados desses itens resultam da PNAD 2013.

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

e) Ampliar a cobertura para formação docente de nível superior para a educação infantil,

uma vez que 63% dos docentes apresentam terminalidade profissional em nível médio.

f) Profissionalizar as equipes de profissionais da educação infantil para consistirem os

esforços ao cuidar, o brincar, o atendimento afetivo e os protocolos alimentares e

nutricionais.

Fica implícita nesse caminho a busca pela minimização do insucesso e a devida atenção para os

atendimentos que proporcionem maior nível de inclusão para os maiores níveis de pobreza.

Para tanto, na educação infantil há que se fazer o censo das crianças no intuito de dimensionar

o planejamento das expectativas e especificarem-se as necessidades de formação de pessoal

qualificado, para se efetivar a prerrogativa da educação associada à atenção social à infância

sob aval de instituições formais, com padrões e normativas próprias. Sob esses dois focos

devem-se instituir nas secretarias de educação o processo supracitado da consolidação da

educação infantil.

No ensino fundamental, há que se por sob o jugo das diretrizes seguintes:

a) Plenitude da alfabetização em todos os seus níveis e especificidades, a saber: leitura e

escrita, rudimentos do cálculo aritmético e linguagem científica, seja no ciclo de

alfabetização ou no desenvolvimento longitudinal de todo o ensino fundamental.

b) Avanço na proficiência de leitura, da escrita e do cálculo, com referência básica às

avaliações realizadas pelo MEC.

c) Estímulo à permanência do estudante na escola, nas dimensões que reflitam a realização

de aprendizagens significativas15 e ensino contextualizado, com material didático

apropriado e convívio com ambientes educativos digitais.

No ensino médio, deve-se levar a conta uma organização curricular que faça jus à apropriação

dos conhecimentos básicos à compreensão do mundo e daquilo que rege a organização do

mundo do trabalho, com a premissa de uma escola mais próxima das juventudes, vistas na

multiplicidade dos espaços sociais e das possibilidades do trabalho formal.

Ganha força a idéia de um novo modelo educacional16 no conjunto dessas circunstâncias

favoráveis ao planejamento do futuro que altere o perfil da formação escolar à população

15 Aprendizagens significativas são as que resultam em apropriação duradoura do conhecimento aprendido e geradoras de nexos entre o conhecimento escolar e a realidade do mundo.

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

estudantil da Bahia. Nesse novo modelo, há que se repensar, sobremaneira, nos seguintes

fatores:

i. cobertura insatisfatória para a faixa da creche;

ii. aumento da capacidade de leitura, escrita e do cálculo nos primeiros anos do ensino

fundamental, num direcionamento para a plenitude das alfabetizações;

iii. enfrentamento das altas taxas de reprovação e de abandono ao longo da escolarização

obrigatória;

iv. universalização do ensino médio, incluindo a desejável relação com a educação

profissional;

v. estrutura mais adequada para a educação dos jovens e adultos, que aproprie a

perspectiva de contribuir para diminuir o atraso escolar e se associe à educação

profissional;

vi. diversificação da oferta de vagas para o ensino superior, ampliando-se a capacidade de

formação para os que têm mais de 19 anos;

Esses três últimos fatores são cruciais para a Bahia até o final de vigência do atual Plano

Nacional de Educação, porque incidem sobre a principal consequência da transição

demográfica, isto é, agem sobre a busca de procedimentos institucionais para se evitar o risco

da não qualificação formal para uma população que envelhece.

Há argumentos para sustentar a essencialidade dos três últimos fatores:

a) a taxa líquida de matrícula no ensino médio é de 41,5% em 201317;

b) no ensino superior, a taxa liquida é de 9,7%;

c) as pequenas taxas de cobertura para a educação de jovens e adultos incorporada à

formação profissional: 0,6% para o ensino fundamental; 10,5% para o ensino médio; e í

atendimento insuficiente às populações do campo – em que se incluem o segmento

indígena, o quilombola e o dos povos itinerantes.

16 Ver, por exemplo, o artigo “O rápido processo de envelhecimento populacional do Brasil”, da autoria de Wong, L.L.R. e Carvalho, J.A. publicado pela Revista Brasileira de Estudos Populacionais, v. 23, nº. 1, p. 5-26, jan./jun. 2006, no qual se faz alusão ao novo modelo educacional em que se deve considerar o padrão etário do país. 17 A fonte relativa aos dados aqui apontados é estruturada pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia, com base no Censo Escolar 2013.

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

Deve-se assinalar o caráter social da oferta da EJA para a população privada de liberdade, nos

presídios ou nas instituições socioeducativas de internação de adolescentes. Em ambos os casos

pressupõe-se que a instituição escolar se mostra como caminho para prevenção de recidiva,

sublinhado seu papel de agência de socialização e de sociabilidade.

Deve-se pensar sobre a inclusão nesse novo modelo educacional de grupos sociais até então

não circunscritos nas formatações de sistemas educativos, como as populações itinerantes e as

que estão sujeitos à sazonalidade e as que resultam de outras formas de convivência social

instauradas pelo trabalho. Incluem-se os povos ciganos, o grupo social próprio da

temporalidade do trabalho na terra, a população extrativista, dentre outros.

Assim, dado o rigor com que os sociólogos alertam para a relação entre o grau de estruturação

do trabalho assalariado e a condição socioeconômica da população e os riscos subjacentes que

decorrem da ausência de formação acadêmico-escolar, há que se ponderar num plano mais

imediato sobre a cobertura plena aos jovens em idade do ensino médio, sob pena de vê-los

envelhecer sem qualificação ou com semi qualificação.

Não há dúvida da relação entre sistema educativo e sistema produtivo e, por isso mesmo,

sempre se reafirma a tarefa da escola de contribuir no conjunto da qualificação para o

trabalho18.

Esse mesmo raciocínio se aplica à população na faixa de idade de acesso ao ensino superior. É

vital que se pense na ampliação da oferta com diversificação dos meios para tal, como a

inclusão da educação a distância, educação profissional tecnológica de graduação e de pós-

graduação, formação de professores para a educação do campo e para a educação especial,

dentre outros.

Ainda assim, é imperativo pensar na organização de uma rede de oferta de vagas,

especialmente para os grupos sociais que se incluem na educação de jovens e adultos (e à

18 Ver “Perfil profissional, formação escolar e mercado de trabalho segundo a perspectiva de profissionais

de Recursos Humanos”. Trabalho escrito por Sônia Maria Guedes Gondim, Fernanda BrainI e Marina Chaves, publicado na Revista Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho. Brasília: UNB, v.3, nº.2, jul./ dez. 2003. Disponível em < http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpot/v3n2/v3n2a06.pdf>. Acesso em 24 de abril de 2015.

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

população do campo19), seja na busca pela superação dos desníveis de atendimento entre

grupos étnicos – negros e não negros – e, ainda, entre os grupos mais vulneráveis à pobreza.

No que tange à educação de jovens e adultos, a Bahia tem hoje 3,5% das matrículas nos

sistemas formais de ensino e se deve notificar que o esforço realizado até hoje deve ser

ampliado para qualificar, agora, os que serão idosos no futuro, sob pena de excluí-los da

dinâmica pela ocupação de vaga em postos de trabalho.

Paralelamente, deve-se incentivar a reflexão sobre a dinâmica socioeconômica do Estado e das

suas regiões, associada à expansão de vagas e matrículas que, no seu conjunto, podem

determinar a adequabilidade para o ensino médio e o ensino superior às expectativas da

juventude.

Por fim, sublinha-se a persistência da distorção idade-ano escolar (conhecida como distorção

idade-série), que significa dois ou mais anos de atraso na escolarização em relação à faixa

etária adequada. Este fenômeno, produzido pelo ingresso tardio e por repetências e abandonos à

escola representa na ampla maioria dos casos um esforço sobressalente para o sistema

educacional e, mais que isso, corrobora na fragilização dos efeitos que a escolarização formal

tem no aumento das chances de inserção dos jovens no mercado de trabalho, assim como

ampliar sua participação na construção das sociedades.

Reitera-se, pois, que esse quarto aspecto se mostra com um grau de correlação representativo

em outros efeitos como na diminuição da reprovação, na regularização do fluxo escolarizatório,

no aumento do sucesso escolar, no incremento dos anos de escolaridade. Por sua vez, o fato de

se ampliar o tempo de permanência na escola tem relação implícita com a realização de

melhores percursos formativos e isso sugere a disposição para menos insucesso na busca por

ocupação em vagas no emprego formal. Ou em espaço de substantivação de direitos.

Na Bahia, os dados mostram elevadas taxas de distorção idade-ano escolar, para todas as redes

de ensino: 26,6 para os anos iniciais do ensino fundamental; 42,6 para os anos finais e 44,7 para

o ensino médio20. Em longo prazo, essas taxas mostrarão a tendência de redução quando se

19 Refere-se de modo particular à população do campo (mais de 3,9 milhões de pessoas; 27,9% da população baiana) por ser esta a que mais se apresenta com proporções de desigualdade nos indicadores educacionais, quando comparada à população urbana. Isso ocorre com os anos de escolaridade, atraso escolar de dois anos ou mais (conhecido como distorção idade-série), abandono no ensino fundamental e analfabetismo, por exemplo. 20 Dados INEP, indicadores educacionais 2013.

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

confluírem os entendimentos cooperativos entre as gestões sistêmicas das secretarias

municipais e as das escolas na prerrogativa de se conduzir firmemente a ampliação das

proficiências básicas, a apropriação adequada das aprendizagens prioritárias e o percurso

escolar mais homogêneo às faixas etárias correspondentes às etapas, sem esforço adicional ao

sistema educativo que no Brasil produz necessidade de oferta compensatória de baixa eficácia e

recursivamente residual.

Afirma-se, pois, a partir da geometria etária: está posta a circunstância favorável para que os

sistemas de educação façam a revisão do seu funcionamento e o planejamento do futuro no

âmbito das áreas da saúde, do trabalho e previdência.

3 Os diversos campos de ação para educação baiana: metas e estratégias

NOTA:

Na organização desses próximos itens, destaca-se a inserção das estratégias do Fórum Estadual de Educação do

Campo sempre nas primeiras enumerações de cada grupo de estratégia, onde couber a inclusão das mesmas, para

preservar a visibilidade dada pelo Fórum Estadual da Educação da Bahia à vontade política daquele Fórum de

sublinhar suas expectativas e decisões.

3.1. Educação Infantil

Meta 1: Universalizar, até 2016, a Educação Infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5

anos de idade e ampliar a oferta de Educação Infantil em Creches de forma a atender, no

mínimo, 50% das crianças de até 3 anos até o final da vigência deste PNE.

Estratégias:

1.1 Empenhar-se no atendimento de educação infantil das populações do campo e das

comunidades indígenas e quilombolas, nos respectivos espaços de vida, redimensionando

quando for o caso a distribuição territorial da oferta e configurando a nucleação de escolas e o

deslocamento de crianças de modo atender às especificidades dessas comunidades.

1.2 Intensificar de modo integrativo com a União, o Estado e os municípios, a partir do

primeiro ano de vigência do PEE-BA, o Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de

Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil, em áreas rurais e urbanas,

bem como a aquisição de equipamentos e mobiliários, respeitando as normas de acessibilidade

e melhoria da qualidade da rede física de ensino.

1.3 Promover a busca ativa de crianças em idade correspondente à educação infantil, do

campo e da cidade, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à

infância, preservando o direito de opção da família em relação às crianças de até 3 (três) anos.

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21

Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

1.4 Preservar as especificidades da Educação Infantil na organização das redes escolares,

salvaguardadas as diferenças entre aspectos culturais entre campo e cidade, garantindo o

atendimento da criança de 0 (zero) a 5 (cinco) anos em estabelecimentos de ensino que

atendam aos parâmetros nacionais de qualidade, e à articulação com a etapa escolar seguinte,

visando ao ingresso da criança de 6 (seis) anos de idade completos no Ensino Fundamental.

1.5 Criar, até o fim do primeiro ano de vigência do PEE-BA, um setor específico dentro da

Secretaria Estadual de Educação da Bahia para tratar da Educação Infantil, a fim de dar o

suporte necessário aos municípios.

