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PLANO MUNICIPAL DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE JACAREI/SP Período: 2017-2027 VERSÃO CONSULTA PÚBLICA Jacarei, 24 de março, 2017

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PLANO MUNICIPAL DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE

JACAREI/SP

Período: 2017-2027

VERSÃO CONSULTA PÚBLICA

Jacarei, 24 de março, 2017

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IDENTIFICAÇÃO

PLANO MUNICIPAL DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE JACAREÍ/SP

Vigência: abril de 2017 a abril de 2027

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente: Fernanda Cristina de Carvalho Duarte (Presidente), Débora Silveira Teixeira

Almeida, Cristina Henrique da Silva Passos, Thais Santana Borrego, Érica dos Santos Leal, Valéria Soares de Oliveira, Salvador Cabrera Santiago, Inês

Rodrigues de Oliveira, Pryscila Porelli F. Martins, Valdir Pitombo Vieira, Flavia Barbosa da Silva Abrão, Denise Cristina Menezes Biasuz, Almir do

Prado Salim, Donizete de Siqueira, Nadia Campos do Nascimento Leite, Suzanne Maria Corrá dos Santos, Gigliola Ravena Hatanaka Machado,

Luciana Zarate de Assis, Giliani Fortes Rossi, Denise Cristina Menezes Biasus, Karina Hiromi Okamoto, Solange Mendes Rodrigues Broca, Clea

Aquillas dos Santos, Luzanira Nunes Cordeiro de Abreu, Sueli Aparecida de Faria Souza

Conselho Tutelar: Benedito Alexandre, Claudia Quina, Daniele Rebelo, Edlamara Water, Joelma Teixeira

Comissão Intersetorial de Elaboração do PMDDHCA:

2017: Fernanda Cristina de Carvalho Duarte (Presidente do CMDCA e Movimento de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente), Flavia

Barbosa da Silva Abrão (Secretaria de Educação), Denise Cristina Menezes Biasuz (Secretaria de Educação), Almir do Prado Salim (Secretaria de

Finanças), Donizete de Siqueira (Secretaria de Esportes e Recreação), Nadia Campos do Nascimento Leite (Secretaria de Assistência Social)/Diretoria

de Promoção Social), Suzanne Maria Corrá dos Santos (Secretaria de Assistência Social), Gigliola Ravena Hatanaka Machado (Secretaria de Assuntos

Jurídicos), Luciana Zarate de Assis (Secretaria de Assuntos Jurídicos)

2016: Lizandra Teodoro de Azevedo (Presidente do CMDCA), Geraldo José da Cunha (Vice-presidente do CMDCA), Juliana de Andrade Espanhol

(Secretaria de Assistência Social), Valdir Pitondo (CIESP), Jair Rottini (Secretaria de Educação), Lucimar Ponciano Luz (Pastoral do Menor), Lucimara

de Oliveira (OAB), Edlamara Water (Conselho Tutelar)

Assessoria Técnica: Irandi Pereira

Jacareí, 24 de março de 2017

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IDENTIFICAÇÃO

PLANO MUNICIPAL DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE JACAREÍ/SP

Vigência: abril de 2017 a abril de 2027

PREFEITURA MUNICIPAL DE JACAREÍ/SP

Prefeito: Izaias José de Santana

Vice-prefeito: Edgard Takashi Sasaki

Gabinete do Prefeito: Claude Mary Moura

Secretaria de Governo: Celso Florêncio de Souza Secretaria de Administração e Recursos Humanos: Carlos Felipe Sepinho

Secretaria de Assistência Social: Patrícia Juliani

Secretaria de Assuntos Jurídicos: Renato Ratti

Secretaria de Desenvolvimento Econômico: Carlos Amagai

Secretaria de Educação: Maria Thereza Ferreira Cyrino

Secretaria de Esportes e Recreação: Marcelo Alexandre Bustamante Fortes

Secretaria de Finanças: Cláudio Tosetto

Secretaria de Infraestrutura: Antônio Roberto Martins

Secretaria de Meio Ambiente: Rossana Vasques

Secretaria de Mobilidade Urbana: Edinho Guedes

Secretaria de Planejamento: Rosa Kasue Saito Sasaki

Secretaria de Saúde: Rosana Gravena

Secretaria de Segurança e Defesa do Cidadão: Paulo Henrique Domingues

Jacareí, 24 de março de 2017

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SUMÁRIO

SIGLAS E ABREVIATURAS, p. 5

APRESENTAÇÃO, p. 7

INTRODUÇÃO, p. 8

MARCO LEGAL, p. 18

MARCO CONCEITUAL, p. 28

MARCO SITUACIONAL DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA. p. 30

PLANO DE AÇÃO (2017 – 2027), 82

EIXOS NORTEADORES

EIXO I – Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, p.83

EIXO II - Proteção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, p. 117

EIXO III - Participação de Crianças e Adolescentes, p. 137

EIXO IV - Gestão da Política Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, p. 148

EIXO V – Acompanhamento, Monitoramento, Avaliação e Controle Social da Efetivação dos Direitos da Criança e do

Adolescente, p. 156,

MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO, p. 156

REFERÊNCIAS, 158

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SIGLAS E ABREVIATURAS

CDC Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança CM Código de Menores CF Constituição da República Federativa do Brasil CMDCA Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente CONANDA Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente CONDECA Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente CRAS Centro de Referência da Assistência Social CREAS Centro de Referência Especializado da Assistência Social CT Conselho Tutelar DP Defensoria Pública ECA Estatuto da Criança e do Adolescente FEBEM Fundação do Bem-Estar do Menor Fundação CASA Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente FUNABEM Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor ( LBA Legião Brasileira de Assistência LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação LOAS Lei Orgânica da Assistência Social LOS Lei Orgânica da Saúde MP Ministério Público ONU Organização das Nações Unidas PJ Poder Judiciário PNDDHCA Plano Nacional Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes PMDDHCA Plano Municipal Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes SAM Serviço de Assistência ao Menor SAS Secretaria de Assistência Social SINASE Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo SGDCA Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente SJ Sistema de Justiça SUAS Sistema Único de Assistência Social SUS Sistema Único de Assistência Social UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância (

APRESENTAÇÃO

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A Constituição da República Federativa do Brasil (1988) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) adotam os princípios da Convenção sobre

os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (1989), reconhecendo esse grupo etário em condição peculiar de desenvolvimento como

sujeito de direitos e prioridade absoluta de proteção da família, da sociedade e do Estado. A tradução do princípio da proteção integral significa a

garantia de um conjunto de direitos para todas as crianças e adolescentes que lhes possibilitem pleno desenvolvimento de suas potencialidades

humanas.

O Plano Municipal Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes de Jacareí/SP (PMDDHCA) é um documento público que estabelece

um planejamento de longo prazo (2017-2027) no sentido da articulação e compromisso de agentes, instituições e sociedade civil, visando à ação

sistêmica em torno das estruturas de políticas públicas direcionadas à efetivação da garantia da proteção integral de crianças e adolescentes. O

planejamento de longo prazo, com a adoção de protocolos firmados entre as pastas e instituições, possibilitará que a política de direitos não sofra

solução de continuidade diante de mudanças na vida política institucional.

A formatação do PMDDHCA define eixos, objetivos, metas, prazos, responsabilidades, parcerias, indicação de financiamento e indicadores de

monitoramento das prioridades direcionadas ao cumprimento dos direitos infanto-juvenis para os próximos dez anos (2017-2027), a contar de sua

aprovação e publicação pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Jacareí/SP (CMDCA).

A Comissão Intersetorial e o CMDCA de Jacareí/SP reconhecem o esforço de todos os envolvidos no processo de elaboração do PMDDHCA:

munícipes, sistema de justiça, executivo, legislativo, profissionais das políticas setoriais e temáticas (governamentais e não governamentais), rede de

proteção social, movimentos sociais e, especialmente, crianças, adolescentes e jovens e seus familiares. Aos conselheiros de direitos da criança e do

adolescente e aos conselheiros tutelares, nosso agradecimento em todo esse processo de elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP.

Comissão Intersetorial / CMDCA de Jacareí/SP

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INTRODUÇÃO

O Plano Nacional Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes (PNDDHCA) foi aprovado pelo Conselho Nacional dos Direitos da

Criança e do Adolescente (CONANDA) em 2011, tendo por objetivo a implementação de políticas públicas voltadas à garantia dos direitos humanos do

universo infanto-juvenil, sem qualquer traço discricionário.

Às políticas públicas correspondem as decisões públicas tomadas para a resolução de distintos problemas da sociedade. As demandas sociais

consideradas como direitos constitucionais devem fazer parte da agenda pública e, por isso mesmo, constituem-se objeto de uma política pública. As

demandas são de várias ordens, desde aquelas relacionadas ao direito público subjetivo (direito de todos e dever do Estado), como as que têm caráter

supletivo ou complementar e, ainda, aquelas de natureza mais ampla ou global (desenvolvimento sustentável). Diferentes atores e instituições se

relacionam com diferentes interesses na conquista de determinada política pública. Ao Estado cabe a decisão política na priorização de determinadas

ações referentes à coisa pública.

Pode-se definir como política pública:

Uma ação político-administrativa de responsabilidade de um governo instituído, elaborada e executada em parceria com diversos atores

interessados, planejada e organizada em forma de planos e que está vinculada à busca de soluções para um problema público latente na

sociedade contemporânea (SUZINA, 2013, p. 23).

Numa síntese, pode-se compreender que “políticas públicas são decisões políticas voltadas para alterar ou manter a realidade social“ segundo a referida

autora (p. 17).

No desenvolvimento de políticas públicas, a noção de planejamento estratégico ganha força, pois corresponde ao “estabelecimento de um conjunto de

providências a serem tomadas pelo gestor para a situação em que o futuro tende a ser diferente do passado” (NUNES FILHO, 2012, p. 30). Esse modelo

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de planejamento possibilita à gestão pública alcançar o objetivo desejado de modo eficaz, eficiente e efetivo, tendo em vista o esforço coletivo dos atores

e instituições envolvidos nessa ação. Pode-se entender como planejamento estratégico:

(...) um processo de intervenção orientada no sentido de alcançar objetivos definidos, sendo, portanto, um instrumento fundamental dos

governos e dos dirigentes para interferir em suas respectivas realidades, produzindo resultados favoráveis para a sociedade e para a

população (NUNES FILHO. P. 30).

Nesse sentido, as estratégias que permeiam esse modelo de planejamento indicam que “o caminho, ou maneira, ou ação formulada e adequada para

alcançar, preferencialmente, de maneira diferenciada, os desafios e objetivos estabelecidos, no melhor posicionamento da organização perante seu

ambiente“ (REBOUÇAS, 2013, p. 191).

Na elaboração de um plano, as estratégias adotadas devem guardar as seguintes correspondências:

i) o que será feito (definição dos objetivos),

ii) como fazer (escolha das ações prioritárias),

iii) o que deverá ser alcançado e em quanto tempo (definição das metas),

iv) com quem fazer (é a determinação das pessoas envolvidas);

v) quem deverá fazer (identificação dos responsáveis);

vi) com quais recursos fazer; e

vii) quando fazer (é o estabelecimento de prazo para acontecer).

O processo de elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP, na medida da realidade local, considerou tal conceito e estratégias, tendo em vista o ineditismo

de se pensar na área da criança e do adolescente, e em ações para um período de 10 (dez) anos. A disposição da Comissão Intersetorial e o compromisso

de uma gama de atores sociais e institucionais tornaram possível a apresentação do plano em vários momentos de devolução do processo como também

quando da apreciação e aprovação pelo CMDCA para sua implementação.

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Com a aprovação do PNDDHCA, o CONANDA orientou os entes federados – Estados, Municípios e Distrito Federal – que procedessem ao processo

democrático e participativo de elaboração dos planos em seus âmbitos e competências pela Resolução n.º 161, de 03/12/2013 alterada pela Resolução nº

171 de 04/12/2014, a saber:

Art. 1º Estabelecer parâmetros para discussão, formulação e deliberação dos planos decenais dos direitos humanos de crianças

e adolescentes de âmbito estadual, distrital e municipal, em conformidade com os princípios e diretrizes da Política Nacional

de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes e com os eixos e objetivos estratégicos do Plano Decenal dos Direitos

Humanos de Crianças e Adolescentes (BRASIL, CONANDA, Resolução nº 171, de 04/12/2014).

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Jacareí/SP (CMDCA), no atendimento a essa orientação, deu início ao processo de

elaboração do PMDDHCA para a estruturação e aprimoramento das ações públicas do município na garantia plena dos direitos desse grupo etário.

O fio condutor para a elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP assenta-se no princípio da doutrina da proteção integral – um conjunto de direitos para

todas as crianças e adolescentes – adotado pelo governo brasileiro a partir da ratificação da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança

(CDC) de 1988 da Organização das Nações Unidas (ONU) na qualidade de Estado-Membro das Nações Unidas.

O PMDDHCA de Jacareí/SP expressa esse princípio ao conceber o grupo etário infanto-juvenil na qualidade de sujeito de direitos, pessoas em condição

peculiar de desenvolvimento e prioridade absoluta da família, da sociedade e do Estado. Tal garantia encontra-se expressa na Constituição da República

Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais (Lei

Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei Orgânica da Saúde (LOS), Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), entre outras).

O decênio para a implementação do PMDDHCA de Jacareí/SP refere-se ao período de abril de 2017 a abril de 2027.

A Comissão intersetorial coordenada pelo CMDCA reafirmou a metodologia da democracia participativa no processo de elaboração indicada pelo

CONANDA em consonância com o direito constitucional de 1988. Nesse sentido, espera-se que essa metodologia possa ser observada também na

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implementação das metas do PMDDHCA, quando de sua aprovação pelo CMDCA. A referida Comissão contou com assessoria técnica para o desenho

do plano, das estratégias de escuta dos envolvidos com os direitos da criança e do adolescente, incluindo o próprio grupo etário, na organização das

atividades, na sistematização e redação final do plano. Nas reuniões da Comissão com a assessoria, foi definida Agenda de Trabalho, contendo dia,

horário, local, atividades e resultados de cada momento ou espaço de escuta considerando a gama de atores envolvidos.

No entendimento do princípio constitucional democracia participativa, pode-se dizer que o seu exercício possibilita o acompanhamento de fato da

sociedade sob o Poder Público. As decisões nascem de debates e escutas e, nesse sentido, a partir das práticas inclusivas, igualitárias, colaborativas, ou

seja, da união participativa, pode-se chegar à justiça social, no caso, a garantia dos direitos infanto-juvenis. No entendimento de Santos (1999) o

princípio da democracia participativa é importante porque “proporciona a cada cidadão a oportunidade de participar na tomada de decisões políticas” e

porque essa forma de democracia possibilita “permitir a expansão da cidadania e inclusão daqueles que, outra forma, seriam excluídos dos assuntos da

comunidade ou da sociedade como um todo”.

Definida a metodologia (e procedimentos) a ser seguida na realização de uma série de atividades, a leitura detida do PNDDHCA foi realizada pela

Comissão Intersetorial no sentido de verificar os objetivos e metas para a sua realização e seus desdobramentos para o PMDDHCA de Jacareí/SP.

Também em vários espaços de escuta, os eixos do PNDDHCA também foram apresentados, visando à definição dos eixos do PMDDHCA de Jacareí/SP.

Isso se relaciona com a necessidade de ação política articulada em favor dos direitos infanto-juvenis e da adoção do desenho lógico de gestão

compartilhada entre os diferentes entes e sobre as políticas públicas.

Foi realizado estudo da legislação (marco legal), documentos de uma série de Conselhos (da Criança e das Políticas Públicas setoriais do município), dos

resultados das conferências dos direitos, dos planos das políticas. Isso porque um dos princípios dessa política reside na incompletude institucional que

traz relação de dependência e/ou articulação entre as demais políticas e sistemas de atendimento. O olhar e o trato interdisciplinar, interinstitucional,

intersetorial e intragovernamental marcam a sua realização no sentido de promover a garantia dos direitos da criança e do adolescente. Tendo em vista

que o Governo brasileiro tem ratificado uma série de recomendações, orientações e convenção expressas pelas Nações Unidas, tais documentos foram

selecionados para compor a leitura de cenário e também a composição dos eixos e metas do PMDDHCA de Jacareí/SP.

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O marco situacional sobre a política de direitos da criança e do adolescente foi tecido em vários momentos do processo de elaboração do PMDDCA de

Jacareí/SP, desde a leitura dos planos das políticas setoriais e temáticas, reuniões de trabalho com os conselheiros do CMDCA e do Conselho Tutelar.

Outros dados foram buscados no site oficial da Prefeitura Municipal e da Câmara Municipal. Nessa tessitura, foi importante a realização de diferentes

atividades de escuta (seminários, colóquios) contando com a participação de diversos setores públicos com presença no município: Sistema de Justiça

(Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública), Secretaria Estadual de Educação, Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao

Adolescente (Fundação CASA), entre outros. As escutas com os familiares, crianças e adolescentes (oficinas), rede de proteção social não

governamental e movimentos sociais (seminários, colóquios) foram fundamentais para essa composição.

Essa é uma etapa bastante dificultosa pela ausência, no município, de diagnóstico da situação da criança e do adolescente. Os dados e informações

coletados são geralmente esparsos e organizados de diferentes modos tendo em vista a abrangência de cada política pública ou setor envolvido com a

promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente. Isso demandou idas e vindas da Comissão e assessoria técnica junto aos envolvidos com a

política, o que culminou na mudança de prazos para a elaboração do PMDDHCA. A escuta (visita e entrevistas) com os conselheiros de direitos

representativos das políticas públicas setoriais e com os conselheiros tutelares possibilitam a costura dos dados e informações no sentido da aproximação

de uma leitura diagnóstica da questão dos direitos da criança e do adolescente no município. Cabe ressaltar que dados e informações são bases para a

elaboração de um planejamento público e, nesse sentido, uma das metas definidas no PMDDHCA de Jacareí/SP é a elaboração do diagnóstico

situacional da atenção à população infanto-juvenil no município de Jacareí/SP e sua atualização no período de dez anos (2017 a 2027).

Tal dificuldade, por um lado, permitiu uma maior participação da sociedade no entendimento, debate, apresentação de sugestões para o plano. Os dados

e informações sobre a realidade da criança e do adolescente no município foram trazidos por essa participação em diferentes etapas do processo por

aqueles que fazem e vivenciam a política de direitos infanto-juvenis. Essa situação propiciou o fomento ao protagonismo infanto-juvenil e ao exercício

da cidadania e da participação nos destinos da ação pública municipal de diferentes atores envolvidos com esse grupo etário.

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Diversos foram os modos empregados para realizar as devolutivas na construção do PMDDHCA de Jacareí/SP em cada etapa do processo. Também a

escuta de cada representante das secretarias (titulares e suplentes) no CMDCA e também do Conselho Tutelar, demonstrou a essência do princípio da

democracia participativa, considerando o inciso II do artigo 204 da CF de 1988: “participação da população, por meio de organizações representativas,

na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis” (BRASIL, CF, 1988).

O PMDDHCA de Jacareí/SP seguirá também para consulta pública on line e, nesse sentido, constituir-se-á em espaço, cada vez mais ampliado da

democracia, participação e mobilização da sociedade em favor do interesse superior da criança e do adolescente.

Um plano remete ao planejamento público necessário para a organização e estruturação das ações públicas em todos os níveis. É um documento político

e técnico que contempla decisões e prioridades e objetivo e metas permeadas por princípios, diretrizes e finalidades do que se deseja alcançar. No caso, o

PMDDHCA de Jacareí/SP direciona-se na efetivação dos direitos infanto-juvenis de Jacareí, num período longevo de 10 anos (2017-2027),

considerando que a política de atendimento a esse grupo far-se-á pela articulação sistêmica entre governos (intergovernamental), políticas públicas

(intersetorial) e diferentes instituições (interinstitucional), incluindo, a sociedade civil.

Com os planos busca-se “a superação de planos governamentais com duração temporal circunscrita a, no máximo, uma gestão, em favor, de um

planejamento de médio prazo, ou seja, de uma política de governo para uma política de Estado”. O seu processo de elaboração, aprovação e

implementação aponta para “o fortalecimento dos Conselhos de Direitos, ao fomentar a formulação de planos para as respectivas unidades federadas de

sua abrangência e, assim, concretizar seu papel formulador de políticas” (BRASIL, CONANDA, 2011, p. 5). Nessa direção sistêmica e articulada,

convém observar que o ECA (1990) dispõe em diferentes artigos no Livro II – Parte Especial do ECA, nos artigos 86 a 89.

Assim, faz-se necessário, relacionar os eixos do PMDDHCA de Jacareí/SP com os definidos nos planos em âmbito nacional (PNDDHCA) e estadual.

Contudo, no caso de São Paulo, até o fechamento do PMDDHCA de Jacareí/SP não foi possível fazer essa relação com o estadual pela ausência de

elaboração do plano estadual. Essa relação ancora-se no disposto do artigo 86 em que “a política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente

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far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e nãogovernamentais, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios”

(BRASIL, ECA, 1990).

Os eixos do PNDDHCA e do PMDDHCA de Jacareí/SP relacionam-se aos princípios expressos pela CF (1988), CDC (1989) e ECA (1990), a saber:

1. Universalidade dos direitos com equidade e justiça social

2. Igualdade e direito à diversidade

3. Proteção integral para a criança e o adolescente

4. Prioridade absoluta para a criança e o adolescente

5. Reconhecimento de crianças e adolescentes como sujeito de direitos

6. Descentralização político-administrativa

7. Participação e controle social

8. Intersetorialidade e trabalho em rede

Cada princípio possui a definição de eixos e diretrizes que orientam o caminho para a implementação da política de direitos, sem qualquer traço

discricionário, à criança e ao adolescente e, por isso mesmo, foram considerados, no PNDDHCA (2011 a 2020) como “inegociáveis”. Contudo, guardam

“um certo grau de flexibilidade em que são previstas reformulações para se adequarem às mudanças da realidade” (BRASIL, CONANDA, 2011, p.30).

Foram definidos como eixos do PNDDHCA:

Eixo 1 – Promoção dos direitos;

Eixo 2 – Proteção e defesa dos direitos;

Eixo 3 – Participação de crianças e adolescentes;

Eixo 4 – Controle social da efetivação dos direitos; Eixo 5 – Gestão da política

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No PMDDHCA de Jacareí/SP, os eixos definidos se relacionam em sua maioria com os definidos no PNDDHCA por serem abrangentes e em

consonância com os princípios dos ordenamentos jurídicos e institucionais (CF, 1988, ECA, 1990, CDC, 1989 e demais políticas públicas setoriais e

temáticas) acrescido de mais um eixo que trata das ações direcionadas ao fortalecimento das estruturas do SGDCA na base local.

São eixos do PMDDHCA de Jacareí/SP:

Eixo 1 – Promoção dos direitos

Eixo 2 – Proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente

Eixo 3 – Participação de crianças e adolescentes

Eixo 4 – Gestão da política da política municipal de direitos da criança e do adolescente

Eixo 5 – Monitoramento, avaliação e controle da efetivação da política de direitos da criança e do adolescente

O formato do PMDDHCA de Jacareí/SP referente ao plano de ação para o período de 2017 a 2027 tem a seguinte apresentação:

Objetivo: traz o objetivo geral a se atingir em relação à garantia do direito em questão.

Meta: trata-se do resultado esperado da ação, apresentado de forma mensurável.

Prazo de execução: tempo para atingir a meta estabelecida, considerando o período de 2017 a 2027.

Responsável: ente responsável pela coordenação e articulação da ação estabelecida.

Parceria: demais entes que terão, em maior ou menor grau, responsabilidade na execução da ação proposta.

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Indicação de financiamento: ente responsável para a viabilização do eixo, diretrizes, objetivos e metas por tratar-se de um plano geral em que as

diferentes políticas setoriais e instituições são responsáveis pela implementação das ações pela própria natureza da política: incompletude institucional

e, por isso mesmo, a ação dá-se de modo sistêmico (um todo articulado).

Monitoramento: congrega os itens necessários para a verificação do cumprimento das metas, com cronograma.

O PMDDHCA de Jacareí/SP tem a finalidade de “solidificar a proteção integral com políticas públicas de afirmação e garantia desses direitos, visando a

conferir autonomia e vida digna a todas as crianças e adolescentes” (BRASIL, CONANDA, PNDDHCA, 2011).

A versão para consulta pública on line apresenta 05 (cinco) eixos da política de direitos, 10 diretrizes, 65 objetivos e 125 metas para a consecução da

política municipal dos direitos humanos de crianças e adolescentes de Jacareí/SP, para o período de 2017 a 2027.

O PMDDHCA de Jacareí/SP para o período 2021 a 2027 será acompanhado e monitorado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente (CMDCA) e executado pelas secretarias das políticas sociais tendo em vista a responsabilidade de cada uma delas na atenção integral de

crianças e adolescentes do município, numa articulação com o Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA) de modo

intersetorial, intragovernamental, interinstitucional, pelo princípio característico da política de direitos, ou seja, sua incompletude institucional.

MARCO LEGAL

A legislação brasileira sobre a criança e o adolescente no Brasil marca principalmente o século XX como aquele em que se organizou e sistematizou

compêndios relacionados a esse grupo etário: Código de Menores (CM) de 1927, Código de Menores (CM) de 1990 e Estatuto da Criança e do

Adolescente (ECA) de 1990.

As práticas utilizadas apoiavam-se em mecanismos que permitiam “recolher” crianças e adolescentes para “proteger” os que se encontravam em

“situação irregular” por uma série de motivos: expulsos ou sem acesso à escola, órfãos, abandonados, explorados no trabalho, infratores. Os Tribunais de

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Menores1 do final do século XIX (1899) representam esse cenário em que as práticas sociopenais de “proteção-segregação” eram os princípios de

atenção a esse grupo etário. Os Tribunais de Menores representavam as reivindicações dos primeiros movimentos sociais em favor de melhores práticas

de atendimento às crianças e adolescentes, no plano internacional.

Segundo MENDEZ e COSTA (1994), essas práticas estatais sob o manto de suposta proteção eram marcadas pela repressão e segregação daqueles

meninos e meninas vistos como “delinquentes”; e, na proteção da sociedade, eram alojados de forma indiscriminada com os adultos e em precárias

condições de cuidado. Apenas a partir de meados do século XVII, que esse grupo etário começou a ser percebido como uma parcela da população que

necessitava de uma atenção diferenciada pela sociedade.

Olhando a história da infância, nota-se que o período de vida de crianças e adolescentes foi considerado como:

(...) um período de total dependência física, após o qual se adentrava imediatamente no mundo dos adultos (...) a partir de então tem inicio

uma mudança sociocultural de descobrimento-invenção da infância, processo este que contará com a participação essencial da instituição

escola, que, juntamente com a família, passou a cumprir funções de controle e socialização (MENDÉZ; COSTA, 1994, 12-13).

Os novos processos da vida social, marcados pelo advento industrialização e do surgimento das cidades, trouxeram além do desenvolvimento e riqueza

para o capital também a desigualdade social, a exclusão e a marginalização de parte considerável das novas sociedades aos bens sociais produzidos. O

grupo etário crianças e adolescentes das camadas populares foram o retrato dessa exclusão: no lugar do direito à educação escolar o seu lugar, entendido

como educação, foi a sua entrada precoce, em condições sub-humanas de exploração nas atividades laborais A relação de crianças e adolescentes com

esse novo modo de produção e de vida nas cidades teve como consequência um olhar e trato a esse grupo como parcela da população “perigosa” e

“delinquente” (MACHADO, 2003).

1

Em 1899 foi criado o primeiro Tribunal de Menores, em Illinois, Estados Unidos.

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No Brasil, país de industrialização tardia (nos anos 1930), as primeiras leis sobre os menores de idade e filhos das camadas populares surgiram no

período da escravatura com a promulgação da Lei do Ventre Livre em 1871: eram declarados livres todos os filhos de mulheres escravas nascidos a

partir desse dia. Com a Lei Áurea promulgada em 1888, que aboliu a escravatura, houve ampliação das desigualdades sociais por vários fenômenos

desde a urbanização, imigração e uma população sem condições de ser inclusa no novo modelo de sociedade.

As crianças e adolescentes das camadas populares, vistos potencialmente como “delinquentes” e “perigosos”, acabaram por ser entregues aos cuidados

de instituições religiosas. Um dos exemplos foi o modelo de atendimento denominado Roda dos Expostos em que crianças em tenra idade eram

entregues a esse sistema (notadamente nos espaços das Santas Casas de Misericórdia), sob o anonimato das mães, requisito moral e social da

época. Apenas em 1927, com a promulgação do primeiro Código de Menores em 1927, que se passou a exigir a obrigatoriedade do registro de crianças

mesmo mantido o anonimato dos pais.

O Código Criminal do Império (1830) e o Código Penal da República (1890) não conseguiram assegurar ao grupo infanto-juvenil o fim das graves

violações de direitos a que esteve submetido na história brasileira: aumentava o número de crianças e adolescentes em situação de/nas ruas, em situação

de extrema pobreza e mendicância, na prática de ato infracional, ausentes das políticas de educação, saúde, entre outras. Esse grupo acabou por ser

objeto de controle social, olhado e tratado com hostilidade e confinado em instituições de internação, na sua maioria, afastados dos centros urbanos

(MACHADO, 2003).

Aos moldes do movimento internacional de justiça, foi criado no Brasil o primeiro juizado de menores com atribuições específicas no trato da criança e

do adolescente. Foi criado na então capital federal, Rio de janeiro em 1925. A esse juizado, foram transferidos poderes amplos na tomada de decisão

sobre esse grupo: a centralização de poder na justiça teve como consequência a judicialização da questão ou problemática social da criança e do

adolescente (MENDEZ; COSTA, 1994).

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Na época, o Poder Judiciário “foi encarregado, por lei, de zelar por crianças que tinham os mais diversificados problemas, como os órfãos, viciados,

abandonados e os intitulados como delinquentes, funcionando, na prática, como um órgão de assistência social” (VERONESE, 1999, p.24). Uma das

medidas foi a intervenção no âmbito das famílias sobre o pátrio poder em nome da segurança e do bem-estar de crianças e adolescentes. Para fazer frente

a tal situação e regulamentação dos atos da justiça foi elaborado o Código de Menores de 1927 que, entre uma série de mudanças, pode unificar e reunir

uma série de leis e decretos esparsos que se referiam a esse grupo etário. Também foi possível determinar com maior clareza sobre a responsabilização e

a institucionalização do Estado no atendimento de infanto-juvenil.

O princípio da discricionariedade foi adotado no referido código, uma vez que não abarcava o universo infanto-juvenil e, sim, aqueles que se encontrava

em situação irregular.

Art. 1º O menor, de um ou outro sexo, abandonado ou delinquente, que tiver menos de 18 annos de idade, será submettido pela autoridade

competente ás medidas de assistencia e protecção contidas neste Codigo. (grafia original) (BRASIL, Código de Menores, Decreto nº.

17.943 A, de 12/10/1927).

Cabe destacar que, com o referido código, houve o fim a idade mínima de responsabilidade penal aos 18 anos de idade e, para tanto, foi instituído

processo especial para os adolescentes de 14 a 18 anos acusados de cometer atos infracionais (crimes ou contravenções) e os menores de 14 anos de

idade não figuravam a esse modelo de processo; a limitação do trabalho infantil à idade mínima de 12 anos; a proposta a criação de quadro de assistentes

sociais; a instituição de comissários de menores voluntários ou membros de conselhos para auxílio aos Juizados (CARVALHO, 1977).

A institucionalização dos menores de idade vítimas de abandono, orfandade e delinquência foi o mecanismo mais utilizado para afastá-los do ambiente

“pernicioso”, “imoral” e “amoral” em que viviam com seus pais, familiares e mesmo em comunidade. Sob o princípio da situação irregular, esse grupo

vivia em constante “perigo”. As análises de Veronese (1999) mostram que a referida “proteção” garantida pelo Estado significava:

(...) retirá-las do convívio familiar e social e abrigá-las em instituições onde lhes era ofertado disciplina, educação e formação de acordo

com os bons costumes, mediante uma rotina e regras extremamente rígidas, proporcionariam a reeducação e a correção, com o

reestabelecimento dos padrões sociais (p.28).

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Da promulgação do Código de Menores de 1927 ao Código de Menores de 1979, ocorreu uma série de mudanças na assistência à criança e ao

adolescente das camadas populares, tendo sido criados diversos órgãos e instituições governamentais e não governamentais de atendimento.

Cabe ressaltar, dentre elas, as de caráter governamental como o Serviço de Assistência ao Menor (SAM) em 1941 na área da assistência e vinculado ao

Ministério da Justiça que tinha por finalidade o amparo e a recuperação dos menores de idade denominados como “desvalidos” e “delinquentes”. O

SAM tinha como finalidade a “correção”, a “repressão” e o “controle” desse grupo (VERONESE. 1999).

Em 1942, foram criadas as entidades de atendimento Legião Brasileira de Assistência (LBA)2 para prestar auxílio às famílias dos pracinhas enviados à II

Guerra Mundial, a Casa do Pequeno Jornaleiro, a Casa do Lavrador e do Trabalhador, todas com programas de apoio socioeducativo e de capacitação

para o trabalho e a Casa das Meninas, destinada à criança e adolescente com problemas de conduta (MENDEZ; COSTA, 1994).

No ano de 1950, foi fundado no Brasil o primeiro escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) com a finalidade de implementar

projetos de proteção à saúde da criança e da gestante.

A Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (FUNABEM) criada em 1964 substituiu o SAM; contudo, manteve as metodologias de intervenção dos

menores de idade lá institucionalizados, ou seja, a internação como forma de controle social dos que se encontrava em “situação irregular” e distante dos

padrões sociais. As suas congêneres foram criadas nos estados da federação denominados, em sua grande maioria, como Fundação do Bem-Estar do

Menor (FEBEM) com as mesmas responsabilidades.

Em 1979, foi promulgado outro código com a mesma denominação, Código de Menores. Tendo em vista que no Brasil vigorava a ditadura militar, desde

1964, o referido Código pode ser considerado como uma atualização em relação ao primeiro (1927), pois o artigo 1º da referida lei mantinha o princípio

da “situação irregular”, portanto de caráter discricionário e, sobretudo, sobre a vigilância e o controle dos menores de idade: “Este Código dispõe sobre

2 Foi extinta em 1995, no Governo de Fernando Henrique Cardoso, por recomendação da primeira gestão do CONANDA (1992-1994).

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assistência, proteção e vigilância a menores. I – até dezoito anos de idade, que se encontrem em situação irregular” (BRASIL, CÓDIGO DE

MENORES, Lei nº 6697de 10/10/1979).

Na leitura das duas bases legais (1927 e 1979), resumidamente, pode-se dizer que as políticas destinavam-se somente a três grupos de crianças e

adolescentes (denominados menores): os órfãos, abandonados (carentes) e os praticantes de ato infracional. Contudo, dados e estudos sobre a questão

indicam que a maioria delas que se encontravam internadas em diferentes modalidades de atendimento, tinham família, contudo, desprovidos de

condições econômicas e sociais para cuidar de seus filhos. As duas legislações, guardadas as especificidades temporal e cultural, representam atraso na

concepção de infância e violência aos direitos humanos. Segundo Machado (2003), “(...) a grande maioria, da ordem de 80 a 90%, das crianças e dos

jovens internados nas Febens não era autora de fato definido como crime” (p.27). Contudo, uma vez internos nas grandes instituições de atendimento

(FEBEM), recebiam o mesmo tratamento apesar de se encontrarem em situações bastante distintas.

O fim do paradigma doutrina da situação irregular se deu com a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em 1990 (Lei Federal nº

8069 de 13/07/1990), tendo sido adotado o princípio da doutrina da proteção integral que, resumidamente significa um conjunto de direitos para todas as

crianças e adolescentes brasileiros, sem qualquer traço de discricionaridade, conforme pode ser observado nos conteúdos dos seguintes artigos:

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e

dezoito anos de idade.

Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.

(BRASIL, ECA, 1990).

No artigo 3º da referida lei expressa o significado do que se considera como proteção integral:

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Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de

que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o

desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento,

situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem,

condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade

em que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) (BRASIL, ECA, 1990).

Tendo em vista essa mudança paradigmática, encontra-se delineada na lei o modo como crianças e adolescentes passaram a serem considerados:

sujeitos de direitos e que, por sua condição peculiar de desenvolvimento, devem ser tratados/cuidados como prioridade absoluta da família, da sociedade

e do Estado (Poder Público).Esse novo modo de olhar a esse grupo encontra-se expresso do seguinte modo:

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos

direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito,

à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude (BRASIL, ECA, 1990).

Outra importante concepção do ECA (1990) reside na não aceitação de qualquer forma de discricionariedade a crianças e adolescentes e,

nesse sentido, tanto a família quanto o Estado (Poder Público) poderá ser responsabilizado caso deixe de zelar por seus direitos

fundamentais:

Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e

opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. (BRASIL, ECA, 1990).

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A categorização de sujeito de direitos adotada pelo ECA reforça a ideia de que os interesses da criança e do adolescente ganham concretude e, por isso,

devem ser observados pelos diferentes atores e instituições que lidam com esse grupo etário. O conteúdo expresso nesse artigo permite que as partes

envolvidas na garantia dos direitos possam buscar cada vez mais que os interesses infanto-juvenis (no individual e no coletivo) possam ser, de fato,

buscados. Nesse sentido, a própria construção dos Planos Decenais dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes tem, nesse artigo, um dos

principais pontos de partida na definição de eixos, objetivos, metas, responsabilidades.

Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e

deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. (BRASIL, ECA,

1990).

Essa mudança de conteúdo, método e gestão no trato dos direitos infanto-juvenis reafirmados no ECA (1990) foi possível pela proteção dos direitos

fundamentais desse grupo na CF de 1988, a saber:

Art.227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à

vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência

familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

(BRASIL, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988).

A Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU (CDC, 1989) trouxe a inspiração para a reafirmação dos direitos estatutários de 1990, no Brasil, uma

vez que, traz entre suas considerações o seguinte: “a criança deve estar plenamente preparada para uma vida independente na sociedade e deve ser

educada de acordo com os ideais proclamados na Carta das Nações Unidas, especialmente com espírito de paz, dignidade, tolerância, liberdade,

igualdade e solidariedade” (ONU, CDC de 20/11/1989). Nesse sentido, é importante destacar entre seus artigos, as seguintes disposições:

Art.1 Para efeitos da presente convenção considera-se como criança todo ser humano com menos de 18 anos de idade, a não ser que, em

conformidade com a lei aplicável à criança, a maioridade seja alcançada antes. (ONU, CDC, 1989).

Art.2

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1 – Os Estados Partes respeitarão os direitos enunciados na presente Convenção e assegurarão sua aplicação a cada criança sujeita à sua

jurisdição, sem distinção alguma, independentemente de sexo, idioma, crença, opinião política ou de outra natureza, origem nacional,

étnica ou social, posição econômica, deficiências físicas, nascimento ou qualquer outra condição da criança, de seus pais ou de seus

representantes legais.

2 – Os Estados Partes tomarão todas as medidas apropriadas para assegurar a proteção da criança contra toda forma de discriminação ou

castigo por causa da condição, das atividades, das opiniões manifestadas ou das crenças de seus pais, representantes legais ou familiares.

(ONU, CDC, 1989).

Para que o Estado brasileiro possa garantir a proteção integral expressa nas referidas bases legais como também nas demais referências sobre as políticas

públicas (educação, assistência social, saúde, esporte, cultura, segurança pública, formação profissional, trabalho etc.), o desafio reside em pensar e

executar de modo articulado, planejado, corresponsável e sistêmico, os direitos infanto-juvenis, tendo em vista, a natureza da política de direitos, a sua

incompletude institucional.

Na elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP, houve a observância aos conteúdos estabelecidos no ECA (1990) também no que se refere à Parte II do

ECA que dispõe sobre a Política de Atendimento, a saber:

a) no que se refere à articulação, ambiência sistêmica e corresponsabilidade da política de atendimento:

Art. 86. A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações

governamentais e não-governamentais, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios (BRASIL, ECA, 1990).

Na composição dessa articulação, ambiência sistêmica e corresponsabilidade a partir a natureza da incompletude institucional da política de

atendimento aos direitos infanto-juvenis:

Art. 87. São linhas de ação da política de atendimento:

I - políticas sociais básicas;

II - serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social de garantia de proteção social e de prevenção e redução de violações de

direitos, seus agravamentos ou reincidências; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

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III - serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso,

crueldade e opressão;

IV - serviço de identificação e localização de pais, responsável, crianças e adolescentes desaparecidos;

V - proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente.

VI - políticas e programas destinados a prevenir ou abreviar o período de afastamento do convívio familiar e a garantir o efetivo

exercício do direito à convivência familiar de crianças e adolescentes; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

VII - campanhas de estímulo ao acolhimento sob forma de guarda de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar e à

adoção, especificamente inter-racial, de crianças maiores ou de adolescentes, com necessidades específicas de saúde ou com deficiências e

de grupos de irmãos. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência (BRASIL, ECA, 1990).

Para que a articulação, a ambiência sistêmica e a corresponsabilidade na execução da política de direitos da criança e do adolescente aconteçam de

forma eficiente e eficaz é necessário ater-se às seguintes diretrizes:

Art. 88. São diretrizes da política de atendimento:

I - municipalização do atendimento;

II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da criança e do adolescente, órgãos deliberativos e controladores das

ações em todos os níveis, assegurada a participação popular paritária por meio de organizações representativas, segundo leis federal,

estaduais e municipais;

III - criação e manutenção de programas específicos, observada a descentralização político-administrativa;

IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e municipais vinculados aos respectivos conselhos dos direitos da criança e do adolescente;

V - integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Segurança Pública e Assistência Social,

preferencialmente em um mesmo local, para efeito de agilização do atendimento inicial a adolescente a quem se atribua autoria de ato

infracional;

VI - integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Conselho Tutelar e encarregados da execução das

políticas sociais básicas e de assistência social, para efeito de agilização do atendimento de crianças e de adolescentes inseridos em

programas de acolhimento familiar ou institucional, com vista na sua rápida reintegração à família de origem ou, se tal solução se mostrar

comprovadamente inviável, sua colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei; (Redação

dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

VII - mobilização da opinião pública para a indispensável participação dos diversos segmentos da sociedade. (Incluído pela Lei nº

12.010, de 2009) Vigência

VIII - especialização e formação continuada dos profissionais que trabalham nas diferentes áreas da atenção à primeira infância, incluindo

os conhecimentos sobre direitos da criança e sobre desenvolvimento infantil; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

IX - formação profissional com abrangência dos diversos direitos da criança e do adolescente que favoreça a intersetorialidade no

atendimento da criança e do adolescente e seu desenvolvimento integral; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

X - realização e divulgação de pesquisas sobre desenvolvimento infantil e sobre prevenção da violência. (Incluído pela Lei nº 13.257,

de 2016) (BRASIL, ECA, 1990).

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Também é preciso destacar a responsabilidade das novas institucionalidades criadas: o Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente e o Conselho

Tutelar. O primeiro, no que se refere à sua abrangência (municipal, estadual, nacional) e função enquanto órgão deliberativo e controlador das ações em

todos os níveis e representativo da sociedade (governos e organizações da sociedade civil); o segundo, no que se refere à sua especificidade de

abrangência – municipal – e com o fim especial de enquanto “órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo

cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei”, de acordo com o artigo 131 do ECA (1990). Os referidos Conselhos têm

seus métodos e procedimentos específicos para o desenvolvimento de sua ação pública; contudo, o que há de comum entre eles é que o exercício efetivo

da função de conselheiro constituirá serviço público relevante e a tomada de decisão é colegiada (artigos 89 e 135).

Nos tempos de hoje (ECA, 1990), a necessidade do reconhecimento da criança e do adolescente como “sujeitos de direitos” no contraponto às

legislações de ontem (1927 e 1979) a “meros objetos de intervenção”, as atribuições definidas ao CT podem contribuir para que esse grupo etário se

torne pessoas autônomas, críticas, livres e, por isso mesmo, protagonista de seus projetos de vida (particular e coletivo). Isso porque as suas decisões

“somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse” (artigo 137). Nessa esteira, cabe destaque para parte

das atribuições do CT que possam garantir o cumprimento dos direitos infanto-juvenis:

Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:

I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII;

II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII;

III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:

a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança;

(...)

IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou

adolescente;

V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;

VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato

infracional;

(...)

IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da

criança e do adolescente;

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X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição

Federal;

(...)

XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento de

sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes. (Incluído pela Lei nº 13.046, de 2014)

(...)

Os direitos a serem observados pelo conjunto de atores e instituições do Sistema de garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA) podem

assim ser resumidos: Educação, saúde, assistência social, segurança pública, esporte, cultura e lazer, formação profissional e trabalho para adolescentes.

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MARCO CONCEITUAL

Na elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP o marco conceitual refere-se às bases legislativas e outros documentos públicos como é o caso do

PNDDHCA aprovado pelo CONANDA. Também os planos das políticas setoriais (educação, saúde, esporte, cultura, lazer, formação profissional,

trabalho, segurança pública) e os planos temáticos (convivência familiar e comunitária, erradicação do trabalho infantil, exploração sexual, acolhimento

institucional, etc.) constituem-se a gama de referenciais na leitura de cenário e na definição dos eixos, objetivos, metas, responsabilidades, parceiras.

Na adoção do paradigma da proteção integral – um conjunto de direitos para todas as crianças e adolescentes – muitas mudanças previstas na lei devem

chegar sob a forma da garantia de políticas públicas como direitos. Na elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP são retomados os princípios e diretrizes

do PNDDHCA aprovado pelo CONANDA, tendo a definição dos eixos, objetivos e metas.

Princípios

Definição Aspectos considerados

Universalidade dos direitos

com equidade e justiça social Todos os seres humanos são portadores da mesma condição de humanidade; sua igualdade é a base da

universalidade dos direitos. Associar à noção de universalidade as de equidade e justiça social significa

reconhecer que a universalização de direitos em um contexto de desigualdades sociais e regionais implica foco

especial nos grupos mais vulneráveis.

Igualdade e direito à

diversidade Todo ser humano tem direito a ser respeitado e valorizado, sem sofrer discriminação de qualquer espécie.

Associar a igualdade ao direito à diversidade significa reconhecer e afirmar a diversidade cultural, religiosa, de

gênero e orientação sexual, físico-individual, étnico-racial e de nacionalidade, entre outras.

Proteção integral para a

criança e o adolescente A proteção integral compreende o conjunto de direitos assegurados exclusivamente a crianças e adolescentes,

em função de sua condição peculiar de pessoas em desenvolvimento. São direitos específicos que, no seu

conjunto, visam assegurar-lhes plenas condições para o seu desenvolvimento integral.

Prioridade absoluta para a

criança e o adolescente A garantia de prioridade absoluta assegurada a crianças e adolescentes implica a sua primazia em receber

socorro, proteção e cuidados; a sua precedência no atendimento e a sua preferência na formulação e execução de

políticas e na destinação de recursos públicos.

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Reconhecimento de crianças e

adolescentes como sujeitos de

direitos

O reconhecimento de crianças e adolescentes como sujeitos de direitos significa compreendê-los como

detentores de todos os direitos da pessoa humana, embora o exercício de alguns seja postergado. A titularidade

desses direitos é plenamente compatível com a proteção integral, esta sim devida apenas a eles.

Diretrizes

Definição Aspectos considerados Descentralização político-

administrativa A Constituição Federal de 1988 elevou os municípios à condição de entes federados e estabeleceu novo pacto

federativo, com base na descentralização político-administrativa e na coresponsabilidade entre as três esferas de

governo para a gestão e o financiamento das ações.

Participação e controle social A participação popular organizada na formulação e no controle das políticas públicas de promoção, proteção e

defesa dos direitos da criança e do adolescente está prevista na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e

do Adolescente; seus espaços preferenciais de expressão são os conselhos dos direitos e as conferências.