1.6 Fomentar e subsidiar a elaboração, de modo participativo, no âmbito do Conselho

Estadual de Educação, de diretrizes e orientações para a organização e funcionamento de

instituições de Educação Infantil, no sistema estadual de educação, em cumprimento à

legislação em vigor.

1.7 Estabelecer, a partir do primeiro ano de vigência do PEE- BA, normas, procedimentos e

prazos para a realização de chamada escolar/senso anual da demanda por creches e pré-escolas

nos municípios da Bahia.

1.8 Estimular em regime de colaboração entre a União, o Estado e os municípios baianos,

até o fim do primeiro ano de vigência do PEE-BA, a oferta, com qualidade, de vagas para a

creche e pré-escola nas redes públicas de Educação Infantil, conforme os Parâmetros Nacionais

de Qualidade e as especificidades de cada município.

1.9 Estimular a ampliação da oferta de vagas em regime de tempo integral em creches e

pré-escolas da rede pública de ensino, de modo que progressivamente todas as crianças de 0

(zero) a 5 (cinco) anos tenha acesso ao ensino integral conforme estabelecido nas Diretrizes

Curriculares Nacionais da Educação Infantil.

1.10 Estimular a criação e/ou ampliação de áreas verdes nas instituições de Educação Infantil

de Educação, em regime de colaboração entre a União, Estado e Municípios, bem como a

garantia de espaços adequados para jogos, brincadeiras e outras experiências da cultura lúdica

infantil, ampliando as relações da infância com a cultura, o meio ambiente e a educação.

1.11 Fomentar apoio técnico-pedagógico aos municípios para a criação, até o fim do segundo

ano de vigência deste PEE, de um setor específico de Educação Infantil nas Secretarias

Municipais de Educação e para a elaboração de orientações e diretrizes municipais para a

Educação Infantil.

1.12 Formular e executar, em regime de colaboração entre a União, o Estado e os municípios,

a partir do segundo ano de vigência do PEE-BA, políticas públicas de formação inicial e

continuada para professores, coordenadores pedagógicos, gestores escolares e demais

profissionais de educação que trabalham em instituições de Educação Infantil (creche e pré-

escolas), de modo que progressivamente o atendimento na Educação Infantil seja realizado por

profissionais com formação em nível superior (Licenciatura em Pedagogia).

1.13 Estimular a articulação entre pós-graduação, núcleos de pesquisa e cursos de formação

para profissionais da educação, de modo a garantir a elaboração de currículos e propostas

pedagógicas que incorporem os avanços de pesquisas ligadas ao processo de ensino-

aprendizagem e às teorias educacionais no atendimento da população de 0 (zero) a 5 (cinco)

anos.

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

1.14 Disciplinar que todos os municípios tenham, até 2019, sua política pública para

Educação Infantil consolidada, em acordo com a legislação em vigor, com base nas diretrizes e

orientações nacionais, bem como nas normas complementares estaduais e municipais.

1.15 Instituir que até o fim do terceiro ano de vigência deste PEE, as instituições que ofertam

a Educação Infantil nos municípios baianos tenham formulado sua Proposta Pedagógica e

Curricular, com a participação dos profissionais de educação e da comunidade escolar,

observando as orientações e a legislação educacional em vigor para o atendimento de crianças

de 0 a 5 anos de idade.

1.16 Criar e implementar, a partir do segundo ano de vigência deste PEE a avaliação da

Educação Infantil, a ser realizada a cada dois anos, com base nos indicadores da qualidade na

educação infantil orientados pelo MEC, a fim de aferir a infraestrutura física, o quadro de

pessoal, as condições de gestão, os recursos pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre

outros indicadores relevantes.

1.17 Garantir o acesso à educação infantil aos (às) alunos (as) com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação e fomentar a oferta do

atendimento educacional especializado complementar e suplementar, assegurando a educação

bilíngue para crianças surdas e a transversalidade da educação especial nessa etapa da educação

básica.

1.18 Garantir alimentação escolar adequada para todas as crianças atendidas nas instituições

de Educação Infantil públicas e conveniadas.

1.19 Formatar procedimentos para ampliação do quadro efetivo de professores e

coordenadores pedagógicos por meio de concurso público para a Educação Infantil.

1.20 Garantir que a docência na Educação Infantil seja exercida por um professor habilitado,

conforme a legislação educacional em vigor.

1.21 Fomentar a criação e ampliação do acervo literário, de brinquedos, de jogos, de

instrumentos musicais/sonoros, de tecnologias educacionais, de materiais e objetos educativos

nas escolas de Educação infantil, para garantir à criança o acesso a processos de construção,

articulação e ampliação de conhecimentos e aprendizagens de/em diferentes linguagens.

1.22 Promover projetos e ações, em caráter complementar, com foco no desenvolvimento

integral das crianças de até 3 (três) anos de idade, articulando as áreas de educação, saúde e

assistência social.

1.23 Empreender junto à Secretaria da Educação, a articulação e colaboração com os

Municípios, até o final do 1º (primeiro) ano de vigência deste PEE, para elaborar e encaminhar

ao Conselho Estadual de Educação precedida de consulta pública, proposta e diretrizes

curriculares para a educação infantil.

3.2. Ensino Fundamental

Meta 2: Universalizar o Ensino Fundamental de 9 anos para toda a população de 6 a 14 anos e

garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o

último ano de vigência deste PNE.

Estratégias:

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

2.1) promover a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, no campo e na cidade,

em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância,

adolescência e juventude;

2.2) desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, a

organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário,

considerando as especificidades curriculares, seja no âmbito das escolas urbanas, do campo,

das comunidades itinerantes, indígenas e quilombolas;

2.3) estimular a oferta do ensino fundamental, em especial dos anos iniciais, para as

populações do campo, indígenas e quilombolas, nas próprias comunidades, garantindo

condições de permanência dos estudantes nos seus espaços socioculturais;

2.4) empreender junto à Secretaria da Educação, a articulação e colaboração com os

Municípios, até o final do 1º (primeiro) ano de vigência deste PEE, para elaborar e encaminhar

ao Conselho Estadual de Educação, precedida de consulta pública, proposta de direitos e

objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para os (as) alunos (as) do ensino fundamental,

considerada o caráter específico das localidades onde se situam as escolas;

2.5) criar mecanismos que privilegiem o acompanhamento individualizado dos (as) alunos

(as) do ensino fundamental com dificuldade de aprendizagem;

2.6) fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanência e do

aproveitamento escolar dos beneficiários de programas de transferência de renda, bem como

das situações de discriminação, preconceitos e violências na escola, visando ao estabelecimento

de condições adequadas para o sucesso escolar dos (as) alunos (as), em colaboração com as

famílias e com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e

juventude;

2.7) disciplinar no âmbito dos sistemas de ensino, a participação dos docentes e gestores

escolares na organização do trabalho pedagógico e das ações de gerenciamento, sobretudo nas

responsabilidades adstritas às atividades previstas nos arts. 12, 13 e 14 da Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional, na grade horária interna às escolas para o desenvolvimento dessas

ações, com destaque para adequação do calendário escolar de acordo com a realidade local, a

identidade cultural e a territorialidade, cabendo ao Conselho Estadual de Educação a

responsabilidade de emissão das normas pertinentes ao assunto, de forma conjunta com os

Conselhos Municipais de Educação;

2.8) promover a relação das escolas com instituições e movimentos culturais, a fim de

garantir a oferta regular de atividades culturais para a livre fruição dos (as) alunos (as), dentro e

fora dos espaços escolares, ratificando ainda que as escolas se tornem pólos de criação e

difusão cultural;

2.9) incentivar a participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento das atividades

escolares dos filhos por meio do estreitamento das relações entre as escolas e as famílias;

2.10) implementar formas alternativas de oferta do ensino fundamental, garantida a qualidade,

para atender aos filhos e filhas de profissionais que se dedicam a atividades de caráter itinerante

e aquelas associadas à colheita;

2.11) oferecer atividades extracurriculares de incentivo aos discentes para se sublinhar a

expectativa da aproximação permanente entre escola e comunidade, inclusive mediante

certames e concursos nacionais;

2.12) promover atividades de desenvolvimento e estímulo a habilidades esportivas nas

escolas, interligadas a um plano de disseminação do desporto educacional e de

desenvolvimento esportivo nacional;

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

2.13) articular com as IES programas de formação continuada e inicial de professores

alfabetizadores, para atender as diferentes modalidades da educação do campo, indígena,

quilombola, jovens e adultos, língua portuguesa como segunda língua para surdos e libras como

primeira língua;

2.14) assegurar que a questão da diversidade cultural-religiosa, sobre gênero, etnia e

orientação sexual seja objeto de tratamento didático-pedagógico e integre o currículo dos

estudantes, integrando-se como eixos de estudo no Programa Nacional do Livro Didático;

2.15) instituir programas na educação básica, em todas as etapas, níveis e modalidades, que

contribuam para uma cultura em direitos humanos, visando ao enfrentamento ao trabalho

infantil, ao racismo, ao sexismo, à homofobia e a todas as formas de discriminação;

2.16) apoiar a organização pedagógica, o currículo e as práticas pedagógicas das classes

multisseriadas, garantindo que não haja o transporte de crianças dos anos iniciais do ensino

fundamental do campo, para escolas nucleadas ou para a cidade;

2.17) consolidar o financiamento público para as Escolas Famílias Agrícolas, nos termos do

disposto pela Lei Estadual nº. 11.352 de 23 de dezembro de 2008, garantida prerrogativa

técnica da pedagogia da alternância para a concepção e organização do currículo nestas escolas;

3.3. Ensino Médio

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e

elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no Ensino

Médio para 85%.

Estratégias:

3.1) instituir programa estadual de renovação do ensino médio em articulação com o

programa nacional, a fim de incentivar práticas pedagógicas com abordagens interdisciplinares

estruturadas pela relação entre teoria e prática, por meio de currículos escolares que organizem

de maneira flexível e diversificada os conteúdos obrigatórios e eletivos, integrados às

dimensões como ciência, trabalho, linguagens, tecnologia, cultura e esporte, garantindo-se a

produção de sequencias didáticas correlatas às dimensões, a produção de material didático

específico, a formação continuada de professores de modo acordado com instituições

acadêmicas, esportivas e culturais, o exercício de atividades de experimentação em ciências da

natureza, com destaque para as escolas de ensino médio no campo em que se deve, neste caso,

considerar as experiências desenvolvidas pelos movimentos sociais do campo;

3.2) fomentar programas de educação e de cultura para a população urbana e do campo de

jovens da faixa etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, e de adultos, com qualificação

social e profissional para aqueles que estejam fora da escola e com defasagem no fluxo escolar;

3.3) estimular a expansão das matrículas gratuitas de ensino médio integrado à educação

profissional, observando-se as peculiaridades das populações do campo, das comunidades

indígenas e quilombolas, adotando até o fim do segundo ano de vigência deste PEE a nucleação

das escolas nas comunidades;

3.4) integrar anualmente as avaliações sistêmicas do ensino médio ao modus operandi do

funcionamento de todas as unidades escolares do ensino médio, seja na dimensão do

pedagógico ou na dimensão do administrativo escolar, para que se façam as reprogramações de

planejamento e de desenvolvimento do currículo a partir das considerações adjuntas aos

resultados das avaliações;

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

3.5) articular em colaboração com a União e com participação direta da Secretaria de

Educação do Estado – ouvida a sociedade, a elaboração pelo Conselho Estadual de Educação,

até o 1º ano de vigência deste PEE, proposta de direitos e objetivos de aprendizagem e

desenvolvimento para os (as) alunos (as) de ensino médio, a serem atingidos nos tempos e

etapas de organização deste nível de ensino, com vistas a garantir formação básica comum;

3.6) garantir a fruição de bens e espaços culturais, de forma regular, bem como a ampliação

do acesso a cultura corporal e a prática esportiva, integrada ao currículo escolar;

3.7) manter e ampliar programas e ações de correção de fluxo do ensino fundamental, por

meio do acompanhamento individualizado do (a) aluno (a) com rendimento escolar defasado e

pela adoção de práticas como aulas de reforço no turno complementar, estudos de recuperação

e progressão parcial, de forma a reposicioná-lo no ciclo escolar de maneira compatível com sua

idade;

3.8) promover a busca ativa da população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos fora da escola,

em articulação com os serviços de assistência social, saúde e proteção à adolescência e à

juventude;

3.9) redimensionar a oferta de ensino médio nos turnos diurno e noturno, bem como a

distribuição territorial das escolas de ensino médio, de forma a atender a toda a demanda, de

acordo com as necessidades específicas dos (as) alunos (as);

3.10) desenvolver formas alternativas de oferta do ensino médio, garantida a qualidade, para

atender aos filhos e filhas de profissionais que se dedicam a atividades de caráter itinerante;

3.11) implementar políticas de prevenção à evasão motivada por preconceito ou quaisquer

formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas associadas de exclusão;

3.12) estimular a participação dos adolescentes nos cursos das áreas tecnológicas e científicas.

3.13) formular e implementar, progressivamente, políticas de gestão das unidades escolares da

educação básica pública que assegure foco no cumprimento das metas propostas neste plano.

3.14) implementar a oferta de escolas do ensino médio no campo com a criação de escolas de

ensino médio e/ou vinculação dos anexos das escolas do campo;

3.15) consolidar o financiamento público para as Escolas Famílias Agrícolas, nos termos do

disposto pela Lei Estadual nº. 11.352 de 23 de dezembro de 2008, garantida prerrogativa

técnica da pedagogia da alternância para a concepção e organização do currículo nestas escolas;

3.16) universalizar o Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, fundamentado em matriz de

referência do conteúdo curricular do ensino médio e em técnicas estatísticas e psicométricas

que permitam comparabilidade de resultados, articulando-o com o Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Básica - SAEB, e promover sua utilização como instrumento de

avaliação sistêmica, para subsidiar políticas públicas para a educação básica, de avaliação

certificadora, possibilitando aferição de conhecimentos e habilidades adquiridos dentro e fora

da escola, e de avaliação classificatória, como critério de acesso à educação superior;

3.17) estruturar e fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência

dos e das jovens beneficiários (as) de programas de transferência de renda, no ensino médio,

quanto à frequência, ao aproveitamento escolar e à interação com o coletivo, bem como das

situações de discriminação, preconceitos e violências, práticas irregulares de exploração do

trabalho, consumo de drogas, gravidez precoce, em colaboração com as famílias e com órgãos

públicos de assistência social, saúde e proteção à adolescência e juventude;

3.4. Educação Especial/Inclusiva

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à

educação básica e ao atendimento educacional especializado, na rede regular de ensino, com a

garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas

ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

Estratégias:

4.1. empenhar-se de maneira contínua na identificação de todas e quaisquer fontes diretas ou

indiretas de incitação e indução ao preconceito e discriminação eventualmente presentes nos

conteúdos curriculares, práticas pedagógicas, livros, materiais didáticos e comportamentos

individuais e coletivo no espaço escolar, a fim de institucionalizar o combate à discriminação

entre grupos sociais diferenciados, cabendo à escola, por meio dos Colegiados Escolares o zelo,

a precaução e o comportamento institucional vigilante e ao Conselho Estadual de Educação o

preparo de ação normativa orientadora para esta questão, discutida com os sistemas de ensino;

4.2. desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, a

organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário,

considerando as especificidades educativas para o ambiente escolar inclusivo, respeitadas a

natureza das escolas urbanas, do campo e do ethos cultural das comunidades indígenas,

quilombolas e dos povos itinerantes.

4.3. ampliar a implantação de salas de recursos multifuncionais até o sexto de vigência deste

Plano – em parceria com o governo federal, bem como fomentar a formação continuada de

professores e professoras para o atendimento educacional especializado nas escolas urbanas, do

campo, indígenas, das comunidades quilombolas e em áreas onde vivem povos das

comunidades tradicionais;

4.4. promover, no prazo de vigência deste PEE, a universalização do atendimento escolar à

demanda manifesta pelas famílias de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, observado o que

dispõe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional;

4.5. garantir atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais,

classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados, nas formas complementar

e suplementar, a todos (as) alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento

e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de educação básica, conforme

necessidade identificada por meio de avaliação, ouvidos a família e o aluno;

4.6. promover a articulação intersetorial para estimular a criação de centros

multidisciplinares de apoio, pesquisa e assessoria, articulados com instituições acadêmicas e

integrados por profissionais das áreas de saúde, assistência social, pedagogia e psicologia e

tecnologia assistiva, para apoiar o trabalho dos (as) professores da educação básica com os (as)

alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação;

4.7. manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade nas

instituições públicas, para garantir o acesso e a permanência dos (as) alunos (as) com

deficiência por meio da adequação arquitetônica, da oferta de transporte acessível e da

disponibilização de material didático próprio e de recursos de tecnologia assistiva, assegurando,

ainda, no contexto escolar, em todas as etapas, níveis e modalidades de ensino, a identificação

dos (as) alunos (as) com altas habilidades ou superdotação;

4.8. garantir a oferta de educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS como

primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, aos (às)

alunos (as) surdos e com deficiência auditiva de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas e

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

classes bilíngues e em escolas inclusivas, nos termos do que dispõe o Decreto Nº. 5.626 de 22

de dezembro de 2005e dos arts. 24 e 30 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com

Deficiência, bem como a adoção do Sistema Braille de leitura para cegos e surdos-cegos;

4.9. garantir a oferta de educação inclusiva, vedada a exclusão do ensino regular sob

alegação de deficiência e promovida a articulação pedagógica entre o ensino regular e o

atendimento educacional especializado;

4.10. fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola e ao atendimento

educacional especializado, bem como da permanência e do desenvolvimento escolar dos (as)

alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação beneficiários (as) de programas de transferência de renda, juntamente com o

combate às situações de discriminação, preconceito e violência, com vistas ao estabelecimento

de condições adequadas para o sucesso educacional, em colaboração com as famílias e com os

órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, à adolescência e à juventude;

4.11. fomentar pesquisas voltadas para o desenvolvimento de metodologias, materiais

didáticos, equipamentos e recursos de tecnologia assistiva, com vistas à promoção do ensino e

da aprendizagem, bem como das condições de acessibilidade, autonomia e independência

funcional dos (as) estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação;

4.12. promover o desenvolvimento de pesquisas interdisciplinares para subsidiar a

formulação de políticas públicas intersetoriais que atendam as especificidades educacionais de

estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação que requeiram medidas de atendimento especializado;

4.13. promover a articulação intersetorial entre órgãos e políticas públicas de saúde,

assistência social e direitos humanos, em parceria com as famílias, com o fim de desenvolver

modelos de atendimento voltados à continuidade do atendimento escolar, na educação de

jovens e adultos, das pessoas com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento com

idade superior à faixa etária de escolarização obrigatória, de forma a assegurar a atenção

integral ao longo da vida;

4.14. apoiar a ampliação das equipes de profissionais da educação para atender à demanda do

processo de escolarização dos (das) estudantes com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, garantindo a oferta de professores (as) do

atendimento educacional especializado, profissionais de apoio ou auxiliares, tradutores (as) e

intérpretes de Libras, guias-intérpretes para surdos-cegos, professores de Libras,

prioritariamente surdos, e professores bilíngues;

4.15. definir, no segundo ano de vigência deste PEE, indicadores de qualidade e política de

avaliação e supervisão para o funcionamento de instituições públicas e privadas que prestam

atendimento a alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação;

4.16. promover iniciativas, em parcerias com o Ministério da Educação e órgãos de pesquisa,

demografia e estatística competentes, no sentido de obter informações detalhadas sobre o perfil

das pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos;

4.17. incentivar a inclusão como princípio formativo nos cursos de licenciatura e nos demais

cursos de formação para profissionais da educação, inclusive em nível de pós-graduação,

observado o disposto no caput do art. 207 da Constituição Federal, dos referenciais teóricos,

das teorias de aprendizagem e dos processos de ensino-aprendizagem relacionados ao

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

atendimento educacional de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e

altas habilidades ou superdotação;

4.18. promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem

fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando a ampliar as condições de apoio ao

atendimento escolar integral das pessoas com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação matriculadas nas redes públicas de

ensino;

4.19. promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem

fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando a ampliar a oferta de formação

continuada e a produção de material didático acessível, assim como os serviços de

acessibilidade necessários ao pleno acesso, participação e aprendizagem dos estudantes com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação

matriculados na rede pública de ensino;

4.20. promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem

fins lucrativos, conveniadas com o poder público, a fim de favorecer a participação das famílias

e da sociedade na construção do sistema educacional inclusivo;

4.21. disponibilizar recursos de tecnologia assistiva, serviços de acessibilidade e formação

continuada de professores e apoio técnico para os professores e demais profissionais da

educação para o atendimento educacional especializado complementar, nas escolas urbanas e

do campo;

4.22. desenvolver indicadores específicos de avaliação da qualidade da educação especial,

bem como da qualidade da educação bilíngue para surdos, com o aval do Conselho Estadual de

Educação em comum acordo com os Conselhos Municipais de Educação;

4.23. promover à ampliação progressiva da jornada de professores que atuam no atendimento

educacional especializado e em salas multifuncionais, para 40 horas semanais para uma única

escola, de modo a articular melhor as atividades do AEE e do ensino comum regular;

4.24. implementar junto aos Núcleos Regionais de Ensino (NRE), rede de suporte à Educação

Especial, visando aprimorar o Atendimento Educacional Especializado (AEE) realizado nas

escolas, Centros de Educação Especial da rede pública de ensino e instituições conveniadas

com o poder público para prestar serviços no AEE;

3.5. Alfabetização Infantil

Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3o (terceiro) ano do ensino

fundamental.

Estratégias:

5.1) assegurar a alfabetização de crianças do campo, indígenas, quilombolas e de populações

itinerantes, com a produção de materiais didáticos específicos de modo coletivo, e desenvolver

instrumentos de acompanhamento que considerem o uso da língua materna pelas comunidades

indígenas e a identidade cultural das comunidades quilombolas;

5.2) incluir no funcionamento das escolas do campo e da cidade a análise dos instrumentos de

avaliação nacional da alfabetização das crianças, a ser objeto de discussão nos trabalhos

pedagógicos, bem como estimular os sistemas de ensino e as escolas a criarem seus respectivos

instrumentos de avaliação e monitoramento, implementando medidas pedagógicas para

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

alfabetizar todos os alunos e alunas até, no máximo, o final do terceiro ano do ensino

fundamental;

5.3) instituir protocolo de colaboração entre os sistemas públicos de educação em parceria com

os movimentos sociais da educação do campo, com o fito de ampliar e consolidar os processos

de alfabetização para as crianças do campo.

5.4) fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas pedagógicas

inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a

aprendizagem dos (as) alunos (as), consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua

efetividade;

5.6) promover e estimular a formação inicial e continuada de professores (as) para a

alfabetização de crianças, com o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas

pedagógicas inovadoras, estimulando a articulação entre programas de pós-graduação stricto

sensu e ações de formação continuada de professores (as) para a alfabetização;

5.7) apoiar a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas especificidades,

inclusive a alfabetização bilíngue de pessoas surdas, sem estabelecimento de terminalidade

temporal.

5.8) estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do ensino

fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré-escola, com qualificação e

valorização dos (as) professores (as) alfabetizadores e com apoio pedagógico específico, a fim

de garantir a alfabetização plena de todas as crianças;

5.9) selecionar, certificar e divulgar tecnologias educacionais para a alfabetização de crianças,

assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, bem como o acompanhamento

dos resultados nos sistemas de ensino em que forem aplicadas, devendo ser disponibilizadas,

preferencialmente, como recursos educacionais abertos;

3.6. Educação Integral Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das

escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos

(as) da educação básica.

Estratégias:

6.1. adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na escola,

direcionando a expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar, combinado com atividades

recreativas, esportivas e culturais, sempre conciliadas com o princípio da contextualização, dos

trabalhos interdisciplinares, com o diálogo prévio sublinhe a produção de sentidos e

significados, respeitadas as diferenças entre o campo e as áreas urbanas, bem como as

singularidades próprias de cada cultura.