Intersetorialidade e trabalho

em rede A organização das políticas públicas por setores ou públicos impõe a adoção da ótica intersetorial e de trabalho

em rede para compreensão e atuação sobre os problemas, o que está previsto no ECA ao estabelecer que a

política de atendimento aos direitos de crianças e adolescentes se dará por meio de um conjunto articulado de

ações governamentais e não governamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

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MARCO SITUACIONAL DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

Composição dos dados e informações

A leitura de cenário sobre a situação do grupo etário infanto-juvenil no município de Jacareí/SP foi realizada a partir da coleta de dados e informações

em diversas fontes: sites da Prefeitura Municipal e Câmara Municipal; planos das políticas públicas setoriais e temáticos; entrevistas com representantes

governamentais e não governamentais no CMDCA; entrevistas com o Conselho Tutelar; escutas públicas (oficinas) com crianças, adolescentes e

jovens, com familiares; seminários e colóquios com movimentos sociocomunitários; reuniões de trabalho com os profissionais interprofissionais das

diferentes secretarias de governo; encontros com a Comissão Municipal Intersetorial; colóquios e seminários com atores das instituições que compõem

o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (Sistema de Justiça, Executivo, Legislativo), com a segurança pública e com a rede de

proteção social e socioassistencial; leitura de documentos resultantes das Conferências Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente; fontes

oficiais de dados e informações sistematizadas (IBGE, IPEA, SDH-PR, MDS, MEC, Saúde, Fundação CASA, entre outras). Os objetivos do

PMDDHCA de Jacareí/SP foram trabalhados a partir do PNDDCA (nacional) e as metas resultantes também dos planos das políticas municipais da

educação, saúde, assistência e social e respectivos planos temáticos.

Foram realizadas as seguintes atividades durante o processo de elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP:

- 02 (duas) oficinas, sendo uma com crianças, adolescentes, jovens e outra com as famílias, contando com a participação de 72 crianças,

adolescentes e jovens e 37 familiares;

- 02 (dois) colóquios, com a participação de 96 atores representativos de instituições públicas relacionadas às políticas setoriais (educação,

saúde, esporte, cultura, lazer, assistência social, segurança), representantes do Sistema de Justiça (Ministério Público e Defensoria Pública),

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dos Conselhos das Políticas Setoriais, dos Direitos da Criança e do Adolescente e Conselho Tutelar e de membros integrantes da Comissão

Municipal;

- 12 (doze) encontros de trabalho com a Comissão Municipal Intersetorial do qual fazem parte 8 (oito) representantes;

- 06 (seis) encontros com os conselheiros de direitos (titulares e suplentes), representantes governamental e não governamental, com a

presença de 10 conselheiros/média, a cada encontro;

- 12 (doze) entrevistas com os representantes governamentais no CMDCA (educação, esportes, assuntos jurídicos, assistência social,

finanças) com o Conselho Tutelar, um total de 12 entrevistados, exceção feita à saúde e cultura;

- 06 (seis) devoluções a cada processo de escuta.

Para a realização dessa gama de atividades, foram enviadas correspondências e, também, feito contato telefônico, convidando atores e respectivas

instituições para a participação no processo democrático e participativo de elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP, envolvidos direta e indiretamente

com a implementação da política de direitos humanos à criança e ao adolescente.

As atividades propiciaram o debate sobre os direitos e a situação da criança e do adolescente no Brasil, no Estado de São Paulo e no município de

Jacareí/SP, o fortalecimento da titularidade dos direitos constitucionais e reconhecimento de crianças e adolescentes como sujeitos de direitos e como

pessoas em condição peculiar de desenvolvimento, a prioridade absoluta de cuidado da família, da sociedade e do Estado.

Nessas atividades, apresentavam-se os eixos norteadores do Plano Nacional Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes (PNDDHCA) e

sua adequação à realidade local, os dados e informações e coletados, o marco legal e conceitual sobre o direito da criança e do adolescente, as

dificuldades, impasses, resultados e perspectivas sobre a implementação da política de direitos humanos desse grupo etário. As diferentes estratégias

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utilizadas no desenvolvimento de cada atividade possibilitaram a adequação dos eixos norteadores, objetivos, metas, responsáveis, parcerias e indicação

de financiamento para a composição do PMDDHCA de Jacareí/SP para o decênio 2017 a 2027. Ao fim de cada atividade as contribuições e sugestões

eram sistematizadas e apresentadas aos envolvidos com a elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP.

O PMDDHCA de Jacareí/SP será também submetido à consulta pública na modalidade on line para que a sociedade para que possa contribuir com o

processo democrático e participativo de elaboração de um plano de dimensão político-técnica em favor dos interesses da criança e do adolescente. A

partir das contribuições advindas desse processo de consulta pública, outra sistematização do plano será feita e, após, envio do plano para o CMDCA de

Jacareí/SP, órgão colegiado que procederá a apreciação e aprovação, por meio de Resolução. Uma vez aprovado pelo CMDCA o plano deverá ser

enviado ao Executivo Municipal para transformação em lei, publicação no Boletim Oficial do Município e difusão para as instituições públicas nos

âmbitos nacional (CONANDA), estadual (CONDECA) e municipal e disponibilizado nos sites do CMDCA e Prefeitura Municipal.

Com o PMDDHCA aprovado e publicado, espera-se que todos os órgãos e instituições que compõem o Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e

do Adolescente (SGDCA) continuem assumindo o compromisso de tornar realidade a efetivação de cada um dos direitos fundamentais ao pleno

desenvolvimento integral da infância e adolescência por meio da implementação das políticas e ações públicas de modo articulado e sistêmico como

define o ordenamento jurídico e institucional em vigor, especialmente, o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), nos artigos 86 a 88.

A ação em conjunto, integrada e comprometida objetiva melhorar a qualidade de vida das crianças e adolescentes de Jacareí: que, cada uma delas possa

ter o reconhecimento de que são sujeitos de direitos (portadores de cidadania) e, com isso, possa ter sua vida, seus projetos pessoais e coletivos

modificados em razão da efetividade dos direitos fundamentais, sem qualquer traço de discricionariedade, pela família, sociedade e Estado (Poder

Público).

Município de Jacareí

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População estimada 2016 (1) 228.214

População 2010 211.214

Área da unidade territorial 2015

(km²) 464,272

Densidade demográfica 2010

(hab/km²) 454,94

Código do Município 3524402

Gentílico jacareiense

Prefeito 2017 IZAIAS JOSÉ DE SANTANA

Fonte: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=352440

Jacareí/SP faz parte da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Faz limite ao norte com São José dos Campos; ao sul, com Santa

Branca e Guararema; a leste, com Jambeiro; e, a oeste, com Igaratá e Santa Isabel. É servido pelas Rodovias Presidente Dutra (liga São Paulo ao Rio de

Janeiro), Rodovia Pedro I (liga Jacareí à região de Campinas), Rodovia Ayrton Senna (paralela à Rodovia Presidente Dutra e liga Jacareí a São Paulo),

Rodovia Carvalho Pinto (continuação das Rodovias Airton Senna até Taubaté), Estrada Velha Rio-São Paulo (liga São Paulo a Taubaté) e Rodovia Nilo

Máximo (liga Jacareí a Santa Branca).

Faz parte do chamado Complexo Metropolitano Expandido que compõe, aproximadamente, 75% da população do Estado de São Paulo. As regiões

metropolitanas de Campinas, São Paulo, Baixada Santista e do Vale do Paraíba e Litoral Norte já formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul.

O município de Jacareí3 localiza-se no início da Bacia do Rio Paraíba do Sul, entre dois principais centros urbanos do país, a 72 km de São Paulo e a

350 k m do Rio de Janeiro. Tem uma área de 464,272 km2, sendo 98,62% dessa área urbanizada. A densidade demográfica corresponde a 459,46

hab/km2.

3 O termo Jacareí" é proveniente da língua tupi e significa "rio dos jacarés" pela junção dos termos îakaré (jacaré) e 'y (água, rio). In NAVARRO, E. A. Método

moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos, 3ª. edição revista e aperfeiçoada, São Paulo. Global. 2005.

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O município nasceu a partir da ocupação do Interior pelos paulistas durante o período colonial na busca por mão de obra indígena e à procura de fontes

minerais. Jacareí tornou-se cidade pela Lei nº 17 de 03 de abril de 1849 e, devido à ausência de registro preciso de quando iniciou a povoação da vila,

denominada de Nossa Senhora da Conceição da Paraíba, a data comemorativa de sua fundação é 03 de abril, contando sua existência a partir de 1652.

Segundo pesquisas, o núcleo inicial da cidade está nas redondezas da Capela do Avareí (1728) e, depois, nas redondezas do Largo da Matriz (século

XIX), que foi urbanizado na década de 1930. O Largo da Matriz continua, desde aquela época, palco das festas em homenagem à padroeira da

cidade, Nossa Senhora da Imaculada Conceição. O dia da padroeira é comemorado em 8 de dezembro e feriado municipal. O Brasão, a Bandeira e o

Hino Oficial da cidade foram instituídos por lei municipal em 1952, 1968 e 1969, respectivamente.

Os dados da população, segundo o Censo Populacional do IBGE de 2010, totalizavam 211.214 habitantes, com estimativa para 224.826 em 2014 e

228.214 em 2016. É um município predominantemente urbano: do total da população, 98,62% (208.297) residem em área urbana e 1,38% (2.917) em

área rural. A média de moradores em domicílios particulares ocupados equivale a 3,28 moradores.

A população infanto-juvenil entre menos de um ano a 24 anos de idade, é 64.299 com a seguinte representação, sendo 33.609 formadas por homens e

30.690 por mulheres. Contudo cabe destaque para a faixa etária de menos de um ano de idade até 19 anos ser representada por 24.884 homens e 21.209

mulheres, totalizando 46.792. Concentra-se nessa faixa etária a população de maior preocupação da política de direitos infanto-juvenis.

Total de homens e mulheres na faixa etária considerada criança, adolescente e jovem - Censo demográfico IBGE 2010

Homens 33.609

Homens de 1 a 4 anos de idade 5.776

Homens de 10 a 14 anos de idade 9.002

Homens de 15 a 19 anos de idade 8.725

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Homens de 20 a 24 anos de idade 8.725

Homens de menos de 1 ano de idade 1.381

Mulheres 30.690

Mulheres de 1 a 4 anos de idade 5.665

Mulheres de 10 a 14 anos de idade 8.559 V

Mulheres de 15 a 19 anos de idade 8.344

Mulheres de 20 a 24 anos de idade 8.782

Mulheres de menos de 1 ano de idade 1.340

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010

Em relação à taxa de fecundidade percebe-se uma progressiva diminuição do número de nascimentos, diminuindo a população jovem e, nesse quesito,

suplanta a realidade nacional, estadual e regional, tendo a menor taxa de fecundidade, a saber: Brasil (1.89), São Paulo (1.66) e Jacareí (1.52).

Os indicadores gerais do município são: densidade demográfica 459,46 hab./km2; mortalidade infantil até 01 (um) ano de idade 16,67 por mil;

expectativa de vida 70,80 anos; taxa de fecundidade 2,19 filhos por mulher; taxa de alfabetização 93.97% e índice de desenvolvimento humano-M

Educação 0,740 (alto); índice de desenvolvimento humano (IDH-M) 0,777 (alto); índice de desenvolvimento humano renda (IDH-M Renda) 0,749

(alto); índice de desenvolvimento humano longevidade (IDH-M Longevidade) 0,837 (muito alto) (Fontes: IPEADATA, PNUD, IBGE).

Políticas públicas

1. Educação

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O Plano Municipal Decenal de Educação (PME, período 2015 a 2025) foi aprovado em 22/08/2015 pela Lei nº 5.954/2015. Traz um total de 10 (dez)

diretrizes para a implementação no período: erradicação do analfabetismo, universalização do atendimento escolar, superação das desigualdades

educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação, melhoria da qualidade da educação,

formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade, promoção do princípio da

gestão democrática da educação pública, promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país; estabelecimento de meta de aplicação de

recursos públicos em educação que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; valorização dos

profissionais da educação e promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

Tem destaque na elaboração do PMDDHCA as metas e estratégias do PME que são objeto das garantias dos direitos do grupo etário infanto-juvenil,

numa ação articulada dos Conselhos – Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar, Conselho de Saúde, Conselho de Assistência Social,

Conselho da Pessoa com Deficiência – na sua relação com o Conselho Municipal de Educação – e respectivas secretarias.

Vale ressaltar dados sobre matrículas, docentes e rede escolar em 2015 apresentam o seguinte quadro (Fonte IBGE, http://www.cidades.ibge.gov.br/)

a) sobre o total de escolas (2015): 65 escolas de ensino fundamental, 63 escolas de ensino pré-escolar e 38 escolas de ensino Médio.

O Município é responsável pela educação infantil e até ao 6º ano do ensino fundamental. Os demais são de responsabilidade o ente estadual (São Paulo).

Ensino - Matrículas, Docentes e Rede Escolar -

2015

Escolas - Ensino fundamental 85 Escolas

Escolas - Ensino médio 38 Escolas

Escolas - Ensino pré-escolar 63 Escolas

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A Diretoria de Ensino da Jacareí (rede estadual) jurisdiciona seis municípios da nossa região: Arujá, Guararema, Igaratá, Jacareí, Santa Branca e Santa

Isabel, somando ao todo 58 escolas com atendimento aos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental, ao Ensino Médio, Educação de Jovens e

Adultos, para aqueles que não concluíram seus estudos na idade correta, além de possuir um Centro de Estudo de Línguas, duas Fundações Casa, uma

Escola de Tempo Integral e uma Escola de Ensino Integral.

b) sobre o total de docentes (2015): 1.510 no ensino fundamental, 709 ensino médio e 304 no ensino pré-escolar.

Ensino - Matrículas, Docentes e Rede Escolar -

2015

Docentes - Ensino fundamental 1.510 Docentes Docentes - Ensino médio 709 Docentes Docentes - Ensino pré-escolar 304 Docentes

Os dados sobre o nº de professores em sala de aula e em diferentes níveis e modalidades de ensino são os seguintes:

Tipologia Ensino

Fundamenta

l

Ensino

Infantil

Educação

de Jovens

e Adultos

Arte Educação

Física

Educação

Especial

Total

Efetivos 352 176 0 40 46 12 626

Contratados 128 71 12 08 04 15 238

Fonte: SME/DOE, 2017.

c) sobre o total de matrículas (2015): 27.299 no ensino fundamental, 9.884 no ensino médio e 5.818 no ensino pré-escolar.

Ensino - Matrículas, Docentes e Rede Escolar -

2015

Matrícula - Ensino fundamental 27.299 Matrículas Matrícula - Ensino médio 9.884 Matrículas Matrícula - Ensino pré-escolar 5.818 Matrículas

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No PME (decenal) para o período de 2015 – 2025 as metas que cabem destaque ao PMDDHCA relacionam-se à:

Educação Básica: Educação Infantil

Meta1 – Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos e 11 meses de idade e ampliar até o final

da vigência deste Plano (educação) a oferta de vagas em creches de forma a atender com qualidade, no mínimo 50%, das crianças do município de 0

(Zero) até 3 (três) anos de idade e 11 meses.

No caso da educação infantil denominada creche, tem-se a seguinte divisão: Creche I – de 0 a 11 meses; Creche II – de 1 ano até 1 ano e 11 meses e

Creche III – de 2 anos até 3 anos e 11 meses. Ao todo são 23 unidades escolares denominadas Creches em funcionamento no município, sendo, 9 (nove)

governamentais e 14 não governamentais, conveniadas. As governamentais tem capacidade para 930 vagas e as não governamentais somam-se 2.295

vagas, um total geral 3.225 vagas (Fonte: SME, Formação de Classes 2017, Creches, atualizado em 19/01/2017).

No caso da educação infantil (pré-escola) são 33 unidades escolares (uma delas é Creche Pré-escola) com capacidade total para 5.562 vagas, sendo: 18

unidades para o maternal, com capacidade para 560 vagas; 100 unidades para o Pré I, com capacidade para 2.344 vagas; são 105 unidades para o Pré II,

com capacidade para 2.658 vagas (Fonte: SME, Formação de Classes 2017, Creches, atualizado em 19/01/2017).

Meta 1: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para crianças de 4 a 5 anos de idade e ampliar, até o final da vigência deste Plano a

oferta de vagas em creches de forma a atender com qualidade, no mínimo 50%, das crianças do município de até 3 anos de idade.

Os dados do Censo Escolar de 2016 indica o seguinte quadro de matriculados, em tempo integral:

Pré I 10

Pré II 14

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Total 24

Fonte: SME / DPE, Fev.. 2017.

Os dados da SME/DPE em 24/02/2017 mostram a seguinte situação em relação ao nº de classes e alunos na Educação Infantil:

Classes 22

Alunos 512

Fonte: SME / DPE, Fev.. 2017.

Na entrevista realizada em 06/03/2017 com representantes da área da educação municipal no CMDCA tem-se o seguinte:

- sobre o programa federal Brasil Carinhoso o debate entre os governos (federal e municipal) para a sua viabilidade ainda não foi articulado;

- o atendimento à demanda por educação infantil essa vem sendo feita todas as terças e quartas-feiras no período da manhã, na sede da secretaria;

- no primeiro semestre de 2017 serão entregues mais 2 (duas) creches com a capacidade para 200 atendimentos;

- no segundo semestre de 2017 serão entregues mais 2 (duas) creches também com capacidade para 200 atendimentos;

- a prioridade é para a r4ealização de diagnóstico sobre a situação da educação de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos e 11 meses;

Educação Básica: Ensino Fundamental

Meta 2 - Universalizar o Ensino Fundamental de 9 anos para toda a população de 6 a 14 anos e garantir que pelo menos 97% dos alunos concluam essa

etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PME.

Os dados e informações relativos à Educação Básica em 2017, considerando o Ensino Fundamental de responsabilidade do executivo municipal são os

seguintes:

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Total de classes: 448

Total de alunos: 12.341

Fonte: SME / DPE, Fev.. 2017.

Na entrevista realizada em 06/03/2017 com representantes da área da educação municipal no CMDCA e gestora da educação fundamental, tem-se as

seguintes prioridades:

- o tema da violência e violação de direitos de estudantes (crianças e adolescentes) envolvidos com substâncias psicoativas e mesmo no tráfico de

drogas (na modalidade denominada de “aviãozinho”) é fato que vem preocupando a educação tendo em vista as ausências e mesmo ao pouco

aproveitamento e rendimento escolar e que precisa ter ação articulada com demais áreas das políticas públicas;

- há necessidade de continuar e buscar outras estratégias e articulação com as demais políticas setoriais e Conselho Tutelar sobre a violência doméstica e

a exploração sexual;

- sobre a municipalização de todo o ensino fundamental ainda não está em debate;

- na educação fundamental – da 1ª a 5ª séries são atendidos 12.341 alunos em 448 classes, de responsabilidade do executivo municipal;

- manutenção do programa Mais Educação com melhor direcionamento para o campo da educação.

No ano de 2017, no município de Jacareí, 28 Escolas Estaduais garantem o Ensino Fundamental com o seguinte total de matrículas:

Ano Total de Escolas Total de matrículas

2017 28 331 Anos Iniciais

9.298 Anos Finais

Fonte: Centro de Informações Educacionais e Gestão da Rede Escolar - CIE JAC / Diretoria de Ensino da Região

de Jacareí - DER JAC, 24/03/2017

Educação básica: Ensino Médio e Profissionalizante

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Meta 5 - Estimular políticas públicas que tenham como objetivo levar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de

modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor

escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano de 2017, no município de Jacareí, 25 Escolas Estaduais garantem o Ensino Médio atendendo um total de 8.178 alunos matriculados (Fonte:

Centro de Informações Educacionais e Gestão da Rede Escolar - CIE JAC / Diretoria de Ensino da Região de Jacareí - DER JAC,

24/03/2017).

Meta 6 - Contribuir com o aumento de matrículas da educação profissional técnica de nível médio, prezando pela a qualidade da oferta e que pelo

menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

Meta 7 - Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de

vigência deste PME, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

No município tem-se 01 (uma) ETEC – Escola Técnica Estadual mantida pelo CEETEPS, instituição pública do Governo do Estado de São Paulo.

Oferece os seguintes cursos: Administração, Agrimensura, ETIM (Administração, Agropecuária, Meio Ambiente), Logística, Meio Ambiente, Química

e Redes de Computadores.

Modalidade de Ensino: Educação de Jovens e Adultos

Meta 10 - Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na

forma integrada à educação profissional.

Os dados da SME/DPE indicam o seguinte quadro sobre a situação da EJA:

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Total de classes: 13

Total de alunos: 203

Fonte: SME, 24/02/2017

Meta 11 - Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 98% (noventa e oito por cento) até 2020 e, até o final da

vigência deste PME, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir para 15% (quinze por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Modalidades de Ensino: Educação Especial e Inclusiva

Meta 12 - Universalizar, para população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtorno globais de desenvolvimento e altas habilidades

ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia

de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

Modalidade de Ensino: Educação Integral

Meta 13 - Oferecer Educação em tempo integral através de parcerias com o Governo Federal e Estadual em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de

forma a atender, pelo menos, 25% dos (as)alunos(as) da Educação Básica.

Sobre as matrículas na Educação Integral relativas ao Ensino Fundamental, o Censo de 2016 indica o seguinte quadro:

1º ano 15 2º ano 17

3º ano 19 4º ano 67 5º ano 128 Total 660

Fonte: Censo Escolar 2016/SME-DPE de Jacareí/SP

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Na escuta com crianças e adolescentes (Oficinas) e atores sociais (Colóquios) as sugestões para o PMDDHCA foram:

1. ampliação de recursos humanos e materiais para a capacitação dos profissionais da educação para o trabalho com famílias visando a solução de problemas

que acontecem no interior da escola minimizando encaminhamentos para outras políticas com a inserção de profissionais da psicopedagogia nas escolas. 2. aumento da quantidade de creches e pré-escola.. 3. municipalizar o Ciclo 2 do Ensino Fundamental. 4. escolas em tempo integral, municipais e estadual. 5. oferta de atividades socioeducativas, culturais, esportivas para alunos das escolas estaduais nos EducaMais. 6. garantia de acesso e permanência para as pessoas com deficiência na escola de ensino regular e com qualidade. 7. efetivar programas de capacitação permanente dos profissionais da educação para inclusão dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas,

pessoas com deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades (superdotados)..

2. Saúde

O Plano Municipal de Saúde (PMS) para período 2014 a 2017 foi aprovado em Este documento foi apreciado e aprovado pelo Conselho Municipal de

Saúde de Jacareí em reunião ordinária do dia 27 de fevereiro de 2014. Nele estão contidas as diretrizes, objetivos e as metas planejadas, além do

compromisso do governo municipal para o setor, em consonância com as demais esferas de governo, de acordo com as diretrizes do Sistema Único de

Saúde (SUS).

Os dados e informações do referido plano são de 2013. Não foi possível realizar a entrevista marcada no dia 07/03/2017 com os conselheiros da saúde

representantes no CMDCA para a atualização dos dados sobre saúde da população infanto-juvenil, pela ausência dos conselheiros da saúde no horário

da entrevista e na sede dos Conselhos.

Foram definidos 7 (sete) eixos a serem desenvolvidos na política de Saúde, segundo a definição do PMS para o período de 2014 - 2017:

I. Implementar a regulação de acesso aos serviços de saúde;

II. Desenvolvimento de serviços e ações de saúde para segmentos da população mais vulnerável, com necessidades específicas e riscos à

saúde prioritários;

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III. Redução dos riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e vigilância à saúde;

IV. Gestão dos recursos destinados a Secretaria de Saúde;

V. Fortalecimento da participação da comunidade e do controle social na gestão do SUS;

VI. Gestão da educação e do trabalho no SUS.

Sobre a expectativa de vida e sobrevida os dados comparativos são os seguintes:

Esperança de vida ao nascer (2010)

Brasil - 73.94 São Paulo - 75.69 São José dos Campos – 76,27 Jacareí - 75.20 Fontes: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013: PMS de Jacareí, 2014-2017

Outra informação importante pode ser passada pela taxa de fecundidade de uma população. Progressivamente há uma diminuição do número de

nascimentos, diminuindo a população jovem. Jacareí, neste item, suplanta a realidade nacional, estadual e regional, tendo a menor taxa reprodutiva.