6.2. promover, com o apoio da União, a oferta de educação básica pública em tempo

integral, por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive

culturais e esportivas, de forma que o tempo de permanência dos (as) alunos (as) na escola, ou

sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a 7 (sete) horas diárias durante todo o

ano letivo, com a ampliação progressiva da jornada de professores em uma única escola;

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

6.3. adotar protocolo de medidas pedagógicas, de forma reiterada com os Conselhos

Municipais e sob normativa geral do Conselho Estadual de Educação, para garantir a ampliação

do tempo de permanência na escola sem distinção entre turnos e com perfil de seqüenciamento

de atividades curriculares, integrada ou não com outros espaços educativos da sociedade;

6.4. orientar a aplicação da gratuidade de que trata o art. 13 da Lei no 12.101, de 27 de

novembro de 2009, em atividades de ampliação da jornada escolar de alunos (as) das escolas da

rede pública de educação básica, de forma concomitante e em articulação com a rede pública de

ensino;

6.5. promover, com o apoio da União, a oferta de educação básica pública em tempo

integral, por meio de atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive

culturais e esportivas, de forma que o tempo de permanência dos (as) alunos (as) na escola, ou

sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a 7 (sete) horas diárias durante todo o

ano letivo, com a ampliação progressiva da jornada de professores em uma única escola;

6.6. fomentar a articulação da escola com os diferentes espaços educativos, culturais e

esportivos e com equipamentos públicos, como centros comunitários, bibliotecas, praças,

parques, museus, teatros, cinemas e planetários;

6.7. estimular a oferta de atividades voltadas à ampliação da jornada escolar de alunos (as)

matriculados nas escolas da rede pública de educação básica por parte das entidades privadas

de serviço social vinculadas ao sistema sindical, de forma concomitante e em articulação com a

rede pública de ensino;

6.8. organizar, em regime de colaboração entre os sistemas de ensino, programa de

construção de escolas com padrão arquitetônico e de mobiliário adequado para atendimento em

tempo integral, prioritariamente em comunidades pobres ou com crianças em situação de

vulnerabilidade social;

6.9. garantir a educação em tempo integral para pessoas com deficiência, transtornos globais

do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na faixa etária de 4 (quatro) a 17

(dezessete) anos, assegurando atendimento educacional especializado complementar e

suplementar ofertado em salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em instituições

especializadas;

6.10. Promover nas escolas projetos de enriquecimento curricular de formação dos estudantes

nas áreas de ciência, arte, música, cultura, esporte e cultura corporal, com vistas ao

desenvolvimento integral, convivência, trabalho coletivo e promoção do bem estar psicossocial;

6.11. institucionalizar e manter, em regime de colaboração, programa estadual de ampliação e

reestruturação das escolas públicas, por meio da instalação de quadras poliesportivas,

laboratórios, inclusive de informática, espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios,

cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos, bem como da produção de material

didático e da formação de recursos humanos para a educação em tempo integral;

3.7. Aprendizado Adequado na Idade Certa

Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com

melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias estaduais

para o Ideb:

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

Observação: valores estabelecidos com base na realidade da Bahia

Estratégias:

7.1. consolidar a educação escolar no campo de populações tradicionais, de populações

itinerantes e de comunidades indígenas e quilombolas, respeitando a articulação entre os

ambientes escolares e comunitários e garantindo: o desenvolvimento sustentável e preservação

da identidade cultural; a participação da comunidade na definição do modelo de organização

pedagógica e de gestão das instituições, consideradas as práticas socioculturais e as formas

particulares de organização do tempo; a oferta bilíngue na educação infantil e nos anos iniciais

do ensino fundamental, em língua materna das comunidades indígenas e em língua portuguesa;

a reestruturação e a aquisição de equipamentos; a oferta de programa para a formação inicial e

continuada de profissionais da educação; e o atendimento em educação especial;

7.2. estabelecer e implantar, mediante pactuação interfederativa, diretrizes pedagógicas para

a educação básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de

aprendizagem e desenvolvimento dos (as) alunos (as) para cada ano do ensino fundamental e

médio, respeitada a diversidade regional, estadual e local;

7.3. assegurar que:

a) no quinto ano de vigência deste PEE, pelo menos 70% (setenta por cento) dos (as) alunos

(as) do ensino fundamental e do ensino médio tenham alcançado nível suficiente de

aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de

seu ano de estudo, e 50% (cinquenta por cento), pelo menos, o nível desejável;

b) no último ano de vigência deste PEE, todos os (as) estudantes do ensino fundamental e do

ensino médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e

objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 80% (oitenta por

cento), pelo menos, o nível desejável;

7.4. constituir, em colaboração entre a União, o Estado e os Municípios, um conjunto de

indicadores de avaliação institucional com base no perfil do alunado e do corpo de profissionais

da educação, nas condições de infraestrutura das escolas, nos recursos pedagógicos disponíveis,

nas características da gestão e em outras dimensões relevantes, considerando as especificidades

das modalidades de ensino;

7.5. induzir processo contínuo de autoavaliação das escolas de educação básica, por meio da

constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas,

destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade

IDEB 2015 2017 2019 2021

Anos iniciais do ensino fundamental 5,2 5,5 5,7 6,0

Anos iniciais do ensino fundamental (4,3 – Bahia) (4,6) (4,9) (5,1) (5,3)

Anos finais do ensino fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5

Anos finais do ensino fundamental (3,4 – Bahia) (4,0) (4,3) (4,5) (4,8)

Ensino médio 4,3 4,7 5,2 5,2

Ensino Medio (2,8 – Bahia) (3,6) (4,1) (4,5) (4,6)

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

educacional, a formação continuada dos (as) profissionais da educação e o aprimoramento da

gestão democrática;

7.6. formalizar e executar os planos de ações articuladas dando cumprimento às metas de

qualidade estabelecidas para a educação básica pública e às estratégias de apoio técnico e

financeiro voltadas à melhoria da gestão educacional, à formação de professores e professoras e

profissionais de serviços e apoio escolares, à ampliação e ao desenvolvimento de recursos

pedagógicos e à melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar;

7.7. associar a prestação de assistência técnica financeira aos sistemas de ensino – em todas

as instâncias do regime de colaboração – à fixação de metas intermediárias, nos termos

estabelecidos conforme pactuação voluntária entre os entes, priorizando sistemas e redes de

abaixo ensino com Ideb da média nacional;

7.8. orientar as políticas das redes, dos sistemas de ensino e das unidades de ensino a

buscar atingir as metas do IDEB, diminuindo a diferença entre as escolas com os menores

índices e a média nacional, garantindo equidade da aprendizagem e reduzindo pela metade, até

o último ano de vigência deste PEE, as diferenças entre as médias dos índices dos Estados e dos

Municípios;

7.9. melhorar o desempenho dos alunos da educação básica nas avaliações da aprendizagem

no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - PISA, tomado como instrumento

externo de referência, internacionalmente reconhecido;

7.10. incentivar o desenvolvimento, selecionar, certificar e divulgar tecnologias educacionais

para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio e incentivar práticas

pedagógicas inovadoras que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem,

assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, com preferência

para softwares livres e recursos educacionais abertos, bem como o acompanhamento dos

resultados nos sistemas de ensino em que forem aplicadas;

7.11. desenvolver pesquisas de modelos alternativos de atendimento escolar para a população

do campo que considerem as especificidades locais e as boas práticas nacionais e

internacionais;

7.12. universalizar, até o quinto ano de vigência deste PEE, o acesso à rede mundial de

computadores em banda larga de alta velocidade e triplicar, até o final da década, a relação

computador/aluno (a) nas escolas da rede pública de educação básica, promovendo a utilização

pedagógica das tecnologias da informação e da comunicação;

7.13. apoiar técnica e financeiramente a gestão escolar mediante transferência direta de

recursos financeiros à escola, garantindo a participação da comunidade escolar no planejamento

e na aplicação dos recursos, visando à ampliação da transparência e ao efetivo desenvolvimento

da gestão democrática;

7.14. assegurar a todas as escolas públicas de educação básica o acesso a energia elétrica,

abastecimento de água tratada, esgotamento sanitário e manejo dos resíduos sólidos, garantir o

acesso dos alunos a espaços para a prática esportiva, a bens culturais e artísticos e a

equipamentos e laboratórios de ciências e, em cada edifício escolar, garantir a acessibilidade às

pessoas com deficiência;

7.15. institucionalizar e manter, em regime de colaboração, programa estadual de

reestruturação e aquisição de equipamentos para escolas públicas, visando à equalização

regional das oportunidades educacionais;

7.15) prover equipamentos e recursos tecnológicos digitais para a utilização pedagógica no

ambiente escolar a todas as escolas públicas da educação básica, criando, inclusive,

mecanismos para implementação das condições necessárias para a universalização das

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

bibliotecas nas instituições educacionais, com acesso a redes digitais de computadores,

inclusive a internet;

7.16) garantir políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo desenvolvimento de

ações destinadas à capacitação de educadores para detecção dos sinais de suas causas, como a

violência doméstica e sexual, favorecendo a adoção das providências adequadas para promover

a construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade;

7.17) implementar políticas de inclusão e permanência na escola para adolescentes e jovens que

se encontram em regime de liberdade assistida e em situação de rua, assegurando os princípios

da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente;

7.18) garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a história e as culturas afro-brasileira e

indígenas e implementar ações educacionais, nos termos das Leis nos. 10.639, de 9 de janeiro de

2003 e 11.645, de 10 de março de 2008, assegurando-se a implementação das respectivas

diretrizes curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas com fóruns de educação para

a diversidade étnico-racial, conselhos escolares, equipes pedagógicas e a sociedade civil;

7.20) desenvolver currículos e propostas pedagógicas específicas para educação escolar para as

escolas do campo e para as comunidades indígenas e quilombolas, incluindo os conteúdos

culturais correspondentes às respectivas comunidades e considerando o fortalecimento das

práticas socioculturais e da língua materna de cada comunidade indígena, produzindo e

disponibilizando materiais didáticos específicos, inclusive para os (as) alunos (as) com

deficiência;

7.21) mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação formal com

experiências de educação popular e cidadã, com os propósitos de que a educação seja assumida

como responsabilidade de todos e de ampliar o controle social sobre o cumprimento das

políticas públicas educacionais;

7.22) promover, com especial ênfase, em consonância com as diretrizes do Plano Nacional do

Livro e da Leitura, a formação de leitores e leitoras e a capacitação de professores e

professoras, bibliotecários e bibliotecárias e agentes da comunidade para atuar como

mediadores e mediadoras da leitura, de acordo com a especificidade das diferentes etapas do

desenvolvimento e da aprendizagem;

7.23) estabelecer políticas de estímulo às escolas que melhorarem o desempenho no Ideb, de

modo a valorizar o mérito do corpo docente, da direção e da comunidade escolar.