Taxa de fecundidade total (2010)

Brasil - 1.89

São Paulo - 1.66

São José dos Campos – 1,63

Jacareí (SP)- 1.52

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013; PMS de Jacareí, 2014-2017

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No que se refere à política de saúde para a população de adolescentes e jovens, “as ações, condutas e atividades são voltadas para a população de

adolescentes e jovens de uma maneira geral” e, a SMS “trabalha com linhas de cuidado, por ciclos de vida ou redes de atenção, em consonância com as

normas e diretrizes do SUS (Sistema Único da Saúde)”.

Os projetos e ações com adolescentes e jovens são realizados, em sua grande maioria “nos espaços em que eles vivem e convivem, como por exemplo,

nas Unidades Escolares, buscando levar temáticas como dependência química, doenças sexualmente transmissíveis, sexualidade com vistas à promoção,

prevenção e também à captação de situações já instaladas que imponham alguma intervenção”. E, os adolescentes em cumprimento de medidas

socioeducativas participam incluídos nas Unidades Escolares, se apropriam de toda essa programação e “dos espaços de saúde aos quais têm direito,

bem como a assistência a seus familiares”.

Um dos desafios para a área da saúde consiste no debate de casos “deslocando o foco médico-centrado para a esfera da clínica ampliada, com ênfase

nos aspectos biopsicossociais com vistas a ampliar as possibilidades de saída do jovem desta realidade excludente”. Nesse sentido, o investimento da

SMS recai “na estratégia de Saúde da Família, onde a família passa a ser o objeto de atenção, no ambiente em que vive, permitindo uma compreensão

ampliada do processo saúde/doença”. É objetivo da SMS que “o profissional considere esta demanda como parte da atenção básica e que receba suporte

técnico especializado através do matriciamento, no que se refere ao atendimento dos jovens em cumprimento de medidas socioeducativas e suas

especificidades”.

Apesar de ainda a SMS não participar da elaboração do PIA do adolescente, “porém há uma troca de informações entre estes profissionais (SAS-

CREAS) e técnicos da Saúde para a inclusão dos jovens e adolescentes aos serviços de saúde que, por sua vez, devem elaborar o Projeto Terapêutico

Singular (PTS) a ser compartilhado com os profissionais do Sistema de Garantia de Direitos que atuam no caso”. Contudo, não há no Plano Municipal

de Saúde, eixo específico para o atendimento desse adolescente; contudo, “ao elaborarmos o Plano de Atenção à Saúde do Adolescente existe uma

diretriz que contempla ações direcionadas a esta população, considerando suas especificidades e vulnerabilidades” (Fonte Doc. SMS, s.d.).

O saneamento básico de uma localidade também reflete seu grau de evolução e é fator de interferência direta na saúde pública. Acesso à água encanada

e tratada, esgotamento sanitário, energia elétrica e coleta de lixo irão influenciar diretamente fatores condicionantes de saúde.

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Seguindo os dados apresentados abaixo, verificamos que o município tem valores similares aos do Estado de São Paulo e de maneira geral superiores ao

Brasil.

Cabe neste momento ressaltar que o fato de se ter esgotamento sanitário não significa diretamente ter esgoto tratado. Entende-se por esgotamento

sanitário a retirada de esgotos da residência. A destinação destes resíduos também irá implicar diretamente no bioma local, pois quando não tratado,

polui córregos e rios que, por consequência, poderão contaminar águas de abastecimento, dentre outros problemas.

Sendo assim é importante lembrar que o município de Jacareí, nos últimos anos, vem implantando um programa de tratamento de esgotos, com o intuito

de elevar de 20% para 70% a eliminação dos resíduos contaminantes na natureza.

Saneamento básico e infraestrutura - % da população em domicílios com: ano base 2010

Lugar Água encanada Banheiro e água

encanada Coleta de lixo Energia

elétrica Brasil 92,72 87,16 97,02 98,58 São Paulo 98,57 97,12 99,62 99,91 São José dos Campos 98,84 97,34 99,82 99,95 Jacareí 98,77 98,48 99,54 99,84 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013; PMS de Jacareí, 2014-2017.

Sobre a rede assistencial SUS no município, Jacareí conta com uma complexa rede de assistência à saúde SUS, sendo referência em média e alta

complexidade (nefrologia e oncologia) para os municípios de Igaratá e Santa Branca, e alta complexidade em oncologia para o Litoral Norte. Sobre a

rede física instalada, os serviços de saúde abrangem todos os níveis de assistência, sendo assim serão apresentados de acordo com esta classificação:

Na Atenção Básica de Saúde há 17 unidades de básicas de saúde, trabalhando com estratégias diferenciadas e espalhadas por todo território.

Promovendo atendimento com o conceito de unidades básicas tradicionais, o município tem as seguintes unidades: UBS Parque Brasil, UBS Jardim

Paraíso, UBS Vila Zezé, UBS Bandeira Branca, UBS Esperança.

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O total de serviços de saúde, por região, é o seguinte:

Região Quantidade

Central 9

Leste 5

Norte 3

Oeste 6

Sul 4

Fonte: CREAS Jacareí; PMASE de Jacareí, 2015 - 2025.

Em uma modalidade similar de assistência tradicional, porém com horário de atendimento estendido até às 19 horas, e ainda contando com o

atendimento de um médico clínico geral, em atendimento de livre demanda, há as seguintes unidades: UBS 12 Horas Parque Santo Antônio, UBS 12

Horas Santa Cruz dos Lázaros, UBS 12 Horas Jardim das Indústrias, UBS 12 Horas Cidade Salvador.

Há unidades de saúde que atendem com a Estratégia Saúde da Família, sendo que estas estão localizadas nas regiões mais periféricas da cidade: UMSF

Pagador Andrade, UMSF Parque Meia-Lua, UMSF Rio Comprido, UMSF Santo Antônio da Boa Vista, UMSF Jardim do Vale, UMSF Igarapés, UMSF

São Silvestre, UMSF Emília.

Em se tratando da Atenção Especializada no nível secundário de assistência existem vários equipamentos que realizam esta modalidade nas áreas de

reabilitação, médica e odontológica especializada, infectologia e saúde mental, a saber:

SIM – Sistema Integrado de Medicina - Atendimento médico ambulatorial

especializado:

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Cardiologista adulto e infantil, Cirurgião pediátrico, Cirurgião cabeça e pescoço, Cirurgião geral,

Cirurgião tórax, Cirurgião vascular, Dermatologista, Gastroenterologista, Endocrinologista adulto e

infantil, Geriatra, Coloproctologista, Hematologista, Homeopata, Neurologista adulto e infantil,

Oftalmologista, Ortopedista, Otorrinolaringologista, Pneumologista adulto e infantil , Proctologista,

Reumatologista adulto e infantil, Urologista

CEO – SORRISO - Atendimento Odontológico Especializado:

Endodontia, Cirurgia oral especializada, Pacientes especiais, Semiologia, Radiologia, Periodontia,

Prótese.

Centro de Reabilitação:

Fonoaudiologia, Fisioterapia, Acompanhamento psicológico, Assistência social, Terapias, Exames,

Protetização

Ambulatório de Saúde Mental:

Psiquiatria, Psicologia, Terapia ocupacional, Enfermagem, Assistência social

Ambulatório de Saúde da Mulher:

Tratamento e biópsias de lesões; Citologia oncológica; Eletrocauterização ; Inserção de DIU

Centros de atenção especializada a portadores de transtornos mentais:

CAPS AD – Centro de Atendimento Psicossocial para pessoas com problemas com álcool e drogas

CAPS II – Centro de Atendimento Psicossocial para pessoas com transtornos mentais graves

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CAIA - Centro de Atenção Integral ao Adolescente:

Hebiatra, Ginecologista, Psicologia, Assistência social, Matriciamento para Atenção Básica

Centro de Apoio Diagnóstico:

Laboratório Municipal

Urgência e emergência:

Unidade de Pronto Atendimento - UPA Infantil, UPA Parque Meia-Lua (infantil e adulto)

Hospitais de retaguarda:

Santa Casa de Misericórdia, Hospital São Francisco de Assis (Maternidade e Oncologia)

Programa Municipal de Prevenção às DST/HIV/Aids:

O Programa Municipal de Controle de DST/HIV/AIDS tem como objetivo principal prevenir a contaminação da população das chamadas Doenças

Sexualmente Transmissíveis (DST), além de oferecer assistência às pessoas com HIV/Aids em nosso município. Promove uma política de saúde

integral, ou seja, desenvolve ações nas áreas de vigilância epidemiológica, promoção, prevenção, assistência, considerando como prioridade o

desenvolvimento humano.

O município tem um serviço ambulatorial específico para atendimento de pessoas com doenças infecciosas, o Ambulatório de Infectologia, que

promove o acompanhamento das pessoas diagnosticadas com HIV ou Aids, outras DST (como a sífilis) e hepatite viral. Este serviço presta 27

atendimentos integral e de qualidade aos usuários, por meio de uma equipe multiprofissional, composta por médicos, psicólogo, enfermeiros e

assistentes sociais.

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O serviço tem um olhar específico para HIV e Aids, porque, diferentemente de outras doenças, essa tem um longo período silencioso, em que não

existem sintomas. São os que chamamos de portadores saudáveis, indivíduos infectados com o vírus HIV e que ainda não desenvolveram a doença,

todavia podem transmitir o vírus para outras pessoas através do sexo sem proteção, compartilhamento de agulhas e seringa, entre outras. Um

complicador para estes casos é quando a patologia vem associada à gestação.

Os dados nos indicam certo aumento nas gestantes com HIV/Aids e sífilis, colocando em risco a criança que está sendo gerada quando não

acompanhadas e tratadas. O número de gestantes não tratadas vem aumentando e há indícios de estar diretamente relacionado ao consumo de drogas

lícitas e ilícitas, levando à não adesão ao pré-natal e acompanhamento da gestação e parto. Esta é uma diretriz que será enfrentada nestes próximos anos,

por meio de ações específicas.

Os dados de 2013 da Diretoria de Vigilância à saúde indicavam o seguinte quadro:

HIV e Aids: 29 masculinos e 21 femininos

Gestantes com HIV: 13 casos

Crianças Expostas ao HIV: 10 casos

Aids em menores de 13 anos: 0 (nos anos de 2010, 3 casos; 2011, 5 casos; 2012, 1 (um) caso).

Gestantes com sífilis: 25 casos

Crianças com sífilis congênita: 19 casos

Coeficiente de mortalidade infantil – Indicador 2013*

Coeficiente de mortalidade neonatal precoce: 4,82

Coeficiente de mortalidade neonatal tardia: 1,85

Coeficiente de mortalidade pós-neonatal: 5,56

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Coeficiente de mortalidade infantil: 12,24

(Fonte: Data SUS/Comitê de mortalidade infantil); PMS de Jacareí, 2014-2017- * Dados parciais sujeitos a revisão)

O município de Jacareí tem um Comitê de Prevenção à Mortalidade Materno-Infantil e Fetal atuante e todos os óbitos de crianças menores de um ano,

natimortos, mulheres em idade fértil, gestantes e puérperas são investigados. Sendo a grande maioria dos casos de óbito materno infantil e fetais com

causas identificadas, auxiliam e contribuem também para o planejamento de políticas de saúde.

Houve avanço na assistência materno-infantil nos últimos 12 anos em nosso município. Nesse período a tecnologia avançou e, com ela, a ciência

médica. O acesso da nossa população a essa tecnologia também aumentou.

A mortalidade infantil, após um período de queda, apresentou nos últimos três anos tendência à elevação. Embora o componente neonatal seja o de

maior peso na Taxa de Mortalidade Infantil Total, foi o componente pós-neonatal que sofreu aumento considerável em 2013.

Segundo análise do Comitê de Mortalidade Materno-infantil e Fetal, a maioria dessas crianças eram crianças de risco biológico ao nascer.

Apesar dos avanços ocorridos em relação à captação precoce das gestantes nas UBS, aumento no número de consultas pré-natal, há a necessidade de

melhorias na vigilância à gestante no final da gestação e na assistência pós-parto, para diagnosticar possíveis intercorrências com a gestante e o recém-

nascido.

Em relação à amamentação, há a necessidade de treinamento para os médicos, equipe de enfermagem e agentes comunitários,sendo o aleitamento

materno um ato de importância fundamental na prevenção da desnutrição e de outros agravos e, principalmente, na redução da mortalidade infantil.

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Outro fator agravante e determinante é o aumento do indicador de mortalidade maternoinfantil, decorrentes de mães usuárias de crack e outras drogas

lícitas e ilícitas.

A análise da produtividade é utilizada como parâmetro para avaliar a dispensação dos serviços de saúde existentes e é medida a partir do número de

consultas ou procedimentos ofertados pela rede de saúde local. Para estas análises, o parâmetro utilizado é ditado pela portaria 1.101/2002 do Ministério

da Saúde.

Quanto à oferta de consultas médicas, o indicador a ser alcançado é o de 2,5 consultas/habitante/ano. Para estas interpretações também temos que

considerar a parcela da população que é realmente atendida pelo SUS local. Esta população é denominada de SUS dependente, ou seja, 100% de suas

necessidades dependem de ações e serviços públicos.

O município de Jacareí considera como parâmetro de população SUS dependente o correspondente a 58,9% da população total, tendo como base os

indicadores do Caderno Nacional da Atenção Básica para o município. Se considerarmos dados da ANS (Agencia Nacional de Saúde), essa

dependência total no município seria ainda menor, 52,7%, conforme seguintes dados:

População de Jacareí(*): 216.432

Cobertura de Plano de Saúde (**): 102.287

População do SUS: 114.145, em termos percentuais representam 52,7%.

(Fonte: * Fundação SEADE ** ANS – Agência Nacional de Saúde; PMS de Jacareí, 2014-2017)

Os Eixos e Diretrizes traçadas no Plano Municipal de Saúde definidos para o período 2014 a 2017 que relacionam diretamente com crianças e

adolescentes são os seguintes:

Eixo I - Aperfeiçoamento e qualificação do acesso aos serviços e ações de saúde

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Diretriz 1 - Rede Regional de Atenção à Saúde Diretriz 2 - Implementar a Regulação de Acesso Diretriz 3 - Implementar o controle, avaliação e auditoria Diretriz 4 - Garantir o acesso da população usuária do SUS a medicamentos e insumos essenciais,

seguros e eficazes Diretriz 6 - Implementar a mudança de modelo assistencial da rede básica de assistência

Diretriz 10 - Implementar Atenção Domiciliar

Diretriz 11 - Qualificar o acesso à atenção da rede de urgência e emergência no município

Diretriz 12 – Reestruturação da rede de assistência às urgências do município

Eixo II –Desenvolvimento de serviços de saúde para segmentos mais vulneráveis da população, com necessidades específicas e riscos à saúde prioritários

Diretriz 1 – Implantar o Programa de Assistência Materno Infantil

Diretriz 2 – Implementar ações programáticas na saúde da criança

Diretriz 3 – Aprimorar a rede de atenção integral à saúde da mulher

Diretriz 4: Implementar o programa de planejamento familiar

Diretriz 5 – Atenção à pessoa com deficiência

Diretriz 9 – População de rua

Diretriz 12 – Saúde do Homem

Diretriz 13 – Saúde mental, álcool e outras drogas

Diretriz 14. Programa Saúde na Escola

Diretriz 15 – Qualificar e ampliar a atenção a portadores de HIV, DST, AIDS

Eixo III – Vigilância à saúde

Diretriz 1 – Fortalecer as ações de vigilância em saúde

Diretriz 2 – Imunizações (vacinas)

Na escuta com crianças e adolescentes (Oficinas) e atores sociais (Colóquios) as sugestões para o PMDDHCA foram:

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1. ampliação das ações de saúde nas escolas e comunidades para o trabalho preventivo sobre o uso de álcool e drogas e também sobre o direito á saúde sexual

e reprodutiva. 2. criação de CAPs específico para adolescentes que sentem-se desconfortáveis no atendimento junto com crianças ou com os adultos, com atendimento em

diversas especialidades, independentemente de serem vítimas ou não de violação de direitos.. 3. garantia de ações de atendimento de psicoterapia para crianças e adolescentes na rede básica de saúde. 4. ampliar e implementar ações efetivas no Programa Saúde do Adolescente especialmente no que se refere à prevenção e promoção, cuidado, reabilitação e

de forma intersetorial..

3. Assistência Social

A Assistência Social é uma política pública que visa à garantia de direitos sociais. Compõe, a partir da Constituição Federal de 1988, a Seguridade

Social junto à Saúde e à Previdência Social. Portanto, seu reconhecimento no campo dos direitos sociais, como uma política de proteção social.

A política enquanto sistema – Sistema Único de Assistência Social (SUAS) – integra serviços, programas e benefícios. Neste contexto, os governos nos

três âmbitos da administração pública são considerados órgãos gestores responsáveis pela formulação e execução da política de assistência em seus

âmbitos. São funções da referida política: a proteção social, a vigilância socioassistencial, a defesa de direitos.

No que se refere à defesa dos direitos na implementação da Política de Assistência Social no Brasil, devem ser observados:

a) todos os direitos de proteção social de assistencial social consagrados em Lei para todos, com dignidade e respeito;

b) direito de equidade rural-urbana na promoção social não contributiva;

c) direito à igualdade do cidadão e cidadã de acesso à rede socioassistencial;

d) direito do usuário à acessibilidade, qualidade e continuidade;

e) direito em ter garantida a convivência familiar, comunitária e social;

f) direito à proteção social por meio da intersetorialidade das políticas públicas;

g) direito à renda;

h) direito ao cofinanciamento da pro4teção social não contributiva;

i) direito ao controle social e defesa dos direitos socioassistenciais (JACAREI, Plano Municipal da Assistência Social, 2014).

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Os princípios da política de assistência social, segundo capítulo II, Seção I, artigo 4º, são os seguintes:

1. Supremacia do atendimento ás necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica;

2. Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável às demais políticas públicas;

3. Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia, seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como a convivência familiar e comunitária,

vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade;

4. Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência entre às populações urbanas e

rurais;

5. Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como de recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios

para sua concessão.

No que se refere ao município de Jacareí, o Plano Municipal de Assistência Social para o período de 2014 a 2017, visa “planejar e orientar as ações de

Assistência Social no município” fundado em diferentes marcos legais (legislação), incluindo a Tipificação dos Serviços Socioassistenciais, dentre

outros (JACAREI, PMAS, 2014 a 2017).

Crianças e adolescentes são sujeitos da atenção da Proteção Social Básica, tanto no Serviço de Atenção Integral à Família (PAIF) como no Serviço de

Convivência e Fortalecimento de Vínculos (para crianças de 0 (zero) a seis anos; para crianças e adolescentes de seis a 15 anos e para adolescentes de 15

a 18 anos incompletos.

O Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) é uma unidade pública estatal descentralizada da política de assistência social sendo responsável

pela organização e oferta dos serviços socioassistenciais da Proteção Social Básica do SUAS nas áreas de vulnerabilidade e risco social dos municípios.

Em Jacareí são 04 (quatro) CRAS instalados nas regiões Centro, Leste, Norte e Oeste, sendo três equipamentos alugados, um próprio e outro em

construção (região Sul).

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O Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) oferta serviços, programas e projetos especializados, destinados a famílias e

indivíduos que estão em risco pessoal e social, ou seja, com seus direitos violados, ameaçados ou sem acesso a eles. Muitas situações de vulnerabilidade

e risco pessoal e social podem afetar as relações familiares e na comunidade, gerando conflitos, desentendimentos, e rupturas, carecendo, portanto, um

atendimento especializado mais articulado entre os órgãos de defesa de direitos (Ministério Público, Defensoria Pública, Juizados, Conselhos etc.) e

outras políticas públicas setoriais (tais como Saúde, Educação, Habitação, entre outros). Portanto, o atendimento da Proteção Social Especial tem como

objetivo principal cooperar para prevenir a violação de direitos e potencializar recursos para reparar situações de risco pessoal e social, como violência

física, psicológica, negligencia abandono, violência sexual, situação de rua; trabalho infantil; desabrigo; cumprimento de medidas socioeducativas,

afastamento do convívio familiar, fragilização e rompimento dos vínculos familiares, comunitários e/ou sociais. Tendo em vista o nível de complexidade

do atendimento é subdivida a Proteção Social Especial Em média e alta complexidade. O CREAS oferece atendimento a família ou grupos em que seus

direitos foram violados, mas seus vínculos familiares ou comunitários não foram rompidos.

São Serviços da Proteção Social de Média Complexidade:

Serviço de Orientação e Apoio Especializado a Indivíduos e Famílias: busca atender situações de violência contra crianças, adolescentes, mulheres,

idosos, pessoas com deficiência. O atendimento psicossocial opera-se na proteção imediata à vítima e ao seu núcleo familiar, prevenindo a continuidade

da violação de direitos. Para tanto, oferece acompanhamento técnico especializado, e articulação com a rede de serviços socioassistenciais e das demais

políticas públicas, bem como com o Sistema de Garantia de Direitos (Ministério Público, Conselho Tutelar, Vara da Infância e da Juventude, Defensoria

Pública e outros).

Serviços Específicos de Proteção Social Especial: Pessoas Idosas e Pessoas com deficiência: são serviços continuados que oferecem apoio e

acompanhamento profissional as pessoas idosas, pessoas com deficiência e suas famílias, que tiveram suas limitações prejudicadas por violação de

direitos, visando ao fortalecimento de vínculos familiares, inclusão social e oferta de condições para o alcance de autonomia e independência,

melhorando sua qualidade de vida.

Serviço de Orientação e Acompanhamento a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Prestação de Serviços à Comunidade e

Liberdade Assistida: tem como objetivo encaminhar e acompanhar adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas dessas medidas, por

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determinação judicial, previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8069/90. Tal acompanhamento, previsto na Política Nacional de

Assistência Social (PNAS), deve estar pautado na concepção do adolescente como sujeito de direitos, em condição peculiar de desenvolvimento.

Serviços de Alta Complexidade: tem caráter compensatório, oferece proteção integral para indivíduos, famílias e grupos onde seus direitos foram

violados e os vínculos afetivos e comunitários rompidos, seu objetivo é oferecer proteção integral – moradia, alimentação, higienização para famílias e

indivíduos que se encontram sem referência e/ou, em situação de ameaça, necessitando ser retirado de seu núcleo familiar e/ou, comunitário. Esta

proteção será garantida através dos seguintes serviços: Atendimento Integral Institucional; Casa lar; Casa de Passagem; Atendimento à População em

Situação de Rua; República; Albergue; Medidas Socioeducativas restritivas e privativas de liberdade; Trabalho Protegido; Atendimento a Pessoas com

Deficiência; Atendimento à Dependência química em situação de abrigo.

No município de Jacareí/SP a política de assistência social encontra-se territorializada nas cinco regiões – Centro, Leste, Norte, Oeste, Sul - no sentido

da viabilização das ações de Proteção Básica e Especial e também dos Programas de Transferência de Renda.

Proteção Social Básica

O CRAS é a unidade pública responsável pela Proteção Básica Social do SUAS nas áreas de vulnerabilidade e risco social no município e as equipes

desempenham papel central em cada território onde está localizado, na função exclusiva da garantia do trabalho social com famílias. Ao todo são quatro

CRAS instalados regionalmente e, um em fase final de construção para sua implementação, na região Sul.

No que se refere ao quadro situacional da atenção da política de assistência social no município, considerando a população total do município (211.214

habitantes) e da região Centro (57.720), o total de crianças e adolescentes entre 0 (zero) a 17 anos de idade (12.665) e extensivo à categoria família,

tem-se o seguinte:

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Modalidades Aspecto considerado Quantidade

Programas e Benefícios

Famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família 889

Famílias não beneficiárias do Programa Bolsa Família 1.618

Total de famílias cadastradas no Cadastro Único 2.607

Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada Deficientes 101

Outras transferências de renda Renda Cidadã 71

Ação Jovem 51

Famílias acompanhadas pelo PAIF Famílias em acompanhamento 725

Fontes: MDS, 2014; Central de cadastros, 2014; Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014.

Dentre as vulnerabilidades identificadas na região Centro nos atendimentos do CRAS, em relação à população infanto-juvenil, tem-se o seguinte:

Aspecto considerado Quantidad

e Situação de negligência em relação a crianças/adolescentes 20 Situação de negligência em relação á pessoa com deficiência 01 Situação de violência contra crianças 02 Crianças e adolescentes fora da escola 12 Jovens em situação de vulnerabilidade social 04 Famílias em descumprimento das condicionalidades do PBF 131

Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014.