3.8. Escolaridade Média

Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de

modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano,

para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e

cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros

declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Estratégias:

8.1. institucionalizar e consolidar até o fim do primeiro ano deste PEE política de educação

de jovens e adultos na rede pública de ensino, respeitando as condições de atendimento às

especificidades que demandam os jovens, os adultos e os idosos, respeitadas as situações de

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

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vida e identidade e salientados os fatores internos como gestão pedagógica e administrativa

específicas, formação dos educadores renovada e diferente das ofertas usuais, currículos

apropriados e funcionamento escolar diferenciado;

8.2. assegurar o aumento da escolaridade média para a população do campo, com

implicações no que concerne à política curricular em todos os níveis e modalidades para que

tenha oferta pública de serviços educacionais, preferencialmente com ampliação do tempo de

permanência na escola e de modo inequívoco com os processos contextualizados para a

convivência com o semiárido;

8.3. implementar programas de educação de jovens e adultos para os segmentos

populacionais que estejam fora da escola e com defasagem idade-série, associados a outras

estratégias que garantam a continuidade da escolarização após a alfabetização inicial,

respeitadas as condições culturais do campo e da cidade, do urbano e do rural, de maneira a se

assumir as peculiaridades culturais como paradigma curricular;

8.4. promover as devidas articulações intersetoriais para expansão da escolaridade da

população baiana, em parceria com as áreas da ciência e tecnologia, saúde, trabalho,

desenvolvimento social, cultura e justiça, priorizando estudantes com rendimento escolar

defasado e considerando-se as especificidades dos segmentos populacionais específicos,

ressaltada a integração com a educação profissional;

8.5. assegurar o ordenamento escolar diferenciado, seja na estrutura do seu funcionamento e

do modo de ser do currículo, que garanta acesso gratuito a exames de certificação de conclusão

dos ensinos fundamental e médio para os que não tiveram oportunidade de matrícula à época da

oferta regular ou os que têm escolaridade deficitária, insuficiente ou incompleta;

8.6. institucionalizar programas e desenvolver tecnologias para correção de fluxo, com

ênfase no acompanhamento pedagógico individualizado e na recuperação e progressão parcial,

bem como priorizar estudantes com rendimento escolar defasado, considerando as

especificidades dos segmentos populacionais envolvidos na correção de fluxo;

8.7. expandir a oferta gratuita de educação profissional técnica por parte das entidades

privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de forma

concomitante ao ensino ofertado na rede escolar pública, para os segmentos populacionais

considerados;

8.8. promover o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola específicos para os

segmentos populacionais identificados com sucessivos abandonos e variados motivos de

absenteísmo, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, em permanente

colaboração interfederativa, para ampliar a garantia de frequência e consolidar apoio à

aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do atendimento desses (as) estudantes na

rede pública regular de ensino;

8.9. institucionalizar programas e desenvolver tecnologias para correção de fluxo, para

acompanhamento pedagógico individualizado e para recuperação e progressão parcial, bem

como priorizar estudantes com rendimento escolar defasado, considerando as especificidades

dos segmentos populacionais considerados;

8.10. garantir o acesso gratuito ao ensino fundamental, ensino médio e ensino médio

integrado a educação profissional e tecnológica aos jovens, adultos e idosos considerando suas

especificidades ao praticar metodologias adequadas às faixas etárias e diversidade cultural dos

seus sujeitos;

8.11. promover a busca ativa de jovens, adultos e idosos que não tiveram o direito à educação

efetivado e se encontram fora da escola, em parceria com a assistência social, saúde e justiça;

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

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Em contínua revisão, até 23.5.2015

8.12. planejar até o segundo ano de vigência deste PEE a oferta da educação de jovens e

adultos em unidades prisionais e requalificar a das unidades socioeducativas, de internação ou

de semiliberdade, com destaque para o reordenamento gerencial e para a concepção curricular

pertinente, assegurada a condição normativa pelo Conselho Estadual de Educação sobre o

assunto para garantia da institucionalidade desse padrão de oferta educativa no âmbito dos

sistemas de ensino;

8.13. ofertar atendimento educacional especializado complementar e suplementar para o

público alvo da educação especial matriculado na modalidade EJA, em salas de recursos

multifuncionais da própria escola, de outra escola da rede pública e/ou em instituições

conveniadas e centros de atendimento educacional especializados;

8.14. implementar programas para uso e produção de tecnologias digitais e multimídias na

EJA, equipando as escolas com computadores em condições efetivas de uso e capacitando

professores que atuam nesta modalidade para uso didático-pedagógico das TIC;

8.15. disciplinar, como sendo obrigatória à oferta de componentes curriculares que tratem do

estudo da EJA nos projetos pedagógicos e matrizes curriculares dos cursos de graduação em

licenciatura e pedagogia;

8.16. promover em parceria com as IES oferta de cursos de pós-graduação, inclusive na

modalidade stricto senso, na área de Educação de Jovens e Adultos, priorizando a formação dos

profissionais que atuam nesta modalidade de ensino;

3.9. Alfabetização e Alfabetismo Funcional de Jovens e Adultos

Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5%

(noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste

PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de

analfabetismo funcional.

Estratégias:

9.1. proceder o levantamento de dados sobre a demanda por EJA, na cidade e no campo,

para subsidiar a formulação da política pública que garanta o acesso e a permanência a jovens,

adultos e idosos a esta modalidade da educação básica, ampliando o acompanhamento,

avaliação e fiscalização dos recursos destinados para este fim e assegurando a oferta gratuita da

educação de jovens e adultos a todos os que não tiveram acesso à educação básica na idade

própria;

9.2. realizar diagnóstico dos jovens e adultos com ensino fundamental e médio incompletos,

para identificar a demanda ativa por vagas na educação de jovens e adultos, realizando as

chamadas públicas regulares para educação de jovens e adultos, promovendo-se busca ativa em

colaboração com os entes federados e em parceria com organizações da sociedade civil;

9.3. realizar avaliação, por meio de exames específicos, que permita aferir o grau de

alfabetização de jovens e adultos com mais de 15 (quinze) anos de idade;

9.4. executar ações de atendimento ao (à) estudante da educação de jovens e adultos por

meio de programas suplementares de transporte, alimentação e saúde, inclusive atendimento

oftalmológico e fornecimento gratuito de óculos, em articulação com a área da saúde;

9.5. assegurar a oferta de educação de jovens e adultos, nas etapas de ensino fundamental e

médio, às pessoas privadas de liberdade em estabelecimentos penais;

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representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

9.6. apoiar técnica e financeiramente projetos inovadores na educação de jovens e adultos

que visem ao desenvolvimento de modelos adequados às necessidades específicas desses (as)

alunos (as);

9.7. estabelecer mecanismos e incentivos que integrem os segmentos empregadores,

públicos e privados, e os sistemas de ensino, para promover a compatibilização da jornada de

trabalho dos empregados e das empregadas com a oferta das ações de alfabetização e de

educação de jovens e adultos;

9.8. promover a integração da EJA com políticas públicas de saúde, trabalho, meio

ambiente, cultura e lazer entre outros, na perspectiva da formação integral dos cidadãos.

9.9. implementar programas de capacitação tecnológica da população jovem e adulta,

direcionados para os segmentos com baixos níveis de escolarização formal e para os (as) alunos

(as) com deficiência, articulando os sistemas de ensino, a Rede Federal de Educação

Profissional, Científica e Tecnológica, as universidades, as cooperativas e as associações, por

meio de ações de extensão desenvolvidas em centros vocacionais tecnológicos, com

tecnologias assistivas que favoreçam a efetiva inclusão social e produtiva dessa população;

9.10. articular parcerias intersetoriais entre as políticas de Educação de Jovens e Adultos com

as culturais, para que educandos, educadores/profissionais da EJA sejam beneficiados por

ações que permitam o acesso à expressão e à produção cultural, em suas diferentes linguagens e

expandindo possibilidades de oferta da educação profissional da área cultural para a EJA, em

plena aderência com a Lei nº. 13.018 de 22 de julho de 2014 que dispõe sobre a Política

Nacional de Cultura Viva.

3.10. EJA Integrada à Educação Profissional

Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de

jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

Estratégias:

10.1. fomentar a integração da educação de jovens e adultos com a educação profissional, em

cursos planejados, de acordo com as características do público da educação de jovens e adultos

e considerando as especificidades das populações itinerantes e do campo e das comunidades

indígenas, quilombolas e povos das comunidades tradicionais, inclusive na modalidade de

educação a distância;

10.2. implementar programas de formação tecnológica da população jovem e adulta,

direcionados para os segmentos com baixos níveis de escolarização formal, do campo e da

cidade, bem como para os(as) educandos(as) com deficiência, articulando os sistemas de

ensino, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, as universidades, as

cooperativas e as associações, por meio de ações de extensão desenvolvidas em centros

tecnológicos, com tecnologias assistivas que favoreçam a efetiva inclusão social;

10.3. manter programa de educação de jovens e adultos, em parceria com o governo federal e

os municípios, voltado à conclusão do ensino fundamental e à formação profissional inicial, de

forma a estimular a conclusão da educação básica;

10.4. expandir as matrículas na educação de jovens e adultos, de modo a articular a formação

inicial e continuada de trabalhadores com a educação profissional, objetivando a elevação do

nível de escolaridade do trabalhador e da trabalhadora;

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37

Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

10.5. ampliar as oportunidades profissionais dos jovens e adultos com deficiência e baixo nível

de escolaridade, por meio do acesso à educação de jovens e adultos articulada à educação

profissional;

10.6. fomentar a oferta pública de formação inicial e continuada para trabalhadores e

trabalhadoras articulada à educação de jovens e adultos, em regime de colaboração e com apoio

colaborativo de entidades privadas de formação profissional vinculadas ao sistema sindical e de

entidades sem fins lucrativos de atendimento à pessoa com deficiência, com atuação exclusiva

na modalidade;

10.7. fomentar a produção de material didático, o desenvolvimento de currículos e

metodologias específicas, os instrumentos de avaliação, o acesso a equipamentos e laboratórios

e a formação inicial e continuada de docentes das redes públicas que atuam na EJA integrada à

educação profissional;

10.8. articular oportunidades profissionais aos jovens, adultos e idosos com deficiência e baixo

nível de escolaridade, por meio do acesso à educação de jovens e adultos articulada à educação

profissional;

10.9. garantir oferta pública e gratuidade de formação inicial e continuada de trabalhadores

integrada à educação de jovens e adultos das redes estaduais e municipais, o acesso às

estruturas físicas e materiais disponíveis nas entidades privadas de formação profissional, do

campo sindical ou empresarial, em regime de colaboração, com vistas a consolidar a expansão

da proposta de integração entre EJA e educação profissional;

10.10. fomentar diversificação curricular da educação de jovens e adultos integrada a educação

profissional, promovendo a inter-relação entre teoria e prática nos eixos da ciência, do trabalho,

da tecnologia, da cultura e da cidadania, de forma a organizar o tempo e o espaço pedagógicos

adequados às características de jovens e adultos;

10.11. implementar e ampliar mecanismos de reconhecimento e valorização dos saberes e

experiências de jovens e adultos trabalhadores, adquiridos para além do espaço escolar, a serem

considerados na integralização curricular dos cursos de formação inicial e continuada e nos

cursos técnicos de nível médio;

10.12. orientar, em regime de colaboração com os entes federados, a expansão da oferta de

educação de jovens e adultos articulada à educação profissional, de modo a atender às pessoas

privadas de liberdade nos estabelecimentos penais e em unidades socioeducativas,

assegurando-se a reorientação para formação específica dos docentes, do funcionamento

escolar e da gestão técnica-pedagógica das unidades escolares;

10.13. garantir aumento progressivo de matrícula dos egressos de programas de alfabetização

de jovens e adultos, nos níveis seguintes da educação básica e ensino profissionalizante, tendo

em vista a continuidade dos estudos e a elevação da escolaridade desses sujeitos;

3.11. Educação Profissional

Meta 11: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a

qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

Estratégias:

11.1. expandir o atendimento do ensino médio gratuito integrado à formação profissional para

as populações do campo e para as comunidades indígenas, quilombolas e povos das

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38

Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

comunidades tradicionais, de acordo com as expectativas sócio-regionais e escuta das

representações institucionais dessas comunidades;

11.2. reduzir as desigualdades étnico-raciais e regionais, com destaque para as peculiaridades

entre campo e cidade, cultura local e identidade sócio-regional, no acesso e permanência na

educação profissional técnica de nível médio, inclusive mediante a adoção de políticas

afirmativas, na forma da lei, no âmbito do sistema estadual de ensino da educação básica;

11.3. articular a expansão das matrículas de educação profissional técnica de nível médio na

Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, levando em consideração a

responsabilidade dos Institutos na ordenação territorial, sua vinculação com arranjos

produtivos, sociais e culturais locais e regionais, bem como a interiorização da educação

profissional;

11.4. estimular a oferta da educação profissional tecnológica de graduação e de pós-

graduação em integração com a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e

Tecnológica e com as instituições universitárias de educação superior levando em consideração

a responsabilidade dos Institutos na ordenação territorial, sua vinculação com arranjos

produtivos, sociais e culturais locais e regionais, bem como a interiorização da educação

profissional;

11.5. fomentar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio nas redes

públicas estaduais de ensino;

11.6. fomentar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio na

modalidade de educação a distância, com a finalidade de ampliar a oferta e democratizar o

acesso à educação profissional pública e gratuita, assegurado padrão de qualidade;

11.7. estimular a expansão do estágio na educação profissional técnica de nível médio e do

ensino médio regular, preservando-se seu caráter pedagógico integrado ao itinerário formativo

do aluno, visando à formação de qualificações próprias da atividade profissional, à

contextualização curricular e ao desenvolvimento da juventude;

11.8. ampliar a oferta de programas de reconhecimento de saberes para fins de certificação

profissional em nível técnico;

11.9. ampliar a oferta de matrículas gratuitas de educação profissional técnica de nível médio

pelas entidades privadas de formação profissional vinculadas ao sistema sindical e entidades

sem fins lucrativos de atendimento à pessoa com deficiência, com atuação exclusiva na

modalidade;

11.10. institucionalizar sistema de avaliação da qualidade da educação profissional técnica de

nível médio das redes escolares públicas e privadas;

11.11. expandir a oferta de educação profissional técnica de nível médio para as pessoas com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

11.12. estruturar sistema estadual de informação profissional, articulando a oferta de formação

das instituições especializadas em educação profissional aos dados do mercado de trabalho e a

consultas promovidas em entidades empresariais e de trabalhadores.