Além das unidades próprias o atendimento socioassistencial é realizado por 06 (seis) entidades conveniadas.

No que se refere ao quadro situacional da atenção da política de assistência social no município, considerando a população total do município (211.214

habitantes)e da região Leste (57.599), o total de crianças e adolescentes entre 0 (zero) a 17 anos de idade (16.477) e extensivo à categoria família, tem-

se o seguinte:

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58

Modalidades Aspecto considerado Quantidade

Programas e Benefícios

Famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família 1.189

Famílias não beneficiárias do Programa Bolsa Família 1.895

Total de famílias cadastradas no Cadastro Único 3.084

Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada Deficientes 152

Outras transferências de renda Renda Cidadã 84

Ação Jovem 73

Famílias acompanhadas pelo PAIF Famílias em acompanhamento 914

Jovens em situação de vulnerabilidade e risco social Ação Jovem 51

Fontes: MDS, 2014; Central de cadastros, 2014; Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014..

Dentre as vulnerabilidades identificadas na região LESTE nos atendimentos do CRAS, em relação à população infanto-juvenil, tem-se o seguinte:

Aspecto considerado Quantidad

e Situação de negligência em relação a crianças/adolescentes 00 Situação de negligência em relação á pessoa com deficiência 00 Situação de violência contra crianças 01 Crianças e adolescentes fora da escola 00 Jovens em situação de vulnerabilidade social 06 Famílias em descumprimento das condicionalidades do PBF 35 Famílias elegíveis não inseridas nos programas ou benefícios de transferência de renda 06

Fontes: Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014.

Além das unidades próprias o atendimento socioassistencial é realizado por 02 (duas) entidades conveniadas.

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59

No que se refere ao quadro situacional da atenção da política de assistência social no município, considerando a população total do município (211.214

habitantes) e da região Norte (11.762), o total de crianças e adolescentes entre 0 (zero) a 17 anos de idade (3.667) e extensivo à categoria família, tem-se

o seguinte:

Modalidades Aspecto considerado Quantidade

Programas e Benefícios

Famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família 528

Famílias não beneficiárias do Programa Bolsa Família 975

Total de famílias cadastradas no Cadastro Único 1503

Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada Deficientes 47

Outras transferências de renda Renda Cidadã 107

Ação Jovem 46

Famílias acompanhadas pelo PAIF Famílias em acompanhamento 725

Fontes: MDS, 2014; Central de cadastros, 2014; Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014..

Dentre as vulnerabilidades identificadas na região Norte nos atendimentos do CRAS, em relação à população infanto-juvenil, tem-se o seguinte:

Aspecto considerado Quantidad

e Situação de negligência em relação a crianças/adolescentes 07 Situação de negligência em relação á pessoa com deficiência 01 Situação de violência contra crianças 01 Crianças e adolescentes fora da escola 09 Jovens em situação de vulnerabilidade social 06 Famílias em descumprimento do PBF 25

Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014.

Além das unidades próprias o atendimento socioassistencial é realizado por 02 (duas) entidades conveniadas.

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60

No que se refere ao quadro situacional da atenção da política de assistência social no município, considerando a população total do município (211.214

habitantes) e da região Oeste (69.266), o total de crianças e adolescentes entre 0 (zero) a 17 anos de idade (18.504) e extensivo à categoria família, tem-

se o seguinte:

Modalidades Aspecto considerado Quantidade

Programas e Benefícios

Famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família 2619

Famílias não beneficiárias do Programa Bolsa Família 3014

Total de famílias cadastradas no Cadastro Único 6031

Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada Deficientes 295

Outras transferências de renda Renda Cidadã 100

Ação Jovem 136

Famílias acompanhadas pelo PAIF Famílias em acompanhamento 1531

Fontes: MDS, 2014; Central de cadastros, 2014; Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014.

Dentre as vulnerabilidades identificadas na região Oeste nos atendimentos do CRAS, em relação à população infanto-juvenil, tem-se o seguinte:

Aspecto considerado Quantidad

e Situação de negligência em relação a crianças/adolescentes 22 Situação de negligência em relação á pessoa com deficiência 00 Situação de violência contra crianças 03 Crianças e adolescentes fora da escola 114 Jovens em situação de vulnerabilidade social 38 Famílias em descumprimento do PBF 138 Famílias elegíveis não inseridas nos programas ou benefícios de transferência de renda 172

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Fontes:Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014.

Além das unidades próprias o atendimento socioassistencial é realizado por 03 (três) entidades conveniadas.

No que se refere ao quadro situacional da atenção da política de assistência social no município, considerando a população total do município (211.214

habitantes) e da região Sul (13.566), o total de crianças e adolescentes entre 0 (zero) a 17 anos de idade (3.798) e extensivo à categoria família. Cabe

destacar que o atendimento a população dessa região é realizado no CRAS da região Centro.

Modalidades Aspecto considerado Quantidade

Programas e Benefícios

Famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família 775

Famílias não beneficiárias do Programa Bolsa Família 826

Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada Deficientes 135

Outras transferências de renda Renda Cidadã 50

Ação Jovem 27

Famílias acompanhadas pelo PAIF Famílias em acompanhamento 236

Fontes: MDS, 2014; Central de cadastros, 2014; Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014.

Dentre as vulnerabilidades identificadas na região Sul nos atendimentos do CRAS, em relação à população infanto-juvenil, tem-se o seguinte:

Aspecto considerado Quantidad

e Situação de negligência em relação a crianças/adolescentes 13 Situação de negligência em relação á pessoa com deficiência 01 Situação de violência contra crianças 06 Crianças e adolescentes fora da escola 22

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Jovens em situação de vulnerabilidade social 02 Famílias em descumprimento do PBF 43 Famílias elegíveis não inseridas nos programas ou benefícios de transferência de renda 09

Fontes: Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014.

No Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Adolescentes e Jovens, o Centro de Juventude, equipamento localizado na Zona Oeste foi

criado em 30/04/2015, atendendo a demanda de jovens de todas as regiões. No início de seu funcionamento tinha como objetivo “ofertar oficinas,

atividades artísticas, culturais e atividades socioeducativas”. Contudo, com a Resolução do CNAS nº109/2009, denominada Tipificação nacional dos

Serviços Socioassistenciais, o Centro da Juventude passou a ser um “serviço ofertado pela Proteção Social Básica com a denominação de Serviço de

Atenção à Juventude”. Pelo acordo com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) o atendimento era para 700 jovens

(JACAREI, SAS, 2014, p.56). O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Adolescentes e Jovens tem como objetivos:

- assegurar espaços de convívio familiar e comunitário e o desenvolvimento de relações de afetividade e sociabilidade;

- valorizar a cultura de famílias e comunidades locais pelo resgate de suas culturas e a promoção de vivências lúdicas;

- desenvolver o sentimento de pertença e de identidade; e

- promover a socialização e convivência.

O Programa Bolsa Família (PBF) tem como programa de transferência de renda tem como população destinatária famílias com renda mensal de até

meio salário mínimo por pessoa e/ou famílias com renda mensal de até 03 (três) salários mínimos. Os condicionantes para a o benefício relacionou-se ao

acompanhamento da frequência escolar (com ano base no trimestre de novembro de 2013), atingindo o percentual de 93,29%, para crianças e

adolescentes entre 06 (seis) e 15 anos, o que equivalia a 7.359 alunos acompanhados em relação ao público equivalente a 7.888. No caso do atendimento

ao adolescente (entre 16 e 17 anos) o percentual atingido foi de 93,77%, o que resultou no atendimento de 1.219 jovens acompanhados de um total de

1.300. Os dados do mês de maio de 2014 apontavam que para o total de população do município (211.214 habitantes), o total de famílias inseridas no

Cadastro Único era de 16.052 e o total de famílias beneficiárias era de 6.118. O valor médio do benefício era de R$ 139,45 (JACAREI, SAS, 2014,

p.57).

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63

1) Sobre o atendimento quantitativo (médio) de crianças e adolescentes no CRAS, em 2016:

Região Crianças de 07(sete) a 14 anos

(Média/mês)

Adolescentes de 15 a 17 anos (média mês)

Leste 06 05

Centro / Sul 29 02

Norte 02 11

Oeste 07 17

Fonte: MDS - Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, 2016; SAS Jacareí, 08/03/2017

2) Sobre o atendimento de crianças e adolescentes em Benefício de Prestação Continuada na Escola, em 2016:

Faixa etária Total de atendidos

0(zero) a 3 (três) anos 13

4 (quatro) a 6 (seis) anos 32

7 (sete) a 11 anos 97

12 a 14 anos 57

15 a 17 anos 82

18 anos 23

Total 304

Fontes:Sistema BPC na Escola,2016; Jacareí SAS, 08/03/2017

3) O Cadastro Único para Programas Sociais indica em outubro de 2016, o seguinte quadro no que se refere as informações socioeconômicas das

famílias com baixa renda mensal (até meio salário mínimo, por pessoa).

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Mês / Ano Total Renda per capta familiar

Out. 2016 4.571 até R$ 85,00

2.832 entre R$ 85,01 a R$ 170,00

4.636 entre R$ 170,01 e meio salário mínimo

3.727 acima de meio salário mínimo

Fonte: Sistema CadÚnico; Jacareí SAS, out. 2016 (dado fornecido em 08/03/2017)

4) O Programa Bolsa Família (PBF) como um dos programas de transferência condicionada de renda beneficia famílias pobres e extremamente pobres,

inscritas no Cadastro Único. Em Jacareí, o PBF beneficiou, no mês de dezembro de 2016 um total de 6.382 famílias, representando uma cobertura de

78,8 % da estimativa de famílias pobres no município. As famílias recebem benefícios com valor médio de R$ 166,54 e o valor total transferido pelo

governo federal em benefícios às famílias atendidas no mês de dezembro alcançou R$ 1.062.874,00.

Total de famílias cadastradas no Cad Único atualizado 15.223 12/2016

Total de famílias excluídas no Cad Único (de 2012 a 2016) 881 12/2016

Total de famílias beneficiadas no Bolsa Família atualizado 6.382 12/2016

Total de famílias excluídas no Bolsa Família (2016) 102 12/2016

Fonte: Sistema CadÚnico; Jacareí SAS, out. 2016 (dado fornecido em 08/03/2017)

O Serviço de Inclusão e Acessibilidade para Pessoas com Deficiência voltado para o grupo em situação de vulnerabilidade social, com dificuldade de

locomoção, com renda familiar mensal inferior a 02 (três) salários mínimos e residente no município (Portaria Interministerial nº 01 de 15/02/2008), o

número de atendidos no ano de 2013 foi 3.370, em diversas necessidades.

A Proteção Social Especial é destinada “a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono,

maus tratos físicos e, ou, psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, situação de

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trabalho infantil entre outras” (BRASIL, PNAS, 2004, p. 37). O CREAS é o serviço público responsável por essa ação em consonância com outros

serviços. A Proteção Especial de Alta Complexidade é operacionalizada por serviços de atendimento e acolhimento que garantam a moradia,

alimentação, higienização entre outros (JACAREÍ, PMASE, 2014).

No CREAS são garantidos: Serviços de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI); Serviço de Proteção Social a

Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa (Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade) e o Serviço de Proteção Social

para pessoas com deficiência, idosas e suas famílias.

Sobre a abordagem junto à População em Situação de/na Rua realizada pelo Centro POP – unidade de referência da Proteção Especial de Média

Complexidade – em articulação com os demais serviços das políticas setoriais para viabilizar o atendimento as diferentes demandas desse grupo de

população. Não se tem dados sobre crianças e adolescentes em situação de rua.

No que se refere ao Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes, os serviços são estão divididos por faixa etária, sendo de 0

(zero) a 12 anos – Acolhimento para Crianças e, de 12 a 18 – Acolhimento para Adolescentes. Os serviços de Acolhimento destinam-se para esse grupo

etário nas seguintes situações: quando pertencentes a grupo de irmãos, quando a criança já inserida neste equipamento completa 12 anos e ainda não

apresenta condições psicossociais para a referida transferência de equipamento e quando a medida é determinada judicialmente.

Os dados de 2013 indicavam o seguinte perfil do público atendido: de um total de 60 , 34 eram do sexo masculino e 26 feminino; a idade, pela ordem,

era de 0 (zero) a 05 (cinco anos) 18, de 15 a 18 anos, 18, de 6 (seis) a 11 anos, 13 e 12 a 14 anos, 11. A maioria era oriunda da Região Centro/Sul (17),

de outros municípios (17), da Região Oeste (15) da Região Leste (12) e desconhecida (05). Os motivos do acolhimento, pela ordem: negligência (29),

violência física (8), abandono (7), conflito familiar (7), perambulação (5) e violência sexual (4). Quanto ao destino dos acolhidos, pela ordem, tem-se:

família de origem (19), continuavam acolhidos (14), família extensa (10), família substituta (09), internação Fundação CASA (03), desligamento por

maioridade (2), evadido (1). Quanto a origem do encaminhamento: CREAS (18), CRAS (09), Conselho Tutelar (11), outros equipamentos (02) (Fonte:

JACAREÍ, SAS/Equipe Técnica, dez. 2013; PMAS, 2014).

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66

Em 2016, os dados quantitativos sobre o atendimento em Acolhimento Institucional de crianças e adolescentes:

Modalidade Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média

Registro/

Mês

Acolhimento Criança 12 11 11 12 6 6 5 5 8 8 12 13 9

Acolhimento

Adolescente

8 9 9 8 6 8 9 11 9 12 9 13 9

Fonte: Jacareí CRAS, 2016; SAS, 08/03/2017.

O Plano Municipal de Assistência Social elencou como prioridade o reordenamento dos serviços de acolhimento para Crianças e Adolescentes no

sentido de sua adequação à Resolução CNAS nº 23 de 27/09/2013, cuja meta prevista finda no mês de dezembro de 2017.

O serviço Casa de Passagem – acolhimento imediato e emergencial - não registrou, no primeiro semestre de 2013 nenhum atendimento de crianças e

adolescentes para um total de 1063 atendimentos (Fonte: JACAREÍ, SAS/Equipe Técnica, dez. 2013; PMAS, 2014).

Sobre o adolescente em conflito com a lei, o município conta com o Plano Municipal Decenal de Atendimento Socioeducativo para o cujos objetivos e

metas estão relacionadas ao período de 2015 a 2025. Os dados do Serviço de Proteção Social a Adolescente em Cumprimento de Medida

Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e Prestação de Serviços à Comunidade (PSC) no s anos 2014, 2015 e 2016, indicavam o seguinte quadro:

Serviço de Proteção Social a Adolescente em Cumprimento de Medida Socioeducativa (LA/PSC) – ANO DE 2014

J. Volume de adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas Total Média

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J.1. Total de adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC) 1.320 110,00

J.2. Quantidade de adolescentes em cumprimento de Liberdade Assistida - LA 1.285 107,08

J.3. Quantidade de adolescentes em cumprimento de Prestação de Serviços à Comunidade - PSC 53 4,42

Quantidade e perfil dos novos adolescentes inseridos no Serviço, no mês de referência Total Sexo

J.4. Total de novos adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC), inseridos em acompanhamento no mês de

referência (TOTAL) 140

Masculino 130

Feminino 10

J.4. Total de novos adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC), inseridos em acompanhamento no mês de

referência (MÉDIA) 11,67

Masculino 10,83

Feminino 0,83

J.5. Novos adolescentes em cumprimento de LA, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (TOTAL) 140 Masculino 130

Feminino 10

J.5. Novos adolescentes em cumprimento de LA, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (MÉDIA) 11,67 Masculino 10,83

Feminino 0,83

J.6. Novos adolescentes em cumprimento de PSC, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (TOTAL) 1 Masculino 1

Feminino 0

J.6. Novos adolescentes em cumprimento de PSC, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (MÉDIA) 0,08 Masculino 0,08

Feminino 0,00

Serviço de Proteção Social a Adolescente em Cumprimento de Medida Socioeducativa (LA/PSC) – ANO DE 2015

J. Volume de adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas Total Média

J.1. Total de adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC) 1.123 93,58

J.2. Quantidade de adolescentes em cumprimento de Liberdade Assistida - LA 1.078 89,83

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68

J.3. Quantidade de adolescentes em cumprimento de Prestação de Serviços à Comunidade - PSC 42 3,50

Quantidade e perfil dos novos adolescentes inseridos no Serviço, no mês de referência Total Sexo

J.4. Total de novos adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC), inseridos em acompanhamento no mês de

referência (TOTAL) 50

Masculino 47

Feminino 3

J.4. Total de novos adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC), inseridos em acompanhamento no mês de

referência (MÉDIA) 4,17

Masculino 3,92

Feminino 0,25

J.5. Novos adolescentes em cumprimento de LA, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (TOTAL) 49 Masculino 47

Feminino 2

J.5. Novos adolescentes em cumprimento de LA, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (MÉDIA) 4,08 Masculino 3,92

Feminino 0,17

J.6. Novos adolescentes em cumprimento de PSC, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (TOTAL) 2 Masculino 1

Feminino 1

J.6. Novos adolescentes em cumprimento de PSC, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (MÉDIA) 0,17 Masculino 0,08

Feminino 0,08

Serviço de Proteção Social a Adolescente em Cumprimento de Medida Socioeducativa (LA/PSC) – ANO DE 2016

J. Volume de adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas Total Média

J.1. Total de adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC) 1.177 98,08

J.2. Quantidade de adolescentes em cumprimento de Liberdade Assistida - LA 1.157 96,42

J.3. Quantidade de adolescentes em cumprimento de Prestação de Serviços à Comunidade - PSC 41 3,42

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69

Quantidade e perfil dos novos adolescentes inseridos no Serviço, no mês de referência Total Sexo

J.4. Total de novos adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC), inseridos em acompanhamento no mês de

referência (TOTAL) 84

Masculino 81

Feminino 3

J.4. Total de novos adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC), inseridos em acompanhamento no mês de

referência (MÉDIA) 7,00

Masculino 6,75

Feminino 0,25

J.5. Novos adolescentes em cumprimento de LA, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (TOTAL) 58 Masculino 56

Feminino 2

J.5. Novos adolescentes em cumprimento de LA, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (MÉDIA) 4,83 Masculino 4,67

Feminino 0,17

J.6. Novos adolescentes em cumprimento de PSC, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (TOTAL) 3 Masculino 2

Feminino 1

J.6. Novos adolescentes em cumprimento de PSC, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (MÉDIA) 0,25 Masculino 0,17

Feminino 0,08

Fonte: Jacareí/SAS/CREAS - Informações da Proteção Social em Cumprimento de Medida Socioeducativa (LA/PSC), fornecido em 08/03/2016

Cabe destaque as prioridades aprovadas no Plano Municipal de Assistência Sociais (vigência 2014 a 2017) relacionadas à criança e adolescente ,apenas

aquelas que vencem no ano de 2017:

EIxo Prioridade Meta Prazo

I – Cofinanciamento da Assistência Social Ampliação do Orçamento da Política de Assistência Social 4% do orçamento

municipal Até dez. 2016

II – Gestão SUAS Realização da Pré - Conferência Municipal de Assistência

Social 01 Fórum por região (2015

e 2017) Entre maio de

2015 e maio de

2017 III – Gestão do trabalho Implementação do Plano de Capacitação Continuada para os

trabalhos de assistência social conforme a Política Nacional de

Educação Permanente dos trabalhadores do SUAS

04 capacitações anuais para

todos os profissionais; 02

capacitações para equipe

2014 a 2017

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técnica; 02 capacitações

para equipe de apoio IV – Gestão dos Serviços, Programas e

Projetos Efetivação da construção do CRAS/Sul 1000 famílias/ano Até dezembro de

2015 V – Gestão dos benefícios do SUAS Identificação e cadastramento de famílias com presença de

crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil 50% no quadriênio 2014 a 2017

Cadastramento das Famílias no BPC no CadÚnico 60% no quadriênio 2014 a 2017 Acompanhamento pelo PAEFI das famílias de crianças e

adolescentes em serviços de acolhimento Atingir 60% do total de

crianças e adolescentes

acolhidos

2014 a 2017

Reordenamento dos Serviços de Acolhimento para Crianças e

Adolescentes Reordenar 100% dos

Serviços Até dezembro de

2017 Fonte: Jacarei/SP PMAS, 2014.

Na escuta com crianças e adolescentes (Oficina) e nos Colóquios as sugestões para a área foram as seguintes:

1. Pactuação para definir responsabilidades quanto ao trabalho do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos junto políticas setoriais, especialmente

de educação.

2. Articular ação intersetoriral (políticas públicas) e interinstitucional com os diferentes atores/instituições do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do

Adolescente SGDCA) visando o direito à efetiva proteção integral pela condição pessoas em desenvolvimento e na atualização do fluxograma de ação

contemplando as responsabilidades de cada órgão/setor/sistema.

4. Cultura

O Plano Municipal de Cultura de Jacareí traça as diretrizes da política cultural para o município no período de 2017 a 2026. O Plano foi aprovado

07/12/2016 pela Câmara Municipal. Foi elaborado pela Prefeitura e traça as diretrizes da política cultural para o município no período de 10 (dez) anos.

A execução do plano deverá ser coordenada pela Fundação Cultural de Jacarehy José Maria de Abreu e acompanhada pelo Conselho Municipal de

Política Cultural.

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As diretrizes do Plano Municipal de Cultura de Jacareí estabelecem a cultura e a arte como indispensáveis à vida humana e à cidadania; o direito

cultural como direito fundamental; a valorização das tradições e expressões culturais; a transculturalidade como meio para o desenvolvimento do

município, destacando que o usuário das ações culturais são os munícipes; a valorização da diversidade cultural e o respeito aos direitos humanos; a

Fundação Cultural de Jacarehy – José Maria de Abreu como a principal unidade gestora da política cultural de Jacareí, atuando de forma sistêmica,

transversal e intersetorial, com foco em todo o patrimônio Cultural do território; que a gestão da cultura seja conduzida com profissionalismo e

competência; adotar uma gestão democrática, valorizando o Conselho de Política Cultural e uma gestão participativa para a implementação das políticas

públicas de cultura.

O plano tem por objetivos estabelecer um processo democrático de participação na gestão das políticas dos recursos públicos na área cultural; articular e

implementar políticas que promovam a interação da cultura com as demais áreas sociais e secretarias do município, destacando seu papel estratégico no

processo de desenvolvimento; promover intercâmbio entre as esferas municipais, estaduais, e federais para formação, capacitação e circulação de bens e

serviços culturais viabilizando a cooperação técnica entre estes; criar instrumentos de gestão para acompanhamento e avaliação das políticas públicas

desenvolvidas no âmbito do sistema municipal de cultura; estabelecer parcerias entre os setores públicos e privados nas áreas de gestão e de promoção

da cultura entre outros. Na relação mais direta com atenção à criança e ao adolescente, destacam-se as seguintes metas:

Meta 18: Criação da Escola Livre de Arte Multidisciplinar, possibilitando a ampliação da diversidade cultura. Até 2020.

Meta 19: Implantar cursos certificados artísticos, técnicos e pofissionlizados de acordo com as necessidades dos diversos segmentos culturais, implantados

em parceria com instituições de ensino.

Meta 20: Aumento de 100% de cursos, oficinas, workshops e master class, realizados em parceria com outras instituições. Até 2017.

Meta 22: Contemplar o mínimo de 50 oficinas culturais por ano promovendo a diversidade cultural realizada por profissionais adequados. Até 2017.

Meta 24.1: Ampliar em 30% os projetos permanentes de difusão cultural nos EducaMais existentes até 2017, com perspectivas de progressão, incluindo estes

programas nos EducaMais que venham a ser criados e mantidos durante a vigência do PMC.

Meta 24.2: Estabelecer Pontos de Cultural Digital implantados entre 2017 e 2018 com perspectivas de progressão mantidos durante a vigência do PMC.

Meta 25: Implantação do projeto Territórios Culturais planejado com toda logística, estrutura e equipamentos, colocado em funcionamento com a estrutura

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prevista entre 2017 e 2019.

Meta 28: Criação de 06 (seis) Pontos de Cultura e 04 (quatro) Pontos de Troca de Livros, implantados entre 2017 e 2025.

Meta 31: Implantar 14 Pontos de Cultura a partir de Editais Públicos até 2013.

Fonte: Jacareí, PMC, 207 a 2926 disponível em http://www.jacarei.sp.leg.br/wp-content/uploads/2016/12/Processo-n---1132016.pdf.

Na escuta com crianças e adolescentes (Oficina) e nos Colóquios as sugestões para a área foram as seguintes:

1. garantia de acesso ao transporte público para que eles possam frequentar as atividades culturais 2. ampliar o acesso à cultura enquanto profissionalização de adolescentes e criar estratégias para incentivar a participação efetiva de adolescentes 3. efetivação de política descentralizada de cultura utilizando-se dos equipamentos da comunidade e contemplando também o período de férias escolares

5. Esportes e Recreação

O esporte e a recreação é um dos principais meios de inclusão social principalmente da parcela infanto-juvenil. A prioridade da Secretaria de Esportes e

Recreação em articulação com os entes federados (governo estadual e federal) buscam sempre ampliar seu calendário de atividades e estimular parcerias

e patrocínio aos talentos que possam representar o município, o estado e o país, em competições regionais, nacional e internacional. Entre as ações

incentivadas estão a Bolsa Talento, a participação nos Jogos Regionais e nos Jogos Abertos e ao estímulo a participação de crianças e jovens.

Na escuta com crianças e adolescentes (Oficina) e nos Colóquios as sugestões para a área foram as seguintes:

1. garantia de acesso ao transporte público para que eles possam frequentar as atividades esportivas e de recreação 2. ampliar o acesso ao esporte profissional criando estratégias para incentivar a participação efetiva de adolescentes 3. efetivação de política descentralizada de esporte e lazer utilizando-se dos equipamentos da comunidade e contemplando também o período de férias

escolares

-

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73

6. Segurança Pública

O atendimento à criança e ao adolescente é realizado pela Delegacia da Mulher vítimas de violência doméstica ou sexual. As ações passam

pelo acolhimento, orientação, registro de ocorrências e instauração de inquéritos policiais, além de encaminhamentos para abrigos, centros de referência

da mulher e defensoria pública.

7. Finanças

O orçamento Criança e Adolescente (OCA) por função e subfunção na Lei Orçamentária Anual do município no planejamento de desenvolvimento das

ações públicas foi a seguinte no exercício de 2016:

Dotação Inicial

Eixo/Função/Subfunção/ação Coeficiente da faixa

etária do OCA

Base de Dados Exclusivo Não Exclusivo Total

04 Administração 22.472.000,00 0,00 8.298.140,00 8.298.140,00

06 Segurança Pública 14.410.000,00 110.000,00 2.145.000,00 2.555.000,00

08 Assistência Social 19.088.000,00 5.755.000,00 8.494.454,30 14.249.454,30

09 Previdência Social 3.386.000,00 0,00 1.252.820,00 1.252.820,00

10 Saúde 180.063.000,00 0,00 55.747.504,80 55.747.504,80

12 Educação 158.951.000,00 158.951.000,00 0,00 158.951.000,00

13 Cultura 4.859.000,00 0,00 2.915.400,00 2.915.400,00

16 Habitação 3.456.000,00 0,00 2.073.600,00 2.073.600,00

17 Saneamento 147.142.000,00 0,00 54.442.540,00 54.442.540,00

27 Desporto e Lazer 9.334.000,00 0,00 7.333.723,80 7.333.723,80

28 Encargos especiais 450.000,00 0,00 270.000,00 270.000,00

Fonte: Prefeitura Municipal de Jacarei/SP, 2016.

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74

Sobre o Conselho Tutelar os dados coletados na entrevista de 07/03/2017 somados ao envio de planilhas sobre a ação pública desenvolvida relativa aos

anos de 204, 205 e 2016, são os seguintes:

Ofícios Recebidos pelo CT:

Ano

2014

Origem Ano 2014 Ano 2015 Ano 2016

BO – Boletim de Ocorrência 42 50 100 SAS CRAS 77 101 151

CREAS 161 305 266 CT.CR. Civil 49 08 05 CT 25 85 Denúncia

Anônima

Disk 100

250 158 178 86 69 96

D. Ensino 510 350 399 Educação 505 427 376 SINAN 108 204 FORUM 332 317 341 Notificação 145

Pó-Lar 13 06 04 Outros 19 49 SAS 19 15 SAS e outros 77

Saúde 104 100 138 TOTAL 2.369 2062 2.400

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Atendimentos realizados pelo CT

Ano Atendimento Ofícios

Feitos

P.As

Abertos

P.As. em

Andamento

P.AS.

Arquivados

Cartas

Enviadas

Direitos não

Violados

2014 2.927 1.518 885 - 2.970 835

2015 2.860 1.241 603 2.676 - 481 247

2016 2.640 1.130 - - - - -

Total 8.427 3.889 1.493 2.676 2.970 1.316 247

Os dados relativos à demanda/ofícios encaminhados ao CT estão, pela ordem, na área da educação, nos anos de 2013 a 2016, do seguinte modo:

Educação (2.565 casos), Assistência Social (1.188 casos), FÓRUM (990 casos), Denúncias (837), Saúde (342).

9. Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente Criança e do Adolescente

O CMDCA foi criado pela Lei Federal nº 8.069/90 no sentido de acompanhar, monitorar e controlar as ações públicas relativas à proteção dos direitos

humanos de crianças e adolescentes. Nesse sentido tem papel político na articulação dos atores/instituições que compõem o Sistema de Garantia dos

Direitos da Criança e do Adolescente, relação institucional estreita com o Conselho Tutelar diante da ameaça ou a consumação da violação de direitos

desse grupo etário e papel fundamental na articulação com os demais Conselhos das Políticas Setoriais e Temáticos, em que crianças e adolescentes são

os principais destinatários de ações de promoção, proteção e defesa dos direitos do universo criança-adolescente. Também a relação institucional com as

entidades da sociedade civil, movimentos, sujeitos destinatários da política de direitos tem sido fundamental para a afirmação de seu papel democrático

e participativo junto à sociedade.

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76

Cabe a ele a articulação das políticas públicas (setoriais e temáticas), com o Sistema de Justiça, com o Executivo e legislativo no sentido

de que as crianças e adolescentes sejam de fato reconhecidos como sujeito de direitos, pessoas em condição peculiar de

desenvolvimento e, por isso mesmo, prioridade da família, da sociedade e do Poder Público. Também fazem parte de suas ações,

segundo o artigo 86 do ECA (1990):

VII - mobilização da opinião pública para a indispensável participação dos diversos segmentos da sociedade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência VIII - especialização e formação continuada dos profissionais que trabalham nas diferentes áreas da atenção à primeira infância, incluindo os conhecimentos sobre direitos da criança e sobre desenvolvimento infantil; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) IX - formação profissional com abrangência dos diversos direitos da criança e do adolescente que favoreça a intersetorialidade no atendimento da criança e do adolescente e seu desenvolvimento integral; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) X - realização e divulgação de pesquisas sobre desenvolvimento infantil e sobre prevenção da violência. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

Outras ações que demandam tempo, decisão, acompanhamento e controle pelo CMDCA de Jacareí/SP referem-se: a) ao registro das

organizações sociais não governamentais; b) as inscrições dos programas de atendimento de instituições não governamentais e

governamentais junto ao Conselho; c) comunicação e atualização junto ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária de Jacareí/SP dos

referidos dados e situações; d) fomento ao Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente (campanhas, busca de recursos); e)

definição da utilização dos recursos do Fundo; f) processo de eleição de conselheiros tutelares e dos conselheiros de direitos da criança

e do adolescente representativos da sociedade civil; g) realização das Conferências dos Direitos da Criança e do Adolescente nas

modalidades convencional e lúdica (criança e adolescente) em âmbito local e em articulação com os CMDCA da região de Jacareí/SP

(regionais), estadual (CONDECA) e nacional (CONANDA); d) organização administrativa das ações do CMDCA quanto as reuniões

ordinárias, extraordinárias, criação das Comissões Temáticas, prestação de contas da ação, entre outras tarefas.

Na escuta com crianças e adolescentes (Oficina) e nos Colóquios as sugestões para a área foram as seguintes:

1. elaboração de Cartilha de Direitos sobre os direitos da criança e do adolescente e sobre o papel e tarefas do CMDCA de Jacareí/SP e maior divulgação de

suas ações;

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77

2. flexibilidade de horários das reuniões do CMDCA e descentralização nas regiões das reuniões como forma de maior participação da comunidade nas ações

do CMDCA, incluindo prestação de contas de suas ações; 3. ampliar a participação da criança e do adolescente nas reuniões e deliberações do CMDCA; 4. atualização dos critérios de participação na escolha dos conselheiros de direitos relacionados a assiduidade, disponibilidade e compromisso com efetiva

política de direitos e sobre o interesse superior de crianças e de adolescentes e também dos conselheiros tutelares; 5. capacitação permanente dos conselheiros de direitos e dos conselheiros tutelares para melhor cumprimento de seus papéis na promoção, proteção e defesa

de crianças e adolescentes;

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PLANO DE AÇÃO – Período de abril de 2017 a abril de 2027.

O PLANO MUNCIIPAL DECENAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE JACREÍ/SP está organizado do

seguinte modo:

- 05 (cinco) Eixos

- 10 Diretrizes

- 125 metas

As indicações responsabilidade, exceto os órgãos responsáveis pela gestão da política de direitos humanos da criança e do adolescente,

parceria e financiamento são apontadas no PMDDHCA de Jacareí/SP para o desenvolvimento dos objetivos e metas. A indicação de

responsabilidades/parceiras/financiamento considera a natureza da política de direitos humanos da criança e do adolescente, qual seja, a

incompletude institucional e sua consecução depende da articulação sistêmica entre os entes federados, as diferentes institucionalidades e as

políticas setoriais e temáticas.

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PLANO MUNICIPAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE JACAREÍ/SP

Período: abril de 2017 a abril de 2027

EIXO I – PROMOÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Diretriz Objetivo Meta Responsável Parceria Indicação de

Financiamento

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80

01. Promoção da

cultura do respeito e da

proteção aos direitos

humanos da criança e

do adolescente no

âmbito da família, das

instituições e da

sociedade.

01. Promover o respeito aos

direitos da criança e do adolescente

na sociedade em geral e nos meios

de comunicação de modo a

consolidar uma cultura de

cidadania.

1. 2017 a 2018: material educativo sobre

os direitos humanos da criança e do

adolescente produzido.

2. 2018 a 2020: material distribuído em

100% dos espaços escolares e demais

espaços institucionais que atendem

crianças e adolescentes (governamentais e

não governamentais).

3. 2018: material disponibilizado nos sites

oficiais da Prefeitura Municipal, Câmara

Municipal, Secretarias de Políticas Sociais,

Sistema de Justiça (Poder Judiciário,

Ministério Público, Defensoria Pública),

Conselhos das Políticas Setoriais,

Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos

Direitos da Criança e do Adolescente.

4. 2018: material disponibilizado para os

meios de comunicação.

5. 2025: atualização do material para

distribuição on line.

6. Anualmente realizar seminário para

levantamento do impacto da ação na

redução da violação aos direitos da criança

e do adolescente pelo CMDCA.

7. 2025 a 2026: avaliação da cobertura e

impacto da ação e aferição da redução dos

casos de violação dos direitos da criança e

do adolescente por Comissão Municipal

Intersetorial a ser criada pelo CMDCA.

8. Realização de campanhas anuais sobre

os direitos da criança e do adolescente

realizada pelas políticas setoriais que têm

representação no Conselho Municipal dos

Direitos da Criança e do Adolescente.

9. 2027: Atualização do material educativo

para disponibilização on line.

Conselho

Municipal dos

Direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselhos das Políticas

Setoriais (Educação,

Saúde, Assistência

Social, Cultura,

Esporte)

Secretarias Municipais

das Políticas Sociais

Secretarias estaduais

das políticas setoriais

Conselho Estadual e

Conselho Nacional dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

Conselho Tutelar

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Conselho Tutelar

Grêmios estudantis

Rede de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Conselho dos direitos

da Criança e do

Adolescente/

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

Articulação com o

Fundo Estadual e

Fundo Nacional da

Infância e

Adolescência

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81

2. Fortalecer as competências

familiares e sociocomunitárias em

relação ao cuidado e educação em

direitos humanos da criança e do

adolescente.

10. Até 2027: manutenção pelas políticas

setoriais públicas e da rede de proteção

social (não governamental) de ações com

foco nas práticas educativas e de cuidado

da criança e do adolescente nos espaços

familiares e sociocomunitários

(territórios).

Políticas

Setoriais

Públicas,

especialmente

Educação,

Assistência

Social, Saúde

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Municipal

das Políticas Setoriais

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais,

família)

Políticas Setoriais

Educação, Saúde,

Assistência Social

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82

3. Fomentar a cultura da

sustentabilidade socioambiental no processo de cuidado e da

educação em direitos humanos da

criança e do adolescente.

11. Até 2027: implementação de ações

com foco na temática da sustentabilidade

socioambiental incorporada as políticas

setoriais, especialmente, da educação

(educação básica e formação profissional),

meio ambiente e trabalho como uma das

dimensões dos direitos da criança e do

adolescente.

Políticas

setoriais:

educação,

formação

profissional,

meio ambiente

e trabalho

Políticas Setoriais

Públicas

Conselhos das Políticas

Setoriais

Rede de Proteção

Social (entidades não

governamentais)

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Câmara Municipal:

Comissão temática de

Defesa do Meio

Ambiente

Políticas setoriais:

educação, formação

profissional, meio

ambiente e trabalho

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83

4. Implementar na rede de ensino

(educação básica) a educação em

direitos humanos da criança e do

adolescente em atendimento à Lei

nº. 11.525/07.

12. Até 2027: ação implementada em

100% da das escolas de educação básica o

ensino dos direitos humanos da criança e

do adolescente.

Política

setorial de

educação

Conselho Municipal de

Educação

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania

Organização de

profissionais da

educação

Organização da rede de

educação privada

Política setorial de

educação

Articulação com a

política de educação

em âmbito estadual e

federal (MEC)

Fundos Públicos da

Educação

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84

5. Fomentar junto à rede pública e

privada de ensino (educação básica

e superior) campanhas para o

debate dos direitos humanos da

criança e do adolescente.

13. Até 2027: anualmente cada uma das

unidades escolares realizará o Dia dos

Direitos Humanos da Criança e do

Adolescente em seu espaço institucional.

Política

setorial de

educação

Conselho

Municipal dos

Direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselho

Tutelar

Conselho Municipal de

Educação

Conselhos das Políticas

Setoriais

Organização de

profissionais da

educação

Organização da rede de

educação privada de

ensino (educação

básica e ensino

superior)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania

Política setorial de

educação

Conselho dos direitos

da Criança e do

Adolescente/

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

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85

02. Universalização do

acesso a políticas

públicas de qualidade

que garantam os

direitos humanos da

criança e do

adolescente que

contemplem a inclusão

de todo esse grupo

etário, sem qualquer

traço discricionário, na

superação das

desigualdades com

promoção da equidade

e afirmação da

diversidade.

6. Priorizar a proteção integral da

criança e do adolescente cumprindo

os objetivos e metas definidos nos

planos das políticas setoriais

(educação, saúde, assistência social,

cultura, esporte, recreação) e nos

planos temáticos (convivência

familiar e comunitária, acolhimento

institucional, violência sexual,

trabalho infantil, atendimento

socioeducativo ao adolescente em

conflito com a lei, enfrentamento ao

crack e outras drogas, etc.).

14. 2017 a 2027: cumprimento das metas

definidas nos planos das políticas setoriais

e nos planos temáticos.

15. Atualização dos planos das políticas

setoriais e dos planos temáticos cuja

finalização dos objetivos e metas encerra-

se em 2017.

Políticas

setoriais de

educação,

saúde,

assistência

social, cultura,

esporte,

recreação.

Política de

Assistência

Social

especialmente

no que se

refere aos

planos

temáticos.

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho das Políticas

setoriais

Conselho Tutelar

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais,

família)

Grêmios estudantis

Políticas setoriais de

educação, saúde,

assistência social,

cultura, esporte,

recreação.

Fundos Públicos das

políticas setoriais

Articulação com os

Fundos Públicos das

políticas setoriais e

temáticas em âmbito

estadual e federal

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86

7. Fomentar junto às empresas,

fundações, clubes de serviços,

sindicatos patronais, sindicatos de

trabalhadores, que realizem

campanhas, incluindo recursos ao

Fundo da Infância e Adolescência

(FIA) e assinatura de Termo de

Compromisso de Responsabilidade

Social em favor da promoção dos

direitos da criança e do adolescente.

16. Realizar atividade, a cada dois anos, de

mobilização das empresas, fundações,

clubes de serviços, sindicatos patronais,

sindicatos de trabalhadores. l

17. 2017 a 2027: realização de 01 (uma)

campanha anualmente.

18. 2017 a 2027: assinatura de Termo de

Responsabilidade a cada dois anos, com

atingimento de 60% da meta (do total de

empresas, fundações, etc.).

19. 2017 a 2027: destinação de recursos ao

Fundo da Infância e Adolescência

anualmente.

20. 2017 a 2027: avaliação anual da meta

atingida pelo CMDCA e aferição do

impacto da ação na responsabilidade social

das empresas, fundações, fundos

empresariais, clubes de serviços, sindicatos

patronais, sindicatos de trabalhadores

promoção da proteção integral da criança e

do adolescente.

Conselho

Municipal dos

Direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais,

família)

Fundação Abrinq pelos

Direitos da Criança

Conselho dos direitos

da Criança e do

Adolescente/

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

Empresas, fundações

fundos empresariais,

clubes de serviços,

sindicatos patronais,

sindicatos de

trabalhadores

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87

8. Fortalecer a política de

assistência social na oferta de

serviços de proteção social básica e

especial às crianças, adolescentes e

famílias.

21. Até 2027: aumento do percentual

orçamentário para o financiamento da

política de assistência social no

cumprimento do plano da política setorial

(assistência social) e planos temáticos

(convivência familiar e comunitária,

acolhimento institucional, violência

sexual, trabalho infantil, atendimento

socioeducativo ao adolescente em conflito

com a lei, enfrentamento ao crack e outras

drogas, etc.).

Conselho

Municipal dos

Direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselho

Municipal de

Assistência

Social

Política

setorial de

assistência

social

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Direitos Humanos,

Cidadania, Finanças e

Orçamento, Saúde e

Assistência Social,

Finanças e Orçamento

Política setorial de

assistência social

Secretaria de Finanças

Page 88: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

88

9. Consolidar políticas de atenção

integral à saúde da criança,

adolescente e suas famílias.

22. Até 2027: atingimento em 100% a

cobertura pela atenção primária com

serviços de qualidade para crianças e

adolescentes.

Política

setorial de

saúde

Conselho Municipal

dos direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Municipal de

Saúde

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Direitos Humanos,

Cidadania, Saúde e

Assistência Social

Política setorial de

saúde

Articulação da Política

Setorial e Fundo

Público em âmbito

estadual e federal

Page 89: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

89

10. Consolidar as metas definidas

no plano temático da saúde:

enfrentamento ao crack e outras

drogas

23. Até 2027: atingimento em 100% a

cobertura da atenção à criança e ao

adolescente no uso de drogas psicoativas

Política

setorial de

saúde

Conselho Municipal

dos direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Municipal de

Saúde

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Direitos Humanos,

Cidadania, Saúde e

Assistência Social

Política setorial de

saúde

Articulação da Política

Setorial e Fundo

Público em âmbito

estadual e federal

Page 90: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

90

11. Programar atividades nos

territórios, com grupos de famílias

que convivam ou não com a

situação, de forma a dinamizar

informações e aumentar a

capacidade protetiva pelos serviços

no que se refere ao enfrentamento

ao crack e outras drogas (Eixo 1 –

Prevenção, Plano Municipal de

Enfrentamento ao Crack e outras

Drogas).

24. Garantia de espaços de escuta, apoio e

orientação às famílias e aos jovens (Médio

Prazo(?)).

Política

setorial de

saúde

Política setorial de

Assistência Social,

Educação, Segurança,

Esportes, Cultura

Política setorial de

saúde

Articulação da Política

setorial de saúde/Fundo

público da saúde em

âmbitos municipal,

estadual e federal

Page 91: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

91

12. Consolidar as metas definidas

no plano da saúde relacionada à

saúde sexual e reprodutiva.

25. Até 2027: atingimento em 100% a

cobertura da atenção à saúde sexual e

reprodutiva.

Política

setorial de

saúde

Conselho Municipal

dos direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Municipal de

Saúde

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Direitos Humanos,

Cidadania, Saúde e

Assistência Social

Política setorial de

saúde

Articulação da Política

Setorial e Fundo

Público em âmbito

estadual e federal

Page 92: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

92

13. Consolidar as metas definidas

no plano da saúde relacionada à

saúde mental do grupo infanto-

juvenil.

26. Até 2027: consolidação em 100% a

cobertura da atenção à saúde mental da

criança e do adolescente, com a criação de

serviço próprio para o adolescente.

Política

setorial de

saúde

Conselho Municipal

dos direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Municipal de

Saúde

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Direitos Humanos,

Cidadania, Saúde e

Assistência Social,

Finanças e Orçamento

Política setorial de

saúde

Articulação da Política

Setorial e Fundo

Público em âmbito

estadual e federal

Secretaria de Finanças

Page 93: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

93

14. Consolidar as metas definidas

no plano da saúde relacionada ao

grupo infanto-juvenil vítima de

violência.

27. Até 2027: consolidação em 100% a

cobertura da atenção à saúde da criança e

do adolescente vítimas de violência.

Política

setorial de

saúde

Conselho Municipal

dos direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Municipal de

Saúde

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Cultura e

Esportes, Direitos

Humanos, Cidadania,

Saúde e Assistência

Social

Política setorial de

saúde

Articulação da Política

Setorial/ Fundo Público

da Saúde em âmbito

estadual e federal

Articulação com as

políticas de educação,

saúde, assistência

social, esportes e

cultura

Page 94: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

94

15. Promover campanhas de

prevenção e fiscalização quanto ao

uso de bebidas alcoólicas e outras

substancias psicoativas por

crianças e adolescentes.

28. 2017 – 2027. Realização de campanhas

permanentes utilizando-se do calendário

das datas alusivas aos temas.

Políticas

setoriais de

saúde,

educação,

assistência

social, cultura,

esportes

Conselhos Municipais

de saúde, educação,

assistência social,

cultura, esporte

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Direitos Humanos,

Cidadania, Saúde e

Assistência Social

Política setorial de

saúde

Articulação da Política

Setorial/ Fundo Público

da Saúde em âmbito

estadual e federal

Articulação com as

políticas de educação,

saúde, assistência

social, esportes e

cultura

Page 95: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

95

16. Universalizar o acesso e

promover a permanência de

crianças e adolescentes na

educação básica, concluída em

idade adequada, garantindo a

aprendizagem de qualidade e a

educação integral, com a ampliação

de tempo, espaços, e oportunidades.

29. Consolidação dos objetivos e metas

definidas no Plano Municipal de Educação

para o período de 2015 a 2025.

Política

setorial de

educação no

âmbito

estadual

Conselho Municipal de

Educação

Conselho Estadual de

Educação

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania

Política setorial de

educação no âmbito

estadual / Fundo

Público da Educação

Articulação da Política

Setorial de Educação e

Fundo Público em

âmbito federal

Page 96: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

96

30. Busca da consolidação dos objetivos e

metas definidos no Plano Estadual de

Educação no que se refere ao Ensino

Fundamental, Ensino Médio e Formação

Profissional e cofinanciamento da

educação.

Política

setorial de

educação

Conselho Municipal de

Educação

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania

Política setorial de

educação / Fundo

Público da Educação

Articulação da Política

Setorial de Educação e

Fundo Público em

âmbito estadual e

federal

Page 97: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

97

31. Busca da consolidação dos objetivos e

metas definidos no Plano Nacional de

Educação relacionado aos projetos

especiais e ao cofinanciamento da

educação.