3.12. Educação Superior

Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento)

e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e

quatro) anos, assegurada à qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por

cento) das novas matrículas, no segmento público.

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

Estratégias:

12.1. expandir atendimento específico a populações do campo e comunidades indígenas e

quilombolas, ciganos, comunidades tradicionais (marisqueiros/as, pescadores, comunidades de

fundo de pasto, povos de santo, dentre outros) em relação a acesso, permanência, conclusão e

formação de profissionais para atuação nessas populações;

12.2. articular um fórum de interlocução entre as instituições públicas que atuam no nível da

educação superior, inerente ao âmbito das suas ações e atividades formativas de graduação e

pós-graduação, fundado no fortalecimento da colaboração interfederativa e no pacto

cooperativo, diálogo interinstitucional, reafirmação das competências instituídas pela LDB e

pelo disposto no art. 4º da Emenda Constitucional nº. 59, cuja finalidade é o encaminhamento

pertinente às seguintes proposições, para sustentar política de acesso e incremento à taxa

líquida de matrícula na educação superior na Bahia:

12.2.1. planejar e instituir programas específicos para a formação de professores e outros

profissionais da educação para escolas do campo, das comunidades indígenas e quilombolas,

povos das comunidades tradicionais, bem como para a educação especial, em conjunto com

as IES públicas – universitárias ou não, Secretaria da Educação, Secretaria de

Desenvolvimento Regional, Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Secretaria

de Ciência, Tecnologia e Inovação, a partir de um protocolo originado na Coordenação de

Desenvolvimento da Educação Superior da Secretaria da Educação do Estado da Bahia;

12.2.2. instituir normativa para o disposto nos parágrafos 2º e 4º do art. 47 da LDB quanto

ao regime de avanço curricular e oferta de vagas em cursos noturnos, de modo a se atingir

até o final deste Plano o percentual de 1/3 delas, no conjunto global das vagas ofertadas;

12.2.3. viabilizar mecanismos acadêmicos que contribuam para certificar competências e

modos alternativos de matrícula a estudantes nos LDB, contribuindo para incrementar

acesso à educação superior;

12.2.4. encaminhar protocolo de referência para o governo federal, no sentido de buscar

ampliação para as políticas de inclusão e de assistência estudantil dirigidas aos discentes de

instituições públicas baianas, com destaque aos das universidades estaduais;

12.2.5. acompanhar a oferta de vagas por meio dos bolsistas de instituições privadas de

educação superior e beneficiários do Fundo de Financiamento Estudantil - FIES, de que trata

a Lei no 10.260, de 12 de julho de 2001, para discutir e convergir redução das desigualdades

étnico-raciais e, ademais, ampliar as taxas de acesso e permanência e sucesso na educação

superior de estudantes egressos da escola pública, afrodescendentes e indígenas e de

estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação;

12.2.6. ampliar a oferta de estágio supervisionado como experiência formativa curricular

nos projetos pedagógicos e matrizes curriculares na educação superior, com formas de

intercâmbio entre as instituições de educação superior públicas e otimização da Lei nº.

11.788 de 25 de setembro de 2008;

12.2.7. consolidar e ampliar programas e ações de incentivo à mobilidade estudantil e

docente em cursos de graduação e pós-graduação, em âmbito estadual, tendo em vista o

enriquecimento da formação de nível superior;

12.2.8. implementar e ampliar programas que assegurem maior participação proporcional

de grupos historicamente desfavorecidos na educação superior, mediante a adoção de

políticas afirmativas;

12.2.9. assegurar condições de acessibilidade física, da comunicação e didático-pedagógica

nas instituições de educação superior, na forma da legislação, de forma a garantir autonomia

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

funcional, aprendizagem e desenvolvimento aos alunos com deficiência e demais grupos

público-alvo da Educação Especial;

12.2.10. fomentar estudos e pesquisas que analisem a necessidade de articulação entre

formação, currículo, pesquisa e mundo do trabalho, considerando as necessidades

econômicas, sociais e culturais do País;

12.2.11. mapear a demanda e fomentar a oferta de formação de pessoal de nível superior,

destacadamente a que se refere à formação nas áreas de ciências, matemática e licenciaturas

interdisciplinares considerando as necessidades do desenvolvimento do Estado, a inovação

tecnológica e a melhoria da qualidade da educação básica, em permanente diálogo com os

sistemas de ensino, como dispõe o art. 51 da LDB para o caso das universidades,

recomendada atenção a esse princípio para as demais instituições de educação superior;

12.2.12. institucionalizar programa de composição de acervo digital de referências

bibliográficas, produção de materiais didáticos e audiovisuais para os cursos do ensino

superior, assegurada a acessibilidade às pessoas com deficiência;

12.2.13. consolidar processos seletivos nacionais, locais e regionais para acesso à educação

superior como forma de superar os exames tradicionais de acesso ao ensino superior;

12.2.14. dispor mecanismos para ocupação das vagas ociosas em cada período letivo na

educação superior pública, de modo a ampliar a capacidade instada das instituições de

ensino superior e a incentivar a contribuição para incrementar acesso, possibilitar mais

qualificação e otimizar espaços e tempos acadêmicos destinados à formação em nível

superior;

12.2.15. expandir e consolidar a oferta de vagas no âmbito da Universidade Aberta do

Brasil, viabilizando-se a inserção de focos curriculares sobre a convivência com o semiárido,

a compreensão científica das condições biogeoclimáticas do Nordeste Brasileiro e as

atividades que formam redes de produção, bioprodução e geração de emprego e renda no

interior baiano;

12.2.16. instituir marco regulatório estadual, de modo consensual entre as redes que ofertam

de cursos de graduação nos termos dos seus Planos de Desenvolvimento Institucional que

assegure um padrão para ampliação da taxa de conclusão consentâneo com o disposto pelo

PNE vigente, garantida a proporcionalidade do quantitativo das conclusões por cada rede,

tendo como referência que em 2020, se consiga 90% de conclusão nos cursos de graduação

presenciais nas universidades públicas e 75% nas instituições privadas;

12.2.17. otimizar a capacidade instalada das instituições públicas de educação superior,

mediante ações articuladas e coordenadas por meio deste fórum, para consolidar a

interiorização do acesso à graduação e diversificar alternativas de acesso, permanência e

garantia de sucesso no percurso formativo, para que ao final deste Plano a cobertura de

acesso para a população de 18 a 24 anos tenha incremento de 23% diante da baixa taxa atual

de 9,9%, garantindo-se a expansão por intermédio da educação presencial, educação a

distância, educação profissional tecnológica de graduação e de pós-graduação, cursos

seqüenciais por campo de saber previstos no art. 44 da LDB e cursos de extensão destinados

à educação informal das comunidades locais, com currículos definidos e certificação

especificada quanto às competências alusivas aos mesmos, bem como de novos modelos de

currículos de graduação;

3.13. Titulação de Professores da Educação Superior

Page 41: PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO 2014-2024 (versão …

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

Meta 13: elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores

do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75%

(setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

Estratégias:

13.1. consolidar a disposição do quadro de mestres e doutores da rede pública de educação

superior, seja a do vínculo federal ou a do vínculo estadual e estabelecer mecanismos

cooperativos entre instituições públicas de educação superior e projetos e programas que

assegurem desenvolvimento regional no Estado, contribuam para sustentabilidade da

bioprodução baiana, colabore na preservação ambiental e acione mecanismos auto-reguladores

para supervisão de problemas sociais, da saúde e da educação da população baiana, sempre em

articulação e consonância com outras políticas públicas como a ambiental, a de inovação, a de

desenvolvimento regional, dentre outras;

13.2. induzir a permanência de mestres e doutores das IES juntos aos cursos de formação de

professores, inicial e continuada, nos respectivos cursos de pedagogia e licenciaturas, de forma

que se insira no percurso formativo a discussão sobre a inclusão dos indicadores educacionais

nos conteúdos curriculares das formações e as conseqüências da recursividade dos baixos

indicadores para a sociedade;

13.3. articular junto às unidades de regulação do sistema MEC o estímulo para ampliação do

quantitativo de mestre e doutores na rede privada, recomendando o acompanhamento dessa

diretriz por órgãos internos das próprias instituições;

13.4. discutir com a rede dos institutos federais a política de ampliação do quantitativo de

mestre e doutores, em acordo com as expectativas de produção de conhecimento sobre o

desenvolvimento regional e o apoio da rede aos órgãos locais de planejamento.

13.5. reiterar a melhoria da qualidade dos cursos de pedagogia e licenciaturas, incluindo a

sistemática da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior – CONAES (adstrita à

Lei nº. 10.861 de 14 de abril de 2004) integrada às Comissões Próprias de Avaliação das IES e

a articulação com as redes de educação básica, de modo a possibilitar aos graduandos a

aquisição das qualificações necessárias para conduzir o processo pedagógico de sala de aula,

combinando formação geral e específica com a prática didática ancorada no princípio

pedagógico da contextualidade, da simetria invertida (disposto pela Resolução CNE/CP nº. 1 de

18 de fevereiro de 2002), além das diretrizes para a educação para as relações étnico-raciais, a

diversidade, a cultura de paz e de respeito à diferença e às necessidades das pessoas com

deficiência;

13.6. elevar o padrão de qualidade das universidades de modo que a pesquisa

institucionalizada se articule com programas de pós-graduação stricto sensu, as expectativas e

necessidades sociais, o fortalecimento da noção de formação plena da pessoa, preocupação com

o equilíbrio ambiental e o desenvolvimento regional;

13.7. fomentar a formação de consórcio entre instituições públicas de educação superior, com

vistas a potencializar a atuação regional, inclusive por meio de plano de desenvolvimento

institucional integrado, assegurando maior visibilidade territorial às atividades de ensino,

pesquisa e extensão;

13.8. fomentar a melhoria dos resultados de aprendizagem nos cursos de graduação, de modo

que, em 5 (cinco) anos, pelo menos 60% (sessenta por cento) dos estudantes apresentem

desempenho positivo igual ou superior a 60% (sessenta por cento) no Exame Nacional de

Desempenho de Estudantes - ENADE e, no último ano de vigência, pelo menos 75% (setenta e

cinco por cento) dos estudantes obtenham desempenho positivo igual ou superior a 75%

(setenta e cinco por cento) nesse exame, em cada área de formação profissional;

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

13.9. promover a formação inicial e continuada dos (as) profissionais técnico-administrativos

da educação superior;

13.10. requalificar os currículos dos cursos de graduação existentes no âmbito do Estado que

assegure espaços para mobilidade, flexibilidade, curricularização da pesquisa e da extensão,

focalização em conteúdos regionais, acesso diferenciado por normativas próprias a cada

instituição, projetos complementares de formação – a exemplo dos projetos articulados pelo

sistema MEC, como exemplo ilustrativo os que se associam ao incentivo à docência, ao

fortalecimento da formação científica e, de modo particular os organizados pelo sistema de

educação básica de fomento ao acesso, à produção de material didático e disseminação de

objetos educacionais para uso corriqueiro em aulas e outras atividades formativas, dentre

outros, ressalvados os mecanismos de proteção a direitos autorais;

13.11. ampliar a cobertura do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - ENADE, de

modo a ampliar o quantitativo de estudantes e de áreas avaliadas no que diz respeito à

aprendizagem resultante da graduação;

13.12. assegurar, no mínimo, 10% (dez por cento) do total horas curriculares exigidas para a

graduação em programas e projetos de extensão universitária, orientando sua ação,

prioritariamente, para áreas de grande pertinência social;

13.13. viabilizar a criação do Sistema Estadual de Educação Superior, regulado por documento

específico e firmado em registro legal, credenciado pelo Conselho Estadual de Educação como

marco para o fomento, consolidação das relações interinstitucionais, formação de redes nas área

de ensino, pesquisa e extensão entre as IES, para a cooperação e desenvolvimento científico,

técnico, cultural e acadêmico da Bahia, com destaque para ampliação do acesso e formação

técnico-científica, artística e cultural da população;

13.14. consolidar o processo contínuo de auto-avaliação das instituições estaduais de educação

superior, fortalecendo a participação das Comissões Próprias de Avaliação, requalificando as

diretrizes do SINAES (Lei nº. 10.861 de 14 de abril de 2004) e discutindo com o Conselho

Estadual de Educação novos formatos para os reconhecimento s dos cursos que possam ser

utilizados pelas universidades estaduais para dar agilidade aos procedimentos correlatos a esse

procedimento legal;

13.15. estruturar medidas de estimulo à inovação científica e tecnológica e proteção jurídica

nas Universidades, oriundas da produção cientifica, tecnológica e registros de patente e

propriedade intelectual;

13.16. fortalecer as redes físicas de laboratórios multifuncionais das IES e ICTs nas áreas

estratégicas definidas pelas políticas nacionais de ciência, tecnologia e inovação;

3.14. Pós-Graduação

Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo

a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil)

doutores.

Estratégias:

14.1. articular com as instituições de ensino superior a construção de um plano estratégico

para cobertura de demandas para expansão de matrículas em cursos de pós-graduação

legalizados, com destaque para educação do campo, educação especial, educação científica e

alfabetização;

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

14.2. construir coletivamente um plano para formação de mestres e doutores, no conjunto das

IES baianas;

14.3. planejar o conjunto dos campos para formação dos mestres e doutores, consideradas as

necessidades do desenvolvimento regional, com destaque para o desenvolvimento regional;

14.4. expandir o financiamento da pós-graduação stricto sensu por meio das agências oficiais

de fomento;

14.5. estimular a integração e a atuação articulada entre a Coordenação de Aperfeiçoamento

de Pessoal de Nível Superior - CAPES e as agências estaduais de fomento à pesquisa;

14.6. expandir o financiamento estudantil por meio do Fies à pós-graduação stricto sensu;

14.7. expandir a oferta de cursos de pós-graduação stricto sensu, utilizando inclusive

metodologias, recursos e tecnologias de educação a distância;

14.8. implementar ações para reduzir as desigualdades étnico-raciais e regionais e para

favorecer o acesso das populações do campo e das comunidades indígenas e quilombolas a

programas de mestrado e doutorado;

14.9. manter e expandir programa de acervo digital de referências bibliográficas para os

cursos de pós-graduação, assegurada a acessibilidade às pessoas com deficiência;

14.10. estimular a participação das mulheres nos cursos de pós-graduação stricto sensu, em

particular aqueles ligados às áreas de Engenharia, Matemática, Física, Química, Informática e

outros no campo das ciências;

14.11. consolidar programas, projetos e ações que objetivem a internacionalização da pesquisa

e da pós-graduação brasileiras, incentivando a atuação em rede e o fortalecimento de grupos de

pesquisa que reiteram o desenvolvimento regional, tecnologias de saúde, tecnologias de

alimentos, tecnologias para fortalecimento da bioprodução, biotecnologia, edcucação científica,

alfabetização,;

14.12. garantir o intercâmbio científico e tecnológico, nacional e internacional, entre as

instituições de ensino, pesquisa e extensão, por meio de um plano estadual de intercâmbio

científico e tecnológico a ser discutido com as IES e formalizar sua conclusão dois anos após a

aprovação deste Plano, a ser conduzido por uma equipe designada para tal que envolva

participantes da Coordenação de Desenvolvimento da Educação, representação do Consórcio

referido na estratégia 13.7 e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação;

14.13. ampliar o investimento em pesquisas com foco em desenvolvimento e estímulo à

inovação, bem como incrementar a formação de recursos humanos para a inovação nos

territórios e municípios, buscando-se ações de complementaridade entre os entes federados,

sublinhando-se a estratégia para se assegurar a busca permanente para inovação tecnológica e o

intercâmbio entre pesquisadores que viabilizem soluções para questões que dificultam a vida

das comunidades;

14.14. fortalecer o investimento para formação de doutores de modo a atingir a proporção de 4

(quatro) doutores por 1.000 (mil) habitantes;

14.15. aumentar qualitativa e quantitativamente o desempenho científico e tecnológico do País

e a competitividade internacional da pesquisa brasileira, ampliando a cooperação científica com

empresas, Instituições de Educação Superior - IES e demais Instituições Científicas e

Tecnológicas - ICTs;

14.16. estimular a pesquisa científica e de inovação e promover a formação de recursos

humanos que valorize a diversidade regional e a biodiversidade da região amazônica e do

cerrado, bem como a gestão de recursos hídricos no semiárido para mitigação dos efeitos da

seca e geração de emprego e renda na região;

Page 44: PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO 2014-2024 (versão …

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

14.17. viabilizar com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação programas de incentivo à

cooperação entre empresas, IES e ICTs, de modo a incrementar a inovação e a produção e

registro de patentes, estimulando-se o desenvolvimento de tecnologia para gestão de recursos

hídricos, mitigação do efeito das estiagens, convivência com o semiárido e tecnologias para

proteção à saúde, e cuidados ambientais, preservando-se as ações estruturantes da Secretaria da

Educação no campo da educação científica do ensino fundamental e do ensino médio;

14.18. expandir a oferta de cursos de pós-graduação para a qualificação e titulação de

professores e demais profissionais que atuam no magistério;

3.15. Formação de Professores

Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, o Estado, o e os Municípios, no

prazo de 1 (um) ano de vigência deste PEE, política estadual de formação dos profissionais da

educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica

possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de

conhecimento em que atuam.

Estratégias:

15.1. implementar programas específicos para formação inicial e continuada, inclusive em

nível de pós-graduação, de profissionais da educação para as escolas do campo e de

comunidades indígenas e quilombolas e para a educação especial;

15.2. implantar a residência docente nos cursos de formação de professores, em formatos

próprios a cada instituição de educação superior, em articulação com o sistema público de

educação básica;

15.3. consolidar ações de natureza interinstitucionais que reforcem os objetivos da Lei nº.

10.639 de 9 de janeiro de 2003 e da Lei nº 11.645 de 10 de março de 2008, com permanente

discussão curricular nos cursos de graduação, sobretudo nos campos das linguagens, das

ciências humanas e das artes, que possam se expandir para todos os cursos na forma de

seminários, fóruns de debates, simpósios acadêmicos de natureza curricular, dentre outras, em

articulação com os sistemas de educação básica;

15.4. disponibilizar vagas em programas contínuos de aperfeiçoamento da docência para

professores e professoras que atuam na educação do campo, na educação escolar indígena, na

educação quilombola, na educação especial e na educação formal desenvolvida em escolas

públicas em áreas de vida das comunidades tradicionais, bem como dos povos itinerantes, com

o fito de aprofundar a compreensão sobre a aceitação das diferenças, da marca cultural e da

sempre possível convivência democrática entre os grupos humanos distintos entre si;

15.5. promover a melhoria da qualidade dos cursos de pedagogia e licenciaturas, incluindo a

sistemática da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior – CONAES (adstrita à

Lei nº. 10.861 de 14 de abril de 2004) integrada às Comissões Próprias de Avaliação das IES e

a articulação com as redes de educação básica, de modo a possibilitar aos graduandos a

aquisição das qualificações necessárias para conduzir o processo pedagógico de sala de aula,

combinando formação geral e específica com a prática didática ancorada no princípio

pedagógico da contextualidade, da simetria invertida (disposto pela Resolução CNE/CP nº. 1 de

18 de fevereiro de 2002), além das diretrizes para a educação para as relações étnico-raciais, a

diversidade, a cultura de paz e de respeito à diferença e às necessidades das pessoas com

deficiência;

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

15.6. criar um banco de dados referente a necessidade de formação de professores por nível

de ensino, etapas e modalidades da Educação, até o fim do segundo ano de vigência deste PEE;

15.7. reprogramar e garantir em regime de colaboração entre União, Estado e Municípios, as

ações do Plano Estratégico de Formação de Profissionais do Magistério da Rede Pública de

Educação Básica, de modo que garanta a formação em licenciatura à todos os professores até o

quinto ano (5º) de vigência deste PEE;

15.8. fomentar e apoiar as IES na criação e consolidação dos Fóruns de Licenciatura e

Comitês Gestores de Formação inicial e continuada de professores, devendo cada IES até o fim

do primeiro ano de vigência deste PEE, instituir um Projeto Institucional de Formação de

Professores, para orientar os Projetos de Cursos de Graduação, formação continuada e Pós-

Graduação na área;

15.9. promover em articulação com as IES o reconhecimento da escola de educação básica e

demais instâncias da educação como espaços estratégicos à formação inicial e continuada dos

professores e demais profissionais do magistério;

15.10. fomentar as IES para a ampliação da oferta de cursos de formação inicial e continuada

de professores para a educação escolar indígena, do campo e quilombola, que reconheçam o

ensino intercultural e bilíngue, a diversidade cultural e o desenvolvimento regional e as

especificidades étnico-culturais de cada comunidade;

15.11. promover a reforma curricular dos cursos de licenciatura e estimular a renovação

pedagógica, de forma a assegurar o foco no aprendizado do (a) aluno (a), dividindo a carga

horária em formação geral, formação na área do saber e didática específica e incorporando as

modernas tecnologias de informação e comunicação, em articulação com a base nacional

comum dos currículos da educação básica, de que tratam as estratégias 2.1, 2.2, 3.2 e 3.3 do

PNE, até o segundo ano de vigência deste PEE;

15.12. consolidar o financiamento estudantil aos estudantes matriculados em cursos de

licenciatura com avaliação positiva pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

- SINAES, garantindo na integra o cumprimento da Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004;

15.13. apoiar os programas federais e ampliar programa estadual de iniciação à docência a

estudantes matriculados em cursos de licenciatura, a fim de aprimorar a formação de

profissionais para atuar no magistério da educação básica;

15.14. estabelecer por meio das funções de avaliação, regulação e supervisão da educação

superior, a plena implementação das respectivas diretrizes curriculares para a formação de

profissionais da educação em vigor;

15.15. valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de nível médio e

superior dos profissionais da educação, visando ao trabalho sistemático de articulação entre a

formação acadêmica e as demandas da educação básica;

15.16. consolidar e ampliar plataforma eletrônica para organizar a oferta e as matrículas em

cursos de formação inicial e continuada de profissionais da educação, bem como para divulgar

e atualizar seus currículos eletrônicos;

15.17. implementar cursos e programas especiais para assegurar formação específica na

educação superior, nas respectivas áreas de atuação, aos docentes com formação de nível médio

na modalidade normal, não licenciados ou licenciados em área diversa da de atuação docente,

em efetivo exercício;

15.18. fomentar a oferta de cursos técnicos de nível médio e tecnológicos de nível superior

destinados à formação, nas respectivas áreas de atuação, dos (as) profissionais da educação de

outros segmentos que não os do magistério, no prazo de cinco anos de vigência do PEE;

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

15.19. implantar, no prazo de 1 (um) ano de vigência desta Lei, política nacional de formação

continuada para os (as) profissionais da educação de outros segmentos que não os do

magistério, construída em regime de colaboração entre os entes federados;