Política

setorial

educação em

âmbito

municipal e

estadual

Conselho Municipal de

Educação

Conselho Estadual de

Educação

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania

Política setorial de

educação / Fundo

Público da Educação

Articulação da Política

Setorial de Educação e

Fundo Público em

âmbito

Page 98: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

98

17. Universalizar, até 2016, a

educação infantil na pré-escola

para crianças de 4 (quatro) a 5

(cinco) anos e 11 meses de idade e

ampliar até o final da vigência deste

Plano (educação) a oferta de vagas

em creches de forma a atender com

qualidade crianças zero até 3 (três)

anos de idade e 11 meses. (Meta 1,

PME)

32. 2017: Cumprimento da meta

estabelecida em 2016 para atendimento de,

no mínimo, 50% das crianças de 0 (zero)

até 3 (três) de idade e 11 meses na

educação infantil (creche).

2. 2017: Cumprimento da meta

estabelecida em 2016 para atendimento de

crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos e 11

meses de idade na educação pré-escolar.

33. 2017 a 2025: Atingimento de 100% da

meta definida no PME

Política

setorial de

educação

Conselho Municipal de

Educação

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania,

Finanças e Orçamento

Política setorial de

educação / Fundo

Público da Educação

Articulação da Política

Setorial de Educação e

Fundo Público em

âmbito estadual e

federal para projetos

especiais

Secretaria de Finanças

Page 99: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

99

18. Universalizar o ensino

fundamental de 9 anos para toda a

população de 6 a 14 ano e garantir

que conclua essa etapa na idade

recomendada, até o último ano de

vigência deste PME (Meta 2,

PME).

34. 2017 a 2025: Atingimento de 97% dos

alunos concluintes do ensino fundamental

em idade recomendada (sem distorção

idade-série)

Política

setorial de

educação em

âmbito

municipal e

estadual

Conselho Municipal de

Educação

Conselho Estadual de

Educação

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania,

Finanças e Orçamento

Política setorial de

educação em âmbito

municipal e estadual /

Fundo Público da

Educação

Articulação da Política

Setorial de Educação e

Fundo Público em

âmbito estadual e

federal para projetos

especiais

Secretaria de Finanças

Page 100: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

100

19. Estimular políticas públicas que

tenham como objetivo elevar a

escolaridade média da população

até 18 (dezoito) anos, de modo a

alcançar, no mínimo, 12 (doze)

anos de estudo no último ano de

vigência do PME. (Meta 5, PME)

35. 2017 a 2025: Atingimento da meta 5

do PME de elevar a escolaridade de, no

mínimo, para 12 (doze) anos de estudo,

especialmente dos 25% das crianças e

adolescentes das camadas populares e em

situações de vulnerabilidades, igualando a

escolaridade média entre negros não

negros declarados ao IBGE.

Politica

setorial de

educação em

âmbitos

municipal,

estadual e

nacional

Conselho Municipal de

Educação

Conselho Estadual de

Educação

Conselho Nacional de

Educação

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania,

Política setorial de

educação / Fundo

Público da Educação

Articulação da Política

Setorial de Educação e

Fundo Público em

âmbito estadual e

federal para projetos

especiais

Secretaria de Finanças

Page 101: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

101

20. Contribuir com o aumento de

matrículas da educação

profissional técnica de nível

médio, prezando pela a qualidade e

da expansão no segmento público.

(Meta 6, PME)

36. 2017 a 2025: Atingimento de 50% da

expansão no segmento público e qualidade

de ensino.

Politica

Setorial de

Educação em

âmbito

municipal,

estadual e

nacional

Conselho Municipal de

Educação

Conselho Estadual de

Educação

Conselho Nacional de

Educação

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Grêmios estudantis

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Política setorial de

educação em âmbito

estadual

Política setorial de

educação/Fundo

Público da Educação

Articulação da Política

Setorial de Educação e

Fundo Público em

âmbito estadual e

federal para o

desenvolvimento da

educação profissional e

técnica

Page 102: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

102

21. Universalizar, até 2016, o

atendimento escolar para toda a

população de 15 (quinze) a 17

(dezessete) anos. (Meta 7, PME)

37. 2017 a 2025: Elevação da taxa líquida

de matrículas no ensino médio para 85%. Política

setorial de

educação em

âmbito

municipal e

estadual

Conselho Municipal de

Educação

Conselho Estadual de

Educação

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Grêmios estudantis

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania

Política setorial de

educação em âmbito

estadual

Articulação da Política

Setorial de Educação e

Fundo Público em

âmbito estadual e

federal

Page 103: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

103

22. Ampliar vagas para aumento

das matrículas de educação de

jovens e adultos, nos ensinos

fundamental e médio, na forma

integrada à educação profissional,

na educação de jovens e adultos

(EJA) (Meta 10, PME).

38. 2017 a 2018: Elevação das taxas de

matrículas de jovens na educação de

jovens e adultos (EJA), no mínimo 25%

nos ensino fundamental e médio. Na forma

integrada à educação profissional.

39. 2018 a 2025: Meta atingida em 100%

Política

setorial de

educação em

âmbito

municipal e

estadual

Conselho Municipal de

Educação

Conselho Estadual de

Educação

Conselho da Pessoa

Com Deficiência

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho

Municipal dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Grêmios estudantis

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

Política setorial de

educação em âmbito

estadual

Articulação da Política

Setorial de Educação e

Fundo Público em

âmbito estadual e

federal

Page 104: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

104

23. Elevar a taxa de alfabetização

da população com 15 (quinze) anos

ou mais, até o final da vigência

deste PME, erradicar o

analfabetismo absoluto e reduzir a

taxa de analfabetismo funcional

(Meta 11, PME).

40. 2017 a 2025: Elevação da taxa de

alfabetização para 95% para erradicação

do analfabetismo e redução para 15% a

taxa de analfabetismo funcional.

Política

setorial de

educação

Conselho Municipal de

Educação

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Grêmios estudantis

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania

Política setorial de

educação / Fundo

Público da Educação

Articulação do Fundo

Público em âmbito

estadual e federal no

desenvolvimento de

projetos especiais

Page 105: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

105

24. Universalizar, a educação

especial e inclusiva para população

de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos

com deficiência, transtorno globais

de desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação, o

acesso à educação básica e ao

atendimento educacional

especializado, preferencialmente na

rede regular de ensino, com a

garantia de sistema educacional

inclusivo, de salas de recursos

multifuncionais, classes, escolas ou

serviços especializados, públicos ou

conveniados (Meta 12, PME).

41. 2017 a 2025: promoção, no prazo de

vigência deste PME, a universalização do

atendimento escolar à demanda manifesta

pelas famílias de crianças de 0 (zero) a 3

(três) anos com deficiência, observada a

Lei no 9.394/96, que estabelece as

diretrizes e bases da educação nacional.

Politica

setorial de

educação

Conselho Municipal de

Educação

Conselho Municipal

dos Direitos da Pessoa

com Deficiência

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Grêmios estudantis

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Política setorial de

educação / fundo

Público da Educação

Secretaria de Finanças

Articulação das

politicas de educação

nos âmbitos estadual e

federal/Fundos

Públicos para o

desenvolvimento de

projetos

Page 106: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

106

25. Oferecer Educação em tempo

integral através de parcerias com o

Governo Federal e Estadual para

atender a demanda de alunos na

educação básica. (Meta 13, PME)

42. 2017 a 2025: aumento de, no mínimo,

50% das escolas públicas, de forma a

atender, pelo menos, 25% dos

(as)alunos(as) da Educação Básica, a partir

de consulta prévia e informada,

considerando-se as peculiaridades locais.

Política

setorial de

educação

Conselho Municipal de

Educação

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Grêmios estudantis

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania,

Saúde, Assistência

Social Finanças e

Política setorial de

educação / Fundo

Público da Educação

Secretaria de Finanças

Articulação das

politicas de educação

nos âmbitos estadual e

federal/Fundos

Públicos para o

desenvolvimento de

projetos de educação

integral

Page 107: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

107

26. Implementar na educação

básica o ensino da cultura afro-

brasileira, africana e indígena, em

cumprimentos das Leis de nº

10.639/03 11.645/08. (Meta 2,

PME)

43. 2017 a 2025: garantia nos currículos

escolares conteúdos sobre a história e as

culturas afro-brasileira e indígenas por

meio de ações colaborativas com fóruns de

educação para a diversidade étnico-racial,

conselhos escolares, equipes pedagógicas e

a sociedade civil.

44. 2017 a 2025: consolidação da

educação escolar no campo de populações

tradicionais, de populações itinerantes e de

comunidades indígenas e quilombolas,

respeitando a articulação entre os

ambientes escolares e comunitários e

oferta de programa para a formação inicial

e continuada de profissionais da educação.

Política

setorial de

educação

Conselho Municipal de

Educação

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Grêmios estudantis

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania

Política setorial de

educação / Fundo

Público da Educação

Articulação das

politicas de educação

nos âmbitos estadual e

federal/Fundos

Públicos para o

desenvolvimento de

projetos sobre cultua

afro-brasileira, africana

e indígena.

Page 108: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

108

27. Ampliar o acesso e a oferta de

políticas culturais que nas suas

diversas expressões e manifestações

considerem o desenvolvimento de

crianças e adolescentes e o seu

potencial criativo e inovador.

45. Até 2027: ampliado o acesso para

todas as crianças e adolescentes nas

diversas expressões relativas às políticas

de cultura, especialmente, do grupo em

situação de vulnerabilidade, oriundas das

camadas populares, atendidas em

instituições sociais e nos programas de

acolhimento institucional e em

cumprimento de medidas socioeducativas.

Fundação

Cultural Conselho Municipal da

Cultura

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Cultura e

Direitos Humanos,

Finanças e Orçamento

Fundação Cultural

Articulação com as

políticas de cultura em

âmbito estadual e

federal

Secretaria de Finanças

Page 109: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

109

28. Promover encontros com as

diferentes instituições de promoção

e defesa da criança e do adolescente

sobre os diferentes processos ou

estratégias que envolvem a

participação desse grupo etário em

diferentes expressões e

manifestações culturais.

46. Realização de, ao menos, 01 (um)

encontro anual para escuta de crianças e

adolescentes sobre o direito à cultura e sua

inserção nas diferentes atividades.

Política

setorial de

cultura

Conselho Municipal de

Cultura

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Política setorial de

cultura

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110

29. Ampliar o acesso e a oferta de

políticas e programas que garantam

o direito ao esporte, ao lazer e

recreação, assegurando a

participação de todas as crianças e

adolescentes, incluso das pessoas

com deficiência.

47. Até 2027: cobertura de 100% da

demanda de crianças e adolescentes. Política

setorial de

esportes e

recreação

Articulação

com a política

setorial de

esporte e lazer

em âmbito

estadual e

federal

Secretaria de

finanças

Conselho Municipal de

Esporte e recreação

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Cultura,

Esportes; Direitos

Humanos, Finanças e

Orçamento

Política setorial de

esportes e recreação

Articulação com a

política setorial de

esporte e lazer em

âmbito estadual e

federal

Secretaria de finanças

Page 111: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

111

30. Promover encontros com as

diferentes instituições de promoção

e defesa da criança e do adolescente

sobre os diferentes processos ou

estratégias que envolvem a

participação desse grupo etário em

diferentes modalidades esportivas e

recreativas.

48. Realização de, ao menos, 01 (um)

encontro anual para escuta de crianças e

adolescentes sobre o direito ao esporte e

recreação e modos de sua inserção nas

atividades.

Política

setorial de

esporte e

recreação

Conselho Municipal de

Esporte e recreação

Conselhos das Políticas

Setoriais

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Política setorial de

esporte e recreação

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112

PLANO MUNICIPAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE JACAREÍ/SP

Período: abril de 2017 a abril de 2027

EIXO II – PROTEÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Diretriz Objetivo Meta Responsável Parceria Indicação de

Financiamento

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113

3. Fortalecimento

do Conselho

Tutelar de acordo

com o expresso

nos artigos 131 a

140 do ECA

(1990) e na

Resolução nº 170

de 10/12/2014 do

Conselho Nacional

dos Direitos da

Criança e do

Adolescente

(CONANDA).

31. Manter, implantar e dotar o

Conselho Tutelar de condições para

seu pleno funcionamento de acordo

com os parâmetros expressos na

Resolução nº 170 de 10/12/2014 do

Conselho Nacional dos Direitos da

Criança e do Adolescente

(CONANDA)

49. 2017 a 2027: manutenção e

recursos humanos e materiais para o

funcionamento pleno do Conselho

Tutelar.

Política setorial de

Assistência Social

Secretaria de

Finanças

Conselho Municipal

dos Direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselhos Estadual

(CONDECA) e

Nacional dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

CONANDA)

Conselhos das Políticas

Setoriais

Políticas setoriais

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania,

Finanças e Orçamento

Secretaria de Finanças

Page 114: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

114

50. 2017 a 2018: dotação de recursos

para a implantação e manutenção do

SIPIA – Sistema Informação para a

Infância e Adolescência.

Política setorial de

Assistência Social

Secretaria de

Finanças

Secretaria de

Administração e

Recursos Humanos

Conselho Municipal

dos Direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselhos das Políticas

Setoriais

Políticas setoriais

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania,

Finanças e Orçamento

Secretaria de Finanças

Secretaria de

Administração e

Recursos Humanos

Page 115: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

115

51. 2017: alocação de profissional da

guarda municipal na sede do Conselho

Tutelar

Política setorial de

Assistência Social

Secretaria de

Administração e

Recursos Humanos

Conselho Municipal

dos Direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselhos das Políticas

Setoriais

Políticas setoriais

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania,

Finanças e Orçamento

Secretaria de

Administração e

Recursos Humanos

Page 116: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

116

52. 2017-2019: implantação de mais

um Conselho Tutelar. Política setorial de

Assistência Social

Secretaria de

Finanças

Secretaria de

Administração e

Recursos Humanos

Conselho Municipal

dos Direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselhos das Políticas

Setoriais

Políticas setoriais

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania,

Finanças e Orçamento

Secretaria de Finanças

Secretaria de

Administração e

Recursos Humanos

Page 117: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

117

32. Manter e atualizar as estratégias

de aproximação e diálogo do

Conselho Tutelar com instituições de

atenção à criança e ao adolescente,

rede de atendimento, sistema de

justiça, Conselho de Direitos da

Criança e do Adolescente, Conselho

das Políticas Setoriais, Políticas

Setoriais, comunidade, crianças e

adolescentes e familiares.

53. 2017 a 2027: realização de, pelo

menos 01 (um) encontro ao ano, de

encontros para manutenção e

estreitamento das relações

institucionais em favor dos direitos da

criança e do adolescente.

54. 2017 a 2027: realização de

devolutivas ou prestação de contas, ao

menos 01 (uma) vez ao ano, da ação de

defesa e promoção dos direitos da

criança e do adolescente.

55. 2017 a 2027: realização de reuniões

de trabalho, a cada 05 (seis) meses,

com o Conselho Municipal dos

Direitos da Criança e do Adolescente

para acompanhamento das metas

traçadas no Plano Municipal dos

Direitos Humanos de Crianças e

Adolescentes de Jacareí/SP

(PMDDHCA).

Conselho Tutelar

Conselho de Direitos

da Criança e do

Adolescente

Políticas setoriais,

especialmente a da

assistência social pelo

seu caráter

administrativo

vinculante.

Conselho das Políticas

Setoriais

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Coletivo de familiares,

crianças e adolescentes

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Delegacia da Mulher

Câmara Municipal:

Comissões temáticas

de Educação, Direitos

Humanos, Cidadania,

Assistência Social

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do

Adolescente/Fundo

Municipal dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

(FUMDICAD)

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118

56. 2017 a 2027: assessoria ao Poder

Executivo na elaboração da proposta

orçamentária para planos e programas

de atendimento aos direitos da criança

e do adolescente, conforme expresso

no artigo 136 do ECA (1990) e com

base no Plano Municipal Decenal dos

Direitos Humanos da Criança e do

Adolescente de Jacareí.

Conselho Tutelar Conselho Municipal

dos direitos da Criança

e do Adolescente

Conselho Municipal de

Assistência Social

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do

Adolescente/Fundo

Municipal dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

(FUMDICAD)

Conselho Municipal de

Assistência Social /

Fundo Público da

Assistência Social

33. Definir processo e conteúdos da

formação continuada de conselheiros

tutelares.

57. 2017 a 2027: elaboração de

conteúdos e metodologias de formação

continuada dos conselheiros tutelares.

58. 2017 a 2027: realização de

processos de formação continuada de

conselheiros tutelares, ao menos a cada

06 (seis) meses.

59. 2017 a 2027: contratação de

horas/assessoria para a formação

continuada de conselheiros tutelares.

Conselho Tutelar

Conselho dos direitos

da Criança e do

Adolescente

Política setorial de

Assistência Social

Conselhos das Políticas

Setoriais

Políticas setoriais

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Secretaria de Finanças

Conselho dos direitos

da Criança e do

Adolescente/Fundo

Municipal dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

(FUMDICAD)

Articulação com os

Conselhos de Direitos

Estadual (CONDECA)

e Nacional

(CONANDA) / Fundo

dos Direitos da Infância

e Adolescência (FIA)

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119

34. Aperfeiçoar e/ou atualizar os

modelos instrumentais de trabalho

para acompanhamento, avaliação e

elaboração de relatórios das ações do

Conselho Tutelar.

60. 2017 a 2027: aperfeiçoamento e/ou

atualização dos instrumentais, a cada

ano, utilizados pelos conselheiros

tutelares na sua ação diária.

Conselho Tutelar Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Secretaria de

Assistência Social

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Conselho dos direitos

da Criança e do

Adolescente/

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

35. Avaliar para aperfeiçoar e/ou

atualizar as estratégias de

acompanhamento dos

encaminhamentos realizados pelo

Conselho Tutelar a diferentes

instituições.

61. 2017 a 2027: realização de

avaliação, a cada ano, das estratégias

utilizadas pelo Conselho Tutelar

quanto aos encaminhamentos

realizados às instituições,

aperfeiçoando-as e/ou atualizando-as.

Conselho Tutelar Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Secretaria de

Assistência Social

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Conselho dos direitos

da Criança e do

Adolescente/

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

Page 120: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

120

4. Proteção

especial a criança

e adolescentes com

seus direitos

ameaçados e

violados

36. Fortalecer as ações previstas no

Plano Municipal de Promoção,

Proteção e Defesa do Direito de

Crianças e Adolescentes à

Convivência Familiar e

Comunitária de Jacareí.

62. 2017 a 2027: 100% dos serviços de

acolhimento adequados aos parâmetros

da legislação vigente (ECA, 1990) e

Resoluções dos Conselhos Nacional

dos Direitos da Criança e do

Adolescente (CONANDA) e da

Assistência Social (CNAS).

Política setorial de

Assistência Social

Conselho Municipal

de Assistência Social

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Política setorial de

Assistência Social /

Fundo Público da

Assistência Social

Page 121: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

121

63. 2017 A 2027: 100% das famílias

com crianças e adolescentes em

serviços de acolhimento recebimento

atendimento especializado e

acompanhamento psicossocial visando

à reintegração familiar.

Política setorial de

Assistência Social

Conselho Municipal

de Assistência Social

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Política setorial de

Assistência Social /

Fundo Público da

Assistência Social

Page 122: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

122

64. 2017 a 2027: realização do

reordenamento institucional dos

serviços de acolhimento institucional

adequando às normas do CNAS

conforme a meta prevista no PMAS

cuja meta encerra-se no mês de

dezembro de 2017.

Política setorial de

Assistência Social

Conselho Municipal

de Assistência Social

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Política setorial de

Assistência Social /

Fundo Público da

Assistência Social

Page 123: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

123

65. 2017 a 2027: manutenção da não

existência de crianças e adolescentes

em situação de rua.

Política setorial de

Assistência Social

Conselho Municipal

de Assistência Social

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Política setorial de

Assistência Social /

Fundo Público da

Assistência Social

Page 124: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

124

66. 2017 a 2020: reduzida em 40% a

violência física intrafamiliar de acordo

co0m o Sistema Nacional de

Informação em Saúde.

Política setorial de

Assistência Social

Conselho Municipal

de Assistência Social

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Política setorial de

Assistência Social /

Fundo Público da

Assistência Social

Page 125: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

125

37. Formular parâmetros e estruturar

uma rede integrada de atendimento

de crianças e adolescentes em

situação de violência, em suas

diversas formas.

67. 2017 a 2018: integrado o

atendimento a crianças e adolescentes

em situação de violência pelos diversos

integrantes do Sistema de Garantia dos

Direitos da Criança e do Adolescente

(SGDCA).

Política setorial de

Assistência Social

Conselho Municipal

de Assistência Social

Política setorial de

Saúde

Conselho Municipal

de Saúde

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Política setorial de

Assistência Social /

Fundo Público da

Assistência Social

Política setorial de

Saúde

Page 126: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

126

38. Fortalecer as ações e metas

previstas no Plano Municipal de

Enfrentamento da Violência Sexual

contra Crianças e Adolescentes

68. 2017 a 2020: redução das situações

de abuso sexual com base no Sistema

Nacional de Informação em Saúde.

Política setorial de

Assistência Social

Conselho Municipal

de Assistência Social

Política setorial de

Saúde

Conselho Municipal

de Saúde

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Política setorial de

Assistência Social /

Fundo Público da

Assistência Social

Política setorial de

Saúde

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127

69. 2017 a 2019: continuidade das

ações especializadas de atendimento a

crianças e adolescentes em exploração

sexual nas redes de proteção municipal

observado os territórios de cidadania.

Política setorial de

Assistência Social

Conselho Municipal

de Assistência Social

Política setorial de

Saúde

Conselho Municipal

de Saúde

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Política setorial de

Assistência Social /

Fundo Público da

Assistência Social

Política setorial de

Saúde

Page 128: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

128

39. Fortalecer as ações previstas no

Plano Municipal de Prevenção e

Erradicação do Trabalho Infantil e

Proteção ao Adolescente

Trabalhador.

70. 2017 a 2020: manutenção de

serviços assistenciais para a prevenção

de ocorrência de trabalho anterior à

faixa etária anterior aos 14 anos, com

encaminhamento de denúncias aos

órgãos competentes de defesa e

fiscalização do trabalho

Política setorial de

Assistência Social

Conselho Municipal

de Assistência Social

Conselho Tutelar

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Políticas setoriais

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Política setorial de

Assistência Social /

Fundo Público da

Assistência Social

Page 129: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

129

71. Proteção do adolescente

trabalhador com encaminhamento de

denúncias aos órgãos competentes de

defesa e fiscalização do trabalho e

aprendizagem profissional.

Política setorial de

Assistência Social

Conselho Municipal

de Assistência Social

Política setorial

trabalho,

desenvolvimento

econômico e social

Conselho Tutelar

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Política setorial de

Assistência Social /

Fundo Público da

Assistência Social

Política setorial

trabalho e

desenvolvimento

econômico e social

Page 130: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

130

40. Fortalecer as ações e metas

previstas no Plano Municipal de

Atendimento Socioeducativo ao

Adolescente em Conflito com a Lei

(PMASE 2025 a 2025).

72. 2017 a 2025: manutenção e

qualificação dos programas de

atendimento socioeducativos em meio

aberto de Prestação de Serviços à

Comunidade (PSC) e Liberdade

Assistida (LA).

Política setorial de

Assistência Social

Conselho Municipal

de Assistência Social

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Fundação CASA

(estadual)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Política setorial de

Assistência Social

Page 131: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

131

73. 2017: criação da Comissão

Municipal Intersetorial do Sistema

Municipal de Atendimento

Socioeducativo (SIMASE)

Política setorial de

Assistência Social

Conselho Municipal

de Assistência Social

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Política setorial de

Assistência Social

Page 132: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

132

41. Fortalecer e aprimorar os

mecanismos de denúncia e

notificação de violações dos direitos

de crianças e adolescentes.

74. 2017 a 2027: divulgação de Disque

CT- 125, articulado ao Disque Direitos

Humanos – Módulo Criança e

Adolescente Disque 100 e ao SIPIA-

CT.

Política setorial de

Assistência Social

Conselho Municipal

de Assistência Social

Conselho Tutelar

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Políticas setoriais

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Política setorial de

Assistência Social

Page 133: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

133

42. Universalizar, em igualdade de

condições, o acesso de crianças e

adolescentes ao sistema de justiça.

75. manutenção e aperfeiçoamento do

sistema de justiça com vara especial da

infância e da juventude e com equipes

interprofissionais

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Page 134: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

134

43. Universalizar, em igualdade de

condições, o acesso de crianças e

adolescentes ao sistema de

segurança pública e defesa do

cidadão.