15.20. instituir programa de auxílio e concessão de bolsas de estudos para que os professores

de idiomas das escolas públicas de educação básica realizem estudos de imersão e

aperfeiçoamento nos países que tenham como idioma nativo as línguas que lecionem;

15.21. desenvolver modelos de formação docente para a educação profissional que valorizem a

experiência prática, por meio da oferta, nas redes federal e estaduais de educação profissional,

de cursos voltados à complementação e certificação didático-pedagógica de profissionais

experientes;

15.22. assegurar que as questões de diversidade cultural-religiosa, sobre gênero, diversidade e

orientação sexual, do Estatuto da Criança e do Adolescente e Direitos Humanos sejam tratadas

como temática nos currículos de formação inicial e continuada de professores;

15.23. implementar e consolidar programa de formação para produção e uso de tecnologias e

conteúdos multimidiáticos e novas tecnologias, com base nos princípios de desenho universal e

acessibilidade, garantindo acesso para todos atores envolvidos no processo educativo;

15.24. promover programas de formação inicial e continuada dos profissionais da educação

envolvidos na educação prisional;

3.16. Formação Continuada e Pós-Graduação de Professores

Meta 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da

educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos (as) os (as)

profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as

necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

Estratégias:

16.1. realizar, em regime de colaboração, o planejamento estratégico para dimensionamento

da demanda por formação continuada e fomentar a respectiva oferta por parte das instituições

públicas de educação superior, de forma orgânica e articulada à Política Nacional de Formação

de Profissionais do Magistério da Educação Básica (criado pelo Decreto Federal nº. 6.755 de

29 de janeiro de 2009), tomando-se o Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação

Docente como núcleo para organizar o citado plano estratégico;

16.2. consolidar política estadual de formação de professores e professoras da educação

básica, definindo diretrizes nacionais, áreas prioritárias, instituições formadoras e processos de

certificação das atividades formativas, cuja formalização está sob responsabilidade do Fórum

Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente do Estado da Bahia;

16.3. expandir programa de composição de acervo de obras didáticas, paradidáticas e de

literatura e de dicionários, e programa específico de acesso a bens culturais, incluindo obras e

materiais produzidos em Libras e em Braille, sem prejuízo de outros, a serem disponibilizados

para os professores e as professoras da rede pública de educação básica, favorecendo a

construção do conhecimento e a valorização da cultura da investigação;

16.4. ampliar e consolidar portal eletrônico para subsidiar a atuação dos professores e das

professoras da educação básica, disponibilizando gratuitamente materiais didáticos e

pedagógicos suplementares, inclusive aqueles com formato acessível;

16.5. fortalecer o Plano Estadual do Livro e da Leitura (Decreto nº. 13.394 de 31 de outubro

de 2011), vinculando-o à formação continuada de docentes e instituindo-o como dispositivo de

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

referência aos sistemas de ensino que contribua para consolidar a prática de leitura e de

formação de leitores;

16.6. Ampliar a oferta de cursos de pós-graduação para a formação de professores de Libras,

português escrito para surdos, professores alfabetizadores em língua portuguesa como segunda

língua para surdos, professores alfabetizadores, para atendimento educacional especializado e

todas as modalidades da educação básica.

3.17. Valorização do professor

Meta 17: valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de

forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade

equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.

Estratégias:

17.1. constituir fórum permanente, com representação dos trabalhadores da educação e órgãos

das secretarias de educação, para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso

salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica;

17.2. constituir como tarefa do fórum permanente o acompanhamento da evolução salarial

por meio de indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD,

periodicamente divulgados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -

IBGE;

17.3. definir em regime de colaboração, uma base nacional comum (diretrizes nacionais) de

valorização dos profissionais da educação básica que oriente os sistemas de ensino para a

elaboração participativa de planos de carreira unificados;

17.4. garantir condições de permanência, no caso dos professores na modalidade de EJA,

assegurando condições dignas de trabalho (admissão por concurso, plano de cargos, carreira e

remuneração, lotação em uma só escola), em igualdade com os demais docentes da educação

básica;

17.5. implementar política de incentivo ao acesso à cultura para os profissionais de educação,

inclusive com a criação de cotas para gratuidade e meia entrada para teatro, cinema, show e

demais espaços culturais;

17.6. garantir premiação através de gratificação financeira a ser definida em lei para os

trabalhadores da educação que se destaquem nos mecanismos escolares de proteção à

aprendizagem e ao sucesso escolar dos estudantes;

17.7. promover e ofertar programas de prevenção e tratamento de doenças físicas, mentais e

emocionais características aos trabalhadores e profissionais da educação, por meio de ações

intersetoriais de educação, saúde e assistência social;

17.8. requalificar o estatuto do magistério público do ensino fundamental e médio do estado

da Bahia para atualizar seus pressupostos e categorias;

3.18. Plano de carreira

Meta 18: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de Carreira para os (as)

profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o

plano de Carreira dos (as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206

da Constituição Federal.

Estratégias:

18.1. considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo e das comunidades

indígenas e quilombolas no provimento de cargos efetivos para essas escolas;

18.2. estruturar as redes públicas de educação básica de modo que, até o início do terceiro ano

de vigência deste PNE, 90% (noventa por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais do

magistério e 50% (cinquenta por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais da educação

não docentes sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e estejam em exercício nas

redes escolares a que se encontrem vinculados;

18.3. implantar, nas redes públicas de educação básica e superior, acompanhamento dos

profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim de

fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o estágio

probatório e oferecer, durante esse período, curso de aprofundamento de estudos na área de

atuação do (a) professor (a), com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as

metodologias de ensino de cada disciplina;

18.4. aderir à iniciativa do Ministério da Educação na realização de concursos públicos de

admissão de profissionais do magistério da educação básica pública, nos termos do disposto

pelo Plano Nacional de Educação;

18.5. prever nos planos de carreira dos profissionais da educação dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, licenças remuneradas e incentivos para qualificação profissional,

inclusive em nível de pós-graduação stricto sensu, com definições a respeito das prioridades

estaduais para as licenças e padrões para a formalização de incentivos;

18.6. realizar anualmente, a partir do segundo ano de vigência deste Plano, em regime de

colaboração com o MEC e Municípios, o censo dos (as) profissionais da educação básica de

outros segmentos que não os do magistério;

18.7. estimular a existência de comissões permanentes de profissionais da educação de todos

os sistemas de ensino para subsidiar os órgãos competentes na elaboração, reestruturação e

implementação dos planos de carreira;

18.8. fomentar e acompanhar a criação e implementação dos planos de carreiras dos

profissionais da rede particular de ensino, nas quais devem constar vantagens e tratamento

análogo aos reservados aos profissionais do magistério público da rede pública;

3.19. Gestão Democrática

Meta 19: assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão

democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta

pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio

técnico da União para tanto.

Estratégias:

19.1) regulamentar a nomeação dos diretores e diretoras de escola, estabelecendo critérios

técnicos de mérito e desempenho, bem como a participação da comunidade escolar,

destacando-se a atenção à gestão da aprendizagem, organização do ensino, valorização do

conselho escolar, pleno cumprimento do período letivo diário, plano coletivo de recomposição

de competências não desenvolvidas pelos estudantes, organização das ações didáticas e

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

requalificação dos horários destinados ao planejamento em reuniões pedagógicas, no conjunto

das suas atividades;

19.1. ampliar os programas de apoio e formação aos (às) conselheiros (as) dos conselhos de

acompanhamento e controle social do Fundeb, dos conselhos de alimentação escolar, dos

conselhos regionais e de outros e aos (às) representantes educacionais em demais conselhos de

acompanhamento de políticas públicas, garantindo a esses colegiados a destinação

orçamentária para seu funcionamento, sem remuneração aos seus membros, espaço físico

adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede escolar, com vistas ao bom

desempenho de suas funções;

19.2. incentivar os Municípios a constituírem Fóruns Permanentes de Educação, com o intuito

de coordenar as conferências municipais, bem como efetuar o acompanhamento da execução

do PNE, do PEE e dos seus respectivos planos de educação;

19.3. estimular, em todas as redes de educação básica, a constituição e o fortalecimento de

grêmios estudantis e associações de pais, assegurando-se-lhes, inclusive, espaços adequados e

condições de funcionamento nas escolas e fomentando a sua articulação orgânica com os

conselhos escolares, por meio das respectivas representações;

19.4. estimular a constituição e o fortalecimento de conselhos escolares e conselhos

municipais de educação, como instrumentos supervisão da gestão escolar e de funcionamento

da unidade escolar, inclusive por meio de programas de formação de conselheiros,

assegurando-se condições de funcionamento autônomo;

19.5. estimular a participação e a consulta de profissionais da educação, alunos (as) e seus

familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos, planos de gestão escolar e

regimentos escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação do funcionamento da

escola e no cumprimento do seu papel na formação das crianças e jovens;

19.6. desenvolver programas de formação de diretores e gestores escolares, bem como aplicar

prova nacional específica, conciliando plano de gestão com resultados educacionais, a fim de

subsidiar a definição de critérios objetivos para o provimento dos cargos, cujos resultados

possam ser utilizados por adesão;

3.20. Financiamento da Educação

Meta 20: acompanhar o processo de ampliação do investimento público em educação pública

de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto -

PIB do País no 5o (quinto) ano de vigência do PNE e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por

cento) do PIB ao final do decênio, previsto em lei.

Estratégias:

20.1. garantir fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os níveis, etapas

e modalidades da educação básica, observando-se as políticas de colaboração entre os entes

federados, em especial as decorrentes do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais

Transitórias e do § 1o do art. 75 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que tratam da

capacidade de atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado, com vistas a atender suas

demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional;

20.2. destinar à manutenção e desenvolvimento do ensino, em acréscimo aos recursos

vinculados nos termos do art. 212 da Constituição Federal, na forma da lei específica, a parcela

da participação no resultado ou da compensação financeira pela exploração de petróleo e gás

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Bahia, Plano Estadual de Educação, versão preliminar (nº. 2), estruturada sobre a versão nº. 1 aprovada em plenária do Fórum Estadual de Educação em 8 de maio de 2015.

As alterações da versão nº. 1 aqui constantes foram feitas a partir das considerações das representações dos Fóruns EJA, das escutas com o MP, de especialistas em educação prisional, de universidades, de

representações de coordenações institucionais da SEC, de considerações técnicas da Seplan. Outras versões preliminares serão organizadas até a versão final a ser entregue formalmente ao Governo do Estado.

Os dados aqui constantes são os mesmos da base do INEP e das PNAD/IBGE, sublinhados nos portais citados.

Em contínua revisão, até 23.5.2015

natural e outros recursos, com a finalidade de cumprimento da meta prevista no inciso VI

do caput do art. 214 da Constituição Federal;

20.3. fortalecer os mecanismos e os instrumentos que assegurem, nos termos do parágrafo

único do art. 48 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, a transparência e o

controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação, especialmente a

realização de audiências públicas, a criação de portais eletrônicos de transparência e a

capacitação dos membros de conselhos de acompanhamento e controle social do Fundeb, com a

colaboração entre o Ministério da Educação, a Secretaria de Educação do Estado e dos

Municípios e os Tribunais de Contas da União, do Estado e dos Municípios;

20.4. empenhar-se para que no prazo de 2 (dois) anos da vigência deste Plano, sejam

implantada as normativas para a consecução do Custo Aluno-Qualidade inicial - CAQi,

referenciado no conjunto de padrões mínimos estabelecidos na legislação educacional e cujo

financiamento será calculado com base nos respectivos insumos indispensáveis ao processo de

ensino-aprendizagem e será progressivamente reajustado até a implementação plena do Custo

Aluno Qualidade - CAQ;

20.5. aprovar, no prazo de 1 (um) ano, Lei de Responsabilidade Educacional, em consonância

com leis complementares ao PNE que venham ser aprovadas pelo Congresso Nacional,

assegurando padrão de qualidade na educação básica, em cada sistema e rede de ensino, aferida

pelo processo de metas de qualidade aferidas por institutos oficiais de avaliação educacionais;