76. manutenção e aperfeiçoamento do

sistema de segurança pública em reais

condições de trabalho e com equipes

interprofissionais.

Sistema de Segurança

Pública (estadual)

Política setorial de

Segurança Pública e

Defesa do Cidadão

(Guarda Municipal).

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Segurança

Pública e Defesa do

Cidadão (estadual)

Política setorial de

Segurança Pública e

Defesa do Cidadão

(Guarda Municipal)

Page 135: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

135

77. 2017 a 2019: interligação do SIPIA

CT à Delegacia da Mulher Sistema de Segurança

Pública (estadual)

Conselho Tutelar

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Políticas setoriais

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Segurança

Pública e Defesa do

Cidadão (estadual)

Page 136: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

136

PLANO MUNICIPAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE JACAREÍ/SP

Período: abril de 2017 a abril de 2027

EIXO III – PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Diretriz Objetivo Meta Responsável Parceria Indicação de

financiamento

5. Aprimoramento

e/ou atualização

de estratégias e

mecanismos que

facilitem a

expressão livre de

crianças e

adolescentes sobre

os assuntos a eles

relacionados e sua

participação

organizada,

considerando sua

condição peculiar

de pessoas em

desenvolvimento e

sujeito de direitos.

44. Promover a participação de

crianças e adolescentes nos espaços

de convivência e de construção da

cidadania, inclusive, nos processos

de formulação, deliberação,

monitoramento e avaliação das ações

públicas relativas aos seus direitos.

78. 2017 a 2027: fomento à

participação de crianças e adolescentes

nos espaços escolares como exemplos

nos conselhos escolares, grêmios

estudantis e outros.

79. 2017 a 2027: .aperfeiçoamento dos

mecanismos de participação de

crianças e adolescentes nas ações do

Conselho dos Direitos da Criança e do

Adolescente.

80. 2017 a 2027: participação das

crianças e adolescentes nos espaços do

legislativo a exemplo da construção da

Frente Municipal Parlamentar dos

Direitos da Criança e do Adolescente.

81. 2017 a 2027: participação das

crianças e adolescentes nas

Conferências dos Direitos da Criança e

do Adolescente desde a elaboração,

consecução e avaliação da proposta,

realização das conferências como

também na indicação e eleição dos

delegados representantes nas

Conselho Municipal

dos Direitos da

Criança e do

Adolescente

Políticas setoriais de

educação, assistência

social, esporte e

recreação, lazer,

saúde, cultura

Conselhos das

Políticas Setoriais

Conselho Tutelar

Grêmios Estudantis

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente /

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

Políticas setoriais de

educação, assistência

social, esporte e

recreação, lazer, saúde

Page 137: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

137

conferências em âmbito regional,

estadual, nacional.

82. 2017 a 2027: envolvimento dos

adolescentes na eleição de conselheiros

tutelares ao Conselho Tutelar, uma vez

que podem votar aos 16 anos.

83. 2017 a 2027: envolvimento dos

membros dos grêmios estudantis nos

debates e ações em favor dos direitos

da criança e do adolescente.

84. 2017 a 2027: abertura de espaços à

participação de crianças e adolescentes

na elaboração dos Planos Decenais das

Políticas Setoriais e Temáticas, a

exemplo do processo de escuta

realizado por ocasião da elaboração dos

Planos Municipais Decenais de

Atendimento Socioeducativo

(adolescentes) e no Decenal dos

Direitos Humanos de Crianças e

Adolescentes (crianças e adolescentes).

85. 2017 a 2018: definição de

estratégias especiais para a participação

de crianças e adolescentes nos

processos avaliativos do Plano

Municipal Decenal de Direitos

Humanos da Criança e do Adolescente.

PLANO MUNICIPAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE JACAREÍ/SP

Período: abril de 2017 a abril de 2027

Page 138: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

138

EIXO IV – GESTÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DOS DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Diretriz Objetivo Meta Responsável Parceria Indicação de

financiamento

6. Fomento e

aprimoramento

das estratégias de

gestão do Plano

Municipal

Decenal dos

Direitos Humanos

da Criança e do

Adolescente

fundamentadas

nos princípios da

indivisibilidade

dos direitos,

incompletude da

política de direitos

da criança e do

adolescente,

interinstitucionali-

dade,

intersetorialidade

e práticas

interdisciplinares,

da participação e

da

responsabilidade

partilhada entre

os três entes da

federação.

45. Estabelecer mecanismos de

pactuação entre as diferentes

instâncias do Sistema de Garantia

dos Direitos da Criança e do

Adolescente (SGDCA) e dos entes

federados (responsabilidade

partilhada) na gestão do Plano

Municipal Decenal dos Direitos

Humanos da Criança e do

Adolescente.

86. 2017: criação do Comitê Gestor

Intersetorial Municipal para

acompanhamento da execução do

Plano Municipal Decenal dos Direitos

Humanos da Criança e do Adolescente.

2018: estabelecimento de pactos

intergestores para a implementação

integrada e articulada do Plano

Municipal Decenal dos Direitos

Humanos da Criança e do Adolescente.

Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Política setorial de

Assistência Social,

Educação, Saúde,

Cultura, Esportes e

Recreação

Conselho das

Políticas Setoriais

Conselho Tutelar

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente /

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

Políticas setoriais de

educação, assistência

social, esporte e

recreação, lazer, saúde

46. Aperfeiçoar e/ou atualizar as

estratégias de aproximação e diálogo

com os Conselhos das Políticas

Setoriais envolvidos com a política

de direitos da criança e do

adolescente.

87. 2017 a 2027: estratégias

aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselho Tutelar

Conselho das Políticas

setoriais

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente /

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

Page 139: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

139

47. Aperfeiçoar e/ou atualizar as

estratégias de aproximação e diálogo

com os Conselhos das Políticas

Temáticas envolvidos com a política

de direitos da criança e do

adolescente.

88. 2017 a 2027: estratégias

aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselho Tutelar

Conselho das políticas

temáticas

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente /

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

48. Aperfeiçoar e/ou atualizar as

estratégias de permanente diálogo

com o Conselho Tutelar.

89. 2017 a 2027: estratégias

aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselho Tutelar Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente /

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

Page 140: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

140

49. Aperfeiçoar e/ou atualizar as

estratégias de aproximação e diálogo

com o Sistema de Justiça (Poder

Judiciário, Ministério Público),

Ordem dos Advogados do Brasil,

Centros de Defesa e dos Direitos

Humanos, Secretaria Municipal de

Assuntos Jurídicos) e com a

Segurança Pública (Delegacia da

Mulher)

90. 2017 a 2027: estratégias

aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública).

Secretaria de Justiça

(estadual)

Organizações de

defesa: OAB, Centros

de Defesa dos Direitos

Humanos

Sistema de Segurança

Pública (estadual) e

Segurança Pública e

Defesa do Cidadão

(municipal)

,

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente /

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

50. Aperfeiçoar e/ou atualizar as

estratégias de aproximação e diálogo

com a Câmara Municipal por meio

das Comissões Temáticas.

91. 2017 a 2027: estratégias

aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Comissões Temáticas

da Câmara Municipal (

Educação, Cultura,

Direitos Humanos,

Assistência Social,

Saúde, Finanças e

Orçamento, Esporte)

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente /

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

Page 141: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

141

51. Aperfeiçoar e/ou atualizar as

estratégias de aproximação e diálogo

com a rede de proteção social,

movimentos sociais e comunitários.

92. 2017 a 2027: estratégias

aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente /

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

52. Aperfeiçoar e/ou atualizar as

estratégias de participação de

crianças e adolescentes junto ao

Conselho Municipal dos Direitos da

Criança e do Adolescente.

93. 2017 a 2027: estratégias

aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Grêmios estudantis

Crianças e adolescentes

atendidos pela rede de

proteção social e

socioassistencial

Movimentos de

adolescentes e jovens

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente /

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

Page 142: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

142

53. Aperfeiçoar as estratégias e

rotinas de trabalho (agendas) do

Conselho Municipal dos Direitos da

Criança e do Adolescente e

estreitamento do diálogo

permanente com os conselheiros de

direitos.

94. 2017 a 2027: estratégias

aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselheiros de

Direitos Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente /

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

54. Aperfeiçoar e/ou atualizar os

instrumentais para a ação do

Conselho Municipal dos Direitos da

Criança e do Adolescente.

95. 2017 a 2027: estratégias

aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselheiros de

Direitos Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente /

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

55. Aperfeiçoar e/ou atualizar e/ou

definir sobre as Comissões de

Trabalho do Conselho Municipal

dos Direitos da Criança e do

Adolescente.

96. 2017 a 2027: estratégias

aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente /

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

Page 143: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

143

7. Efetivação da

prioridade

absoluta no ciclo e

na execução

orçamentária da

esfera municipal

em articulação

com as esferas

estadual e federal.

56. Dotar a política dos direitos

humanos das crianças e adolescentes

de recursos suficientes e

sistemáticos para a plena

implementação das ações do Plano

Municipal Decenal dos Direitos

Humanos da Criança e do

Adolescente.

97. 2017 a 2027: incorporação dos

objetivos e metas do Plano Municipal

Decenal dos Direitos Humanos da

Criança e do Adolescente no

orçamento e financiamento públicos.

Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Política setorial de

Assistência Social

Secretaria de Finanças

Comissões Temáticas

da Câmara Municipal (

Educação, Cultura,

Direitos Humanos,

Assistência Social,

Saúde, Finanças e

Orçamento, Esporte)

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente /

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

Política setorial de

Assistência Social

Secretaria de Finanças

57. Manter e dotar o Conselho

Municipal dos Direitos da Criança e

do Adolescente de condições com

recursos humanos e materiais para

seu pleno funcionamento tendo em

vista uma série de atribuições de sua

responsabilidade, de acordo com as

disposições expressas no ECA (1990

98. 2017 a 2027: manutenção de

recursos humanos e materiais para o

funcionamento pleno do Conselho

Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente.

Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Política setorial de

Assistência Social

Secretaria de Finanças

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente /

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

Política setorial de

Assistência Social

Secretaria de Finanças

8. Formação e

qualificação

continuada dos

diferentes atores e

profissionais do

Sistema de

58. Implementar política de

formação e qualificação

continuada para a atuação dos

diferentes atores e profissionais das

políticas setoriais e temáticas

públicas voltadas à atenção da

99. 2017 a 2018: estabelecimento de

proposta de política de formação

continuada e agenda anual de formação

aprovadas pelo Conselho Municipal

dos Direitos da Criança e do

Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais e Temáticas

Conselho Tutelar

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente /

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

Page 144: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

144

Garantia dos

Direitos da

Criança e do

Adolescente

(SGDCA).

criança e do adolescente, com ênfase

na rede de conselheiros. Adolescente.

100. 2018-2027: realização de

formação, a cada ano, dos atores

(gestores e profissionais, conselheiros)

do Sistema de Garantia dos Direitos da

Criança e do Adolescente (SGDCA)

considerando as diferentes temáticas,

objetivos e metas do Plano Municipal

Decenal dos Direitos Humanos da

Criança e do Adolescente.

Políticas setoriais

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais

Conselho estadual dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(CONDECA)

Conselho nacional dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(CONANDA)

Universidades públicas

e privadas

do Adolescente

(FUMDICAD)

9. Produção de 59. Implementar e ampliar as linhas 101. 2017 a 2018: estabelecimento de Conselho Municipal Políticas setoriais e Conselho Municipal

Page 145: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

145

conhecimento

sobre a infância e

a adolescência,

aplicada ao

processo de

formulação,

desenvolvimento e

avaliação da

política de direitos

da criança e do

adolescente.

de financiamento de estudos e

publicações e difusão no campo da

promoção, da proteção e defesa dos

direitos humanos da criança e do

adolescente, incluindo a realização do

diagnóstico da política de direitos da

criança e do adolescente..

propostas de produção do

conhecimento, elaboração do

diagnóstico e sua atualização, a cada 02

(dois) anos.

102. 2018 a 2027: elaboração de

produção, publicação e difusão de

produção do conhecimento, realizada a

cada 02 (dois) anos.

103. 2017 a 2018: sistematização,

implementação e disponibilização on

line de Banco de Dados sobre estudos,

pesquisas, atividades, relato e troca de

experiências, relacionadas às temáticas,

objetivos e metas previstas no Plano

Municipal Decenal dos Direitos

Humanos da Criança e do Adolescente.

104. 2017 a 2018: criação de site do

Conselho Municipal dos Direitos da

Criança e do Adolescente para

alocação do Banco de Dados, Informes,

Resoluções, Prestação de Contas,

Eventos.

105. 2017-2027: contratação sempre

que necessário de

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

temáticas

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais

Conselho estadual dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(CONDECA)

Conselho nacional dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(CONANDA)

Articulação com a

Escola de Conselhos

em âmbito nacional

(CONANDA).

Universidades públicas

e privadas

Agências de fomento

dos Direitos da Criança

e do Adolescente /

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

Articulação com o

Conselho Estadual dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(CONDECA) e

Conselho Nacional dos

Direitos da Criança e

do Adolescente/ Fundo

da Infância e

Adolescência (FIA).

Page 146: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

146

(nacional e

internacional)

60. Elaborar proposta de

assessoria/consultoria para o

Conselho Municipal dos Direitos

da Criança e do Adolescente

visando o desenvolvimento de ações

do Plano Municipal Decenal dos

Direitos da Criança e do Adolescente,

relativas à formação, elaboração de

instrumentais, avaliação,

sistematização de documentos e

ações, produção de estudos e material

didático sobre os eixos constantes do

presente Plano.

106. 2017 a 2018: elaboração de

propostas (objetivos, conteúdos, metas,

horas/assessoria-consultoria) e

consecução durante a vigência de

implementação dos objetivos e metas

do Plano Municipal Decenal dos

Direitos da Criança e do Adolescente.

(2018 a 2027).

Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Políticas setoriais

Conselho estadual dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(CONDECA)

Conselho nacional dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(CONANDA)

Universidades públicas

e privadas

Centros de Estudos e

Pesquisas

Conselho Municipal

dos Direitos da Criança

e do Adolescente /

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

Articulação com o

Conselho Estadual dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(CONDECA) e

Conselho Nacional dos

Direitos da Criança e

do Adolescente/ Fundo

da Infância e

Adolescência (FIA).

Page 147: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

147

PLANO MUNICIPAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE JACAREÍ/SP

Período: abril de 2017 a abril de 2027

EIXO V – MONITORAMENTO, AVALIAÇÃO E CONTROLE SOCIAL DA EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Diretriz Objetivo Meta Responsável Parceria Indicação de

financiamento

10. Fortalecimento

do Conselho

Municipal dos

Direitos da

Criança e do

Adolescente para

assegurar seu

caráter paritário,

deliberativo e

controlador das

ações em favor

dos direitos da

criança e do

adolescente,

garantindo a

natureza

vinculante de suas

decisões, expresso

no inciso II do

artigo 88 e artigo

56. Desenvolver metodologias e

sistemas de monitoramento e

avaliação do Plano Municipal

Decenal da Política de Direitos

Humanos da Criança e do

Adolescente.

107. 2017 a 2019: elaboração de

metodologias e sistemas de

monitoramento e avaliação com

aplicação na forma de pré-teste, a partir

de proposição do Conselho Nacional

dos Direitos da Criança e do

Adolescente (CONANDA).

108. 2020: aplicação da primeira

avaliação e sistematização dos

resultados.

109. 2021 a 2027: aplicação da

avaliação, a cada 02 (dois) anos e

sistematização dos resultados.

110. difusão dos resultados a cada

processo avaliativo.

Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Comitê Gestor

Intersetorial do Plano

Municipal Decenal

dos Direitos da

criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Políticas Setoriais

Conselho dos Direitos

da Criança e do

Adolescente em âmbito

estadual (CONDECA)

e nacional

(CONANDA).

Conselho dos direitos

da Criança e do

Adolescente/

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

Page 148: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

148

89 do ECA (1990). 57. Acompanhar o processo de

monitoramento e avaliação dos

Planos Municipais das Políticas

Setoriais relacionados às metas e os

prazos definidos de avaliação.

111. 2017 a 2027: avaliação e

monitoramento das metas por meio dos

Conselheiros das Políticas Setoriais e

da Rede de Proteção Social

(organizações não governamentais)

representados nos Conselho Municipal

dos Direitos da Criança e do

Adolescente, 01 (uma) vez ao ano.

112. difusão dos resultados a cada

processo avaliativo

Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Comitê Gestor

Intersetorial do Plano

Municipal Decenal dos

Direitos da criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas,

Direitos Humanos,

Cidadania

Conselho dos direitos

da Criança e do

Adolescente/

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

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149

58. Acompanhar o processo de

monitoramento e avaliação dos

Planos Municipais das Políticas

Temáticas relacionados às metas e os

prazos definidas e os prazos de

avaliação.

113. 2017 a 2027: avaliação e

monitoramento por meio dos

Conselheiros das Políticas Setoriais e

da Rede de Proteção Social

(organizações não governamentais)

representados nos Conselho Municipal

dos Direitos da Criança e do

Adolescente, 01 (uma) vez ao ano..

114. difusão dos resultados a cada

processo avaliativo

Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Comitê Gestor

Intersetorial do Plano

Municipal Decenal dos

Direitos da criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas,

Direitos Humanos,

Cidadania

Conselho dos direitos

da Criança e do

Adolescente/

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

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150

59. Acompanhar o processo de

monitoramento e avaliação do

Conselho Tutelar.

115. 2017 a 2027: acompanhamento

das avaliações e monitoramento das

ações do Conselho Tutelar,

semestralmente.

116. difusão dos resultados a cada

processo avaliativo

Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselho Tutelar

Comitê Gestor

Intersetorial do Plano

Municipal Decenal dos

Direitos da criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas,

Direitos Humanos,

Cidadania

Conselho dos direitos

da Criança e do

Adolescente/

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

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151

60. Avaliar mediante instrumentais

previamente elaborados o processo

de realização das Conferências

Municipais dos Direitos da Criança

e do Adolescente (convencional) e a

Conferência Lúdica (participação

das crianças e adolescentes).

117. 2017 a 2027: avaliação e

monitoramento pelo Conselho

Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente, a cada realização das

Conferências, por meio de instrumental

específico para esse modelo de ação.

118. difusão dos resultados a cada

processo avaliativo

Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Crianças e

Adolescentes

Participantes das

conferências

Conselho dos direitos

da Criança e do

Adolescente/

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

Page 152: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

152

61. Acompanhar e avaliar o processo

de captação de recursos ao Fundo

dos Direitos da Criança e do

Adolescente (FUMDICAD).

119. 2017 a 2027: avaliação e

monitoramento da captação de recursos

pelo Conselho Municipal dos Direitos

da Criança e do Adolescente, a cada 02

(dois) anos.

120. difusão dos resultados a cada

processo avaliativo

Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente /

Comissão de

Finanças

Comitê Gestor

Intersetorial do Plano

Municipal Decenal dos

Direitos da criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Secretaria de Finanças

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas,

Direitos Humanos,

Cidadania, Finanças e

Orçamento

Conselho dos direitos

da Criança e do

Adolescente/

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

Page 153: PLANO DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO … · Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais

153

62. Acompanhar e avaliar o processo

de elaboração do Orçamento

Criança e Adolescente.

121. 2017 a 2027: avaliação e

monitoramento pelo Conselho

Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente, (01) vez ao ano.

122. difusão dos resultados a cada

processo avaliativo

Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Conselho Tutelar

Comitê Gestor

Intersetorial do Plano

Municipal Decenal dos

Direitos da criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Social (entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas,

Direitos Humanos,

Cidadania, Finanças e

Orçamento

Conselho dos direitos

da Criança e do

Adolescente/

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

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154

64. Acompanhar e avaliar o processo

de registro e cadastro das

entidades de atendimento

relacionadas ao campo da criança e

do adolescente.

123. 2017 a 2027: avaliação e

monitoramento por meio dos

Conselheiros das Políticas Setoriais e

da Rede de Proteção Social

(organizações não governamentais)

representados nos Conselho Municipal

dos Direitos da Criança e do

Adolescente, a cada 02 (dois) anos.

Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Comitê Gestor

Intersetorial do Plano

Municipal Decenal dos

Direitos da criança e do

Adolescente

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção

Socioassistencial e rede

de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Conselho dos direitos

da Criança e do

Adolescente/

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

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155

65. Aperfeiçoar e/ou atualizar os

instrumentos de avaliação da

utilização dos recursos do Fundo

dos Direitos da Criança e do

Adolescente (FUMDICAD).

124. 2017 a 2027: avaliação e

monitoramento pelo Conselho

Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente, a cada 02 (dois) anos.

125. difusão dos resultados a cada

processo avaliativo

Conselho Municipal

dos direitos da

Criança e do

Adolescente

Comitê Gestor

Intersetorial do Plano

Municipal Decenal dos

Direitos da criança e do

Adolescente

Secretaria de Finanças

Conselho das Políticas

Setoriais

Conselho Tutelar

Sistema de Justiça

(Poder Judiciário,

Ministério Público,

Defensoria Pública)

Rede de proteção social

(entidades não

governamentais,

movimentos sociais)

Câmara Municipal:

Comissões temáticas,

Direitos Humanos,

Cidadania, Finanças e

Orçamento

Conselho dos direitos

da Criança e do

Adolescente/

Fundo Municipal dos

Direitos da Criança e

do Adolescente

(FUMDICAD)

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157

Monitoramento e Avaliação

As ações de monitoramento e avaliação do PMDDHCA de Jacareí/SP são mecanismos essenciais para a sua implementação considerando a

criação e instituição do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA).

No monitoramento os objetivos e metas destacados dependem de criação de instrumentais com definição de determinados indicadores para a

sua realização considerando a vigência decenal do PMDDHCA. As estratégias de monitoramento consideram as diretrizes, os objetivos e

metas definidos e a serem alcançados.

Na avaliação deve-se buscar a relação entre os objetivos e metas para verificar o impacto real do que de fato foi planejado considerando o

período (prazo) definido para cada essa diretriz, objetivo, meta.

O monitoramento e a avaliação devem focalizar seus instrumentos de averiguação na eficiência, eficácia e impacto dos objetivos e metas

previstas considerando também os prazos, responsáveis, parceiras e as indicações de financiamento (recursos) para cada ação.

Os objetivos do monitoramento e da avaliação devem gerar transparência na gestão e embasar avaliações e controle social da execução da

política de direitos humanos e como necessidades de ajustes técnicos como subsidiar o processo orçamentário público (Orçamento Criança –

Adolescente) e os padrões de referência para subsidiar o planejamento e as metodologias de atendimento.

No monitoramento e avaliação são adotados indicadores que, no geral, são conceituados como medidas quantitativas, que buscam substituir,

quantificar ou operacionalizar tanto as etapas de formulação, implantação e/ou implementação e mesmo de acompanhamento de políticas

e/ou ações públicas. Os indicadores também podem ser qualitativos quando se tratam da leitura avaliativa dos processos (passo a passo das

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ações) na consecução do plano. O que se busca com sua adoção é a melhoria da prestação de serviços públicos aos seus destinatários, no

caso, crianças e adolescentes (PEREIRA, 2012).

A elaboração dos instrumentais para o monitoramento e a avaliação faz parte das prioridades do PMDDHCA de Jacareí/SP e serão adotados

após a aprovação pelo CMDCA.

O processo de monitoramento e avaliação do PMDDHCA de Jacareí/SP tem como cronograma:

Ação 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027

Implementação do Plano x x x x x x x x x x x

Acompanhamento/monitoramento

dos objetivos e metas

x x x x x x x x x x x

Avaliação x x x x

Devolução dos resultados parciais x x x x x x x x x x x

Devolução dos resultados finais x

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159

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1994.

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_______. Secretaria Municipal de Assistência Social. Plano Municipal de Assistência Social. Período 3024 a 2017. Set, 2014.

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MACHADO, M. T. A proteção constitucional de crianças e adolescentes e os direitos humanos. Barueri: Manole, 2003.

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http://cidades.ibge.gov.br/v3/cidades/municipio/3524402/pesquisa/23/2010

http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=352440&search=sao-paulo|jacarei|infograficos:-informacoes-completas

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